correio da beira serra – n.º 3 (ii sÉrie)

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Mário Brito não resistiu à falta de apoio Em entrevista concedida ao Correio da Beira Serra logo depois de ter apresenta- do o seu pedido de demissão do FCOH, Mário Brito explica por que é que sai do clube e avisa que assim não vale a pena: “As pessoas estão completamente afasta- das do futebol, e há que ponderar se vale ou não a pena ter futebol nestes moldes” PÁG. 6 Sexta-feira, 14 de Abril de 2006 QUINZENÁRIO Ano 1 - Série II - N.º 3 Director: Henrique Barreto Preço: € 0,50 (IVA incluído) www.correiodabeiraserra.com TOP LOJAS DE MODA Rua do Colégio, 5C - Tel. 238 604 618 3400-105 OLIVEIRA DO HOSPITAL L.1: TOP SPORT Moda Jovem R. do Colégio, 2D, L. 8/11 L. 2: TOP Pronto a Vestir Moda Internacional R. do Colégio, 5C L. 3: TOP 3 Desporto Av. Sá Carneiro, 1C Aqui jaz a dinâmica do concelho PÁGS. CENTRAIS Obras Públicas em constante derrapagem... A Câmara de Oliveira do Hospital desbara- tou cerca de 200 mil contos com erros de projecto em duas obras públicas: o parque do Mandanelho e a variante Nordeste. No primeiro caso, o Tribunal de Contas apelida de “grosseiros” os erros cometidos. PÁG. 2

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Versão integral da edição n.º 3 (ANO 1 – SÉRIE II) do quinzenário “Correio da Beira Serra”, que se publica em Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra, Portugal). Director: Henrique Barreto. 14.04.2006. Para consultar o jornal na web, visite http://www.correiodabeiraserra.com/ Site do Instituto Superior Miguel Torga: www.ismt.pt Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Mário Brito não resistiu à falta de apoio

Em entrevista concedida ao Correio da Beira Serra logo depois de ter apresenta-do o seu pedido de demissão do FCOH, Mário Brito explica por que é que sai do clube e avisa que assim não vale a pena: “As pessoas estão completamente afasta-das do futebol, e há que ponderar se vale ou não a pena ter futebol nestes moldes”

PÁG. 6

Sexta-feira, 14 de Abril de 2006QUINZENÁRIOAno 1 - Série II - N.º 3Director: Henrique BarretoPreço: € 0,50 (IVA incluído)

www.correiodabeiraserra.com

TOPLOJAS DE MODA

Rua do Colégio, 5C - Tel. 238 604 6183400-105 OLIVEIRA DO HOSPITAL

L.1: TOP SPORT Moda JovemR. do Colégio, 2D, L. 8/11

L. 2: TOP Pronto a Vestir Moda InternacionalR. do Colégio, 5C

L. 3: TOP 3 DesportoAv. Sá Carneiro, 1C

Aqui jaz a dinâmica do concelho

PÁGS. CENTRAIS

Obras Públicas em constante derrapagem...A Câmara de Oliveira do Hospital desbara-tou cerca de 200 mil contos com erros de projecto em duas obras públicas: o parque do Mandanelho e a variante Nordeste. No primeiro caso, o Tribunal de Contas apelida de “grosseiros” os erros cometidos. PÁG. 2

Correio da Beira Serra 14 de Abril de 20062 D E S TA Q U E

HENRIQUE BARRETO

O Correio da Beira Serra foi in-vestigar as razões que terão provocado as derrapagens financeiras de algumas obras

públicas do Município de Oliveira do Hos-pital, e que neste momento deverão andar na ordem dos 200 mil contos. Em causa estão sucessivos e estranhos erros de pro-jecto, sendo que o caso mais recente é o da variante Nordeste.

Nesta empreitada, que a Câmara Muni-cipal se viu obrigada a suspender, os tra-balhos pararam logo a seguir às últimas eleições autárquicas e, conforme o CBS noticiou na sua última edição de 31 de Março, esses erros de projecto custarão ao município oliveirense mais 145 mil eu-ros.

O curioso, é que de acordo com uma fonte ligada à empresa responsável pela execução da obra – a Manuel Rodrigues Gouveia – , a Câmara Municipal foi “aler-tada por diversas vezes” – “tenho teste-munhas disso”, disse ao CBS a citada fon-te – para todo um conjunto de problemas que estavam a surgir, só que a resposta era sempre a mesma: “o senhor olhe para o projecto e limite-se a fazer o que está nos papéis”. Na altura estávamos em período eleitoral, mas mal se conheceu o resulta-do das últimas autárquicas, a CMOH viu-se obrigada, por razões que lhe são imputá-veis, a mandar parar a obra. Questionado sobre o assunto, na Assembleia Municipal do dia 24 de Fevereiro, o presidente da Câmara escudou-se no argumento de que “não é técnico” e acabou por não explicar objectivamente quais as razões de tanto erro de projecto.

Câmara Municipal foi avisadaRecuando no tempo, e pegando no caso paradigmático do Parque do Mandane-lho – onde a derrapagem financeira de-verá ter ultrapassado os 150 mil con-tos –, deparamo-nos novamente com

erros de projecto. Aquela empreitada, que também foi executada pela empresa Ma-nuel Rodrigues Gouveia, teve como pro-jectista a sociedade “Bernardo & Bernardo Consultores & Associados, Lda”, que foi igualmente responsável pelo projecto da variante Nordeste.

Também nesta obra, uma fonte ligada à MRG, que sustentou ao CBS que a CMOH terá sido alertada para várias situações, é peremptória: “Alertámo-los para que fosse instalado um sistema de rega computori-zado, mas nunca aceitaram isso; no palco, foi tudo alterado porque o projecto nem sequer previu um estudo aos solos e aqui-lo era um autêntico pântano. Tivemos que ir à procura de estabilidade no terreno e, só isso, custou mais 30 ou 40 mil contos; havia uma escadaria que no projecto tinha previsto cerca de 3,8 metros cúbicos de granito, mas quando se começou a exe-cutar eram necessários quase 100 metros cúbicos”.

Tribunal de Contas considera os erros como “grosseiros”Face a esta catadupa de erros de projecto, a CMOH teve obrigatoriamente que re-meter para fiscalização prévia do Tribunal de Contas (TC) o “Adicional ao Contrato” para a continuação daquela empreitada, num montante de quase 100 mil contos, o que representou um encargo de 24,8 por cento do custo da obra.

Inflexível à argumentação do presiden-te da Câmara, que sem êxito chegou a recorrer da decisão, o TC, através de um acórdão de 9 de Março de 2004, recusou o Visto, considerando – entre outras ques-tões – que “o dono da obra tem obrigação de ser diligente e, por isso, antes de pôr uma obra a concurso, deve verificar se tudo quanto é necessário à sua realização está ou não previsto. E se quer introduzir melhorias no projecto, deve fazê-lo antes do lançamento do concurso”.

Neste acórdão a que o CBS teve acesso, aquele tribunal vai mais longe e sublinha que “a Câmara não pode, perante este Tribunal, desonerar-se das suas respon-sabilidades com a simples invocação de que o projecto não é da autoria dos seus serviços técnicos. (…) Com erros tão gros-seiros evidenciados nas peças que consti-tuíam o projecto (…) só pode concluir-se que a Câmara ou seus serviços não cuida-ram de verificar se o gabinete projectista havia cumprido com o que havia sido es-tipulado no Caderno de Encargos” de um “concurso limitado sem apresentação de candidaturas”.

António Campos pede explicaçõesMas depois de o recurso ter sido conside-rado improcedente pelo TC com o conse-quente chumbo do Visto, o presidente da Câmara não esteve com meias medidas e, em reunião do executivo camarário de 13 de Julho de 2004, propôs que uma verba adicional de 390.576.75 € (mais IVA) fosse paga ao empreiteiro. A proposta foi apro-vada com os votos dos vereadores do PSD, mas Francisco Rodrigues e José Rolo, os dois vereadores do PS que na altura par-ticiparam naquela reunião, opuseram-se ao que consideraram ser uma ilegalidade.

“Considerada a reiterada recusa de Visto por par-te do Tribunal de Contas, particu-larmente após o próprio recurso apresentado pela Câmara Munici-pal, entendo que não posso ir con-tra uma decisão tomada e confir-mada pelo tribu-nal que regula estas matérias. Não quero com a minha decisão incorrer na vio-lação da decisão de um tribunal”, declarou na altu-ra Francisco Ro-drigues, numa declaração de voto que o CBS consultou na acta da reunião de Câmara do dia 13 de Julho de 2004.

Aquele vere-ador, que hoje é chefe de secção da CMOH, sus-tenta ainda que a solução propos-ta por Mário Alves “indicia um convite para reincidir, desta vez conscientemente, no erro, desrespeitan-do a decisão de um tribunal, sem procu-rar outras possibilidades de solução, na expectativa generosa de que nada acon-teça”.

Quem entretanto também já veio a pú-blico pedir explicações ao presidente da Câmara sobre estas derrapagens financei-ras de cerca de 200 mil contos, foi o ex-eu-

rodeputado do PS, António Campos. Num texto de opinião hoje publicado por este jornal, Campos põe o dedo na ferida ao afirmar que “os erros dos projectos (Man-danelho e Variante Nordeste) eram visíveis para qualquer leigo” e diz desconhecer “o que aconteceu ao projectista, ao respon-sável técnico camarário pelas obras, ou qual a atitude da Câmara”.

Presidente da Câmara continua a derrapar nas finanças

Os erros de projecto, que se

reflectiram nas obras do par-

que do Mandanelho e mais

recentemente na execução da

variante Nordeste, já custaram

ao município oliveirense cerca

de 200 mil contos. A situação é

ainda mais grave, dado Mário

Alves ter desrespeitado um

acórdão do Tribunal de Con-

tas que chumbou o Visto para

pagamento de uma verba de

quase cem mil contos ao em-

preiteiro que executou o Parque

do Mandanelho.

Extracto do Acordão do Tribunal de Contas

14 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra 3D E S TA Q U E

Os cacos do desenvolvimento

Editorial

OCorreio da Beira Serra come-çou a “mexer no lixo” – per-doem-me a expressão – e encontrou os “cacos” de um

concelho que tarda em perceber que o desenvolvimento não acontece por aca-so. É preciso iniciativa, trabalho, espíri-to de equipa e muita imaginação. É para isso que os munícipes pagam bons orde-nados, boas refor-mas e tantas outras regalias aos senho-res presidentes de câmara, vereadores e outro pessoal po-lítico.

O concelho não se desenvolve ape-nas com alcatrão nos caminhos da Lageosa, do Forma-rigo ou da Malhado-ra. É óbvio que isso é importante, mas há um outro tipo desenvolvimento que não se compa-dece com políticas desenhadas para a caça ao voto. É preciso estabele-cer prioridades de investimento sem olhar a critérios tantas vezes orientados para desforras partidárias.

Vem esta conversa a propósito do Cen-tro de Negócios da Beira Serra, onde os portugueses gastaram, no início dos anos 90, mais de meio milhão de contos. Treze anos depois, o que é que temos? Temos um espaço abandonado e em confrange-dora degradação, e para o qual a Câmara

Municipal já deveria ter pelo menos ima-ginado uma solução. Não é aceitável, que aquelas infra-estruturas, não sejam colo-cadas ao serviço de uma região carente de equipamentos daquele género.

Numa altura de crise, em que o cinto dos portugueses já quase não tem espa-ço para mais furos, é pois inadmissível que a Câmara Municipal não cumpra o

seu papel e não se assuma, definitiva-mente, como um motor de desenvol-vimento.

Dir-me-ão que não há dinheiro, que a situação le-gal daquele centro é complicada, ete-cétera, etecétera. Desculpas de mau investidor. Que fal-ta iniciativa, empe-nhamento e estra-tégia, é óbvio.

Nesta edição do Correio da Beira Serra, escrevemos também sobre der-rapagens financeiras de obras públicas que, em consequên-cia de erros de pro-

jecto e pouca diligência camarária – como escreveram os relatores do próprio Tribu-nal de Contas - já custaram ao erário pú-blico cerca de 1 milhão de Euros. Como é que foi possível isto acontecer? Para fina-lizar: ou a postura muda ou então – sem querer ser profeta da desgraça –, Oliveira do Hospital perde definitivamente o com-boio do desenvolvimento.

HENRIQUE BARRETO

(…)O concelho não se desenvolve apenas com

alcatrão nos caminhos da Lageosa, do Formarigo ou da Malhadora. É óbvio que isso é importante, mas há um outro tipo desenvolvi-mento que não se compa-dece com políticas dese-

nhadas para a caça ao voto. É preciso estabelecer prio-ridades de investimento

sem olhar a critérios tantas vezes orientados para des-

forras partidárias.(…)

António Rolo Martins dos Santos, mais conhecido por

“Tó Cleto”, já não pre-cisa de se preocupar com a aquisição da sua cadeira de rodas eléc-trica. Tal acontece, por-que António Lopes, ad-ministrador do Correio da Beira Serra, ao saber – através da edição on-line do CBS – que es-tava a ser organizado um baile para esse fim, disponibilizou-se de imediato para oferecer a cadeira a este jovem de Lagares da Beira. O empresário, que tem patrocinado diversos casos semelhantes, diz querer “pedir desculpa” a Tó-Cleto “por ainda não ter conseguido contribuir para criar uma sociedade onde os deficientes não precisem de estender a mão à caridade para

terem o que de mais elementar precisam”. Sensível a estas ques-tões, António Lopes, já anunciou à redacção que quer desenvolver esforços para que este jornal se preocupe com os problemas sociais que assolam o conce-lho e possa alertar os leitores para esta dura realidade, desenvolven-do uma função social e colaborando em acções de solidariedade. As verbas resultantes do baile de beneficência, que decorre hoje dia 14, a partir das 23h30 nas instalações da Aci-beira, serão entregues a Tó Cleto para ajudar a suportar as suas des-pesas, uma vez que An-

tónio Lopes se disponibiliza a liquidar na totalidade a cadeira de rodas eléctrica, que custa cerca de 5 mil euros.

Correio da Beira Serra oferece cadeira de rodas eléctrica a Tó Cleto

E stá bem presente na memória de todos os oliveirenses, o cli-ma de instabilidade que marcou a campanha, o dia e o rescal-

do das eleições para a Comissão Política Concelhia do PSD. As acusações e insultos marcaram o quotidiano deste acto elei-toral, principalmente entre o ainda líder da Comissão Política e os elementos da lista “B”. De entre outras coisas, Mário Alves foi acusado de exercer pressão so-bre alguns autarcas que apoiavam a lista de José Carlos Mendes, nomeadamente, sobre o presidente da Junta de Freguesia do Seixo da Beira que, – conforme foi dito pelos elementos da lista “B” – “foi ame-açado com a não realização de obras na freguesia”.

Porém, o autarca garantie agora ao Cor-reio da Beira Serra “nunca ter sido pres-sionado ou ameaçado” pelo também pre-sidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, mas lembra que, quando Má-rio Alves soube que fazia parte da lista “B” ficou “aborrecido” e garantiu-lhe que “as coisas não iam ser como dantes”. Inácio Campos referiu ao CBS que “não encara estas palavras como uma ameaça” porque acredita que “o presidente da Câmara as disse num momento de pressão e domi-nado pelos nervos”

Quanto ao dia das eleições, o também

membro da nova Comissão Política eleita, lamenta “as cenas ocorridas, porque são um atentado à democracia” e – como o próprio referiu – “recorda com tristeza a atitude de Mário Alves quando se recusou a cumprimentá-lo perante elementos de ambas as listas”. No entanto, e identifican-do-se como “uma pessoa que não se deixa levar por desforras e picardias”, aquele militante do PSD minimiza o sucedido ao afirmar: “há situações que são geradas em estados de pressão”.

Embora reconheça algumas injustiças e exageros que marcaram negativamente o acto eleitoral, o autarca é de opinião que a “fase de rescaldo já deveria ter termina-do, porque o resultado das eleições escla-receu todas as dúvidas”.

Numa reacção à afirmação de Mário Al-ves “não me interessa o que diz o senhor presidente da Junta do Seixo, o que me interessa são as pessoas”, Inácio Campos responde: “as coisas não são bem assim”, e lembra o que aconteceu há alguns anos atrás “quando as pessoas do Seixo vota-ram em massa no Dr. César Oliveira”.

Consciente de que continuará a ter uma relação de amizade com Mário Alves, o autarca acredita que o presidente da Câ-mara não “irá pôr de parte a freguesia do Seixo”, porque é “aquela que mais neces-sita de desenvolvimento”.

Autarca do Seixo da Beira ao CBS

“O senhor presidente da Câmara não me pressionou”

Correio da Beira Serra 14 de Abril de 20064 O P I N I Ã O

Hoje, em qualquer País, os pólos de desenvolvimento, são cria-dos nas pequenas cidades. Nos Estados Unidos, no Reino Unido,

na Alemanha ou em Portugal as grandes ci-dades atingiram uma tal saturação de trá-fego, poluição, insegurança, de preços de instalação ou dispersão de concentração no trabalho que qualquer investidor aten-to, desde que lhe sejam oferecidas con-dições prefere localizar-se nos pequenos centros urbanos.

Lisboa é hoje uma cidade altamente envelhecida e em permanente perda de população. O concelho de Sintra tem pra-ticamente o mesmo número de habitantes que tem Lisboa. Os grandes centros de investigação ou as indústrias ligadas às novas tecnologias e às ciências estão a lo-calizar-se preferencialmente no interior de cada um dos Países. O sossego, a qualida-de de vida e a falta de apelos à dispersão permitem a concentração nestas activida-des, as quais exigem estudo permanente, concentração, dedicação e criatividade no trabalho.

