planejamento estratÉgico: processo...

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1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: PROCESSO ESSENCIAL NO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL 1 Iara Souza da Rosa 2 Sonia Bressan Vieira 3 Resumo: O Planejamento Estratégico é um processo essencial dentro de um município na medida em que traça as diretrizes para a definição dos planos de ação, pensa, coletiva e estrategicamente o município refletindo sobre o que é, o que pretende ser e como podem, juntos - gestores públicos, munícipes ou cidadãos e servidores- buscar alternativas de desenvolvimento local. Este artigo tem como objetivo registrar os resultados de pesquisa bibliográfica e descritiva de carácter qualitativo e quantitativo, com atividades de campo e aplicação de instrumentos de mensuração de fatores que expressem o grau de satisfação e de importância atribuída ao processo de Planejamento Estratégico Municipal, realizado no município de São Luiz Gonzaga, no ano de 2015. Espera-se que os resultados do trabalho confirmem as razões propostas na pesquisa no sentido de que o planejamento municipal quando construído de forma coletiva, participativa e sistêmica, envolvendo gestores locais, munícipes/cidadãos e servidores, num processo político de demonstração de participação cidadã, fortalece as relações da sociedade com as esferas de governo, delega poder de decisão à comunidade revitalizando a identidade local com repercussão no desenvolvimento regional e gerando um clima motivador entre os atores missioneiros para enfrentar o futuro. Palavras-chave: Planejamento Estratégico, Gestão Participativa, Desenvolvimento Regional 1 INTRODUÇÃO O presente artigo trata do Planejamento Estratégico Processo Essencial no Desenvolvimento Municipal. A escolha deste tema deve-se ao fato de São Luiz Gonzaga ter realizado no ano de 2015 a construção de seu Plano Estratégico Municipal considerando a importância do Planejamento Estratégico como ferramenta de Gestão. Foi a partir de 1970 que a utilização desse processo iniciou- se com a proposta de uma de uma visão de futuro desejado para os municípios. Dessa forma, pensar estrategicamente o município é desenvolver o autoconhecimento do mesmo e do seu entorno. Propiciando assim o desenvolvimento interno da micro região fato que conduz ao desenvolvimento sustentável tão almejado por todos. O trabalho objetiva, além de ressaltar a importância do Planejamento Estratégico para um município, também objetiva registrar os resultados de pesquisa bibliográfica e 1 GT 05: Cultura, Sustentabilidade e Desenvolvimento Regional 2 Acadêmica do 1º Semestre do Curso de Administração. Bolsista de projeto de Extensão da Universidade Regional do Alto Uruguai e das Missões. URI/São Luiz Gonzaga. E-mail [email protected] 3 Doutora em História pela PUC/RS. Professora da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-URI-São Luiz Gonzaga. E-mail- [email protected]

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

PROCESSO ESSENCIAL NO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL1

Iara Souza da Rosa2

Sonia Bressan Vieira3

Resumo:

O Planejamento Estratégico é um processo essencial dentro de um município na medida em que traça as

diretrizes para a definição dos planos de ação, pensa, coletiva e estrategicamente o município refletindo sobre o

que é, o que pretende ser e como podem, juntos - gestores públicos, munícipes ou cidadãos e servidores- buscar

alternativas de desenvolvimento local. Este artigo tem como objetivo registrar os resultados de pesquisa

bibliográfica e descritiva de carácter qualitativo e quantitativo, com atividades de campo e aplicação de

instrumentos de mensuração de fatores que expressem o grau de satisfação e de importância atribuída ao

processo de Planejamento Estratégico Municipal, realizado no município de São Luiz Gonzaga, no ano de 2015.

Espera-se que os resultados do trabalho confirmem as razões propostas na pesquisa no sentido de que o

planejamento municipal quando construído de forma coletiva, participativa e sistêmica, envolvendo gestores

locais, munícipes/cidadãos e servidores, num processo político de demonstração de participação cidadã,

fortalece as relações da sociedade com as esferas de governo, delega poder de decisão à comunidade

revitalizando a identidade local com repercussão no desenvolvimento regional e gerando um clima motivador

entre os atores missioneiros para enfrentar o futuro.

