educaÇÃo e arte: uma reflexÃo aliada as novas tecnologias...

15
1 EDUCAÇÃO E ARTE: UMA REFLEXÃO ALIADA AS NOVAS TECNOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM 1 Roberto Carlos Dalongaro 2 Thainara Aparecida Corrêa Mello 3 Thiago Pinheiro Maciel 4 Evandro Dalla Vecchia 5 RESUMO: Nos dias de hoje com o acelerado crescimento das evoluções tecnológicas no mundo, podemos perceber que várias pessoas se adaptam rápido a essas mudanças. Em questão disso, o mundo se torna mais fácil para o ser humano. Dentro desse contexto, pretende-se contribuir para que a arte seja mais valorizada na educação com a integração de novas tecnologias, e com isso passe a ocupar um espaço mais amplo dentro das instituições de ensino. A arte é um fenômeno da cultura humana, e é relevante para a formação do indivíduo. O objetivo principal desse artigo é buscar uma reflexão sobre as artes de todos os tipos dentro do contexto da educação, com a utilização das ferramentas tecnológicas. Nos dias de hoje a tecnologia está tão inserida na sociedade, principalmente entre as crianças, que os educadores têm que buscar maneiras inovadoras para atrair a atenção dos seus alunos. Uma das disciplinas onde as tecnologias mais podem ser desenvolvidas são as que envolvem as artes, pela sua grande gama de assuntos e possibilidades. Nesse sentido, levanta-se o questionamento de como fazer com que a tecnologia seja utilizada para atrair os alunos em um processo que use histórias e arte no aprendizado? Para consolidar a dissolução da problemática proposta, é realizada uma revisão bibliográfica na literatura relacionada a arte, educação e tecnologia, fomentando uma discussão sobre os principais pontos abordados no estudo. PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia; Educação do indivíduo; Arte. 1 INTRODUÇÃO O objetivo principal desse artigo é buscar uma reflexão sobre as artes de todos os tipos dentro do contexto da educação, que utiliza os variados tipos de tecnologias para desempenhar um papel fundamental dentro da sociedade. Atualmente as novas tecnologias de comunicação e informação têm sido fundamentais dentro do nosso meio social, e tem causado grandes 1 GT 04: Educação e Arte. 2 URI São Luiz Gonzaga. [email protected]. 3 URI São Luiz Gonzaga. [email protected]. 4 URI São Luiz Gonzaga. [email protected]. 5 URI São Luiz Gonzaga. [email protected]

Upload: vunguyet

Post on 21-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

EDUCAÇÃO E ARTE: UMA REFLEXÃO ALIADA AS NOVAS

TECNOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM1

Roberto Carlos Dalongaro2

Thainara Aparecida Corrêa Mello 3

Thiago Pinheiro Maciel 4

Evandro Dalla Vecchia 5

RESUMO: Nos dias de hoje com o acelerado crescimento das evoluções tecnológicas no

mundo, podemos perceber que várias pessoas se adaptam rápido a essas mudanças. Em questão

disso, o mundo se torna mais fácil para o ser humano. Dentro desse contexto, pretende-se

contribuir para que a arte seja mais valorizada na educação com a integração de novas

tecnologias, e com isso passe a ocupar um espaço mais amplo dentro das instituições de ensino.

A arte é um fenômeno da cultura humana, e é relevante para a formação do indivíduo. O

objetivo principal desse artigo é buscar uma reflexão sobre as artes de todos os tipos dentro do

contexto da educação, com a utilização das ferramentas tecnológicas. Nos dias de hoje a

tecnologia está tão inserida na sociedade, principalmente entre as crianças, que os educadores

têm que buscar maneiras inovadoras para atrair a atenção dos seus alunos. Uma das disciplinas

onde as tecnologias mais podem ser desenvolvidas são as que envolvem as artes, pela sua

grande gama de assuntos e possibilidades. Nesse sentido, levanta-se o questionamento de como

fazer com que a tecnologia seja utilizada para atrair os alunos em um processo que use histórias

e arte no aprendizado? Para consolidar a dissolução da problemática proposta, é realizada uma

revisão bibliográfica na literatura relacionada a arte, educação e tecnologia, fomentando uma

discussão sobre os principais pontos abordados no estudo.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia; Educação do indivíduo; Arte.

