em tempo - 9 de fevereiro de 2015

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 32 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS O JORNAL QUE VOCÊ LÊ DENÚNCIAS • FLAGRANTES 98116-3529 ANO XXVII – N.º 8.622 – SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 ‘FUI EXTORQUIDA NA INDONÉSIA TIA DE MARCO ARCHER, FUZILADO NO DIA 18 DE JANEIRO POR TRÁFICO DE DROGAS, LOURDES ARCHER PINTO DISSE QUE FOI EXTORQUIDA POR UM MOTORISTA DA PRISÃO, NA INDONÉSIA, PARA CONSEGUIR VISITAR O SOBRINHO NO DIA ANTERIOR À EXECUÇÃO. FUNCIONÁRIOS DO GOVERNO BRASILEIRO PRESEN- CIARAM O EPISÓDIO. “FORAM TÃO CORRUPTOS QUE SABIAM QUE ERA PROIBIDO LEVAR BOLSA À VISITA E FORAM BUSCAR O DINHEIRO NO HOTEL EM QUE EU ESTAVA, NO MESMO DIA”, CONTA. PAÍS B1 Lourdes Archer (à esquerda) e uma amiga, na Indonésia REPRODUÇÃO Uma Pajero, com sete ocupantes, ca- potou na manhã de ontem, na rodovia Manoel Urbano, na altura do Cacau-Pirêra, causando a morte dos irmãos Jefferson e Eliana Cordeiro de Assis. Dia a dia A7 Acidente na rodovia mata dois irmãos O Fluminense venceu o Bangu por 2 a 1, ontem, no Maracanã, pela terceira rodada da Taça Guanabara (primeiro turno do Campeonato Carioca), e man- teve a invencibilidade. Pódio D2 Fluzão vence mais uma e segue invicto Cruzes foram colocadas na areia da praia da Ponta Negra para lembrar os 22 militares assassinados por bandidos, enquanto trabalhavam, entre 2013 e janeiro deste ano. Dia a dia A8 Homenagem a militares assassinados Cruzes pretas, flores, faixas e boinas simbolizaram a homenagem IONE MORENO Uma das bandas mais tradicionais do Carnaval de Manaus, a Bica lotou o largo São Sebastião e todo o seu entorno, no animado sábado pré-carnavalesco Cauã Reymond virou uma das atrações da banda. Ele está em Manaus para gravar a minissérie “Dois Irmãos” A N I MA Ç Ã O POR CONTA DA BANDA DA BICA O bom humor tomou conta do sábado, quando mais de 50 mil foliões prestigiaram a Banda Independente Confraria do Armando, a popular Bica. Neste ano, o tema foi “Na Bica não tem conflito, votamos em careca e gostamos de periquito”. Até o ator Cauã Reymond marcou presença na folia e gravou cenas para a minissérie “Dois Irmãos”, baseada no livro do escritor amazonense Milton Hatoum. Dia a dia A7 FOTOS: IONE MORENO LOURDES ARCHER PINTO

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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VENDA PROIBIDA

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FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 32 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES98116-3529

ANO XXVII – N.º 8.622 – SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

1,00

‘FUI EXTORQUIDA NA INDONÉSIA’

TIA DE MARCO ARCHER, FUZILADO NO DIA 18 DE JANEIRO POR TRÁFICO DE DROGAS, LOURDES ARCHER PINTO DISSE QUE FOI EXTORQUIDA POR UM MOTORISTA DA PRISÃO, NA INDONÉSIA, PARA CONSEGUIR VISITAR O SOBRINHO NO DIA ANTERIOR À EXECUÇÃO. FUNCIONÁRIOS DO GOVERNO BRASILEIRO PRESEN-CIARAM O EPISÓDIO. “FORAM TÃO CORRUPTOS QUE SABIAM QUE ERA PROIBIDO LEVAR BOLSA À VISITA E FORAM BUSCAR O DINHEIRO NO HOTEL EM QUE EU ESTAVA, NO MESMO DIA”, CONTA. PAÍS B1 Lourdes Archer (à esquerda) e uma amiga, na Indonésia

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Uma Pajero, com sete ocupantes, ca-potou na manhã de ontem, na rodovia Manoel Urbano, na altura do Cacau-Pirêra, causando a morte dos irmãos Jeff erson e Eliana Cordeiro de Assis. Dia a dia A7

Acidente na rodovia mata dois irmãos

O Fluminense venceu o Bangu por 2 a 1, ontem, no Maracanã, pela terceira rodada da Taça Guanabara (primeiro turno do Campeonato Carioca), e man-teve a invencibilidade. Pódio D2

Fluzão vence mais uma e segue invicto

Cruzes foram colocadas na areia da praia da Ponta Negra para lembrar os 22 militares assassinados por bandidos, enquanto trabalhavam, entre 2013 e janeiro deste ano. Dia a dia A8

Homenagem a militares assassinados

Cruzes pretas, fl ores, faixas e boinas simbolizaram a homenagem

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Uma das bandas mais tradicionais do Carnaval de Manaus, a Bica lotou o largo São Sebastião e todo o seu entorno, no animado sábado pré-carnavalesco

Cauã Reymond virou uma das atrações da banda. Ele está em Manaus para gravar a minissérie “Dois Irmãos”

ANIMAÇÃO POR CONTA DA BANDA DA BICA

O bom humor tomou conta do sábado, quando mais de 50 mil foliões prestigiaram a Banda Independente Confraria do Armando, a popular Bica. Neste ano, o tema foi “Na Bica não tem confl ito, votamos em careca e gostamos de periquito”. Até o ator Cauã Reymond marcou presença na folia e gravou cenas para a minissérie “Dois Irmãos”, baseada no livro do escritor amazonense Milton Hatoum. Dia a dia A7

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LOURDES ARCHER PINTO

SEGUNDA 09-02.indd 3 8/2/2015 20:29:04

A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Concurso n. 686 (07/02/2015)

Extração nº 04943 (07/02/2015)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 40.147 500.000,00

2º 53.956 35.200,00

3º 66.104 34.000,00

4º 23.381 33.080,00

5º 55.724 32.000,00

Concurso n. 1357 (06/02/2015)

06 15 20 30 35 50

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

05 12 21 28 33 34

Segundo sorteio

Concurso n. 1528 (07/02/2015)

LOTOMANIALOTOMANIA

07 11 17 41 46

48 50 52 56 60

61 62 69 71 78

79 81 82 92 94

Concurso n. 3710 (07/02/2015)

10 18 55 58 80

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

TIMEMANIATIMEMANIA

04 11 20 24 29 35 58

Time do coração

RIO BRANCO/ES

LOTERIAS

Concurso n. 1676 (07/02/2015)

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

01 02 11 37 48 51

01 03 04 05 07

08 09 10 11 13

16 19 23 24 25

Concurso n. 1168 (06/02/2015)

Rede ajuda a encontrar pessoas

Por meio das redes so-ciais, a ex-primeira dama do Estado, Nejmi Jomaa Aziz, vem fazendo um importante trabalho com a publicação de informações para encontrar pessoas desaparecidas. Os frutos dessa nova iniciativa vieram, no último sábado, com o agradecimento da fa-mília de Adria Magalhães, de 14 anos, que estava de-saparecida desde o dia 5 de fevereiro em Manaus. O post publicado sobre a menina teve mais de 158 mil compartilhamentos e alcançou mais de 7 milhões de usuários do Facebook de Nejmi Jomaa.

A menor mora com os pais no município de Presidente Figueiredo ( a 107 quilôme-tros de Manaus) e estava de férias na capital, quando ocorreu o desaparecimento. Nejmi Aziz publica as notas de pessoas desaparecidas com base nas informações da Polícia Civil do Ama-zonas. O intenso trabalho de divulgação por parte da Rede Solidária tem colabo-rado para ajudar nas buscas dos desaparecidos.

Para Nejmi, o sentimento de dever cumprido se re-fl ete na alegria da famí-lia de Adria. “Os pais de Ádria enviaram uma foto deles com a Ádria e seus irmãos para agradecer o apoio da Rede Solidária e mostrar que a fi lha já está de volta ao lar. Mais uma vez quero agradecer o carinho de todos que compartilharam a foto da Ádria e torceram para que ela fosse logo encontrada”, comenta Nejmi Jomaa.

MOBILIZAÇÃO

Banda chama atenção para mobilidade urbana

Com o tema “Boulerbike: Eu quero é ir de ciclovia”, que chama a atenção para a mo-bilidade urbana em Manaus, a tradicional banda do Boule-vard 2015, levou foliões para um das principais avenidas da cidade na tarde de ontem. A organização estimou 100 mil pessoas na banda.

Os brincantes se diverti-ram ao som de marchinhas

de Carnaval e sambas-enre-do, apresentados pela bate-rias das escolas de samba como Aparecida e A Grande Família, Vitória-Régia e da própria banda de marchi-nhas do Boulevard.

Conforme o presidente da banda, professor Luiz Cláudio Chaves, o “Maneca”, há 28 anos foi criada a banda que hoje é uma das maiores mani-festações carnavalescas da cidade. “Tenho orgulho de fa-zer parte disso”, comentou.

BOULEVARD

Organização da banda estimou 100 mil brincantes no evento

Registros de crimes caem com operação EspectroBalanço fi nal será apresentado hoje, após encerramento da ação que começou na última sexta-feira no bairro Jorge Teixeira

O número de regis-tros de crimes no bairro Jorge Teixei-ra, Zona Leste, caiu

34%. O dado é da Secre-taria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), que realiza na região, desde a última sexta-feira, dia 6, a operação Espectro de Segu-rança, uma ação integrada que conta com a participação das polícias Civil e Militar e Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Nesse pe-ríodo, nenhum homicídio foi registrado no local e os crimes de roubo reduziram 54%.

A ação estava prevista para ser encerrada na ma-drugada desta segunda-fei-ra, dia 9, quando será a SSP-AM divulgará o balanço fi nal da operação. De sexta-feira, até as 10h deste domingo, dia 8, mais de cem veículos em situação irregular foram apreendidos na área da ope-ração, onde foram montadas diversas barreiras para veri-fi cação dos veículos.

Doze motoristas foram fl a-grados dirigindo embriaga-dos durante blitze da Lei Seca realizadas na área da opera-ção. No total, 200 motoristas foram autuados por diversas irregularidades. Os agentes

do Detran-AM também apre-enderam 70 Certifi cados de Registro de Licenciamento de Veículo (CRLV) por estarem em atraso. Também foram apreendidas 16 Carteiras Na-cional de Habilitação (CNH), 12 delas que pertenciam aos motoristas fl agrados dirigin-do embriagados.

De acordo com o secretário

de Segurança Pública, Sérgio Fontes, o bairro Jorge Teixei-ra foi escolhido para receber a operação integrada por ter registrado alta incidência de crimes, principalmente, ho-micídios. Em 2014, o bairro concentrou 38,5% do total de assassinatos da Zona Leste. “Essa operação representa um novo modelo de opera-ção que iremos adotar como

estratégia de segurança, utilizando todos os recursos de inteligência, estatística e geoprocessamento para identifi car as áreas que mais estão ocorrendo os crimes e assim realizarmos as ações integradas com todos os ór-gãos”, disse.

LegadoSérgio Fontes destacou

que como legado da ope-ração, a Polícia Militar au-mentou o número de viaturas que atendem o bairro para reforçar as ações ostensivas. “Identifi camos a necessida-de de ter mais viaturas e restabelecemos os módulos de policia comunitária do Ronda no Bairro, para que a população possa ser melhor atendida”, disse.

O secretário-executivo-adjunto de Grandes Eventos, coronel Dan Câmara, desta-cou a integração dos órgãos por meio do Centro Integrado de Comando e Controle do Amazonas (CICC-AM), onde foi possível mapear e acom-panhar todas as etapas da operação. “É um novo modelo de ação que já mostrou resul-tados efetivos, por conta do planejamento e integração de todos os órgãos”, disse.

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SSP-AM apontou que nenhum homicídio foi registrado na área onde foi realizada a operação

ARRASTÃONo Terminal 4, a dona de casa Maria da Silva, 64, e os fi lhos Jhonata da Silva Pimentel, 17, e Gerlan da Silva Palheta, 25, foram esfaqueados após serem assaltados por três homens que fi -zeram arrastão no local

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MAIRKON CASTROEspecial EMTEMPO Online

A02 - ÚLTIMA HORA.indd 2 8/2/2015 19:29:59

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015 A3Opinião

A Juventude do Partido dos Trabalhadores do Amazonas (JPT-AM) marcou para amanhã, às 14h, em sua sede na avenida Constantino Nery, ao lado da sede do Sinetram, a apresen-tação de uma carta manifesto “sobre os reais motivos do aumento da tarifa do transporte público, pela tarifa zero” e ampliação do debate sobre a mobilidade urbana. São assuntos tão antigos que um observador céptico diria que a discussão “nem Ford nem sai de Simca”. Isto é, não avança, porque se faz dentro de um círculo vicioso.

Os jotapetistas referem uma “falta de clareza das planilhas de custos do transporte pú-blico”. Quando o PT ainda não decepcionara nem o Lula (na sexta-feira, na festa dos 35 anos do partido, em Belo Horizonte-MG, o ex-presidente desceu das alturas e reconheceu que “o PT tem se tornado cada vez mais um partido igual aos outros”, sua melhor militância já levara para dentro da Câmara Municipal de Manaus a urgência de se conhecer os reais ganhos das empresas de ônibus, que permanece sem o menor controle, sequer da Receita Federal; há até mesmo quem sugira que a catraca das empresas funcione como o jogo do bicho, jamais se sabe o quanto o negócio movimento em dinheiro.

Nas histórias policiais o detetive sabe que deve seguir o dinheiro para chegar aos respon-sáveis pelo que estão investigando. Na catraca dos ônibus e no jogo do bicho não tem sido fácil “seguir o dinheiro”. E este é um momento em que as empresas de ônibus têm o próprio governo federal petista fabricando motivos para aumentos. Quanto à mobilidade urbana, o expediente é seguir as pegadas do Plano Diretor da Cidade: alguém deve ter pedido vista e sentado em cima do processo. Nesse caso, siga-se o mapa da consttução civil e seu “boom” imobiliário. Nada mais saudável do que uma juventude botando o bloco na rua.

Contexto3090-1017/98115-1149 [email protected]

Para a bonita festa que a Banda In-dependente da Confraria do Armando (Bica) ofereceu a mais de 60 foliões que foram ao largo São Sebastião para a abertura do Carnaval. Em quase 10 horas de marchinhas, frevo e samba, não foi registrada uma briga sequer.

Bica

APLAUSOS VAIAS

“Dois irmãos”

Sábado Cauã se encontra-va em Manaus, para fi lmar a série “Dois Irmãos”, que começou por Itacoatiara.

A série é baseada no ro-mance do amazonense Mil-ton Hatoum e conta a his-tória de dois meninos que se odeiam numa família e investiga a relação entre eles com os pais.

Tucano no Carnaval

Como acontece todos os anos, o prefeito Arthur Virgí-lio (PSDB) passou pela Bica, no maior pico da banda, quando mais de 60 mil foli-ões já lotavam o largo São Sebastião.

E, pela primeira vez, que-brou uma tradição. A Bica nunca permitiu que nenhum político se manifestasse. Dessa vez o prefeito teve um microfone liberado para dar boa-noite e desejar um “feliz Carnaval”.

Articulação

O senador Omar Aziz vem trabalhando intensamente na articulação para recriar o Partido Liberal.

O meio campo vem sendo feito com o presidente nacio-nal do PSD, Gilbert Kassab.

Listão

Omar, que preside o dire-

tório estadual do PSD, fes-teja que já estão carimbadas mais de 50 mil assinaturas no Amazonas para trazer o PL de volta.

Parintins bombando

Parintins, que sempre foi notícia pela magnífica festa do boi, dessa vez foi desta-que por outro motivo.

Bombou na mídia nacional a notícia de que a ilha do boi-bumbá é o município com a maior proporção do Brasil de funcionários púbicos.

É muito

As notícias dão conta que em Parintins lá existem 3.971 servidores públicos. Isto significa 62,71% do total.

Os dados são do site exa-me.com, baseados na Rela-ção Anual de Informações Sociais (Rais) 2013.

Disparada

O preço da gasolina dis-parou nos postos de Ma-naus.

O reajuste já chegou a R$ 0,49 por litro em alguns es-tabelecimentos da cidade e alguns postos já estão cobrando até R$ 3,59.

Desculpa

Quando questionados so-

bre a diferença de preço de um posto para outro, a desculpa dos gerentes é sempre a mesma.

— Pode ser, mas isso é a aditivada.

Em defesa de Eike

Thor Batista, filho do em-presário Eike Batista com Luma de Oliveira, falou pela primeira vez em públi-co para agradecer a apoio que o pai vem recebendo dos amigos.

A saúde do empresário ficou abalada depois que seus bens e os de sua famí-lia foram apreendidos pela Polícia Federal na sexta-feira, 6.

Indignidade

A doutora Rosa Célia Bar-bosa foi uma das que saíram em defesa de Eike.

— Por que não somam tudo que o Eike doou e descontam da dívida das empresas? Quem sabe, nós brasileiros, não estamos de-vendo a ele? Ninguém tem o direito de tratar um ser humano com tal falta de dignidade – protestou.

Caridade

A médica é fundadora do Hospital Pró-Criança, que teria recebido R$ 30 mi-lhões de doação feita por Eike em 2011.

Para aqueles que perdem a noção de civilidade nas bandas carnavalescas e usam latinhas de cerveja ou refrige-rante com urina para jogar sobre os outros foliões. Esse tipo de atitude beira o vandalismo.

Arruaceiros

Está comprovado que a Bica é uma banda pacífi ca.No Sábado Magro, em quase 10 horas de Carnaval não foi registrada uma briga sequer. Mas,

por volta das 17h, um alvoroço tomou conta da banda, no meio de um mar de gente.— Pelo amor de Deus, será que é alguma briga? — indagou preocupada a Ana Cáudia Soeiro, a

general da Banda. Não era. O sururu aconteceu quando as tietes descobriram que o global Cauã Reimond cruzava o coração da banda. Caminhando apressado no meio da multidão e cercado de seguranças, o ator foi coberto por milhares de celulares apontados em sua direção, por fãs desejosos de registrar a cena inusitada.

Estrela global no meio da Bica

IONE MORENO DIVULGAÇÃO

[email protected]

Botando o bloco na rua

De acordo com o senador Luiz Hen-rique (PMDB-SC), “há um processo de velha política [praticada pelo Renan Calheiros], que o Doutor Ulysses Gui-marães chamava de velhaca”. A velha-caria na política brasileira não é nova; com toda certeza esse fenômeno faz parte do Processo de Aceleração Destrutiva (PAD) do Brasil.

Envolvido em incontáveis escân-dalos (como o da Mendes Júnior que pagava pensão para um dos seus fi lhos e ex-companheira), não poderia ser “melhor” (para o crime organizado P6 instalado em Brasí-lia: Parceria Público/Privada para a Pilhagem do Patrimônio Público) a escolha do senador Renan Calheiros para presidir o Senado pela quarta vez. Trata-se de um legítimo repre-sentante da classe política profi ssio-nal, logo, profundo conhecedor dos métodos escusos de fi nanciamento das campanhas políticas.

Com tanto dinheiro que é dado por algumas lideranças empresariais nacionais, que “compram” com seu poder econômico os políticos (plu-tocracia), não há como perder uma eleição sequer. Com a redemocra-tização de 1985, nós não consegui-mos a almejada democracia cidadã. Só chegamos a uma democracia eleitoral (escolha dos representan-tes pelo voto), mas extremamente defeituosa (viciada), sobretudo pela interferência do dinheiro no proces-so eleitoral. Quanto mais o político se profi ssionaliza, mais a política vira um “negócio”. Disso Renan é um exemplo paradigmático.

Para arrancar o político profi ssio-nal do poder (e, muitas vezes, da corrupção) só existe um caminho: proibir a reeleição nos cargos exe-cutivos assim como no Senado e limitar a dois mandatos no máximo (oito anos) os cargos de deputados e vereadores. Nisso consiste o fi m do político profi ssional (veja nosso site fi mdopoliticoprofi ssional. com.br).

João Francisco Lisboa já dizia no “Jornal de Timon” (1852-1858) que quantos têm alguma experiência das nossas coisas [da política] sabem que nada se inventa ou se altera [quando criticamos os políticos]; levando-se o escrúpulo e o amor da verdade a tão alto ponto, basta extratar os jornais do tempo para se conservar fi el não só às ideias, senão ao estilo e à frase. De resto, a política brasileira cifra-se toda “nestas mesmas supostas frioleiras e trivialidades, nas intrigas, nos insultos ao poder que cai, nas adulações ao poder que se ergue, no ciúme recíproco dos turiferários [aduladores], na banalidade das de-clamações, e na cópia servil e ridícula das fórmulas políticas, inventadas para outros debates e outras arenas [Europa, por exemplo]”.

