deficiência visual e auditiva

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Deficiência visual e auditiva Daiana Paula de Ávila

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Page 1: Deficiência visual e auditiva

Deficiência visual e auditiva

Daiana Paula de Ávila

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Deficiência auditiva

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Definições•A deficiência auditiva caracteriza-se como a

perda total ou parcial da capacidade de ouvir ou perceber sinais sonoros.

( ALMEIDA, 2008).

•Um indivíduo é classificado como surdo quando tem uma perda auditiva superior a 90 decibéis (dB), é portador de uma surdez profunda do tipo neuro-sensorial que o impede de ter acesso à zona conversacional da fala, ou seja, de aceder à linguagem oral, pela audição.

(BARATA E PROENÇA, 2001)

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Classificações

Limiar auditivo

Graus de perda auditivaDificuldade para entender o discurso falado/níveis de intensidade

27-40 dB Ligeira- perda condutiva Fala baixa

41-55 dBLeve- uso de aparelho auditivo

Fala normal

56-70 dB Moderada Fala alta

71-90 dBSevera – perda sensoneural

Fala gritada

Superior a 90 dB

Profunda – uso de sinaisQualquer fala, mesmo amplificada

Tabela 1. Graus de perda auditiva em Decibéis (dB) (WINNICK, 2004)

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Causas Causas pré-natais (antes do parto)

• hereditárias,• malformações congênitas, adquiridas pelo embrião

devido a infecções virais ou bacterianas intra-uterinas (ex.: rubéola, sarampo, sífilis, toxoplasmose);

• intoxicações intra-uterinas (ex.: quinino, álcool, drogas),

• alterações endócrinas (ex.: patologias da tiróide, diabetes);

• carências alimentares (ex.: vitamínicas);• agentes físicos (ex.: raios X);

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Causas perinatais (durante o parto)

• traumatismos obstétricos (ex.: hemorragias do ouvido interno ou nas meninges);

•Anoxia (ausência de oxigênio);• incompatibilidades sanguíneas (do fator RH

que podem provocar danos no sistema nervoso central);

•Doenças adquiridas no canal vaginal como sífilis e herpes;

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Causas pós-natais (depois do parto e no decurso da vida do indivíduo)

• doenças infecciosas, bacterianas (ex.: meningites, otites, inflamações agudas ou crônicas das fossas nasais e da naso-faringe),

• virais (ex.: encefalites, varicela),• intoxicações (ex.: alguns antibióticos, ácido

acetilsalicílico, excesso de vitamina D que pode provocar lesão com hemorragia ou infiltração calcária nas artérias auditivas),

• trauma acústico (ex.: exposição prolongada a ruídos nos locais de trabalho ou em recintos de diversão; sons de elevada intensidade e de curta duração, tais como: nas explosões e na caça; diferenças de pressão, como no caso dos mergulhadores);

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Causas desconhecidas ou idiopáticas (espontaneamente).

(WINNICK, 2004).

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Características principais•As características de uma criança com perda leve

são muito próximas das de uma criança normal.•As que tem perda severa apresentam condições

que geram problemas ligados à incapacidade de receber e expressar mensagens a partir do som.

•O indivíduo com deficiência auditiva encontra dificuldades para se adaptar ao ambiente que o cerca e, muitas vezes, em decorrência disso torna-se um pouco ansioso e impaciente, em especial quando não consegue se fazer entender.

(ALMEIDA, 2008)

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Características motoras•Se, como parte da perda auditiva, houve danos aos

canais semicirculares do ouvido interno, é provável que ocorram problemas de equilíbrio. Esses problemas, por sua vez, podem levar a atrasos no desenvolvimento motor e na capacidade motora. Isso acontece em decorrência da lesão vestibular, e não da surdez.

•Um desempenho motor pobre de alunos surdos, enquanto grupo, pode refletir o desempenho ainda pior dos alunos com lesão vestibular, quando comparado ao desempenho médio dos demais alunos surdos.

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•Se tiverem oportunidades iguais de aprender os movimentos e participar da atividade física, as habilidades motoras das crianças surdas devem ser equivalentes às de seus pares de mesma idade.

