direito penal iii 1°bimestre

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DIREITO PENAL III PROF.TULIO ARANTES BOZOLA HORARIO : 3ª.FEIRA-10:15 5ª.FEIRA-08:20 CODIGO PENAL : PARTE ESPECIAL - ART.121 A 361 PROGRAMA : 1. CRIMES CONTRA A PESSOA – ART.121 A 128 2. LESÕES CORPORAIS – ART.129 3. CRIMES CONTRA A HONRA – ART.138 A 145 4. CRIMES CONTRA O PATRIMONIO – ART.155-159, 168,171, 180-183 5. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 6. CRIMES DE FALSIDADE – ART.297-299 7. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DATAS DAS PROVAS : V1-21/09/10 V2-30/11/10 BIBLIOGRAFIA : BITENCOURT – SARAIVA – VOL.2 E 3 CAPEZ – SARAIVA – VOL.2 E 3 ROGERIO GRECO – IMPETUS – VOL. 2 E 3 ROGERIO SANCHES – RT – VOL.UNICO CLEBER MASSON – METODO – VOL.2 – DIREITO PENAL ESQUEMATIZADO GILHERME NUCCI – RT – VOL.UNICO 05/08/2010 1° BIMESTRE 1- Código Penal e a sua divisão em partes Dividido em duas grandes partes: - Parte Geral e Parte Especial - É utilizada em muitos séculos. - A parte geral possui normas não incriminadoras, que não criam crimes, não prevê crimes. São as normas explicativas (explicam, art. 13), permissivas (norma que permite certas condutas, art.23), integrativas (aplicação do direito penal, art. 1, 2, 3...). - Na parte especial possui normas incriminadoras (em quase toda parte especial), são chamadas de tipos penais. Trazem um modelo de conduta. Art.121. Exceções: 128; 327; 155 (P.2ª) Obs. Os tipos penais são divididos de acordo com o bem jurídico protegido, que são valores que merecem a proteção do direito. (art.5º, caput CF). PESSOA HUMANA: - vida: 121 a 149, CP

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Page 1: DIREITO PENAL III 1°BIMESTRE

DIREITO PENAL IIIPROF.TULIO ARANTES BOZOLA

HORARIO : 3ª.FEIRA-10:155ª.FEIRA-08:20

CODIGO PENAL : PARTE ESPECIAL - ART.121 A 361 PROGRAMA : 1. CRIMES CONTRA A PESSOA – ART.121 A 1282. LESÕES CORPORAIS – ART.1293. CRIMES CONTRA A HONRA – ART.138 A 1454. CRIMES CONTRA O PATRIMONIO – ART.155-159, 168,171, 180-1835. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL6. CRIMES DE FALSIDADE – ART.297-2997. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DATAS DAS PROVAS : V1-21/09/10 V2-30/11/10 BIBLIOGRAFIA : BITENCOURT – SARAIVA – VOL.2 E 3CAPEZ – SARAIVA – VOL.2 E 3ROGERIO GRECO – IMPETUS – VOL. 2 E 3ROGERIO SANCHES – RT – VOL.UNICOCLEBER MASSON – METODO – VOL.2 – DIREITO PENAL ESQUEMATIZADOGILHERME NUCCI – RT – VOL.UNICO

05/08/20101° BIMESTRE

1- Código Penal e a sua divisão em partes Dividido em duas grandes partes:

- Parte Geral e Parte Especial- É utilizada em muitos séculos.- A parte geral possui normas não incriminadoras, que não criam crimes, não prevê crimes. São as normas explicativas (explicam, art. 13), permissivas (norma que permite certas condutas, art.23), integrativas (aplicação do direito penal, art. 1, 2, 3...).- Na parte especial possui normas incriminadoras (em quase toda parte especial), são chamadas de tipos penais. Trazem um modelo de conduta. Art.121. Exceções: 128; 327; 155 (P.2ª)

Obs. Os tipos penais são divididos de acordo com o bem jurídico protegido, que são valores que merecem a proteção do direito. (art.5º, caput CF).

PESSOA HUMANA:- vida: 121 a 149, CP- honra: 138 a 145, CP- patrimônio: 155 a 183- liberdade: 146 a 149- administração Publica: 312 e SS- Fe publica: 297 a 299

2- Crimes contra a Vida 2.1- Bem Jurídico “Vida”- Primeiro bem jurídico protegido, pois sem a vida não desencadeia os outros bens jurídicos.- A vida é um direito relativo, ou seja, podem ser excluídos, pode ser destruído através da personalidade. O direito possui duas exceções ao direito a vida, ou seja, só se pode matar alguém em dois casos:

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* Pena de Morte, art.84, XIX, CF e art.5°, XLVII CF., em caso de Guerra Declarada, vem apenas no Código Penal Militar, são apenas alguns casos de pena de morte que são expressos no CPm.* Art.23 CP, que são as excludentes de ilicitude.

