correio de sintra

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PUB PUB PUB 176 morreram vítimas de violência doméstica SOCIEDADE. Campanha pretende alertar as vítimas para o risco de continuar a acreditar na alteração de comportamentos do agressor. Concelho, 8 Comerciantes protestam SOCIEDADE. Redução de horários dos cafés da Quinta das Flores, em Massamá, é aplaudida por uns e contestada por outros. Moradores não se entendem. Queluz, 14 Corporações de bombeiros obrigadas a despedir Declaração de Sintra AMBIENTE. Zonas classificadas pela Unesco como Património Mundial vão aplicar medidas comuns na mitigação e adaptação às alterações climáticas. Concelho, 5 Perda de receitas nos serviços de transportes de doentes obriga várias corporações a despedir bombeiros. Concelho, 6

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Edição 35 do jornal Correio de Sintra

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    176 morreram vtimas de violncia domsticaSociedade. Campanha pretende alertar as vtimas para o risco de continuar a acreditar na alterao de comportamentos do agressor. concelho, 8

    comerciantes protestamSociedade. Reduo de horrios dos cafs da Quinta das Flores, em Massam, aplaudida por uns e contestada por outros. Moradores no se entendem. Queluz, 14

    corporaes de bombeiros obrigadas a despedir

    declarao de Sintraambiente. Zonas classificadas pela Unesco como Patrimnio Mundial vo aplicar medidas comuns na mitigao e adaptao s alteraes climticas. concelho, 5

    Perda de receitas nos servios de transportes de doentes obriga vrias corporaes a despedir bombeiros. concelho, 6

  • 2 Correio de Sintra 8 de Dezembro de 2011 A abrir

    A poeta sintrense Ana Daniel faleceu no dia 30 de Novembro, na sequncia de doena prolongada. De seu nome de baptismo Maria de Lourdes dOliveira Canellas da Assuno Sousa, foi autora de dois livros Momento Vivo e Nos Olhos das Madrugadas e de um acervo de poemas ainda por classificar e publicar, trabalho nesta data nas mos de familiares.Ana Daniel nasceu em Lisboa, Campo de Ourique, em 1928. Entregou-se poesia aos quinze anos, com trabalhos publicados em jornais e revistas nacionais e do ento Ultramar. Ganhou prmios juvenis, assinando por essas idades com Ana Arlsi, o seu primeiro pseudnimo. Mas foi aos vinte anos que deu sua escrita o rumo e a intensidade que marcaram o seu trabalho potico. A obra recolhida em Momento Vivo (Edies Panorama, 1970), o seu primeiro livro, Prmio do Concurso de Manuscritos de Poesia de 1969, a palavra entre a estranheza e o irreparvel. Nos Olhos das Madrugadas (Arbusto Editores, 2010), o ltimo, j a solido com corpo e alma, tecida por perdas e ausncias, e pela saudade, porventura o sentimento mais recorrente do seu lirismo, uma filigrana de emoes ora de aceitao ora de inconformismo aqui de abandono, desencanto e quase rebelio. Sintra e a cultura ficaram mais pobres.

    Salta vista...

    Passaram exactamente 66 anos do fim do maior flagelo que a velha Europa conheceu - a 2 Guerra Mundial - 60 anos do incio do sonho europeu com a criao da Comunidade Europeia do Carvo e do Ao (CECA) e 57 anos da tentativa falhada da construo da Comunidade Europeia da Defesa (CED). Passaram 54 anos da criao da Comunidade Economia Europeia (CEE), 44 anos sobre institucionalizao das Comunidades Europeias (CE), 38 anos sobre o primeiro alargamento a outros pases europeus e 32 anos sobre as primeiras eleies democrticas para o Parlamento Europeu. Passaram 25 anos sobre o Acto nico Europeu, 18 anos sobre a criao formal da Unio Europeia, 9 anos sobre a adopo da moeda nica, 6 anos sobre o falhano da Constituio Europeia. Passaram ainda 4 anos sobre o Tratado de Lisboa, e apenas alguns dias sobre a aprovao ao ltimo alargamento a outros pases europeus, nomeadamente a Crocia que far, oficial e oficiosamente, parte da UE em 2013. Isto, se l chegarmos.Estes so os traos largos da Unio Europeia, desde a sua gnese at aos nossos dias. E constatar que os dois pases pelos quais ela foi criada so exactamente os mesmo que a podem destruir nos nossos dias. A CECA foi a forma encontrada, ou arquitectada por Jean Monnet, para que Frana e a Alemanha se entendessem no terrvel perodo aps a segunda guerra mundial, quando uma Europa estava literalmente destruda, em recesso e com uma crise socialavassaladora. Resumindo, foi um entendimento mais econmico-financeiro que social. E assim

    se foi fazendo o crescimento da Europa, com mais interesses de ndole econmico e financeiro do que de aproximao entre as suas sociedades, entre as pessoas. A Europa levou anos a libertar-se dos seus ditadores polticos. Por essa Europa fora tivemos revolues, rebelies, Maios de 68, primaveras de Praga, queda do muro da Berlim e de outros muros da vergonha em sentido figurado. Conseguiu-se construir uma Europa dentro da razoabilidade dos valores democrticos. Hoje, a Europa desemboca numa Alemanha que sofre de uma amnsia profunda. Numa Alemanha que tenta de novo dominar a Europa, no pela fora das armas como Hitler tentou, mas pela fora do custo do dinheiro. Uma Alemanha que tenta mais uma vez o separatismo entre pases que tm mais que os una do que aquilo que os separa. E por uma Frana que vai a reboque e os restantes pases suspensos da prxima reunio de lderes. Uma Alemanha que tenta subjugar pela fora do seu poder econmico-financeiro uma Europa moribunda e lamentavelmente de mo estendida. E desta vez nem os Estados Unidos da Amrica nos poder valer.Nunca se conseguiu chegar a acordo sobre a Unio Europeia se constituir em Confederao Europeia exactamente pelo receio de se tornar numa Federao Europeia. Mas se no isto que a Alemanha est a querer tentar, ento o que ? No esto os estados da Unio Europeia com a sua inrcia a transferir a sua soberania para um s pas que sozinho tem a pretenso de decidir os destinos de todos os outros?No ser tempo de uma Primavera Europeia? JOAQUIM JOS REIS

    editoriala Unio europeia do nosso descontentamento Uma nova primavera?

