diagnÓstico precoce · o dr. carlos fernandes da silva abordou a temática dos ritmos biológicos...

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nº47 Novembro a Fevereiro 2012 A AVÓ TEM ALZHEIMER Saiba como ajudar as crianças e os adolescentes a entender a Doença de Alzheimer NATAL COM ESPERANÇA Actividades para os familiares organizarem com os Doentes de Alzheimer UM DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DIAGNÓSTICO PRECOCE

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nº47

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A AVÓ TEM ALZHEIMERSaiba como ajudar as crianças e os adolescentes a entender a Doença de Alzheimer

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Caros Associados e Amigos

Diagnóstico precoce será o nosso mote para 2012.

Sabemos que a investigação tem avançado muito no sentido de encontrar meios que permitam prever diagnóstico de Doença de Alzheimer e obter diagnóstico cada vez mais cedo. Portugal participa neste esforço científico internacional e acompanha o que de melhor se vai fazendo.

Independentemente de querermos ou não saber se nos poderemos vir a juntar ao número, cada vez maior, de pessoas que sofrem desta patologia, o importante será estarmos sensibilizados para as vantagens de sermos capazes de preparar o nosso futuro e influenciar quem possa vir a tomar decisões em nosso nome, quer se trate dos nossos familiares, pessoas de confiança, profissionais de saúde ou prestadores de cuidados.

Em 16 de Setembro passado, a Assembleia da República aprovou, na generalidade, quatro projectos de lei sobre testamento vital. Do conteúdo desses projectos parece resultar que as questões patrimoniais e os cuidados não clínicos ficarão de fora do que vier a ser regulado na especialidade.

Contudo, trata-se de um avanço signifi-cativo no sentido do reconhecimento da dignidade e da autonomia das pessoas que, no pleno uso das suas faculdades, terão a liberdade de tomar decisões vin-culativas sobre o seu próprio futuro.

Conhecer o diagnóstico precocemente importa na perspectiva dos direitos, mas não apenas nessa perspectiva. Importa também porque existem terapias farma-cológicas que retardam a progressão da doença e minoram os seus efeitos. E existem intervenções não farmacológicas, nas quais se incluem o acompanhamento psicológico, a estimulação cognitiva e a ocupação, que são fundamentais para preservar as capacidades e a autonomia destas pessoas, bem como para com-bater a solidão e promover o envolvimento social dos próprios e das suas famílias.

Por todas estas razões, é nossa prioridade informar e alertar para a importância de estar atento aos primeiros sinais de alerta e procurar um diagnóstico.

Nesta campanha que vamos lançar e desenvolver em 2012 contamos com todos os nossos cerca de oito mil associados, a quem agradecemos as respostas muito positivas que nos têm chegado à carta que vos enviámos recentemente e reiteramos aqui o desafio para angariarem mais associados.

Queremos rapidamente chegar aos 10 000 associados!

Com amizade,

fiCHA TÉCniCA

propriedade e edição: Alzheimer PortugalAssociação Portuguesa de Familiarese Amigos de Doentes de Alzheimer

periodicidade: Quadrimestral

Direcção: Maria do Rosário Zincke dos Reis

redacção: Tatiana Nunes

Design e edição: Marketividade, lda.

impressão, papel e Acabamento:Gráfica Invulgar

Distribuição: Bastos & Viegas

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eDiToriAL

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As III Jornadas Ibéricas sobre a D oença de Alzheimer tiveram lugar nos passados dias 21 e 22 de Outubro de 2011, na Universidade

Católica Portuguesa, em Lisboa.

A Investigação e a Intervenção junto dos cuidadores e das pessoas com Doença de Alzheimer foram as grandes áreas temáticas das III Jornadas Ibéricas, que reuniram em Lisboa especialistas Portugueses e Espanhóis.

No dia 21, os trabalhos iniciaram-se com a apresentação de um novo projecto da Alzheimer Portugal para a criação de Gabi-netes de Apoio aos cuidadores de doentes de Alzheimer por todo o país. Um pro-jecto ambicioso e que conta com o apoio do Município de Cascais, de Oeiras e de Sintra, da Fundação Calouste Gulbenkian,

da Fundação Montepio e da Universidade Católica Portuguesa.

O painel da manhã ficou marcado por três apresentações de grande valor na área clínica. A Dra. Sofia Nunes de Oliveira abor-dou o tema “Linguagem e Comunicação nas Demências”, o Pro-fessor Alexandre de Mendonça referiu-se às “Estratégias tera-pêuticas para a cura da Doença de Alzheimer” e, por último, a Dra. Blanca Clavijo apre-sentou as normativas espanholas para a participação dos doentes de Alzheimer em ensaios clínicos.

O painel da tarde, dedicado à intervenção junto de doentes e cuidadores, contou com a apresentação da Dra. Virginia Silva Zavaleta

sobre o método IPA de intervenção psicológica para doentes e cui-dadores. De seguida a Dra. Ana Margarida Cavaleiro apresentou o estudo “Processos de ajustamento nos cuida-dores de pessoas com Doença de Alzheimer”, o Dr. Carlos Fernandes da Silva abordou a

temática dos Ritmos biológicos e Doença de Alzheimer e as suas implicações práti-cas para a melhoria da qualidade de vida. Por último, encerrámos o primeiro dia des-

A Investigação e a Intervenção junto do dos cuidadores e das pessoas com Doença de Alzheimer foram as grandes áreas temáticas das III Jornadas Ibéricas

iii JornADAS iBÉriCASSoBre A DoenÇA De ALZHeimer

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tas III Jornadas Ibéricas com a apresentação da experiência dos Grupos Psicoeducativos realiza-dos na Delegação Cen-tro da Alzheimer Por-tugal, pela Dra. Maria Inês Costa.

O segundo dia das III Jornadas Ibéricas sobre a Doença de Alzheimer iniciou-se com um painel também sobre a inter-venção junto de doen-tes e seus cuidadores. A Dra. Isabel Santana apresentou a comunicação “Doença de Alzheimer antes da Demência”, seguida da Dra. Helena Bárrios que abordou a im-portância da avaliação da qualidade de vida no doente e no cuidador.

Seguiu-se a apresentação sobre a estimulação às pessoas com demência através do desporto de uma das convi-dadas espanholas, a Dra. Patricia Pecero Moya. Por último, o Dr. Antonio Burgueño

apresentou o Programa “Desamarrar o idoso e o doente de Alzheimer”.

O painel da tarde foi, por sua vez, inteira-mente dedicado à área jurídica. Tivemos o prazer de ouvir o exemplo da Fundação Tutelar para doentes de Alzheimer, por parte do Dr. Jaime Conde, seguindo--se duas apresentações portuguesas: a primeira por parte da Dra. Paula Távora Vítor sobre o Testamento Vital em Portugal e a segunda da Dra. Vera Vaz, sobre as

Organizações como Tutoras das pessoas em situação de Incapacidade.

As III Jornadas Ibéricas terminaram com a apresentação do projecto “Kelembra” destinado a crianças, pelo Dr. Celso Teixeira, procurando explicar-lhes o que é a Doença de Alzheimer através da leitura e dramatização livro da Alzheimer Portugal “O Pequeno Elefante Memo”. Por último, a Dra. Filipa Gomes por parte da Alzheimer Portu-gal e a Dra. Deolinda Cerqueira, por parte

da Fundação Calouste Gulbenkian deram a conhecer o projecto de arte para pessoas com demência “Pela Arte recriar a Vida”.

Dois dias de intensa partilha de conheci-mentos e experiências que permitiram, uma vez mais, à Alzheimer Portugal e a Afal Con-tigo, unirem-se em torno da sua causa e alargarem o seu âmbito de actuação. •

Dois dias de intensa partilha de conhecimentos e experiências que permitiram, uma vez mais, às duas associações, a Alzheimer Portugal e a Afal Contigo, unirem-se em torno da sua causa e alargar o seu âmbito de actuação

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Centenas de pessoas caminharam no domingo, dia 18 de Setem-bro, na Marginal de Oeiras, mani-festando-se a favor da causa das

Pessoas com Doença de Alzheimer, numa ini-ciativa designada Passeio da Memória, com vista a assinalar o Dia Mundial da Pessoa com a Doença de Alzheimer (comemorado a 21 de Setembro) e a alertar a população portuguesa para a importância do exercício físico na redução do risco da Doença de Alzheimer.

O apresentador de TV Jorge Gabriel, o cantor Ricardo Azevedo, as actrizes Cristina Cunha e Alexandra Leite foram algumas das personalidades que manifestaram a sua soli-dariedade com a Alzheimer Portugal, fazen-do o percurso do Passeio e sensibilizando os transeuntes.

“Se nós não soubermos exactamente que passos dar, se não soubermos exactamente que modo e que instituições estão para nos ajudar, dificilmente esta doença pode chegar ao conhecimento dos portugueses, da popu-lação mundial, daquilo que é necessário, para que também estes doentes se possam sentir mais integrados na sociedade, apesar de tão distantes nos parecerem”, foram as palavras de Jorge Gabriel.

O Passeio da Memória, sob a designação Memory Walk, é uma iniciativa lançada há alguns anos nos Estados Unidos da Amé-

rica, pela associação americana de combate à Doença de Alzheimer e que se propagou a di-versos países do Mundo, com notável sucesso nos seus efeitos de alerta para o gravíssimo pro-blema das demências.

“Todas as coisas que se possam fazer para sensibilizar pre-cocemente as pessoas e para sensibilizar a comunidade para o apoio aos doentes e às famílias dos doentes, tudo o que se puder fazer é pouco”, afirmou Alexandra Leite.

O Passeio da Memória teve lugar na Marginal de Oeiras, com concentração junto à Praia da Torre, ten-do os participantes rea-lizado um percurso de 6 quilómetros, em ritmo de Passeio, seguindo as indi-cações dos voluntários da Alzheimer Portugal e usufruindo do facto de, nesse dia, a Marginal estar vedada ao trânsito e disponível apenas para peões.

Às centenas de pessoas que partiram da Praia da Torre juntaram-se mais algumas e o resultado foi uma verdadeira mancha solidária.

O percurso de cerca de 6 km constituiu uma proposta de actividade física que vai ao encon-tro das mais recentes evidências científicas que demonstram que

caminhar cerca de 6 km por semana pode ajudar a manter a memória activa na velhice. Uma iniciativa a repetir, certamente, em 2012.•

O apresentador de TV Jorge Gabriel, o cantor Ricardo Azevedo, as actrizes Cristina Cunha e Alexandra Leite foram algumas das personalidades que manifestaram a sua solidariedade com os doentes com Alzheimer

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porQue É poSSÍVeL preVenirCAminHe pArA reDuZir o Seu riSCo De DemênCiA

A prática regular de exercício físico está associada a um melhor fun-cionamento do cérebro e a uma redução do risco de declínio

cognitivo e demência.