O concelho de Oliveira do Hospital tem todas as condições para atrair investimen-to qualificado não só pela sua localização como também pela sua tradição. Recordo que, já hoje, mais de 25% das nossas ex-portações vão para Espanha. Esta percen-tagem aumentará substancialmente nos próximos anos.

Oliveira do Hospital está mais próxima desse mercado de exportação do que a maioria das zonas do Litoral e localiza-se num dos locais mais belos do interior. Para dar um exemplo, a cidade da Guarda vai num futuro próximo, graças à sua locali-zação, entrar numa fase de grande expan-são.

O não sermos uma cidade do litoral pode também ter os seus benefícios, des-de que, toda a estratégia de desenvolvi-

mento da Câmara Municipal esteja virada para as vantagens comparativas da sua localização. Este trabalho não pertence ao Governo, mas à Câmara.

Por outro lado o Concelho de Oliveira do Hospital tem tradição e cultura de de-senvolvimento. No Distrito fomos sempre o terceiro Concelho logo a seguir a Coim-bra e à Figueira da Foz. Só recentemente fomos ultrapassados nesse desenvolvimen-to por Cantanhede e pelo marasmo que se instalou, a cur-to prazo, sêlo-emos também por Monte-mor-o-Velho e por Condeixa.

O Presidente da Câmara de Cantanhe-de conseguiu recen-temente atrair para o seu Concelho um in-vestimento ligado às biotecnologias o que será uma das indús-trias do futuro. O Pre-sidente da Câmara de Montemor conseguiu dois investimentos de alto vulto, a instalação da produção das pi-lhas de hidrogénio, a energia do futuro e a maior central hortíco-la a trabalhar na gama quatro, a tecnologia também do futuro, e acima de tudo já dirigida para a exporta-ção. O Presidente da Câmara de Condeixa conseguiu um investimento dum grande laboratório, ligado à saúde e procura neste momento aliciar mais investimentos nesta área de ponta.

Estes Concelhos têm óptimas zonas

industriais e Presidentes activos que ofe-recem condições atraentes junto dos in-vestidores. Essa é hoje a principal função de um Presidente que se preocupe com o desenvolvimento do seu Concelho. Ser Presidente da Câmara, já não é ser manga-de-alpaca sentado no gabinete a mandar colocar a lâmpada ou o alcatrão na esquina do vizinho, é ser um dinâmico relações pú-

blicas, ter um projec-to e uma elevada ca-pacidade de gestão.

Como já escrevi, o nosso Concelho é hoje, no Distrito, o de maior risco na manu-tenção do emprego, dado que sobrevive à base de indústrias ligadas ao século passado. É urgente, é mesmo imperioso que a Câmara reveja toda a sua estratégia para o Concelho e toda a sua gestão dos dinheiros públicos.

Ultimamente passo mais tempo em Oli-veira e sinceramente cada vez estou mais preocupado com a terra onde nasci. Pla-nos ligados ao de-senvolvimento não os conheço. A zona industrial, criada pelo Dr. Amaral, há muito

que está esgotada e ocupou-se acima de tudo como uma boa zona de serviços e com cedência de terrenos, muitas vezes, para negócio e não para a instalação de empresas. Não conheço novos projectos em execução nesta área.

A Acibeira em Lagares da Beira, com

óptimas instalações para um bom centro de incubação de empresas está há muito abandonada, e a degradar-se embora o terreno tenha sido cedido pela Câmara em direito de superfície.

O Politécnico está em dificuldades por falta de alunos mas se fosse ligado a esse Centro de incubação de empresas talvez pudesse ser salvo, e valorizaria uma futura zona industrial.

Sinceramente também não compreendo a gestão dos dinheiros públicos feita pela Câmara. Em frente da casa onde habito fo-ram lançadas duas obras, uma no Parque do Mandanelho e outra na variante nordes-te, saída para Lagos da Beira e para Lagares da Beira. Nestas duas obras que presenciei houve derrapagens em relação à adjudica-ção inicial de cerca de 200 mil contos.

Os erros dos projectos eram visíveis para qualquer leigo. Não conheço o que aconte-ceu ao projectista, ao responsável técnico camarário pelas obras, ou qual a atitude da Câmara. Não sei, penso que ninguém sabe, se os erros foram humanos, foram de má fé para beneficiarem terceiros ou foram por incompetência.

Há uma consequência que sabemos: os cofres do dinheiro de todos nós ficaram sem cerca 200 mil contos só nas obras em frente da zona que habito.

Com esta irresponsabilidade política na gestão, sem inquérito público e credível para averiguar as causas de tão volumosas e escandalosas derrapagens dá-me a sen-sação que a Câmara premeia o laxismo e a irresponsabilidade em vez de promover a transparência e a competência.

Um inquérito sério, uma explicação públi-ca e uma responsabilização adequada presti-giava a Instituição e os seus responsáveis.

Sem a revisão desta gestão camarária e das suas prioridades nunca haverá um pro-jecto de desenvolvimento e o Concelho continuará a definhar.

“(…) Em duas obras que presenciei houve derrapa-gens em relação à adjudi-cação inicial de cerca de

200 mil contos.Os erros dos projectos

eram visíveis para qual-quer leigo. Não conheço o que aconteceu ao pro-jectista, ao responsável técnico camarário pelas obras, ou qual a atitude

da Câmara. Não sei, penso que ninguém sabe, se os erros foram humanos, fo-ram de má fé para benefi-ciarem terceiros ou foram por incompetência. (…)”

ANTÓNIO CAMPOS

O P I N I Ã O Desenvolvimento e derrapagens financeiras

Diz o nosso Povo que “de pequenino se torce o pepino“, sig-nificando com isso,

como se sabe, que os adultos de amanhã são o fruto da vivência que tiveram enquanto crianças. E também é indiscutível que a maior riqueza de uma Nação é o seu povo, são as suas mulhe-res e os seus homens. Se estes forem culturalmente desenvolvi-dos dentro do seu tempo, se lhes for, de início incutido o sentido da responsabilidade, o dever que todos têm de trabalhar o melhor que souberem e puderem (cada um dentro do seu saber) teremos um Pais desenvolvido, com olhos postos no futuro, com criação de

riqueza e de postos de trabalho e, consequentemente, um bom nível de vida para todos.

No entanto, para que as tais crianças possam evoluir para estes “adultos“ necessitam, tam-bém desde início, de ter con-forto, carinho, condições para que, proficuamente, possam ir desenvolvendo e aperfeiçoan-do as suas capacidades. É pois, necessário que as famílias e a comunidade – esta através das suas instituições, as quais, no que concerne ao caso vertente, serão as Autarquias – assumam as suas responsabilidades. É ur-gente que em todos os conce-lhos – e, obviamente também no nosso – exista uma rede pública

de creches e jardins de infância para todas as crianças do conce-lho, com boas instalações e pe-dagogicamente bem equipada e, ainda, com horários compatíveis com o horário laboral de seus pais, onde as crianças se desen-volverão, sendo, assim, os cida-dãos de amanhã .

Só deste modo haverá igual-dade de oportunidades para to-dos e não apenas para uma mi-noria que pode pagar, a “ peso de ouro “ esses serviços com alta qualidade em instituições parti-culares. Aquela tarefa, segundo penso, é a base e a essência de toda a democracia – da verda-deira e não da que é necessário andar sempre a “ badalar “ e

pouco a executar.Considero, pois, criminoso,

que as Câmaras Municipais não programem para todo o conce-lho, como primeira prioridade para o desenvolvimento, instala-ções condignas, equipamento em quantidade e qualidade, apoios sócio-económicos, horários com-patíveis – isto para que todas as criancinhas de hoje não conti-nuem “pequeninos“ quando fo-rem adultos e sejam, isso sim, as pessoas de visão, de capacidade de trabalho e de empreendimen-to, de sentido de responsabilida-de, de potencialidade de inova-ção, em suma as pessoas de que Portugal necessita como de “ pão para a boca “ !

De pequenino se torce o pepino

“(…) É urgente que em todos os concelhos – e, obviamente tam-bém no nosso – exista uma rede pública de creches e jardins de

infância para todas as crianças do concelho,

com boas instalações e pedagogicamente bem equipada e , ainda, com

horários compatíveis com o horário laboral

de seus pais (…)”

MARIA ADEL AIDE FREIXINHO

O P I N I Ã O

14 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra 5L O C A L

LILIANA LOPES

M eruge é uma das freguesias, do concelho de Oliveira do Hospital, que não usufrui da cobertura de banda lar-

ga (ADSL). Razão pela qual, João Abreu so-licitou à PT Comunicações o fornecimento desse serviço – que passa pela colocação de uma central na freguesia – tendo-lhe sido dito que para isso teria que enviar um abaixo-assinado onde constassem pelo menos 20 utilizadores interessados em usufruir de banda larga. “Apenas con-

segui reunir cerca de 15 assinaturas”, afir-mou o autarca lembrando que enviou esse abaixo-assinado em Dezembro de 2005, e – como fez questão de frisar – “até agora nem novas, nem mandadas”.

No entanto, o autarca não se resigna e garantiu ao CBS que “não vai baixar os bra-ços e que já estão a ser pensadas novas for-mas de luta, que podem passar por expor o caso em toda a comunicação social”.

Como eleito local, João Abreu não compreende como é que “numa altura

em que o Governo centra a sua aposta no desenvolvimento tecnológico, o acesso à informação possa estar tão condicionado na freguesia de Meruge”, e considera esta situação “no mínimo anacrónica”.

De facto, e pegando nos compromissos do Governo PS até 2009, José Sócrates de-fende que “a chave da competitividade de economia portuguesa chama-se inovação tecnológica associada à sociedade de in-formação e à qualificação das pessoas”e, aponta como principal objectivo da sua

legislatura “a generalização da banda lar-ga a todo o território e a preços idênti-cos aos dos países mais desenvolvidos”. Conhecedor das linhas programáticas do Governo, João Abreu sustentou ao CBS que “não compreende como é que a PT Comunicações, que teve tantos milhões de lucro, não se disponibiliza para gastar uns tostões na freguesia”.

A realidade é bem diferente, quando do lado do apoio a clientes da PT, Delfim Costa garantiu o CBS que “a empresa de telecomunicações tem vindo a desenvol-ver todos os esforços, no sentido de ex-pandir a cobertura a todas as zonas do país”, lembrando que “isso pode demorar algum tempo, dependendo de cada área geográfica”. Questionado sobre o que re-almente se passa na freguesia de Meruge, aquele responsável explicou que “a falha de cobertura poderá ser justificada por duas condicionantes: uma, refere-se ao facto de algumas centrais telefónicas ain-da não estarem devidamente equipadas para o efeito; e a outra, está relacionada com a distância percorrida pela linha des-de a central de recepção até ao número de telefone que deseja a cobertura”, porque – como explicou Delfim Costa – ainda não é viável receber sinal de banda larga quan-do o telefone dista mais de quatro quiló-metros da central de recepção”.

Numa tentativa de conhecer o mapa de cobertura ADSL no concelho, foi possível constatar que Meruge é a única freguesia onde não há recepção de qualquer sinal, mas – como foi referido ao CBS, pela linha de apoio a clientes da PT – “apesar de to-das as outras freguesias receberem sinal, não há garantias de que a cobertura seja total, porque depende da distância das placas de recepção”.

Quanto ao seguimento que será dado ao abaixo-assinado enviado pela Junta de Freguesia de Meruge, Delfim Costa não avançou mais pormenores e remeteu mais esclarecimentos para o apoio a empresas, de onde não foi possível ao CBS obter uma resposta.

Banda Larga não chega a Meruge

“O desenvolvimento tecnológico cinge-se ao Palácio de S. Bento”

A afirmação é de João Abreu,

presidente da Junta de Fregue-

sia de Meruge, relativamente à

falha de fornecimento de Inter-

net de Banda Larga na fregue-

sia. Indignado, o autarca disse

ao Correio da Beira Serra “não

compreender como é que este

tipo de situações ainda aconte-

ce numa altura em que o gover-

no apregoa o desenvolvimento

tecnológico e o uso da Internet

nas actividades educativas”.

A Internet de Banda Larga ainda não chegou ao Bairro da Ciência

A OHs.XXI – Associação Cultu-ral e Multimédia de Oliveira do Hospital – comemora, mais uma vez, o 25 de Abril de 1974. Em 2006, quando passam 32 anos da Revolução dos Cravos, a OHs.XXI apresenta dois eventos de ca-racterísticas diferentes mas com o propósito único de não deixar passar em claro tão importante data do nosso Portugal demo-crático. Afinal, foi a partir do 25 de Abril de 1974 que Portugal se sentiu livre para se exprimir artis-ticamente, sem medo de censuras ou opressões. A OHs.XXI existe, também, para o afirmar.

Assim, no dia 22/04/2006, no Espinhal Mouro Bar, em Lagares da Beira, pelas 23:00, acontecerá uma “Revolução Electrónica” (ou como se pode homenagear Abril com computadores).

Este evento, de carácter per-

formativo, junta dois projectos emergentes da electrónica olivei-rense, Stereo Ego e d-.-b, numa noite onde som e imagem vão andar de mãos dadas. Em com-plemento será exibida a kurta-metragem “25 de Abril Aventura Demokrátika” do realizador Ed-gar Pêra.

No dia 24/04/2006, no Ritu-al Bar, em Oliveira do Hospital, pelas 22:00, vamos “Cantar Abril – Poemas e Canções”, com Frédi Fláche, José Augusto, José Vieira e Luís Antero.

Nesta noite pretende-se ho-menagear os poetas e cantores de Abril, com a interpretação de canções de intervenção emblemá-ticas e declamação de poesia. De Zeca Afonso a Ary dos Santos.

A OHs.XXI propõe então duas formas de ver e comemorar Abril. Sempre.

Com espectáculos diversos

OHs.XXI comemora 25 de AbrilPROGRAMA

22/04/2006Espinhal Mouro Bar

23:00

“A Revolução Electrónica”(ou como se pode homenagear

Abril com computadores)com

- Stereo Ego- d-.-b

“25 de Abril Aventura Demokrátika”

(kurta-metragem de Edgar Pêra)

24/04/2006Ritual Bar

22:00

“Cantar Abril Poemas e Canções”

comFrédi FlácheJosé AugustoJosé VieiraLuís Antero

Correio da Beira Serra 14 de Abril de 20066 E N T R E V I S TA

Ficha Técnica Administração: António dos Santos Lopes Direcção Editorial: Henrique Barreto - [email protected] Jornalista Principal: Liliana Lopes - [email protected] Desporto: Editor: José Carlos Alexandrino, João Jorge Colaboradores Permanentes: Adelaide Freixinho, Agnelo Vieira, António Campos, Carlos Portugal, João Dinis, José Augusto Tavares, Luís Torgal, Pedro Campos, Rui Santos. Deptº. Comercial: Isabel Mascarenhas Projecto Gráfico: Jorge Lemos Impressão: CIC – Coraze Sede, Redacção e Publicidade: Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 – 1º Esqº - 3400-075 Oliveira do Hospital, Telef.-Geral: 238086546 Correio Electrónico: [email protected] Edição Internet: www.correiodabeiraserra.com Entidade Proprietária: Temactual, Lda, Matric. na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira do Hospital sob o número 507601750, Contribuinte: 507601750, Capital Social: 25,000 Euros Nº de Registo no ICS: 112130Tiragem Média Mensal: 6.000 exemplares Detentores de mais de 10% do capital da empresa: AHL -Investimentos e Participações, SGPS, SA.; Henrique Manuel Barreto Pereira de Almeidawww.correiodabeiraserra.com

Correio da Beira Serra – Abandona a presi-dência do FCOH com uma certa frustração, não é verdade?

Mário Brito – Sim. Pessoalmente, ao fim de cinco anos à frente do clube, penso que fiz muito porque fiz o que consegui fa-zer, mas não me deram condições para fazer mais. Saio com frustra-ção ao sentir que nada fiz. Digo isto, porque deixo o clube da mes-ma forma como entrei, isto é, nada tem e não perspectivo que a cur-to e médio prazo pos-sa ter algo mais, como por exemplo, uma sede própria e também a possibilidade de poder desenvolver um melhor trabalho de formação. Estes eram os meus objectivos, mas ao fim de cinco anos, tenho a noção de que gastámos dinheiro e o proveito é pouco, porque apesar de termos boas equipas de futebol, este ano va-mos descer de divisão.

Eu não fiz mais, por-que uma direcção pre-cisa de ter o apoio da Câmara Municipal, do comércio, da indústria, para poder fazer alguma coisa, já que o clube não tem bens, nem património para poder sobreviver. Não fo-ram reunidas as condições necessárias. A direcção do Clube chegou a apresentar à Câmara Municipal um projecto para a im-plementação de um complexo desportivo,

em que nós nos comprometíamos a tratar do projecto e a apresentar uma candida-tura para usufruirmos de apoios. E da par-te da Câmara foi-nos dito que seria difícil arranjar esse espaço. Outra ideia que foi vetada por todos os partidos políticos foi

a da construção de um posto de combustível, que seria uma mais-va-lia para o clube. Todas estas situações acabam por trazer alguma fa-diga para a direcção, já que a nossa vida é andar de campo em campo à procura de um local para treinar.

Eu já entreguei a mi-nha demissão ao presi-dente da Assembleia-geral e espero que, até ao final deste mês ou início de Maio, possa aparecer alguém que venha a ter mais suces-so do que nós.

CBS – Basicamente, o que é que correu mal?

