edição 42-março 2011

62
Trimestral • Janeiro/Fevereiro/Março 2011 • n.º 42 • Distribuição gratuita E 2011? R m Revismarket O mercado Electro em revista Informações e tendências de mercado para esta época de incerteza, uma caixa-de-ferramentas para tornar a crise numa oportunidade www.rmelectro.com www.rmdeco.com Leia ainda Cidadela Electrónica, uma empresa humanizada Media Markt , planos e estratégia para 2011

Upload: rm-premium

Post on 22-Mar-2016

220 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

E 2011? Informações e tendências de mercado para esta época de incerteza, uma caixa-de-ferramentas para tornar a crise numa oportunidade

TRANSCRIPT

Page 1: Edição 42-março 2011

Trim

estr

al •

Jan

eiro

/Fev

erei

ro/M

arço

201

1 •

n.º

42 •

Dis

trib

uiçã

o g

ratu

ita

E 2011?

RmRevismarket

REVISMARKETO mercado Electro em revista

Informações e tendências de mercado para esta época de incerteza, uma caixa-de-ferramentas

para tornar a crise numa oportunidade

www.rmelectro.com • www.rmdeco.comLeia

aind

a

Cidadela Electrónica, uma empresa humanizada

Media Markt, planos e estratégia para 2011

Page 2: Edição 42-março 2011

E 2011?

REVISMARKET

www.rmelectro.com • www.rmdeco.com

Media Markt, planos e estratégia para 2011

Page 3: Edição 42-março 2011
Page 4: Edição 42-março 2011
Page 5: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 3

[ Editorial ][ Ficha Técnica ]

N.º 42 Janeiro/Fevereiro/Março 2011

www.rmelectro.comwww.rmdeco.com

Propriedade:Revismarket - Edição de Publicações, Lda.Rua Peixinho Júnior, N.º 2, 1.º E2770-135 Paço de ArcosTel.: +351 214 413 277Fax: +351 214 413 478

Editor:Jorge [email protected]

Direcção:Cidália [email protected]

Redacção:Carina [email protected]

Área Comercial:[email protected]@revismarket.com

Paginação:[email protected]

Impressão:MulembeiraRua Vasco da Gama, nº. 362685-244 Portela de Loures

Distribuição gratuita e por assinatura

Tiragem: 3.000 exemplares

Depósito Legal n.º 236.204/05

Publicação registada no Instituto da Comunicação

Social com o n.º 124843

Interdita a reprodução total ou parcial de textos, fotografias e ilustrações, salvo autorização expressa e por escrito.

Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.

A Rm-Revismarket afirma a sua independência em relação a todos os poderes, inclusive, as entidades que a patrocinam e apoiam, sendo apenas responsá-vel perante os seus leitores.

A Rm-Revismarket não se responsabiliza por erros de texto ou imagem fornecidos para publicação após a aprovação e revisão de provas.

T

Cidália RibeiroDirectora

al como faço todos os inícios de ano, cá estou eu a comunicar os objectivos da Rm-Revismarket para 2011, para que leitores e parceiros saibam exactamente o que esperar da nossa organização. Mesmo num ano que se vislumbra con-turbado, fazemos questão de comunicar, preto no branco, a nossa estratégia,

respondendo à confiança que o mercado sempre depositou no nosso projecto.

Acredito que esta confiança e credibilidade não aconteceu por acaso; foi sim devido a muito trabalho e a uma constante aposta na qualidade e utilidade dos nossos con-teúdos, que vão muito além da publicação de simples notícias e que requerem um permanente investimento numa informação atempada e útil aos leitores. Foram estas premissas que possibilitaram que nos mantivéssemos no mercado sem falhar um úni-co número, mesmo em alturas mais complicadas. Assim, e contrariando o velho ditado que diz que equipa vencedora não se muda, deci-dimos fazer algumas alterações. A primeira passa por uma ligeira alteração de conceito pois, até agora, a nossa estraté-gia assentava única e exclusivamente nos apoios dos nossos parceiros anunciantes e esta é uma premissa que se tornou obsoleta na conjuntura actual. A seu tempo, vamos diferenciar e segmentar conteúdos, cobrando alguns deles, de acordo com os vários interesses de cada leitor. Realço, no entanto, que os serviços base de informação se irão manter gratuitos e disponíveis online.A revista impressa também continuará gratuita para os profissionais da distribuição e para as empresas anunciantes da Rm. No entanto, para as empresas que não são parceiras ou anunciantes e outros profissionais, o envio da revista obrigará a uma assinatura anual. Ainda na revista impressa e, seguindo a evolução natural dos hábitos de leitura, vamos espaçar a periodicidade passando-a a trimestral. Esta decisão foi alicerçada pelo cons-tante aumento do interesse pela Internet, tendo as leituras em detalhes nas nossas newsletters ultrapassado os 68%.

Aproveito também este início de ano para um desabafo pessoal porque, apesar de ser uma apaixonada pela minha actividade, estou cansada de gerir vaidades e exigências absurdas de quem confunde negócio com serviço público. Para que fique claro, a Rm-Revismarket é um negócio, por isso publica informações nas quais tem interesse e que considera importantes para os leitores. Não somos um serviço público e não temos qualquer obrigação de trabalhar sobre assuntos nos quais não vemos interesse.A nossa missão passa única e exclusivamente por manter-nos fiéis aos nossos leitores, de forma a que os nossos parceiros continuem a ter resultados ao investir nos nossos meios. Apesar da amizade que temos com muitos dos intervenientes do mercado, con-tinuaremos a publicar apenas trabalhos que se enquadrem na nossa missão editorial e empresarial, mesmo que alguns egos fiquem “aborrecidos”. Se pudermos ajudar, fá-lo-emos certamente, sempre com vista a dar conteúdos que consideramos importantes e interessantes para a nossa actividade e leitores.

Aproveito para desejar excelentes negócios para 2011 porque, apesar de conturbado, acredito que este ano nos reserva grandes surpresas a todos.

2011, para um ano diferente... uma estratégia diferente

Page 6: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 20114

[ Índice ]

Tema de capaE 2011? 6

Samsung reforça enfoque nas tecnologias “verdes”

Moulinex quer liderar mercado nacional de preparação alimentar

1, 2, 3 partida! Começou a corrida para a proximidade

Mercado

Notícias 26

Aberturas 28

Relatórios & contas 30

Quem são 32

10 grandes vendedores

de todos os tempos 34

Tristar aposta em nova área

de negócio e consolida estratégia

de proximidade aos clientes 36

Media Markt aposta

na expansão em Portugal 37

Samsung reforça enfoque

nas tecnologias “verdes” 38

Moulinex quer liderar

mercado nacional

de preparação alimentar 40

Bosch e Siemens lançam

novos produtos sob o signo

da eficiência 42

1, 2, 3, partida! Começou

a corrida para a proximidade 44

Cidadela Electrónica – Braga,

um negócio humanizado 48

Momentos electro 52

Tempo de pausa 56

Page 7: Edição 42-março 2011
Page 8: Edição 42-março 2011

6

[ Tema de Capa ] [ Mercado Quem são ]

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

uando em 2010 publicávamos, na primeira revista do ano, o artigo de destaque sobre as perspectivas dos profissionais do sector para

o ano que se começava a desenrolar, eram muitos os que, num tom marcadamente de cautela, destacavam que a economia parecia começar a dar os seus primeiros indicadores positivos, avançando uma possível recupera-ção para o final do ano. 2010 era definido, por estes profissionais, como “difícil” e “in-certo”, mas que lançaria as bases do futuro. A selecção natural do mercado parecia ter atingindo o seu auge em 2009, culminando em 2010, para apenas restarem as empresas mais fortes, ágeis e versáteis. Estaria assim cumprido o papel do chamado “ano zero”.Volvidos mais de 12 meses desde que pu-blicámos essa análise, o que mudou então? Avaliando pelas respostas dos profissionais

inquiridos pela Revismarket, parece que não mudou nada. Ou melhor, mantêm-se as mes-mas preocupações, prioridades e receios identificados há um ano atrás, talvez ainda mais cristalizados por uma incerteza que se adensou e que trava estes profissionais a se aventurarem a lançar quaisquer previsões de longo prazo. Para já, estes gestores traçam o cenário

de um início do ano atípico, com os canais tradicionais (pequeno e grande retalho) em baixa. A juntar à real perda do poder de compra, Janeiro ficou afectado pela ante-cipação de compras efectuadas em Dezem-bro com vista a evitar o aumento do IVA. “Em Janeiro os negócios foram inferiores aos dos anos anteriores, notando-se uma preocupação no consumidor se deve ou

Estão preocupados com a conjuntura política e económica do país e a sua influência no sentimento de insegurança dos consumidores. A perda do poder de compra, o desemprego e a diminuição do con-sumo estão no centro das suas inquietações. Querem continuar a disponibilizar aos seus clientes os

melhores produtos e serviços, ao melhor preço do mercado, mas temem o impacto da actual conjuntura na sua capacidade de continuar a servir bem o consumidor e de manterem os postos de trabalho e o bom funcionamento das suas empresas. As margens estão cada vez mais esmagadas, os prazos de pagamento são cada vez menos cumpridos, o crédito é cada vez mais uma miragem, prejudicando a

saúde financeira das organizações. Algum destes factores é novidade? Nem por isso, já se enumeravam em 2010, mas assumem agora uma importância cristalizada, porque o clima é de ainda maior incerteza, dado que os cenários de uma esperada retoma para o final do ano passado não se chegaram a concre-tizar. O que podem estes empresários fazer, então? Para já dizem apostar numa estratégia de inovação,

que lhes permita reforçar os seus elos de ligação com os seus clientes, transformando a tal da crise num catalisador da competitividade das suas empresas.

Q

E 2011?

Estes gestores traçam o cenário de um início do ano atípico, com os canais tradicionais (pequeno e grande retalho) em baixa. A juntar à real perda do poder de compra, Janeiro ficou afectado pela antecipação de compras efectuadas em Dezembro com vista a evitar o aumento do IVA. “Em Janeiro os negócios foram inferiores aos dos anos anteriores, notando-se uma preocupa-ção no consumidor se deve ou não comprar, mesmo quando entra na loja para esse efeito”

‘‘ ‘‘

Page 9: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 7

[ Mercado Quem são ]

não comprar, mesmo quando entra na loja para esse efeito”, detalha António Alves, sócio-gerente da Telereparadora. “Clientes nossos, que são retalhistas, estão a quei-xar-se de redução do tráfego das lojas”, confirma Jorge Custódio, administrador da Lifetech. Nota-se claramente uma desace-leração do consumo, confirmada pelos pri-meiros dados de 2011 da GfK, que constata uma perda de sete por cento em termos ho-mólogos, assinalando a pior tendência dos últimos 13 meses. O nervosismo está instalado. Nunca, como agora, pairou sobre a mente dos portu-gueses o “fantasma” do Fundo Monetário

20112011 começou difícil, não se vislumbrando ainda um caminho. E é nestas alturas que a informação assume um papel ainda mais vital. Por isso, nesta primeira revista do ano, propomos ao leitor a nossa caixa-de-ferramen-tas para 2011. Depois da análise dos profissionais do sector, segue-se um conjunto de estudos com dados e tendências de mercado, esperando que se tornem particular-mente úteis nesta época de incerteza, e a opinião de alguns especialistas sobre como tornar a crise numa oportunidade.

Internacional, um espectro que começou com as suas aparições constantes já ia bem decorrido o ano de 2010, motivan-do uma política de austeridade que se fez e faz sentir, com uma particular agudeza, nos bolsos dos portugueses. E levando a um constante clima de tensão política que culmina agora no pedido de demissão do Primeiro-Ministro, José Sócrates. “A si-tuação política nacional tem contribuído de forma decisiva para a degradação da economia e, infelizmente, não se perspec-tivam alterações significativas na nossa classe política. Enquanto continuarmos a ter como agentes políticos pessoas que, na sua maioria, nunca tiveram um emprego na vida, a situação continuará a degradar-se,” defende Luís Vasco Cunha, administrador da Susiarte/expert. Nesta medida, se o pa-norama já se afigurava difícil em 2010, pior

Nota-se claramente uma desaceleração do consumo, confirmada pelos primeiros dados de 2011 da GfK, que constata uma perda de sete por cento em termos homólogos, assinalando a pior tendência dos últimos 13 meses

“A situação política nacional tem contribuído de forma decisiva para a degradação da economia e, infelizmente, não se perspectivam alterações significativas na nossa classe política. Enquanto continuarmos a ter como agentes políticos pessoas que, na sua maioria, nunca tiveram um emprego na vida, a situação continuará a degradar-se”

‘‘ ‘‘

Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR

Page 10: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 20118

[ Tema de Capa ]

parece ter ficado em 2011. O que podemos então esperar deste novo ano?

Um consumidor ainda mais cautelosoPara já, do lado do consumidor, podemos esperar uma continuação dos compor-tamentos cautelosos. Segundo a última edição do “Índice Nielsen de Confiança do Consumidor”, realizado a nível mundial, os consumidores terminaram 2010 mais pes-simistas do que estavam no princípio de 2009. “Como a realidade económica e fi-nanceira imediata permaneceu frágil e com falta de indicadores positivos durante 2010, os consumidores constataram a cruel rea-lidade que a recuperação total ainda está muito longe”, afirma Venkatesh Bala, Chief Economist no The Cambridge Group, que faz parte da Nielsen. Os consumidores estão assim a preparar-se para mais um ano de crescimento nulo ou lento. “Os números relativos à criação de postos de trabalho e de empregos caíram abaixo das expectativas e, embora muitos países tenham oficialmente saído da reces-são, muitos consumidores ainda vivem, e contam continuar a viver, um estilo de vida cauteloso que restringe os gastos domésti-cos e a procura”, continua Venkatesh Bala. O comportamento pragmático de 2010 vai assim continuar em 2011, na medida em que existem ventos contrários ao cresci-mento. Este comportamento pragmático vai manifestar-se através de uma combina-ção entre os gastos essenciais e os discri-cionários, com o foco a recair na poupança de combustível e nos electrodomésticos, na redução das despesas com os produtos de mercearia, na comida “take-away”, na roupa e no entretenimento. Por entre os países mais pessimistas do

mundo, de acordo com este índice, estão os chamados “PIIGS”, ou seja Portugal, Ir-landa, Grécia e Espanha. Uma noção que é corroborada pelo estudo “Euro-clima” da GfK, que coloca Portugal (-47 pontos) no mesmo grupo que a Grécia (-43 pontos) e a Roménia (-47 pontos), como os países que registam as mais baixas expectativas económicas. Portugal é também, segundo o “Euro-cli-ma”, o país que apresenta os piores índices de propensão à compra, consideravelmen-te inferior ao de países que normalmente o acompanham na cauda da Europa, como a Grécia e Roménia. Os índices registados em 2010, e com excepção dos primeiros meses de 2009, são os mais baixos des-

de 2001, único ano que na última década apresentou índices positivos.

Empesários igualmente mais cautelososComo a economia funciona em ciclo, as expectativas dos consumidores são influen-ciadas pela retoma de alguns indicadores económicos, que geram neles percepções psicológicas que alteram os seus hábitos e comportamentos na hora de adquirir um produto. E as consequências desta tendência dão um novo impulso à economia. Ora, se os consumidores mantêm a sua atitude co-medida na hora de consumir, numa simbiose quase perfeita, as empresas reforçam a pru-dência na sua abordagem ao mercado.Do lado do retalho, o relatório “Global Powers of Retailing 2011”, publicado pela consulto-ra Deloitte, veio já confirmar que o compor-tamento cauteloso do lado do consumo foi responsável pelo travão no crescimento das vendas da distribuição e mais de um terço dos 250 maiores retalhistas do mundo so-freram um declínio no ano fiscal de 2009 (de Junho de 2009 a Junho de 2010). No entanto, os esforços realizados por mui-tas empresas para cortar nos seus custos e ajustar os seus níveis de inventário acabaram

Portugal é segundo o “Euro-clima”, o país que apresenta os piores índices de propensão à compra, consideravelmente inferior ao de países que normalmente o acompanham na cauda da Europa, como a Grécia e Roménia.

Em 2010, aquando da publicação da primeira revista do ano, o controlo apertado era apontado como uma das medidas mais importantes a implementar e mantém-se como prioridade em 2011. 44 por cento dos profissionais inquiridos pela Rm enumeram-no como a primeira medida para enfrentar 2011, em nome da saúde financeira das empresas, sobretudo quando se antecipa um agravamento das condições de financiamento.

‘‘

‘‘

‘‘

‘‘

Page 11: Edição 42-março 2011

[ Tema de Capa ]Patrocínio:

por valer a pena. Apesar da descida das ven-das, o lucro líquido do total dos 250 maiores retalhistas aumentou de 2,4 por cento, em 2008, para 3,1 por cento, em 2009, ano em que apenas 13 empresas operaram com per-das, menos de metade do número de empre-sas não rentáveis em 2008. Esta filosofia de gestão milimétrica dos custos, de forma a garantir a rentabilidade, é transversal a todas as áreas, perfis e di-mensão dos negócios. Em 2010, aquando da publicação da primeira revista do ano, o con-trolo apertado era apontado como uma das medidas mais importantes a implementar e mantém-se como prioridade em 2011. 44 por cento dos profissionais inquiridos pela Rm enumeram-no como a primeira medida para enfrentar 2011, em nome da saúde fi-nanceira das empresas, sobretudo quando se antecipa um agravamento das condições de financiamento.

Focus no consumidorMas nem só de cortes se faz a estratégia destas empresas. Tanto mais que, nes-tes momentos, existe o risco para tomar medidas de curto prazo que poderão não ser as mais adequadas. “Nenhum grande comandante se destaca quando o navio está no porto, mas sim quando enfrenta tempestades. Como tal, estamos em épo-ca propícia ao desenvolvimento das ca-pacidades de cada um e das respectivas organizações”, alerta Luís Vasco Cunha.

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 9

“Como 2011 será mais um ano de dificul-dades, teremos que saber encontrar os antibióticos adequados à cura das doen-ças que forem aparecendo, sem esque-cer que é essencial tomar vitaminas para fortalecer a estrutura. Temos de continuar o processo de contenção de custos, sem descurar a aplicação de algumas medidas que funcionem em contraponto, de modo a garantir a estabilidade emocional das or-ganizações. Temos de cortar, mas também de coser”.Nesta medida, 35 por cento destes gestores destacam também a importância em se con-centrarem, mais do que nunca, na relação com os seus clientes, identificando claramen-te as suas necessidades, monitorizando de perto todas as alterações do seu comporta-mento e as tendências do consumo, de forma

a poder actuar rapidamente de acordo com as exigências e flutuações do mercado. “O conhecimento adequado dos públicos-alvo permite identificar as suas reais necessida-des e soluções desenvolvidas à medida e es-pecíficas. Hoje, mais do que nunca, é impera-tivo escutar os clientes e apelar à eficiência e criatividade de todos os envolvidos na cadeia de valor”, sublinha Sara Machado, directora de marketing e comunicação da Sage. Os vectores desta “conversa” com o consu-midor assentam ainda num serviço de exce-lência e no reforço dos planos de fidelização. Tudo em nome de uma relação de confiança, numa conjuntura como a actual, em que é essencial dar garantias. “Actualmente, a me-lhor das garantias é ser capaz de propor um verdadeiro serviço de apoio ao cliente com o acompanhamento personalizado no antes,

“Como 2011 será mais um ano de dificuldades, teremos que saber encontrar os antibióticos adequados à cura das doenças que forem aparecendo, sem esquecer que é essencial tomar vitaminas para fortalecer a estrutura. Temos de continuar o processo de contenção de custos, sem descurar a aplicação de algumas medidas que funcionem em contraponto, de modo a garantir a estabilidade emocional das organizações. Temos de cortar, mas também de coser”.