- A vida é um bem indisponível, não se pode dispor da própria vida. No caso do suicídio, você não será condenado, caso não morrer; mas você pagar alguém para te matar, ai é crime.Art.146, §3°, II, CP., art.122, CP a pessoa responde, caso souber do suicídio. Ou seja, no caso do suicídio, não responderá por nenhuma sanção caso não morra. Se pedir pra outrem matar, essa pessoa irá responder por crimes, mesmo com o consentimento do “suicida”. Se a coage não responde por crime, pois você pode praticar todos os atos necessários para impedir. Quando tem auxilio material ao suicida, você irá responder (art.122, CP). Ex: vender o material pro suicida, sabendo da intenção.

3- Art. 121 CP: Homicídio

OBS.: Sempre temos que fazer um esboço de como será o crime: - Toda vez que vamos estudar os crimes na parte especial, estudamos o sujeito (ativo ou passivo), o tipo objetivo (características do tipo), Tipo subjetivo (dolo/culpa), Consumação e tentativa e logo em seguida a Pena. 3.1- Classificação Legal

a) Homicídio simples CAPUTb) Homicídio Privilegiado §1°c) Homicídio Qualificado §2°d) Homicídio Culposo §3°e) Homicídio Majorado §4°f) Perdão Judicial §5°

Diferença entre: Homicídio qualificado (FASE 1) Causa de aumento de pena (majorante) (FASE 3)A qualificadora já possui uma pena abstrata maior e diretamente alterada ex. art.121, caput em

comparação com o §2, torna o crime mais grave. E a majorante não vai alterar a pena base já de imediato, é a fração.

Circunstancias: (FASE 2)Agravantes (61, 62, 63) só será agravante quando não for qualificadora.Atenuantes (65 e 66)

10/08/103.2- Conceito

É a destruição da vida humana, praticada por outro ser humano. Se matar qualquer coisa que não seja ser humano não é homicídio. E qualquer animal que mate o ser humano, também não é homicídio, salvo se for a mando do seu dono.

Ex.: o pitbull mata uma pessoa pelo comando de seu dono, é homicídio.

3.3- SujeitosATIVO: quem pratica a conduta criminosa. No direito penal é a pessoa física, a pessoa jurídica só responde por crimes ambientais. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Crime comum é aquele que não precisa de qualidade especial para se cometer um crime. (AUTOR) O Crime Próprio é o crime especial.PASSIVO: Qualquer pessoa (crime comum), porque qualquer pessoa pode ser autor do crime, e qualquer pessoa pode ser vitima. (VITIMA)

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Obs.: - Algumas penas maiores do sujeito ativo, art. 121§4° CP: aumento de 1/3 da pena.- Lei 7.170/83 Segurança Nacional, art. 29 e com motivação política 15 a 20 anos. Homicídio contra presidentes da republica, câmera, Senado, STF.

3.4-Tipo Objetivo Estudo das características do crime, não se fala aqui em dolo ou culpa.

3.4.1- Âmbito de Proteção do Tipo Penal do Art.121.

Aborto HomicidioNidaçao Início do parto* Cessação (14 dias) (interpretação da Atividade

do art.123CP) Encefálica (morte cerebral) art.3°, Lei 9.434/97*O parto normal se inicia com a dilatação do colo do útero ou rompimento da membrana amniótica. E o parto cesariano se inicia com incisão as camadas abdominais (corte). - Interpretação do art.123, CP: O infanticídio é uma forma de homicídio. Obs. Antes do inicio do parto, é o crime de aborto. Proteção: A partir de 14 dias após a fecundação. (nidação) Obs. Há consumação do homicídio com a morte cerebral, qualquer outra morte, não haverá ainda homicídio. Obs. Não importa o tempo que a pessoa tenha de vida. Ex. 1 dia de vida, se matar antes desse período, responde por homicídio.

3.4.2- Forma LivreO homicídio é um crime de forma livre, ou seja, pode-se cometer homicídio por diversas formas (facada, revolver, etc.) Ex. fica amigo de um cego pra depois matar ele, pela confiança que ele tem em você, ele acaba morrendo.

3.5- Tipo SubjetivoÉ o estudo do elemento subjetivo do crime.DOLO/CULPA- Dolo direto de primeiro grau é a vontade livre e consciente de matar. Teoria finalista da ação.- Dolo direto de segundo grau são os efeitos colaterais que necessariamente ocorrerão em razão do meio escolhido pelo agente para praticar o crime.Ex. Colocar uma bomba no avião para matar o piloto, mas para matar o piloto, ele sabia que teria que matar os outros, essa não é a vontade inicial. Em relação ao piloto é dolo direito de 1 grau, e em relação aos outros é de 2°grau. - Dolo eventual é quando o agente assume o risco de matar a pessoa e não tem certeza da morte da vitima.Ex. Você pega o seu carro, e sai correndo e fura todos os sinais, e se alguém passar que “se dane.” Sendo assim, se ele matar alguém ele responde, se não matar ninguém nada acontece, o agente não tem certeza da morte da vitima.