Mas nem porque o nosso teatro seja mais acanhado e obscuro, e os nossos atores e combatentes mais desazados [inoportunos] e bisonhos, nem por isso, dizia o autor citado, as paixões que nele se arrostam são menos ardentes e furiosas e deixam de produzir resultados me-nos nocivos e deploráveis (...) não se há de reprimir a minuciosidade das críticas aos políticos, porquanto des-sas tenuidades e bagatelas vereis porventura abrolhar [brotar] mais tarde coisas mais sérias e tristes.

Em suma – prossegue nosso autor –, “a moralidade de toda esta minha apologia está na seguinte verdade, e vem a ser que a política [brasileira], por mais que a envernizem, trajem e enfeitem à feição da política da corte [portuguesa], ou do estrangei-ro [europeu, por exemplo, ou norte-americano], é afetada, mesquinha, insignifi cante e até ridícula (se é que devemos chamar as coisas pelo seu nome verdadeiro), e não há aí descrevê-la de outro modo”.

P.S. Participe do nosso movimento fi mdopoliticoprofi ssional.com.br

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Luiz Flávio Gomes

Jurista e diretor-presidente do

Instituto Avante Brasil

‘Renan adota política velhaca’

[email protected]

Regi

Para arrancar o político pro-fi ssional do poder (e, mui-tas vezes, da corrupção) só existe um ca-minho: proibir a reeleição nos cargos executivos assim como no Senado e limitar a dois mandatos no máximo (oito anos) os car-gos de depu-tados e vere-adores. Nisso consiste o fi m do político profi ssional”

A03 - OPINIÃO.indd 3 8/2/2015 19:32:22

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

O dado que mais preocupou o Palácio do Planalto na pesquisa Datafolha foi a noção de que Dilma Rousseff mentiu durante a campanha. A prioridade do governo será ampliar o debate sobre as medidas de ajuste econômico tomadas no início do mandato para recuperar a credibilidade da presidente. Outro foco será o Nordeste, onde a reprovação à petista disparou. Para reverter o quadro, Dilma vai retomar sua agenda de visitas e reforçar programas nos Estados da região.

Outro assunto O núcleo do Planalto teme “fi car refém” dos escândalos de corrupção e acredita que uma das saídas é recuperar a imagem de Dilma como gerente – bem aceita pela classe média no início do go-verno. Obras de infraestrutura e novos pacotes de concessões fazem parte desse remédio.

Prévia Levantamentos internos feitos pelo Pla-nalto em janeiro já apon-tavam uma “queda brusca” na aprovação do governo. Além da corrupção na Pe-trobras, os entrevistados citavam como fatores ne-gativos as mudanças no sis-tema de previdência e no seguro-desemprego.

Sem choro O governo ainda prevê mais desgaste com novas medidas de ajuste que devem ser tomadas pela equipe econômica, como o corte de desonerações e o fi m de incentivos à indústria –mas não pretende recuar.

Nota vermelha “Se as contas não fecharem, nosso rating vai ser afetado. Não adianta nem reclamar”, diz um ministro de Dilma.

Em crise O desabamento da avaliação do governo apro-fundou o distanciamento entre Dilma e a ala lulista do PT. Aliados do ex-presidente recla-mam que os erros do Planalto colocam em risco “o projeto do partido” e a volta de Lula ao poder em 2018.

Sabe tudo A oposição quer aproveitar o ambiente para for-talecer os ataques ao governo na nova CPI da Petrobras. Men-donça Filho (DEM-PE) prepara a convocação do ex-gerente Pe-dro Barusco, delator do caso.

Castigo Oposicionistas tam-bém abriram campanha para derrubar o veto de Dilma à correção do imposto de renda, medida considerada impopular dentro do governo.

De mudança Beto Vascon-celos vai deixar a chefi a de gabinete de Dilma para assumir a Secretaria Nacional de Justiça. A convite do ministro José Edu-ardo Cardozo, o advogado vai coordenar o pacto de combate à corrupção que a presidente prometeu após a campanha.

Timoneiro De perfi l técnico e discreto, Vasconcelos vai articu-

lar políticas públicas e medidas para conter desvios em parceria com o Poder Judiciário, o Minis-tério Público e a Controladoria-Geral da União. A troca deve acontecer nos próximos dias.

Em campanha Edinho Silva (PT-SP), tesoureiro da candi-datura de Dilma à reeleição, procurou parlamentares go-vernistas e da oposição para discutir sua nomeação para a APO (Autoridade Pública Olím-pica), que precisa da aprovação do Senado.

Do contra O Planalto se irritou com movimentos de Eduardo Paes (PMDB) contra a indicação de Edinho. Dilma disse a aliados que o prefeito carioca foi “desleal”.

Sem... Kátia Abreu (Agricultu-ra) levou para seu novo gabinete um boneco do Sansão, coelho de pelúcia da Turma da Môni-ca – presente que ganhou de funcionários da CNA (Confede-ração Nacional da Agricultura) por seu temperamento forte.

... desaforo A ministra diz que Izabela Teixeira (Meio Am-biente) tem um boneco igual em sua sala.

Para sair das cordas

Contraponto

Na audiência que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve com índios caia-pós na quarta-feira para discutir o projeto que altera a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas, um líder tupi que não fazia parte do grupo chamou atenção dos demais. Filiado ao PSOL, ele se apresentou de maneira inusitada:– Sou Paulo Apurinã, cacique do PSOL – disse.Cunha aproveitou para brincar com o termo “cacique”, usado para designar diri-gentes partidários.– Ah, a presidência da Câmara já me deu a oportunidade de descobrir que no PSOL também tem cacique...

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Tribo socialista

Tiroteio

DO LÍDER DO DEM NO SENADO, RONALDO CAIADO (GO), sobre a queda da avaliação da presidente Dilma Rousseff no início de seu segundo mandato.

Em apenas um mês de verdades após uma campanha cheia de mentiras, os brasileiros já decretaram o impeachment de Dilma.

Um bom governante, como um bom estrategista, não pode empreender qualquer movimento ou plano que de-teriore seu vetor de peso. A lição é do professor Carlos Matus, que mostra, em seu livro “Estratégias políticas”, como os gestores governamentais devem agir para viabilizar suas ad-ministrações e fortalecer seu capital político. O sociólogo aponta quatro variáveis que balizam o sucesso ou o fracasso de um governante: a viabili-dade política, a viabilidade econômica, a viabilidade cognitiva e a viabilidade organizativa. Tentemos puxar esse conjunto de possibilidades para uma avaliação, mesmo passageira, da pre-sidente Dilma Roussef, na decolagem de seu segundo mandato.

De início, vale registrar que a man-datária terá pela frente quase quatro anos no comando do governo, tendo condições, portanto, de resgatar prestí-gio e credibilidade, à medida que o país volte a crescer e, por consequência, o Produto Bruto da Felicidade Nacional (PNBF) expanda sua taxa junto aos segmentos da pirâmide social. Mas a pergunta está no ar: quando isso vai ocorrer? A hipótese mais corriqueira é a de que o país entrará em prolongado ciclo de baixo crescimento. Sob essa moldura, podemos fazer o exercício analítico, usando as variáveis do ex-ministro chileno do governo Allende.

Na frente política, o segundo manda-to da presidente Dilma começa com um revés, a eleição do deputado Eduardo Cunha, transformado por inabilidade da articulação política do governo, no ícone das oposições, quando seu partido, o PMDB, faz parte da base governista e o vice-presidente da Re-pública, Michel Temer, é o comandante do partido. O mais provável é que Michel, por sua habilidade, consiga aparar arestas, mas o novo presidente da Câmara não perderá a oportuni-dade para fustigar os costados do governo. O Parlamento deverá abrir mais um inferno astral, nas próximas

semanas, quando cerca de 30 a 40 nomes de políticos aparecerão na lista de propinas da Petrobras.

Some-se isso às demandas repri-midas da base governista e ao grito estridente dos oposicionistas para se chegar à hipótese de que a relação en-tre Executivo e Legislativo será cheia de percalços. Se o clima ambiental piorar, a partir do bolso mais apertado das classes médias e cesta básica menor nas margens, é razoável aduzir que a presidente Dilma prolongará seu calvário. A nomeação de Aldemar Bendini para dirigir a Petrobras não estanca a sangria na empresa. Sua imagem não é boa. Portanto, a viabi-lidade política da presidente tende a entrar em curto circuito, ainda mais quando o PT, ente que está no centro do poder há 12 anos, enfrenta a maior crise de sua história. Comemora 35 anos sob pedradas e com o cofrinho cheio: US$ 200 milhões de dólares de propina em 10 anos, segundo o delator Pedro Barusco.

Na frente econômica, Joaquim Levy suga verbas de todos os lados, na cren-ça de que a ortodoxia – leia-se cortar despesas e aumentar receitas – será a salvação da pátria. Pode ser. Mas sua mão de tesoura apertará bolsos e estômagos das margens sociais, inclu-sive os grupamentos já assistidos pelo Bolsa Família, além do contingente que ascendeu à classe C. Os gogós das ruas gritarão contra o sufoco dos bolsos, fazendo emergir a hipótese: antes de ser salva pelo “Deus economicus”, a presidente passará boa temporada no fundo do poço da imagem.

A imagem do governo é negativa. Corroída por escândalos. A avaliação sobre o governo cai vertiginosamente. Não há passagem do Mar Vermelho à vista. E ninguém com jeito de Moisés para levar o povo à Terra Prometida. Lula? Deixou de ser profeta, está calado e com receio.

Twitter: @gaudtorquato

Gaudêncio Torquato [email protected]

Gaudêncio Torquato

Gaudêncio Torquato

Jornalista, pro-fessor da USP,

consultor político e de comunicação

Joaquim Levy suga verbas de todos os lados, na crença de que a ortodo-xia – leia-se cortar despe-sas e aumen-tar receitas – será a salvação da pátria. Pode ser. Mas sua mão de tesoura aper-tará bolsos e estômagos das mar-gens sociais, inclusive os grupamentos já assistidos pelo Bolsa Família

Viabilidade do segundo mandato

Olho da [email protected]

Enfi m, está revelado o que tanto as autoescolas ensinam aos motoristas para que o trânsito de Manaus não saia do lugar para não provocar acidentes. “Paciência, não sou loura(o) sou apenas recém-habilitada(o)”. E (o)a recém segue em frente com aquela fi loso-fi a da vaca: mascando chicletes e andando. Se buzinar ela(e) chora e diz que vai embora

IONE MORENO

Frase

Nenhum deus aprova o terrorismo. Os autores desses crimes traem a sua fé, em vez de defendê-la. O Esta-do Islâmico é um culto à morte brutal e perversa que, em nome da religião, comete atos impronunciáveis de barbárie. Como pessoas de fé, estamos chamados a pressionar contra aqueles que tentam distorcer nossa

religião, qualquer religião, para seus próprios fi ns niilistas

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, voltou a condenar a brutalidade do Estado Islâmico, em um café da manhã

ecumênico em Washington, capital do país.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015 A5Política

Após 45 dias de fé-rias, os deputados estaduais da As-sembleia Legislati-

va do Estado do Amazonas (Aleam) ganharão mais 11 dias de ‘descanso’. O motivo é o período de Carnaval, que fez a casa legislativa ‘esti-car’ o feriado de momo até a segunda-feira, dia 23.

Na última sexta-feira, dia 6, o vice-presidente do par-lamento, deputado Belarmi-no Lins (PMDB), anunciou que os trabalhos no plenário deverão ser suspensos na próxima quinta-feira, dia 12, e retomados apenas dia 24. Mas, para não desfalcar os trabalhos, os deputados decidiram antecipar a vota-ção e realizarem sessões ex-tras, como a que aconteceu na última sexta-feira, dia 6. “Vamos trabalhar nesta sexta (6), segunda (9), terça (10) e quarta (11), entrando em recesso parlamentar a partir de quinta-feira (12),

só retornando ao parlamen-to para as atividades plená-rias na terça-feira (24), mas estamos fazendo sessões compensatórias para repor esses dias”, esclareceu Be-larmino Lins.

Com a suspensão dos tra-balhos, projetos de lei, como a análise dos projetos da Reforma Administrativa do governo do Estado fi carão para depois do Carnaval. De acordo com presidente da Aleam, Josué Neto (PSD), os projetos relacionados á re-forma ainda não chegaram na casa legislativa, e que a votação deles poderá fi car para depois do dia 24, por-que não haverá tempo hábil para votá-las por conta da vinda de secretários na casa que deverão esclarecer dú-vidas dos deputados sobre os projetos.

Outro projeto que ficará aguardando o retorno dos trabalhos será a matéria que reajusta em 14,6% os

salários dos conselheiros, auditores e procuradores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e dos dois primeiros vetos do Exe-cutivo a projetos de lei aprovados na Assembleia Legislativa (ALE).

Na semana passada, o presidente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE), conselheiro Josué Filho, acompanhado do conselhei-ro Érico Desterro, fez uma demonstração do Relató-rio Anual e do balanço do tribunal, para justifi car “a saúde fi nanceira” do órgão para arcar com o aumento de 14,6% dos vencimentos dos seus conselheiros, au-ditores e procuradores. O presidente Josué Filho disse que foi demonstrado na reu-nião que o TCE tem meios para arcar com o aumento, tanto no saldo orçamentá-rio, quanto no saldo real. “A saúde fi nanceira do TCE é boa”, disse Josué Filho.

Porém, apesar dos esforços dos conselheiros, a propos-ta só deverá ser votada após o Carnaval.

‘Vira-casaca’ O recesso dos parlamen-

tares também servirá pa-rea fortalecer o bloco dos “vira-casacas”, pois mal co-meçaram os trabalhos na assembleia, e os aliados do senador Eduardo Bra-ga (PMDB) já “trocaram de time” e declararam apoio à base do governo na casa.

Segundo parlamentares, essa pausa será estratégica para que ocorram conversas “informais” entre deputa-dos para trazê-los à base governista. Entre os prin-cipais “vira-casacas” estão: Sinésio Campos (PT), Der-milson Chagas (PDT,) Adjuto Afonso (PP) e Alessandra Campêlo (PCdoB).

Durante a campanha eleitoral passada, esses parlamentares seguiram a

orientação de seus partidos e apoiaram o candidato der-rotado nas últimas eleições, hoje ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Porém, após a entrada na Aleam, pela coligação de Braga, já deram sinais de apoio aos governistas.

O deputado estadual Si-nésio Campos (PT) uniu-se aos aliados e ajudou a ele-ger o deputado Josué Neto como presidente da casa e ignorou a candidatura do colega de partido, José Ri-cardo (PT), na disputa pelo cargo. Ele afi rmou que vai vai trabalhar de acordo com os interesses dos amazo-nenses. Vale lembrar que Sinésio já foi líder do go-verno por 8 anos e entregou a função em maio de 2014, após o seu partido ofi ciali-zar o apoio a candidatura de Eduardo Braga (PMDB).

Embora seja classifi cado pelo colegas como gover-nista, o deputado Dermilson

Chagas negou a mudança de postura e afi rmou que não adotará postura de opo-sição, mas agirá de maneira racional e coerente com os interesses do povo.

Membro do partido da candidata a vice-gover-nadora derrotada Rebec-ca Garcia (PP), o depu-tado Adjuto Afonso (PP), que compõe a atual mesa diretora com o cargo de 2º secretário, afi rmou que é necessário estar atento às propostas que benefi ciarão a população. “Não se pode fazer ‘opo-sição costumeira’. Tem de ver o que é melhor para o Estado”, justifi cou.

Única deputada eleita desta legislatura, a comu-nista Alessandra Campelo (PCdoB) também já se po-siciona a favor do direcio-namento governista, mes-mo após o partido a que pertence estar ao lado do senador Eduardo Braga.

‘FOLIA’ DOS DEPUTADOS SERÁ DE ONZE DIAS

Parlamentares vão suspender os trabalhos entre os dias 12 e 23 de fevereiro por conta do Carnaval

A05 - POLÍTICA.indd 5 8/2/2015 19:37:05

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

OAS pagava R$ 600 mil/mês ao seu presidente

A empreiteira OAS faturou tanto, no esquema do Pe-trolão iniciado em 2004, no governo Lula, e desmantelado pela polícia em 2012, que não se importava de pagar R$ 600 mil por mês ao principal execu-tivo, José Aldemário Pinheiro Filho, vulgo “Leo Pinheiro”, que tem 10% da OAS. Agora sob recuperação judicial, e com Leo preso, a empresa negociou acordo antecipando um ano de “salários”, cerca de R$ R$ 7,2 milhões.

Três capitãesNa carceragem da PF em

Curitiba, o principal executivo da OAS divide uma pequena cela com três outros capitães da construção civil.

Eles já tiveram o poderEstão na mesma cela na PF,

além de Pinheiro, o presiden-te da UTC, Ricardo Pessoa, e o vice-presidente da Engevix, Gerson Almada.

ConvivênciaHabituado à vida confortá-

vel e aos hotéis de alto luxo, Pinheiro, Pessoa e Almada usam o banheiro da cela. E com plateia, sem priva-cidade.

Língua nos dentesA força tarefa da Lava Jato

avalia que os três empreitei-ros têm muito a revelar, nos depoimentos. E que estão quase maduros para fazê-lo.

Governo ignora Lei an-titerror: autor é de opo-sição

A 18 meses das Olimpía-das do Rio, onde o risco de atentados é real, o Brasil não dispõe lei que tipifi ca o crime de terrorismo. Vários governos já manifestaram preocupação ao Brasil ofi -

cialmente, mas o projeto que defi ne juridicamente o ato de terror, do planejamento à execução, dormita há dois anos. O governo ignora o projeto pelo seu conteúdo e porque o autor é um deputado de oposição: Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Trinta anosO projeto de combate ao

terrorismo defi ne penas que podem chegar a 30 anos de prisão, em caso de ato terro-rista que resulte em morte.

VexameApesar de signatário de

tratados e resoluções inter-nacionais sobre o terror, a lei brasileira não prevê (nem pune) o crime de terrorismo.

‘Sensibilidade’Na avaliação dos EUA, va-

zada no Wikileaks, uma das “heranças da ditadura é a sensibilidade em relação ao que constitui terrorismo.”

Fusão é para fracosGilberto Kassab (Cidades)

acalmou o PMDB com a promessa de que apoiará o projeto que difi culta a fusão de partidos. Mas a medida não altera a criação do PL, a nova sigla de estimação do ministro Kassab.

Hora de polarizar Deputados do PMDB se re-

únem nesta segunda (9) para tentar acordo em torno de um candidato único a líder pelo Nordeste. Leonardo Picciani (RJ) jura que já tem 28 dos 65 votos. E negocia mais oito.

Procura-seCom Sibá Machado (AC)

à frente da liderança, o PT busca “pizzaiolo de fi bra” para presidir o Conselho de Ética em tempos de Pe-trolão. O escolhido terá a missão de salvar a pele de

envolvidos no escândalo.

Sangue no olhoO PSDB avalia apoiar o depu-

tado Marcos Rogério (PDT-RO) ou José Carlos Araújo (PSD-BA) para presidir o Conselho de Ética. O clima no tucanato é de caça às bruxas, ou melhor, caça aos “petroleiros”.

Começou malPromessa de campanha do

governador Rodrigo Rollem-berg (DF), o corte de car-gos em 60% está longe de ser cumprido: em janeiro, 9,5 mil comissionados ganharam uma boquinha, contra 1,2 mil exonerações.

Muito em comumO deputado Rodrigo Maia

(DEM-RJ) tem mais em comum com o Planalto do que imagina. Filho do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, Rodrigo segue a mesma dieta que a presidenta Dilma e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: o cha-mado “método Ravenna”.

Toma lá, dá cá A campanha ostensiva do

governador do Rio, Luiz Pezão, e do prefeito Eduardo Paes por Leonardo Picciani para líder do PMDB foi vista como um gesto para o deputado abrir mão de disputar a prefeitura em 2016.

CPI da Petrobras IIIO presidente do SD, Paulo

Pereira (SP), assumirá como membro titular da nova CPI da Petrobras na Câmara. Para suplente, o partido indicará o deputado João Henrique Caldas, mais conhecido como ‘JHC’ (AL).

Pensando bem…… Graça Foster entrou nos

quadros da Petrobras como estagiária, há mais de 30 anos. Tudo que fez, apendeu na estatal.

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Decepcionante”

RUBENS BUENO (PPS-PR), sobre o novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine

PODER SEM PUDOR

Mato sem cachorroGetúlio Vargas depôs Washington Luís,

no começo dos anos 30, e iniciou um pro-cesso de mudanças. O ex-presidente se exi-lou nos Estados Unidos e acompanhava à distância os movimentos do ditador. Certo dia, ele soube que, apesar das promessas de mudança, Getúlio reconduzira Coriolano de Góes ao cargo de Chefe de Polícia, que exercera no governo deposto.

