correio de sintra n.º 2

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Edição de 16 de Março de 2010.

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www.correiodesintra.net

Correio de SintraQuinzenrio 16 de Maro de 2010 n. 2 GRATUITO

Director: Joaquim Reis

Feira na Tapada continua ilegalConcelho, 4

A cultura no so s os castelosANIVERSRIO. A expresso do presidente da Alagamares, Fernando Morais Gomes, entrevistado pelo Correio de Sintra no quinto aniversrio desta associao. Concelho, 6

JOAQUIM REIS

Comunidade escolar rejeita ser causa do suicdio de professorEDUCAO. Professores, pais e alunos da Escola Bsica 2.3 de Fitares, em Rio de Mouro, esto indignados com a alegada relao de uma turma com o suicdio de um professor. Concelho, 10

Bombeiros de Agualva ampliam quartel e pedem mais meiosQUARTEL. Depois de arrumar as contas, os Bombeiros de AgualvaCacm preparam-se para aumentar as instalaes. Agualva, 13

Somam-se as queixas de abandono do centro histrico de SintraMoradores e comerciantes da vila velha de Sintra denunciam o estado de abandono do centro histrico e reclamam por uma interveno urgente ao nvel da recuperao urbana. Concelho, 5

SuplementoNotcias de Colares e entrevista ao presidente da junta.Pg. 13

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Sintra um mundo verde espera de uma visita ao Palcio da Pena, Quinta da Regaleira, ao Palcio da Vila ou ao Castelo dos Mouros. Para uns, uma visita de Domingo, para apreciar o ar puro e comer uma queijada, ou um travesseiro, em famlia. Para outros um local de passagem, depois de uma visita a Lisboa, para ir pernoitar em Cascais ou em Oeiras. Mas Sintra muito mais que a sua vila. Tem as praias, tem a zona saloia, locais onde ainda hoje existem as mais antigas tradies de um povo que vive no local mais ocidental da Europa. E cuja vontade de conhecer o desconhecido fez abrir horizontes e descobrir o mundo. E de Sintra se viam passar os barcos em direco s ndias. E de Sintra partem hoje milhares de pessoas todos os dias para trabalhar em Lisboa. Outros, em menor nmero, vm de outros concelhos para Sintra. E os que a visitam pela primeira vez encontram um mundo romntico descoberto por Lord Byron, Ea de Queirs e muitos outros. E apaixonam-se. E porventura, segunda visita reparam que Sintra muito mais que vila. uma espcie de melting pot de gentes dos mais variados pontos do mundo. Olhar para o concelho de Sintra e ver que nele existem duas cidades (Queluz e Agualva-Cacm) e uma freguesia (Algueiro-Mem Martins) maior que muitas cidades de Portugal, perdidas em tantas outras paisagens dispersas e freguesias longnquas, lembra-nos que foi, e tem sido, fruto de discusso uma eventual diviso do concelho em dois, e por vezes, em trs. Politicamente o assunto j arrefeceu, embora alguns autarcas vejam com bons olhos essa diviso. Porque Sintra diferente de Massam, ou de Agualva, ou de Belas. A identidade dos sintrenses diverge consoante o local onde residem. Se na vila e na zona saloia a identidade e xao terra grande, em locais de maior malha urbana essa identidade esvai-se. Porque nos ltimos quinze anos o municpio cresceu e trouxe mais de 200 mil pessoas para o concelho. Mas Sintra hoje nalista da iniciativa 7 maravilhas Naturais de Portugal. E todos os sintrenses, os de Colares, os de Massam, os de So Marcos, querem que a bela vila garanta o seu lugar no pdio. Assim haja vontade para parar a degradao do centro histrico.

Em meados de Janeiro, parte das terras sobranceiras ao estacionamento da Praia Grande, junto ao restaurante Angra, cederam e quase ocuparam uma faixa de rodagem. Dois meses depois, o quiosque que escapou ao aluimento continua a funcionar e os visitantes estacionam descansados nos lugares onde todos os dias caem pedras e pedaos de terra. Segundo a proprietria do quiosque, at agora no apareceu nenhuma autoridade de proteco civil a colocar qualquer tipo de aviso de perigo.

Quinzena

4. Hospital adiadoBloco de Esquerda lamenta mais um adiamento do novo hospital de Sintra e acusa o PS, PSD e CDS de chumbar a proposta de incluso em PIDDAC da verba para a construo desta infraestrutura em 2010. O BE lamenta tambm a recusa de novos centros de sade, bem como para a abertura de uma delegao do IEFP no eixo Cacm/Queluz e requalicao da ponte pedonal que cruza a linha de comboio na Portela de Sintra.

5. Crticas do PSO PS questiona a Cmara sobre o novo impasse na construo do hospital de Sintra. Os socialistas entendem que a inexistncia deste equipamento de sade deve-se inrcia e falta de empenhamento da Coligao Mais Sintra PSD/CDS/PP. Os socialistas recordam decises de 2001 e acusam o Executivo de adiar sistematicamente a resoluo de um problema que afecta negativamente os sintrenses no acesso aos cuidados de sade.

8. Dia da MulherAs juntas de freguesia assinalaram o Dia Internacional da Mulher. Agualva promoveu o colquio Emancipao da Mulher Desaos actuais, que contou com a presena da jurista Maria Jos Nogueira Pinto e da actriz Cludia Semedo. Monte Abrao, em parceria com o JOMA, promoveu a 1 caminhada da Mulher, iniciativa juntou quatrocentas pessoas, na maioria mulheres.

9. AlagamaresDia do quinto aniversrio da Alagamares - Associao Cultural. Em entrevista ao Correio de Sintra, o presidente Fernando Morais Gomes fala do passado e do futuro da associao e do panorama cultural de Sintra. Entrevista na pgina 6.

10. Feira na TapadaO executivo camarrio decidiu por unanimiadade autorizar a realizao de uma feira na freguesia de Algueiro-Mem Martins, na Tapada das Mercs, com a periodicidade semanal, aos Sbados, entre as 7h e as 13 horas, na parcela de terreno anexa Rua Padre Alberto Neto. Mas este espao s cumprir a Lei a partir de Abril. Ver pgina 4.

Ficha Tcnica Director: Joaquim Reis Periodicidade: Quinzenal Propriedade: Raz da Palavra, Lda. Praceta Carlos Pinho, 11 - Loja A 2725-252 Mem Martins Tiragem: 55000 exemplares

Registo ERC: (em registo) Registo INPI: 461778 NIF: 508982545 Depsito Legal: 307601/10 Impresso: Grca Funchalense - Pro Pinheiro site: www.correiodesintra.net blog: correiodesintra.blogspot.com

Redaco: Praceta Carlos Pinho, 11 - Loja A 2725-252 Mem Martins Telefone: 211 555 478 Fax: 219 209 067 email: [email protected] Redaco: Lus Galro, Ventura Saraiva (Editor de Desporto) Fotograa: Joaquim Reis, Jos Correia, Lus Galro

Colaborao: Baptista Alves, Ftima Campos, Lino Ramos, Pedro Primo Figueiredo Servios Administrativos: Jorge Pelicano Concepo Grca: Raz da Palavra Equipa Grca: Ana Costa, Lus Galro Direco Comercial: Tnia Tracana Equipa Comercial: Cristina Martins, Paula Santos, Nuno Marques, Mariana Arajo

LUS GALRO

Editorial

2 Correio de Sintra

16 de Maro de 2010

Salta vista...

A abrir

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Concelho

4 Correio de Sintra

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Concelho

Feira ilegal continua a realizar-se na Tapada das Mercs vista das autoridadesa provocar a revolta dos pais da Escola Alberta Meneres. O presidente da Associao de Pais, Jos Cnica, garantiu ao Correio de Sintra que os pais vo fazer tudo para que a feira no se realize em dias de aulas junto ao estabelecimento. No queremos aqui a feira s quartas porque no tem condies para estar junto a uma escola, uma vez que nem os pais podem parar o carro para deixar os lhos, nem os professores tm lugar onde estacionar, disse. No estamos descansados com a feira ali. Traz mais barulho e altera quer o ambiente da escola quer o sistema de segurana porque as crianas podem ser facilmente interpeladas por estranhos que apaream por l e que passam mais despercebidos havendo ali uma feira, acrescenta Jos Cnica. Os pais prometem fazer diligncias junto da PSP: A feira tem estado a ser realizada ilegalmente perante o olhar da polcia que no fez nada para impedir a sua realizao. Os encarregados de educao que no se opem realizao da feira aos sbados lamentam que entidades como a Junta de Freguesia de Algueiro-Mem Martins e Cmara de Sintra, no tenham dado ouvidos s suas preocupaes. Quando reunimos o conselho transitrio da escola, h um ano, o presidente da Junta perguntou-nos o que que achvamos de se colocar aqui uma feira. Ns dissemos que no e passadas duas semanas j estavam a preparar este terreno para trazer a feira. Mais tarde sempre nos garantiram que s quartas no realizavam aqui a feira mas continuou sempre a haver, desabafou o responsvel. Questionado pelo Correio de Sintra, Francisco Saramago, adiantou que se calhar os pais tm alguma razo, mas est acordado entre feirantes que apenas os vendedores de frutas e legumes se vo colocar junto ao estabelecimento de ensino. Joaquim ReisPUB JOAQUIM REIS

As feiras de Fanares e da Capela esto suspensas desde Janeiro, mas continuam a realizar-se margem da lei na Tapada das Mercs

Tapada. Continua a polmica em volta da suspenso das feiras da Capela e Fanares, em AlgueiroMem Martins. O novo local disponibilizado continua sem ter as condies exigidas pela nova lei que tutela esta rea. A vereao da autarquia com o pelouro das Feiras e Mercados garante que a feira s estar legal a partir de 23 de Abril, depois do leilo dos lugares de venda e da publicao de um novo edital camarrio.Depois de um acordo entre a Cmara e a Associao de Feirantes que garantiu quinze dias sem montar as bancas de venda na Tapada das Mercs, os feirantes voltaram quele espao no passado sbado, 13 de Maro. Centenas de vendedores esgotaramPUB

o recinto destinado realizao da feira e montaram as bancas ao longo da estrada que termina em frente estao de comboios. A PSP fez vista grossa e a feira voltou a realizar-se ilegalmente, uma vez que se mantm o edital publicado pela autarquia que ordenava a suspenso das feiras a partir de 1 de Janeiro. Perante a falta de espao na Tapada, os vendedores da feira da Capela voltaram a realizar a feira nesse local. No entanto o executivo da autarquia aprovou na ltima reunio de cmara que o espao destinado feira ser mesmo o da Tapada. De fora parece estar o presidente da Junta de Freguesia de Algueiro-Mem Martins, que adiantou ao Correio de Sintra, que a responsabilidade neste momento est do lado da Cmara. As feiras so um negcio que no interessa s juntas. Funcionamos quase como

funcionrios da cmara. Cobramos as taxas e entregamo-las cmara, que depois decide quanto nos d, garante.