1° GRAUDIRETO 2° GRAU

DOLOEVENTUAL

3.6- Consumação e Tentativa- Consumação é a morte encefálica - Tentativa é possível (art.14, II, CP)- O resultado não é produzido devido a circunstancias alheias a vontade do agente.

Diferença entre tentativa de homicídio (dolo de matar) e lesão corporal (art.129, CP)-> critérios:- instrumento utilizado para o crime

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- local da lesão, em qualquer local do corpo- intensidade da lesão- prova testemunhal - circunstancias do crime

3.7- Homicídio Privilegiado (121, §1°)Apresenta causa de diminuição de pena de 1/6 a 1/3. Atua na 3° fase de aplicação da pena. O juiz é obrigado a diminuir a pena, porque deve seguir o veredito dos jurados.

a) Motivo de relevante valor social : atende os interesses de toda uma coletividade.Ex. matar um traficante que aterroriza a comunidade.

b) Relevante valor moral : atende aos interesses particulares do agente. Ex. O pai que mata o estuprador da filha; Eutanásia, no Brasil a eutanásia é homicídio privilegiado devido ao relevante valor moral. “boa morte” mata-se para cessar o sofrimento da pessoa.

c) Homicidio emocional : 03 Requisitos cumulativos: devem estar presentes ao mesmo tempo, se tiver só dois não é homicídio privilegiado, e sim outro crime:- Domínio de violenta emoção: provocação da vitima, emoção aqui no sentido de “perder a cabeça”, de ficar nervoso. A emoção não exclui a responsabilidade penal. Só serve para a diminuição da pena. (Art.28, I, CP); Influencia de violenta emoção (art.65, III, “C”, CP); - “Logo em seguida” (art.121, parg. 1º), chamado pela doutrina como reação imediata, não tem como estipular um tempo claro. Mas, deve ser algo rápido e que não tenha havido intervalo temporal. Ex. Se o agente for embora do local da briga, e voltar mais tarde e matar NÃO é uma reação imediata.- Injusta provocação da vitima: A vitima provoca o agente, fazendo assim o agente perder a cabeça e logo em seguida matar a vitima. A provocação tem que ser grave, não pode ser coisa irrelevante.

OBS.: Os privilégios do §1° são incomunicáveis, ou seja, se duas pessoas praticarem o crime, não se comunicam de autor pra autor, porque não são elementares do crime. As circunstâncias são de caráter pessoal. (art.30). Elementares: são características essências para existência do crime. E os privilégios não são elementares, pois se você tirar algum elemento continuará sendo homicídio. Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do

crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

3.8- Homicídio Qualificado (§2°)Pena de 12 a 30 anos. Sempre altera a pena em abstrata.

3.8.1- Classificação das Qualificadoras-> Incisos I e II: motivos do crime são chamados de qualificadoras subjetivas, sempre uma circunstancia pessoal, caracteristica pessoal, sempre relacionado ao modo do agente pensar, para a pratica do crime.Ex. Motivo torpe, motivo fútil, ou seja, o porquê do agente ter matado. -> III e IV: meios para a pratica do crime são chamados de qualificadoras objetivas, como o agente matou, o modis operandi,Ex. Se matou por meio de fogo, por veneno, etc. -> V: finalidades são chamados de qualificadoras subjetivas, pois se observa o porque o agente matou e o que ele pensou.

3.8.2- Comunicabilidade das QualificadorasSó nas objetivas.- Qualificadoras subjetivas (I, II e V) : não se comunicam, porque apesar de serem circunstancias pessoais, não são elementares do crime, se tirar uma qualificadora, o crime continua existindo. Mesma regra dos privilégios, aplicação do art.30

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- Qualificadoras Objetivas: Se comunicam desde que o outro autor, tenha ciência da utilização delas. Ex. Se tiver dois agentes para o mesmo crime, e o outro agente tiver ciência das qualificadoras dos incisos III e IV. Ex. O pai de família teve sua filha estuprada, ele nunca atirou e contrata um atirador, e deseja que se utilize por meio de fogo, e amarrá-lo para morrer queimado. Qual crime vai responder o pistoleiro? Por homicídio qualificado. E o pai de família responde por homicídio privilegiado (devido ao relevante valor moral) e homicídio qualificado (devido saber da utilização do meio)

3.8.3- Qualificadoras em EspécieI- Pago ou promessa de recompensa ou outro motivo torpe.