Mesmo pequenas quantidades de exercício e exercícios simples como andar, parecem ser benéficas para a saúde do cérebro e pro-teger contra a demência. Assim, qualquer actividade física que faça na sua rotina vai ajudar.

O aumento do fluxo sanguíneo cerebral, células cerebrais mais saudáveis e um risco cardiovascular mais reduzido podem con-tribuir fortemente para a sua saúde.

Qual a evidência de que o exercício físico reduz o risco de demência?

Não temos todas as respostas, mas di-versos estudos têm indicado que a prática regular de exercício físico pode ajudar a manter o cérebro saudável. Por exemplo:

A prática regular de exercício físico traz--lhe, ainda, um conjunto de benefícios para a sua saúde que, ao mesmo tempo, reduzem o risco de demência:• Mantém o seu coração e vasos sanguí-neos saudáveis

• Reduz o risco de diabetes tipo 2, tensão arterial alta, colesterol alto e obesidade

• Melhora o humor

• Mantém os seus músculos e ossos fortes

• Mantém o funcionamento do cérebro saudável.

Como é que o exercício físico reduz o risco de demência?

A actividade física promove a saúde dos vasos sanguíneos, melhorando o fluxo san-guíneo para o cérebro e o fornecimento de glicose e oxigénio que este precisa para funcionar correctamente.

A actividade física também promove o crescimento e sobrevivência das células nervosas no cérebro. Estudos demonstram, também, que o exercício físico regular está associado a menor contracção do cérebro com o envelhecimento.

A prática regular de exercício físico pode, portanto, contribuir para a “preservação do cérebro”. Ao ajudar a manter os vasos san-guíneos e as células nervosas saudáveis, a actividade física ajuda a construir uma reserva que o cérebro pode utilizar para re-duzir o impacto dos factores que causam demência. Desta forma, o exercício físico regular pode protegê-lo contra o declínio cognitivo e demência.

Comece devagar e escolha actividades de que gosta.

O tipo e a quantidade de exercício que você é capaz de fazer vai depender da sua idade, capacidade física, nível de aptidão e

as condições médicas. Aconselhe-se com o seu médico sobre qual é o melhor programa de actividade para si. Se está inactivo há muito tempo, comece devagar e gradual-mente construa o seu plano de exercício.

Praticar um desporto ou frequentar um ginásio são óptimas formas de se exerci-tar e socializar. Há também muitas outras maneiras de ser fisicamente activo. Pode tentar:

• Andar, correr, andar de bicicleta ou skate;

• Dança aeróbica ou yoga;

• Natação, remo ou surf;

• Golfe, caminhadas ou passeios no parque;

Mesmo as tarefas domésticas como a jardinagem ou lavar o carro envolvem o exercício. Escolha actividades de que goste e tente incluir alguma variedade.

Assim conseguirá manter o seu corpo e o seu cérebro activos:

• Seja o mais activo possível, todos os dias;

• Pense no exercício físico como uma opor-tunidade, não como um inconveniente;

• Incorpore o exercício físico na sua rotina diária normal;

• Pratique exercício com um amigo ou membro da família;

• Escolha actividades de que goste.

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De 7 a 23 de Outubro, 45 obras estiverem em exposição e dis-poníveis para venda na grande exposição “Artistas Solidários

com Alzheimer Portugal”.

Ana Sério, Catarina Pinto Leite, Dário Vidal, Edmundo Cruz, Eduardo Nery, Ema M., Emília Nadal, Filipe Condado, Filipe Rocha da Silva, Gonzales Bravo, Graça Morais, Guilherme Parente, Isabel Baraona, Isabelle Faria, Isabel Nunes, Jaime Silva, Jorge Pinheiro, Julio Pomar, Laura Cesana, Luis Bivar, Luis Herberto, Luísa Paixão, Manuel Caeiro, Mário Rita, Marta Ramos, Mathias Contzen, Capucho, Nikias Skapinakis, Paulo Ossião, Pedro Calapez, Pedro Dória, Pedro Pinto Coelho, Rita Mendes de Almeida, Rui Macedo, Sofia Areal, Sofia Pinto Correia Melo, Teresa Gonçalves Lobo, Valter Vinagre.

Foram estes os 38 artistas solidários que cederam ou doaram as suas obras à Alzheimer Portugal. Finda a exposição, de-volvemos as obras aos artistas que assim o desejaram, e temos agora 32 obras doadas, que iremos manter à venda através dos meios de comunicação ao nosso dispor.

O catálogo irá manter-se online, per-manecendo todas as obras à venda até ao final do ano.

Inaugurada no dia 7 de Outubro, a inicia-tiva contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, e do Presidente da Função D. Luís I, António Capucho.

“Espero que rapidamente nos voltemos a encontrar e rapidamente tenhamos a ca-pacidade de proporcionar a alguns aquilo que porventura tanto lhes falta e dar-lhes alguma felicidade. Também que descubram

eles mesmos, nessa fase da vida, que é pos-sível ser feliz com as coisas simples.”, foram as palavras de Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais.

“A Câmara Munici-pal de Cascais, quando soube que havia a hipó-tese de construírem um lar, imediatamente dis-ponibilizou terrenos e apoiou na medida das suas possibilidades. Acho que vai ser fan-tástico e um exemplo para o resto do país, porque isto é uma gota de água no oceano das necessidades que nós temos”, afirmou António Capucho.”

A Alzheimer Portugal angariou, com esta iniciativa, 4.310€. O valor reverte a favor da Casa do Alecrim, primeira unidade residen-cial da Alzheimer Portugal, cuja abertura está prevista para 2012.

“O que nós pretendemos fazer na Casa do Alecrim é receber as pessoas com demência e principalmente as suas famílias, pô-las novamente a sorrir, pô-las a entender o seu familiar. Esperamos que com o nosso exemplo, com os nossos valores, com a nossa capacidade e com o nosso espírito de equipa, consigamos levar as famílias a sentirem-se novamente bem e a sentirem que o seu familiar está realmente muito bem

entregue”, salientou Fernanda Carrapatoso, Directora Técnica da Casa do Alecrim.

A Casa do Alecrim, localizada na Alapraia, em Cascais, pretende

ser uma resposta para pessoas com Demên-cia, tendo capacidade para 30 clientes em Lar, 15 em Centro de Dia e 50 em Serviço de Apoio Domiciliário. A Casa do Alecrim privi-legia os afectos, a autonomia, a segurança e o respeito pelos clientes, oferecendo um espaço interior e exterior cuidado e acolhe-dor, adaptado às características das pes-soas com Demência, e implementando um Plano de Actividades Terapêuticas que será o garante de um serviço especializado e de qualidade.

A Alzheimer Portugal agradece a todos os que tornaram possível esta exposição. •

ArTiSTAS SoLiDÁrioSSuCeSSo ApoiA CASA Do ALeCrim

O catálogo irá manter-se online, permanecendo todas as obras à venda até ao final do ano

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A Assembleia Geral das Nações Unidas reconhece as doenças neurológicas, incluindo a Doença de Alzheimer, como importante

causa de morbilidade, sendo absoluta-mente necessário possibilitar-se acesso igualitário a programas eficazes e a inter-venções em cuidados de saúde.

A Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua 66ª sessão de 19 e 20 de Setembro, que se debruçou sobre questões de saúde relacionadas com doenças não-transmis-síveis (DNT), adoptou uma DECLARAÇÃO POLÍTICA PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLO DE DOENÇAS NÃO-TRANS-MISSÍVEIS (DNT), em que, no item 18, se reconhece especificamente que as doen-ças neurológicas, incluindo a Doença de Alzheimer, constituem importante causa de morbilidade e contribuem para o enorme

problema que representam as DNT a nível global, sendo absolutamente necessário possibilitar-se acesso igualitário a progra-mas eficazes e a intervenções em cuidados de saúde.

A Doença de Alzheimer passa, assim, a estar incluída em programas de promoção da saúde a nível mundial, um dos maiores desafios a desenvolver no século XXI, dado que inclusivamente as DNT consti-tuem uma ameaça para as economias de muitos Estados Membros, podendo levar a crescentes desigualdades entre países e populações.

Segundo a ADI (Alzheimer Disease International), na sua declaração sobre os resultados desta cimeira, trata-se de uma declaração da maior importância, uma vez que a Doença de Alzheimer e outras demências são reconhecidas, a

par da diabetes, do cancro, das doenças respiratórias e das doenças cardiovas-culares, como representando um grave problema global de saúde pública.

Poder-se-á, agora, esperar que sejam elaborados e concretizados programas es-pecíficos, a nível mundial, de que resultem, por exemplo, o diagnóstico precoce e a redução dos riscos.

Pretende-se, assim, reforçar políticas nacionais e sistemas de saúde, até 2013, cooperação internacional que incluam parcerias de cooperação, desenvolvendo e apoiando a investigação nesta área da saúde. Um grande passo, resultado dos es-forços extraordinários de todo o movimento Alzheimer em vários países, em que se in-clui a Alzheimer Europe da qual a Alzheimer Portugal é membro activo. •

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O Parlamento Português apro-vou, em Setembro de 2011, projectos do CDS, PSD, PS e Bloco de Esquerda sobre o

testamento vital, estabelecendo directivas antecipadas de vontade para cada pes-soa escolher que tratamentos médicos está disposta a aceitar ou recusar no fim da vida.

O projecto do CDS, que prevê a no-meação de um procurador de cuidados de saúde que assegure o cumprimento das instruções do doente caso este fique inca-pacitado de expressar a sua vontade em relação aos tratamen-tos que aceita ou re-cusa, foi aprovado com a abstenção de toda a bancada do Bloco de Esquerda e mais cinco abstenções.

O plenário aprovou também o projecto do PSD sobre as directi-vas antecipadas de vontade, com três abstenções, o do PS, com oito absten-ções, e o do Bloco de Esquerda, também com oito abstenções, Todos os projectos vão baixar à comissão parlamentar para debate na especialidade.

A Assembleia da República aprovou também um projecto do CDS que esta-belece uma Lei de Bases dos Cuidados Paliativos com os votos contra do PS. Um projecto do Bloco de Esquerda que visava a criação de uma rede de cuidados pali-ativos foi rejeitado com os votos contra do PS e as abstenções do PSD e CDS-PP.

A Alzheimer Portugal vê com enorme satisfação o tema do testamento vital re-

gressar à Assembleia da República, um assunto que tem sido objecto de reflexão por parte desta associação no âmbito mais alargado dos direitos das pessoas em situação de incapacidade.