Espao no acomoda todos os feirantesA falta de espao na Tapada das Mercs tem provocado tenso entre os prprios feirantes. Francisco Saramago, presidente da Associao de Feirantes do Distrito de Lisboa, teve bastantes diculdades para fazer a marcao de lugares na passada quinta-feira, 12 de Maro, onde teve que efectuar estas marcaes durante a noite. Foi atribulado. H um ms tnhamos uma lista com 132 feirantes e agora parece que j vai em 317. De qualquer das maneiras s marquei 132 e os outros cam espera, disse o responsvel. Os vendedores pretendem realizar as feiras s quartas, situao que est

Concelho

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Centro histrico de Sintra denha espera de recuperaoPatrimnio. Um grupo de comerciantes e moradores do centro histrico de Sintra decidiu axar cartazes de denncia em alguns edifcios degradados. Queremos contagiar as pessoas para este lugar nico, explica Vtor Marques, um dos Amigos da Vila Velha. O movimento informal, mas promete continuar a denunciar no terreno e na internet o que no vai bem na vila.Numa altura em que a Paisagem Cultural de Sintra nalista da iniciativa 7 Maravilhas Naturais de Portugal, o proprietrio do caf Cantinho do Lord Byron queixa-se que h anos que ningum toma conta do centro histrico. H um jogo do empurra. A junta de freguesia diz que no tem competncias. A Cmara prometeu uma Sociedade de Reabilitao Urbana (SRU), mas anda a falar nisso h anos, e ns que c vivemos e trabalhamos somos os que temos menos fora, lamenta. Alm do problema da degradao dos edifcios, Vtor Marques aponta a falta de estacionamento e de iluminao. A melhor soluo seria explorar melhor a Volta do Duche, mas no venham com ideias de pr o estacionamento longe daqui, porque os parques perifricos s resultariam se fosse uma coisa muito bem feita, avisa. A queixa de falta de iluminao repetida no espao Maggies Tea Spot, situado na rua Costa do Castelo. No inverno fechamos mais cedo e no vamos despejar o lixo tarde porque est escuro, conta Ana Margarida, que lamenta a incapacidade da Cmara. Reclamei e vieram c uns engenheiros tirar fotos, mas disseram que no podem colocar iluminao porque os candeeiros esto obsoletos e uma grande confuso fazer qualquer coisa devido ao Patrimnio da Humanidade. Outra queixa o abandono do hospital da vila, encerrado h anos aps obras de remodelao. uma vergonha. Prometeram-nos um hospital na Portela e um centro de sade aqui, mas at hoje nada., diz Vtor Marques, que durante anos foi o nico comerciante na Serra. Vendia postais porta do Castelo, recorda. Ao m de quase 30 anos, o balano parcialmente positivo. No incio ramos os tontinhos do patrimnio e ningum nos ligava. Depois criou-se a Parques de Sintra Montes da Lua, embora com alguns erros, mas foi positivo. Pelo menos na serra h futuro, enquanto no centro histrico no. HLUS GALRO

Os sinais de degradao so notrios no centro histrico e na zona tampo classicada pela Unesco

quem diga que h uma ma que quer que os turistas vo dormir a Oeiras e Cascais. Porque l que esto os hotis, os hospitais e o estacionamento, diz.

A vila velha precisa de uma entidade gestoraO comerciante pede mais amor por esta terra nica e defende um rgo prprio que oua os habitantes. O presidente da Cmara tem de olhar mais por esta causa, apela. A ideia de uma gesto independente partilhada por Joo Cachado, autor do blogue Sintra do Avesso. Devamos ter uma autoridade gestora desta rea to especial, autnoma, que tenha capacidade de interveno no terreno, porque a recuperao uma obra enorme. Para este professor aposentado, no faltam problemas na vila: h demasiada burocracia que faz perder a pacincia aos proprietrios, faltam esgotos e condies para os trens, a sinalizao deciente, e est por resolver o problema do estacionamento, diz. Outra falha a explorao hipcrita do conceito Sintra Romntica, acusa. Os caminhos entre as quintas, esses sim romnticos, esto degradados. Ningum quer alcatro-los, mas tm de ter condies para os turistas porque tambm fazem parte do centro histrico, arma. Para isso preciso reunir com os proprietrios, limpar os baldios, colocar placas de interpretao do patrimnio. Outra sugesto passa pela explorao da vertente religiosa da vila. Temos patrimnio rabe, muulmano e a judi-

aria. um exemplo raro, semelhana de Toledo, que deveria ser valorizado, reclama. Mas para reabilitar preciso resolver casos como o do Hotel Neto. escandaloso o estado de abandono do edifcio e uma declarao de incompetncia geracional. No se admite que a Cmara no resolva aquela situao com a sua propalada inuncia, diz. Quanto SRU, Joo Cachado espera que no seja um libi para o adiamento da necessria interveno. Enquanto a SRU no avana, o centro histrico est a denhar, lamenta

Classicao da Unesco no est ameaadaA degradao do patrimnio e a falta de estacionamento so problemas a resolver mas no ameaam, ainda, a classicao de Patrimnio da Humanidade atribuda pela Unesco Paisagem Cultural de Sintra. O presidente da Alagamares reuniu h poucas semanas com tcnicos desta organizao e arma que no h esse perigo, apesar de haver coisas para resolver. Os peritos viram que as coisas esto a andar, sobretudo no mbito da Monte da Lua. Quanto reabilitao do centro histrico as coisas esto paradas, no se tem l visto nada. Fala-se muito, mas no se partiu para nenhuma soluo, lamenta Fernando Morais Gomes.

tambm Fernando Morais Gomes, presidente da associao Alagamares. A vila velha o ex-lbris de Sintra, mas sinto que aquilo est tudo morto. O comrcio denha, o patrimnio est ao abandono. A imagem do que o centro histrico o telhado do caf Paris que est a cair h anos, relata. Este caso, assegura, seria impensvel em qualquer stio do mundo que tivesse um patrimnio como o de Sintra. A Cmara tem poderes para chegar l e impor obras ou faz-las. Gasta-se dinheiro em tanta coisa, como a Quinta do Relgio, no sei para qu, como que no se fazem estas intervenes?, questiona. A vida tambm no fcil para os quase 300 moradores. Quando querem fazer obras tm imensos problemas. Devia de haver um gabinete que fosse ter com as pessoas, que sugerisse intervenes. No pode continuar esta postura da administrao pblica de car espera das pessoas para depois levantar entraves, defende Fernando Morais Gomes. Quanto ao estacionamento, este dirigente no tem dvidas. Tem de acabar esta coisa de querer ir comprar travesseiros de carro, deixando-o porta com os piscas. Quem viaja por outros centros histricos sabe que tem de andar a p, e ningum se queixa, arma. Apesar dos pedidos do Correio de Sintra, a Cmara Municipal no quis esclarecer qual a situao actual da Sociedade de Reabilitao Urbana, uma entidade criada em 2005, cujos estatutos foram aprovados em 2008, mas que ainda no saiu do papel. Lus Galro

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Concelho

A Cmara tem de perceber que a cultura no so s os castelosEntrevista. O primeiro encontro h cinco anos juntou quarenta pessoas, mas hoje a Alagamares tem quase 320 associados e outras centenas de participantes nos eventos que organiza. O segredo est na vontade de espicaar os muncipes e as associaes que andam adormecidas e apticas. Mas sempre sem fundamentalismos, explica ao Correio de Sintra o presidente da Alagamares, Fernando Morais Gomes.Como nasceu a Alagamares? Eu e uns amigos vnhamos de uma assembleia-geral do Grupo Desportivo de Galamares onde constatmos que o modelo existente era demasiado formal. O dinheiro que existia servia para pagar obras e fazer a festa anual. E pensmos em criar uma associao mais virada para as questes de cultura, porque as Cmaras tm agendas muito prprias, na lgica das empresas municipais, mais de espectculo e menos para os msicos e actores que c vivem. ramos 40 e tal, hoje temos 320 scios, embora haja mais umas centenas de pessoas a participar nos eventos. O que vos distingue das outras associaes? H poucas associaes generalistas como a nossa e o que existe a nvel de teatro, dana, tudo muito fragmentado, apercebi-me disso atravs da Plataforna (ver texto). H dezenas de associaes que tm apenas trs ou quatro pessoas, mal chegam para os rgos sociais. E h muita falta de interiorizao sobre o que o associativismo hoje. Alguns projectos so mais empresas de organizao de eventos do que projectos de associativismo, que pressupem voluntariado e entrega. A vida associativa como havia h muitos anos acabou, e as associaes que ainda subsistem nesse padro esto decrpitas e tm os pavilhes s moscas. O dinamismo acabou, at porque os tempos so outros. O que trouxeram de novo ao panorama cultural? Fazemos eventos em reas onde no h muita actividade, excepto as iniciativas da Cmara. Temos os roteiros culturais, os encontros literrios, o encontro sobre histria de Sintra, os workshops. No so coisas necessariamente novas, mas so presentes e activas. Quando crimos a Alagamares no tivemos esse objectivo, mas o meio to carenciado que qualquer coisa que se

Se no quiseres ir so posso ir contigoJOAQUIM REIS

No temos motivaes polticas nem de protagonismos, assegura presidente da Alagamares

faa tem logo visibilidade, no porque queiramos aparecer nos jornais, porque fazemos as coisas para nosso prprio prazer. Quais so as vossas principais vertentes de trabalho? Por um lado, a defesa do patrimnio, rea em que temos as nossas causas, embora no estejamos c para partir a loia. Intervimos nas causas que tm razo de ser, como a questo do Chal da Condessa, em vez de andar a dizer mal de tudo e de todos e evitamos a politizao. Alis, essa uma preocupao desde o incio. Sabemos que poltica tudo, mas enquanto eu c estiver temos a preocupao de no nos deixarmos apanhar por nenhuma corrente poltica, e j houve tentativas de colagem. No temos motivaes polticas nem de protagonismos e temos pessoas de vrios partidos. Na direco somos uma equipa de sete elementos e reunimos quinzenalmente. Apesar disso tm encetado algumas intervenes, como a de Seteais... Sim, porque foi fechado um espao que pblico e tivemos de envolvernos, at porque existiam antecedentes histricos de protestos contra o fecho daquele espao. No somos fundamentalistas, mas as coisas que tm de ser ditas, so ditas. Que iniciativas destaca? Por um lado, as causas da defesa do patrimnio e da defesa da paisagem

cultural. Porque h o risco do beto chegar a Sintra e importante preservar a identidade. Depois, os eventos de divulgao da histria e da cultura, porque Sintra tem muita gente. Quais so os principais problemas da Paisagem Cultural de Sintra? A Natlia Correia costumava dizer que o problema do verbo a falta de verba. H muito para fazer ainda no centro histrico, onde h um denhar lento e no sinto que haja uma poltica proactiva de reabilitao. Pelo menos no visvel no terreno (ver pgina 5). A obra no Chalet Condessa est encaminhada? Est a andar, mas no com a rapidez que devia, porque as obras deveriam ter cado prontas em 2009, segundo o primeiro calendrio, e agora j s em 2012 e mesmo assim s para as fachadas. Como o vosso relacionamento com a empresa Parques de Sintra Monte da Lua? bom. Somos convidados para as reunies porque reconhecem o nosso trabalho. Mas isso no quer dizer que estejamos domesticados. H uma postura de dilogo, que diferente e importante. Ao nvel do Monte da Lua houve essa mudana. Ao nvel da Cmara, no. H falta de abertura da Cmara para as associaes?