1 INTRODUÇÃO

O objetivo principal desse artigo é buscar uma reflexão sobre as artes de todos os tipos

dentro do contexto da educação, que utiliza os variados tipos de tecnologias para desempenhar

um papel fundamental dentro da sociedade. Atualmente as novas tecnologias de comunicação

e informação têm sido fundamentais dentro do nosso meio social, e tem causado grandes

1 GT 04: Educação e Arte. 2URI – São Luiz Gonzaga. [email protected]. 3URI – São Luiz Gonzaga. [email protected]. 4 URI – São Luiz Gonzaga. [email protected]. 5 URI – São Luiz Gonzaga. [email protected]

2

alterações da forma de como as pessoas se interagem e mantém contato com as informações

do mundo.

Com a chegada da tecnologia surgiu um grande avanço de implementação de um

ambiente virtual capaz de contribuir para o enriquecimento da educação, busca-se aqui refletir

sobre esses grandes avanços tecnológicos no mundo, sobre os graus de interação e

comunicação ofertados por meio dessas tecnologias, em um conceito que busca enriquecer o

ser humano. Dentro desse contexto procura-se definir o que é tecnologia, utilizando para isso

as contribuições de Brito (2006), e Kenski (2007), assim nessa reflexão observamos que a Arte

não é só um conteúdo escolar para preencher o tempo, mas sim contextualizar e articular com

as demais áreas do conhecimento.

A arte está presente em todas as rotinas sociais, na história, e no nosso dia a dia, ela faz

com que o ser humano pense e repense no seu universo. Nesse artigo é levantado o

questionamento de como fazer com que a tecnologia seja utilizada para atrair os alunos em um

processo que use histórias e arte no aprendizado? Para responder ao referido questionamento

se faz importante mostrar o quanto à tecnologia é fundamental no âmbito das artes para alcançar

os indivíduos, e provocar um grande impacto de cultura e educação na sociedade. A tecnologia

resulta em inovações que proporcionam positivamente o nível de vida do ser humano. Enfim,

a Arte usando a tecnologia como ferramenta principal de educação não pode ser sonegada pela

sociedade. A arte é fundamental para a nossa existência, e é fundamental para a nossa formação.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Definições de tecnologia

Para iniciar nosso trabalho acerca da relação entre tecnologia, educação e arte nos dias

de hoje faz-se necessário esclarecer o conceito de tecnologia, pois, de acordo com Brito (2006,

p.03), “[...] sem a apropriação deste conceito fica muito difícil discutir algumas implicações da

relação entre exigências educacionais, novas tecnologias e ensino”. É comum também associar

o conceito de tecnologias a aparatos modernos, no entanto, como afirma Kenski (2007, p. 15)

“as tecnologias são tão antigas quanto à espécie humana”. De acordo com a autora é o uso do

raciocínio e os conhecimentos colocados em prática que permitem ao ser humano inovar e criar

3

diferentes equipamentos, máquinas, projetos, recursos e processos, originando assim as

tecnologias do mundo de hoje.

Tecnologia é conhecimento e Kenski (2007) apresenta uma compreensão ampliada

desse conceito ao definir a tecnologia como: “Ao conjunto de conhecimentos e princípios

científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e utilização de um equipamento em

um determinado tipo de atividade, chamamos de “tecnologia”. Para construir qualquer

equipamento, uma caneta esferográfica ou um computador, os homens precisam pesquisar,

planejar e criar o produto, o serviço, o processo. Ao conjunto de tudo isso, chamamos de

tecnologias”.

Com o objetivo de explicar melhor que as tecnologias não são apenas máquinas, Sancho

apud Brito; Filho (2009), faz uma classificação didática das mesmas e apresenta-as em três

categorias: Tecnologias físicas: são as inovações de instrumentos físicos, tais como: caneta

esferográfica, livro, telefone, aparelho celular, satélites, computadores. Estão relacionadas com

a Física, Química, Biologia, etc. (equipamentos); Tecnologias organizadoras: são as formas de

como nos relacionamos com o mundo; como os diversos sistemas produtivos estão

organizados. As modernas técnicas de gestão pela Qualidade Total são um exemplo de

tecnologia organizadora (relações com o mundo); Tecnologias simbólicas: estão relacionadas

com a forma de comunicação entre as pessoas, desde a iniciação dos idiomas escritos e falados

à forma de como as pessoas se comunicam. São os símbolos de comunicação (interfaces da

comunicação).