    DR

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  • 4 Correio de Sintra 8 de Dezembro de 2011

    Sociedade. Uma cidad russa, residente em Espanha, foi a visitante que no ms de Novembro atingiu, pela primeira vez, o nmero um milho de entradas num s ano nos parques geridos pela empresa Parques de Sintra Monte da Lua.

    Esta a primeira vez que a empresa que gere o Palcio da Pena, Castelo dos Mouros, Palcio Monserrate, Chalet da Condessa e o Convento dos Capuchos recebe um milho de visitas num s ano. Segundo o presidente da Parques de Sintra Monte da Lua, Antnio Lamas, a entrada um milho ocorreu a 28 de novembro e a turista

    est enquadrada num dos grupos que mais visitam o patrimnio gerido pela empresa. A maior parte dos visitantes so estrangeiros, cerca de 86 por cento. Esta visitante est enquadrada num dos grupos que mais visitam, os espanhis, disse o responsvel ao Correio de Sintra. Antnio Lamas adiantou que este ano o patrimnio da empresa teve um aumento de visitas na ordem dos dez por cento, considerando estes resultados resultam da poltica seguida pela empresa. Temos feito recuperaes vista dos visitantes e isto cria novos plos de interesse e traz mais visitantes e mais receitas. Este ano contamos que as visitas cheguem ao milho e setenta mil, em todas as propriedades, disse. JR.

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    Um milho de visitantes em Sintra

    DR

    concelho

    montelavar: 120 pessoas doaram sangue As doaes de sangue tm aumen-

    tado por todo o pas devido mediati-zao do caso do filho do futebolista Carlos Martins. Os portugueses uniram-se em torno do problema, para tentar encontrar algum compatvel para que a criana que sofre de aplasia medular, ou leucemia, possa receber um trans-plante de medula ssea.

    Em Montelavar, duas mulheres orga-

    nizaram uma campanha de recolha de sangue qual aderiram 120 pessoas. A 3 de Dezembro Cristina Santos e Ana Paula Mota substituram as instituies que habitualmente organizam este tipo de iniciativas e meteram mos obra.

    A iniciativa que decorreu nas insta-laes dos Bombeiros Voluntrios de Montelavar surgiu depois de um con-tacto para o Centro Nacional de Dadores

    de Clulas de Medula ssea, Estami-nais ou de Sangue do Cordo (CEDACE). As organizadoras tiveram que reunir cin-quenta dadores para dar inicio ao pro-cesso. Depois, fizeram panfletos e uti-lizaram o passa-palavra e as redes sociais e contaram com o apoio de juntas de freguesia, bombeiros e restau-rantes locais.

    A mediatizao deste caso fez dis-

    parar a doao de sangue em todo o pas. Devido a este aumento, para o qual contribuiu o apelo dos jogadores da seleco nacional de futebol, o Centro Nacional de Dadores de Medula ssea, e Lisboa, teve que reforar as equipas.

    Enquanto no se encontrar um dador compatvel, o pequeno Gustavo sujeita-se a transfuses de sangue regulares num Hospital em Granada, Espanha.

    Projecto vai ter balnerio, lavandaria e loja social

    A empresa preparou uma recepo especial para o visitante nmero um milho.

    Sociedade. A Associao Juvenil da Ponte vai apostar num projecto social que visa instalar um balnerio, uma lavandaria e uma loja social em Rio de Mouro. Um banho por um euro uma das apostas deste projecto que visa servir 44 pessoas carenciadas.

    Atravs do projecto Plo Manto Social, a Associao Juvenil da Ponte vai disponibilizar higiene e alimentao a pessoas que tm maiores necessidades.

    Segundo a presidente da instituio, Susana Ramalho, este projecto visa melhorar a qualidade de vida de quem est numa situao de maior fragilidade, e potenciar a sua integrao social.

    Um banho custar um euro e 25 por cento desse valor ser pago [pelos utilizadores] em dinheiro. Os outros 25 por cento sero oferecidos por ns e os restantes cinquenta por cento sero pagos pela pessoa trabalhando na nossa estrutura, disse a responsvel.

    Susana Ramalho adiantou que esses cinquenta por cento correspondem a cerca de cinquenta cntimos e devero ser pagos com 15 minutos de trabalho.

    Engloba trabalhos como engraxar

    sapatos, lavar carros ou trabalhos de costura. Quando algum da comunidade nos levar uns sapatos para engraxar, permite que um membro que utiliza os banhos possa contribuir trabalhando, disse.

    A associao pretende com este projeto intervir num problema que afecta muitas zonas do concelho de Sintra, onde existe uma populao carenciada, onde a prevalncia de imigrantes desenraizados e em situao de precariedade alta e onde existe muito desemprego.

    A vertente do projecto relativa higiene prev beneficiar directamente 440 pessoas por ms e 1760 no atendimento social.

    A associao conta com o envolvimento da comunidade para pr este projeto em funcionamento a partir de Maro de 2012.

