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Demências Terapêutica não-farmacológica HMR 1 / 24 de Maio Ariel Milton

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Demências

Terapêutica não-farmacológica

HMR 1 / 24 de MaioAriel Milton

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Índice

• Definição / Características da demência

• Prevalência das demências no mundo

• Prevalência das demências na EU/Portugal

• Terapêutica não-farmacológica na demência

• Referências bibliográficas

Ariel Milton

Page 3: Alzheimer hmr1 slideshare

Demência – Definição DSM – IV(Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders)

� Desenvolvimento de défices cognitivos múltiplos, afectando a memória e, pelo

menos, uma das seguintes perturbações cognitivas:

- afasia, apraxia, agnosia ou perturbação na capacidade de execução (Critério A1 e A2).

� Ausência de delírio ou oblinação de consciência (Critério E);

� Os défices cognitivos deverão ser suficientemente graves para causarem

diminuição do funcionamento ocupacional ou social e representarem um

declínio em relação a um nível prévio de funcionamento (Critério B);

Ariel Milton

Page 4: Alzheimer hmr1 slideshare

• Na maioria das doenças degenerativas existemalterações bioquímicas que levam à acumulação deuma proteína específica nos neurónios que precipitama morte celular.

Doenças neurodegenerativas

a morte celular.

� Quais as bases moleculares dessa vulnerabilidade individual que

leva à morte celular?

Ariel Milton

Page 5: Alzheimer hmr1 slideshare

� Perda selectiva e progressiva de uma população específica

de neurónios (na maioria dos casos desconhecida);

Apresentação clínica

Doenças neurodegenerativas

Doença definida por: clínica, patologia e bioquímica

� Na patofisiologia da maioria das doenças neurodegenerativas < 60 anos (5%) existe uma contribuição genética. (Jellinger, K. 2009)

Ariel Milton

Page 6: Alzheimer hmr1 slideshare

Demência – Sintomas Y e K

Psiquiátricos

Pensamentos delirantes

Alucinações

Comportamentais

Irrequietude

Alucinações

Insónia

Depressão

Ansiedade

Perda de funções

cognitivas

Deambulação

Fuga

K sociais inadequados

Desinibição sexual

Agressão física

Ariel Milton

Page 7: Alzheimer hmr1 slideshare

Demência - Causas

(Nunes, 2005)

Ariel Milton

Page 8: Alzheimer hmr1 slideshare

““Demência: Uma Prioridade de Saúde PúblicaDemência: Uma Prioridade de Saúde Pública””(1980 a 2009)

� 35,6M vivem com demência (1 a cada 4 segundos);

Prevalência da demência no mundo OMS / 2012

…duplicará até 2030 (65,7M) e triplica em 2050 (115,4M)

� 58% em países desenvolvidos;

…em 2050, 70%

� Apenas 8 países tem plano de actuação p/ demências.

Ariel Milton

Page 9: Alzheimer hmr1 slideshare

Prevalência da demência no mundo

� Prevalência aumenta nas idades mais avançadas

(variabilidade: 1,17% na faixa de 65-69 anos a 54,83% na faixa acima de 95 anos);

� Predomínio do sexo feminino em 75% dos estudos

avaliados;

� 25% dos estudos descreveram maior prevalência no sexo

masculino, mas…;

�O sexo feminino e baixa escolarização…

Ariel Milton

Page 10: Alzheimer hmr1 slideshare

Prevalência da demência no mundo > 65(Lopes et al., 2002)

Prevalência por idade e sexo: 65 anos: 0,6 % M – 0,8% F ; 90 anos: 21 % M – 25 % F Duração média até à morte: 8 – 10 anos Casos moderados a graves: 40 a 60% Factores de risco: idade, sexo feminino, baixo nível educacional, antecedentes familiares de DA e outras;

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Prevalência da demência na Europa

� 7,3 M de cidadãos europeus com demência (Alzheimer Europe , 2012) ;

� Duplicação até 2040 na Europa Ocidental; triplo na Europa de Leste;

� Todos os anos, 1,4 milhões de cidadãos europeus desenvolvem demência;

1 EuroCoDe, Viena 7, 2009

2 Medscape medical news 9/2009

• Portugal: 153 000 doentes ¹

• EU: 7 300 000 doentes ¹

• Mundo: 35 000 000 doentes 2

Ariel Milton

Page 12: Alzheimer hmr1 slideshare

Ano População residente Variação

1981 9,833,041 13,7%

1991 9,862,540 0,3%

Portugal – INE (Censos 2011)

(Março, 2011)

2001 10,355,824 5,0%

2011 10,561,614 2,0%

Ariel Milton

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Portugal – INE (Censos 2011)