Palavras-chave: Planejamento Estratégico, Gestão Participativa, Desenvolvimento Regional

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo trata do Planejamento Estratégico Processo Essencial no

Desenvolvimento Municipal. A escolha deste tema deve-se ao fato de São Luiz Gonzaga ter

realizado no ano de 2015 a construção de seu Plano Estratégico Municipal considerando a

importância do Planejamento Estratégico como ferramenta de Gestão. Foi a partir de 1970

que a utilização desse processo iniciou- se com a proposta de uma de uma visão de futuro

desejado para os municípios.

Dessa forma, pensar estrategicamente o município é desenvolver o autoconhecimento

do mesmo e do seu entorno. Propiciando assim o desenvolvimento interno da micro região

fato que conduz ao desenvolvimento sustentável tão almejado por todos.

O trabalho objetiva, além de ressaltar a importância do Planejamento Estratégico

para um município, também objetiva registrar os resultados de pesquisa bibliográfica e

1 GT 05: Cultura, Sustentabilidade e Desenvolvimento Regional

2 Acadêmica do 1º Semestre do Curso de Administração. Bolsista de projeto de Extensão da Universidade

Regional do Alto Uruguai e das Missões. URI/São Luiz Gonzaga. E-mail – [email protected] 3 Doutora em História pela PUC/RS. Professora da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das

Missões-URI-São Luiz Gonzaga. E-mail- [email protected]

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descritiva de carácter qualitativo e quantitativo, com atividades de campo e aplicação de

instrumentos de mensuração de fatores que expressem o grau de satisfação e de importância

atribuída ao processo de Planejamento Estratégico Municipal, realizado no município de São

Luiz Gonzaga, no ano de 2015. Visa avaliar o Processo de Construção ao longo de dois anos.

O presente trabalho justifica-se pela importância que o planejamento municipal

adquire uma vez concretizados e aplicados os objetivos, estratégias, metas, projetos e ações

planejados fato que gerará oportunidades que beneficiaram o município as organizações

constantemente, onde vários fatores são elencados como fatores preponderantes ao

crescimento do município.

Espera-se que os resultados do trabalho confirmem as razões propostas na pesquisa no

sentido de que o planejamento municipal quando construído de forma coletiva, participativa e

sistêmica, envolvendo gestores locais, munícipes/cidadãos e servidores, num processo

político de demonstração de participação cidadã, fortalece as relações da sociedade com as

esferas de governo, delega poder de decisão à comunidade revitalizando a identidade local

com repercussão no desenvolvimento regional e gerando um clima motivador entre os atores

missioneiros para enfrentar o futuro. O Planejamento Estratégico municipal depende de uma

liderança integrada e baseada em valor, orientada para relações colaborativas, alinhamento

estratégico, melhoria de processo e autogestão baseada na responsabilidade e no

compartilhamento dos processos a serem realizados.

O Artigo em pauta é composto de três seções: a primeira seção é a introdução, a

segunda seção que corresponde ao desenvolvimento que abrange o referencial teórico, a

Metodologia empregada, a pesquisa e os resultados e, a última seção corresponde as

considerações finais.

2 DESENVOLVIMENTO

Nos dias atuais a palavra planejamento reveste-se de importância devido ás mudanças

continuas que ocorrem não apenas em nível municipal mas Estadual Nacional e

Internacional. No entanto este Planejamento deve estar conexo e integrado pelo governo

municipal e organizada pela forma sistemática possibilitando sua realização dentro dos

limites legais.

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Inúmeros são os desafios sociais, econômicos e políticos dos municípios exigindo dos

gestores municipais um desempenho competente que proporcione para a população uma

melhor qualidade de vida. Nesse sentido, o Planejamento Estratégico municipal assume papel

relevante devido a necessidade do cumprimento da Lei Responsabilidade Fiscal e pelas

exigências do Estatuto da Cidade. Neste interim, constitui-se pilar básico a participação de

atores, tais como: lideranças, gestores, comunidade, instituições entre outros.

Conforme o Estatuto da Cidade – a imensa e rápida mudança pela qual passou a

sociedade brasileira foi certamente uma das principais questões sociais experimentadas no

país no século XX. Enquanto em 1960, a população urbana representava 44,7% da população

total - contra 55,3% de população rural – dez anos depois essa relação se inverterá, com

números quase idênticos: 55,9% de população urbana e 44,1% de população rural. (Brasil.