Interpretação analógica: Formula casuística: Casos expressos Formula geral: outro motivo torpe

Motivo torpe: É aquele relacionado à cobiça ou egoísmo. Porque são interpretados de acordo com a recompensa. “Vantagem”A recompensa é ou uma recompensa paga, ou prometida. E em tese majoritária só é qualificadora pra quem recebeu. E ainda não precisa ter natureza econômica. Concurso necessário: duas pessoas, uma pagando a outra recebendo.

II- motivo fútil. Insignificante, desproporcional se comparado ao bem jurídico ‘vida’.

No motivo fútil você mata a pessoa porque ela negou de entregar um copo de pinga, no latrocínio por sua vez é em relação ao patrimônio, como um meio de subtração, uma escadinha para facilitar a chegada ao patrimônio. No motivo torpe, matar o pai para ficar com a herança.

Motivo fútil: é o motivo insignificante. É diferente do motivo torpe.Pena de 12 a 30 anos.ATENÇAO: matar alguém para facilitar a subtração do patrimônio latrocínio (157, §3° CP) Pena de 20 a 30 anos.

121, §2°, II diferente de homicídio emocional ( 121, §1°, Cp)Homicídio emocional se fala em 3 requisitos cumulativos e no motivo fútil se tem um requisito ( FUTILIDADE)Homicidio emocional - domínio de violenta emoção

- reação imediata- injusta provocação da vitima

Motivo fútil é possível:- domínio de violenta emoção- reação imediata- injusta provocação da vitima

Obs.: Homicidio sem motivo: Possui duas correntes:

1) se o homicídio com o motivo fútil é qualificado com mais razão a qualificadora do homicídio sem motivo. Se ele é motivo insignificante é motivo fútil, é qualificado, o sem motivo ele é considerado qualificado também.

2) é homicídio simples por falta de previsão legal.

III- Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

OUTRO: interpretação analógica.

Formula casuística: exemplos expressos-veneno insidioso, que a vitima não sabe- fogo meio cruel, dependendo do resultado, pode representar perigo comum- explosivo perigo comum, não traz sofrimento pra vitima

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- asfixia meio cruel, traz sofrimento desnecessário para vitima- tortura cruel, traz sofrimento desnecessário para vitima

Formula geral: onde esta previsto ‘outros’- meio insidioso- meio cruel- perigo comum

veneno para que se aplique a qualificadora a vitima não pode saber que esta ingerindo veneno. Meio cruel é quando a pessoa ingere veneno por ameaça.

Fogo Explosivo Asfixia:

- mecânica enforcamento, afogado, estrangulamento, esganamento.

- tóxica por meio de gás Tortura meio para matar a pessoa, há dolo de matar desde o inicio

Lei 9.445/97, art. 1°, §3°-- tortura com resultado morte. O agente queria apenas torturar a vitima, mas acabou matando-a. Crime preterdoloso- dolo de tortutar

- culpa na morte Meio insidioso sabotagem nos freios de carro

IV- - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;

Interpretaçao analógica:

formula casuística: traição, emboscada e dissimulação formula geral: OUTRO recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vitima.

Traição pressupõe relação de intimidade entre autor e vitima Ex.: amigo que entra na sua casa, amigo de muitos anos e num dia ele entra na sua casa, armado e te mata para subtrair, não confundir com latrocínio.Ataque repentino e inesperado, quebra de confiança.

Emboscada tocaia e atalaia. É o ocultamento do agente.Ex.: quando uma pessoa já tem um caminho próprio de seguir, o autor se esconde e mata a vitima.

Dissimulação disfarce ou fingimento. Ataque surpresa,

Dificulte a defesa ou torne impossível a defesa tornar impossível algo é pior que quando se dificulta a defesa. Ex.: matar a vitima dormindo, é dificultar a defesa. Jogar a criança de 5 anos pela janela é tornar impossível a defesa.

X- para assegurar a:

O que qualifica o crime é o motivo relacionado a finalidade de tal crime...

Execução de outro crime sempre relacionado a um crime futuro. Ex.: matar o vigia no dia anterior para roubar o banco no dia depois.Homicídio ocorre primeiro para depois o outro crime ocorrer.

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Isso é a conexão relação entre um crime e outro crime. Conexão teleológica (relacionado a finalidade) Latrocínio é feito no mesmo momento, no mesmo instante, no mesmo desdobramento dos fatos. Conexão conseqüencial: homicídio passado, que já aconteceu. Ex.: lucros do crime são divididos

entre os ladrões e eles se matam para dividir o lucro, isso é a vantagem do crime.

OBS. O qualificado é o HOMICIDIO, o outro crime pode ser homicídio ou não.