A Cmara no procura ouvir as pessoas. Ns nunca fomos chamados nestes cinco anos. Ento como avaliam para a poltica cultural do municpio? No algo muito visvel, uma coisa pontual, muito por falta de dinheiro. H uma poltica do espectculo de visibilidade no Olga Cadaval, mas no sei se Sintra precisa dessa visibilidade. E h aquela velha postura de que ns que temos de l ir de chapu na mo. uma crtica Cmara? No critico as pessoas, mas a Cmara deve perceber que a cultura no so s os Castelos. Ningum se questiona como que um concelho com 450 mil habitantes e dezenas de associaes, no tem uma poltica de puxar pelas associaes. Devia haver alocao de espaos que esto subutilizados, com obrigao de um contrato-programa para espectculos, no apenas eventos para show-off, mas mobilizar as pessoas do sector criativo e dar-lhes condies, exigindo-lhes deveres. H espaos devolutos e os teatros no tm espaos prprios. O que podemos esperar em 2010? Temos alguns eventos importantes, como o centenrio da Repblica, com colquios no segundo semestre, e um conjunto de eventos sobre o Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza e a Excluso Social, rea em que iremos fazer algumas parcerias. Lus Galro

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ozinha,

O associativismo de hoje complicado porque as pessoas no se empenham muitoAlagamares. Fernando Morais Gomes explica o papel da associao na Plataforma de Associaes e Agentes Culturais de Sintra (PAACS) e aponta algumas das fragilidades dos agentes culturais do concelho, sobretudo a nvel logstico e nanceiro.numa pessoa ou duas pessoas. A PAACS pretende assegurar uma estrutura mnima que funcione para todos, como na formao, porque as pessoas no sabem como se dirige uma associao ou como se organiza um evento. H muito amadorismo e o associativismo de hoje complicado porque as pessoas no se empenham muito. Nesse cenrio, a PAACS um projecto pioneiro Sim, mas h desconanas. Tem de ser tudo gerido com pinas. Quisemos fazer um documento de poltica cultural na altura das eleies, mas no houve consenso. Apesar de no se citar nenhuma entidade, quem queria enava a carapua, as pessoas caram com medo que lhes cortassem o subsdio. Mas h essa dependncia? H, mesmo que ningum ameace, porque acho que o problema no se coloca, as pessoas tm aquele estigma de que se atacam perdem o subsdio. E h associaes que dependem muito dos subsdios, como os teatros, que trabalham o ano inteiro com os dinheiros das empresas municipais e da Cmara. E a Alagamares? Ns somos voluntrios e temos as nossas prosses, pelo que no temos esse problema. No estamos espera que nos dem nada nem nunca pedimos. Mesmo os eventos que zemos em parceria com a Cmara foram coisas que ns que tivemos de fazer quase tudo e a Cmara ainda nos cobrou o aluguer dos espaos. Apesar desses constrangimentos, como avalia a iniciativa? A PAACS um processo em curso que engloba mais de 20 associaes. A construo lenta porque se quer slida. H lgicas e percursos diferentes e algumas pessoas nem sabiam da existncia dos outros. Queremos dar apoio ao trabalho que h de comum, mas no se pretende ser uma super-associao nem apagar as identidades de cada membro, cada um com a sua agenda. L.G.PUB JOAQUIM REIS

Como surge o envolvimento da Alagamares na PAACS? Eu que sugeri a criao da PAACS, mas um trabalho complicado, porque temos que unir pessoas com historiais diferentes e que ainda esto a aprender o que se pretende. Est a caminhar e ainda h muito trabalho de sapa para fazer. E ainda no temos uma cultura de trabalhar em conjunto. O que falha no processo? H falta de articulao interna nas associaes, onde h por vezes falta de democracia e est tudo centralizado

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Pro Pinheiro celebra aniversrio com crise nos mrmoresLUS GALRO

Festa econmica no 22 aniversrioAs empresas de mrmores continuam a fechar e o desemprego a aumentar em Pro Pinheiro

Pro Pinheiro. A freguesia celebrou o seu aniversrio 22 numa das pocas mais negras desde a sua constituio. A indstria do mrmore da freguesia tem sido fortemente afectada pela crise a nvelPUB

nacional e internacional, especialmente na rea da construo imobiliria.Segundo Carlos Parreiras, a crise est cada vez mais acentuada em Pro Pinheiro. Est muito complicado.

Tm fechado muitas empresas e o desemprego continua a aumentar. Cada ms que passa tem sido pior. Face a um acordo que temos com o centro de emprego, os desempregados fazem as suas apresentaes quinzenais aqui na junta e noto que cada vez h mais, garante o autarca. Carlos Parreiras adianta que existem muitas famlias a passar necessidades, e que difcil perceber se passam fome. Como esta uma rea rural, onde todas as pessoas se conhecem, existe pobreza envergonhada porque as pessoas no dizem se precisam de ajuda. Mas por terceiros vamos cando conhecedores de que h muitas a passar diculdades. Quando detectamos que passam fome encaminhamo-las para o Centro Social, diz. Segundo a Associao Portuguesa dos Industriais de Mrmores, Granitos e Ramos Ans (ASSIMAGRA), em 2009 este sector empregava 20 mil trabalhadores, dos quais 3600 pertencem ao distrito de Lisboa. Joaquim Reis

A Freguesia de Pro Pinheiro assinalou o seu 22 aniversrio a 11 de Maro. Depois da alvorada assinalada s 8h, decorreu na Sociedade Filarmnica Recreativa de Pro Pinheiro um espectculo infantil. Na sexta-feira, s 21h, o grupo de msica popular Sons da terra, da Rinchoa, actuou na sede do Grupo Desportivo Recreativa de Quarteiras. Meia-hora depois teve inicio em Pro Pinheiro o colquio A verdade desportiva, com a presena de diversas personalidades do desporto nacional. Para terminar as festividades, no domingo, na Cortegaa, actuou o Grupo Desportivo de Sacotes, na sede do campo polidesportivo de Cortegaa. Uma hora depois Joana Cardoso animou a multido. Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Pro Pinheiro, Carlos Parreiras, as festas correram muito bem. Foram consentneas com o estado da economia. Foram pequenas, gastou-se pouco dinheiro, mas tiveram muita gente. E isso o mais importante, disse.

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Verdade desportiva ou a conversa da treta em Pro PinheiroVENTURA SARAIVA

Debate. A Sociedade Filarmnica de Pro Pinheiro recebeu no dia 12 algumas guras pblicas do desporto nacional que debateram A Verdade Desportiva, um colquio realizado no mbito de mais um aniversrio da freguesia de Pro Pinheiro, e cuja iniciativa constituiu o ponto alto das comemoraes.O comentador desportivo Rui Santos, autor de uma petio e de um movimento a favor da introduo das novas tecnologias, incluindo o recurso ao vdeo, durante um jogo de futebol, defendeu que no faz sentido que as pessoas tenham em casa mais meios para ajuizar um lance do que o rbitro em campo. Como tal, as recentes declaraes do presidente da FIFA, contrrio introduo de novas tecnologias no jogo, no passam de uma conversa da treta", diz. "Se o vosso clube ganhar com um lance irregular, vocs tambm so a favor da verdade desportiva?", perguntou Rui Santos, baseando-se em sondagens realizadas aos adeptos. De seguida, disse que em Portugal a mentalidade que reina no serve o ideal da verdade desportiva. As pessoas, a comear pelos dirigentes, gostam mais de ver o seu clube vencer do que ver bom futebol. Algo que preciso inverter, atravs da formao. Tambm o mdico Vtor Coelho, especialista em Medicina Desportiva, convidado para moderar o debate, adiantou tambm que cerca de setenta por cento dos atletas inquiridos admitiram que usariam substncias para melhorar o rendimento para alcanar uma medalha em grandes competies, mesmo sabendo que poderiam contrair o cancro. Ora esta mentalidade demonstra at onde pode ir a mentira, em vez da verdade desportiva.PUB PUB

Ex-jogadores e comendatores discutiram o conceito de verdade desportiva

Alm de Rui Santos, marcaram presena o antigo internacional do Benca, Antnio Simes, actual seleccionador nacional de sub-23, o rbitro Pedro Henriques, militar de carreira, e o antigo jogador do Sporting, Porto e Benca, Fernando Mendes, agora nas funes de treinador. Cada jogo era uma guerra que era preciso vencer a qualquer preo confessou sem meias palavras. Sobre o seu livro Jogo Sujo em que fala das experincias de doping, o ex-jogador admitiu ter sido criado esse esprito de ganhar a todo o custo muito por culpa da m formao dos dirigentes desportivos". Antnio Simes, contou algumas das suas experincias enquanto jogador nos Estados Unidos, um pas que procura valorizar a qualidade de qualquer espectculo desportivo, e onde foram introduzidas alteraes sistematicamente recusadas pela FIFA, a quem acusou de excesso de autoridade, e complexo de Poder de quem superintende o futebol no mundo.

Uma das intervenes mais pragmticas foi feita pelo rbitro Pedro Henriques. Defendeu que "o futebol precisa de alteraes nas regras de jogo, tal como outras modalidades j o zeram como tnis e o basquetebol - no sentido de atrair mais pblico aos estdios. E deu alguns exemplos: "mudar as regras do fora-de-jogo, criar os cantos curtos, lanamentos ao p, como no futsal, substituies volantes, o Time-Out, e o alargamento das balizas. Ainda estaremos todos vivos para ver estas alteraes", garantiu. Pedro Henriques ainda defensor da prossionalizao dos rbitros. S com a prossionalizao, os rbitros podero ter tempo e disponibilidade para treinar aquilo que devem treinar. No depois de sarem do emprego, como actualmente o fazem, quando deviam estar junto das famlias que tambm um factor importante de equilbrio. Ningum sofre mais com uma m arbitragem do que todos ns, sublinhou. Ventura Saraiva

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Concelho

Pais e professores recusam ideia de suicdio provocado por maus-tratosEducao. A alegada relao entre o suicdio de um professor da Escola Bsica 2.3 de Fitares, em Rio de Mouro, e casos de indisciplina de alunos est a indignar docentes e pais de alunos deste estabelecimento de ensino. Encarregados de educao e os docentes temem que este caso provoque traumas psicolgicos aos alunos, nomeadamente aos da turma 9B, turma acusada de ser a responsvel pelo suicdio do professor.A notcia de que um professor de educao musical da Escola Bsica 2.3 de Fitares se ter suicidado por ser alvo de gozo por parte dos alunos juntou a 12 de Maro pais e alunos porta da escola, indignados por verem os jovens envolvidos nesta situao. Ao chegar escola vi adolescentes muito revoltados. Os alunos do 9. B dizem que mentira, que no tiveram responsabilidades no suicdio doPUB JOAQUIM REIS

DREL abre inqurito mas admite fragilidade psicolgica do docenteA Direco Regional de Educao de Lisboa (DREL) j abriu um inqurito urgente para apurar se existe uma relao entre o suicdio do professor Lus Vaz do Carmo e actos de indisciplina por parte dos alunos. O director regional de Educao de Lisboa, Jos Joaquim Leito reuniu no dia 12 de Maro com os responsveis da escola, e garante que agora o principal salvaguardar os alunos. O responsvel considera o caso lamentvel, mas avana que do conhecimento geral que o professor de 51 anos apresentava uma fragilidade psicolgica h muito tempo.

Pais de alunos duvidam que professor se tenha suicidado por causa do 9B

professor, garante ao Correio de Sintra uma encarregada de educao. Esta me de um dos estudantes do 9B acredita que impossvel que o professor se tenha suicidado por causa dos alunos. Algum que pratica um acto destes tem que ter antecedentes. Ningum se suicida por causa de uma turma. Nunca ouvi falar de violncia nas aulas, diz. Tambm a Alfredo Lus, encarregado de educao de um dos alunos da EB 2.3 de Fitares lhe custa a acreditar que o suicdio do docente tenha como causa maus tratos por parte dos alunos. Deve haver mais coisas. Nesta escola h insegurana, como h noutras. H situaes de bullying com colegas do meu lho, e um deles levava tareias todos os dias.

que o professor seria alvo de gozo e de maus-tratos por parte dos alunos do 9B. Tambm sou professora de msica e nunca ouvi dizer que o professor era alvo de actos de indisciplina, gozo e maus-tratos. Ele nunca nos disse nada, Esta professora adiantou que a escola no tem casos de violncia, apenas as coisas normais.