Estatuto da Cidade, 2002. p.23.)

2.1 Referencial teórico

Para a realização deste trabalho foi necessário recorrer a abordagens teóricas que

tentam esclarecer os principais pontos sobre estratégia, planejamento estratégico e seus

componentes, metodologias de gestão da estratégia, sua contribuição e importância para o

sucesso da estratégia organizacional. Tais abordagens envolvem os conceitos de

Planejamento Estratégico, Gestão Participativa, Desenvolvimento Regional.

No tocante ao conceito de Planejamento Estratégico ressalta-se a visão de um

processo de formulação e execução de estratégias organizacionais para buscar a inserção da

organização e de sua missão no ambiente onde ela atua. Como maior conhecimento possível

do futuro considerado na cidade, tomar decisões atuais que envolvem riscos futuros aos

resultados esperados; organizar as atividades necessárias à execução das decisões e, através

de uma reavaliação sistemática, medir os resultados em face às expectativas alimentadas.

O planejamento estratégico é um processo utilizado para formulação de estratégia

organizacional de longo prazo no qual se busca o conhecimento do ambiente ao qual a

organização está inserida. Confere maior racionalidade às ações da instituição no alcance da

sua visão de futuro e no cumprimento da sua missão institucional. Segundo Peter Drucker,

citado por Chiavenato (2003), planejamento estratégico é:

o processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível

do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar

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sistematicamente as atividades necessárias à execução dessas decisões; e, através de

uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões

em confronto com as expectativas alimentadas. Chiavenato (2003).

O Planejamento Estratégico é uma técnica administrativa que, através da análise do

ambiente de uma organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus

pontos fortes e fracos para o cumprimento da sua missão e, através desta consciência,

estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as

oportunidades e evitar riscos. (Chiavenato, Idalberto,1996, p.141).

Na visão de Hax e Majluf,

é um processo de formulação e execução de estratégias organizacionais do

município para buscar a inserção da organização e de sua missão no ambiente onde

ela atua. Planejamento Estratégico é o processo contínuo de, como maior

conhecimento possível do futuro considerado na cidade, tomar decisões atuais que

envolvem riscos futuros aos resultados esperados; organizar as atividades

necessárias á execução das decisões e, através de uma reavaliação sistemática,

medir os resultados em face ás expectativas alimentadas. (HAX e MAJLUF, 1984,

p17)

A Gestão Participativa envolvendo os atores do processo de Planejamento Estratégico

assume papel fundamental no mesmo.

O Planejamento Estratégico municipal depende de uma liderança integrada e baseada

em valor, orientada para relações colaborativas, alinhamento estratégico, melhoria de

processos e autogestão baseada na responsabilidade e no compartilhamento dos processos a

serem realizados.

No caso de São Luiz Gonzaga o processo de estabelecimento dos objetivos e desafios

para o município envolveu, de forma intensa e direta a participação da comunidade e passou,

em um momento inicial, por uma abordagem qualitativa que se consolidou em uma

abordagem quantitativa. Compreendeu - se um processo de Gestão Participativa que, segundo

Chiavenato (1996) se baseia nas funções evidenciadas por Fayol, que são: planejar, organizar,

controlar, coordenar e comandar, no ambiente organizacional.

Com isso, opina Maximiano (1995), formula-se o conceito de Modelo de Gestão

como uma ferramenta que se baseia em análises e experiências anteriores para elaborar

métodos de como administrar, aplicando-os na organização mediante sua necessidade e

adaptando-os à sua cultura e processos.

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A Gestão participativa aborda as pessoas que compõem a organização como o fator

principal para o sucesso dos objetivos organizacionais. Alinha-se aos objetivos pessoais,

juntos aos objetivos organizacionais, e gera uma maior produção e satisfação pela

responsabilidade individual sobre a produção e seu serviço.