    O Plo Manto Social pretende o envolvimento da comunidade para implementar o ensino de vrias competncias como ensinar a cozinhar, a costurar ou a tocar instrumentos musicais, numa lgica de passagem de conhecimentos para os mais carenciados.

    O projecto conta com a autarquia de Sintra como parceira e vai ficar instalado na sede da associao, em Rio de Mouro, custando mais de 43 mil euros. JR.

  • 58 de Dezembro de 2011

    declarao de Sintra para combater alteraes climticasambiente. Sintra e o Alto Douro Vinhateiro so as principais regies portuguesas em risco devido s alteraes climticas, tema central do XI Congresso Mundial da Organizao das Cidades Patrimnio Mundial da UNESCO. Os 145 pases presentes assinaram a Declarao de Sintra, um importante documento que unifica esforos para a mitigao e adaptao s alteraes climticas.

    Os pases presentes no con-gresso que discutiu o impacto das alteraes climticas nas zonas classificadas comprometem-se a aplicar os pontos da Declarao de Sintra. O documento consiste em cinco pontos: recolher experincias das vrias zonas classificadas, criar plata-formas de conhecimento para troca de experincias e boas prticas, conso-lidar a valorizao do patrimnio, criar e manter parcerias, e contribuir para um debate global sobre as alteraes clim-ticas. Segundo a Declarao de Sintra, os diversos pases comprometem-se a promover as cidades patrimnio mun-dial como zonas prioritrias para pes-

    quisa sobre conservao do patrimnio urbano e mudanas climticas.

    Entre 22 e 25 de Novembro, vrios especialistas nacionais e internacio-nais estiveram em Sintra para discutir o impacto que as alteraes climticas vo ter nas zonas classificadas e pro-curar encontrar solues para atenuar

    esses impactos. Segundo o professor de Fsica e Cincias do Ambiente da Universidade de Lisboa, Filipe Duarte Santos, coordenador do projeto SIAM - Scenarios, Impacts and Adapta-tion Measures (Cenrios, Impactos e Medidas de Adaptao), as reas em maior risco em Portugal so Sintra e

    o Alto Douro Vinhateiro. Um dos mais graves impactos ao nvel da subida do nvel mdio do mar, sobretudo nas cidades patrimnio mundial costeiras, como o caso de Veneza, Amesterdo e Alexandria. Tambm nas zonas monta-nhosas o clima est a mudar, a tempe-ratura a aumentar, e isso tem influncia ao nvel do risco crescente de incndios florestais, pondo em risco zonas como Sintra ou o Alto Douro Vinhateiro, disse o especialista ao Correio de Sintra.

    O responsvel adiantou que uma das formas de diminuir o impacto das alte-raes climticas passa por as popula-es dependerem menos dos combus-tveis fsseis, diminuindo a emisso de dixido de carbono para a atmosfera.

    Se continuarmos a emitir assim, no fim deste sculo teremos efeitos supe-riores subida de um metro do nvel do mar. daqui a bastante tempo, mas um processo irreversvel, em centenas de anos, que pode ser mais ou menos grave, disse. Durante o congressoo municpio de Sintra foi eleito vice-presi-dente da Organizao das Cidades Patri-mnio Mundial da UNESCO, cujo pr-ximo congresso ter lugar em Oaxaca, no Mxico. JOAQUIM REIS

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    Sintra recebeu congresso das Cidades Patrimnio Mundial da Unesco.

    DR

  • 6 Correio de Sintra 8 de Dezembro de 2011

    Sociedade. As maiores corporaes de bombeiros do concelho de Sintra vo avanar com despedimentos de pessoal, como resultado da alterao das regras do transporte de doentes e da consequente reduo nas comparticipaes estatais. Este era um dos servios que mais verbas rendiam s corporaes, que durante anos contrataram pessoal e equipamento.

    Em causa est a implementao do sistema de facturao de transportes de doentes no urgentes em ambulncia, atravs da pla-taforma do Sistema de Gesto de Trans-porte de Doentes que, segundo as cor-poraes, prejudica os bombeiros das reas urbanas. Uma das alteraes con-templa apenas o pagamento das deslo-caes at aos equipamentos de sade, no contemplando o retorno. Outra das alteraes, compreende o pagamento por parte do Servio Nacional de Sade de 100 por cento do primeiro doente a ser transportado, enquanto que nos res-tantes apenas suporta o pagamento de 20 por cento de 48 cntimos por quil-metro, por cada um.

    E h a questo das horas de utili-zao das ambulncias de transporte que so pagas a 2,89 euros para estar porta do hospital espera dos doentes. Uma ambulncia com dois funcionrios e uma ocupao de seis horas gera uma receita de 38,64 euros. Durante estas seis horas, cada funcionrio recebe no mnimo 3,5 euros por hora, que resulta num custo total de 42 euros. Ora, a associao vai facturar 38,64 euros, mas logo partida gasta em recursos humanos 42 euros, faltando ainda incluir o combustvel, disse ao Correio de Sintra o comandante dos bombeiros de Algueiro-Mem Martins.

    Joaquim Leonardo adiantou que a reduo ou supresso do transporte de doentes nas associaes de bom-beiros, alm da extino dos postos de trabalho directamente ligados ao trans-

    porte, obriga a uma reviso da org-nica interna, podendo tambm levar ao despedimento de homens ligados emergncia. Em Algueiro-Mem Mar-tins, dos 14 bombeiros que se encon-travam neste servio, dez vo ficar sem emprego. Estes factos vo provocar uma profunda reduo na capacidade de resposta operacional, comprome-tendo seguramente o socorro s popu-laes. impossvel continuar com o

    transporte de doentes porque estou a hipotecar a associao, disse.