35 por cento destes gestores destacam também a importância em se concentrarem, mais do que nunca, na relação com os seus clientes, identificando claramente as suas necessidades, monitorizando de perto todas as alterações do seu comportamento e as tendências do consumo, de forma a poder actuar rapidamente de acordo com as exigências e flutuações do mercado.‘‘

‘‘‘‘

‘‘9

Page 12: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201110

[ Tema de Capa ]

durante e sobretudo depois da compra”, defende Ulric Jerome, director executivo da PIXmania.

Inovar é a palavra de ordemEm nome da fidelização, as empresas socor-rem-se então de várias ferramentas, prati-cando o chamado “marketing de guerrilha”, que implica a adopção de estratégias mais inovadoras. Apostadas em marcar pela di-ferença, na sua abordagem ao mercado não descartam reajustar o modelo de negócio às necessidades reais e actuais do cliente, seja organizando o portfólio, ampliando o catálo-go e os serviços ou até repensando a forma de estar no negócio. “Num ano em que as perspectivas económicas são pessimistas, acreditamos que o desenvolvimento de pro-dutos inovadores, que trazem valor acres-centado ao consumidor, é a melhor forma de dinamizar o consumo”, exemplifica Patrícia Parracho, directora de marketing do Groupe SEB Portugal. Mas sem esquecer os básicos, como alerta Daniel Guerreiro, Portugal Sales Director da Philips Consumer Lifestyle. “Es-pecialmente num ambiente cada vez mais complexo, é fundamental facilitar a escolha ao consumidor, pois a confusão apenas au-menta a insegurança”.O grande objectivo é, em última análise, a apresentação de valor adicional percebido pelo consumidor, numa altura em que este está naturalmente inclinado a escolher pre-ço. Este continua a fazer parte das regras do jogo, através de campanhas e “bundles” de produtos muito competitivos, mas não é a única variável. A afirmação feita no artigo de 2010 de que a crise tinha trazido o fim do paradigma do preço é confirmada nas per-cepções dos profissionais para 2011, que

estão mais sensíveis a oferecer outros argu-mentos. “O mundo não vai acabar em 2011, mas teremos que ser pró-activos, continuar a inovar nos produtos e, como sempre, ter os parceiros certos. O ano de 2010 acabou por ser positivo e o mercado cresceu. Não sei o que vai acontecer em 2011, mas sei que as empresas só sobrevivem se tiverem ren-tabilidade, não apenas por fazerem volume”, sustenta Armando Anjos, Country Manager da Indesit Company.Por outro lado, de nada serve tapar uma gran-de ferida com pensos rápidos. As medidas para enfrentar 2011 não devem restringir-se este ano, mas já deveriam ter sido pensadas anteriormente, jogando numa estratégia de

antecipação. “A definição de uma estratégia e de um plano de acção apenas comprovam que vários cenários foram pensados atempa-damente e que as empresas estão preparadas para enfrentar, não apenas os desafios em si-tuações de crise, mas no seu dia-a-dia, não se deixando abalar pelos momentos menos positivos,” sublinha Fernando Alves, antigo profissional do sector.

Encontrar novas oportunidades de negócioNuma estratégia de antecipação, as empresas procuram ainda encontrar novas oportunida-des de negócio, que possam compensar a eventual quebra nas vendas a retalho. A Sta-ples, por exemplo, está a reforçar a área de negócio Delivery e expandir os serviços Easy Tech e Easy Solutions. “A nossa sugestão é que as empresas devem procurar responder com soluções ‘chave na mão’, sem reduzir a qualidade dos produtos e serviços”, comenta Carlos Maia, director geral da insígnia. Paralelamente, a Staples aposta na diversifi-cação dos seus canais de distribuição, uma

Em nome da fidelização, as empresas socorrem-se então de várias ferramentas, praticando o chamado “marketing de guerrilha”, que implica a adopção de estratégias mais inovadoras. Apostadas em marcar pela diferença, na sua abordagem ao mercado não descartam reajustar o modelo de negócio às necessidades reais e actuais do cliente, seja organizando o portfólio, ampliando o catálogo e os serviços ou até repensando a forma de estar no negócio.

O comportamento pragmático dos consumidores vai continuar

54% gastaram menos em vestuário53% pouparam nas despesas de entretenimento47% pouparam nos combustíveis, gás, electricidade e água40% reduziram os gastos com mercearia39% cortaram na comida de “take-away”38% adiaram o “upgrade” dos seus produtos de tecnologia36% cortaram nas férias

34% vão poupar nos combustíveis, gás, electricidade e água22% vão gastar menos em vestuário22% vão poupar nas despesas de entretenimento21% vão cortar na comida de “take-away”19% vão reduzir os gastos de mercearia17% vão diminuir as despesas de telefone15% vão usar menos o automóvel

Fonte: Nielsen.

Em 2010 Em 2011

As famílias estão a usar menos os cartões de débito e de crédito. Em 2008, 74,7% dos detentores de cartões de cartões de crédito usavam-nos. Em 2010, esta utili-zação diminuiu para 62,3%.

Fonte: Mastercard

‘‘ ‘‘

Page 13: Edição 42-março 2011

[ Tema de Capa ]Patrocínio:

estratégia que também está a ser seguida pela Clever House, com vendas através de lo-jas online alocadas a entidades, como bancos e sites de venda em grupo, e desenvolvendo campanhas promocionais junto dos princi-pais parceiros que utilizem a Internet (sites, redes sociais, etc) como canal de comunica-ção e de negócio.Todos estas medidas destinam-se, em últi-ma análise, a garantir um clima de confian-ça e esperança dentro das organização, que depois se consiga propagar para o exterior e injectar-se nos mercados. “Pressinto que os colectivos irão finalmente assumir o seu inevitável lugar, pois o individualismo difi-cilmente poderá contornar as dificuldades que se irão deparar nos próximos tempos”, confessa João Medeiros, director geral da Best Sell. “Acredito que o associativismo será o caminho mais assertivo e talvez ine-vitável na futura sociedade, independente-mente de que área estejamos a falar, pelo que há que exortar em cada um de nós a capacidade intrínseca de combatividade e excelência que sempre demonstrámos além-fronteiras. Não há mais lugar a “pou-sios” ou remarcações de históricos menos bem sucedidos. 2011 irá exigir, a meu ver, toques a rebate e injecções de adrenalina, que incorporem valores essenciais como a honestidade, responsabilidade e muita so-lidariedade”.

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 11

PainelAntónio Alves – sócio-gerente da Tele-reparadora da Amadora; Armando Anjos – country manager da Indesit Company; Carlos Maia – director geral da Staples; Daniel Guerreiro – Portugal Sales Director da Philips Consumer Lifestyle; Fernando Alves – especialista em marketing e antigo profissional do sector; Henrique Santana – sócio-gerente da Electrilar; João Beato – country manager da Symantec Portugal; João Catalão – administrador da SalesUp; João Paulo Ferreira – country manager da Candy Hoover; João Pequito – director da PSE – Produtos e Serviços de Estatística; Jorge Custódio – administrador da Life-

tech; Jorge Silva – director de marketing da Ricoh Portugal; José Ribeiro – director da Clever House; Luís Vasco Cunha – ad-ministrador da Susiarte/expert; Luís Leitão – director comercial da Teka; Moisés Neves – sócio-gerente da Hiper Real; Patrícia Par-racho – directora de marketing do Groupe SEB Portugal; Paulo Garrido – director geral da SOAL; Pedro Faria – director comercial geral da Fagor; Pedro Machado – director de vendas e serviço ao cliente da Ensitel; Rita Moniz – project manager da Páginas Amarelas; Sara Machado – directora de marketing e comunicação da Sage; Ulric Jerome – director executivo da PIXmania.

Mais medidas para enfrentar 2011Aumentar a visibilidade, através do reforço do investimento em comunicação com o clienteSer-se mais produtivo, flexível e criativoApostar na formaçãoApostar no crescimento dos produtos de marca própriaApostar nos mercados externosCriação de sinergias através de compras em grupo (PME’s)

Fonte: Inquérito Rm aos seus leitores

Os discounters serão o canal mais dinâmico

As grandes lojas vão ter dificuldades no não alimentar

Muitos segmentos do não alimentar vão deparar-se com uma fraca procura

Os retalhistas vão apostar nos seus pontos de venda já existentes e testar a expansão para novos mercados através da Internet ou de pequenas lojas

A Internet está a aumentar em termos de influência nas decisões de compra

Os consumidores vão favorecer os retalhistas que prestarem o mesmo nível de conveniência na Internet e nas suas lojas físicas

A conveniência pode ultrapassar o preço como o factor mais importante para muitos consumidores

A Internet vem reestabelecer o elemento da compra por impulso

Muitos retalhistas vão posicionar as suas lojas como pontos de recolha para as compras feitas online (ex: Em França, o Auchan lançou pontos de recolha do tipo “drive-through”. Alguns localizam-se junto de hiper-mercados, outros são em formato “stand-alone”. A Best Buy lançou, nos Estados Unidos, o serviço Store Pickup Plus, permitindo aos clientes comprar online e recolher o produto na loja ou num dos armazéns da insígnia, em 45 minutos)

O comércio online é além-fronteiras

Os smartphones criam novas ocasiões de compra

As marcas próprias apostam na qualidade

Redes sociais proporcionam novas oportunidades para comunicar com os consumidores

Promoções baseadas na localização do consumidor

O não alimentar é deixado para os especialistas

Uma segunda vaga de internacionalização, rumo aos mercados emergentes

Algumas tendências na área do retalho para 2011

Fonte: Planet Retail

A afirmação feita no artigo de 2010 de que a crise tinha trazido o fim do para-digma do preço é confir-mada nas percepções dos profissionais para 2011, que estão mais sensíveis a oferecer outros argu-mentos. “O mundo não vai acabar em 2011, mas teremos que ser pró-activos, continuar a inovar nos produtos e, como sempre, ter os parceiros certos. O ano de 2010 acabou por ser positivo e o mercado cresceu. Não sei o que vai acontecer em 2011, mas sei que as empresas só sobrevivem se tiverem rentabilidade, não apenas por fazerem volume”

‘‘

‘‘

11

Page 14: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201112

[ Tema de Capa ][ Tema de Capa ]

Terá a crise aspectos positivos?

Todas as situações têm efeitos negativos e positivos e a crise que vivenciamos não é excepção. Colocámos esta questão a debate no Forum Rm-Revismarket do LinkedIn e algumas respostas

confirmam que existem efeitos positivos numa época negativa.

“Acredito que 2011 poderá ser um ano de oportunidades”

“Acredito que 2011 poderá ser um ano, não de oportunismos (isso já caducou), mas de oportunidades. Todos nós “sabemos” que novos valores, necessidades/preocupações, aparecerão e emergirão na sociedade e no mundo, que porão à prova a nossa capacidade de adaptação e criatividade. Pressinto que os colectivos irão finalmente assumir o seu inevitável lugar, pois o individualismo dificilmente poderá contornar as dificuldades que se irão deparar nos próximos tempos. 2011 irá exigir, a meu ver, toques a rebate e injecções de adrenalina, que incorporem valores essenciais, como a honestidade, responsabilidade e muita solidariedade”.João Medeiros – Best Sell

Page 15: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 13

[ Tema de Capa ]

“Empresas muito mais organizadas

e pró-activas” “Noto, nos contactos que tenho efectuado com o mercado, que esta crise trouxe uma franca alteração na forma de pensar dos profissionais das marcas com quem contactamos e trabalha-mos. Noto as empresas mais preocupadas, mas também muito mais organizadas, pró-activas, com objectivos, conscientes das oportunidades e com decisões tomadas mais cedo. Percebe-

se claramente uma ati-tude de ‘fazer acontecer’ que se sobrepõe à atitude mais habitual de ‘vamos ver como corre antes de tomar decisões’. Acredito que o receio do ano ‘pa-pão’ 2011 levou a que os profissionais deixassem menos espaço ao acaso e a um maior profissionalis-mo escolhendo melhor o quê, como, quando e com quem trabalhar”.Cidália Ribeiro - Revismarket

“A crise potencia o colocarmos tudo em questão

e isso ajuda ao progresso”“Quando estamos na nossa zona de confor-to, todos temos tendência a acumular lastro ao nosso redor, seja por inércia ou falta de coragem em o eliminarmos. Ora o lastro, em qualquer embarcação, só dificulta a navega-ção, por isso há que ter coragem de o ati-rar borda fora. A crise ajuda-nos a eliminar aquilo que não contribui para a navegação, aqueles que não remam no mesmo sentido, logo trata-se de um aspecto positivo. Outro aspecto positivo é que os momentos difíceis são ruidosos e introspectivos, logo propiciadores de reflexão sobre muitos te-mas que tínhamos como certos e inquestio-náveis. A crise potencia o colocarmos tudo em questão e isso ajuda ao progresso. Para os que acreditam que a crise um dia terá o seu fim, há o aspecto positivo de que nes-se dia estarão muito melhor preparados para enfrentar os tempos de bonança e crescimento. A crise também implica o regresso à teoria da evolução das espécies de Darwin, com a eliminação de muitas empresas que eram nocivas por não cumprirem as regras de mercado e assim prejudicarem as entidades que cumprem as suas obrigações. Há que assumir que certas limpezas são positivas. Por último, a crise traz-nos de volta à terra, pois faz-nos ver claramente que o caminho que seguíamos de querermos crescer ano após ano não é sustentável, precisamos fortalecer-nos e não gastar energias em crescimentos que muitas vezes são contraproducentes”.Luís Vasco Cunha- Susiarte/expert

“Atitudes revitalizadas, crença de que existem

oportunidades por explorar”“Estou agradavelmente surpreendido com o início do ano! Empresas e Empresários a tomarem decisões... As Palestras e outro tipo de intervenções que já realizei este ano mos-traram-me atitudes revitalizadas, crença de que existem oportunidades por explorar, objectivos de crescimento suportados em novas exigên-cias qualitativas! Sinto uma maior tomada de consciência com a responsabilidade colec-tiva. Ouço, com muita regularidade, falar de ‘excelência’, ‘performance’, ‘mobilização’, defesa do posto de trabalho, etc. Acredito que só pode acontecer algo de bom com este tipo de atitudes e comportamentos.”João Catalão - INV

Page 16: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201114

[ Tema de Capa ]

Mercado cai 0,4% em 2010

O mercado português de produtos tecnológicos caiu 0,4 por cento em 2010, para os 2.548 milhões de euros. Apesar do valor negativo, esta queda representou, mesmo assim, uma melhoria face à registada um

ano antes, quando o mercado perdeu sete por cento. É preciso remon-tar ao ano de 2007 para se encontrar uma evolução positiva.

epois de um primeiro semestre muito positivo, a segunda metade do ano voltou a decepcionar, especialmente o último bimestre. Após uma queda de

6,3 por cento em Novembro, o mês de Dezembro continuou com as tendências negativas, perdendo mais 2,8 por cento. E os primeiros dados de 2011 não indicam melhorias. A GfK constata uma perda de sete por cento em termos homólogos, assina-lando a pior tendência dos últimos 13 meses.

2010, um ano positivo para os canais associados à venda de electrodomésticosNo entanto, num ano em que o mercado caiu 0,4 por cento, os canais associados à venda de elec-

trodomésticos, que valem já mais de metade do mercado (56,5%), até tiveram um desempenho positivo. É de salientar o crescimento de 6,9 por cento na facturação dos independentes e asso-ciados, canal que, pela primeira vez em vários anos, ganhou importância nas vendas (+0,9%). Mass merchandisers (+5,4%), cadeias (+4,9%) e especialistas de cozinhas (+3,6%) também viram a sua facturação aumentar. Os grandes responsáveis pela quebra do mercado foram assim os outros canais, nomeadamente as lojas de equipamento de escritório, os especialistas de telecomunicações, o canal profissional de infor-mática e as lojas de informática, que reportaram, conjuntamente, uma quebra de 17,6 por cento.

D

Canais de consumo

Vendas físicas

Vendas online

Total 4% 1% 19%

Tecnologias da informação

6% 3% 21%

Fotografia 3% 0% 22%

Electrónica de consumo 0% -1% 7%

Telecomunicações 5% 3% 23%

Grandes domésticos 3% 1% 33%

Pequenos domésticos 7% 5% 40%

Tendências total mercado vs online em 2010 (valor)

Neste sentido, o ano de 2010 até se pode considerar positivo para o chamado merca-do de electrodomésticos. A electrónica de consumo cresceu 3,4 por cento em valor, os grandes domésticos cerca de 9,7 por cento e os pequenos domésticos, incluindo a clima-tização, subiram 12,3 por cento. Em termos do mix de produtos, todos os canais mantive-ram sensivelmente a sua importância relativa, sendo apenas de assinalar o ganho dos mass merchandisers nos pequenos domésticos, dos 13,9 para os 16,3 por cento.

200 televisões 100 leitores de música portáteis70 frigoríficos 70 máquinas de lavar a roupa170 preparadores de alimentos 100 máquinas de café

Em 2010, 28% dos plasmas/LCD’s e 31% das câmaras digitais vendidos estavam com redução do preço superior a 10%

Se vendem em Portugal por hora cerca de :

Sabi

a qu

e?

Depois de um primeiro semestre muito positivo, a segunda metade do ano voltou a decepcionar, especialmente o último bimestre. Após uma queda de 6,3 por cento em Novembro, o mês de Dezembro continuou com as tendências negativas, perdendo mais 2,8 por cento. E os primeiros dados de 2011 não indicam melhorias. A GfK constata uma perda de sete por cento em termos homólogos, assinalando a pior tendência dos últimos 13 meses.‘‘ ‘‘

Page 17: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 15

[ Tema de Capa ]

Vendas físicas versus online, um mercado a mover-se a duas velocidadesMercado a duas velocidades, o online e as vendas físicas. Entre 1998 e 2010, a GfK contabilizou mais de 13.482 pontos de venda e aproximadamente 11.300 sites B2C activos. Mas entre 2007 e 2010, o merca-do europeu perdeu perto de oito mil pontos de venda, ao passo que ganhou 1.300 novos sites activos. Também ao nível das vendas, se observa esta diferença de velocidades dos mercados físicos e online. Na Europa Ocidental, nas áreas analisadas pela GfK, o online vale já 14 por cento. É um crescimento de mais de 100 por cento em apenas quatro anos.Nas vendas físicas de produtos tecnológicos para o lar, a área mais importante é a electrónica de consu-mo, que representa 29 por cento do negócio, seguindo-se os grandes domésticos, com 21 por cento, e aos pequenos domésticos, com 11 por cento. No online, tudo muda, com os grandes domésticos e os pequenos domésticos a perder importância relativa. Aqui, a área mais importante são as tecnologias da informação, com 39 por cento do negócio, e a fotografia, que nas vendas físicas apenas valem seis por cento, sobe 50 por cento de importância, para uma quota de nove por cento. A electrónica de consumo continua a ser uma área importante, com 27 por cento do negócio, mas os grandes domésticos caem para os 13 por cento e os pequenos domésticos para os sete por cento.Em Portugal, o online apenas representa dois por cento do negócio de electrodomésticos, um valor ainda bem distante dos 24 por cento da República Checa. Ainda existe muito espaço para o online crescer a nível europeu, mas a verdade é que o seu desempenho, nos últimos anos, tem sido sucessivamente acima do do mercado. Considerando os canais de consu-mo, o mercado cresceu quatro por cento em valor. Muito deste crescimento ficou a dever-se à subida de 19 por cento das vendas online, dado que as vendas físicas apenas somaram mais um por cento. E esta tendência é transversal a todas as áreas analisadas. Enquanto as vendas físicas de electrónica de consumo caíram um por cento, no online cresceram sete por cento. Também nos grandes domésticos, o desempenho do online foi superior, com um crescimento de 33 por cento contra um por cento das vendas físicas. E nos pequenos domésticos, o crescimento da Internet foi de 40 por cento, contra os sete por cento das vendas físicas.