Informado, Washington Luís sorriu, afagou seus bigodes e observou:

– Este Getúlio está perdido. Caçando com meus cães, vai acabar como eu: num mato sem cachorro.

Pesquisa Datafolha realizada este mês aponta um aumento da negatividade da petista em relação à última pesquisa

Governo de Dilma recebe 44% de avaliação negativa

DIVULGAÇÃO

O governo da presi-dente Dilma Rous-seff (PT) foi avalia-do negativamente

por 44% dos entrevistados, segundo pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (7). O índice de eleitores que avaliaram o governo da petista como “ótimo” ou “bom” é de 23%.

Os dados mostram uma que-da na popularidade da presi-dente, pois na última pesquisa divulgada pelo instituto, em 3 de dezembro de 2014, Dilma tinha avaliação positiva de 42% dos entrevistados. Ou-tros 24% disseram no ano passado que o governo da presidente era “ruim” ou “pés-sima”. Para 46% dos eleitores ouvidos pelo instituto, Dilma mentiu durante a campanha eleitoral do ano passado. Ou-tros 14% acreditam que a então candidata falou apenas mentiras durante o processo. A pesquisa Datafolha mostra

ainda que 47% dos brasilei-ros consideram a presidente desonesta, 54% a consideram falsa e 50%, indecisa.

Caso Petrobras Ainda segundo o Datafolha,

apenas 14% dos eleitores acre-ditam que Dilma não sabia do esquema de corrupção na Petrobras. Outros 77% dos entrevistados acreditam que a presidente Dilma sabia do es-quema. Destes, 52% disseram que ela sabia dos desvios na estatal e deixou que o esquema continuasse. Para 25% dos que disseram que a petista sabia dos desvios, mesmo sabendo, a presidente nada pôde fazer.

De acordo com a pesquisa, 21% dos entrevistados apon-taram a corrupção como o maior problema do país. O tema só fi cou atrás da saúde, que contabilizou 26%.

Ainda segundo a pesquisa, 55% dos brasileiros acreditam que a situação da economia

vai piorar nos próximos meses. O pessimismo nas expecta-tivas da população disparou em comparação ao penúltimo levantamento do instituto, re-alizado em dezembro, quando 28% dos entrevistados espera-vam a piora da economia.

Segundo o instituto de pesquisa, este é o patamar mais alto de pessimismo dos brasileiros desde dezembro de 1997, ano em que a per-gunta passou a ser elabora-da pelo Datafolha. Ainda de acordo com o levantamento, oito em cada 10 entrevista-dos apostam na elevação da infl ação daqui para a frente (81%, em comparação com 54% na pesquisa realizada em dezembro).

O Datafolha fez a pesquisa entre terça-feira (3) e quinta-feira (5). O instituto ouviu 4 mil eleitores em 188 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

PSB prepara ato para mulheres

MOBILIZAÇÃO

Com a aproximação do Dia Internacional da Mu-lher, comemorado no dia 8 de março, a nova diretoria da Secretaria Municipal de Mulheres do Partido Socia-lista Brasileiro (PSB), eleita para o triênio 2015 -2017, já se prepara para realizar o primeiro evento do ano: o Dia da Mulher.

No último sábado (7), a di-retoria se reuniu na sede do partido, localizado no centro da cidade, para organizar e discutir os preparativos para o grande dia. De acordo com a presidente eleita, Es-tela de Lima, as conquistas

das mulheres na política, tais como, os avanços dos direitos trabalhistas das do-mésticas será o tema em destaque. “A ideia da nos-sa ação que será realizada na Praça da Polícia é de conscientizar as mulheres para a importância delas na participação da política brasileira. Além de mostrar os avanços conseguidos ao longo dos anos, podemos ressaltar o mais recente que é a conquista das domésti-cas em relação à carteira de trabalho”, destacou Estela.

O dia 8 de março, se-gundo ela será de muitas

atividades para as mulhe-res do PSB. “As mulheres do partido estarão às 8h da manhã na praça distri-buindo 5 mil panfl etos edu-cativos e 2 mil rosas para as mulheres guerreiras que ajudam a contribuir para o desenvolvimento do nosso Amazonas”, ressaltou.

Uma das metas do partido, segundo o presidente regio-nal do PSB, vereador Marce-lo Serafi m é fortalecer ainda mais a Secretaria de Mulhe-res. Para isso, segundo ele, o partido buscará de forma incansável a renovação na política Amazonense.

Mulheres do partido se preparam para uma mobilização no dia 8 de março no Centro

DIVULGAÇÃO /PSB

Pesquisa mostrou ainda que 47% dos brasileiros acham a presidente uma pessoa desonesta

A06 - POLÍTICA.indd 6 8/2/2015 19:48:33

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Bica e Difusora arrastam 50 mil foliões ao CentroPraticamente única banda a manter a tradição genuinamente carnavalesca, Bica levou descontração e sátira às ruas

A tradicional Banda da Bica, levou cerca de 50 mil foliões no último sábado (7), ao largo São

Sebastião. Com o tema “Na Bica não tem conflito, votamos em careca e gostamos de pe-riquito”, os brincantes caíram na folia ao som de marchinhas, frevo e samba.

De acordo com um dos fun-dadores e compositor de 12 marchinhas, entre elas a que se refere ao tema da Bica, o jornalista Mário Adolfo disse que o tema este ano é “uma as-sociação às eleições acirradas para o governo e ao massacre de periquitos na avenida Ephi-gênio Sales, sempre com um tom de humor”, disse.

Segundo ele, a banda da Bica reúne de crianças a idosos, e a intenção maior é a diversão. O movimento começou por volta do meio-dia e com previsão de encerramento à meia-noite de sábado. “Tudo começou em 1987. Era uma confraria que sempre se encontrava no bar do Armando, quando ainda havia repressão da ditadura e hoje reúne um público cada vez maior e diversificado”, lembrou.

A porta-estandarte da Banda

da Bica, a jornalista Emyle Araú-jo, começou seu desfile na frente do palco montado ao lado do Bar do Armando e em seguida con-duziu os foliões para dentro do bar, onde havia o segundo palco. Emyle atua nisso há sete anos e, segundo ela, tudo começou de uma maneira inusitada. “Um dia a porta-estandarte faltou, e como eu conhecia todos da organização, pediram-me para entrar, e desde então estou no posto”, explicou.

Outra atração foi a bateria da Escola de Samba Reino Unido da Liberdade, que se apresentou no palco montado fora do bar e alegrou os foli-ões que preferiram se divertir do lado de fora do recinto.

De acordo com uma das or-ganizadoras, Ana Cláudia So-eiro, filha de Armando, morto em 2012, é uma responsa-bilidade estar à frente dos trabalhos em parceria com os demais organizadores e colaboradores. Segundo ela, a banda não pode parar. “Ela já faz parte da tradição do Carnaval de Manaus. Eu trato com muito carinho, com muito prazer para manter viva a memória do meu pai. Eu me emocionei quando a banda começou a tocar. E ver as pessoas de todas a idades

vindo para brincar é muito bom”, destacou.

Os brincantes dançaram ao som de marchinhas e frevo das bandas Cauxi Eletrizado e De-mônios da Taz Mania, que está na Bica desde sua fundação.

Paralela à Banda da Bica, na avenida Eduardo Ribeiro houve também a Banda da Difuso-ra. Com 20 anos de tradição, a banda trouxe como atração para o público as bandas Frevo Manaus; Banda Marrakesh, Os Embaixadores, bateria da Vitó-ria-Régia e Júnior e Banda.

De acordo com a Polícia Mi-litar (PM), 400 policiais foram deslocados para cada banda.

MorteUm homem, aparentando

25 anos, foi encontrado mor-to com sinais de espanca-mento próximo ao local da Banda da Bica, na rua 10 de Julho, por volta das 22h.

O Instituto Médico Legal (IML) informou que a morte foi causa-da pelas pancadas na cabeça. O homem de cor parda, cabelos enrolados e tatuagem de estrela nos ombros ainda foi removido para o pronto socorro João Lú-cio, mas não resistiu.

(Com texto de Ana Sena, do AGORA) Até o ator Cauã Reymond apareceu na banda O dia seguinte, foi momento de limpar a área

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Bebê é deixada em ramal

Enrolada em um len-çol e abandonada em frente a uma residên-cia, uma menina de apenas 10 meses foi encontrada pelo dono do imóvel na madruga-da de ontem por volta das 3h, no ramal do Cetur, bairro Tarumã, Zona Oeste.

Conforme a Polí-cia Militar, o dono da casa ouviu o choro da criança e abriu a porta para verificar, encon-trando o bebê. O mo-rador acionou a polícia, enquanto sua esposa cuidava da menina.

De acordo com o te-nente Cardoso, da 20ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), o ramal é escuro e aban-donado, e poucas pesso-as ainda moram na re-gião. “Quem abandonou esse bebê não foi visto no local e a criança não é conhecida na área”.

Segundo a polícia, a menina não apresenta-va sinais de violência ou maus-tratos. Ela foi encaminhada à Dele-gacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Dep-ca), onde recebeu os cuidados necessários, e depois levada para a Central de Resgate Social, no Centro, para aguardar a identifica-ção da mãe.

ZONA OESTEIrmãos morrem na rodovia AM-070 após capotamento

Um carro tipo Pajero com sete ocupantes capotou na manhã de ontem na rodo-via Manoel Urbano (AM-070) próximo ao Cacau-Pirêra, município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus). O acidente matou os irmãos Je-fferson Cordeiro de Assis, 28, que conduzia o veículo, e Eliana Cordeiro de Assis, 30.

Outros dois ocupantes do carro, Patrícia Carvalho de Melo e Ayrton Nogueira Go-mes, sofreram escoriações leves e foram conduzidos para o hospital e pronto-socorro 28 de Agosto e João Lúcio, em Manaus.

Dentro do veículo havia uma caixa térmica, supos-tamente usada para arma-zenar bebidas, mas a Polícia Militar de Iranduba não con-firmou se o motorista havia ingerido álcool.

À tarde, por volta das 13h30, o capotamento de um Celta preto, placa JWS-9926, na avenida Oitis, bairro Armando

Mendes, Distrito Industrial 2, Zona Leste, deixou pai e filho gravemente feridos. Josino Gomes de Almeida, 39, con-dutor, perdeu o controle do carro no sentido bairro-Cen-tro. Com o impacto, seu filho Josiney da Silva de Almeida, 19, foi jogado para o banco de trás do veículo.

As vítimas foram resgata-das pelo Corpo de Bombei-ros, que teve de utilizar o desencarcerador para cortar as ferragens do veículo. Pai e filho foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encami-nhados em estado grave para o hospital João Lúcio.

Uma jovem de 18 anos, Suelen Dantas, morreu de-pois que o carro em que estava, um Prisma, colidiu com um poste por volta das 23h31 da noite de sábado (7), na avenida das Torres.

Além de Suelen, Madalena Leal Coelho, 15, Liliane Leal Coelho, 18, e Ebson Lima, 23, condutor do carro, estavam no veículo e ficaram feridos.

ACIDENTESSAÚDE

Fuam faz campanha contra DSTsO governo do Amazonas,

por meio da Fundação Alfre-do da Matta (Fuam), realizou no último sábado (7) ações de sensibilização com a distribui-ção de panfletos educativos e preservativos durante a pro-gramação das bandas da Bica e da Difusora. O ato faz parte da programação de Carnaval da Fuam e se estenderá até o dia 15 de fevereiro, com o objetivo de alertar a população para as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids.

Os trabalhos são coordena-dos pela equipe de profissio-nais da Gerência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (GDST) da instituição em par-ceria com a Coordenação Mu-nicipal de DST/Aids/Manaus. Segundo o coordenador da Gerência de DST da Fuam, Carlos Alberto Barros, é ne-cessário intensificar as ações devido aos altos índices de casos confirmados de HIV na capital, principalmente entre a população jovem.

“É importante fazer essas

ações porque os casos de HIV têm aumentado em nossa cidade. Conforme dados da coordenação municipal, em 2013 foram 1.100 casos con-firmados e em 2014 tivemos 1.305 casos, sendo a maioria em pessoas do sexo masculino

com idade entre 24 e 30 anos. Mas vale destacar também que vem crescendo a incidência entre os adolescentes”, frisou o coordenador.

A festa de maneira cons-ciente animou ainda mais os foliões. O autônomo Rei-

naldo Santos, 57, prestigiou a tradicional Banda da Bica com os amigos e disse que é necessário sempre lembrar dos cuidados com a saúde. “É válido tudo isso porque a saúde é algo sério e não podemos ignorar. E Carnaval bom é assim, com muita alegria e conscientização”, disse.

Programação internaAlém de ir às ruas, a equipe

da GDST/Fuam também re-alizará uma programação no dia 13 de fevereiro, na sede da instituição, com palestras, distribuição de kits com pan-fletos e preservativos.

A Fundação Alfredo da Matta é um órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) e atende pessoas suspeitas de DST pela demanda es-pontânea ou referenciado da rede. Toda pessoa que vem com suspeita de DST é aten-dida e oferecido um atestado sorológico para HIV, sífilis e hepatite do tipo B e C.

Preservativos foram distribuídos pela fundação nas bandas realizadas no final de semana

PROGRAMASO ato faz parte da pro-gramação de Carnaval da Fuam e se estenderá até o dia 15 de feve-reiro, com o objetivo de alertar a população para as Doenças Sexu-almente Transmissíveis (DST) e Aids

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Com seus bonecos gigantes, a Bica reforçou sua tradição do Carnaval de rua de Manaus

Acidente com a Pajero aconteceu perto do Cacau-Pirêra

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MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

Equipe EM TEMPO ONLINE

ANA SENAEquipe do AGORA

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A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Ato homenageia militares assassinados no AmazonasVinte e dois policiais militares e um bombeiro mortos desde 2013 foram relembrados em solenidade na Ponta Negra

A praia da Ponta Ne-gra, Zona Oeste de Manaus, recebeu na manhã de ontem uma

ação para lembrar os 22 mi-litares mortos bandidos entre 2013 e janeiro deste ano.

Promovida pela Associação dos Praças do Estado do Ama-zonas (Apeam), o ato serviu como protesto para que o Es-tado melhore o material de se-gurança para o profissional que atua diariamente no combate ao tráfico de drogas, brigas e assaltos, entre outros.

Policiais engajados na as-sociação prestaram suas ho-menagens vestidos de preto, representando luto.

Vinde e duas cruzes pretas foram colocadas na areia da praia da Ponta Negra, com boi-nas e flores para relembrar os militares mortos. O presidente da Apeam, soldado da Polícia Militar Gerson Feitosa, a ação serviu para apresentar a socie-dade a fragilidade dos profissio-nais da segurança pública.

Gerson informou que 21 dos mortos foram policiais militares, e o outro, bombei-ro. “A história de vida desses guerreiros deve ser lembrada

sempre, e a luta pela melhoria no trabalho de nossa cate-goria jamais esquecida. Com essa situação de risco, é triste ver o silêncio das instituições militares estaduais diante das mortes, e por isso associação desde o ano passado realiza atos como este”, disse.

Para Gerson, com a violên-cia mais presente na socieda-de, o trabalho dos militares tem sido cada vez mais pre-ocupante. “Os militares não possuem instrumento de de-fesa do próprio homem. O Es-tado investe em carros para as guarnições, armamento, mas o homem não tem esse mesmo olhar, são pessoas que oferecem a própria vida para proporcionar segurança à sociedade”, explicou.

Mortos em folgasO diretor de comunicação da

associação, Lairton Silva, rela-tou que a maioria dos policiais mortos não estava em servi-ço, mas por causa da respon-sabilidade que assumem em sua formação, foram mortos quando tentavam garantir a segurança, mesmo sem qual-quer material. “Os casos estão relacionados a tentar desar-mar um assaltante, desapartar brigas e outros”, afirmou.

Familiares dos militares fa-lecidos também participaram da ação aos militares mortos. Entre eles estava o sargento da 19ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), Remil-son Meza, que em 2013 perdeu o irmão caçula em Coari, o soldado José Meza da Silva, morto com um tiro na cabe-ça após investigar denúncia de que dois homens estavam comercializando e usando entorpecentes em uma casa abandonada. Ele nem chegou a abordar os suspeitos, pois foi logo alvejado.

O sargento contou que dia-riamente, antes de sair para o trabalho, se despede da família como se fosse a última vez que a veria, pois o seu tra-balho o coloca em risco, mas sabe sua importância para a segurança da sociedade.

Meza relatou que ainda não se conformou com a morte do irmão, principalmente por ter outro irmão que também traba-lha na área militar, que precisou passar por tratamentos sérios para voltar ao trabalho.

Pessoas que passavam pela praia também participaram das homenagens rezando o Pai-Nosso pelas almas dos faleci-dos. Outros atos estão sendo programados pela associação.

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Cruzes pretas com boinas foram fincadas na areia da praia para homenagear os militares mortos

ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO

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plateia@emtempoºcomºbrMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015 (92) 3090-1042 Página B2

Blocos agitam pré-carnaval do Rio

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AÇÃO

‘Fui extorquida para vê-lo pela última vez’, diz MariaA afi rmação é da tia do brasileiro Marco Archer Cardoso, executado pelo governo da Indonésia por tráfi co de drogas, em janeiro

Maria de Lourdes Archer Pinto foi avisada da execução do sobrinho Marco a tempo de visitá-lo

A advogada Maria de Lourdes Archer Pinto, 61, em entrevista con-cedida à Folha de São

Paulo, diz ter sido obrigada a pagar propina a um motorista da prisão na Indonésia para conseguir ver o sobrinho, Mar-co Archer Cardoso Moreira, 53, horas antes de ele ter sido executado, no dia 18 de janeiro (tarde do dia 17 no Brasil).

Ela diz ter sofrido “toda a sorte de humilhações”. Segundo ela, dois funcionários do gover-no brasileiro testemunharam o episódio – um deles também relatou à “Folha de São Paulo”. Na última sexta-feira, dia 6 de fevereiro, a reportagem não conseguiu contato com a baixa-da da Indonésia em Brasília.

Maria de Lourdes foi a última a ver Marco vivo, no complexo Nasukambangan, em Cilacap, a 400 quilômetros de Jacar-ta, capital da Indonésia. Ao relembrar dos últimos dias, ela agradeceu a ajuda do Ita-maraty e disse que deixou o sobrinho supor que o visitaria no dia seguinte.

Primeiro brasileiro executa-do em tempos de paz, Archer fora preso em 2003, ao tentar entrar no país com 13,4 quilos de cocaína. Ele foi cremado – as cinzas serão depositadas em um cemitério de Manaus nas próximas semanas.

Folha – Como foram as últimas horas da senhora antes da visita ao Marco?

Maria de Lourdes Archer Pinto – No sábado, véspera da execução – foram duas horas de tremenda tortura e sofri-mento à espera da liberação da visita pelas autoridades.

Para completar, fui extorquida no momento em que o ôni-bus me levaria até a prisão, para vê-lo pela última vez.

Como foi?O ônibus não saía do lugar e

fi cou simulando esperar outras pessoas – e o tempo já estava passando. Ao propor dinheiro, imediatamente me levaram à prisão. Se não pagasse eles não sairiam. Foram tão corruptos que não sabiam que não levava dinheiro – era proibido levar bolsa à visita - que foram bus-

car a propina no hotel em que estava -, no mesmo dia [antes do Marco ser morto]. Pediram 500 mil rupias indonésias (R$ 109) e dei 300 mil (R$ 66).

E a última visitaao Marco?Não houve clima de último

encontro, último pedido, por-que deixei que ele pensasse que eu voltaria no domingo para visitá-lo e que o papa poderia reverter o quadro [o Itamaraty chegou a pedir ao Vaticano que interviesse]. Mas o nosso encontro foi em cli-

ma de muito amor, abraços, beijos e choros.

Como ele estava?Estava muito nervoso e agi-

tado. Não acreditava no que estava por vir. Perguntei se ele havia se arrependido do que fez [do tráfi co de drogas]. Ele disse que sim. Aí rezei uma Ave Maria. O Marco disse que seria morto, mas que os che-fões da droga continuariam vivos na prisão.

De que maneira a se-nhora soube que ele seria executado?

Recebi uma mensagem ur-gente de um guarda da prisão de que o Marco havia sido retirado da cela e isolado para execução. Foi um desespero, mas consegui antecipar a mi-nha viagem para lá [ela já iria visitá-lo]. Cheguei lá depois de 48 horas de avião, mas dez horas de carro, sozinha e sem saber falar inglês.

Ele nunca escondeu en-volvimento com tráfi co de drogas. Como foi a relação da senhora com ele?

Foi tudo muito difícil desde o início, primeiro por nunca ter sido mãe e pela pouca convivência com o Marco nos últimos 30 anos. Eu moro em Manaus e ele em Bali. Passei a ter contato com ele depois que a minha irmã morreu, em 2010. Tivemos confl itos no início, mas graças a Deus tivemos tempo para recons-truir nossa relação familiar. Agora estou me recompon-do, embora com muitas sau-dades, pois nos falávamos quase que diariamente.