Ocultação ninguém sabe do crime anterior. Ex.: marido finge que sua mulher foi para Europa, ai o jardineiro acha o cadáver no quintal, o marido mata o jardineiro para ocultar o crime anterior. (materialidade)

Impunidadetodos (naquele ambiente, bairro) sabem da existência do crime anterior, mas não sabem quem foi o autor. Ex.: a mulher é assassinada, o marido enterra no quintal, o vizinho tira fotos, o marido mata o vizinho. (autoria)

vantagem de outro crime crime em relação a lucros. PROVA: OBS.: e se for contravenção penal?

Dá para aplicar a qualificadora?

No direito penal, tudo que se aplica tem que esta escrito na lei, não se pode aplicar a qualificadora no inciso V, em razão do principio da legalidade, mas sim no inciso I e no II, dependendo do caso.

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Homicídio premeditado é qualificado?

NÃO!!! A premeditação em si qualifica o homicídio?

Não pode ser qualificadora, premeditar é preparar o agir de forma detalhada, para que você não erre o crime, só ela não qualifica.

Não é qualificadora, mas ela pode funcionar como circunstancia judicial do art. 59, CP, 1° fase de aplicação.

Vingança é qualificadora?

Depende do caso.

O pai que mata o estuprador de sua filha, isso é homicídio privilegiado.

Homicidio qualificado privilegiado

É os dois ao mesmo tempo. É possível q exista o homicídio qualificado e privilegiado ao mesmo tempo, ou seja, existem qualificadoras juntamente com privilégios.

Os privilégios são todos subjetivos, circunstancias subjetivas, pois não se comunicam, ao modo como a gente pensa para praticar a conduta, o que ele pensa para agir.

Já as qualificadoras, podem ser subjetivas (I, II, V) ou objetivas (III e IV).

PROVA!

Aplicaçao da pena:

Page 8: DIREITO PENAL III 1°BIMESTRE

1° fase: pena-base: 12

2° fase: circunstancias atenuantes e agravantes

3° fase: causa de diminuição e aumento

Homicidio com pluralidade de qualificadoras

Duplamente qualificados, triplamente qualificados, não é correto falar.

Ou é qualificado ou não.

Apenas uma das qualificadoras funcionara neste sentido, por isso o termo duplamente qualificado é equivocado.

Ex.: art.121 §2°, II (fútil) e III (fogo)

Existem duas correntes:

1°) Por motivo fútil é qualificadora e o fogo será uma circunstancia judicial do art. 59 CP. (1° fase)

2°) Por motivo fútil é qualificadora e o fogo como circunstancias agravante (2° fase), art.61, II, d CP

A primeira corrente é a mais correta, pois, de acordo com a lei, STF também aplica mais a primeira.

Homicidio e a Lei dos Crimes Hediondos

Crimes hediondos: Lei 8.02/90, art. 1°, teoria do etiquetamento legal.

Homicidio qualificado é sempre hediondo. Lei 8.930/94

Homicidio simples praticado por ação típica de grupo de extermínio, ainda que por um só agente.

Ex.

Trasmissao dolosa de AIDS será tentativa de homicídio.

Homicidio culposo

Detençao de 1 ano a 3 anos

É aquele que ocorre em razão da quebra de um dever de cuidado, não há o dolo, não há vontade, por meio de:

a) Imprudência: é o desenvolvimento de uma ação perigosa, por meio de ação, precipitação ex. dirigir acima de 100 numa rua de 80,

b) Negligencia: trata-se de uma omissão que gera perigo, ausência de precaução, ex. a muito tempo não se troca o óleo do carro,

c) Imperícia: falta de conhecimento técnico para o desenvolvimento de uma ação, não se conhece a regra tecnica ex. medico de pulmão faz cirurgia de coração

Causas de aumento para o crime (§4°)

- inobservancia de regra técnica, conhece a regra técnica, mas não a observa naquele caso. Art 302 ctb lei 9.503/97

- deixar de prestar imediato socorro a vitima, ele podia agir, mas não quis agir.

- não procurar diminuir a conseqüência do seu ato.

Page 9: DIREITO PENAL III 1°BIMESTRE

26/08/2010

Compensação de Culpas

Continuara a existir o crime, mas pode-se diminuir a pena. Não é aplicado no direito penal, porem o comportamento culposo da vitima diminui a pena (vide art.59 cp)

Ex. motoqueiro e um carro se chocam, o motorista do carro agiu com culpa, e o motoqueiro também, ai não há como culpa e culpa se compensarem.

- Culpa exclusiva da vitima

Gera a exclusão do crime.

Concorrência de Culpas

Culpas de 2 ou mais pessoas, em atuação independente uma da outra, causam o resultado lesivo em razão da soma de culpas.

Ex. acidente perto de monte Carmelo, em que o caminhão passou pra pista do lado contrario, a 100 km/h, bate de frente com o um fusca.

