correio da beira serra – n.º 2 (ii sÉrie)

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Garante Secretário de Estado em entrevista ao CBS IC6 arranca em 2007 Líder do PS quer explicações do PSD José Francisco Rolo toma a sua primeira iniciativa política enquanto líder do PS e exige um pedido de explicações ao PSD face às polémicas declarações do ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara, que – após ter sido demitido – disse na imprensa que tinha “conhecimento de coisas dentro da Câmara” que poderiam colocar Mário Alves “muito mal na fotografia. ÚLTIMA “Redução de alunos não me assustou” Francisco Neves, defende que a ESTGOH se deveria chamar Escola Superior de Tecno- logia e Gestão da Beira Serra e sublinha a importância de os presidentes de Câmara dos concelhos vizinhos “se abrirem a toda a região”, ao invés de se “limitarem à sua área geográfica. Em entrevista, o director da ESTGOH, diz ainda confiar no Governo quanto à construção das novas instalações PÁGS. 6 e 7 PSD prepara o dia seguinte Paulo Campos garante em entrevista ao Correio da Beira Serra que o IC6 vai ser uma realidade e anuncia que o troço entre Catraia dos Poços e Vendas de Galizes entrará em obra já em 2007, prevendo-se que abra ao público dois anos depois. Considerando que esta região “tem sido muito mal tratada” em termos de acessibilidades, aquele Secretário de Estado promete mudar o estado das coisas, mas adverte que quando chegou ao Governo o IC6 não tinha sequer projecto de execução. PÁGS. 2 e 3 Sexta-feira, 31 de Março de 2006 QUINZENÁRIO Ano 1 - Série II - N.º 2 Director: Henrique Barreto Preço: € 0,50 (IVA incluído) www.correiodabeiraserra.com TOP LOJAS DE MODA Rua do Colégio, 5C - Tel. 238 604 618 3400-105 OLIVEIRA DO HOSPITAL L.1: TOP SPORT Moda Jovem R. do Colégio, 2D, L. 8/11 L. 2: TOP Pronto a Vestir Moda Internacional R. do Colégio, 5C L. 3: TOP 3 Desporto Av. Sá Carneiro, 1C Correio da Beira Serra em Edição Online www.correiodabeiraserra.com Depois de uma estratégia política que lhe veio a ser fatal, Mário Alves poderá ter o “cerco” monta- do pelos seus antigos “compagnons de route” que podem vir a retirar-lhe a confiança política. O PSD está ao rubro, os ataques sucedem-se em ca- deia e o novo líder do PSD já afirmou ao Cor- reio da Beira Serra: “Chegou a hora de Mário Alves ser derrotado”. Entre- tanto, e já em cima do fecho desta edição, o seu ex-chefe de gabinete faz afirmações que deixam Mário Alves numa posição política de grande fragilidade. Nalguns sec- tores políticos locais, já há quem defenda mesmo que aquele autarca começa a não ter condições para continuar à frente da autarquia. A queda do líder PÁGS. INTERIORES

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Versão integral da edição n.º 2 (ANO 1 – SÉRIE II) do quinzenário “Correio da Beira Serra”, que se publica em Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra, Portugal). Director: Henrique Barreto. 30.03.2006. Para consultar o jornal na web, visite http://www.correiodabeiraserra.com/ Site do Instituto Superior Miguel Torga: www.ismt.pt Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Garante Secretário de Estado em entrevista ao CBS

IC6 arranca em 2007

Líder do PS quer explicações do PSD José Francisco Rolo toma a sua primeira iniciativa política enquanto líder do PS e exige um pedido de explicações ao PSD face às polémicas declarações do ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara, que – após ter sido demitido – disse na imprensa que tinha “conhecimento de coisas dentro da Câmara” que poderiam colocar Mário Alves “muito mal na fotografia. ÚLTIMA

“Redução de alunos não me assustou”Francisco Neves, defende que a ESTGOH se deveria chamar Escola Superior de Tecno-logia e Gestão da Beira Serra e sublinha a importância de os presidentes de Câmara dos concelhos vizinhos “se abrirem a toda a região”, ao invés de se “limitarem à sua área geográfica. Em entrevista, o director da ESTGOH, diz ainda confiar no Governo quanto à construção das novas instalações PÁGS. 6 e 7

PSD prepara o dia seguinte

Paulo Campos garante em entrevista ao Correio da Beira Serra que o IC6 vai ser uma realidade e anuncia que o troço entre Catraia dos Poços e Vendas de Galizes entrará em obra já em 2007, prevendo-se que abra ao público dois anos depois. Considerando que esta região “tem sido muito mal tratada” em termos de acessibilidades, aquele Secretário de Estado promete mudar o estado das coisas, mas adverte que quando chegou ao Governo o IC6 não tinha sequer projecto de execução. PÁGS. 2 e 3

Sexta-feira, 31 de Março de 2006QUINZENÁRIOAno 1 - Série II - N.º 2Director: Henrique BarretoPreço: € 0,50 (IVA incluído)

www.correiodabeiraserra.com

TOPLOJAS DE MODA

Rua do Colégio, 5C - Tel. 238 604 6183400-105 OLIVEIRA DO HOSPITAL

L.1: TOP SPORT Moda JovemR. do Colégio, 2D, L. 8/11

L. 2: TOP Pronto a Vestir Moda InternacionalR. do Colégio, 5C

L. 3: TOP 3 DesportoAv. Sá Carneiro, 1C

Correio da Beira Serra em

Edição Onlinewww.correiodabeiraserra.com

Depois de uma estratégia política que lhe veio a ser fatal, Mário Alves poderá ter o “cerco” monta-do pelos seus antigos “compagnons de route” que podem vir a retirar-lhe a confiança política. O PSD está ao rubro, os ataques sucedem-se em ca-deia e o novo líder do PSD já afirmou ao Cor-reio da Beira Serra: “Chegou a hora de Mário Alves ser derrotado”. Entre-tanto, e já em cima do fecho desta edição, o seu ex-chefe de gabinete faz afirmações que deixam Mário Alves numa posição política de grande fragilidade. Nalguns sec-tores políticos locais, já há quem defenda mesmo que aquele autarca começa a não ter condições para continuar à frente da autarquia.

A queda do líder

PÁGS. INTERIORES

Correio da Beira Serra 31 de Março de 20062 D E S TA Q U E

HENRIQUE BARRETO

Correio da Beira Serra - Depois de tantos anos com promessas de IC6 e IC7, há quem já não acredite que o IC6 possa vir a ser uma realidade. Como é que encontrou este proces-so quando chegou ao Governo e qual é, neste momento, o ponto da situação?

Paulo Campos - Quero deixar claro que o IC6 e o 1C7 vão ser uma realidade.

Durante anos e anos esta região foi es-quecida e injustiçada, tendo sido muito mal tratada no que concerne a um rede de acessibilidades adequada. Hoje, a zona do alto do distrito de Coimbra, é prova-velmente, uma das regiões do País mais carenciadas em termos de rede viária. A verdade é que quando chegámos ao Go-verno quase tudo estava por fazer.

Foi o actual Governo que tomou a deci-são de adjudicar o IC6, entre Catraia dos Poços e Venda de Galizes, que se encon-tra neste momento em fase de projecto de execução, já que nem isso estava feito. Este lanço é estruturante para a região, pois constitui uma boa alternativa à EN17, que apresenta um baixo nível de serviço, face ao elevado tráfego de procura e aos vários acessos marginais. Por outro lado, esta nova via vem contribuir de forma sig-nificativa para a redução de sinistralidade na estrada actual.

Já no passado mês de Setembro resolvi lançar um Estudo de Avaliação Estratégi-ca aos corredores dos itinerários comple-mentares do IC6, entre Venda de Galizes

e Unhais da Serra, do IC7 e do IC37, com vista à revisão do PRN2000. Tudo isto es-tava na estaca zero quando chegámos ao Governo.

É bom lembrar que nos anos 90 foram realizados projectos base para o IC6, entre Venda de Galizes, Ponte das Três Entradas e Vide, com traçados que acompanham a EN230 de acordo com o trajecto definido no PRN, mas que não servem nenhuma sede de concelho. Estes projectos encon-tram-se suspensos há vários anos.

Já relativamente ao IC7 e IC37 nunca foi elaborado qualquer estudo. Entendo que se deve estudar o IC6 com um corredor comum ao IC7 até Seia, optimizando a rede nesta sub-região e servindo igualmen-te Oliveira do Hos-pital, que em conju-gação com Seia, são centros urbanos com importância relevan-te na região.

No entanto, quero que fique claro que o corredor actualmen-te previsto no PRN para o IC6 é de difícil concretização já que obriga à transposi-ção do Rio Alva numa área de orografia bastante acidentada, associado a um de-senvolvimento do traçado em encosta de forte pendor transversal nas faldas da ser-ra, com impactes ambientais significativos e um custo de construção extremamente oneroso. Mas não são estes obstáculos que nos vão impedir de levar por diante uma obra que consideramos prioritária, e que reafirmo, será uma realidade.

Os estudos que neste momento estão a decorrer são, por isso, importantes, já que vão permitir fazer uma análise comparati-va, sob os pontos de vista técnico, econó-mico e ambiental, entre a rede prevista no actual PRN e os corredores alternativos. Isto vai permitir chegar a conclusões no que respeita à eventual alteração do PRN. É claro que este estudo será desenvolvido com um acompanhamento muito próximo das Autarquias.

Finalmente, para o terceiro troço entre Unhais da Serra e a Covilhã, existe um pro-jecto de execução contratado em 1998, que está suspenso, uma vez que foram

entretanto licencia-das construções que interferem com a zona da estrada. Este projecto encontra-se neste momento a ser revisto.

CBS - Quando é que o Governo prevê que o IC6 entre em funciona-mento, e como é que estão previstas as di-versas fases da obra?

PC - Para entrar em obra é preciso cumprir previamente diversas etapas, no-meadamente: Estudo

de Avaliação Económica, Estudo Prelimi-nar, Projecto de Execução, decorrendo em paralelo o conjunto de aprovações am-bientais. No que respeita ao IC6, no troço entre Catraia dos Poços e Venda de Gali-zes, quando chegámos ao Governo não havia Projecto de Execução. Fomos nós que o adjudicámos. Este troço entrará em obra durante o próximo ano, sendo que a

empreitada deverá durar perto de 2 anos.Relativamente ao segundo troço, entre

Venda de Galizes e Unhais da Serra, quan-do chegámos ao Governo nada estava fei-to. Foi este Governo que tomou a decisão de avançar com o estudo, o que permitirá lançar as fases subsequentes.

Por outro lado, será lançada a empreita-da para construção do último troço entre Unhais e Covilhã ainda durante este ano.

CBS - Qual vai ser o traçado definitivo do IC6 e como é que está prevista a sua articula-ção, fundamentalmente, com o IP3 e a A25?

PC - Como já referi, as conclusões do estudo que mandámos fazer serão de-terminantes para o desenvolvimento das fases subsequentes dos projectos, mas fundamentalmente o que se pretende é a optimização da rede. Ora, isso só se con-segue à custa de um corredor comum para as ligações entre a Covilhã-Seia/Oliveira do Hospital-Viseu e entre a Covilhã-Seia/Oli-veira do Hospital-Coimbra, tendo sempre subjacente a melhoria das condições da ocupação do solo e do ordenamento do território, bem como a minimização dos impactes ambientais, tendo sempre pre-sente o interesse público e em particular o interesse das populações interferidas.

A articulação com o actual IP3 será feita através do nó de ligação já existente, ou seja, o Nó da Raiva. No entanto, no IC6 está igualmente prevista a articulação com o IP3 perto de Santa Comba Dão, o que será garantido pela construção da Variante de Tábua, cuja primeira fase já foi lançada em Maio do ano passado. Pre-tendo incluir no PIDDAC do próximo ano a segunda fase da Variante que articulará com o IC6 junto a Espariz.

No caso da ligação à A25 pretende-se, com o estudo referido, analisar a viabili-

ENTREVISTA > CBS entrevista Secretário de Estado

“O IC6 e o IC7 vão ser uma realidade”O Correio da Beira Serra entre-

vistou o secretário de Estado

Adjunto das Obras Públicas e

das Comunicações, Paulo Cam-

pos, sobre o futuro de Oliveira

do Hospital e de toda a região

em matéria de acessibilidades.

Aquele governante, um “filho

da terra”, garante que o IC6 e

o IC7 vão finalmente “ser uma

realidade” e anuncia que o tro-

ço do IC6 – entre Catraia dos

Poços e Vendas de Galizes – vai

arrancar já no próximo ano,

prevendo-se que a empreitada

esteja concluída em 2009.

Nesta entrevista, Paulo Campos

lamenta o facto de esta região

ter sido “esquecida e injustiça-

da”, mas adverte que quando

chegou ao Governo “quase

tudo estava por fazer”.

Paulo Campos: “Estou totalmente disponível para visitar oficialmente Oliveira do Hospital, desde que seja convidado pelo senhor presidente da Câmara”

(…) o troço do IC6 entre Ca-

traia dos Poços e Vendas de

Galizes – quando chegámos

ao Governo não havia pro-

jecto de execução – entrará

em obra durante o próximo

ano e a empreitada deverá

durar perto de 2 anos (…)

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 3D E S TA Q U E

Falta de imaginação?

Editorial

Q uando confrontado na As-sembleia Municipal sobre o que a Câmara estaria a fazer relativamente ao problema

do encerramento de duas indústrias de confecção, que lançam para o desempre-go cerca de 200 trabalhadores, o presi-dente da Câmara de Oliveira do Hospital afirmou que a autarquia não tinha nenhu-ma solução para tirar da cartola e quase se demarcou do problema, ao defender que nestas situações o que a Câmara pode fazer é muito pouco.

É uma ideia da qual discordo em ab-soluto porque, na verdade, as câmaras municipais – tenham elas imaginação e empenho – podem arquitectar soluções que propiciem a criação de emprego.

Se bem me lembro, o debate sobre a crise que se anunciava nas confecções já há muito que foi lançado. Todos sabe-mos que o tecido industrial de Oliveira do Hospital tem vindo a repousar, excessivamente, so-bre aquele tipo de indústria com gran-de incorporação de mão-de-obra.

Numa entrevista que no início dos anos 90 fiz ao en-tão presidente Cé-sar Oliveira, a sua resposta foi premo-nitória: “se um dia há crise nas confec-ções, há crise em todo o concelho”. No final dos anos 80, na Bobadela, também entrevistei Álvaro Cunhal e confrontei-o com o pro-blema. O, na época, líder do PCP não po-dia ser mais claro: “Made in China vai ser a ruína da indústria de confecções”.

Toda a gente informada antevia o que actualmente está a acontecer e, a grande admiração, reside apenas no facto de só agora ter acontecido.

Estamos em 2006 e a pergunta é esta: durante quase década e meia, o que é que a Câmara Municipal – que nunca sequer se deu ao trabalho de promover uma reunião com os empresários do sector para poder antever e preparar o futuro –, fez com vista a poder, pelo me-nos, minimizar os efeitos de uma crise anunciada.

Em matéria de política industrial e de captação de investimento, todos sabe-mos que o que tem sido feito é, na ver-dade, muito pouco. Temos a Zona Indus-trial, que – com alguns melhoramentos – é quase a mesma de há 20 anos; o Pólo Industrial da Cordinha, que curiosamente está a 15 minutos do caminho-de-ferro, e

a pouco mais de uma hora da fronteira e do Porto de Aveiro, serviu apenas para derreter uns largos milhares de contos. Nestes anos todos – e já lá vão mais de dez –, nem uma única indústria ali se ins-talou.

Depois, temos ainda o famoso elefan-te branco de Lagares da Beira, paradoxal-mente designado de Centro de Negócios. Até à data, nem uma única ideia para ren-tabilizar aquele espaço.

Mas, se formos a Seia e a tantos ou-tros concelhos do interior do país, há incubadoras de empresas a funcionar e a gerar emprego. Se passarmos por Carre-gal do Sal, também verificamos que, nos últimos anos, o número de empresas tem vindo a aumentar significativamente; em Nelas, que perdeu centenas e centenas de postos de trabalho por via do encerra-mento dos fornos eléctricos da Urgeiriça, encontramos um dos tecidos industriais

mais fortalecidos da região. Os exemplos suceder-se-iam…

O que é impor-tante ter em conta é que, nesses con-celhos, as empresas e outros investi-mentos não caíram ali de pára-quedas. Como em tudo na vida, primeiro foi necessário criar os alicerces ao de-senvolvimento. E o grande problema de Oliveira do Hospital, é que, fica sempre a sensação de que se quer começar a

construir a casa pelo telhado. A falta de ideias e de imaginação é

de facto confrangedora e contamina igualmente outras áreas da economia de Oliveira do Hospital. O comércio, por exemplo, vive momentos difíceis tam-bém graças à conjuntura de crise que Portugal atravessa, mas também muito em consequência de Oliveira do Hospi-tal não ter engenho para criar dinâmicas que captem visitantes e “impeçam” os oliveirenses de andar a cirandar por ou-tros concelhos, em busca de iniciativas que a sua terra não é capaz de gerar.

O que acabo de dizer, não é nenhum ataque mas antes uma preocupação. Ali-ás, recomendo vivamente aos leitores do Correio da Beira Serra uma leitura atenta à secção de Agenda/Cultura, para que se percebam as dinâmicas ao nível da oferta cultural que ocorrem nos nossos conce-lhos vizinhos. Já não vivemos no tempo da trilogia dos três “f ”: Fado, Futebol e Fátima. Mas um fado, por exemplo, até vinha a calhar!

HENRIQUE BARRETO

(…)o que é que a Câmara

Municipal – que nunca

sequer se deu ao trabalho

de promover uma reunião

com os empresários do

sector para poder antever e

preparar o futuro –, fez com

vista a poder, pelo menos,

minimizar os efeitos de uma

crise anunciada. (…)

dade da ligação do actual IC7 aquela auto-estrada na zona de Fornos de Algodres, já que com esta proposta poderemos redu-zir a sua extensão em cerca de 50% entre Nabais e Celorico da Beira, relativamente ao previsto no PRN.

Desta forma o tráfego que se dirige de Seia para a Guarda passará a dispor de uma auto-estrada a partir de Fornos de Al-godres, evitando-se a duplicação de cor-redores de carácter regional nesta zona e a consequente redução dos tempos de percurso.

Por outro lado, o PRN apenas prevê a ligação do IC37 entre Seia e Viseu, apre-sentando por esta razão grandes limita-ções para o tráfego com origem/destino em Viseu/Covilhã. Situação que poderá ser resolvida com o prolongamento do IC6 para sul, desde Oliveira do Hospital/Seia até Unhais da Serra, ponto a partir do qual, como referi, dispomos de projec-to de execução até à Covilhã.

Decidimos igual-mente lançar o IC12, entre Mangualde e Nelas, permitindo, assim, o acesso ao IP5.

CBS - Sintetica-mente, como é que o Governo está a arqui-tectar a ligação desta região ao litoral e à fronteira?

PC - A ligação ao litoral far-se-á atra-vés IC6, que ligará ao actual IP3, que ar-ticulando com o IC1 na Figueira da Foz, distribuirá o tráfego ao longo de todo o litoral. O lanço da A17 (IC1), entre Mira e Marinha Grande, com perfil de auto-estra-da, deverá estar concretizado em 2009.

A ligação à fronteira será concretizada através do IC7 que ligará à A25 (Vilar For-moso), que se encontra em construção e cuja conclusão está prevista para Setem-bro deste ano, em alternativa poderá re-correr-se ao IC37/IC12.

Outra alternativa será a interligação do IC6 com o actual nó de ligação à A23 na Covilhã, que se articulará no futuro com o IC31 até Monfortinho, cuja calendariza-ção dependerá do andamento dos projec-tos do lado Espanhol.

Relativamente a este itinerário foi acor-dada entre Portugal e Espanha, em Junho do ano passado, a sua construção com perfil de auto-estrada entre Castelo Bran-co e Monfortinho, e uma vez assegurada a sua continuidade em Espanha, constituirá uma nova ligação a Madrid.

CBS - E as acessibilidades à Serra da Es-

trela? O que é que está previsto nesta área?PC - As acessibilidades à Serra da Estre-

la dependem das conclusões do Estudo de Avaliação Estratégica que nós lançámos, mas o eixo estruturante será sempre o IC6 que ligará Oliveira do hospital à Covilhã.

Quero salientar, no entanto, que as intervenções no Parque Natural da Serra da Estrela, por integrarem zona da Rede Natura, deverão limitar-se à beneficiação das estradas existentes, devendo ser es-timulada a construção de parques de es-tacionamento, associados a meios mecâ-nicos para acesso às zonas mais elevadas do maciço.

CBS - O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital tem vindo a referir publicamente que “sobre o IC6, pouco ou nada sabe”. Há uns meses atrás também o criticou pelo fac-to de ter feito a apresentação do projecto nos concelhos de Seia e Tábua, deixando de fora o município de Oliveira do Hospital. Qual foi de facto a razão para que o projecto não tenha também sido apresentado em Oliveira do Hospital?

PC - O que posso dizer é que o estu-do de acessibilidades que referi, preten-de responder às pretensões dos autarcas desta região, incluindo o Sr. Presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, que solici-tou esta alteração ao PRN em reunião que teve comigo em Lisboa.

E quero deixar claro que estou total-mente disponível para visitar oficialmen-te o concelho de Oliveira do Hospital, de

onde sou natural e onde me desloco a título particular com frequência, des-de que para tal seja convidado pelo Sr. Presidente da Câma-ra, à semelhança do que sucedeu com os convites que recebi dos seus colegas das Câmaras de Tábua e de Seia, aos quais correspondi com agrado.

CBS - Que aprecia-ção faz sobre o facto de esta região – Olivei-ra do Hospital, nome-adamente – ter estado

votada ao abandono, em matéria de acessi-bilidades, durante estes anos todos?

PC - Lamento que os anteriores gover-nos não tenham investido em eixos es-truturantes como o IC6, o IC7 e o IC37. A intenção deste Governo é concretizar estas obras.

A região beirã, apesar de possuir um diversificado e qualificado património cultural e ambiental, apresenta níveis de desenvolvimento muito inferiores à média nacional, com forte perda demográfica, à excepção dos concelhos localizados ao longo dos principais eixos de comunica-ção, nomeadamente a A23 e a A25. Efecti-vamente, estas vias têm tido um impacto positivo no comportamento demográfico, assim como no estabelecimento de diver-sas actividades económicas em concelhos como a Guarda, Covilhã, Celorico da Beira, Fundão e Belmonte.

Para se atingir uma economia compe-titiva, aberta e integrada na região, inte-ressa reforçar e estruturar o eixo urbano Covilhã-Gouveia-Seia-Oliveira do Hospital, conectando-o com o sistema metropoli-tano do centro litoral. Valorizar o papel estratégico da região obriga ao dimensio-namento de uma rede de conectividade entre aquele sistema, a beira interior e a rede internacional. Só assim será possível a equidade com cidades como Coimbra, Viseu e Aveiro em termos de desenvolvi-mento e bem-estar das populações.

É, por isso, premente aproveitar o po-tencial do IC6 como eixo estruturante e estratégico para promover os fluxos turís-ticos, estimular complementaridades en-tre centros urbanos e assegurar ligações intra-regionais, relevantes para a coesão regional.

