edição nº 18 (marÇo/2011)

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Melhorias chegam ao bairro Chacrinha Petrobras vai reformar o Marrentão PÁGINA 12 JORNAL POPULAR DO BRASIL | 18ª EDIÇÃO | ANO 3 | MARÇO DE 2011 R$ 0,50 PÁGINA 9 Feira Sertaneja em Resende PÁGINA 8 PÁGINA 2 PDT quer Mazinho candidato a prefeito PÁGINA 7 ELA É LINHA DURA ARQUIVO JP/2011 Delegada põe assassino na cadeia n “Quem gosta de bater em mulher que se cuide.”, avisou a titular da 55ª DP (Queimados), Juliana Amorim, após elucidar a morte de Elisângela Alves. Mesquita na bronca com a Cedae: Postos de Saúde estão sem água n Pelo menos metade das 40 unidades de saúde da cidade enfrenta falta de abastecimento. Atendimento à população está bastante prejudicado. PÁGINA 3 n Criado pela prefeitura, evento teve várias atrações. Ele vai acontecer novamente no tercei- ro domingo dos próximos meses. PÁGINA 6 ALBERTO ELLOBO CULTURA POPULAR Morro do Pau Branco ‘broxou’ de vez CANSADO DE TANTO ESPERAR... JAPERI CAXIAS Nem Viagra estimula o Poder Público a realizar as obras do PAC em Vilar dos Teles, São João de Meriti PMR/WAGNER ALVES

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Jornal Popular do Brasil - ANO 03 - Edição nº 18 (MARÇO/2011)

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Page 1: Edição nº 18 (MARÇO/2011)

MARÇO DE 2011 | 1

Melhorias chegamao bairro Chacrinha

Petrobras

vai reformar

o MarrentãoPÁGiNA 12

JORNAL POPULAR DO BRASIL | 18ª EDIÇÃO | ANO 3 | MARÇO DE 2011 R$ 0,50

PÁGiNA 9

Feira Sertaneja em Resende

PÁGiNA 8 PÁGiNA 2

PDT quer Mazinho candidato a prefeito

PÁGiNA 7

ELA É LiNHA DURA

ARQ

uiV

O JP

/201

1Delegadapõe assassino

na cadeian “Quem gosta de bater em mulher que se cuide.”, avisou a titular da 55ª DP (Queimados), Juliana Amorim, após elucidar a morte de Elisângela Alves.

Mesquita na bronca com a Cedae: Postos de Saúde estão sem água

n Pelo menos metade das 40 unidades de saúde da cidade enfrenta falta de abastecimento. Atendimento à população está bastante prejudicado. PÁGiNA 3

n Criado pela prefeitura, evento teve várias atrações. Ele vai acontecer novamente no tercei-ro domingo dos próximos meses. PÁGiNA 6

ALBERTO ELLOBO

CULTURA PoPULAR

Morro do Pau Branco ‘broxou’ de vezCANSADo DE TANTo ESPERAR...

JAPERi CAXiAS

Nem Viagra estimula o Poder Público a realizar as obras do PAC em Vilar dos Teles, São João de Meriti

PMR/

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ALV

ES

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2 | MARÇO DE 2011

Colunas e arti gos assinados,de responsabilidade de seus autores, não

representam necessariamente a opinião do jornal.

O Jornal Popular, de publicação mensal, circula em municípios da

Baixada Fluminense, Rio e Grande Rio

A6 Organizações Jornalísti cas LtdaCnPJ:10902731/0001-86

COnTATO:E-mail: [email protected]

Diretora executi va:Anne Moreira

Contatos: 21 8698-0804

JORnALiSTA RESPOnSÁVEL:Glauco Rangel (RJ 22774 JP)

Contatos: 21 9485-0045

REPORTAGEnS:Glauco RangelAnne Moreira

Ary Barros

FOTOGRAFiAS:Alberto Ellobo

PROJETO GRÁFiCO / DiAGRAMAÇÃO:Alberto Ellobo

[email protected]

COLABORAÇÃO:Aroldo Brito

Do Brasil

Por GLAUCO RANGEL

n Em solenidade na Câmara Municipal de Duque de Caxias, no dia 18 de março, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) revelou a sua in-tenção em relação às elei-ções de 2012. Durante o evento, em que tomaram posse os novos membros da Comissão Provisória do partido em Caxias, o vereador e presidente da Câmara, Dalmar Lírio Mazinho, foi anunciado como provável candidato da legenda à prefeitura do município.

O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi – que encon-tra-se licenciado porque ocupa o cargo de ministro do Trabalho. Ao falar para as pessoas que lotavam o Plenário Vilson Campos Macedo, no encerramento da solenidade, Lupi desta-cou que Mazinho é o nome

mais provável que poderá levar o partido à vitória nas urnas, como aconteceu em 1985. Naquele ano, Juberlan de Oliveira, apoiado pelo então governador Leonel Brizola, foi eleito prefeito de Duque de Caxias.

“Com Mazinho vencen-do as eleições para prefei-to de Caxias, o PDT volta a ser grande de novo. Ele vai representar essa dife-rença e poderá dizer que veio, viu e venceu.”, afi r-mou o presidente nacional,

que estava acompanhado de outras lideranças do partido, como o presidente regional em exercício, José Bonifácio.

Mazinho, que está saindo do PSDB para ingressar no PDT, ressaltou:

“O PDT vai deixar de ser coadjuvante para ser protagonista em Duque de Caxias. Mesmo que a Justiça Eleitoral tome o meu mandato, vou sair do PSDB, que é comandado de forma ditatorial.”

O ex-vereador Laury Villar, que havia deixa-do o PDT para ingressar no PSDB, retornou como presidente da Comissão Provisória do partido.

Além de nomes ilustres do partido e de grande nú-mero de militantes, o evento contou ainda com a presen-ça dos deputados federais Washington Reis (PMDB), Alexandre Cardoso (PSB) e Cristiano (PT do B), todos com base eleitoral no mu-nicípio, e de representantes do PT, do PPS, do DEM, do PC do B e do PTN. Após a posse da nova Comissão Provisória, aconteceu a inauguração da nova sede do PDT em Caxias, no bair-ro Vila São Luiz.

PDT aposta em Mazinho para prefeito de CaxiasNome foi lançado durante a posse da nova Comissão Provisória

ALBERTO ELLOBO

O presidente da Câmara de Vereadores, Mazinho (discursando), já está integrado ao partido

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MARÇO DE 2011 | 3

n No final de fevereiro, voltou a funcionar, após obras que du-raram quatro anos, a Unidade Mista de Saúde Doutor Mário Bento, no bairro Jacutinga, e,

para os próximos meses, está prevista a inauguração da Uni-dade de Pronto-Atendimento 24 Horas (UPA) de Edson Pas-sos e do Hospital da Mãe de

Mesquita (maternidade), no bairro Maria Cristina. Espe-ramos que, nessas unidades, não deixem faltar nem mé-dicos, nem água.