Total mercado

Independentes/ associados

Cadeias Mass merchandisers

2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010

Electrónica de consumo

42,4% 40,7% 18,2% 17,6% 53,3% 51,9% 46,5% 38,2%

Grandes domésticos

38,1% 38,9% 64,4% 64,3% 26% 27,3% 19,4% 21,9%

Pequenos domésticos

19,5% 20,3% 17,4% 18,1% 20,7% 20,8% 34,1% 39,9%

Mercado português de electrodomésticos – evolução do peso de cada linha de produto

2010 vs 2009 (valor)

Total Electrónica de consumo

Grandes domésticos

PAD+Climatização

Total mercado +7,6% +3,4% +10% +12,3%

Independentes/associados +7,7% +4,1% +7,6% +12,2%

Cadeias +7,5% +4,7% +12,7% +8,1%

Mass merchandisers/ DIY +12,5% -7,5% +27% +31,5%

Mercado português de electrodomésticos – tendências por canal 2010 vs 2009 (valor)

Portugal Espanha

Electrónica de consumo

+3,4% +1,6%

Grandes domésticos +9,7% -2%

PAD (+Climatização) +12,3% +4,3%

Microinformática -13% -0,4%

Suportes de armazenamento

-1,5% -7,3%

Telecomunicações -11,4% -15,7%

Entretenimento -0,6% -3,5%

Tendências ibéricas por linha de produto 2010 vs 2009 (valor)

Concentração do mercado português nas grandes insígnias

Electrónica de consumo: 79%Grandes domésticos: 4 4%Pequenos domésticos: 72%

Se vendem em Portugal por hora cerca de :

Fonte: GfK Portugal

Page 18: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201116

[ Tema de Capa ] [ Tema de Capa ]

Portugal é o país da Europa Ocidental onde a linha branca

teve o crescimento mais expressivo Em 2010, a linha branca teve um ano positivo. A nível mundial, as vendas cresceram oito por cento, compa-rativamente a 2009, ficando num valor pouco acima do registado em 2008, nos 160 biliões de dólares. Este

crescimento assume uma particular relevância e dá um sinal positivo, sobretudo porque se segue a uma forte queda de seis por cento verificada um ano antes. Portugal foi o país da Europa Ocidental onde a linha branca

teve o crescimento mais expressivo em valor, cerca de 9,7 por cento, contrastando com o desempenho da vizinha Espanha, que caiu 0,5 por cento.

m dos produtos responsáveis pelo crescimento do total da li-nha branca foram as máquinas de lavar a roupa, que cresce-

ram, no mercado nacional, 11,2 por cento em valor e 11 por cento em unidades, bem acima dos 3,8 e 3,5 por cento, respectiva-mente, da média europeia. Nesta área, tem-se constatado um au-mento do interesse pelos equipamentos de maiores dimensões, deixando os cinco quilogramas de ser os preferidos do mer-cado. Em Portugal, os modelos com sete ou mais quilogramas cresceram mesmo 26,4 por cento, uma tendência que é, de resto, europeia (32,8%). Outro dos motores do crescimento da linha branca foram os frigoríficos e os combinados, que cresceram, em Portugal, 11,3 por cento quer em unidades, quer em

valor. Uma subida de dois dígitos que, tal como aconteceu na roupa, superou a da média europeia, de 2,6 por cento em uni-dades e de três por cento em valor. No frio, a tendência caminha claramente para os equipamentos mais eficientes. Em Portugal, os equipamentos de classe A+ e A++ são já 32 por cento do total das ven-das, enquanto que os modelos Frost Free representam 24 por cento. Ao nível da cocção, as vendas no mer-cado nacional também foram mais posi-tivas que as da generalidade da Europa. Nas placas, assinalaram-se crescimentos de 8,5 por cento em valor e 8,8 por cen-to em unidades, num ano marcado pelas movimentações no mercado do gás e pelo aumento dos modelos eléctricos. Em Por-tugal, 48 por cento das placas vendidas

U

‘‘ ‘‘ Um dos produtos responsáveis pelo crescimento do total da linha branca foram as máquinas de lavar a roupa, que cresceram, no mercado nacional, 11,2 por cento em valor e 11 por cento em unidades, bem acima dos 3,8 e 3,5 por cento, respectivamente, da média europeia. Nesta área, tem-se constatado um aumento do inte-resse pelos equipamentos de maiores dimensões, deixando os cinco quilogramas de ser os preferidos do mercado.

Mercado mundialde linha branca

2006: +8% (135 biliões de dólares)2007: +13% (153 biliões de dólares)2008: +2% (156 biliões de dólares)2009: -6% (147 biliões de dólares)2010: +8% (160 biliões de dólares)

Page 19: Edição 42-março 2011

[ Tema de Capa ]

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 17

[ Tema de Capa ]

‘‘ ‘‘ Sabe-se que o ano começou negativo para as vendas de linha branca. Janeiro assinalou uma queda de 8,3 por cento em unidades e de 8,5 por cento em valor, num movimento contrário ao do mercado europeu, que cresceu, respectiva-mente, 3,8 por cento em unidades e 3,4 por cento em valor.

Outro dos motores do crescimento da linha branca foram os frigoríficos e os combi-nados, que cresceram, em Portugal, 11,3 por cento quer em unidades, quer em valor. Uma subida de dois dígitos que, tal como aconteceu na roupa, superou a da média europeia, de 2,6 por cento em unidades e de três por cento em valor.

são de indução ou vitrocerâmicas. A indução tem sido um dos “drivers” do crescimento das placas eléctricas, com ganhos importantes à medida que a oferta tem vindo a aumentar, sobretudo em seg-mentos mais baixos. No mercado nacional, a indução vale já 18 por cento, tendo regis-tado um crescimento de 33 por cento. Os fornos, por seu turno, cresceram no ano passado 5,3 por cento em valor e 6,7 por cento em unidades. Esta é uma área que depende da renovação das cozinhas, e consequente substituição dos fogões in-dividuais, para crescer.

Um travão chamado construçãoNo entanto, apesar de todas estas ten-dências positivas, o ano de 2011 per-

manece ainda como uma incerteza. Até porque alguns mercados da Europa Oci-dental começaram a denotar, no último quadrimestre, uma desaceleração dos crescimentos. A nível nacional, o que se passa também no sector da construção poderá reflectir-se na evolução deste mercado. A cons-trução nacional tem vindo a acumular resultados negativos, sobretudo no sector residencial. Desde 2002 que se assinala uma perda de 59 por cento no volume da produção. As quedas an-tecipadas para este ano para o sector residencial, entre os sete e os nove por cento, segundo dados da FEPICOP, po-derão influenciar negativamente a ven-da de electrodomésticos.

FornosPortugal

+5,3% Valor+ 6,7% Volume

+2,9% Valor+3,9% Volume

Europa Ocidental

PlacasPortugal

+8,5% Valor+ 8,8% Volume

+3,2% Valor+4,1% Volume

Europa Ocidental

Para já, sabe-se que o ano começou nega-tivo para as vendas de linha branca. Janei-ro assinalou uma queda de 8,3 por cento em unidades e de 8,5 por cento em valor, num movimento contrário ao do mercado europeu, que cresceu, respectivamente, 3,8 por cento em unidades e 3,4 por cento em valor.

Frigoríficos//combinados

Portugal+11,3% Valor+ 11,3% Volume

+3% Valor+2,6% Volume

Europa Ocidental

Máquinas de lavar a roupa

Portugal+11,2% Valor+ 11% Volume

+3,8% Valor+3,5% Volume

Europa Ocidental

Fonte: GfK Portugal

Page 20: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201118

[ Tema de Capa ] [ Tema de Capa ]

Mercado nacional de electrónica de consumo regressa

aos crescimentos em 2010Depois de dois anos de quebras sucessivas, de quatro por cento em 2008 e de cinco por cento em 2009, o mer-cado europeu de electrónica de consumo recuperou em 2010, voltando a valores positivos (+1%). Num ano em que a facturação atingiu a fasquia dos 40 mil milhões de euros, assinalaram-se tendências díspares pela Europa.

Enquanto que a Holanda, o Reino Unido e a França continuaram no vermelho, os mercados português, espa-nhol, alemão e italiano voltaram a crescer, destacando-se este último com uma subida de oito por cento. Portugal,

depois de dois anos com tendências ainda mais negativas que as europeias (menos cinco por cento em 2008 e menos sete por cento em 2009), conseguiu no ano passado crescer acima da média (+3%).

uma clara demonstração do peso que o mercado de televisão ainda tem para o total da electrónica de consu-mo, a puxar pelo mercado europeu

estiveram os LCD’s, que valem 66,4 por cento da facturação total. No sul da Europa (Portugal, Espanha e Itália), a sua participação é ainda mais significativa, abarcando três quartos da facturação global do mercado de electrónica de consumo. A nível europeu, o mercado de televisão cresceu 8,7 por cento em unidades e 3,7 por cen-to em valor, tendo nos LCD’s o seu gran-de “driver” (+10,1 por cento em unidades e +4,6 por cento em valor). Também a contribuir para o crescimento do mercado europeu esteve o áudio fixo que, apesar da quebra de 2,3 por cento em volume, somou mais dois por cento em valor. Todos os res-tantes segmentos de produto apresentaram tendências negativas. Para o comportamento do mercado de TV contribuiu o impacto do Mundial de Futebol. A “factura” pagou-se, no entanto, no segun-do semestre, que foi negativo. O mercado português imitou as tendências do europeu, com os meses de Maio e Junho a serem particularmente benéficos, seguindo-se uma segunda metade do ano em queda. O ano encerrou com uma descida de quatro por cento, um valor que, mesmo assim, se ficou pela metade da quebra assinalada pelo mercado europeu no seu conjunto.

LED’s puxam pelo mercadoPara 2011, a GfK prevê que sejam vendidos, em todo o mundo, 266 milhões de televiso-

res, dos quais 220 milhões serão LCD’s. A nível europeu, a expectativa é que as vendas de LCD’s alcancem os 73,9 milhões de unidades. A contribuir para isto está a cada vez maior disseminação da tecnologia LED, cada vez mais conhecida pelos consumidores e uma das grandes apostas das marcas na área da tele-visão. A GfK antecipa um crescimento de 162 por cento, dos 34 milhões para os 89 milhões de unidades vendidas, e um peso já de 41 por

cento no total de LCD’s comercializados a nível mundial. Só na Europa, os LED’s valerão, em 2011, 39 por cento do mercado de LCD’s, 42 por cento se se considerar apenas a Europa Ocidental, bem acima dos 18 por cento de quo-ta assinalados em 2010, mas ainda distantes dos 62 por cento esperados para este ano para a América do Norte.Os LED’s são assim responsáveis pelo enri-quecimento do mix dos produtos vendidos. No

entanto, a diferença de preços de um destes modelos para um LCD normal está a esbater-se cada vez mais. Em Dezembro de 2009, um LED custava duas vezes e meia mais que um LCD normal e em Dezembro do ano passado essa diferença era já de apenas duas vezes mais. De facto, num ano em que o mercado euro-peu de LCD’s cresceu, como um todo, dez por cento em unidades, a facturação apenas subiu cinco por cento, porque o PVP médio desceu cinco por cento face a 2009. A contri-buir para esta erosão do preço estão sobre-tudo os LED’s, cujo PVP médio desceu cerca de 35 por cento, enquanto o dos LCD’s caiu 18 por cento. Para além dos preços mais convidativos, 2011 poderá ainda ser um ano positivo para os LED’s (que têm baixos consumos energéti-cos) devido à obrigatoriedade dos televisores passarem a ostentar, a partir de 30 de Novem-bro, uma etiqueta energética, à semelhança do que acontece com os electrodomésticos.

O potencial da Internet na TVOutro dos motores de crescimento do

Unidades Valor Preço

Total electrónica de consumo

-3,7% +1% +4,9%

TV total +8,7% +3,7% -4,6%

CRT -96,4% -96,8% -12,4%

Plasma +9,6% -0,5% -9,2%

LCD +10,1% +4,6% -5%

DVD total -11,2% -9% +2,4%

Câmaras de vídeo -15,3% -16,5% -1,4%

Áudio fixo -2,3% +2% +4,4%

Sistemas de som -3,9% +0,3% +4,3%

Elementos Hi-Fi +2,1% +4,9% +2,7%

Áudio portátil -12% -7,4% +5,4%

Electrónica auto -11,8% -17,8% -6,3%

Electrónica de consumo na Europa 2010 vs 2009

N

Page 21: Edição 42-março 2011

[ Tema de Capa ]

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 19

[ Tema de Capa ]

mercado de TV é a Internet. Em 2010, seis por cento dos televisores vendidos em Por-tugal tinham esta funcionalidade, o dobro dos de 2009. Este valor, ainda baixo, atesta o seu potencial de crescimento, comparan-do, por exemplo, com o mercado alemão, onde 21 por cento dos televisores vendidos em 2010 já tinham Internet. Efectivamente, com os consumidores cada vez mais activos na Internet, é de espe-rar que esta característica possa também contribuir para incentivar as vendas e para enriquecer o mix de produtos. Até porque o uso simultâneo de Internet e de televisão ainda está a dar os primeiros passos, mas é já uma prática regular de 28 por cento dos consumidores inquiridos pela GfK. E ao falar de catalisadores de crescimento, não poderia faltar o 3D. Apesar da sua acei-tação não estar a ser tão transversal como os LED’s, a verdade é que esta tecnologia pode puxar por vários segmentos de pro-duto, para além do de televisão. No ano passado, o 3D foi já responsável por quatro por cento do “turnover” do mercado euro-peu de electrónica de consumo. No mer-

cado nacional de LCD’s e plasmas, o 3D representou seis por cento em valor.

E em 2011?Para já, o que se sabe, é que o ano não começou da melhor maneira para a electrónica de consumo em Portugal. No mês de Janeiro, o mer-cado caiu 10 por cento, em valor, com todos os produ-tos a mostrarem tendências negativas, exceptuando os auscultadores (+11%). No caso dos LCD’s e plasmas, a queda foi de cinco por cento. O cenário melhorou em Fevereiro, com os LCD’s e plasmas a crescerem oito por cento e a contribuírem para uma subida de três por cento do merca-do na sua totalidade. O que se pode, assim, afirmar, desde já, de 2011 é que será um ano de grande incerteza. A GfK antecipa um primeiro semestre negati-

vo, dado que os meses de Maio e Junho não são, tradicionalmente, muito positivos para este mer-cado, salvo em anos de grandes eventos desportivos, como foi o de 2010. Por outro lado, conti-nuarão a sentir-se os efeitos no consumo de todas as medidas de austeridade tomadas pelo Go-verno em 2010, nomeadamente o

corte nos salários da função pública e o aumento do IVA para 23 por cento em Janei-ro deste ano, às quais acres-cem outros factores como a elevada taxa de desemprego (11,2 por cento em Janeiro) e a subida do preço dos combustíveis, que atingem máximos históricos. Não obstante, alguns pro-dutos continuam com a sua promessa de puxar por este mercado. A alta definição continua a ter um grande potencial e a repre-sentar uma oportunidade de crescimento para vários segmentos que não só o da TV. Em 2010, os produtos de alta definição cresceram

15 por cento no mercado nacional. Paralelamente, e se se tomar como exemplo o que se passou no mercado espanhol, o facto de não haver, este ano, nenhum grande evento desportivo não significa que 2011 não tenha os seus momentos positivos. No país vizinho, em 2010, o melhor trimestre para a electrónica de consumo não foi o do Mundial de Futebol mas sim o do apagão analógico. Em Portugal, já arrancaram as campanhas de sensibilização da população portuguesa para a TDT e, com o “phase out” das emis-sões analógicas agendado para 26 de Abril de 2012, são já esperados alguns efeitos no final deste ano.

Numa clara demonstração do peso que o mercado de televisão ainda tem para o total da electrónica de consumo, a puxar pelo mercado europeu estiveram os LCD’s, que valem 66,4 por cento da facturação total. No sul da Europa (Portugal, Espanha e Itália), a sua participação é ainda mais significativa, abarcando três quartos da facturação global do mercado de electrónica de consumo.

Para além dos preços mais convidativos, 2011 poderá ainda ser um ano positivo para os LED’s (que têm baixos consumos energéticos) devido à obrigatoriedade dos televisores passarem a ostentar, a partir de 30 de Novembro, uma etiqueta energética, à semelhança do que acontece com os electrodomésticos.

2009 vs 2008Unidades: +27%Valor +3%Preço: -19% LED: -39% LCD normal: -23%

2010 vs 2009Unidades: +10%Valor +5%Preço: -5% LED: -35% LCD normal: -18%

LCD’s na Europa - evolução em 2009 e 2010

3D na Europa em 2010

Total de 1.290.000 aparelhos vendidosTV: 692.000Blu-ray: 432.000Home Theather: 163.000Câmaras de video: 3.000

Peso do 3D nas vendas de Flat TV

em 2010Europa: 5%Portugal: 6%Espanha: 4%Reino Unido: 5%França: 5%Alemanha: 6%

‘‘

‘‘

Fonte: GfK Portugal

Page 22: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201120

[ Tema de Capa ] [ Tema de Capa ]

Portugal cresce mas perde o pódio nas vendas de pequenos domésticos

Depois de um ano como o país europeu que mais crescia, ao nível dos pequenos domésticos, o mercado português caiu para o fundo da tabela, sendo apenas ultrapassado pelo holandês, com o mais baixo crescimento da facturação. Mesmo assim, estes produtos tiveram um ano positivo,

somando mais três por cento em unidades e 3,4 por cento em valor.

grande diferença entre o que se passou no mercado português e a tendência global europeia prende-se com a estabilização do PVP

médio a nível nacional (+0,3%), que impediu que a facturação se elevasse a outros níveis. Na Europa Ocidental, o crescimento em volume não foi assim tão diferente do verificado a nível nacional (+3,2%), mas a facturação evoluiu 7,4 por cento. Vários segmentos de produto contribuíram para o nível de facturação alcançado na Euro-pa (9.805 milhões de euros), traduzindo um crescimento saudável, não concentrado em apenas um ou outro produto. Na categoria de bebidas, o destaque foi para as máquinas de café expresso de sistema fechado (+16%), as chaleiras (+9%) e as máquinas de café auto-máticas (+3%). Já na categoria de cozinha, sobressaíram os robots de cozinha (+32%), as picadoras (+28%), as varinhas (+10%) e as torradeiras (+8%). Nos cuidados do lar, os pro-dutos que mais contribuíram para as vendas foram os robots (+126%), os aspiradores verti-cais (+19%), os aspiradores de bater e escova (+6%), os aspiradores trenó (+5%) e os siste-

mas de engomar (+4%). Finalmente, na cate-goria de cuidados pessoais, os produtos que mais cresceram foram as depiladoras laser/IPC (+220%), as depiladoras normais (+14%), as escovas de dentes (+13%), os secadores de ca-belo (+6%) e as máquinas de barbear (+5%).

Cuidado pessoal aumenta cinco pontos em cinco anos em PortugalCom todas as categorias de pequenos do-mésticos a crescerem, os cuidados pessoais sobressaíram a nível europeu e aumentaram cinco por cento em unidades e nove por cento na facturação. Os produtos de depilação mas-culina destacaram-se nesta categoria, subindo 10,2 por cento em volume e 15,2 por cento em valor. Em Portugal, os cuidados pessoais foram tam-bém a categoria que registou o melhor desem-penho, crescendo 8,7 por cento em unidades e 8,9 por cento em valor. Esta categoria de produto tem tido vários anos positivos, tendo aumentado cinco pontos em cinco anos, pas-sado dos 22 para os 27 por cento em unidades. Também no nosso mercado, os produtos de depilação masculina são os que mais crescem,

cerca de 31,7 por cento, num reflexo das no-vas tendências de consumo e com o retalho a dar um maior enfoque. Em termos líquidos, a depilação masculina prestou também a maior contribuição para o crescimento (2,7 pontos). Mas não foram apenas os produtos de cuida-dos pessoais a crescer. Todas as categorias tiveram, em 2010, um ano positivo. Na de co-zinha, venderam-se mais quatro por cento de unidades, que contribuíram para um aumento de dois por cento na facturação. Nos cuidados do lar, as unidades somaram mais 2,8 por cen-to e a facturação mais 2,5 por cento.

