a evoluÇÃo da profissÃo contÁbil1 -...

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1 A EVOLUÇÃO DA PROFISSÃO CONTÁBIL 1 Kamila Vargas Medeiros 2 Vando Knob Hartmann 3 Bruno Siqueira Druzian 4 Roberto Carlos Dalongaro 5 RESUMO: Com a globalização, o avanço tecnológico e a posição de destaque do Brasil no cenário econômico e social, a contabilidade ocupa papel de grande importância, exigindo melhor preparação dos profissionais contábeis. Assim, este artigo tem o objetivo de desenvolver um estudo bibliográfico da profissão contábil, desde as origens até as suas conquistas atuais no contexto econômico, descrevendo a história da contabilidade e sua evolução, assim como a evolução do profissional contábil, delineando o perfil deste profissional e sua importância na economia brasileira, caracterizando a sua formação e seu campo de atuação. Conclui-se, com os dados elencados neste artigo que a presença da contabilidade já se fazia notar desde a antiguidade, passando por grandes transformações até os dias atuais, exigindo do profissional contábil adequação frente aos novos desafios de um mercado altamente competitivo, pelo advento do avanço tecnológico e a internacionalização da economia. PALAVRAS-CHAVE: Evolução; Contabilidade; Profissão; Avanço tecnológico; Economia. 1 INTRODUÇÃO O Profissional Contábil tem hoje uma posição bem definida na economia global, um campo de trabalho bastante amplo e diversificado, e objetivos bem claros de onde ele pretende chegar. Esta estabilidade profissional, estes horizontes bem definidos têm uma longa história que será descrita ao longo deste artigo. 1 GT 05: Cultura, Sustentabilidade e Desenvolvimento 2 Acadêmica do curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI São Luiz Gonzaga. Email: [email protected] 3 Professor de Ciências Contábeis da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI São Luiz Gonzaga, RS, Brasil. E-mail: [email protected] 4 Acadêmico do curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI São Luiz Gonzaga. Email: [email protected] 5 Professor de Administração da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI São Luiz Gonzaga, Brasil. Email: [email protected]

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A EVOLUÇÃO DA PROFISSÃO CONTÁBIL1

Kamila Vargas Medeiros2

Vando Knob Hartmann3

Bruno Siqueira Druzian4

Roberto Carlos Dalongaro5

RESUMO: Com a globalização, o avanço tecnológico e a posição de destaque do Brasil no

cenário econômico e social, a contabilidade ocupa papel de grande importância, exigindo

melhor preparação dos profissionais contábeis. Assim, este artigo tem o objetivo de

desenvolver um estudo bibliográfico da profissão contábil, desde as origens até as suas

conquistas atuais no contexto econômico, descrevendo a história da contabilidade e sua

evolução, assim como a evolução do profissional contábil, delineando o perfil deste

profissional e sua importância na economia brasileira, caracterizando a sua formação e seu

campo de atuação. Conclui-se, com os dados elencados neste artigo que a presença da

contabilidade já se fazia notar desde a antiguidade, passando por grandes transformações até

os dias atuais, exigindo do profissional contábil adequação frente aos novos desafios de um

mercado altamente competitivo, pelo advento do avanço tecnológico e a internacionalização

da economia.

PALAVRAS-CHAVE: Evolução; Contabilidade; Profissão; Avanço tecnológico; Economia.

1 INTRODUÇÃO

O Profissional Contábil tem hoje uma posição bem definida na economia global, um

campo de trabalho bastante amplo e diversificado, e objetivos bem claros de onde ele

pretende chegar. Esta estabilidade profissional, estes horizontes bem definidos têm uma longa

história que será descrita ao longo deste artigo.

1 GT 05: Cultura, Sustentabilidade e Desenvolvimento 2Acadêmica do curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e

das Missões URI São Luiz Gonzaga. Email: [email protected] 3Professor de Ciências Contábeis da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

URI São Luiz Gonzaga, RS, Brasil. E-mail: [email protected] 4Acadêmico do curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e

das Missões URI São Luiz Gonzaga. Email: [email protected] 5Professor de Administração da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI

São Luiz Gonzaga, Brasil. Email: [email protected]

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A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está

ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de

perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem

sempre dispôs para alcançar os fins propostos. Deixando a caça, o homem voltou-se à

organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso

do solo acarretou em superatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o

senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual (ZANLUCA, 2016).

Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como

herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais, denominou-se patrimônio. O

termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido

herdados.

A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há

indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não

era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.