A pessoa em situação de incapacidade deve ser informada da possibilidade de escrever uma decisão para o futuro antes que a sua incapacidade progrida de tal forma que a impeça de o fazer.

As decisões que venham a ser tomadas neste domínio devem ser feitas no enqua-dramento geral dos Direitos das Pessoas

em situação de inca-pacidade e partindo da figura abrangente das decisões para o futuro, nas suas diversas mo-dalidades e conteúdos, que não se circuns-crevem às questões de saúde mas também aos temas patrimoniais.

As “decisões para o futuro” (advance di-rectives) são tomadas pela pessoa quando esta se encontra no domínio da sua von-tade e das suas capacidades cognitivas e são posteriormente tomadas caso a pes-soa se encontre numa situação de inca-pacidade para decidir.

Estas decisões podem assumir a forma de testamento vital, uma declaração escri-ta, de procuração para cuidados de saúde, que consiste na nomeação de alguém para no futuro tomar decisões em situações de incapacidade de decisão da pessoa e de auto-tutela, em que a pessoa pode esco-lher o seu futuro representante legal. •

TeSTAmenTo ViTALpArLAmenTo AproVA LeGiSLAÇÃo

Estas decisões podem assumir a forma de testamento vital, uma declaração escrita de procuração para cuidados de saúde

“DOENÇA DE ALZHEIMER, PRObLEMAS DO DIAGNÓSTICO CLíNICO”Garcia, Carlos Alberto Barata Dias1936-2004

Tese de doutoramento em Medicina (Medicina Interna), apresentada à Univer-sidade de Lisboa através da Faculdade de Medicina, 1985

O Professor Carlos Garcia foi pioneiro no desenvolvimento da área das demên-cias em Portugal. Fundou em 1986 o Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências, em 1988 a Asso-ciação Portuguesa de Familiares e Ami-gos de Doentes de Alzheimer, e em 1990 a primeira Consulta de Demências no país e uma das primeiras na Europa.

Foi através da defesa da sua tese intitu-lada “Doença de Alzheimer, problemas do diagnóstico clínico”, que em 1985 obteve o Grau de Doutor pela Faculdade de Me-dicina da Universidade de Lisboa, tendo a mesma sido aprovada por unanimidade com distinção e louvor.

Esta é, sem dúvida, uma obra seminal, e um marco na história da investigação sobre demências em Portugal. Ainda hoje, representa uma ferramenta útil para o estudioso da doença de Alzheimer. Infelizmente, é uma obra rara e de difícil acesso.

É assim, com muito prazer, que anun-ciamos ter disponibilizado na página do Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências (www.geecd.org) a versão digitalizada da Tese de Doutora-mento do Professor Carlos Garcia. Gos-taríamos de agradecer todo o apoio pres-tado pela Senhora Dra. Emília Clamote à iniciativa, e a autorização concedida pela Senhora Dra. Helena Coelho.

Com este pequeno gesto, queremos prosseguir a ideia de fraternidade cientí-fica, multidisciplinaridade e colaboração desejada pelo Professor Carlos Garcia.

Antonina PereiraGrupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências

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As dificuldades de memória são o sintoma por via de regra inicial, e mais proeminente, da Doença de Alzheimer.

Porém, as queixas de memória não são de todo equivalentes a Doença de Alzheimer. A maioria das pessoas, não só idosas como também jovens, refere dificuldades quando inquiridas acerca da sua memória.

A presença de queixas subjectivas de memória na comunidade está muito asso-ciada a sintomatologia depressiva e ansiosa e a características de personalidade, embora tenha algum valor preditivo em termos de declínio cognitivo futuro.

Uma questão fre-quentemente colocada é se existe algum tipo de queixa que se possa considerar particular-mente preocupante. Num estudo muito re-cente, comparámos o tipo de queixas de memória nas pessoas na comunidade e nas que procuram o médi-co. No contexto clínico, a pontuação numa es-cala de queixas subjectivas de memória era duas vezes superior, porém, à excepção do esquecimento de nomes de familiares ou amigos, significativamente mais frequente nas pessoas que procuram o médico, não havia notórias diferenças no tipo de queixas entre os dois grupos.

Em boa verdade, na minha opinião, a

detecção muito precoce da doença de Alzheimer não é, hoje em dia, demasiado importante, pela simples razão de que não existe nenhuma intervenção farmacológica ou não-farmacológica capaz de atenuar a progressão da doença caso esta seja detectada. Além disso, a identificação ini-cial das alterações patológicas típicas da Doença de Alzheimer envolve técnicas ainda pouco disponíveis, complexas, dis-pendiosas, e nalguns casos invasivas (ver o nº antecedente do Boletim da Alzheimer Portugal).

A situação poderá transformar-se dra-maticamente, num futuro breve, se os ensaios clínicos em curso com diferentes

fármacos que inter-ferem com os pro-cessos metabólicos associados à Doença de Alzheimer derem resultados positivos. Nesse caso, será possível atenuar ou idealmente interrom-per a progressão da patologia.

O diagnóstico muito precoce da Doença de

Alzheimer tornar-se-á, então, uma prioridade em termos de saúde pública e, teremos de reconhecê-lo, um desafio extraordinário para os profissionais de saúde e para a so-ciedade em geral.

Alexandre de MendonçaFaculdade de Medicina de Lisboa e Instituto de Medicina Molecular

A identificação inicial das alterações patológicas típicas da doença de Alzheimer envolve técnicas ainda pouco disponíveis, complexas, dispendiosas, e nalguns casos invasivas

QueiXAS SuBJeCTiVASDe memÓriAAlguns trabalhos do Grupo de Demências, faculdade de medicina de Lisboa e instituto de medicina molecular, sobre queixas subjecti-vas de memória:

. Ginó S, Guerreiro M, Garcia C. Quei-xas Subjectivas de memória, em Testes e escalas na Demência 2008; 2ª edição. Grupo de Estudos de En-velhecimento Cerebral e Demências, Lisboa.

. Mendes T, Ginó S, Ribeiro F, Guerreiro M, de Sousa G, Ritchie K, de Mendon-ça A. memory complaints in healthy young and elderly adults: reliabi-lity of memory reporting. Aging Ment Health 2008; 12: 177-82.

. Ginó S, Mendes T, Maroco J, Ribeiro F, Schmand BA, de Mendonça A, Guer-reiro M. memory complaints are fre-quent but qualitatively different in young and old healthy people. Geron-tology 2010 56:272-277.

. Verdelho A, Madureira S, Moleiro C, Santos CO, Ferro JM, Erkinjuntti T, Poggesi A, Pantoni L, Fazekas F, Scheltens P, Waldemar G, Wallin A, Inzitari D. Self-perceived memory Complaints predict progression to Alzheimer Disease. The LADIS Study. J Alzheimers Dis 2011 Aug 12, PMID: 21841255.

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Embora a grande maioria das pes-soas com demência sejam idosos, pode haver jovens e adolescentes na família que fiquem fortemente

afectados pela doença de alguém que amam. Pode ser o seu avô que é diagnos-ticado com demência, ou mesmo o seu próprio pai.

A Doença de Alzheimer tem um grande impacto em todos os membros da família, incluindo as crianças. Cada criança reage de maneira diferente à situação, por isso é importante ouvi-la e compreender que, mesmo em silêncio, a criança pode estar a sofrer.

As pessoas mais jovens podem ter di-versas dúvidas sobre o que está a acon-tecer. É importante que responda aberta e honestamente. Isso ajuda a partilhar com elas as mudanças que a doença poderá trazer agora e no futuro.

fACToreS Que poDem AfeCTAr A CriAnÇA:

• O grau de parentesco da criança em relação à pessoa (pai, avô ou avó, familiar, amigo);• A proximidade à pessoa em termos emocionais;• Onde a pessoa vive (na mesma casa, numa unidade de cuidados de longo prazo, noutra cidade);• Qual a importância da pessoa na vida da criança.

reACÇõeS ComunS De CriAnÇAS e ADoLeSCenTeS:

Quando um membro da família vive com demência a criança pode sentir-se:

Triste – pela forma como a pessoa está a mudar.

Curiosa – sobre a forma como as pessoas desenvolvem a doença.

Confusa – acerca do porquê de a pessoa agir de maneira diferente e não a reconhecer.

frustrada – pelas coisas e atitudes novas que é preciso fazer e ter, tais como repetir pa-lavras ou frases.

Culpada – por não gostar ou não se confor-mar com o tempo e recursos que a pessoa ocupa ou requer da família.

receosa – das diferentes maneiras como a pessoa pode agir ou comportar-se.

Ciumenta – pelo tempo e atenção extra que são dispendidos com a pessoa.

preocupada – que ele ou ela, ou outros entes queridos venham a ter Alzheimer.

envergonhada – por convidar amigos ou visitas a casa se a pessoa com demência lá está e se se comportar de maneira estranha.

insegura – sobre como agir na presença do doente.

Todos estes senti-mentos são normais. Lembre-se de que as crianças são persis-tentes e de que podem reagir mal à situação, criando problemas. In-centive a criança a es-crever um diário. Colo-car os pensamentos no papel pode ajudar a trazer conforto à criança.

Pode ser difícil avaliar como a criança se está a sentir. Uma criança que esteja a ter problemas em compreender ou aceitar a doença pode:

• Rejeitar ou perder a paciência com a pessoa;

• Revelar dor física, como uma dor de es-

tômago ou de cabeça;

• Obter maus resultados na escola;

• Parar de convidar amigos a visitá-la em casa;

• Discutir mais com as pessoas em casa, es-pecialmente com aqueles que fornecem cui-dados à pessoa com Doença de Alzheimer.

QueSTõeS pArTiCuLAreS referenTeS A ADoLeSCenTeS

A adolescência é um desafio difícil em geral e a presença da Doença de Alzheimer na família pode trazer ainda mais mudan-ças na vida de um adolescente. Pode ser necessário pedir ao adolescente que con-tribua mais nas tarefas domésticas, ou que ajude nos cuidados. Os adolescentes po-dem expressar uma série de sentimentos acerca de como as suas vidas mudaram tais como:

• Não gosto de falar so-bre o que se passa em casa com os meus ami-gos;

• Quando ajudo a tratar do meu tio, sinto que a minha família precisa muito de mim;

• Sinto-me bem por saber como fazer as pequenas coisas, que fazem a diferença para o meu pai;

• Às vezes sinto-me embaraçado ou enver-gonhado pela maneira como o meu avô se comporta;

• Não me sinto à vontade para convidar os meus amigos a visitar-me agora;

• Nunca me senti tão próximo da minha mãe porque estamos a enfrentar isto juntos.