CEDAE deixa postos de saúde de Mesquita sem águaAlém da falta de médicos, seca impede atendimento em dezenas de unidades

Por GLAUCO RANGEL

n O abastecimento d’água é fundamental para a saúde de uma população, mas, em Mesquita, esse produto tão necessário não está em falta apenas nas moradias em ge-ral. Ele também não chega a pelo menos metade das uni-dades de saúde pertencentes à prefeitura. O resultado dis-so é o aumento das dificulda-des de atendimento às pesso-as que diariamente procuram essas unidades.

A falta d’água em grande parte dos postos de saúde da rede municipal foi constatada pelo JORNAL POPULAR. Um dos exemplos encon-trados foi a situação por que passa o Posto de Saúde da Família do bairro Santo Elias. Ao visitarmos o PSF, onde uma idosa sentindo-se

mal não havia conseguido receber qualquer assistên-cia, ouvimos dos funcio-nários que, além de médi-cos, o local também não tinha água:

“A médica está de férias e já faz duas semanas que não entra uma gota de água aqui.”, contou uma agente de saúde que pediu para não ser identificada.

O secretário de Saúde de Mesquita, Alexandre Olivares, confirmou o pro-blema:

“O município possui apro-ximadamente 40 unidades de saúde e metade da minha rede está sem água. Já fize-mos várias reuniões com a Cedae, mas nada adiantou. A empresa alega que falta a instalação de uma bomba. Enquanto nada é feito, somos obrigados a comprar cami-nhões-pipa.”, afirmou.

FOTOS: ALBERTO ELLOBO

Carência de pediatras e generalistasn As torneiras secas são, na verdade, mais uma dor de cabeça enfrentada pela Secretaria Municipal de Saúde. A outra é a elevada ca-rência de médicos, que, cada vez mais, preju-dica a prestação de socorro aos moradores de Mesquita, que tem cerca de 160 mil habitantes. Essa carência causou o fechamento do Hospital Municipal Leonel de Moura Brizola (antigo São José), o único público do município, em 2010.

Segundo Olivares, é grande a necessidade de pediatras e médicos generalistas (profissio-nais sem especialização e que não se limitam a determinada área de atendimento):

“Nossa maior necessidade é de médi-cos pediatras e de generalistas. O Governo do Estado paga R$ 12 mil a um pediatra, enquanto aqui pagamos de R$ 4.500 a R$ 5.100. Não podemos concorrer com o estado. No Hospital Leonel de Moura Brizola, que há sete anos não era mais um hospital, mas uma maternidade de baixo risco, 70 dos 77

médicos foram embora. Por isso, tivemos que fechá-lo.”, explicou o secretário.

Unidade mista reinaugurada

A unidade de Santo Elias é uma das prejudicadas pela falta de abastecimento d´água

O secretário de Saúde, Alexandre Olivares

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Verdadeira “casa da mãe Joana”n A falta de conservação e do “choque de ordem” da prefeitura é uma reali-dade na Praça Jararaca e Ratinho, que fi ca no bair-ro Covanca, na divisa en-tre Duque de Caxias e São João de Meriti. Embora reverencie a memória de uma dupla de artistas da música sertaneja que le-vou o nome de Caxias e do Brasil ao exterior, o local está completamente abandonado, tomado por carros que acabam com o espaço dos moradores e por animais que espalham fezes e urina. A situação se agravou depois da criação de uma cabine da Polícia Militar, que, na prática, não é sinônimo de segu-rança para a vizinhança e ainda não teve sua efi cácia comprovada. O esgoto que sai da cabine também pa-rece ser um problema in-solúvel, com vazamentos

que incomodam usuários e funcionários da empre-sa de ônibus Reginas, que possui uma cabine de des-pachante ao lado.

A presença da PM ali de-veria signifi car cumprimento das leis, o que, na verdade, não ocorre. O local virou estacio-namento de carros particulares dos policiais. Aliado a isso, existe a falta de conservação, que impede que as crianças

dos bairros próximos possam desfrutar do lazer, conforme acontecia há alguns anos. E, para complicar ainda mais a vida das pessoas que necessi-tam pegar ônibus para se di-rigir ao local de trabalho, não há cobertura para protegê-las do sol e da chuva. A promes-sa da Secretaria Municipal de Serviços Públicos não saiu do papel. O órgão também não recolocou a placa de bronze que havia na praça e foi retirada para que fos-se feita a pintura do local, no ano passado.

Os moradores não enten-dem a omissão e o silêncio da Prefeitura de Duque de Caxias e dos comandos do 15° e do 21° Batalhões da Polícia Militar, responsá-veis pela administração da cabine. (Carlos Alberto Figueiredo – Covanca, Duque de Caxias).

n Deputados federais e senadores precisaram de apenas oito minutos para decidir sobre o próprio aumento salarial, “só” 62% de aumento para esses “nobres trabalhadores” que são eles, é claro. Enquanto isso, para nós, os “vagabundos do Brasil, coube uma esmola de apenas R$ 35, ou seja, pouco mais de 5% de reajuste salarial. Uma humilhação para os verdadeiros trabalhadores, que dão o seu suor pelo crescimento do nosso País. (Waldeir Franeta – Centro, Duque de Caxias).

Vergonha nacional

Esquina do lixoe das drogasn A esquina entre as ruas Cezário e Alberico Gomes Pereira, no bairro Santo Elias, virou uma lixeira. O local, que há aproximadamente um ano e meio foi fechado para a passagem de veículos por causa dos constantes treinamentos de motociclistas realizados pelo Detran, também está tomado de muita sujeira. Além de lixo doméstico acumulado, há móveis e aparelhos velhos, entulho e até animais mortos jogados ali. A Rua Alberico Gomes Pereira passou até a ser chamada de Rua do Lixão. O trecho, que fi ca deserto durante a noite, também é utilizado para consumo de drogas. (Jaime dos Santos Júnior – Santo Elias, Mesquita).

Entulho no caminho dos pedestresn Tem sido comum nós, moradores de Mesquita, nos depararmos com montes de entulho nas calçadas. Isso é um desrespeito ao direito de ir e vir dos pedestres, que, em vários pontos da cidade, acaba sendo obrigado a andar no meio da rua, correndo o risco de ser atropelado. Um exemplo desse desrespeito foi encontrado na esquina entre as ruas Mercúrio e da Verdade, no bairro Santa Terezinha. A prefeitura tem um serviço de recolhimento chamado “Disque-Entulho”, mas, muitas vezes, as solicitações demoram muito a ser atendidas e quem anda a pé fi ca prejudicado. (Josias Albuquerque - Santa Terezinha, Mesquita).

n Em ruas próximas ao Morro do Pau Branco, vários tre-chos foram transformados em verdadeiros depósitos de lixo e entulho. Além de sacos com dejetos domésticos, há montes de barro retirados de casas, pedaços de madeira, col-chões e também vasos sanitários usados. Todo esse material chega a permanecer até uma semana em cada local. A cole-ta realizada pela prefeitura deixa muito a desejar. (Norma Oliveira – Vilar dos Teles, São João de Meriti).