A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento

das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços

eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos,

na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio

contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 A.C. (ZANLUCA,

2016).

Segundo o autor à medida que o homem começava a possuir maior quantidade de

valores, preocupava lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de

aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em

maior volume, requerendo registros.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que

pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc. Com o

surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que

não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta do que era

administrado (ZANLUCA, 2016).

É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras,

vendas e trocas eram à vista. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de

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escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre

negócios.

2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE

2.1 Contabilidade do mundo antigo

No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por

governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.

Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma segundo Zanluca (2016):

Período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era

Cristã.

A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o

Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos. Os

primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem. Como este é

um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de processar os seus

registros, utilizando gravações e outros métodos alternativos.

O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para

o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos,

etc. A palavra "Conta" designa o agrupamento de itens da mesma espécie.

As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o

homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações. Os primeiros controles eram

estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos.

Os sumérios e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças

de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam

aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.

Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal

cuja existência se queria controlar e o número correspondente às cabeças existentes. Embora

rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa. O nome da

conta, "Matrizes", por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto numérico se

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tornou mais qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo. Esta evolução

permitiu que, paralelamente à "Aplicação", se pudesse demonstrar, também, a sua "Origem".

Na cidade de Ur, na Caldeia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro

Gênesis, encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita

cuneiforme, onde estão registradas contas referentes á mão de obra e materiais, ou seja,

Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava

fundamental apurar os seus custos.

O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e "Selos

de Sigilo". Os registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em papiros

ou tábuas, no final de determinados períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-se

vários períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal e o balanço anual. Já se estabelecia

o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se, empiricamente, o Princípio da

Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era confrontada com a despesa.

Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e seus

registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo. A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco

Real, o que tornava os escriturários zelosos e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se

de tal importância, que a contagem do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o

início do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de

forma primitiva, controles administrativos e financeiros.

As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o registro iniciava-se

com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais, transporte, se

ocorresse, sempre em ordem cronológica de entradas e saídas. Pode-se citar, entre outras

contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de Vendas Diárias", "Conta Sintética

Mensal dos Tributos Diversos", etc.

Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em

seus registros. Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada

"Shat". Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do Denominador Comum Monetário.

Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já

escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre

elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a

escrituração contábil às várias atividades, como administração pública, privada e bancária.

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2.2 Contabilidade do mundo medieval

Período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494.

Ainda de acordo Zanluca (2016), estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos

e medidas, câmbio, etc., tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e

financeiros. Se os sumério-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a

regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita.

Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da

Contabilidade, denominado a "Era Técnica", devido às grandes invenções, como moinho de

vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos navegadores,

como Marco Polo e outros.

A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de

mineração e metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos,

surgindo, como consequência das necessidades da época, o livro caixa, que recebia registros

de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e

o crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e referindo-se, inicialmente, a

pessoas.

O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a consequência natural

das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo de

produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações de

trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando os registros mais

complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália, transformando e

fortalecendo a sociedade burguesa. No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a

conta "Capital", representando o valor dos recursos injetados nas companhias pela família

proprietária.

O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa

precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem

mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos.

No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos

comerciais e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de transporte e dos

tributos; juros sobre o capital, referente ao período transcorrido entre a aquisição, o transporte

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e o beneficiamento; mão de obra direta agregada; armazenamento; tingimento, etc., o que

representava uma apropriação bastante analítica para época. A escrita já se fazia nos moldes

de hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão de obra direta a ser

agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases

separadamente, até que fossem transferidos ao exercício industrial.

2.3 Contabilidade do mundo moderno

Período que vai de 1494 até 1840.

Como mostra Zanluca (2016), o período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser

citados três eventos importantes que ocorreram neste período:

Em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios

bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;

Em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um

enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;

Em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa,

emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.

A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das

inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava. A introdução da técnica contábil nos

negócios privados foi uma contribuição de comerciantes italianos do séc. XIII. Os

empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o

desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e

investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os

consumidores e os empregados.

O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci,

que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.

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2.4 Frei Luca Pacioli

Escreveu "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas

Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito

corresponde à teoria dos números positivos e negativos.

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas

obras, destacando-se a "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá",

impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração.

Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das

Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o

Século XIV. O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir

conceituava inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e

razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas,

sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de

armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de

erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.

Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia

adaptada: "Per", mediante o qual se reconhece o devedor; "A ", pelo qual se reconhece o

credor. Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa

até hoje.