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Mário Goes, que teve nome indicado durante delação premiada, se apresentou à PF de Curitiba

Último foragido entrega-se à PFBrasília - O último inves-

tigado na nona fase da ope-ração Lava Jato que faltava ser preso entregou-se, on-tem, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde os demais envolvidos estão presos. Mário Frede-rico Mendonça Góes estava foragido desde quinta-feira, dia 5 de fevereiro, quando teve a prisão decretada, mas ele não fora encontrado em seu endereço na cidade do Rio de Janeiro.

Segundo o Ministério Pú-blico Federal (MPF), Góes operava um esquema de cor-rupção na Petrobras usando a mesma forma de atuação do doleiro Alberto Youssef e do empresário Fernando Baiano. Da mesma forma que os dois, Góes recolhia a propina de empresas pri-vadas para os agentes da companhia e ocultando a origem dos recursos.

Mário Góes apareceu nas investigações por meio de de-lação premiada do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e de depoimento espontâneo

de Cíntia Provesi Francisco, ex-funcionária da Arxo In-dustrial, cujos sócios foram presos, acusados de pagar propina à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Com o dinheiro oriundo de pagamentos indevidos, conforme a denúncia Mário Góes é suspeito da compra de um avião particular, que fora registrado em nome de sua própria empresa, a Riomarine Óleo e Gás.

A ex-funcionária da Arxo afi rmou que os pagamentos de propina eram interme-diados por Mário Góes. Para dar aparência de licitude aos contratos, a Arxo usava notas fi scais frias compradas de ter-ceiros, segundo a denúncia.

Pedro Barusco disse que havia um “encontro de con-tas” entre ele e Góes, nos quais eram entregues “mo-chilas com grandes valores de propina, em espécie”, que variavam entre R$ 300 mil e R$ 400 mil. No local do encon-tro, era feita a conferência de cada contrato, contabili-zando-se as propinas pagas

e as pendentes.De acordo com o Ministé-

rio Público Federal, Gilson João Pereira e João Gualber-to Pereira, sócios da Arxo, e Sérgio Ambrósio Marça-neiro, diretor fi nanceiro, pa-gavam propina para obter contratos com a BR Distri-buidora. Todos estão presos na Superintendência da Po-lícia Federal em Curitiba. Os pagamentos ocorreriam em contratos com a BR Aviation, empresa da Petrobras espe-cializada no abastecimento de aeronaves. A Arxo vende tanques de combustíveis e caminhões-tanque.

Segundo o advogado Le-onardo Pereima, os sócios da empresa nunca pagaram propina para a Petrobras e não tiveram contato com o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e com o ex-diretor de Serviços Renato Duque. Para a defesa, as acusações de-correm apenas de vingança da ex-funcionária do Depar-tamento Financeiro, demiti-da por suspeita de desviar cerca de R$ 1 milhão.

LAVA JATO

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AÇÃO

Marco Archer foi preso em 2003 após tentar entrar na Indonésia com quase 14 quilos de cocaína

Não houve clima de último encontro,

último pedido,porque deixei que

ele pensasse que eu voltaria no domingo

para visitá-lo

Maria Archer Pinto,advogada

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Grandes e pequenos blocos agitam pré-Carnaval no RioBlocos arrastaram de 1,5 mil a 300 mil foliões entre fantasias, brincadeiras e conscientização contra o uso de entorpecentes

Rio de Janeiro - No último domingo pré-carnavalesco, com sol e céu claro, milhares

de foliões cariocas tomaram conta, ontem, de ruas do cen-tro e das zonas sul, norte e oeste do Rio, desfilando em dezenas de blocos. Na avenida Presidente Vargas, a principal via do Centro, o Bloco da Pre-ta, comandado pela cantora Preta Gil, do alto de um trio elétrico, arrastou cerca de 300 mil pessoas, entre a Praça da República e o cruzamento com a avenida Rio Branco.

Até o ano passado, o Blo-co da Preta percorria a Rio Branco, agora parcialmente in-terditada para as obras para implantação de um veículo leve sobre trilhos. A mudança não desagradou aos foliões, como a representante de vendas Elaine dos Santos. “Eu vim de trem, desci na Central e vim pro bloco. Aqui é muito melhor do que andar até a Rio Branco. Está aprovado”, disse a foliã.

Ainda no Centro, a manhã foi marcada pelo desfile, na área histórica da Praça Quinze, do Cordão do Boitatá, que sempre pede passagem com o tradi-cional Ô, Abre Alas, de Chiqui-nha Gonzaga. Considerado um dos blocos mais coloridos da

cidade, devido ao grande nú-mero de foliões fantasiados de forma original, o Boitatá apre-sentou pela primeira vez uma ala de pernas de pau, atraindo cerca de 30 mil pessoas.

Embora com um número pe-queno de participantes – cerca de 1,5 mil – um bloco que desfilou no final da manhã na Avenida Atlântica, em Copaca-

bana, chamou a atenção por sua proposta: mostrar que a folia pode dispensar o álcool e as drogas. Iniciativa da Asso-ciação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), a banda Ale-gria sem Ressaca fez neste ano o seu décimo segundo desfile, tendo como rainha a cantora Teresa Cristina e como rei o ex-jogador Zico.

Além dele, o desfile contou

com a participação de uma ala de jogadores e ex-jogadores de futebol, que levavam uma faixa com a frase Craque que é craque não usa crack. “Acre-dito que Carnaval é samba, fantasia e brincadeira. E pen-so que ficar longe das drogas é o melhor negócio para quem quer se dar bem”, disse o ex-craque do Flamengo e da Seleção Brasileira.

Para o psiquiatra Jorge Jaber, presidente da Abrad e idealiza-dor da Alegria sem Ressaca, a banda pretende mostrar que no Carnaval a pessoa não precisa perder o controle de sua mente para se divertir. Com base em sua experiência no tratamento de dependentes químicos, ele alerta para o grave problema do au-mento do consumo de drogas.

A Banda Alegria sem Res-saca firmou parceria com o Cordão da Bola Preta - o mais tradicional bloco de rua do Rio -, que leva a diversão às ruas do Centro, na manhã de sábado de Carnaval. “Nós vamos par-ticipar deste desfile, dentro da área reservada à diretoria do Bola Preta. Em um momento do desfile, o bloco vai dar uma parada e nós faremos um grande grito contra o uso de drogas”, antecipou o presi-dente da Abrad. A diversão levou os brincantes às ruas do Centro e também das zonas sul, norte e oeste do Rio

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AÇÃO

RECORDESOs recordes de público ficam para o próximo sábado de Carnaval, com um dos mais tra-dicionais blocos de rua do Rio de Janeiro, com o Cordão da Bola Pre-ta, que leva um público estimado de 1,5 milhão

Cenas de guerra antes do clássico

PAULISTÃO

São Paulo - A chegada de torcedores ao reconstruído Palestra Itália era tranquila até as 16h, quando a rua Turiassu foi palco de guerra entre palmeirenses e poli-ciais militares. Uma provo-cação de alguns torcedores foi respondida com violência por PMs, e a aglomeração na entrada do estádio foi o estopim para um confronto antes da partida entre Pal-meiras e Corinthians.

Os policiais que estavam dentro da arena foram para o lado de fora, e um caminhão do Batalhão de Choque foi à Rua Caraibas - que cruza a Rua Turiassu e abriga a sede da organizada Mancha Alviver-de -, usando bombas de gás lacrimogêneo. A substância incomodou até quem estava dentro do Palestra, nos seto-res mais altos, aguardando o início do clássico.

As explosões se repetiram por mais de dez minutos. En-quanto investiam na direção dos torcedores, os policiais também eram alvo de obje-tos. Os palmeirenses fugi-ram pelas ruas do bairro ou se abrigando em bares. Ao fim dos dez minutos, ficou o rastro de destruição. Quan-do os torcedores tentaram voltar, na direção do estádio, novas bombas.

Até ali, havia sido registrada apenas a danificação de um carro da rádio Jovem Pan por parte de palmeirenses e uma pequena confusão entre po-liciais e corintianos. Mesmo com os alvinegros entrando pela rua Padre Antônio Tomás, do lado oposto do estádio à rua Turiassu, o presiden-te Paulo Nobre usou toda a confusão para justificar sua tentativa – frustrada – de organizar o clássico só com

a torcida mandante.“Não dá para saber se es-

tariam acontecendo essas cenas, porque a gente não teve a experiência de torcida única em um clássico. No dia que acontecer a torcida única, isso vai dar a chance de a gente entender”, disse o dirigente, negando ter falado ao agora ex-presidente Mário Gobbi que o novo Palestra não comporta torcida visitante. “Gosto muito do Mário, mas não é verdade”, disse.

A guerra na rua Turiassu fez jornalistas que estavam no anel de cima do estádio irem até a parede de vidro para ob-servar a confusão, além de re-gistrar imagens. Funcionários com uniformes da empresa Allianz, que patrocina a arena, tiraram os profissionais do local. “Não precisamos ver cenas lamentáveis”, justificou um dos funcionários.

Excesso do uso de bombas de gás lacrimogêneo chegou a incomodar dentro do estádio

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AÇÃO Nível aumenta pelo terceiro dia

São Paulo - Os reservató-rios do Sistema Cantareira registraram aumento nos níveis pelo terceiro dia con-secutivo. O principal manan-cial de abastecimento da re-gião metropolitana de São Paulo operou, ontem, com 5,7% da sua capacidade. A Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sa-besp) informou que o volume armazenado aumentou 0,1 ponto percentual.

O volume de chuvas neste mês de fevereiro chegou a 85,6 milímetros (mm) – a média histórica para o pe-ríodo, de acordo com dados da Sabesp é 199,1 mm.

Nos outros mananciais administrados pela Com-panhia de Saneamento, também houve aumento no volume. O Alto Tietê, que, além da zona leste da

cidade, atende a outras nove cidades, registrou alta de 0,3 ponto percentual e está com 12,4% da sua capaci-dade. Neste mês, as preci-pitações por lá somam 81,7 mm, enquanto a média para fevereiro é 192 mm.

GuarapirangaO Sistema Guarapiranga,

que abastece a zona sul, teve aumento de 1,2 ponto percentual no nível arma-zenado e agora está com 52,3% da sua capacidade. No mês, o sistema acumulou 97,2mm de chuva. A média histórica para fevereiro no sistema é 192,5mm.

O Alto Cotia está com 32,6% da capacidade, uma alta de 0,4 ponto percentual em relação ao dia anterior. Para o mês, a pluviometria acumulada é de 98,2mm.

Já a média histórica é 178,9mm. Essas represas fornecem água para as cida-des de Cotia, Embu, Itapece-rica da Serra, Embu-Guaçu e Vargem Grande.

O Sistema Rio Grande, que abastece os municípios de Diadema e São Bernardo do Campo e parte de Santo André, subiu de 78,2% para 78,9% no último dia. Nes-te mês, houve acúmulo de 91,2mm de chuva.

Conforme a Sabesp, no Sistema Rio Claro, o nível das represas teve elevação de 0,1 ponto percentual de anteontem para, ontem. A média de chuva para feverei-ro é 237,8mm. Até o momen-to, foram registrados 65mm. O sistema atende parte da zona leste da capital e os municípios de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André.

CANTAREIRA

Volume de chuva para fevereiro está 27,8 mm abaixo da média histórica, conforme a Sabesp

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B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Jordânia diz ter eliminado 20% do poder militar do EIPaís diz ter atacado em três dias 56 alvos jihadistas para eliminar o Estado Islâmico, que matou soldado semana passada

Nasser Judeh, ministro das Relações Exteriores jordaniano: força aérea bombardeou bases dos jihadistas na Síria e no Iraque

SÃO PAULO, SP - A Jordânia, determinada a destruir o grupo Es-tado Islâmico, anunciou

ontem ter atacado 56 alvos jihadistas em três dias de bom-bardeios, depois da execução de um de seus pilotos, queimado vivo pelos extremistas.

O chefe da força aérea da Jordânia, o general Mansur Al-Jobur, declarou em uma coletiva de imprensa que os ataques aéreos desde quinta-feira destruíram 20% da ca-pacidade militar do EI, embo-ra ele não tenha especificado os locais dos ataques.

A Jordânia advertiu que tem a intenção de acabar com o grupo jihadista que matou Maaz Al-Kassasbeh, capturado em de-zembro pelo EI após a queda de seu avião na Síria.

“No primeiro dia de campa-nha para vingar o nosso piloto, destruímos 19 alvos, incluindo campos de treinamento e equi-pes”, disse Al-Jobur.

Outros 18 alvos, incluindo depósitos de combustível, de munições e centros logísticos foram bombardeados na sexta-feira, e no sábado, as forças jordanianas destruíram mais 19 alvos, incluindo quartéis e centros residenciais.

“Até agora, a campanha já

destruiu 20% da capacidade de combate do Daesh (sigla em árabe para ‘Estado Islâmi-co no Iraque e no Levante’)”, afirmou o general.

O ministro das Relações Exteriores jordaniano, Nasser Judeh, disse à Fox News que nesta semana a força aé-rea de Amã bombardeou os jihadistas na Síria e no Ira-que, os dois países onde o EI proclamou seu “califado”.

“Estamos determinados a aniquilar este grupo ter-rorista”, disse Jobur ontem, acrescentando que continu-arão com os bombardeios nos próximos dias.

O ministro do Interior, Hus-sein Majali, explicou por sua vez, citado pelo jornal Al Rai, que o cruel assassinato de Kassasbeh foi um “ponto de virada” na luta da Jordânia contra o jihadismo.

O país faz parte da coalizão internacional liderada pelos Es-tados Unidos para lutar contra o EI desde setembro.

Jobur indicou que os caças jordanianos realizaram 946 dos 1,5 mil ataques aéreos lançados pela força internacional desde o início da campanha, acres-centando que 7 mil jihadistas morreram desde que Amã en-trou para a coalizão.

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GUATEMALA

Colunas de cinza deixaram a população em alerta sábado

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Erupção vulcânica provoca fechamento de aeroporto

SÃO PAULO, SP - Uma chuva de cinzas proce-dentes do vulcão Fogo, localizado a cerca de 60 quilômetros da Cida-de da Guatemala, pro-vocou o fechamento do principal aeroporto do país, La Aurora, na noite do sábado (7).

As autoridades locais co-locaram a região em alerta laranja, segundo nível mais elevado, atrás do vermelho. Cerca de cem pessoas tive-ram de deixar suas casas.

David de León, porta-voz governamental, disse

que Fogo lançou colunas de cinzas que atingiram 5 mil metros acima do nível do mar e que as partículas caíram num raio de até 40 quilômetros do vulcão.

As recomendações para os moradores incluem bus-car lugares cobertos, usar máscaras para proteger a respiração, cobrir as cai-xas-d’água e conhecer ro-tas de evacuação.

A última emergência vul-cânica do país ocorreu em 2012, quando uma grande erupção motivou a evacua-ção de dez mil pessoas.

FRANÇA

O ministro Bernard Cazeneuve anunciou as prisões no país

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Seis pessoas são detidas por suspeita de terrorismo

SÃO PAULO, SP - Seis pessoas suspeitas de per-tencer a uma filial jiha-dista foram detidas na manhã de ontem em Tou-louse e Albi (sudoeste da França), anunciou o mi-nistro francês do Interior, Bernard Cazeneuve.

Cinco pessoas foram pre-sas em Albi e seus arredo-res. A sexta prisão ocorreu na região de Toulouse, ex-plicou à AFP uma pessoa próxima à investigação.

Segundo esta fonte, os presos são interrogados pela transferência de fun-dos suspeitos e por recrutar interessados em lutar junto a grupos radicais islâmicos. Os investigadores também tentam averiguar se os de-tidos viajaram à Síria.

“Esta nova operação é re-alizada após a detenção há cinco dias de oito pessoas

na região parisiense e em Lyon por motivos simila-res”, lembrou Cazeneuve.

EsforçosAs autoridades france-

sas redobram seus esfor-ços para limitar a saída de potencias jihadistas rumo à Síria, após os atentados de Paris - incluindo a invasão à sede do jornal “Charlie Hebdo” - que deixaram 17 mortos em janeiro.

Nos dias posteriores aos ataques, o primeiro-minis-tro Manuel Valls disse que os serviços antiterroristas vigiavam 3 mil pessoas sus-peitas de pertencer à órbita jihadista na França.

Cazeneuve indicou há al-guns dias que cerca de 1,4 mil franceses foram com-bater na Síria e no Iraque, dos quais 73 morreram em operações terroristas.

SEGURANÇA

Medida foi tomada após o assassinato de Kenji Goto

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Japão impede viagem de fotógrafo para a Síria

SÃO PAULO, SP - O go-verno do Japão confiscou o passaporte de um fotó-grafo free-lancer que iria para a Síria para cobrir o conflito civil, uma medi-da destinada segundo as autoridades a “proteger sua vida”, informou ontem a imprensa local.

As autoridades souberam da intenção de Yuichi Su-gimoto de viajar à Síria ao ler uma entrevista dele na imprensa, e decidiram con-fiscar seu passaporte depois que o fotógrafo se negou a cancelar seus planos, segun-do a TV estatal “NHK”.

A decisão ocorreu após o sequestro e execução de dois cidadãos japoneses por par-te do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que também ameaçou assassinar cida-dãos japoneses “seja onde for que estiverem”.

Trata-se da primeira vez que o Ministério das Rela-

ções Exteriores retira por motivos de segurança o pas-saporte de um cidadão japo-nês que se dispunha a viajar ao exterior, segundo disse-ram fontes governamentais à agência local “Kyodo”.

O homem criticou a medi-da ao considerar que “infrin-ge a liberdade de expressão”. O ministério, por sua vez, assinalou que aplicou a le-gislação que contempla a retirada do passaporte de um cidadão “com o objetivo de proteger sua vida”.

Ontem, dezenas de pesso-as prestaram homenagens e protestaram em Tóquio contra o assassinato do jor-nalista japonês Kenji Goto e do empresário Haruna Yukawa pelo grupo Estado Islâmico. Kenji foi decapi-tado após ficar três meses como refém na Síria. Ele viajou até lá para negociar a soltura de Yukawa, que também foi executado.

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Negociações com Irã não passam de março, diz EUAPrograma nuclear iraniano deve ter fins pacíficos comprovados até 31 de março, com suspensão das sanções econômicas

John Kerry, secretário de Estado norte-americano: Irã deve provar que seu programa nuclear é pacífico para suspensão de sanções

SÃO PAULO, SP - O secretário de Estado americano, John Kerry, excluiu ontem qualquer

extensão das negociações so-bre o programa nuclear ira-niano para além do prazo de 31 de março, a menos que os contornos de um acordo sejam estabelecidos neste período.

“A única chance que vejo de prorrogação, nesta fase, seria que nós realmente dis-puséssemos das linhas ge-rais de um acordo”, decla-rou Kerry durante entrevista ao canal de TV NBC.

Nesse caso, “vamos estender os prazos, porque precisaremos completar as lacunas, que são mais detalhadas”, prosseguiu.

“Ou eles adotam as decisões que provam que seu programa é pacífico ou, se isso não for possível, poderemos ouvir uma história que nenhum de nós quer”, acrescentou, dirigindo-se diretamente ao Irã.

Os Estados Unidos exigem que o Irã reduza as suas capa-cidades nucleares para evitar que possa dispor um dia da bomba atômica.

Teerã, que nega qualquer na-tureza militar do seu programa, defende seu direito à energia nuclear civil e solicita o levan-tamento completo das sanções

econômicas ocidentais.Ontem o líder supremo do

Irã, aiatolá Ali Khamenei, dis-se apoiar “firmemente” um acordo nuclear com os países do grupo de negociação.

“Sou a favor da continu-ação das negociações e de alcançarmos um bom acor-do. Definitivamente, a nação iraniana não irá se opor a nenhum acordo que mante-nha sua dignidade”, decla-rou Khamenei, por meio da agência oficial IRNA.

As negociações foram reto-madas em novembro de 2013, com base em um acordo provi-sório de congelamento de cer-tas atividades sensíveis do Irã em troca de um levantamento parcial das sanções que afetam a economia iraniana.

Kerry se reuniu na manhã de ontem, pela segunda vez em Mu-nique, com seu colega iraniano Mohammad Javad Zarif para discussões sobre o programa nuclear de Teerã.

Esta reunião ocorreu à mar-gem da conferência interna-cional de segurança realizada na cidade, enquanto o grupo 5+1 (Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) tenta concluir com o Irã o acordo político sobre o seu programa nuclear.

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Quadro de Paul Gauguin foi vendido por US$ 300 milhões

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Quadro é vendido por valor recorde na França

SÃO PAULO, SP - Um quadro do pintor francês pós-impressionista Paul Gauguin (1848-1903) foi vendido pelo maior valor da histó-ria da arte, cerca de US$ 300 milhões (R$ 829 mi-lhões), segundo o jornal “The New York Times”.