    Joaquim Leonardo adiantou que desde o incio do ms que a corporao de Algueiro-Mem Martins j rejeitou vrios servios de transporte de doentes, porque simplesmente no vivel. Barcarena ficou com o transporte de 26 doentes de Algueiro-Mem Martins porque no podemos fazer o seu trans-porte por 70 cntimos cada um. A eles

    deve compensar. S demonstra que o Sistema Nacional de Sade, ao qual ns praticamente pagamos para traba-lhar, apesar de tudo no se importa de pagar mais, disse.

    Segundo Joaquim Leonardo, apesar de a misso dos bombeiros no ser a obteno de lucro, as verbas que as associaes humanitrias rece-biam pelo transporte de doentes era utilizada para a renovao das frotas (cada ambulncia custa 60 mil euros) e para melhorar as condies dos ser-vios prestados s populaes. Desde 1 de dezembro que as seis ambuln-cias de transporte de doentes desta corporao mal tm sado do quartel, uma realidade bem diferente de outros anos (em 2010 transportaram 38,369 utentes), garante. Segundo o presidente da direco dos bombeiros de Agualva-Cacm, Lus Silva, a alterao das regras do transporte de doentes reduziu em setenta por cento a facturao deste servio. Agora, temos sete viaturas e 14 homens para este servio. E vamos despedir 70 por cento desses homens. Chegmos ao ponto em que estamos a fazer transportes a 0,75 euros, de Agualva-Cacm para o centro de fisiote-rapia de Mira-Sintra, disse.

    Segundo o vice-presidente da Cmara de Sintra, Marco Almeida, a autarquia est a estudar a contratao das corporaes de bombeiros para transporte de alunos, j a partir do pr-ximo ano lectivo. Actualmente, o muni-cpio paga o transporte anual de 6500 alunos a empresas privadas, num valor que ronda os dois milhes de euros.

    Os limites no transporte de doentes vai provocar constrangimentos nas cor-poraes de bombeiros do concelho, porque houve investimento feito em infra-estruturas, ao nvel das viaturas, mas tambm ao nvel da contratao de pessoal. Acreditamos que vale a pena ponderar que parte desse servio [de transporte de alunos] possa ser feito com recurso aos meios hoje disponveis nas corporaes de bombeiros, disse.

    Joaquim Reis

    Concelho

    corporaes vo despedir bombeiros

    JR

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    Ambulncias de transporte de doentes com pouca utilizao desde o incio do ms.

  • 78 de Dezembro de 2011 Correio de SintraPUB

  • 8 Correio de Sintra 8 de Dezembro de 2011 Concelho

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    nova campanha alertapara violncia domsticaSociedade. Em Portugal morreram 176 mulheres nos ltimos cinco anos s mos dos companheiros. A nova campanha nacional contra a violncia domstica pretende alertar as vtimas para o risco de continuar a acreditar na alterao de comportamentos por parte dos agressores.

    Nove em cada dez crimes acon-teceram dentro das habita-es. As facas continuam a ser o instrumento mais utilizado nestes crimes e em 30 por cento dos casos foram utilizadas armas de fogo. A nova campanha de sensibilizao para este crime foi lanada pela Comisso para a Cidadania e Igualdade de Gnero (CIG), no mbito do IV Plano Nacional Contra a Violncia Domstica.

    A campanha est visvel em ann-cios nas televises, jornais e rdios, mas tambm nos autocarros de Lisboa e Porto, onde foram afixados cartazes onde se evidencia uma mulher morta com vrios ferimentos e a frase nos ltimos cinco anos 176 reconciliaes acabaram em morte. Esta campanha

    pretende alertar as mulheres para o risco que correm ao continuar a acre-ditar que o agressor muda, porque na maioria dos casos ele no muda, disse a secretria de Estado dos Assuntos

    Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, no final da apresentao da campanha, no Hospital Amadora-Sintra.

    Segundo Teresa Morais, a reinci-dncia neste tipo de crime grande e os ciclos de violncia sucedem-se durante muitos anos, o que faz com que as mulheres que permanecem neste circuito de violncia e que ainda no tiveram as condies para se liber-tarem dele correm o risco de morte.

    At ao segundo trimestre deste ano, a foras policiais receberam 14.508 parti-cipaes relacionadas com casos de vio-lncia domstica, com 85 por cento dos casos em que as vtimas so mulheres. A secretria de Estado lamentou que haja uma grande discrepncia entre o nmero de queixas apresentadas na polcia e o nmero de processos em tri-bunal que resultam dessas participa-es, considerando que se deve, muitas das vezes, desistncia das vtimas.

    Presente na apresentao da cam-panha, a Procuradora-Geral Distrital de Lisboa, Francisca Van Dunem, explicou aos jornalistas que a discrepncia que existe entre o nmero de queixas e o nmero de processos em tribunal

    resulta de vrios factores, entre os quais o facto de muitas das vtimas tentarem impedir o avano das provas.

    A prpria vtima num primeiro momento faz a queixa e por vezes entende que o processo no deve avanar. Este um crime pblico e por-tanto a vtima no pode impedir que o processo prossiga, mas o que faz no criar condies para que a investigao prossiga. Significa no falar, no ajudar na obteno da prova, portanto criar um conjunto de obstculos para que a prova no se faa, disse.

    Em 2010, as autoridades policiais receberam diariamente 83 denncias de violncia domstica, tendo havido 15 condenaes por homicdio. Destas, a pena mais baixa foi aplicada pelo tri-bunal de Sintra, que condenou um homem de 75 anos a 15 anos de priso pelo homicdio da mulher. Neste caso, o juz teve em conta a confisso, o arre-pendimento e a idade do homem.