(…) foi o actual governo que

tomou a decissão de adjudicar

o IC6, entre Catraia dos Poços

e Vendas de Galizes (…)

Correio da Beira Serra 31 de Março de 20064 O P I N I Ã O

O futuro da saúde no concelho de Oliveira do Hospital é pre-ocupante. Tudo se decidiu nos anos 80, perante o silên-

cio e indiferença das populações. As con-sequências dos erros praticados já estão à vista ou, surgirão num futuro próximo.

Oliveira do Hospital, Seia e Arganil po-dendo também incluir-se Tábua e Gouveia são, todos eles, concelhos bastante dis-tantes de um bom hospital com urgências de qualidade. Nós localizamo-nos a cerca de 80 km de Coimbra, da Guarda ou de Viseu.

De todos estes concelhos só Seia tem um hospital suportado directamente pelo Estado, isto é público. O de Oliveira do Hospital pertence a uma Fundação e o de Arganil a uma Misericórdia.

Após o 25 de Abril a Fundação entrou em rotura e a Câmara e o Estado toma-ram conta da sua gestão. Nos anos 80, perante a situação de haver dois hospitais com gestão do Estado – o de Seia e o de Oliveira –, o Ministro da Saúde de então, Maldonado Gonelha, comprometeu-se a criar um Hospital Distrital dividido pelos dois concelhos, e tentar resolver o pro-blema de Arganil após negociações com a Misericórdia.

O Ministério da Saúde estava disposto a indemnizar a Fundação e a financiar as

obras de readaptação dos três Hospitais, localizando em Seia e Arganil as valências médicas e em Oliveira do Hospital o siste-ma de urgências. Envolvi-me neste projec-to porque pensava, e continuo a pensar, que tinha sido a melhor solução para a população dos três con-celhos. Fui insultado e caluniado e dias antes do Prof. César de Olivei-ra ter ganho a Câmara, o Presidente da mes-ma resolveu entregar a gestão da Fundação à antiga direcção, invia-bilizando, assim, todo o projecto do Ministro Gonelha.

Restava ao Prof. Cé-sar de Oliveira bater-se por um Centro de Saú-de. Como é óbvio, a pri-meira tentativa do Prof. foi construir o Centro de Saúde junto do hos-pital, pagando à Funda-ção o valor do terreno. Era o sítio certo. Consultas de um lado, meios de diagnósti-co do outro. Tal construção não foi aceite pela direcção da Fundação e o Centro de Saúde foi localizado no local errado.

Após a saída do PS do governo entra o

P.S.D. e o governo do Prof. Cavaco anun-ciou a criação do Hospital Distrital em Seia. Agora, possivelmente até ao final do ano, vai ser lançada a construção desse novo Hospital Distrital com 70 camas.

Localizado o Centro de Saúde no sítio errado, a prazo o que nos vai acontecer? Seia vai ter um Hospital do Estado, moderno. E nós, uma Fundação que se transformará numa clínica privada, porque muitos dos acordos públicos das consultas de especialidade serão absorvidas pelo servi-ço público criado em Seia.

Não me restam dú-vidas de que a prazo, será o Hospital Distri-tal de Seia a fornecer alguns cuidados de saúde de especialidade à população do nosso

concelho. Agora, surge-nos ainda o plano de reestruturação do funcionamento dos Centros de Saúde, das 0 às 8 horas, mas estou convicto de que o Ministro da Saú-de não se atreverá a mexer no de Oliveira do Hospital, pela simples razão de estar-

mos a uma hora de distância de qualquer centro de urgência de qualidade.

Sei, todos sabemos, que o Centro de Saúde não tem meios técnicos de diag-nóstico mas é um ponto importantíssimo de apoio à população que não tem qual-quer outro recurso a não ser a 80 km de distância.

Era fundamental que o Centro de Saúde e a Fundação criassem um bom serviço de raiz pública. Quase tudo é pago por nós. Não é aceitável ver a Fundação a desviar-se para o privado e a maioria dos médicos do Centro de Saúde para os consultórios. Ainda bem que a Direcção do Centro está nas mãos de quem só vive do serviço pú-blico e que tem autoridade para colocar algum bom senso nos interesses.

A saúde é um bem demasiado impor-tante para poder ser transformada num negócio. Há no concelho um amorfismo preocupante e um desprezo pela causa pública que sempre me preocupou. A re-verência a interesses mesquinhos, a passi-vidade egoísta e o deixa andar, à espera de alguém que solucione os problemas vão afundando o Concelho. O estado da Saúde é bem a radiografia disso.

A falta de visão do futuro e as decisões em cima do joelho têm consequências. O pior é que quem paga a factura das más decisões é sempre a população.

“(…) Não é aceitável ver a Fundação a des-

viar-se para o privado e a maioria dos médicos

do Centro de Saúde para os consultórios. Ainda bem que a Di-

recção do Centro está nas mãos de quem só

vive do serviço público e que tem autoridade

para colocar algum bom senso nos interesses.”

ANTÓNIO CAMPOS

O P I N I Ã O O futuro da saúde no concelho

Enfim, as Freguesias com menos de 1000 Eleitores, recebem uma média de 24 mil Euros, por ano, do Orçamento de Estado. Uma

miséria e uma nódoa no regime demo-crático em geral e no poder local em par-ticular.

Os governantes, de sucessivos gover-nos, volta e meia lembram-se de tecer loas às Juntas e Assembleias de Fregue-sia – “o poder político-institucional de maior proximidade com as populações” – dizem então. Às vezes, até fazem al-gumas promessas, mas não se decidem é a mandar mais dinheiro para que, por cá, se possa trabalhar mais e com maior independência em relação às Câmaras e ao próprio Governo.

Pelo contrário, com frequência, esses mesmos governantes atiram é com mais responsabilidades para cima das Fregue-sias sem transferirem os meios – téc-nicos e financeiros – para se lhes fazer frente com dignidade e eficácia. E ele é o registo dos cães e dos gatos e as “mul-

tas” a quem não cuidar desses aspectos; é a fiscalização dos poços e dos furos artesianos; é a fiscalização das matas por limpar e a aplicação das coimas res-pectivas (por eventual delegação camarária); é o preenchimento das declarações de IRS (trabalhar de graça para as Finanças...); é o registo das aves “em prisão domiciliária” a pretexto da prevenção da “gripe das aves” (trabalhar de graça para o Ministério da Agricultura...); e até já falam da cobrança de impostos através das (Juntas de) Freguesias. Mesmo a GNR não se coíbe de incentivar as Juntas de Freguesia a denunciarem “factos” estranhos que se detectem por cá, nas nossas Povoações... Entretanto, o Governo incrementa o des-

pedimento dos “funcionários públicos” e o encerramento de uma série de serviços públicos, sobretudo em vastas regiões do interior do País...

Quer dizer:– assim se vai desvirtuando e fazendo degenerar as funções das Autar-quias Locais enquanto órgãos eleitos para servir as Populações e não para as fiscalizar e perseguir, a pretextos vários! Por este andar, e se não houver uma rejeição inequívoca destes atentados ins-titucionais contra o Poder Local Democrá-tico, as Juntas de Fre-guesia vão ser trans-

formadas em terminais eminentemente fiscalizadores e repressivos, às ordens do Poder Central. Aliás, já só faltará atribuir-lhes funções efectivas de polícia (com um

“Regedor” e um “Cabo de Ordens” como acontecia durante o regime fascista)...

Bem, às próprias Freguesias, aos seus Autarcas e, particularmente, à ANAFRE, Associação Nacional de Freguesias, cabe a responsabilidade de dizerem “não e não”, repete-se, a estas tentativas go-vernamentais em curso para transformar as (Juntas de) Freguesias em terminais (burocráticos e repressivos), também às ordens do Poder Central porque, sem verbas próprias, muitas Freguesias já vão estando “às ordens” das Câmaras Municipais...

Aquilo de que se precisa, aquilo que as Populações precisam e a que as Fre-guesias têm direito, é de uma outra Lei das Finanças Locais com muito mais ver-bas do Orçamento de Estado para a Ad-ministração Local e directamente para as Juntas de Freguesia. A seguir, “deixem-nos trabalhar”... Ah! E que as Finanças continuem a cobrar os impostos sobre-tudo a quem, muitas vezes fraudulenta-mente, os não paga...

JOÃO DINIS

O P I N I Ã OFreguesias sob pressãomas sem dinheiro...

“(…) se não houver uma rejeição inequívoca destes atentados institucionais

contra o Poder Local Democrático, as Juntas de Freguesia vão ser transfor-madas em terminais emi-nentemente fiscalizadores e repressivos, às ordens

do Poder Central...”

Ficha Técnica Administração: António dos Santos Lopes Direcção Editorial: Henrique Barreto - [email protected] Jornalista Principal: Liliana Lopes - [email protected] Desporto: Editor: José Carlos Alexandrino, João Jorge Colaboradores Permanentes: Adelaide Freixinho, Agnelo Vieira, António Campos, Carlos Portugal, João Dinis, José Augusto Tavares, Luís Torgal, Pedro Campos, Rui Santos. Deptº. Comercial: Isabel Mascarenhas Projecto Gráfico: Jorge Lemos Impressão: CIC – Coraze Sede, Redacção e Publicidade: Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 – 1º Esqº - 3400-075 Oliveira do Hospital, Telef.-Geral: 238086546 Correio Electrónico: [email protected] Edição Internet: www.correiodabeiraserra.com Entidade Proprietária: Temactual, Lda, Matric. na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira do Hospital sob o número 507601750, Contribuinte: 507601750, Capital Social: 25,000 Euros Nº de Registo no ICS: 112130Tiragem Média Mensal: 6.000 exemplares Detentores de mais de 10% do capital da empresa: AHL -Investimentos e Participações, SGPS, SA.; Henrique Manuel Barreto Pereira de Almeidawww.correiodabeiraserra.com

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 5L O C A L

A intenção do Governo extinguir e fundir freguesias com menos de mil eleitores não agradou aos eleitos locais, nem à ANA-

FRE que não aceita que a medida avance com base na “racionalização de recursos financeiros”. Em declarações ao Correio da Beira Serra, o presidente da estrutura lembrou que “as freguesias pesam apenas 0,21 por cento no Orçamento de Estado”, por isso, entende que “a racionalização de recursos deveria começar na Adminis-tração Central”. Para Armando Vieira, “a medida não pode ser aplicada de régua e esquadro, como regra matemática” por-

que – como explicou – “uma freguesia rural será muito mais penalizada do que uma urbana”.

Apesar de ainda não ser conhecida a decisão final do Governo, Armando Vieira acredita que “se esta medida for seguida à regra, os habitantes das freguesias mais afastadas da sede do concelho perdem a única âncora de ligação com a Administra-ção Pública”, e por conseguinte “deixam de poder contar com a Junta para a reso-lução dos seus problemas”. Esta opinião

é partilhada por Manuel Garcia, presiden-te da Junta de Freguesia de S. Gião que tem apenas 612 eleitores. “As pessoas não iriam entender, nem aceitar esta medida porque a freguesia tem uma grande área geográfica e os recursos são poucos”, re-feriu o autarca ao CBS explicando que “se agora já é difícil o acesso à Junta, a fusão com outra iria piorar a situação”. Manuel Garcia lembrou ainda que “a população quando vota para a Junta de Freguesia, sabe em quem vota e com quem pode

contar”. Logo, “a extinção de autarquias levaria a um profundo afastamento entre a população e o poder autárquico”.

O projecto sobre a fusão e extinção de freguesias deverá estar concluído no final de 2006, e Armando Vieira está convicto de que Governo irá centrar-se apenas nos grandes centros urbanos, acima dos 50 mil eleitores.

A vontade da ANAFRE é que a medida não seja aplicada, mas para isso Armando Vieira defende que “seja desenvolvida a lei do associativismo das freguesias e que às mesmas sejam atribuídas competências”. No entanto, para que tal seja possível – como o próprio frisou – “a Associação deverá ser dotada de mecanismos e recur-sos humanos qualificados capazes de dar resposta às exigências da Administração Pública”.

ANAFRE contra projecto do Governo

Quinze freguesias em risco de extinçãoSe o Governo levar por diante

a intenção de extinguir e fun-

dir autarquias, o concelho de

Oliveira do Hospital corre o

risco de perder algumas das 21

freguesias, porque 15 delas têm

menos de mil eleitores. Quem

se opõe é o presidente da Asso-

ciação Nacional de Freguesias

(ANAFRE) que não aceita que

“a medida seja aplicada como

regra matemática”.

O liveira do Hospital surge nes-te momento como um dos concelhos da região com maior taxa de desemprego.

De acordo com a informação do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) relativa ao passado mês de Fevereiro, que é a última disponível, o concelho de Oli-veira do Hospital tem 707 pessoas em situação de desemprego. A este número, falta no entanto acres-centar ainda os quase 100 trabalhadores que ficaram sem trabalho por via do encerramen-to da Infinitum.

De acordo com o IEFP, em Oliveira do Hospital o desemprego afecta principalmente as pessoas com idades compreendidas entre

os 35 e os 54 anos. Um outro grupo etário muito atingido é o dos cidadãos entre os 25 e os 34.

Entre os concelhos com maior número desemprego na região, destacam-se Seia, Gouveia e logo a seguir Oliveira do Hospi-tal. Contudo, quando os trabalhadores da Infinitum entrarem na base de dados das estatísticas do IEFP, Oliveira do Hospital sobe para o segundo lugar do “ranking”.

Situação pode agravar-se ainda mais

Oliveira do Hospital entre os concelhos com mais desemprego

Presidente da ANAFRE defende que a medida não pode ser aplicada de rega e esquadro

Correio da Beira Serra 31 de Março de 20066 E D U C A Ç Ã O

LILIANA LOPES

Correio da Beira Serra – Qual a impor-tância da ESTGOH no concelho e na região da Beira Serra ?

Francisco Neves – Esta escola foi pen-sada em termos regionais mas com uma abrangência nacional. Uma região tem li-mites e se também limitamos o conheci-mento, estamos a fazer um mau trabalho. Por isso, a ESTGOH tem razões para se orgulhar. Ainda no ano passado a escola ficou no quadro de honra dos trabalhos apresentados na “Euroweek” e, este ano, também vai estar presente na República Checa. Concorremos ao desafio do Grupo Lena - “Lena Business” – e dos 13 projec-tos aprovados a nível nacional, três são da ESTGOH. Também concorremos para a apresentação de planos de Marketing para a Optimus e, portanto, tudo isto é um reconhecimento a nível nacional e não tenho dúvidas de que a escola se está a impor. No ano passado 60 por cento dos alunos colocados escolheram esta escola como primeira opção.

CBS – A ESTGOH iniciou a sua actividade no ano lectivo de 2001/2002. Passados cin-co anos quais são as principais dificuldades sentidas?

FN – Estamos numa região do inte-rior, onde a demografia não é elevada e o número de candidatos está a diminuir. Porém, esta escola faz sentido enquanto escola pequena. Queremos acreditar que os nossos governantes também permitem escolas pequenas. Espero ver boa vonta-de da parte das pessoas que nos tutelam porque o corpo docente não vem para cá se não tiver estabilidade. Por isso, nós apostámos na formação do nosso corpo docente, que nos permite ter quase a to-talidade dos docentes com mestrado ou na fase terminal, e até já temos docentes

em doutoramento. CBS – Como é que explica o reduzido nú-

mero de alunos?FN - Neste ano lectivo não tivemos

alunos para o curso de Engenharia Civil e do Ambiente, mas nos outros cursos recebemos alunos em número suficiente para garantir o funcionamento da escola. A redução do número de alunos verificou-se em todas as escolas a nível nacional. Quanto ao Curso de Engenharia Civil e de Ambiente a falta de alunos está directa-mente ligada à falta de interesse por dis-ciplinas como a Matemática, a Física e a Química. E este desinteresse começa no ensino básico.

CBS – A ESTGOH pugna por novas insta-lações. O que é está a falhar para que não se avance com as obras da futura escola?

FN – Eu acredito que o Estado é de bem. Houve compromissos assumidos en-tre o Ministério da Ciência e Ensino Su-perior, a Câmara Municipal e os serviços centrais do Instituto Politécnico de Coim-bra (IPC) para que se consigam instalações novas para esta escola. Acredito no Estado e verifico que a Câmara e o IPC continu-am a cumprir os compromissos assumidos inicialmente. O terreno para a obra foi ce-dido pela Câmara Municipal que continua a colaborar connosco e o ante-projecto de arquitectura da nova escola já seguiu para o Ministério. Acredito que ainda este ano possa ser disponibilizado dinheiro para pagar a parte do projecto em termos de especialidades. A Escola contribui com os projectos de especialidade, mas é preciso definir os cadernos de encargo, porque os docentes não podem fazer tudo sozi-nhos.

CBS – Alguma vez temeu o encerramento da ESTGOH?

FN – Nunca temi, porque quando me convidaram para vir instalar esta escola, e quando tomei posse, foi-me dito para ser pensada uma escola pequena e com quali-dade. Por isso, eu apelo para que me dei-xem ter uma escola pequena e bem pre-parada. A redução do número de alunos não me assustou. A nossa preocupação é apostar numa formação de qualidade e

isso reflecte-se na boa aceitação dos nos-sos estagiários por parte dos empresários que os acolheram. O nosso reconhecimen-to nacional e regional é prova viva da nos-sa aposta na qualidade.

CBS – O funcionamento da escola não depende exclusivamente da qualidade. Não é essencial a captação de novos alunos?

FN – É evidente que se não houver alu-nos a escola não pode funcionar. No caso do Curso de Engenharia Civil e do Ambien-te, que no ano passado não teve alunos colocados, se continuar assim terá que ser encerrado. Mas, os outros cursos tiveram um número de alunos que eu considero acima do que é razoável. Nós temos os alunos suficientes para manter a escola pequena e de qualidade que pretendemos. Acredito que há ainda outros cursos que podem ser implementados aqui, para ser-vir a região e o país. Para captarmos novos alunos é preciso mudar as mentalidades a nível nacional relativamente à dicotomia Universidade/Politécnico. No nosso caso é essencial que os presidentes de câmara dos concelhos limítrofes se abram a toda a região e não se limitem à sua área geo-gráfica. Cabe aos autarcas valorizar toda esta região e mentalizar os seus jovens de que em Oliveira do Hospital existe uma escola de ensino superior de qualidade a nível externo. O caminho desta escola faz-se caminhando e o ideal era até que se chamasse Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Beira Serra, porque provavel-mente seria mais atractiva.

CBS – É possível atrair alunos para uma escola onde faltam condições?

FN – De facto, a captação de alunos depende das boas condições oferecidas pela escola e só se justificam novas insta-lações havendo alunos. As boas condições enchem o olho a qualquer um, mas na ver-dade quando os alunos cá chegam ficam rapidamente maravilhados com a forma como são ambientados. A relação entre

ENTREVISTA > Francisco Neves ao CBS

“Nunca temi o encerramento da Escola”Firmando a sua aposta em áreas

de formação viradas para as

novas tecnologias, a Escola Supe-

rior de Tecnologia e Gestão de

Oliveira do Hospital (ESTGOH)

visiona um futuro incerto justifi-

cado pelo decréscimo do número

de alunos e pela inexistência de

instalações adequadas. A escola

iniciou a sua actividade no ano

lectivo de 2001/2002 com dois

cursos bietápicos e actualmente

permite a frequência em quatro

licenciaturas. A tendência de

crescimento não é geral por que

a falta de alunos começa pintar

de negro o futuro da escola.

Francisco Neves: “A redução do número de alunos não me assustou”

Novas instalações da ESTGOH com capacidade para 2000 alunos

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital está vocaciona-da para o ensino das áreas de gestão e engenharia e tem como principal objectivo a formação de recursos humanos para o tecido económico da região e do país. A ESTGOH foi perspectivada pelo Instituto Politécnico de Coimbra com o objectivo de “contribuir para o desenvolvimento da região e do país, por forma a responder à re-lação oferta/procura dos candidatos e empregadores, privilegiando a mobilidade de jovens ao nível nacional e, simultaneamente, de constituir a primeira preferência dos estudantes naturais dos concelhos limítrofes de Oliveira do Hospital”.

Iniciou a sua actividade lectiva no ano académico de 2001/2002 com dois cursos bietápicos de Administração e Finanças e Engenharia do Território e do Ambiente. O curso bietápico de Engenharia de Sistemas de Informação e Redes, aprovado pelo Ministério da Educação em simultâneo com os primeiros, teria início apenas no ano lectivo seguinte e já com outra designação. Em 2002, foi alterado o seu nome para Engenharia de Computadores e de Sistemas Informáticos, o mesmo acontecendo com o curso de Engenharia do Território e do Ambiente, que passou a denominar-se Engenharia Civil e do Ambiente. A ESTGOH funciona actualmente nas instalações do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, as quais foram remodeladas e adaptadas às necessidades de uma instituição de ensino superior. Para além da responsabilidade nas obras de adaptação do edifício, a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, cedeu um espaço situado na zona limite da cidade, onde serão edificadas as instalações definitivas da Escola, com capacidade para 2000 alunos. Neste momento esse é o principal desafio, porque novas instalações significam a captação de novos candidatos, sendo que neste momento a ESTGOH conta com 466 alunos.

“(...) Se ainda continuo nesta

escola é porque quem me

pode ter cá, ainda acredita

em mim e nas minhas capaci-

dades. Eu próprio reconheço

que tenho feito um bom

trabalho como director e

acredito que esta escola há-

de vir a ter aquilo que ainda

não teve. (...)”

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 7E D U C A Ç Ã O

Processo de Bolonha“Adaptação terá que ser progressiva”

Dois mil e dez é a data prevista pelo ministro da Ciência e Ensino Superior para que o processo de Bolonha esteja implantado em Portugal. Está em causa um com-promisso assumido pelos Estados da União Europeia que visa a criação de “um es-paço europeu do Ensino Superior”. Porém, para que as Universidades e Politécnicos participem neste processo são necessárias reformas profundas que permitam uma maior eficácia, modernização e simplificação das instituições com vista a alcançar o desejável patamar de excelência.

Apesar de ainda não ser conhecida a lei final que regula o processo de Bolonha, o desafio já está lançado e é neste momento uma realidade ao nível do ensino su-perior no nosso país. Questionado pelo CBS acerca desta matéria, Francisco Neves mostrou-se confiante em relação ao processo de Bolonha e às suas vantagens porque “é mais abrangente e permite a integração e mobilidade de docentes e estudantes a nível europeu”.

Conhecedor das linhas gerais que definem este processo, o Director da ESTGOH entende que o melhor para a escola é que “a adaptação seja progressiva”, na medida em que “tudo será repensado, principalmente as metodologias de ensino”.

O processo de Bolonha implica um ensino prático que vai de encontro com o tipo de metodologia aplicada no ensino politécnico, mas que na opinião de Francisco Neves acaba por ser confundido com as universidades. “O problema é que as univer-sidades são cada vez mais práticas porque pegam nos cursos com conteúdo politéc-nico. E os politécnicos não lutam em termos de igualdades com as universidades”, referiu o director da escola ao mesmo tempo que se mostra preocupado com o facto de “ainda hoje se valorizar mais o estudante que frequenta a Universidade do que o que frequenta o Politécnico”. Porém, Francisco Neves está confiante porque – como sublinhou – “o politécnico tem-se imposto muito bem no estrangeiro”.

professores, funcionários e alunos é muito boa e isso traduz-se nos resultados finais. Aqui, os alunos são tratados quase como filhos, e têm ao seu dispor boas condições laboratoriais e pedagógicas. Não há esco-la que possa dar as condições que nós da-mos em termos de apoio pessoal.