Brito (2006), a partir de uma pesquisa realizada com um grupo de professores, aponta

a existência de outras duas categorias: tecnologias educacionais e tecnologias sociais. A

primeira refere-se aos artefatos que fazem parte da realidade escolar e que são utilizados no

processo de ensino e aprendizagem, abrangendo desde o retroprojetor até o computador e o

livro, por exemplo. Já a tecnologia social pode ser definida como o emprego de tecnologias

para tentar diminuir os índices de desigualdade social, podendo resultar em um produto,

dispositivo ou equipamento, mas ligado a um processo transformador. Vale lembrar que todas

estas categorias estão interligadas e que esta classificação visa apenas facilitar a compreensão

do conceito mais amplo de tecnologia, entendido como conhecimento aplicado, considerando

o processo e não somente o produto. Kenski (2007) afirma também que, nesse contexto, “o

homem transita culturalmente mediado pelas tecnologias que lhe são contemporâneas”, as

4

quais transformam seus pensamentos, sentidos e ações: A evolução tecnológica não se restringe

apenas aos novos usos de determinados equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos.

A ampliação e a banalização do uso de determinada tecnologia impõem-se à cultura

existente e transformam não apenas o comportamento individual, mas o de todo o grupo social.

(KENSKI, 2007, p. 21). O uso que os indivíduos fazem das tecnologias em diferentes épocas

influenciam (e são influenciados) na (e pela) economia, política, trabalho, cultura, etc. No

contexto atual, os profissionais da educação defrontam-se com uma política de incorporação

das Tecnologias à prática docente. Como dito acima, as inovações tecnológicas influenciam a

relação homem x sociedade e, consequentemente, o processo de ensinar e aprender.

2.2 As mudanças e a trajetória do ensino de artes no Brasil.

Antes de começar a falar sobre o nosso tema principal, é importante saber o que tal

palavra significa. Segundo a definição de Bertello (2004), para muitos a Arte é vista como uma

palavra difícil de ser entendida, mas na verdade não é tendo em vista que todos têm contato

com ela diariamente. Cada pessoa pode ter a sua ideia sobre o que é arte, e, muitas dessas ideias

estão corretas, afinal, quem nunca realizou um desenho, nunca mexeu com tinta, nunca viu ou

ouviu um artista cantando, nunca assistiu a uma peça ou a um filme? O Próprio autor crê que

todos já tiveram contato pelo menos com uma dessas manifestações artísticas.

Ainda sobre a definição de Bertello (2004), a arte é como algo maravilhoso, que dá

prazer às pessoas, pois a arte contribui para a felicidade do ser humano, seja em quaisquer das

formas de linguagem artística, porém, não se resume somente a isto, a arte é mais, com ela

aprendemos um pouco do nosso passado, através das obras de arte feitas nos períodos mais

distintos, podendo analisar o contexto histórico para verificar o que o artista quer expressar.

Segundo o autor, o trajeto do ensino de Artes no Brasil inicia-se com os Padres Jesuítas

em processos informais pelas oficinas de artesões. Era o uso das técnicas artísticas como

instrumento pedagógico para a catequese dos povos indígenas. A mesma sofreu mudanças em

todo seu processo, desde o século XX até os dias atuais. A forma como foi sendo ensinada e as

modificações no currículo estão ligadas às tendências teóricas vigentes em cada período.

Ao refletir sobre essa área ao longo da história, é possível repensar e reconstruir sua

prática, rompendo com paradigmas tradicionais e concepções que não proporcionam uma

5

aprendizagem significativa. Além do conhecimento sobre o que é ensinar Artes e como efetivar

o ensino na escola, é fundamental que o professor compreenda suas responsabilidades por meio

do conhecimento e reflexão sobre o processo do ensino de Artes. Considerando a subjetividade

que envolve uma análise, a mesma deve ser realizada sob uma perspectiva crítica e sensível

por parte do educador, para que este possa se reconhecer na construção histórica, refletindo

sobre a importância do ensino atualmente, em que cada vez mais é valorizado o sujeito inovador

e criativo na sociedade. (BERTELLO, 2004).

2.3 Refletindo sobre a arte

Antes de começarmos a falar sobre arte-educação, é necessário refletir sobre a arte e

seus aspectos. Iniciaremos por uma obra de consulta para a maioria das pessoas. Segundo

Ferreira (2000), com o dicionário Aurélio, a arte é a “Capacidade que tem o homem de,

dominando a matéria, por em pratica uma ideia (grifos nossos). Então, dentro desta definição

podemos extrair duas primeiras ideias: concretização de algo abstrato (transformar ideias em

matérias) e domínio de um elemento, de um fazer.