A tela, “Nafea Faa Ipoipo” (título em taitiano que sig-nifica “quando você vai se casar?”), de 1892, pertence a uma coleção particular suíça. O vendedor de arte Rudolf Staechelin, responsável pela negociação, confirmou a ven-da ao jornal americano e às agências de notícias Asso-ciated Press e France Presse, mas não revelou nem o seu valor nem quem a comprou.

Fontes do jornal “The New York Times” estimam o preço e dizem que o comprador é do Qatar. A Qatar Museums, entidade responsável pelos museus do emirado, porém, não se pronunciou.

Acredita-se que seja tam-bém da Qatar Museums a negociação de maior valor até então, a do quadro “Os Jogadores de Cartas”, de Paul Cézanne (1839-1906), vendi-do por US$ 250 milhões (R$ 690 milhões) em 2011.

Apesar da venda, o qua-dro de Gauguin segue em mostras em 2015 - atual-mente está na Fundação Beyeler, na Suíça. Segundo Staechelin, só irá para o novo dono em 2016.

NIGÉRIA

Ameaça do Boko Haram levou ao adiamento das eleições

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Eleições presidenciais são adiadas por seis semanas

SÃO PAULO, SP - A comis-são eleitoral da Nigéria adia-rá as eleições presidenciais e legislativas do dia 14 de fevereiro por seis semanas para dar tempo que uma força multinacional seja cria-da para proteger regiões do nordeste do país sob a influ-ência do Boko Haram, disse um funcionário próximo à comissão no sábado (7).

Milhões de pessoas pode-riam ter seus votos cassados caso os extremistas islâmi-cos mantivessem os ataques a territórios na região.

Grupos de direitos civis organizaram um peque-no protesto, também no sábado, contra qualquer proposta de adiamento. A polícia impediu-os de en-trar na sede da comissão eleitoral em Abuja, capital da Nigéria. Policiais armados bloquearam estradas que

levavam ao prédio.Autoridades eleitorais

foram a uma reunião com os partidos políticos, tam-bém no sábado, na qual ouviram seus pontos de vista sobre a medida soli-citada pelo conselheiro de segurança nacional.

O oficial nigeriano, que está a par das discussões, disse que a Comissão Na-cional Eleitoral Indepen-dente vai anunciar o adia-mento mais tarde, ainda no sábado. Ele falou sob condição de anonimato.

Uma grande ofensiva com aviões de guerra e tropas ter-restres do Chade e da Nigé-ria já forçou os insurgentes a se retirarem de uma dúzia de cidades e aldeias nos últimos dez dias. Ataques militares ainda maiores or-ganizados por mais países estão sendo planejados.

EUROPA

Minsk, capital de Belarus, será a sede da reunião

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Conflito ucraniano pode ser decidido em Minsk

SÃO PAULO, SP - Ale-manha, França, Rússia e Ucrânia planejam realizar uma cúpula na quarta-fei-ra em Minsk, capital de Belarus, para buscar uma solução ao conflito ucra-niano, anunciou ontem o governo alemão após uma conferência telefônica en-tre os quatro países.

A chanceler alemã An-gela Merkel e os presi-dentes François Hollande (França), Vladimir Putin (Rússia) e Petro Poro-shenko (Ucrânia) realiza-ram “uma longa conversa telefônica” e “continua-ram trabalhando em um pacote de medidas” para colocar fim ao conflito, se-gundo um comunicado do governo alemão.

As conversas, realizadas durante a Conferência de Segurança de Munique, atravessaram o fim de semana e continuarão

hoje em Berlim.Entretanto, o encontro

de quarta ainda não está confirmado. “Vamos nos reunir na quarta se até lá conseguirmos conci-liar nossas posições, as quais foram discutidas intensamente nos últimos dias”, disse Putin.

Nos últimos cinco dias, Merkel e Hollande se reu-niram com Poroshenko e Putin em encontros sepa-rados. A expectativa era que uma proposta para um acordo de paz fosse finalizada ontem.

Os líderes da Alema-nha e da França deram declarações pessimistas sobre o tema no sábado. Merkel disse que o su-cesso da negociação era “incerto” e Hollande aler-tou que as conversas eram “uma das últimas chan-ces para evitarmos uma guerra” na Ucrânia.

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B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Artistas pedem votação para lei de incentivo

Entre a Banda da Bica e a Banda da Difusora foi mon-tada uma tenda com artistas locais que se posicionaram estrategicamente entre as duas bandas para conse-guir arrecadar assinaturas em prol da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

Segundo a diretora do Sin-dicato dos Músicos do Esta-do do Amazonas e Conselhei-ra Municipal de Cultura, Ellen Mendonça, o projeto está na Casa Civil da prefeitura e até agora não foi encaminhada para a Câmara Municipal de Manaus (CMM).

“O projeto de Lei Municipal está pronto e foi encami-nhado para a Casa Civil, só não entendemos porque até agora não foi encaminhado para a Câmara para votação em plenário”, criticou.

Mendonça disse ainda que, por falta de uma lei municipal, a cultura no Ama-

zonas está perdendo pelo menos R$ 1 milhão em in-vestimento. “Nós não pude-mos participar de grandes editais, como as empresas de telefonia Claro e Oi ofe-recem porque os artistas só podiam participar se ti-vessem a lei municipal em sua cidade”, destacou.

Um dos coordenadores do evento, Guto Domingos, acrescentou que a intenção é colher pelo menos 5 mil assinaturas, pois se hou-ver número suficiente de apoiadores, o projeto tem que ser aprovado.

“Nossa intenção é chegar a 5 mil assinaturas, pois aí o projeto é transformando em iniciativa popular e será for-çado a ser aprovado na Câ-mara Municipal”, lembrou.

Os artistas, além da coleta de assinaturas, entregaram ao público uma Carta Aberta ao Governador, explicando sobre a necessidade de uma lei de incentivo a cultura em âmbito estadual.

CULTURA

Ritmos variados são trilha sonora de festa à fantasia

Fantasia liberada, sam-ba e pagode, swingueira e axé são os ingredientes da festa “Lappa Fantasy”, que o bar Lappa realizará no próximo sábado (14). O evento também vai contar com um set list de eletrô-nica e funk do DJ residente, Fernando Araújo.

A venda de ingressos já começou e as entradas an-tecipadas custam R$ 50 para mulheres e R$ 70 para homens. O bar será libe-rado com opções de cer-veja, refrigerante, água e caipiroska, das 21h às 4h. O Lappa fica na rua Rio Mar, 98, conjunto Vieiral-ves, bairro Nossa Senhora das Graças.

Fantasia é o traje obri-gatório para ter entrada garantida na festa, que será animada com shows do cantor Uendel Pinheiro, do grupo Cuka Fresca, Jr. e Banda. O “Lappa Fantasy” faz parte do calendário de eventos especiais que a casa está preparando para

o mês do carnaval. “Este é apenas o primeiro evento. Estamos preparando mui-tas novidades”, afirma João Fábio de Sá, sócio-proprie-tário do Lappa.

O repertório da atração Jr. e Banda vai de Parangolé e Cheiro de Amor à Ivete Sangalo, uma das grandes influências do grupo. Cuka Fresca e Uendel Pinheiro vão tocar samba e pagode com uma seleção musical sintonizada com os suces-sos do momento de Sorriso Maroto, Thiaguinho e Tur-ma do Pagode.

CARNAVAL

Banda Cuka Fresca está entre as atrações do “Lappa Fantasy”

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AÇÃO

Ellen Mendonça diz que artistas perdem investimentos

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AÇÃO

Teatro Amazonas recebe musical com Marisa Orth

A cantora e atriz Marisa Orth apresentará o musical “Romance Volume III – Agora Vai”, no Teatro Amazonas, nos dias 6 e 7 de março, às 20h. O evento é uma parceria entre o governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, e a série de espe-táculos Vivo EnCena.

Os ingressos para as apre-sentações já estão à ven-da, na bilheteria do Teatro Amazonas (largo São Sebas-tião) e custam R$ 80 (R$ 40 meia-entrada) para plateia e frisas; R$ 60 (R$ 30 meia) para o primeiro pavimento; R$ 40 (R$ 20 meia) no segundo pavimento e R$ 20 (R$ 10 meia) para o terceiro piso. Clientes Vivo Valoriza e Por-to Seguro têm desconto de 50% com acompanhante.

“Romance Volume III” foi encenado por Marisa Orth em 2009 e é uma sequência do “Volume II”, montagem que ficou em cartaz por cinco anos e gerou um CD.

A edição atual reúne texto e música em estilos que vão do brega e marchinhas de

Carnaval, a clássicos da MPB, retratando momentos diver-sos de drama e de humor em relacionamentos amorosos.

EncontroApós a sessão do dia 7

de março, haverá ainda um bate-papo com o públi-co, com a participação da atriz Marisa Orth. A con-versa integra o programa “Encontros Vivo EnCena”.

A direção de “Romance Vo-lume III” é de Natália Barros e os textos são desenvolvi-dos pela atriz Marisa Orth, em parceria com a amiga e jornalista Teté Martinho. No palco, a artista é acom-panhada da banda formada pelos músicos Xuxa Levy (teclados), Carneiro Sândalo (bateria), Hugo Hori (sopros), Marcos Camarano (guitarra) e Paulo Bira (baixo).

O espetáculo é apresenta-do pela Vivo EnCena, com patrocínio da Vivo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura. A classificação etária do musical é de 16 anos.

SEQUÊNCIA

“Romance Volume III” será apresentado em 6 e 7 de março

PRIS

CILA

PRA

DE

Ingrid Guimarães e as ‘Razões para Ser Bonita’A atriz faz parte do elenco da peça que será encenada no Teatro Manauara, nos dias 28 de fevereiro e 1º de março

A obsessão da socie-dade moderna pela aparência é o tema da peça “Razões para

Ser Bonita”, que encerra uma trilogia do dramaturgo norte-americano Neil LaBute, con-siderado um dos principais autores do teatro contempo-râneo. A montagem entrará em cartaz em Manaus, nos dias 28 de fevereiro, às 19h e 21h, e 1º de março, às 18h e 20h30, no Teatro Manauara. Estrelada por Ingrid Guima-rães, Marcelo Faria, Gusta-vo Machado e Aline Fanju, a comédia conta a relação de quatro amigos presos aos pa-drões de beleza. Os ingressos já estão à venda.

A versão brasileira da obra de Neil Labute é dirigida por João Fonseca. A comé-dia aborda de forma crítica a importância das “embala-gens” no mundo contempo-râneo, fala do excesso de julgamentos que fazemos dos indivíduos à nossa volta e demonstra o quanto o pa-drão de beleza vigente pode conduzir não só o cotidiano, como também influenciar decisões importantes nas vidas das pessoas.

O texto apresenta a relação entre quatro amigos. Steph

(Ingrid Guimarães) fica saben-do que seu namorado Greg (Gustavo Machado) comentou com um amigo que acha o rosto dela “apenas comum”. Steph fica transtornada e ter-mina a relação com Greg por não suportar conviver com um homem que não a ache bonita. A partir daí, uma sucessão de discussões e cenas bem humo-radas faz com que Greg veja o seu mundo desabar.

Enquanto isso, Leo (Marce-lo Faria), o melhor amigo de Greg, se divide entre achar o máximo namorar uma mulher linda, Carla (Aline Fanju), e ter um caso com uma menina mais jovem e ainda mais linda. Carla, que é amiga de Steph, enfrenta as dificuldades de ser uma mulher muito bonita.

Os ingressos para conferir a peça podem ser adquiridos pelo site www.ingresse.com.br e na bilheteria do Teatro Manauara (Piso Buriti, Ma-nauara Shopping, avenida Má-rio Ypiranga Monteiro, 1.300, Adrianópolis). No setor A os valores são R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)e, no setor B, R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada). A classi-ficação etária é de 14 anos. Informações pelo telefone 3342 8030.

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AÇÃO

O elenco é formado, da esquerda para a direita, por Marcelo Faria, Ingrid Guimarães, Aline Fanju e Gustavo Machado

MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

SHOWSDurante o “Lappa Fantasy”, o público poderá dançar ao som de Jr. e Banda, Uendel Pinheiro, Cuka Fresca e DJ Fernando Araújo. Fantasia é obrigatória para ter acesso ao evento

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B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV Tudo Série caiu no esquecimento

Em outubro passado, foi fechado um contrato entre a produtora Cine Group e a Band para a produção da série “O preço”. Trata-se de um traba-lho inspirado em fatos reais do ano de 1997 e que possui como fi o condutor a onda de sequestros registrados no Rio de Janeiro. O interessante é que o assunto pelo menos de forma unilateral caiu no esquecimento.

A Rede TV! também está em vias de realizar mudanças em toda a sua faixa esportiva. Os programas “Bola Dividida” e “Bola na Rede”, pelo menos como títulos, devem acabar na renovação da grade. Outros irão surgir em seus lugares.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Bate–Rebate• O “Mais Você” será trans-

mitido ao vivo pela Globo no período do Carnaval...

• ...Uma equipe do pro-grama, inclusive, invadirá os principais camarotes, atrás dos famosos.

• Patrícia Abravanel gravou valendo sexta-feira o novo “Máquina da Fama”...

• ...O programa voltará ao ar pelo SBT logo depois do Carnaval.

• Suzana Pires foi indicada como melhor atriz no Fes-tival de Pasadena na Cali-fórnia pelo filme “A Grande Vitória” (2014)...

• ... No longa-metragem dirigido por Stefano Capuzzi e produzido por Fernando Meirelles, Suzana interpreta Teresa, mãe do famoso judo-ca brasileiro Max Trombini, vivido por Caio Castro...

• ...No ano passado, Suzana já foi eleita no Festival de Los Angeles como melhor atriz por este mesmo papel.

Passar do pontoO narrador da Espn, Paulo

Andrade, um dos melhores em campo, dia desses tentou expli-car uma jogada, sem nenhuma necessidade porque a própria imagem não havia deixado dú-vida, usando a palavra “tilt”. Por que ela? Não havia outra em português? Passou para o te-lespectador a responsabilidade de saber ou descobrir.

Neste aspecto...Quem observou um cresci-

mento dos mais interessantes nos últimos tempos foi Mar-co de Vargas, do Fox Sports. Dono de uma boa voz, ele baixou o volume, cortou os exageros e passou a narrar o estritamente necessário.

Programa da MarianaO jornalismo da Rede TV! já

está tocando a produção do talk show jornalístico que a Mariana Godoy deverá estear em meados de maio. A ideia é fazer uma coisa nova. A apresentadora irá ao encontro dos seus convidados, realizando o programa no campo de atuação deles.

Saiu na frenteFábio Assunção arrebentou

nos testes para ser o protago-nista de “Favela Chic”, do João Emanuel Carneiro. Foi de longe o que se saiu melhor, para fi car com o papel inicialmente desti-

nado ao Murilo Benício.

A questãoO que se questiona no Projac,

sem muita razão de ser, é se o Fábio – que voltou muito bem em “Tapas & Beijos”, já está em condições de aguentar esse tranco, considerando que série é série e novela é novela. Algo que requer dedicação exclusiva por cerca de 8 meses.

Os outrosQuanto aos demais candidatos

ao papel, Mateus Solano, dizem, não agradou inteiramente nos tes-tes, e Alexandre Nero também está na disputa. No entanto, o Fábio foi aquele que mais agradou. Tem que jogar na mão dele e pronto.

Organizado assimO SBT está com a reprise de

“Carrossel” na agulha. Já existem até teasers no ar, ainda sem en-

trar em maiores detalhes. Por maiores detalhes, desconfi a-se, é a defi nição da estreia, que deverá coincidir com o lançamento de “Babilônia” na Globo, em março. No ar, dobradinha, “Carrossel” na sequência de “Chiquititas”.

Separando as coisasAntes de fechar contrato com

o “Pânico” na Band, o humorista e deputado federal, Tiririca, foi consultado pelo SBT sobre a possibilidade de integrar o time de “A Praça é Nossa”. Onde, aliás, ele já trabalhou e goza de excelente ambiente.

Separando as coisas 2Este assunto, Tiririca – SBT, só

não evoluiu porque o humorístico é gravado toda terça-feira, e Tiririca não abre mão do seu expediente em Brasília. Os trabalhos no “Pâ-nico” também só acontecerão aos sábados e domingos.

Fim de papo Nesta próxima quarta-feira,

às 22h45, o canal Viva exibe o último “Rebobina” da tempora-da e Ana Carolina participa do programa, que vai falar sobre a explosão do sertanejo na déca-da de 1990. Além da música e das roupas da época, as nove-las rurais também são tema da conversa. Sobre os folhetins, a cantora foi categórica: “Não assistia”. Diz que preferiu fi car “tocando violão”.

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Caíque entra na casa as-sombrada à procura de Azei-tona. César demonstra a Suzana que gostaria de ser uma pessoa melhor. Caíque se assusta ao dar de cara com Ana Dirce e Meire na mansão. Marcos diz a Laura que a ama e que o casamento com Sueli é para esquecê-la. Bia se revolta com a forma com que Gustavo fala com Vicente. Gustavo decide sair de casa. Caíque e Azeitona comentam que Ana Dirce e Meire não são fantasmas, mas o clínico estranha o fato delas fi carem escondidas na mansão. Ri-cardo fl agra Marcelo e Maria Inês juntos.

Fernando pede para Ma-dalena deixar Carlota na mansão até o julgamento de Susana. Vitória mostra a bou-tique para Beatriz. Fernando questiona Vitória sobre o Corvo. Leonor se atrapalha com as tarefas domésticas. Madalena confi rma que Au-gusta terá que deixar sua casa. Sandra encontra Ágata na delegacia. Otávio impres-siona Alessandra com seus passos de dança. Mário apoia a gravidez de Gilda. Sandra pergunta para Gustavo so-bre o Corvo. Artur pensa em comprar a parte de Susana na Star Trip. Diana acredita que não pode ter fi lhos.

Resumo das novelas

Cristina impede Cora de falar com José Alfredo. Josué ouve Merival se declarar para Ma-ria Marta. Maria Marta chora ao ver Maria Ísis com José Alfredo. Noely se apresenta para Magnólia como uma fã e consegue um emprego com ela. Carmem desconfi a de Or-ville. José Alfredo acredita que Merival possa ser um de seus inimigos. Maurílio instala uma câmera na sala de José Alfredo. Silviano se recusa a sentar-se à mesa com a família de Ma-ria Marta e todos estranham. Leonardo ouve Felipe ameaçar Enrico e avisa a Cláudio. José Alfredo leva Maria Ísis para seu quarto na mansão.

Com a volta de Sol à banda, Pedro teme que Vicki revele para Karina que ele recebeu dinheiro de Bianca para co-meçar o namoro. Jade pro-voca Bianca. Vicki desabafa com Jade e acaba revelando que Bianca pagou Pedro para namorar Karina. Henrique co-memora o fi m do namoro de Bianca e Duca. Karina con-vence Duca a lutar com ela. Vicki dá um beijo de despedida em João. Para tentar chamar a atenção de Delma, Nando decide viajar. Gael consola Duca pelo fi m do namoro com Bianca. Para livrar Lobão, Hei-deguer arma para que Jorgi-nho confesse o atropelamento de Alan. Dalva se entristece ao lembrar de Alan.

Roberta, desconfi ada, diz a Josy que com certeza Gastão lhe enviou esse e-mail para que pare com as investiga-ções. Roberta e Xavier vão até o hospital para visitar Diego mas são impedidos por Leon que, furioso, acusa Xavier de estar cumprindo ordens de Ro-berta para machucá-lo ainda mais e os expulsa do hospital. Max conta a Celina que seu pai fez mal negócios e acabou falindo Giovanni diz a Roberta que Diego fi cou sabendo que esteve no hospital e quer vê-la. Xavier diz que vai distrair Leon para que ela possa entrar no quarto de Diego. Inês e Leon dizem a Xavier que ele irá para um colégio de acordo com sua personalidade.

Na casa da árvore, Mosca, Marian, Rafa e Duda discutem uma estratégia para desenvol-ve a chapa para disputar o grêmio da escola. Os vizinhos encrenqueiros se reúnem pra montar outra chapa. Geraldo (Felipe Folgosi) vai ao orfanato visitar Bia, que diz que irá morar com o tio, Edgard. Bia mostra uma foto de sua mãe. Geraldo se emociona ao reconhecer a mulher e diz que lembra a me-nina. Bia diz que seu tio contou que seu pai era um homem ruim. Carmen e Andreia estouram um champanhe para comemora a separação de Junior e Carol. Porém, os dois, que fi zeram as pazes, entram juntos na mansão dos Almeida Campos e deixam Carmen e Andreia irritadas.