População residente (%) segundo a estrutura etária e sexo

0-14 15-24 25-64 65 ou mais

Total M F Total M F Total M F Total M F

1981 25,5 27,0 24,1 16,6 17,3 15,9 46,5 46,1 46,9 11,4 9,6 13,11981 25,5 27,0 24,1 16,6 17,3 15,9 46,5 46,1 46,9 11,4 9,6 13,1

1991 20,0 21,2 18,9 16,3 17,1 15,6 50,1 49,9 50,2 13,6 11,7 15,4

2001 16,0 17,0 15,1 14,3 15,0 13,6 53,4 53,9 52,9 16,4 14,2 18,4

2011 14,9 15,9 13,9 10,8 11,5 10,2 55,1 55,7 54,5 19,1 16,8 21,3

Ariel Milton

2,023 milhões de pessoas

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20

25

30

0-14

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DOS 0-14 ANOS E 65 E MAIS ANOS

Portugal – INE (Censos 2011)

0

5

10

15

20

19

70

19

81

19

91

19

98

20

01

20

11

0-14

65 e +

Ariel Milton

Page 15: Alzheimer hmr1 slideshare

Índice de envelhecimento

Portugal – INE (Censos 2011)

Ariel Milton

Page 16: Alzheimer hmr1 slideshare

Projecção e Hipóteses – INE (2005)

Ariel Milton

2011 = 129

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Índice de dependência total

Portugal – INE (Censos 2011)

Page 18: Alzheimer hmr1 slideshare

� Com o aumento da idade há uma aumento progressivo da incapacidade

funcional/cognitiva nos doentes com demência; (Cameron & Kurrle, 2002)

DemênciasTerapêutica não- farmacológica

� Estes doentes apresentam uma vasta problemática não só relacionada com

a prestação de cuidados de saúde; (Guerreiro, 2005)

� Interesse científico pela reabilitação* nesta área a partir dos anos 90.

Ariel Milton

Page 19: Alzheimer hmr1 slideshare

� Eficácia dos medicamentos é reconhecidamente modesta… (Courtney, et

al., 2000), que oferecem insuficiente ajuda na perda cognitiva…(Holmes, 2008);

� Efeitos secundários, “essencialmente colinérgicos...” (Mendonça & Couto, 2005);

� Preço dos medicamentos;

DemênciasTerapêutica não-farmacológica / Porquê?

� Preço dos medicamentos;

� MCI / DCL;

� Abordagem inicial “não-farmacológica” (Mendonça & Couto, 2005);

� Desenvolver alternativas / complementos ao “modelo” médico;

� Promover estratégias de combate ao fenómeno do envelhecimento a médio/longo prazo;

Ariel Milton

Page 20: Alzheimer hmr1 slideshare

Investigação complementar

Exame Neurológico/ Neuropsicológico

Demências - Diagnóstico

“O processo de diagnóstico

das síndromes demenciais

assenta fundamentalmente

na clínica, priorizando uma

avaliação rigorosa do Exame Neurológico/

Neuropsicológico

História clínica cuidada

Santana, 2005

estado mental. “

(Fornari et al. , 2010)

Ariel Milton

Page 21: Alzheimer hmr1 slideshare

Défices das FNS: processos que as

compõem e gravidade

DemênciasTerapêutica não- farmacológica

Avaliação Neuropsicológica

Conhecer as FNS e sistemas

intactos

Qualidade de vida do

paciente

Ariel Milton

Page 22: Alzheimer hmr1 slideshare

Reabilitar/Estimular com que objectivos?

Objectivos

- Melhorar a qualidade de vida do paciente/cuidadorvida do paciente/cuidador

- Rentabilizar a reserva cognitiva

- Melhorar o desempenho nas AVDs

- Atenuar a progressão da doença

Limitações…

• Quem pode

beneficiar desta

reabilitação?

• E tem potencial

para beneficiar?

Ariel Milton

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Reabilitar/Estimular na demência

Orientações básicas

Orientação nutricional

Estruturação do ambiente

Orientação e suporte psicológico e social à família/cuidadores

Estimulação cognitiva

Psicoterapêutico

Medicina

Programas de exercícios físicos

Treino Cognitivo

Psicoterapêutico

Psicossocial

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Terapêutica não- farmacológicaTipos de abordagens/técnicas - Emocional/FNS, ex:

•Estratégias de repetição (auxilia na retenção de números, não de histórias…)

•Treino de memória (passo a passo…)

•Estratégias de aprendizagem (lista de palavras, mnemónicas…)

•Estratégias compensatórias (blocos de notas, cartazes, toques de relógio, pagers…)

Memória (episódica, semântica,

procidimental, imediata…)

•Sessões de 20 a 30 minutos 2X por semana, pelo menos durante 3 meses., intercalando sessões de conversação para melhorar as competências cognitivas. (Gregory, 2006)Terapia pela música

•Envolver diferentes sistemas sensoriais na aquisição/codificação da informação (emparceirar estímulos visuais e verbais…)

•Recordar melhor participando…Aquisição/Codificação •Recordar melhor participando…

•Aprendizagem sem erros…Aquisição/Codificação

•Complexidade crescente..

