correio de sintra n.º 5

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Edição de 1 de Maio de 2010

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Quinzenrio 1 de Maio de 2010 n. 5 GRATUITO

Correio de Sintrawww.correiodesintra.net

Director: Joaquim Reis

PS ameaa denunciar aterro ilegal UEQueluz, 19

Assembleia Municipal critica silncio injusticvel da Cmara no processo da Alta TensoRELATRIO. Uma comisso da Assembleia Municipal criada em 2007 concluiu agora que a Cmara de Sintra no fez uso de todos os recursos para inuenciar o projecto da linha de muito alta tenso Fanhes-Trajouce. Concelho, 5

Cmara responsabiliza Administrao Central pelo mau estado das arribas de SintraLITORAL. A instabilidade das arribas de Sintra voltou a ser tema de discusso na Assembleia Municipal. O tema foi trazido pelo deputado Rogrio Cassona, da CDU, a quem o vice-presidente da Cmara garantiu que tambm uma preocupao para a autarquia, embora tenha delegado todas as responsabilidades na Administrao da Regio Hidrogrca do Tejo (ARH), a nova entidade com competncias sobre o litoral. Concelho, 4

Brincadeira em lagoa articial vitima dois jovens do CacmMORTE. Dois estudantes da Escola Secundria Gama Barros morreram afogados numa lagoa de uma saibreira situada entre as freguesias do Cacm e Rio de Mouro. Agualva-Cacm, 11

Lagoa preocupa autarcas e moradores de AgualvaPERIGO. A lagoa dos quatro caminhos continua a preocupar autarcas e moradores, que temem acidentes como o recente afogamento de dois jovens em Rio de Mouro. O buraco resulta de uma obra embargada e a Junta desconhece em que estado est o projecto imobilirio previsto para o local. Agualva-Cacm, 13PUB

A falta de condies frequentemente apontada como uma das razes para uma possvel mudana das instalaes onde actualmente so feitas as reunies de cmara e Assembleia Municipal. Exige-se, de facto, um espao moderno, com capacidade para albergar com dignidade autarcas e muncipes, e com lugares de estacionamento que permitam o acesso de todos a um local onde a cidadania , e deve, ser exercida. De facto, o Palcio Valenas, embora ostente tradio e orgulho, dada a sua imponncia na vila de Sintra, dever ter os dias contados. Ou pelo menos essa a vontade de alguns polticos, que pretendem a deslocao destas reunies para o Centro Cultural Olga Cadaval. semelhana de outras autarquias, como a da Amadora, Sintra caria com um local mais digno e com outras condies. Mas a mudana no poder ser somente fsica. H muito por fazer. Os muncipes que se desloquem a uma dessas reunies no conseguem descortinar quais os assuntos em discusso. No basta um nmero e uma alnea. Falta decifrar o que est por trs dessa alnea, atravs da disponibilizao de toda a documentao atravs internet, por exemplo. essa ferramenta que cada vez mais explorada para a divulgao de informao entre os rgos de poder e os cidados. Tambm os jornalistas por vezes no conseguem acesso a esta informao de forma a fazer o seu trabalho de ponte entre o poder local e a populao. certo que h temas incmodos, que h informao que talvez no deva ser tornada pblica at sua resoluo dentro de portas. Mas h papelinhos amarelos que deveriam sair do tampo das secretrias. Por uma questo de transparncia e porque a Lei clara nesta matria.

Em quatro anos, morreram em Sintra quatro jovens vtimas de afogamento em lagoas articiais. Se verdade que qualquer um deles deveria ter pensado no risco que corria ao mergulhar neste tipo de locais, tambm no deixa de ser verdade que os proprietrios e as autoridades de proteco civil foram e continuam a ser negligentes. Basta fazer uma ronda pelo concelho e constatar que a recomendao aprovada em 2007 pela Assembleia Municipal continua por cumprir. No h vedaes ecazes nem placas de perigo em lado nenhum.

Quinzena16. World Press CartoonO argentino Gabriel Ippliti venceu o grande prmio da sexta edio do World Press Cartoon com uma caricatura do primeiro-ministro russo Vladimir Putin.

Cartas ao DirectorEm cumprimento do acordado com o senhor administrador da Galucho, para que este retirasse a queixa por difamao ao exdirector do Jornal de Sintra, Lus Miguel Batista (por ter publicado um escrito da minha autoria em 22/02/08), foi publicado no ltimo nmero deste jornal [Jornal de Sintra] um esclarecimento que, certamente, excedeu as expectativas do queixoso. No texto foi dado particular destaque ao facto de os artigos publicados na seco Diga de sua justia serem da responsabilidade dos autores, sem que a direco ou redaco do jornal, subscrevessem as opinies formuladas. Por a se v o quo despropositado foi o processo de difamao para com o ento director que, mais no fez do que mostrar iseno, consciente de que, desta forma, o jornal se recusava e bem - a dizer apenas o que convinha a quem tinha mais poder. Compreendo que o Lus M. Batista, por no ser parte interessada no processo, no quisesse estar envolvido nele por mais tempo e, como tal, o pedido de desculpas pblico surgiu como uma soluo para se livrar de um caso que no lhe dizia respeito. Porm, acho que o texto Galucho: Esclarecimento do ex-director do Jornal de Sintra foi muito alm disso, apresentando-se como um louvor desmesurado a quem, com tantas qualidades, jamais poderia ter sido alvo de qualquer reparo. Nem o senhor administrador contaria com tanto. Achei que no iria pronunciar-me sobre a questo. Mas, ao pensar melhor e sendo o primeiro a reconhecer que o Lus M. Batista no deveria ter sido envolvido achei que, com este texto, a sua condio de neutralidade foi abalada. Ao l-lo, qualquer pessoa que no conhea o caso, car com a ideia de que s um vilo ousar erguer a voz contra to destacada gura, cheio de atributos de grande valor humano e social. J agora, quero dizer que no foram estes atributos que questionei. Enquanto dura este fait-divers com que se pretende chamar a ateno para a forma, o contedo (que gerou a indignao), mesmo embargado, vai continuando, ao arrepio de todos os regulamentos. E com as autoridades a assobiar para o lado. Fernando Andrade, So Joo das Lampas. Sou um dos poucos estrangeiros que vive na Praia das Mas e com grande tristeza e revolta que assisto aos disparates que acontecem na nesta aldeia e volta dela. Desde Janeiro que no temos a caixa de multibanco, o que prejudica a populao e os comerciantes. Em entrevista ao vosso jornal, o presidente da Junta fala sobre tudo mas esquece a Praia das Mas. A um email que enviei para a Junta com este e outros problemas, o presidente responde que no nada com ele. Na entrevista, o autarca lamenta que os turistas no quem c mais tempo c. Mas eu pergunto, porque devem os turistas car mais tempo se no h condies? Gostavam de car na praia ao lado de canas cheias de papel higinico, fezes e lixo? E o parque de campismo, fechado h anos. As pessoas comentam que so proprietrios das grandes vivendas (secretrios do estado, ex-ministros e outros) que no querem evoluo, porque gostam de sossego, paz e calma. E ns, somos o qu? Ser que o presidente da Junta de todos ou s de meia dzia de Almoageme, a sua terra natal? Piotr Andrzej Klimaszewski, Praia das Mas

20. Vinho de ColaresO primeiro Almoo de Colares juntou os produtores desta regio de Sintra e vrios agentes do mercado dos vinhos no Tivoli Palcio Seteais. Ver pgina 9.

27. Assembleia aprova contas de 2009A Assembleia Municipal de Sintra aprovou as contas de 2009 com os votos favorveis da Coligao Mais Sintra e da CDU, e contra do PS e do BE. Ver pgina 7.

28. PS ameaa queixa na UEO PS ameaou entregar uma denncia Unio Europeia contra os crimes ambientais ocorridos h anos num aterro na Serra da Carregueira, junto ao estabelecimento prisional de Belas. Ver pgina 19.

30. Rui Pereira volta a vencer no PSRui Pereira foi reeleito para a liderana da Comisso Concelhia de Sintra do PS, derrotando Ftima Campos, a candidata apoiada pela vereadora Ana Gomes. As duas listas registaram uma diferena de 66 votos em 472 eleitores.

Ficha Tcnica Director: Joaquim Reis - [email protected] Periodicidade: Quinzenal Propriedade: Raiz da Palavra, Lda. Praceta Carlos Pinho, 11 - Loja A 2725-252 Mem Martins Tiragem: 55000 exemplares

Registo ERC: (em registo) Registo INPI: 461778 NIF: 508982545 Depsito Legal: 307601/10 Impresso: Grca Funchalense - Pro Pinheiro site: www.correiodesintra.net blog: correiodesintra.blogspot.com

Redaco: Praceta Carlos Pinho, 11 - Loja A 2725-252 Mem Martins Telefone: 219 208 394/211 555 478 Fax: 219 209 067 emails: [email protected] [email protected] Concepo Grca: Raiz da Palavra Equipa Grca: Ana Costa, Lus Galro

Redaco: Lus Galro, Ventura Saraiva (Desporto) Fotograa: Joaquim Reis, Jos Correia, Lus Galro Servios Administrativos: Jorge Pelicano Direco Comercial: Tnia Tracana Equipa Comercial: Cristina Martins, Nuno Marques, Mariana Arajo e Joo Cordeiro Colaborao neste nmero: Andr Beja, Lacerda Tavares, Marco Almeida e Pedro Primo Figueiredo

LUS GALRO

Editorial

2 Correio de Sintra

1 de Maio de 2010

Salta vista...

A abrir

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ConcelhoCitaesSe esta coisa da poda deu algum problema, foi no PSngelo Correia, presidente da Mesa

4 Correio de Sintra

1 de Maio de 2010

Concelho

Estado das arribas preocupa vicepresidente que responsabiliza ARHsio da Administrao da Regio Hidrogrca do Tejo (ARH). Chegamos ao ponto de as prprias vedaes que estavam a ser instaladas na Praia Pequena e no percurso at Praia das Mas fossem suspensas por determinao da ARH que, curiosamente, vem agora pedir auxlio Cmara para proceder instalao de vedaes, sem indicar as localizaes. Mas a Cmara tambm no o far porque entende que deve ser a ARH a denir os locais. S depois a Cmara dar o apoio logstico, assegura. Em resposta ao deputado Rogrio Cassona, o vice-presidente salientou ainda que a Cmara est preocupada com o assunto. No concelho de Sintra nos ltimos seis anos no foi feito qualquer investimento no litoral. Preocupanos a queda de blocos em diferentes arribas, sendo que a zona das Azenhas do Mar a que mais insegurana e perigo oferece aos muncipes e aos visitantes, e temos informado a ARH que preciso intervir. Segundo a ARH, indica o autarca, est em fase de lanamento um concurso para se proceder interveno. Mas Marco Almeida deixa um aviso. Se alguma coisa acontecer a um muncipe ou a algum que nos visite, a responsabilidade apenas de uma estrutura da Administrao Central que inecaz. Tem um nome, a ARH do Tejo, arma. As duas maiores bancadas (Coligao Mais Sintra e PS) no se referiram ao tema, mas Joo Silva, do Bloco de Esquerda, lanou-lhes um desao. Estamos dispostos para em conjunto com todos os que quiserem, exigir do Governo e das estruturas centrais que tomem medidas em relao orla costeira. Estamos disponveis para isso! Vamos exigir medidas concretas e no quemos apenas pelas denncias, disse. Lus GalroLUS GALRO