Direco da Escola recusa comentar suicdioSegundo os jornais i e O Pblico, Lus Vaz do Carmo suicidou-se a 9 de Fevereiro, atirando-se da ponte 25 de Abril. O docente ter deixado no seu computador pessoal, um texto que armava: Se o meu destino sofrer, dando aulas a alunos que no me respeitam e me pem fora de mim, no tendo outras fontes de rendimento, a nica soluo apaziguadora ser o suicdio. De acordo com o i, um grupo de alunos do 9 ano insultavam o professor na aula e no recinto da escola. Estes problemas com o docente motivaram pelo menos sete participaes direco da escola. Mas os colegas e familiares do professor asseguram que a direco ignorou as denncias e no instaurou qualquer processo disciplinar aos alunos envolvidos, escreve ainda o jornal i. O Correio de Sintra tentou ouvir a directora da EB 2.3 de Fitares, mas at ao fecho desta edio esta responsvel esteve incontactvel. Joaquim Reis

Colegas falam em antecedentes de depresso porta da escola encontravam-se alguns docentes que adiantaram ao Correio de Sintra, sob anonimato que o professor de educao musical j apresentava antecedentes de depresso, recusando assim a associao do suicdio ao comportamento dos alunos. O professor estava com uma grande depresso. Estava a ter acompanhamento psicolgico e a escola fez tudo o que pde, garante um dos docentes. O mesmo professor armou que os alunos esto perturbados com esta notcia. Outra docente garante desconhecer

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Concelho

Sintra ajuda a Limpar PortugalAmbiente. No dia 20 de Maro vrias freguesias e associaes de Sintra vo participar na iniciativa Limpar Portugal, um movimento cvico que se prope a remover o lixo dos espaos verdes do concelho.O Projecto Limpar Portugal um movimento cvico que pretende, atravs da participao voluntria de pessoas e de entidades privadas e pblicas, promover a educao ambiental, removendo todo o lixo depositado nos espaos verdes. Com o apoio da Cmara de Sintra, as juntas de freguesia do concelho iro aderir a esta iniciativa, atravs do apoio logstico limpeza dos espaos escolhidos. O projecto tem mbito nacional e pretende juntar o maior nmero de voluntrios, ultrapassando j as 30 mil inscries, feitas atravs da pgina internet www.limparportugal. org. Em Sintra, est garantido o envolvimento de vrias juntas. Em Agualva, a autarquia quer participar activamente no projecto Limpar Portugal. Entre outras incitativas que pretende promover nesse

SnteseGNR efectua trs detenes no MucifalO Ncleo de Investigao Criminal (NIC) da GNR deteve a 3 de Maro dois homens, com 23 e 25 anos, por furtos a interior de residncias e estabelecimentos comerciais na zona de Colares.. Os detidos de nacionalidade estrangeira j se encontravam referenciados pela prtica deste tipo de crimes e foram detidos no Mucifal aps uma investigao policial que j durava h dois meses. As autoridades policiais realizaram trs buscas domicilirias, no cumprimento de mandados, onde foi possvel recuperar grande parte dos artigos que tinham sido furtados em Colares e Mucifal: dois televisores, uma moldura digital, um computador porttil, uma cmara de videovigilncia, uma carabina de ar comprimido, uma rplica de uma besta, uma pistola decorativa e cinco motosserras. A GNR est ainda a averiguar a provenincia de outros objectos suspeitos de terem sido furtados, como DVD, televisores, mquinas fotogrcas, electrodomsticos, computadores e ferramentas elctricas. Os detidos so suspeitos de se introduzir no interior das residncias e estabelecimentos comerciais atravs do mtodo de arrombamento de portas e janelas. Foi ainda constitudo arguido um terceiro homem, de 19 anos, estrangeiro, suspeito de recepcionar os objectos provenientes dos furtos.

mbito, a junta ir realizar a limpeza da Ribeira das Jardas. Pretendemos ser uma freguesia mais limpa e mais amiga do ambiente, justicam os autarcas. Monte Abrao e So Marcos tambm alinham na limpeza geral de dia 20 de Maro. As duas juntas de freguesia

Escola Gama Barros tambm adereA Escola Secundria Gama Barros vai comemorar com diversas actividades a chegada da Primavera no dia 20 de Maro, associando-se campanha Limpar Portugal. Os alunos vo plantar rvores no recinto e proceder a recolhas selectivas de Resduos Slidos Urbanos. A escola vai ter um posto de recepo de carto/papel, pilhas e tampinhas. Estas actividades demonstram a preocupao ambiental da escola que, a partir de 1 de Abril, vai contar com um Depositro e um Ponto Electro para recepo de Resduos de Equipamentos Elctricos e Electrnicos (REEE) avariados ou a funcionar. Ao longo do dia vai decorrer a celebrao do Renascer da Vida da Primavera onde vo ser tocados trinta tambores. A escola preparou uma exposio de veculos elctricos e apresentaes de energias renovveis, mobilidade sustentvel e certicao energtica de edifcios. As receitas das bancas de vendas e do pic-nic de produtos tpicos regionais vo ser reencaminhadas para a Eco-Lojinha de solidariedade. O dia termina com animaes e um jogo de futsal. Quem quiser promover alguma actividade ou participar nas que j esto previstas, deve contactar a escola ou a Junta de Freguesia do Cacm. PUB

solicitam o apoio da populao. Os voluntrios devem inscrever-se atravs das pginas internet das duas juntas ou em www.limparportugal.org. So Martinho outro dos participantes, neste caso com o apoio da Alagamares Associao Cultural. Os interessados devero estar s 8h30 de dia 20 na delegao da Junta de Freguesia de S.Martinho, na Vrzea de Sintra, a qual assegurar o transporte. Outra associao que aderiu iniciativa a Olho Vivo, que ir participar em 2 locais. Em Queluz, a associao pretende limpar a Quinta do Mirante, em conjunto com os Jovens do Meg@ctivo, a Escola Prof. Galopim de Carvalho e a Cooperativa O nosso Lar. O local de encontro a entrada da Escola Galopim de Carvalho, s 9h. O outro local a Serra da Carregueira, em Belas, onde a Olho Vivo ir limpar os moinhos. O encontro igualmente s 9h, no Largo de Belas, junto ao coreto e Junta de Freguesia. Mais informaes na pgina internet www.olho-vivo.org. L.G.

Escoteiros limpam fontanrioO grupo de Escoteiros Fraternidade NunAlvares de Algueiro Mem Martins (adultos) participou no dia 27 de Fevereiro numa aco de limpeza do fontanrio do Largo da Capela de Nossa Senhora da Natividade, ao lado da Sede do Mem Martins Sport Clube. Esta iniciativa foi autorizada pela Junta de Freguesia de Algueiro-Mem Martins e no total foram retirados cinco sacos de lixo de dentro do tanque. Com esta iniciativa o grupo seguiu a mxima de Baden Powell (fundador dos escuteiros) Deixa o mundo um pouco melhor do que o encontraste, e deixou o fontanrio como novo.

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Agualva-Cacm Bombeiros com maior actividade no concelho planeiam ampliaoSocorro. Os Bombeiros Voluntrios de Agualva-Cacm so o regimento com maior actividade do concelho. Em 2009 houve um acrscimo de servios que representou um saldo positivo de 134 mil euros de lucro, que permitiu o pagamento de dvidas antigas. Anualmente a direco da Associao Humanitria gasta 1,2 milhes de euros no pagamento de salrios de oitenta funcionrios, na sua maioria bombeiros.De passivo saldado e garantido o desafogo nanceiro da gesto, os bombeiros vo agora investir na ampliao do quartel, na aquisio de ambulncias e na implementao do servio SOS 24, projectos que a direco pretende ver dinamizados no segundo semestre de 2010. Em 2009 os bombeiros de Agualva-Cacm acorreram a 398 incndios, na sua maioria em habitaes, mas no transporte de doentes, que representaram 503 mil euros de receita, que a Associao Humanitria dos Bombeiros Voluntrios de Agualva-Cacm vai buscar muitas das verbas que, segundo o presidente da direco, Luis Silva, permitiram a liquidao de mais de 500 mil euros de passivo que encontrou aps vencer as polmicas eleies de 2008. No ano passado ganhmos nos servios clnicos 254 mil euros, nos servios desportivos e culturais, a piscina, 403 mil, e nos servios de explorao empresarial (o ginsio) 180 mil euros. Os vinte mil scios pagaram em quotas 230 mil euros, e os subsdios do Estado e do Governo Civil ascenderam aos 43 mil, e de outras entidades pblicas como a NPC e a cmara dePUB JOAQUIM REIS

Cidades

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Corporao precisa de novas viaturas de socorroA falta de viaturas, maioritariamente na rea de socorros urbanos, uma das maiores diculdades com que os bombeiros de Agualva-Cacm se deparam no dia-a-dia. Segundo o comandante, Lus Pimentel, enquanto que qualquer corpo de bombeiros do distrito tem duas a trs viaturas de combate a incndios urbanos, em Agualva-Cacm existe apenas uma, que neste momento tem que ser reparada. Tambm o veculo escada j tem 25 anos, est cansado, e tem toda a sua plenitude de trabalho s vezes constrangida porque tem que levar muitas reparaes e a prpria manuteno muito cara. No combate a incndios orestais tambm falta mais uma viatura, mas na rea de interveno e catstrofe que o comandante sente que existem lacunas a serem colmatadas. No h nenhum corpo de bombeiros neste municpio que tenha equipas especcas para esta rea. Existe, de facto, uma viatura num dos nossos corpos de bombeiros do concelho, mas eu gostaria de ter uma equipa para uma eventualidade. Cada vez mais estamos a ver que pode aparecer um sismo ou uma outra catstrofe e deveramos ter um mnimo de equipamento para trabalhar. J tentei sensibilizar algumas empresas daqui da rea e j nos ofertaram algum equipamento, mas falta-nos o principal que dinheiro para dar formao s pessoas e uma viatura com o equipamento apropriado, adianta.

O comandante Lus Pimentel sonha com uma viatura de interveno em catstrofe

Sintra tivemos 552 mil euros, garante Lus Silva.