M.B. – A falta de apoio em termos fi-nanceiros, porque não se consegue uma equi-pa sem dinheiro e só com a ajuda da Câmara não é possível ter uma equipa minimamente competitiva. As pesso-

as não podem exigir que seja só a Câmara Municipal a subsidiar e a apoiar o clube. O comércio, a indústria e os sócios também têm responsabilidades, porque o clube nem é da Câmara, nem da direcção que está em exercício. As pessoas em Oliveira

do Hospital estão completamente afasta-das do futebol, e há que ponderar se vale ou não a pena ter futebol nestes moldes. As pessoas não participam. Nós organiza-mos jantares do clube e aparecem dez ou quinze pessoas e são directores, enquanto que nos jantares dos “Antónios”, dos “Bi-godes” e das “mulheres” aparecem à volta de 150 pessoas e pagam um preço mais elevado. A população e os sócios não co-laboram e, não havendo dinheiro, não há possibilidade de contratar jogadores e os resultados estão à vista. Como presidente assumo a minha responsabilidade, mas não me podem acusar de ser culpado de o FCOH ter chegado a esta situação. O clube tem um passivo junto de um banco, com quem contraiu um emprésti-mo, para poder cumprir com as obrigações que tinha devido à falta de apoios que teve.

CBS – O que é que quis dizer quando afirmou ao CBS que a Câmara Muni-cipal não tem uma políti-ca desportiva?

M.B. – Na minha opinião, a Câmara Mu-nicipal poderia assumir uma outra política e já transmiti isso ao senhor presidente da autarquia há cinco anos atrás. Até agora nada mudou e, eu defendo que o Oliveira do Hospital, como clube de sede do concelho, deveria ser o mais repre-sentativo. No entanto, nos últimos anos, a maior percentagem dos jogadores que compõem a equipa sénior, são de fora do

concelho e isso trás custos acrescidos. O que eu defenderia era arranjar uma forma de juntar os jogadores de todos os clubes do concelho – e aqui a Câmara assumiria um papel preponderante – e fazer um pro-tocolo que possibilitasse aos jogadores apostar numa boa formação. Desta forma seria possível, que daqui por cinco anos, a equipa sénior de Oliveira do Hospital, pudesse contar com mais de setenta por cento dos jogadores formados nos clubes do nosso concelho. Essa formação teria que ser bem trabalhada nos vários clubes e, se tal acontecesse, o nosso clube sairia beneficiado, bem como todos os outros do nosso concelho.

Penso que seria dentro de um esque-ma destes que a Câmara poderia intervir e assumir uma política diferente, porque apesar de financiar todas as equipas, ne-nhuma consegue atingir grande represen-tatividade.

Quer se queira, quer não, nos últimos três anos, o FCOH representou muito bem o nosso concelho, nomeadamente nos jo-gos disputados na Taça de Portugal, onde foi defrontar o Sporting Clube de Portugal, o Moreirense e o Sporting de Braga. Estes jogos foram importantes para a promoção do nosso concelho.

Na realidade, o que eu acho é que a Câ-mara Municipal tem outros objectivos e prioridades.

CBS – Sentiu nestes tempos alguma falta de apoio, ou de solidariedade por parte da Câmara Municipal?

M.B. – Não. Porque acredito que a Câ-mara tem uma postura diferente daquela que eu tenho. Pelos vários sítios por onde tenho passado tenho constatado políticas diferentes. Nalguns casos as autarquias não dão dinheiro, mas dão infra-estrutu-ras, noutros passa-se o contrário e há ain-da autarquias que não dão uma coisa nem outra. No nosso caso, e em comparação com outros clubes com os quais temos jo-gado, podemos dizer que a nossa Câmara é das que mais dinheiro dá.

CBS – Qual é neste momento o apoio que a CM dá ao futebol? O que acha desse apoio?

M.B. – A Câmara dá-nos apoio financeiro e logístico em termos de campo.

A Câmara Municipal dá ao clube 100 mil Euros por ano. Mas, na minha opinião o me-lhor para o Oliveira do Hospital é começar a receber menos dinhei-ro, para que sejam cria-das mais infra-estrutu-ras (campos de treino, balneários) e se possa avançar com o tal pro-tocolo de formação.

CBS – Na Assembleia-geral, alguém afirmou que não era justo o Má-rio Brito andar a meter dinheiro do bolso dele no clube para os outros irem

ver os jogos ao domingo. Quanto é que o clu-be lhe deve? Espera recuperar esse dinheiro?

M.B. – O clube não me deve nada. Já pus algum dinheiro, mas não é significativo, nem importante. Tenho a sensação de que

ENTREVISTA > Mário Brito queixa-se da falta de apoio

“Deixo o Clube da mesma forma como entrei: nada tem”

Ao fim de cinco anos a dirigir

os destinos do Futebol Clube

de Oliveira do Hospital (FCOH),

Mário Brito apresentou a sua

demissão na última Assem-

bleia-geral. O dirigente queixa-

se da “falta de interesse dos

sócios, da política da Câmara e

da atitude destrutiva dos oli-

veirenses” e, em declarações ao

Correio da Beira Serra afirmou:

“deixo o clube da mesma forma

como entrei: nada tem”. Mário Brito: “No domingo, tivemos 50 adeptos a assistir ao nosso jogo de futebol!

“(…) As pessoas em Oliveira do Hospital

estão completamente afastadas do futebol, e há que ponderar se vale ou não a pena ter futebol nestes moldes. As pessoas não partici-pam. Nós organizamos jantares do clube e apa-

recem dez ou quinze pessoas e são directo-res, enquanto que nos

jantares dos “Antónios”, dos “Bigodes” e das

“mulheres” aparecem à volta de 150 pessoas e pagam um preço mais

elevado.(…)”

“(…) a Câmara Muni-cipal poderia assumir uma outra política e já

transmiti isso ao senhor presidente da autarquia

há cinco anos atrás. Até agora nada mudou

e, eu defendo que o Oliveira do Hospital,

como clube de sede do concelho, deveria ser o mais representativo do

concelho. (…)”

14 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra 7O P I N I Ã O

muitos sócios pela postura que assumem, entendem que são os presidentes que têm que pôr dinheiro no clube. Digo isto por-que ouço os comentários de pessoas na bancada e nos cafés, que se desligam do futebol e criticam a direcção, sem realmen-te terem noção da dificuldade que é estar à frente de um clube.

CBS – Qual é, neste momento, o passivo do FCOH?

M.B. – É de 110 mil Euros. Este pro-blema vai ter que ser resolvido. Mas, é inviável ter uma equipa de futebol sem di-nheiro, porque já não existe “amor à cami-sola”. Há 25 anos atrás é que se jogava por “amor à camisola”. Eu joguei nesse tempo, e ía para o campo a pé, mas hoje para as camadas jovens treinarem, temos que ter carrinhas à disposição dos meninos.

CBS – Partilha da opinião de que se deve re-pensar o clube, incluindo a possibilidade de se acabar, por enquanto, com o futebol sénior?

M.B. – A mim custa-me que acabe o fu-tebol sénior. Mas, nestes moldes é inviá-vel. Por isso ou acaba ou vem directamen-te para os distritais. Em relação ao Hóquei Patins, penso que não haverá problemas, porque tenho confiança que apareça uma nova direcção, porque não é por sair Má-rio Brito que o clube vai morrer. O Hóquei Patins assumiu uma forte dinâmica nos últimos tempos e não vai acabar. Quanto à equipa de iniciados, era bom que não desaparecesse por que tem feito um tra-balho excelente, subiu aos campeonatos nacionais e teve uma classificação brilhan-te e é uma pena que se perca esta equipa, porque daqui por alguns anos poderá ser a equipa sénior de Oliveira do Hospital.

Para continuar a existir futebol é preci-so que se assuma uma postura construtiva e não destrutiva, como nós ouvimos nas bancadas e nos cafés.

CBS – Depois de ter apresentado a sua de-missão qual é o “feedback” que tem recebido dos sócios e simpatizantes do clube?

M.B. – O maior feedback foi o que se viu no domingo, em que tivemos cinquen-ta adeptos a assistir ao nosso jogo de fu-tebol. Só aqui se vê a falta de interesse e apoio moral dos simpatizantes, sócios e daqueles que se dizem oliveirenses. A mi-nha demissão é o mais certo para mim e para o clube. O nosso concelho tem pesso-as com mais capacidade e experiência do que eu para estarem à frente do clube.

CBS – Quais acha que são os factores que contribuem para que num raio de cerca de 20 quilómetros existam dois clubes com re-alidades tão diferentes (FCOH e Tourizense), sendo que o Tourizense é um clube de uma aldeia com cerca de 100 habitantes e está no topo da tabela.

M.B. – Eu conheço, minimamente, o Tourizense porque também já lá fui diri-gente. Conheço a terra e as limitações do clube e por isso, tenho alguma dificuldade em conseguir explicar o excelente traba-lho que tem sido ali desenvolvido. A van-tagem que eles têm, em relação a Oliveira do Hospital, é que o Tourizense possui património que facilita o desenvolvimento e implementação de projectos e a apresen-tação de candidaturas a nível governamen-tal. Por outro lado, em Touriz há um grande bairrismo e as pessoas disponibilizam-se a ajudar. O que a mim me incomoda é o facto de os Oliveirenses se deslocarem a Touriz para ver futebol, e não compareçam aos jogos de Oliveira do Hospital.

Por outro lado, o Touriz tem um presi-dente com muitos conhecimentos despor-tivos que lhe facilita a contratação de bons jogadores.

Este ano de 2006, na Cidade e no concelho de Oliveira do Hospital, agudizou-se a crise anunciada do sector das Confecções (vestuário),

indústria ainda aqui largamente dominan-te e que emprega sobretudo mulheres.

Primeiro, encerrou a Carrera. A seguir, a Infinitum. Qual é a próxima?...

Para já, ao todo, são 180 trabalhadoras e trabalhadores despedidos e com alter-nativas muito, muito problemáticas. No já extenso rol dos recém desempregados, há casais jovens e casais menos jovens; há mães e filhas; há operárias com mais de trinta anos de trabalho ! E agora ? Em que vão e para onde vão trabalhar?? Estas são as questões que afligem e tiram o sono a quem as vive ou sente, e a que é preciso responder satisfatoriamente. De qualquer forma, a crise das confecções é aquilo que de pior aconteceu no Concelho de Oliveira do Hospital pelo menos nos últimos cin-quenta anos !

Por isso, não basta teorizar-se sobre a alegada “fatalidade” dos encerramentos destas empresas, assim como se tal des-fecho estivesse escrito nas Tábuas do Moi-sés das Escrituras...

Ou será que, por exemplo, a Organiza-ção Mundial do Comércio, OMC, é obra do acaso? Ou, antes, não será esta OMC o contexto internacional “assassino” a soldo das grandes multi e transnacionais? Contexto internacional, tipo “lei da selva”, que determina a ruína acelerada de vários sectores da economia nacional? Contex-to em relação ao qual, estando eles pró-prios e a seu gosto (e melhor proveito...) já atrelados, os principais governantes dos sucessivos governos nacionais e da União Europeia também nos atrelam a nós para “pagarmos a factura”. Ou seja, também para o caso dos têxtil/vestuário, é muito pior o “made in OMC, Organização Mundial do Comércio” do que o “made in China”, e nem sequer haveria este segundo sem que houvesse o primeiro tal como é...

Entretanto, pois claro, é muito fácil

“cantar de galo” do alto de reformas “dou-radas” e outras prebendas, nalguns casos auferidas a pretexto do exercício de cer-tos cargos político-partidários enquanto governantes com especial responsabili-dade na situação. Pois, pois, para “esses” é fácil, mas o problema é a vida e são as dificuldades cá da “malta” que vai fican-do sem trabalho e sem perspectivas... Ou será que o propalado “desenvolvimento” se consegue – se pode alguma vez con-seguir - à custa do trabalho remunerado, da felicidade e do futuro de tanta e tan-ta gente, normalmente de quem trabalha “por conta de outrém”? Mas, lamentavel-mente, tem sido essa a política de submis-são e desastre prosseguida pelos vários governos do PS, do PSD e do CDS/PP (jun-

tos ou separados) e das respectivas “famí-lias” políticas na União Europeia. Aliás, é preciso dizê-lo, a nível da definição e apli-cação das suas principais políticas, esses partidos (pseudo) nacionais mais não são que meras “correias de transmissão” des-sas “famílias” políticas europeias que, por sua vez, mais não fazem do que servir os interesses de rapina dos grandes grupos empresariais e do grande e especulativo capital financeiro, com os maus resulta-dos que temos à vista. Quanto à Câmara Municipal, esta acordou muito tarde para o problema e, mesmo assim, só depois de ter sido acordada... Ainda hoje - e sobre os Parques Industriais - nem sequer apre-senta informações com algum detalhe na página da NET e já foi instada para o fazer várias vezes.

Ainda no caso do têxtil, o PCP foi o

único partido que, desde cedo, reivindi-cou junto dos Órgãos de Soberania – em Portugal e na União Europeia – o accio-namento das chamadas “cláusulas de sal-vaguarda” (para a produção nacional) pre-vistas nos acordos internacionais (OMC), cláusulas essas que permitem limitar as importações, e até dinamizou, no nosso País, um “abaixo-assinado” que recolheu dezenas de milhar de assinaturas com esse objectivo

Pelo meio cá da nossa praça, ainda apa-recem alguns auto-proclamados “empre-sários”, deste ramo, a concordarem com a fatalidade da crise – o que é espantoso – e outros a dizerem que as trabalhado-ras despedidas “não querem trabalhar” - o que é provocatório! Quanto a certos “pa-trões” – os quais, desgraçadamente, mais cedo que tarde vão mostrar como falham enquanto empresários – há alguns desses que ainda só são “patrões” porque têm “empregados” dispostos a todos os sacri-fícios. Porém, enquanto não cumprem as suas obrigações para com os trabalhado-res ( e não só...), esses “patrões” gostam de se mostrar arrogantes, assim como se pretendessem “impressionar” alguém!... Entretanto, também (ainda) por cá há em-presários cumpridores, apesar das dificul-dades crescentes.

Neste preocupante panorama, salva-se a acção daqueles e daquelas que não acreditam nos fundamentalismos econo-micistas e que põem o Homem e a Mulher como “medida de todas as coisas”, a co-meçar pela economia.

E se perguntarem às Trabalhadoras e aos Trabalhadores da Carrera e da Infini-tum, e também da Davion e da Fabriconfex (entre outras, em Oliveira do Hospital), se lhes perguntarem qual é o partido políti-co que, também agora, lá tem estado com eles, desta vez a levar-lhes uma mensa-gem de resistência e de esperança, esses Trabalhadores dirão que é o PCP.

De facto, os partidos e os políticos não são todos iguais!...

JOÃO DINIS

O P I N I Ã O A Crise das Confecções

“(…) a crise das confecções é aquilo que de pior aconte-ceu no Concelho de Oliveira do Hospital pelo menos nos últimos cinquenta anos! (...)”

CARTÓRIO NOTARIAL DO CONCELHO DE OLIVEIRA DO HOSPITAL

Certifico, para efeitos de publicação que por escritura outorgada hoje, neste Cartório, exarada de folhas cento e trinta e oito a cento e quarenta, do livro de notas para escrituras diversas número Duzentos Setenta e Quatro –D, os senhores MANUEL PEREIRA DINIS, contribuinte número 150 075 472 e mulher MARIA DE LURDES PEREIRA CRAVEIRO DINIS, contri-buinte número 152 114 319, naturais da freguesia de Seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, onde residem no lugar das Seixas, declaram.

Que, com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores dos três seguintes prédios rústicos, sitos na freguesia de seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital:

Um- prédio rústico, sito ao Arejal, composto de pinhal e mato, com a área de quatro mil novecentos e oitenta e dois metros quadrados, a confrontar de norte e de nascente com Manuel Correia dos Santos, de sul com caminho e de poente com Germano Gomes, inscrito na respectiva matriz, sob o artigo número 8.591, com o valor patrimonial de € 13,75 e o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 289,95.

Dois- prédio rústico, sito à Gândara, composto de pinhal, com a área de quinhentos e cinquenta e oito metros quadra-dos, a confrontar de norte com herdeiros de João ventura, de nascente com Maria de Fátima Antunes, de sul com José Maria Roque e de poente com José Augusto dos Santos, inscrito na respectiva matriz, sob o artigo número 9.157, com o valor patrimonial de € 4,41 e o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 93,00.

Três- prédio rústico, sito à Gândara, composto de pinhal e mato com a área de mil cento e quarenta metros quadrados, a confrontar de norte com caminho, de nascente com António da Costa Figueiras, de sul com António Augusto Fernandes e de poente com José Maria Fernandes, inscrito na respectiva matriz, sob o artigo número 9.171, com o valor patrimonial de € 6,48 e o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 136,77.

Que os referidos prédios inscritos na respectiva matriz em nome do justificante marido, não se encontram descritos na Conservatória do Registo Predial de Oliveira do hospital e que os mesmos somam o valor patrimonial total de vinte e quatro euros e sessenta e quatro cêntimos e o valo patrimonial total para efeitos de IMT de quinhentos e dezanove euros e setenta e dois cêntimos e que lhes atribuem o valor global de mil euros, atribuindo a cada um deles respectivamente o valor de trezentos e cinquenta euros, cento e cinquenta euros e quinhentos euros.

Que, entraram na posse dos identificados prédios, em data que já não sabem precisar mas que se situa por volta do ano de mil novecentos e oitenta, já no estado de casados, através de uma compra meramente verbal que deles ajustaram fazer aos vendedores Joaquim Pereira Esteves e mulher Olívia Neves, residentes que foram no aludido lugar das Seixas, compra essa que não lhes foi nem é agora possível titular por escritura pública, dado o falecimento dos vendedores.

Que, desde a mencionada data tomaram a posse efectiva dos aludidos prédios, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por eles proporcionadas, neles praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao direito de propriedade, designadamente, praticando neles actos materiais de aproveitamento agrícola, colhendo os seus frutos, cortando pinheiros e mato, extraindo resinas, vendendo árvores para corte, avivando as extremas, tudo na convicção plena que sempre tiveram e têm de ser de facto proprietários.