Um bom ano para os sazonaisNo ano passado, os chamados produtos sazo-nais também tiveram um bom comportamento a nível nacional. A GfK contabilizou 1.014 mil unidades vendidas, com a ventilação a crescer 90,6 por cento, o ar condicionado fixo cerca de 89,7 por cento, o ar condicionado portátil a somar mais 41,5 por cento, o tratamento de ar a subir mais 28,2 por cento e o aquecimento eléctrico a vender mais 27,7 por cento. Uma nota particularmente positiva é que alguns des-tes produtos estão a começar a ser encarados

Unidades Valor

Ventoinhas +90,6% +116,4%

Ar condicionado fixo +89,7% +80,1%

Ar condicionado portátil +41,5% +62,9%

Tratamento de ar +28,2% +46,2%

Aquecimento eléctrico +27,7% +35,8%

Sazonais – tendências 2010 vs 2009‘‘ ‘‘

A

A grande diferença entre o que se passou no mercado português e a tendência global europeia prende-se com a estabilização do PVP médio a nível nacional (+0,3%), que impediu que a facturação se elevasse a outros níveis.

Em Portugal, os cuidados pessoais foram também a categoria que regis-tou o melhor desempenho, crescendo 8,7 por cento em unidades e 8,9 por cento em valor. Esta categoria de produto tem tido vários anos positivos, tendo aumentado cinco pontos em cinco anos, passado dos 22 para os 27 por cento em unidades.

Page 23: Edição 42-março 2011

[ Tema de Capa ]

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 21

[ Tema de Capa ]

como uma solução de longo prazo, contrarian-do o factor sazonal das vendas. É o caso do ar condicionado fixo com bomba de calor, um produto cada vez mais associado ao conforto e a assinalar uma regularidade de vendas ao longo do ano.

E em 2011?2011 começou com o mercado português em contraciclo com o europeu. Enquanto que este cresceu 9,7 por cento em unidades e 11,8 por cento no mês de Janeiro, Portugal perdeu 0,4 por cento em volume e 2,1 por cento em valor.

Todas as categorias contribuíram para este cenário, com os cuidados pessoais a cair 0,6 por cento, a cozinha a perder 1,3 por cento e os cuidados do lar a serem os mais negativos, decrescendo 3,7 por cento. No entanto, alguns produtos têm conseguido resistir à crise. É o caso do cuidado dental (26%), das picadoras (9%), dos modeladores de cabelo (7%) e das torradeiras (5%). Estes produtos facturam mais e vendem mais unidades. Os produtos de depilação feminina (21%), depilação masculina (7%) e batedeiras (3%) também facturam mais mas não vendem mais unidades.

Pequenos domésticos – tendências na Europa Ocidental

em 2010Unidades: +3,2 % (181 milhões)Valor: +7,4% (9.805 milhões de euros)

Pequenos domésticos – tendências em Portugal

em 2010Unidades: +3% (3,8 milhões)Valor: 3,4% (192 milhões de euros)

Cuidados pessoais na Europa

Unidades: +5%Valor: +9%

Produtos que mais cresceram (unidades)

Depilação masculina: +10,2%Cuidado dental: +5%Aparadores de cabelo: +4,6%Secadores de cabelo: +3,8%Modeladores de cabelo: +3,4%Depilação feminina: +2,9%Máquinas de barbear: +2,4%

Cuidados pessoais em Portugal

Unidades: +8,7%Valor: +8,9%

Peso nas unidades vendidas

Secadores de cabelo: 28%Modeladores de cabelo: 18,8%Aparadores de cabelo: 12,3%Cuidado dental: 11,1%Depilação masculina: 10,2%Máquinas de barbear: 10%Depilação feminina: 9,6%

‘‘ ‘‘

No ano passado, os chamados produtos sazonais também tiveram um bom comportamento a nível nacional. A GfK contabilizou 1.014 mil unidades vendidas, com a ventilação a crescer 90,6 por cento, o ar condicio-nado fixo cerca de 89,7 por cento, o ar condicionado portátil a somar mais 41,5 por cento, o tratamento de ar a subir mais 28,2 por cento e o aquecimento eléctrico a vender mais 27,7 por cento.

‘‘

‘‘

Todas as categorias tiveram, em 2010, um ano positivo. Na de cozinha, venderam-se mais quatro por cento de unidades, que contribuíram para um aumento de dois por cento na facturação. Nos cuidados do lar, as unidades somaram mais 2,8 por cento e a facturação mais 2,5 por cento.

Fonte: GfK Portugal

Page 24: Edição 42-março 2011

[ Tema de Capa ]

João Alberto Catalão e Ana Teresa PenimFundadores e administradores

do INV-Instituto de Negociação e Vendas

Dicas para líderes de equipas que querem surpreender

o mercado em 2011Atitude, Atitude, Atitude!

Esta é a dica mais importante para líderes de equipas que querem responder com eficácia às exigências do mercado em 2011! Em 2011, “Confiança” é a palavra de ordem. O Cliente estará ainda mais sensível! As mensagens que vai receber serão na maioria negativas! Teremos que ser parte da solução... Se o líder de uma equipa sentir que a sua equipa não está comprometida com o negócio, ou insegura em relação ao futuro, seguramente o seu Cliente também o sentirá! Cliente inseguro não toma decisões de compra! Por isso, lidere pela Atitude Positiva, pois só ela será capaz de gerar, desde logo na sua equipa, a confiança que irá ter de transmitir na interacção com o Cliente.

1 +1 = 3Muitas lojas têm hoje em dia menos Colaboradores e, no entanto, a diferenciação e competitividade passará por in-teracções comerciais positivas que conseguem fazer com que cada Cliente se sinta único e especial! Identifique e potencie os pontos fortes de cada um dos seus Colaboradores. Reuna a equipa e partilhe-os. Em conjunto com a equipa, encontre formas de se articularem de modo a que o resultado do vosso trabalho seja mais do que uma simples soma aritmética. Se cada um tiver consciência da-quilo em que é Bom, com empenho poderá facilmente pas-sar de Bom a Excelente. Será difícil a concorrência competir com uma equipa de pessoas excelentes que joga tirando partido dos pontos fortes de cada um. Faça briefings diários com toda a equipa onde rapidamente podem definir tácticas práticas para se articularem e experimentarem todos os dias fazer algo mais, ou diferente na loja. Se tudo tem um preço, tudo deve possuir valor. Qualquer cliente que visita um es-tabelecimento comercial investiu tempo, por isso deve usu-fruir de uma experiência comercial positiva.

Motivação a 360°Toda a gente tem obrigação de se auto-motivar e de motivar todos os que a rodeiam!Crie esta mentalidade na sua Equipa e verá como muita coi-sa muda... Em 2011, há que tomar a iniciativa de contagiar positivamente quem nos rodeia e não ficar à espera que venha o chefe, o governo, a União Europeia ou outrém, de fora, para nos motivar! Equipas motivadas são equipas mais

felizes e, como costumamos dizer e provar, Vendedores feli-zes vendem mais e melhor!

I³© - Inspirar(-se), Inovar(-se), Incentivar(-se)O mercado está diferente. Quem continuar a fazer o que sem-pre fez, já não vai ter o que antes tinha. Pense “como posso inspirar-me, inovar-me e incentivar-me a mim, à minha equi-pa, e eles os nossos clientes?”. Os clientes têm necessidades e ambições, mas precisam de encontrar bons motivos para gastar o dinheiro na sua loja! Os clientes precisam de percep-cionar Valor acrescentado, ou defender-se-ão optando ape-nas pelo mais barato! Equipa Comercial que só sabe vender pelo preço não terá as armas suficientes para combater em 2011! Mobilize-se a si e à sua equipa para “ganharem cada vez mais mundo” e obterem inspiração em tudo o que os rodeia no dia-a-dia. Saiam do gabinete e da loja para a rua, viajem, falem com pessoas e sítios diferentes do costume, visitem sites e novidades na Internet, observem o que outros ramos de negócio estão a fazer e pensem como podem trans-ferir ou adaptar ideias para o vosso ramo de negócio, aus-cultem clientes e parceiros sobre as coisas mais diversas e percebam o que eles acham que ainda ninguém faz e o que de diferente gostariam de obter. Partilhem com a Equipa TUDO o que os Clientes ou Parceiros vos disserem e introduzam as modificações que forem necessárias! Não fiquem agarrados aos procedimentos do costume, só porque são os que estão implementados no sistema.

R.O. © - Resiliência OperacionalResiliência Operacional significa encarar cada dificuldade como uma excelente oportunidade e um óptimo motivo para melhorar, encontrar e proporcionar aos Clientes soluções que mais ninguém é capaz de lhes oferecer. Preparar-se, conhecendo como ninguém o contexto negocial. Só assim será capaz de “ver” o que os outros ainda não viram e de conectar o que ainda não foi conectado! Ser criativo exige pôr a cabeça a pensar! Encarar os desafios como estímulo ao seu potencial! Gostar de estar e de trabalhar fora da “zona de conforto” será o segredo dos melhores profissio-nais em 2011!

O Sucesso parece estar ligado à acção. As pessoas prósperas continuam a ser as que fazem e desfazem para procurar fazer sempre melhor…

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201122

Page 25: Edição 42-março 2011
Page 26: Edição 42-março 2011

24

[ Mercado Opinião ] [ Tema de Capa ]

José António RousseauProfessor e Consultor em Marketing da Distribuição

Um mercado electrizante

A comercialização de equipamentos eléctricos e electróni-cos é muito recente no mundo e, naturalmente, em Por-tugal. Há 50 anos, este mercado praticamente não existia embora já existisse o embrião daquela que terá sido a primeira cadeia de lojas de equipamentos eléctricos e cuja insígnia correspondia ao nome de uma conhecida marca de máquinas de costura, a famosa e omnipresente em to-dos os lares da época Singer.No despontar deste novo mercado foram igualmente surgindo algumas lojas de comerciantes independen-tes, acompanhando a evolução de um mercado em cres-cendo, consequência natural da vulgarização dos equi-pamentos eléctricos nas casas portuguesas a partir dos anos 60.Só mais recentemente, e já depois do contributo dado pe-los hipermercados para o amadurecimento deste mercado, apareceram os novos “players” de formatos especializa-dos em cadeia, com políticas agressivas de promoções e baixos preços, que hoje lideram em vendas e preferências dos consumidores, preenchendo um vazio que as lojas Singer não quiseram ou não souberam ocupar.E, com a entrada dos Category Killers, tudo mudou quanto à forma como os retalhistas de electrodomésticos trata-vam as suas variáveis de marketing mix, nomeadamente, e no que concerne à variável produto, os sortidos e as gamas alargaram-se e aprofundaram-se até ao limite; quanto à variável promoções, desenharam-se acções de forte impacto junto dos consumidores; na variável preço a guerra estalou de vez e nunca mais irá parar; e, por fim, quanto à variável “placement”, as lojas de hoje, para cor-responderem às outras variáveis, são todas megas loja tipo show room.Porém, estas quatro variáveis clássicas já não são su-ficientes para alicerçarem qualquer modelo de negócio, tornando-se imprescindível e incontornável levar em con-sideração as variáveis ambiente e tecnologia.Mas também quanto ao futuro, este mercado não está isento das tendências que marcam todos os outros mer-cados, tais como estas:

1. Os pontos de venda serão cada vez mais pontos de contacto a ligar os produtores/marcas/retalhistas com os consumidores e mais dedicados a acções de animação,

experimentação e resolução de problemas do que à com-pra/venda de produtos. As actuais lojas da Apple e da Mi-crosoft já estão a apontar esse caminho.

2. Acentuar-se-á a tendência de miscigenação dos conceitos e formatos comerciais, a criação de ambientes diferentes em função das categorias existentes nos sorti-dos e o apelo às emoções e percepções dos consumidores será muito mais intenso.

3. Aumentará exponencialmente a utilização dos novos canais de e.commerce e de m.commerce, cuja quota de mercado irá acentuar-se em detrimento das vendas em loja. Já muitos operadores o fazem cada vez melhor e até os mais renitentes, como a Media Markt, já anunciam, pelo menos em Espanha, colocar em Setembro de 2011 todo o seu catálogo nacional online e criar um Personal Shopper tecnológico à disposição dos clientes nas lojas para esclarecer dúvidas e assessorar sobre os usos e fun-ções dos produtos.

Porém, e independentemente da visão prospectiva pro-posta, penso que, de imediato, os comerciantes indepen-dentes que ainda chegaram a 2011 não poderão deixar de evoluir para formas de associação e integração co-mercial e as grandes insígnias retalhistas terão de con-tinuar o processo de centralização das suas operações, de inventar novas e melhores propostas de valor para os seus clientes, de criar e desenvolver as suas marcas de distribuidor e de investir nos seus canais complementares de comércio electrónico.A concorrência é um tapete rolante, em cujo sentido con-trário do seu movimento se encontram todos os opera-dores económicos. Os que ficarem parados irão ficando para trás. Aqueles que se limitarem a caminhar não pas-sarão do mesmo sítio. Só os que correrem avançarão em direcção ao futuro.

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

Page 27: Edição 42-março 2011
Page 28: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201126

[ Mercado Notícias ] [ Mercado Notícias ]

Philips inicia nova etapa em PortugalA Philips inaugurou as suas novas instalações em Portugal, situadas no Lagoas Park, em Porto Salvo. Esta inauguração marcou também uma nova etapa da Philips no mercado português, que ambiciona reforçar a liderança na área da saúde e bem-estar e uma maior aproximação ao mercado e consumidor português.“Neste momento, estamos a reorganizar a empresa. Estamos mais focados no exterior e acredita-mos que é em torno do cliente, e não do produto, que devemos evoluir, daí a nossa aposta na criação de unidades mais pequenas e autónomas que tomam decisões mais rápidas em todos os aspectos relacionados com o mercado”, afirma José Manuel Torre, vice-presidente e director geral financeiro da Philips Ibérica. Esta abordagem ao mercado nacional enquadra-se na estratégia “Vision 2015” que a multinacio-nal definiu para todo o mundo e que assenta na liderança global nas áreas da saúde e bem-estar, tornando-se na marca prefe-rida pelos consumidores na maioria dos mercados em que actua. A Philips estabe-leceu ambiciosos objectivos de crescimento, indepen-dente da conjuntura de difi-culdades económicas, tendo como meta crescer acima do PIB de cada país onde está presente.Em Portugal, o ano de 2011 será assim marcado pela nova abordagem e aproxima-ção da empresa à sociedade e ao consumidor português, que arrancou oficialmente com a inauguração das no-vas instalações. A Philips investiu cerca de dois milhões de euros nesta nova sede, um sinal claro, na opinião de Manuel Eugénio, country manager da Philips Portuguesa, de que a empresa acredita no mercado português, onde já está há 84 anos, e onde tem o objectivo de desenvolver mais o negócio. No ano passado, as vendas da marca a nível nacional totalizaram os 100 milhões de euros, valor que os responsáveis em Portugal garantem ser para continuar a crescer.Nesta nova etapa fica ainda o registo de uma abordagem aos parceiros de distribuição como um dos pilares fundamentais da venda. Manuel Eugénio garante que a Philips pretende uma distribuição alinhada com os seus princípios e valores, que entenda que a tecnologia não representa mais um fim em si mesma mas um meio para atingir os objectivos e de aproximação com o cliente.

HAEGER aposta na linha branca

A HAEGER alargou a sua gama de produtos e apostou no de-senvolvimento da linha branca, com o lançamento do frigorífico HAEGER 240 e de três modelos de arcas congeladoras horizontais.A HAEGER continua assim a sua estratégia de investimento e ex-pansão do negócio com o ob-jectivo de reforçar a sua posição no mercado. A aposta na linha branca vem fortalecer e comple-mentar o portfólio da empresa e aumentar o enfoque nas áreas de negócio estratégicas.

Electrilar é o novo associado Euronics

A Electrilar, empresa gerida por Hen-rique Santana com sede em Évora, tornou-se no 57.º associado da AAA, passando a integrar o Grupo Euronics.A empresa, que viu recentemente reno-vado o estatuto de PME Excelência, tem actualmente duas lojas de electrodo-mésticos em Évora, num total de 1.700 metros quadrados. Os seus fornecedo-res principais são a BSH, Indesit, Elec-trolux, Samsung, LG, Sony e SEB.O novo associado Euronics tem pro-jectos de crescimento e expansão re-gional que incluirão, a partir de agora, a insígnia Euronics e o aproveitamento das diversas sinergias que o grupo proporciona aos seus associados.

Comércio electrónico em Portugal resiste ao ambiente de recessão económica

O comércio electrónico manteve a sua resistência face ao ambiente económico recessivo que se tem vindo a registar, tendo mesmo alcançado índices de cresci-mento em determinados mercados (Fotos e Serviços, Saúde/Fitness, DVD/Vídeos, CD/Música e Jogos/Consolas), revelam os resultados do Barómetro Trimestral ACEPI/Netsonda “Comércio Electrónico em Portugal”, relativos ao quarto trimes-tre de 2010.75 por cento das empresas inquiridas revelam vendas positivas durante este pe-ríodo. 30 por cento dos sites cresceram acima dos 10 por cento no volume de vendas, tendo-se registado, durante o mesmo período, um elevado número de novas empresas (com actividade há menos de um trimestre) no comércio electró-nico (14%). Muitas delas são micro empresas.76 por cento dos sites inquiridos referiram que o número de clientes que efectua compras no seu site cresceu neste período. As principais categorias de produtos e serviços transaccionados foram Electrónica/Telemóveis, Livros/Revistas e Casa/Arte/Decoração, o que demonstra uma tendência transversal de evolução nas di-versas áreas, não só tecnológicas.

Page 29: Edição 42-março 2011

[ Mercado Notícias ]

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 27

[ Mercado Notícias ]

Manchetes do trimestreEl Corte Inglés alarga o serviço de compra online à área de electrónica

O El Corte Inglés disponibilizou o serviço de venda online de produtos na área de electrónica.Este serviço estava apenas disponível para compras on-line de artigos do supermer-cado e do Club del Gourmet. A expansão, que coincidiu com a renovação do sítio do

El Corte Inglés, abrange quatro áreas de ne-gócio, fotografia, som e imagem, electrónica

automóvel e telecomunicações. Para além das compras on-

line, o cliente pode contar também com

uma linha de venda assistida, enquanto canal al-

ternativo de compra.

Pingo Doce é a marca de distribuição mais MagnéticaAntónio Meireles comemora 80.º aniversárioOKI estabelece parceria para facilitar acesso ao crédito por parte dos seus clientesLG reúne parceiros de Home Appliances no evento anual High Tech & Style 2011Ricardo Pinhão deixa a AirluxCCP contabiliza 40 mil empregos perdidos no comércio no período de um anoArranca a campanha para esclarecer sobre a TDT2 municípios impõem encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados de tardeSony realinha negócios estratégicosSTL é distribuidor da Scott em PortugalManuel Estévez é o novo director geral da ConforamaEl Corte Inglés entra no segmento das Vendas Privadas na InternetConsumidores Portugueses elegeram os Produtos do AnoCarrefour planeia vender Dia e 25% do Carrefour PropertyBest Buy concentra investimento na abertura de novas lojas Best Buy Mobile nos EUA e Five Star na ChinaMedia-Saturn potencia negócio online com a aquisição da RedcoonWorten, Miele, HP, Canon e Nokia são Marcas de Confiança dos portuguesesMedia Markt abre segunda loja na ChinaProdutos sul-coreanos passam a entrar na UE sem pagar tarifasMycook inaugura loja em LisboaProlar comemora 50 anos em jantar no Casino do EstorilDell anuncia parceria na área de distri-buição com Tech Data em PortugalGTI é o novo distribuidor da Toshiba ElectronicsLG inaugura a nova Academia Ar Conditioning & Energy SolutionsToshiba quer 5% do mercado português de TVWhite and Brown passa a fazer parte do Grupo TaurusSonae estuda investir na Europa de LesteWMF compra a Princess

Leia estas e outras notícias em www.rmelectro.com

PPR finaliza a venda da Conforama à Steinhoff

O Grupo PPR finalizou a venda da Conforama à Steinhoff International Holdings por 1,2 mil milhões de euros.O desinvestimento na cadeia enquadra-se no âmbito da estratégia de focar o Grupo PPR no segmento do luxo e das marcas “lifestyle”. A Redcats e a Fnac são as outras subsidiárias do grupo que estão a ser também consideradas para venda.A Conforama tem 241 lojas.