Ampliao depende de candidatura ao QRENO prximo passo consiste em investir na ampliao do quartel de forma a dotar as instalaes com salas de sioterapia e mais consultrios mdicos. A realizao desta obra depende da aprovao da candidatura aos fundos comunitrios do Quadro de Referncia Estratgico Nacional (QREN), cuja comparticipao poder corresponder ao nanciamento de 70 por cento do valor total da empreitada, que ascende

a um milho e trezentos e cinquenta mil euros. At ao nal do ano a direco espera tambm desenvolver o servio SOS 24, um projecto que que permitir monitorizar idosos e decientes motores, atravs de uma voz amiga, disponvel a qualquer hora do dia. Este projecto est planeado para cem pessoas. Atravs de um equipamento receptor, os utentes vo estar ligados a ns. O objectivo avanar no ltimo semestre deste ano e instalar videovigilncia em vrias habitaes. Penso que este projecto vai ser bem recebido, at porque j temos muitos pedidos, garante o presidente Lus Silva. Joaquim Reis

JOAQUIM REIS

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Agualva-Cacm

Simulacro testa resposta a incndio na Escola Secundria de Ferreira DiasLUS GALRO

SnteseJunta de Agualva celebra Dia da MulherA Junta de Freguesia de Agualva quis, mais do que assinalar o Dia Internacional da Mulher, levar homens e mulheres a reectirem sobre o caminho percorrido e o caminho por percorrer pelas mulheres na sociedade. Para isso, realizou o Colquio Emancipao da Mulher Desaos actuais, que foi aberto por Rui castelhano, Presidente da Junta de Freguesia, e contou com a presena de Maria Jos Nogueira Pinto, jurista e poltica, Paula Simes, vereadora da Cmara de Sintra e Cludia Semedo, actriz e apresentadora de televiso e Sara Leito, vogal desta Junta. A iniciativa promoveu o dilogo, a troca de experincias, para alm de se reectir sobre as rotas que podero levar a mulher a continuar a evoluir e a marcar a diferena na sociedade enquanto prossional, me, esposa e individualidade activa em todas as questes actuais, avalia a Junta de Freguesia, que agradece a todos os que tornaram o Colquio um sucesso. [Fonte: JFA]

Bombeiros de Agualva-Cacm mobilizaram quatro viaturas e 12 bombeiros

Segurana. Se fosse a srio, a vtima da exploso ocorrida no laboratrio no se teria esquecido de aparecer, como aconteceu no simulacro realizado no dia 11 na Escola Secundria de Ferreira Dias. Dado tratar-se de um exerccio, esta e outras falhas serviram para testar a resposta da comunidade escolar e dos Bombeiros Voluntrios de Agualva-Cacm a um cenrio de incndio na maior escola do concelho.O simulacro foi preparado pelo Gabinete de Segurana Contra Riscos de Incndio da escola e realizou-se no nal dos dois turnos lectivos. Os incndios urbanos so uma das maiores ameaas que podem afectar os edifcios e os efeitos podem ser devastadores ao nvel material, mas acima de tudo ao nvel pessoal, pelo que prevenir PUB

o melhor remdio, justica o coordenador de segurana da escola. O primeiro exerccio comeou com uns minutos de atraso, s 12h10. Poucos minutos depois j a PSP estava a cortar a principal rua de acesso escola, num gesto criticado por alguns observadores. Um simulacro no pode ter a polcia uma hora antes a controlar o estacionamento. Aqui porta da escola costumam estar vrios carros mal estacionados e hoje no est c nenhum, revela um professor enquanto assiste ao exerccio. Segundo o docente, frequente haver las para entrar e sair da escola. Ao nal da tarde chegamos a demorar alguns minutos at conseguirmos sair com os carros do recinto da escola, conta, j perto das 12h18, hora a que se ouvem as primeiras sirenes. Com a estrada desimpedida por vrios agentes da PSP, as trs viaturas de combate a incndios, acompanhadas de uma ambulncia, no tm dicul-

dades em chegar e entrar na escola. Apenas um carro mal estacionado no interior do recinto condiciona as manobras de socorro. Os lugares esto marcados, mas h incumprimentos, como neste caso. Numa situao real, se houvesse prejuzo para a viatura, o dono seria o responsvel, explica a director da escola. Segundo Maria Leondia Cunha, o exerccio contribui para a cultura de segurana que todos devem ter. A Ferreira Dias, recorda, nunca teve acidentes preocupantes, pelo que o simulacro serve para treinar a atitude com que se enfrenta uma catstrofe. A directora admite, no entanto, que o trnsito no exterior da escola costuma estar mais complicado. pior pelas 18h20 quando os pais vm buscar os lhos, revela. No nal do primeiro exerccio, o balano era positivo. Tentmos aproximar-nos da realidade, procedendo normalmente sem pnicos, explica o comandante dos Bombeiros de Agualva-Cacm. Segundo Lus Pimentel, entre a recepo do alarme, s 12h15, e as primeiras operaes de socorro, s 12h25, decorreu o tempo normal num cenrio real. O bombeiro reconhece, no entanto, que se fosse a srio poderia haver problemas no trnsito. Numa situao normal no teramos a polcia a controlar as vias desta forma, pelo que no segundo simulacro tentaremos no ter esta vantagem, diz. Lus Pimentel salienta que a escola tem um plano de segurana muito bem feito, at em demasia em alguns pormenores, e que este tipo de simulacros serve sobretudo para treinar o pessoal e limar arestas. O exerccio contou com a mobilizao de 12 bombeiros, menos do que numa situao real, mas sucientes para tranquilizar neste dia os mais de dois mil alunos e 250 professores e funcionrios da Ferreira Dias. Lus Galro

EB1 Agualva n. 2 inaugura BibliotecaFoi inaugurada no dia 4 de Maro a Biblioteca da Escola EB1 Agualva N2, antiga Eb1N4 do Cacm. A cerimnia protocolar contou com a presena de alunos, pais, professores, e de individualidades como Marco Almeida, vice-presidente da Cmara Municipal de Sintra, Antnio Lus Canelas, presidente da Educa e Sara Leito, vogal da Junta de Freguesia de Agualva. No decorrer da inaugurao foram apresentados trabalhos desenvolvidos pelos alunos e professores da escola, com especial destaque para as peas musicais adaptadas a este acontecimento, declamao de poemas, e apresentao de lengalengas. O projecto da biblioteca nanciado pela Diviso de Educao da Cmara Municipal de Sintra. [Fonte: JFA]

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Junta quer mais turismo e mais alcatro na freguesiaEntrevista. Em 2005 aceitou dar os primeiros passos na poltica. Independente com o apoio da Coligao Mais Sintra (PSD e CDS-PP) Rui Franco dos Santos esteve treze anos na direco dos Bombeiros Voluntrios de Almoageme, onde ajudou a criar uma equipa de andebol no prossional. Antes de ser presidente da Junta de Freguesia de Colares, conduziu diariamente durante quatro anos dezenas de crianas no autocarro do Centro Social e Paroquial de Colares. Humilde, diz sentir-se orgulho por fazer poltica junto das pessoas.Como que v o turismo em Colares? Queria que houvesse mais. Devia-se explorar mais o turismo aqui porque temos as nossas praias e no fundo vemos os autocarros passarem em direco ao Cabo da Roca sem parar em Colares. Devia haver um circuito a percorrer a freguesia, um sonho que tenho. evidente que o Cabo da Roca importante, mas a freguesia tem muito para ver. Porque no fazer um circuito de comboio como feito na vila? Vir a Colares, ir s Azenhas do Mar, parar na praia das Mas, e depois seguir para o Cabo da Roca. Fazia-se duas vezes por semana e dinamizava-se a economia da freguesia. um sonho que persigo. Recentemente, a estrada em frente Junta cou alagada. Continua a existir perigo de cheias em Colares? Os problemas que temos so de guas que vm do Penedo, de Almoageme, que vm por dentro de uma quinta e quando zeram o saneamento foi obstruda uma parte da ribeira, que vem de cima e acaba no rio. J falei com a cmara, e h meses que no pra de chover e no vai ser nesta altura que vamos fazer esta interveno. QuandoPUB JOAQUIM REIS

Especial COLARES

Sabia que as rvores iam ser analisadas e que se alguma tiver que ser abatida, ser abatida. Havia aqui uma rvore que estava oca e cabia um homem l dentro. Podia cair e isso seria perigoso. Entretanto, todas as outras foram analisadas e eu sempre soube que no iam ser abatidas. As pessoas alarmaram-se. O prprio engenheiro disse-me que marcaram as rvores, com nmeros e agora diz que nunca mais faz isso por causa das pessoas se terem alarmado. Se olharmos para as rvores, e dada a altura delas, no me digam que elas no tm que ser podadas. Os troncos quanto mais altos forem, vergam e partem e esto sujeitos a matar algum. E depois de quem a responsabilidade? Tenho-me batido junto da Estradas de Portugal para a poda, porque da responsabilidade deles. Pensava que seria este ano, mas com este barulho todo, podaram as rvores somente at escola de Sarrazola e no zeram mais nada. Tambm no agora na primavera que o vo fazer e j no tenho esperana que o faam este ano. O que que o orgulha nesta freguesia? Toda a freguesia, que a mais bonita de Sintra. Orgulho-me por ser bem tratado pelas pessoas. Nunca tive uma m palavra de ningum. Sei ouvir as pessoas, tenho dois dias de atendimento por semana, e algo que eu gosto. Digo s pessoas para reclamar e para escreverem para a junta sobre os problemas. E eu reencaminho. Quais so as suas principais preocupaes? Estou sempre preocupado. No vero tenho um problema e no inverno tenho outro. Quando inverno estou preocupado com as cheias e no vero com os incndios e com as praias (ver pginas seguintes), porque a praia Grande e a Adraga tm problemas muito graves de estacionamento. As entidades competentes sabem-no. Infelizmente a junta de freguesia tem poucas competncias e eu at costumo dizer que sou o caseiro da Quinta de Colares. Se no for os cemitrios, as caladas, os arruamentos, quais so as nossas competncias? Tenho boa relao com a cmara, mas queremos mais para Colares. Joaquim ReisPUB

Presidente da Junta de Colares lamenta que os turistas no parem na freguesia o tempo melhorar vou chamar c os SMAS e o Departamento de Obras Municipais para solucionarmos este problema. Quanto ao que aconteceu em Dezembro, as cheias no vieram do rio, mas sim das guas dessa ribeira. No nos podemos esquecer que foi um ano anormal, choveu muito e os terrenos j no conseguem receber mais gua. Recebe os moradores duas vezes por semana. Quais so os principais problemas de que a populao se queixa? Colares uma freguesia rural com muitos caminhos de terra batida. Alguns fregueses querem os caminhos arranjados com alcatro e outros no porque dizem que assim os carros passam mais depressa. H tambm pessoas que reclamam dos caminhos de terra, de que no vero tm p e no inverno tm lama. E outros que escolheram viver em Colares por ser mais sossegado entendem que ter mais alcatro implica mais carros e mais velocidade, e mais perigo. difcil ir ao encontro da vontade das pessoas, mas eu quero mais alcatro na freguesia. Tambm me pedem semforos para controlo de velocidade. Tenho pedido Estradas de Portugal, porque temos aqui duas estradas nacionais e a principal a EM247. uma das coisas em que irei sempre persistir. Temos tambm uma praga grande de canas, mas eu e o meu executivo tudo iremos fazer para solucionar o problema, mas evidente que no ser de um dia para o outro. Acompanhou os receios de alguns moradores que temeram o abate dos pltanos junto Adega Regional de Colares? Existe esse risco?