Todos estes actos de posse foram, como se disse, praticados pelos justificantes, em nome próprio e pessoalmente, durante mais de vinte anos, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e o acatamento de toda a gente da região, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, que conduz à aquisição por usucapião, que expressamente invocam não tendo os justificantes, dado o modo de aquisição, documentos que lhes permitam fazer a prova do seu direito de propriedade plena pelos meios extrajudiciais normais.

Está conforme o original, o que certifico.Oliveira do Hospital e Cartório Notarial aos 05 de Abril de 2006.

A 1ª Ajudante do Cartório Notarial;Maria do Céu de Moura Lopes Monteiro

Conta registada sob o nº 20

EXTRACTOCARTÓRIO NOTARIAL DO CONCELHO DE OLIVEIRA DO HOSPITAL

Certifico, para efeitos de publicação eu por escritura outorgada hoje, neste Cartório, exarada de folhas vinte e oito a trinta verso, do livro de notas para escrituras diversas número Duzentos e setenta e Cinco - D, os senhores MARIA ALICE ANTUNES MENDES GOUVEIA, contribuinte número 152 113 525 e marido JOSÉ ANTÓNIO ESTEVES GOUVEIA, contribuinte número 152 113 533, casados sob o regime de comunhão geral de bens, como declararam, ela natural de Angola e ele natural da freguesia de Ervedal, concelho de Oliveira do Hospital e residentes na Avenida do Comércio, nº 3, no lugar de Aldeia Formosa, freguesia de Seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, declaram.Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos quatro seguintes prédios, sitos na freguesia de Seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital.Um- prédio rústico, sito à Corga Miguel de Baixo, composto de cultura, com área de trezentos e sessenta metro quadrados, a confrontar de norte com estrada, de sul com Armindo Marques Antunes e outro, de nascente com Guilherme Antunes Dinis e de poente com Docília da Conceição Seixas Frade, inscrito na respectiva matriz em nome de Maria Gomes Garcia sob o artigo número 6.037, com o valor patrimonial de € 2,33 e o valor patrimonial para efeitos de IMT que também lhe atribuem de € 49,24;Dois- prédio rústico, sito à Corga Miguel Baixo, composto de cultura, com a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de norte com estrada, de sul com Armindo Marques Antunes e outro, de nascente com Maria Gomes Garcia e de poente com António Pinto Abrantes, inscrito na respectiva matriz em nome de Docília da Conceição Seixas Frade sob o artigo número 6.038, com o valor patrimonial de € 3,63 e o valor patrimonial para efeitos IMT que também lhe atribuem de € 76,60;Três- prédio rústico, sito à Feiteira, composto de cultura, com a área de quatrocentos metros quadrados, a confrontar de norte com Docília Conceição Seixas Frade, de sul com estrada, de nascente com Guilherme Antunes Dinis e de poente com Docília Conceição Seixas Frade, inscrito na respectiva matriz em nome de Maria Gomes Garcia, sob o artigo número 11.366, com o valor patrimonial de € 2,46 e o valor patrimonial para efeitos de IMT que também lhe atribuem de € 51,98;Prédio sito na freguesia de Vila Franca da Beira, concelho de Oliveira do Hospital.Quatro- Prédio rústico, sito ao Poisadoiro, composto de pinhal, com a área de mil cento e setenta meros quadrados, a confrontar de norte com Gabriel Tavares Gonçalves, de sul com Manuel Lopes dos Santos Júnior, de nascente com caminho e de poente com José Maria Monteiro da Costa, inscrito na respectiva matriz em nome de Amélia Prata, sob o artigo número 5.012, da freguesia de Ervedal, concelho de Oliveira do Hospital, com o valor patrimonial de € 9,21 e o valor patrimonial para efeitos de IMT que também lhe atribuem de € 202,86.Que os identificados prédios, não se encontram descritos na Conservatória do Registo Predial de Oliveira do Hospital, que os mesmos somam o valor patrimonial total de dezassete euros e sessenta e três cêntimos e o valor patrimonial total para efeitos de IMT e o total atribuído de trezentos e oitenta euros e sessenta e oito cêntimos. Que, entraram na posse dos identificados prédios, em data que já não sabem precisar mas que se situa por volta do ano de mil novecentos e setenta e oito, através de três compras meramente verbais, que deles ajustaram fazer, dos prédios identificados sob os números um e três à vendedora Maria Gomes Garcia, solteira, maior, residente que foi no lugar e freguesia já referida de Vila Franca da Beira, do prédio identificado sob o número dois à ven-dedora Docília da Conceição Seixas Frade, viúva, residente que foi também no mesmo lugar e freguesia de Vila Franca da Beira e o prédio identificado sob o número quatro à vendedora Amélia Prata, viúva, residente que foi também no mesmo lugar e freguesia de Vila Franca da beira, compras essas que não lhes foi nem é agora possível titular por escritura pública, dado o falecimento das vendedoras.Desde a mencionada data tomaram a posse efectiva dos aludidos prédios, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por eles proporcionadas, neles praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao direito de propriedade, designadamente, praticando actos materiais de aproveitamento agrícola, cultivando-os, cortando pinheiros, colhendo resinas, avivando as extremas, tudo na convicção plena que sempre tiveram e têm de ser de facto proprietários.Todos estes actos de posse foram, como se disse, praticados pelos justificantes, em nome próprio e pessoalmente, durante mais de vinte anos, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e o acatamento de toda gente da região, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, que conduz à aquisição por usucapião, que expressamente invocam, não tendo os justificantes, dado o modo de aquisição, documentos que lhes permitam fazer a prova do seu direito de propriedade plena pelos meios extrajudiciais normais.

Está conforme o original, o que certifico.Oliveira do Hospital e Cartório Notarial os 10 de Abril de 2006

A 1ª Ajudante do Cartório Notarial;Maria do Céu de Moura Lopes Monteiro

Conta registada sob o nº 54

Correio da Beira Serra 14 de Abril de 20068

Q uando queremos escrever so-bre algo, o mais difícil, são sempre as primeiras linhas, pois a seguir, as ideias vão

fluindo, vão-se entrelaçando na constru-ção de um imaginário cheio de frases, ad-jectivos, verbos, palavras.

Vem isto a propósito, para poder co-meçar a dissertar sobre uma ideia, sobre um conceito, sobre um tema: O Abandono Escolar.

Quero desde já deixar bem vincado que aquilo que vem a seguir, não é mais do que uma opinião simples, despreten-siosa e sem mais nenhum objectivo, do que mais não seja para reflectirmos todos sobre algo que é actual, que existe por ra-zões que tem subjacente factores que o condicionam e o fazem sobreviver.

Desde sempre que nos habituámos a ouvir sobre a problemática do Abandono Escolar, esse mal que está enraizado na co-munidade educativa e que tem atormenta-do tanto as estatísticas da nossa iliteracia, do nosso sucesso tecnológico, da nossa formação vocacional, da nossa impotente e sempre actual razão para nos desculpar-mos pelos erros do sistema educativo que não está ajustado à nossa realidade, pois andamos sempre a imitar os outros.

Se me permitem, gostaria de poder apontar algumas razões que, no meu en-tender, têm vindo historicamente a pro-vocar o abandono escolar. Começaria por os referenciar e depois tentar dar alguma explicação para cada um deles. Assim, e numa ordem meramente aleatória, pode-rei enumerar os seguintes:

Problemas Socio-Económicos; Currícu-los Desadequados; Interesses Divergentes; Expectativas Limitadas; Ensino Especial; Apoio Social Escolar; Ensino Profissional, etc.

Com efeito todos concordamos em per-ceber que estes factores foram sem dúvida os mais marcantes para que o fenómeno do Abandono Escolar exista e ainda hoje se faça sentir com bastante frequência nas nossas escolas.

Convém referir que uma Escola deve em primeiro lugar tornar-se acima de tudo uma Escola Inclusiva. Uma escola in-clusiva é aquela escola que se preocupa com todos os alunos, respeitando-os nas

suas formas de estar, nos seus anseios e nas suas expectativas. A verdadeira esco-la democrática deverá perceber que hoje em dia cada aluno tem características próprias inerentes a uma sociedade com-petitiva, altamente evolutiva e ao mesmo tempo pouco condescendente.

Mal de uma escola, quando sente que a maioria dos seus alunos se sente desmoti-vada, sem interesse, e é selectiva e elitista. Uma escola deve poder transmitir os ide-ais democráticos assentes em princípios éticos de respeito mútuo e sã convivência entre todo o agregado escolar.

É esta escola que deve estar atenta para proporcionar as mesmas oportunidades aqueles alunos que necessitam de um acompanhamento especial, que têm con-dições especiais de avaliação, sendo por si só diferentes, mas tendo essa especificidade, de-vem ter por isso mesmo uma igualdade educati-va, pois se assim não for pode mais uma vez levar ao abandono escolar.

Os problemas so-cio-económicos de um agregado familiar foram um dos factores mais in-fluenciadores para que a taxa de abandono esco-lar fosse em tempos, não muito distantes, eleva-da. Muitos se recordarão das inúmeras crianças que não puderam con-tinuar a estudar, devido aos parcos recursos eco-nómicos dos Pais. Era mais importante ser uma fonte de rendimento, do que andarem na escola. Esta escola foi sempre vista como um parceiro secundário com pouca importância. Nunca podemos escamotear esta realidade, que estará sempre associa-da. Quanto maior for o fluxo económico de uma sociedade, mais esta terá condições para oferecer estabilidade e consistência educativa e formativa para as famílias.

Foi sendo “cruel” ir presenciando famí-lias que por deficientes condições econó-

micas iam retirando os seus Educandos ao ambiente escolar. Que marcante que é uma sociedade que inibe e limita todos aqueles a terem um direito que deve ser acima de tudo universal.

Convém não esquecer que uma socie-dade inculta era uma sociedade pouco rei-vindicativa, o que em determinados mo-mentos da nossa história, era importante que assim fosse.

Não se investia e criavam as condições para que a Educação fosse literalmente absorvida por todos de uma forma igua-litária.

Currículos desadequados – fomos ob-servando sucessivas reformas ao longo dos anos. Foram-se actualizando os mé-todos e os meios de ensino, sempre com o objectivo de motivar, de incentivar os

alunos, com exemplos que eram a maior parte das vezes plagiados de outros países, sem se dar conta que cada país tem a sua especificidade e as suas características próprias.

Todos concordamos em reconhecer que o que vinha de fora é que resultava, dando-se sem-pre explicações de que um determinado país (mais desenvolvido que o nosso) já implementa-va determinados méto-dos, determinados cur-rículos. Sempre tivemos aquela tendência para andarmos a reboque, para andarmos a copiar, a imitar.

É fácil constatar, que por exemplo, nestes últi-mos trinta anos, a quan-tidade de alterações que

foram sendo feitas: o currículo dos alunos, o número de disciplinas em cada ano es-colar, os exames, os programas a cumprir, etc, etc.

Interesses divergentes de alunos, pais, família, escola, sociedade. Haverá sempre o eterno problema de nunca concertarmos posições, de existir sempre uma perspec-

tiva individualista, não se perceber que se pode fa-zer do sistema educativo algo que nos una. Quan-do um aluno entra para a escola, existem sempre obstáculos que lhe po-derão dar razões para a abandonar. O aluno tem que estar constantemente motivado, atento, interac-tivo para conseguir atin-gir os seus objectivos. A tudo isto acresce a noção de que a escola tem que saber influenciar o aluno e os pais a terem a ne-cessária responsabilidade educativa e não deixarem todo o ónus da educação à escola e ao professor.

Tenho várias vezes co-

mentado que o acompanhamento diário, atento e responsável de cada encarrega-do de educação no processo educativo do seu educando é meio caminho andado para o sucesso. A escola deve abrir as suas portas a uma participação activa, cívica e séria dos pais; estes, por sua vez, têm o dever de fazer o melhor e mais adequado acompanhamento ao seu filho. Se o aluno se sentir desprotegido do seu ambiente familiar leva à desmotivação, ao abando-no, ao desinteresse.

Muitos dos nossos alunos ainda têm hoje em dia expectativas limitadas, quan-to à necessidade e à importância de te-rem um elevado grau de conhecimento a todos os níveis, ficando – se unicamente pela escolaridade obrigatória. Neste mun-do actual, onde a globalização dita as suas regras, e onde a evolução tecnológica exi-ge uma constante actualização, não po-demos limitar os nossos conhecimentos, nem devemos ter uma perspectiva reduto-ra da nossa valorização pessoal.

Mas em sociedade existem sempre di-ferentes níveis de estratos sociais, e fa-mílias existem que denotam dificuldades para ainda hoje poderem disponibilizar os recursos económicos aos seus filhos a fim de progredirem nos estudos. È aqui que entra uma indispensável e eficiente acção social escolar, com o objectivo de poder ajudar e não limitar os mais desfavoreci-dos a terem acesso condigno a uma escola de qualidade, sem necessidade de se tor-narem excluídos ou aumentar a taxa de abandono escolar. Criar apoios e permitir a gratuitidade do ensino desde o pré-es-colar até ao ensino superior com bolsas de estudo neste último grau. A subalterni-zação económica não deve ser castradora de ambições, pois acima de tudo o estado deve ter a noção da democraticidade.

Um dos últimos pontos, é a necessida-de de serem criados cursos profissionais que permitam a todos terem uma adequa-da formação, que os prepare para a vida profissional, e lhes dê, por isso mesmo, os instrumentos necessários para pode-rem competir no mercado de trabalho tão competitivo e exigente. Não podemos exi-gir que num país como o nosso todos os nossos jovens entrem numa universidade, a esses que por uma razão ou por outra não têm esse acesso, há pois a necessida-de de serem garantidas vias profissiona-lizantes adequadas, segundo um sistema de orientação escolar.

Muitos mais factores haveriam aqui para expor, para reflectir. Neste espaço de opinião, o mais importante é poder trans-mitir perspectivas individuais e colocá-las em discussão.

Foi-se ao longo de todos estes anos evoluindo, realizando congressos, coló-quios, seminários, com o intuito de ser aperfeiçoado o sistema educativo e as práticas educacionais, no entanto exis-te uma premissa que deve estar sempre subjacente à acção educativa diária de um Educador que é, acima de tudo, fazer de cada aluno, de cada criança, de cada indi-víduo, um ser … feliz.

• Presidente da Comissão Provisória Executiva do Agrupamento de Escolas da Cordinha

O P I N I Ã O

CARLOS CARVALHEIRA*

O P I N I Ã O

O abandono escolar

“Os problemas socio-económicos de um agregado familiar foram um dos facto-res mais influencia-

dores para que a taxa de abandono escolar

fosse em tempos, não muito distantes, elevada. Muitos se re-cordarão das inúme-ras crianças que não puderam continuar a estudar, devido aos parcos recursos eco-nómicos dos Pais”

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914 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra E D U C A Ç Ã O

LILIANA LOPES

A funcionar desde 1980, em instalações pro-visórias – no antigo colégio de Oliveira

do Hospital – a Arcial está pres-tes a mudar de casa. Depois de um período de hesitações, jus-tificado por questões financei-ras, esta Associação dedicada a

pessoas portadoras de deficiên-cia decidiu avançar com a obra. Estimado em cerca de 325 mil Euros, o novo bloco destinado às actividades ocupacionais será totalmente suportado pela Arcial e pela Câmara Municipal de Oli-veira do Hospital.

Para além do bloco dos ser-

viços – a funcionar desde 2000 num terreno cedido pela Câmara Municipal – o projecto das novas instalações da Arcial contempla ainda a construção do bloco ad-ministrativo, ocupacional, tera-pêutico e o de formação profis-sional. “Nesta altura só podemos avançar com o bloco de activi-

dades ocupacionais”, referiu Ar-ménio Rodrigues realçando que “quando este novo espaço en-trar em funcionamento, a Arcial deixa o espaço que ocupa desde 1980”.

Este novo desafio representa um grande esforço financeiro para a Associação, que conta com a ajuda da Câmara Munici-pal que inicialmente se compro-meteu comparticipar com um subsídio de 100 mil Euros, mas que depois o aumentou para 150 mil. “Este aumento de verbas por parte da autarquia é que nos en-corajou”, salientou Arménio Ro-drigues depois de ver recusadas todas as candidaturas apresenta-das à Segurança Social. Impulsio-nada por este apoio da autarquia, a direcção da Associação decidiu “deixar para trás as hesitações e comprometeu-se a arranjar forma de pagar o restante”. Para isso, também contribuiu o trabalho que está a ser desenvolvido por uma comissão de funcionários da Arcial que se organizou em grupos para promover iniciativas e campanhas angariadoras de fundos. “Os membros estão mui-to empenhados”, frisou Arménio Rodrigues acentuando que “em-bora as pessoas colaborem com pouco dinheiro, as migalhas tam-bém são pão”. Os responsáveis da Arcial esperam também poder contar com o apoio de pessoas e empresários que tenham pos-sibilidades para contribuir com verbas mais elevadas, porque até ao momento – como referiu

o dirigente da Arcial – a quantia mais elevada (2500 Euros) foi dada pela Fundação Belmiro de Azevedo.

E depois da obra feita?“No segundo semestre já há obras de certeza”, sustentou Ar-ménio Rodrigues prevendo que “o edifício esteja concluído em meados de 2007” e que “até lá a Segurança Social apoie a ins-tituição ao nível de equipamen-tos”, porque depois da constru-ção “receia-se que a Associação não tenha dinheiro para comprar mais nada”. No entanto, a Asso-ciação sabe que também nesta matéria pode contar com o apoio da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, porque – numa pe-quena cerimónia alusiva à aqui-sição de uma nova viatura para o transporte de utentes da Arcial – Mário Alves afirmou: “avancem com a obra e não tenham medo, porque a Câmara estará disponí-vel para auxiliar na compra do equipamento”.