A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na

Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de Pacioli

não só sistematizou a Contabilidade, como também abriu precedente que para novas obras

pudessem ser escritas sobre o assunto. É compreensível que a formalização da Contabilidade

tenha ocorrido na Itália, afinal, neste período instaurou-se a mercantilização sendo as cidades

italianas os principais interpostos do comércio mundial.

Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um

indivíduo qualquer. O governo passou a somente reconhecer como contadores pessoas

devidamente qualificadas para o exercício da profissão. A importância da matéria aumentou

com a intensificação do comércio internacional e com as guerras ocorridas nos séculos XVIII

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e XIX, que consagraram numerosas falências e a consequente necessidade de se proceder à

determinação das perdas e lucros entre credores e devedores.

2.5 Contabilidade do mundo científico

Período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.

Para Hendriksen et al (1999), o Período Científico apresenta, nos seus primórdios,

dois grandes autores consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que,

com sua obra "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche", inicia a

nova fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano.

Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento

contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a

Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio

Bésta.

Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse

inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da

Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos.

Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade começou a

ser lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809.

A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre

Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra natal

do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.

Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os

quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para

ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as

práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento

patrimonialista, foi o inicio da fase científica da Contabilidade.

Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos.

Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir

patrimônio como objeto da Contabilidade.Mas foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta,

quem pela primeira vez, em 1923, definiu patrimônio como objeto da Contabilidade. O

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enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da equação aziendalista, teve,

sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é

muito mais do que mero registro, é um instrumento básico de gestão.

Entretanto a escola Europeia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações

práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das

partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente,

na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era

uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo.

2.6 Escola Norte-Americana

Iudicibus (2009), relata que enquanto declinavam as escolas europeias, floresciam as

escolas norte-americanas com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo

apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho

sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public

Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos

princípios contábeis; várias associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em

pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma total integração entre acadêmicos e os já

profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas europeias, onde as

universidades foram decrescendo em nível e importância.

A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por

exemplo, que requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do

estabelecimento das teorias e práticas contábeis, que permitissem correta interpretação das

informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo.

No início do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado ao

formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de

desenvolvimento que os Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta,

constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que

atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas que tem

reflexos diretos na economia dos países.

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2.7 A contabilidade no Brasil

No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial,

exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um

melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e

Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas

províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis

por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal (SILVA ET AL,

2011).

Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal,

tornando-se, num mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais

precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores. O profissional vem

ganhando destaque no mercado em Auditoria, Controladoria e Atuarial.

Hoje diante da globalização e a internacionalização do nosso País, a contabilidade se

faz presente em todos os seguimentos de qualquer organização. Junta-se todos os pensadores

e idealizadores da economia, administração e contabilidade teremos reais necessidades de

qualquer empreendimento do começo ao fim. Então a contabilidade é hoje a mola mestra para

se obter resultados na geração de renda, organização financeira, estatística elaboração de

procedimentos para melhoria do relacionamento interpessoal numa empresa, etc. Esta visão

não é futurista, mas uma realidade presente em todas as organizações. Inclusive hoje a busca

por profissionais liberais em contabilidade mudou seu perfil. Se busca por líderes, com bom

relacionamento interpessoal, inglês fluente e capacidade de resolver situações inesperadas.

Em síntese, hoje o contador não é mais aquele que ficava numa sala escondida atrás de um

birô, mas um profissional atento ao desenvolvimento e apreciação de todos os fatos

decorrentes da empresa onde está inserido ou mesmo quando for de maneira externa em seu

escritório (SILVA ET AL, 2011).

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2.8 Perfil do profissional contábil

O bacharel em Ciências Contábeis é um profissional eclético. Todo e qualquer

patrimônio necessita de critérios de formatação e de avaliação, fato do cotidiano do

Profissional da Contabilidade (CRC, 2016).

A identificação, análise e, finalmente, determinação do impacto das transações no

patrimônio das entidades exige do profissional um amplo e variado leque de conhecimento. O

mundo passa por grandes transformações e requer versatilidade e abrangência nas

interpretações. O profissional contábil está capacitado, habilitado e possui o conhecimento

necessário sobre assuntos econômicos, financeiros, tributários, organizacionais e

comportamentais para direcionar as conclusões da lógica contábil, sempre respaldado por

princípios e normas técnicas dando espaço à propalada interpretação da condição, qualidade e

valor do patrimônio. Nenhuma decisão de negócio é tomada sem os dados contábeis e

somente este profissional dispõe de técnicas para disponibilizar o valor patrimonial e a

direção dos negócios (COSTA, 2011).