Ruas viram depósito de lixo

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Ascensão e queda de um imperadorn As próximas eleições mu-nicipais podem representar um hiato político na vida de José Camilo Zito dos Santos Filho, que já esta-ria deixando o PSDB para migrar para outro partido qualquer. Prefeito de Duque de Caxias e hoje cumprindo seu terceiro mandato, Zito caminhou firme na constru-ção de sua imagem pública. Foi glorioso, sim, mas es-queceu que toda roda gigan-te do tempo sobe e também desce. Governando numa área de exclusão, ele já vi-veu seu eldorado político. Um domínio superlativo, capaz de influenciar decisi-vamente as eleições da ex-mulher Narriman e do irmão Waldir, elegendo-os como prefeitos nos municípios de

Magé e Belford Roxo, res-pectivamente. Sem falar em outros candidatos que tam-bém pegaram carona com ele. Atualmente, porém, Zito já não é mais o mesmo.

Na Baixada Fluminense, em tempos idos, ele deu um novo significado à política da região, de forma quase afrodisíaca, uma vez que chegou a provocar histeria coletiva entre seus eleitores. A queda do imperador pode ser medida pelo termômetro eleitoral das últimas elei-ções e o número de votos arrebanhados pela filha, a deputada federal Andreia Zito, e a mulher, a deputada estadual Claise Maria Zito. A primeira teve uma queda numérica vertiginosa, ob-tendo menos da metade dos

votos que conquistara em pleitos anteriores. Já Claise passou raspando a trave e por pouco não iria assegurar uma cadeira na Alerj.

Por essas e por outras, Zito passa a ter um futuro duvidoso, em razão da bai-xa popularidade convencio-nada pela má administração do seu atual governo. Na re-trospectiva do tempo, vale lembrar também o nome do Dr. Heleno, uma espé-cie de político temporário. Depois que perdeu o apoio de Zito, ele nunca mais foi nada na vida. Mas esteve em Brasília por dois man-datos, graças à influência do imperador. Se as previsões estiverem corretas, só res-ta a Zito uma boa viagem e que vá em paz.

Hoje, à beira de um colapso político, Zito nem presume o que lhe reserva o ano de 2012

n No imaginário popu-lar, uma desgraça não vem sozinha. A atual si-tuação do município de Magé, a antiga Vila da Estrela, que ganhou o patronímico de Vila por dispor de uma Câmara que a administrava e de uma cadeia pública, é de uma cidade abandonada pelo Poder Público e devastada por duas pra-gas: o mosquito “Aedes Aegypti”, que provoca a dengue, e o domínio po l í t i co exe rc ido pe la família Cozzolino. No caso da dengue, a Secre-taria Municipal de Saú-de continua negando a existência de epidemia, embora seja a terceira cidade do Estado do Rio no ranking da doença, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, com o registro de 599,6 casos/100 mil habitantes, inclusive com mortes registradas no hospital municipal.

No caso da família Cozzolino, que contro-la a política local desde 1982, com a eleição do prefeito Renato Cozzo-lino, a situação atual é digna de virar uma co-média na telona, pois a prefeita Núbia Cozzoli-no foi afastada do car-go pela Justiça, sendo substituída pelo vice Rozan Gomes, que ficou no cargo por 15 meses. Com agravos jurídicos, a ex-prefeita conseguiu empurrar o seu proces-so de cassação pelos es-caninhos da Justiça e, como metade do manda-to já havia sido cumpri-do, inclusive com o vice assumindo a prefeitura, a vaga de prefeito pas-sou, como herança, para o presidente da Câmara de Vereadores. Por pura coincidência, o presi-dente do Legislativo de Magé se chama Ander-son Cozzolino e é irmão da ex-prefeita. Isto é:

Magé continua sendo uma enorme fazenda, de propriedade da família Cozzolino, que só ficou de fora quando o pre-feito Zito, de Duque de Caxias, conseguiu ele-ger a então esposa Nar-riman Zito. Na tentativa da reeleição, mas sem o apoio do ex-marido, Narriman acabou derro-tada por Núbia, que vol-

tou ao cargo em janeiro de 2009.

O p re fe i to Ander son Cozzolino, o Dinho, não teve dúvidas em reabili-tar politicamente a irmã, que acaba de tomar posse como assessora parlamen-tar do gabinete. Na prá-tica, Núbia quer provar para “os inimigos” que continua a comandar a Prefeitura de Magé - como fazia até ser afastada pela Justiça -, mesmo tendo no seu currículo centenas de processos por fraudes em licitações, como na com-pra de uniformes para a rede municipal, acusações de distribuição de caixões em troca de votos e de participação em fraudes na Assembleia Legisla-tiva do Rio (Alerj), que resultaram na cassação do mandato de deputa-da estadual da irmã Jane Cozzolino, por usar “fun-cionários fantasmas” em seu gabinete. Entre outras proezas, Núbia é suspeita

de contratar um fotógrafo para sobrevoar a casa do deputado estadual Paulo Melo – eleito em 2011 presidente da Alerj -, na cidade de Saquarema, na Região dos Lagos, para comprovar que ele tem bens não declarados à Re-ceita Federal, e de sair da prefeitura dentro de uma ambulância, para não ser encontrada por um oficial de justiça.

A situação política de Magé, no entanto, não é um caso atípico de desvio de conduta de um admi-nistrador no Brasil. O caso mais recente envolveu os ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Ar-ruda, de Brasília, cassados por desvio de dinheiro pú-blico para fins particulares, fato que se repete agora com a deputada Jaque-line Roriz, que pagou o aluguel do escritório do marido com a verba de representação paga pela Câmara Federal.

Magé enfrenta a dengue e a família CozzolinoSCERJ/ALinE MASSuCA

DiVu

LGAÇÃO

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6 | MARÇO DE 2011

ARQuiVO JP

n A primeira edição de 2011 da Feira Sertaneja, em Resende, começou domingo, 20 de mar-ço, no Parque de Exposições, atraindo também moradores de outras cidades do Sul do estado. O evento, que vai acontecer no terceiro domingo de cada mês, teve diversas atrações: forró, feira de artesanato, exposição de pequenos animais, brinque-dos destinados ao público in-fantil e show de violeiros.