A nova aposta do funk cariocaSão Paulo, SP – Desde pe-

quena, ela canta, dança e toca piano. Agora, com 19 anos, Léa Araújo já passou em dois vestibulares, de engenharia e de matemática. “Eu vi o meu nome na lista, mas não fui [à universidade]. Acabei esco-lhendo o caminho da música”, revela a jovem cantora.

Conhecida como Lexa, ela abraçou o funk e já é vista como a nova Anitta. “Sempre tive envolvimento com mú-sica, por gostar de cantar e por infl uência da minha mãe, que trabalha com produção de shows. Mas também amo matemática”, pondera a ca-rioca, que conseguiu o quinto lugar no vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Assim que decidiu pela car-reira artística, Lexa conheceu o DJ Batutinha, com quem come-

çou a criar músicas inspiradas no funk melody. “Por meio dele, conheci algumas produtoras que me levaram até a agência que, antes, cuidava da carreira da Anitta”, explica Lexa.

Apenas um ano depois de começar a trabalhar, Lexa já tem um videoclipe do seu pri-meiro sucesso, “Posso Ser”, e está no processo de gra-vação do primeiro disco. “O videoclipe levou mais de 15 horas para ser feito, tem oito bailarinos e cinco cenários. A ideia é mostrar várias perso-nagens em uma só mulher. Eu faço o lado da menina meiga e da mulher que se arruma para sair na noite, como diz a letra”, conta Lexa.

A cantora conta, animada, que já está preparando o reper-tório do seu primeiro álbum. O disco deve ser lançado ainda no primeiro semestre deste ano.

“Tem duas músicas minhas, ‘Para de Marra’ e ‘Disponível’, além de ‘Mensagem’, que é uma parceria”, adianta.

FãA primeira comparação fei-

ta foi com a cantora Anitta, mas Lexa diz que suas maio-res inspirações são Valesca Popozuda e Sandy, que tam-bém ouve desde criança. “Eu adorava ouvir Marisa Monte, mas a Sandy sempre foi a minha maior referência. No funk, a maior inspiração vem da Valesca, mas também ouvia muito o MC Sapão e Buche-cha”, explica a cantora.

“Acho natural a comparação com Anitta, já que viemos da mesma empresa e somos do mesmo segmento musical. Acho importante lembrar que o funk não é novo, nós só esta-mos atualizando a música.”

MÚSICA

A cantora Lexa tem 19 anos e encara com naturalidade as comparações com Anitta

REPRODUÇÃO

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B7PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

PREFEITO INTERINO HIRAM NICOLAU; governador José Melo e a primeira-dama do Estado, Edilene Gomes de Oliveira; presidente do TJAM, desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo; presidente da Aleam, deputado Josué Neto; e o deputado Adjuto Afonso, durante a sessão solene da leitura da Mensagem Governamental à Aleam.

HERICK PEREIRA/AGECOM MÁRIO ADOLFO FILHO/SEMCOM

Deputado federal Arnaldo Chinaglia, deputado federal Arthur Bisneto e o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto, prestigiando a posse de seu fi lho

Prefeito Arthur Virgílio Neto esteve pres-tigiando a posse do seu amigo senador Omar Aziz

O PRESIDENTE DO COMITÊ Organizador dos Jogos Olím-picos e Paralímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, recebeu na quarta (4), a comitiva do governo do Amazonas e da Prefeitura de Manaus que foi ao Rio de Janeiro, buscar apoio da instituição para a candidatura de Manaus como uma das sedes dos jogos de futebol nas Olimpíadas de 2016. Nuzman demonstrou-se favorável e afi rmou que a cidade escolhida será divulgada ama-nhã (10), e que a decisão também passa pela CBF, COI e Fifa. Na foto o coordenador da equipe de transição do governo do Estado, Evandro Melo, o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

DIVULGAÇÃO

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GOVERNADOR JOSÉ MELO ao lado do secretário da Seduc, Rossieli Soares, assinou na quarta (4), durante solenidade de abertura do ano letivo das escolas da rede estadual de ensino, a homologação da lista dos aprovados do concurso público da Seduc. A previsão é de que a publicação no Diário Ofi cial do Estado, saia hoje. As primeiras convocações totalizaram 2,5 mil candidatos nessa primeira chamada. Esse é um dos maiores concursos públicos para a educação realizado no Amazonas, com 7.043 vagas para todos os 62 municípios. O resultado fi nal com a lista completa dos aprovados, está disponível para consulta no site da Seduc (www.seduc.am.gov.br) e da Fundação Getulio Vargas (www.fgv.com.br).

HERICK PEREIRA/AGECOM

O deputado Arthur Virgílio Bisneto, em seu primeiro pronunciamento na Câmara Federal, fez duras críticas à falta de sintonia entre a base petista da casa legislativa e a presidente Dilma Rousseff. Para Bisneto, ambos não conseguem chegar a um con-senso na discussão sobre a reforma política no país. O discurso foi feito na terça (3), durante a discussão sobre a admissibilidade da PEC 352/13, sobre a reforma política.

Primeiro discurso

Governador José Melo recebeu na sede do governo a visita de uma comitiva mexicana liderada pela embaixadora do México no Brasil, Beatriz Paredes. O interesse em projetos que promovem desenvolvimento econômico do Amazo-nas e a política fi scal do Estado foram temas discutidos na reunião. A reunião contou com a presença do secretário de Fazenda do Amazonas, Afonso Lobo e do secretário de Planejamento, Airton Claudino.

PREFEITO DE MANAUS interino, vereador Hiram Nicolau recebeu a visita de represen-tantes do governo da Suécia, no Palácio Rio Branco. O grupo também era integrado pela diretoria do Banco de Desenvolvimento da Suécia EKN e da diretoria do HSBC

GOVERNADOR JOSÉ MELO destacou na terça (3), durante a leitura da Mensagem Governamental à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, que os ajustes na estru-tura do governo do Estado não afetarão a continuidade e qualidade dos serviços públicos, que serão ampliados e aprimorados na nova gestão que se inicia. Na Mensagem, José Melo reafirma que as políticas sociais são prioridades e destacou metas para o ano de 2015. Na foto o prefeito interino Hiram Nicolau; presidente da Aleam, deputado Josué Neto; governador José Melo; e o vice-governador Henrique Oliveira, no plenário Ruy Araújo, da Aleam.

NEJMI JOMAA AZIZ mobiliza so-

ciedade para o com-bate ao bullying nas escolas. “Defendo há mais de quatro anos

essa campanha de combate ao bullying

e continuo mobili-zando nosso povo para lutar contra

esse problema que existe nas escolas.

Devemos saber conviver com as di-ferenças e respeitar

cada ser humano seja na sala de aula,

no trabalho ou em casa”, comentou

Nejmi Jomaa Aziz

O secretá-rio muni-

cipal de Educação, Humberto

Michiles ao lado do

prefeito interino

Wilker Barreto, durante

abertura do Ano

Letivo de 2015

HERICK PEREIRA/AGECOM

SEMCOM

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TÁCIO MELO/SEMCOM

NATHALIE BRASIL/AGECOM

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ÁRIES - 21/3 a 19/4 Momento de forte despertar das fontes criativas e amorosas. Seja mais livremente aquela pessoa que gostaria de ser, mesmo quando precisar fazer coisas diferentes das habituais.

TOURO - 20/4 a 20/5 Seus sentimentos são diferentes daqueles que imaginava ser. No íntimo, poderá viver experiência intensa, talvez a descoberta ou o despertar de um sentimento.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Com os amigos, um encontro especial pode ocorrer, extrapolando o sentido convencional de uma amizade. Esta mudança prepara uma nova fase para o ambiente social.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Vênus junto a Urano simboliza novas concep-ções na atividade profi ssional, inclusive com você mudando atitude ou ponto de vista. É tempo de deixar os preconceitos de lado.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Seus ideais e valores passam por uma mo-difi cação importante, em especial quanto às questões da relação humana e afetiva. Você passa a ver as coisas de outro modo.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Você poderá estar rompendo suavemen-te alguma barreira ou obstáculo limitador, a partir deste dia. Os encontros afetivos tendem a ser arrebatadores e fortemente sensuais.

LIBRA - 23/9 a 22/10 O convívio humano e as parcerias têm hoje uma nova dinâmica, seja pela possibilidade de algum encontro especial, seja pelos gran-des traçados viabilizarem um novo futuro.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Uma mudança na rotina pessoal é muito necessária. Uma descoberta importante mo-difi ca todo o quadro. É preciso coragem para romper com os velhos comodismos.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Vênus junto a Urano simboliza o despertar de sentimentos amorosos inusitados e ir-reprimíveis. O desejo é de plena liberdade para extravasar o que sente.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Reformulação espontânea e irresistível dos sentimentos junto aos familiares e pessoas próximas. Não é mais tempo de fechar as portas contra o mundo, mas de passar por elas.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 As relações próximas têm agora um sabor todo especial. Vocês estão no ponto de descobrir algo signifi cativo entre vocês. Os encontros têm algo de magnético.

PEIXES - 19/2 a 20/3 É tempo de se desacomodar das condições materiais vigentes, sacudir a poeira, e pro-curar uma condição de prosperidade mais de acordo com seu momento atual.

GLOBO

Programação de TVSBT

6h30 Balanço Geral7h30 Fala Brasil9h Hoje Em Dia11h Magazine12h Alô Amazonas13h30 Programa da Tarde16h20 Cidade Alerta17h55 A Crítica na TV18h40 Jornal da Record19h30 Todo Mundo Odeia o Chris21h30 Novela: Vitória22h30 Milagres de Jesus23h30 Repórter Record Investigação0h30 Série: Grimm1h15 Programação IURD

5h30 Igreja Int. da Graça6h30 TV Kids Nacional7h30 Você na TV9h30 Bola Dividida10h TV Kids10h30 Esclarecendo a Fé11h Igreja Int. da Graça12h TV Kids13h A Tarde É Sua

5h Notícias da Manhã6h Igreja Universal7h Notícias da Manhã8h Bom Dia & Cia.10h Waisser10h50 Programa Agora12h25 Programa Livre13h15 Casos de Família14h15 Esmeralda15h15 Sortilégio16h A Feia Mais Bela17h20 Jornal EM TEMPO17h45 SBT Brasil18h30 Chiquititas19h15 Rebelde21h Programa do Ratinho23h The Noite com Danilo Gentili0h Jornal do SBT0h45 Okay Pessoal1h45 Dois Homens e Meio2h30 Mike & Molly4h Igreja Universal

RECORD

5h Hora Um6h Bom Dia Amazônia7h30 Bom Dia Brasil9h Mais Você10h20 Bem Estar10h55 Encontro com Fátima Bernardes

CruzadinhasHoróscopo

Tom Cruise e Kelly McGillis no fi lme “Ases Indomáveis”, que será reexibido pela Rede Globo

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REDE TV!

12h Amazonas TV12h47 Globo Esporte13h20 Jornal Hoje13h59 Vídeo Show14h50 Sessão da Tarde. Filme: Ases Indomáveis16h46 Vale a Pena Ver de Novo: O Rei do Gado17h50 Malhação18h25 Novela: Boogie Oogie19h13 Jornal do Amazonas19h30 Jornal Nacional20h09 Novela: Alto Astral21h05 Novela: Império22h11 Big Brother Brasil23h46 Tela Quente. Filme: Pânico no Metrô0h26 Jornal da Globo0h58 Reféns do Poder: Até Aonde Você Iria?/ Vocês Não Sabem o Que É a Guerra2h23 Corujão. Filme: Paraísos Artifi ciais4h01 Mentes Criminosas

15h Igreja Int. da Graça

16h30 Te Peguei

16h40 Muito Show

17h45 TV Fama

18h25 Momento da Sorte

18h30 TV Fama

19h10 Pílulas Beachelor

19h20 Igreja Int. da Graça

20h20 Rede TV News

21h05 Tv Peguei

22h05 Luta Tribal

23h05 Super Pop

0h30 Leitura Dinâmica

1h10 Igreja Int. da Graça

Cinema

CONTINUAÇÕES

ESTREIAS

Um Santo Vizinho: EUA. 12 anos. Recém-chegada a um novo bairro dos subúrbios, Maggie é uma mãe solteira que faz o que pode por Oliver, o fi lho de 12 anos. Quando Vincent, o vizinho do lado, se apercebe que o rapaz fi ca muito tempo sozinho, oferece-se para, em troca de dinheiro, tomar conta dele depois da escola. Maggie, não encontrando melhor solução, aceita. O que ela não imaginava era que o seu novo vizinho, para além de misantropo e hedonista, tinha também uma ideia bastante peculiar sobre como cuidar de uma criança. Determinado a não abdicar do seu modo de vida pouco convencional, Vincent resolve levar Oliver com ele nas suas aventuras, mos-trando-lhe as “vantagens” do jogo, da bebida e dos clubes de “strip”. Apesar de tudo isso, entre os dois estabelece-se uma amizade muito especial que os benefi ciará a ambos e os mudará para sempre. Cinépolis Millennium 7 – 22h15 (leg/somente sexta-feira e sábado).

O Jogo da Imitação: EUA/Rei-no Unido. 12 anos. Cinépolis Millennium 5 – 14h30, 17h, 19h (leg/diariamente), Cinépolis Millennium 7 – 16h15 (leg/dia-riamente), 22h15 (leg/exceto sábado e domingo).

Caminhos da Floresta: EUA. 12 anos. Cinépolis Millennium 4 – 18h30 (leg/diariamente).

A Entrevista: EUA. 16 anos.

Cinemark 3 – 12h30 (dub/exceto sábado e domingo), Cinemark 5 – 22h15 (dub/exceto segunda-feira).

A Mulher de Preto 2 – O Anjo da Morte: ING-CAN. 14 anos. Cinemark 3 – 15h20, 18h10 (dub/diariamente), 20h30 (dub/exceto quarta-feira); Cinépolis Millennium 4 – 21h30 (dub/dia-riamente).

Minúsculos: FRA. Livre. Cinema-rk 3 – 11h (dub/diariamente).

Busca Implacável 3: FRA. 14 anos. Cinemark 1 – 11h40 (dub/exceto domingo), 14h20, 16h50, 19h20, 21h50 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 2 – 21h (leg/diariamente).

Os Pinguins de Madagascar: EUA. Livre. Cinemark 8 – 11h45,

14h, 16h15 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 4 – 13h45, 16h (3D/dub/diariamente).

Loucas Pra Casar: BRA. 14 anos. Cinemark 2 – 11h10, 13h40, 16h10, 18h40, 21h15 (diaria-mente); Cinépolis Millennium 3 – 18h45, 21h15 (diariamente).

Cinquenta Tons de Cinza: EUA. 18 anos. Adaptação para os cinemas do livro de E. L. James, o fi lme acompanha o intenso relacionamento entre a estudante de literatura Anastasia Steele (Dakota Johnson) e o milionário Christian Grey (Jamie Dornan), uma relação complexa que começa quando Anastasia deve entrevistar Christian para o jornal da faculdade. A partir daí, eles embarcam em um caso de amor e Anastasia não só descobre mais sobre seus pró-prios desejos, como também os segredos mais obscuros que Grey tenta esconder. Cinemark 7 – 0h01 (dub/somente quarta-feira).

DIVULGAÇ

ÃO

O Destino de Júpiter: EUA. 12 anos. Em um universo onde os humanos estão em um dos níveis mais baixos da escala evolucionária, uma jovem desamparada se torna o alvo da Rainha do Universo, já que sua mera existência ameaça acabar com o reinado da Rainha. Cinemark 4 – 12h10, 17h50 (3D/dub/diariamente), 23h40 (3D/dub/somente sábado), 15h, 20h45 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 1 – 22h30 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Millennium 2 – 12h30, 18h15 (dub/diariamente), 15h30 (leg/diariamente), Cinépolis Millennium 8 – 22h (3D/leg/diariamente).

Bob Esponja – Um Herói Fora D’água: EUA. 12 anos. A vida corria tranquila para o otimista Bob Esponja e sua turma: o leal estrela-do-mar Patrick, o sarcástico Lula Molusco, a esquilo cientista Sandy e seu chefe, o crustáceo capitalista Sr. Sirigueijo. Quando a ultrassecreta receita do Hambúrguer de Siri é roubada, o caos se instaura no fundo do mar. Para salvar a pátria, Bob Esponja e o vilão Plankton precisam unir suas forças em uma viagem através do tempo e do espaço Em terra fi rme, a turma toda enfrenta o malvado pirata Barba Burguer que tem seus próprios planos para os deliciosos hambúrgueres e conta com a ajuda do seu fi el escudeiro – a gaivota Kyle. Cinemark 5 – 13h10, 15h30, 17h45 (3D/dub/diariamente), 20h (3D/dub/exceto segunda-feira), Cinemark 7 – 11h50, 14h10, 16h30, 18h45, 21h (dub/diaria-mente), 23h20 (dub/somente sábado); Cinépolis Millennium 1 – 13h30, 15h45, 18h, 20h15 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium 3 – 14h, 16h30 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium 8 – 13h, 15h15, 17h30, 19h40 (3D/dub/diariamente).

Corações de Ferro: EUA. 16 anos. Durante o fi nal da Segunda Guerra Mundial, um grupo de cinco soldados americanos é encarregado de atacar os nazistas dentro da própria Alemanha. Apesar de estarem em quantidade inferior e terem poucas armas, eles são liderados pelo enfurecido Wardaddy (Brad Pitt), sargento que pretende levá-los à vitória, enquanto ensina o novato Norman (Logan Lerman) a lutar. Cinemark 8 – 18h30, 21h30 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 6 – 14h45 (dub/diariamente), 17h45, 20h45 (leg/diariamente), Cinépolis Millennium 7 – 13h15, 19h (leg/diariamente).

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015 (92) 3090-1045

Como osjuros mudamsua vida

MARCELO CAMARGO/ABR

Página C7

Novo comando é insufi cientepara ações da PetrobrasNa maioria das empresas papéis sobem após novo presidente assumir. Aldemir Bendine começa com queda nas ações

A troca de presidente de uma empresa não é sinônimo de alta das ações. Levantamento

feito pela Folha mostra que no primeiro mês após a mudança no comando as ações tendem a subir. Mas nos meses seguintes, os papéis fi cam menos atraen-tes e ocorre queda de valor. Em 12 meses, a maioria das com-panhias fecha no negativo.

No levantamento, 58,5% das companhias do atual Ibovespa (principal índice da Bolsa) ti-veram desempenho acima da média do mercado no primeiro mês da nova gestão. Esse qua-dro, porém, se inverte quando a avaliação considera o pri-meiro ano do novo presiden-te. Neste período, a maioria decepciona: 57,2% fi cam com resultados abaixo da média.

O estudo exclui as empre-sas que não tinham ações na Bolsa à época da mudança do presidente e que passaram por fusão e aquisição.

A Petrobras, que anunciou na sexta (6) seu novo presidente, foi uma das empresas que termina-ram o ano em baixa, logo após Graça Foster assumir a compa-nhia, em fevereiro de 2012. Um ano após a posse, os papéis da companhia amargavam queda de 24,3%, e o Ibovespa havia recuado 8,7%.

“Quando ocorre a substitui-ção, cria-se uma expectativa e a confi ança no novo gestor movimenta as ações num pri-meiro momento, mas nos meses seguintes voltam as cobranças para adoção de medidas”, afi r-ma Adriano Gomes, professor de administração da ESPM e sócio da Méthode Consultoria.

No caso da Petrobras, a es-colha de Aldemir Bendine para a presidência desagradou ao mercado e as ações caíram antes mesmo do anúncio ofi cial do seu nome. Os papéis prefe-renciais (sem voto e os mais negociados) fecharam a sexta em queda de 6,94%.

Um dia antes, quando outros nomes eram cogitados, os pa-péis subiram 15,5%, a maior alta desde 1998.

Para um analista que pre-fere não ser identifi cado, o caso da Petrobras é diferente de outras substituições, em que o mercado costuma dar o benefício da dúvida.

No caso da estatal, na opi-nião desse analista, a escolha mostra que será mantida a “combinação trágica” da gestão da companhia com questões políticas. “Um dos elementos importantes, que era o apoio do mercado para a recupe-ração da confi ança em curto prazo, agora fi ca ainda mais complicado”, afi rma Leni Hi-dalgo, professora de gestão da pós-graduação do Insper.

Amargando perdasEntre as empresas que viram

suas ações amargarem quedas

no primeiro ano de gestão, de-pois do resultado positivo do primeiro mês, está a Braskem.

Um mês após assumir o co-mando da companhia, em de-zembro de 2010, Carlos José Fadigas de Souza Filho viu as ações da Braskem subirem 8,59%, enquanto que no Ibo-vespa a alta era de 0,73%.

Um ano depois, os papéis da companhia recuaram 22,4%, e o Ibovespa, 15,66%.

Há casos de empresas que nem experimentaram a sensa-ção de alta do primeiro mês, como é o caso da Oi.