Mas as hesitações voltam a surgir em relação à Segurança Social porque, como questionou o responsável por aquela associa-ção, “será que ao avançar-se com a obra a segurança Social corta qualquer hipótese de apoio?”. Nesta fase, esta é a apreensão do dirigente da instituição que também acredita que “ iniciada a obra, a segurança social não deixará de ajudar com o equi-pamento para que se possa dar utilidade ao espaço”.

Arcial avança com as obras mesmo sem o apoio da Segurança Social

“Estamos completamente descapitalizados”É já no segundo semestre

deste ano que têm início

as obras para a constru-

ção das novas instala-

ções da Arcial – Associa-

ção de Recuperação de

Crianças Inadaptadas

de Oliveira do Hospital.

Arménio Rodrigues,

presidente da direcção

da Associação lamenta,

nesta fase, não poder

contar com o apoio da

Segurança Social e em

declarações ao Correio

da Beira Serra confessou:

“estamos completamente

descapitalizados”.Arménio Rodrigues: “Este desafio representa um grande esforço financeiro”

A Arcial tem diariamente, ao seu cuida-do, 60 utentes integrados em diferentes valências, tendo em conta o seu nível de deficiência e dificuldade. Pese embora o facto desta Associação ter sido criada para possibilitar uma educação especial a crianças e jovens “diferentes”, agora a realidade é outra, porque – como explicou Arménio Rodrigues – “a aplicação da lei de bases do sistema educativo de 1986, obrigou à inclusão de todas as crianças no ensino regular fazendo com que cada vez menos jovens fossem para a Arcial”. Na área da educação especial, a Associação presta apoio apenas a cinco jovens, mas o seu trabalho não se esgota nesta valência, já que – e na opinião do dirigente – “o futuro está no centro de actividades ocu-pacionais que neste momento acompanha 25 pessoas portadoras de deficiência mais avançada e que não têm capacidades para frequentar um curso de formação”.

Outra das apostas da Arcial é a da for-mação profissional que permite aos 30 utentes, que integram esta valência, adqui-rirem uma especialização em áreas como: costura, serviços domésticos e limpezas,

jardinagem e floricultura e ajudantes de cozinha. Destes cursos – com duração de quatro anos e financiados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional – al-guns são ministrados por profissionais da Instituição e outros são desenvolvidos em postos de trabalho, o que na opinião de Arménio Rodrigues “é benéfico porque os utentes contactam directamente com a realidade” acrescido do facto de que “co-nhecendo de perto as suas potencialida-des, no final do curso, alguns empresários acabam por admitir esses formandos”

Mas o trabalho desta Instituição Par-ticular de Solidariedade Social não se esgota no apoio prestado às pessoas portadoras de deficiência, já que tem em funcionamento desde 2000 no bloco dos serviços, uma empresa de inserção. “Foi uma proposta da Directora do Centro de Emprego de Arganil”, adiantou ao CBS Arménio Rodrigues que lamenta “o facto desta empresa não ser muito divulgada”. Neste momento, integra 11 pessoas por um período de dois anos não renovável e presta serviços de limpeza, jardinagem e ainda tem em funcionamento a “lojinha da

Arcial”. Estes funcionários, que recebem o salário mínimo nacional, são encaminha-dos para a Associação pelo Centro de Em-prego de Arganil se corresponderem a um de vários requisitos exigidos: desempre-gados, desempregados de longa duração, beneficiários do rendimento social de in-serção, deficientes, ex-reclusos e ex-toxi-codependentes.

“Até ao momento tem sido possível manter em funcionamento todas as va-lências”, sublinhou Arménio Rodrigues realçando “a boa capacidade da Arcial na gestão dos seus fundos e os subsídios provenientes da segurança Social e IEFP”, mas frisou que “o problema surge quando é necessário fazer investimentos”.

Os desafios da Arcial

Em prol da integração social e inserção profissional

Local onde vão ser construidas as instalações da Arcial

Correio da Beira Serra 14 de Abril de 200610 P O L Í T I C A

Deputado Municipal da CDU pede auditoria à Câmara

O Deputado Municipal da CDU reage à po-lémica que está a gerar grande alvoroço em Oliveira do Hospital a propósito da guerra política protagonizada pelo pre-sidente da Câmara e o seu ex-chefe de gabinete, António Duarte. “Temos acom-panhado com equidistância o acto eleito-ral que decorreu para a comissão política concelhia do PSD. Da expectativa de uma salutar concorrência, sinal de vitalidade que o aparecimento de duas listas fazia antever, passou-se a um lavar de roupa de fazer inveja aos tanques e lavadeiras das nossas aldeias”, refere o deputado munici-pal da CDU numa nota enviada ao Correio da Beira Serra on-line.

Sublinhando que na última Assembleia Municipal (AM), “o senhor presidente da Câmara respondeu muito abespinhado” a um pedido por escrito que a CDU apresen-tou com vista a indagar quais as funções e a remuneração do chefe de gabinete de Mário Alves, António Lopes diz estra-nhar que, na altura, o presidente da Câ-mara não tenha dito que “o senhor prof. António Duarte estava sentado à mesa do Orçamento”. “Mentiu… veio dizê-lo agora na praça pública, o que prova que tínhamos razão quando interpelámos o senhor presidente da Câmara a propósito das necessidades de contratação do Prof. Paulo Veloso. Então se o chefe de gabinete já estava sentado à mesa do orçamento, para que é que pôs lá mais um? ”, per-gunta aquele deputado municipal que nas últimas autárquicas encabeçou a lista da CDU.

Muito crítico em relação a todo este processo político, Lopes pede também

que António Duarte “venha dizer quanto antes o que é que se passa dentro da Câ-mara Municipal” e deixa um recado: “En-quanto se fecham escolas, postos médicos e aumenta o desemprego, “os senhores professores, numa zanga de comadres, e numa linguagem imprópria de quem tem a responsabilidade de ensinar, dão um triste espectáculo, aviltam a democracia de Abril, discutem os cacos de um tacho cada vez mais rapado e incapaz de susten-tar todas as clientelas. É vê-los num chega para lá em que vale tudo”.

Aquela nota, sublinha também que “o respeito pelas populações do concelho, exige dos responsáveis políticos uma ou-tra atitude, um outro rigor e uma outra educação”, bem como adverte que “o de-senvolvimento do concelho não se com-padece com as lealdades eleitorais do se-nhor presidente, que mais parece o dono da Câmara”. Mas aquele deputado muni-cipal da CDU vai mais longe ao anunciar que, na próxima Assembleia Municipal, o partido vai avançar com um pedido de auditoria à autarquia oliveirense “se até lá o presidente da câmara não tomar essa iniciativa”.

“Perante tudo o que aconteceu, ao pre-sidente da Câmara não resta outra alterna-tiva que não seja, no mínimo, pedir uma auditoria. Em nosso entender, e depois de tudo o que foi dito, à comissão política também não resta outro caminho que não seja o de retirar a confiança política ao se-nhor presidente da Câmara”, frisa aquela nota.

Vereadores do PS interpelam presidente da Câmara e Mário Alves confirma queixa-crime contra ex-chefe de gabinete O Presidente da Câmara de Oliveira do Hospital confirmou na reunião do execu-tivo camarário, de 4 de Abril ter entregue no dia anterior, no Ministério Público (MP), uma queixa “para que o Sr. ex-chefe de Gabinete vá ao MP dizer quais são as ilegalidades e as irregularidades que co-nhece na Câmara”. “Espero que essa ma-téria seja clarificada nos órgãos próprios, os tribunais”, referiu Mário Alves, adian-tando ainda que também avançou com uma outra queixa – esta em nome pessoal

– “por causa de uma carta xenófoba” que o “atacava”, e que foi distribuída aos mili-tantes do PSD na véspera do acto eleitoral daquele partido. Esta reacção do presi-dente da Câmara, surgiu em consequência de uma interpelação dos vereadores do Partido Socialista que pediram explica-ções acerca do que “de grave se passa ou passou na Câmara Municipal que levou o ex chefe de gabinete a proferir as declara-ções: tenho conhecimento de coisas den-tro da Câmara que ele (Mário Alves) não vai gostar de ouvir e pode vir a ficar mal na fotografia”.

Os vereadores da oposição questiona-ram ainda o presidente da autarquia so-bre “quais foram as atitudes persecutórias tomadas contra os presidentes de junta de Freguesia e quais as juntas e porque motivos?”. Ainda no âmbito dos inciden-tes que marcaram o acto eleitoral para a Comissão Política Concelhia do PSD, Má-rio Alves foi questionado sobre a acusação de “pressionar pessoas, dizendo a alguns que não lhes dá mais trabalho” e sobre o motivo que terá levado António Duarte, depois de demitido, a dizer “saiu-me um fardo pesado das costas”. Nesta interpe-lação ao presidente da Câmara Municipal, os vereadores do PS deixaram claro que “não permitem qualquer forma ou tentati-va de pressão, hostilização ou tratamento discriminatório a quaisquer pessoas ou instituições” porque - como recordam – “é preceito constitucional o igual tratamento a pessoas, instituições e organismos”.

Este pedido de explicações, subscrito por todos os vereadores do PS e enviado à redacção do Correio da Beira Serra on-line, adverte ainda o presidente do muni-cípio oliveirense para o facto de a Câmara Municipal ter de “cumprir todas as regras de um Estado de Direito Democrático”

António Duarte não está amedrontado e vai avançar com processo contra Mário AlvesDepois de na reunião do executivo olivei-rense de 4 de Abril, Mário Alves ter infor-mado a vereação de que tinha avançado com uma queixa-crime contra o seu ex-chefe de gabinete, António Duarte garan-tiu ao Correio da Beira Serra on-line que “está a fazer os preparativos para apre-sentar um processo contra Mário Alves”. “Fui atacado e beliscado na minha honra e dignidade e o presidente da Câmara ainda continua a denegrir o meu nome nos lo-cais públicos” afirmou Duarte visivelmen-te indignado, esclarecendo que “se depois de tudo isto não apresentasse uma queixa contra Mário Alves estaria a mostrar sinais de cansaço”.

O eleito vice-presidente da Comissão Política Concelhia do PSD ainda não foi in-formado oficialmente pelo tribunal acerca deste processo, porque – como o próprio referiu – “apenas sabe o que foi dito na reunião de Câmara, depois da interpela-

ção que os vereadores da oposição diri-giram ao presidente da autarquia”. A pro-pósito deste pedido de esclarecimentos, António Duarte salientou ao CBS on-line que “acha curiosa a forma como Mário Alves respondeu às questões que lhe fo-ram colocadas, ao utilizar a justiça como estratégia para não explicar os motivos que o levaram a demiti-lo”. Pelo contrário considera “inteligente” a Intervenção do deputado da CDU António Lopes porque considera “que pôs o dedo na ferida e ba-teu na tecla certa”. António Duarte apenas lamenta que “ninguém tenha a coragem para lhe perguntar: porque é que demitiu o professor Duarte?”

Novo líder do PSD ainda não decidiu se retira a confiança política ao presidente da Câmara Numa reacção à queixa-crime contra Antó-nio Duarte, apresentada pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hos-pital, José Carlos Mendes sublinhou ao Correio da Beira Beira Serra on-line que “Mário Alves não tinha motivos para avan-çar com o caso em tribunal”. Na opinião do presidente eleito da Comissão Política Concelhia do PSD, António Duarte já ex-plicou o que quis dizer com a polémica declaração que proferiu – “tenho conhe-cimento de coisas dentro da Câmara que ele não vai gostar de ouvir e pode vir a ficar mal na fotografia”. Pelo contrário, José Carlos Mendes referiu ao CBS on-line que “o Prof. Duarte é que teria razões para apresentar uma queixa-crime contra Má-rio Alves, quando este o apelidou de ca-cique e despeitado”. Embora prefira que estas situações sejam resolvidas e ana-lisadas em conjunto, “imperando o bom senso”, José Carlos Mendes sustentou que “os tribunais existem para resolver estas questões”.

Questionado sobre a possibilidade de a Comissão Política do PSD poder vir a retirar a confiança política a Mário Al-ves – conforme tem vindo a ser defendi-do nalguns sectores da política local –, o presidente eleito dos sociais-democratas adiantou que “nada está decidido por-

15DIAS | ON-LINE

14 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra 11P O L Í T I C A

que a Comissão ainda não tomou posse, mas o que se pretende é dialogar com o presidente da Câmara para que não haja conflitos”. Ainda sem data marcada para a tomada de posse, o sucessor de Mário Alves adiantou ao CBS on-line que a nova Comissão Política do PSD já reuniu e “deli-neou o seu modo de trabalho”.

Mário Alves acusa José Carlos Mendes de ter incendiado o partido

O ainda presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do PSD, Mário Alves, des-valorizou os resultados das eleições que deram a vitória a José Carlos Mendes e re-cusou-se a interpretá-los como uma derro-ta política, com o argumento de que não foi ele que se apresentou a eleições. Em entrevista à rádio Boa Nova, Mário Alves dirigiu duras críticas ao novo líder eleito do PSD e também ao seu antigo chefe de gabinete, acusando-os mesmo de terem “incendiado o partido”.

Criticando o modo como decorreu a campanha eleitoral – “fui alvo de uma campanha que roçou campos que não de-veria ter roçado”, sublinhou –, Mário Alves disse ainda não se “rever nesta comissão política” e argumentou não ter felicitado os vencedores no dia das eleições com uma frase – “não felicito quem joga baixo” – que reflecte bem a época de fogo anteci-pada em que vivem os sociais-democratas. Instado a pronunciar-se sobre o significa-do de uma frase que muito se ouviu mal foram conhecidos os resultados eleitorais do PSD – “é uma vitória da democracia” –, Alves responde com uma pergunta: “como é que é uma vitória da democracia se duas pessoas que estavam à cabeça dessa lista estiveram em várias comissões políticas comigo?”. Mário Alves, que sustentou aos microfones da RBN que há quem queira “tapar o sol com a peneira”, diz não com-preender certas afirmações e revelou que o seu ex-chefe de gabinete o “convidou no dia 23 de Janeiro, à noite, para enca-beçar a lista para a mesa da Assembleia de Secção”. “Se eu estivesse com eles, eu era o maior. Como fiz uma opção diferente, então eu sou o mau da fita, sou o anti-de-mocrático, o bode expiatório”, ironizou o ainda líder do PSD local.

Quanto às razões que o terão motiva-do a demitir António Duarte em vésperas do acto eleitoral do partido, Alves virou-se para a jornalista que conduzia a entre-vista, Margarida Prata, e insinuou que a pergunta talvez não fizesse muito sentido porque a própria jornalista teria sido in-

formada com antecedência: “como sabe, e você até sabe porque eu até lhe disse an-tes que iria tomar essa decisão… antes de tomar a decisão, já lho tinha dito a si que, independentemente do resultado que houvesse nas eleições para a concelhia do PSD, eu iria demiti-lo. E também lhe disse as razões por que ia demiti-lo. Não foi por ir noutra lista. Foi porque – como eu lhe disse – houve uma quebra de confiança na pessoa desse senhor”.

Quanto ao facto de uma eventual re-tirada da confiança política por parte da futura concelhia do PSD ao presidente da Câmara, Mário Alves desvaloriza esse cenário: “a confiança política foi-me dada pelos sete mil e tal oliveirenses que vota-ram em mim e não vão ser agora 149 que votaram numa pessoa para gerir um parti-do que me vão retirar a confiança política do que quer que seja”.

“Se alguns pensam que se vão livrar do Mário Alves estão enganados” “Dos presidentes de Junta nem sei quantos é que são militantes, não faço ideia… não contabilizei quantos é que são militantes do PSD”, afirmou Mário Alves,em entrevis-ta à rádio Boa Nova quando se pronuncia-va sobre as acusações que lhe foram di-rigidas pelo seu ex-chefe de gabinete no sentido de que o presidente da Câmara teria ameaçado alguns autarcas apoiantes da lista B – como o presidente da Junta de Freguesia de Seixo da Beira - com a “não realização de obras nas freguesias”. “Não é verdade. Eu já vi o senhor presidente do Seixo dizer tanta coisa que não sei em que é que ficamos. Não me interessa o que ele diz e não vou estar aqui a dar tempo de antena ao senhor presidente da Junta do Seixo da Beira”, referiu o ainda líder do PSD sobre um dos autarcas que preside a uma das freguesias com maior peso elei-toral do concelho e que, actualmente, já mantém um relacionamento algo difícil com o presidente da Câmara. Confronta-do com estas declarações pelo Correio da Beira Serra on-line, o autarca do Seixo da Beira invocou o facto de não ter ouvido a entrevista para não tecer qualquer comen-tário, mas prometeu uma reacção àquelas declarações.

Frisando também nesta entrevista que não espera ter qualquer relacionamento com o seu sucessor político no PSD, ape-sar de manifestar intenção de participar

nas reuniões do partido, Mário Alves pro-mete guerra: “se alguns pensam ou pensa-ram que, passe a expressão, se vão livrar do Mário Alves, estão enganados porque o Mário Alves não é homem para desistir. A minha desistência é quando alguém, mais poderoso do que eu, me levar desta para melhor. Até lá, eu resisto… eu batalho… eu luto, referiu aquele líder partidário ao passo que não excluiu a possibilidade de disputar novamente a presidência do PSD nas próximas eleições. “Pode acontecer eu dizer assim: então agora, vamos ver quem é que ganha, porque eu não fui can-didato”, avisou Mário Alves. Quanto aos rumores que têm apontado no sentido de que o presidente da Câmara poderia sus-pender o mandato com vista a presidir à Fundação Serafim Marques, Mário Alves foi muito claro e excluiu esse cenário argu-mentando que tudo não passa de “falsos boatos”. “Nunca fui homem de abandonar os meus mandatos (…) a não ser que haja razões de saúde, podem os oliveirenses estar todos estar tranquilos porque eu go-vernarei a Câmara Municipal até ao final do meu mandato”.