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Problemas nas praias mantm-se na prxima poca balnearLitoral. A maior zona balnear de Sintra, a praia Grande, poder ver repetidos este ano os problemas que em 2009 lhe retiraram a bandeira azul. Ao lado, a praia pequena continua a ser utilizada pelos banhistas, apesar das arribas instveis e de no ser vigiada.H um ano, um diferendo entre a Cmara de Sintra e a Administrao da Regio Hidrogrca do Tejo (ARH) fez com que a praia Grande no pudesse ostentar a bandeira azul. Na altura, a autarquia responsabilizou a ARH por no ter autorizado as obras nos balnerios existentes. Mas em resposta ao Correio de Sintra, esta entidade devolve a responsabilidade Cmara. Segundo a ARH, a questo de no terem sido colocados na praia em 2009 os balnerios que haviam sido colocados anteriormente pela Cmara de Sintra, para dar apoio praia, dever ser colocada prpria autarquia. A ARH admite que a falta de balnerios e sanitrios adequados foi, entre outros factores, uma das razes que inviabilizaram a atribuio da Bandeira Azul respectiva praia na poca balnear 2009. A autarquia no esteve disponvel para comentar esta posio da ARH, mas o presidente da junta de freguesia de Colares desdramatiza a eventual repetio de problemas com a bandeira azul. No senti o impacto da falta da bandeira, porque a Cmara deu todo o apoio e manteve a praia sempre limpa. E no houve reclamaes pela falta da bandeira Azul, assegura Rui Santos. O autarca adianta que foi solidrio com a deciso do vereador do Ambiente que em 2009 decidiu no hastear nenhuma das bandeiras. Fez bem em no hastear nenhuma bandeira e aPUB LUS GALRO

Especial COLARES

Praia Pequena vai continuar com a monitorizao qualidade da gua mas ainda no ser considerada zona balnear

praia esteve sempre cheia. Mas temos problemas como o estacionamento, que uma situao que a Cmara tem de resolver, alerta o autarca. No entanto, a ARH assegura que est previsto no mbito da adaptao dos apoios de praia ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) que os mesmos venham a ser dotados desta componente de apoio praia, o que acontecer quando o processo de implementao do Plano de Praia da Praia Grande for concludo. Quanto proposta avanada h um ano pela Cmara, no sentido de classicar a praia Pequena como zona balnear, Rui Santos deixa um aviso. Acho bem que seja zona balnear, mas aquela praia

tambm tem as arribas muito perigosas e preocupa-me que apesar das placas e da corrente as pessoas continuem a usla. Primeiro cuidar das arribas e depois pensar no resto, aconselha. A situao de instabilidade repete-se na escadaria da praia Grande, interdita h alguns anos. outra situao que tambm me desagrada. Viram que estavam pedras a cair, foram tirar as pedras e a partir da nada. J l vo pelo menos trs anos. D para ver as pegadas, mas no d para usar as escadas porque so um perigo. Porqu?, questiona. A ARH no respondeu a esta questo, mas em relao praia Pequena adianta que no dever ser considerada zona balnear este ano. Embora ainda

sido publicada a Portaria que identica anualmente as zonas balneares, tudo aponta para que esta praia no seja ainda considerada em 2010 como "gua balnear" muito embora esteja previsto continuar a ser monitorizada a sua qualidade da gua pelas entidades competentes. A ARH adianta que o POOC SintraSado considera que esta praia, pelo facto de estar associada a um sistema de elevada sensibilidade e que apresenta limitaes para o uso balnear, deveria ser classicada como praia no equipada com uso condicionado, designada por Tipo IV, o que tambm um factor que tem limitado a sua incluso como gua balnear. Lus Galro

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Estudos geolgicos sobre as arribas devem ser concludos durante o VeroArribas. O mau estado do litoral da freguesia, sobretudo as arribas junto s Azenhas do Mar, continua a preocupar o presidente da junta de Colares. Aps ano de espera, as entidades ociais prometem apresentar estudos durante o Vero.LUS GALRO

Preocupa-me o estado das arribas e j manifestei o meu desagrado perante a Cmara, embora saiba que uma responsabilidade da Administrao da Regio Hidrogrca do Tejo (ARH), a entidade que tem responsabilidade sobre as arribas, explica o presidente da Junta de Freguesia de Colares. Alm das arribas das praias Grande e Pequena, o autarca alerta para a situao que se vive h anos nas Azenhas do Mar. Preocupa-me bastante o caso da antiga esplanada, que est perigosssimo e as entidades tm que ter noo do perigo que est ali, arma Rui Santos. O autarca desconhece, no entanto, quaisquer medidas em curso para resolver o problema. No sei de nada, ningum quer saber. Tenho feito ofcios para a Cmara, que est ao corrente, mas a responsabilidade da ARH. Tenho conscincia disso. Mas no tem sido feito nada. S quando acontece qualquer coisa que aparece toda a gente: o presidente da junta, o presidente da Cmara, os bombeiros e a GNR e algum da ARH, mas s quando morre algum, lamenta o o presidente da junta. O acesso a parte do miradouro das Azenhas do Mar foi interditado em Junho de 2006, data em que o snackbar Mirazenha tambm foi encerrado por motivos de segurana. A deciso foi tomada data pelo Parque Natural

Sintra-Cascais, que entretanto perdeu essas competncias para a ARH. Esta entidade, por seu lado, adianta ao Correio de Sintra que esto em curso uma srie de estudos geolgicos/ geotcnicos para o litoral de Sintra que incluem a Praia Grande e a rea onde se localiza o miradouro das Azenhas do Mar. Segundo a ARH, os estudos iro avaliar a situao de risco decorrente da evoluo das arribas e devero estar concludos dentro do prazo de quatro meses. Estes estudos viro dar orientaes especcas sobre a possibilidade de manuteno de determinados usos e ocupaes nas zonas de risco identicadas e envolventes. L.G.

Diagnstico do estado das arribas das Azenhas do Mar ainda no conhecido

POOC revisto em 2011O Plano de Ordenamento de Orla Costeira (POOC) Sintra-Sado s dever ser revisto em 2011, conjuntamente com outros planos da rea de jurisdio da Administrao da Regio Hidrogrca do Tejo (ARH). Segundo esta entidade, est j em curso a avaliao dos quatro POOC e a denio de objectivos e contedos para a sua reviso. Depois deste processo, tero incio os trabalhos de preparao da elaborao de um POOC de segunda gerao o qual se prev que possa ter incio no princpio do ano de 2011, avana a ARH. A reviso do POOC SintraSado, em vigor h sete anos, uma reivindicao da Cmara de Sintra, mas em virtude da nova legislao de ordenamento do territrio, a ARH optar por elaborar um novo POOC para a totalidade da rea da orla costeira sob sua jurisdio, desde Ovar at ao Cabo Espichel. PUB

Miradouro continua em situao de perigo h pelo menos trs anos

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Especial COLARES Burles enganam idoso e roubam-lhe 400 eurosSegurana. Jorge Jos Domingos cumpria mais um dia de rotina, quando a 14 de Fevereiro se deslocava aos bombeiros de Colares para levar uma injeco. Um homem desconhecido e bem vestido abordou-o na rua e cantoulhe a cantiga do bandido.Parou um homem beira da estrada e perguntou-me se me lembrava dele, que era o Fernando que trabalhou nos Correios. Depois perguntou-me se eu ainda estava no mesmo patro, e depois de alguma conversa disse-me que algumas notas iam sair de circulao, disse. De seguida o idoso deslocou-se a casa na companhia do desconhecido e mostrou-lhe os 400 euros que guardava, desconhecendo que ia car sem as suas economias. Ele disse que ia ao carro gravar o nmero das notas e foi-se embora. Nunca mais o vi, lamenta. No mesmo dia o idoso apresentou queixa s autoridades e a GNR procura agora um homem alto, de bigode esbranquiado que possa ter cometido o mesmo tipo de crime noutros locais. As autoridades policiais j mostraram a Jorge Jos Domingos uma fotograa de um suspeito, mas o idoso no o reconheceu como o autor da burla. A GNR faz inmeras aces de sensibilizao por ano, inseridas no programa Apoio 65 Idosos em Segurana. Apesar destas aces as autoridades policiais reconhecem que este tipo de crime tem aumentado de forma signicativa, tendo sido registado no mesmo dia uma burla semelhante a uma idosa de Alenquer. Por norma este tipo de burles apresentam-se bem vestidos, com facilidade de argumentao e abordam as vtimas mais vulnerveis, os idosos, dando a entender j se conhecerem, identicando-se como funcionrios de Instituies bancrias ou das estaes dos Correios. Na maioria dos casos os burles convencem as vtimas de que algumas notas foram retiradas de circulao ou que vo perder a validade em breve, razo pela qual necessrio proceder sua troca. Para j, Jorge Jos Domingos garante que no volta a cair noutra. J.R.

JOAQUIM REIS

Recomendaes para evitar bulas:Autoridades recomendam os seguintes procedimentos de segurana a adoptar em situaes de tentativa de burla: - No acredite em negcios chorudos, sobretudo quando so propostos por desconhecidos; - Consulte as entidades competentes sobre os negcios que lhe so propostos; - Negcios muito vantajosos que surgem da noite para o dia, normalmente escondem o chamado Conto do Vigrio; - As dependncias bancrias so as nicas entidades que tratam de assuntos relacionados com dinheiro, cartes de multibanco, cheques, etc; - Nunca trate de assuntos relacionados com dinheiro ou outros valores, na rua ou por telefone, dirijase sempre ao seu Banco, consulte de imediato uma pessoa de sua total conana, preferencialmente familiares;

Jos Domingos, vtima de burla

120 anos dos BombeirosJOAQUIM REIS

- No se deixe levar em promessas de curandeiros que falam em curas milagrosas, pois apenas se querem apropriar do seu dinheiro. - No hesite em contactar de imediato as foras de segurana e tente recolher o mximo de dados sobre o presumvel burlo, sionomia, vesturio e meio de transporte utilizado, se possvel a matrcula do mesmo; - No se esquea do velho ditado A ocasio faz o ladro.

devido situao geogrca, encontramos algumas especicidades que no se deparam a outras corporaes. Rero-me, concretamente, ao facto de termos sob a nossa responsabilidade uma vasta rea orestal (Patrimnio da Humanidade) e tambm uma parte de orla costeira/martima, com necessidades de interveno especializada, garante. Os bombeiros de Colares prometem continuar a prestar um servio de qualidade, incentivando cada vez mais o voluntariado, principal alicerce da nossa associao, assegura. J.R.

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Os bombeiros de Colares tm mais de 20 veculos de socorro

Os Bombeiros Voluntrios de Colares assinalaram a 9 de Maro os 120 anos da corporao. A comemorao incliui um beberete de confraternizao que juntou os elementos do corpo de bombeiros e da Associao Humanitria dos Bombeiros Voluntrios de Almoageme.A corporao de Colares conta com o voluntarismo de trinta elementos femininos e 95 elementos masculinos, especializados em diversas reas. Os

bombeiros dispem de trs ambulncias de socorro, cinco ambulncias de apoio ao transporte de doentes, onze veculos de combate e coordenao de incndios, um veculo de desencarceramento e outro de salvamento em grande ngulo e mergulho. O comandante Luis Recto diz ter enorme orgulho em pertencer a esta instituio, na qual d continuidade ao trabalho que foi desenvolvido pelos seus antecessores. A ruralidade do meio em que se encontra este quartel, segundo o comandante, no traz por si s grandes diculdades. No entanto,

Cidades

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Moradores da Urbanizao Cidade Desportiva temem ter via rpida no meio do bairroMonte Abrao. Os moradores da Cidade Desportiva contestam as obras de requalicao dos espaos da urbanizao. Os moradores consideram que a autarquia de Sintra vai reduzir as reas verdes para expandir as zonas de estacionamento e a estrada que percorre a urbanizao. um problema j com vrios anos. Os moradores da Urbanizao Cidade Desportiva no querem o bairro aberto ao exterior. Os moradores lamentam no ter sido informados pela autarquia de Sintra e pela Junta de Freguesia de Monte Abrao sobre o projecto de requalicao dos espaos que est em curso e temem que estas obras possam tornar as ruas da urbanizao numa via de grande e intensa circulao viria. Os trabalhos indiciam claramente que est em curso uma nova reduo das zonas verdes da urbanizao com eventual aumento das reas destinadas a estacionamento. Vo tambm alargar aqui a estrada e esto a tornar-nos numPUB JOAQUIM REIS