Nos primeiros 30 dias no comando da equipe, Bayard Gontijo viu as ações despen-carem 24,53%, ante Ibovespa com queda de 6,82%.

Doze meses depois, os papéis da Oi acumulavam redução de 64,78%, bem acima da queda de 14,57% do índice.

Mas há também empresas que registram resultados po-sitivos tanto no primeiro mês quanto um ano após a entrada do novo gestor.

O banco Itaú está entre eles, com alta de 201,81% no primeiro ano de mandato de Roberto Setubal – o Ibovespa subiu 120% no período.

“O mercado fi nanceiro tem uma série de regras e pro-cedimentos, mas o elemento subjetivo que é a confi ança é determinante para o desempe-nho da companhia”, disse.

EstagnaçãoÉ comum as empresas tro-

carem de comando quando as

coisas não vão bem ou a com-panhia (ou setor) passa por um desafi o em particular.

Quando isso ocorre, as ações já estão em baixa e fi ca mais fácil recuperar a parte das per-das, o que justifi ca a empolga-ção inicial do mercado com a mudança na diretoria.

PreparoNo Brasil, poucos são os

casos em que a sucessão é preparada ao longo dos anos e comunicada ao mercado com certa antecedência.

Isso ocorre normalmente nos bancos e nas empresas familiares, quando a segunda (ou terceira) geração assume o comando. Foi o caso da Gerdau, em que o então presidente Jorge Gerdau comunicou a saída qua-se seis meses antes de o fi lho Andre Gerdau Johannpeter, que já estava na empresa, assumir o comando em janeiro de 2007.

As ações da siderúrgica su-biram 1,69% no primeiro mês da nova gestão (ante 0,77% do Ibovespa). No primeiro ano, a alta foi de 48,84%, enquanto o principal índice da Bolsa subiu 43,65%. Alguns setores passam por desafi os tão grandes e de difícil solu-ção que a troca de comando não consegue empolgar os investidores por muito tempo.

Várias construtoras e incor-poradoras passaram por troca na presidência desde 2011, após o boom de aberturas de capital na Bolsa e os vários negócios frustrados e empre-endimentos encalhados.

GILMARA SANTOSCOLABORAÇÃO PARA A FOLHATONI SCIARRETATONI SCIARRETAÁLVARO FAGUNDESEDITOR-ADJUNTO DE ‘MERCADO’

Aldemir Bendine assume estatal em meio ao maior es-cândalo de corrup-ção da empresa

DIVULGAÇÃO/PETROBRAS

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

*Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16 da Instrução CVM 483/10

Como ganhar dinheiro comfundos de investimentoOpção é indicada para quem vai começar a ‘carreira’ de investidor; não exige amplo conhecimento de mercado

O início de ano normalmente é acompanhado de muitas pro-messas. Começar uma dieta é uma das mais populares. Mas há promessas de todo tipo.

Uma delas pode ser dar ar-rancada para guardar parte da renda com algum objetivo específi co, como pagar um curso, reformar a casa, rea-lizar alguma viagem ou sim-plesmente ter uma reserva para eventualidades.

Uma das formas mais simples de começar é pelos chamados fundos de investi-mentos. Eles estão presentes nas prateleiras de bancos e corretoras de valores e funcio-nam como se fossem um con-domínio. Vários investidores, chamados de cotistas, reúnem seus recursos fi nanceiros para operações no mercado fi nan-ceiro, a fi m de remunerar o seu capital.

O investidor não precisa co-nhecer os outros cotistas, nem tratar com eles, pois quem constitui e organiza o fun-do é a instituição fi nanceira. Basta procurar seu gerente ou assessor de investimentos e checar as alternativas de fundos, e qual combina melhor com seu perfi l.

Essa modalidade de investi-mento também não exige que o investidor tenha amplo co-nhecimento do mercado, pois os recursos são geridos pela instituição fi nanceira especia-lizada. Ela tem como missão aplicar o dinheiro dos cotistas de acordo com a política de investimento do fundo.

Portanto esse tipo de apli-cação simplifi ca bastante a vida do investidor, que não

precisa fi car a todo instante monitorando o mercado para realizar operações de compra ou venda de ativos.

Tipos de fundosExistem diferentes espécies

de fundos de investimento, mas todos estão basicamente divididos em dois tipos: Fun-do de investimento (FI), que adquirem diretamente títulos públicos ou privados, como CDBs e ações, para compor a sua carteira; e Fundo de In-vestimento em Cotas (FIC), que aplicam recurso dos cotistas em outros fundos e não na aquisição direta de ativos.

Existem diferentes espé-cies de fundos de investi-mentos, que dependem dos ativos em que são aplicados os recursos dos cotistas. Co-nheça os mais comuns:

Renda fi xa: os recursos dos cotistas são investidos, no mínimo, 80% em títulos de renda fi xa pré e pós-fi xados. Estes fundos benefi ciam-se em um cenário de redução das taxas de juros.

Fundo de Investimento Multimercado (FIM): realizam operações em diferentes mer-cados como ações, renda fi xa e câmbio.

Fundos de Investimentos

em Ações (FIA): investem os recursos em uma carteira di-versifi cada de ações tendo, no mínimo, 67% de seu patrimô-nio aplicado em ações.

Curto prazo: aplicam exclu-sivamente em títulos públicos federais ou privados de baixo risco de crédito. Os papéis de renda fi xa podem ser pós ou prefi xados, e a rentabilidade está geralmente atrelada ao CDI (taxa de juros interbancá-rio e referencial de mercado, divulgada diariamente no site da Cetip). Este tipo de fundo investe em papéis com prazo máximo de 365 dias, e com prazo médio da carteira de

até 60 dias.Referenciado: investem, no

mínimo, 80% em títulos públi-cos federais ou em títulos de renda fi xa privados, classifi ca-do na categoria de baixo risco de crédito. No mínimo 95% de sua carteira é composta por ativos que acompanham a variação do benchmark. São chamados normalmente de Fundos DI. Estes fundos be-nefi ciam-se em um cenário de aumento das taxas de juros.

Cambial: fundos que inves-tem, no mínimo, 80% do patri-mônio em ativos relacionados diretamente ou indiretamente à variação de preços de uma

moeda estrangeira, ou a uma taxa de juros (chamado de cupom cambial).

Para saber mais sobre o as-sunto envie uma mensagem para o endereço de e-mail [email protected].

*Co-fundador e sócio do D&L Investimentos, escri-tório Ágora-Bradesco em Manaus, no Amazonas.

DÊNNIS A. LOBO*

CCR: revisão de estimativas

Revisamos estimativas para a CCR, considerando os últimos resultados e as novas premissas macro-econômicas. Desta forma chegamos ao novo preço-alvo de R$ 18/ação para dezembro de 2015, contra o nosso preço-alvo anterior de R$ 22,60/ação.

Apesar da redução do pre-ço-alvo elevamos a reco-mendação para suas ações de manter para compra, pois acreditamos que este seja um bom ponto de entrada para os investidores com perfi l de longo prazo. A CCR é agora a principal recomen-dação no setor.

Embora possa parecer re-lativamente bem precifi ca-da, considerando seus múlti-plos atuais, este prêmio, na comparação com as outras empresas listadas do setor, é merecido devido a cinco motivos: a companhia tem R$ 8 bilhões de poder de fogo que pode ser usado para ganhar novas concessões; possui concessões de exce-lente qualidade com retorno sobre o capital investido aci-ma dos seus concorrentes; excelente equipe de admi-

nistradores e disciplina de capital; e ser a empresa de maior liquidez do setor.

A CCR é negociada com desconto de 15% em relação ao seu EV/Ebitda histórico e estimamos também uma atrativa rentabilidade via dividendos em 2015.

Apesar das condições macroeconômicas desafi a-doras no Brasil, as ações da CCR deverão continuar a ser um porto seguro em nossa visão. As tarifas de pedágio são indexadas pela infl ação e o tráfego de veículos no Brasil tem crescido acima do PIB.

Novas concessões a se-rem leiloadas em 2015 e 2016 podem proporcionar melhores retornos. Avalia-se que o governo possa aumentar a taxa interna de retorno de novas con-cessões de infraestrutura devido a dois fatores: au-mento do custo do capital; e o BNDES ter mudado as condições fi nanceiras para projetos de fi nanciamento de infraestrutura.

A taxa de juros fi xa paga por títulos de longo prazo (ou seja, NTN-B 2035) saltou para 6,0%, a partir de 5,5% em janeiro de 2012. O BN-DES continuará a fi nanciar

projetos de infraestrutura, mas o valor fi nanciado pode cair dos atuais 70% para 50%, enquanto a TJLP foi re-centemente aumentada em 50 pontos-base. Esperamos que a TJLP alcance 6,5% até o fi nal do ano de 2015. Além disso, as empresas de construção podem partici-par apenas de forma limita-da dos próximos leilões.

ProjeçõesRevisamos as estimati-

vas para a CCR e chega-mos ao novo preço-alvo, de R$ 18/ação para dezembro de 2015. As estimativas in-cluem novas premissas ma-croeconômicas e os últimos resultados apresentados. O nosso preço-alvo foi calcu-lado pelo método do fl uxo de caixa descontado.

Elevamos a recomenda-ção para ações da CCR de manter para compra. As novas concessões deverão impulsionar o resultado ope-racional da CCR nos próxi-mos anos. Espera-se que o Ebitda da empresa cresça 41%, entre 2014 e 2016, devido à adição de quatro novas concessões nos últi-mos 24 meses: Metro Bahia, aeroporto de Confi ns, MS Via e Transolímpica.

Carteiras Recomendadas | Performance Histórica

FONTE: BRADESCO CORRETORA E ÁGORA CORRETORA

LUIZ OTÁVIO BROAD*

FONTE: BRADESCO CORRETORA E ÁGORA CORRETORA

FONTE: BROADCAST; BRADESCO CORRETORA E ÁGORA CORRETORA

FONTE: BRADESCO CORRETORA; ÁGORA CORRETORA; BLOOMBERG

IMAGE SOURCE/FOLHAPRESS

Fundo de investimento é recomendado para quem

vai iniciar aplicações

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Sucesso de Aldemir Bendinedepende de nova equipeEscolha de pessoal e plano de trabalho são fundamentais para novo presidente da Petrobras, dizem especialistas

Para reverter a decep-ção do mercado, o novo presidente da Petro-bras, Aldemir Bendi-

ne, terá que dedicar especial empenho na escolha da sua equipe. Bendine levou do Ban-co do Brasil o vice-presidente fi nanceiro Ivan Monteiro, até então interlocutor do banco com os investidores.

Além do descontentamento do mercado, Bendine enfrenta a resistência do corpo técnico de engenheiros por não ser do setor de óleo e gás.

“O desafi o maior do novo presidente está na montagem da equipe. Se ele tiver habili-dade na escolha dos nomes, talvez consiga reverter essa imagem negativa do merca-do”, diz Leni Hidalgo, profes-sora de gestão do Insper.

Com experiência de 35 anos no mercado, a profes-sora considera que o proces-so de consolidação de uma nova presidência numa em-presa, de um modo geral, leva entre três e cinco anos.

O primeiro ano costuma ser de turbulência; no se-gundo, começam a aparecer os verdadeiros problemas; e só no terceiro ano tem uma consolidação de performance.

E isso considerando o melhor dos cenários. “No caso da Pe-trobras, não é só a performance da companhia, mas também o contexto político”.

Adriano Gomes, professor do curso de administração da ESPM e sócio-diretor da Mé-thode Consultoria, lembra que

a Petrobras vive um momento atípico: a saída da presidente levou ao aumento no valor das ações, e a entrada do novo chefe, à queda. “É uma negação profunda do mercado ao antigo modelo de gestão, que mostra que o presidente da empresa não tem o manche na mão”.

Não bastassem os problemas de gestão e escândalos de cor-rupção, destaca o professor, a companhia tem que lidar ainda com o preço do petróleo em que-da no mercado internacional.

“Para melhorar o seu desem-penho, a Petrobras precisa da combinação de dois fatores: alta do preço do petróleo e boa gestão, calcada na confi ança do mercado”.

Sem o apoio do mercado, o novo presidente da estatal terá que resgatar a confi ança interna da companhia.

Para especialistas, o primeiro desafi o de Bendine é reverter o quadro de desconfi ança gerado em nome do novo gestor.

“Quando um novo presidente já chega sendo visto de for-ma negativa, ele vai precisar de um bom plano de traba-lho para reverter isso”, des-taca Wagner Brunini, diretor de planejamento da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos).

Reverter essa imagem, diz ele, é fundamental para evitar consequências que atinjam o resultado da companhia ou que levem à fuga de talentos. “Quando o novo líder é ins-pirador e admirado, ele con-ta com o engajamento dos trabalhadores”, disse Adriana Cabiaghi, diretora associada da Robert Half.

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O novo presidente do Banco do Brasil, Alexan-dre Abreu, 49, assume o comando na semana em que a instituição divulga os resultados de 2014. O balanço, que costuma sur-preender positivamente no quarto trimestre devido a ajustes nas contribuições à Previ (fundo de pensão dos funcionários), deve sair na próxima quarta (11).

Em 2013, esses ajustes

representaram ganho de R$ 948 milhões ao BB e, no ano anterior, de R$ 1,1 bilhão.

A expectativa é que, ape-sar da desaceleração na economia, o banco tenha continuado com crédito acelerado no fi nal de 2014 e tenha tido um ritmo de concessão superior ao da concorrência.

A dúvida é se a insti-tuição manteve estável a inadimplência, o que tem

implicação direta no nível de provisões para calotes, uma das principais despesas dos bancos nos empréstimos.

Na sexta, o mercado reagiu com mau humor à indicação de Abreu para a presidência, considerando-a uma conti-nuidade da gestão de Aldemir Bendine, do qual era braço di-reito. As ações caíram 3,91%, e o Ibovespa, 0,9%.

Abreu foi o responsável no BB por implantar o cor-

te agressivo nos juros em 2011. Comandou ainda a BB Seguridade, braço de segu-ros do banco, considerado um caso de sucesso após ir à Bolsa.

De temperamento irre-quieto, Abreu tem fama de ser um bom negociador. Ele deve dar atenção às áreas de produtos como cartões e seguros. Também procu-rará renovar o atendimento e a tecnologia.

Fim de gestão no BB deve ter crédito mais forte

Escândalo de corrupção, caixa limitado e petróleo em queda são primeiros

desafi os de Bendini

WILSON DIAS/ABR

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C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Novatas dão prejuízo para investidores na BovespaEntrada de empresas no mercado foi recorde em 2007, mas só 16% das fi rmas ainda acumulam valorização de ações

Poucas empresas que entraram na Bolsa em 2007, quando houve recorde de IPO (ofer-

tas públicas iniciais) no país, tiveram alta no preço das ações até o momento.

Das 64 empresas que lan-çaram ações naquele ano, apenas dez (ou 15,6%) ainda acumulam valorização.

Segundo levantamento da Folha, 33 companhias (51,6%) têm perda e 21 fecharam ca-pital ou se envolveram em pro-cessos de fusão e aquisição nos últimos sete anos.

O desempenho ruim é expli-cado tanto por fatores macro-econômicos – desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) a partir de 2010 –, quanto questões setoriais e particu-lares das empresas.

“O Brasil fazia parte dos países que tinham boas pers-pectivas de crescimento. As commodities batiam recordes e o brasileiro tinha acesso ao crédito. Isso abriu as portas para várias empresas entra-rem na Bolsa”, afi rma André Moraes, da corretora Rico.

À época, as empresas preci-savam de dinheiro para inves-tir na expansão para atender à demanda crescente que havia naquele período.

O bom momento atraiu em-presas pequenas à Bolsa, que viram na venda de ações uma opção mais barata de fi nan-ciamento do que recorrer a um empréstimo ou a sócios. “Os bancos faziam estudos de viabilidade para essas empre-sas. A crise, porém, fez com

que elas não recebessem o dinheiro que imaginavam”, afi rma Moraes.

Com isso, muitas fecharam capital. Entre as difi culdades encontradas para vender os papéis, estava a baixa cober-tura de analistas de alguns setores – tecnologia e saúde, por exemplo.

Segundo o analista, o preço dos papéis, em muitos casos, estava infl ado pelo bom mo-mento do mercado. “O valor das ações deu um salto. Tudo isso contribuiu para que mui-tas empresas não tivessem um bom desempenho desde

aquela época”, avalia.Para Marco Aurélio Barbosa,

analista da CM Capital Ma-rkets, o principal movimento foi a saída dos investidores estrangeiros. “Esses investi-dores, que tinham comprado muitas ações em IPO, foram os primeiros a retirar seus recursos do país”, disse.

CasosAlgumas empresas, no en-

tanto, conseguiram entregar bons resultados mesmo com a crise. As administradoras de shopping estão entre elas. O setor foi benefi ciado

pelo aumento do consumo e pelo maior poder aquisitivo das classes C e D. “Houve um crescimento do público nos centros comerciais, o que reforçou o lucro dessas companhias”, diz Raymundo Magliano Neto, presidente da corretora Magliano.

A ação da BR Malls, por exemplo, ganhou 103,1% des-de seu lançamento, em abril de 2007. O desempenho é bem superior à alta de 0,76% do Ibovespa no período.

Já o setor de construção, por exemplo, foi um dos que mais sofreram. “Em 2007, estava todo mundo achando que o Brasil iria ‘bombar’ e que as pessoas, com mais dinheiro no bolso, comprariam imóveis. A maioria das construtoras achou que esse período não acabaria nunca e comprou terrenos mais caros, aumen-tando o endividamento”, disse Magliano Neto.

Para Luis Gustavo Pereira, analista da Guide Investimen-tos, é preciso observar com cautela o desempenho das ações nos últimos sete anos. “Desde a crise de 2008, ainda não tivemos uma recuperação efetiva da Bolsa”, diz.

IPOO investidor pessoa física

que quiser participar de um lançamento de ações (IPO, na sigla em inglês) deve ter cuida-do redobrado, principalmente porque as novas empresas não possuem histórico de balan-ços e de lucros distribuídos aos acionistas.

A primeira recomendação é ler com cuidado o prospecto da oferta pública de ações. O documento traz, entre outras

informações, os riscos a que a empresa está sujeita e outros fatores que podem infl uenciar os papéis. O investidor com dú-vida deve pedir ajuda à corre-tora ou ao banco para avaliar as informações de interesse. É importante se informar sobre as perspectivas do setor e das infl uências do exterior.

Para investir é preciso ter con-ta em uma corretora ou banco. A abertura da conta não envolve

custos, mas há cobrança de taxas, como de corretagem e custódia, para cada operação de compra e venda.

Também é preciso se ins-crever para participar – é o cadastro no período de re-serva. Isso é feito pela corre-tora ou pelo banco no prazo estipulado da oferta. Após a defi nição do preço da ação, o investidor que demonstrou in-teresse no período de reserva

pode comprá-la.Para Alexandre Wolwacz,

diretor da escola de investi-mentos Leandro & Stormer, as empresas terão que ampliar os esforços para convencer os investidores a comprar papéis na abertura de capital. Isso porque esse aplicador já per-deu bastante dinheiro nessa modalidade. “Ser apenas uma companhia conhecida não será sufi ciente”, afi rmou.

ANDERSON FIGODANIELLE BRANTDE SÃO PAULO

CENÁRIOO Brasil fazia parte dos países que tinham boas perspectivas de cresci-mento. As commodities batiam recordes e o brasileiro tinha acesso ao crédito. Isso abriu portas para empresas entrarem na Bolsa.

Preços infl ados e saída de estrangeiros explicam insucesso de empresas na Bolsa, segundo analistas

DIVULGAÇ

ÃO/BOVESPA

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C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Interior de estados é novomercado para franquiasRedes buscam avançar para a área, que tem renda em alta e custo menor. Particularidades regionais são avaliadas

Um estudo feito pelo Se-brae em 2014 mostra que o consumo fora das metrópoles re-

presenta R$ 4 de cada R$ 10 gastos no Brasil, um mercado que somou R$ 827 bilhões em 2014. As redes de franquias já estão de olho nesse potencial.

“Com a incorporação da nova classe média e o aumento da renda, não só as oportunidades se expandiram, mas também os hábitos de consumo no interior”, afi rma Luiz Barretto, presidente do Sebrae. “Há uma demanda no interior que não encontra oferta correspondente”, diz.

Segundo levantamento iné-dito do Sebrae, apenas 25% das marcas associadas à Asso-ciação Brasileira de Franquias (ABF) têm lojas fora das me-trópoles. A Emagrecentro, rede de estética do Grupo Multifran-quias, possui 150 unidades no Brasil, 59 delas fora de capitais, sendo 13 no interior do Estado de São Paulo.

Viris da Costa, 31, abriu uma franquia da marca em Ribeirão Preto em fevereiro de 2014, depois de trabalhar dois anos em uma unidade da rede em São Paulo.

O primeiro passo de Costa foi encomendar uma pesquisa de mercado em uma empresa especializada. O plano inicial era ir para o Espírito San-to, mas os custos tornaram o negócio inviável.