Perdao Judicial ( 121§5° CP)

Só é aplicado para o homicídio culposo

Causa extinta de punibilidade (107, IX, CP)

Sumula 18 STJ, sentença declaratória.

O delegado não pode conceder o perdão judicial, apenas o juiz.

Homicidio Culposo no CTB (Lei 9.503/97)

- Art. 302 -> detenção de 2 a 4 anos

a) perdão judicial: não existe artigo que indique o perdão judicial porque o direito penal, como é aplicado, é usado subsidiariamente pelo CTB, podendo haver sim o perdão judicial. Art. 291 CTB, o art 299 foi retirado como desnecessário ao CTB

b) homicídio culposo no transito em duas hipóteses:

- embriaguez ao volante

- competição não autorizada (racha)

Homicídio culposo ou homicídio com dolo eventual?

Depende do caso. (Rogério Greco)

ART 122 CP

1- IntroduçãoO suicídio não é crime. O que é crime é a participação dolosa de 3° pessoa no suicídio de outrem.Art. 146§3° II CP

2- Tipo Objetivo

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2.1- Núcleos do tipo:

- induzir (moral) -> criar na mente da pessoa a idéia suicida

- instigar (moral) -> reforçar uma idéia suicida já existente.

- prestar auxilio (material) -> entrega do instrumento para o suicídio.

Se houver a pratica de ato executório, o agente responde por homicídio.

O agente não pode praticar ato executório, ex. ajudar a apertar o gatilho.

Qualquer ato que faça a vitima morrer é ato executório.

3- Sujeitos3.1- AtivoQualquer pessoa pode praticar o crime, crime comum. 3.2- PassivoQualquer pessoa que possua discernimento (no caso concreto) e seja determinada.Se não tiver discernimento, art.121 CP, homicídio.

Art. 122, § único, II, CP

Vitima menor, ou que tem diminuída sua capacidade de resistência.

Menor: é o menor de 18 anos que tem discernimento.

De 0 anos até 18 anos, tenho que saber qual é o art. aplicado, pois o art. 121 é para pessoas que não possuem discernimento, e o art. 122 com pena dupla (duplicada), quando se tem discernimento, e de 18 anos pra cima, com pena simples.

Capacidade de resistência diminuída- embriaguez- hiprose- drogas

Obs. Se não houver nenhuma capacidade de resistência, art. 121, CP

I- Motivo egoístico

4- Tipo subjetivo:DOLO- direto - indireto

5- Consumação e tentativaNão admite tentativa art. 14, §único CPConsumação

1) com a morte: 2 a 6 anos2) lesão corporal grave da vitima: 1 a 3 anos, art. 129, §§1° e 2°

Se a vitima sofrer lesão leve => fato atípico

6- Pactos de Morte6.1- Roleta russa e duelo americano

Roleta russa é uma brincadeira com arma na mesa, eles se matam, morre um, os outros dois respondem pelo art. 122, CP

Page 11: DIREITO PENAL III 1°BIMESTRE

Roleta russa é um jogo de azar onde os participantes colocam uma bala — tipicamente apenas uma — em uma das câmaras de um revólver. O tambor do revólver é girado e fechado, de modo que a localização da bala é desconhecida. Os participantes apontam a arma para suas cabeças e atiram, correndo o risco da provável morte caso a bala esteja na câmara engatilhada.Duelo americano é uma brincadeira de quem dá o tiro mais rápido, onde o sobrevivente respondera pelo art. 122 CPNo caso do Duelo Americano, tem-se duas armas sendo que apenas uma está carregada. Cada participante escolhe uma e ambos acionam o gatilho apontando a arma para a própria cabeça ao mesmo tempo. Fatalmente um dos jogadores se ferirá e provavelmente irá a óbito.

6.2- Torneira de GásDuas regras absolutas:Quem abre a torneira, vai responder por homicídio tentado ou consumado (caso a outra morrer), porque praticou ato executórioQuem não abriu a torneira, responde por art. 122, desde que a outra pessoa (aquela que abriu) sofra ao menos lesão grave.Ex. João abre a torneira e Maria pactua com o suicídio.

1- J-> Lesão leve – responde por 121 tentado.M-> lesão leve – fato atípico

2- J-> morre M-> lesão grave –122 consumado (2 a 6 anos)

3- J-> lesão grave – 121 tentadoM-> lesão grave – 122 consumado (1 a 3 anos)

09-09-2010Art. 123 – Infanticídio

1- IntroduçãoPena de 2 a 6 anos de detenção, ou seja, não tem nem regime fechado. É um homicídio, mas com circunstâncias especiais. Essas circunstâncias especiais influem na culpabilidade da mãe. Poderia ter sido feito como § do homicídio. As circunstâncias especiais são a influência do estado puerperal, matar o próprio filho, durante o parto ou logo após.