Nessa perspectiva, a abordagem sociológica de Bourdieu (1998) nos traz a contribuição

de que essas identidades culturais constituem o capital cultural, no qual pode ser identificado

como o responsável pela diferença de aproveitamento nas escolas. Sendo assim, a arte passa a

ser um conhecimento pouco difundido e muito pouco compartilhado tanto no meio social

quanto nas escolas, tornando-se como mais uma forma de exclusão social e cultural, ao passo

que os menos favorecidos economicamente mantêm-se distanciados da Arte.

Segundo Tolstói (1995) apud Freitas (2005), a arte é o contágio, emoção e, portanto,

contagia com determinados sentimentos. Entretanto, cabe a nós refletir e perceber que a arte

não é um simples contágio, ela é uma prática que tem uma intenção, um objetivo e, por isso, é

capaz de transmitir uma visão de mundo e uma experiência de vida, além de despertar emoções.

Seria possível dizer também que arte é o uso de técnicas, conhecimentos e estilo pessoal de

criar.

No contexto escolar, por exemplo, chegamos a uma conclusão de que diferentes

concepções surgiram ao longo dos anos. Num contexto da arte na atualidade, se torna muito

abrangente apontar apenas um conceito de arte, tendo em vista as diversas transformações e

6

evoluções ao longo do tempo tanto no âmbito nacional e quanto mundial, porém, falando em

ralação ao nosso país, o Brasil, há uma gama de ferramentas e formas em se possa incluir a arte

no dia-a-dia na educação nas escolas, porém, tem que se tomar muito cuidado, a arte é ditada

em diversas formas para formar o pensar, como música, poesia, teatro que através de suas

expressões corporais desenvolvem a inteligência humana, trabalhando capacidades de

persuasão, o pensar, a desinibição, a busca dos objetivos, no que se diz nos dias hoje, a arte

busca essas referências como ferramentas de auxílio na educação. (FREITAS, 2005)

Segundo Schwanka (2014), por meio da arte desenvolvemos uma forma própria de

sentir e pensar. No modo de significar o mundo e despertar a consciência, mental ou corporal,

a arte possibilita que nos tornemos conhecedores de nós mesmos e do que nos cerca. A

compreensão de que a arte é portadora de símbolos e signos que nos permite conhecer como o

artista construiu a sua poética, e o seu modo de olhar o mundo. Ainda sobre o conceito de

Schawanka (2014), ela mesma afirma que: O conhecimento em arte se dá na perspectiva do

entendimento de que aprendemos a realidade por nossas experiências sensoriais, voltadas para

acolher o múltiplo, o diferente, seja no interior da sala de aula, seja no contexto mais amplo

das relações sociais. O ensino da arte nas escolas necessita, portanto, ser pensado enfocando

também as diferentes possibilidades de trabalho como meio de formação dos sentidos humanos,

o que certamente contribuirá para o desenvolvimento de uma atitude crítica frente ao mundo

que cerca o aluno envolvido neste processo de aprendizagem.

2.4 Novas didáticas efetivas no uso de tecnologias na educação

Apesar, de se saber da importância da arte, educação, tecnologia através da reflexão e

de seus conceitos, constatou-se que existe uma grande gama de se criar novas metodologias na

forma de se educar usando as novas tecnologias para atrair e unir os estudantes, claro que

jamais se deve abandonar ou esquecer os métodos tradicionais, onde levou a humanidade e

especificando o Brasil ao desenvolvimento da nação e da população que nele habita, que evolui

na formação de profissionais alavancando assim a economia, porém, na medida do tempo, das

décadas, a sociedade como um todo evoluiu e está em constantes mudanças através das

descobertas científicas, e em se falando na tecnologia, estamos vendo a cada hora, a cada

segundo a diferença no nosso dia-a-dia. Se vê muitas formas de condutas mudando, a forma de

7

se viver, cada um se torna dependente das tecnologias, como por exemplo, celulares,

computadores, notebooks, mídias, enfim, são muitos os exemplos que poderiam ser citados, e

o que se há de aceitar é maneira de conduta que as pessoas têm na sua vida, independentemente

do setor social em está inserido, além disso, se forma um grande nicho de necessidades no que

condiz a educação, pois aliada a tecnologias modernas ajudaria e muito a preparação no futuro

de profissionais, que começa desde a escola, universidade, e claro na preparação e consciência

individual. (SCHAWANKA, 2014).

Segundo Leonardi (2005, p. 57-58): A intransigência em relação a tudo quanto é novo

é um dos piores defeitos do homem. E, inversamente, perceber a realidade pelos meios não

convencionais é o que mais intensamente deveria ser buscado nas universidades e nas escolas.