Sabemos bem que foi eleito presidente. Mas est na altura de lhe recordar que a Assembleia Municipal eleita para scalizar o seu trabalho e o dos seus vereadores e que, por vezes, parece esquecer-se disso. No ao PS que deixa de dar respostas, deixa de responder populao.Antnio Lus Lopes, PS

Ficam-lhe bem os sentimentos de lealdade para com os SMAS. Alis, qualquer bom casamento implica lealdade e delidade. () Mas h uma outra lealdade, que a que temos que ter com as pessoas de Sintra. E comea a ser repetitivo que fuja a responder s questes quando diz responderei se me apetecer ou se tiver tempo. Est no seu direito, mas recusa responder aos cidados.Idem

Cmara avisa que qualquer acidente ser responsabilidade da Administrao Central

evidente que tenho de ser leal perante os meus eleitores. Os seus ao no votarem em mim no assumiram os nossos propsitos nem as nossas lgicas de execuo. No vale a pena iludirmo-nos.Fernando Seara, presidente da Cmara

Nos prximos tempos, em consequncia da diminuio abissal do ratting da Repblica, vamos ter um problema terrvel, que garantir totalmente os salrios. Deixemo-nos de iluses e desamos terra. () Temos que criar extraordinariamente todas as formas de apoio a empresas, temos que aumentar a aco social e continuar a apoiar a aco social escolar.Idem

Litoral. A instabilidade das arribas de Sintra voltou a ser tema de discusso na Assembleia Municipal. O tema foi trazido pelo deputado Rogrio Cassona, da CDU, a quem o vice-presidente da Cmara garantiu que tambm uma preocupao para a autarquia, embora tenha delegado todas as responsabilidades na Administrao Central.Se h assunto que verdadeiramente aborrece a Cmara a inoperncia da Administrao em reas to sensveis como a sade, a educao ou a administrao do territrio. uma matria onde demos passos signicativos de apoio e de resoluo de problemas concretos, mas a inoperncia da Administrao leva-nos a acreditar que as intervenes no litoral de Sintra no sero feitas to

H uma coisa que s vezes me faz confuso. Quando ouvimos falar o PSD de Sintra, ou o PS de Sintra, parece que no tm nada a ver com os respectivos partidos nacionais. Parece que quando chegamos a Queluz acaba o nacional e comea ou partido aqui do concelho. Mas sabemos que no assim, e sabemos que o Governo tem graves responsabilidades em muitas coisas que se passam no concelho, comeando pelo hospital, matria em que o PSD tambm tem graves responsabilidades. Porque em sede de PIDDAC uniram-se para chumbar as propostas do BE que queria avanar com a questo do hospital. Assistimos culpabilizao uns dos outros e ao sacudir da gua do capote a nvel local.Joo Silva, Bloco de Esquerda

breve quanto desejaramos, desabafa Marco Almeida. Segundo o vice-presidente, a Cmara fez vrios esforos junto do Governo, mas viu cair todo o trabalho com a criao de uma nova entidade com competncia sobre o litoral. Valorizo a sua interveno, mas recordo que o presidente da Cmara h cerca de dois anos reuniu com o Secretrio de Estado do Ambiente para termos uma interveno especca na reviso do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sintra-Sado. No nal, ele deu indicaes directora do Parque para se avanar com a proposta de reviso. Foi um trabalho conjunto, mas passado um ano entrou em funcionamento uma nova estrutura do Estado, que curiosamente funciona no mesmo prdio, e tudo voltou estava zero, revela. Marco Almeida adianta ainda que as intervenes que a Cmara tinha previstas foram suspensas por impo-

Assembleia rejeita moo sobre podasO Bloco de Esquerda est preocupado com a polmica em torno das podas das rvores que os servios municipais tm vindo a realizar nos ltimos dois meses, e levou o assunto Assembleia Municipal. Mas a moo que apresentou acabou rejeitada com os votos da Coligao Mais Sintra e de alguns deputados municipais do PS. Lamentamos que a maioria dos deputados no tenham sensibilidade para a necessidade de proteger as rvores do concelho e manteremos a exigncia de que as podas sejam realizadas na devida altura, arma o BE em comunicado. A moo propunha a suspenso imediata de todas as podas, dado que esto a ser efectuadas num perodo em que as rvores j tm frondosa folhagem, tem impactos negativos na sade das rvores, na nidicao das aves e na paisagem. A moo apontava ainda que a realizao de podas tardias contraria os pressupostos do Regulamento para a interveno em rvores de Sintra apresentado UNESCO em 2005, integrado no Plano de Gesto da Paisagem Cultural de Sintra e a opinio de especialistas conceituados. Na argumentao, os bloquistas citavam Francisco Caldeira Cabral e Gonalo Ribeiro Teles. Sendo a poda uma operao sempre desvitalizante da rvore claro que devemos pratic-la, quando necessrio, no momento em que a aco desvitalizante for menos intensa. Quer dizer que a poda de correco de ramagens, de levantamento de copas e outras medidas que no tenham o carcter de urgncia se devem praticar sempre no perodo de repouso vegetativo: o da queda das folhas para as rvores de folha caduca, ou o de menor actividade vegetativa para as plantas de folha persistente. Este poder vericarse no m do Vero, se o repouso for motivado por carncia hdrica, l-se na obra A rvore em Portugal.

Concelho

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Correio de Sintra 5

Relatrio polmico critica papel da Cmara no processo da alta tensoAlta Tenso. A ltima reunio de Assembleia Municipal voltou a car marcada pelo tema da alta tenso, desta vez devido a um relatrio tardio da Comisso criada em 2007 para acompanhar o tema.Em Abril de 2007, por proposta da Coligao mais Sintra a Assembleia Municipal decidiu criar uma comisso eventual de acompanhamento da instalao da Linha de Muito Alta Tenso Fanhes-Trajouce. No entanto, a dita comisso no chegou a produzir resultados no mandato anterior, pelo que o seu presidente, Filipe Santos, quis apresentar o relatrio nal no passado dia 27. O autarca justicou o atraso com diculdades de agenda e apresentou as principais concluses da comisso. Reunimos 12 vezes, ouvimos todas as partes e conclumos que o Ministrio do Ambiente validou o projecto e os estudos ambientais associados e no identicou a necessidade de qualquer ateno particular em termos de segurana ou risco para as populaes, diz. Por outro lado, a Cmara de Sintra assumiu durante largo perodo de tempo um silncio no justicado face aos pedidos de colaborao da REN relativamente, s solicitaes de muncipes e da Assembleia Municipal, em particular perante a comisso, tendo demorado mais de um ano a iniciar a devida prestao de informao. Alm disso, critica, a Cmara no fez uso de todos os recursos ao seu dispor para tentar inuenciar a tomada de deciso por parte das autoridades competentes, nomeadamente, no deu pareceres quando eles lhe foram solicitados e no se pronunciou publicamente sobre o projecto. A comisso, adianta, recomenda que a Cmara continue atenta e deterPUB LUS GALRO

Comentriouando no se quer resolver um problema, cria-se um grupo de trabalho ou uma comisso sobre o assunto. Em Sintra, esta soluo ainda mais original. Primeiro, deixa-se o problema consumar-se, depois cria-se a comisso, e de seguida torna-se a dita intil. O caso da linha de muito alta tenso FanhesTrajouce paradigmtico daquilo para que serve, ou no serve, uma Assembleia Municipal. O projecto remonta ao nal de 2005 e os deputados municipais s deram por ele no ltimo dia do perodo da consulta pblica. Os protestos emocionados das populaes que se deslocaram ao longo de meses a vrias assembleias demoraram a fazer efeito. Os deputados s decidiram criar a dita comisso no dia 26 de Abril de 2007, quase um ms depois da linha entrar em funcionamento. A ideia era acompanhar o caso e assegurar o sossego das populaes. O primeiro relatrio preliminar era devido ao m de 30 dias e o relatrio mais desenvolvido aps trs meses. Passaram trs anos e o resultado um relatrio que crtico actuao da Cmara mas que no colhe o consenso dos membros que supostamente o tero escrito. O documento parece deixar de fora a promessa do Ministrio da Economia e da Cmara de que a linha seria enterrada parcialmente. Em trs anos, a linha apenas esteve desligada durante cerca de oito meses graas a uma batalha judicial promovida pela presidente da Junta de Monte Abrao. Desde o nal de Julho de 2008 est em funcionamento sobre as cabeas das dezenas de muncipes que em tempos pediam ajuda Assembleia Municipal. Lus Galro

Q

Comisso de deputados municipais critica silncio no justicado da Cmara de Sintra

minada no acompanhamento da linha Fanhes-Trajouce, prestando Assembleia Municipal, no quadro do respeito pelas regras de relacionamento entre instituies, a informao assdua sobre as diligncias e desenvolvimentos do processo. A comisso pede ainda que sejam facultadas as informaes solicitadas aos Ministrios da Economia e do Ambiente e pelo Governo para o legtimo esclarecimento dos sintrenses. O relatrio recomenda ainda que a Cmara promova uma maior divulgao dos projectos em discusso pblica contribuindo para implementar a participao das populaes e a sua informao atempada.

Relatrio indigna oposioNo entanto, a apresentao destas concluses indignou os deputados socialistas membros da comisso. No pode vir apresentar o relatrio em nome da comisso porque no foi mandatado

para tal. Alm disso, os outros membros desconhecem o documento que, segundo diz, est pronto h mais de um ano, criticou Bruno Tavares. O deputado lembrou que a comisso foi extinta com o nal do mandato anterior e que faria mais sentido dar continuidade ao trabalho, criando outra comisso idntica para concluir os trabalhos. A proposta teve o apoio do BE e da CDU, mas acabou rejeitada pela Coligao Mais Sintra. A questo da alta tenso, longe de estar resolvido, est cada vez mais complicada. Alguns lembrar-se-o que o ento Ministro da Economia e o Presidente da Cmara comprometeram-se a enterrar as linhas num trajecto curto de alguns quilmetros, mas os anos passam e a promessa no se cumpre, recorda Helena Carmo, do BE. Talvez isso devesse fazer parte do relatrio que nos foi aqui apresentado ou talvez essa seja uma boa razo para a constituio de uma nova comisso, desaa. L.G.

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6 Correio de Sintra

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Concelho

Patinagem regressa ao Parque da LiberdadeOs patins esto de regresso ao Parque da Liberdade, em Sintra. De 8 de Maio at 10 de Outubro, o convite para patinar naquele espao. Aos sbados, domingos e feriados, ser dada a possibilidade de se iniciar na patinagem, de praticar o quanto j sabe ou de aprender mais. Os praticantes podem alugar o equipamento necessrio (patins, capacete e touca descartvel a 1,50 euros hora), e tm ao seu dispor um monitor com formao de socorrismo para apoio e orientao.