•Organizada: adicionando distractores visuais ou auditivos

•Aumentando o número de tarefas a serem executadas e em espaços cada vez maiores…

Velocidade de processamento

•Visa a reaprendizagem da informação sobre orientação de modo a melhorar o sentido de auto-controlo e de auto-estima.Terapia de Orientação na

Realidade

•Explorando a memória remota, usando como pano de fundo acontecimentos passadosTerapia da Reminiscência

•Estimular a comunicação…redução do alheamento em relação ao exterior e interacção com os outrosTerapia de Validação

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“A eficácia da reabilitação cognitiva deve ser avaliada de acordo com as variações individuais...” (Guerreiro, 2005)

• A evidência aponta para resultados positivos para doentes e famílias (Guerreiro, 2005);

DemênciasTerapêutica não- farmacológica – Considerações

doentes e famílias (Guerreiro, 2005);

• Terapia da memória como provavelmente eficaz na redução da velocidade de declínio da demência (Gatz, 1998);

• Programa de reabilitação cognitiva pode resultar em melhoria persistente em tarefas cognitivas e funcionais específicas em doentes com DA (Loewenstein, et al., 2004);

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• Ainda existem poucos estudos com rigor metodológico nesta área;

• Alguns estudos são de caso, não permitindo a generalização;

DemênciasTerapêutica não- farmacológica – Considerações:

• Estudos associando efeitos farmacológicos/terapias não-farmacológicas;

• Dimensão reduzida das amostras;

• Profissionais de saúde com formação na área;

• Estudos a longo prazo…

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Referências bibliográficas

• Buggey, T. (2007, Summer). A Picture Is Worth .... Journal of Positive Behavior Interventions, 9(3), 151-158. Retrieved December 14, 2007, from Academic Search

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dementia. Acta Neurologica Scandinavica, 103(6), 367-378

• Burrell, J., & Hodges, J. (2010). From FUS to Fibs: what's new in frontotemporal dementia?. Journal Of Alzheimer's Disease: JAD, 21(2), 349-360.

• Cameron, ID., & Kurrle, SE., (2002). “1-Rehabilitation and older people” In: Rehabilitation Medicine. Series Editors:Peter B Disler, Ian D Cameron. MJA, 177 (7), 387-

391.

• Fornari, L., Garcia, L. Hilbig, A., & Fernadez, L. (2010). As diversas faces da síndrome demencial: como diagnosticar clinicamente? Scientia Medica, 20 (2), 185-193.

• Guerreiro, M. (2005). Terapêutica não farmacológica da demência in Caldas, A. & Mendonça, A. (2005). A Doença de Alzheimer e outras Demências em Portugal. • Guerreiro, M. (2005). Terapêutica não farmacológica da demência in Caldas, A. & Mendonça, A. (2005). A Doença de Alzheimer e outras Demências em Portugal.

Lidel – Edições técnicas, Lda.

• Lopes, M. & Botinho, C. (2002).Prevalência de demência em diversas regiões do mundo. Análise dos estudos epidemiológicos de 1994 a 2000. Arq Neuropsiquiatr,

60 (1), 61-69.

• Ludolph, A. C., Kassubek, J. J., Landwehrmeyer, B. G., Mandelkow, E. E., Mandelkow, E. M., Burn, D. J., & McGeer, P. L. (2009). Tauopathies with parkinsonism:

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• Manning, L. (2008). A Neuropsicologia Clínica – Uma abordagem cognitiva. Gráfica Manuel Barbosa & Filhos, Lda.

• Nunes, B. (2005). A Demência em números In Caldas, A & Mendonça, A (2005). A Doença de Alzheimer e outras Demências em Portugal. Lidel – Edições técnicas,

Lda.

• Santana, I. (2005). A Demência em números In Caldas, A. & Mendonça, A. (2005). A Doença de Alzheimer e outras Demências em Portugal. Lidel – Edições

técnicas, Lda.

• Vingerhoets, G., Stopford, C. L., Thompson, J. C., Richardson, A. T., Neary, D. D., & Snowden, J. S. (2010). Working memory in Alzheimer's disease and

frontotemporal dementia. Behavioural Neurology, 23(4), 177-179.

Ariel Sousa