O Planejamento estratégico, construído numa visão de Gestão Participativa

contribuirá, sem dúvidas, para o Desenvolvimento Regional que envolve inúmeras e

divergentes questões, vinculadas às diversas temáticas e assuntos municipais. As temáticas

podem ser relacionadas, por exemplo, a: agricultura; ciência e tecnologia; comércio; cultura;

educação; esporte; habitação; indústria; lazer; meio ambiente; saúde; segurança; serviços;

sociedade; transporte; turismo; urbano e rural. (MAXIMIANO,1995).

Nesse sentido, o município de São Luiz Gonzaga têm constantemente passado por

desafios políticos, sociais, ambientais, financeiros e na sua forma de gestão, em que os

munícipes têm exigido uma qualidade de vida mais adequada e demandado sua participação

na condução do município.

O planejamento estratégico municipal pode constituir-se num instrumento de política

pública relevante para o desenvolvimento local e regional, principalmente pelas dificuldades

dos recursos financeiros nos municípios, pela obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal,

pela exigência do Estatuto da Cidade e pelas pressões dos munícipes e dos interessados na

cidade. Essas pressões podem ser minimizadas pela elaboração e implementação de um

planejamento estratégico participativo nos municípios, pois pode propiciar o envolvimento

coletivo dos cidadãos, com seus anseios, e pode descentralizar e compartilhar as decisões dos

administradores locais.

O conceito de Desenvolvimento Regional é importante neste trabalho e diz respeito ao

fornecimento de ajuda e assistência a outras regiões que são menos desenvolvidas

economicamente. (CHIAVENATO, 1995, p 211). Desenvolvimento regional pode ser de

natureza nacional ou internacional. As implicações e o alcance do desenvolvimento regional,

portanto, pode variar de acordo com a definição de uma região, e como a região e seus limites

são percebidos internamente e externamente.

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A Política Nacional de Desenvolvimento Regional é expressão da prioridade efetiva

do tema e vem sendo implementada para que se possa obter resultados efetivos na questão

regional. O foco das preocupações incide, portanto, sobre a dinamização das regiões e a

melhor distribuição das atividades produtivas no território.

2.2 Sobre a metodologia empregada

Para desenvolver o trabalho de construção do Plano Estratégico Municipal, foram

utilizadas técnicas e procedimentos, como levantamento de dados, debates e reflexões

coletivas bem como realização de oficinas em grupos, formação de equipes e comitês de

trabalho, seminários, fóruns, entre outros, na realização das ações/fases e subfases a seguir: -

preparação; fase de análises e estratégicas municipais; fase de definição de diretrizes

municipais; fase de formulação do PEM; fase de gestão do planejamento.

No estudo, em foco, buscou-se proceder uma pesquisa bibliográfica e de campo com o

objetivo de proceder uma avaliação do trabalho realizado no processo de construção do plano

envolvendo entrevistas semiestruturadas com 7 questões de fundo e de forma, com aplicação

de questionário com 5 questões fechadas e 2 abertas. Após a coleta de dados foi efetuada a

tabulação dos dados e posterior compilação de texto.

2.3 Sobre os resultados da construção do plano estratégico municipal de São Luiz

Gonzaga

A presente seção trata da descrição dos dados e discussão dos dados coletados a partir

de pesquisa aplicada através de ficha-questionário com integrantes do Comitê Gestor,

Articuladores, Relatores, Secretários das diferentes áreas que envolveram o trabalho de

construção do plano, como: Gestão da infraestrutura trata do mapeamento e organização das

condições básicas existentes para potencializar o uso compartilhado e propor alternativas para

se buscar as condições necessárias nas instituições e municípios.

Além desses também opinaram participantes das instituições e comunidade.

Os dados apontam para os seguintes resultados expressos na figura nº 1.

FIGURA nº 1- Resultados da pesquisa-Avaliação do trabalho de construção do Plano

Estratégico Municipal de São Luiz Gonzaga

QUESTÕES Regular Bom Ótimo Excelente

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1Importância do Plano Estratégico para o

desenvolvimento de São Luiz Gonzaga

- - 48% 52%

2 O trabalho de construção do Plano atendeu as

necessidades do município de forma...