2- SujeitosAtivo – MãePassivo – Filho

3- Concurso de pessoasUma mãe esta tendo parto normal no meio do mato, pede ajuda a uma parteira, seu subconsciente esta abalado, pede para que a parteira o filho, pois quer matá-lo por não ter condição de cuidar dele, a parteira entrega-o e a mãe o mata. Infanticídio ou Homicídio? O estado puerperal é um elementar do crime, tipo autônomo. Art. 30 CP. É um homicídio comunicado com o infanticídio, pois o infanticídio é um elementar do crime, se comunicam. Possui duas correntes:- Minoritária o concurso de pessoas não é possível, pois o estado puerperal é uma condição

personalíssima e não se comunica a outra pessoa (co-autora ou participe) e essa outra pessoa responderá por homicídio.

- Majoritária ocorrerá o concurso de pessoas, pois o estado puerperal é circunstancia pessoal e é elementar do crime, aplicando-se o art. 30 CP.

Hipóteses:

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- se a mãe mata - autora - medico auxilia – participe os dois respondem 123, CP- mãe mata - medico mata os dois são co-autores e respondem pelo 123 CP- mãe – auxilia – participe 123CP- medico – mata – autor – 121, CP

- 123 CPArt. 20, §3°, CPerro quanto a pessoa, responde por homicídio

4- Tipo ObjetivoPrincipal do crime.

4.1- Estado puerperal (elemento psíquico) (elementos cumulativos)4.1.1- Conceito:Estado puerperal é o estado que causa profundas alterações psíquicas e físicas na mãe, deixando-a transtornada, sem condições de entender o que está fazendo. GUILHERME DE SOUZA NUCCI.

-> Duração: de 6 a 8 semanas após o parto.Graus: serão analisados por perícia - Máximo: gera a inimputabilidade da mãe. (26, CAPUT, CP) (esta sob domínio) - Médio: gera a semi-imputabilidade da mãe. (26, §único, CP) – responde por infanticídio (influência) - Mínimo: responde por homicídio 4.2- “Logo após” (elemento temporal) Durante o parto ou logo após:- Durante o parto: antes do fim do parto- Logo após o parto: principio da razoabilidade (Greco) – primeiro momento que viu a criança pode ser considerado como logo após o parto, mas não se tem um tempo certo, depende de cada doutrinador.Obs. Se a mãe estiver influenciada pelo estado puerperal e no caso concreto não se respeita o elemento temporal (4.2), ela responde por homicídio como semi-imputável (diminuição de pena do 26 §único CP)

Crime tentado é aplicado também no infanticídio.

5- Elemento subjetivoDolo podendo ser direto ou eventual.Não existe previsão para a modalidade culposa, não existe infanticídio culposo.Se a mãe, influenciada pelo estado puerperal, mata o próprio filho logo após o parto por culpa responderá:- primeira corrente: fato atípico - segunda corrente: homicídio culposo (121,§3°CP)1 a 3 anos – 1/3 a 2/3 (26, §único)

6- Consumação e tentativaIdem homicídio.

ABORTO1- Conceito:

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É crime e não há objeções quanto a isso, apenas os que constam na lei. É a interrupção da gravidez, com a destruição do produto da concepção (ovulo, embrião ou feto).

2- Âmbito de proteção da lei penalProtege a nidação até o inicio do parto, após o parto é homicídio ou infanticídio, dependendo dos requisitos. A nidação é a instalação do óvulo fecundado no útero materno demora 14 dias.Todos os remédios que são tomados em 14 dias antes da nidação, não é considerado aborto, antes da nidação não se fala em aborto.Tem que ser gravidez ultra uterina, pois não se considera fora do útero como gravidez.

14 dias abortoI-----------------------I-------------------------------------------------I

Nidação inicio do partogravidez ultra uterina

3- Espécies de abortoa) Natural (espontâneo): não é crime, não se tem nem discussãob) Acidental (culposo): não é crime também, mas se analisa cada caso, pois se uma gestante no 7°

mês de gravidez, anda a cavalo, caso ela cair no chão, é culposo, não houve intenção da vitimac) Criminoso (doloso): é crime, art.124 a 127d) Legal: não é crime, art. 128 CPe) Eugênico: em razão dos defeitos do feto, embriões anencéfalos*, outros defeitos é crime.f) Miserável ou econômico: é crime, pois se a família não tem condições de colocar um filho no

mundo, o Estado deverá arcar com essas condições.g) Aborto “honoris causa”: é crime, em proteção a honra.