JCFS distinguida com estatuto PME Líder 2010

A JCFS, SA - C L Euronics da Madeira foi distinguida, pelo segundo ano con-secutivo, com o estatuto PME Líder, em parceria protocolada com o Banco BPI.Esta distinção, que surge num perío-do conturbado e de crise económica, visa distinguir as pequenas e médias empresas que evidenciam os melho-res desempenhos e perfis de risco,

no contexto da estrutura empresarial nacional, contribuindo para a capaci-dade competitiva do país. “Apesar de considerarmos que deveremos manter alguma contenção, fazemos votos que esta distinção seja o prenúncio de que, neste ano de 2011, tenhamos mais comemorações do que reclamações”, avança a empresa em comunicado.

Page 30: Edição 42-março 2011

[ Mercado Aberturas ][ Mercado Aberturas ]

Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 201028

Moviflor reabre loja da BobadelaA loja Moviflor da Bobadela foi reno-vada e reabriu dia 5 de Março.A loja Moviflor da Bobadela localiza-se na estrada nacional 10, junto a Sacavém.

Lisboa acolhe loja de energia solar da ResulA Resul inaugurou a primeira loja física de energia solar na zona de Lisboa. Situada no Parque Oriente, em Sacavém, o novo ponto de venda Resul Solar pretende constituir-se como um es-paço de referência em termos de equipamentos, componentes e acessórios para os mercados fotovoltaico e solar térmico. “Com a abertura deste espaço, uma das nossas mais-valias é permitir que os clientes con-tactem directamente com os equipamentos que comercializamos. Outra das vantagens é o facto de proporcionarmos um acompanhamento próximo, por parte dos nossos técnicos especializados nas diferentes áreas do solar que, no local, poderão aconselhar ou esclarecer os profissionais que nos visitem, como é o caso dos instaladores, ou mesmo o público em geral”, afirma Pedro Torres, administrador da Resul.No sector fotovoltaico, a loja Resul Solar disponibiliza equipamentos e componentes dos fabricantes Suntech, o maior fabricante mundial de painéis fotovoltaicos, e Danfoss (inverso-res). Para além destas marcas, das quais a empresa é distribuidor oficial, este espaço dispo-nibiliza igualmente painéis da marca LDK e Kyocera e inversores da SMA e SolarMax.A Resul Solar comer-cializa também todo um leque de equi-pamentos e acessó-rios para a instala-ção completa de um sistema fotovoltaico, tais como seguidores, contadores eléctricos, sistemas de fixação e montagem de painéis, caixas e portinholas, cabos eléctricos e conectores, protec-ções, ligações à ter-ra, entre outros.

Inauguradas lojas Luz e Som e Bang & Olufsen no Edifício TransparenteFevereiro assinalou a inauguração dos novos showrooms Luz e Som e Bang & Olufsen no Edifício Transparente, no Porto. Com uma quantidade assinalável de presenças, a abertura dos dois es-tabelecimentos fez-se em simultâneo, de modo a maximizar as sinergias proporcionadas pela marca dinamarquesa Bang & Olufsen e pelos estabe-lecimentos Luz e Som. Carlos Góis, administrador da Luz e Som, refere que “este é um investimento planeado há algum tempo e que seguramente trará mais visibilidade à Bang & Olufsen e à Luz e Som. Como estamos habituados a trabalhar no segmento luxo, a Bang & Olufsen é ainda uma mais-valia fundamental, pelo acrescido leque de produtos que poderemos disponiblizar aos nossos clientes”.

SPAR abre novo supermercado em AlcanedeA SPAR inaugurou em Alcanede o seu mais recente supermercado em Portugal. O novo ponto de venda com cerca de 400 metros quadrados foi criado de raiz e será uma das lojas modelo da SPAR em Por-tugal.A nova unidade oferece aos seus clientes serviços de Talho, Charcutaria, Peixaria, Padaria e Cafetaria, para além de uma grande oferta de produtos frescos e de marca própria SPAR. O supermercado permite a criação de 10 novos postos de trabalho.

AKI investe 400 mil euros na renovação da loja de TelheirasO AKI investiu 400 mil euros na renovação da sua unidade em Telheiras, a mais antiga da insígnia em Portugal, que abriu ao público em 1992. A loja , com 5.000 metros quadrados, apresenta-se completa-mente renovada de acordo com o novo conceito da marca. O objectivo do AKI com a renovação é contribuir para que a marca esteja mais próxima da população. Esta loja apresenta um tráfego diário superior a 1.000 clientes.As renovações verificam-se nos departamentos de Jardim, Sani-tários, Iluminação e Decoração, assim como na implementação de dois novos departamentos, Construção e Zona de Conforto (Electricidade, Aquecimento e Climatização).

Page 31: Edição 42-março 2011

[ Mercado Aberturas ][ Mercado Aberturas ]

Rm-Revismarket - Março/Abril 2010 23Rua Nossa Senhora de Fátima, 177 - 1.º Sala 4 • 4050-427 Porto

T. 226 094 717 F. 226 095 782 Email: [email protected]

O melhor look da estação

Delta Q abre a sua primeira loja no BrasilLocalizada na cidade de Vitória, no Estado de Espírito Santo, a nova loja Delta Q Brasil representa um marco no processo de internacionalização do conceito Q. Para Rui Miguel Na-beiro, administrador Delta Cafés, a nova loja Delta Q Brasil “é o espelho do empreendedorismo Delta Q e representa o começo do novo ciclo da marca, que aposta em 2011 na in-ternacionalização dos valores Delta e no que de melhor se faz em Portugal.”A nova loja, inaugurada dia 22 Fevereiro, foi concebida à se-melhança das lojas Delta Q Atrium Saldanha e Porto. Está di-vidida em três espaços distintos, uma boutique, uma área de consumo rápido e um espaço lounge. É um espaço de lazer por excelência, onde os consumidores brasileiros poderão conhecer o portfólio de produtos Delta Q e receber o melhor aconselhamento ao nível do café, das máquinas e produtos complementares ao consumo de café.

Media Markt inaugura em Setúbal a sua primeira loja na margem Sul do TejoA Media Markt começou o ano com a sua primeira abordagem ao mercado da margem Sul do Tejo. Foi inaugurada, dia 24 de Fevereiro, em Setúbal, uma nova loja, que assinala também a abertura do 10.º ponto de venda da insígnia em Portugal.Com mais de 50.000 artigos disponíveis num espaço comercial de mais de 4.000 metros quadrados, a Media Markt apresenta-se em Setúbal com um investimento superior a cinco milhões de euros. Para apoiar os clientes da região, foram criados 70 postos de trabalho directos e cerca de 30 indirectos.Valdemar Barreto, COO da Media Saturn em Portugal, sublinha que a grande preocupação da Media Markt não é a venda de produtos, mas sim a oferta de soluções. Nesta medida, a loja de Setúbal é, segundo este responsável, o mais inovador de todos os pontos de venda abertos pela insígnia. “O enfoque esteve colocado em tornar a loja o mais amigável possível para o cliente, para que este possa mexer, testar e experimentar os produtos. As maiores inovações desta loja não são, muitas de-las, visíveis, mas concorrem para a sua grande funcionalidade e para que a experiência de compra do cliente seja a melhor possível”.

Page 32: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201130

[ Mercado Relatório & Contas ][ Mercado Relatório & Contas ]

Estatísticas do Emprego (4.º trimestre de 2010): a taxa de desemprego situou-se em 11,1%, mais 1,0 p.p. que no trimestre homólogo, registando um novo máximo para a série iniciada em 1998.

Síntese Económica de Conjuntura (Janeiro): o PIB em volume apresentou uma variação homóloga de 1,2% no 4.º trimestre de 2010 (1,3% no 3.º trimestre). O indicador de consumo privado desacelerou de forma ténue no 4.º trimestre de 2010. O indicador de clima económico diminuiu no 4.º tri-mestre de 2010 e em Janeiro.

Taxas de juro implícitas no crédito à habitação (Fevereiro): 2,144% (+0,043 p.p que em Janeiro).

Índice de Volume de Negócios do Comércio a Retalho (Janeiro): 5,3% (-1,2% em Dezembro).Índice de Preços no Consumidor (Fevereiro): 3,5% (-0,1 p.p que em Janeiro).

Indicadores económicos

Minipreço sobe ligeiramente as vendas para os 917 milhões de euros em 2010

O Minipreço viu as suas vendas crescerem 0,2 por cento, em 2010, para os 917 milhões de euros, de acordo com os resulta-dos divulgados pelo Grupo Carrefour.Este ligeiro crescimento assume uma maior relevância tendo em conta que, em 2009, as vendas do Minipreço em Portugal tinham caído 0,9 por cento, um resultado influenciado por um quarto trimestre penalizador, com as vendas a ressentirem-se 3,9 por cento face ao período homólogo de 2008. Pelo contrário, em 2010, o último trimestre foi positivo, com as vendas a subirem 3,2 por cento para 232 milhões de euros.Em termos globais, as vendas do Grupo Carrefour atingiram os 101 mil milhões de euros, contra os 95,5 mil milhões de 2009.

Sonae lucrou 192 milhões de euros em 2010

A Sonae obteve, em 2010, um resultado líquido directo de 192 milhões de euros, mais 12,6 por cento do que em 2009.O volume de negócios aumentou 5,5 por cento, para os 5,8 mil milhões de euros (excluindo gasolineiras), com ganhos de quota de mercado no retalho. As vendas da Sonae MC registaram

um crescimento de cinco por cento. Já a Sonae SR manteve um crescimento de vendas de dois dígitos (12%). As vendas da Sonae SR Portugal aumentaram cinco por cento (um por cento em termos com-paráveis), enquanto que as vendas da Sonae SR

internacional aumentaram 60 por cento (decréscimo de um por cento em termos comparáveis). As operações em Espanha foram responsáveis por cerca de 20 por cento das vendas de retalho especializado em 2010, respondendo por 62 por cento do crescimento de vendas da Sonae SR no ano. A Worten e a Sport Zone foram bem-sucedidas no fortalecimento da sua posição de mercado ibérico.

Vendas da Media-Saturn crescem 5,6%

em 2010As vendas da Media Markt e da Saturn cresceram 5,6 por cento em 2010, para os 20,8 mil milhões de euros.De acordo com os resultados anuncia-dos pelo Grupo Metro, o EBITDA cres-ceu 2,8 por cento, para os 625 milhões de euros, e a margem manteve-se ao ní-vel do ano anterior, nos 3,1 por cento.

O ano de 2010 fica marcado pela en-trada da Media Markt na China e pelo lançamento das marcas próprias “ok” (segmento de entrada) e KOENIC (elec-trodomésticos premium). Este ano, se-gue-se a introdução das marcas PEAQ (electrónica de consumo) e ISY (aces-sórios).Com o encerramento das lojas Saturn no mercado francês, a Media-Saturn prosseguiu também com a optimização do seu portfólio. O ano passado fica ain-da assinalado pelo lançamento das lojas online da Media Markt e da Saturn na Holanda e na Áustria.

Jerónimo Martins cresce 40,3% para

os 281 milhões de euros em 2010Os lucros da Jerónimo Martins cresceram, em 2010, 40,3 por cen-to, para 281 milhões de euros. No mesmo período, as vendas “engordaram” 18,8 por cento, para os 8,7 mil milhões de euros, com o EBITDA consolidado a crescer acima das vendas, 23,6 por cento, para 653 milhões de euros.No retalho em Portugal, o EBITDA gerado atingiu 186,5 milhões de euros, a que corresponde um crescimento de 3,8 por cento em relação ao ano passado. No Pingo Doce, o crescimento like-for-like (LFL) das vendas atingiu, no ano, 8,4 por cento nos supermercados e 7,2 por cento na rede total das lojas, com a insígnia a registar ven-das no valor de 2,74 mil milhões de euros. Por sua vez, no Recheio, assinala-se o cres-cimento de 3,2 por cento das vendas LFL.

Falta de tempo, de recursos e de pessoal?Arquivo acumulado, apresentações por fazer, base de dados desactualizada, listagens por organizar ...

Entregue-nos todos estes pequenos trabalhos e concentre-se no que é importante.

Mais informações: https://sites.google.com/site/organizactiva100 ou [email protected]

Deslocamo-nos às instalações ou trabalhamos via e-mail, à tarefa ou à hora, a escolha é sua! A partir de 7,5 Euros/hora - sem custos fixos

Page 33: Edição 42-março 2011

31

[ Mercado Relatório & Contas ][ Mercado Relatório & Contas ]

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

Receitas da Apple crescem para os 26,74 mil milhões de dólares

A Apple apresentou receitas recorde de 26,74 mil milhões de dó-lares e um lucro líquido de seis mil milhões de dólares, ou 6,43 dólares por acção diluída, no primeiro trimestre fiscal de 2011, terminado a 25 de Dezembro de 2010.Estes resultados comparam-se às receitas de 15,68 mil milhões de dólares e lucro líquido de 3,38 mil milhões de dólares, ou 3,67 dólares por acção diluída, do mesmo trimestre do ano passado.A margem bruta foi de 38,5 por cento, comparado com os 40,9 por cento do trimestre homólogo. As vendas internacionais fo-ram responsáveis por 62 por cento das receitas trimestrais. A Apple vendeu 4,13 milhões de Macs no decorrer do trimestre, o que representa um aumento unitário de 23 por cento face ao mesmo trimestre do ano passado. A empresa vendeu 16,24 milhões de iPhones no período em análise, o que significa um crescimen-to unitário de 86 por cento face ao conseguido no mesmo trimestre do ano anterior. Quanto aos iPods, foram vendidos 19,45 milhões, representando um decréscimo de sete por cento face ao mesmo trimestre do ano passado. A empresa também vendeu 7,33 milhões de iPads no decorrer do trimestre.

Vendas do Grupo SEB crescem para os 3.651 milhões de euros

em 2010As vendas do Grupo SEB ascenderam aos 3.651 milhões de euros, a nível mundial, o que pressupõe um aumento de 15 por cento em relação ao ano anterior.No mercado doméstico, o francês, os resultados beneficiaram da vitalidade dos pequenos domés-ticos. Depois de um início de ano forte, o cres-cimento trimestral foi de três por cento, liderado pelos utensílios de cozinha, geradores de vapor, Nespresso e Dolce Gusto. O investimento em pu-blicidade antes do Natal também contribuiu para o aumento das vendas nas últimas semanas do ano. Estes foram os melhores resultados desde 2008, ano em que o grupo conseguiu crescer mais 12,5 por cento que no ano anterior e com-param com a queda de 1,7 por cento assinalada em 2009.Nos restantes países europeus, as vendas au-mentaram em todos os mercados, excepto o grego. Em Portugal, as vendas aumentaram no final do ano.

Vendas da Tech Data

crescem 13,3% no 4.º trimestre

As vendas líquidas da Tech Data no quarto trimestre, concluído em 31 de Janeiro, foram de 7,1 mil milhões de dólares, o que reflecte um aumento de 13,3 por cento relativamente aos 6,3 mil milhões de dólares alcançados no ano anterior.O lucro operacional do quarto trimestre foi de 117,8 milhões de dólares, o equivalente a 1,65 por cento das vendas líquidas. Em Portugal, este foi um ano determinante para o crescimento da empresa. Segundo Paulí Amat, Country Manager da Tech Data Portugal, “a aquisição da DLI permitiu à em-presa obter resultados que excederam em grande medida as expectativas”.

Lucros da Electrolux crescem 53%

em 2010Os lucros líquidos da Electrolux em 2010 totalizaram as 3.997 coroas suecas, cerca de 453 milhões euros, resultados que sig-nificam um crescimento de 53 por cento face ao ano anterior.No ano passado, a Electrolux facturou 106.326 coroas suecas, cerca de 12.056 milhões de euros, crescendo três por cen-to.

Falta de tempo, de recursos e de pessoal?Arquivo acumulado, apresentações por fazer, base de dados desactualizada, listagens por organizar ...

Entregue-nos todos estes pequenos trabalhos e concentre-se no que é importante.

Mais informações: https://sites.google.com/site/organizactiva100 ou [email protected]

Deslocamo-nos às instalações ou trabalhamos via e-mail, à tarefa ou à hora, a escolha é sua! A partir de 7,5 Euros/hora - sem custos fixos

Page 34: Edição 42-março 2011

32

[ Mercado Quem são ] [ Mercado Quem são ]

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

Ana Machado é Marketing Manager para o sudoeste europeu do Inter IKEA Centre Group

Ana Machado foi nomeada Marketing Manager para o sudoeste europeu do Inter IKEA Cen-tre Group (IICG), ramo do Grupo IKEA es-pecializado no desenvolvimento e gestão de centros comerciais.Desde 2009 no IICG e até agora Marketing Manager do MAR Shopping, o maior centro comercial do grupo na Europa, Ana Machado tem a seu cargo o planeamento estratégico de marketing e execução do mesmo nos centros comerciais do grupo em Portugal, Espanha e França.Licenciada em Marketing pela Universidade Fernando Pessoa, no Porto, Ana Machado tem um percurso profissional que inclui uma vasta experiência adquirida no sector dos centros comerciais, sempre em funções ligadas à gestão de marke-ting, em operadores como a Multi Mall Management e a Sonae Sierra.

Tue Mantoni é presidente e CEO da Bang & Olufsen

Tue Mantoni é o novo presidente e CEO da Bang & Oluf-sen.O anterior detentor do cargo, Kalle Hvidt Nielsen, afastou-se desta posição mas irá assessorar o novo presidente durante um período de transição de quatro meses, até ao final de Junho.

João Henriques é CFO da Vodafone Portugal

João Henriques é o novo administra-dor para a área financeira da Vodafone Portugal, substituindo João Couto que desempenhava o cargo desde Julho de 2008 e que assumiu a função de CFO (Chief Financial Officer) do Vodafone Group Commercial.João Henriques iniciou a sua carreira profissional como assistente convidado no Instituto Superior Técnico, encon-trando-se na consultora Boston Con-sulting Group (BCG) desde 1999, onde desempenhou diversas funções. “Princi-pal” na BCG desde 2006, João Henriques tinha responsabilidades de liderança e coordenação de projectos no sector das telecomunicações.Para além de um sólido conhecimento do mercado e do negócio das telecomuni-cações, João Henriques possui também uma licenciatura em Engenharia Electro-técnica pelo Instituto Superior Técnico e um MBA pelo INSEAD.

António Jorge é Project Manager para a área

de CCTV da GatewayA Gateway reforçou a sua equipa comercial, com especial enfoque para a área de CCTV, e nomeou António Jorge para encabeçar o projecto.Com larga experiência neste mercado, António Jorge já pas-sou por algumas empresas de referência neste sector, entre as quais dois dos maiores fabricantes a nível mundial.