Iniciativa. Nas horas livres o Tico e o Teco convivem com o Franginhas e a sua amiga, a ovelha Chon, mas quando tm que trabalhar fazem as delicias dos alunos. Na escola primria do Magoito so j uma presena habitual.A ideia surgiu por acaso. Em 2009 Jorge Carvalho adoptou dois burros em Santarm e organizou passeios para crianas junto praia do Magoito. Um ano depois a ideia pegou e a empresa Burros do Magoito tem vrias actividades por semana. Nem a teimosia habitual dos burros impede o Tico e o Teco de irem escola do Magoito e passar o dia com os alunos e os professores. Teimosamente l arranjam pacincia e do boleia s crianas. Percorrem dezenas de vezes o pequeno permetro da escola, at regressarem depois ao terreno onde convivem com a mascote da empresa, o ainda menor Franginhas e a sua companheira preferida, a ovelha Chon. As crianas habituaram-se presena dos burros na escola do Magoito e todos querem andar no dorso dos animais, como se fosse a primeira vez. O Gonalo no se recorda da primeira vez que andou em cima do Teo e do Tico, e depois do medo inicial, agora quer ser sempre o primeiro a liderar as iniciativas e os percursos volta da escola. A visita s escolas apenas uma das tarefas dirias destes dois animais que tambm visitam outros estabelecimentos de ensino do concelho. O objetivo da empresa Burros do Magoito passa por promover o contacto das crianas com os animais e a natureza. Para Jorge Carvalho, a ambio da preservao e da valorizao da espcie Asinina, salvaguardando um patrimnio gentico, ecolgico e cultural nico no pas so algumas das preocupaes da empresa. A empresa organiza passeios de burro (a p, montado ou em carroa),

Autarquia requalica bairro das ChesmasA Cmara de Sintra vai dar incio, em Maio, s obras de construo de uma zona de lazer e jardim infantil no Bairro das Chesmas, na freguesia de Santa Maria e So Miguel. O projecto tem como objectivo a requalicao de superfcie de uma rea de 2,200 metros quadrados localizada no interior de um quarteiro do Bairro das Chesmas 2. A interveno assenta na reabilitao de um espao que, pela sua dimenso, permite concretizar um ambiente de diferentes vivncias, com vrias zonas de lazer e de recreio. O conceito do projecto consiste no atravessamento em toda a extenso do terreno por um eixo que se desenvolve de sul para norte ao longo do qual vo surgindo espaos diferentes de lazer e recreio, nomeadamente o bosque, o parque e infantil e uma rea dedicada prtica desportiva.

Feira de stocks junto ao Palcio de QueluzNa sequncia do xito da primeira edio da feira de stocks a Associao Empresarial de Sintra (AESintra) promove mais uma edio da feira de stocks nos dias 7, 8 e 9 de Maio junto ao Palcio Nacional de Queluz. egundo a AESintra, esta ser uma oportunidade para comerciantes e consumidores fazerem bons negcios, tendo em conta a diversidade de produtos e o seu baixo preo.

Tico e Teco deliciam alunos e professores na escola do Magoito

festas de aniversrio, estgios durante os perodos de frias escolares, programas escolares, Asinoterapia para crianas com necessidades especiais, e diversos programas culturais. Para j, por uma questo de peso, os passeios a burro so destinados somente a crianas. Segundo a outra cara da Burros do Magoito, Carla Nogueira, estas so actividades que do imenso trabalho, mas acrescenta que com prazer que executa todas as tarefas que garantem a

sobrevivncia dos animais. Lavamolos, damos-lhe alimentao, e o contacto com eles d-nos muito prazer, garante. At ao nal do ano lectivo, o Tico e o Teco regressam s escolas, e no futuro vo ter a companhia do Franginhas, que em casa no se cansa de os acompanhar nas diversas actividades pedaggicas. Para trs parece estar uma vida de maus tratos e de trabalhos pesados, na vida que tinham antes de "ingressar" na escola. Joaquim Reis

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JOAQUIM REIS

Sntese

Os Burros do Magoito vo escola

Concelho

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Assembleia Municipal aprova contas de 2009

LUS GALRO

SnteseSegundo passeio temtico - O Terreiro do Pao de QueluzA Junta de Queluz organiza no prximo dia 8 de Maio o segundo passeio temtico O Terreiro do Pao de Queluz. A junta prope uma visita ao interior do Regimento de Artilharia Anti-Area n1, ao Teatro da Pousada Dona Maria I e frontaria do Palcio do 2 Marqus de Pombal. A visita ser conduzida pelo guia Pedro Hernni Paulo. recomendado levar uma merenda ligeira e uma garrafa de gua, assim como calado confortvel. A inscrio gratuita e podem participar adultos e crianas.

II Jornadas dos Bombeiros de SintraColigao Mais Sintra e CDU aprovam contas e relatrio de gesto de 2009 sob crticas do PS e do BEA Associao Humanitria dos Bombeiros Voluntrios de Sintra organiza a 8 e 9 de Maio no Centro Cultural Olga Cadaval, as II Jornadas dos Bombeiros Voluntrios de Sintra sob o tema Abordagem Vtima com Incapacidade. De forma a dar sequncia s I Jornadas realizadas em 2008 subordinadas ao tema A emergncia Pr-Hospitalar e o Socorro Vtima Deciente estas jornadas tm como objectivo contemplar os saberes de diferentes especialidades, nomeadamente mdicas, psicolgicas e sociais bem com a partilha de experincias de servios similares existentes em Espanha.

Contas. A Assembleia Municipal de Sintra aprovou as contas do municpio relativas a 2009, com os votos favorveis da Coligao Mais Sintra e da CDU e a oposio do PS e do Bloco de Esquerda. O tema gerou uma acesa discusso entre os deputados municipais do PS e o presidente da Cmara.A deputada Piedade Mendes criticou o penoso estado da nanas municipais, com as empresas camarrias, os SMAS de Sintra e a prpria Cmara a apresentarem resultados assustadores, entre falncias tcnicas, resultados negativos endividamento pblico a crescer desmesuradamente e uma terrvel falta de investimento num Concelho que tanto precisava dele. Para a socialista, os maus resultados so da inteira responsabilidade da maioria que governa a Cmara h quasePUB

uma dcada, composta pela Coligao Mais Sintra liderada pelo Presidente Fernando Seara, e devotamente acompanhada na sua ineccia pela CDU. Entre os problemas, o PS aponta o facto do Fiscal nico armar que a EDUCA se encontra em processo de falncia tcnica e com o capital negativo a ascender a 3,1 milhes de euros e dvidas a fornecedores de muitos milhes. Crticas tambm para as contas dos SMAS, a revelarem resultados operacionais negativos e a Cmara a contrair emprstimos apenas para pagar dvidas a fornecedores. Os socialistas apontam ainda a falta de investimento em reas como a educao e a aco social, rubricas com baixa execuo oramental. O presidente Fernando Seara agradeceu as crticas socialistas, que comentou com ironia. S houve um drama, foi aquele Domingo em Outubro em que o povo de Sintra me voltou a eleger, e elegeu a Coligao Mais Sintra. Isso no posso

desfazer. Em 2009, com essas contas, a Coligao Mais Sintra ganhou com maioria absoluta. Eu sei que custa e vos di muito, respondeu. O autarca recusou esclarecer ponto a ponto as crticas do PS, mas avanou que o resultado lquido das contas de 2009 so 7,1 milhes de euros, ao nvel do activo registou-se um aumento de 16 milhes. E o crescimento do passivo foi de 7,8 milhes. Quanto relao entre a Cmara e os SMAS, Fernando Seara conrmou que existe uma relao muito leal e a Cmara assume a gesto protagonizada pelo por Baptista Alves. O BE, por seu lado, justicou que tal como havia votado contra o oramento e as grandes opes do plano, iria tambm votar contra. O deputado Joo Silva lembrou que a gesto camarria no deu resposta a vrios problemas. O conselho municipal de Ambiente no rene desde 2005 e o conselho para a imigrao e minorias tnicas ainda no passou do papel, disse. Lus Galro

Agualva: Alentejo e o Cruzeiro GuadianaA Junta de Agualva alargou at ao dia 21 de Maio o prazo para inscrio no m-desemana turstico Alentejo e o Cruzeiro Guadiana. Em conjunto com a agncia de viagens Eurorumo, a junta prope um mde-semana diferente, a um local onde se escondem belezas raras, paisagens impares e vistas maravilhosas.

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8 Correio de Sintra

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Concelho

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Biblioteca do Museu Arqueolgico de Odrinhas reabre aps sete anosJOS CORREIA

Modelo abre loja na freguesia de Montelavarnovo Modelo de Montelavar abriu portas a 28 de Abril. O centsimo sexto hipermercado custou oito milhes de euros e criou 150 postos de trabalho directos na localidade. A loja conta com uma rea de espao de trs mil metros quadrados, com um espao comercial reservado Worten, Modalfa, rea da sade e ptica, e a uma cafetaria da cadeia Bom Bocado, igualmente do grupo Sonae. Segundo Miguel Osrio, director de marketing do Modelo, esta nova loja surge pela motivao de alargar a rede de lojas. Traduz o empenho que temos em reforar a nossa rede de hipermercados em locais onde ainda no estamos presentes, para estarmos mais prximos das populaes. Ao abrirmos o Modelo em Montelavar sentimos estar a apresentar uma forte proposta de valor comunidade, disse o responsvel durante a inaugurao do hipermercado, um dia antes da abertura. Presente na iniciativa esteve o presidente da Cmara de Sintra, Fernando Seara, que destacou a boa articulao entre a autarquia e a Sonae, que em 2009 possibilitou a abertura da centsima loja em Algueiro-Mem Martins. A losoa do municpio de Sintra conjugar todos os investimentos que produzem emprego e que so de qualidade, sublinhou o autarca. J.R.

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Vinte mil volumes voltam a estar disponveis em Odrinhas

Patrimnio. A biblioteca do Museu Arqueolgico de So Miguel de Odrinhas reabriu a 27 de Abril. Este espao encontrava-se encerrado h sete anos devido a obras de reparao no s da biblioteca mas do museu, sobretudo ao nvel de inltraes. Durante este tempo, os responsveis do museu procederam informatizao e catalogao dos livros existentes.A biblioteca um espao de cultura com mais de vinte mil volumes que abrange temas especcos como Arqueologia, Histria da Arte, Antropologia Cultural, Filologia, Etnograa e Histria Antiga. O espao agora requalicado permite a consulta de oitenta utilizadores em simultneo. O lema do espao Ora, lege, lege, lege, relege, labora et invenies, ou seja,PUB

Ora, l, l, l, torna a ler, trabalha (o teu esprito) e atingirs (ou alcanars). O Museu Arqueolgico de So Miguel de Odrinhas foi construdo a partir das runas romanas existentes no local. A riqueza do esplio encontrado na regio, no qual se destaca uma coleco epigrca, levou construo de um anexo alpendrado e utilizao de espaos exteriores. Em 1995 a Cmara de Sintra remodelou o local, construindo um complexo museolgico que alberga o esplio do antigo museu, uma biblioteca, um auditrio, gabinetes de estudo, servios de restauro, alm de reas de lazer. A remodelao permitiu criar uma experincia inovadora, a construo em zona rural de um pequeno ncleo museolgico que permitiu voltar a reunir em Odrinhas as antiguidades que estiveram dispersas durante muitos anos.