4-Aborto criminoso

Conduta(s) Sujeito ativo Sujeito passivo

Concurso de agentes

Art. 124

Exceção a teoria monista

1° auto-aborto: ela ira fazer sozinhaOu 2° consentir que 3° pessoa provoque o aborto

Gestante1 a 3 anos de detenção

Ovulo, embrião ou feto

Admite participação Caso tiver co-autoria ai vai para o 126

Art. 126 Provocar aborto com o consentimento da gestante

Qualquer pessoa que não seja a gestante1 a 4 anos reclusão

Ovulo, embrião ou feto

Admite co-autoria e participaçãoEx. enfermeira que ajuda o médico que fez o aborto (co-autor)Assistente que passa o bisturi (participe)

Art. 125 Provocar aborto sem o consentimento

Qualquer pessoa que não seja a gestante

Gestante E ovulo, embrião e feto

Admite co-autoria e participação

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da gestante

Obs.: §único, 126, hipóteses de consentimento invalido é a mesma pena do 125.

Pena de 3 a 10 anos de reclusão

Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimentoArt. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:Pena - detenção, de um a três anos.Aborto provocado por terceiroArt. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:Pena - reclusão, de três a dez anos.Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:Pena - reclusão, de um a quatro anos.Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência

5- Consumação e tentativaConsumação é quando há destruição do produto da gravidez Se o feto é expulso com vida, mas logo após não resiste e morre devido ao fim da gravidez, é aborto consumado.Tentativa é quando após a interrupção da gravidez, o feto é expulso com vida e permanece com vida. §único, art.14 Se o feto esta vivo e a gestante procura meio de matá-lo é homicídio.

Art. 127: aborto majorado(causas de aumento de pena)Forma qualificadaArt. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.Só será aplicado se houver culpa.

Lesão corporal grave para a gestante +1/3 Morte da gestante: pena duplicada

- aplica-se apenas ao art. 125 e ao 126=> crime preterdoloso:- dolo no antecedente- culpa no subsequenteA questão mais importante é que aqui o crime é preterdoloso. O preterdolo se divide em dolo no antecedente (dolo de abortar, dolo inicial) e culpa no subsequente (culpa na morte ou na lesão corporal grave)Ex. o medico por inegligencia, teve que tirar o útero, art. 127, agora se ele tirar o útero porque ele quis, art. 126 e concurso de crimes

Ex: 129, §2º, III: uma gestante que queira praticar um aborto, ela vai em uma clinica e paga o medico, e durante o aborto o médico tira o útero dela. Ela sofrerá Lesão corporal grave, pois a princípio ela não queria tirar o útero, só o bebê.

Obs.: se o médico tirar em ato doloso, ele apresenta pelos dois crimes, o art.126 e o art. 129;

Dolo no aborto: concurso material de crimes ou formal impróprio

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Dolo na lesão grave ou na morte: concurso material de crimes ou formal impróprioAmbos as causas, soma-se as penas.

Ex. gestante e alguém quer destruir o neném e dá um tiro na cabeça na gestante

Pode ser que aconteçaDolo na lesão: art. 129, §2°, V cp Culpa no aborto: crime preterdoloso (lesão grave)Ex. chute na barriga da grávida

ART.128 Hipoteses de aborto legalArt. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:Aborto necessárioI - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;Aborto no caso de gravidez resultante de estuproII - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

I- Aborto necessário: previlegiou a vida de quem já esta vivoRequisitos:

a) Praticado por medico: Porem, a terceira pessoa que não seja medico pode praticar esse aborto pois trata-se de hipótese de estado de necessidade do art. 24 CPb) Perigo de vida para a gestante: ex. a mulher esta na fazenda, a parteira salva a vida da gestantec) Impossibilidade do uso de outro meio para salva-la: a pessoa não tem como viver se não perdendo o

bebe.Obs.: - Não precisa de autorização judicial - Não precisa do consentimento da gestante- Natureza jurídica do inciso I: estado de necessidade (exclui a ilicitude)

II- gravidez resultante de estupro- humanitário, sentimental ou úteroRequisitos:a) praticado pelo medico: não se admite outra pessoab) grande resultante de estupro: precisa de provas mínimas c) consentimento da gestante (ou da representação legal)

Conflitos de interesses, sempre vai ser quem tem interesse de ter a criança, pai por exemplo.

NÃO PRECISA DE AUTORIZAÇAO JUDICIAL:Precisa de provas mínimas que houve estupro. Na pratica, muitos médicos falam que precisa, mas na real, não necessita.

- natureza jurídica: causa de exclusão da culpabilidade (inexigibilidade de conduta diversa)

FETO ANENCÉFALONão é previsto em lei, STF: ADPF n° 54-> CNTSPara aqueles que defendem o aborto:- inexigibilidade de conduta diversa (Bitencourt)- art. 3°, Lei 9.434/97 -> a morte se consuma com o fim da atividade cerebralBebes sem cérebro não vive muitos minutos,

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Materia da Prova121 ao 128 Início até Aborto!!