CBS – A ESTGOH foi criada no mesmo ano que a Escola Superior de Turismo e Tele-comunicações de Seia, sendo que esta última já está a funcionar em novas instalações. Em seu entender porque é que a obra da ESTGOH tarda em avançar?

FN – Não é possível fazer comparações nesta matéria. A Escola de Seia iniciou o projecto de novas instalações mais cedo e pertence ao Instituto Politécnico da Guarda. Se ainda continuo nesta escola é porque quem me pode ter cá, ainda acre-dita em mim e nas minhas capacidades. Eu próprio reconheço que tenho feito um bom trabalho como director e acredito que esta escola há-de vir a ter aquilo que ainda não teve. A ESTGOH apareceu numa altura considerada muito má e nós temos sentido várias dificuldades. Porém, acredi-to que com o nosso esforço, o da Câmara e o compromisso da tutela, a escola virá a existir ao nível de novas instalações, por-que como estabelecimento de ensino já existe e está a fazer um bom trabalho.

CBS – A ESTGOH colocou os seus primeiros finalistas no mercado de trabalho, em regime de estágio. Estes estagiários poderão signifi-car “novos ares” para a economia local?

FN – Nós estamos numa fase de trans-formação em termos sociais e, para ul-trapassar positivamente essa situação, o próprio Governo aposta na formação das pessoas. Acredito que este aumento de formação, especialmente nesta escola e em áreas consideradas fundamentais para o desenvolvimento do país, irá contribuir para ajudar a resolver os problemas que se verificam no concelho e a nível nacio-nal. Mas, temos que ser realistas porque os problemas que hoje existem já deviam ter sido previstos e resolvidos ontem e não hoje, para que não chegassem à si-tuação a que chegaram. Nós estamos a formar gente para amanhã e os problemas mais urgentes são os de hoje. Os nossos estagiários não são os salvadores.

CBS – Qual é o “feedback” que tem rece-bido dos empresários que acolheram os es-tagiários?

FN – O “feedback” tem sido muito po-sitivo. Ainda não é mensurável esse grau de satisfação, mas sabemos que há empre-sários que pretendem admitir estagiários. Este é um sinal favorável, porque estes alunos estão a dar credibilidade à escola. Por outro lado, os empresários também nos deram credibilidade ao aceitarem a in-tegração de um estagiário na sua empre-sa. Estamos muito agradecidos a todos os que viram com bons olhos este programa de estágios, porque se no início a escola era vista com algumas reticências, agora é elogiada por todos.

Só faz sentido falar-se de “po-der local“ quando as autarquias (Municípios e Freguesias) são dotadas de meios económicos

suficientes para fazerem obra. No entan-to, e por outro lado, também é indispen-sável que os titulares dos órgãos dessas mesmas autarquias tenham poder de iniciativa, sejam escrupulosos gestores, consigam distinguir as obras que, efec-tivamente, contribuem para o desenvol-vimento do espaço territorial pelo qual são responsáveis, daquelas pequenas que, embora necessárias, apenas são um paliativo para as popu-lações. E quando digo que os “governantes locais “ devem ter uma gestão criteriosa refiro-me, essencialmente, ao critério objectivo, im-parcial - isto é, justo e democrático - com que programam, não só as obras em cada lugar da freguesia ou em cada freguesia do concelho, mas também ao rigor nas habilitações, na competência, na capa-cidade de empreendi-mento que preside à selecção dos “ técnicos “e restantes funcioná-rios que irão desem-penhar as funções que lhes competem .

É que se uma obra é deficientemente programada, se não foram antevistas a funcionalidade, o aspecto geral e as consequências de se optar por esta ou aquela solução, quer se queira quer não, é aos dirigentes e não aos técnicos que são assacadas res-ponsabilidades, pelo menos no domínio público. Internamente a “culpa pode morrer solteira“ mas em termos políti-cos, em termos de avaliação pública, aí não há dúvida de quem arca com a valia do que se fez ou ficou por fazer. E todos nós sabemos que é assim. Quando ve-mos uma obra daquelas que dão gosto ter em qualquer concelho, dizemos: os

autarcas deste concelho são de visão - e nunca referimos que essa autarquia tem bons técnicos (aos quais, como e óbvio, cabe o mérito da sua execução no que concerne ao desenrolar interno e nas autarquias e há alguns técnicos, funcionários e trabalhadores excepcio-nais , mas não são eles a face visível da autarquia ).

Cada vez é mais necessário muito “en-genho e arte “ para com pouco se fazer muito. Conheço um Município, com cer-ca de vinte mil eleitores, que consegue milagres no que respeita a obras estrutu-

rantes para o desenvol-vimento do concelho, sem quaisquer receitas que não sejam comuns à generalidade dos Mu-nicípios. O seu segredo está na estruturação interna (a qual começa nos dirigentes ) por-quanto não embarcou na tentação de “arran-jar“ mais um lugar para o amigo, para o conhe-cido, etc. e, consegue gastar em despesas de pessoal ( incluindo os tais dirigentes) cerca de quinze por cento das receitas globais de que dispõe. Conse-quentemente “sobram“ à volta de oitenta e cin-co por cento de receitas para investimentos !

Este tipo de procedimento, além de ser aquele que o dinheiro de todos nós deve merecer a quem exerce cargos pú-blicos (quer a nível local quer aos gover-nantes do país), poderá a curto prazo não trazer os votos desejados - mas a médio e longo prazo dará o reconhe-cimento do tipo de governante que o País necessita a todo o custo e leva o desenvolvimento, a fixação de emprega-dores, a criação de riqueza e de postos de trabalho às populações que tiveram a sorte ou a sabedoria de terem go-vernantes que actuam com critérios de “ excelência “!

É necessário muito engenho e arte

“(…) se uma obra é deficientemente

programada, se não foram antevistas a funcionalidade, o aspecto geral e as consequências de

se optar por esta ou aquela solução, quer se queira quer não, é aos dirigentes e

não aos técnicos que são assacadas res-

ponsabilidades (…)

MARIA ADEL AIDE FREIXINHO

O P I N I Ã O

Edição On-line

www.correiodabeiraserra.com

A informação num minuto

Correio da Beira Serra 31 de Março de 20068 O P I N I Ã O

(…) nestes dias, ao consultar o

roteiro cultural do burgo esperando

encontrar um antí-doto para a rotina do fim-de-mana, senti uma sensa-

ção algo estranha. Assim como que uma mistura de

desolação e triste-za com uns pingos de vergonha (…) por cá são se pas-

sa nada (...)”

JOSÉ AUGUSTO TAVARES NUNES

O P I N I Ã O

Então como é que vai a minha prima? Já combinaste com o teu marido quando é que aparecem aí para limpar a mata? Olha que aquilo é um perigo e os incêndios es-tão quase aí mulher. Depois não digas que eu não te avisei…

Por cá, é que isto não está nada fácil. Vê lá tu que afinal a fábrica onde o Zé tra-balhava também já foi por água abaixo e foram todos para o desemprego. Agora, não sei como é que a gente se vai safar. Isto está bom é “prós” políticos, então vê lá que há dias até me disseram na merce-aria da Esmeralda que aqui o senhor pre-sidente, um homem tão novo vê tu bem,

também já se reformou e está quase com seiscentos contos. Esses é que se sabem governar, ó prima. São todos iguais.

A nossa tia Luísa anda doida de todo e agora deu em matar as coitadas das gali-nhas por causa da gripe. Eu não percebo nada, mas ela diz que não está para ter trabalhos e que agora até é preciso ir re-gistar o “vivo” lá na Junta. Ontem, vê lá, tive que ir à vizinha para me deixar pôr lá umas coisas na arca dela porque a nossa está “atulhada” de bicharada.

Ando com a minha cabeça toda “bara-lhadinha” por causa do raio do período que este mês ainda não me veio. Ando aqui a contar a porcaria dos tostões e nem comprei a “pirula”. Queres ver que ainda tenho que ir outra vez fazer um “desman-che”? E se for, onde é que eu hei-de arran-jar tanto dinheiro?

A tua irmã Lúcia é que me parece que endoideceu de vez desde que se meteu lá

na política. Então vê lá tu que em vez de estar sossegada com o empregozinho que lhe arranjaram lá na escola vai meter-se aí com uns senhores do PSD que vieram cá à terra para assinar uns papéis e que ainda, por cima, andaram a guerrear-se com o presidente da câmara. Então, não é doida? Olha, agora diz-se que por causa dessas e outras que tais o senhor Mário lá da câmara, que nunca mais o vi por aí a jogar à malha, já despediu aquele senhor que andava sempre com ele e que nem me lembra como é que se chama.

O Ricardito, que agora passa horas ao computador a ver aquele jornal daquele senhor Lopes do “Roisroice”, disse-me que leu lá que o coitado saiu da câmara com dois sacos de plástico na mão. Então, achas que isto também se faz prima? Mas nem queiras saber… há dias, na mercearia da Esmeralda também estavam a dizer que eram todos tão amigos e agora andam lá

com uma “peixeirada” que é uma pouca-vergonha e que já só falta andarem à por-rada. Sabes que isto agora com essa coisa que acho que chamam “intrenet” tudo se sabe. Noutro dia, até a prima Josefina das Seixas que está no Brasil me telefonou a dizer que tinha lido lá também no com-putador que a fábrica do Zé estava para fechar… ainda soube primeiro que eu porque, para variar, nesse dia o Zé chegou a casa às tantas da noite.

Olha, vou acabar porque vem aí o meu Zé e, quando vai ao futebol, vem sempre com o grão na asa. Ai, só tenho quem me arrelie! Ah, já me esquecia: o Ricardito dis-se-me para quando te apetecer falar comi-go para falares por o “emaile” que ele me apontou aqui: [email protected].

Com Saudade,Maria Alice

M ais do que pelo número de rotundas e seus “obeliscos”, a qualidade de vida numa cidade mede-se, também,

pela quantidade e diversidade de aconte-cimentos lúdicos, desportivos e culturais postos à disposição dos cidadãos. A sá-bia frase bíblica “...nem só de pão vive o homem...” poderá aplicar-se igualmente neste contexto. Salvo raras e honrosas excepções, a assimetria regional neste domínio é demasiado evi-dente e será também um factor que, de uma forma mais ou menos consciente, pesa na decisão de fixação das pessoas no interior, principalmente aquelas que pela sua formação aca-démica ou cultural sentem mais necessidade de “dar alimento ao espírito”. A propósito de honrosas ex-cepções merecem realce e louvor as iniciativas que têm sido promovidas na vi-zinha cidade de Seia onde se destacam o Festival In-ternacional de Cinema e Ví-deo de Ambiente da Serra da Estrela (Cine Eco) bem como o, mais recente, Fes-tival de Jazz e Blues. Isto, para não falar de outras, como por exemplo, Tonde-la que tem o privilégio de ter há longa data a sempre dinâmica Associação Re-creativa e Cultural (ACERT), com eventos e actividades de grande qualidade e diversi-dade, constituindo uma indiscutível refe-rência no panorama nacional. Nestes dias, ao consultar, o roteiro cultural do nosso burgo esperando encontrar um antídoto para a rotina do fim-de-semana, senti uma sensação algo estranha. Assim como que

uma mistura de desolação e tristeza com uns pingos de vergonha. Recorri a um ami-go normalmente melhor informado nestes domínios e a resposta acabou comigo: Por cá não se passa nada! Bem, não tinha gran-des alternativas. Ou meter-me no carro e arrancar daqui para fora, ou passar pelo bar do costume e afogar as mágoas num copo, petiscando dois dedos de conversa,

ao lado de muitos outros que, como eu, padecem do mesmo mal. Será que não há por cá gente com iniciativa? Será que é por falta de meios? Será que não existe uma entidade local que dinamize e apoie as organizações? Será que todos nós nos refugiamos no comodismo fácil do “não te rales”, empantur-rando-nos com o “fast food” de um qualquer pro-grama medíocre de televi-são? Um concelho como Oliveira do Hospital com população, com muitas associações recreativas e culturais, com estabeleci-mentos de ensino desde o básico ao superior passan-do pelo profissional e com um município que (consta) goza de boa saúde finan-ceira, precisa de ser espe-vitado. Tem que, por cá, se passar alguma coisa! Alto! Acabaram de me dizer que vem aí o Ciclo de Teatro

da Primavera que irá decorrer na Casa da Cultura César de Oliveira – Óptimo, não há regra sem excepção! Bem, vamos ver se desta vez temos casa cheia para não se aplicar o provérbio “dar nozes a quem não tem dentes”. É muito importante que uma cidade ou um concelho sejam notícia por bons motivos.

Por cá não se passa nada!

N a minha condição de vice-pre-sidente da Federação Portu-guesa de Basquetebol tenho estado ultimamente em con-

tacto com a Câmara Municipal de Anadia tendo em vista a realização da Final da Taça de Portugal, competição de maior relevo que se vai disputar neste belo con-celho do Distrito de Aveiro.

Se a realização desta competição em Anadia é de saudar já que estes grandes eventos ganharam enorme expressão fora “das grandes cidades”, é de realçar a visão do futuro e o entendimento da “força” do fenómeno desportivo que a Câmara Mu-nicipal revelou ao “meter ombros” a uma realização que, para além de levar para Anadia grandes equipas na-cionais, terá também uma enorme cobertura mediáti-ca com os “media” em peso na bela cidade e com a cer-teza de que o concelho es-tará a promover-se (hotéis, restaurantes, etc., estarão cheios…) e beneficiará ain-da da transmissão directa de sete jogos pela televisão…!

É evidente que esta com-petição só se disputa em Anadia porque a autarquia tem realizado uma obra notável no conce-lho! Para além de ser “quase tudo novo em Anadia” (mercado, escolas, Câmara, mu-seus, etc.), também a área desportiva não foi descurada, sendo agora uma agradável surpresa visitar a zona desportiva com um estádio relvado, dois campos sintéticos de apoio, cinco courts de ténis, uma piscina “fabulosa” e agora um novíssimo pavilhão de grande qualidade!

Que grande salto qualitativo em Anadia!Novas circulares bem dimensionadas,

avenidas e ruas largas, com estaciona-mentos, trânsito disciplinado, estaciona-mentos bem ordenados e, naturalmente, com a área do desporto e lazer a perse-

guir a qualidade como deve ser apanágio das cidades em franco progresso! Julgo que Anadia é um bom exemplo para ou-tras zonas do país que necessitam de se “abrir ao futuro”, o que significa “mexer” com os diversos vectores dos concelhos sejam eles de cariz social, económico, cul-tural e, por extensão, também de ordem desportiva.

O desenvolvimento turístico/desporti-vo passa, não só pelas balizas dos conce-lhos, mas também pela qualidade das suas instalações que permitam a presença de grandes competições que atraem pesso-as, comunicação social e que promovem de uma forma directa os locais onde as provas se realizam. Sejamos claros! Têm

de existir, simultaneamente, instalações desportivas con-dignas e grande dinamismo entre autarquias e empresas (empresários…) que permi-tam a obtenção de fundos para que estes tipos de eventos sejam possíveis em regiões interiores do país.

O desenvolvimento des-portivo, porque preferen-cialmente é destinado aos jovens, deve ser uma das maiores prioridades das au-

tarquias, paralelamente com o “cuidado” que nos deverá merecer a denominada “terceira idade”!

No desporto, porque há mais media-tismo, apareceram nos últimos anos mui-tos “desportistas” que pouco (ou mesmo nada…) entendem do fenómeno despor-tivo e aparecem diariamente nos media já que, por norma, são dirigentes de clubes e outras estruturas locais.

São “desportistas” que começam logo “por cima” que se sentam nas “cadeiras do poder” de clubes e instituições! De onde vão “ganhando” todos os desafios que podem conduzir ao poder!

Democraticamente, claro!...

CARLOS PORTUGAL

O P I N I Ã O

Desenvolvimento e Instalações Desportivas

(…) O desen-

volvimento des-

portivo, deve ser

uma das maiores

prioridades das

autarquias (…)

As cartas de Maria

Alice

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 9E D U C A Ç Ã O

LILIANA LOPES

A trabalhar diariamente com as crianças e per-cebendo as suas ca-rências, uma equipa li-

derada por Micaela Trigo decidiu responder a um desafio lançado a nível nacional – o programa Ser Criança – cuja candidatura pressupunha a criação de um projecto inovador, que apostasse na rentabilidade de recursos e multidisciplinaridade da equipa de intervenção. “A ideia era criar uma força para actuar”, explicou ao Correio da Beira Serra a Assis-tente Social que coordena todos os trabalhos, salientando que “para isso foi formado um conse-lho de parceiros constituído por técnicos de outras instituições e pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ)”.

Conscientes de que o projecto primava pela inovação, a equipa constituída por uma assistente social, uma psicóloga e dois edu-cadores sociais, avançou com a candidatura em Maio de 2005 e a resposta chegou no final do mês de Dezembro. Para espanto de todos, o projecto foi aprova-do, sendo o único no distrito de Coimbra a fazer parte dos dez

aceites a nível nacional. Micaela Trigo acredita que o “Bem Cres-cer” existe porque a nível con-celhio “foi possível reunir todos os profissionais que diariamente lidam com crianças em torno de um único projecto”.

Cuidar a partir de casaFoi no contacto diário com as 85 crianças que frequentam a Obra de Eugénia Garcia Monteiro de Brito, em Lagares da Beira, que Micaela Trigo percebeu que al-gumas delas necessitavam de um acompanhamento especial que tinha que ser feito a partir de casa. “Os problemas das crianças começam em casa e, por vezes, na maternidade”, realçou Micae-la Trigo explicando que “o objec-tivo é trabalhar com as famílias no seu ambiente natural de vida”. Na opinião da coordenadora do “Bem Crescer” o trabalho que é desenvolvido nas instituições de apoio à criança “não é suficiente para algumas delas e é essencial que se actue junto da família”.

Relativamente ao trabalho que é desenvolvido com os pais, a psicóloga do “Bem Crescer”, lem-bra que “é preciso ter cuidado”. “Não podemos chegar a casa das famílias e começar a fazer impo-sições”, sublinhou Marta Pereira

realçando que o importante é “trabalhar com as competências de cada agregado familiar, por-que no meio dos aspectos ne-gativos há sempre um ou outro positivo. É por aí que devemos começar”.

Dia-a-Dia do Bem CrescerO “Bem Crescer” iniciou a sua actuação no terreno no início do mês de Março e tem em mãos oito crianças sinalizadas em si-tuação de risco. No processo de sinalização é muito importante o trabalho desenvolvido pela Co-missão de Protecção de Crianças e Jovens, porque é a primeira a ser contactada e a ter conheci-mento deste tipo de situações.

Os quatro profissionais que lideram os trabalhos tentam con-ciliar-se com técnicos de outras instituições, e nesta primeira fase efectuam as primeiras visi-tas domiciliárias para avaliar a realidade de cada família. “Nesta fase é importante conquistar a confiança das famílias”, defen-deu Marta Pereira salvaguardan-do que para isso “é necessário trabalhar com as potencialidades de cada uma procurando realçar os aspectos positivos”. Neste pri-meiro contacto já é possível ao “Bem crescer” delinear um plano

de intervenção com a colabora-ção da equipa, da CPCJ e da famí-lia. “A família também tem uma palavra a dizer. Se o plano for traçado em consenso, mais fácil será o nosso trabalho”, explicou Marta Pereira. Trata-se do Plano de Apoio Individualizado (PAI) cuja aplicação implica a assinatu-ra de um acordo de promoção e protecção entre o “Bem Crescer” e as famílias”. No caso de haver resistência à assinatura destes acordos os casos passam para a alçada do tribunal.

O projecto incide a sua acção em crianças e jovens até aos 18 anos, mas Micaela Trigo referiu ao CBS “que o objectivo é actu-ar junto dos mais pequeninos porque só assim é possível “Bem Crescer”.

Crianças em RiscoTodas as crianças correm riscos até atingirem a idade que lhes permite a autodefesa. Até lá, cabe aos pais zelar pela protec-ção e cuidados dos seus filhos. Porém, alguns problemas de or-dem económica, profissional, so-cial e outros impedem que as fa-mílias desempenhem da melhor forma o seu papel para com os mais novos. Por vezes, as crian-ças começam a correr riscos des-

Projecto Pioneiro avança no concelho

157 Crianças em riscoChama-se “Bem Crescer”

e é um projecto inova-

dor que começa agora a

dar os primeiros pas-

sos na área do apoio

a crianças e jovens em

risco no concelho de

Oliveira do Hospital.

Contando com o auxílio

de vários parceiros, uma

equipa constituída por

quatro profissionais

pretende acompanhar

os mais novos para

“Bem Crescer”.Todas as crianças correm riscos até atingirem a idade que lhes permite a autodefesa

de o dia do seu nascimento. E, a provar isso está o facto de serem as próprias maternidades, ao detectarem dificuldades socio-económicas ou de competências parentais, a sinalizar estas crian-ças junto das Comissões de Pro-tecção de Crianças e Jovens.

“Os riscos começam em casa, com as famílias e os seus pro-blemas”, alertou Marta Pereira acreditando que “o mau compor-tamento de uma criança ou de um jovem está sempre relaciona-do com o ambiente que tem em casa”. Como realçou a Psicóloga, “a falta de recursos económicos, maus-tratos e problemas alco-ólicos colocam sempre os mais novos numa situação de risco e estes são problemas que se ve-rificam no concelho, bem como alguns casos de abusos sexuais”. De salientar que em Maio do ano passado estavam sinalizadas 157 crianças em risco e o “Bem Cres-cer” teme que possam existir muitas mais por sinalizar.

Bem Crescer até 2008O projecto que começa agora a dar os primeiros passos na área do apoio à criança está limitado no tempo. O financiamento que é assegurado pela Segurança So-cial termina em 2008. Mas até lá, a equipa do “Bem crescer” asse-gura que não vai baixar os bra-ços e “tenciona criar outra forma de sustentabilidade”. “Estamos a perspectivar outra resposta nesta área: um Centro de Aco-lhimento Temporário”, adiantou Micaela Trigo explicando que funcionará como uma extensão do “Bem Crescer”, favorecido pelo facto de permitir o acolhi-mento de crianças num período de seis meses”. Para isso, a Assis-tente Social espera contar com o apoio da Câmara Municipal, do Centro Distrital de Segurança So-cial e das instituições concelhias que prestam apoio à criança. “Queremos estar atentos e aju-dar crianças em risco, mas mais do que ajudar queremos preve-nir”, disse Micaela Trigo fazendo referência a um conjunto de ac-ções de sensibilização que estão a ser dinamizadas no âmbito do Bem Crescer. Estão em causa um conjunto de sessões, que vão decorrer em todas as freguesias do concelho e que se destinam a todos os pais, e não só àqueles que têm filhos numa situação de risco. Porque o principal objecti-vo é prevenir para Bem Crescer.

O Correio da Beira Serra efectuou recen-temente um protocolo com a Fundação Au-rélio Amaro Diniz (FAAD) que visa a troca de conteúdos informativos entre a revista “Pul-sar”, editada pela FAAD, e o CBS.

Na prática, o que está em questão é per-mitir que as duas publicações possam edi-

tar textos de um maior número de autores, abrangendo assim um leque de temas mais variado.