João Amaral é Regional Manager da ToshibaJoão Amaral foi nomeado Regional Manager da Toshi-ba, passando a assumir a responsabilidade máxima do negócio em Portugal e Espanha.A nível de organização da estrutura ibérica, cada país vai permanecer com a sua gestão autónoma, havendo uma estrutura de direcção em cada um dos países.João Amaral, de 49 anos, era desde 2003 director geral da Toshiba Systems Portugal, apesar de estar ligado à empresa desde 2000. Com a responsabilidade de de-senvolver a companhia em Portugal, foi também res-ponsável pela abertura do escritório, pela implemen-tação da infra-estrutura de serviço e atendimento ao cliente e pela constituição de uma rede de parceiros de canal. Ao longo destes 11 anos de ligação à Toshiba, João Amaral viu a sua gestão ser reconhecida, várias vezes, pela casa-mãe devido à performance da subsidiária no desenvolvimento de soluções de negócio. Em 2006, conquistou o prémio de “Melhor Subsidiária”, galardão atribuído pela primeira vez a uma subsidiária europeia e que viu ser repetido em 2007, pelo segundo ano consecutivo.Desde sempre, João Amaral teve interesse em tecnologia, tendo desenvolvido a sua actividade profissional na área das tecnologias de informação desde 1981 e desempenhado funções de pro-gramador, consultor, director de informática e responsável pela gestão de negócio de várias em-presas.João Amaral tem formação na área técnica e o Programa de Alta Direcção de Empresas pela AESE/IESE.

Page 35: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 33

[ Mercado Quem são ] [ Mercado Quem são ]

João Paulo Ferreira é Country Manager da Candy Hoover

em PortugalJoão Paulo Ferreira é o novo Country Mana-ger da Candy Hoover Portugal.Aos 43 anos, e depois de ter saído da Sonicel, onde foi responsável pela coordenação das áreas de electrónica de consumo e ar condi-cionado da Panasonic, João Paulo Ferreira abraçou o projecto Candy Hoover, ficando com a responsabilidade da filial portuguesa, funções que assumiu a 1 de Fevereiro do corrente ano. Com mais de 20 anos de mercado e um vasto currículo, João Paulo Ferreira foi também responsável pela divisão de electrónica de consumo da LG Electronics Portugal. Da sua experiência profissional faz ainda parte um período longo passado na Sanyo Portugal.

Jorge Reis é director comercial

da MRW para PortugalJorge Reis é o novo responsável pelas áreas comercial, marke-ting, acção social, televenda e serviço ao cliente da MRW.Com 39 anos, Jorge Reis apresenta uma vasta experiência co-mercial, da qual constam várias empresas em regime de fran-chising, e vai dirigir o departamento comercial da empresa.

Nadi Batalha é coordenadora de Marketing da VulcanoNadi Batalha é a nova coordenadora do departamen-to de Marketing da Vulcano.Nadi Batalha, de 35 anos, detém uma vasta experiên-cia nos sectores de actividade ligados à electrónica, com especial enfoque na área do grande consumo. Trabalhou cerca de 10 anos na Sanyo Portugal, pri-meiro enquanto gestora de produto de electrónica de consumo, tendo assumido, posteriormente, o cargo de directora de Marketing da empresa. Foi ainda con-vidada para ser presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sanyo Portugal.

Licenciada em Gestão de Marketing pelo Institu-to Superior de Línguas e Administração (ISLA), Nadi Batalha tem, ainda, uma pós-graduação em Gestão Hoteleira pelo mesmo instituto. Do seu currículo fazem também parte várias formações, nomeadamente na área da Energia Solar Térmi-ca, promovida pela CENERTEC, Gestão Comer-cial e Marketing com Apoio das Tecnologias da Informação e Comunicação e Análise de Merca-do na vertente estratégica, promovida pela ESSE Consultores.

José Carlos Ferreira é director executivo da JP Sá Couto

Fruto de uma reorganização interna da empresa, que tem como objectivo a separação do negócio nacional e internacional, a JP Sá Couto introduziu o cargo de director executivo nos seus quadros. José Carlos Ferreira exerce agora a fun-ção, estando responsável pela área de negócio na-cional.Responsável pela distri-buição do negócio para Portugal, José Carlos Fer-reira conta com um vasto currículo, tendo passado por empresas de referência como a Samsung ou a Tech Data.

Patrícia Parracho assume a direcção de Marketing da SEB Portugal

Patrícia Parracho é a nova directora de Marketing da SEB Portugal, empresa detentora das marcas Krups, Moulinex, Rowenta e TefalNa empresa desde 2003, Patrícia Parracho exercia funções de Senior Product Mana-ger, responsável pelas famílias de café ex-presso e outras bebidas e de cuidados pes-soais. Durante este percurso, esteve ainda responsável, a nível local, pela gestão de projectos internacionais de referência, como o lançamento da máquina de café multi-bebidas Krups Nescafé Dolce Gusto, o desenvolvimento da gama Krups Nes-presso e a parceria com a Elite Models para a gama Rowenta for Elite Model Look.Anteriormente, Patrícia Parracho passou pelo departamento de Marketing da Uni-lever, como Assistant Brand Manager da marca Organics.

Page 36: Edição 42-março 2011

34

[ Mercado Quem são ] [ Mercado Estratégias ]

Steve Jobs – “Vender é mais fácil quando o produto faz com que as pessoas o queiram comprar”No que toca a técnicas de ven-das, tem-se de gostar da de Ste-ve Jobs. Coloquem-no num pal-co e ele pode, virtualmente, fazer com que qualquer produto da Apple pareça a maior invenção de sempre. Muito da sua quali-dade como vendedor provém da sua personalidade. Mas a princi-pal razão porque se acredita em Steve Jobs quando ele diz que o produto vai ser um sucesso é o seu recorde fenomenal de lançamento de produtos que todas as pessoas querem.

Ron Popeil – “Nada vende mais rápido que um honesto entusiasmo pelo que se está a oferecer”A bnet considera que não existe no mundo dos vi-vos ninguém que consi-ga vender mais rápido e mais produtos que Ron Popeil. Este mediático inventor americano é co-nhecido pelas suas aparições na TV e por usar a frase “But wait, there’s more!” (“Mas espere, tem mais!”) desde meados da década de 50. Um dos seus feitos mais admiráveis é o facto de ter consegui-do vender cerca de um milhão de dólares em electrodomésticos em apenas uma hora. Apenas usando o seu rosto, a sua voz e as suas mãos. O segredo parece estar no seu entusiasmo quase infantil por tudo o que vende, que leva o consumidor a querem comprar apenas para poder sentir-se daquela maneira.

Benjamin Franklin – “Investir no conhecimento tem sempre a melhor taxa de juro”

Autor, impressor, politólogo, cientista, inventor, satírico, activista dos direitos civis, estadista, diplomata e um grande vendedor. Benjamin Franklin foi um verdadeiro homem dos sete ofícios, que vendeu, praticamente sozi-nho, a ideia dos “Estados Unidos”, não apenas aos seus compatriotas mas também ao resto do mundo.

P. T. Barnum – “Não chega ven-der, tem-se de entreteter o cliente”Phineas Taylor Barnum, o fundador do que se tornou no maior circo do mundo, considerava-se a si mesmo como um “showman”, acima de tudo. E usava esta capacidade para promover virtualmente tudo a algo que as pessoas quisessem ver. Muitos foram os que pagaram muito dinheiro para ver a “sereia mumificada”, que não era nada mais do que o tronco e a cabeça de um macaco bebé pregado a metade de um peixe.

Joseph Smith – “Não vendam o produto, vendam a visão”Joseph Smith convenceu em vida milhares, e depois de morto mais uns milhões, que tinha descoberto um conjunto de tabuletas de ouro, que apenas podiam ser lidas usando um par de óculos mágicos. Conhecido pelos seus segui-dores como profeta, vidente e revelador da par-te de Deus, durante a maior parte da década de 1830, Joseph Smith viveu em Kirtland, no Ohio, com grande parte de seus seguidores, mas também enviou seguidores para o Missouri, numa tentativa de estabelecer uma cidade de Sião, como a Nova Jerusalém bíblica.

10 grandes vendedores de todos os tempos - I

A bnet compilou uma lista com os 10 maiores vendedores de todos os tempos. O termo vendedor aqui empregue designa mesmo o género masculino, dado que o site está também a preparar uma lista dedi-cada exclusivamente às melhores vendedoras. Nesta edição, publicamos os primeiros cinco nomeados para a lista masculina. Para seleccionar este leque de 10 grandes vendedores, a bnet considerou que

nenhum comportamento é mais humano do que a venda. A troca de ideias, de bens, de serviços ou de dinheiro é um comportamento único da espécie humana. Os 10 seleccionados detêm, no entender da

bnet, as melhores técnicas de vendas do mundo.

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

Page 37: Edição 42-março 2011
Page 38: Edição 42-março 2011

36

[ Mercado Estratégias ]

retracção do consumo verificada de forma bem vincada tem-nos levado a efectuar um esforço ain-da maior na procura das melhores

soluções e promoções para os nossos actuais e potenciais clientes”, garante o responsável. Famílias de produtos como os grelhadores de placas e os jarros de fervedores em inox têm re-petido, a nível nacional, os bons resultados ob-tidos noutros países, espelhados pelos vários prémios internacionais com que têm sido dis-tinguidos, mantendo-se como apostas firmes.A estes produtos, que são já tradicionalmente as-sociados ao portfólio da Tristar, junta-se agora a Audiosonic, uma marca que se distingue, segun-do a Tristar, pelos equipamentos de elevada esté-tica, tais como os conjuntos design HI-FI, LCD e LED TV’s. “Com produtos atractivos, sempre se-guindo as últimas tendências, a Audiosonic (By Tristar) é um parceiro imprescindível no mercado de produtos electrónicos de qualidade. Estamos ansiosos para assistir ao desenvolvimento de

Tristar aposta em nova área de negócio e consolida estratégia

de proximidade aos clientesDepois de ter consolidado as famílias de produto que já lhe eram tradicionais, nomeadamente os peque-nos domésticos e os produtos “outdoor”, a Tristar aventurou-se pelo mundo da electrónica de consumo e adicionou a marca Audiosonic ao seu portfólio de produtos. Fruto do seu investimento na optimização do

sortido, a entrada neste mercado faz-se com base na premissa de que a qualidade não deve ser luxo mas, antes, estar acessível ao maior número de pessoas possível. Esta abordagem dá também continuidade

à política de proximidade e parceria com os clientes que, segundo Pedro Amaral, director comercial da Tristar, tem conduzido aos melhores resultados de sempre.

“A

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

todo o seu potencial. Potencial esse que tende-rá a crescer ainda mais com a optimização de sortido e com a introdução de novas famílias de artigos”, avança Pedro Amaral.

43 anos de históriaA actividade da Audiosonic começou em 1967 com a comercialização de pequenos rádios tran-

‘‘ ‘‘ Com produtos atractivos, sempre seguindo as últimas tendências, a Audiosonic (By Tristar) é um parceiro imprescindível no mercado de produtos electrónicos de qualidade. Estamos ansiosos para assistir ao desenvolvimento de todo o seu potencial. Potencial esse que tenderá a crescer ainda mais com a optimização de sortido e com a introdução de novas famílias de artigos

sístor a partir da sua sede, um pequeno armazém em Amesterdão Oeste. Como o crescimento foi rápido, este edifício tornou-se pequeno e a em-presa teve que mudar para um edifício maior em Amesterdão. Esta localização deu-lhe a oportuni-dade de ter os seus próprios armazéns.Nos anos seguintes, a Audiosonic continuou no seu trilho de crescimento, bem como a gama de produtos que, àquela altura, estava circunscrita ao áudio. Em 1977, foram adicionados produ-tos de vídeo e a marca passou fronteiras para a Bélgica, Alemanha e França. Devido à exigência de aparelhos electrónicos nos anos 80, a Audio-sonic abriu um escritório no Extremo Oriente.

Page 39: Edição 42-março 2011

[ Mercado Estratégias ]

Rm-Revismarket - Julho/Agosto 2010 25

[ Mercado Estratégias ]

A

A Media Markt continua a apostar na sua expansão no mercado nacional. Depois da abertura de mais um ponto de venda em Portugal, que marca a sua primeira incursão a sul do Tejo, são 16 as localidades portuguesas identificadas

para novos pontos de venda até 5.000 metros quadrados. Da estratégia da insígnia para o mercado nacional faz também parte a aposta nas suas marcas próprias, esperadas até ao final deste ano.

ctualmente com uma rede de 10 pontos de venda, a Media Markt tem planos ambiciosos para fazer crescer a sua presença em território portu-

guês. Valdemar Barreto, COO da Media Saturn em Portugal, sublinha, no entanto, que a Media Markt é “especialista de retalho, não de ‘real estate’, pelo que as aberturas estarão sujeitas a alguns condicio-nalismos e ao ritmo com que foram surgindo novas oportunidades.Não obstante, o COO nomeia alguns destinos possí-veis para novas lojas Media Markt. “Fruto da realida-de do país, há uma concentração muito significativa do consumo na área da Grande Lisboa”, explica. Cascais, Oeiras, Loures, Lisboa Oriental (Expo), Al-verca, Almada e Seixal estão entre as localidades consideradas de prioritárias, às quais se juntam Coimbra e Faro. “Estas localizações estão devida-mente identificadas e será uma questão de tempo para reunir todas as condições e encontrar a oportu-nidade certa para que a abertura seja efectivada”.Uma das questões que poderá entravar o ritmo de aberturas prende-se com os requisitos de terreno para a implantação de uma loja Media Markt. Uma loja-tipo da insígnia tem, no mínimo, uma área de vendas que ronda os 3.000 metros quadrados, pelo que a localização da implantação terá de ter dimen-sões consideráveis. No entanto, Valdemar Barreto adianta também que já foi desenhado outro modelo de loja com dimensões ligeiramente inferiores da loja-tipo, para poder expandir a presença da insígnia em regiões onde não se justifica um ponto de venda de tão grandes dimensões.

Ao mesmo tempo, o responsável máximo da Me-dia Saturn em Portugal considera que a ambição de abrir mais de três lojas por ano não é “realista”. “Os produtos são cada vez mais entendíveis pelo cliente final, mas continuam a carecer de muito aconselhamento. A Media Markt tem uma grande preocupação com o serviço que presta aos seus clientes, investindo muito na formação das suas equipas, não só do ponto de vista comportamental como também da componente técnica. Cada nova loja implica alguns milhares de horas de formação e mesmo durante os primeiros três meses após a abertura há um grande acompanhamento das equipas para que o serviço prestado possa ser de excelência”.

Media Markt aposta na expansão em Portugal

Marcas próprias chegam a Portugal até ao final do anoAs marcas próprias da Media Markt vão estar disponíveis também no mercado português até ao final deste ano. O principal responsável da insígnia no mercado nacional prefere chamar a estas marcas de “exclusivas”, dado que se posicionarão não apenas como uma oferta de primeiro preço, mas também com uma proposta de valor que potenciará a sua compra, por parte do consumidor, por outros factores que não exclusivamente o preço.De acordo com Valdemar Barreto, o lançamento destas marcas no mercado nacional está, neste momen-to, a ser preparado, estando já tratadas as questões relativas ao “packaging”. Subsistem, ainda, alguns aspectos de natureza legal mas, sobretudo, técnicos, dado que “o objectivo da Media Markt é assegurar, também para estas marcas, um serviço ao consumidor e assistência técnica de excelência”.Esta gama de marcas exclusivas já está, desde o último trimestre de 2010, disponível em alguns merca-dos europeus, nomeadamente no alemão, italiano, austríaco e holandês. De acordo com a Media Saturn, a gama contempla uma marca económica, chamada “ok”, que inclui todas as categorias de produto e a marca de electrodomésticos de elevada qualidade “KOENIC”. Este ano, juntam-se ao portfólio a marca “PEAQ”, dedicada aos produtos de electrónica de consumo de elevada qualidade, introduzida durante o primeiro semestre, e a marca de acessórios “ISY”, na segunda metade do ano.

Valdemar Barreto, COO da Media Saturn em Portugal

Page 40: Edição 42-março 2011

38

[ Mercado Estratégias ]

m bom exemplo destas tecnologias é a ecobub-ble, presente na nova máquina de lavar a roupa

Scout, que oferece uma elevada pou-pança no consumo de energia, cerca de 30 por cento menos do que uma máquina classe A, permitindo simul-taneamente um elevado desempenho nas lavagens mesmo com água fria. Além disso, a lavagem pode ser feita no programa ecobubble a uma tempe-ratura de 15ºC e os utilizadores con-seguem os mesmos resultados de um ciclo de 40ºC utilizando 70 por cento menos energia e proporcionando um ambiente de lavagem mais suave para peças de roupa sensíveis ao calor. “As famílias procuram uma máquina de lavar fácil de utilizar com maior capacidade de carga e que reduza a pegada ecológica”, refere Henrique Pereira, Head of Division da área de Electrodomésticos da Samsung Elec-trónica Portuguesa. “A tecnologia ecobubble da máquina de lavar Sam-sung tem isso em consideração e in-corpora um inovador design para que

Samsung reforça enfoque nas tecnologias “verdes”

Decorreu em Algés, numa tenda orgânica de mais de dois mil metros quadrados, o forum “Innovating Life” 2011, que assinalou o lançamento da estratégia de mercado para 2011 da Samsung Electrónica Portuguesa (SEP). O seu

enfoque está verdadeiramente colocado em tecnologias “verdes” e é transversal a todas as áreas de negócio. A estratégia para 2011 assenta também no conceito “Smarter Life” (“uma vida mais inteligente”), que no mundo

dos electrodomésticos é suportado pela filosofia “Smart Thinking” e pelo empenho em desenvolver o mercado através de tecnologias inovadoras e da eficiência energética.

U

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

‘‘ ‘‘

possa ser um elemento de decoração transformando a casa num espaço mais elegante.”Também a gama de combinados da série G foi desenvolvida com base no conceito “Smart Design”, do qual resultou um equipamento com um es-paço interior maximizado, mantendo as dimensões exteriores e oferecendo assim uma capacidade de armazena-mento até 400 litros.A série G foi desenvolvida na Europa, para consumidores europeus, e pro-cura responder às suas necessidades em termos de espaço, melhor isola-mento, paredes mais finas e uma me-lhor ergonomia interior. A nova gama de chega ao mercado com diversas características diferenciadoras, como a sua eficiência energética (A+++), o compressor Digital Inverter e o novo Smart Eco System. Possui dez sen-sores inteligentes para monitorizar continuamente os níveis de tempera-tura e humidade e para gerir de for-ma eficiente o compressor, poupando assim energia e obtendo os melhores resultados de refrigeração.

Uma nota importante para a distribuição por-tuguesa é que a Samsung tomou a decisão es-tratégica de iniciar a produção de roupa e frio na sua nova fábrica na Polónia. Isto vai permitir encurtar o prazo de entrega das encomendas para duas semanas, comparativamente com as oito que demorava a entrega da produção rea-lizada na Coreia.

Uma nota importante para a distribuição portuguesa é que a Samsung tomou a decisão estratégica de iniciar a produção de roupa e frio na sua nova fábrica na Polónia. Isto vai permitir encurtar o prazo de entrega das encomendas para duas semanas, comparativamente com as oito que demorava a entrega da produção realizada na Coreia.