•Caso não tenham oportunidades iguais, podem sofrer atrasos nas habilidades motoras. Os índices de condicionamento físico de alunos ouvintes e surdos não apresentam diferenças significativas.

(WINNICK, 2004)

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Inclusão• No decorrer do processo de inclusão, o docente

deve transmitir ao aluno com Necessidade Educativas Especiais sentimentos positivos e também afeto.

• O processo de transição de uma aluno de um meio restritivo para um inclusivo deve ser preparado com tempo:

• 1. Todas as partes envolvidas devem fazer  um esforço cooperativo coletivo;

• 2.O professor deve ter acesso ao processo do aluno (competências atuais e competências esperadas);

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•3. O professor deve ter conhecimento das NEE específicas do aluno podendo adaptar a sala de aula às necessidades respectivas;

•4. Dependendo da problemática o docente de Educação Especial pode vir a trabalhar com o professor da turma, com o objetivo de ajudar o aluno em tudo o que for necessário. No caso da integração de um aluno surdo é necessário uma interprete.

(Site O SILÊNCIO)

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Esportes adaptados

•A CBDS foi fundada em 1984, mas sua história começa bem antes, na década de 50, com o intenso movimento de criação de associações de surdos.

•A prática desportiva nas associações se tornou consolidada com o passar dos anos e fez com que surgisse a necessidade de se organizar uma entidade apenas de esportes dos surdos.

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•As Surdolimpíadas, também conhecidas por Olimpíadas para Surdos, é um evento multidesportivo internacional, organizado para atletas surdos pelo Comitê Internacional de Desportos para Surdos (ICSD).

•Para participar nos Jogos, os atletas devem ter perdido 55 decibéis no seu "ouvido melhor". Outros exemplos de variação acontecem com os juízes. Invés de soprar um apito, o juiz usa uma bandeira vermelha. Na natação e no atletismo um flash vermelho é usado no lugar da pistola.

(CBDS)

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Esportes individuais

• Atletismo• Badminton• Boliche• Caratê• Ciclismo• Judô• Lutas• Natação• Orientação• Tênis• Tênis de mesa• Taekwondo• Tiro

Esportes coletivos

•Basquete•Futebol•Vôlei•Vôlei de praia

Esportes de verão

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Esportes de inverno

Esportes individuais

•Esqui alpino•Esqui cross-country•Snowboard

Esportes coletivos

•Curling•Hóquei no gelo

(WIKIPÉDIA, 2009)

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Deficiência visual

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Definição•A deficiência visual é caracterizada pela

perda parcial ou total da capacidade visual, em ambos os olhos, levando o indivíduo a uma limitação em seu desempenho habitual. A avaliação deve ser realizada após a melhor correção óptica ou cirúrgica.

(MUNSTER e ALMEIDA, 2004)

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•A simples utilização de óculos ou lentes de contato não é suficiente para caracterizar a deficiência visual, pois a prescrição de correção óptica adequada pode conferir ao indivíduo uma condição visual ideal. Todavia, mesmo usando recursos ópticos especiais e passando por intervenção cirúrgica, alguns indivíduos continuam com a capacidade visual severamente comprometida, sendo consideradas pessoas com deficiência visual.

(MUNSTER e ALMEIDA 2004)

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Classificações• Deficiência Visual – termo geral que engloba cegueira total e baixa

visão.• Baixa Visão – consegue ler impressos grandes ou com ampliação.• Cegueira – incapacidade de ler impressos grandes mesmo com

ampliação.• Cegueira legal – acuidade visual igual ou inferior a 20/200 no melhor

olho após correção, ou campo visual tão restrito que seu maior diâmetro compreende uma distância angular inferior a 20° (20/200).

• Visão de percurso – capacidade de enxergar a uma distância de 1,52 a 3,04m o que o olho normal consegue ver a 60,96m (5/200 a 10/200).

• Percepção de movimento – capacidade de enxergar a uma distância de 91,4cm a 1,52m o que o olho normal consegue ver a 60,96m; essa capacidade se limita quase que totalmente à percepção do movimento.

• Percepção de luz – capacidade de distinguir uma luz forte colocada a 91,04cm do olho, associada à incapacidade de detectar o movimento de uma das mãos a 91,4cm do olho (<3/200).