A “Pulsar”, cujo número 12 sairá para bancas já no próximo mês de Abril, é um bo-letim informativo da FAAD com distribuição gratuita e que tem como director o presi-

dente do conselho de administração daque-la instituição, Sebastião Antunes.

Na sua última edição, em Fevereiro deste ano, a “Pulsar” dedicou a capa ao tema da “sexualidade – Quebra de Tabus”, preten-dendo debater a sexualidade na terceira-idade.

Correio da Beira Serra faz protocolocom Fundação Aurélio Amaro Diniz

Correio da Beira Serra 31 de Março de 200610

Correio da Beira Serra – O Professor José Carlos é o novo líder do PSD. Tem uma tarefa difícil, porque estas eleições provocaram uma grande divisão no seio do partido. Como é que acha que vai ser o “dia-seguinte”?

José Carlos Mendes – O dia seguinte não vai ser fácil, mas pretendemos que seja de união no partido. Depois deste acto eleitoral que criou algumas mazelas, pretendemos unir o PSD em torno de um objectivo que é torná-lo cada vez maior em Oliveira do Hospital.

CBS – Acha que depois do que se passou é mesmo possível ao novo líder do PSD pa-cificar o partido, numa perspectiva a curto prazo?

JCM – A nossa vontade é que isso acon-teça. Mas da parte do presidente da Co-missão Política que agora cessa funções, tem havido uma postura que nos desagra-da. Esperamos que ele reflicta e que veja os interesses do partido acima de tudo e o consiga unir em torno de um objecti-vo que é desenvolver o concelho de uma forma integrada. Quando me candidatei não esperava incompatibilizar-me com alguém que apoiasse a lista “A”, e isso só veio acontecer com as interferências do Prof. Mário Alves. O presidente da Câmara poderia apoiar Paulo Rocha, mas não se deveria ter metido do modo que o fez. Nós fomos sempre correctos com ele. Na abordagem que fizemos com os militantes nunca dissemos mal da lista “A”, nem do presidente da Câmara, apenas defende-mos as nossas ideias. As interferências de Mário Alves não foram correctas e a der-

rota da lista “A” é fundamentalmente do senhor presidente da Câmara.

Os militantes tiveram em conta o nosso projecto e a nossa equipa e, nessa pers-pectiva confiaram em nós.

CBS – Como é que espera que sejam as suas relações, enquanto líder do PSD, com o pre-sidente da Câmara?

JCM – Até agora, ain-da não tive qualquer conversa com ele, nem recebi qualquer sinal po-sitivo da parte dele. Es-pero que no futuro isso aconteça, pelo menos de forma institucional. Vamos envidar todos os esforços para que pos-samos unir o partido e manter uma boa relação com o presidente da Câ-mara. Se do outro lado não houver essa recep-tividade, teremos que analisar a situação e ponderar outras for-mas de actuação e comunicação.

CBS – Como é que reage à expressão de Mário Alves: “os vencedores de hoje são os derrotados de amanhã”?

JCM – Acho que é uma expressão infe-liz. Na democracia há vitórias e derrotas e, nestas eleições, ele foi o principal derro-

tado. Esta máxima aplica-se a ele, porque tem sido vitorioso e chegou a hora de ser derrotado. Não temos medo de enfrentar novas eleições e vamos tentar desenvol-ver um bom trabalho e, com certeza no futuro, estaremos em próximos actos

eleitorais, mas de uma forma democrática, apresentando as nossas ideias. Nessa altura, os militantes poderão es-colher a equipa que lhes dá mais confiança e, se ganharmos, ficaremos contentes, mas se per-deremos enfrentaremos o dia seguinte de uma forma optimista.

CBS – Como é que co-menta a reacção de Má-rio Alves à comunicação social, na qual refere que não dava os parabéns à lista vencedora, porque vos acusou de recorrerem

àquilo que “a política de pior tem”?JCM – Como presidente da Câmara

Municipal deveria ter cumprimentado os elementos de todas as listas e felicitar a lista vencedora. Pelo contrário, durante o acto eleitoral, ele teve uma atitude de agressão verbal para connosco. No en-tanto, Paulo Rocha, meia-hora depois de

serem conhecidos os resultados, telefo-nou-me para me dar os parabéns e disse-me que podia contar com ele para o que fosse preciso. Nós queremos que os ele-mentos da lista “A” colaborem connosco nas actividades que pretendemos levar a efeito. Mário Alves acusa-nos de recorrer-mos àquilo que a “política tem de pior”, mas isso não é verdade, porque isso foi o que ele fez. Eu devolvo-lhe as acusações que ele nos fez quando nos adjectivou de caciques e de despeitados, porque ele deve-se estar a ver ao espelho. Quem me conhece sabe que não entro num insulto facilmente e que não ando por aí a “caci-car”. Não percebo porque é que ele me chama despeitado. Serei despeitado por não ter aceitado o convite de pertencer à lista para as últimas autárquicas, ou por não pertencer à lista de Paulo Rocha? Na verdade, se me convidassem eu não esta-ria na lista “A”, porque que achei que tinha capacidade para avançar com um projecto próprio. Ele deve estar a ver um cenário que ninguém vê. As palavras que ele disse encaixam-se mais na sua actuação, do que na minha equipa e em mim próprio.

CBS – Na sua opinião, o que é que terá levado o presidente da Comissão Política a apoiar incondicionalmente a lista “A”?

JCM – Quando decidi avançar para este acto eleitoral, informei o presidente da Concelhia que me garantiu que iria assu-mir uma postura equidistante em relação às duas listas, embora tivesse mais con-fiança na lista “A”. De um momento para o outro, quando percebeu que nós tínhamos fortes hipóteses de ganhar decidiu avan-çar para o terreno e contactar directamen-te os militantes, pondo em causa a nossa honorabilidade: a minha e a do professor António Duarte.

CBS – O prof. José Carlos disse-me na noi-te das eleições que não só não tinha nada a ver com a carta a apelar ao voto na lista B, que foi distribuída aos militantes do partido, como também disse inclusivamente desco-nhecer a sua autoria. No entanto, no seio da lista A há quem sustente que esta carta só pode ter sido feita por quem tenha acesso ao ficheiro de militantes do partido…. Como é que comenta?

JCM – Eu recebi a carta tal como to-dos os militantes, na última sexta-feira, e fiquei surpreso, porque não sabia da exis-tência daquela carta que apelava o voto na minha lista. Não tive conhecimento do en-vio daquela carta por elementos da minha lista e, na minha perspectiva, em vez de me beneficiar acabou por me prejudicar porque as pessoas não gostam de cartas anónimas. Não fiz diligências para saber a origem da carta, porque a minha honora-bilidade não estava posta em causa. É ver-dade que só os elementos das duas listas têm acesso ao ficheiro de militantes, e a carta poderá ter saído do seio da lista “A”. Eu não sei qual é a sua origem

CBS – Revê-se no tipo de linguagem ex-presso naquela carta, e em que o presidente da Câmara é classificado, entre outras situa-ções, como um “tirano minhoto”?

JCM – Não me revejo neste tipo de lin-guagem. A minha maneira de estar na vida não passa pela agressão por dá cá aquela palha. Tento sempre conversar e resolver as situações de forma educada.

CBS – Reconhece algum tipo de excessos por parte da sua lista, ou da lista B, nesta campanha eleitoral do PSD?

JCM – Por parte da lista “B” houve sem-pre o cuidado de sermos o mais correctos possível para com os militantes e a socie-dade em geral, porque estas eleições ex-

Entrevista com o novo lider do PSD

“Chegou a hora de Mário Alves ser derrotado”

A afirmação é do novo líder

do PSD, José Carlos Mendes,

que em entrevista ao Correio

da Beira Serra considera que a

máxima “os vitoriosos de hoje,

são os derrotados de amanhã”

se aplica a Mário Alves. “Tem

sido vitorioso e chegou a hora

de ser derrotado”, sustenta o

novo líder do Partido, ao pas-

so que sublinha que vai fazer

“todos os esforços para unir

o partido e manter uma boa

relação com o presidente da

Câmara. Contudo, José Carlos

Mendes reconhece que o dia

seguinte não vai ser fácil se, do

outro lado, “não houver essa

receptividade”.

José Carlos Mendes: “Não coloco de parte a hipótese de haver uma próxima vítima”

“(…) O professor Mário Alves é muito centralista e ele próprio já o reco-nheceu. Esta postura

desmotiva muito todos aqueles que trabalham com ele, tal como me

desmotivou a mim quan-do ponderei demitir-me

da minha função de vice-presidente. (…)

P O L Í T I C A

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 11travasaram para fora do PSD. Já por parte da lista “A”, os excessos foram protagoni-zados pela pessoa do presidente da Câma-ra, quando nos atacou, numa entrevista ao jornal Folha do Centro. Nós tivemos que responder, embora de forma mais leve. Os grandes problemas que houve na lingua-gem foram introduzidos por Mário Alves. Houve ainda outras pessoas, apoiantes da lista “A”, que denegriram a nossa imagem utilizando linguagem incorrecta. O senhor Correia Dias foi uma das pessoas que, jun-to dos militantes, me ofendeu a mim e ao professor António Duarte.

CBS – Por que é que recorreram ao pro-cesso de refiliação?

JCM – A refiliação só se justificou por-que a Comissão Política, depois do proces-so de refiliação que fez o Dr. Rui Rio, não teve o cuidado de contactar os militantes para o efeito. Nos primeiros contactos que fizemos, a propósito deste acto eleitoral, houve alguns militantes que mostraram vontade em votar, mas não o podiam fazer porque não tinham sido refiliados. Con-frontados com esta situação, contactámos o partido para sabermos se seria possível refiliar esses militantes e, foi-nos dito que sim e que é legal. Nós informámos os mi-litantes desta possibilidade e explicámos-lhes que iria haver eleições no PSD. De-pois disso, refiliámos todos aqueles que se mostraram interessados e todos eles pagaram as respectivas quotas. Ao saber disto, a lista “A” também fez refiliações e pagaram as quotas dos militantes. Eu te-nho a certeza disso. A refiliação é vanta-josa para o partido. Antes da refiliação, o PSD de Oliveira do Hospital contava com cerca de duzentos militantes e agora es-tão inscritos trezentos e quinze.

CBS – Acha que conforme insinuou o nú-mero dois da sua lista, o prof. António Duar-te, poderá haver próximas vítimas?

JCM – O professor Mário Alves é mui-to centralista e ele próprio já o reconhe-ceu. Esta postura desmotiva muito todos aqueles que trabalham com ele, tal como me desmotivou a mim quando ponderei demitir-me da minha função de vice-pre-sidente. Quando uma pessoa entra num projecto, entra para dar o melhor de si,

mas quando encontra limitações impostas pelo líder da equipa, as coisas complicam-se e temos dificuldades em dar o máximo no nosso trabalho. Não sei se haverá uma próxima vítima. Só o presidente da Câma-ra é que sabe. Mas como ele tem uma per-sonalidade muito forte e cria facilmente, alguns anticorpos, não coloco de parte a hipótese de haver uma próxima vítima. Até porque, para trás, fica todo um histo-rial que indica que tal possa acontecer

CBS – Já agora, qual é a sua opinião quanto ao facto de o chefe de gabinete do presidente da câmara ter sido demitido em véspera das eleições do Partido?

JCM – Eu acho que ele foi demitido por defender ideias diferentes das do senhor presidente. Demitir-se uma pessoa por ter ideias diferentes em relação a um órgão do partido que é de todos nós, prova que es-tamos muito mal no reino da democracia. O professor António Duarte tinha todo o direito de pertencer a uma lista diferente daquela que Mário Alves apoiava e cabia aos militantes avaliar a melhor equipa. Esta é que é a regra da democracia, mas que não á aceite por algumas pessoas.

CBS – O PS lançou (ontem) um comuni-cado a exigir responsabilidades ao PSD por causa das declarações em que o prof. António Duarte ameaçou revelar factos relacionados com o funcionamento da Câmara Municipal e que podem deixar ficar Mário Alves “muito mal na fotografia”. Como é que comenta?

JCM – O professor Duarte é que terá que responder pelas palavras que utilizou e que na minha opinião deveriam ter fica-do por dizer. Eu não sei o que é que ele quis dizer com isto. Numa organização há coisas que funcionam melhor e outras pior. Mas quanto a corrupção sei que não existe na Câmara. Eu estive lá quatro anos e tenho a noção perfeita de que o profes-sor Mário Alves é uma pessoa honesta e íntegra e não há por onde lhe tocar nesse campo. Estas situações ferem as pessoas e acabam por dizer tudo o que lhes vai na alma, mas acredito que o Prof. Duarte, hoje, com mais calma, era capaz de não dizer o que disse.

Liliana Lopes

“(…) quanto a corrupção sei que não existe na Câmara. Eu estive lá quatro anos e tenho a noção perfeita de que o professor Mário Alves é uma pessoa honesta e íntegra e não há por onde lhe to-car nesse campo (...) acredito que o Prof. Duarte, hoje, com mais

calma, era capaz de não dizer o que disse (…)

P O L Í T I C A

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

GOVERNO CIVIL DO DISTRITO DE COIMBRA

Correio da Beira Serra

Mensagem por ocasião do Relançamento do Correio da Beira Serra

Ter em mãos o projecto de um Jornal Regional é, a meu ver, uma responsabilidade que se adensa a par com a importância de que a informação e a sua transmissão, numa sociedade de conhecimento e de comunicação global – em especial junto das populações do interior – se reveste. Trata-se, verdadeiramente, de uma missão em nome da igualdade de oportunidades e da aproximação dos cidadãos – de Todos os Cidadãos – à actualidade do mundo em que vivem e aos centros de decisão, de que uma democracia plural e representativa não poderá prescindir. Saúdo assim esta iniciativa e o arrojo dos que a dirigem, fazendo votos de que esta jornada – tão exigente e tão desafiante – se cumpra com êxito e se constitua como referência na Beira Serra e em todo o Distrito de Coimbra.

O Governador Civil do Distrito de Coimbra

Henrique José Lopes Fernandes

Correio da Beira Serra 31 de Março de 200612

António Duarte diz não “querer atear mais a fogueira”

O Jornal Folha do Centro avançou com declarações de António Duarte – número dois da lista de José Carlos Mendes e tam-bém chefe de gabinete do presidente da Câmara – que colocou o seu lugar à dispo-sição ao afirmar: “se Mário Alves perdeu a confiança em mim, pelo facto de pen-sarmos de maneira diferente em relação a este acto eleitoral interno, então só tem uma solução: demita-me”. António Duarte adianta ainda que “o facto de ser chefe de gabinete não o obriga a ser subserviente às ideias do presidente da Câmara. Con-tactado pelo Correio da Beira Serra on-line, António Duarte não quis falar sobre as eleições, remetendo declarações para depois de 25 de Março, porque – como referiu – “não quer atear mais a fogueira porque já está bem ateada”. No entanto, confirmou todas as informações avan-çadas pela Folha do Centro. No mesmo jornal pode ler-se que “Mário Alves acu-sa a candidatura do ex vice-presidente da autarquia de ter procurado a refiliação de vários militantes de forma pesada, e de pagar as quotas pelos militantes”. Mário Alves que já assumiu o apoio à lista de Paulo Rocha acusa os membros da lista concorrente de “andarem a fazer caci-quismo a torto e a direito, massacrando as pessoas, indo duas e três vezes a casa delas”.

Mário Alves demite chefe de gabineteO chefe de gabinete do presidente da Câ-mara Municipal de Oliveira do Hospital ar-rumou o gabinete e abandonou os Paços do Concelho com semblante carregado e dois sacos na mão. “Qual será a próxima vítima”, afirmou ao Correio da Beira Serra on-line António Duarte, quando confir-mou ter sido demitido das suas funções por Mário Alves.

“No passado foi o professor Francisco Martins, o engenheiro Carlos Portugal e, mais recentemente, o vereador José Ri-cardo e o professor José Carlos Mendes. Agora fui eu”, afirmou ao CBS on-line o agora ex-chefe de gabinete do presidente da CMOH.

António Duarte, que – conforme o próprio admitiu – foi demitido em con-sequência de ser o número dois da lista encabeçada por José Carlos Mendes à presidência da concelhia do PSD, referiu também ao CBS on-line que “são as atitu-des que definem as pessoas” e, resta saber agora, “se o problema está nas pessoas ou em Mário Alves”.

Muito crítico em relação ao presidente da Câmara, Duarte acusa Mário Alves de “ameaçar” alguns autarcas que apoiam a lista encabeçada por José Carlos Mendes com a “não realização de obras” nas fre-guesias a que presidem.

“Já estou ao lado de Mário Alves desde 1990 e ajudei-o a ser vereador e presiden-te da Câmara por duas vezes. Não queria que ele tivesse gratidão para comigo, mas também não esperava por isto”, desabafou aquele destacado militante do PSD, que aproveitou ainda para sublinhar que “não depende da Câmara para sobreviver”.

“Ameaças e pressões a militantes”

Em reacção às declarações de Mário Alves ao Folha do Centro, José Carlos Mendes afirmou ao Correio da Beira Serra on-line: “acho que o professor Mário Alves estava-se a ver ao espelho quando nos apelidou de caciques e, nós repudiamos todos os adjectivos que utilizou para nos insultar”. O número um de uma das listas para a Co-missão Política Concelhia do PSD está “in-dignado” porque – como referiu – “falar

com os militantes não é ser cacique, mas Mário Alves está sê-lo quando pressiona e ameaça os militantes”.

O candidato confirmou ao CBS on-line que foram feitas refiliações e que foram pagas as quotas dos militantes, mas que as dívidas já foram saldadas pelos mesmos. Mas, pelo contrário, diz ter conhecimen-to de que “a candidatura de Paulo Rocha também fez refiliação de militantes e que não foi exigido o dinheiro aos mesmos”.

Com o acto eleitoral à porta, o ex vice-presidente da autarquia está visivelmente nervoso com todo o “despique” que tem acontecido em torno das duas listas e não compreende a interferência de Mário Alves que – como sublinhou – “deveria assumir uma posição equidistante e não tomar partido por ninguém”. O candidato até compreendia que “o despique aconte-cesse entre os líderes das duas listas, mas nunca com o Presidente da autarquia que agora dá o dito por não dito”. No entanto, acredita que esta “troca de insultos” irá permitir que os militantes vejam “quem é quem e percebam o que é melhor para o partido”, porque – como referiu – “os mi-litantes são inteligentes e só eles podem decidir o futuro do PSD local”.

José Carlos Mendes diz “não temer represálias” porque está a fazer tudo “às claras e em prol dos militantes, contraria-mente à postura indigna assumida por Má-rio Alves”, no entanto, receia por alguns militantes que “estão a ser pressionados pelo presidente da Câmara”.

Carta dirigida aos militantes incendeia PSD

Uma polémica carta recebida pelos mili-tantes do PSD veio incendiar por comple-to o ambiente político que se vive no seio daquele partido.

“Depois do Engº Carlos Portugal, Prof. Martins, Prof. José Ricardo, o tirano mi-nhoto voltou a atacar. Agora a vítima foi o Prof. Duarte que ousou pensar de maneira diferente do tirano Mário Alves e foi demi-tido”, lê-se na carta distribuída pelos CTT

aos militantes em véspera ds eleições do partido.

Esta carta, que apesar de apelar ao voto na lista B não aparece identificada, susci-tou já diversas críticas em vários meios sociais-democratas e uma fonte ligada ao PSD afirmou ao CBS on line que não é di-fícil descobrir de onde partiu a iniciativa porque “só determinadas pessoas é que têm acesso ao ficheiro de militantes do partido”.

Sempre em tom insultuoso, a carta é tão contundente que chega ao ponto de se referir ao ainda presidente da concelhia, Mário Alves, nestes termos: “Até quando nós, beirões de gema, gente sem medo vamos suportar isto? Só há uma maneira, amigo militante. Acabe com o tirano”.

Incêndio na Sede do PSD

Os Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital e a GNR “invadiram” na noite de 23 de Março a sede do PSD no centro da cidade.

Os bombeiros foram chamados ao lo-cal, porque ao que o CBS on line apurou, havia bastante fumo no interior daquela sede partidária.

“O PSD está em brasa e isto começou a arder”, ironizou um militante daquele partido que explicou ao CBS on line que, aparentemente, tudo começou por via de “um cinzeiro com um cigarro mal apagado que foi despejado no cesto dos papéis e começou a remoer”.

Contudo, os bombeiros rapidamente resolveram o problema e não houve se-quer danos materiais.

A situação, não deixa no entanto de ser irónica, por ocorrer precisamente no dia em que Mário Alves “incendiou” o PSD ao demitir o seu chefe de gabinete, António Duarte.

Mário Alves não se arrepende de ter demitido António Duarte

Numa reacção aos resultados das eleições para a Comissão Política Concelhia do PSD, Mário Alves disse à Rádio Boa Nova que “só se arrepende de não ter demitido o seu ex chefe de gabinete há dois anos atrás”. Relativamente, ao acto eleitoral que deu a vitória a José Carlos Mendes, o ex presidente da Concelhia salientou que “gostaria de dar os parabéns à equipa, mas que não o pode fazer porque utiliza-

P O L Í T I C A

15DIAS | ON-LINE

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 13

Alvo de um investimento de aproxima-damente 2,5 milhões de euros – só a der-rapagem financeira da obra, que motivou o chumbo do Tribunal de Contas, foi su-perior a 500 mil euros -, o Mandanelho é hoje um parque morto e com um número de utilizadores muito reduzido.

Não são raros os dias em que as únicas pessoas que se vislumbram naquele imen-so espaço verde, são os dois funcionários da Câmara que, solitariamente, zelam pela sua manutenção.

Parece que os oliveirenses, que tantas vezes se insurgiram contra o estado de

degradação do Mandanelho, são porven-tura mais amantes das grandes superfícies comerciais do que propriamente do conví-vio com a natureza.

Perante esta anómala situação, a Câma-ra Municipal também não se pode resig-nar aos hábitos dos seus munícipes, até porque – se o fizer – depressa concluirá que a relação custo/benefício daquele investimento contraria todas as normas economicistas.

O Parque do Mandanelho, pesem em-bora os erros de projecto grosseiros, é hoje um equipamento social com extra-

ordinárias potencialidades e que neces-sita urgentemente de uma programação desenvolvida por profissionais. Aliás, uma das grandes lacunas de Oliveira do Hospi-tal é não ter ao seu dispor um animador cultural que consiga que esta terra deixe de ser “uma apagada e vil tristeza” e, ao mesmo tempo, atraia visitantes.

As iniciativas culturais que se desen-rolaram no local em véspera de eleições autárquicas – no Verão passado a Câmara ofereceu aos seus munícipes vários espec-táculos, incluindo a actuação do conceitu-ado músico brasileiro, Martinho da Vila -, têm que ter continuação. É preciso criar hábitos às pessoas. Nessa altura, o parque esteve a “transbordar” e, como é óbvio, ficou provado que com iniciativa as coisas acabam por funcionar.

Para o cidadão mais preocupado com a utilidade dos investimentos e a frieza dos números, é também preocupante reflectir sobre as dezenas de milhares de contos que se gastaram na construção do palco em betão e avaliar a utilização que aquele equipamento tem tido.

Se formos pelo campo das prioridades que se devem estabelecer quando se fala em investimento público estratégico, o espanto será tanto maior para quem se dê ao trabalho de investigar as condições de funcionamento de um ATL encostado ao parque, nas caves do pavilhão municipal, e que está cheio de problemas de humida-de e sem orçamento para a instalação de um sistema de aquecimento digno desse nome.