Porque isso é capacidade de invenção em estado puro: cultivar o devaneio, anotar seus sonhos,

escrever poesias, criar imageticamente o roteiro de um filme que ainda vai ser filmado.

Inventividade e tradição mantêm entre si uma relação muito complexa, que nunca foi constante

ao longo do tempo: às vezes foi de oposição e exclusão, outras vezes foi complementar e

estimulante, o que se nota é a dificuldade em que temos de unir o tradicional e o novo, pois se

buscarmos na escola, instituições de ensino e treinamento, entre outras, que buscam a união do

método tradicional de ensino e as novas metodologias que se cria diariamente, são lugares de

excelência e referência, podemos unir todas as modernidades que muitas vezes dificultam a

relação educadora e educando, como celulares, redes sociais, e transformando tudo isso em

ferramentas úteis para todos nós.

Para Pimentel (2007, p. 120) O uso de novas tecnologias possibilita aos alunos

desenvolver sua capacidade de pensar e fazer Arte contemporaneamente, representando um

importante componente na vida dos alunos e professores, na medida em que abre o leque de

possibilidades para seu conhecimento e expressão. A educação atual busca em seus anseios

novos parâmetros e soluções para melhor desenvolvimento intelectual e entendimento dos

alunos e sociedade em geral, nada que se busquem na história nos levará a contos de evoluções

na forma de se ensinar, porém, é necessária a união de todos e estimular a criatividade, o pensar

a busca dos objetivos a serem alcançados, em torno disso, a necessidade de evoluir na forma

de se comunicar de ter uma legião de adeptos.

8

2.5 A televisão em sala de aula

Analisando a chegada da televisão ao Brasil e seu impacto na sociedade e na educação

brasileira, Dorneles (2009, p.1) descreve como esse instrumento foi inserido na sociedade

brasileira: A partir de 1939, chega ao Brasil a primeira transmissão em circuito fechado de

televisão. O Brasil tornou-se o primeiro país da América do Sul, a utilizar esse meio de

comunicação em massa, que se consolidou no início de 1950, com o jornalista Francisco de

Assis Chateaubriand. A televisão era vista apenas como instrumento de entretenimento e

informação. A partir de Programas como Sistema Avançado de Comunicações

Interdisciplinares, lançado pelo Projeto Saci, cuja finalidade era instalar um sistema nacional

de teleducação, com o emprego de satélite, passa a ser reconhecido, também, como instrumento

de formação. No mundo globalizado vemos, cada vez mais, alunos desmotivados no que se

refere à educação. Se questionava a metodologia das aulas, considerando-as ultrapassadas.

Para Moran (1993, p. 36) “Tudo que passa na televisão é educativo. Basta o professor

fazer as intervenções certas e proporcionar momentos de debate e reflexão”. Portanto o uso da

televisão como recurso didático impulsionará uma inovação no ensino. Não se trata de trocar

os métodos convencionais pela televisão e o debate puro e simples. A televisão tem uma grande

importância no processo de socialização das novas gerações. Processo esse a ser realizado pela

escola que, por sua vez, nem sempre está preparada, em sua infraestrutura ou pedagogicamente,

para integrar as tecnologias de informação em seu fazer pedagógico. A televisão pode ser sim

um recurso que auxilia na aprendizagem. Os educadores têm a responsabilidade de instruir o

aluno a escolher os programas que lhe trazem algum crescimento, além disso, cabe ao professor

aproveitar o pensamento e questionamento do aluno. Os recursos audiovisuais são ferramentas

muito enriquecedoras.

O conceito de Guareschi (2005, p. 33) diz que: Se a sociedade está mudando de forma

tão rápida a escola não pode esperar, precisa se destacar, conhecer e explorar as preferências e

interesses de sua clientela. Incluir a mídia televisiva em seu espaço acadêmico é uma forma de

fazer o diferencial, “mas não se trata só de saber o que passa “na televisão”, ou seja, a

informação, mas de pensar, refletir, entender, saber analisar aquilo que lhe é repassado”. Nessa

perspectiva, é necessário trazer para a sala de aula mudanças que trarão aos alunos recursos

instigantes para o processo de ensino-aprendizagem. A televisão dá aos professores condições

9

de concretizar teorias, articular conteúdos, desperta o interesse pela pesquisa e novos

conhecimentos. A imagem e o som sensibilizam fazendo a integração da turma ou mesmo da

escola, possibilitando um ambiente afetivo e de troca.