    Segundo dados do Observatrio de Mulheres Assassinadas (OMA), este ano j morreram 23 mulheres, um nmero bastante abaixo do verificado o ano pas-sado. REDACO

  • 98 de Dezembro de 2011 Correio de SintraPUB

  • 10 Correio de Sintra 8 de Dezembro de 2011

    atLtiSmo. A Confederao do Desporto de Portugal homenageou o presidente do Juventude Operria de Monte Abrao (JOMA), Joo Pedro Cardoso, com o Prmio Mrito Desportivo 2011 Personalidade do Ano. A atribuio deste prmio foi proposta pela Federao Portuguesa de Atletismo.

    Apesar de no ter sido a pri-meira vez que foi distinguido (em 2002, foi eleito Dirigente do Ano pela Associao de Atletismo de Lisboa), o dirigente reconheceu que este prmio foi uma surpresa merecida.Ser escolhido entre cerca de 400 dirigentes desportivos a nvel nacional uma honra. Foi o reconhe-cimento de todo o trabalho realizado no atletismo nos ltimos 20 anos, disse ao Correio de Sintra Joo Pedro Cardoso. O presidente do JOMA subli-nhou que, apesar das dificuldades financeiras e da falta de infra-estru-turas, o trabalho estruturado por

    parte dos dirigentes permitiu elevar o nome da instituio desportiva a nvel nacional.Nos ltimos 20 anos, o clube conquistou 15 ttulos nacionais colectivos em atletismo nas camadas jovens quer em pista quer em corta-

    mato, sublinhou o presidente.O dirigente acrescentou que

    grande parte dos atletas das equipas masculinas e femininas nacionais foi formada pelo JOMA, mesmo sem contar com um espao prprio para

    o desenvolvimento das vrias moda-lidades.

    Conseguimos todos estes feitos sem ter qualquer espao desportivo. Actualmente, estamos a treinar na Amadora e no Estdio Nacional do Jamor, explicou o dirigente, adian-tando que a falta de verba e a dvida existente banca no lhe permite pensar em voos maiores. O JOMA conta, contudo, com diversas modali-dades, nomeadamente o atletismo, o judo, o boxe, o BTT e o futsal.

    O prmio atribudo pela Confede-rao do Desporto de Portugal foi recebido no Casino Estoril, a 8 de Novembro, no mbito da 16. Gala do Desporto. O evento contou com a presena do ministro-adjunto dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e do Secretrio de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre. Estiveram ainda presentes o presidente e vice-presidente do Insti-tuto do Desporto de Portugal, Augusto Baganha e Mrio Teixeira.

    ALEXANDRE OLIVEIRA PEREIRA

    baSQUeteboL. A Cmara de Sintra pretende adquirir o pavilho desportivo do Clube Atltico de Queluz. O clube est em processo de insolvncia e a autarquia est em negociaes para a aquisio do equipamento por 450 mil euros.

    O vice-presidente da cmara, Marco Almeida, que detm o pelouro do Desporto, disse ao Correio de Sintra que j existe um princpio de acordo com o gestor de insolvncia. A aquisio do pavilho

    por cerca de 450 mil euros j foi apro-vada pela cmara e pela Assembleia Municipal de Sintra.

    Resolvemos adquirir este equi-pamento porque uma infra-estru-tura desportiva ligada ao basquetebol, emblemtica na freguesia e da cidade de Queluz. Ao adquirirmos esta infra-estrutura vamos contribuir para reforar a prtica desportiva na cidade, disse Marco Almeida.

    Segundo o responsvel, apesar de o equipamento ficar na posse da autar-quia, o objectivo passa por devolver o pavilho freguesia de Queluz, permi-

    tindo populao a sua utilizao para a prtica da modalidade.

    O presidente da Junta de Freguesia de Queluz, Barbosa de Oliveira, mos-trou-se bastante satisfeito pela reso-luo de um problema, uma vez que, como o clube enfrenta um processo de insolvncia, o pavilho tem estado encerrado.

    Actualmente existem trs clubes de basquetebol em Queluz e estavam todos a jogar em pavilhes de escolas. Gostava que agora se reunisse a massa associativa desses clubes e que hou-vesse apenas um, para que voltemos

    a ser campees nacionais, disse Barbosa de Oliveira.

    As instalaes na Avenida Coman-dante Paiva Couceiro estavam penho-radas e chegaram a estar em hasta pblica, mas no houve propostas para a sua aquisio. O Clube Atl-tico de Queluz um clube histrico do basquetebol em Portugal, j foi cam-peo nacional por duas vezes (83/84 e 2004/2005) e participou em provas europeias.As dvidas do clube, ao Estado e a empresas privadas e par-ticulares, ascendem a oito milhes de euros. REDACO

    cmara vai comprar pavilho de Queluz

    desporto

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    Presidente do Joma recebe Prmio mrito desportivo 2011 Personalidade do ano

    Presidente do JOMA homenageado.

    DR

  • 118 de Dezembro de 2011

    team Solar do bitoque renova triunfo nas 24 Horas tt Vila de Fronteira

    todo-o-teRReno. Apesar de uma paragem de mais de uma hora nas boxes para resolver um problema mecnico e a falta de faris nocturnos, a equipa do Solar do Bitoque alcanou, pelo segundo ano consecutivo, o triunfo nas 24 Horas TT Vila de Fronteira do Desafio ELF Mazda.

    A equipa de todo-o-terreno, lide-rada por Rui Lopes, acompa-nhado pelos pilotos Hlder Oli-veira, Joo Pais e Durval Costa, resistiu a vrias dificuldades antes de obter o topo da classificao da prova.