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Concelho

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Produtores tentam combater abandono da vinha de ColaresVinhos. Vrias dcadas no esquecimento motivaram os produtores do vinho Colares a aumentar o nmero de vinhas e a juntar esforos para relanar um vinho que h cem anos estava na moda. entre a Serra de Sintra e o Oceano Atlntico, numa zona fustigada por ventos martimos e com elevada percentagem de humidade, que nascem as pequenas uvas que do cor ao ramisco e malvasia (castas mais marcantes da regio), cuja produo remonta poca da fundao de Portugal. As caractersticas prprias da vinha que produz o Colares DOC (Denominao de Origem Controlada), rasteiras, com razes a quatro metros da superfcie, permitiram s vinhas escapar no nal do sculo XIX loxera, uma doena provocada por um insecto, que destruiu milhares de vinhas em toda a Europa. A escassez de vinho na poca, e uma vez que as vinhas de Colares no foram afectadas, permitiu o domnio deste vinho nas preferncias durante dcadas, A partir de 1960 caiu no esquecimento dada a quebra de produo. Segundo o enlogo da Adega Regional de Colares, Francisco Figueiredo, a queda na dcada de 60 deve-se sobretudo a uma quebra da rea das vinhas, motivada pela especulao imobiliria e o abandono das actividades agrcolas. Depois de dcadas a denhar, a produo do vinho Colares volta a ser consistente, embora em pequena quantidade, e a Adega Regional prepara um pequeno incremento de produo com a plantao de duas novas vinhas em 2011. Em termos de litros sero poucos, mas aqui o pouco importante, uma vez que a produo muito diminuta. As vinhas a implantar so em cho de areia, cerca de trs hectares, e podero produzir cinco mil litros. A produo por hectare bastante baixa porque a maior parte das vinhas so velhas, o que no quer dizer que seja mau, mas produzem menos, garante. A fraca fertilidade dos solos, e a baixa densidade de plantao, uma vez que as videiras se expandem sobre a areia, no estando armadas, fazem com que o nmero de vinhas por hectare seja menor em relao tradio da cultura vitcola de outros locais.JOAQUIM REIS

SnteseCerticados de registo de Cidado da UEA autarquia de Sintra disponibiliza, desde 23 de Abril, nas delegaes municipais do Cacm e de Queluz, o servio de Registo de Cidados Comunitrios. semelhana do que tem vindo a acontecer desde 2007, em Sintra e na delegao municipal de Rio de Mouro, os cidados estrangeiros vo poder tratar de assuntos referentes ao seu estatuto. Deste modo, e ao abrigo da Lei n.37/2006, de 9 de Agosto e da Portaria n.1637/2006, de 17 de Outubro, os cidados comunitrios residentes no concelho de Sintra passam a dispor de mais dois postos de atendimento onde se podem dirigir entre as 9h e as 16h30 a m de efectuarem o registo que formaliza o seu direito de residncia. Caso a permanncia em territrio nacional seja por um perodo superior a 3 meses, o estrangeiro deve neste caso efectuar o referido registo no prazo de 30 dias aps decorridos os trs meses da entrada em Portugal.

Enlogo Francisco Figueiredo da Adega Regional de Colares

Contos de cientistas 2010 no Cincia VivaUm conto sobre caracis o mais recente desao/passatempo que o Centro de Cincia Viva de Sintra lana, at 31 de Maio, com o objectivo de promover o gosto pela cincia. A instituio desaa os jovens entre 6 a 12 anos a escrever um conto cientico sobre caracis. Os artigos podem ser enviados atravs da internet para [email protected], ou por correio para Passatempo Contos de Cientistas | Centro Cincia Viva de Sintra, Edifcios Rodovirios, EN 247-2710 Sintra. necessria uma autorizao por escrito do respectivo tutor ou encarregado de educao.

Ampliao da EB1 do AlgueiroA expanso de quatro salas para o pr-escolar e de oito salas de aula para o 1 Ciclo do Ensino Bsico na Escola Bsica n 1 vai aumentar a oferta de pr-escolar neste agrupamento de escolas, e melhorar o funcionamento em regime normal das turmas do 1 ciclo. Esta iniciativa insere-se no plano de reordenamento da rede escolar, de acordo com o previsto na Carta Educativa, onde o Municpio de Sintra tem vindo a criar um nmero signicativo de novos estabelecimentos de ensino e a requalicar os existentes.

Uma garrafa de vinho de Colares custa entre 30 e 35 euros

Fundao Oriente aumenta rea de vinhaEm nais de 1999 surgiu em Colares um novo agente econmico que revolucionou a tradio das vinhas e da arte de fazer vinho na regio. A Fundao Oriente adquiriu nove hectares em

cho de areia, junto s Azenhas do Mar, e somente em 2004 lanou ao mercado as primeiras garrafas do rtulo. Trouxemos alguma irreverncia ao vinho Colares porque causmos um impacto maior do que se estava espera em termos de viticultura. Pegmos no que era o tradicional e tentmos que se mecanizasse o mximo possvel, explica o enlogo da fundao, Csar Gomes. A instituio prepara tambm a plantao de mais hectares de vinhas, para aumentar a produo das actuais 4500 garrafas para 25 mil. A Adega de Colares e a Fundao do Oriente representam o passado e o presente do vinho Colares e preparam o futuro de uma das mais antigas regies demarcadas (1908) juntamente com as

reconhecidas marcas Viva Gomes, Vinhos Chitas e Cascawines. O Colares DOC tinto um vinho de cor aberta com um teor alcolico de 12,5 por cento, cujas caractersticas so classicadas de raras pelos dois enlogos, devido acidez que obriga a um estgio de quatro anos e que acompanha preferencialmente pratos de carne como o cabrito assado ou o borrego. Do branco ao tinto, o preo nal de uma garrafa de vinho de Colares ronda entre os 30 e os 35 euros. O primeiro Almoo de Colares juntou os produtores e vrios agentes do mercado dos vinhos no dia 20 de abril, no Tivoli Palcio Seteais, numa iniciativa com o propsito de divulgar e fazer renascer este produto regional. Joaquim Reis

Palestra Europa, um continente de pessoasA Junta de Freguesia de Agualva assinala o Dia da Europa com a palestra Europa, um continente de pessoas, a realizar dia 10 de Maio, s 17h nas instalaes da junta na Rua Antnio Nunes Sequeira, 16.

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Concelho

Junta de Algueiro-Mem Martins sem oramento para 2010Oramento. A instabilidade poltica na Junta de Freguesia de Algueiro-Mem Martins agravou-se aps a votao do oramento para 2010, a 28 de Abril, na qual a maioria, os partidos da oposio, chumbou a proposta do PSD. O presidente da junta, Manuel do Cabo, garante que se a prxima proposta, ainda a votar no ms de Maio, no for aprovada, a junta ca sem dinheiro para pagar telecomunicaes.Os partidos do executivo, o PSD e a CDU, garantem que o chumbo do oramento por parte do CDS-PP, do BE e do PS, se tratou de uma questo meramente politica. Houve um entendimento entre o CDS o BE e o PS. Como presidente de junta lamento esta situao porque no se vai inviabilizar um conjunto de equipamentos por razes de natureza poltica. Se o oramento se mantiver como est, dentro de um ms no temosPUB

SnteseEspectculos de Gala nos Jardins do Palcio Nacional de QueluzNos Jardins do Palcio Nacional de Queluz, vai iniciar-se a poca de Espectculos de Gala da Escola Portuguesa de Arte Equestre. Os espectculos realizam-se s quartas-feiras pelas 11h de Maio a Outubro, excepto Agosto. Durante todo o ano, os treinos nos jardins, de segunda a sexta-feira das 9h30 s 12h30, so abertos ao pblico. A Escola Portuguesa de Arte Equestre a sequncia do que foi a Picaria Real, academia equestre da Corte portuguesa encerrada no sculo XIX. Os cavalos utilizados na EPAE so Lusitanos da antiga Coudelaria Real de Alter fundada em 1748 por El-Rei D. Joo V. A Escola Portuguesa de Arte Equestre destina-se a conservar e a dar a conhecer este patrimnio e tambm a sua prtica, divulgao e ensino.

dinheiro para pagar despesas relacionadas com o telefone, garantiu Manuel do Cabo ao Correio de Sintra. O autarca considera que nas juntas de freguesia no se devia fazer politica mas sim trabalhar em prol da comunidade. Entrmos em guerra politica e isso no leva a lado nenhum. A diculdade que tenho que chumbaram a proposta sem fundamento. Se me dissessem que no havia verbas para determinadas obras, mas no. Foi meramente poltico, disse. Manuel do Cabo garantiu que at ao nal deste ms ir apresentar uma nova proposta assembleia de freguesia. Contactada pelo Correio de Sintra, a socialista Luiza Salgueiro, contesta as acusaes do executivo da junta, considerando que o chumbo do oramento deve-se ao desequilbrio da atribuio de verbas. No questo meramente poltica. uma questo de critrios pois so atribudas verbas a certos itens que depois no so a outros. Por exemplo cem euros para iluminaes de Natal, em comparao com outras verbas que esto mencionadas no oramento

ridculo. Mais valia no estarem l as iluminaes, considerou, adiantando que o PS est disponvel para negociar e viabilizar a prxima proposta. Em comunicado, o Bloco de Esquerda justica o chumbo deste oramento com o corte nas despesas de educao, cultura e poltica social, considerando que este um oramento pouco realista no que toca aos seus pressupostos nanceiros. A instabilidade poltica em volta da junta agrava-se, depois de em Novembro o CDS-PP ter rompido a coligao com o PSD, alegando que o nmero de lugares no executivo no correspondia ao nmero de votos que obteve nas eleies autrquicas. Por outro lado, o Bloco de Esquerda no compreende porque que oramento e plano s foram postos votao no nal de Abril. Embora legal, j que estamos em primeiro ano de um novo mandato, esta opo de calendrio politicametne inaceitvel, diz o BE. O Correio de Sintra tentou falar com os responsveis locais do CDS-PP, mas at ao fecho de edio tal no foi possvel. J.R.

Exposio de Pintura de Lia CostaO Grupo Coral de Queluz organiza na sua sede nos dias 8 e 9 de Maio uma exposio de pintura a leo sobre tela de Lia Costa, A Pintura Arte, Vida. Horrio:10h-12h e das 14h-18h.

Grande Espectculo Angariao de Fundos Espect culo Angariao AngariaoENTIDADE PROMOTORA

Futuras Instalaes Centro de Dia e Lar da PROBEM Instalaes Instalaes1. parte

Os Primos Conjunto musicalASSOCIAO DE IDOSOS DE AGUALVA

23 Junho 21 horas

NUCHAPRMIOS PR PRMIOS SURPRESApelos bilhetes vendidos

BILHETES

Largo da Repblica

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tijolos

(Junto aos Bombeiros Voluntrios)

Bilhetes venda na sede da PROBEM, das 14h s 18h - Tel.: 21 914 01 05 s e nas Juntas de Freguesia de Agualva, Cacm, Cac m, S. Marcos e Mira Sintra.PAT R O C N I O DIVULGAO

COMRCIO LOCAL

Agualva-Cacm Brincadeira em lagoa termina em tragdia em Rio de MouroAcidente. A lagoa j no existe, mas na tarde de dia 20 de Abril foi fatal para dois jovens da Escola Secundria de Gama Barros, no Cacm.O buraco de uma saibreira desactivada entre o Cacm e Rio de Mouro foi o local escolhido por um grupo de jovens para o habitual mergulho depois das aulas da manh. Mas desta vez, a brincadeira resultou no afogamento de dois jovens de 13 e 15 anos. Tentei salvar um, mas ele no parava de ir para baixo, contava ainda em estado de choque uma das testemunhas antes de ser acompanhada escola pela PSP. No dia seguinte, durante uma homenagem frente Gama Barros, outro amigo recordava o acidente. Estava com eles na lagoa e ainda tentei agarrar o Max, mas ele puxava-me para baixo e tive de me afastar, conta Igor Alves, de 13 anos. O jovem recorda os momentos de pnico e lamenta que nem o contnuo da escola nem o 112 tenham acreditado neles. O porteiro recusou chamar a polcia e no 112 s acreditaram segunda. At agora a nica coisa bem feita foi terem-nos disponibilizado uma psicloga, revela. Os amigos contam que as duas vtimas, de alcunhas Max e Muya, conheciam bem o local. Vnhamos muito para c, apesar dos nossos familiares no quererem, admite outro adolescente. Quanto ao acidente, o jovem conta que primeiro caiu um dos amigos e que o segundo saltou para ajudar o primeiro. No percebo o que aconteceu, porque costumamos c tomar banho e nem sequer tocamos com os ps no lodo, diz. Entretanto, a empresa proprietria dos terrenos mandou selar todas as

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Elementos da PSP e mergulhadores s conseguiram localizar os dois jovens j sem vida ao m de duas horas de buscas

lagoas que existem no local, uma mancha de eucaliptal situada a meio caminho entre duas das maiores escolas secundrias de Sintra, a Leal da Cmara e a Gama Barros. Em declaraes TVI, um dos scios da Pimenta e Rendeiro recusa responsabilidades e alega que a empresa no sabe quem fez o buraco para extraco de pedra e areo. Para o presidente da Cmara, tratouse de um acidente totalmente lamentvel, sobretudo porque a Cmara noticou pessoalmente o proprietrio h cerca de trs semanas para drenar e vedar a lagoa. Agora, cabe ao Ministrio Pblico apurar responsabilidades, avanou Fernando Seara aps a concluso das operaes de socorro. Segundo o comandante dos Bom-

beiros Voluntrios de Agualva-Cacm, o alerta de que algo estava a correr mal foi dado pela Polcia. Pelas 14h20 recebemos uma chamada da PSP a relatar que dois jovens tinham cado numa lagoa. Accionmos os mergulhadores mais prximos e apesar de ser uma lagoa pequena, s localizmos o primeiro corpo s 16h45 e o segundo s 17h, revela Lus Pimentel. O Correio de Sintra apurou que dois agentes da PSP saltaram para a lagoa antes da chegada dos bombeiros, mas sem sucesso. Os mergulhadores da Amadora s chegaram s 15h30, seguidos, quinze minutos depois, pelos de Sintra. Pouco antes, uma escavadora da empresa proprietria do terreno tentou abrir uma vala para esvaziar a

lagoa, mas a operao de pouco valeu para as duas vtimas.