Lançando umas farpas aos seus adver-sários políticos que conquistaram a con-celhia do PSD – “que ninguém pense que com o Mário Alves funcionam grupos de interesse” -, Alves disse também não estar preocupado com aqueles que o acusam de ter “uma visão economicista”. “Se houves-se muitos como eu, no país, que tivessem essa visão mais economicista – entre aspas -, porventura, o país não estaria conforme está. A minha velha máxima que continua cada vez mais actual, é assim: o meu di-nheiro eu gasto-o como quero, porque aí só há uma pessoa que me pode pedir con-tas e, com essa – que é a minha mulher -, posso eu bem, sublinhou aquele dirigente do PSD ao explicar o “rigor com que lidava com os dinheiros públicos.

Mário Brito bate com a porta e FCOH está na iminência de acabar com o futebol sénior O Futebol Clube de Oliveira do Hospital (FCOH) está a braços com uma crise direc-tiva e, neste momento, não se sabe qual vai ser o futuro do clube. Para já, uma coisa é certa: Mário Brito, que no dia 6 de Abril apresentou a sua demissão na assembleia-geral do FCOH, só vai continuar no lugar até ao final da presente temporada des-portiva. “Não se pode querer que o clube viva à custa de duas ou três pessoas. Não há condições de trabalho, não há perspec-tivas e vou começar a ser um bocadinho mais egoísta e a viver um pouco mais para mim porque acho que também mereço”, desabafou Brito perante cerca de duas de-

zenas de pessoas – com dirigentes incluí-dos – que se deslocaram à sede do FCOH para participar naquela assembleia-geral.

Frisando que não se desliga do clube em consequência da despromoção, Brito confessou-se “cansado” para continuar à frente dos destinos do clube e deixou uma outra explicação aos associados: “Se eu cá ficar, vou ter que pôr mais dinheiro. Não tenho condições para isso”. Na qualidade de sócio do clube, o empresário e depu-tado municipal da CDU, António Lopes, ainda tentou convencer Mário Brito a per-manecer no lugar até ao fim do mandato e chegou mesmo a prometer que, caso isso acontecesse, apoiaria o FCOH com 50 mil euros. Mas o agora presidente demissio-nário do clube, não aceitou a oferta e foi peremptório: “Acabo esta época e saio”.

“Parece que caiu aqui neste conce-lho uma comissão liquidatária”, referiu António Lopes, lamentando que em Oli-veira do Hospital estejam “a encerrar as escolas, os postos médicos, as fábricas e, agora, também o clube de futebol”. Nes-ta assembleia, houve entretanto alguns intervenientes que colocaram o dedo na ferida ao defenderem que o clube deve reorganizar-se e, eventualmente, acabar com a equipa de futebol que este ano des-ce à III divisão nacional. Com uma média de 300 espectadores por jogo, o FCOH – actualmente com oito pontos – não tem conseguido captar o público oliveirense e a situação financeira do clube agrava-se a cada dia que passa.

Face a este cenário de insustentabilida-de financeira em que não se conseguem criar receitas para manter uma equipa de futebol profissional, também se ouviram algumas vozes a defender que o FCOH deve apostar nas camadas jovens e no hóquei em patins, uma modalidade que movimenta cerca de 100 atletas. É que, conforme afirmou Pinto Correia – um ad-vogado que já anda nestas lides do fute-bol há muitos anos –, “não faz sentido que Mário Brito ande a pôr dinheiro do bolso dele” para os outros “irem ver os jogos de futebol”.

Pulsar aborda “Deficiência na Primeira Pessoa”

A Fundação Aurélio Amaro Diniz de Olivei-ra do Hospital já lançou o número 12 do seu boletim informativo, ao mesmo tempo que assinala a passagem de mais um ano da “Pulsar”. Esta publicação, de distribui-ção gratuita, aborda na presente edição o tema “Deficiência na Primeira Pessoa”, pegando no testemunho de dois cidadãos portadores de deficiência, um utente da FAAD e um funcionário (telefonista, que é invisual). Como já é hábito, ao desfolhar-mos as páginas do boletim encontramos também referências às actividades que são desenvolvidas no âmbito das várias valências da Fundação, bem como notí-cias de Oliveira do Hospital e concelhos limítrofes.

Destaque para o editorial da auto-ria de Sebastião Antunes, Presidente do Conselho de Administração da FAAD que em poucas palavras compara a evolução da instituição com o crescimento de uma “grande árvore” que – como se pode ler – “ostenta o esplendor da sua floração, que importa pensar na sua raiz, na sua ge-nes, no seu fundador”. Sebastião Antunes lembra ainda que a FAAD se irá “associar à invocação da memória do seu fundador, Aurélio Amaro Diniz”, a realizar na sua terra natal.

Correio da Beira Serra 14 de Abril de 200612

HENRIQUE BARRETO / AGNELO VIEIRA

J á lá vão treze anos e o Centro de Negócios da Beira Serra – um in-vestimento que no início dos anos 90 custou aos portugueses mais

de meio milhão de contos – continua vo-tado ao abandono e em acelerada degra-dação.

Este equipamento, que ocupa uma área de 35 mil e quatrocentos metros quadra-dos de um terreno que, em 1990, foi ce-dido à ACIBEIRA pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH), congrega diversos pavilhões de exposição, edifícios administrativos, um restaurante e um “monumental” mas inconcluído excelente anfi-teatro.

A construção deste Centro de Negócios, que foi patrocinada pelo Ministério da In-dústria e Energia do ministro Mira Amaral, com dinheiros do PEDIP, cedo se transfor-mou num dos mais gritantes casos de es-banjamento de dinheiros públicos de que há memória na região. As contas nunca vieram a público, mas sabe-se que o inves-timento ultrapassou os 500 mil contos.

Os anos foram correndo e a ACIBEIRA, que ainda andou na barra dos tribunais, conseguiu livrar-se do fardo, deixando para trás um verdadeiro rosário de dívi-das. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Centro (CCAMBC), uma das enti-dades financiadoras daquela associação e que não recuperou várias dezenas de mi-lhar de contos, não teve outra alternativa senão penhorar aquele património como garantia da dívida. Mas o problema, é que a situação legal do Centro de Negócios da Beira Serra não permite que aquela insti-tuição bancária proceda à venda em has-ta pública. Porquê? Porque a Câmara de Oliveira do Hospital, na altura presidida por César de Oliveira, cedeu o direito de superfície do terreno à ACIBEIRA, deixan-do na escritura uma cláusula de reversão a determinar que “o direito de superfície reverterá para o Município de Oliveira do Hospital se aquela associação der aos edi-fícios aplicação diversa da convencionada no contrato (…) ou não lhe der utilização por mais de três anos consecutivos”.

Processo parado num advogado há mais de três anosA Câmara de Oliveira do Hospital – por motivos que se desconhecem – não só nunca accionou aquela cláusula de rever-são como também não fez qualquer dili-gência para impedir que aquele patrimó-

nio fosse penhorado pela CCAMBC, que dada a cláusula de reversão citada não o pode alienar.

Entretanto, e de acordo com o que o Correio da Beira Serra apurou, um grande empresário da região, Fernando Tavares Pereira, tentou adquirir todo aquele es-paço mas cedo desistiu em consequência de a Câmara Municipal não ter sido re-ceptiva. Na altura – de acordo com uma fonte conhecedora do processo -, aquele conhecido empresário pretendia instalar ali a sede do seu grupo empresarial. Só que, com tanta indecisão, teve que ajustar as velas em direcção ao Carregal do Sal, porque naquele concelho os ventos eram mais favoráveis.

Mas a indecisão e a falta de diligência que pairam em torno deste avultado inves-timento, não são fáceis de entender. Ainda recentemente, numa reunião do executivo camarário, realizada dia 7 de Fevereiro, o vereador do PS, José Francisco Rolo, in-surgiu-se contra o facto de a CMOH ter este processo parado num advogado de Coimbra, especialista em direito adminis-trativo, há mais de três anos. “Têm que ser tomadas medidas em relação a este in-cumprimento. Se o jurista com o processo não dá uma resposta há três anos, então tem de se entregar o processo a outra pes-soa. O que se passa é inadmissível”, refere aquele vereador na acta de uma reunião de Câmara do dia 7 de Fevereiro que este jornal consultou. Em resposta – na mes-ma acta – o presidente do Município não foi contra aquela interpelação, declarando que “o problema reside na falta de respos-ta adequada por parte do jurista respon-sável pelo processo que não obstante ter sido várias vezes instado a pronunciar-se, até à data não o fez”.

Decorridos estes longos anos, o Cen-tro de Negócios ainda corre o risco de se transformar num monumento ao esban-jamento de dinheiros públicos. Aquele espaço, de excepcionais condições estru-turais, espelha bem o rosto da incúria e negligência.

Os “incómodos” de Mira AmaralO Correio da Beira Serra, que visitou de-moradamente o local na semana passada, defrontou-se com um cenário desolador que demonstra bem a dinâmica negativa que o concelho de Oliveira do Hospital

tem registado nos últimos anos. “Armindo Lousada um nome que não esquecemos. Engº Mira Amaral, Ministro da Indústria e Energia, o outro nome que nunca esque-ceremos. Um foi um herói anónimo do de-senvolvimento da Beira Serra pela sua ini-

E C O N O M I A

Depois de se ter gasto mais de meio milhão de contos

Treze anos de abandonoHá treze anos, os portugueses

pagaram mais de meio-milhão

de velhas notas de contos de

reis por um hipotético Centro

de Negócios da Beira Serra.

Hoje, os resultados desse in-

vestimento estão à vista nas

imagens que o Correio da Beira

Serra aqui publica.

O “monstro” que a ACIBEIRA deixou em Lagares da Beira

14 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra 13ciativa empresarial. Outro foi o Ministro da Indústria que mais fez pelo progresso da nossa região. Os empresários da Beira Serra, reunidos na sua Associação-Acibei-ra, homenagearam sua EXª Ministro da Indústria e Energia, Engº Mira Amaral, a 7 de Setembro de 1991, agradecendo todos os incómodos que teve ao nosso serviço e ao serviço da pátria”. Este “preito de vassalagem”, está inscrito numa placa (ver foto da 1º Página) que o CBS descobriu abandonada no meio do lixo que a ACI-BEIRA deixou em Lagares da Beira, e onde paradoxalmente é invocado um nome que sempre foi uma referência da dinâmica empresarial do concelho de Oliveira do Hospital, Armindo Lousada.

ESTGOH interessada na revitalização das infra-estruturasConsciente da situação, e das potenciali-dades de todos aquelas infra-estruturas e na perspectiva de as colocar ao serviço da região, está a Escola Superior de Tecnolo-gia e Gestão de Oliveira do Hospital (ES-TGOH), que acaba de propor ao Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) e à Câmara de Oliveira do Hospital a implementação naquele local de “um projecto inovador, do tipo de parque tecnológico/incubadora de empresas/centro de formação”.

Num ofício de 30 de Março deste ano a que o CBS teve acesso, e que foi dirigido ao presidente do IPC e ao presidente da CMOH, o director da ESTGOH, Francisco Neves, defende que é imperioso avançar com este projecto para “afirmar e reco-nhecer definitivamente o interesse da Es-cola a nível regional como uma realidade partilhada pelos municípios de Oliveira do Hospital e limítrofes.

Sustentando que o que se pretende é

a realização de “um projecto que todos possam abraçar”, o director daquele es-tabelecimento de ensino superior avança com algumas ideias para reactivar aquelas infra-estruturas, sublinhando a impor-tância que poderia ter para a ESTGOH o reaproveitamento daquele espaço, tendo como pano de fundo a região da Beira Ser-ra e não apenas o concelho de Oliveira do Hospital. De referir, que neste ofício a que o CBS teve acesso, Francisco Neves volta a sublinhar que a ESTGOH se deveria passar a designar Escola Superior de Tecnologia da Beira Serra, por forma a dar-lhe uma perspectiva regional.

E C O N O M I A

Um anfi-teatro à espera...

Correio da Beira Serra 14 de Abril de 200614 O P I N I Ã O

É muito pouco provável que a vida dos cerca de vinte e tal mil cida-dãos, portugueses, que

vivem no concelho de Oliveira do Hospital, possa mudar, de um dia para o outro, com os resultados de uma qualquer eleição: di-lo a vida do dia a dia, sem esque-cer aquilo que os dias passados, hoje, nos trazem à memória…E vão fazer a História, apesar de parcelar, azar nosso, da qual so-mos testemunhos directos. Res-ponsáveis. E oxalá por mais mui-to tempo…

- Que augúrios nos trazem os resultados das últimas legisla-tivas? – não foi preciso esperar muito tempo. E os das autárqui-cas?... E os das presidenciais? Então não fomos nós, os cida-dãos, esclarecidos, eleitores, que o fizemos? E os que, magníficos “neutros”, não tendo votado, vá lá saber-se por quê, não são eles, também, obreiros desses mes-mos resultados, dessa mesma História?

…O mesmo não é válido para

eleições “internas”, sejam elas do SLB, do SCP ou do FCP: são os sócios que elegem os presiden-tes, para o bem e para o mal, mas

sem compromisso eterno, pois ora os glorificam, citam, bajulam, para logo, a seguir, os insulta-rem, vilipendiarem e correrem “à pedrada”. – e, futebolismos, são hoje a única discussão séria que envolve crianças, jovens, adultos e maduros, que separa famílias, que separa os portugueses pro-fundamente; discussão séria e profunda, com muita ciência, com jornais diários e tempos in-finitos de rádio e televisão, com “bandeira à janela” e os tribunais na maleta dos medicamentos …O Orçamento de Estado fica para aqueles que sabem do assunto, modéstia de lado, do futebol, úl-timo, desse sabe o Scollari, pago, qual “bandeirante” ao contrário, a “peso de ouro”, para nos dar prata…O mesmo para os depu-tados da Nação, nas maiorias, e não só, com a diferença de que esses nos tiram, cada vez mais, alguma coisinha, o sono e a com-postura também, com ordens de superior interesse, por mais parca que ela seja, não vá lá o “ diabo tecê-las” e ficarem eles “a ver navios” (bandeiras), fora da “selecção” e da bancada…

O mesmo não é válido para as eleições internas, ou vida in-terna, de qualquer dos partidos políticos que hoje tentam orga-nizar e defender os interesses da classe que lhe dá a sua matriz de origem, a sua estratégia, o seu

programa, a sua táctica, a sua ideologia, para se colocarem, seriamente, perante os desafios do devir da nossa terra, da nossa região, do nosso país, da “nossa” Europa e, porque não, da Terra! - abençoem-se, aqui, uma vez

mais, os detergentes, agora da História, para quem não há, nos tempos que correm - de feição! – ideologias…

Contrariamente ao espírito, alma(?) e prática política daque-les que hoje manifestam o seu mais vivo “repúdio” pelos parti-dos políticos, quais “democratas” de ponta, pertencer a um partido político é um exercício de cida-dania plena, consentânea com os deveres de qualquer cidadão do mundo que pretende intervir, politicamente, em consciência e em colectivo, na sua mudança, em qualquer parte onde viva, por cá, com os direitos que o lega-do da revolução de 25 de Abril de 1974 ainda hoje incorpora na nossa Constituição da República.

Assim, por direito, “as ques-tões” internas dos partidos políticos devem ser resolvidas responsavelmente pelos seus mi-litantes, esses sim, obreiros dos seus méritos e deméritos, conhe-cedores das suas acções e moti-vações, no respeito pelas regras estatutárias dos partidos a que pertencem, aos quais aderiram, em princípio, por consciente convicção ideológica (e não por situacionismo), no respeito pelo cumprimento dos mandatos nas instituições para que foram, atra-vés deles, eleitos, finalmente, no respeito pela sociedade que pre-tendem servir.

É isso que se espera de quem é militante de um partido, é isso que o caracteriza socialmente, qualquer que seja o partido a que pertença…

Mas, o mundo, “é composto de mudança”…

E, por isso mesmo, é muito provável, também, que muito boa gente reconheça, hoje, ou em qualquer momento crítico, que andou enganada ao calcor-rear, durante anos, um determi-nado caminho…E que, perante esse percurso, tenha hoje, ou nesse momento, consciência de que, nele, carregou pesadas res-ponsabilidades…

Pois bem: que não se esque-ça de que – recomendação essa válida para todos nós, pois é da “coisa pública” que se trata! – nesse caminho, deixou ficar uma pedra, um sinal, identificati-vo dessa mesma passagem, quer dizer, deixou marcas, se calhar profundas, nos lugares por onde passaram os seus próprios pés; e que, para essas marcas, nesse caminho que é o da nossa cons-ciência colectiva, não há deter-gente conhecido, eficaz, que as faça desaparecer: com o tempo, agora curto, a História, mesmo que local, avivá-las-á.

Porque há caminhos que são de todos nós.

O resto, é mera publicidade.