    Embora tivesse comeado a compe-tio nos primeiros lugares o quar-teto chegou bem cedo liderana do Desafio ELF Mazda, ocupando o 6. lugar absoluto aps a 4. hora da com-petio - a equipa do Solar do Bitoque esteve cerca de uma hora parada nas boxes, devido a problemas mecnicos, caindo para uma posio abaixo dos 60 lugares. Conseguimos esta vitria com muito sacrifcio. uma prova com-plicada e muito dura. Foram 24 horas sempre a competir para o melhor

    lugar, disse ao Correio de Sintra Rui Lopes.

    O piloto acrescentou que a fraca luminosidade nocturna foi outro obst-culo que a equipa teve que enfrentar. Tnhamos quatro faris, mas partiram-se trs durante o dia. Tivemos grandes dificuldades no percurso durante a noite devido acumulao de lama no nico farol que funcionava, sublinhou.

    O quarteto conseguiu, no entanto, recuperar at ao final da prova a posio de vencedor. Todos os ele-mentos da equipa fizeram um exce-lente trabalho, que permitiu renovar a vitria alcanada no ano passado. para mim uma enorme alegria que o Team Solar do Bitoque volte a estar em destaque nesta importante prova inter-nacional de todo-o-terreno e em mais uma edio do Desafio ELF Mazda, reconheceu Rui Lopes, no final da prova que decorreu entre 25 e 27 de Novembro.

    A equipa alcanou ainda o 2. lugar absoluto entre as equipas portuguesas e terminou muito perto de um lugar no top dez da classificao geral. AOP

    campees de basquetebol em cadeira de rodas

    Os atletas da Associao Portu-guesa de Deficientes (ADP) de Sintra, vencedores do campeonato nacional e Super-Taa da poca 2010-2011 em cadeira de rodas, foram home-nageados pela junta de freguesia de Algueiro-Mem-Martins.

    A iniciativa, que decorreu a 5 de Dezembro na escola Ferreira de Castro, em Mem Martins, contou com uma demonstrao de Basque-tebol em cadeira de rodas, promovida

    pelos atletas da ADP de Sintra, e com a entrega de faixas aos atletas ven-cedores.

    A ADP de Sintra j conquistou o ttulo de campeo nacional de Bas-quetebol em cadeira de rodas 11 vezes, em 20 campeonatos at hoje efectuados, e 12 Super-Taas, a ltima realizada no pavilho de Casal de Cambra, no passado dia 22 de Outubro, frente ao Leiria, vencendo por 43-40. AOP

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    Rui Lopes vence desafio pelo segundo ano consecutivo

    DR

  • 12 Correio de Sintra 8 de Dezembro de 2011PUB

  • 138 de Dezembro de 2011

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    nova loja solidria em agualvaSociedade. A nova loja solidria de Agualva vai servir 560 famlias carenciadas, que podem ir buscar gratuitamente roupa, brinquedos e produtos de higiene. A Junta de Freguesia conta com o apoio de vrios parceiros sociais para garantir as condies de funcionamento deste espao.

    Ajude-nos a ajudar quem mais precisa o lema desta loja social inaugurada a 5 de Dezembro na rua Jos Baltazar Bastos, junto ao mercado, pela Junta de Freguesia de Agualva e vrios parceiros do programa Agenda 21 Local.

    Para o presidente da Junta de Fre-guesia, Rui Castelhano, esta uma forma de a junta passar do mero acom-panhamento das famlias para uma aco mais efectiva, uma vez que os servios de Aco Social vo ser trans-feridos para este local.

    A rede social da freguesia apoia 560 famlias. Pretendemos que esta loja sirva como um espao efectivo de apoio s pessoas que precisam, disse.

    Segundo Rui Castelhano, a nova loja solidria surge numa altura em que h

    um aumento muito grande de pedidos de ajuda por parte das famlias, que enfrentam dificuldades para suportar a aquisio de produtos bsicos como roupas, alimentao ou produtos de limpeza. O autarca apelou s associa-es e comunidade para que dem este gnero de bens, para fazer face

    s necessidades das famlias que mais precisam nesta altura de crise.

    Presente na inaugurao, o presi-dente da Cmara de Sintra sublinhou que em tempos de crise a populao deve centrar-se na ajuda ao prximo.

    No meio das crises vem o sentido de vizinhana, de dar a mo. Com esta loja

    estamos a voltar ao tempo dos vizinhos. Espero que este seja um espao aberto, de vizinhana, disse Fernando Seara.

    Alm de roupa, alimentos e brin-quedos, a Junta de Freguesia apela doao de cabides, dado que os exis-tentes no so suficientes para colocar a roupa que recolheu. REDACO

    agualva - cacm

    JRdesacatos junto esquadra da PSPSociedade. Um grupo de sete homens tentou invadir a esquadra da PSP de Agualva-Cacm a 27 de Novembro. O grupo tentou resgatar um homem que tinha sido detido horas antes, chegando a agredir um agente de autoridade.

    Fonte da PSP adiantou ao Cor-reio de Sintra que esta auto-ridade policial deteve um homem na Rua Cidade de Madrid,

    em Agualva, por este ter agrido a soco um agente que o estava a revistar. O homem, que tinha ante-cedentes criminais, foi transpor-tado para a esquadra da PSP.

    H uma primeira deteno de um homem que j tinha antece-dentes por agresses a polcias. Entretanto, esse homem estava com uns amigos, que se deslo-caram para a esquadra e come-aram a confrontar o pessoal que estava porta e que no os deixou

    entrar, disse.O grupo e os agentes da polcia

    envolveram-se e um dos homens ter agredido um agente. Entre-tanto fugiram para um jardim que est em frente esquadra e come-aram a mandar pedras. Acertaram numa viatura e provocaram alguns danos. Os agentes perseguiram os homens que acabaram por conse-guir fugir, disse.