A AVÓ Tem ALZHeimerAJuDAr AS CriAnÇAS A enTenDer A DoenÇA

Cada criança reage de maneira diferente à situação, por isso é importante ouvi-lae compreender que, mesmo em silêncio, a criança pode estar a sofrer

ALZHEIMER PORTUGAL12

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ALZHEIMER PORTUGAL 13QueSTõeS Que A CriAnÇA poDe CoLoCAr

Muitas vezes toda a família está a apren-der ou a informar-se sobre a demência e a criança, na maioria das vezes, não com-preende a doença.

Encoraje a criança a fazer perguntas. Responda com honestidade e de maneira que seja fácil compreender. Use palavras que a criança compreenda

Certifique-se de que a criança sabe que mesmo que a pessoa com Doença de Al-zheimer possa não se lembrar de quem ela é, o amor, a gentileza e o carinho são sentidos no momento em que são demons-trados.

São várias as questões que uma criança pode colocar:

• O que é a doença de Alzheimer?• Porque é que o pai está diferente?• A mãe também vai ter Alzheimer?• E eu também vou?• Porque é que o avô me chama pelo nome do pai?• A avó vai morrer de Alzheimer?• Porque é que a avó continua a fazer-me a mesma pergunta?• Como é que posso ajudar o papá?• O meu tio vai melhorar?• Também vou apanhar Alzheimer se passar muito tempo com a tia?• O que podemos fazer juntos?• O avô vai esquecer-se de mim?• Porque é que os médicos não curam a avó?• Fiz alguma coisa que pusesse o avô doente ou triste?• O que posso fazer para que o tio se sinta melhor?

mAnTenHA AS LinHAS De ComuniCAÇÃo ABerTAS

Uma boa comunicação é a melhor ma-neira de ajudar a criança a lidar com as mu-danças que estão a decorrer. Responda às questões com honestidade, simplicidade e de forma apropriada à idade. Tente não enganar as crianças, pois elas são muito observadoras e conscientes e apercebem--se se a resposta não lhes soar bem.

• Ensine a sua criança acerca da doença. Comece a partilhar informação sobre a doença e os seus sintomas o mais cedo possível. Estimule a criança a fazer per-guntas. Seja paciente e use palavras fáceis de compreender.

• Explique à criança que, pelo facto de um familiar ter Doença de Alzheimer, isso não significa que ela ou outros familiares venham a ter a doença também.

• A criança tem memórias especiais dos tempos ou momentos favoritos partilhados com a pessoa com demência. Encoraje a criança a criar e a decorar uma maqueta ou caixa de memória cheia dessas recor-dações especiais.

• A pesquisa científica fez grandes pro-gressos. Diga à criança que quando ela crescer podem surgir melhores tratamen-tos ou mesmo uma cura. A criança pode encontrar conforto em saber mais sobre a doença e como o cérebro funciona.

• Se a criança mostrar sentimentos de deso-lação e incompreensão, trabalhem em con-junto para encontrarem uma maneira de se envolverem e participarem.

• As pessoas jovens precisam de partilhar os seus sentimentos e emoções. Demons-tre carinho e apoio dizendo-lhes que esses sentimentos são normais.

• Crie oportunidades para a criança demons-trar e expressar os seus sentimentos.

• Assegure-se de que a criança está a re-ceber apoio suficiente. Reserve tempo para estarem juntos. Actividades ou saídas po-dem criar grandes oportunidades para a criança se expressar e conversar consigo.

prepAre A CriAnÇA pArA AS muDAnÇAS

A Doença de Alzheimer piora com o tempo. A pessoa com Doença de Alzhei-mer pode parecer saudável no exterior, mas no interior o cérebro não está a funcionar devidamente.

• Informe a criança sobre as mudanças que são esperadas. Fale do que estas mudan-ças vão significar para a criança e para a sua família. Certifique-se de que a criança compreende porque é que poderá ter menos tempo para passarem juntos.

• Diga à criança que a culpa não é dela. A doença pode levar a pessoa a situações de confusão, medo ou irritabilidade. Se isto acontecer assegure-se de que a criança sabe que a pessoa não teve intenção de agir desta forma.

• As pessoas com demência têm dias bons e dias maus. Certifique-se de que a criança não se sente responsável pelo tipo de dia que é. Aqueles que ajudam a cuidar da pessoa podem às vezes parecer cansados, frustrados, ou tristes. Explique à criança que isto não é culpa dela.

informe o profeSSor ou A peSSoA reSponSÁVeL nA eSCoLA

Informe-os de que maneira a Doença de Alzheimer está a afectar a criança e a famí-lia. Os adolescentes podem abrir-se mais com um adulto fora da família, do que com os pais, por isso explore a possibilidade de encontrar num professor, psicólogo escolar, ou noutra pessoa um mentor disponível.

AS CriAnÇAS poDem AJuDAro DoenTe De ALZHeimer?

Sim. Actividades seguras, simples e tranquilas que envolvem repetição são as melhores. Muitas pessoas com demência podem lembrar-se de coisas que acon-teceram há muito tempo, mas não de coi-sas de alguns minutos atrás. Uma pessoa com demência pode ter problemas para entender o que lhe dizem, por isso diga à criança para usar frases curtas, falar deva-gar, ser paciente e tentar não discutir.

Actividades que as crianças podem par-tilhar com uma pessoa com demência:

• Fazer bolos;

• Dar um passeio pelo bairro;

• Fazer um puzzle;

• Tratar do jardim ou plantar flores;

• Colorir ou desenhar;

• Fazer um álbum de recortes de família;

• Ler um livro ou uma história preferida;

• Fazer um piquenique ao almoço;

• Ver um programa de televisão favorito;

• Escutar ou cantar músicas antigas;

• Ver um álbum de fotografias.

Adaptado de: Alzheimer AustraliaTradução: Luis Dias

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ALZHEIMER PORTUGAL14

Ser CuiDADorComo AJuDAr o DoenTe A TrATAr DA SuA HiGiene

É bastante comum as pessoas com demência perderem o interesse e esquecerem-se da sua higiene pes-soal. Pode, por isso, ser complica-

do para as famílias e cuidadores lidar com esta situação. Descobrir maneiras de ajudar o doente na sua higiene sem discussões ou confron-tação é muito importante para o bem-estar tanto de doentes, como de cuidadores.

proBLemAS e SoLuÇõeS

falta de privacidadeLavar-se e vestir-se são actividades ín-

timas e privadas. Muitas pessoas nunca se despiram à frente de outras e podem sentir-se embaraçadas ou humilhadas por precisarem de ajuda.

Podem sentir-se particularmente enver-gonhadas se forem incontinentes e podem recusar-se a tomar banho ou a mudar de roupa para tentarem disfarçar o problema.

Feche as cortinas e as portas para criar um ambiente de privacidade. Tape os es-pelhos se a pessoa já não se reconhecer a si própria. É necessário muita paciência e transmissão de confiança.

AmbienteA divisão da casa pode estar demasiado

quente ou fria, ou produzir sentimentos de claustrofobia. As pessoas podem não estar habituadas a tomar banho ou duche diaria-mente. É importante que não imponha a sua vontade acerca de quantas vezes o doente deve tomar banho.

Certifique-se de que a casa de banho está suficientemente quente e é convidativa. Providencie luz adequada na casa de banho, particularmente à noite. Pode ajudar colocar música ambiente para criar uma atmosfera calma e relaxante.

Escolha a melhor hora do dia para o banho. Tente manter a rotina de banho da pessoa. Se a pessoa sempre tomou banho à noite, mantenha esse hábito. Equacione a hora do dia em que a pessoa está mais re-laxada e o tipo de banho, duche ou banho de esponja, a que está habituada.

BanhoDespir-se, lavar-se ou escovar os dentes

podem ser tarefas muito complicadas, devi-do às múltiplas etapas envolvidas. Algumas pessoas com demência podem ter um sen-tido de percepção de calor ou frio alterados, causados por danos na região do cérebro que regula o termóstato interno. Podem,

por isso, experienciar sensações diferentes através da água.

Divida as tarefas em etapas simples, explicando com delicadeza cada passo. Tente oferecer escolhas limitadas, por exem-plo: “Preferes um banho ou um duche?” ou “Preferes tomar banho agora ou antes de ir dormir?”

Deixe que a pessoa se habitue à água antes de entrar no banho. Por vezes, molhar suavemente as mãos da pessoa transmite--lhes a ideia de que a água não está dema-siado quente. Dizer coisas como: “A água está mesmo agradável” ou “Que boa sen-sação” também pode ser tranquilizante e calmante.

Estimule a pessoa a fazer ela própria o máximo de tarefas que conseguir. Disponha o sabão, a esponja, toalhas e roupas lavadas em sequência, para que possam ser usadas quando necessário.

O medo da água pode ser um problema. A pessoa com demência pode ser incapaz de avaliar a profundidade ou a temperatura da água e sentir-se amedrontada ao tomar contacto com ela. O medo de cair pode ser outro problema. Sentir que perdeu o controlo e que está indefeso pode aumentar a falta de cooperação no banho.

A pessoa com demência pode temer afogar-se, especialmente se a água for dei-tada sobre a sua cabeça.

Prepare o banho antecipadamente. Veri-fique o nível da água. Algumas pessoas pre-ferem uma quantidade reduzida de água no banho, outras preferem ter a banheira cheia de água.

Disponibilize bastante tempo e encora-jamento, para que a pessoa mantenha as suas capacidades. Algumas aplicações de casa de banho, tais como apoios, podem fa-cilitar o banho.

outras questões de higieneA pessoa com demência pode precisar

de ajuda para ir à casa de banho. Asse-gure-se de que a pessoa está limpa e seca e de que a roupa interior é mudada quando necessário. Se a incontinência é um proble-ma, certifique-se de que a pessoa é lavada com água quente e convenientemente seca antes de colocar roupa lavada.

Barbear-seAo princípio pode ser apenas necessário

lembrar a pessoa com demência de que deve fazer a barba todos os dias. Se já estava ha-bituada a uma máquina de barbear eléctrica, então provavelmente conseguirá continuar a fazer a barba sem supervisão durante mais

tempo. Se a pessoa está habituada a lâmi-nas normais e se se cortar regularmente, terá de monitorizar o barbear ou mesmo fazê-lo pela pessoa.

ouvidosA acumulação de cera pode ser um pro-

blema para algumas pessoas e conduzir a dificuldades de audição desnecessárias. Fale com o médico sobre a melhor forma de limpar os ouvidos.

mudança de roupaA mudança de roupa é importante para

a higiene e frescura. Estimule trocas regu-lares de roupa. Escolha roupa de lavagem fácil e que não requeira ser passada a ferro para diminuir o volume de trabalho. A maioria das pessoas gosta de ser elogiada pela sua aparência, especialmente quando usa roupa nova, ou quando tem um novo corte de ca-belo. Também é importante este reconheci-mento para as pessoas com demência.