Nos dias de hoje, a realidade do mercado exige um profissional pronto para assumir

novas responsabilidades. Mais do que apenas registrar os atos e fatos dos gestores das

empresas, ele deve nortear os empreendimentos e ajudar a administração a manter o negócio

na rota prevista. Para desempenhar essas funções com a máxima competência, sua formação

deve conter noções sólidas de Finanças, Economia e Gestão e, também, de Ciências

Humanas, Ética e Responsabilidade Social.

Atualmente, a profissão vive um momento áureo. Onde há uma empresa, seja ela de pequeno,

médio ou grande porte, existe a figura do Profissional da Contabilidade (FORTES, 2009).

O Profissional da Contabilidade pode exercer múltiplas funções, podendo atuar como:

Autônomo; Empresário de Contabilidade; Auditor Independente; Auditor Interno; Consultor

Tributário; Auditor Fiscal; Perito Contábil; Membro de Conselho Fiscal e de Administração;

Árbitro em câmaras especializadas; Mestre Acadêmico; Membro de Comitês de Auditoria;

Membro de Entidade de Classe; Executivo (CRC, 2016).

O profissional contábil entra numa nova fase, mais atualizada, mais dinâmica, mais

inovadora e mais exigente. Cabe aos geradores e aos seus usuários a maximização da

utilidade da informação contábil. Passamos da fase em que a contabilidade nos apresentava

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apenas um retrato histórico da situação passada da entidade, para um novo momento em que

além dos importantes dados históricos, projetarmos o futuro das organizações.

Nessa nova vertente, a educação, como principal agente propulsor das mudanças da

sociedade, é a chave para valorização profissional e deve ser vista como um processo inserido

no contexto das relações e interesses entre as instituições, estudante e organizações usuárias

das informações. A Instituição de ensino mais do que nunca, deve atuar como responsável

pela definição dos novos currículos de modo a atender às novas exigências, devendo imprimir

políticas claras e conscientes diante das novas realidades da sociedade em que está inserida,

formando profissionais necessários e de efetiva utilidade para atuar neste contexto. O

estudante ou contabilista deverá ter consciência de sua responsabilidade no processo de

aprendizado, dispondo-se a participar como protagonista, na execução de tarefas, estudos,

pesquisas e mudanças de comportamento, visando o aprimoramento técnico e intelectual para

enfrentar de forma proativa essa nova realidade.

O contabilista deve ter Competências e Habilidades: entende-se por competências o

conhecimento técnico e por habilidades, a capacidade de transmissão e análise do conteúdo

técnico.

Para o CRC (2016), as competências para o desempenho da profissão contábil são:

competências gerais, comerciais, organizacionais e técnicas;

a) Competências gerais - envolvem conhecer e entender as correntes econômicas,

políticas, sociais e culturais de uma forma global;

b) Competências comerciais - referem-se ao conhecimento do segmento de mercado

em que esteja atuando;

c) Competências organizacionais - conhecimento do processo operacional da

organização em sua área de atuação, através do conhecimento e interação entre o mercado e o

grupo organizacional;

d) Competências técnicas - conhecimento das normas e princípios contábeis, ser capaz

de desenvolver, analisar e implantar sistemas de informações contábeis e de controle

gerencial.

De acordo o CRC (2016), as habilidades necessárias para o profissional contábil são:

habilidades de comunicação, habilidades intelectuais e habilidades interpessoais;

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a) Habilidades de comunicação - representam a capacidade de transmitir e receber

informações com facilidade. É a defesa de seu ponto de vista, formal e informal, verbal ou

escrita de modo a posicionar-se de forma segura e persuasiva perante qualquer pessoa de

posição hierárquica, superior ou inferior. O profissional contábil deve ser capaz de escutar

atentamente e entender pontos de vistas opostos;

b) Habilidades intelectuais - capacidade de utilizar-se de criatividade para solução de

problemas, capacidade de julgamento, discernir prioridades e saber trabalhar sob pressão;

c) Habilidades interpessoais - correspondem a habilidade em trabalhar com pessoas,

saber influenciá-las, organizar e delegar tarefas, motivar e desenvolver pessoas e resolver

conflitos.

Ética: O profissional da área contábil deve exercer com ética as atribuições e prerrogativas

que lhes são prescritas.

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

O desenvolvimento deste estudo fundamenta-se na revisão bibliográfica. Por meio da

abordagem qualitativa das referências pesquisadas, procurou-se desencadear fatos históricos,

relações e interpretações acerca da temática abordada.