Page 41: Edição 42-março 2011

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Sin título-2.pdf 1 24/03/11 11:24

Page 42: Edição 42-março 2011

40

[ Mercado Estratégias ]

pesar de alguns anos ausente do mercado português, a Moulinex mantém uma presença muito forte na mente do consumidor, continuan-

do, em termos de notoriedade, a ser reconheci-da como líder, segundo um estudo de mercado realizado em 2010. “A reentrada da Moulinex completa o portfólio de marcas do Grupo SEB e insere-se na sua estratégia multi-marcas. Com uma forte aposta em inovação e qualidade, a ‘nova’ Moulinex procura reflectir a aliança entre a utilização intuitiva, muito associada à marca, e o sentido prático dos seus produtos”, explica Rui Mainhas, responsável pela marca.Dentro da nova gama, a colecção Red Ruby será alvo de um maior destaque, uma vez que se trata da personificação dos novos valores Moulinex. “O objectivo, a médio prazo, será alargar a oferta da marca para além das áreas de preparação alimentar e cozedura eléctrica. Por outro lado, a liderança no universo de pre-paração alimentar é claramente a meta a curto prazo da Moulinex”, adianta.A marca estará presente nos diversos pontos de venda logo nos primeiros meses do ano. De acordo com Rui Mainhas, o objectivo é imple-mentar uma distribuição em todo o território nacional, disponibilizando os produtos a todos os consumidores, independentemente da sua localização geográfica.A distribuição contará com o apoio de um plano de marketing a 360 graus, de forma a assegurar um sucesso imediato e sustentado. O investi-mento em media do Grupo SEB irá aumentar cerca de 22 por cento, em 2011, com especial enfoque na marca Moulinex, que contará com várias campanhas de comunicação em televi-

Moulinex quer liderar mercado nacional de preparação alimentar

Após oito anos de ausência, a Moulinex está de volta, a ser comercializada pelo Grupo SEB, com uma nova identidade e imagem mais moderna. Guiando a sua estratégia com base em novos

valores e nas características distintivas da marca (fácil, saborosa, energética e intuitiva), a aposta é focada em dois universos, a preparação alimentar e a cozedura eléctrica.

A

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

Moulinette, produtos de uso fácil, explodiram no mercado, vendendo às dezenas de milhões de exemplares. No final dos anos 50, surgiu a mulher moderna, que trabalhava e desejava conquistar tempo às tarefas domésticas para se divertir, distrair, ir ao cinema. No início da década seguinte, e dando seguimento ao posicionamento e principal objec-tivo da marca, a Moulinex lançou o seu famoso slogan “Moulinex liberta a mulher!”. É também na década de 60 que surgiu o mais mítico produ-to da marca, a famosa picadora 1 2 3, que regista venda superiores a 10 milhões de unidades. Até 1980, a Moulinex lançou cerca de 70 novos tipos de produtos. Com o início da era “co- cooning”, em 1990, os aparelhos Moulinex arre-dondaram-se e revestiram-se de cores frescas.

são, imprensa e online, algumas delas previstas arrancar já durante o primeiro semestre do ano. O ponto de venda irá contar com a presença de “displays” de linear, bandeirolas, PLV’s, totems e também demonstrações, que são, no enten-der dos responsáveis do Grupo SEB, a melhor forma de aproximar a marca do consumidor e demonstrar os valores diferenciadores e carac-terísticas únicas dos produtos Moulinex.

54 anos a tornar a vida mais fácil54 anos após o seu lançamento, com Moulinex, “a vida torna-se mais fácil” também em Portu-gal. Criada em 1957, por Jean Mantelet, com o intuito de libertar as mulheres das tarefas culinárias mais ingratas, a Moulinex fez uma entrada grandiosa em França. O passe-vite e a

Page 43: Edição 42-março 2011
Page 44: Edição 42-março 2011

42

[ Mercado Estratégias ]

ara fazer face a este desafio, a BSH tem-se pautado por uma forte aposta na inovação, que lhe tem permitido lançar para o mercado

muitos produtos que constituem novidades mundiais. Segundo Wolfram von Ohain, três por cento das vendas, ou seja, cerca de 300 mi-lhões de euros, são investidos na investigação e desenvolvimento, para poder continuar a ofere-cer aos consumidores soluções que pretendem melhorar a sua qualidade de vida. Um dos grandes vectores deste investimento na inovação tem sido a eficiência energética, aspec-to que é particularmente caro aos consumidores nacionais. De acordo com Tiago Alves, os portu-gueses são os europeus que mais têm em conta este argumento na hora de escolher um produto, uma preocupação que é mencionada por 57 por cento dos consumidores. Neste sentido, a BSH volta em 2011 a propor soluções cada vez mais eficientes, em todas as suas áreas de actuação, permitindo aos consumidores conciliarem os seus desejos de rentabilidade e economia de di-nheiro com a protecção do ambiente.

Um novo marco em poupança energéticaNa área do frio, a partir de Abril de 2011, have-rá uma nova classe A+++, a qual representa um novo marco no campo da eficiência energética.

Bosch e Siemens lançam novos produtos sob o signo da eficiência

Sob o mote “Vamos quebrar o gelo”, a BSH deu recentemente a conhecer um conjunto de novidades que, segundo Tiago Alves, director de marketing do grupo, “vão aquecer o mercado pelas suas inovações”. Os novos produtos lançados em 2011 têm como denominador comum o seu design, as inovações tecnológi-cas que aportam e uma renovada preocupação com a eficiência energética. A Bosch e a Siemens têm no-vidades em todas as áreas, da lavagem à indução, passando pelo frio e pelos pequenos domésticos que, de acordo com Wolfram von Ohain, director geral da BSHP, “vão aportar valor acrescentado ao mercado”.

P

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

Alguns aparelhos da gama SmartCool da Bosch e da gama coolEfficiency da Siemens vão osten-tar esta classe energética, que atesta que o seu consumo é metade do de um aparelho com uma classe de eficiência energética A+. As gamas de frio de 2011 foram completamen-te renovadas com 80 novas referências e mais opções com 12 novas características. Com estes novos aparelhos de frio, a Bosch e a Siemens lançam as suas primeiras gamas compostas ex-clusivamente por modelos com a melhor classe

‘‘

‘‘

A preocupação com a eficiência energética e em propor ao consumidor soluções flexíveis marca também as novas soluções na área da lavagem da loiça, onde a Bosch e a Siemens têm para oferecer novos recordistas mundiais em poupança de energia, de água e em silêncio.

energética A+++ e A++, estabelecendo um novo marco em poupança energética.Alcançar estes níveis de eficiência não significa, no entanto, que os consumidores tenham de comprometer outros aspectos da sua utilização. Este conceito de eficiência não se restringe ao uso de energia, mas abrange também a ideia de uma utilização mais eficiente e flexível do espaço, uma maior eficiência na conservação dos alimentos e um elevado padrão de design, tanto por dentro como por fora. Um bom exemplo destas soluções é a inovadora tecnologia lowFrost, que permite uma clara redução na criação de gelo, diminuíndo profundamente a necessidade de descongelação manual. Outro exemplo, são as gavetas Crisper-Box dos novos equipamentos de frio da Bosch e da Siemens, para uma melhor conservação das frutas e legumes, e as gavetas CoolBox, que pro-longam o tempo de conservação da carne e do

Page 45: Edição 42-março 2011

[ Mercado Estratégias ]

peixe. As características e opções de conservação são de tal maneira flexíveis, que o consumidor pode ter um frigorífico “à medida”, de acordo com as suas necessidades pessoais.

3 recordistas mundiais a lavar a loiçaA preocupação com a eficiência energética e em propor ao consumidor soluções flexíveis marca também as novas soluções na área da lavagem da loiça, onde a Bosch e a Siemens têm para oferecer novos recordistas mundiais em pou-pança de energia, de água e em silêncio. Ambas as marcas desenvolveram aquelas que são, de acordo Tiago Alves, as máquinas de lavar a loi-ça mais económicas do mundo, visto que ape-nas necessitam de 6,5 litros de água para lavar na perfeição 13 serviços padrão. Na Bosch, este feito é alcançado pelo modelo ActiveWater Eco e na Siemens pela ecoStar. As duas marcas são também detentoras do recorde em consumo de energia. Os modelos ActiveWater Eco2 e ecoStar 2 consomem ape-nas 0,71 kWh por lavagem, graças à tecnologia dos minerais zeólito. Estes minerais retiram a humidade do ar e ajudam, por isso, a lavar e a secar com consumos de energia muito baixos. Traduzindo isto por números, significa que as máquinas de lavar a loiça da Bosch e da Siemens são até 30 por cento mais económicas do que o limite para a classe de eficiência energética A.O último dos recordes vai para o nível de silên-cio, um aspecto precioso para o bem-estar do consumidor. Nas máquinas de lavar a loiça spe-edMatic da Siemens, o ruído não excede os 38 décibeis, valor inferior ao alcançado pelo funcio-namento de um computador.

43

Maior flexibilidade ao cozinharNa área da cocção, o grande destaque vai para a tecnologia de indução e para as placas FlexIn-duction. A Bosch apresenta placas de indução mais rápidas, seguras, de fácil limpeza e agora também mais flexíveis. As novas FlexInduction são, segundo Tiago Alves, as primeiras placas de indução que proporcionam uma zona na qual há uma verdadeira liberdade para colocar panelas e tachos sem as restrições das tradicionais áreas de cozedura, bastando tocar no botão para se poder aproveitar a área completa da placa para cozinhar.

Esta característica pode ser utilizada para manter a placa convencional, com duas zonas de cozedura separadas, ou combiná-las numa zona maior.Todas estas novidades são lançadas num ano em que ambas as marcas cumprem algumas etapas memoráveis, particularmente a Bosch, que assi-nala o seu centenário em Portugal. 2011 promete ser, assim, um ano importante para a BSHP, que tem ainda a responsabilidade de consolidar o au-mento de quota de mercado conseguido no ano passado, na área dos grandes domésticos, para os 22 por cento.

Page 46: Edição 42-março 2011

24

[ Mercado Tendências ]

1, 2, 3 partida! Começou a corrida para a proximidadePoder fazer as compras a pé, no seu próprio bairro, em pequenas lojas de comércio tradicional parecia ser, há uns anos atrás, um cenário em vias de extinção ou um privilégio ao alcance de poucos. No entanto, pa-rece que estes hábitos estão a voltar com novos conceitos de comércio de proximidade, numa corrida que não pára de se reinventar. Durante muito tempo, a grande distribuição fugiu dos centros das localidades, mas agora o panorama mudou. Verifica-se uma viragem profunda no universo do comércio organizado,

que leva à reinvenção da noção de proximidade, de serviço e de conveniência.

O

Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010

‘‘

investimento de dois actores históricos portugueses, como o Pingo Doce e o Modelo, genera-lizou o comércio de proximidade

alimentar num conceito de média superfície. Por exemplo, o Pingo Doce aumentou a área de venda com novas aberturas, a conversão das lojas Feira Nova e a aquisição das lojas Plus. A insígnia tem hoje mais de 350 lo-jas a nível nacional. “A proximidade física e humana na relação com o cliente e com as comunidades onde está inserido” era, por seu turno, um dos valores da marca Modelo, agora fundido com o Continente. Para estas insígnias, a proximidade não é uma questão de oportunidade, porque já faz parte dos seus genes, mesmo numa altura em que o consumidor tem enraiza-do o hábito de comprar em hipermercados de periferia. Mas no início deste ano, o conceito reforçou-se, com estes dois líde-res da distribuição portuguesa, Jerónimo

Martins e Sonae, a apostarem na área do comércio tradicional através do formato de mercearia de bairro.

“Amanhecer” e “Meu super”, mais dois novos actores “Amanhecer” dá nome ao novo conceito de mercearias de bairro que a Jerónimo Martins lançou em Fevereiro, com duas primeiras lojas em Viana de Castelo e na baixa lisboeta. O objectivo é chegar ao fim do ano com 20 a 25 pontos de venda. O conceito assenta num acordo de coo-peração comercial, não num franchising, já que a Jerónimo Martins não cobra ne-nhuma taxa aos proprietários. Os comer-ciantes passam a adoptar a designação “Amanhecer” e vendem os produtos da marca própria Recheio, que também se-gue a mesma denominação. A marca Ama-nhecer já existia há 12 anos, mas estava circunscrita a uma gama muito reduzida. Actualmente conta com 130 produtos, mas até ao final do ano prevê ter 200 a

220 artigos. Paralelamente, a mercearia vê o seu layout e decoração adequados. A mudança é coordenada pela Jerónimo Martins, sendo os custos assegurados pelo proprietário. O perfil de consumidor da nova insígnia será diferente do do Pingo Doce. “En-quanto o consumidor do Pingo Doce é um cliente de uma ou duas compras por semana, nas lojas Amanhecer estamos a falar em visitas diárias”. O Recheio quer apostar, através destas lojas, num aten-dimento personalizado ao cliente e na proximidade.

“Amanhecer” dá nome ao novo conceito de mercearias de bairro que a Jerónimo Martins lançou em Fevereiro, com duas primeiras lojas em Viana de Castelo e na baixa lisboeta. O objectivo é chegar ao fim do ano com 20 a 25 pontos de venda.

‘‘

Page 47: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

‘‘

‘‘‘‘

‘‘Também a Sonae anunciou uma nova área de negócio de supermercados e lo-jas alimentares. “Vamos disponibilizar a instituições públicas e privadas, retalho tradicional, lojas de livre serviço, lojas de conveniência e franchising, uma vasta e completa gama de artigos, inovação e serviços de excelência com preços muito competitivos”, afirma Luís Moutinho, CEO da Sonae MC. O “Meu Super” é a marca dos novos supermercados em formato de franchising da Sonae, que terão entre 150 e 1.000 metros quadrados e estarão loca-lizados predominantemente em zonas ha-bitacionais. O formato está disponível a interessados da pequena distribuição de proximidade, em moldes bastantes competitivos, bem como a empresários que se pretendam estabele-cer de novo neste mercado. Os parceiros da Sonae no “Meu Super” beneficiam da garantia de preços competitivos, da gama

de produtos de marca própria Continente e de fornecedor, a utilização de sistemas informáticos idênticos aos das restantes lojas da Sonae, bem como da plataforma logística.

Proximidade = Cada vez + serviçoCada vez mais, a tendência de proximi-dade passa por “não agradar a todos, mas sim muito a alguns”. Gaëlle Le Floch, directora da unidade de distribuição de

Kantar Worldpanel em França, explica que o negócio de proximidade respon-de totalmente ao modelo de consumo de hoje em dia. Os consumidores querem ganhar tempo e as insígnias de proximi-dade apresentam “uma solução real ao consumidor”. Mas estará o consumidor a voltar-se para o essencial? “Desde que a crise apareceu, que as famílias são mais conscientes em relação à despensa. Antes de comprar,

45

Esta nova reviravolta vem insuflar uma nova vida ao conceito de comércio de proximidade alimentar mas ficar-se-á por aqui? Poderá esteconceito ser implementado em novas áreas de negócio, nomea-damente no sector electro? Vivemos hoje num processo diário de reinvenção. Estará o leitor preparado para enquadrar a sua empresa num cenário destes e num horizonte em mutação permanente? Fica apenas a reflexão...

A tendência de proximidade pas-sa por “não agradar a todos, mas sim muito a alguns”

O comércio de proximi-dade é sobretudo uma relação de pessoas

Conteúdos recolhidos por Cidália Ribeiro e Carina Rodrigues

Fotos: Jerónimo Martins e Sonae

Page 48: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 201046

[ Mercado Tendências ] [ Mercado Tendências ]

tes,” reforça. Pensa-se erradamente que este serviço é só valorizado nas grandes cidades, por-que na província é igualmente apreciado. “Ainda mais que, para estes consumidores, este serviço é completamente novo”, afirma Thomas Bouquet-Nadaud, responsável por uma das insígnia especializadas neste for-mato em França, a Système U Proximité.

Mas até onde irá a proximidade?Horários até à meia noite, pagamento de contas domésticas, recolha de encomen-das... Hoje, a entrega ao domicílio já não chega para fazer a diferença. A distribuição percebeu que é necessário inovar. Neste domínio, as lojas Marché Plus propõem uma estratégia de multi serviços únicos, com engomadoria em 48 horas, distribui-ção de bilhetes, serviço de impressão de fotografias, venda de selos, cartões e car-regamentos telefónicos, fotocópias, fax, etc. Por sua vez, a insígnia Chez Jean tam-bém segue esta política, oferecendo servi-ços de tabacaria, imprensa e Wi-Fi gratui-to em toda a loja. Tem uma oferta matinal chamada “Journal café á volonté” (jornal e café à vontade) que lhe traz uma clientela de negócios. Se o leque de possibilidades é infinito, con-

diariamente e das 9 às 20 horas ao domin-go. “Graças a este horário, transformamo-nos num destino de domingo,” sublinha o responsável por esta insígnia. “Se, por um lado, este horário pesa nos custos com o pessoal, por outro alarga o leque de clien-

64 por cento questionam-se se neces-sitam mesmo de determinado produto”. Querem consumir de forma mais sã, sem precisar de automóvel, e mais rapida-mente. Basta saber que em 1980 o tempo dedicado às compras era de 1h30 e hoje é de 35 minutos. O conceito de proximidade é prática corren-te em França, onde variadíssimas insígnias se especializaram neste formato. E sobre-tudo, numa relação de confiança entre a in-sígnia e o seu cliente. Para Rodolphe Bon-nasse, responsável da insígnia Franprix, “o comércio de proximidade é sobretudo uma relação de pessoas. A Franprix, por exem-plo, está presente em cada esquina há mais de 50 anos e hoje os nossos clientes dizem o meu Franprix”. A noção de serviço passa pelos horários alargados (noite e fim de semana). O Inter-marché Express, uma insígnia deste forma-to em França, abre ao domingo de manhã e o DailT Monop tem as portas abertas das 9 horas à meia noite. O Carrefour City de Paris acolhe os clientes das 7 às 23 horas

Page 49: Edição 42-março 2011

[ Mercado Tendências ]

Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010 47

[ Mercado Tendências ]

‘‘ ‘‘ O “Meu Super” é a marca dos novos su-permercados em formato de franchising da Sonae, que terão entre 150 e 1.000 metros qua-drados e estarão localizados predominantemente em zonas habitacionais.

ceber estas prestações de serviços repre-senta constrangimentos. De prospecção, investimento e comunicação. Para avançar com um serviço de engomadoria ou de chaves na hora, é necessário estabelecer parcerias com prestadores externos, defi-nir um plano de negócios, etc.França já tem este formato muito desen-volvido, mas ainda está muito atrasada em relação ao Japão, onde, por exemplo, a insígnia 7/11 permite pagar as compras com o telemóvel desde há 6 anos. Práti-ca que ainda não está implementada em França. Esta nova reviravolta vem insuflar uma nova vida ao conceito de comércio de proximidade alimentar mas ficar-se-á por aqui? Poderá este conceito ser imple-

mentado em novas áreas de negócio, no-meadamente no sector electro? Vivemos hoje num processo diário de reinvenção. Estará o leitor preparado para enquadrar a sua empresa num cenário destes e num horizonte em mutação permanente? Fica apenas a reflexão...

* Conteúdos do mercado francês com a cortesia da Points de Vente

Insígnias sobrepõem-se

ao canalA transformação de algumas insígnias em verdadeiras marcas, em especial nos últimos cinco anos, fez com que o “canal” deixasse hoje de ter tanta relevância enquanto factor explicativo dos comportamentos de compra. De acordo com a Kantar Portugal, prova disso é, por exemplo, o facto do tamanho da “cesta média” não ter hoje grande diferença entre um hiper, um super ou um hard discount. Por outro lado, os canais já não determinam desempenhos. Insígnias presentes no mesmo canal têm performances totalmente contrárias e assiste-se ao surgir de insígnias com perfil “multi assortment”, que passam a desenvolver vários tipos de missão de compra. Algumas de-senvolvem tipos de compra até contraditórios com o que seria próprio do canal onde estão classificadas. Por exemplo, o Continente ou o Lidl desenvolvem também cestas de compra pequenas. Ou o Pingo Doce que desenvolve as chamadas cestas grandes, antes típicas de um hipermercado, mesmo descartando o efeito de integração do Feira Nova.Esta situação é também consequência de um forte envolvimento emocional com o consumidor, muitas vezes sob uma capa de racionalidade aparente. A Kantar acredita que este factor poderá ser de tal maneira forte que pode até sobrepor-se à lógica de “missões de compra” correlacionadas com “canais”, quan-do o consumidor seleccionava uma insígnia em função do tamanho e tipo da sua “missão de compra” da ocasião. Agora, a decisão pode ser mais por uma ou outra insígnia, em fun-ção do seu “mind-set”, ou seja da sua maior preferência por uma insígnia com que terá maior envolvimento emocional, afinidade ou preferência. As justificativas para essa escolha podem va-riar, mas o desenvolvimento de verdadeiras marcas/insígnias conduz habitualmente para uma diferenciação menos racional e mais emocional nas escolhas dos consumidores. Aqui e em especial no contexto de crise ac-tual, funcionará também o conceito de “preço percepcionado” que é sempre influenciado pela marca, sendo hoje um factor absoluta-mente crítico para as diferentes insígnias da distribuição. A Kantar avança que os exemplos mais claros destas insígnias que se estão a transformar em verdadeiras marcas são talvez o Pingo Doce e o Continente.