Cuidados dentáriosSão muito importantes check-ups regu-

lares no dentista para verificar dentes, gen-givas ou placas dentárias. É sempre acon-selhável avisar o dentista quando se faz a marcação de que a pessoa tem demência e que, por isso, pode ter dificuldade em cooperar. Pode ser necessário lembrar a pessoa de que tem de lavar os dentes ou mesmo fazê-lo por ela.

unhas das mãos e dos pésA pessoa com demência pode esquecer-

-se ou ter dificuldade em cortar as unhas. É importante que sejam cortadas com regulari-dade pois podem acarretar problemas. Pode ser útil solicitar os serviços de um esteticista. Tenha em conta se a pessoa gosta de ter as unhas pintadas e arranjadas.

CabeloPodem ser necessárias várias tentativas

até encontrar uma maneira de lavar o cabelo que seja confortável para o doente. Algumas pessoas podem entrar em stress ao lavar o cabelo durante o banho, pois não gostam que lhes deitem água sobre a cabeça.

A visita a um salão ou convidar um cabe-leireiro a ir a casa pode ser uma boa alter-nativa. Muitas pessoas com demência conti-nuam a apreciar um novo corte de cabelo ou um novo penteado, gostando de se sentirem cuidadas e bonitas. •

Adaptado de: Alzheimer Australia | Tradução: Luis Dias

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ALZHEIMER PORTUGAL 15

O Programa “Apoio na Incon-tinência” é um projecto inte-grado no “Plano de Ajuda” da Alzheimer Portugal e é inteira-

mente financiado pela verba angariada na Venda de Natal da Associação.

Critérios de inclusão

• Ser portador de Doença de Alzheimer ou de outra forma de demência;

• Ter situação de incontinência compro-vada por médico assistente;

• Ter rendimentos baixos;

• Ser associado, com as quotas pagas;

• Preencher a respectiva ficha de candi-datura e apresentar os comprovativos re-queridos;

• Estar entre os primeiros candidatos que cumpram os anteriores critérios (o número de beneficiários é determinado pela verba angariada na Venda de Natal da Alzheimer Portugal).

As candidaturas estão sujeitas a ava-liação, realizada pelo Departamento de Serviço Social.

Como pode aderir

Envie, até 31/01/2012, a Ficha de Can-didatura devidamente preenchida e assi-nada, juntamente com os seguintes docu-mentos:

1. Documento comprovativo de rendi-mento por cada elemento do agregado familiar: Declaração de IRS, entregue no ano de 2011, referente aos rendimentos do ano de 2010; ou fotocópia do talão anual, recebido em Janeiro de 2011, da Pensão ou Declaração detalhada emitida pela Segurança Social, que faça referên-cia à situação actual de cada elemento do agregado familiar. Se auferir de algum rendimento, o valor deverá estar patente na declaração enviada.

2. Para os utentes cujo rendimento mensal (a nível individual) ultrapasse os 485 € (*), requisita-se igualmente uma declaração, emitida pela Repartição de Finanças, com o intuito de confirmar a ausência de entre-ga da Declaração de IRS do ano de 2010.

(*) Salário Mínimo Nacional referente ao ano de 2011.

3. Cópia dos recibos das despesas fixas

referentes ao mês anterior à candidatura, como, por exemplo, a renda da casa ou prestação de habitação, e facturas de água, luz, gás, telefone fixo, etc. Pode ain-da juntar recibos das despesas de saúde, em caso de medicação específica;

4. Declaração do médico assistente em relação ao estado de saúde e, neste caso, atestando a situação de incontinência;

5. Declaração emitida pela Junta de Freguesia da área de residência que venha comprovar a composição do agregado fa-miliar, indicado no ponto 3.1.

6. Cópia de B.I. de cada um dos elemen-tos que compõem o agregado familiar.

Avaliação

Todos os processos serão analisados de acordo com a sua ordem de chegada. Quanto às respostas, serão emitidas as-sim que nos sejam enviados todos os da-dos necessários para essa mesma análise.

As respostas a todas as candidaturas serão enviadas por escrito, para a morada do associado. •

CAnDiDATurA Ao proGrAmA“Apoio nA inConTinênCiA” 2012

ALZHEIMER PORTUGAL 15

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ALZHEIMER PORTUGAL16FICHA DE CANDIDATURA - PROGRAMA “APOIO À INCONTINÊNCIA” 2012

1. IDENTIFICAÇÃO DO ASSOCIADO

2. CARACTERIZAÇÃO DA PESSOA COM DEMÊNCIA

3. RENDIMENTOS DO AGREGADO FAMILIAR

4. IDENTIFICAÇÃO DAS DESPESAS FIXAS DA PESSOA COM DEMÊNCIA

Candidatura nº:

1 (próprio)

2

3

4

5

6

Nome B.I. Parentesco Data deNascimento

Valor Mensal Líquidodos Rendimentos

Origem dosRendimentos*

1.1 Nome

1.2 Morada

1.3 Localidade

1.5 Tefone

1.7 E-mail

1.4 Código Postal

1.6 Telemóvel

1.8 Nº Associado

a preencher pela Alzheimer Portugal

Estado: Fase: Data:

2.1 Nome

2.2 Morada

2.3 Localidade

2.5 Relação com o Associado

2.6 A pessoa sofre de incontinência?

2.7 Qual o tamanho da fralda?

3.1 IdentificaçãoIndique o nome de todos os elementos do agregado familiar que vivem em economia comum com a pessoa com doença,mesmo os que não têm rendimentos.

NOTA: Deverá ser apresentada cópia dos recibos das despesas identificadas, relativamente ao mês anterior à candidatura.

Declaro que as informações constantes na ficha de candidatura correspondem à verdade.

Data: ____/____/____

Renda: _____,___€

Água: _____,___€

Telefone fixo: _____,___€ Electricidade: _____,___€

Gás: _____,___€ Medicamentos Específicos: _____,___€

Assinatura do Associado (conforme B.I.)

Depois de preenchida e assinada, a ficha de candidatura deverá ser enviada ou entregue, juntamente com a documentaçãosolicitada para: PROGRAMA APOIO NA INCONTINÊNCIA 2012 - ALZHEIMER PORTUGALAv. Ceuta Norte, lote 15, piso 3 - Quinta do Loureiro - 1300-125 Lisboa

3.2 Identifique o subsistema de Segurança Social / Serviço de Acção Social da pessoa com demência:

2.4 Código Postal

2.8 Qual o tamanho da cueca fralda?

SIM NÃO

S LM

SNS ADMADSE SAD/PSP PT-ACS SAMS OUTRO:SAD/GNR

S LM

* trabalho; pensões de reforma; pensões de invalidez; pensões de sobrevivência; outros.

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ALZHEIMER PORTUGAL 17

O chocolate deriva do cacau, uma das fontes mais concentradas de polifenóis, compostos natu-rais com propriedades antioxi-

dantes.

Existem diversos tipos de chocolate como amargo, preto, de leite, branco, mas em geral, sob o ponto de vista nutricional, o chocolate é fonte de proteínas, gorduras, cálcio, magnésio, ferro, carotenos, vitamina E, vitamina C e vitaminas do complexo B.

As evidências científicas demonstram que o consumo moderado de chocolate, especialmente chocolate negro e amargo, pode exercer efeitos protectores contra o desenvolvimento de doença cardiovascular.

Este efeito cardioprotector parece dever-se à presença dos flavanóides do cacau, especialmente ácido gálico e epi-catequinas.

O cacau também apresenta proprie-dades estimulantes, pois contém cafeína e teobromina, compostos que estimulam o sistema nervoso central, contribuindo para aumentar o estado de alerta e estimular o raciocínio.

Por outro lado, o chocolate é muito rico em gordura e açúcares, constituindo um produto alimentar altamente calórico, cuja ingestão excessiva pode estar na base do desenvolvimento de obesidade e todas as doenças associadas.

Ainda não existem evidências científicas suficientes para determinar a quantidade de chocolate que deve ser ingerida para promover efeitos positivos e não negativos na saúde dos consumidores.

Uma pequena quantidade de choco-late preto pode ser benéfica, desde que consumida como parte de uma alimen-tação saudável, acompanhada de níveis apropriados de actividade física para evi-tar problemas de ganho de peso.

Dra. Alexandra Bentopresidente da Associação portuguesa dos nutricionistas

Ingredientes

pão-de-Ló500g de Açúcar1kg de Ovos600g de FarinhaBaunilha (q.b.)Açúcar em Pó (q.b.)

Ganache de chocolate(para o recheio e cobertura)750g de Chocolate Negro375g de Natas

Sugestão Pode substituir 100g de farinha por 100g de chocolate em pó para fazer a massa de chocolate.

PreparaçãoBata os ovos com o açúcar até conseguir uma massa firme e uniforme. Junte de-pois a farinha com a baunilha peneirada e envolva no preparado com as mãos.Leve ao forno a massa estendida num tabuleiro forrado com papel vegetal.Para preparar o ganache de chocolate, derreta o chocolate negro, ferva as natas e envolva os dois ingredientes, mexendo bem.Quando estiver cozido, retire o papel vegetal e espalhe metade do ganache do chocolate por cima. Enrole e barre todo o rolo com o resto da mistura do choco-late. Com um garfo, faça riscos leves no creme para dar o aspecto de tronco e polvilhe com açúcar em pó.

CHoCoLATe eSTimuLA o CÉreBronuTriÇÃo

TRONCO DE NATAL

ALZHEIMER PORTUGAL 17FICHA DE CANDIDATURA - PROGRAMA “APOIO À INCONTINÊNCIA” 2012

1. IDENTIFICAÇÃO DO ASSOCIADO

2. CARACTERIZAÇÃO DA PESSOA COM DEMÊNCIA

3. RENDIMENTOS DO AGREGADO FAMILIAR

4. IDENTIFICAÇÃO DAS DESPESAS FIXAS DA PESSOA COM DEMÊNCIA

Candidatura nº:

1 (próprio)

2

3

4

5

6

Nome B.I. Parentesco Data deNascimento

Valor Mensal Líquidodos Rendimentos

Origem dosRendimentos*

1.1 Nome

1.2 Morada

1.3 Localidade

1.5 Tefone

1.7 E-mail

1.4 Código Postal

1.6 Telemóvel

1.8 Nº Associado

a preencher pela Alzheimer Portugal

Estado: Fase: Data:

2.1 Nome

2.2 Morada

2.3 Localidade

2.5 Relação com o Associado

2.6 A pessoa sofre de incontinência?

2.7 Qual o tamanho da fralda?

3.1 IdentificaçãoIndique o nome de todos os elementos do agregado familiar que vivem em economia comum com a pessoa com doença,mesmo os que não têm rendimentos.