- 36% 42% 22%

3Participação Comunitária - aspectos vivenciados:

3.1 a-Interesse demonstrado - - 52% 48%

3.2 b-Assiduidade/frequência nos eventos - - 68% 32%

3.3 c- Pontualidade nos eventos - - 42% 48%

4 Representatividade de Gestores de Instituições

públicas e Privadas, Comunitárias, Munícipes e

Gestores governamentais

- - 32% 68%

5 Qualidade dos Resultados dos Trabalhos - 48% 52%

Fonte: Pesquisa de Avaliação do Trabalho de Construção do Plano Estratégico Municipal. Julho de 2016.

No tocante a questão 1 que trata da “importância desse Plano para o desenvolvimento

de São Luiz Gonzaga” observa-se que 52% entende que foi um excelente instrumento para o

avanço do município e 48% dos participantes que foi ótimo.

Em se tratando da questão 2 “o trabalho de construção do Plano atendeu as

necessidades do município” os dados demonstram que 36% dos avaliadores consideraram

bom e 42%- ótimo e 22%- excelente.

A questão 3 relacionada a “Participação Comunitária: aspectos vivenciados no

trabalho de construção do plano”, (considerando os aspectos: interesse demonstrado,

assiduidade /frequência e pontualidade nos eventos), as respostas apontaram,

sucessivamente, os seguintes percentuais:

-no item interesse- 52 % consideraram ótimo e 48%- excelente;

-no item assiduidade / frequência nos eventos- 68% ótimo e 32% -excelente;

-no item pontualidade nos eventos- 42% ótimo e 48%- excelente.

Em relação a questão 4 referente à representatividade dos gestores de instituições

públicas e privadas, comunitárias, munícipes e gestores governamentais ou não, os dados

apontam para os resultados de 32%-ótimo e 68%- excelente.

No tocante a questão 5 que diz respeito à “Qualidade dos resultados dos trabalhos” os

resultados são: 48%- ótimo e 52 %-excelente.

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Observa-se que, em 100% das questões, em análise os índices estiveram dentro dos

conceitos ótimo e excelente, fato que comprova a excelência do trabalho desenvolvido.

A tabela 1 a seguir apresenta os resultados de forma sintética e objetiva:

Tabela nº 1- Resultados da Pesquisa - Avaliação do Trabalho de Construção do Plano

Estratégico Municipal de São Luiz Gonzaga

Fonte: Pesquisa de Avaliação do Trabalho de Construção do Plano Estratégico Municipal. Julho de 2016.

O Gráfico nº 1 a seguir, representam os dados da tabela acima.

Gráfico nº 1- Resultados da Pesquisa - Avaliação do Trabalho de Construção do Plano

Estratégico Municipal de São Luiz Gonzaga

Fonte: Pesquisa de Avaliação do Trabalho de Construção do Plano Estratégico Municipal. Julho de 2016.

Em relação às questões- seis e sete - cabe esclarecer que foram questões abertas cujos

resultados estão descritos nos itens a seguir:

2.3.1 Fatos considerados marcantes no processo de planejamento estratégico municipal

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Quanto à questão seis do Instrumento de avaliação - Que fatos você considerou

marcante(s) nesse processo as respostas concentraram-se em quatro grandes eixos elencados

nas sete (7) seções que seguem:

a- Envolvimento e comprometimento da Comunidade: Administração Municipal,

Câmara de Vereadores, instituições públicas e privadas, comunidade em geral

Na opinião de 100% dos avaliadores a participação comunitária foi o fator que mais

marcou no trabalho de construção do Plano Estratégico de São Luiz Gonzaga. Muitos foram

os fatos que merecem destaque na construção do Plano Estratégico Municipal, dentre estes, o

trabalho intenso e comprometido de todos os envolvidos no processo de construção -

Administração Municipal, Câmara de Vereadores, instituições públicas e privadas,

comunidade, sob a coordenação dinâmica e competente da Professora Sonia Bressan Vieira –

URI. Este envolvimento da comunidade e grupos representativos trouxeram pluralidade

opiniões a respeito dos rumos do município, tornando mais amplo o debate.

A mobilização da comunidade e o comprometimento das pessoas é uma das questões

mais difíceis mas, todos os que participaram deram o seu melhor. Isso é fruto do grau de

maturidade e compromisso incondicional que, a meu ver, parece que vem se transformando,

positivamente ao longo do tempo, em São Luiz Gonzaga embora, mais setores da sociedade

deveriam ter participado.