Moradores conheciam perigoA lagoa onde aconteceu o acidente existia h apenas dois anos, mas era j uma preocupao dos moradores. Fartei-me de avisar, eu e outras pessoas. S um cego que no via que isto ia acontecer. Bastava estar bom tempo e isto enchia de crianas, lamenta Manuel Cassiano. Para Ana Gomes, vereadora e eurodeputada do PS que visitou o local, mais um caso a revelar o incumprimento das decises da Cmara. H um sentimento de impunidade que desastroso para os muncipes, considera. Lus GalroPUB

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Alunos da Gama Barros dizem que a escola s tomou medidas de segurana depois das mortesInsegurana. No dia a seguir s mortes de dois jovens na lagoa perto da Escola Secundria Gama Barros, os alunos concentraramse em frente ao estabelecimento escolar em protesto contra a falta de segurana. A iniciativa pretendeu tambm homenagear os dois jovens mortos.A 21 de Abril duas centenas de alunos protestaram contra a falta de segurana da escola, alegando que esta permitia a sada dos alunos do recinto. Os alunos alegaram que foram obrigados a passar o carto magntico de estudante, garantindo que essa situao no acontecia anteriormente s mortes. "Antes entrvamos e saamos quando queramos. Agora, depois das mortes, que nos pedem para passar o carto. pior para ns por um lado, mas melhor por outro", armou Sandra Costa, do 8 ano. Igor Alves foi um dos alunos que presenciou a morte dos dois amigos, e disse ao Correio de Sintra que aquele era um local para onde habitualmente iam tomar banho. O estudante esteve presente no protesto dos alunos e adiantou que ainda tentou ajudar os dois jovens, tendo inclusive entrado dentro da lagoa, mas foi incapaz de os auxiliar. Os alunos tero aproveitado a presena das cmaras para se organizar junto entrada do estabelecimento de ensino. Presentes estiveram ainda alguns pais. Chantal Makangilu, me de um aluno, garante que participou na concentrao para sensibilizar as autoridades para aquilo que considera ser "a falta de segurana da escola que permitia a sada de alunos do estabelecimento. "No princpio do ano assinei uma folha a dizer que o meu lho s podia sair das aulas. Ele devia almoar naPUB LUS GALRO

Amigos de Myua e Max, os dois jovens que morreram, prestaram homenagem junto Escola Gama Barros

escola e no deveria sair", recordou. J o director da escola, Antnio Gouveia, recusa a ideia de que a escola no segura e garantiu que os alunos so sempre obrigados a passar os cartes para entrar, sendo este um procedimento habitual. At mesmo quando no tm os cartes o funcionrio faz o registo dos alunos e depois entramos em contacto com os pais para pedirem uma segunda via. Temos os portes sempre fechados e estamos sempre em contacto com a Escola Segura, disse. O professor adiantou que o estabelecimento de ensino esteve a rever as autorizaes dos pais, mas admite que alguns dos alunos possam passar cartes de algum colega para tentar ultrapassar o controlo. Joaquim Reis

Segurana Aquticas nas escolasA Federao Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS) alertou para a necessidade de implementar a cadeira de segurana aqutica nos programas escolares, para evitar mortes por afogamento semelhantes s que ocorreram na lagoa articial. necessrio que o Ministrio da Educao inclua este importante tema nos seus contedos. fundamental que a segurana aqutica seja ensinada nas escolas, de forma a regular nas vertentes de: a gua perigosa, quando e onde mais perigosa, quais as regras de segurana e o que fazer em caso de perigo, alertou a FEPONS em comunicado. A federao lamenta a morte dos dois jovens, e adianta que "o afogamento um problema de sade pblica, onde a mdia mundial de um afogamento a cada um minuto e meio, considerando que a preveno destes casos passa pela educao. No comunicado, a Federao Portuguesa de Nadadores Salvadores acrescenta que, embora j realize aes de sensibilizao gratuitas nas escolas, em parceria com o Instituto de Socorros a Nufragos, est disponvel para a implementao desta temtica em todas as escolas do pas.

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Lagoa articial preocupa autarcas de AgualvaLagoas. So os prprios amigos de Max e Muya, os dois jovens que morreram recentemente afogados durante uma brincadeira numa lagoa em Rio de Mouro, que apontam a existncia de outros locais perigosos.A escola sabia que amos para l, como sabe que h midos que vo para a lagoa dos quatro caminhos, em Agualva, conta uma aluna de 16 anos durante um protesto espontneo realizado junto escola Gama Barros. Situada no meio da freguesia, a lagoa resulta de um projecto embargado nos anos noventa. O espao est parcialmente vedado, mas basta empurrar o porto principal ou contornar o armazm da propriedade para chegar gua. S entra quem quer, porque isto est vedado, mas claro que a miudagem aparece c, conta um morador enquanto alimenta as dezenas de patos e gansos que ali habitam. A lagoa tem uma profundidade de quase 30 metros e soma cerca de seis vtimas, sobretudo suicdios, contam moradores e autarcas. Sei que houve falecimentos, mas no sei quantos ao certo. O que sei que o projecto previsto para l foi contestado pelos moradefende a criao de um parque urbano no local, mas admite que no seja fcil. Mesmo expropriando, a Cmara teria de pagar o terreno a preos de mercado, mas se houver vontade pode encontrarse uma soluo que evite a construo do projecto de que se fala, que tem um ndice de construo tremendamente elevado para a zona, diz. Entretanto, desde 2007 morreram afogados em lagoas do concelho de Sintra quatro menores. Nesse ano, a Assembleia Municipal aprovou por unanimidade uma proposta do Bloco de Esquerda para que fosse feito o levantamento de todos os lagos articiais abandonados, que deveriam ser sinalizados e vedados. Apesar disso, continuam a existir vrias situaes de perigo em lagoas resultantes de obras embargadas ou de pedreiras desactivadas. Nas freguesias de Pro Pinheiro e Montelavar existem pelo menos outra meia dzia de situaes, uma delas com o registo de uma vtima. No tenho indicaes de que haja grande procura destes locais por parte dos jovens, mas no deixo de reconhecer que sejam um foco de perigo, admite o presidente da Junta de Pro Pinheiro, que garante desconhecer a colocao de qualquer tipo de sinalizao por parte da Cmara de Sintra. Lus GalroPUB LUS GALRO

Lagoa dos quatro caminhos, em Agualva, procurada por jovens e pescadores

dores e por todas as foras polticas da Assembleia de Freguesia, recorda Lus Roberto, ex-presidente da Junta. O autarca conta que o local tem pendente h anos um projecto urbanstico de trs torres de mais de 40 metros de altura e receia mais acidentes. S se lembram destas situaes quando acontecem desgraas. Mas neste caso 10 anos mais que tempo para resolver o

problema, arma. No entanto, parece no haver m vista para esta lagoa articial, pelo menos a avaliar pelas declaraes do actual presidente da junta. um perigo, mas desde que estou na junta no tenho conhecimento de acidentes nem de planos da Cmara para o local, arma o Rui Castelhano. O autarca partilha da opinio da populao, que

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Agualva-Cacm

Projecto de novo hospital privado j no vai para terreno do Polis no centro da cidade

PS lamenta m de hospitalPolis. O PS quer saber o que aconteceu ao projecto do hospital privado anunciado em 2007 para uma parcela do Polis Cacm. A Cmara explica que o projecto caiu com a mudana de gesto do hospital Amadora-Sintra.O deputado municipal Carlos Casimiro, do PS, questionou a Cmara sobre o destino do contrato celebrado em 2007 entre a Sociedade Cacm Polis e o Grupo Jos de Mello Sade. O presidente no respondeu a esta questo em Fevereiro, pelo que a bancada do PS v-se forada a apresentar um requerimento a solicitar esclarecimentos, justicou na ltima Assembleia Municipal. O socialista recorda que o objecto do contrato assinado a 4 de Maio de 2007 era a construo de um hospital particular com 100 camas, criando 500 postos de trabalho directos. O contrato pressupunha a alterao ao Plano de Pormenor, entretanto aprovada pela Assembleia Municipal j depois do contrato ter sido rescindido unilateralmente. O PS lamenta a quebra de um contrato desta importncia e questiona a Cmara sobre as contas do negcio, j que o terreno, nas contas dos socialistas, valer perto dos 8,5 milhes de euros. OPUB

PS quer saber se a resciso do contrato deu lugar a indemnizaes. Em resposta, Fernando Seara explicou que o contrato pressupunha um hospital de retaguarda do AmadoraSintra, o que foi inviabilizado quando o Governo acabou com a gesto privada deste hospital. Gostava que perguntasse ao seu Governo porque que acabou com a gesto privada do Amadora-Sintra e permitiu ao mesmo grupo ganhar trs meses depois a parceira pblico-privada do hospital de Braga? Sabe qual foi o nico concelho que ainda no teve hospital? Foi Sintra!, exclamou o presidente da Cmara. Seara acusa o Governo de ter cedido s presses do BE e do PCP ao cessar a gesto privada do Amadora-Sintra. Mas a CDU, pela voz de Lino Paulo, recusa a ideia. A passagem para a gesto pblica no foi para nos agradar ao PCP. Na minha opinio, foi para agradar ao Grupo Mello, que estava perante um hospital com 14 anos em plena situao de ruptura. Necessitava de obras e novos equipamentos. verdade que correspondia a uma reivindicao do PCP, mas no menos verdade que foi para servir os interesses do Grupo, passando o Estado a arcar com toda a responsabilidade dos pesados investimentos necessrios. L.G.