Napolitano (2003) fala que a midiabilidade, a qual implica a existência de um campo

social dominado pela mídia, sobretudo a mídia eletrônica, catalisando um conjunto de

experiências e identidades sociais, seja pensada pela escola em função da constituição da

identidade. Não basta acreditar que a TV seja manipuladora de consciências e veiculadora de

conteúdo de baixo nível cultural e informativo, mas contribuir para que especificamente os

jovens se tornem críticos e incorporem o material televisual como fonte de conhecimento. É

importante que possamos cada vez mais explorar espaços de troca e reflexão para

incorporarmos múltiplas linguagens em nossa prática. Várias tecnologias podem ser integradas

para melhor obtenção dos objetivos, que precisam ser bem definidos, visando o aprendizado

do aluno, que pode ser enriquecida quando o professor usa adequadamente, selecionando

aquelas apropriadas para cada momento. As novas tecnologias já fazem parte da vida dos

alunos, seja na TV, no cinema, nos jogos eletrônicos, no banco, enfim em todos os lugares e,

portanto, a educação não deve e nem pode desprezar essa realidade.

2.6 O vídeo como uma didática de educação.

Freire (1996, p. 88), afirma que “um dos saberes necessários à prática educativa é o que

adverte da necessária promoção da curiosidade espontânea para a curiosidade epistemológica”,

isto é, da mais clareza e maior interesse nas suas melhores características pessoais, pois não se

tem uma boa resolução e ampliando habilidades cognitivas, pois o vídeo em si, ele instiga a

vivência em grupo, a atenção sensitiva, onde se provoca a criatividade do indivíduo.

Segundo Moran (1995, p.27) enfatiza quando expressa que “o vídeo é sensorial, visual,

linguagem falada, linguagem musical e escrita. Linguagens que interagem superpostas,

interligadas, somadas, não separadas. Daí a sua força”, dando-se uma maior rapidez na

rentabilidade do conteúdo, ganhando muito tempo na passagem do conteúdo.

Mayer (2000, p. 1-19) propõe sete princípios que devem estar subjacentes à concepção

de um documento multimídia: “1. Os alunos aprendem melhor quando se combinam palavras

e imagens do que só palavras, princípio multimídia; 2. Quando palavras e imagens

10

correspondentes estão próximas em vez de afastadas, princípio de proximidade espacial; 3.

Quando palavras e imagens são apresentadas simultaneamente em vez de sucessivamente,

princípio de proximidade temporal; 4. Quando palavras, imagens ou sons não relevantes para

o assunto são excluídos, princípio de coerência; quando se utiliza animação e narração em vez

de animação e texto escrito, princípio de modalidade; 5. Quando se utiliza animação e narração

em vez de animação, narração e texto, princípio de redundância; 6. E ainda analisando os

sujeitos relativamente aos conhecimentos e à orientação espacial, concluiu que os sujeitos que

se beneficiam mais de um documento multimídia são os que têm poucos conhecimentos

relativamente; e aos que já têm muitos conhecimentos; 7. Que são os sujeitos que têm elevada

orientação espacial que mais se beneficiam comparativamente aos que têm pouca orientação

espacial, princípio das diferenças individuais”.

2.7 Repensando o uso da tecnologia na pratica pedagógica

Brito (2001) afirma que: Atualmente, várias escolas públicas e privadas têm disponível

o acesso às diversas tecnologias para serem inseridas no processo de ensino e aprendizagem.

No entanto, diante deste novo cenário educacional, surge uma nova demanda para o professor:

saber como usar pedagogicamente as tecnologias. Com isso, o professor que, confortavelmente,

desenvolvia sua ação pedagógica tal como havia sido preparado durante a sua vida acadêmica

e em sua experiência em sala de aula, se vê frente a uma situação que implica novas

aprendizagens e mudança na prática pedagógica. De fato, o professor, durante anos, vem

desenvolvendo sua prática pedagógica prioritariamente, dando aula, passando o conteúdo na

lousa, corrigindo os exercícios e provas dos alunos. Mas este cenário já começa a ser alterado,

com a chegada de computadores, internet, vídeo, projetor, câmera, e outros recursos

tecnológicos nas escolas.

A cada dia novas propostas pedagógicas também vêm sendo disseminadas, enfatizando

novas formas de ensinar, por meio do trabalho por projeto e da interdisciplinaridade,

favorecendo o aprendizado contextualizado do aluno e a construção do conhecimento. Na

sociedade atual, as mudanças estão ocorrendo com uma rapidez alucinante, diariamente os

alunos estão aprendendo algo novo fora do contexto escolar; professores, diretores e

coordenadores precisam estar atentos, buscar integrar-se ao processo de atualização por meio

11

de curso, formação, discussões, compartilhando de projetos colaborativos dentro e fora da

escola.