Além de contribuir para que os produtores rurais de Resende comercializem leite e derivados, legumes, frutas e hortaliças, doces, compotas e mudas de plantas, entre outros produtos, a Feira Sertaneja foi criada no ano passado pela pre-feitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária. O evento, também, despontou como ótima opção de lazer, sempre reunindo mui-tas famílias durante todo o dia.

A iniciativa faz parte da pro-posta da administração do prefei-

to José Rechuan (DEM), de pro-mover eventos permanentes no Parque de Exposições. Rechuan lembrou que a prefeitura tam-bém está priorizando a valo-rização dos produtores rurais, que formam um dos principais segmentos da economia do município. Ressaltou, ainda, sua preocupação com a cidade quanto à melhoria das condi-ções para o desenvolvimento da atividade agropecuária:

“Para melhorar a ativida-de agropecuária na região, algumas ações já foram im-plantadas, entre elas o recebi-mento das máquinas da Patrulha Mecanizada; a realização per-manente dos cursos de capaci-tação destinados aos produtores e o trabalho feito em parceria com a EMATER-RJ (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro), visando à ga-rantia da qualidade da produ-ção no município”, destacou o prefeito.

Feira Sertanejaanima em Resende

PMR/MARCiO FABBiAn

n O prefeito de Resende, José Rechuan (DEM), assi-nou, no dia 22 de fevereiro, o contrato para o início das obras do Hospital da Mulher. Segundo ele, o hospital será interligado à APMIR e vai representar um espaço não apenas para a realização do atendimento médico, mas também para o desenvolvi-

mento de campanhas educa-tivas e de prevenção, visan-do à ampliação das informa-ções voltadas à preservação da saúde. Essa nova unidade médica será erguida ao lado da APMIR. O Hospital da Mulher de Resende terá apro-ximadamente 360 metros quadrados de área. O custo da obra, que caberá à Multireal

Construtora, Indústria e Comércio Ltda. Será de R$ 417 mil. A unidade terá tam-bém seis consultórios médi-cos, duas salas para exames de ultrassonografia, uma sala para exames de fisioterapia, uma Área de Acolhimento e outras dependências. O pra-zo para a conclusão da obra é de cinco meses.

APMIR completa 70 anos de lutas e conquistasPor AROLDO BRITO

n Contando com poucos par-ceiros e funcionando ainda com dificuldades, a APMIR (Associação de Proteção à Infância e Maternidade de Resende), a unidade mais an-tiga da cidade, vai completar 70 anos de existência, no dia 19 de abril. A entidade, única instituição conveniada com o SUS (Sistema Único de Saúde) e que dispõe de UTI Neonatal na região, atende também ou-tros 14 municípios vizinhos. E, nos últimos anos, vem apre-sentando um índice de redução de mortalidade neonatal acima da expectativa.

O diferencial é a humani-zação do atendimento e a de-dicação dos funcionários, que rendeu em 2007 a conquista do título de “Amigo da Criança”, entregue pelo Ministério da Saúde. Mas não foi fácil. A luta pelo reconhecimento durou mais de dez anos e a equipe teve que cumprir dez passos, entre eles, incentivar o aleita-mento materno. Para manter o título, o ministério faz vistoria no hospital, a cada três meses.

Para a presidente da APMIR, Theodora Cerqueira, o importante agora é continu-ar lutando, juntamente com toda a equipe, para a melhoria das instalações e a aquisição de novos equipamentos: “É um grande desafio, mas te-nho certeza que vamos firmar uma parceria com municípios vizinhos e com a iniciativa privada. Precisamos de aju-da para ampliar o número de leitos e, principalmente, para

a manutenção dos mesmos”, disse a presidente, acrescen-tando: “Quero agradecer o carinho que os funcionários têm pela instituição. Sem essa dedicação e o amor pelo que fazem, o trabalho seria muito mais difícil”. Theodora tem uma longa trajetória de tra-balho voluntário. Ela já foi, por oito vezes, diretora da Casa da Amizade, presidente do Conselho de Assistência Social, do Conselho da Criança e do Adolescente e do Conselho da Mulher. Com sua garra e determinação, ela tem tudo para contribuir no avanço e nas melhorias ne-cessárias à maternidade.HISTÓRICO - A APMIR foi fundada em 19 de abril de 1941, com o objetivo de aten-der as gestantes indigentes

que não tinham nenhum amparo dos Institutos de Previdência que e x i s t i a m . E m decorrência da Constituição de 1988 e da conse-quente implan-tação do SUS, desapareceu do cenário nacio-nal a figura do indigente, que era o público-alvo da APMIR. Entretanto, cou-be às entidades f i l a n t r ó p i c a s a obrigação de ocupar, no mí-nimo, 60% de suas instalações

com pacientes do SUS, sen-do remuneradas através de uma tabela extremamente perversa.

A Associação faz parte de um grupo de 32 materni-dades do Sistema Estadual de Risco e está classifica-da no nível II, integrando o Programa de Assistência à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, do Ministério da Saúde e vinculado à Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Na secretaria esta-dual, a maternidade ocupa o 10º lugar na preferência dos usuários, entre 82 hospitais avaliados durante uma pes-quisa de opinião desenvolvi-da pelo Ministério da Saúde no Estado do Rio.

PMR/MARCiO FABBiAn

Hospital da Mulher fica pronto até agosto

A presidente Theodora Cerqueira quer aumentar o número de leitos da maternidade

O prefeito José Rechuan assinando o contrato do HM

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MARÇO DE 2011 | 7

Por ANNE MOREIRA

n Uma simples garrafa de cerveja e dois copos teriam provocado a fúria de Oziel Santos Mendes, de 36 anos, que acabou matando Elisângela da Cruz Alves, de 28. Eles moravam no bairro Nossa Senhora de Fátima, no município de Queimados, onde ocorreu o fato. O casal, que teve quatro filhos, todos ainda menores, estava junto há cerca de oito anos.

Extremamente violento,

vez por outra Oziel espan-cava a mulher. Contra ele, Elisângela já havia regis-trado queixas de agressão e, em um dos processos, a Justiça já estaria se pro-nunciando para condená-lo. Aliás, em sua folha penal consta também uma condenação por porte ile-gal de arma.

No início de fevereiro, Oziel chegou em casa e viu sobre a mesa a garra-fa de cerveja e os copos. Ele, então, perguntou à Elisângela quem esteve

bebendo com ela. Como não obteve resposta, o marido, furioso, espancou a mulher até a morte, des-ferindo diversos murros contra sua cabeça.

Não satisfeito, o assassino ainda arrastou o corpo, der-ramou álcool e ateou fogo, abandonando o cadáver num matagal. Oziel acabou voltando para casa, como se nada tivesse acontecido. Mas, denunciado por teste-munhas, foi preso por agen-tes da 55ª DP (Queimados) e recolhido à Polinter.