Argumenta-se que pesquisa qualitativa e seus métodos de coleta e análise de dados

são apropriados para uma fase exploratória da pesquisa. A pesquisa qualitativa também é

apropriada para a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um

programa, ou plano, e também quando se trata de relatar uma evolução histórica de

determinado tema e construir considerações críticas sobre o seu aspecto evolutivo (ROESCH,

2015).

A pesquisa bibliográfica foi realizada em livros, monografias, revistas científicas, e

sites especializados com a temática da contabilidade. Com os dados e informações obtidas

realizou-se as considerações críticas, buscando produzir sua adequada interpretação e

desdobramentos relacionados a evolução histórica da contabilidade.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto podemos concluir que, o profissional da Contabilidade foi se

desenvolvendo desde a antiguidade, mesmo antes de ser considerada a profissão de contador.

O perfil dessa profissão foi moldado de acordo com as necessidades advindas da própria

sociedade e cresceu com a demanda oriunda da globalização. Pois as empresas estão casa vez

mais organizadas e competitivas o que valoriza ainda mais a posição deste profissional dentro

das organizações. O contador passou de um simples “Guarda-livros” que tinha como função

principal o registro e guarda das informações contábeis para ocupar uma posição de destaque

na tomada de decisões das empresas. A função do profissional da Contabilidade é, pois, a de

consultor sobre assuntos da riqueza das empresas. Um consultor deve ter cultura científica,

tecnológica, ética e geral, mas, precisa do apoio de instituições específicas que zelem por

tudo isto, pela imagem da classe, pela valorização constante do conhecimento. O valor de

uma classe depende do valor dos elementos que a constituem.

Por fim, com a tecnologia em alta, os novos requisitos e as novas oportunidades

nesses novos tempos, não podemos deixar que as mudanças nos imponham decisões

contrárias as novas vontades, em prejuízo do tempo perdido. Devemos sim, nos antecipar e

sermos proativos, agindo como atores principais nesse novo cenário, fazendo com que a

profissão contábil seja reposicionada em um patamar mais expressivo na nossa sociedade.

Esses novos tempos não dispensam os conhecimentos básicos convencionais que hoje

tem o profissional contábil, o que se pode observar é um acréscimo de requisitos adicionais, a

exemplo das necessidades de conhecimentos de planejamento estratégico, tributário,

aprofundamento no conhecimento de tecnologia da informação, formação de preços,

orçamentos, contabilidade gerencial e contabilidade internacional. Isso nos leva a dizer que o

profissional da contabilidade é uma das profissões mais importantes da atualidade, mas que

ainda falta reconhecimento e destaque no que diz respeito a relevância desta profissão no

mercado de trabalho.

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REFERÊNCIAS

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2016. Disponível em:

http://www.crcsp.org.br/portal_novo/profissao_contabil/profissional.htm> Primeiro acesso

em 15 jun. 2016.

COSTA, Erival. A Contabilidade Atual. Parnamirim: 2011. Disponível em:

<http://www.webartigos.com/artigos/a-contabilidade-atual/61343/#ixzz4BZXJtY9r>

Primeiro acesso em 12 jun. 2016.

FORTES, José Calos. Desafios e Perspectivas da Profissão Contábil. Portal da Classe

Contábil. 2009. Disponível em: <http://www.classecontabil.com.br/artigos/desafios-e-

perspectivas-para-a-profissao-contabil> Primeiro acesso em 15 jun. 2016.

HENDRIKSEN, Eldon S. e VAN BREDA, Michael F. Teoria da Contabilidade. – 5. ed. –

São Paulo: Editora Atlas, 1999.

IUDICIBUS, Sergio de; MARION; Jose Carlos, FARIA, Ana Cristina de. Introdução a

teoria da contabilidade para o nível de graduação, – 5. ed. – São Paulo: Editora Atlas,

2009.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração:

estágios, tcc, dissertações e estudos de caso. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

SILVA, Bruno Adrian Carneiro da; CARRARA, Elenice de Oliveira; ALVES, Fabio da

Cruz; SILVA; Irene Caires da; PINTO, Marcelo Lanutte; MORAES, Maristela Regina.

Profissão Contábil: Estudo das Características e sua Evolução no Brasil. 2011.

Disponível em: http://www.google.com.br. Acesso em 25 de junho de 2016.

ZANLUCA, Julio César e ZANLUCA, Jonatan de Sousa. História da Contabilidade. 2016.

Disponível em:<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm> Primeiro

acesso em 10 jun. 2016.