    Segundo a fonte, ao contrrio do que foi noticiado noutros rgos de

    comunicao social, no chegou a haver invaso da esquadra. Nin-gum conseguiu entrar. Tentaram, mas no conseguiram, disse.

    Os dois homens ficaram detidos durante essa noite e foram notifi-cados para se apresentarem em tribunal. Um deles foi a tribunal, enquanto que o outro no compa-receu. Agora, passou a inqurito e vo ser julgados, disse a fonte poli-cial.

    REDACO

    Espao fornece roupa e brinquedos a famlias carenciadas. Fernando Seara inaugurou a loja.

  • 14 Correio de Sintra 8 de Dezembro de 2011

    OpinioQueluz - belascomerciantes contestaram alterao de horrios dos estabelecimentos mas muitos moradores aplaudem deciso Sociedade. Comerciantes e moradores da Quinta das Flores esto de costas voltadas. A cmara alterou o horrio de funcionamento de cafs da zona, das 24:00 para as 22:00, devido a queixas de moradores que reclamam de rudo, durante a noite, provocado por clientes dos estabelecimentos.

    A 1 de dezembro, trs dezenas de comerciantes e mora-dores da urbanizao mani-festaram-se em protesto contra a reduo do horrio de funciona-mento de vrios estabelecimentos. Os comerciantes colocaram vrias faixas negras junto aos estabeleci-mentos, afirmando que a reduo de horrios vai pr em causa vrios postos de trabalho. Apesar de o pro-testo ter iniciado s 15:00, cerca de vinte minutos depois do seu incio os comerciantes retiraram as faixas. Houve presso para acabar com o protesto, disse um dos comer-ciantes.

    Os proprietrios dos estabeleci-mentos referem que esta deciso ter surgido devido a queixas de moradores relativamente ao esta-cionamento em segunda fila e a barulho durante a noite.

    Somos obrigados a fechar s 22:00 e isso vai ter consequncias ao nvel da reduo de postos de tra-balho. Fomos notificados a semana passada e j h comerciantes a fechar portas, garante o proprietrio de um dos cafs, Jorge Gomes.

    Outro comerciante, Rui Rolo, lamentou a deciso da autarquia, considerando que devido a esta medida j tem uma quebra substan-

    cial de faturao.O meu caf tem um conceito

    ligado ao desporto. A meio de um jogo de futebol tenho que pedir aos clientes para irem embora para no apanhar nenhuma multa. Ainda esta semana houve um Benfica-Sporting e tive que dizer aos clientes para no virem ver o jogo, disse.

    Mas as opinies dos moradores dividem-se. Uns afirmam que a urba-nizao mais segura com a pre-sena de pessoas nas ruas, enquanto outros afirmam que o rudo provo-cado por estes estabelecimentos os impede de descansar.

    H sempre bastante barulho aqui. A questo que quando os clientes saem dos cafs fazem muito barulho e impede-nos de descansar, disse um dos moradores, solicitando ano-nimato.

    Desde que passaram a fechar os cafs mais cedo j conseguimos des-cansar. J no temos ouvido as buzi-nadelas das pessoas que querem tirar os carros dos estacionamentos e no se ouve pessoas embriagadas na rua, disse outro morador.

    J Marta Dinis, moradora, garante que os cafs representam que o bairro tem vida e afastam pessoas mais indesejveis da zona.

    Segundo o vereador da autar-quia de Sintra com o pelouro das Actividades Econmicas, por norma a reduo de horrio de funciona-mento dos estabelecimentos devem-se a rudo e a queixas de mora-dores.

    No tenho este caso de memria, mas s optamos por estas decises depois de ouvirmos quer as juntas de freguesia quer a PSP, adiantou.

    Joaquim Reis

    Comerciantes e alguns moradores protestaram a 1 de Dezembro.

    JR

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    Comerciantes colocaram faixas em volta dos estabelecimentos.

  • 158 de Dezembro de 2011

    Um dia destes, em Sintra, dei por falta do ecoponto que costuma estar estacionado na rotunda junto ao Museu de Arte Moderna. Convenci-me de que os servios competentes tinham finalmente decidido corrigir a fisio-nomia de uma das principais entradas da Vila Patrimnio Mundial. Enganei-me.

    Dias depois, o monumento foi devolvido ao seu lugar, garantindo que quem vem do Lourel ou da zona das praias vai continuar a esbarrar no lixo.

    No sei se h alguma relao entre este desaparecimento temporrio e um evento que decorreu na mesma altura, a vinda de Passos Coelho e Duro Barroso ao CC Olga de Cadaval para encerrar uma conferncia da UNESCO. O facto das imediaes do recinto terem sido excessivamente policiadas naquele dia (com direito, at, a co que fareja bombas), talvez ajude a explicar o fenmeno.

    Os que se julgam poderosos andam ner-vosos com os efeitos colaterais das medidas que implementam. No toa que o Minis-trio da Administrao Interna no foi atin-gido pelo corte oramental generalizado que afectou as restantes reas da governao, especialmente aquelas que esto relacio-nadas com a poltica social.

    Este estado de ansiedade tambm se pode pressentir pela actuao da polcia de choque nos piquetes sindicais na Greve Geral ou pelo vergonhoso comportamento de agentes paisana, infiltrados, provocando desacatos nas manifestaes do dia da greve

    ou naquela que os indignados realizaram a 15 de Outubro.

    Estes casos, e apesar dos abusos poli-ciais, resultaram no falhano da estratgia de procurar desviar a ateno das razes da luta, para enfraquec-la, e da tentativa de causar agitao para justificar a represso. No entanto, ficmos j a saber ao que vem a maioria que hoje (des)governa o pas e que, perante a ameaa, teremos de ser ainda mais intransigentes com a defesa da liberdade.