ANTÓNIO FONTES DINIS

OPINIÃO

Marcas que não se apagam“(…) É muito pro-

vável, também, que muito boa gente re-conheça, hoje, que andou enganada ao calcorrear, durante

anos, um determina-do caminho…E que,

perante esse percurso, tenha hoje consciência de que, nele, carregou

“pesados” fardos… Pois bem: que não se

esqueça de que, nesse caminho, deixou ficar uma pedra, um sinal, identificativo dessa mesma passagem, quer dizer, deixou

marcas, se calhar pro-fundas (…)”

VIVA A LIBERDADEInicio parabenizando o Correio da Bei-

ra Serra por, de novo, dar a oportunidade a todos os Oliveirenses de conhecerem um pouco mais do que se passa no nosso con-celho e, obviamente, a todas as pessoas que o lêem. Decidi escrever este texto por se aproximar a efeméride civil mais impor-tante do ano, o 25 de Abril. Apesar de não ter vivido esta Revolução, os ideais que os arautos desta defendiam marcam pro-fundamente o meu dia-a-dia: a Liberdade acima de tudo, e a repugnância perante o totalitarismo, o imperialismo, o chauvinis-mo, o culto da personalidade e também o antiparlamentarismo não só no nosso país como no estrangeiro. Como exemplo do imperialismo temos os E. U. A. que a passos largos estão a alargar o seu impé-rio económico mesmo nas nossas barbas.

Chegam ao ponto de invadir territórios alheios, em busca do petróleo, para assim alargarem o seu vasto império económico, é o caso da guerra do Koweite, do der-rube do regime Taliban no Afeganistão e também do derrube do regime de Saddam Hussein no Iraque. Para além disso, ve-mos a comunidade internacional parada enquanto os E. U. A. permanecem no Ira-que e no Afeganis-tão agindo contra os Direitos Humanos e alguns políticos, que não são dignos desse nome, se pa-voneiam e se fazem adorar pelos seus eleitores recorren-do à propaganda e à chantagem, isto é, abusando dos po-deres para os quais foram eleitos pelo povo.

A Liberdade fas-cina-me visto que é um dos valores que mais dignifica a espécie Humana. Ao ima-ginar o que seria viver sem Liberdade po-demos basear-nos nos 48 anos de Estado Novo. As pessoas não podiam expressar a

sua opinião, isto é, ou estavam de acordo com os princípios que o governo impunha ou então eram massacradas de uma forma brutal podendo mesmo perder a sua vida. A Comunicação Social não podia informar os portugueses como faz hoje, só as no-

tícias proveitosas para o Estado po-diam ser publicadas. O mesmo acontecia na arte em geral, especialmente ao nível musical e po-ético. É obrigató-rio lembrar certos cantores como por exemplo Zeca Afon-so, Adriano Correia de Oliveira, Paulo de Carvalho entre ou-tros que se serviam da sua voz para criticar o regime e exaltar a Liberdade aliados aos poetas que escreviam as letras, o grande po-eta Manuel Alegre

«Mesmo na noite mais triste/ Em tempo de servidão/ Há sempre alguém que resiste/ Há sempre alguém que diz não» (Trova do vento que passa), Zeca Afonso «O povo é quem mais ordena» (Grândola Vila Morena)

Mário Viegas, Carlos de Oliveira «Não há machado que corte a raiz ao pensamento porque ele é livre como o vento» (Livre, As Canções Heróicas). Estes homens deram e continuam a dar, os que estão vivos, a sua vida por uma causa comum a Liberdade.Outros não tiveram a sorte de viver em Liberdade e morreram ou foram mortos antes do 25 de Abril tais como Norton de Matos, Humberto Delgado e muitos mais que viviam na clandestinidade e não só. Para mim a tarefa de imaginar o que seria viver sem Liberdade é deveras complica-da, porque na minha concepção do que é o ser Humano é impossível não estar presente o direito à Liberdade. Eu não consigo sequer pensar o que seria viver há quarenta anos atrás em Portugal. Ou a Pide nos perseguia constantemente ou exilávamo-nos ou então não sei. Nós não viemos ao mundo para sermos marionetas pois se assim fosse estávamos a baixar ao nível do cão e do gato, que não são dota-dos de inteligência como o Homem, e por isso estão impedidos de dizer sim ou não conscientemente. Eles apenas seguem o instinto.

Mas…felizmente a Revolução dos Cra-vos aconteceu.

Viva o 25 de Abril!Viva a LIBERDADE!

* Aluno da EB 2,3 de Oliveira do Hospital, 9 Ano (15 anos)

O 25 de Abril visto por um jovem

JOÃO ARANDA*

14 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra 15

D iz o provérbio que um homem só se poderá considerar rea-lizado quando cumprir estas três etapas: Fazer um filho,

plantar uma árvore e escrever um livro. Sem querer prejudicar o grande valor simbólico deste pensamento não resisto à tentação de acrescentar mais uma: Ser dirigente, não remunerado, numa colecti-vidade.

Efectivamente, quem não tiver a opor-tunidade (ou a coragem) de servir, sem se servir, uma qualquer asso-ciação sem fins lucrativos e de interesse público, seja ela uma instituição de soli-dariedade social, um clube desportivo, um rancho fol-clórico, uma filarmónica, etc., ficará sempre em dívi-da para com a sociedade.

Fundamento esta afir-mação no facto todos nós, directa ou indirectamente, colhermos os frutos do trabalho por elas desen-volvido sem, muitas vezes, darmos nada em troca. Vêm estas considerações a propósito do descrédito que atravessa o movimento associativo fruto, em grande medida, do egoísmo e do materialismo em que a nossa sociedade se vai afundan-do.

Impera a crítica destrutiva, a exigência desmedida e a reivindicação gratuita, ao ponto se tornar quase impossível encon-trar pessoas disponíveis para assumirem funções directivas nos clubes e associa-ções porque, em vez do reconhecimento e do apoio que justamente merecem, re-cebem em troca a ingratidão e o insulto.

Passo a exemplificar:Ainda há poucos dias, depois de mais

uma partida de futebol em que uma tal equipa não conseguiu pontuar, como se já não bastasse a descarga de impropérios dos sócios e adeptos do clube no treina-dor, nos jogadores e nos árbitros, o alvo foram os dirigentes:

Vocês é que têm a culpa! Só para cá vêm para se promoverem e para sacarem “o vosso”!

Pese embora o facto deste tipo de afir-mações serem proferidas no calor da emo-ção e funcionarem como um escape para descarregar o stress acumulado durante a semana, há que saber respeitar os limites da boa educação e do elementar respeito pelos outros.

Se tais indivíduos tivessem a noção de quanto “do deles” lhes sai do bolso e do

tempo que retiram à vida familiar e profissional, ca-lavam-se bem caladinhos e não faziam estas tristes figuras.

Ou talvez até saibam! Só que lhes falta a coragem para dar a cara e mostrar que sabem e podem fazer melhor.

Se é certo que as acções ficam com quem as prati-ca não é menos certo que estas atitudes, por serem cada vez mais frequentes e nas mais diversas situa-ções são preocupantes e

dão que pensar.Será que está a alastrar uma grave cri-

se de valores, mais silenciosa e mortífera que a gripe das aves?

Serão sinais dos tempos?Será que a malta anda a confundir-se

com o péssimo exemplo de alguns deten-tores de cargos políticos e mete tudo no mesmo saco?

Será que... Seja como for vamos lá parar com isto

e nada de confusões! Embora o egoísmo e a fraqueza de es-

pírito de muitos não lhes permita admitir, ainda há alguns (poucos mas bons) que correm por gosto e por respeito a nobres valores.

Vamos em frente que dos fracos não reza a história!

Ah! a propósito: Força Mário.

L O C A L

(…) Será que a malta anda a con-fundir-se com o

péssimo exemplo de alguns deten-tores de cargos políticos e mete tudo no mesmo

saco?(...)”

JOSÉ AUGUSTO TAVARES NUNES

O P I N I Ã O

Olá prima! Deixa-me que te diga, mas estou um bocado aborrecida contigo. En-tão eu estou sempre a dar-te as notícias cá da terra e, ainda por cima, dizes que eu sou uma bilhardeira. Sabes que eu gosto sempre de uma boa conversa, mas nunca me meto na vida dos outros. A Esmeralda da mercearia, essa é que me conta as novi-dades todas. Sabe a vida de toda a gente. Nunca vi uma mulher assim!

Então e aí por Lisboa, como é que vo-cês vão? Sempre vêm cá beijar a cruz? Se vierem venham com tempo e tenham cui-dado que tem morrido para aí gente na estrada que é uma desgraça.

Nós, por cá, vamos andando. O proble-ma é que nunca mais chega o dinheiro do desemprego. Agora, ouvi dizer que anda aí um senhor que quer pôr a fábrica das camisas onde o Zé trabalhava outra vez a funcionar. Pode ser que seja verdade, que já me custa ver aquele homem sem-pre enfiado no café a jogar às cartas e a emborcar cerveja. Ainda por cima, vê lá tu, sempre tive que ir a Coimbra fazer o tal desmanche. Ó mulher, aquilo custou e “soube-me” a mais de 100 contos. Ainda me disseram que em Espanha era muito mais barato, mas já viste o que era eu ir agora para Espanha na motoreta do Zé? Bem, está resolvido. Com esta vida, não podia ter mais filharada.

A tua irmã Lúcia é que põe toda a gente nervosa com a política. Noutro dia, vê lá tu bem, veio cá para casa dizer que o nosso presidente da Câmara quase andou à por-rada com aquele senhor que esteve aqui

na Escola da Cordinha e que era muito simpático. Lembras-te dele, do Prof. José Carlos Mendes? Acho que ainda lhe agar-rou pelos colarinhos… E eles que eram tão amigos ó prima. Então isto faz-se? Tu já viste como é que vai o nosso partido? Mas na mercearia da Esmeralda, recebem lá aquele jornal novo e ainda pintaram a coisa pior. Diz que foi uma vergonha tão grande! Que se insultaram uns aos outros à frente de toda a gente e que o presiden-te até queria mandar uma escarreta para cima de um. Eu não sei, como é que esta gente, que são senhores professores, tam-bém fazem uma coisa destas. Só podem ter perdido o juízo.

O Ricardito, esse é que já nem quer saber da telenovela da TVI. Está sempre ao computador. De vez em quando, lá me chama para mostrar o que é que as pesso-as andam a dizer do nosso presidente. Ai, qualquer dia, ele espeta com eles todos

no tribunal como fez àquele senhor que uma vez disse aí no jornal qualquer coisa “Talibã” . Ele até me pôs aqui num papel para te dizer para tu também ires ver na “intrenet”. Ora, aponta aí: é assim: www.observandoohp.blogspot.com.

Então, e já sabias que agora também querem acabar com o futebol lá em Olivei-ra? Isto, qualquer dia, acabam com tudo e eu até já estou como diz aqui a nossa vizi-nha que fala que o melhor é os espanhóis virem tomar conta disto.

Bem, bem. A conversa já vai longa e eu tenho é que ir coser as meias do Zé, que senão o desgraçado qualquer dia nem meias tem para calçar. Se cá vieres, vê lá se ó menos trazes daí umas “amêndoazitas” para enfeitar a mesa na Páscoa, que aqui na terra está tudo a um dinheirão.

Com Saudade,Maria Alice

Qual é a crise!

C omo é do conhecimento geral, nem sempre as competições desportivas são decididas den-tro das “quatro linhas”. Algumas

vezes (até de mais…) os campeonatos são decididos nas “secretarias” o que pode significar o prolongamento do tempo de jogo muito para lá dos limites aceitáveis.

O desporto é, hoje em dia, um fenó-meno social da maior relevância, não ad-mirando, portanto, que muitos dos polí-ticos do nosso país (ministros, autarcas, etc) não resistam a meter as suas “colheradas” na área desportiva, acompanhando os seus clubes do “cora-ção” sobretudo quando se trata de colectividades com grande expansão nacional, não se coibindo de, aqui e ali, ocuparem lugares de al-guma relevância, sobretudo lugares que dão acesso às televisões nacionais.

Este é o campeonato na-cional que se vem disputan-do nos “media” onde alguns senhores do pseudo top nacional que pouco ou nada sabem da prática desportiva e que com algum despudor, se entretêm a “comentar” o futebol, os treinadores, árbi-tros, etc, etc, e não raro dão imagens pouco abonatórias de um partidarismo doentio que roça a infantilidade…

É evidente que os por-tugueses não os levam “a sério”, mas a verdade é que têm “feito escola”!

E não é que agora, por toda a parte, se vão assistindo a diversos “campeonatos regionais” de “políticos lo-cais” que se vão entretendo com picardias verbais, com claques organizadas, mas ainda apenas a ensaiar a preparação para os “jogos mais importantes”.

De momento vai-se jogando a meio campo, sem jogadas de grande perigo e

com poucos golos marcados. Estamos no jogo dos “empatas”.

Os capitães das equipas em presença – os mais jovens sem grande experiên-cia da “modalidade”, os mais velhos com muitos anos destes “futebóis” – procuram motivar os seus companheiros, recrutados entre os melhores “actores e artistas da bola” locais, pelo que, por esse país fora, se antevê animado e de resultado imprevi-sível, estes curiosos “campeonatos” onde, afinal de contas, ninguém irá ganhar e

todos se arriscam a per-der…

Em todos os locais, o panorama é idêntico e, naturalmente, havendo nomes sonantes nas equi-pas, o equilíbrio parece grande!

Se a uns, se reconhece “mais genica e sangue na guelra face” à sua menor experiência, a outros so-bra-lhes em “traquejo e sabedoria” o que lhes vai faltando em fogosidade e acutilância!

Muito embora, neste “escalão etário” os facto-res enunciados sejam da máxima relevância, não nos parece difícil prog-nosticar um empate, que a “todos contentará”…

Sabendo-se do uso constante que estes “ac-tores e artistas” fazem do fair-play, não temos dúvi-das de que no final da ple-ja serão trocados “abraços e beijinhos”…

Para quem, como nós, não toma parte activa nesta nova “modalidade”, assalta-nos uma dúvida:

Será que no final da partida haverá a tradicional “troca de camisolas” entre os atletas/ artistas?

Pela nossa parte julgamos que não!Mas… nunca se sabe!

CARLOS PORTUGAL

O P I N I Ã O

Desporto e Política

(…) E não é que agora, por toda a par-te, se vão assistindo a diversos “campeona-tos regionais” de “po-líticos locais” que se vão entretendo com

picardias verbais, com claques organizadas, mas ainda apenas a

ensaiar a preparação para os “jogos mais importantes”.(…)

Sabendo-se do uso constante que estes

“actores e artistas” fa-zem do fair-play, não temos dúvidas de que no final da pleja serão trocados “abraços e

beijinhos”(…)

As cartas de Maria

Alice

Correio da Beira Serra 14 de Abril de 200616 F R E G U E S I A S

NA FREGUESIA VALE A PENA VISITAR

Igreja Matriz de AvôTem como orago Nossa Senhora da Assunção e, segundo a tradição, foi mandada edificar no reinado de D. Afonso Henriques.

CapelasCapela de Santa Maria do Mosteiro ou de Nossa Senhora das Neves, Capela de S. Pedro, Capela de Nossa Senhora dos Anjos, Capela de s. Miguel e a Capela de Santa Qui-téria.

Castelo Situado num ponto estratégico, dominando toda a po-voação, não é possível fixar-se a data da sua fundação, atribuindo-se aos romanos.

Casas AntigasCasa da Câmara, Casa de Marcos Garcia de Mascarenhas, Casa da Eira, Casa do Adro e Solar do séc. XIX do Dr. Vas-co de Campos.

Monumento a Brás Garcia de MascarenhasSituado no jardim Brás Garcia de Mascarenhas, Avô imor-talizou na eternidade do bronze o seu maior poeta.

Pontes A Ponte sobre o Alva, de grande dignidade arquitectónica, foi mandada construir por D. Dinis. A actual ponte sobre o Rio Moura é relativamente recente e foi construída com pedra “roubada” ao castelo.

Varandas de AvôFeliz designação atribuída à excelsa Senhora que foi a Rainha Dona Amélia de Orleans e Bragança e seu marido D. Carlos I.

LILIANA LOPES / RAQUEL VIEIRA

A vila de Avô, berço de gente ilustre e eclesiástica, de poe-tas e trovadores e de fidalgos – guerreiros, prima pela exce-

lência das suas belezas naturais, pureza das suas águas e pelo conjunto Avô-Pégo- Ilha do Picoto que se apresenta como um estandarte turístico de projecção univer-sal. Sendo uma das mais belas freguesias do concelho de Oliveira do Hospital, onde por toda a parte brilha a história do pas-sado, tem uma configuração urbanística peculiar, porque as casas surgem acotove-ladas em anfiteatro, ao mesmo tempo que desenham miradouros e contemplam as águas do Alva e a Ribeira de Pomares. Toda a paisagem alegórica tão característica de Avô tem servido de motivo de inspiração a mestres na arte de bem pintar, como é o caso de Tomás Garcia de Mascarenhas, da família Brás Garcia, havendo ainda por aí muitos quadros da sua autoria.

No acesso à freguesia, os visitantes ren-dem-se ao magnífico momento que podem desfrutar ao fazerem escala nas Varandas de Avô, onde é possível contemplar a fa-mosa panorâmica da fidalga e nobre vila coroada pelos traços poligonais do antigo castelo dinisino.

A par de toda esta maravilha da nature-za e das obras e feitos dos antepassados, fomos encontrar em Avô um autarca mui-to satisfeito com os passos que têm sido dados em prol das gentes e da Vila. Aristi-des Costa, que iniciou em Novembro pas-

sado o seu terceiro mandato à frente das lides da autarquia, contou ao CBS quais são os seus objectivos e também nos deu a conhecer algumas carências da fregue-sia, que espera que sejam ultrapassadas rapidamente.

Reeleito pelo PSD nas últimas eleições autárquicas, este sep-tuagenário tem cons-ciência de que – como o próprio frisou – “a população não é igno-rante e tem olhos para ver o trabalho que tem sido feito na fregue-sia nos últimos anos”, lembrando que “para isso é muito importan-te o apoio que o presi-dente da Câmara tem dado à freguesia de Avô e às freguesias do vale do Alva”. O au-tarca realçou ainda que “as grandes obras realizadas no concelho são recentes, por-que foram todas desenvolvidas com o es-forço e apoio da Câmara Municipal”.