• Cegueira total – incapacidade de reconhecer uma luz forte direcionada diretamente aos olhos.

(WINNICK, 2004)

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Classificação esportiva

A classificação esportiva é utilizada nas competições e está especificada da seguinte forma de acordo International Blind Sport Association (2005) apud Crós et al 2006:

•B1: Ausência total da percepção da luz em ambos os olhos, ou alguma percepção da luz, mas com incapacidade para reconhecer a forma de uma mão em qualquer distância ou sentido.

•B2: Da habilidade de reconhecer a forma de uma mão até uma acuidade visual de 2/60 metros e/ou um campo visual inferior a 5º de amplitude.

•B3: Desde uma acuidade visual superior a 2/60 metros até 6/60 metros e/ou um campo visual de mais de 5º e menos de 20º de amplitude.

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CausasAs principais causas da cegueira e das outras deficiências visuais têm se relacionado a amplas categorias:•Doenças infecciosas;•Acidentes;•Ferimentos;•Envenenamentos;•Tumores;•Doenças gerais e influências pré-natais e hereditariedade.

(SILVEIRA e VENÂCIO)

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Características principais•Irritações crônicas dos olhos, indicadas

por olhos lacrimejantes, pálpebras, inchadas ou remelosas;

•Náuseas, dupla visão ou névoas durante ou após a leitura;

•Ato de esfregar com freqüência os olhos, franzir ou contrair o rosto quando olha objetos distantes;

•Cautela no andar para evitar tropeços e dificuldades para correr;

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• Desatenção anormal durante trabalhos no quadro de giz, mapas de paredes, entre outros;

• Queixas de embaçamento visual e tentativa de afastar com as mãos os impedimentos visuais;

• Inquietação, irritabilidade ou nervosismos excessivos depois de um prolongado e atento trabalho visual;

• Ato de pestanejar excessivamente, sobretudo durante a leitura;

• Ato de segurar habitualmente o livro muito perto, ou muito distante, procurando a melhor posição para a leitura;

• Ato de inclinar a cabeça para o lado durante a leitura;

• Capacidade de leitura por apenas um período curto de cada vez;

• Ato de fechar ou tampar um olho durante a leitura.

(VIEIRA, 2006)

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Características motoras• A criança deficiente visual é aquela que difere

da média, a tal ponto que irá necessitar de professores especializados, adaptações curriculares e ou materiais adicionais de ensino, para ajudá-la a atingir um nível de desenvolvimento proporcional às suas capacidades;•Os alunos com deficiência visual não constituem um grupo homogêneo;• Os portadores de deficiência visual apresentam uma variação de perdas que se poderão manifestar em diferentes graus de acuidade visual;

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•A criança cega, muitas vezes, chega à escola sem um “passado” de experiências como seus companheiros videntes, não apresenta as rotinas da vida cotidiana de acordo com a sua idade, os seus conceitos básicos como esquema corporal, lateralidade, orientação espacial e temporal são quase inexistentes e sua mobilidade difícil, o que poderá levar à baixa estima que dificultará o seu ajustamento à situação escolar, estranha e, muitas vezes, aterrorizadora.

(MOTA, 2003)

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Inclusão•A educação da criança

deficiente visual pode se processar por meio de programas diferentes, desenvolvidos em classes especiais ou na classe comum, recebendo apoio do professor especializado;

•As crianças necessitam de uma boa educação geral, somada a um tipo de educação compatível com seus requisitos especiais, fazendo ou não, uso de materiais ou equipamentos de apoio.

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•A educação do deficiente visual necessita de professores especializados nesta área, métodos e técnicas específicas de trabalho, instalações e equipamentos especiais, bem como algumas adaptações ou adições curriculares;

•A tendência atual da educação especial é manter na escola comum o maior número possível de crianças com necessidades educativas especiais;

•Cabe à sociedade a responsabilidade de prover os auxílios necessários para que a criança se capacite e possa integrar-se no grupo social.