NOTA: Deverá ser apresentada cópia dos recibos das despesas identificadas, relativamente ao mês anterior à candidatura.

Declaro que as informações constantes na ficha de candidatura correspondem à verdade.

Data: ____/____/____

Renda: _____,___€

Água: _____,___€

Telefone fixo: _____,___€ Electricidade: _____,___€

Gás: _____,___€ Medicamentos Específicos: _____,___€

Assinatura do Associado (conforme B.I.)

Depois de preenchida e assinada, a ficha de candidatura deverá ser enviada ou entregue, juntamente com a documentaçãosolicitada para: PROGRAMA APOIO NA INCONTINÊNCIA 2012 - ALZHEIMER PORTUGALAv. Ceuta Norte, lote 15, piso 3 - Quinta do Loureiro - 1300-125 Lisboa

3.2 Identifique o subsistema de Segurança Social / Serviço de Acção Social da pessoa com demência:

2.4 Código Postal

2.8 Qual o tamanho da cueca fralda?

SIM NÃO

S LM

SNS ADMADSE SAD/PSP PT-ACS SAMS OUTRO:SAD/GNR

S LM

* trabalho; pensões de reforma; pensões de invalidez; pensões de sobrevivência; outros.

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nATAL Com eSperAnÇAACTiViDADeS pArA peSSoAS Com ALZHeimer

Todos nós adoramos passar o Natal com aqueles que mais amamos. Os cheiros, os sons e as luzes de Natal trazem de volta memórias

felizes. As pessoas com demência podem também ter essa oportunidade.

O melhor presente que pode dar a uma pessoa com demência é a sua companhia e amor, preparando várias actividades para fazerem juntos.

Saiba quais actividades e presentes que poderão deixar o seu familiar com demên-cia com um sorriso nesta época natalícia. O objectivo é sempre estimular a pessoa com demência e proporcionar-lhe momen-tos agradáveis e nunca deixá-la triste ou frustrada por não conseguir fazer alguma coisa. É importante que a pessoa tenha von-tade e sinta prazer em realizar cada uma das actividades e que não se sinta obrigada ou pressionada a fazê-lo.

O produto final não é o mais importante, mas sim o modo como realizam juntos a activi-dade e, acima de tudo, o tempo de qualidade que passam juntos. Por isso, adapte a activi-dade ao seu familiar, de acordo com o seu nível de autonomia, com o seu estado de humor ou disposição em cada dia.

Não deve usar frases como “Não se lembra?” ou “Já não é capaz de fazer isso.” Deve utilizar sempre linguagem posi-tiva para estimular a pessoa e contextua-lizar a actividade, dizendo, por exemplo, “Estamos a embrulhar este presente para

oferecer no Natal à Beatriz.”, “Vamos fazer um bolo para levar à Manuela”.

Decorar a casa com enfeites natalícios

É sempre emocionante e agradável decorar a casa com os enfeites típicos desta época natalícia. Porque não envolver a pessoa com Doença de Alzheimer nesta actividade?

Damos-lhe algumas dicas, para tentar que tudo corra da melhor forma.

Dependendo do grau de autonomia da pessoa, pode optar por ter a maioria da decoração completa antes de envolver a pessoa com demência. Ela pode ajudá-lo com os últimos retoques ou, caso o con-siga fazer, participar em toda a decoração

pode ser bastante bené-fico e estimulante.

Compre enfeites in-quebráveis, pois são muito mais seguros. No entanto, se o seu fami-liar com demência cos-tuma colocar objectos na boca, não use quais-quer ornamentos de pequena dimensão. Não use doces ou quaisquer

decorações comestíveis na árvore de Natal.

Criar novos enfeites para a árvore de natal

Para decorar a sua casa nesta época na-talícia, não necessita de gastar muito dinheiro. Pode aproveitar os enfeites de natais anteri-ores e mesmo utilizar os postais de Natal an-tigos e transformá-los em enfeites.

Recorte as imagens dos postais. Faça um furo próximo ao topo da imagem e

coloque corda ou fita através do buraco. Pode, então, pendurar estes ornamentos feitos por si na árvore.

Você conhece a pessoa com Doença de Alzheimer melhor do que ninguém, por isso sabe o que é mais apropriado e aquilo que a pessoa consegue fazer. Ela pode recortar as imagens, mesmo que não fiquem cor-tadas na perfeição, pode colocar o fio ou, simplesmente, pendurar os novos enfeites na árvore.

Uma outra alternativa é criar as suas próprias bolas de Natal. Pode substituir as bolas de natal tradicionais por pompons. Esta é uma actividade que pode funcionar bastante bem, pois a maioria das pessoas já o fez podendo, assim, funcionar como reminiscência. Estas “bolas” não se partem e a sua confecção tem diversas fases, o que ajuda na adaptação às capacidades da pessoa com demência.

fazer uma árvore de natal de papel, enfeitada com fotografias

Pode, também, fazer uma árvore de pa-pel e enfeitá-la com imagens de Natais pas-sados. Fazer esta árvore pode não só ser um momento divertido, mas também uma grande oportunidade para relembrar. Este tipo de árvore é muito seguro.

Apreciar as decorações dos outros

Se não gosta de decorar a casa ou sente que suas decorações não são segu-ras, pode simplesmente passear pela rua com o seu familiar e apreciar ou fotografar as decorações das ruas, das lojas, escolas ou monumentos. No entanto, não é acon-selhável levar a pessoa com Doença de

O melhor presente que pode dar a uma pessoa com demência é a sua companhia e amor, preparando várias actividades para fazerem juntos.

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ALZHEIMER PORTUGAL 19Alzheimer para centros comerciais, pois es-tão sempre lotados e são muito confusos, podendo causar sensação de mau estar e desorientação

embrulhar prendas de natal

Porquê deixar as prendas nos sacos e embrulhos feitos nas lojas? Voltar a embru-lhar os presentes pode ser uma actividade estimulante a agradável para a pessoa com demência.

Pergunte-lhe se quer fazer um novo em-brulho para os presentes, deixando-os mais bonitos. O mais importante não é que o em-brulho fique perfeito, mas sim que a pessoa se sinta bem ao fazê-lo.

Se o seu familiar não for capaz de em-brulhar um presente, pode envolvê-lo em tarefas mais simples, como cortar o papel, colocar a fita-cola, colocar o laço no final ou, simplesmente, colocar as prendas de-baixo da árvore de Natal.

fazer postais de natal

Pegue numas folhas de cartolina e em lápis de cor e desafie a pessoa com demên-cia a, juntamente consigo, criar postais de Natal exclusivos para enviarem aos fami-liares mais distantes e mesmo àqueles que passam o Natal convosco.

Esta é também uma óptima actividade para as crianças fazerem com os avós.

Cantar canções de natal

Todos nós temos aquelas músicas de Natal que nos trazem recordações e que sempre que ouvimos nos deixam a can-tarolar. Mesmo que a pessoa com Doença de Alzheimer já não se consiga expressar verbalmente, ela pode ser capaz de trau-tear a sua canção favorita ou simplesmente apreciar ouvir alguém a cantar ou ouvir a música a tocar na rádio. Cantar ou ouvir música é uma óptima actividade para as pessoas com demência, podendo trazer--lhes recordações e proporcionar-lhes mo-mentos agradáveis.

Ver um filme de Natal

São muitos os filmes de Natal que exis-tem. Porque não fazer um chá e sentar-se com o seu familiar a ver um filme? Pode ir explicando o que está a acontecer no filme, estimulando também o seu familiar a fazer comentários. Pode também, ver um outro filme que esteja a passar na televisão.

rezar

A maioria das pessoas com demência têm fortes laços com a sua religião. Mesmo estando numa fase avançada da demência, as pessoas podem espontaneamente re-citar partes de uma oração que fazia parte do seu passado.

Se o seu familiar sempre foi religioso e teve esse hábito, pode acompanhá-lo a uma missa, podendo mesmo ir apenas ao final da missa, para não cansar demasiado a pessoa.

Pode levar a pessoa com Doença de Alzheimer a uma igreja perto de casa e rezar com ela, num ambiente mais calmo e com a igreja vazia.

manter uma tradição de família

Todas as famílias têm algo especial que costumam fazer na época do Natal. Tente manter viva a tradição e caso já não seja possível mantê-la na totalidade, pode man-ter apenas uma pequena parte dela.

Por exemplo, se toda a família costu-mava viajar até à terra natal no interior do país e este ano não for possível fazer essa viagem, pode optar por recriar o ambiente confeccionando o prato ou um doce típico da região.

recordar momentos passados

Pode passar agradáveis momentos com o seu familiar com demência, recordando histórias e momentos felizes do passado.

Não pergunte “Lembra-se do que acon-teceu há uns anos?”. Conte a história e deixe que o seu familiar faça comentários. Falem sobre os membros da família, do passado e do presente. Pode dizer: “Quando o tio José contava anedotas e dançava no meio da sala, fazia-nos sempre dar grandes gar-galhadas”. Diga algumas piadas, até porque rir é o melhor remédio.

Ver álbuns de fotografias

Recordar momentos passados através de fotografias pode ser uma actividade bastante agradável, tanto para si, como para o seu familiar com demência.

Não pergunte à pessoa “Lembra-se de quem é este?” mas conte histórias relacio-nadas com as fotografias e faça comentários que estimulem a pessoa, como “Que bonita estava aqui a Inês.”, “Olhe aqui o João, es-tava a comer um gelado de morango.”

Comer uma refeição tradicional

Esta actividade pode despertar o pala-dar da pessoa com demência. Antes do dia de Natal, discutam as receitas. Falem sobre os diferentes ingredientes que precisa para confeccionar o prato. Prepare uma receita simples juntamente com a pessoa com demência. Planeie a refeição, perguntando “O que devemos comer primeiro?”

Peça-lhe ajuda para pôr a mesa ou do-brar os guardanapos. Conversem sobre os pratos e alimentos preferidos das várias pessoas da família e não se esqueça de in-cluir na ementa os alimentos preferidos da pessoa com demência.

preparar um bolo

É sempre agradável comer um bolo acabado de sair do forno. Escolha uma re-ceita e incentive o seu familiar a ajudá-lo a preparar o bolo. A ajuda pode ser bastante simples, mas útil e estimulante para ambos. Pode, por exemplo, pedir à pessoa com demência que lhe dê os ingredientes, que separe os ovos ou que bata a massa.

envolva as crianças na celebração do natal

O Natal com crianças é sempre mais mágico, por isso convide a família a passa-rem o dia juntos. Caso não existam crianças na família, podem ver álbuns de fotografias antigas e relembrar as brincadeiras e como eram os Natais quando ainda havia crianças.