É por esta e por outras que Portugal continua na cauda da Europa…

Texto de Henrique Barreto

Foto de Agnelo Vieira

C I D A D E

COMENTÁRIO

“Central-Park”

Da PoesiaAspirantes a Maquiavel, à moda do Minho claro, vão jogando à Malha e partindo pú-caros no arraial, eu, vou olhando e vendo os cacos da triste sina a que fomos con-denados.

Sou Bocarro de nome, mas também de génio, “que a boca não posso calar do que os meus olhos me fazem corar”.

A pequena rima, é humilde homenagem a todos os poetas do mundo, por altura do Dia Mundial da Poesia, solidário que sou com as efusivas e pedagógicas activi-dades que tão poeticamente os senhores da nossa edil Cultura vão desenvolvendo.

E Viva a Poesia, que poesia não morre!

Da ÁguaChoveu, choveu que Deus a deu, que bên-ção! Mas tanta água, Senhor! E depois Senhor, que lhe fazer se nós gostávamos era de viver num deserto abençoado, com aquele petróleo todo...e água, água... mas é petróleo Senhor, é petróleo o que mais desejamos!Vêde então Senhor, olhai: nós, pobrezi-nhos na alma e no espírito, eu sei que é nosso o reino dos céus, como podemos “capitalizar” a tua bênção? Deste-nos água, nos rios e nas fontes, nos garrafões de cinco litros, nos mares... ó mar salga-do! ...e até o vinho, vinho que vem do rio, o Dão. E sabeis o quê? A nossa alma tol-dou-se, toldou-se para sempre! borrachos

de tanto maná. Agora olhai Senhor, olhai e vêde a água suja que corre debaixo das pontes, a água límpida que corre pelos tubos de plástico, abandonada, os plásti-cos sujos e tanta água derramada. Confes-so Senhor, somos ingratos, mas não nos abandones, haveremos de aprender.

Saudemos a Água e agradeçamos aos edis da água do nosso Concelho o “tra-tamento” com que a louvam no seu Dia Mundial ...e sempre!

E perdoai-nos Senhor!

Da ÁrvoreO Homem completa-se quando plantar uma árvore, tiver um filho e escrever um livro, diz-se.

Escrever um livro é hoje uma banali-dade, escorrem pelos escaparates toda a espécie de disparates. Certo, temos a Agustina e o Saramago, felizmente entre muitos outros.

Quanto aos filhos, embora os dias cor-ram difíceis, cada um faz o que pode, e as casas só têm duas assoalhadas.

Plantar uma árvore, bom... tempo, es-paço? A vida é uma azáfama, os centros

comerciais uma perdição. São os tempos. Mas, afinal para quê plantar árvores se

depois temos que as cortar para plantar uma nova urbanização, replantar uma ve-lha fábrica de betão ou, quiçá, erguer um monumental estádio de futebol. Compra-se um Bonsai, de plástico, põe-se à varan-da, dá nas vistas, poupa água e é verde!

Pois, pois...mas foi lindo de ver aque-le novo Parque do Mandanelho cheio de jovens e criancinhas a seguirem o exem-plo de presidentes, secretários, vogais, e outros que tais, enchadas em mãos viris, e árvores, raízes à terra mãe que o nosso futuro é verde. Bonsai...!

E foi assim no Dia Mundial da Árvore. Viva a Floreste e que os Deuses dêem mui-ta saúde aos Bombeiros Voluntários.

Do TeatroViveu-se também por cá o Dia Mundial do Teatro, esse sim, caramba valeu a pena! Mas que comédias tão bem encenadas! Que bem que foram nos seus papéis! ...mas vá lá, tenham juízo, p’ra comédias já basta assim... venha lá um dramazinho!Viva o Teatro, viva!

Foi um dia Lopo jograra casa duü infançon cantar,

e mandou-lhe ele por don dartrês couces na garganta,

e foi-lhe escasso, a meu cuidar,segundo como el canta

A CRÓNICA DE SEBASTIÃO BOCARROCantigas de escárnio… e bem dizer!

ram aquilo que de pior existe na políti-ca”. Tal como o Correio da Beira Serra on -line noticiou, a última semana fi-cou marcada por insultos, ameaças e rumores, que agora são considerados, pelo presidente da autarquia, como “métodos reprováveis na política”. Para Mário Alves, os resultados do acto eleitoral são demonstrativos da “vita-lidade política do PSD”, mas deixou claro que “os grandes vencedores de hoje, são os derrotados de amanhã”.

Mário Alves envolve-se em troca de insultos em frente à sede do PSD

O ainda líder da Comissão Política Concelhia do PSD, Mário Alves, envol-veu-se, numa troca de insultos, mesmo em frente à sede do PSD, com o seu ex-chefe de gabinete, António Duarte, e com o candidato da lista “B”, José Carlos Mendes.

A informação, foi avançada ao Cor-reio da Beira Serra on-line por uma fonte social-democrata, que descreveu o episódio como “lamentável”.

É uma vitória da democracia, gritou-se na sede do PSD

“É uma vitória da democracia”, grita-ram vários militantes do PSD mal foi anunciado o resultado que deu a vitó-ria a José Carlos Mendes. O presidente da Junta do Seixo da Beira, António Inácio, foi o primeiro a gritar: “Ganhá-mos”. Seguiu-se um ambiente de gran-de euforia e a sede do PSD foi literal-mente invadida por muitos militantes sociais-democratas.

Em declarações ao Correio da Bei-ra Serra on-line o eleito presidente da concelhia do PSD, lamentou os últimos acontecimentos que “mancharam” a campanha eleitoral e sublinhou que “o dia de amanhã vai ser risonho para o PSD”.

Na sede de candidatura de Paulo Ro-cha – onde a vitória parecia segura –, o ambiente de consternação era visível e as luzes cedo se apagaram. “O Partido não merecia ter passado por esta se-mana”, afirmou o candidato derrotado ao CBS on-line pouco tempo depois de ter conhecido os resultados. Rocha, sa-lientou no entanto a importância des-tas eleições, uma vez que o eleitorado do PSD quase se mobilizou a cem por cento no exercício do voto.

Resultados para a Comissão Política Concelhia: Lista “A”–147 votos; Lista “B” – 149 votos.

Resultados para a Mesa de Assem-bleia de Secção: Lista “A” – 149 votos; Lista “B” – 147 votos.

Correio da Beira Serra 31 de Março de 200614 P O L Í T I C A

“Os oliveirenses têm que banir do seu vo-cabulário uma expressão que se chama de-sistir. vamos resistir.”Mário Alves, na comeração do 84 anos dos BVOH

“Mário Alves disse: vocês mereciam uma escarreta nas trombas e eu disse-lhe: vem cá dá-la. Ele respondeu-me: está calado urso”António Duarte, descrevendo um episódio ocorrido em frente à sede do PSD no dia das eleições

“Está aí um bando de merdas”Mário Alves, citado por António Duarte, a referir-se à lista de José Carlos Mendes

“Merda és tu”.Resposta de José Carlos Mendes a Mário Alves

“Da parte do presidente da comissão po-lítica que agora cessa funções, tem havido uma postura que nos desagrada. Espera-mos que ele reflicta e que veja os interesses do partido acima de tudo e o consiga unir em torno de um objectivo que é desenvol-ver o concelho de uma forma integrada ”. José Carlos Mendes, em entrevista ao CBS

“Tenho conhecimento de coisas dentro da Câmara que ele não vai gostar de ouvir e pode vir a ficar muito mal na fotografia”António Duarte, rádio Boa Nova

“António Duarte acusa o presidente de usar a Cãmara para intimidar militantes do PSD e presidentes de Junta que apoiam a sua lista, candidata à comissão política concelhia”Idem, Diário as Beiras

“O PS de Oliveira do Hospital exige um cabal esclarecimento da parte dos dirigen-tes do PSD e da maioria PSD que domina a Câmara Municipal, das graves acusações que foram proferidas por um homem da confiança política do presidente da Cãma-ra, Mário Alves. O que de grave esconderá, em tom de ameaça, o ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara”Comunicado do PS

“Quero deixar claro que estou totalmente disponível para visitar oficialmente o con-celho de Oliveira do Hospital desde que para tal seja convidado pelo senhor presi-dente da Câmara, à semelhança do que su-cedeu com os convites que recebi dos seus colegas das Câmaras de Tábua e de Seia, aos quais correspondi com agrado”Paulo Campos, Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, ao CBS

“O caminho desta esta escola faz-se cami-nhando e o ideal era até que se chamasse Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Beira Serra”Francisco Neves, director da ESTGOH ao CBS

“É essencial que os presidente de Câmara dos concelhos limítrofes se abram a toda a região e não se limitem à sua área geo-gráfica? “Idem“

“Saudamos o reaparecimento do jornal Correio da Beira Serra. Todas as manifesta-ções de cultura são sempre bem aceites. A nós compete-nos discernir, através de uma crítica construtiva, o que nos põem diante. Importa que todos participem” Salpicos de 26-03-06, Folha Semanal da Comunidade Paroquial de Oli-veira do Hospital

(EX)...CITAÇÕES

Caixa de Crédito Agrícola apresenta os melhores resultados de sempre

Em época de crise, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Oliveira do Hospital, que se reuniu em assembleia-geral no dia 24 de Março, anunciou aos sócios que em 2005 atingiu os resultados

líquidos mais elevados de sempre, e que foram superiores em 86,34 por cento em relação ao ano de 2004.

No parecer do Conselho Fiscal a que o Correio da Beira Serra on-line teve aces-so, aquele órgão deu parecer favorável ao “Relatório, Balanço e Contas” apresenta-do pela direcção da CCAM, congratulou-se com a recuperação de crédito vencido conseguida por aquela instituição bancá-ria, mas frisou que a quebra verificada ao nível do “cash-flow” (meios libertos) no referido período foi inferior em 30, 88 por cento, o que é equivalente a uma perda de 253.379 euros. O Conselho Fiscal entende que o problema poderá ser ultrapassado “com ganhos emergentes de outros pro-dutos não financeiros” e, como tal, solici-tou à direcção CCAM, presidida por Carlos Vieira Mendes, “um esforço redobrado para este objectivo.

Paulo Sousa eleito o melhor bombeiro do ano

O prémio “Manuel Gouveia Serra”, foi atribuído, dia 26 de Março, ao bombeiro Paulo Sousa, que é o actual adjunto de comando nos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (BVOH).

O anúncio foi feito pelo comandante daquela corporação, Emídio Camacho, que, fazendo menção aos critérios esta-belecidos para a atribuição de um prémio instituído pela autarquia oliveirense, con-

siderou Paulo Sousa como “o melhor bom-beiro do ano”.

Muito recordada na cerimónia que ontem assinalou o 84º aniversário dos BVOH, foi precisamente a figura do antigo comandante daquela associação de bom-beiros, Manuel Gouveia Serra.

“Foi um grande comandante desta casa, mas também um grande comandante dos bombeiros do distrito de Coimbra e de Portugal. É uma referência nacional”, afir-mou o Presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Coimbra, Jaime Soares, que de seguida aproveitou o momento para endereçar uma série de críticas às novas políticas do Governo ao nível da estrutura de comando operacional, que passa a pertencer à GNR.

Jaime Soares acusou mesmo o Governo de querer “mandar muito e pagar pouco”, enquanto que com outro tipo de institui-ções se inverte esse princípio. “Não man-dam e pagam”.

Comissão de Trabalhadores da Infinitum lança alerta aos empresários

Depois de decido o encerramento da In-finitum e o despedimento colectivo dos seus 93 funcionários, a Comissão de Tra-balhadores – em nota envidada à redacção do Correio da beira serra – “lança um aler-ta aos empresários e outros responsáveis da região, para que colaborem com todos os trabalhadores”. Luís Borges da referi-da Comissão lembra que hoje uma equipa de três pessoas do Centro do Emprego de Arganil se deslocou ao estabelecimen-to insolvido para agilizar a inscrição dos trabalhadores no Fundo de Desemprego”. Num momento de grande dificuldade para a quase centena de funcionários, a Comis-são apela também ao “poder autárquico para que faça todos os possíveis no senti-do de alargar a malha empresarial e evitar o encerramento de outras empresas”, que – como referem os trabalhadores – “abala a região económica e socialmente”.

Secretário de Estado da Administração Interna aconselha Mário Alves a devolver chequeO Secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, aconselhou o presidente da Câmara Municipal de Olivei-ra do Hospital (CMOH) – na sessão solene que assinalou o 84º aniversário dos Bom-beiros Voluntários – a devolver um cheque de cerca de seiscentos euros ao Estado.

“Peço-lhe que quando receber esse cheque o devolva. Não é aceitável que a

administração central se relacione consi-go dessa forma e não podemos ter essa relação com o poder local. Vale mais dizer que não temos dinheiro”, afirmou aquele governante que, minutos antes, havia sido desafiado por Mário Alves a levar uma “mensagenzita” ao ministro da Agricultu-ra, Jaime Silva, em virtude de – conforme lamentou aquele autarca – a CMOH ape-nas ter sido contemplada com uma verba de “seiscentos e tal euros” numa candida-tura apresentada a um programa para a defesa da floresta.

Ascenso Simões, que aproveitou aquela ocasião festiva para agradecer o “exemplo de grande vitalidade” que revela o corpo activo dos Bombeiros Voluntários de Oli-

veira do Hospital, prometeu criar meca-nismos que permitam acelerar o processa-mento dos pagamentos às associações de bombeiros e manifestou ainda preocupa-ção quanto ao problema do Estatuto So-cial do Bombeiro. “Às vezes, esquecemo-nos destes homens enquanto pessoas”, disse o secretário de Estado.

Junta de Vila Franca da Beira continua alerta

Na sequência da recolha de um abaixo-as-sinado sobre o encerramento posto mé-dico de Vila Franca da Beira, a Coordena-dora da Sub- região de Saúde de Coimbra recebeu a Junta de Freguesia. Em nota de imprensa, a que o CBS online teve aces-so, a junta informa que “a responsável pela saúde no distrito de Coimbra referiu que ainda não há qualquer decisão rela-tivamente ao encerramento da unidade e qualquer alteração será previamente dis-cutida com a freguesia, alertando que o maior problema poderá surgir se os médi-cos deixarem de fazer consultas”. Perante estas informações, o autarca de Vila Fran-ca da Beira está confiante mas assegura que vai continuar alerta.

JSD tem novo líderVeloso quer alargar base de militantesCarlos Veloso é, desde 11 de Março, o novo presidente da Juventude Social-De-mocrata de Oliveira do Hospital, substi-tuindo Rui Abrantes e dando continuidade a um trabalho que iniciou ao lado de Paulo Rocha desde 2001.

O militante, de 26 anos de idade, avan-çou com a única lista candidata ao acto eleitoral, tendo alcançado 26 dos 27 vo-tos expressos. Em declarações ao Correio da Beira Serra, Veloso salientou que deci-diu avançar porque “é importante abrir o partido à comunidade e ao mesmo tempo alargar a base de militantes”. Consciente de que nos próximos dois anos não irá en-contrar nenhum acto eleitoral que permi-ta à Jota envolver-se “naquilo que melhor sabe fazer que é organizar campanhas” – conforme sublinhou –, Veloso garantiu ao CBS que “irá centrar a sua atenção nos militantes e nas suas necessidades” por-que entende que “é preciso fazer mais pela política e pelo partido” e defende: “A política tem que partir de nós”.

O trabalho da JSD e da Comissão Po-lítica Concelhia (CPC) desenvolve-se em paralelo e as estruturas estão interligadas e, quanto a isso, Veloso acredita que “a relação entre JSD e concelhia será saudá-vel, e caso não seja, cada uma fará o seu trabalho”.

Para além deste projecto político, Velo-so foi convidado a fazer parte de uma das duas listas para a JSD distrital. O militan-te de Oliveira do Hospital candidata-se a vice-presidente da lista de João Belo. Ao CBS Carlos Veloso confessou-se “orgulho-so”, tanto mais que as eleições para a dis-trital irão realizar-se em Oliveira do Hos-pital no dia 2 de Abril, o que considera ser “uma mais valia para o concelho”.

15DIAS | ON-LINE

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 15L O C A L

A família vem, por este meio, agradecer a todas as pessoas que se dignaram assistir ao funeral do seu ente querido ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

LUIS MACEIRA TAVARESAGRADECIMENTO

A família vem, por este meio, agradecer a todas as pessoas que se dignaram assistir ao funeral da sua ente querida ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

MARIA DA LUZ

AGRADECIMENTO

O ex-chefe de gabinete do Presi-

dente da Câmara Municipal de

Oliveira do Hospital não hesita

em revelar o que se passa na

autarquia, porque “não sendo

adepto da paz podre” diz pre-

ferir esclarecer os munícipes.

António Duarte acusa Mário

Alves de “má gestão dos recur-

sos humanos, usando e abusan-

do dos poderes”.

A semana que antecedeu o acto eleitoral para a Comissão Polí-tica Concelhia do PSD não foi fácil para os seus protagonistas

e muito menos para o vice-presidente da lista vencedora. É que a troca de insultos entre Mário Alves e os elementos da lis-

ta “B” resultou na demissão de António Duarte, que imediatamente ameaçou re-velar factos relacionados com o funcio-namento da Câmara Municipal. Muito se especulou em volta dessas ameaças, mas António Duarte esclareceu ao Correio da Beira Serra que “o que de mais grave se passa na autarquia, está relacionado com dificuldades de comunicação e de relação entre o presidente da Câmara e as pessoas que tem a seu lado”. “Sempre defendi que Mário Alves é honesto e exageradamente economicista, mas peca pela sua atitude centralizadora”, referiu António Duarte frisando que “toda a gente sabe que o presidente da Câmara gere muito mal os recursos humanos que tem à disposição, usando e abusando dos poderes”. O ex-chefe de gabinete desmente qualquer tipo de rumor relacionado com corrupção, porque – como sustentou – “ao nível de gestão financeira Mário Alves é extrema-mente correcto”, mas acusa-o de querer “centralizar todas as responsabilidades quando deveria seguir o lema: o máximo de liberdade para o máximo de responsa-bilidade”.

Quanto aos esclarecimentos exigidos pelo líder do PS, António Duarte afirma: “José Francisco Rolo mantém as caracte-rísticas dos seus antecessores que sempre viveram das tricas e más línguas” e acon-selha-o “a fazer política de outra forma, não se aproveitando destas situações”.

O actual vice-presidente da Comissão Política Concelhia do PSD lamenta que a campanha eleitoral tenha seguido o cami-nho que seguiu, e aponta o dedo a Mário Alves considerando que as suas atitudes “são próprias de um carroceiro e não de um presidente de Câmara”. Por isso, en-tende que “o melhor que Mário Alves tem a fazer é retractar-se publicamente pelos actos indignos e impróprios que teve du-rante a campanha e no dia das eleições”. António Duarte é de opinião de que toda a gente deve saber o que se passou no dia das eleições e descreve o sucedido: “Mário Alves subiu até à sede do partido e votou na mesa de eleição e não na cabine de voto. Ao descer virou-se para a nossa equipa e disse: vocês mereciam uma es-carreta nas trombas. Eu respondi: vem cá dá-la, e ele concluiu: está calado urso. De-

pois de algum tempo voltou a insultar-nos dizendo: está aí um bando de merdas; e o prof. José Carlos respondeu: merda és tu. Depois desta agressão verbal, Mário Alves quis agredir fisicamente o líder da lista “B” e só não aconteceu, porque eu não permiti”.

Num olhar sobre o futuro, António Du-arte sublinhou ao CBS que “está optimis-ta” e que “pôs uma pedra sobre o assunto porque o PSD está em primeiro lugar”. Mas, António Duarte deixa o alerta: “o presidente de Câmara deve-se preocupar com o desenvolvimento do concelho e não, com o que não lhe diz respeito”. “Ele meteu-se nestas eleições e saiu derrota-do” concluiu António Duarte.

Já do outro lado, Mário Alves não co-menta os últimos acontecimentos e refe-riu ao CBS que “agora fechou-se o primei-ro capítulo mas daqui a dois anos inicia-se o segundo”. Quanto às actividades da Câ-mara Municipal, Mário Alves deixa o avi-so: “comigo só está, quem está disponível para trabalhar e não quem está sentado à mesa do orçamento”.

António Duarte denuncia Mário Alves

“O presidente da Câmara usa e abusa dos poderes”

Em cerimónia presidida pelo Secretario de Estado

Bombeiros apagam 84 velas

Arcial estreou carrinhaEncontro de coros

Concerto dá boas vindas à Primavera

Os Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (BVOH), uma associação fun-dada em 1922 que actualmente é presidi-da por Arménio Tavares e comandada por Emídio Camacho, comemorou, dia 26 de Março, o seu 84º aniversário.

A sessão solene, que contou com a presença do Secretário de Estado da Ad-ministração Interna, Ascenso Simões, e de várias entidades ligadas aos bombeiros, fi-cou marcada – por iniciativa do presiden-te da Federação Distrital de Bombeiros de Coimbra, Jaime Soares - por um coro de críticas às políticas que o Governo está a definir ao nível da militarização dos co-mandos operacionais distritais.

Jaime Soares, que acusou o Governo de “mandar muito e pagar pouco”, enalteceu o papel dos bombeiros na sociedade e frisou que o único salário dos bombeiros “são as medalhas que levam ao peito” por ocasião deste tipo de cerimónias.

Aparentemente pouco incomodado com as críticas, o Secretário de Estado fez referências muito elogiosas à “grande vitalidade” patente no corpo activo dos BVOH e comprometeu-se a trabalhar no chamado estatuto social dos bombeiro.

“Às vezes esquecemo-nos destes homens enquanto pessoas”, referiu Ascenso Si-mões.

Nesta cerimónia, os BVOH distinguiram com o crachá de ouro dois antigos bombei-ros daquela corporação – António Rocha e Pedro Abrantes – , condecoraram também vários soldados da paz com medalhas de assiduidade de Grau Ouro de 15 anos de bons e efectivos serviços da paz, e benze-ram duas novas ambulâncias e duas viatu-ras de combate a incêndios. Na aquisição destes equipamentos, os BVOH contaram com apoios financeiros da Câmara Munici-pal e de alguns beneméritos locais, como António Lopes e Serafim Marques.

Poucos dias depois do início da prima-vera, o salão dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital abriu as suas portas, na tarde de 25 de Março, para acolher um encontro de coros. O Coral de Sant’Ana de Oliveira do Hospital, o Coral da Casa da Gaia de Argoncilhe e a Associação Orfeão Dr. João Antunes de Condeixa-a- Nova reu-

niram-se para protagonizar aquele que foi o 1º Concerto de Primavera 2006. A orga-nização do evento esteve a cargo do Coral de Sant’Ana que contou com o apoio da Câmara Municipal, Bombeiros Voluntários e Escola Secundária de Oliveira do Hospi-tal.

A Associação de Recuperação de Crian-ças Inadaptadas de Oliveira do Hospital (ARCIAL) já estreou a nova carrinha de transporte de utentes. A aquisição da nova viatura, que custou 40 mil Euros, só foi possível – como referiu o presidente da direcção da Associação, Arménio Rodri-gues – “graças à capacidade da Arcial em gerar fundos e ao apoio da Câmara Muni-cipal” que colaborou com 7500 Euros.