Queluz

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Moradores propem alteraesA associao de moradores criou um jardim nas traseiras dos prdios, junto CREL. De acordo com Manuel Rosa, j foram gastos centenas de contos neste jardim que est muito bonito e que resultou de muitas horas de trabalho, disse. Os moradores pretendem tornar a urbanizao numa grande mancha de espaos verdes. Ainda nos falta criar aqui um parque infantil mas estamos espera de resposta por parte da Cmara, lamenta. Os moradores pretendem ainda a construo de parques de estacionamento fora da urbanizao, com a devida iluminao, quer no estacionamento quer nos acessos. A construo de um caminho pedonal, iluminado, entre o parque de estacionamento e a Rua Direita de Massam tambm um dos objectivos. Muitos jovens usam este caminho de terra para ir para a escola em Massam. No iluminado e perigoso. Quando chove ca com muita lama, garante Manuel Rosa. A construo de um campo de jogos polivalente e a elaborao de um projecto de rearborizao, com a instalao de uma cortina de rvores ao longo dos terrenos junto CREL so outras das reivindicaes de quem mora na Urbanizao Cidade Desportiva. Ftima Campos garante que neste momento estas alteraes Urbanizao Cidade Desportiva no so prioritrias. Tudo o que a associao, que representam cem dos mil e quinhentos moradores da urbanizao, pede no uma prioridade porque esses pedidos tm tanta legitimidade como outros bairros, sustenta a autarca. JOAQUIM REIS

Esto a tornar-nos num local de passagem para quem vem do IC19 em direco a Monte Abrao

local de passagem para quem vem do IC19 em direco a Monte Abrao. Vainos retirar qualidade de vida e abrir a nossa rua a milhares de carros, desabafa Manuel Rosa, presidente da Associao de Moradores da Cidade Desportiva

A associao lembra que a Urbanizao Cidade Desportiva nasceu em 1988 como uma urbanizao integrada e condicionada pelo Complexo Desportivo previsto para a sua proximidade e onde no estava projectado qualquer tipo de trnsito alm do decorrente da sua utilizao como local de residncia. Contactada pelo Correio de Sintra, a presidente da Junta de Freguesia de Monte Abrao, Ftima Campos, adiantou que as obras a cargo da Cmara tm como propsito criar mais lugares de estacionamento e no tornar a rua principal da urbanizao numa via rpida. A Cmara decidiu, com a minha concordncia, em reordenar o estacionamento. Esto a reduzir a faixa central para que o estacionamento depois possa ser feito na horizontal. Esta obra era importante porque noite os moradores estacionavam na faixa central e impediam a passagem do carro do lixo e dos bombeiros, sublinhou. Joaquim Reis

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Queluz

Trnsito j restabelecido na CRELTrnsito. A Brisa restabeleceu o trnsito na CREL em duas vias no sentido Estdio do Jamor Alverca. A faixa da direita continua cortada para garantir a continuao dos trabalhos de retirada e consolidao de terras do aterro que a 22 de Janeiro cedeu para o tabuleiro da auto-estrada. A reabertura desta auto-estrada permitiu a retirada de cerca de 40 mil viaturas dos acessos na zona norte de Lisboa como a Segunda Circular, o Eixo Norte-Sul e a CRIL, e os acessos de Sintra a Lisboa, nomeadamente o IC19 e a A16. A circulao na CREL fazia-se, desde 12 de fevereiro, no sentido sul-norte, entre o n de ligao autoestrada A16 e o n de Belas, depois de ter estado vinte dias sem circulao nos dois sentidos. A concessionria obteve a necessria autorizao por parte daPUB

Autoridade Nacional de Proteco Civil de Lisboa e do Instituto de Infraestruturas Rodovirias. Esta reabertura, por enquanto, concentrada nas duas vias central e esquerda, tem como objetivo contribuir para reforar a capacidade do sistema rodovirio da rea Metropolitana de Lisboa, e acrescer s solues alternativas j existentes, at ao restabelecimento da plena circulao nesta autoestrada, garante a empresa. Quanto aos prejuzos causados pelo corte da CREL, a Brisa adianta que est em negociaes com os proprietrios do terreno que cedeu para o tabuleiro da auto-estrada. Na mesa das negociaes est um possvel acordo compensatrio pelos prejuzos causados. Fonte da Brisa afasta para j a hiptese de iniciar um processo judicial contra os proprietrios do terreno, a empresa de construo Obriverca, enquanto as duas empresas estiverem em negociaes. J.R.

CREL voltou a ter dois sentidos, mas obras continuam

LUS GALRO

Queluz

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Deteno de violador de Telheiras deixa Massam em choqueCrime. O violador de Telheiras residia h trs anos em Massam. Os vizinhos consideravam-no simptico e discreto e nunca tinham suspeitado que fosse um predador sexual, que j confessou cerca de 40 violaes.Os vizinhos e comerciantes esto chocados com a deteno do jovem engenheiro a 5 de Maro pela Policia Judiciria. De simptico, discreto e prestvel Henrique Sotero passou agora a violador de Telheiras. O autor confesso de 40 violaes residia em Massam h cerca de trs anos, altura em que adquiriu um apartamento com a companheira, que desconhecia a prtica destes crimes. Os vizinhos e as autoridades temem agora que Henrique Sotero possa ter praticado violaes na sua rea de residncia. No ano passado foram denunciadas duas violaes que correspondem mesmaPJ

CrimeAssaltos em Belas, Massam e QueluzA Caixa Geral de Depsitos de Belas foi assaltada a 3 de Maro, quando dois homens armados e encapuzados entraram na dependncia e zeram refm um cliente. A vitima estava a levantar dinheiro no multibanco mas foi forada a entrar no banco uma pistola encostada cabea. Os assaltantes conseguiram fugir com uma pequena quantia de dinheiro.Dois dias antes, quatro homens armados e encapuzados assaltaram o snack-bar Palmeiras, em Massam, perto da meia-noite, ameaando cerca de dez clientes. A 11 de Maro, foi a vez da Farmcia Santos Pinto, em Queluz. Dois homens armados e encapuzados aterrorizaram as duas funcionrias e uma cliente e fugiram com 500 euros e um telemvel. A investigao destes assaltos est a cargo da Policia Judiciria.

Jovem de Massam violador de Telheiras

forma de actuao do violador de Telheiras. Nestes dois casos as jovens foram abordadas por um homem quando entravam nos prdios onde residiam e perante a ameaa com recurso a uma faca, foram violadas. A investigao da Policia Judiciria concluiu que o alegado violador escolhia as vtimas de forma aleatria.

O predador sexual procurava maioritariamente jovens em zonas residenciais onde procurava fazer uma primeira abordagem s vtimas para tentar ganhar a sua conana. Depois de garantir que no era visto, rapidamente se transgurava e ameaava as vtimas forandoas a prticas sexuais. Desconhecem-se ainda o nmero de violaes feitas no ano passado, mas em 2008 foram registados pelo Ministrio da Justia 316 crimes de violao em Portugal. Menos onze do que em 2007. Segundo dados disponveis no relatrio Anual de Segurana Interna, de 2008, nesse ano foram detidos 33 homens suspeitos de crimes de violao. Tambm aqui menos 11 do que em 2007. Nos ltimos meses as autoridades procuraram trs violadores na zona de Lisboa. Com as detenes do violador da zona de Benca e de Henrique Sotero, continua solta um predador sexual. J.R.

Campanha de sensibilizao para preveno do Cancro do colo do teroSade. No dia Internacional da Mulher, a 8 de Maro, o Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) lanou a campanha de sensibilizao para a preveno e deteco precoce do cancro do colo do tero, doena que mata cerca de uma mulher por dia em Portugal.O hospital distribuiu uma or a todas as mulheres e um folheto da Liga Portuguesa Contra o Cancro com informao sobre a doena: como a prevenir e conselhos teis para que as mulheres perguntem ao seu mdico sobre rastreio e vacinao contra a doena do cancro do colo do tero. Os responsveis do Amadora-Sintra pretenderam sensibilizar cerca de seis mil mulheres que contactam directamente com o hospital, entre funcionrias e visitas. Em 2009 o Hospital Fernando Fonseca efectuou mais de duas mil colposcopias (conhecido como teste de Papanicolaou) nas consultas de ginecologia. Este exame revela-se como o mais ecaz para a deteco precoce de qualquer alterao no colo do tero, das quais se destaca o cancro do colo do tero. De acordo com o primeiro estudo epidemiolgico nacional da infeco do Vrus do Papiloma Humano (HPV), estima-se que uma em cada cinco mulheres esto infectadas.

Vrus do Papiloma Humano e cancro no teroA prevalncia global do Vrus do Papiloma Humano (HPV) nas mulheres includas no estudo foi de 19,4%. Entre as mulheres HPV positivas foi identicado um tipo de vrus de alto risco (com risco de causar cancro) em 68% dos casos. Neste estudo observou-se que as mulheres entre os 20 e os 24 anos so as mais afectadas por infeces pelo HPV, sendo que a prevalncia da infeco nesta faixa etria de 28,8%. No entanto, o vrus mostrou infectar mulheres de todas as idades, mesmo as de grupos etrios mais elevados, nomeadamente as mulheres entre os 40 e os 49 anos, com uma prevalncia de cerca de 10%. Desde Outubro de 2008, a vacina contra o HPV est includa no Programa Nacional de Vacinao em Portugal, para adolescentes dos 13 aos 17 anos. Todos os anos so diagnosticados cerca de 900 casos de cancro do colo do tero em Portugal que matam cerca de 300 mulheres. A vacinao e o rastreio so as principais formas de diminuir a incidncia das leses provocadas pelo HPV, nomeadamente o cancro do colo do tero. [Fonte: HFF]

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DesportoPatinagem. Depois da Escola Ferreira Dias (Cacm), e a Secundria de S. Joo do Estoril, coube EB 2,3 Mestre Domingos Saraiva, no Algueiro, promover e organizar o 3. Encontro de Patinagem, iniciativa no mbito do Desporto Escolar, e que decorreu durante toda manh de sbado (dia 6), no pavilho daquele estabelecimento de ensino.Ao todo, inscreveram-se nove dezenas de alunos de ambos os sexos, e escales etrios (Infantis at Juvenis) das vrias escolas envolvidas no projecto conrmando as expectativas dos responsveis pela modalidade que vm assim subir o nmero de praticantes. Os professores envolvidos neste projecto do Desporto Escolar so sobretudo entusiastas, antigos praticantes, ou treinadores de clubes, como os casos de Carlos Pires, Joo Campelo, Filipe Dias, ou Luis Duarte. Este ltimo (treinou o Parede e integra o quadro tcnico da Federao de Patinagem), lecciona agora na escola do Algueiro e foi o responsvel por este encontro. O objectivo dinamizar a patinagem num projecto conjunto, mobilizando os alunos para as vrias actividades, desde jogos, corridas individuais, ou por estafetas" confessa ao Correio de Sintra. evidente que todos sabem a falta de apoios que existem, e no desporto escolar ainda mais acentuado. Nesta modalidade, o material muito caro e por isso no existe disponibilidade de material. Eu por exemplo empresto trinta patins que so meus, para as actividades da escola, adianta. Sobre a apetncia dos alunos para a competio, Luis Duarte refere quePUB

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Escola Mestre Domingos Saraiva pro- Sntese III Milha Urbana de So move patinagem MarcosA Junta de Freguesia de So Marcos, em colaborao com a Cmara Municipal de Sintra, promove a corrida III Milha Urbana de So Marcos, integrada no projecto Sintra a Correr, que se realiza no prximo dia 27 de Maro, s 15h. Com uma extenso de 1609 metros, participa na iniciativa a atleta Sandra Teixeira. A prova tem partida e chegada em frente escola EB/JI de So Marcos N2 (na Avenida do Brasil) e destina-se a atletas federados e no federados, de ambos sexos. Esta iniciativa destinada a todos os escales: benjamins, iniciados, juvenis, juniores, seniores, veteranos e decientes a p. As inscries so gratuitas e podem ser efectuadas na Cmara Municipal de Sintra - Diviso de Desporto em [email protected], ou atravs do telefone 219226720, ou fax 219226728, at s 17h do dia 19 de Maro.VENTURA SARAIVA

Escola Dr. Rui Grcio no pdioA Escola de Judo Dr. Rui Grcio (Montelavar) participou no Torneio para Benjamins, Infantis e Iniciados da Associao Distrital de Judo de Lisboa realizado no sbado, dia 13, no pavilho do Estdio 1. de Maio em Lisboa com cinco atletas, Dumitru Balanuta (-67Kg); Joo Marques (-36Kg); Rodrigo Costa (-45Kg) e Edgar Cabrita (-47Kg); e Gonalo Reis (-43Kg). Dumitru, e Joo caram em 3. lugar, Rodrigo e Edgar em segundo, com Gonalo em primeiro, com vitrias em todos os combates realizados.