(MASI, 2002)

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Esportes Adaptados

• Segundo WINNICK, Joseph (2004) as organizações que trabalham com Atletas que possuem deficiência visual são:United States Association for Blind Athlets ou Associação de Atletas Cegos dos Estados Unidos (USABA) ou a International Blind Sports and Recreation Association ou Associação  Internacional de esportes para Cegos (IBSA). Estes órgãos têm por finalidade promover competições esportivas para atletas com deficiência visual no mundo Inteiro alem de mudar a atitude tomada em relação aos deficientes visuais.

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Alguns esportes:

•Futebol 5 ;•Atletismo;•Natação;•Judô;•Ciclismo;•Goalball;•Bocha;

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Referencias

• ALMEIDA, Antônio Carlos Pinheiro Gama de. Atividade Física E Deficiência Auditiva. In: GORGATTI, Márcia Greguol; COSTA, Roberto Fernandes da. Atividade Física Adaptada. 2ª ed. Barueri: Manole, 2008.

• BARATA, Ana Luiza Kahwage; PROENÇA, Mayra Cristina Guimarães. Métodos E Técnicas De Aprendizagem Acadêmica Utilizados Com Pessoas Portadoras De Deficiência Auditiva: Uma Análise Teórica. Belém, 2001. Monografia. UNAMA. Disponível em: <http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/METODOS_TECNICAS_APRENDIZAGEM.pdf>

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• ALMEIDA, Antônio Carlos Pinheiro Gama de. Atividade Física E Deficiência Auditiva. In: GORGATTI, Márcia Greguol; COSTA, Roberto Fernandes da. Atividade Física Adaptada. 2ª ed. Barueri: Manole, 2008.

• BARATA, Ana Luiza Kahwage; PROENÇA, Mayra Cristina Guimarães. Métodos E Técnicas De Aprendizagem Acadêmica Utilizados Com Pessoas Portadoras De Deficiência Auditiva: Uma Análise Teórica. Belém, 2001. Monografia. UNAMA. Disponível em: <http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/METODOS_TECNICAS_APRENDIZAGEM.pdf>

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• CBDS. Disponível em:<http://www.cbds.org.br/historia.php>

• CRÓS, Chimênia Xavier; Leonardo Mataruna; Ciro Winckler de Oliveira Filho; José Julio Gavião de Almeida. Classificações da deficiência visual: compreendendo conceitos esportivos, educacionais, médicos e legais. Revista digital. Buenos Aires, 2006. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd93/defic.htm>.

• MASI, Ivete de. DEFICIENTE VISUAL EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO. União Brasileira de Cegos – UBC e ASSOCIAÇÃO Brasileira de Educadores de Deficientes Visuais – ABEDEV. Disponível em: <http://intervox.nce.ufrj.br/~abedev/Apostila-DV >

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• MOTA,Maria Glória Batista da. Orientação e Mobilidade: Conhecimentos Básicos Para A Inclusão Da Pessoa Com Deficiência Visual. - Brasília: MEC, SEESP, 2003. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ori_mobi.pdf

• MUNSTER, Mey de Abreu van; ALMEIDA, José Júlio Gavião. Atividade Física e Deficiência Visual. In: GORGATTI, Márcia Greguol; COSTA, Roberto Fernandes da. Atividade Física Adaptada. 2ª ed. Barueri: Manole, 2008.

• O Silêncio, ouve o silêncio. Disponível em: <http://ouveosilencio.wordpress.com/surdez/inclusao-escolar/>

 

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• SILVEIRA, Claudia; VENÂNCIO, Fabrícia Aparecida. Informação E Formação: Primeiros Passos Para Construção De Uma Sociedade Inclusiva. Agudos, 2007. Monografia. FACULDADE DE AGUDOS – FAAG. Disponível em: <http://www.faag.com.br/faculdade/biblioteca/Silveira.pdf>.

• Vieira, Carmelino de Souza. Judô paraolímpico: manual de orientação para professores de educação física. Brasília: Comitê Paraolímpico Brasileiro, 2006. Disponível em: <http://www.judorio.org.br/sistcad/artigos/judoparaol%C3%ADmpico.pdf>.

• WIKIPÉDIA. Surdolimpíadas. Artigo disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Surdolimp%C3%ADadas>