O primeiro percurso da carrinha foi fei-to no dia 29 de Março, sendo antecedido de uma pequena cerimónia onde estive-

ram presentes elementos da direcção da Associação e o presidente da autarquia oliveirense, que salientou que “a Câmara estará disponível para colaborar na cons-trução da nova sede da ARCIAL e na com-pra dos equipamentos”.

Correio da Beira Serra 31 de Março de 200616 F R E G U E S I A S

A Igreja ParoquialTem como orago Santo André e apresenta-se como uma obra de arquitectura em continuação da tradição regional setecentista, do séc. XIX.

Capela de S. SebastiãoImplantada no local onde outrora existia a Igreja Paro-quial e cemitério, na parte velha da povoação.

Ermida ou Capela de Nossa Senhora da LuzSituada no lugar de Parente, a capela tem traços de arqui-tectura moderna onde foram aplicados materiais tradi-cionais como o xisto e a madeira de castanheiro.

Ponte MedievalMais conhecida como “Ponte Romana”, pensa-se que terá sido construída no séc. XIV. É uma construção de alve-naria, muito singulada, de dois arcos. O arco principal é uma curva quebrada, gótico e, de grande abertura; o

outro, menor, é de traçado semicircular mas irregular. É de duas águas, sendo o tramo da margem direita mais extenso e muito inclinado. Mede cerca de setenta metros de comprimento.

Quinta da MoendaData do séc. XVIII e trata-se de uma antigo assento de lavoura constituído por três edifícios, sendo eles um anti-go lagar de vara de 1770, um moinho e uma destilaria. O conjunto foi recuperado e valorizado, com vista à criação de uma unidade de turismo rural, que se encontra em funcionamento com excelente qualidade.

Património natural:Praia fluvial e parque merendeiro, na zona ribeirinha do rio Alvôco das Várzeas, arborizada recentemente, devi-damente infra estruturada e com equipamentos de lazer associados. Nas margens do rio é possível encontrar es-pécies de fauna e flora raras na região.

LILIANA LOPES

S ituada a 20 km da sede do con-celho, Alvôco das Várzeas é, sem dúvida, uma povoação muito antiga. O aparecimento de mós

e moendas e o legado de antroponimios que ainda hoje existem, provam que esta povoação foi ocupada pelos romanos devido à proximidade das explorações mineiras existentes nas várzeas do rio. Inicialmente, a freguesia foi um curato de-pendente de Penalva de Alva, a cujo con-celho pertenceu até 1853, sendo anexada pelo de Sandomil e, com a extinção deste, transitou para o concelho de Oliveira do Hospital a 24 de Outubro de 1855

Enriquecida pela beleza natural do rio Alvôco e das suas margens, esta é sem dú-vida uma das mais belas freguesias do con-celho de Oliveira do Hospital. A transpa-rência da água que é ladeada por espécies de fauna e flora raras na região enchem os olhos de quem passa e apresentam-se como fortes potencialidades turísticas. Ao longo das margens do rio Alvôco existem diversos moinhos, alguns ainda em fun-cionamento, e o sistema de irrigação co-munitária, talvez o maior da região, sendo provável que remonte à época romana/árabe, designado por Levada. Às potencia-lidades do rio associa-se a ponte Medieval – classificada como Monumento Nacional – que terá sido construída no século XIV de estilo gótico – românica.

A História e Património de Freguesia são motivos de orgulho para os seus habi-tantes, mas por si só não são factores de desenvolvimento. Luís Sousa recém – elei-to presidente da Junta de Freguesia local percebeu que “Alvôco tinha que mudar e por isso decidiu envolver-se e avançar com a sua candidatura”, por-que – como referiu ao Correio da Beira Serra – “a freguesia estava completamente para-da e a cair no pasmo”. Tentado pela garra da juventude o autarca afirmou: “tinha que ser eu a mudar as coi-sas, sabendo que para isso era preciso acreditar em muita gen-te”. O empresário de 32 anos que se diz “inexperiente na vida politica” conta e espera contar no futuro com o apoio do Presidente da Câmara Municipal. “Acredi-

to no professor Mário Alves” realçou Luís Sousa salientando que “juntos definiram muitas coisas para a freguesia”.

Numa terra totalmente socialista, onde nunca foi possível a outro partido ganhar

as eleições, o autar-ca tem noção de que “as pessoas votaram nele e não no PSD”, porque – como expli-cou – “toda a gente o conhece como uma pessoa trabalhadora e com espírito empre-endedor”. À frente da autarquia desde No-vembro passado, Luís Sousa já se apercebeu de que a sua tarefa não é fácil, porque

“as pessoas recorrem à Junta para resol-ver todos os problemas, até para retirar uma pedra que está no meio da estra-da”. “A população precisa da Junta e nós queremos ajudar e tentar fazer o melhor

pela nossa terra” frisou o jovem autarca não esquecendo as promessas que se propôs cumprir durante os quatro anos do seu mandato. No que diz respeito a melhorias físicas, Luís Sousa tem objec-tivos bem definidos que – como referiu – passam pela construção de uma ETAR, um parque de lazer, o calcetamento do caminho do braçal, da rua da igreja e do acesso ao parque merendeiro. Obras que para o autarca são “fundamentais para melhorar a qualidade de vida e ao mesmo tempo valorizar o património existente e atrair mais visitantes”. Como sócio ge-rente da conhecida empresa Bucha & Pin-ga no ramo do comércio de produtos tra-dicionais, Luís Sousa “gostava de poder vender e distribuir produtos de Alvôco das Várzeas” por isso, almeja incentivar algumas pessoas a apostarem na produ-ção de produtos locais, dando o exemplo do queijo de Alvôco que já não existe. Na opinião do autarca “está seria uma forma de desenvolver a freguesia e de a promo-ver por todo o país”.

A ROTA DAS FREGUESIAS

Autarca de Alvôco das Várzeas em declarações ao CBS

“Tinha que ser eu a mudar as coisas”No périplo pelas freguesias do

concelho de Oliveira do Hospi-

tal passámos por Alvôco das

Várzeas e ficámos a conhecer

o modo de vida daquela terra.

Luís Sousa, recém-eleito presi-

dente da Junta de Freguesia la-

menta que Alvôco esteja a “cair

no pasmo” mas, acredita ser

capaz de “mudar as coisas”.

Luis Sousa: “A freguesia estava completamente parada e a cair no pasmo“

Perfil do Autarca:

Nome: Luís Sousa

Idade: 32 anos

Naturalidade: Alvôco das Várzeas

Habilitações Literárias: 9º Ano

Profissão: Empresário

Partido: Eleito pelo PSD

NA FREGUESIA VALE A PENA VISITAR

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 17O P I N I Ã O

Desertificação é inevitávelApesar de ser um jovem empresário bem sucedido, Luís Sousa preferiu continuar na freguesia e salientou ao CBS que “a fre-guesia teve sorte com a geração de 70”. Dando o seu exemplo de vida e de outros jovens da sua idade, o autarca realçou que “só decide ficar, quem gosta mesmo mui-to da terra”. Por isso – como explicou – “o processo de desertificação é inevitável, é muito difícil reverter esta tendência”. O envelhecimento da população é uma rea-lidade e os mais novos, quando decidem estudar fora, acabam por ficar a trabalhar nos grandes centros urbanos. Mas, Luís Sousa acredita nas potencialidades da freguesia, que ainda dá trabalho a muita gente, como é o caso do “Centro de Re-creio e Convívio local que emprega mui-tas pessoas da freguesia, há também uma padaria, duas pastelarias, dois cafés, dois mini – mercados, três serralharias e vários empreiteiros de construção civil”. Para o autarca “é preciso que as pessoas tenham vontade de ficar, caso contrário não há nada a fazer”.

Apesar de a freguesia se situar no meio da serra, Luís Sousa não vê nisso um pro-blema, porque considera que “a freguesia está bem servida ao nível de acessibilida-des”, lembrando que “a povoação é atra-vessada pela Estrada Nacional 230 que dá acesso à Covilhã e, com o alcatroamento da estrada que liga a Ponte das Três Entra-das a Santa Ovaia, a freguesia fica apenas a 14 km da sede do concelho”. Nesta ma-téria o autarca felicita Mário Alves porque entende que “tem feito um excelente tra-balho”.

Serviços de QualidadeNo apoio a crianças e idosos a freguesia tem em funcionamento o Centro de Re-creio e Convívio de Alvôco das Várzeas que tem as valências de lar, centro de dia e prolongamento de horário para as crian-ças que frequentam a creche, funcionan-do esta última na antiga escola primária. “Na área do apoio social estamos cada vez melhor” frisou Luís Sousa destacando o bom funcionamento e as boas condições que o Centro oferece. Apesar de não exis-tir nenhuma escola do 1º Ciclo de Ensino Básico na freguesia, o autarca não se mos-tra preocupado, porque acredita que “na Escola da Ponte das Três Entradas as crian-ças têm melhores condições, há um maior convívio, e por conseguinte têm melhores resultados, acrescido do facto de que a es-cola fica a pouca distância da freguesia e os alunos têm transporte assegurado”.

Rumores de encerramento do Posto Mé-dicoNeste momento, o que preocupa a po-pulação e a autarquia são os rumores de encerramento do posto médico local, de-pois de construída a extensão de saúde de Avô. Luís Sousa assegurou ao CBS que “não sabe se o posto médico vai ou não fechar”, mas frisou que “se a população fi-car sem este serviço vai ser uma desgraça devido ao envelhecimento da população”. O autarca não esconde a sua preocupação e garante que vai estar alerta, porém, as-segura que já falou com o presidente da Câmara que lhe disse que “o posto médi-co não vai fechar e, a extensão de Avô será uma mais valia para as freguesias, porque numa situação de urgência será mais rápi-do chegar a Avô do que a Oliveira do Hos-pital”. A população de Alvôco das Várzeas tem médico e enfermeira duas vezes por semana, às segundas e quintas-feiras.

P ermitam-me que inicie este tex-to com uma nota pessoal talvez pouco ortodoxa: desejo êxito e vida longa, honra e proveito ao

projecto de relançamento do jornal Cor-reio da Beira Serra. Faço votos para que este periódico faculte aos seus leitores reflexões poliédricas sobre as notícias que fazem a história do país e do resto do mundo e, sobretudo, proporcione aos seus munícipes uma informação objecti-va e um debate vivo e pluralista sobre as grandes questões do concelho de Oliveira do Hospital.

Dito isto, passo de imediato ao assun-to que motivou este meu artigo.

“A história é a memória do género hu-mano, o que lhe dá consciência de si mes-mo, isto é, da sua identidade no tempo, desde a sua origem” – escreveu um dia o consagrado historiador Georges Lefebvre (Réflexions sur l´histoire, 1978). Apesar da globalização e da integração dos pa-íses em blocos económicos, políticos e culturais mais vastos, como é a constru-ção do projecto europeu, os povos que constituem as nações não estão dispos-tos a abdicar de uma identidade histórica, cultural, social e institucional nacional. Pelo contrário, orgulham-se do seu pas-sado, do seu idioma, das suas tradições culturais, dos seus hábitos e costumes. Por isso, batem-se pela preservação e re-produção dessa memória colectiva. Este sentimento e modus operandi aplicam-se também aos microcosmos regionais e locais. Ou seja, um país como Portugal constitui uma entidade coerente feita de uma diversidade de histórias e de cultu-ras locais. E cabe, em primeira análise, às autoridades sufragadas pelos cidadãos de cada região e de cada concelho a missão inalienável de salvaguardar e difundir a sua memória e consciência histórica. Se esses órgãos do poder local não cumpri-rem com eficácia tal desiderato, os espa-ços territoriais que administram correm o risco de perderem a sua especificidade, o seu exotismo, e as suas populações arris-cam-se, por seu lado, a perderem a sua personalidade, a sua alma. Que fenóme-nos sócio-económicos podem decorrer de tal processo? Por exemplo, no caso do interior nacional, o acentuar da desertifi-cação demográfica e o fim dos fluxos do turismo cultural.

Pois bem, receio que Oliveira do Hospi-

tal não tenha, até ao momento, revelado a sensibilidade necessária para cumprir este seu supremo dever com a eficiência que muitos desejariam. De facto, com a excepção honrosa da intervenção na zona histórica da Bobadela – que está final-mente em curso, depois deste inestimável núcleo museológico ter sido abandonado durante tantos anos –, o município não tem valorizado como devia o seu abun-dante património histórico.

Muitos dos seus documentos figurados estão mal preservados, subvalorizados e mesmo votados ao abandono – basta olhar (para citar dois exemplos bem sim-bólicos) para os preciosos vestígios mega-líticos sitos na zona norte do município e para a casa (arruinada) onde nasceu Brás Garcia Mascarenhas, em Avô, os quais, en-tregues ao seu destino, definham em cada dia que passa. Vários dos cascos centrais das suas pitorescas aldeias históricas es-tão descaracterizados e a merecer inter-venções de requalificação urbanística. Os seus dois museus principais (Museu Mu-nicipal Dr. António Simões Saraiva e Casa Museu da Fundação D. Maria Emília Vas-concelos Cabral) não cumprem as normas científicas e didácticas básicas dos espa-ços museológicos modernos. Na cidade, a área envolvente do memorial aos com-batentes da I Grande Guerra está há de-masiado tempo convertida em estaciona-mento público de automóveis, e no Verão o próprio monumento chegou já a servir, durante vários anos seguidos, de suporte

para as colunas de som que ambientam a festa de Santa Ana! E, a serem verdadeiros os rumores que por aí circulam, o edifício do velho e emblemático Colégio Brás Gar-cia de Mascarenhas (1932-1973) tem os seus dias contados.

Por outro lado, os documentos escritos, que são fundamentais para no futuro se poder fazer rigorosas monografias sobre a história do concelho (que, a propósito, a Câmara Municipal tarda em incentivar e patrocinar), não consta que se encon-trem devidamente organizados, catalo-gados e ao dispor imediato de eventuais investigadores. A Biblioteca Municipal da cidade não passa de uma sala inade-quada, apática e enclausurada no interior da “Casa da Cultura César Oliveira”. Os seus recursos humanos carecem de di-namismo e de uma formação académica apropriada. De igual modo, o seu acervo bibliográfico está desactualizado e é ma-nifestamente limitado: por exemplo, não

dispõe de uma colecção completa de mo-nografias locais, não integra um espólio, constituído por originais ou reproduções, de todos os periódicos aqui editados e não possui uma compilação das obras li-terárias e científicas dos autores oriundos ou radicados no concelho (nomeio apenas duas referências incontornáveis que estão totalmente ausentes de esta biblioteca: António Garcia Ribeiro de Vasconcelos e César Oliveira).

Também o Arquivo Municipal – que, creio bem, devia constituir uma priori-dade deste executivo autárquico – é até ao momento apenas um projecto fictício. E isso, por sua vez, desmobiliza a priori quaisquer estudos monográficos actuais sobre o concelho, impede o público de ter acesso e de fruir da documentação con-celhia mais antiga e valiosa, condiciona a conservação deste património e acaba porventura por demover alguns cidadãos de doarem as suas bibliotecas ou outra documentação privada ao município.

Alguns dirão que os tempos são de austeridade, o dinheiro é escasso e exis-tem prioridades mais urgentes. Parece-me demagógico e redutor pensar assim. De qualquer modo, julgo que a Câmara Municipal, até para evitar a proliferação mediática de juízos de valor injustos, fa-zia bem em esclarecer os seus cidadãos sobre a sua estratégia de desenvolvimen-to para o concelho e, designadamente, sobre o modelo de política cultural que possui. Afinal, todos os eleitores e contri-buintes gostam de estar informados so-bre a lógica que fundamenta a gestão e aplicação dos dinheiros públicos.

Entretanto, enquanto o nosso conce-lho contemporiza e justifica a sua inércia nestes domínios, várias dezenas de ou-tros municípios de todo o país, alguns de-les com uma dimensão e orçamentos bem menores do que o de Oliveira do Hospital, têm vindo, desde finais dos anos 90 do século passado, a apostar na preservação e divulgação da sua memória colectiva, através da construção ou reconstrução de modernos arquivos e bibliotecas, recor-rendo para isso ao Programa de Apoio à Rede de Arquivos Municipais (PARAM), lançado pelo Instituto dos Arquivos Na-cionais/Torre do Tombo. Muitos destes municípios têm ainda apostado, orgu-lhosamente, na recuperação e divulgação dos seus monumentos e incentivado e fi-nanciado a organização de congressos e conferências e a publicação de sucessivas obras de qualidade sobre história local.

Enfim, pelas razões atrás enunciadas,

penso que qualquer projecto de desen-volvimento prospectivo bem estruturado para o concelho não pode considerar a memória histórica local como um epife-nómeno e reduzi-la a uma mera dimensão folclórica e burocrática, ou a uma simples política de gestão corrente.

A destruição da memória histórica no concelho de Oliveira do Hospital

“(…) De facto, com a excep-

ção honrosa da intervenção

na zona histórica da Boba-

dela – que está finalmente

em curso, depois deste ines-

timável núcleo museológico

ter sido abandonado durante

tantos anos –, o município

não tem valorizado como

devia o seu abundante patri-

mónio histórico”

LUÍS F IL IPE TORGAL

O P I N I Ã O

Correio da Beira Serra 31 de Março de 200618 L O C A L

LILIANA LOPES

O Ministério da Administração Interna, por decisão gover-namental tomada em Outu-bro passado, decidiu alterar

a estrutura que define a actuação dos corpos de bombeiros, optando por mili-tarizar o Comando Distrital de Operações de Socorro e criar, no âmbito da GNR, os Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS). Passados cinco meses, ainda não é conhecida a forma como irão actuar bombeiros e militares da GNR e, o facto de ser um militar a comandar as operações de socorro não agradou aos comandantes das zonas operacionais, que optaram pela demissão em bloco. Dessa decisão, apenas ficaram de fora três comandantes, sendo que depois op-taram pela abstenção e outro manifes-tou-se contra. Em declarações ao Correio da Beira Serra, Emídio Camacho referiu que “apesar de estar solidário com os restantes comandantes preferiu abster-se”, porque não vê “com maus olhos, o facto de ser um militar da GNR a liderar o comando distrital”. O Comandante de Oliveira do Hospital está mais preocupa-do com as competências e a capacidade de resposta numa situação de emergên-cia. “O que me preocupa é se a pessoa tem ou não competência para assumir o comando, porque não é com formação à pressa que se lá chega”, afirmou Cama-cho lembrando que “os corpos de bom-

beiros têm pessoas muito bem formadas na área da primeira intervenção”.

Distrito com comando únicoAs corporações que até aqui estavam or-ganizadas por zonas operacionais passam, com a nova decisão governamental, a ser geridas por um comando único liderado pelo comandante – o Tenente Coronel Figueiredo Martins –, e pelo segundo co-mandante, António Bernardes, que já es-tava à frente da estrutura.

Questionado pelo CBS sobre o motivo que terá levado o governo a militarizar o comando distrital das operações de so-corro, Emídio Camacho referiu “a falta de gestão e de organização que era visível ao nível do comando e que por vezes, em si-tuação de urgência, impedia que se avan-çasse ao minuto” e – como frisou – “os incêndios combatem-se à nascença”. Na opinião daquele comandante, “os proble-mas de desorganização começaram quan-do se avançou com a fusão entre o Serviço Nacional de Bombeiros e a Protecção Ci-vil”, e por isso, considera que “o Governo optou pela militarização para colmatar essa falta de gestão”.

Quanto ao funcionamento da nova es-trutura, Camacho coloca “algumas reticên-cias” e não hesita em afirmar: “estamos a viver um novo ciclo nos bombeiros”. Ao mesmo tempo, lamenta que, numa altura em que está próxima a época de incên-

dios, nada esteja definido e que não seja possível perceber “onde começa e termina a actuação da GNR e dos bombeiros”. No entanto, e no meio de tantas incertezas, o Comandante assegura que irá “manter um contingente devidamente estruturado para que ao minuto possa dar resposta ao incêndios do concelho”

GNR na linha da frenteOs até aqui denominados Grupos de Pri-meira Intervenção (GPI) constituídos por bombeiros que actuavam na linha da fren-te dos fogos florestais foram substituídos pelos Grupos de Intervenção, Protecção e Socorro criados no seio da GNR.

De acordo com o anteprojecto de de-creto-lei que define esta matéria, a nova unidade é especialmente vocacionada para a prevenção e a intervenção de pri-meira linha em incêndios florestais e de matérias perigosas, inundações, sismos e outras catástrofes ou acidentes graves, sendo que para isso, os militares são do-tados de formação específica geral de pro-tecção e socorro.

Na prática – como explicou Emídio Camacho – “ao ser detectado um incên-dio, as brigadas helitransportadas serão imediatamente activadas, mas só serão eficazes se chegarem ao local antes dos bombeiros”. Na opinião do comandante “a ideia é boa, mas resta saber se na prá-tica funciona”.

Emídio Camacho preocupado com indefinições

Bombeiros à beira de um novo cicloA aposta do Governo na milita-

rização dos Comandos Opera-

cionais Distritais e na criação

dos Grupos de Intervenção,

Protecção e Socorro (GIPS)

não incomoda o Comandante

dos Bombeiros Voluntários de

Oliveira do Hospital. Emídio

Camacho entende que “mais

importante do que as persona-

gens que ocupam o lugar, é o

seu grau de competências”.

Tomando como exemplo o que aconte-ceu no ano passado, em que associado ao factor climatérico esteve o descuido dos proprietários de pinhais e de habitações próximas de zonas de risco, os Bombeiros de Oliveira do Hospital decidiram apostar num projecto de sensibilização junto das populações. Num primeiro momento, a corporação pretende filmar zonas consi-deradas de risco, onde existe continuida-de de combustível junto das habitações e, depois, em colaboração com as Juntas de freguesia apresentar esse trabalho aos proprietários. “Pretendemos mostrar às pessoas quais os perigos a que estão su-jeitas na época alta dos incêndios flores-

tais”, referiu ao CBS Emídio Camacho, sa-lientando que “os avisos e os alertas para a necessidade de limpeza das proprieda-des e terrenos adjacentes às habitações, não têm sido eficientes”. Na opinião do Comandante do corpo de bombeiros de Oliveira do hospital “se as pessoas forem alertadas com as filmagens que irão ser feitas, não irão pensar duas vezes”.

Em Maio, tem início a época dos incên-dios florestais e, apesar das indefinições ao nível do comando de operações do dis-trito, Emídio Camacho conta com “a for-ça da sua corporação e com um esquema que a Protecção Civil do concelho há-de montar para a prevenção e protecção dos

incêndios florestais”. Camacho destacou ainda todo o trabalho de sensibilização que a Câmara Municipal, através do seu gabinete florestal e em colaboração com os bombeiros, desenvolveu junto das vá-rias escolas do concelho.

Na opinião do comandante, nesta altu-ra é difícil antever como será a próxima época alta porque – como referiu – “há factores determinantes para a propa-gação dos incêndios florestais. “No ano passado tivemos a seca que não dos deu tréguas e, este ano, temos a chuva que renova a flora e aumenta a vegetação que, com a chegada do Verão, acaba por secar”.

Emidio Camacho: ”Ainda não se percebe onde começa e termina a actuação da GNR e dos bombeiros”

Para prevenir Bombeiros apostam na sensibilização

O renascer do CBS deixou-me numa

ansiedade inusitada.

Vieram à memória outros tempos:

o cheiro das tintas nas rotativas, o

primeiro contacto com a notícia im-

pressa, o cacau na Ribeira….