LUS GALRO

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Cidades

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Vereadora Ana Gomes ameaa denunciar aterro ilegal UEAmbiente. Os vereadores do PS de Sintra ameaa entregar uma denncia Unio Europeia (UE) os crimes ambientais ocorridos h vrios anos num aterro na Serra da Carregueira, junto ao estabelecimento prisional de Belas.Os socialistas consideram que este um processo onde entidades pblicas como a Cmara de Sintra e os diferentes organismos do Estado estiveram sempre, ou quase sempre, de costas voltadas, o que foi permitindo que o crime compensasse ao longo dos anos. A vereadora e tambm eurodeputada Ana Gomes explica que a bancada socialista vai levar este assunto prxima reunio de cmara, naquela que ser a ultima tentativa para ver se o Estado consegue parar os crimes ambientais que ocorrem naquele aterro. Se no funcionar, fazemos uma participao UE e temos que nos resignar ao no funcionamento do Estado de direito em Portugal, promete. Os socialistas propem que seja promovida uma aco scalizadora do estado actual do ambiente no espao do vazadouro ilegal no Casal da Mata de Cima", dando particular ateno "qualidade do solo" actual e "avaliao das consequncias ambientais da situao vericada desde 1997. O PS prope ainda remeter o processo em forma de queixa-crime ao Ministrio Pblico, e que seja instada, judicialmente, a Direco Regional de Lisboa e Vale do Tejo (DRLVT) do Ministrio da Economia a vericar o cumprimento das obrigaes denidas quando da atribuio de uma licena para explorao de uma pedreira de saibro, nomeadamente sobre a vericao do respeito pelas condicionante. Segundo os socialistas, em 1997 foi levantado o primeiro auto de notcia por contra-ordenao ao proprietrio do terreno onde est localizado o aterro, tendo sido determinada a suspenso da movimentao de terras no local. Num documento entregue ao PS pelos servios da autarquia de Sintra, constata-se que apesar de pareceres desfavorveis da autarquia, vrios organismos do Estado tero dado pareceres favorveis explorao do terreno o que, segundo os socialistas, resulta de m f por parte do proprietrio que explorou a quase inexistente articulao entre estes organismos. A autarquia emitiu uma licena de orestao do local, em Maio de 1998, revogada em Setembro de 1999 e em Junho de 2003. Em 1999, o proprietrio ter obtido uma licena da Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT) para explorao do local como pedreira de saibro, mas nunca viu a pretenso aprovadas pela autarquia. Em Fevereiro de 2001, a Cmara emitiu um despacho, determinando que no autoriza "qualquer explorao de saibro" ou "qualquer deposio de terras de emprstimo" mas apenas a "recuperao da zona afectada pelos trabalhos anteriores com plantao de espcies adequadas. O proprietrio contestou em tribunal, mas perdeu. Em 2003, a Direco Regional de Lisboa e Vale do Tejo atribuu uma licena de explorao para pedreira de saibro. Um ano depois a Diviso de Assuntos da autarquia prope que dever ser ordenada ao particular a cesso imediata das aces desenvolvidas no terreno. Ao longo dos anos, o terreno foi alvo de vrias inspeces e o assunto motivou reunies entre CCDR, Ministrio da Economia, Cmara e Provedoria de Justia. Joaquim Reis

QueluzGOOGLE EARTH

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Imagem de Agosto de 2001 demonstra a extenso dos despejos efectuados desde 1997GOOGLE EARTH

A Cmara mandou recuperar o terreno, nas em Agosto de 2004 o vazadouro ocupava toda a reaPUB

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Queluz

Greve dos trabalhadores da CP provocou o caos em SintraJOAQUIM REIS

Trnsito. A greve dos trabalhadores de vrias empresas de transportes deixou sem alternativa milhares de moradores do concelho de Sintra que trabalham em Lisboa.A 27 de Abril milhares de condutores saram mais cedo de casa com o intuito de se anteciparem ao trnsito que viria a ser congestionado no IC19. Desta forma, o trnsito cou parado mais cedo que o habitual e s 7h15 as vias do IC19, no sentido Sintra-Lisboa, caram congestionadas desde Rio de Mouro, a 18 quilmetros de pra arranca at Lisboa. Os moradores de Queluz deslocaram-se at Amadora e foram de metro at Lisboa, uma vez que a o metropolitano foi o nico transporte que no foi afectado pela greve. Alguns condutores explicaram ao Correio de Sintra que o receio de chegar atrasados foi uma das razes pelas quais saram mais cedo que o habitual de casa. NasPUB

Na Linha de SIntra os passageiros desesperaram mais de 50 minutos pela chegada do comboio

estaes ferrovirias o cenrio tambm era de espera. Os passageiros desesperaram mais de 50 minutos pela chegada do comboio. Enquanto uns procuraram alternativas ao transporte ferrovirio, outros, falta de viatura prpria, procuraram sair de casa mais cedo para apanhar um comboio na estao de Agualva-Cacm. Depois de na segunda-feira,

dia 26 de Abril, Adriano Cssio ter chegado ao emprego com quase uma hora de atraso, nessa manh deslocou-se mais cedo para a estao de Agualva-Cacm, na esperana de chegar a horas a Lisboa. Ao m de quarenta minutos de espera, este utilizador da Linha de Sintra lamentava a falta de alternativas disponveis para se deslocar para Lisboa, e da

falta de informao, uma vez que nos altifalantes da estao apenas se ouvia que os comboios esto atrasados. A CP nesse sentido est muito mal. J aconteceu noutras vezes eu chegar atrasado ao emprego por no informarem e no passarem a informao como deve de ser de que iria haver greve, explicou. Pacientemente mais de uma

centena de pessoas esperava h quase uma hora por um comboio que chegou estao de Agualva-Cacm s 9h. Com a abertura de portas das carruagens, como muitos outros utilizadores da linha, Maria Maximina, partiu em direo a Lisboa, com a incerteza sobre se vo haver transportes pblicos disponveis para se deslocar dentro da cidade at Graa. O porta-voz da Comisso de Utentes da Linha de Sintra, Rui Ramos, lamentou os problemas trazidos pela greve, por considerar que traz problemas aos utilizadores da linha, mas destaca a serenidade com que as pessoas tm aguardado pela chegada dos comboios. As motivaes dos trabalhadores contrastam com a serenidade com que os utentes a esto a assumir. No se v confuso nenhuma. As pessoas entram nas estaes e esperam que os servios mnimos apaream, disse. Rui Ramos sublinhou que a comisso compreende as motivaes dos trabalhadores da CP e de outras empresas do sector dos transportes. J.R.

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Queluz quer ter um Centro de EmpregoMoo. A Assembleia Municipal aprovou uma moo da CDU que prope a criao de um Centro de Emprego na cidade de Queluz. O objectivo dar resposta ao nmero crescente de trabalhadores desempregados na zona oriental do concelho, que tm que se deslocar ao Centro de Emprego da Amadora.A CDU justica que em Sintra existem hoje cerca de vinte mil pessoas no desemprego, e que o Centro de Emprego de Sintra de h muito insuciente para o elevado crescimento demogrco que o Concelho vem sofrendo nos ltimos anos. Na moo apresentada consideram ainda que o protocolo de responsabilidade com as juntas de freguesia Freguesias no resolve o problema da insucincia na resposta ao crescente nmero de desemprego no concelho e que apenas o agrava ao desresponsabilizar a entidade competente. A moo foi aprovada apenas com os votos contra da maioria dos deputados socialistas. Os trs presidentes das juntas que compem a cidade de Queluz concordam com a criao de um Centro de Emprego no territrio, mas lamentam a o problema das instalaes, garantiu o autarca que votou favoravelmente a moo da CDU, ao contrrio da maioria socialista. Ftima Campos, presidente da junta de Monte Abrao, considera importante a instalao de um Centro de Emprego na cidade, embora tambm lamente a inexistncia de um espao na sua freguesia. Alm de serem cerca de 150 mil habitantes, h imensa gente desempregada na cidade de Queluz. Faz todo o sentido instalar um Centro de Emprego c, em vez de terem que ir ao da Amadora, sublinhou. J Pedro Matias, autarca de Massam, considera que se calhar o Centro de Emprego de Sintra no d vazo s necessidades do concelho, e garante que poderia ser importante instalar este servio em Queluz, ou na cidade de Agualva-Cacm. O autarca considera no entanto que a articulao com o Centro de Emprego da Amadora tem sido ecaz, embora defenda um reforo de verbas a entregar aos gabinetes de Insero Prossional das juntas de freguesia, onde so feitas as apresentaes quinzenais dos desempregados. H necessidade de haver um reforo de verbas para os gabinetes de insero. Devia haver este reforo para estimular as juntas a avanarem com este tipo de servios, defende. Joaquim ReisLUS GALRO

Autarcas da cidade de Queluz lamentam falta de um espao adequado para instalaes

falta de um espao fsico para o enquadrar. Antnio Barbosa de Oliveira, presidente da Junta de Queluz, considera que na sua freguesia no existe actualmente uma loja com a dimenso suciente para a instalao do centro, e que foi essa diculdade que h cinco anos

impediu a instalao de um plo em Queluz. possvel criar um de novo, de raiz. Tambm pedimos um gabinete do Servio de Estrangeiros e Fronteiras, uma vez que os moradores tm que ir ao de Cascais, e pediram-nos uma loja com 700 metros quadrados. Temos sempre

Obras dos SMAS inundam habitao em Monte AbraoQueixa. Uma obra dos Servios Municipalizados de gua e Saneamento de Sintra (SMAS) provocou uma inundao na casa de uma moradora de Monte Abrao. Antonieta Gomes Correia pediu Assembleia Municipal de Sintra, a 27 de Abril, que interceda na resoluo do caso, e no dia seguinte os SMAS foram ao local.Segundo a moradora, esta inundaoPUB

provocada pelos trabalhadores dos SMAS estragou a sua casa. Tenho de dormir na sala e tenho a minha lha a dormir na varanda. Tenho a casa toda molhada e a minha lha no pode estudar quando chega da escola porque no tenho luz desde o dia 21 de Abril, disse a moradora aos deputados municipais. Minutos depois, a presidente da Junta de Monte Abrao apelou ao vereador e presidente dos SMAS, Baptista Alves, para que desse especial ateno ao caso,

alegando que a famlia muito carenciada. A 28 de Abril os trabalhadores dos SMAS deslocaram-se residncia e intervencionaram a habitao. Segundo Ftima Campos, a inundao ter resultado de uma reparao nas partes comuns do nmero 3 da Avenida Afonso Costa. Aps esta interveno surgiu uma inundao no quinto andar que inundou tambm o quarto piso, nomeadamente a habitao de Antonieta Gomes Correia. A senhora cou com a casa toda

inundada. At hoje tem estado a dormir no cho da sala e uma das crianas da famlia asmtica e a casa est com muita humidade, garantiu ao Correio de Sintra, a autarca de Monte Abrao. A 28 de Abril j a moradora tinha luz na sua habitao, e segundo Ftima Campos, os SMAS vo pintar a casa. Desta forma, deixa de ter prtica o habitual em que os moradores reparam as casas e s passado um ano que os SMAS pagam, garante a autarca. J.R.PUB

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Queluz

PSP investiga mulher que alugava casas que no existem

Ambulncia capotou e feriu PSP e bombeiros de QueluzAcidente. Uma ambulncia da corporao de bombeiros de Queluz capotou junto rotunda de acesso ao Hospital Amadora Sintra no passado dia 19 de Abril. Dois bombeiros e dois elementos da PSP tiveram que receber assistncia mdica.Os dois elementos do policiamento de proximidade da PSP de Queluz tinham acompanhado a equipa de bombeiros ao Hospital Amadora Sintra, para encaminhamento de um idoso. Quando se encontravam dentro das instalaes do hospital, a ambulncia ter recebido um alerta para um caso de violncia domstica em Monte Abrao, e quando se deslocavam para a ocorrncia a ambulncia capotou junto ao acesso ao IC19. Enquanto trs dos elementos foram encaminhados para o Amadora Sintra, o condutor teve mesmo de ser transportado para o Hospital So Francisco Xavier. Ao m de algumas horas todos tiveram alta hospitalar.