Page 50: Edição 42-março 2011

48

uando se pergunta a José Araú-jo, fundador e actual gerente da empresa, qual o factor de su-cesso destes 26 anos a respos-

ta é simples. “Tentamos ser sempre dife-rentes e profissionais. Não conquistamos um cliente para uma venda, queremos que seja nosso cliente para sempre e já os te-mos em várias gerações”.O dirigente desta organização tem uma fórmula que considera acertada e que re-sultou sempre. “Faço no negócio o que faço na vida pessoal. Sou cumpridor, res-peitador e tento resolver todos os proble-mas rapidamente, mesmo que isso traga prejuízo imediato, porque acabo por ficar com um cliente para a vida”. Nestes últi-mos 20 anos, a empresa cresceu todos os

Q

Rm-Revismarket - Maio/Junho 2010

Esta nova rubrica destina-se a dar a conhecer em-presas e negócios portu-gueses que encontramos nas nossas várias viagens e que merecem destaque por alguma razão especí-fica, seja como um bom exemplo, seja como um caso diferenciador ou,

simplesmente, porque algo nos chamou a atenção de entre as várias centenas de organizações que te-mos vindo a conhecer ao longo dos anos. Portugal também faz bem e é esse bem fazer que queremos

partilhar com todos os nos-sos leitores. Iniciamos esta rubrica com um conceito

diferente que encontrámos em Braga, a Cidadela Elec-

trónica.

PORTUGAL

EMPRESAS NEGÓCIOSE

Cidadela Electrónica – Bragaum negócio humanizado

Mesmo no meio dos “tubarões” do mercado, as três grandes in-sígnias com implantação nacional, encontra-se a loja nova da Ci-dadela Electrónica, aberta em Setembro de 2009. Uma loja com

uma decoração cuidada e organizada, onde o consumidor se sente confortável. Num ambiente aconchegado e com espaços bem

diferenciados, onde a modernidade convive com a tradição de uma empresa familiar e local, o atendimento é personalizado e assente

mais numa óptica de aconselhamento do que propriamente de ven-das. Todos os colaboradores andam fardados com batas brancas

imaculadas, relembrando assim as origens da Cidadela, que iniciou o seu percurso, há 26 anos atrás, como empresa de reparações e

ganhou a confiança dos clientes. A organização tem hoje três lojas e uma facturação de 10 milhões de euros (2010) e arrecadou, no ano

passado, o título de Empresa do Ano, considerando os vários ramos de comércio, das Câmaras de Comércio do Alto Ave e Cávado.

“Tentamos ser sempre diferentes e profissionais. Não conquistamos um cliente para uma venda, queremos que seja nosso cliente para sempre e já os temos em várias gerações”.

Page 51: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Maio/Junho 2010 49

‘‘

‘‘‘‘

‘‘anos em facturação. Em 2010, o cresci-mento foi de 26 por cento, o que se deve também à abertura da nova loja. “Nunca tivemos um ano com decréscimo de ven-das, no pior ano crescemos um por cen-to”, afirma. Quando questionado sobre a razão que o levou a abrir uma nova loja no meio de insígnias já instaladas, como era o caso da Media Markt, Worten e Rádio Popular, a resposta também é simples. “Era uma zona que já tinha muita gente que procu-rava electrodomésticos; assim aproveita-mos o tráfego”. A nova loja, no entanto, não segue os ho-rários dos seus vizinhos concorrentes. Abre das 9h30 às 20 horas, nos dias de semana e sábados, e das 14h30 as 19h30

ao domingo, mas, segundo o responsável, a diferença de horários não afecta os bons resultados. “As grandes compras são efectuadas no período em que estamos abertos e, assim, os nossos colaborado-

res são fixos, o que não aumenta os cus-tos e fomenta as vendas”. Nas categorias de produtos vendidos fora desse horário, tem consciência que perde vendas mas que não afectam os resultados, pois “são os que dão menos margem e maiores pro-blemas”. O peso da Cidadela Electrónica no mercado de Braga comprova esta afirmação. Segun-do José Araújo, mesmo com uma concor-rência agressiva, a empresa já representa 30 por cento do volume de vendas total da zona e mais de 50 por cento em grandes domésticos e encastre. Estes resultados devem-se em muito ao factor confiança que o consumidor sente pela organização e que é fomentado pelo “excelente serviço que prestamos em assistência técnica”.

“Faço no negócio o que faço na vida pessoal. Sou cumpridor, respeitador e tento resolver todos os problemas rapidamente, mesmo que isso traga prejuízo imediato, porque acabo por ficar com um cliente para a vida”.

Em Setembro passado, a Cidadela Electrónica aderiu à Euronics que é, na opinião de José Araújo, “o último comboio de longo curso que os comerciantes independentes têm para apanhar.Por muito forte que uma organiza-ção possa ser, é importante que pertença a uma insígnia forte”. Segundo o responsável, esta não é uma solução para a crise, até porque aderiram no ano em que tiveram maior crescimento. “Com pequenas correcções, a Euronics vai ser a futura grande cadeia de electrodomésticos e já começamos a tirar partido da nossa adesão”.

Conteúdos e fotos recolhidos por Cidália Ribeiro

José e Angela Araújo

Page 52: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Março/Abril 201050

PORTUGAL

EMPRESAS NEGÓCIOSE

As lojas têm uma área própria de repara-ções, que faz logo a triagem e onde cerca de 80 por cento dos pequenos domésticos são reparados na hora. José Araújo iniciou o negócio como responsável pela assis-tência técnica da Philips e só mais tarde começou a vender electrodomésticos. As-sim, ganhou a confiança do consumidor. Este pensa “vamos comprar ao Araújo

porque, se houver algum problema, ele responsabiliza-se”. Passados quase 30 anos, ainda se mantém esta lógica de pen-samento, que vai passando de geração para geração. Também o negócio da Cidadela vai pas-sando para a nova geração. Angela Mer-cedes Araújo, filha do fundador, assume já a gestão de caixas e contas-correntes e os recursos humanos da empresa. A área

A Cidadela Electrónica tem sede em edifício próprio em Frossos, Braga, onde estão situados os armazéns, es-critórios, serviços técnicos com uma área total de 4.500 metros quadrados, dos quais 2.000 metros quadrados são da exposição da loja do armazém. Pos-sui uma filial em Vila Verde, com área de vendas de 400 metros quadrados, e uma nova loja, situada no Pólo de Ne-gócios de Braga, com cerca de 2.000 metros quadrados de exposição.

Mesmo com uma concorrência agressiva, a empresa já representa 30 por cento do volume de vendas total da zona e mais de 50 por cento em grandes domésticos e encastre. Estes resultados devem-se em muito ao factor confiança que o consumidor sente pela organização e que é fomentado pelo “excelente serviço que prestamos em assistência técnica”.

‘‘ ‘‘

Gerente da nova loja

Page 53: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Março/Abril 2010 51

de cozinhas já está entregue ao genro, Carlos Silva, que é o responsável por toda a secção, desde o projecto à instalação. A aposta no serviço e competências dos colaboradores são uma constante. Cada

loja tem um gerente e um sub-gerente e cada vendedor está preparado para acom-panhar a venda e aconselhamento de qual-quer tipo de produto, assistindo o cliente desde que entra na loja até à sua saída.

Nestes últimos 20 anos, a empresa cresceu todos os anos em facturação. Em 2010, o crescimento foi de 26 por centoo que se deve também à abertura da nova loja. “Nunca tivemos um ano com decréscimo de vendas, no pior ano crescemos um por cento”,

A aposta no serviço e competências dos colaboradores são uma constante. Cada loja tem um gerente e um sub-gerente e cada vendedor está preparado para acompanhar a venda e aconselhamento de qualquer tipo de produto, assistindo o cliente desde que entra na loja até à sua saída.

Quando questionado sobre a razão que o levou a abrir uma nova loja no meio de insígnias já instaladas, como era o caso da Media Markt, Worten e Rádio Popular, a resposta também é simples. “Era uma zona que já tinha muita gente que procurava electrodomésticos; assim aproveitamos o tráfego”.

Em Setembro passado, a Cidadela Electró-nica aderiu à Euronics que é, na opinião de José Araújo, “o último comboio de longo curso que os comerciantes independentes têm para apanhar. Por muito forte que uma organização possa ser, é importante que pertença a uma insígnia forte”. Segundo o responsável, esta não é uma solução para a crise, até porque aderiram no ano em que tiveram maior crescimento. “Com pequenas correcções, a Euronics vai ser a futura grande cadeia de electrodomésticos e já começamos a tirar partido da nossa adesão”. Quanto a projectos futuros, estes passam por conquistar mais mercado e potenciar o negócio das cozinhas, através da aquisi-ção de parte de uma fábrica, e do ar condi-cionado, área que obteve um crescimento de 100 por cento em 2010.

‘‘

‘‘

‘‘

‘‘

Page 54: Edição 42-março 2011

52 Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

MOMENTOS Electro

“50 anos da Prolar, Janeiro de 2011”

“Samsung Forum “Innovating Life”, Março de 2011”

“Convenção Orima, Janeiro de 2011”

“Golden Club Balay, Janeiro de 2011”

“Convenção Sony em Saragoça, Pedro Navarrete, Fevereiro de 2011”

Page 55: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 53

“Inauguração dos showrooms Luz e Som e Bang & Olufsen, Fevereiro de 2011”

“Convenção Mitsubishi Electric, Fevereiro de 2011”

“Inauguração da Media Markt de Setúbal”, Fevereiro de 2011”

“Inauguração da Academia LG, Janeiro de 2011”

“Conferência Europeia da Panasonic, Londres, Fevereiro de 2011”

Page 56: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201154

MOMENTOS Electro

“Show cooking da Indesit Company na BTL, Março de 2011”

“Inauguração das novas instalações da Philips

Portuguesa, Março de 2011”

“Lançamento da nova Pixie Nespresso, Fevereiro de 2011”

“Con-venção

High Tech & Style da LG, Março

de 2011”

“Relançamento da Moulinex em Portugal, Dezembro de 2010”

Page 57: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011 55

“Inauguração da Rádio Popular de Alfragide, Dezembro de 2010”

“Inauguração do Centro de Sensibilização Ambiental da ERP Portugal, Março de 2011”

“Conferência GfK Portugal, Março

de 2011”

“80.º aniversário Meireles, Março de 2011”

“Con-venção Sorefoz, Janeiro de 2011”

“Lançamento Siemens Studioline, Fevereiro de 2011”

Page 58: Edição 42-março 2011

56

[ Tempo de pausa Sugestões ]

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011

Nesta rubrica destacam-se algumas sugestões das editoras sobre lançamentos de livros úteis

para a informação e também descontracção dos nossos leitores. Apresentamos também as escolhas

de um profissional do sector no que toca a momentos de pausa.

Porque é Que o Seu Mundo Está a Ficar Muito

mais Pequeno – Jeff Rubin

– Lua de PapelNa economia global, ninguém pensa nas distâncias em quilómetros mas sim em dólares. Se o petróleo for ba-rato, pouco importa se o bacalhau é ou não da Noruega, pois os custos de transporte não encarecem o pro-duto. Mas, a partir do momento em que o preço dos combustíveis dispa-ra, o bacalhau torna-se caro. O autor, economista que tem previsto com sucesso consecutivas escaladas no preço do petróleo, revela neste “best-seller” toda a extensão da nossa dependência do crude. E prova como é que o marco dos 100 dólares por barril vai ser fatal para a globalização. Ao mesmo tempo, revela que o mundo pós-petróleo vai reconfigurar o modo como produzimos, consumimos e vivemos e como a economia voltará a ser local. 17,00 €

Estratégias Inovadoras: como fazer?

– Luís Pessoa – Editora RH

Este livro pretende ser um processo de aprendi-zagem (para toda a vida) e dirige-se ao melhor computador do mundo, o nosso cérebro. Com ele, pretende-se que to-dos “aprendam” a usar o poder quase ilimitado de vários milhões de cé-lulas e de conexões que compõem o cérebro humano normal. Sustenta-se aqui a necessida-de de uma revolução na aprendizagem de acordo com a explosão que se verifica na tecnologia, nas comunicações, na informação e no conhecimento, bem como de uma revolução na forma de pensar, na maneira de aprendermos a como aprender, na forma de encon-trarmos soluções novas e brilhantes. Todas as páginas da esquerda possuem citações, ideias-chave e figuras que se destinam a uma leitura rápida, técnica de aprendizagem que ajuda a armazenar e a recuperar informações com muito mais eficácia, acelerando, assim, o processo de aprendizagem.25,65 €

151 Ideias Práticas para Gerir Bem o seu Tempo – Robert E. Dittmer

– Publicações Europa-AméricaAssuma o controlo sobre o seu tempo e recupere a sua vida. É esta a proposta deste livro, que lhe apresenta 151 maneiras rápidas e simples de o fazer. Cada ideia advém de experiências do mundo real, de pessoas que descobrem soluções únicas para as pres-sões de tempo a que estão su-jeitas diariamente. Ideias que, testadas na prática, provaram que funcionam. Comece o seu dia na noite anterior, não se comprometa mais do que possível e tente sempre entre-gar mais do que aquilo a que se tinha comprometido, reser-ve algum tempo diariamente para eventos inesperados, etc. O autor passou mais de 30 anos no mundo dos negócios e no governo, onde assistiu a todos os tipos de desperdícios de tempo que se possam imaginar. Trabalhou para a NATO e para o exérci-to americano e é perito em gestão de crise e planeamento. 18,90 €

Page 59: Edição 42-março 2011

As 9 Decisões Financeiras da sua Vida – Guia para lidar bem com o seu dinheiro

– Moshe A. Milevsky – Centro Atlântico

Um novo olhar sobre o seu dinheiro e sobre como fazê-lo crescer. O livro apresenta uma maneira nova de pensar sobre o dinheiro das famílias, tirando partido dos últi-mos avanços da economia, das finanças comportamentais e das finanças pessoais. O autor ensina a “diversificar” o seu casamento, “rentabilizar” os seus filhos e gozar de maiores rendimentos na reforma e ajuda o leitor a determinar o verdadeiro valor de todos os seus recursos, a orçamentar as suas despesas escondidas do seu futuro, a planear o gastos dos seus recursos de maneira equitativa ao longo do tempo e a preparar-se para acontecimentos inesperados que podem desequilibrar até o planea-mento mais cuidadoso. 14,00 €

As escolhas de ...António ArnautDirector de Marketing da AEG Portuguesa

Os meus livros de eleiçãoO 8.º Hábito de Stephen R. Covey. “Uma leitura transformadora. Faz-nos reflectir no modo como pensamos sobre nós mesmos e sobre a nossa vida – sobre os nossos relacionamentos, sobre as empresas onde trabalhamos e sobre o resto do planeta”.

Os álbuns que mais me marcaramDe Muse, qualquer um, Ten dos Pearl Jam.

O meu restaurante favoritoFortaleza do Guincho, Eleven.

O meu local de sonhoPulau Redang, na Malásia, “um dos melhores spots para mer-gulho” e Bryce Canyon, no Utah, nos Estados Unidos, “natureza fantástica”.

Esperamos pela sua visita

Fundado a 5 de Outubro de 2009

A qualidade em buffet

E-mail: [email protected] • Telemóveis:+351 919 414 133 • +351 912 304 944 • +351 918 838 353

Rua Cândido Oliveira, n.º 115, S Victor 4715-012 Braga

Page 60: Edição 42-março 2011

Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 201158

[ Tempo de pausa Sugestões ]

Pense como um Campeão – Donald Trump

– Gestão Plus EdiçõesNuma educação informal para os negócios e para a vida, o livro apre-senta diversos ensaios inspiradores, seleccionados pessoalmente pelo autor, num convite à reflexão sobre o verdadeiro significado do suces-so. Será possível criar a verdadeira mudança, a nível local e global?

Qual o futuro da economia de mer-cado tal como a conhecemos? Como podemos treinar e moldar os nossos pensamentos para atingir o sucesso? Qual a importância do “alfabetismo fi-nanceiro”? Qual a verdadeira relação entre a inovação e o empreendedo-rismo? Que papel têm a imaginação, a perspectiva e a visão no sucesso empresarial – e no bem-estar pes-soal? Como podemos dar sentido aos nossos objectivos de vida? Estas são apenas algumas das questões abor-dadas ao longo das páginas, num es-tilo inspirador, original e com toques de humor.16,50 €

Superar a Adversidade – o Poder da Resiliência

– Luis Rojas Marcos – Planeta

Este livro resulta de mais de oito anos de investigação. Perante as adversidades que põem à prova o nosso equilíbrio físico e emocio-nal e ameaçam a perspectiva de futuro ou a própria sobrevivência, são necessários mecanismos para resistir. As relações afectivas, as faculdades mentais, a auto-estima, o pensamento positivo, os motivos para viver e a aptidão para localizar o centro de controlo dentro de cada um são os factores que nos permite recompor e até dos golpes sair fortalecidos. Nesta obra, o autor analisa casos concretos de resiliência, tais como os mediáticos 11 de Setembro ou a aterragem no Rio Hudson, e convida a reflectir sobre os elementos fundamentais para seguir em frente, com o objectivo de estar o melhor possível preparado para enfrentar as dificuldades que inevitavelmente a vida apresenta. 16,60 €

Direito Fiscal Angolano I e II – António Vicente Marques

– JurinforEstas obras de legislação angolana dirigem-se a juristas e empresários com áreas de negócio em expansão para Angola. Os dois primeiros volumes incluem os mais relevantes diplo-mas de direito fiscal angolano. Esta colecção visa responder às crescentes necessidades do mercado português no que respeita a le-gislação angolana, fruto da intensificação das relações bilaterais entre Portugal e Angola. A crescente internacionalização das empresas de Portugal para o mercado angolano envolve processos jurídicos complexos, que esta co-lectânea ajuda a esclarecer. 44,10 €

Gestão Estratégica – Conceitos e Prática – Fernando Ribeiro Serra, Manuel Portugal

Ferreira, Maria Cândida Torres e Alexandre Pavan

– LidelDefendendo a premissa de que pensar estrategi-camente a organização é essencial para o alcance do sucesso de qualquer empresa no mercado face às concorrentes, este livro define a estratégia nas suas variadas vertentes e apresenta conceitos mas também exercícios de gestão estratégica e casos de empresas portuguesas. 27,75 €

Nietzsche para Stressados – Allan Percy

– Pergaminho99 “comprimidos” de filosofia radical para as inquietações do dia-a-dia e que ajudarão a reen-contrar a energia e o optimismo. O livro reúne 99 máximas do filósofo alemão e revela a sua aplicação prática em todos os contextos e situa-ções do quotidiano, quer para preocupações profissionais, questões familiares complexas ou dilemas sentimentais. Cada capítulo tem início com um aforismo, seguido de uma interpretação prática que ajudará o leitor a tomar decisões, re-cuperar o ânimo, encontrar o rumo perdido e a relativizar a importância de todos aqueles peque-nos incómodos. 14,00 €

Page 61: Edição 42-março 2011
Page 62: Edição 42-março 2011

D_DRUM_REVIS_MRKT_221x297_AF 2/25/11 11:07 AM Page 1

Composite

C M Y CM MY CY CMY K