A Mr. Beer, rede de cerve-jas especiais, elegeu o interior como foco em 2015. “O custo de shopping em São Paulo está inviável para qualquer franquia nova”, diz Fernando Fernandes, diretor de expansão da marca.

A nova fronteira são shoppin-gs menores, centros comerciais e galerias de cidades do interior, como Americana (SP) e Uber-lândia (MG), diz.

O investimento inicial menor é o que torna o interior uma opor-tunidade interessante mesmo em um cenário de economia em desaceleração, afi rma Mar-cus Rizzo, da consultoria Rizzo Franchise. Ele destaca os seg-mentos de alimentos, educação e serviços – Correios e lotéricas, por exemplo – como bons inves-timentos nessas regiões.

Das unidades da rede de sanduíches Subway, 70% es-tão fora das capitais, segundo Roberta Damasceno, gerente nacional da marca.

“Muitas dessas lojas são mais rentáveis do que as das capitais, em razão dos custos operacio-

nais menores”, diz.

CuidadosQuem pretende abrir uma

franquia no interior precisa ter em mente a capacidade de consumo do mercado local e as particularidades regionais, afi rma Cristina Franco, presi-dente da ABF.

Para Costa, da Emagrecentro, uma das principais diferenças entre a capital e o interior é o comportamento dos clientes. “Em Ribeirão Preto, as pes-soas são menos consumistas. Elas pensam mais antes de gastar”, avalia. Outro fator im-portante para o negócio dar certo é dedicação exclusiva do empreendedor. “A franquia requer comprometimento e barriga no balcão”, afi rma Fernandes, da Mr. Beer.

No Subway, a preferência também é vender franquias para pessoas que não exerçam outras atividades.

Para entender concretamen-te como é a operação do dia a dia do negócio, Rizzo aconselha conversar com ao menos quatro franqueados da marca em que se está interessado, dois mais antigos e dois mais recentes.

Abrir uma franquia é um dos investimentos menos arrisca-dos, segundo especialistas, por-que o empreendedor trabalha com marcas já conhecidas do consumidor, obedece a um pa-drão de negócio já formatado e recebe treinamento de gestão.

“A diferença básica entre abrir uma franquia ou um negócio autônomo é ‘eu sei ou não sei fazer isso?’. Franquia é pra quem não tem know-how em um seg-mento – o que é o problema da maioria”, diz Marcus Rizzo, da consultoria Rizzo Franchise.

A fórmula já comprovada garante às franquias um ín-dice de falência de apenas 4% – enquanto o dos demais negócios chega a 47%, se-gundo Cristina Franco, presi-dente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

O faturamento do setor tam-bém é um motivador. Em 2014, as franquias viram o lucro cres-cer 7,7%, segundo a ABF. Já o PIB brasileiro teve alta de 0,2% nos três primeiros trimestres de 2014, dado mais recente disponível. A expectativa para 2015 é que esse número cresça em torno de 7,5% a 9%.

Luiz Barretto, presidente do Sebrae, diz que a franquia pode servir de escola para quem quer começar um negócio próprio, mas afi rma que é bom o interes-sado ter ao menos familiaridade com o ramo escolhido.

FERNANDA PERRINDE SÃO PAULO

Empresária Viris da Costa, que saiu da capital São Paulo para abrir uma clínica estética em Ribeirão Preto, no interior do estado

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É possível perder dinheiro com renda fi xaMarcia DessenFinanças Pessoais

O principal risco das ope-rações de renda fi xa é o de crédito, representado pela possibilidade de o investidor não receber seu dinheiro de volta. Mas existe um outro ris-co, mais visível, que incomoda e surpreende: a possibilidade de perder dinheiro em uma operação de “renda fi xa”.

Esse é o risco de merca-do que atinge somente os títulos de taxa prefi xada ante a oscilação da taxa de juros, antes da data do vencimento do papel.

Se apresenta nos títulos pú-blicos Tesouro Prefi xado, com ou sem juros semestrais, Te-souro IPCA, com ou sem juros semestrais, e em qualquer ou-tro título de taxa prefi xada.

Por que o preço cai sempre que a taxa de juros sobe? Para entender esse risco, é preciso inicialmente compreender o que foi comprado.

CompraSe engana o investidor que

acredita que comprou uma taxa de juros prefi xada durante um determinado período de tempo. Na verdade, comprou um título que pagará determinado valor de resgate, na data do venci-

mento. A taxa prefi xada não foi o objeto da negociação! Foi utilizada somente para calcular esse valor. O elemento prefi xa-do da operação é o valor futuro de resgate. Exemplifi cando, um depósito de R$ 100 mil por um ano a 12% ao ano, pagará R$ 112 mil no vencimento.

VendaA fl utuação de preço que

tanto incomoda o investidor ocorre entre a data da compra e a data do vencimento, sendo provocada por uma mudança na taxa de juros de mercado. Esse é o risco de mercado e

afeta somente os investidores que precisam vender o título antes do vencimento.

Contrariando a intuição, quando a taxa de juros sobe, o preço cai. Para entender por que a relação entre o preço e a taxa de juros é inversamente proporcional, vamos recorrer ao conceito de desconto.

Suponha que o preço de uma mercadoria é R$ 100 sendo possível obter desconto para pagamento à vista. Quanto maior a taxa de desconto, me-nor será o preço da mercadoria. O preço será R$ 90 dado um desconto de 10% e será R$ 95

se o desconto for de apenas 5%. O preço cai quando a taxa de desconto sobe, e sobe quando a taxa de desconto cai.

O mesmo conceito se aplica para precifi car os títulos de taxa prefi xada antes do vencimento.

Nesse caso, será preciso en-contrar um novo investidor que, naturalmente, deseja ganhar a taxa de juros que o mercado paga naquele momento.

Assim, o valor futuro de R$ 112 mil será descontado pela taxa de juros vigente, e não pela taxa de juros negociada no dia da compra.

Supondo o mesmo prazo de um ano e valor de resgate de R$ 112 mil, descontado a 15% (taxa de juros mais alta), o preço do título será R$ 97.391,30 (112.000/1.15), representado perda de valor.

Descontado a 10% (taxa de juros mais baixa), o preço do título será R$ 101.818,18 (112.000/1.10), representando ganho de valor.

O equívoco mais frequente é supor que o valor aplicado será corrigido pela taxa de ju-ros negociada no passado, pelo prazo decorrido entre a data da compra e a data da revenda.

Como vimos no exemplo, o procedimento correto é descontar o valor futuro de resgate pela taxa de juros vi-gente, pelo prazo a decorrer até o vencimento.

PrazoAlém da taxa de juros, outra

variável impacta o preço: o pra-zo do título. Quanto mais longo, maior será o impacto.

Juros em alta provocam que-da no preço, e a perda de valor será tanto maior quanto maior for o prazo do título. Investir em títulos mais cur-tos é uma forma de reduzir o risco de mercado.

ResgateO valor futuro contratado

permanece intacto. Mas para recebê-lo é preciso esperar o vencimento, data na qual o tí-tulo será resgatado, e o capital, acrescido dos juros prefi xados, creditado ao investidor.

Sendo assim, quem compra o título diretamente não precisa de liquidez e pode aguardar o vencimento, afastando o risco de mercado. A estratégia não se aplica no caso de fundos de investimento abertos já que as cotas não têm vencimento.

Empresário de biogás na Endeavor

Um empresário brasileiro responsável pelo desenvolvi-mento de tecnologia que pro-duz energia a partir de restos da cana-de-açúcar ingressou na rede internacional da Endea-vor, organização internacional sem fi ns lucrativos de apoio

ao empreendedorismo.Alessandro Gardemann, 32,

sócio da empresa paranaen-se Geo Energética, teve sua aprovação em painel global da organização na sexta-feira (6), em Cingapura.

Gardemann passou por ban-ca de avaliação que contou com mentores da rede, como Edgar Bronfman Jr., ex-presi-

dente da Warner Music Group, e Chris Zook, sócio da con-sultoria Bain & Company. Ele terá agora acesso a mentores como esses para desenvolver sua empresa.

Para chegar à aprovação em Cingapura, a Geo Energética passou por duas etapas de seleção no Brasil. A primeira foi com executivos mentores

ligados à organização, e a se-gunda, com o conselho dela no Brasil, que inclui nomes como Beto Sicupira (Ambev) e Pedro Passos (conselheiro da Natura e colunista da Folha).

A Endeavor tem 135 empre-sas brasileiras entre suas 651 fi rmas Um dos requisitos para ser aceito é ter crescido 20% por três anos seguidos.Alessandro Gardemann, 32, fundador da Geo Energética

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C7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Como a infl ação afeta investimentos e corrói seus ganhos

Samy DanaCARO DINHEIRO

É fácil entender a lógi-ca, um tanto quanto cruel, do imposto sobre os inves-tidores: se uma aplicação bancária tem uma renta-bilidade de 8%, podemos dizer que este percentual será o seu “ganho nominal”, do qual serão descontadas as alíquotas de Imposto de Renda.

O problema é que essa co-brança ignora o tamanho da mordida da inflação sobre os rendimentos, podendo cau-sar prejuízos em aplicações de menor retorno.

Para entender melhor o assunto, é importante ilus-trar com um exemplo bem prático, supondo um inves-timento de R$ 1.000 em um CDB – um instrumento de renda fixa comum e encon-trado nos bancos.

Quando o ano encerrar, o rendimento poderá girar em torno de 6,41% (exata-mente a inflação pelo IPCA

Como posso diversifi car investimento de R$ 50 mil?

FOLHAINVEST

de 2014), dependendo da taxa negociada com o banco. Esse valor apenas cobre a inflação sem apresentar um ganho efetivo, que podemos chamar de “ganho real”.

Com a incidência dos impostos, que ignoram os ganhos reais, aparecem as perdas. Para aplicações en-tre seis meses e um ano, a alíquota será de 20%; ou seja, o ganho passa a ser menor do que a inflação do ano passado e do que os 7% projetados para este ano. Na prática, o investidor teve um prejuízo.

O problema começa pelo fato de a alíquota de IR in-cidir sobre o ganho nominal, e não sobre o ganho real. Isso gera injustiças e cria um clima de desânimo entre os investidores.

No caso de instrumentos de renda fixa como CDB e fundos de renda fixa, a alí-quota de Imposto de Renda

Mande sua pergunta para a coluna [email protected]

RESPOSTA DE MAURO CALIL, ESPECIALISTA EM FINANÇAS PESSOAIS - Para ter R$ 15 mil para emergências, sugiro CDB com liquidez diária. Com facilidade, é possível encontrar bancos que pa-guem 100% do CDI, hoje em cerca de 12% ao ano. Lembre-se de que você terá Imposto de Renda.

Vou considerar R$ 25 mil para o sonho de trocar de carro e/ou viajar entre dois ou três anos. A renda fi xa é o destino aceitável e aconselhável. Hoje, é possível obter taxas acima de 1% ao mês para investimento com resgate acima de 12 meses em produtos cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), como as letras de câmbio e os próprios CDBs. É a mesma

segurança da poupança, mas com o dobro da rentabilidade.

O “pulo do gato” nesse inves-timento é estimar com a maior precisão possível a data de resgate, algo como duas ou três semanas antes da viagem ou da troca do automóvel. Isso permitirá compro-meter o dinheiro por um prazo mais longo, obtendo uma taxa maior.

Por fi m os R$ 10 mil restantes para a aposentadoria. Considero que seja no mínimo daqui a dez anos. Não entraria em produtos de previdência, como VGBL ou PBGL. Prefi ro o caminho de usar fundos imobiliários, aproveitando a baixa nas cotações. Escolha dois ou três fundos que tragam uma rentabilidade de ao menos 0,7% ao mês. Nesse prazo, reinvista os lucros obtidos.

A. S. C., (LONDRINA - PR)

Participante alcança ganho de 104% no simulador

O participante Gerd Spli-ter registrou ganho de 104,2% em sua carteira de ações e liderou o si-mulador Folhainvest, uma parceria da Folha com a BM&FBovespa.

Em segundo lugar está Felipe Fogagnolo, com 94,5%, seguido por João Paulo Lobão, com 89,8%. Em quarto está Fabricio Miranda Martins, com de 75,8%. Celio Urani ocupa o quinto lugar, com 74,4%.

Os interessados em par-ticipar podem se cadastrar no site www.folhainvest.com.br. A premiação in-clui cursos sobre investi-mentos, acesso a banco de dados de cotações

e iPads,mas pode ha-ver substituição desses itens por produtos equi-valentes ou com valor financeiro similar.

DÚVIDA

Kakebo japonês chega ao Brasil

Garrafa de água para en-frentar o calor sufocante: R$ 2,50. Picolé de frutas para conseguir chegar ao destino: outros R$ 2,50. Pão de queijo para driblar a fome: R$ 3,50. Balas: R$ 1,50. Você gastou R$ 10 e nem percebeu.

Boa parte dos livros so-bre fi nanças pessoais mira no controle desses peque-nos gastos como ferramenta para equilibrar o orçamento e achar onde cortar despesas. E um livro colorido, com di-cas de economia doméstica e formato de agenda para anotar todas as despesas do dia a dia, chega ao Brasil para ajudar nessa tarefa.

O Kakebo – que em japonês signifi ca “livro de contas das despesas de casa” – traz di-cas de economia de maneira divertida, para incentivar o usuário a marcar seus gastos e manter seus propósitos.

As páginas dedicadas a

anotar as despesas vêm divi-didas com os dias da semana, sem datas, para que a pessoa comece um ciclo de um ano quando quiser.

A recomendação é apenas que o início se dê em uma se-gunda-feira – como nas dietas para emagrecer, segunda fi ca sendo o dia de começar um planejamento fi nanceiro.

Na edição brasileira, um porquinho dá dicas para economizar e representa o dinheiro poupado; um lobo é o “vilão” do orçamento. No início de cada mês, o usuário é convidado a listar suas re-ceitas e despesas fi xas, além de traçar objetivos e estimar a economia a ser feita.

Nas páginas seguintes, ele vai marcando o dinheiro usado para “sobrevivência” (categoria na qual estão ali-mentação, farmácia, trans-porte, fi lhos e animais de estimação), “lazer e vícios” (bares, restaurantes, cigar-ros, baladas, cosméticos e roupas), “cultura” (livros, mú-

sica, espetáculos, fi lmes e jor-nais e revistas) e os “extras” (viagens, presentes, eletrôni-cos, objetos para o lar). No total semanal, aparece o lobo faminto por aquele valor.

CortesA divertida página do fi m do

mês mostra lobo e porquinho brigando pelo orçamento e permite organizar despesas por categoria, facilitando a decisão sobre onde cortar.

Em Portugal e na Espanha, onde já foi lançado, o livro des-perta comentários positivos de usuários em redes sociais, que, contudo, reclamam do formato, que, segundo eles, é difícil de ser levado de um lado para o outro.

Os editores negam que isso afete o progresso dos usuá-rios e afi rmam que eles são encorajados a guardar notas para depois lançá-las no li-vro, num momento defi nido individualmente.

A versão 2015 lançada na Espanha trouxe um pequeno

Página do Kakebo, em que usuário é incentivado a listar receitas e despesas fi xas do mês

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FABÍOLA SALANIDE SÃO PAULO

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varia conforme o tempo de aplicação. Quanto mais tem-po o dinheiro fica investido, menor fica o imposto. So-bre o lucro de investimentos com menos de seis meses, o IR cobrado é de 22,5%. A alíquota cai para 20% entre as aplicações que variem de seis meses a um ano e cai mais ainda (17,5%) nos

casos dos investidores que deixem o dinheiro aplicado de 12 a 24 meses. Por fim, a alíquota chega ao índice mínimo de 15% nos casos com mais de dois anos.

Além disso, nas aplicações em produtos bancários, as taxas de administração são bastante elevadas e, percen-tualmente, o custo se torna

elevado para operações com montantes reduzidos. Isso pode ser visto nas taxas de administração no caso de fundos e no baixo retorno no caso de CDBs,

Ao pé da letra, o ideal seria alterar este modelo tributário e implementar um no qual o imposto levasse em consideração o “ganho

real”, e não o “nominal”, pois, no prisma do investi-dor, o que faz a diferença é o quanto o dinheiro rendeu acima da inflação. Afinal, de que adianta ter rendimen-to de 12% no investimen-to, se a inflação também subir 12%?

Também seria interessante estabelecer uma forma de tributação por faixa de renda, na qual o usuário pudesse op-tar, como ocorre nos planos de previdência, pelo modelo regressivo (que considera prazos) ou progressivo (por renda). Assim, os indivíduos com menor capital para in-vestir poderiam ter isenção tributária ou, ao menos, re-duzir o imposto pago.

SAMY DANA é economis-ta com PhD em business e professor da EAESP-FGV. Twitter: @samyda-na. Facebook: facebook.com/carodinheiro

livro em formato de passapor-te exatamente para ser mais facilmente transportada.

EstímuloAo fi m e ao cabo, o Kake-

bo funciona mais como um estímulo para controlar as fi nanças do que como fer-ramenta em si. O sucesso

vai depender da disciplina do usuário.

Como disse José Vignoli, educador fi nanceiro do Meu Bolso Feliz, do SPC Brasil, “é mais um tipo de con-trole de fi nanças pessoais, voltado para alertar sobre os pequenos gastos que ao fi nal do ano podem somar

valores consideráveis. Nada muito diferente das regras básicas de controle pessoal, mas traz um charme que faz vender bem”.

Para Vignoli, o Kakebo é um “aplicativo impresso”: “É mui-to usado no Japão dentro da cultura oriental de consumo, que difere da nossa”.

Preços: Em vídeo, o planejador financeiro Renato Roizenblit (foto) fala sobre como atenuar o impacto da inflação no bolso. Veja em folha.com/no1586138

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C8 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

Alexandre Tombini promete2016 melhor para banqueirosEm almoço na Turquia com empresários, presidente do BC diz que país vai retomar crescimento a partir do ano que vem

O governo brasileiro quer “convencer” o G20 de que está no caminho certo para

aumentar a confi ança no país e retomar o crescimento da economia a partir de 2016.

Foi o que disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, neste domingo (8), em Istambul (Turquia), onde os mi-nistros de fi nanças e chefes de BC das 20 maiores economias se reúnem até esta terça-fei-ra (10). “Tenho a ambição de convencê-los de que temos a agenda certa para melhorar a confi ança no Brasil nos próxi-mos anos e de que as políticas que estamos implementando criarão uma melhor pers-pectiva econômica no médio prazo, começando em 2016”, disse o presidente do BC, ao responder sobre as intenções do Brasil na cúpula.

Tombini foi o convidado espe-cial de um almoço com banquei-ros e empresários em evento do IIF (Instituto Internacional de Finanças), que precede o G20. A reunião contará também com a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O chefe do BC destacou ainda que não há expectativa de crescimento do país para 2015. “Como disse o minis-tro Joaquim Levy, [o cresci-mento] tende a ser “fl at” [estável]”, disse Tombini.

Numa reunião fechada em Davos, no mês de janeiro, Levy usou essa expressão para dizer que o PIB brasileiro não deve

crescer neste ano. A previsão mais recente de analistas con-sultados pelo BC é de cresci-mento do PIB de 0,03% neste ano e de 1,5% em 2016.

Tombini explicou também as medidas que o governo tomou recentemente, como o aumen-to no tributo sobre a gasolina, que elevam a infl ação no curto prazo. Ressaltou, no entanto,

a expectativa do mercado de redução infl acionária a partir de 2016, até 2019. Em Davos, o presidente do BC já havia mencionado essa previsão, reiterando que o país poderá atingir o centro da meta em meados do próximo ano.

Tombini destacou as me-didas de desenvolvimento de infraestrutura do governo em curso e outras reformas im-plementadas que, segundo ele, buscam a retomada da con-fi ança no crescimento da eco-nomia. “Temos que continuar nessa direção”, afi rmou.

Principal parceira comercial do Brasil, a China diminuiu em 19,9% as suas importações em janeiro, refl etindo a queda nos preços de matérias-primas como o minério de ferro e a desaceleração da economia do gigante asiático.

O Brasil foi o terceiro país mais “castigado” entre os prin-cipais parceiros comerciais chi-neses, com queda de 39,8% nas vendas, resultado que só não foi pior que os de Indonésia (54,8%) e África do Sul (contra-ção de 42%). Este movimento de queda das commodities já fez o Brasil perder em 2014 o posto de nono maior parceiro comercial chinês. Alexandre Tombini, presidente do Banco Central do Brasil; ele prevê PIB estagnado neste ano

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DISCURSOTombini quer conven-cer o G-20 de que o governo tem a agenda certa para melhorar a confi ança no Brasil nos próximos anos e de que as políticas atuais criarão uma melhor perspectiva econômica.

LEANDRO COLONENVIADO ESPECIAL A ISTAMBUL

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