2.8 Novo sistema de mídias na evolução da educação

Para se chegar num desenvolvimento intelectual de forma dinâmica nos dias atuais, é

necessário que o professor tenha domínio das técnicas de algumas tecnologias, como ditos

anteriormente, só que não basta ter o domínio, é de suma importância saber desenvolver

métodos que prendam a atenção dos alunos, ou acadêmicos no caso da universidade, mas na

verdade a realidade mostra as tecnologias contemporâneas indo na contramão no

desenvolvimento educacional, provocando a distração através do acesso fácil às informações,

como os celulares, que é usado muito o Whatsapp, o Facebook, aplicativos móveis usados em

celulares modernos tem o poder de tirar a concentração dos jovens, por outro lado, não só dos

jovens, como podemos perceber, isso ocorre com todas as faixas etárias, contudo, através da

nossa realidade na sociedade se tornou vitais para o aprendizado.

Moran (2000) afirma: Que não se trata de dar receitas prontas, porque as situações são

muito diversificadas. É importante que cada docente encontre sua maneira de sentir-se bem,

ensinar bem, ajudar os alunos a aprender melhor. É importante diversificar as formas de dar

aula, de realizar atividades, de avaliar. De acordo com Primo (2000 apud FERREIRA;

BIANCHETTI, 2004, p. 260), as novas tecnologias da informação e da comunicação vêm

contribuindo para a modificação da forma de as pessoas se relacionarem e de construírem

conhecimentos, pois elas proporcionam múltiplas disposições à intervenção do interagente”.

Seguindo a mesma linha, Behrens (2006, p. 70-71) alerta: O aluno precisa ultrapassar

o papel de passivo, de escutar, ler, decorar e de repetidor fiel os ensinamentos do professor e

tornar-se criativo, crítico pesquisador e atuante, para produzir conhecimento. Em parceria,

professores e alunos precisam buscar um processo de auto-organização para acessar a

informação, analisar, refletir e elaborar com autonomia o conhecimento.

12

3 METODOLOGIA

O desenvolvimento deste estudo fundamenta-se na revisão bibliográfica. Por meio da

abordagem qualitativa das referências pesquisadas, procurou-se desencadear fatos históricos,

relações e interpretações acerca da temática abordada.

Argumenta-se que pesquisa qualitativa e seus métodos de coleta e análise de dados são

apropriados para uma fase exploratória da pesquisa. A pesquisa qualitativa também é

apropriada para a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um

programa, ou plano, e também quando se trata de relatar uma evolução histórica de

determinado tema e construir considerações críticas sobre o seu aspecto evolutivo (ROESCH,

2015).

A pesquisa bibliográfica foi realizada em livros, monografias, revistas científicas, e

sites especializados com a temática em destaque. Com os dados e informações obtidas realizou-

se as considerações críticas, buscando produzir sua adequada interpretação e desdobramentos

relacionados a evolução e contribuições do tema estudado.

4 CONCLUSÕES

A educação é um direito social, de todos os cidadãos e garantido pela constituição, ela

não tem o poder de mudar a sociedade tampouco sem ela o significado de civilização ficaria

esquecido, lembrando que o indivíduo se reconhece sujeito da coletividade quando é inserido

em um processo que tem a função não só de compartilhar informações, mas sim, de constituir

pessoas capazes de desenvolver-se cognitivamente, historicamente, culturalmente,

afetivamente e socialmente. A nossa intenção principal neste trabalho não foi pontuar

especificamente esta ou aquela tecnologia, mas refletir sobre a utilização da mesma na escola

e seus impactos, também, para o professor e aluno que fazem parte deste complexo espaço de

produção.

Este artigo apresentou algumas teorias sobre a utilização da tecnologia no sistema de

ensino para apoiar o professor em sala de aula no processo de ensino-aprendizagem,

principalmente quando o assunto é artes. Com fácil acesso a informações diversas e constantes,

os professores devem buscar meios de prender a atenção destes alunos, que facilmente se

13

dispersam e perdem o interesse. As aulas devem ser mais dinâmicas e participativas, fugindo

do método passivo de ensinamentos anteriores. O uso destas ferramentas não garante o sucesso,

mas, quando bem utilizadas, podem auxiliar e muito em faze de construção do perfil dos novos

estudantes.