Na opinião de um dos participantes “se sonhamos com um mundo melhor, esta aí uma

oportunidade, na qual estamos sendo “convidados” a participar na elaboração de uma

proposta com vistas a construção de um modelo de desenvolvimento que atenda em sua

plenitude ao anseio de todos aqueles que sonham com um município melhor”.

Ainda, constatou-se na avaliação, entre os fatos marcantes do trabalho “o

envolvimento de várias pessoas da comunidade e representantes de instituições públicas e

privadas”. Acresce-se a visão de outro participante –“participação dos setores” e “a

participação das entidades representativas da sociedade marcou nos trabalhos de grupo

sentíamos o interesse dos componentes do mesmo apresentando sugestões que contribuíram

muito na efetivação do plano”.

Finalmente, “entende-se que a apresentação da comunidade através das entidades que

se envolveram no processo de construção foi positiva, além das estratégias aprovadas visando

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o desenvolvimento do município”, bem como “participação ativa das lideranças e da

comunidade”.

b- O cumprimento dos prazos e metas estabelecidos para a construção do plano.

A questão dos prazos e cumprimento de Metas estabelecidas para a construção do

Plano foi outro eixo citado na avaliação.

b- Foco e determinação por parte dos organizadores

A questão do foco e da determinação por parte dos organizadores constitui-se no terceiro

eixo em relação à questão propostas referente a fatos que marcaram. Neste item aglutina-se a

condução dos trabalhos muito bem realizada pela coordenadora do projeto.

d- Comprometimento das lideranças participantes em propor ações de relevância para

a comunidade

O comprometimento na apresentação de ideias, valores, convicções e entendimentos

do que se pode realizar no município nos próximos quinze anos.

e- Excelência do Trabalho

O grau de comprometimento das entidades, através de seus representantes na busca da

excelência do trabalho foi citado como ponto marcante no trabalho em análise.

f- Objetivos propostos ao encontro das necessidades

Um outro apontamento sobre fatos que marcaram foi o referente aos objetivos

traçados e sua correspondência às necessidades diagnosticadas pelo município.

g- Relações democráticas de trabalho na organização da síntese do pensamento coletivo

A formação de relações democráticas na construção das diferentes etapas do trabalho

foi citada, também, como ponto marcante.

A figura, a seguir sintetiza os 7 itens citados- a,b,c,d,e,f,e g.

Figura 2 Fatos considerados marcantes no processo de planejamento estratégico

municipal

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Fonte: Pesquisa de Avaliação do Trabalho de Construção do Plano Estratégico Municipal. Julho de 2016.

2.3.2 Desafios para a concretização do plano

No tocante à questão 7- quais os desafios para a concretização do plano? Cite e

comente, as opiniões foram abrangentes conforme demonstra a relação, a seguir:

Para a execução do planejado é preciso ter um órgão/ instituição própria, com o

objetivo de fazer a gestão da execução, tipo consórcio de desenvolvimento, observatório de

desenvolvimento ou agência de desenvolvimento, com profissional específico e qualificado

contratado e secretário executivo para suporte. Essa instituição poderia ser resultado de um

debate entre todas as instituições que fizeram parte da construção do planejamento.

Assim sendo o primeiro passo é criar ou dar continuidade a comissão de execução do

planejamento, formada por representantes das instituições.

E, o segundo passo, seria a possibilidade de criar um órgão específico para fazer a

gestão da execução do planejamento. Esse órgão, ainda, prestaria contas das atividades a

comissão. Ainda foi sugerido tornar o Plano um documento base para uso de qualquer equipe

de gestão que assumir o poder público municipal.

Um dos pontos consideráveis da avaliação é a conscientização da comunidade em

geral da importância de conhecer e cobrar dos futuros governantes as deliberações que

a- Envolvimento e comprometimento da

Comunidade

b- O cumprimento dos prazos e metas

estabelecidos para a construção do plano

c- Foco e determinação por parte dos organizadores

d- Comprometimento das lideranças

participantes em propor ações de relevância

e- Excelência do Trabalho

f- Objetivos propostos ao encontro das

necessidades

g- Relações democráticas de

trabalho na organização da síntese do

pensamento coletivo

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contém o documento. Preocupa a questão da continuidade do projeto – execução do previsto

e do Plano Estratégico construído em 2015, de modo que suas ações sejam realmente

executadas uma vez que a colocação em prática, das metas e desafios mencionados no plano,

como por exemplo, quem irá dar continuidade, considerando a eleições municipais neste ano

de 2016. Será que o próximo representante executivo vai dar andamento?