Estas são apenas algumas sugestões. Como afirmado anteriormente, o que im-porta é que você e o seu familiar passem momentos agradáveis juntos. Não importa o quê, desde que vos faça sorrir.

Nunca discuta, não o pressione, não o contrarie. Tente adaptar e modificar as actividades que habitualmente costumava fazer para que a pessoa demência se sinta envolvida e seja bem sucedida na tarefa. Normalmente, é mais fácil para a pessoa com Doença de Alzheimer fazer algo tal e qual como fez toda a vida do que fazer algo de novo. E, claro, lembre-se sempre de sorrir!

Não deixe de decorar a casa ou pôr uma musica de Natal a tocar, pois este simples facto pode ajudar a pessoa com demência a orientar-se temporalmente. •

Não deixe de decorar a casa ou pôr uma musica de Natal a tocar, pois este facto pode ajudar a pessoa com demência a orientar-se temporalmente

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Walter –Egorita f. roquette de Vasconcellos

Walter-Ego é um livro de personagens desenha-dos por Rita F. Roquette de Vasconcellos, que nas-ceu no blog: www.ritavasconcellos.blogspot.com.

Neste conjunto de imagens ´pensadoras´ e ´falantes´ surgem Dr. Mainde, Mrs. Soul, Dot e o Primo-Ego, figuras do imaginário da autora que descrevem o arquétipo do quotidiano emocional e afectivo de todos nós.

Dr. Mainde é cego e não precisa de olhos para ver, Mrs. Soul fala com o coração, Dot é a criança interior que tenta perceber a aparente incongruência dos adultos, expõe as suas dúvi-das sem medo.

Walter-Ego tem o custo de aproximadamente 12 € e pode ser adquirido em diversas livrarias do país. Toda a receita da venda do livro reverte para a Alzheimer Portugal.

Ainda AliceLisa Genova

O mundo de Alice é perfeito. Professora numa conceituada uni-versidade, é feliz com o marido, os filhos, a car-reira. E tem uma mente brilhante, admirada por todos, uma mente que não falha… Um dia, porém, a meio de uma conferência, há uma palavra que lhe escapa. É só uma palavra, um brevíssimo lapso. Mas é também um sinal de que o mundo de Alice começa a ruir.

Ainda Alice tem o custo de aproximadamente 16 € e pode ser adquirido em diversas livrarias do país. Da venda de cada exemplar do livro reverte um euro para a Alzheimer Portugal.

Amas como RespirasSérgio Cunha

“Não há homens per-feitos. Dizem, aliás, que são todos iguais. Mas para mim tu és único e o teu defeito não podia ser pior: o último passe, como se diz no teu fute-bol! Fazes quase tudo bem, excepto o último passe! E não me dás sinais de o quereres fazer.”

Assim se exprime Maria, a protagonista, narrador autodiegético por excelência, arriscaria afirmar por vezes raiando a fronteira de um narrador omnisciente, logo, logo, no parágrafo dois do capítulo inicial, descrevendo metaforicamente o Zé, o único, o seu único entre qualquer outro, o seu bom “malandro”, o seu carinhoso “palerma”… Assim se exprime Maria, concebida sem pecado, pelo punho assertivo do autor.

Amas como Respiras tem um custo aproximado de 13 € e pode ser adquirido em diversas livrarias do país. Toda a receita da venda do livro reverte para a Alzheimer Portugal.

Queridas MulheresSérgio Cunha

Lendo este livro, os ho-mens ficarão a saber por que razão as mulheres são um perigo ao volan-te, não percebem nada de futebol, nem andam à porrada como deve ser.

Conseguirão também distinguir uma ministra da educação de uma líder da facção feminina do Hamas e poderão garantir os serviços míni-mos domésticos: cama, mesa e roupa lavada. Mas também perceberão que afinal, sem elas… tudo se desmorona!

Queridas Mulheres tem um custo aproximado de 14 € e pode ser adquirido em diversas livrarias do país. Toda a receita da venda do livro reverte para a Alzheimer Portugal.

ofereÇA um LiVroe AJuDe A ALZHeimer porTuGAL!

A loja da Venda de Natalda Alzheimer Portugal estará aberta de Segunda-feira a Sábado (incluindo feriados), entre as 11h00 e as 17h30.

A Venda de Natal 2011 abre portas no dia 30 de Novembro, no habitual número 149 da Rua da Prata, na Baixa de Lisboa.

Desde o seu início, a Venda de Na-tal tem como fim apoiar as pessoas com Doença de Alzheimer e outras demências, no acesso a fraldas e ou-tros produtos de higiene e bem-estar a doentes incontinentes. A totalidade do valor angariado reverte, assim, a favor do Programa “Apoio na Incontinência”, um projecto que oferece apoio aos As-sociados para a obtenção de materiais para a incontinência, mediante uma candidatura.

A Alzheimer Portugal foi fundada em 1988, sendo que a Venda de Na-tal é já uma tradição na Associação que começou com contornos mais peque-nos e que tem vindo, de ano para ano, a tornar-se num evento maior e que nos tem permitido ajudar cada vez mais pessoas com Doença de Alzheimer.

São vários os produtos que poderá encontrar na Venda de Natal, desde bi-jutaria, artigos de decoração, artesana-to ou obras de arte. Existem produtos a vários preços para o gosto e possibili-dades de todos. A partir de poucos eu-ros os visitantes da nossa loja poderão adquirir produtos e contribuir para a Alzheimer Portugal. Qualquer ajuda é bem-vinda.

A Venda de Natal 2011 conta com as ofertas de diversos associados, pes-soas singulares e, também, de várias empresas e lojas, como a conhecida loja de bijuteria e acessórios Parfois, a marca de relógios Citizen, entre outras.

A PARTIR DE 30 DE NOVEMBRORua da Prata, nº149, Lisboa

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BenefÍCioS pArA ASSoCiADonoVoS proToCoLoS

Fique a conhecer todos os protocolos que a Alzheimer Portugal tem vindo a es-tabelecer com diversas entidades públicas e privadas, procurando sempre benefícios e mais valias para todos os associados, nas seguintes áreas:

• Material Médico; Equipamentos Hospitalares; Ajudas Técnicas;

• Apoio Domiciliário; Serviços de Higiene;

• Apoio Pessoal;

• Lar de Idosos; Centros de Dia;

• Clínicas; Centros de Enfermagem;

• Sistemas de Localização;

• Farmácias;

• Diversos;

Para conhecer o Dossier de Protocolos visite o site da Alzheimer Portugal: www.alzheimerportugal.org

SinAL De SAúDeSerViÇoS De SAúDe

Condições especiais para Associados da Alzheimer Portugal:• Desconto de 10% nos serviços prestados.

Contactos:Rua de João Andersen, nº 384250-242 PortoTel: 220 120 [email protected]

fArmÁCiA CenTrAL De oeirAS

Condições especiais para Associados da Alzheimer Portugal:• Desconto de 10% na compra de qualquer produto sujeito à taxa de IVA de 23%.• Nos medicamentos que carecem de re-ceita médica ou produtos à taxa de IVA de

6%, a parte a suportar pelo associado benefi-ciará de um desconto de 5%.

Contactos:Rua Conde Ferreira 29 - 2780-236 OeirasTel: 210 482 069farmaciacentraloeiras.pai.pt

Home inSTeAD Senior CAre

Condições especiais para Associados da Alzheimer Portugal nas 18 lojas espalhadas por todo o país:• Desconto de 5% em serviços até 9 horas;• Desconto de 10% em serviços entre 10 a 15 horas;• Desconto de 15% em serviços entre 16 e 25 horas;• Desconto de 20% em serviços entre 26 e 40 horas;• Desconto de 25% em serviços de mais de 40 horas.

Contactos:Praceta Professor Alfredo de SousaNº43 3º Z - LisboaTel: 214 167 [email protected]

fArmÁCiA SAnTiAGo

Condições especiais para Associados da Alzheimer Portugal:• Desconto de 10% na compra de qualquer produto, incluindo medicamentos cosméti-cos ou produtos parafarmacêuticos;• Nos medicamentos sujeitos a receita mé-dica obrigatória, o desconto incidirá sobre a percentagem paga pelo utente após com-participação;Não se encontram incluídos as tiras e lan-

cetas para medição da glicemia, bem como leites e papas.

Contactos:Estrada de Palmela 59-A2900-534 SetúbalTel: 265 538 [email protected]

munDo DoS CuiDADoS SerViÇo De Apoio DomiCiLiÁrio

Condições especiais para Associados da Alzheimer Portugal:• Desconto de 10% sobre os serviços de apoio domiciliário;• Desconto de 15% sobre o PVP dos produtos ortopédicos e ajudas técnicas.

ContactosAv. Infante Dom Henrique 133, Viseu Tel: 232092045 / 916045372 [email protected] www.mundodoscuidados.pt

MEDICAMENTOS ExCEDENTáRIOS

Solicitamos a todos os nossos asso-ciados e amigos que tenham medi-camentos dos seus doentes, que já não estejam a ser utilizados, os façam chegar até nós para que possam ser dados a outros associados que deles precisem, sempre sob orientação mé-dica.

Envie-nos os medicamentos mais es-pecíficos da doença demencial, assim como antidepressivos e antipsicóticos.

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A Alzheimer Portugal é acreditada como Entidade Formadora pela DG-ERT (Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), desde

2006.

Apresentamos-lhe algumas das Acções de Formação já agendadas. Oportunamente divulgaremos as restantes datas no site da Alzheimer Portugal, bem como pela nossa newsletter electrónica, que pode subscrever em www.alzheimerportugal.org ou enviando um email para [email protected].

Para frequentar as Acções de Formação e os Workshops a inscrição e o seu pagamento é obrigatório. Consulte o calendário completo das actividades de formação visite www.alz-heimerportugal.org ou contacte a Sede ou Delegação mais próxima de si.

SeDe

A Sede da Alzheimer Portugal, durante o primeiro semestre de 2012, irá organizar di-versos Workshops e Acções de Formação. As Acções de Formação serão destinadas a Cuidadores Informais (familiares), Cuida-dores Formais de nível 1 (ajudantes de acção directa) e a Cuidadores Formais de nível 5 (técnicos), em formato e datas a indicar pos-teriormente. Os Workshops já agendados realizar-se-ão nas datas referidas em baixo, muito embora estas possam sofrer alterações que serão devidamente anunciadas no site da Associação e por Newsletter.