Rede tracava droga em MassamCrime. O Departamento de Investigao e Aco Penal (DIAP) acusou dez pessoas de trco de droga em Massam, Laranjeiras, Sintra, Odivelas, Mafra, Camarate e Cascais, num processo que envolve uma rede de trco de quatro marroquinos e seis portugueses.

Polcia. A PSP de Queluz deteve uma mulher suspeita de burla num esquema de aluguer de casas de frias no Algarve.A detida suspeita de, atravs da internet, alugar casas de frias, as quais no era proprietria. Para a concretizao do negcio, a mulher pedia umPUB

pagamento adiantado atravs de transferncia bancria. Ao chegar ao destino de frias, os lesados deparavam-se com uma residncia que, ou no era para alugar, ou no existia. Na tera-feira, 27 de Abril a PSP entrou na casa da suspeita e apreendeu objectos de valor probatrio. A mulher foi identicada e constituda arguida, com o caso a ser entregue ao Ministrio Pblico.

A investigao apurou que entre Janeiro e Outubro de 2009, o grupo de marroquinos iam ao sul de Espanha buscar haxixe para de seguida o inserir na zona da grande Lisboa, atravs de automvel. A PSP deteve dois marroquinos a 21 de Outubro, na ponte Vasco da Gama, quando estes se deslocavam num Ford Fiesta deste o Algarve, como batedores de uma outra viatura que trazia mais de 100 quilos de haxixe. Segundo a investigao, os ocupantes do Ford tinham como objectivo avisar o segundo carro, caso encontrassem qualquer operao policial. Esta forma de actuao uma prtica comum no trco de droga por via terrestre.

Artes

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Caricatura de Putin vence grande prmio do World Press Cartoonde Desenho de Humor, que foi entregue a Pov, de Madagscar. Venceu com o desenho Natal, publicado num jornal dominical das Ilhas Maurcias. O World Press Cartoon Sintra 2010 tem como objectivo distinguir e dar a conhecer os melhores trabalhos produzidos e publicados em jornais ou revistas, nas reas de cartoon editorial, caricatura e desenho de humor, durante o ano de 2009. O jri desta edio, presidido pelo cartoonista Antnio, analisou um total de 878 desenhos de 429 autores, de 77 nacionalidades, publicados em 401 jornais e revistas de 51 pases. O jri foi ainda composto por Jean Plantureux, especialista em stira poltica do jornal Le Monde; Michel Kichka, cartonista e ilustrador israelita de livros para crianas e publicidade; Elena Ospina, pintora, ilustradora e caricaturista colombiana e Terry Mosher, cartoonista canadiano do principal dirio de Montreal. Para a exposio World Press Cartoon Sintra 2010 foram seleccionadas 400 obras, cuja exposio, com entrada livre, estar patente at 4 de Julho no Sintra Museu de Arte Moderna. PUB

Prmio Nacional de Artes do Espectculo Maria Joo FontanhasEsto abertas as candidaturas para o Prmio Maria Joo Fontainhas, at ao prximo dia 30 de Junho. O galardo destina-se a premiar um projecto, um espectculo de teatro, dana, marionetas, msica ou transversal a estas reas. Tem como objectivo divulgar e prestigiar as artes do espectculo e contribuir para a renovao e aparecimento de novos criadores. Os projectos apresentados tero de ser inditos, redigidos em portugus, podendo ser individuais ou em co-autoria. Podem ser textos dramticos ou guies, sendo que neste caso devem conter todos os elementos necessrios sua montagem tendo em conta a viabilidade da produo do espectculo. O Cho de Oliva proceder montagem da pea premiada, no prazo de dois anos, a partir da data da atribuio do prmio. O prmio ter um valor de cinco mil euros, assim como um trofu simblico. A entrega ser feita em sesso pblica a decorrer em local e data a determinar pela Cmara Municipal de Sintra. Mais em www. cm-sintra.pt.

Prmio. Uma caricatura de Vladimir Putin conquista uma vez mais um Grand Prix do World Press Cartoon. O primeiroministro russo foi retratado pelo argentino Gabriel Ippliti quando foram notcia os planos de relanamento militar da Rssia.A obra foi publicada no dirio mbito Financiero, de Buenos Aires e foi a grande vencedora da sexta edio do World Press Cartoon. Os prmios foram entregues numa cerimnia que decorreu na noite de 16 de Abril, no Centro Olga Cadaval, em Sintra, antes da inaugurao ocial da exposio no Sintra Museu de Arte Moderna. O trabalho de Gabriel Ippliti foi distinguido com o 1 Prmio de Caricatura, uma das trs categorias do salo. Na mesma categoria, o checo Vaclav Teichmann cou em 2 lugar com Steve Jobs e o australiano David Rowe em 3 com Karzai. Na categoria de Cartoon Editorial, destinado a premiar trabalhos sobre a

actualidade, o mexicano Bolign conquistou o primeiro lugar com Yes we can, enquanto os brasileiros Jarbas e Cau Gomez arrecadaram respectivamente o 2 e o 3 prmio com Destruio de Florestas e Google Em Desenho de Humor, o grande vencedor foi o iraniano Hassan Karimzadeh com Controvrsia. Em segundo lugar cou o trabalho Guerra, do brasileiro Dalcio. Pela primeira vez, um artista africano recebe um prmio no World Press Cartoon, o 3 prmio

Desporto

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Mucifalense, Judokai e Escola Dr. Rui Grcio no pdioe outra de bronze. Srgio Nunes depois de vencer cinco adversrios sobe ao lugar mais alto do pdio conquistando o titulo de Campeo Nacional de Juvenis II em 42kg. Bruno Ambrsio classicou-se em terceiro lugar em 46kg, esteve muito bem vencendo tudo at meia nal, que acabou por perder pela vantagem mnima. Depois, no combate para o terceiro lugar, venceu em poucos segundos. Ana Viegas (-63kg), e Miguel Martins (-46kg) venceram um combate cada mas no conseguiram sair da poule.DR

Rafael Sequeira

Lus Marques e Miguel Pinto de BronzeJudo. Rafael Sequeira, da Unio Mucifalense, conquistou em Lisboa, o ttulo de campeo nacional, no decorrer do Campeonato Nacional de Juvenis masculinos e femininos, realizado no domingo, dia 2 de Maio no pavilho nmero 1, do Estdio Universitrio de Lisboa, sob a gide da Federao Portuguesa de JudoO jovem atleta da colectividade da freguesia de Colares, fez uma prova muito segura, sagrando-se Campeo Nacional de Juvenis II, na categoria de peso -50 Kg. Com efeito, depois de ter cado isento no primeiro combate, Rafael Sequeira alcanou trs vitrias consecutivas pela vantagem mxima de ippon, o que lhe garantiu presena na nal, que acabou igualmente por vencer, alcanando o lugar de Campeo Nacional da categoria. O Judo Clube de Sintra Judokai apresentou cinco atletas competio, e conquistou duas medalhas, uma de ouro A Escola de Judo Dr. Rui Grcio, de Montelavar, participou nos campeonatos com cinco atletas: Ana Balanuta (44Kg), Tiago Ribeiro (42Kg), Jorge Boaventura (46Kg), Lus Marques (50Kg) e Miguel Pinto (81Kg). Numa prova bastante participada importa referir que todos os atletas da Escola de Judo Dr Rui Grcio revelaram um comportamento exemplar, com Ana Balanuta a vencer um combate, Lus Marques trs, e Miguel Pinto quatro, facto que permitiu aos dois ltimos atletas, alcanarem a medalha de bronze nas respectivas categorias de peso. Ventura SaraivaMiguel Pinto

Lus Marques

Vitria no Ervideira Rali TT festejada no CacmDR

SnteseAlgueiro/ADESintra no play-off basquetebolComeou o ataque ao ttulo nacional de basquetebol da 1. diviso feminina, com a equipa do Algueiro/ ADESintra a realizar o primeiro jogo do playoff no reduto do Lousada Atltico Clube (regio do Vale do Sousa), tendo perdido por 58 - 56, aps prolongamento. Os dois jogos seguintes realizam-se no pavilho da Escola Ferreira de Castro, em Ouressa, nos dias 7 e 8 deste ms (sbado e domingo), oportunidade para a formao do concelho de Sintra ganhar vantagem na eliminatria. Em Lousada, alinharam e marcaram: Ana Marinho (10 pontos), Joana Pirralho (7), Paula Couto (6), Natacha C (17), Mrcia Filipe (4), Eldina Costa (2) Rita Nunes (9), Josefa Silva (1), e Clara Cotrim.

TT. A vitria alcanada pela dupla Rui Lopes/Lus Fonseca, na segunda jornada do Desao Elf/Mazda 2010, foi festejada no restaurante Solar do Bitoque no Cacm, um dos cinco espaos do grupo que patrocina a equipa que esteve em destaque no Ervideira Rali TT, prova do Campeonato Nacional de Todo o Terreno, disputada em Reguengos de Monsaraz.O triunfo dos pilotos do Team Solar do Bitoque, que aos comandos de uma Mazda BT 50 superaram todas as diculdades de uma prova que decorreu sob condies meteorolgicas muito adversas, foi o mote para um amplo convvio, animado pelos bombos da Associao Grupo de Bombos das Mercs. Para Rui Lopes, o piloto e proprietrio da cadeia de restaurantes, a festa tem como objectivo reunir amigos e clientes que muito nos tm apoiado e partilhar com eles esta nossa grande alegria por termos alcanado um resultado to importante. Recorde-se que a dupla Rui Lopes /Lus Fonseca alcanou a vitria no Ervideira Rali TT, prova onde terminou frente do campeo 2009, o visiense Joo Pais. Uma competio em relao qual Rui Lopes confessa que s me apercebi que tinha ganho quando, chegada, me deram os parabns e me entrevistaram para a televiso. Mesmo nessa altura, pensei que me estavam a felicitar por ter conseguido terminar esta prova que se revelou bastante difcil, pois a pista estava toda esburacada, com inmeras valas e quase sempre cheia de muita lama. Penso, por isso, que devo a vitria nossa fora de vontade e robustuez da Mazda BT 50, impecavelmente preparada pela Pro TT, do nosso grande amigo Jos Pereira. A prxima jornada do Desao ELF/ Mazda 2010 o Rali Estoril/Portimo / Marraquexe, competio da Taa do Mundo que ter trs etapas em Portugal e cinco em Marrocos.