Escola Mestre Domingos Saraiva recebe encontro de patinagem

Miguel Lopes ganha no judoRealizou-se no passado ms de Fevereiro, o Open para Juvenis no pavilho da FIL, no qual o Centro Shotokai de Queluz esteve presente com os seus atletas. De salientar a prova do atleta Miguel Lopes, que na categoria 50Kg ganhou todos os combates pela pontuao mxima, cando assim em primeiro lugar. J no pavilho multiusos de Coimbra realizou-se o Campeonato Nacional de Esperanas, prova organizada pela Federao Portuguesa de Judo. O Centro Shotokai de Queluz (CSQ) fez-se representar pelos atletas Ruben Almeida na categoria 81kg, e Bernardo Nunes -66kg, que se classicaram em 7. lugar. Ins Quartilho -52kg, cou na 5. posio. Os responsveis pela modalidade no Centro Shotokai de Queluz, referem que : se nesta prova no conseguimos medalhas, pensamos que foi a imaturidade dos nossos atletas que neste tipo de provas a nvel nacional. Essa foi uma das razes, se no a principal, mas mesmo assim camos satisfeitos pelo seu empenhamento ao longo de toda a prova.

esse no o objectivo: necessrio comear muito cedo a aprendizagem em termos de formao para seguir para a competio. Aqui, inicia-se com muito mais idade (10/12 anos) e se algum se destacar e quiser seguir a prtica federada, indicamos os clubes

existentes aqui no concelho, como o Hockey Club de Sintra, ou a Escola Stuart Carvalhais, por exemplo A terminar, rera-se que ser a Escola IBN Mucana, na Parede (Cascais), a receber o prximo encontro, agendado para o ms de Maio. Ventura Saraiva

Desporto

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Hockey Club de Sintra afastado da Taa de Portugalfalange de apoio dos sintrenses a vibrar com a vantagem adquirida. O treinador do Hockey Club de Sintra procurou rodar os patinadores suplentes e a equipa no teve o mesmo desempenho colectivo, muito por culpa das ms entradas de Filipe Bernardino e Fbio Quintino no jogo. A meio da segunda parte, a Liga de Algs chega ao empate para gudio dos seus adeptos, jogadores e dirigentes, passando para a frente num abrir e fechar de olhos, perante a incredulidade do banco e dos adeptos de Sintra. Joo Pereira, a trs minutos do nal, ainda reduziu para 6-5, renovando as esperanas de chegar ao empate, mas j sem o discernimento necessrio. E faltavam dez segundos para o nal, quando a formao oeirense voltou a marcar, deitando por terra as ambies da turma orientada por Rui Vieira que apresentou a seguinte equipa: Francisco Veludo; Nlson Chorincas, Marcos Pinto, Paulo Dias, e Pedro Natrio (cinco inicial); Joo Pereira, Fbio Quintino, Filipe Bernardino, Joo Lopes (cap.), e Pedro Santos (guardaredes). Ventura SaraivaPUB VENTURA SARAIVA

Hquei. O concelho j no tem emblemas a participar na Taa de Portugal de Hquei em Patins em Seniores Masculinos, depois da eliminao do Hockey Clube de Sintra no recinto da Liga de Melhoramentos e Recreio de Algs.A equipa do concelho de Oeiras demonstrou porque lidera a Zona Sul da 3. Diviso Nacional, e a vontade de subir ao escalo onde joga o clube de Monte Santos. Nunca se acomodando na fora e na vontade de recticar a desvantagem no marcador, acabou por recuperar de 0-4, para uma vitria inteiramente justa por 6-5! Quem se deslocou ao Pavilho Gaspar Passos de Almeida, da (quase) centenria colectividade, e gosta de verPUB

bom hquei, no deu o tempo por mal empregue tal o empenho colocado em ringue pela juventude dos patinadores de ambas as equipas. Pelo facto de militar no escalo secundrio, o emblema sintrense tinha maior dose de favoritismo relativamente ao seu adversrio, embora sabendo que uma das fortes equipas do escalo tercirio e aspira subida de diviso. E teve de facto essa conrmao no decorrer da segunda parte, j que a primeira correu de feio ao Hockey Club de Sintra, chegando ao intervalo a vencer por 3-0. Pedro Natrio inaugurou o marcador aos 13 minutos na sequncia de uma jogada individual, elevando para 2-0, numa assistncia primorosa de Nlson Chorincas. A poucos segundos do descanso, Marcos Pinto em jogada individual, deu de bandeja para marcar, e Pedro Natrio aproveitou.

No reatamento, Pedro Natrio elevou para 4-0 fazendo o chamado pker no jogo, com a signicativa

Tribuna

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Opinio

Construir Liberdadeda nao que fomos. Mas ser que somos a sociedade que queramos ser? Certamente que muito mudou, e nalguns aspectos mudamos para muito melhor. Mas teremos construdo o Portugal mais justo e prspero e de liberdade, de Verdadeira Liberdade que queramos? Ser que o descrdito em se tornou a Justia, que to cara me enquanto advogado, permite a construo de uma sociedade mais justa? Ser que um tecido produtivo, em que se protege quem no produz e no se premeia o esforo e o mrito, nos permite dizer que evolumos para um pas mais prspero? E um Portugal em que as pessoas tm medo de sair rua, em determinados locais e horas, com medo de serem assaltados, e sem conana numa polcia que os proteja, um Portugal Livre? A Imprensa, que hoje o chamado quarto, eu diria, primeiro, poder, exactamente um dos exemplos em que a Liberdade, a Verdadeira Liberdade continua a ser necessrio construir.

Ontem era a liberdade de expresso, hoje a liberdade de formar opinio que pode estar em causa.

proteco que se d a quem pode e no quer produzir, em detrimento de quem querendo no pode e no protegido. aqui em Sintra que em muitos lugares se sente a falta de liberdade e impera o duro brao, no da lei, como todos desejvamos, mas do crime. Sintra um pouco do Portugal que fomos, daquilo que temos e do muito que ambicionamos. por tudo isto, e do muito mais que aqui no cabe, que hoje todos estamos convocados, aqui sim, uma maioria silenciosa mas activa, uma verdadeira muralha de ao, determinada em construir uma sociedade mais justa, prspera, e em Liberdade, Verdadeira Liberdade. Um Portugal que ainda est por cumprir e que de todos depende. Que este seja um espao de Liberdade, de Verdadeira Liberdade, que estou certo que quer e pode ser. Lino Ramos Vereador do CDS/PP na Coligao Mais Sintra

E

nquanto pensava no tema que queria desenvolver, ocorreume que h alguns anos, neste mesmo dia, de 11 de Maro, Portugal atravessava mais uma fase, um cabo da boa, ou m, esperana, na construo de um pas e uma sociedade que se queria mais justa, mais prspera, construindo um Portugal de Liberdade, de Verdadeira Liberdade, para todos. No tenho idade para ter memria do pas que ramos. Tenho orgulho

Poder-se- dizer que o aparecimento de um novo rgo de comunicao, que se quer e deseja livre, um bom exemplo de liberdade. Contudo pelo que vemos e ouvimos, nada mais ilusrio. Ontem era a liberdade de expresso, hoje a liberdade de formar opinio, que pode estar em causa. O que que isto tem a ver com Sintra. Nada, para uns, mas para mim tudo. aqui, onde se construiu um dos maiores tribunais do pas que mais se sente a injustia. Hoje a justia no cegamente administrada igualmente para todos, mas cega por que no se v que se faa justia. aqui, numa classe mdia socialmente desprotegida que mais revolta a

CitaesCada vez mais estamos a ver que pode aparecer um sismo ou uma outra catstrofe e deveramos ter um mnimo de equipamento para trabalhar. J tentei sensibilizar algumas empresas daqui da rea e j nos ofertaram algum equipamento, mas falta-nos o principal que dinheiro para dar formao s pessoas e uma viatura com o equipamento apropriado.Lus Pimentel, Comandante dos Bombeiros Voluntrios de Agualva-Cacm

Reforar a identidade de Sintra

E

stamos a viver tempos difceis, a somar aos muitos problemas que no conseguimos resolver em todos estes 36 anos passados sobre aquele que foi o tempo de todas as esperanas. Porqu? As respostas a esta questo sero seguramente o patrimnio com o qual haveremos de construir o futuro: o futuro que ento sonhmos e lembramos com imensa saudade.

desse crescimento anrquico: ao nvel das acessibilidades, dos transportes, dos equipamentos culturais e desportivos, dos equipamentos de sade, em suma, ao nvel da qualidade de vida e do ambiente. Estas e outras evidencias tm sido objecto de alguma reexo crtica na comunidade sintrense e geraram j, a nosso ver, condies favorveis denio de estratgias coerentes e exequveis, sustentadas nos imensos recursos do nosso concelho: uma populao dominantemente jovem e com elevada escolaridade; um imenso patrimnio paisagstico e cultural com elevado potencial turstico; um elevado potencial industrial. Atrevemo-nos a identicar algumas linhas de rumo que, no mbito da nossa capacidade de interveno, poderiam ajudar a inverter a situao de crise em que nos encontramos: Uma aposta sria nas energias renovveis com particular nfase para o investimento no Solar Trmico, no Solar Fotovoltaico, na Mobilidade Elctrica e na introduo de tecnologias construtivas ao nvel da conservao de energia nas novas construes; Nota: O investimento na produo de energias limpas e na conservao da energia tem como consequncia a reduo das emisses de CO2 que a cincia responsabiliza pelas alteraes climticas um pouco por todo o planeta nos vo surgindo provas,

A vila velha o ex-lbris de Sintra, mas sinto que aquilo est tudo morto. O comrcio de inha, o patrimnio est ao abandono. A imagem do que o centro histrico o telhado do caf Paris que est a cair h anos.Fernando Morais Gomes, presidente da Alagamares - Associao Cultural

Nesse futuro, no cabiam situaes como as que estamos a viver hoje: o crescente nmero de desempregados ultrapassando j os 10% da populao activa; a dramtica situao de muitos casais jovens com diculdades em solverem os seus compromissos nanceiros com as instituies de crdito habitao; a avalanche de jovens procura do primeiro emprego, etc., etc. Em Sintra, que muito provavelmente, j hoje, o maior municpio do pas, com mais de 500.000 habitantes fruto dum crescimento acelerado e pouco ou mesmo nada planeado durante as ltimas dcadas do sc. XX acrescem ainda todas as consequncias

difcil ir ao encontro da vontade das pessoas, m