Entre as respostas, cita-se ainda, as elencadas no quadro a seguir:

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acreditar que “somos capazes”.

Sair da Zona de conforto: dar o primeiro passo na execução das ações propostas

Sensibilizar as lideranças sobre a importância do trabalho para o desenvolvimento realmente

sustentável: perceber outras dimensões além da econômica, que realmente agregariam valores mais

duradouros, implicando numa melhor qualidade de vida; que um outro mundo é possível.

Derrotar os preconceitos.

Torná-lo permanente e independente do Poder Público.

Compromisso das representações públicas e privadas presente e futuras em efetivarem as metas e

ações.

O maior desafio, coube a URI- compilar material tão complexo quanto diverso.

O longo tempo de duração deste trabalho como um grande desafio

Necessidade de manter motivado um grupo tão grande quanto heterogêneo.

O Planejamento Estratégico necessita da dedicação e comportamento proativo dos gestores, das

instituições, das lideranças, da comunidade e de todos os envolvidos no processo para que o estado de futuro

almejado alcance a sua concretude.

Principal desafio: a atuação do gestor municipal. Espera-se que o mesmo saiba aproveitar essa

ferramenta de gestão, capaz de garantir a obtenção de bons resultados e, como consequência, a melhoria da

qualidade de vida da população.

Fortalecimento de parcerias entre Município e sociedade, e o aperfeiçoamento dos mecanismos de

cooperação inter e intragovernamentais que possibilitem a efetividade da implementação das políticas públicas

são premissas importantes para a concretização do Plano Estratégico Municipal.

Conseguir transmitir para a comunidade a importância do trabalho realizado, para que esta ajude a

manter ativo e permanente os objetivos eleitos no Planejamento Estratégico.

Necessidade da aprovação pela Câmara de Vereadores, para que possamos ter este planejamento

inserido em todas as próximas gestões administrativas.

Tornar o Plano um documento base para uso de qualquer equipe de gestão que assumir o poder

público municipal bem como, a articulação e sensibilização das entidades e comunidade em geral para

aplicação e execução das ações estratégicas definidas e priorizadas no PEM constam entre os grandes desafios.

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Ante o exposto, esse estudo atingiu seu objetivo registrar os resultados de pesquisa

bibliográfica e descritiva de carácter qualitativo e quantitativo. Por outro lado, permitiu

demonstrar a importância do planejamento estratégico para o município e identificar os

principais conceitos de planejamento estratégico.

As mudanças são constantes e aceleradas e os municípios que não forem capazes de

se planejar, com uma visão clara de como diferenciar-se serão facilmente aniquilados. O

planejamento é mais do que necessário para os municípios hoje. Mas para colocá-los em

prática, de forma efetiva, é preciso que o gestor conheça cada um de seus elementos, suas

funções e seus limites, sendo flexível o bastante para perceber que planejar nem sempre é o

contrário de fazer.

Os resultados do trabalho confirmem as razões propostas na pesquisa no sentido de

que o planejamento municipal quando construído de forma coletiva, participativa e sistêmica,

envolvendo gestores locais, munícipes/cidadãos e servidores, num processo político de

demonstração de participação cidadã, fortalece as relações da sociedade com as esferas de

governo, delega poder de decisão à comunidade revitalizando a identidade local com

repercussão no desenvolvimento regional e gerando um clima motivador entre os atores

missioneiros para enfrentar o futuro.

REFERÊNCIAS

a-Obras Citadas

FISCHMANN, Adalberto Américo. Planejamento Estratégico na Prática. Edição 2. Local:

São Paulo Editora, Ano.1991.

CHIAVENATO, Idalberto. Planejamento Estratégico Fundamentos e Aplicações. Edição

2. Local: Rio de Janeiro 2009.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico Conceitos

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sobre o Plano Plurianual para o quadriênio 2014-2017 e dá outras providências.

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Câmara Municipal,1990.