    IINo h dia de semana que seja dife-

    rente: de madrugada, bem cedo, comeam a formar-se filas porta do Centro de Emprego

    de Sintra, que no param de crescer at hora de abertura. Esta a imagem que ilustra um pas que est a ficar pobre e sem res-postas para o crescente desemprego e para a agudizao da crise.

    Os responsveis pela situao a que che-gmos os partidos da TROIKA, os banqueiros e quem vive da explorao do trabalho da grande maioria da populao, continuam a insistir nas mesmas solues de austeridade

    e de empobrecimento, que iro arrastar a economia para o abismo e criar mais dificul-dades populao. O que se passa na Grcia e na Irlanda mostra que o caminho escolhido est errado.

    Diz-se que quem, como eu, crtico destas escolhas nunca apresenta solues. No verdade e a recente discusso do Ora-mento de Estado para 2012 veio comprov-lo. O Bloco apresentou propostas para res-ponder crise, gerar receitas atravs do com-bate ao desperdcio e da taxao dos ricos

    e dos seus negcios. A sua aplicao per-mitiria receitas para evitar o corte nos sub-sdios e nos salrios, dinamizar o emprego, a economia e a poltica social. Todas as pro-postas foram chumbadas, porque PSD e CDS no querem responder crise pelo lado dos que a sofrem mas sim aproveitar a oportuni-dade para mudar as regras do jogo em favor de quem domina. E o PS, com a sua tmida absteno, vai atrs.

    IIINum dia de temporal, em frente ao Museu

    de Arte Moderna, uma rvore caiu em cima de uma viatura. Danos materiais, um grande susto e menos uma rvore em zona urbana. Ao lado da rvore que caiu, ficaram duas em p, que foram prontamente podadas. Uma daquelas podas de que a Cmara de Sintra se devia envergonhar, pois levam tudo menos o tronco. Estas trs rvores no foram cui-dadas durante anos, mas depois do acidente, as sobrantes foram condenadas a um futuro incerto.

    Este no um exemplo isolado. Dezenas de podas e abates pouco justificados tm vindo a acontecer no Concelho ao longo das ltimas semanas. Apesar das podas estarem a ser feitas no tempo certo no Outono, quando no tm folhas nem pssaros jovens, a tcnica de desbaste total, conhecida por atarraque, continua a ser usada. Alm de fra-gilizar as rvores, esta prtica desneces-sria e esteticamente condenvel.

    Andr Beja - Bloco de Esquerda

    trs histrias da minha rua

    ...o Ministrio da Administrao Interna no foi atingido pelo corte oramental generalizado...

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    tribunatribuna

    no rumo, super mrio?Mrio Soares, o grande estadista

    escreveu um livro. Como se sabe tambm teve filhos e de certeza que tambm plantou uma rvore. Estou ento a falar de um homem, homem este que, como estava a dizer, escreveu um livro intitulado um poltico assume-se.

    Assumo com sinceridade a minha total indiferena famlia Soares. Quando estes, atravs do grande super Mrio, assinam peties a pedir um novo rumo na poltica. Qual canali-zador reformado, este super heri foi o mesmo que nos deu os cogumelos para esta sociedade portuguesa ter andado anos a viver numa trip, com alucinaes de vacas gordas no cu e na terra, enormes tetas de leite, que na verdade continuam a ser sempre os mesmos que a sugam.

    Passados todos estes anos os efeitos do cido acabaram e vemos a realidade nua e crua, as vacas de to magras morreram e deixaram apenas esqueletos.

    Um poltico assume-se perante o eleitorado, de uma maneira terna e sria. Assume-se perante o seu circulo de amigos como mais um que desvia e mente. Assume-se para si mesmo, como um homem justo que sabe o mundo onde vive. Um mundo onde ter

    poder fazer de tudo para o manter.Super Mario, heri do 25 de Abril,

    quer mudar um rumo poltico que ele prprio ajudou a criar, ser que vou cair nessa? Olhe que no, olhe que no...

    Vasco duarteHomens da Luta - Falncio

    New Look: Um ano a cuidar do seu cabelo

    O salo de cabeleireiro New Look est de parabns. A completar um ano de idade, o espao acolhedor oferece aos clientes um vasto leque de produtos e servios convencio-nais, desde o corte forma, pas-sando pelas vrias opes de colo-rao, com o objectivo de dar res-posta s diversas necessidades que os cabelos apresentam.

    Sempre a pensar nas necessi-dades dos clientes, o espao coloca ao seu dispor um amplo servio de cabeleireiro, manicure, pedicure, esttica, massagens e tratamentos de corpo e rosto, tudo a preos com-petitivos e acessveis. Queremos tornar este espao num salo de prestgio no concelho de Sintra. Para tal, garantimos um servio de qua-lidade, tratamento especial, bom atendimento e preos econmicos, diz Pedro Rodrigues, proprietrio do

    espao.O salo de cabeleireiro New Look

    garante um servio com rigor, serie-dade e simpatia, disponibilizando ainda uma vasta diversidade de pro-dutos de qualidade, seleccionados de forma reflectida e criteriosa, para assegurar um resultado rpido e eficaz.

    Porque cuidar dos cabelos cuidar de uma parte importantes de ns estes reflectem a nossa indi-vidualidade, atitude e personalidade - o espao foi criado com a preocu-pao de fazer a diferena, no s na esttica mas tambm na mudana de pequenos hbitos dirios, resul-tando na melhoria do bem-estar e qualidade de vida dos clientes.

    O salo de cabeleireiro New Look fica situado na Rua D. Maria II, n. 12, 2735-293, Cacm.

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