Temendo traição, homem matae incendeia corpo da companheira

Desconfiança teria sido o motivo do crime.Policia já pediu a preventiva do acusado

n O que Oziel não ima-ginava é que uma dele-gada entrasse no circui-to para investigar o caso. Recém-chegada à 55ª DP (Queimados), onde assu-miu como titular, a delega-da Juliana Amorim e sua equipe saíram em campo. Através de investigação e testemunhas, concluíram que o crime tinha sido por motivo fútil. Diante da ficha penal do suspeito, a policial pediu a prisão preventiva dele.

Falando com exclusi-vidade sobre o caso para o JORNAL POPULAR, Juliana acredita que Oziel deverá passar um bom tem-po na cadeia. Isso porque o crime é considerado he-diondo e foi perpetrado por motivo torpe. Além disso, o acusado já tem anteceden-tes, pesando sobre ele algu-mas acusações de agressão contra a própria vítima e uma condenação por porte ilegal de arma. A delegada acredita que a desigualdade social seja um dos fatores que geram toda essa proble-mática.

Pragmática, mas de apa-rência frágil, Juliana Amorim lembra a figu-ra de Shirley Temple – um dos rostos mais bonitos do cine-ma norte-ame-ricano. Hoje, com quase dez anos de polícia, parece que che-gou à Baixada Fluminense para botar ordem na casa. Dando mostras de sua capacidade, ela detalhou para a reportagem os principais pontos da in-vestigação que levou o criminoso para a prisão. Verbal nas palavras, a delegada Juliana mostra muita determinação, claro, mas sem exagerar na dose, em relação aos pontos iti-nerantes do seu trabalho investigativo. Ela deixou claro que pretende aumen-tar ainda mais o PIB poli-cial de sua delegacia.

Muito embora nunca te-nha trabalhado na Baixada, Juliana disse conhecer bem a fama da região, já que nasceu em Nova Iguaçu. E acrescenta:

“Quem mata fortuitamente tem que pagar o preço exato do seu gesto”, sentenciou a delegada, que completou:

“Aqui em Queimados, o faroeste acabou”, garantiu ela, consciente do seu papel como agente da lei.

Bela fera prende marido assassino

n A brutalidade que en-volveu a menina Lavínia Azeredo de Oliveira (foto), de apenas seis anos, estran-gulada com um cadarço de tênis no interior do Hotel Municipal , em Duque de Caxias , causou uma grande comoção no País. O corpo da garota foi encontrado sob o estra-do, depois que ela entrou no estabelecimento com Luciene Reis Santana, de 25, amante de seu pai, o professor de Educação Física Rony dos Santos Oliveira, de 30 anos.

O crime começou a ser esclarecido assim que a polícia passou a seguir os rastros de imagens que mostravam Luciene e Lavínia dentro de um ônibus da Viação Santo Antônio. O motivo do cri-me seriam R$ 2 mil, cujo valor teria que ser repas-sado para a criminosa pelo pai da menina, o que não aconteceu. A dívida teria

provocado ira na mulher, que decidiu sequestrar a criança. Logo ao entrar no hotel , no Centro de Caxias, Luciene acabou matando-a cruelmente. Apesar do caso esclareci-do, fica ainda uma dúvida: como Luciene teria en-trado sem que os funcio-nários não percebessem que ela estava acom-panhada da menina? A assassina está presa na Polinter de Magé.

Caso Lavínia ainda choca o Brasil

REPROD

uÇÃO

n Fria e calculista. Assim, pode ser, de acordo com o de-legado Marcos Henrique, titular da 58ª DP (Posse), o perfil de Maria José Menezes, de 38 anos, que também está presa, acusa-da de decepar, por vingan-ça, a mão da sobrinha de apenas três meses. O fato aconteceu no bairro da Posse, em Nova Iguaçu, e, segundo a polícia, Maria José teria praticado tama-nha brutalidade com rai-va, devido às brigas que tinha com a mãe do bebê. O crime teria sido preme-ditado, uma vez que a cri-minosa esperou que a mãe

fosse a um supermercado. Quando regressou, depa-rou-se com o quadro. A criança chorava toda en-sanguentada e já não tinha uma das mãos. Embora negasse, Maria José aca-bou presa em flagrante.

Tia acusada nega ter decepado mão de bebê

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS

ARQuiVO JP/2011

A delegada analisa o inquérito e mostraà reportagem como elucidou o crime

POLÍCiA CiViL

Page 8: Edição nº 18 (MARÇO/2011)

8 | MARÇO DE 2011

n As secretarias municipais de Esporte, Turismo e Lazer (SEMETULER) e Saúde (SEMUS) vão oferecer atendimento médico exclusivo para os alunos dos projetos espor-tivos da Prefeitura de Japeri. As consultas acontecerão toda terça-feira, das 13h às 17h, na sede da SEMETULER, que fica na aveni-da São João Evangelista, s/nº, Centro do dis-trito de Engenheiro Pedreira. Informações pelo telefone 3691-1851.

Atendimento gratuito para esportistas

n O recapeamento da Rodovia RJ 093 já chegou ao bair-ro Chacrinha, em Japeri. O asfalto já começou a cair na estrada Ary Schiavo, no tre-cho em frente à estação fer-roviária de Japeri e à Escola Municipal Ary Schiavo. A iniciativa, fruto de solicitação do prefeito Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor, ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, é muito mais que recapea-mento. A via está sendo toda restaurada. No total serão 17 mil metros de asfalto, no trecho da RJ 093 entre o dis-trito de Engenheiro Pedreira e o Centro de Japeri.

“Estamos com frentes de obras em vários bair-ros. E isto é só o começo. Vamos buscar parcerias para trazer mais sanea-mento e asfalto para o município. Queremos fa-zer o melhor para o povo japeriense.”, destacou o prefeito Timor.

Felipe dos Santos Pereira, morador do bairro Chacrinha e funcionário de um ponto de lanches na Praça Manoel Marques, gostou da iniciati-va: “O asfalto melhora o vi-sual da cidade. É bom para o comércio e para os mora-dores. O prefeito Timor está

transformando nossa cidade. Está de parabéns”, elogiou Felipe.

Cerca de 35 homens estão trabalhando na recuperação da RJ 093. Já foi restaurada a avenida Presidente Tancredo Neves, que passa pelos bair-ros Marajoara, São Cosme e Damião e Mucajá. O recape-amento também foi realizado na estrada Francisco Antônio Russo, no centro do distrito de Engenheiro Pedreira, e na estrada Vereador Francisco da Costa Filho, no bairro Santa Inês. Em breve a obra chegará ao centro do distrito de Japeri.