No dia seguinte, o ritual de sem-

pre: passar pelas bancas , breve pau-

sa, e imaginar o impacto da primeira

página junto dos leitores.

- Então, amigo, que tal está a saída

do Jornal? – perguntava ao ardina, en-

quanto o desfolhava, despreocupado,

como se aquilo não tivesse nada a ver

comigo…

À medida que o tempo ia passan-

do, se as notícias das vendas eram

satisfatórias, alterava-se o hábito e as

preocupações ficavam-se pelos cuida-

dos de cada edição.

…Este CBS também só precisa de

“outras preocupações” porque tem

corpo e alma para crescer!

O Concelho de Oliveira do Hospital

não vive os seus melhores dias, é um

facto, mas o Beira Serra é menino

para se empertigar, namoriscar fora

de portas e arejar a informação regio-

nal com rigor e qualidade. Um jornal

do género do CBS não pode limitar-

se aos assuntos locais e, por certo, é

essa a directriz da sua direcção, mas

a prioridade será sempre a defesa in-

transigente do Concelho. De resto,

pela qualidade intelectual e profissio-

nal dos colaboradores e jornalistas

residentes, adivinha-se não ser difícil

chegar a porto seguro. Resta saber

se a cidade e o próprio Concelho

estão receptivos a um “novo poder”

democrático, fazendo dele porta voz

de anseios e um meio privilegiado na

denúncia de situações anómalas.

Por mim, revejo-me na forma e

no conteúdo do Jornal e disso faço fé

com o mesmo gosto e empenho de

outros tempos.

Foi por isso que andei por aí,

curioso, perguntando num ou noutro

posto de venda:

- Então, amigo, que tal está a saí-

da do Jornal ?...como se aquilo não

tivesse nada a ver comigo…

- O Beira Serra? Esgotou!

Na redacção bebeu-se champanhe

nacional.

“CHAMPANHE E QUATRO COPOS”

- Tem o Beira Serra?- Já esgotou!

VIL AÇA

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 19C U LT U R A / A G E N D A

TEATRO

Oliveira do Hospital (Casa da Cultura César Oliveira)

V Ciclo de Teatro da Primavera

8 de Abril > 21h30

“TOMA ZÉ QUE JÁ ALMOÇASTE”Grupo de Teatro Sá da Bandeira, do Porto

22 de Abril > 21h30

“O MAIS FELIZ DOS TRÊS”Grupo de Teatro de Ervedal da Beira

29 de Abril > 21h30

“SEM UMA CANÇÃOELVIS UMA HISTÓRIA ROCK”Grupo de Teatro Disfarces, de Lisboa

7 de Maio > 21h30

“FELIZMENTE HÁ LUAR” Grupo de Teatro A Barraca, de Lisboa

Tondela (Acert)

Sábado | 15 de Abril > 23:00h

EB 2,3 de Tondela > Teatro de Rua

JUDASQUEIMA E REBENTAMENTO24 de Março > 10h30 / 15hPreço 2,50 € (grupos escolares)Sábado, 25 de Março | 11h - Preço A (5€ a 10€)Duração 60 min. Destinatários: Entre 1 e 5 anos

EXPOSIÇÕES

Oliveira do Hospital (Casa da Cultura César Oliveira)

Exposição de Pintura “FISIONOMIA DOS ROCHEDOS SERRA DA ESTRELA”de Nataniel RosaDe 4 Abril a 1 de Maio

Coimbra (Teatro Académico Gil Vicente)

RETROSPECTIVA DA 1ª, 2ª E 3ª EDIÇÕES DO FESTIVAL COIMBRA EM BLUESFotografias de Miguel Silva, Nuno Patinho e Pedro MedeirosAté 2 de Abril

UM OLHAR SOBRE A INVESTIGAÇÃO NA UNIVERSIDADE DE COIMBRAAté 6 Abril - Café Teatro

Seia (Galerias da Casa Municipal da Cultura)

Durante todo o mêsExposição “VIVER A ARQUITECTURA”Trabalhos dos arquitectos de Seia Pedro Albano, Carlos Brito, Miguel Krippahl e Fritz Wessling

ESPECTÁCULOS

Tondela (Acert)

Café-Concerto FADOMORSE Bar Novo Ciclo ACERT

Sábado | 1 de Abril > 23:30h

A NAIFAAuditório 1 Concerto > digressão 2006Sexta | 7 de Abril > 21:45h

FÁBRICA DA QUEIMA DO JUDAS Oficinas Divertidas Sábado | 15 de Abril > 23:00h Oficinas de Formação

Sábado | 15 de Abril > 23:30hCafé-concerto GABRIELA PINA + BANDADepois de “Ídolos”, os temas originais do seu primeiro CDBar Novo Ciclo ACERT

Tondela (Acert)

31 | Março > 21h452 | Abril> 16h00 – 21h45

O FIEL JARDINEIRORealizador: Fernando Meirellescom: Ralph Fiennes, Rachel WeiszAno: 2005, M16 - 129 minutos, Reino Unido

8 a 10 | Abril > 21h45

MUNIQUERealizador: Steven Spielbergcom: Eric Bana, Daniel Craig, Ciaran Hinds, Mathieu Kassovitz, Geoffrey RushAno: 2005, M16 – 165 minutos, EUA

CINEMA

Oliveira do Hospital (Casa da Cultura César Oliveira)

31 | Março > 21h3002 | Abril> 21h 30

MUNIQUERealizador: Steven SpielbergCom Eric Bana, Naniel Craig, Ciaran Hinds, geoffrey Rush… Crime/ Drama– m16 – 165 min5 Nomeações para Oscares da Academia.

7 – 9 | Abril > 21h30

WALK THE LINERealizador: James MangoldCom Joaquin Phoenix, Reese Whiterspoon, Ginnifer Godwin, ...

Seia (Cine-Teatro da Casa Municipal)

1 Abril > 21h302 Abril > 15h30 e 21h30

COISA RUIMFilme rodado em Torroselo (SEIA)Realizador: Tiago Guedes eFrederico Serra Intérpretes: Adriano Luz, Manuela Couto, Sara Carinhas, Afonso Pimentel, João Santos, José Pinto, João Pedro Vaz, Gonçalo Waddington, Miguel Borges, Maria d’Aires.Género: Terror/Mistério > Duração: 100 minutos

7 – 8 Abril > 21h309 Abril > 15h30 – 21h30

O SEGREDO DE BROKEBACK MONTAINRealizador: Ang Lee Intérpretes: Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, Linda Cardellini, Anna Faris,Anne Hathaway, Michelle WilliamsGénero: Drama > Duração: 134 minutos

14 – 15 – 16 Abril > 21h30

MUNIQUEM/ 12 AnosRealizador: Steven Spielberg Intérpretes: Eric Bana, Daniel Craig, Ciarán Hinds, Mathieu Kassovitz, Hanns Zischler, Geoffrey RushGénero: Drama/Thriller > Duração: 164 minutos

ESPECTÁCULOS

Viseu (Teatro Viriato)

7 - 8 Abril > 21h30

DANÇA | HOMENSConcepção, Direcção e Coreografia Cristina MouraDramaturgia Christophe Wavelet Música Original Beat Halberschmidt Luz Dalton Camargos Criação e InterpretaçãoRenato Linhares, Thiago Granato, Felipe Rocha, HorácioMacuacua Assistência da Direcção Artística Luciana Fróes60 min. - 12 anos | Preço B (7,5€ a 15€)

21 Abril > 21h30

NOVO CIRCOÀ COUR & EN CORPS 70 min. | Todos os públicos | Preço B (7,5€ a 15€)Criação Cie à Cour et à Corps Produção Cirque BaroqueAutoria Anne Joubinaux Encenação Joël Colas MúsicaOriginal Marie Issarni Com Anne Joubinaux, VéroniqueLafaurie, Guillaume Vilasalo, Marie Issarni (Piano) Desenhode luzes Gérard Vendrely Cenários Claude RochefortFigurinos Manou

Correio da Beira Serra 31 de Março de 200620

2ª Divisão Série C

O F.C. Oliveira do Hospital é goleado em casa por 1-5 , com o Nelas, despedindo-se da 2ª Divisão.

O Tourizense atrasa-se na luta pela su-bida de divisão, ao ser derrotado por 2-1 com o Oliveirense, tendo menos cinco pontos que esta equipa, mas com menos um jogo. A ressaltar que no referido en-contro houve cinco expulsões.

AF Coimbra Divisão de Honra

O Nogueirense aproxima-se dos da frente, após vitória em Ançã por 3-1 e ain-da poderá ter uma palavra a dizer neste Campeonato que dá acesso à 3ª Nacional. Lidera o Gândara com sete pontos em rela-ção ao Nogueirense, mas estes ainda têm que se defrontar, o que poderá dar uma nova alma, em caso de vitória à equipa de Nogueira do Cravo. Também o Penelense e o Lousanense espreitam a sua oportuni-dade. Vamos ter campeonato até final

Por sua vez o Tabuense afunda-se na classificação e já vai em três drerotas con-secutivas.

AF Coimbra1ª DIVISÃO DE HONRA

Série A

A A.D. Travanca de Lagos terminou o campeonato em 7º lugar, com quatro vi-tórias, seis empates e sete derrotas A sua prestação ficou aquém das expectativas, mas numa próxima edição abordaremos com o seu técnico Carlos Rocha, o desem-penho desportivo desta equipa.

INATEL

Decorre o Campeonato do Inatel ,es-tando a ser disputado por oito equipas do concelho que integram duas séries: B e C.

De registar que a série B é liderada pelo Vasco da Gama de Seixo da Beira, com os mesmos pontos do Paradela, equipa que derrotou na última jornada por 4 bolas a uma.

Por sua vez a série C é liderada pelo Al-voco de Várzeas, logo seguida pela equipa da Bobadela.

Nota negativa a registar foi a desistên-cia da equipa de Galizes. Esta informação foi dada pelo responsável da secção des-portiva do Inatel de Coimbra.

INICIADOSTAÇA DE ENCERRAMENTO

O F.C.O. Hospital esmaga o Lorvanen-se por 12-0, liderando a sua série, apenas com vitórias.

1. Ao iniciar a minha colaboração com o CORREIODA BEIRA SERRA com esta coluna de opinião, irei abordar temas do Desporto concelhio, regional e nacional, e tentarei dar uma visão da minha experiência desportiva. Usarei a numeração de 1 a 11, já que quando éramos jovens, eu e alguns meus amigos, sonhávamos com uma dessas camisolas, com o 1 do Eusébio ou o 1 do Carvalho. Ainda não consegui adaptar-me aos 99, 78… que proliferam nas camisolas dos jogadores actuais.

2. Hoje abordarei o momento do Futebol Clube de Oliveira do Hospital e da sua equipa de futebol sénior, a disputar a 2ª Divisão Série C, que ficará na próxima épo-ca “Fora de Jogo” desta divisão.

Este clube encontra-se no último lugar, não averbando qualquer vitória em casa e tendo apenas obtido uma fora. Quer isto dizer, que em termos desportivos a época está a ser completamente desastrosa. Mas há uma pergunta a fazer, por que é que isto está acontecer?

3. Eu penso que as raízes do problema já não são recentes e que advêm de alguns erros cometidos no passado. Se os adeptos se lembrarem que no Verão passado, houve um número elevado de Assembleias-Gerais, onde compareciam um número diminuto de sócios, para se encontrar uma nova direcção e que esta só foi possível pela tenacidade de Mário Brito que conseguiu convencer outros elementos, que já o acompanhavam de direcções anteriores, a formarem uma lista

4. Naquele momento o F.C. Oliveira do Hospital apresentava algum passivo e por esse facto era importante não cometer loucuras nas contratações, numa tentativa para que esse passivo fosse anulado. Ficou ainda definido que esta seria uma época de realismo, e que independentemente dos resultados não poderia haver prejuízo financeiro. Logo, isso implicou com uma redução drástica no orçamento do clube, o que obrigatoriamente fez com que a qualidade do plantel fosse menor.

5. Até aqui parece-me que houve uma lógica correcta, porque ninguém deveria gastar mais daquilo que é possível em termos de receita, tornando o futebol susten-tável, já que os exemplos do Campomaiorense, Farense, o nosso vizinho Académico de Viseu….são elucidativos.

6.O problema é que ao planificar-se a época desportiva deveria ter havido algum cuidado, na contratação dos jogadores e do treinador, até porque já sabia que iria ser sempre uma época difícil, até pelas alterações que a Federação introduziu neste Campeonato, quase todas erradas (não lembra ao diabo que uma equipa esteja sem competição durante um mês, porque não houve capacidade para reajustar os jogos do Campeonato).

7. Na minha opinião não se poderia ter contratado um treinador, Sabino Mendes, que nunca tinha treinado ninguém e também entregar a maioria das contratações de jogadores a um empresário, que trouxe para Oliveira de Hospital muitos joga-dores de qualidade duvidosa. Para mim estes foram os primeiro passos para o insu-cesso desta época.

8. A saída de Armindo Pereira, em Novembro, ele que era o chefe da Secção de futebol, numa tentativa de salvar o balneário, também não resultou. Depois a sequência de treinadores – e já lá vão quatro –, também não ajudou. Notou-se por parte da Direcção uma tentativa de corrigir alguns destes aspectos, mas como diz o povo “o que nasce torto, tarde se endireita”.

9. O F.C. Oliveira do Hospital vai descer de divisão e pessoalmente não vejo isso como um drama, até porque no futebol as vitórias e as derrotas são efémeras e va-lem o que valem. O que é preciso é reorganizar o clube de forma a que este tenha uma sede e que tenha receitas próprias, para que possa um dia sonhar com outros voos. A dependência absoluta do subsídio camarário torna o clube sem um caminho viável de estabilização.

10. Gostaria de deixar aqui uma palavra de amizade ao Mário Brito e à sua direc-ção, que esta época têm sofrido muito, por tudo o que aqui foi dito, mas mesmo assim demonstraram uma Coragem e Abnegação enorme ao trabalharem em prol do clube. Estou grato pelo trabalho que desenvolveram, independentemente de o F.C. O. H descer de divisão, até porque o clube poderia ter chegado ao fim da linha na época anterior.

Também uma palavra para o Artur Raso, um homem honesto, sei que fez o que pôde para inverter a situação, mas já era tarde demais.

11. Uma palavra para o Excelente Campeonato que fizeram os Iniciados do F.C. O.H, no Campeonato Nacional deste escalão, trabalho que não pode deixar de estar associado o seu técnico Cunha Ferreira (grande treinador) e a todas as pessoas que colaboraram neste projecto.

FORA DE JOGOJOSÉ CARLOS ALEXANDRINO*

O P I N I Ã O

D E S P O R T O

ANÁLISE AOS CAMPEONATOS

Campeonato Nacional

Na secção de Hóquei em Patins do Futebol Clube de Oliveira do Hospital, o destaque vai todo para a equipa dos Infantis A, que lideram a Taça Nacional - Zona Norte com os mesmos pontos do FC Porto. Em quatro jogos, a equipa sensação – como já é conhecida – obteve quatro vitórias e soma neste momento 12 pontos. No último fim-de-semana, os “castigados” foram os jogadores do Valongo, que apanharam com 9-1. Sorte diferente tem tido a equipa de iniciados, também a disputar o nacional, que no último jogo, em casa do FC Porto, perdeu por 8-1. Actualmente no último lugar da tabela classificativa, com apenas 1 ponto, os inciados tiveram um início de campeonato difícil, mas há expectativas que a equipa termine a prova numa posição mais honrosa. Os Juvenis, que por enquanto se encontram a disputar um torneio de encerramento com a Final-Four marcada para 3 de Junho, perderam em casa por 2-3 com a equipa HC Sant B. Os séniores, na III Divisão do campeonato nacional - Zona Norte, também não têm tido a vida fácil e perderam o último jogo em casa do Estrela Vigorosa S por 6-2.

> Hóquei em Patins

> Futebol

PROLIGA

O Sampaense, continua no segundo lugar da tabela classificativa a apenas 2 pontos do líder – O Vitória S.C (Gimarães). Nesta última jornada, a equipa de S. Paio de Gramaços recebeu o Esgueira no Pavi-lhão Serafim Marques e perdeu por 74-79. Na Proliga, o Sampaense – a segunda equipa com menos pontos sofridos –, está a efectuar um bom campeonato.

> Basquetebol

Correio da Beira Serra

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31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 21D E S P O R T O

> Futsal

UMA MODALIDADE EM EXPANSÃO

Nesta modalidade a Sociedade Recrea-tiva Ervedalense de Ervedal da Beira, vem de há quatro anos a esta parte a desenvol-ver neste concelho a prática regular e fe-derativa. Começou por participar nos dis-tritais de Coimbra na época de 2002/2003 com uma equipa sénior. Na época seguinte 2003/2004 optou por se dedicar à forma-ção e concorreu no campeonato distrital da Associação de Futebol de Coimbra no escalão de Juniores. A partir desta época foi sintomática a aposta na formação e não é por acaso que em 2004/2005 a co-lectividade de Ervedal da Beira entre na competição com mais um escalão, o de

iniciados. È com estes dois escalões que disputa presentemente o campeonato e a taça no presente ano. Os iniciados que se vêem envolvidos em duas frentes, o cam-peonato que entra em breve na sua fase derradeira e decisiva, e a Final – Four da Taça da AFC. E, foi precisamente na final – four disputada no passado fim de sema-

na 25 e 26 de Março que os pupilos sob o comando do Prof. José Carlos Alexandrino Mendes ficaram pelo caminho, preparan-do-se agora para enfrentar a FASE FINAL DO CAMPEONATO, onde se prevê uma competição acérrima. Os jovens de Erve-dal da Beira encontraram pela frente num jogo a eliminar a difícil e poderosíssima equipa do Miranda do Corvo, vencedora por duas vezes consecutivas desta com-petição, feito que viria a repetir este ano, com a conquista pela terceira vez da Taça. Os Iniciados da Sociedade Recreativa Er-vedalense acusaram demais a pressão por estar pela primeira vez numa Final-Four, e perderam por 8-3. Apesar do resultado de-masiado desnivelado, o jogo acabou por ser uma partida disputada até ao último centímetro quadrado pela conquista da posse de bola, com maior incidência na segunda parte. A equipa do Ervedal partiu sempre atrás do prejuízo. Esteve no en-tanto, quase a empatar a partida a qua-tro bolas, não fosse o facto dos jogadores azul - celestes terem sido tão perdulários, falhando por várias vezes na finalização após terem conseguido o mais difícil, estar em superioridade numérica. Os nervos, a inexperiência, a falta de lucidez nos mo-mentos decisivos e cruciais do encontro, traíram definitivamente os jogadores de Ervedal da Beira. De qualquer dos modos há que enaltecer a atitude, a entrega e o sofrimento que os jovens de Ervedal ma-nifestaram ao longo da partida. A equipa de iniciados prepara agora a fase final do campeonato jogando já no próximo dia 8 de Abril em casa frente ao Sourense, na-quela que será a primeira de seis jornadas desta fase. As outras equipas em competi-ção são a Académica OAF e a Casa do Povo de Miranda do Corvo.

A Sociedade Recreativa Ervedalense tem ainda como já referimos outra equi-pa a participar nos Distritais de Juniores. Neste particular, e no que ao campeonato diz respeito, os jogadores deste escalão não foram além da sexta posição numa prova competitiva onde a Académica foi de longe a equipa mais forte do grupo.

No entanto é precisamente esta formação que o Ervedalense terá de defrontar no primeiro jogo a eliminar da Final- Four da Taça da AFC .

No entanto o Futsal no concelho não fica por aqui. Ele começa por ser pratica-do em camadas ainda mais jovens. Referi-mo-nos às escolinhas que trabalham sob o comando de João Veloso, com um balanço muito positivo. Foram campeões na época 2003/2004. Estiveram presentes na fase final de 2004/2005.. Na presente tempo-rada a equipa de João Veloso é a primeira da classificação geral e séria candidata a ser campeã. Faltam sete jornadas para o final da prova, tendo que os escolinhas jo-gar três jogos fora e três em casa, folgan-do à vigésima terceira jornada, dia 29 de Abril. Ficam aqui os jogos que faltam aos miúdos de palmo e meio para se sagrarem campeões. A 1 de Abril deslocam-se ao Miro (Penacova). A oito do mesmo mês jo-gam em casa frente ao Miranda do Corvo. No dia 22 vão até à cidade dos estudantes defrontar o União de Coimbra. No mês se-guinte, a 6 de Maio jogam em casa com o S. Martinho da Cortiça. No dia de Nossa Senhora, 13 de Maio, deslocam-se a Ançã, para aquela que será a penúltima jorna-da do campeonato. E, a 20 desse mesmo mês fecham em casa o campeonato com a Granja do Ulmeiro, podendo nessa altura, e assim esperamos e torcemos, festejar o título de campeão 2005/2006.

O futsal está como podem ver em fran-ca expansão, e o nosso concelho não foge à regra. A Nível Nacional é a segunda mo-dalidade, logo a seguir ao futebol, com mais participantes inscritos, vinte e dois mil e duzentos e sessenta e sete, nesta época. Dados fornecidos pela Federação Portuguesa de Futebol. Dados esses que acrescentam ainda, que esta modalidade, foi a que mais cresceu nestes últimos anos, suplantando mesmo a sua congénere de onze. Quadriplicando os atletas inscritos em 95/96 de cinco mil cento e cinquenta e sete, para os números agora apontados.

João Manuel Jorge

Tiago VicenteSelecção Sub - 16 AFC

Nasceu a 20 de Fevereiro de 1991Natural da Sobreda

Modalidade Praticada – FutsalPosição : Guarda-Redes

Escalão : Iniciado Equipas anteriores :

Vila do Mato – 03/04 ( futebol 11)Ervedalense – 04/05 (futsal)

Oliveira do Hospital – 05/06 ( futebol 11)Ervedalense – 05/06 (futsal)

Sérgio PereiraSelecção Sub – 18 e Sub – 20 da AFC

Nasceu a 29 de Agosto de 1988Natural de Ervedal da Beira

Modalidade Praticada – FutsalPosição : Guarda-Redes

Escalão : JuniorEquipas anteriores :

Vila do Mato ( futebol 11)Canas de Senhorim ( futebol 11)Oliveira do Hospital ( futebol 11)

Ervedalense (futsal)

Tele-Objectiva

Clube de Caça e Pesca de Oliveira do Hospital considerado clube reve-lação do ano de 2005 da Associação

das Beiras de Pesca Desportiva

O Clube de Caça e Pesca de Oliveira do Hospital foi distinguido, na VI Gala da As-sociação das Beiras de Pesca Desportiva, realizada no passado dia 11 de Março em Leiria, com o troféu Cana de Ouro na cate-goria de clube revelação do ano 2005 da referida associação, que engloba os clu-bes de pesca desportiva dos distritos de Viseu, Guarda, Coimbra e Leiria.

No ano de 2005 este clube venceu co-lectivamente a Taça da Associação das Bei-ras de Pesca Desportiva, ao derrotar na fi-

> Outras Modalidades

nal a Associação Académica de Coimbra, e classificou-se em 3º lugar no campeonato regional da modalidade. Para além destes feitos a nível de equipas, vários atletas do Clube de Caça e Pesca subiram de divisão nos diversos campeonatos individuais que participaram e dois deles sagraram-se campeões: Nuno Santos da 3ª Divisão Nacional e Rui Santos da 2ª Divisão Regio-nal.