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Desporto

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Mais sete ttulos nacionais para o Progresso Clube em Muay ThaiCampeonato. O Pavilho Gimnodesportivo Municipal do Bombarral, no distrito de Leiria, foi o palco escolhido pela Federao Portuguesa de Muay Thai para levar a efeito no sbado, dia 1 de Maio, a 4. edio do campeonato nacional da modalidade, e que teve grande representatividade de clubes e atletas nas vrias categorias em competio, a rondar as seis dezenas de inscritos.Recorde-se que a estrutura federativa que tem procurado por vrios meios dinamizar e desenvolver o Muay Thai em Portugal, aproveitou a realizao do campeonato para homenagear o Embaixador da Tailndia e atribuir-lhe o ttulo de scio honorrio (aprovado em Assembleia-Geral) pelos prstimos e todo o apoio concedido Instituio em prol da maior divulgao e prestgio desta modalidade, quer ao nvel dos projectos desenvolvidos em parceria com a Embaixada, quer a ttulo pessoal, desdePUB MARQUES VALENTIM

SnteseInfantis e Juvenis do Hockey Club de Sintra Sintra apuradosTerminou no passado m-de-semana, a 2. Fase dos Campeonatos Nacionais de Infantis e Juvenis, com ambas as equipas do Hockey Club de Sintra a seguirem em frente na prova. Uma vitria por 6-2 no rinque do HC Santarm, lanterna vermelha, permitiu equipa de Infantis, terminar esta 2. Fase da prova sem derrotas (9vitrias e 1empate), conquistando o 1. lugar da Srie-C, com 28 pontos, seguido da Fsica de Torres, com 22, os dois apurados para a 3. Fase do campeonato nacional da categoria. No Campeonato Nacional de Juvenis (Zona-C), a equipa ganhou no reduto do Juventude Ouriense por 9-4, mantendo o 1. lugar da classicao, e terminando com 25 pontos. A Fsica de Torres Vedras venceu em Nafarros a equipa da casa por 10-8, segurando o 2. lugar (23), cando deste modo tambm apurada. J as equipas de Iniciados e Juniores do Hockey Club de Sintra no conseguiram o apuramento para a fase seguinte da competio.

o seu incio de funes na Embaixada de Lisboa, em Dezembro de 2007.

Expectativas conrmadas para os sintrensesA colectividade presidida por Joo Paulo Teixeira tem feito uma aposta forte nas modalidades de pavilho e ginsio, com resultados de relevo, dentro e fora de portas. Neste campeonato, os competidores do Progresso Clube conquistaram quatro ttulos de campeo, e trs de vice-campeo, conrmando as expectativas da comitiva sintrense Os ttulos conquistados pela colectividade de Algueiro Mem Martins foram para: Andreia Almeida (-65 Kg.), Ivanilda Vaz T (+65 Kg.), Lus Cardoso (-60 Kg.) e Jlio Ventura (-75 Kg.). Sagraram-se vice-campees nacionais: Raquel Gaspar (-60 Kg.), Fbio Freitas (-57 Kg.) e Tiago Campos (-63,5 Kg.). Ventura Saraiva

Jlio Ventura e Lus Cardoso

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TribunaN

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Opinio

Pegada Socialum artigo recente publicado neste jornal, o Presidente da Cmara Municipal de Sintra compartilhava com os leitores a opinio de que a Comunidade (com maiscula) seria o mais importante, o ponto de chegada. Relendo o seu texto de saudao ao novo jornal de Sintra, que tambm cumprimento, entendi oportuno participar no mesmo tema mas por outro ponto de vista: Vericar a importncia que tem conceito de Comunidade. O que representa para cada um e a representao colectiva que dele fazemos. Vem a propsito, recordar a importncia da iniciativa limpar Portugal que tanto acolhimento e adeso teve na Comunidade. Denitivamente, encontrava eco a ideia de que o nosso estilo de vida deixa marcas, numa espcie de lastro, que os especialistas h muito deniram, cienticamente, por Pegada Ecolgica. E como tudo mensurvel, esta pegada foi criada para nos ajudar a perceber a quantidade de recursos naturais que utilizamos para suportar o nosso estilo de vida, onde se inclui a cidade e a casa onde moramos, os mveis que temos, as roupas que usamos, o transporte que utilizamos, o que fazemos nas horas de lazer. Aceitamos que se faam estimativas sobre o impacto que o nosso estilo de vida tem sobre o planeta e, por isso, aderimos com facilidade a solues pontuais que descarreguem a nossa conscincia. Como em todas as frmulas humanas, h remdio para tudo, at para os impactos que criamos: plantar arvores para compensar o CO2 que produzimos sempre que damos um passo ou consumimos. Mas no havero outros impactos mais signicativos na Comunidade? Quanto custam os nossos hbitos de consumo? Quais as externalidades criadas por uma acentuada competitividade social? No haver outra pegada, outro tipo dePUB

lastro por viver em Comunidade? No haver uma PEGADA SOCIAL? Este novo conceito ainda no entrou no lxico comum, mas h muito que as Instituies de Solidariedade Social o conhecem e combatem os seus efeitos. Um conceito to simples como perceber a equao que motiva as nossas escolhas dirias e o que fazemos com a opo preterida. Um conceito simples mas muito doloroso: um mundo mais competitivo e exigente exclui pessoas. Deixa de fora geraes inadequadas e pessoas sem ferramentas essenciais. Exclui muitos, e cada vez mais, sem puder fazer delete e passar em frente. Esta pegada, a Pegada Social, no pode ser aliviada com medidas pontuais e com objectivos de ressarcir a conscincia da Comunidade. Impe, antes, a percepo colectiva de que a vivncia de todos tem efeitos sociais. De que o nosso modo de vida, com actuaes mais racionais, que procura melhores solues, mais baratas, mais complexas, exclui todos aqueles que no conseguem oferecer tais solues. Se na frmula da Pegada Ecolgica so utilizadas receitas de compensao aliviantes, na Pegada Social no

Este novo conceito ainda no entrou no lxico comum, mas h muito que as Instituies de Solidariedade Social o conhecem e combatem os seus efeitos. Um conceito to simples como perceber a equao que motiva as nossas escolhas dirias e o que fazemos com a opo preterida. Um conceito simples mas muito doloroso: um mundo mais competitivo e exigente exclui pessoas. Deixa de fora geraes inadequadas e pessoas sem ferramentas essenciais. Exclui muitos, e cada vez mais, sem puder fazer delete e passar em frente.

possvel ngir actuaes. Todos percebemos que podemos criar uma maneira de compensar o nosso crime social investindo em projectos que melhorem as condies de vida das pessoas excludas. As propostas existem e muitas no sobrevivem por falta de apoios. Voltemos aos conceitos j testados: modos de vida sustentveis e regimes de compensao. Conceitos no exclusivos da rea ambiental e agora exportveis para a rea social. A conscincia de que pelo facto de vivermos em Comunidade temos obrigaes para com esta. E em resultado desta conscincia que surgiram os primeiros passos, como foram a responsabilidade social das empresas e a celebrao de contratos sociais. Nalguns casos, simples documentos que expressam os deveres e obrigaes para com a Comunidade em que a base terica uma espcie de licena para operar. Noutros, excelentes casos de vivncia e participao social. Fundamentada no princpio da responsabilidade pessoal e colectiva, segundo o qual os indivduos so responsveis pelo seu comportamento e os impactos que criam, a Pegada Social uma evidncia, uma existncia. Se a Pegada Ecolgica tem por foco a sustentabilidade dos comportamentos humanos em termos de importncia ecolgica, a Pegada Social centra-se na sustentabilidade do comportamento organizacional em termos de impactos sociais. E para isso a Comunidade tem, felizmente, Instituies que, continuamente, combatem os referidos impactos e que combinam a solidariedade social com uma proposta de reintegrao dos excludos. o que na Santa Casa da Misericrdia de Sintra fazemos h mais de 460 anos. Joo Lacerda Tavares Provedor da Santa Casa da Misericrdia de Sintra

Opinio

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Dar Sentido ao compromissoconvite para participar nesta edio do Correio de Sintra levantou-me algumas dvidas sobre o que escrever. No que por c faltem temas que justiquem a minha apreciao. Bem pelo contrrio. Podia reectir sobre a grave situao social e econmica que o pas atravessa, dar nota dos investimentos adiados em infra-estruturas da responsabilidade do Governo (em que o hospital o caso mais gritante), abordar um qualquer tema da actividade municipal, valorizar um dos muitos projectos dinamizados por uma das centenas de instituies presentes no concelho, testemunhar a qualidade do trabalho produzido por uma das milhares de empresas aqui instaladas ou testemunhar o valor excepcional que nos transmitido por um cidado de Sintra que se destaca, pelo mrito e pelo exemplo, na sua actividade. Mas permitam-me que opte por deixar breves consideraes sobre o valor e a responsabilidade no exerccio de cargos polticos. Primeiro, porque convictamente acredito que o acto de ser eleito acarreta a assuno

O

preciso mobilizar para transformar, preciso incluir para crescer e para libertar a poltica da mediocridade que alastra como uma praga.

No um problema exclusivo das organizaes partidrias, mas sim da degradao acentuada de valores que trespassa a vida das sociedades contemporneas. Sinal dos tempos, que compromete o futuro. No fcil contrariar esta tendncia, mas possvel. preciso mobilizar para transformar, preciso incluir para crescer e para libertar a poltica da mediocridade que alastra como uma praga. O recrutamento de jovens e a participao de pessoas com experincia prossional ou associativa so caminhos que devemos percorrer. Se o conseguirmos, estaremos beira de afastar aqueles que teimam em confundir o exerccio pblico de funes com as vantagens pessoais que da podem retirar. Se o quisermos e assim o zermos, estaremos beira de transformar o futuro. Acredito tambm que assim se dar sentido ao nosso compromisso. Marco Almeida Vice-presidente da Cmara de Sintra Vereador da Coligao Mais Sintra

de imperativos morais e ticos que ultrapassam os limites da esfera individual para se fundir no interesse pblico da comunidade que nos elege. Bem sei que para muitos a responsabilidade de ser eleito esgota-se no acto da eleio. Os exemplos so muitos. Basta para isso percorrer a histria do concelho ou

olharmos para os inmeros casos conhecidos de mbito nacional, para detectarmos prticas sobre a leviandade de alguns. Sobreposio de direitos pblicos com interesses privados, desleixo no exerccio das funes que desempenham, gorando as expectativas que criaram junto dos eleitores, so prticas que comummente encontramos.

Quando eu passo, as rvores cam sempre*H cerca de um ano recebi um telefonema que me encheu de tristeza. As rvores de Rio de Mouro, algumas plantadas com a minha ajuda, estavam a ser violentadas. Alergias! Reclamaes! Perigo! Argumentavam os responsveis pela interveno e o autarca que assistiam poda. As rvores da minha infncia caram indefesas e, durante o vero, encheram-se de fungos. Os pssaros que as costumavam habitar viram-se despejados. No nal dessa primavera, a Cmara organizou uma conferncia com especialistas, tcnicos e muncipes para discutir o arbreo assunto. Pensei que estavam a reunir condies para que o disparate no se repetisse. Que ingnuo fui. E o Arquitecto Ribeiro Telles, cuja competncia tcnica no se confunde com radicalismo ambientalista, conrma o que o bom senso me indica: a poda de correco de ramagens, de levantamento de copas e outras medidas que no tenham o carcter de urgncia se devem praticar sempre no perodo de repouso vegetativo: o da queda das folhas para as rvores de folha caduca, ou o de menor actividade vegetativa para as plantas de folha persistente. (In A rvore em Portugal, Assrio e Alvim 2005, 2 edio, pp. 168). Diga-se que este sentido do Regulamento para a interveno em rvores de Sintra apresentado UNESCO em 2005, integrado no Plano de Gesto da Paisagem Cultural. Olhando para tudo isto, sinto-me inclinado para a concluso de que estas podas radicais surgem porque, em devido tempo, os responsveis no se preocuparam com o assunto. No sou s eu e a minha amiga Cristina que nos sentimos golpeados. Vrias tm sido as demonstraes de indignao de muncipes e visitantes, uma vez que o corte, alm de errado, est a descaracterizar toda uma zona urbana onde os espaos verdes escasseiam. Razo tinha Maria Gabriela Llansol, quando observou que se no fossem as rvores, no haveria arquitectura em Sintra... Infelizmente, a maioria dos autarcas com responsabilidades demonstra pouca sensibilidade para o assunto. S assim se explica que a Assembleia Municipal tenha chumbado uma recomendao para que a podaseja suspensa e retomada no tempo devido. No nal do sculo passado, em plena reunio de Cmara. um Vereador