Obras chegam ao bairro Chacrinha, em Japeri

PMJ/DiVuLGAÇÃO

n Uma homenagem pelo Dia Internacional da Mulher – comemora-do no dia 8 de março de cada ano em todo o mun-do - foi feita para aproxi-madamente 100 mulheres do Jardim Delamare, em Japeri. No dia 12 de mar-ço, elas foram recebidas com um café da manhã, promovido por lideranças do bairro na residência de um dos organizado-res. A homenagem contou com a presença do pre-feito Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor.

“Fui convidado a esse encontro e fiz questão de comparecer para dar um abraço em cada uma des-sas mulheres, guerreiras no seu dia a dia e que fazem de tudo pelo bem-estar de suas famílias. Às mulheres, nosso respeito e nossa ad-

miração.”, declarou Timor, após cumprimentar cada participante do encontro.

Durante o café da manhã, as mulheres aproveitaram para pedir ao prefeito mais melhorias no bairro Jardim Delamare. Ele falou das obras que já foram reali-zadas no bairro e prometeu outros investimentos para a região: “Já realizamos obras de drenagem, recape-amento e pavimentação nas ruas Poti, Pinaré e Jupira e nas avenidas Delamare e Javari. O posto de saúde foi totalmente reformado e ampliado e entregue à po-pulação. Em breve, trare-mos mais obras. Vamos re-formar a Escola Municipal Pastor Tasso de Andrade de Oliveira e fazer parcerias para obras de drenagem e pavimentação”, anunciou Timor.

Dia da Mulher

PMJ/DiVuLGAÇÃO

n A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, em discussão única no dia 17/03, o projeto de lei 3.190/10, do Poder Judiciá-rio, que eleva a comarca de Japeri à entrân-cia, criando no município a 1ª e a 2ª Varas, sendo a primeira por transformação da Vara Única recentemente criada. O texto tam-bém eleva a comarca à 2ª entrância. Para provimento dos cargos da 2ª Vara, o proje-to cria 16 vagas. O projeto será enviado ao governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para sancionar o texto.

Alerj aprova criação de1ª e 2ª varas na cidade

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MARÇO DE 2011 | 9

Embora a Comendador Teles seja uma das principais vias que ligam São João de Meriti a Duque de Caxias, o problema já se arrasta há meses. Quando chove é um “Deus nos acu-da”. Motoristas têm que fazer um verdadeiro malabarismo e, muitas vezes, evitam passar por ela, tornando o seu percur-so ainda maior. Os meritienses esperavam que a Comendador fosse uma referência no Vilar, devido à propaganda do PAC. Só que tudo não passou de uma obra inacabada, mal feita e que continua prejudicando quem precisa transitar nela.

“Essa obra da Avenida Comendador Teles começou há um ano e não acaba nun-ca. Tem dias que vejo só dois ou três operários trabalhando e os transtornos que ela está causando são muitos. Nas ruas para onde o trânsito passou a ser desviado, existem agora verdadeiras crateras. Elas es-tão arrebentadas porque não tinham estrutura para aguentar o peso de ônibus, caminhões

e outros veículos. E, quando chove, todas ficam tomadas de lama, obrigando os motoristas de ônibus a parar até longe do ponto para os passageiros não se sujarem. Perco muito tempo no trajeto até o trabalho. Antes da obra, a viagem durava no máximo 40 minutos. Agora, passa de uma hora.”, disse o porteiro Antônio Roberto Herbster, 60 anos, que mora em Éden e trabalha no Centro de Duque de Caxias.

No Morro do Pau Branco, onde foram anunciadas as obras imediatas do PAC, os morado-res esperam ainda que um dia elas sejam realizadas. Aliás, Sandro Matos, por diversas vezes, anunciou as melhorias, a exemplo do discurso que fez em Vilar dos Teles, diante do governador Sérgio Cabral. No palanque montado para recep-cionar as autoridades, o prefei-to de São João de Meriti anun-ciou em alto e bom som:

“As obras do PAC come-çam amanhã no Vilar.”. Só que nada aconteceu. Em ou-

tro momento, a prefeitura organizou uma ação social no terreno onde atualmente funciona a UPA 24 horas, quase na entrada da Venda Velha. Foi uma festa com direito a palanque e Sandro mais uma vez afirmou: “As obras do PAC começam amanhã no Vilar”. Só que o

amanhã, o hoje, o mês que vem... nunca chegaram para os moradores.

Hoje, o prefeito tem uma re-presentação em Brasília, que é seu primo Marcelo Matos, eleito deputado federal por São João de Meriti. Resta saber o que ele estaria pensando para 2012, quando teremos novas

eleições municipais. Assim, das duas, uma: ou Sandro não pensa em concorrer à reelei-ção ou quer que os moradores de Pau Branco se explodam. Enquanto ele não se define, a população local continua a ver navios, já que, lá de cima do morro, dá até para avistar a Baía de Guanabara.

Por ARY BARROS

n A relação de amor entre os moradores do Morro do Pau Branco, em Vilar dos Teles, São João de Meriti, e o prefeito Sandro Matos parece que che-gou ao fim. Decorridos mais de dois anos de governo, até ago-ra nada foi apresentado em fa-vor daquela comunidade, a não ser promessas e juras. Cansado de ser enganado, o pessoal já pensa em se mobilizar e fazer uma manifestação para cobrar a realização das obras. A po-pulação local também quer saber onde foram parar os R$ 66 milhões destinados a me-lhorias naquela região, através do Programa de Aceleração do Crescimento. Como nada foi feito até agora, suspeita-se que alguém tenha enrustido esse dinheiro. Até as placas que anunciavam as obras deixaram de existir.

Na verdade, no entorno do Pau Branco aconteceram obras de manilhamento que, segundo a prefeitura, foram feitas para possibilitar a dre-nagem e o escoamento da água das chuvas. Mas Vilar dos Teles continua enchendo como antigamente. A Avenida Comendador Teles, que inter-liga alguns bairros do Vilar, também virou um caos. No Jardim Íris, por exemplo, um longo trecho continua praticamente intransitável. É buraco e lama por todos os lados, fazendo com que o trânsito seja desviado para algumas ruas intermediárias. Por não aguentarem o tráfe-go pesado, elas se tornaram lastimáveis. Recentemente, moradores do local fizeram um protesto, queimando fios e colando cartazes. Mas nem assim conseguiram sensibili-zar o prefeito.