Actualmente o clube de Oliveira do Hospital tem nas suas fileiras dois atletas a disputar o Campeonato Nacional da 2ª Divisão Nacional, três a disputar o Campe-onato Nacional da 3ª Divisão, três no Cam-peonato Regional da 1ª Divisão e quatro no Campeonato Regional da 2ª Divisão. Para esta época, o clube tem também na sua equipa o atleta Jorge Marques, várias vezes campeão nacional de deficientes (tendo já representado a selecção nacio-nal).

Nota do EditorA secção de Desporto do Correio da Beira Serra tem como objectivo noticiar o maior

número de acontecimentos desportivos que ocorram no concelho de Oliveira do Hospi-tal, mas as limitações de espaço nem sempre nos permitem ir tão longe.

Nesse sentido, desafiamos os actores do Desporto local a darem-nos conta de even-tos que, por vezes, nos escapam. Para o efeito podem utilizar o e-mail da secção de desporto deste jornal: [email protected]

MEDIADOR DE SEGUROS

Rua Prof. Francisco Marques Gomes, 10

3405-197 Lagares da Beira * Oliv. do Hospital

Tel. / fax 238 645 408 * Tlm. 917 289 883

E-mail: [email protected]

Correio da Beira Serra 31 de Março de 200622 R E G I Ã O

R E V I S TA D E I M P R E N S ASeia

Seia já tem Sistema Colectivo de Segurança para comércio, idosos e crianças

A Câmara de Seia, a Associação Co-mercial e Industrial local e a GNR assi-naram, no passado dia 13 de Março, um protocolo para a implementação de um sistema colectivo de segurança, no âm-bito dos programas “Comércio Seguro”, “Idosos em Segurança – Apoio 65” e “Es-cola Segura”. O objectivo desta iniciativa é prevenir e detectar actos criminosos, fundamentalmente furtos, roubos e bur-las, bem como assinalar incêndios. Para o efeito a Associação Comercial garantirá a instalação, no Posto Territorial da GNR de Seia, de um sistema de recepção e monitorização de sinais de alarme (foto-gramas, videogramas e dados de geore-ferenciação via GPS) emitidos a partir das habitações, estabelecimentos comerciais e escolas. Os meios tecnológicos instala-dos não emitirão qualquer sinal sonoro, sendo apenas detectados na central de recepção. Quando isso acontecer, a GNR mandará imediatamente para o local uma

patrulha e accionará os meios e entidades que a situação requeira, tais como bom-beiros, assistência médica urgente, apoio social ou contactos com os familiares. Para uma maior eficácia do sistema, que visa proteger escolas isoladas ou locali-zadas em zonas problemáticas e idosos que se encontrem em locais isolados do concelho, o Município compromete-se a disponibilizar uma viatura ligeira que permita um «patrulhamento direccionado para aquelas vertentes e a possibilidade de a autarquia poder ligar telefonicamen-te ao posto da GNR de Seia as escolas e idosos que entenda», adiantou o tenen-te-coronel Óscar Rocha. A viatura a for-necer pela Câmara vai permitir também um patrulhamento mais direccionado aos comerciantes e o desenvolvimento de ac-ções de sensibilização para questões de segurança.

In Porta da Estrela

Tondela

Guia vai ajudar crianças em riscoA Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Tondela editou, com o apoio financeiro da autarquia local, o “Guia para a Prevenção dos mausTratos a Crianças e Jovens”. Uma edição inédi-ta, na região, que pretende envolver a comunidade, no seu conjunto, para a sinalização de crianças em situação de risco. A brochura, com 24 páginas e fá-cil manuseamento, fornece um conjunto de informações que tipificam maus tratos físicos, violência interpares, negligência, trabalho infantil, psicológicos, violência intrafamiliar e abuso sexual. “Porquê de-nunciar?”, interroga a CPCJ de Tondela no capítulo relativo ao abuso sexual. E dá a resposta “Apesar da complexidade do processo judicial, existem serviços com-

petentes que avaliam e acompanham a criança, procurando protegê-la a enfren-tar o abuso sexual sem culpa; evitar que o agressor repita o abuso com outras crian-ças; e contribuir para que o agressor seja punido mas também ajudado”, lê-se no guia. Após enumerar um conjunto de fac-tores de risco e de protecção, o pequeno livro, fácil de trazer numa bolsa, fornece os contactos telefónicos das entidades às quais deverão ser comunicadas as suspei-tas de maus tratos a crianças e jovens. A brochura vai ser distribuída por escolas, juntas de freguesia, associações, centro de saúde e outros serviços do concelho de Tondela.

In Jornal de Notícias

Serra da Estrela

Revolução no esqui da Serra da EstrelaA estância de esqui da Serra da Estrela vai passar a dispor no próximo Inverno de 15 pistas esquiáveis (mais dez que as actuais), com cerca de 15 quilómetros de extensão. A primeira fase de ampliação deverá estar pronta em Outubro ou No-vembro deste ano e a ideia passa por tri-plicar o perímetro actual das cinco pistas, o que permitirá obter mais nove quilóme-tros de extensão para deliciar os amantes dos desportos de Inverno.

Para isso bastou apenas «potenciar» as capacidades da estância na Torre, «regula-rizando os terrenos que não estão apro-veitados, nem identificados como áreas esquiáveis», explica Artur Costa Pais, ad-ministrador da Turistrela. O projecto, já pronto para ser entregue ainda este mês ao Instituto de Turismo de Portugal, ao Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) e à Câmara de Seia, tem ainda em vista a aquisição de mais equipamento e meios mecânicos. Nesse sentido, a Turistrela

terá já adquirido seis novos teleskis, três dos quais com capacidade para transpor-tar mil pessoas e os restantes para 800 pessoas. Investimentos necessários para eliminar as filas que já se verificavam no teleski e na telecadeira. «Com estes equi-pamentos, resolveremos os problemas durante os próximos dois ou três anos», aponta Artur Costa Pais, adiantando que a área esquiável projectada vai estar co-berta por canhões para produzir neve. A Turistrela pondera igualmente comprar mais canhões de neve, mas desta vez «de baixa pressão e portáteis para serem transportados para as áreas que são mais necessárias», revelou o administrador. So-luções que serão conjugadas com a insta-lação de «paliçadas» em toda a estância, ou seja, barreiras de madeira que permi-tem manter a neve por mais tempo nas pistas.

In O Interior

Santa Comba Dão

Gabinete do investidor apoia PME’S de Santa CombaAs pequenas e médias empresas (PME’s) de Santa Comba Dão têm à sua disposi-ção o Gabinete do Investidor, um projec-to que serve de ponte entre os investido-res e entidades oficiais, como o IAPMEI – Instituto de Apoio a Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento, colmatando a inexistência de uma associação empre-sarial no concelho.

O Gabinete do Investidor (GI) tem como objectivos disponibilizar informa-ção administrativa, vocacionada para a criação de novas empresas; orientar os

agentes económicos em relação ao qua-dro específico de incentivos actualmente disponíveis nas diversas áreas económi-cas (comércio, indústria, turismo e ser-viços); prestar esclarecimentos técnicos especializados e informações jurídicas. Este serviço, que resulta de uma colabo-ração entre a Câmara Municipal de Santa Comba Dão e a Associação Nacional das PME’s, funciona na Avenida Humberto Delgado e é composto por um técnico na área da Economia e um administrativo.

In Jornal do Centro

Viseu

Revitalização do Rio PaviaO parque linear ao longo do Rio Pavia, um dos projectos mais emblemáticos do programa Polis em Viseu, deverá estar construído antes do final do ano. A em-preitada já foi adjudicada, devendo as obras começar dentro de um mês e aca-bar no prazo de meio ano. Orçadas em 3,579 milhões de euros, as obras decor-rerão entre o Parque Urbano da Aguieira e o Parque Urbano da Radial de Santiago, tendo pelo meio o espaço da Feira de S.

Mateus, numa extensão de 1.150 metros lineares e de aproximadamente sete hec-tares. O grande objectivo é, segundo José Gonçalves, da empresa projectista, “criar condições para que as pessoas usufruam das zonas ribeirinhas”. “O rio estava de costas para a população. Praticamente ninguém lhe tinha acesso, era uma zona degradada e este projecto vem no senti-do da sua revitalização”, frisou.

In O Primeiro de Janeiro

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALENQUERda Notária Sandra Filipa da Costa Carvalho Mancilha

Certifico, para efeitos de publicação, que, por escritura lavrada neste Cartório no dia dezasseis de Março de dois mil e seis, a folhas 45 do livro de notas 32 – A, Américo Dias Andrade, e mulher, Helena Jesus, casados em comunhão de adquiri-dos, residentes na Quinta das Amendoeiras, Cadafais, Alenquer,

Disseram que são donos e legítimos possuidores de dois prédios rústicos situados na Tapada, freguesia de Alvôco das Várzeas, concelho de Oliveira do Hospital,

- um composto por pastagem e dezoito oliveiras, com oitocentos e sessenta centiares, a confrontar do Norte e do Poente com Manuel Bernardino Nunes, do Sul com José Assunção Nunes e do nascente com António Moreira, inscrito na matriz predial rústica, a seu favor, sob o artigo 746, e

– o outro composto por pastagem e uma oliveira, com vinte centiares, a confrontar do Norte com Manuel Bernardino Nunes, do Sul e do Poente com José Lourenço e do nascente com Armando Gouveia, inscrito na matriz predial rústica , a seu favor, sob o artigo 753,

os quais não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Oliveira do Hospital; Que os prédios ora justificados lhes vieram à posse por compra feita há mais de trinta e seis anos, a António Dias e

mulher Rita de Jesus, residentes que foram em Chão – Sobral, relativamente à qual não ficaram a dispor de título formal que a comprove;

Que, desde então, possuem aqueles prédios em nome próprio, posse essa que foi adquirida e mantida ininterrupta-mente, sem violência e sem oposição ostensivamente, com o conhecimento e acatamento de toda a gente, pagando as res-pectivas contribuições e impostos, aproveitando as utilidades possíveis, ocupando-os e agindo por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade;

Que esta posse conduziu à aquisição dos prédios por usucapião.ESTÁ CONFORME ORIGINAL

Alenquer, dezasseis de Março de dois mil e seis.O Ajudante,

(Luís Miguel Eduardo da Silva de Oliveira)

31 de Março de 2006 Correio da Beira Serra 23L A Z E R

CARNEIROCarta Dominante: Cinco de PausAmor: Não fique parado, a pensar que já tem todo o controlo da sua relação, tem que lutar por ela, de forma determinada,

e segura. Saúde: Neste período de tempo, mais agitado, terá necessidade, de descontrair e isso deve ser feito ao ar livre, caminhando muito a pé. Dinheiro: Tudo o que já está, organizado, alguém, vai querer mexer e destabilizar, mantenha-se alerta e demonstre sempre a sua firmeza, e determinação no seu trabalho. Número da Sorte: 27

TOUROCarta Dominante: Sete de CopasAmor: Você tem um relacionamento, excelente, e abençoado, mas mesmo assim quer que a sua companheira

seja o seu espelho, veja que ela também tem a sua personalidade. Saúde: Para que consiga um equilíbrio, que reflicta-se, na sua vida, é bom que tente uma terapia alternativa, relacionada com águas. Dinheiro: Neste momento existe o equilíbrio, necessário para poder mexer nas, sua economias. Número da Sorte: 43

GÉMEOSCarta Dominante: Dois de PausAmor: Tenha atenção porque uma terceira pessoa, poderá pôr em risco o seu relacionamento, resolva as suas

dúvidas.Saúde: É aconselhável, ir ao médico, tenha atenção a algum cansaço que não seja normal. Dinheiro: Tem um assunto de trabalho, para terminar, mas, é necessário a aprovação de uma outra pessoa, que não quer, contorne a situação a seu favor. Número da Sorte: 24

CARANGUEJOCarta Dominante: A LuaAmor: Apesar das suas dúvidas, e medos, a sua realização no amor, vem a caminho e será muito bem sucedido.

Saúde: Vai encontrar a resolução para o seu problema de ansiedade, mantendo um contacto directo com a natureza. Dinheiro: Veja se a sua situação, de algum problema com o estado, está resolvida, se não estiver, em breve ficara. Número da Sorte: 18

LEÃOCarta Dominante: A JustiçaAmor: Deve manter sempre o seu relacionamento, com uma intenção de valoriza-lo sempre e qualquer dúvida,

terá de ser exposta e resolvida. Saúde: É necessário que mantenha a sua dieta alimentar o mais saudável possível.Dinheiro: Se quiser, conseguir um trabalho terá, que demonstrar o que vale, usando o seu sentido pratico e determinado. Número da Sorte: 8

VIRGEM Carta Dominante: O MagoAmor: Lutou muito para conseguir este relacionamento, mas conseguiu, e foi muito bem sucedido.

Saúde: A ansiedade é o seu problema maior, tente através da meditação, alterar esse seu estado. Dinheiro: Conseguiu um emprego, onde, primeiro terá que demonstrar, o que vale, e só depois descansar. Número da Sorte: 1

BALANÇA Carta Dominante: Sete de PausAmor: Soube esperar pela sua vez, conseguiu conquistar o seu amor, e vai ser

uma relação duradoura e sincera com bastante amizade. Saúde: Tenha cautela e não abuse de si mesmo, porque o cansaço vai cair sobre si, como um grande peso. Dinheiro: Apesar de ter subido de posto no seu trabalho, você só ficou a ganhar, na acumulação de trabalho, porque a remuneração é a mesma. Número da Sorte: 29

ESCORPIÃOCarta Dominante: Rainha de PausAmor: O seu relacionamento é bastante maduro, mas você da muita importância ao materialismo, e isso não vai trazer-lhe,

qualquer tipo de felicidade. Saúde: É aconselhado, ir um especialista em psicoterapia, porque não consegue resolver sozinha, o seu problema. Dinheiro: Tem trabalhado muito para manter a estabilidade financeira, mas será necessário, impor-se ainda mais para que tudo corra bem. Número da Sorte: 35

SAGITÁRIOCarta Dominante: Quatro de PausAmor: É o momento certo para assumir um compromisso, tem vindo a lutar e a construir, uma relação estável, vá em

frente com ela. Saúde: Deve tentar manter a calma e conseguir defesas para lidar com o stress do dia a dia, deve descansar, o mais possível. Dinheiro: Tem bastante trabalho pela frente, mas vai atingir o seu objectivo e conseguir a sua estabilidade. Número da Sorte: 26

CAPRICÓRNIOCarta Dominante: Cinco de EspadasAmor: Deve continuar a lutar pelo seu amor, por mais que pareça quase impossível, você vai vencer esta batalha.

Saúde: Tenha cuidado com os excessos, leve sempre tudo de maneira a que consiga, passar as dificuldades, com algum equilíbrio.Dinheiro: No trabalho tem que defender o seu lugar, mesmo que isso tenha que ser contra colegas, que pensa serem seu amigos, mas tudo vai correr bem. Número da Sorte: 55

AQUÁRIOCarta Dominante: Nove de Espadas Amor: Tenha cuidado e analise bem os seus sentimentos, porque numa relação o principal é haver respeito, e onde estão

dois, não há lugar para três. Saúde: A ansiedade que está a viver no momento, está a provocar-lhe uma instabilidade geral, tente controlar-se. Dinheiro: Tenha cuidado com uma terceira pessoa, no seu trabalho, que se diz amiga e quer ajudar, mas isso não será bem assim, fique atento. Número da Sorte: 59

PEIXESCarta Dominante: Valete de PausAmor: Você tem uma boa relação amorosa, mas esta a negligenciar, essa relação, de menos atenção ao materialismo, e olha

mais em seu redor. Saúde: Não deixe de fazer os exames médicos, que lhe são aconselhados, não tenha medo, as noticias são boas. Dinheiro: Anda uma pouco longe das suas obrigações, volte a olhar para a sua situação financeira e a controlar as suas economias. Número da Sorte: 33

HoróscopoPrevisões de Maria Helena - Centro Português de Esoterismo

para o Período de 1 a 15 de AbrilExequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.Executado: Sprincer – Serviços de Precisão Para Indústria Ce-râmica, Ldª e outro(s)…Nos autos acima identificados foi designado o dia 02-05-2006, pelas 14:00 horas, neste Tribunal, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse mo-mento, na Secretaria deste tribunal, de valor igual ou superior ao da avaliação pelos interessados na compra do(s) seguinte(s) bem/bens:TIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº 1 – Um Centro de maquinagem, de marca “Cincinnati”, modelo arrow-1000, com o número de série 7049 – A 00-kk 0848, com controlador Acramatic- A2- 100PENHORADO EM: 29-11-2004 11:45:00, AVALIADO EM: € 50.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer - Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Docu-mentos de identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona Industrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº2 – Um Centro de maquinagem, de marca “Mazac- VTC-20 B”, com o número de série 138838PENHORADO M: 29-11-2004 11:45:00, AVALIADO EM: € 50.000,OOPENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Docu-mentos de identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona Industrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do HospitalEXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº 3 – DUAS fresadoras de marca “HOLKE”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM:€ 2.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400,000 Oliveira do HospitalEXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil:Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.TIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº4 – Uma fresa de marca “NANTONG”, com a referência nº 19384 (Facility nº)PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM : € 1.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº5 – Uma fresa de marca “CMC-ITZIAR”, modelo FU – 2CM, com a referência nº 2143 – BPENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM :€ 1.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº6 – QUATRO fornos elefornos eléctricos de temperar, de marca “forno - cerâmica”; - UM forno eléctrico de temperar, de marca “Induzir”; - PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM :€ 2.500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: AbonoDESCRIÇÃO: VERBA Nº7 – DUAS máquinas de soldar, de marca “Electrex – RS – 600PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM : € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº8 – Um aspirador de fumos, de marca “KEMPER – GMBH”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº9 – Um porta – paletes Manuel , de marca “Incab- Milano”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 150,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº10 – Uma prensa, de marca “A.L.L.”, modelo 22 - 100PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 200,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº11 – UMA mini – grua, de marca “OMCN – Villa Di Sério” (BG)PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 250,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida

Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº12 – UM serrote, de marca “RUSH”, com a referência HBS - 250PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 100,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº13 – UMA rectificadora, de marca “KENT – KGS- 200”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº14 – UM engenho de furar, de marca “ERLO”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: AbonoDESCRIÇÃO: Verba n º15 – UM engenho de furar, de marca “ERLO”, com a referência nº TCA – 50 - EMELPENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 750,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº16 – UM forno mecânico, de marca “CME – T 410”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº17 – UM serrote, de marca “FAT”, modelo 350PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 2.500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº18 – UM compressor, de marca “ATLAS – COPCO – GA- 15”; - UM reservatório, de marca “USAG”, TIPO sem – 75010; - UM secador, de marca “ATLAS – COPCO – FD – 40”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 1.500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº19 – UM durometro, de marca “AFFRI”,modelo – 206 - RFOPENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº 21 – QUATRO computadores de marca “COMPAC – DESKPRO”, com CPU, monitor, teclado e rato; - UM computador de marca “HEWLETT PACKARD”, com CPU, monitor, teclado e rato; - UM computador de marca “SHINE”, com CPU, moni-tor, teclado e rato; - DUAS impressoras de marca “DESKJET – 840 C”; - UMA impressora de marca “HEWLETT PACKARD”; - Um scanner de marca “HEWLETT PACKARD – scanjet – 6300 – C”; - UMA fotocopiadora de marca 2TOSHIBA – 1550”; - UM fax de marca “AMSUNG”;- TRÊS secretárias com canto em redondo em cor cinza claro; - UMA secretá-ria rectangular com cerca de um metro de comprimento; - CINCO armários com cerca de um metro e dez de altura; - OITO armários com cerca de um metro de alturaPENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº20 – DOIS aparelhos de ar condicionado de marca “HITACHI”; - UM aparelho de ar condicionado de marca “CARRIER”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 2.50,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer-Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona Industrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do Hospital

O Juiz de Direito,Luís Alves

O Oficial de Justiça,João Martins

Jornal Correio a Beira Serra, 31 de Março 2006

Tribunal Judicial de Oliveira do HospitalSecção Única

ANÚNCIO (1ª Publicação)Processo: 203/03.6 TBOHP - Execução Ordinária - N/Referência: 281391 - Data: 20-03-2006

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Por causa dos erros de projecto

Câmara municipal gasta a mais cerca de 30 mil contos

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A Câmara Municipal de Oliveira do Hospi-tal (CMOH) vai gastar aproximadamente 145 mil euros em consequência de se ver forçada a abrir um novo concurso público destinado à conclusão das obras da varian-te Nordeste.

A conclusão desta empreitada, que se encontra suspensa há vários meses por ra-zões imputáveis à CMOH, implicou já uma alteração ao Orçamento Municipal, com vista a cabimentar este novo custo que foi

provocado pelos erros de projecto detec-tados durante o decorrer da obra.

Entretanto, segundo o Correio da Beira Serra apurou junto de uma fonte conhece-dora deste processo, a autarquia oliveiren-se terá sido avisada dos erros de projecto por um responsável da empresa que se en-contrava a executar a obra. Mas, de acordo com a mesma fonte, a CMOH só optou por suspender os trabalhos após as eleições autárquicas.

Em causa as declarações de António Duarte

Líder do PS pede explicações ao PSDO Partido Socialista abriu uma nova página ao eleger José Francisco Rolo como presi-dente da Comissão Política Concelhia.

Estas eleições do PS, ficaram marcadas por um ambiente de quase unanimidade que se gerou em torno da candidatura de Rolo, uma vez que não só não apareceu nenhuma outra lista como também não foi publicamente anunciada qualquer reacção crítica à candidatura daquele militante so-cialista.

Tido como um delfim de Francisco Gar-cia – a quem sucede no lugar –, o novo líder do PS local, com 38 anos, conta com a benção dos históricos do Partido e pro-mete uma lufada de ar fresco no espectro partidário local.

Logo no dia seguinte às eleições, Rolo tomou a sua primeira iniciativa política en-quanto dirigente do PS, ao exigir explica-ções ao PSD a propósito das declarações que o ex-chefe de gabinete de Mário Alves proferiu à comunicação social.

Num comunicado enviado às redacções, o Partido Socialista pediu “um cabal escla-recimento da parte dos dirigentes do PSD e da maioria PSD que domina a câmara municipal, das graves acusações que foram proferidas por um homem da confiança política do presidente da Câmara”.

Afirmando que “a política é um acto sé-rio”, aquele comunicado pergunta “o que de grave esconderá, em tom de ameaça,

o ex-chefe de gabinete” de Mário Alves, ao afirmar na imprensa que poderá fazer algumas reve-lações sobre determinadas atitudes que Mário Alves terá tomado enquanto presidente do Município de Oli-veira do Hospital.

Classificando as insinuações como “gra-ves e sérias”, os socialistas dizem querer a “verdade”, o apuramento de “responsa-bilidades” e questionam: “trata-se de quê: corrupção? Abuso de poder? Tráfico de influências? Perseguições políticas a ins-tituições e pessoas? Tratamento de prefe-rências?”

Sustentando que “as ameaças levanta-das por um dirigente político do PSD não poderão passar em claro”, o comunicado – assinado pela nova comissão política do PS liderada por José Francisco Rolo –, dei-xa ainda em aberto a possibilidade de os órgãos do PS “tomarem outras posições”, porque – conforme defendem – “a popula-ção tem de saber toda a verdade sobre o que se passa de grave e, eventualmente de ilegal” dentro dos Paços do Concelho.