Cabem as instituições de ensino propor currículos bem elaborados; aos professores

serem capacitados e interessados em melhorar constantemente as aulas, tornando-as mais

interessantes; os alunos terem interesse e não serem passivos, buscarem constantemente

adquirir novos conhecimentos. Trabalhar o assunto “tecnologia”, no âmbito educacional e

social, e na integra buscar dar respostas positivas ao uso deste instrumento educacional no

ambiente da sala de aula. Quando chegamos à vida acadêmica percebemos que é o ponto de

partida para a construção de um novo método de ensino nas escolas. É a partir daí que

conseguimos compreender o verdadeiro sentido desta que pode e muito transformar o processo

de ensino aprendizagem. Cremos que a tecnologia é uma ferramenta auxiliar muito importante

no processo de ensino, mas, os protagonistas desta história, que determinarão o sucesso deste

projeto são as instituições de ensino, os professores e alunos.

REFERÊNCIAS

BEHRENS. Paradigma da complexidade: metodologia de projetos, contratos didáticos e

portfólios. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

BERTELLO. Maria Augusta. Minimanual de Pesquisa em Arte. São Paulo: Perspectiva,

2004.

BOURDIEU, Pierre. Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1998.

BRITO, G. Inclusão Digital do profissional professor: entendendo o conceito de tecnologia.

Artigo apresentado no 30º ANPOCS, 2006.

BRITO, G. S.; FILHO, P. N. Produzindo textos com “velhas” e “novas” Tecnologias.

Curitiba: Pró Infantil, 2009.

BRITO, Maria Elizabete B. Tecnologia e Mídias Digitais. Núcleo de Informática Aplicada à

Educação NIED-UNICAMP. São Paulo: PUC/SP, 2001.

DORNELES, C. M., BRAGA, V. L. S. e ZANON, A. M. A televisão e a sala de aula. 2009.

Disponível em: http://www.sed.ms.gov.br. Acesso em 14 de junho de 2016.

14

FERREIRA, B. H. Aurélio Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro:

Nova Fronteira, 2000.

FERREIRA, S. de L.; BIANCHETTI, L. As tecnologias da informação e da comunicação e

as possibilidades de interativamente para a educação. Revista da FAEEBA. Salvador:

UNEB, v. 13, n. 22, p. 253-263, 2004. Disponível em:

http://www.revistadafaeeba.uneb.br/anteriores/numero22.pdf. Acesso em 15. Abr. 2016.

FREIRE, F. M. P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática docente. São

Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREITAS, J. B. Fernandes de. "Arte é conhecimento, é construção, é expressão. In: Revista

Digital Art. &. Ano III, Número 03, Abril de 2005. ISSN 1806-2962. Disponível em:

<http://www.revista.art.br>. Acesso em 20 junho de 2016.

GUARESCHI, Pedrinho A. Mídia educação e cidadania: Tudo o que você deve saber sobre

a mídia. Petrópoles, RJ: Vozes, 2005.

KENSKI, V. M.Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. 4 ed. Campinas:

Papirus, 2007.

LEONARDI, Victor Jazz. Em Jerusalém: inventividade e tradição na história cultural. São

Paulo: Nankin Editorial, 2005.

MAYER, J. Multimédia Learning: are you asking the right questions. Educational

Psychologis. New York, v. 32, n. 1, p. 1-19, 2000.

MORAN, José Manuel. Leituras dos meios de comunicação. São Paulo, Ed. Pancast, 1993.

MORAN, J, M. O vídeo na sala de aula. Comunicação e educação. São Paulo, v. 1, n. 2, p.

27-35, jan./abr. 1995.

MORAN, José M.; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e

mediação pedagógica. 3. ed. Campinas (SP): Papirus, 2000.

NAPOLITANO, Marcos. Como usar a televisão na sala de aula. 5. Ed. ―São Paulo:

Contexto, 2003.

PIMENTEL, L. G. Formação de professor@s: Ensino de Arte e Tecnologias

Contemporâneas. In: I Congresso de Educação, Arte e Cultura, 2007, Santa Maria. Anais.

Santa Maria: UFSM, 2007.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração:

estágios, tcc, dissertações e estudos de caso. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

SCHWANKA, J. S. Educação, arte e formação humana: reflexões sobre a educação

estética na escola. Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba: UTP, 2014. Disponível em:

15

http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada11/artigos/5/artigo_simposio

[email protected]. Acessado em 25/07/16.