PAC do Morro do Pau Branco ainda não saiu do zero a zeroSeguidas promessas do prefeito Sandro Matos não passaram de propaganda enganosa

ALBERTO ELLOBO

PAuLO LiMA

Ônibus passa inclinado pela Av. Comendador Teles, no Jardim Íris, devido a tantos buracos

A rua Tijuca, no alto do morro, torna-se impraticável em dias de chuva por causa da lama

Jardim Íris vira um caos

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10 | MARÇO DE 2011

Por ANNE MOREIRA

n Quem não gosta de uma fofoca? Comentários sobre a vida dos ricos e famosos sempre atraíram a atenção das pessoas, mas não é só por isso que o quadro “Fofocas com o Didi Mendonça”, da Rádio Popular – AM 1480 vem atraindo cada vez mais ouvintes. O sucesso é expli-cado pela forma irreverente, ousada, inteligente e muito engraçada do personagem Didi, interpretado pelo ator Ediélio Mendonça. O quadro, que faz parte do Programa do Mazinho, agrada desde as crianças até a 3ª idade e já tem um público fiel, que liga para dar sua opinião e partici-par das atividades realizadas no programa, que vai ao ar de segunda a sexta, das 9h às 12h.

Para Ediélio, o Didi Mendon-ça foi uma surpresa muito grati-ficante. Quando o programa co-meçou, há oito meses, o quadro era para ter só uma entrada com comentários sobre cultura e entre-tenimento. Mas Didi agradou tan-to que a produção resolveu abrir mais espaço para os comentários sarcásticos, irônicos e muito bem dosados do mais querido “fofo-queiro” da Baixada Fluminense. Agora, o quadro tem duas entra-das, às 9h45 e às 11h30.

Ediélio se emociona ao rela-tar algumas histórias sobre os ouvintes. Uma bem marcante foi a de um senhor que ligou para o Programa do Mazinho e elogiou o seu personagem. Tempos depois, esse senhor foi sorteado e, quando foi à sede da rádio buscar o seu prêmio, declarou que o programa faz parte da sua vida, especialmen-te as tiradas de Didi Mendonça. “Fiquei emocionadíssimo com essa declaração porque esse se-nhor, de 48 anos, é deficiente visual, mas tem uma percepção apurada da vida. O quadro é um momento bom porque as pes-soas percebem que a vida pode ser levada com graça e leveza.”- disse o ator.

Artista renomado e premia-do internacionalmente, Ediélio Mendonça tem um currículo respeitável. Ator, figurinista, diretor cênico, professor, pales-trante e animador cultural, ele atuou em centenas de espetáculos teatrais pelo País afora. É diretor do Teatro Procópio Ferreira, que fica na Câmara Municipal de Duque de Caxias, há 28 anos e, atualmente, faz par-te da equipe de produção do Programa do Mazinho. Ele também colabora como colu-nista do Jornal da Câmara de Caxias, escrevendo sobre tea-tro, cinema e literatura.

Didi Mendonça faz sucesso na Rádio Popular - AM 1480

O fofoqueiro mais querido da Baixada atrai centenas de ouvintes

Por ALBERTO ELLOBO

n A artista plástica Fátima Herdy está voltando à sua terra natal, Duque de Caxias. Depois de onze temporadas apresentando seu talento e suas obras em solo ameri-cano, ela desembarcará no Aeroporto Internacional Tom Jobim no próximo dia 25. Fátima estava fora do Brasil desde 2000, quando foi con-vidada para participar de pro-jetos de intercâmbios entre

oficinas de artes brasileiras e americanas. “Os Estados Unidos da América são um país maravilhoso, muito rico e bem-sucedido culturalmen-te, uma construção incrível de povos. Vivi momentos inesquecíveis aqui, mas es-tou com muitas saudades do meu país, da minha gente. É a hora de voltar.”, disse, an-siosa, Fátima Herdy. “São onze anos de espera, mas, agora, já sinto o cheiro do Brasil.”, completou.

Após brilhar nos EUA, artista volta a Duque de Caxias

n “O Pilar está abandona-do. Não tem um vereador que olhe por nós. Em época de eleição, aparecem vários, mas depois somem.” Foi com esse desabafo que Maria da Penha Ferreira solicitou melhorias para o seu bairro no Programa do Mazinho, na Rádio Popular – AM 1480. Ela reclama de um valão que fica perto de sua casa e inco-moda os moradores da Rua Servidão e do entorno:

“Já vi pessoas passando mal e sendo carregadas por cau-sa do cheiro forte. Dizem que pode ser por causa de um óleo que as fábricas despejam no local. Não temos nenhuma au-toridade pública que possa fis-calizar essa situação.”, disse. É através do Mazinho Móvel, um veículo que percorre os quatro distritos do município

de Duque de Caxias, que a população tem conseguido fazer reivindicações, recla-mações, críticas e sugestões.

Outra moradora do Pilar que pediu ajuda foi Irani Braga Moreira:

“Estamos cansados de pe-dir para o vereador Marcelo do Seu Dino solicitar ao ór-gão competente a passagem de carros fumacê nas ruas da Cidade dos Meninos. Aqui tem muito mosquito e várias pessoas que conheço estão com dengue.”

O ouvinte Moacyr de Araújo Lima solicitou uma operação “Tapa Buracos”:

“Moro e trabalho na Rua Francisco Plácido de Jesus, na Cidade dos Meninos, e ela está esburacada há mais de um ano. O péssimo estado da rua prejudica meu trabalho.

Sou torneiro mecânico e per-co clientes por causa disso. Esse problema se repete em vários outros bairros, como Pilar e Jardim das Flores. É um verdadeiro descaso do Poder Público”.

As reclamações e reivindica-ções são registradas pela equipe do Mazinho Móvel, através de fotos e relatórios, e enviadas aos órgãos competentes para as pro-vidências. O programa, que está no ar há oito meses, já se tornou líder de audiência em Caxias. Com a grade voltada para a fa-mília, ele vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h. Têm debates, entrevistas, notícias, horóscopo, fofocas, sorteios e a participação de convidados. Sintonize a Rádio Popular - AM 1480 e participe, fazendo sua denúncia, dando sua opinião e concorrendo a prêmios.

Mazinho Móvel é a voz da população

A equipe do programa esteve no Pilar, em Caxias, e ouviu as queixas dos moradores

DiVuLGAÇÃO/AuDEniR DAMiÃO

DiVuLGAÇÃO/PRiSCiLA PAiVA

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MARÇO DE 2011 | 11

n Nova campanha salarial para a categoria, denúncias quanto ao descumprimento do Acordo Coletivo, inclu-são de deficientes no mer-cado de trabalho, ampliação de novos convênios e outras questões menos elementares fazem parte das discussões do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Duque de Caxias. Quem afirma isso é o presidente da entidade, Josimar Campos, o Mazinho (foto), que está denunciando uma série de irregularida-des, sobretudo contra o Poder Público Municipal, em razão das obras que vem promo-vendo na cidade. Segundo ele, são empreiteiras contratadas que não cumprem os acordos coletivos firmados com o sin-dicato patronal. Portanto, para Mazinho isso é uma afronta às leis trabalhistas e, lamenta-velmente, tem a conivência da prefeitura.