Em Janeiro e Abril os workshops destinam--se a Ajudantes de Acção Directa (€15,00). Em Fevereiro, Março e Junho destinam-se a Familiares (€10,00).

Workshop “Lidar com a Doença de Alzhei-mer – respostas Sociais”

23 de Janeiro, 27 de Fevereiro, 19 de Março e 7 de Maio: das 14:00h às17:00h

Workshop “Lidar com a Doença de Alzhei-mer – Aspectos Jurídicos”

24 de Janeiro, 28 de Fevereiro, 20 de Março e 8 de Maio: da 14:00h às 17:00h

Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer-estratégias para Cuidadores informais”

25 de Janeiro, 29 de Fevereiro, 21 de Março e 9 de Maio: das 14:00h às 17:00h

Workshop “Lidar com a Doença de Alzhei-mer – ocupação”

19 de Abril e 21 de Junho: das 10:00h às 13:00h

Workshop “Lidar com a Doença de Alzhei-mer – prevenção de quedas e adaptações em casa”

19 de Abril e 21 de Junho: das14:00h às 17:00h

Contactos: E-mail: [email protected]: 213610463

DeLeGAÇÃo norTe

Workshops para Cuidadores formais nível 1

7, 14 e 21 de Janeiro das 09:30h às12:30h (35€) | 28 de Janeiro das 10:00h às13:00h e das 14:00h às 17:00h (25€)

Workshop para Cuidadores formais nível 5 (Técnicos)

4, 11 e 18 de Fevereiro: das 9:30h às 12h30 (40€) | 25 de Fevereiro: das 10:00h às 13:00h e das 14:00h às 17:00h (30€)

DeLeGAÇÃo DA mADeirA

Workshop para Cuidadores formais nível 5 (psicólogos) “Avaliação para a reabilitação”

13 de Janeiro: das 16:30h às 20:30h (20€)

Workshop para Cuidadores formais nível 5 (psicólogos) “reabilitação Cognitiva”

20 de Janeiro: das 16:30h às 20:30h (20€)

FORMAÇÃOACÇÕES AGENDADAS

GrupoS De SuporTe

Uma oportunidade de encontro de familiares e amigos de pessoas com demência, cuidadores que vivem problemas idênticos e que, em co-mum, os podem analisar, trocando impressões e experiências, dando e recebendo sugestões.

SeDe – LiSBoA

Primeiro sábado de cada mês, às 14:30h, no Centro de Dia Prof. Doutor Carlos Garcia

DeLeGAÇÃo norTe

Última quarta-feira de cada mês, às 14:30h, no Hospital S. João.

DeLeGAÇÃo CenTro

Última sexta-feira de cada mês, às 14:00h, nas instalações da Delegação Centro.

DeLeGAÇÃo DA mADeirA

Último sábado de cada mês, às 16:00h, nas instalações da Delegação da Madeira.

núCLeo Do riBATeJo

Última quinta-feira de cada mês, às 18:00h, nas instalações do Núcleo do Ribatejo.

para mais informações e para con-firmar a sua presença, contacte a Sede ou respectiva Delegação.

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noTÍCiAS

Teatro Camões, Lisboa 23 de Maio de 201221:00h

A Companhia Nacional de Bailado (CNB) oferece o Ensaio Geral do espectáculo “La Valse” e “A Sagração da Primavera” à Alzheimer Portugal.

Com o principal propósito de angariação de fundos para a Alzheimer Portugal, poderá reservar o seu lugar para este Ensaio Geral, mediante um donativo a partir de 20,00€.

Para reservar o seu lugar entre em con-tacto connosco:

Gabinete de Relações Públicasda Alzheimer Portugal [email protected] T. 213 610 460/7

Poderá fazer o seu donativo através de transferência bancária para: Conta n.º 029.10.012048-3 do Montepio, através do NIB 003600299910012048352

Ao contribuir para esta causa, será en-tregue um recibo de donativo, ao abrigo da Lei do Mecenato, para efeitos de dedução fiscal.

ALTerAÇÃo DoS SenTiDoS poDe Ser SinTomA De DoenÇAS neuroDeGenerATiVAS ou DemênCiA

A amusia (perturbação da percepção da música), a hiposmia (alteração do ol-facto e que pode estar presente nas doen-ças neurodegenerativas), perturbações do equilíbrio e vertigens. Perturbações da visão de causa neurológica (neuroftalmolo-gia) foram alguns dos tópicos em análise ao longo do Congresso de Neurologia 2011 “O Cérebro e os Sentidos”, em co-municações como “De Mozart às molécu-las: o que pode a música ensinar-nos so-bre o cérebro?”, “Hiposmia no diagnóstico e gestão de doenças neurodegenerativas”.

Fonte: RCM Pharma 03/11/2011

ALunoS GAnHAm prÉmio Com porTAL SoBre ALZHeimer

Um grupo de cinco alunos da Universi-dade de Aveiro venceu o prémio Angelini University Award 2010/2011, com um pro-jecto inovador de um portal para familiares de doentes de Alzheimer. O portal, que pode ser acedido em http://cuidadores-alzheimer.web.ua.pt, foi concebido e rea-lizado por cinco alunos da Universidade de Aveiro do Mestrado em Biomedicina Molecular na Secção Autónoma de Ciên-cias da Saúde e teve em especial atenção as dificuldades com que se deparam os cuidadores das pessoas afectadas com Alzheimer.

Fonte: Diário de Notícias 19/10/2011

ArTe meLHorA ALZHeimer

Frequentar museus pode melhorar alguns dos sintomas iniciais da patologia, como a apatia, a ansiedade e a agressividade, con-cluiu uma investigação italiana realizada pelo Centro de Medicina do Envelhecimento, da Universidade Católica de Roma, com a Ga-leria Nacional de Arte Moderna. A admiração de obras de arte conseguiu reduzir, em 20%, a frequência de alguns dos sintomas típicos da Doença de Alzheimer, entre os pacientes que foram ver as obras de Paolo Veronese, Domenico Morelli e Giuseppe de Nittis à Ga-leria Nacional.

Fonte: Focus 26/10/2011

SApAToS Com GpS permiTem LoCALiZAr DoenTeS De ALZHeimer

Duas empresas norte-americanas de-senvolveram um par de sapatos e sapati-lhas que integram um ‘microchip’ que tor-na possível localizar o utilizador, caso este se perca – a criação visa essencialmente doentes de Alzheimer. As sapatilhas já têm o aval da Federal Communications Com-mission (FCC) e estão à venda pelo valor de 299 dólares (214,5 euros). Ainda não se encontram em Portugal, mas podem ser encomendados online.

Fonte: Ciência Hoje 04/11/2011

CompAnHiA nACionALDe BAiLADo ofereCe enSAio GerAL

LemBrAnÇAS SoLTAS ApoiA ALZHeimer porTuGAL

Uma percentagem do valor das vendas da Lembranças Soltas do mês de Novembro e Dezembro revertem a favor da Alzheimer Portugal.

Visite: www.lembrancassoltas.pt

A Lembranças Soltas dedica-se essencialmente aos trabalhos manuais em papel, dan-do bastante enfoque ao Scrapbooking – uma forma de eternizar recordações. Preservar as memórias, do dia-a-dia aos momentos mais marcantes, é o nosso objectivo.

Visite a Lembranças Soltas através do site www.lembrancassoltas.pt ou a loja no Porto e ajude a Alzheimer Portugal. Uma percentagem de todas as compras efectuadas durante o mês de Novembro e Dezembro irá reverter a favor da Associação Alzheimer Portugal.

A Lembranças Soltas e a Alzheimer Portugal agradecem desde já a sua ajuda.

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SeDeAv. de Ceuta Norte, Lt. 15, Piso 3 - Quinta do Loureiro, 1300-125 LisboaT. 213 610 460/8F. 213 610 [email protected]

Centro de DiaProf. Doutor Carlos GarciaAv. de Ceuta Norte, Lote 1, Loja 1 e 2Quinta do Loureiro1350-410 Lisboa T. 213 619 300

DeLeGAÇÃo norTeCentro de Dia “Memória de Mim”Rua do Farol Nascente N.º47A R/C4455-301 Lavra T. 226 066 863F. 223 754 484 [email protected]

DeLeGAÇÃo CenTroRua Marechal António Spínola, Loja 26(Galerias do Intarmarché) 3100-389 PombalT. 236 219 469 [email protected]

Gabinete de CoimbraBairro São José nº 13 - 3030 CoimbraT. 239 716 [email protected]

DeLeGAÇÃo DA mADeirAComplexo Habitacional da Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E 9000-135 FUNCHAL T. 291 772 021 F. 291 772 021 [email protected]

núCLeo De AVeiroSanta Casa da Misericórdia de Aveiro Complexo Social Qta. da Moita - Oliveirinha3810 AveiroT. 234 940 480 [email protected]

núCLeo Do riBATeJoR. Dom Gonçalo da Silveira Nº31 -A 2080-114 Almeirim T. 243 000 087 [email protected]

www.alzheimerportugal.org

A Alzheimer Portugal agradece a todos os associados que responderam prontamente ao pedido de regularização das quotas em atraso. Na realidade, o pagamento das quotas de associado é uma das formas mais efectivas de apoiar a Alzheimer Portugal.

Para tornar o processo mais simples e evitar incómodos, aderimos ao Sistema de Débitos Directos. Com o preenchimento do formulário disponível em www.alzheimerportugal.org , estará a conceder autorização à Alzheimer Portugal para retirar da sua conta bancária o valor da quota anual de 20€.

Caso não deseje aderir a este sistema, poderá também regularizar anualmente o pagamento das suas quotas através de depósito ou transferência bancária para as seguintes contas:

. Sede - Lisboa: Conta n.º 029.10.012048-3 do Montepio; NIB 003600299910012048352

. Delegação Norte: Conta n.º 2078007088030 da CGD; NIB 003520780000708803052

. Delegação Centro: Conta n.º 0624062558930 da CGD; NIB 003506240006255893052

. Delegação da Madeira: Conta n.º 15810003393-1 do Montepio; NIB 003601589910003393144

Apoio efeCTiVoe pAGAmenTo De QuoTAS

GABineTeS Com o ApoioALZHeimer porTuGAL:

ALAnDroALRua Dr. António José de Almeida, nº137250-138 Alandroal.T. 268 447 [email protected]

fAroEspaço Saúde em DiálogoPraceta Azedo Gneco, 17 Bloco E8000-163 FaroT. 289 829 [email protected]

fÁTimAEstrada de Leiria, n.º 55 2495-407 FátimaT. 249 538 [email protected]