O exemplo desse descaso é a Hope Engenharia, que nos canteiros de obras dos bairros Imbariê e Doutor Laureano, em Duque de Caxias, não for-necem o EPI (Equipamento de Proteção Individual), obri-gando seus trabalhadores a entrar em valas onde ficam com água de esgoto até a cin-tura. A Medeiros de Caxias

Construções e Reformas, que está construindo uma unidade de ampliação junto ao Hospital Infantil Ismélia Silveira, não assinou as carteiras de traba-lho de parte dos operários que por lá passaram. Já a Brumar executa suas obras à revelia do que estabelecem a CLT e o Acordo Coletivo. “Elas fa-zem o que querem, pintam e bordam.”, afirmou Mazinho, esboçando certa indignação.

Para buscar o direito dos traba-lhadores, o Siticommm ajuizou algumas ações contra a Magia de Caxias e a CPI Engenharia Ltda. No caso da primeira, para o pagamento de 30% de pericu-losidade. Já da outra, para soli-citar perícia no local de trabalho dos operários. A audiência está marcada para o dia 7 de abril, às 9h30, na Vara de Trabalho do município. Quem também está na mira do Sindicato é a Vectra Engenharia, já que seus funcio-nários não tem lugar decente para comer, nem para fazer as necessidades fisiológicas.

Simultaneamente às brigas, o Siticommm está ampliando a sua rede de convênios na área pedagógica, profissiona-lizante, de saúde e de lazer. A Universidade Estácio de Sá já faz parte desse plano. A Abeu Colégios também. Além dis-so, o Ateneuw Cursos Básicos

oferece 15% de desconto para cursos técnicos de especia-lização nas áreas de monta-gem industrial, caldeiraria, encanador, solda e operador de guindaste, entre outras. Enquanto isso, o convênio com a Microlins oferece os cursos de Turismo e Hotelaria com noções em inglês, de Informática, de Montagem e Manutenção de Computadores e de Vendas e Marketing, além de outros.

Na área de lazer, a sede cam-pestre do Sindicato e o Clube Vale do Ipê, em Belford Roxo, estão com suas portas abertas para os trabalhadores filiados à entidade e seus familiares. Para obter mais informações, basta procurar o Siticommm ou telefonar para o número (21) 3658-9930.

SiTiCoMMM na luta pelo trabalhador

FOTOS: ALBERTO ELLOBO

Operários da Hope limpam o rio Jacatirão, no bairro Doutor Laureano:Sindicato denuncia a falta do Equipamento de Proteção Individual

n Quando o cantor Roberto Carlos apareceu na Marquês de Sapucaí, no alto de um carro alegórico, o público em peso se levantou para saudar o Rei. Ali, praticamente se consolidava mais uma vitória da escola de samba de Nilópolis. E não deu outra. Considerada a me-lhor desse carnaval, a Beija-Flor ganhou em todos os quesitos e, as-sim, tornou-se recordista de títulos no Sambódromo. Hoje, ela detém 12 campeonatos, sendo sete após a inauguração da atual Passarela do Samba, em 1984.

A grande festa foi na quadra da escola, em Nilópolis, onde mais de dez mil pessoas se comprimi-ram e gritaram “É campeã!. Anísio Abraão David, explodindo de emoções, foi quem recepcionou

Roberto Carlos. Agradecido ao Rei pela conquista, o patrono quase não teve voz para a sua majestade. Na oportunidade, Selminha Sorriso foi anunciada como a maior porta-bandeira do Brasil. Portanto, títulos que jamais serão esquecidos e que, somados à pontuação dos jurados, acabam de contemplar a Beija-Flor, outra vez, como a melhor dos últi-mos carnavais.

E, como acontece em todos os anos, a azul-e-branca brin-dou a população de Nilópolis com um belo desfile na Avenida Mirandela, no Centro, na noite de sábado. Um desfile que contagiou a comunidade mais uma vez e fe-chou com chave de ouro as come-morações pelo título conquistado com a majestade da MPB.

CARNAVAL 2011

Beija-Flor e sua majestade, o ReiDiVuLGAÇÃO/iRAPuà JEFFERSOn

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12 | MARÇO DE 2011

Por GLAUCO RANGEL

n O sonho de ver o Duque de Caxias jogando em casa pelo Campeonato Brasileiro vai se tornar realidade. Seu estádio, o Centro Esportivo Romário de Souza Farias, o Marrentão, no distrito de Xerém, vai en-trar em obras de ampliação para atender as exigências da CBF em relação à capa-cidade de público. A refor-ma será patrocinada pela Petrobras, que firmou uma parceria com o clube.

Na execução do projeto, a capacidade do estádio passará de sete mil para 12 mil lugares, superior ao mínimo exigido para jogos da Série B, que é de onze mil. Além disso, serão feitas melhorias nos ves-tiários, no gramado e nas instalações que passarão a receber projetos sociais de-senvolvidos através dessa parceria. Um desses proje-tos é o “Gol Social”, que já atende 1.300 crianças

com a prática de futebol, vôlei e futsal. Desde a inauguração, em 2008, o centro esportivo possui um pólo da UFRJ onde são realizados cursos.

A ampla reforma do Estádio Marrentão, orçada em R$ 3,8 milhões, deverá começar logo após o pro-cesso de licitação, aberto em março para a escolha da em-presa construtora. A previ-são é de que as obras sejam concluídas em seis meses. Enquanto elas estiverem em andamento, o Duque de Caxias, provavelmente, vai disputar os jogos em que tiver mando de campo no Estádio de São Januário, já que o Los Larios, também em Xerém, não comporta a capacide de público exigida pela CBF. O Marrentão não é utilizado para partidas do time profissional do Tricolor da Baixada desde a últi-ma rodada do Campeonato Estadual de 2010.

Presidente de honra do

Duque de Caxias, o deputa-do federal Washington Reis, do PMDB, foi fundamental para que o clube firmasse o convênio com a Petrobras, que, já no ano passado, re-sultou na conquista iné-dita da Copa do Brasil de Futebol Feminino pelo Duque de Caxias/Clube dos Empregados da Petrobras (Cepe)-Caxias. Ele desta-cou:

“Desse convênio, con-segui que sejam feitas as obras de ampliação do es-tádio, para que ele aten-da o Duque de Caxias no Brasileiro da Série B. Vamos para 12 mil lugares, mas, como sonhamos em chegar à Série A em 2012, essa capacidade poderá até ser aumentada para 17 mil. A Petrobras também está patrocinando o “Gol Social”, um projeto revo-lucionário na área do es-porte. Vou apresentar um projeto-de-lei sobre ele na Câmara dos Deputados.”

Estádio Marrentão será ampliado pela PetrobrasParceria entre o Duque de Caxias e a estatal rende ainda outros frutos

SiTE “SOu DuQuE”