Apesar de considerar que “o primor-

dial já está feito ou está em andamento”, Aristides Costa tem dois grandes projec-tos em mãos, que espera que sejam con-cluídos enquanto presidente da Junta de Freguesia.

Novo Centro de Saúde está suspenso

“A situação está má”, é desta forma que o autarca avalia o esta-do da saúde na fregue-sia de Avô. A funcionar em condições e ins-talações precárias, o actual centro de saúde – onde vai um médico três dias por semana e uma enfermeira prati-camente todos os dias

– não corresponde às necessidades da po-pulação. O acesso ao centro implica o uso de uma escadaria, difícil de subir quando se trata de pessoas idosas ou com defici-ência, as divisórias são em madeira e não há qualquer privacidade, porque a consul-ta entre médico e paciente é ouvida por

quem está na sala de espera. “Neste cen-tro de saúde não há nada a fazer” afirmou o autarca, salientando que “o estudo pré-vio para o novo edifício já foi aprovado, mas neste momento está tudo suspenso por decisão do Ministério da Saúde”.

“O projecto de arquitectura do novo centro já está na posse da Administração Regional de Saúde à espera de aprova-ção”, referiu Aristides Costa lembrando que o “financiamento do projecto é da responsabilidade da autarquia, e a Câma-ra Municipal disponibilizou-se para pa-gar cinquenta por cento da obra, tendo já guardados para o efeito cinquenta mil Euros”.

Embora lamente que todo este proces-so esteja parado, o autarca é de opinião que “Avô merece um bom serviço de saú-de” e num regresso ao passado, o presi-dente da Junta lembrou que “antigamente sempre existiu na Vila o Partido Médico de Avô que abrangia parte do concelho de Arganil e de Seia, com o Dr. Vasco de Campos. Questionado sobre a possibili-dade do novo centro poder significar o encerramento dos centros de saúde de freguesias vizinhas, Aristides diz “não ter conhecimento do que vai acontecer”, mas referiu que “ouviu rumores de que se tal acontecesse, seria sugerido às IPSS’s de cada freguesia que cedessem as suas car-rinhas para o transporte dos utentes até ao centro de saúde de Avô ou de Oliveira do Hospital”.

Ampliação do lar para acamadosSe na saúde a situação está má, na área do apoio social o autarca natural de avô considera que “a freguesia está muito bem servida com a Sociedade de Defesa e Propaganda de Avô que contempla as valências de lar, centro de dia, apoio do-miciliário e ATL”. Com capacidade para 38 utentes, o lar está sempre lotado e, – como referiu o também presidente da di-recção da Instituição – “pretende-se alar-gar o lar para acamados com capacidade para 22 camas”. “Temos inúmeras pessoas em lista de espera que já estão acamadas” referiu o autarca conhecedor de todo este processo e que pretende dar resposta às carências da população.

Na Sociedade de Defesa e Propaganda de Avô trabalham diariamente uma assis-tente social e cerca de dezassete auxilia-

A ROTA DAS FREGUESIAS

Em entrevista ao CBS, autarca de Avô faz reivindicação

Avô merece um bom serviço de saúdeNo périplo pelas freguesias

do concelho de Oliveira do

Hospital o Correio da Beira

Serra foi entrevistar o autarca

de Avô, Aristides Costa, que

apesar de estar satisfeito com

o caminho seguido até aqui,

ambiciona um bom serviço de

saúde para a Freguesia.

Aristides Costa: “Em Avô, o primordial já está feito!“

Perfil do Autarca:

Nome: Aristides Costa

Idade: 70 anos

Naturalidade: Avô

Habilitações Literárias: 4.ª Classe

Profissão: Bancário Reformado

Partido: Eleito pelo PSD

14 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra 17F R E G U E S I A S

res com formação no apoio a crianças e idosos porque – como sublinhou o autar-ca – “quem lida com estas pessoas deve tratá-las como seres humanos”. Na área da saúde, o apoio é prestado por um mé-dico que visita a Sociedade uma vez por semana e um enfermeiro três vezes por semana.

Na Vila de Avô, esta vertente de apoio social funciona em instalações recentes, devidamente equipadas para o efeito, desde Julho de 2001, mas todas as valên-cias já funcionavam desde 1990 em insta-lações provisórias.

Falta iniciativa privadaNuma freguesia onde estão recenseados 560 eleitores, Aristides Costa tem cons-ciência de que mais cedo ou mais tarde “a desertificação vai ser uma realidade porque as pessoas fogem para os gran-des centros urbanos à procura de melho-res postos de trabalho”. Para além dos empreiteiros de construção civil e da So-ciedade de Defesa e Propaganda de Avô, a freguesia não oferece emprego à popu-lação residente, porque como referiu o presidente da Junta “todas as actividades que existem, como é o caso dos cafés e mini-mercados são de base familiar”.

Neste momento, o 1º Ciclo de Ensi-no Básico da Vila ainda funciona bem e acolhe cerca de 26 alunos, mas o cená-rio piora quando olhamos para a pré-pri-mária que é frequentada por 12 alunos. O autarca receia – como referiu ao CBS – que esta “possa vir a encerrar por falta de crianças”.

Na opinião daquele presidente de Junta, a tendência de desertificação só poderá ser revertida com “a iniciativa de privados capaz de dar uma nova di-nâmica a Avô”. Tomando como exemplo, o sucesso do restaurante-hospedaria “O Passadiço”, Aristides Costa acredita que

“o futuro de Avô passa necessariamente pela aposta no Turismo, porque esta fre-guesia já consta dos roteiros turísticos a nível nacional” e defende que “a Vila pre-cisa de alguém que invista em aldeamen-tos turísticos e no turismo rural”. Avô prima pelas suas paisagens naturais e a esta mais-valia associa-se a preocupação da autarquia em requalificar os espaços existentes, como é o caso da praia fluvial e da ilha do picoto que foi melhorada e é agora um ponto de interesse e de curio-sidade para os visitantes.

Cultura dentro de portasApesar de se tratar de uma freguesia ru-ral, a cultura não está esquecida e as gen-tes de Avô têm ao seu dispor o Centro Cultural Dr. Vasco de Campos, cujo nome resultou de uma homenagem que a po-pulação quis fazer àquele que sempre lutou pelo bem-estar do seu próximo e cantou a Vila como ninguém. A existência deste espaço – usado para encontros de Coros, espectáculos, actuações e exposi-ções – justifica-se porque a população de Avô vive muita intensamente a vertente cultural e lúdica com o Rancho Folclóri-co Camponesas do Alva, Sociedade de Recreio e Filarmónica Avoense (este ano assinala 140 anos de existência), o Coral Poliofónico do Alva e o grupo musical Dogma. Numa Vila que viu nascer gente ilustre dedicada às letras e às artes, a preocupa-ção da autarquia passa por venerar todos aqueles que levam mais além o nome de Avô e, neste propósito os avoenses estão a preparar uma homenagem ao profes-sor Jerónimo Sanches Pinto, no dia do seu aniversário, 30 de Abril, como sinal de agradecimento e reconhecimento de toda uma vida de trabalho em prol da freguesia e de todos os outros locais por onde passou.

Recordar Brás Garcia de Mascarenhas

Tenho comigo um postal da cidade ainda menina, solteira mas casadoira e, ao que suponho, perdida de amores por certa vizinhança de porte fidalgo. Nota-se…

Olho e vejo um Ford dos anos 40 junto à bomba de gasolina no Largo Ribeiro do Amaral.

Na época, quantos carrinhos do género circulavam pelas ruas de Oliveira? Poucos, digo eu, que não sou desse tempo, mas sei de gente de bem com lembrança viva e lúcida que afiança serem escassas as viaturas movidas a gasolina.

A vila cresceu naturalmente; mercê do progresso, hoje é urbe arejada - tornou-se senhora, alinda-se, mas quando abusa das pinturas e acorda de cara lavada, mostra rugas próprias da idade; e tem marcas de mau trato, embora não o confesse…

Se me perguntassem que milagres gostaria que acontecessem à minha cidade, diria que o orago da terra podia dar uma palavrinha no “milagre” da Escola Superior (que está nas ideias), nas piscinas (a contento dos utilizares), na biblioteca (tornando-a mais rica no acervo), nos jardins ( que não tem), na animação ( que não existe), e nas pessoas amorfas ( para que fossem mais expeditas). Haverá mais (milagres), mas deixemos isso para quem de direito.

O estacionamento que existe, por exemplo, não chega para os “carrinhos” que durante a semana demandam a cidade. E, por aquilo que se vê, a quantidade de veículos a motor de quatro rodas será maior (?) amanhã, depois, e depois…

Atente-se nos stand’s de automóveis localizados na estrada “real”: a “sério”, são uns dez; a “brincar”….talvez mais cinco. E não entram nestas contas os negociantes particulares que serão dezenas – dizem!

Face à oferta, quem vem de longe imagina um Concelho a viver horas felizes, o que não é verdade, como sabemos. Portanto, este “sinal exterior de riqueza” faz lembrar um barão de bolsos vazios…

E quantos postos de trabalho são criados por estas “unidades” comerciais? Um, dois por stand, quando não é nenhum, porque os espaços são, em alguns casos, me-ros “salões” de exposição ao ar livre (farão parte do imaginado “centro comercial a céu aberto”?...) com um técnico de vendas a desdobrar-se na mostra de um carrinho “…em muito bom estado, olhe aquele, está como novo! Ah , este é de serviço , com todos os extras… Financiamento? Sim , nós tratamos de tudo…Tem fiador?…” !

Frases feitas, mais ou menos poder de argumentação, mais ou menos bom aspec-to, mais ou menos simpatia, mais ou menos conhecedor das tecnologias, e pronto: eis o retrato robot do cidadão que nos pode abrir, prazenteiro, a porta do sucesso junto das brigadas da GNR, ao volante “daquela máquina”! Basta acelerar!

Negócio fechado, com ou sem fiador, depende, e parte-se à aventura! …A primeira será conseguir um espaço no centro da cidade para estacionar o

carrinho durante as horas de expediente.

“Milagres”: uma palavrinha, por favor...

VIL AÇA

Brás Garcia de Mascarenhas nasceu em Avô, Oliveira do Hospital, em 3 de Feve-reiro de 1596. No contexto da Guerra da Restauração da independência portugue-sa, ao final do século XVII, organizou um batalhão de voluntários - a Companhia dos Leões da Beira -, que se celebrizou por di-versas acções de guerra. Como recompen-sa pelos seus serviços, recebeu o governo do Castelo de Alfaiates, situado na fron-teira. Tendo desobedecido ao general-co-mandante da Beira, Sancho Manuel, foi detido na torre de menagem do Castelo do Sabugal. Sen-do aqui inúteis as suas habilidades como espadachim, neste momento de dificuldade, o seu talento como poeta sugeriu-lhe uma ideia. A fim de implorar clemência ao so-berano e para justificar os seus actos, escreveu a D. João IV (1640-1656) uma missiva inteiramente em verso, com todas as letras recorta-

das de um livro de hagiografias: o poema épico Viriato Trágico. O rei, impressiona-do com o talento e a habilidade do cativo, devolveu-lhe a liberdade.

O seu livro, poema heróico, “Viriato Trágico”, foi publicado pela primeira vez em 1699 e teve segunda edição em 1846. Além desta obra, escreveu ainda Ausên-cias Brasílicas e Labirinto do Sentimento na morte do Sereníssimo Príncipe D. Du-arte, actualmente desaparecidas. Morreu em 1656 na sua terra natal.

ASSEMBLEIA GERALConvocatória

Nos termos do nº2 do artigo 23º e dos n.º1 e 2 do artigo 25º dos estatutos, convoco a As-sembleia Geral da Cooperativa dos Agricultores de Alvôco das Várzeas para o dia 22 de Abril de 2006, pelas 20h00, a realizar no Largo 25 de Abril, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apresentação do Relatório de Contas de 2005

2. Eleição de novos corpos gerentes

Nos termos dos n.º 1 e 2 do artigo 26º dos estatutos, se à hora marcada não estiver presente mais de metade dos cooperadores com direito a voto, ou os seus representantes devidamente credenciados, a Assembleia reunirá com qualquer número de Cooperadores uma hora depois.

Alvôco das Várzeas, 29 de Março de 2006

O Presidente da Assembleia Geral(José Augusto Tavares Nunes) Casa onde nasceu Brás Garcia de Mascarenhas, completamente em ruinas

18 Correio da Beira Serra 14 de Abril de 2006O P I N I Ã O

A tradição continua a ser o que era. Com efeito, este Ministério da Educação (ME), tal como os anteriores, continua a decretar a granel, mas sem atacar o âma-go da questão. E as suas desvairadas or-denações (demasiadas vezes demagógi-cas e autocráticas) não param de suscitar a estupefacção de muitos professores e de provocar a confusão nas escolas. En-tre os documentos publicados durante este ano lectivo, que ajudam a aumentar a dimensão do labirinto de Creta que há demasiado tempo caracteriza o sector, existe um que merece aqui uma especial reflexão crítica – o Despacho Normativo n.º 50/2005, de 9 de Novembro (planos de recuperação para alunos do ensino básico). O seu propósito é evidente: ex-tinguir de imediato o insucesso educati-vo no ensino básico, através do recurso a preceitos nem sempre virtuosos. Preten-de-se burocratizar ainda mais o processo avaliativo e transformar ainda mais os professores em mangas-de-alpaca e tuto-res paternais dos alunos, fomentar ainda mais uma pedagogia diferenciada na sala de aula, organizar para os alunos que in-diciem dificuldades de aprendizagem, e também para os alunos cábulas (expres-são herética e por isso banida do sistema educativo actual), intricados planos de recuperação compostos por várias acti-vidades (programas de tutória, aulas de recuperação, frequência obrigatória de salas de estudo, etc.). E, em desespero de causa, obrigar os conselhos de turma e os conselhos pedagógicos a proceder, no final do ano lectivo, a uma avaliação extraordinária dos alunos em vias de re-tenção e que registam no seu currículo uma ou mais retenções no ensino bási-co. Por outras palavras, o dito despacho pretende incriminar ainda mais os direc-tores de turma, os restantes professores e os conselhos executivos e pedagógicos das escolas pelas reprovações dos alu-nos e desse modo coagi-los, de forma críptica, a assumirem a culpa exclusiva e as respectivas consequências desse seu acto presumivelmente incompetente e anti-pedagógico.

Com estas “normas orientadoras”, o ME irá sem dúvida diminuir a estatística do insucesso escolar que tanto embaraça Portugal e o seu Governo na União Eu-ropeia. Contudo, será que estas medidas são exequíveis, facultam aos alunos uma melhor formação académica e fazem de-les melhores cidadãos? Todos sabemos que não, e são várias as razões que fun-damentam esta inabalável convicção.

Desde logo, importa esclarecer que uma grande maioria dos professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico têm a seu cargo mais de 80-100 alunos distribuídos por turmas de cerca de 20-25 alunos e que muitos destes professores apenas se encontram com os seus educandos uma vez por semana (num bloco de 90 mi-nutos). Assim, é obviamente impossível oferecer a turmas tão numerosas e cada vez mais problemáticas, constituídas por estudantes cada vez mais ociosos e pou-co ilustrados, uma eficiente pedagogia diferenciada na sala de aula. Como tam-bém é utópico praticar nestas condições uma avaliação contínua individualizada e – como pretendem certos especialistas das ditas “Ciências da Educação” – siste-mática e “científica”. Tais exigências tor-

nam-se ainda mais delirantes quando o ME pretende impor a estes professores, no final do ano lectivo, o cumprimento integral dos extensos programas das dis-ciplinas que leccionam!

Depois, apesar de para a opinião públi-ca ser politicamente correcto as escolas oferecerem aos alunos, com dificuldades de aprendizagem – objectivas e subjecti-vas – a qualquer disciplina, programas de recuperação e actividades de compensa-ção, não creio que tal estratégia seja a panaceia para um sucesso educativo real. Primeiro, por razões logísticas: duvido que muitas das escolas disponham de salas vagas para desenvolver todas es-tas actividades; e duvido que as escolas tenham também muitos professores das várias áreas disciplinares com horários disponíveis, e esta austera Ministra da Educação autorize os conselhos executi-vos a atribuir mais horas aos professores com horários incompletos ou a contratar novos docentes para assegurarem essas actividades. Em segundo lugar, porque os horários dos alunos já são de tal for-

ma preenchidos (mormente, devido às redundantes e perversas Áreas Curricula-res Não Disciplinares, que bem merecem um debate urgente e sério) que, em bom rigor, se torna quase impraticável e mes-mo anti-pedagógico obrigar os alunos a passar 7, 8 ou mais horas diárias enclau-surados em salas de aulas. Diria mesmo que tal prática levará muitos deles a radi-calizarem as suas atitudes de rejeição da escola e dos seus professores.

Por outro lado, é mais uma vez pouco honesto o subterfúgio do ME de preten-der solucionar o problema do insucesso escolar enredando os professores num kafkiano emaranhado burocrático. É certo que tal estratagema acabará por levar muitos docentes a exigir ainda menos e a simplificar os seus conteú-dos de avaliação de forma a permitir a progressão de todos os seus alunos – e nesta medida os propósitos do ME serão conseguidos. Mas esta prática tem já, neste exacto momento, consequências perversas e catastróficas: nivela por bai-xo todos os alunos, premeia a ociosida-

de, a irresponsabilidade, a ignorância e, num outro registo, não permite que os professores disponham do tempo e da tranquilidade necessárias para se actua-lizarem cientificamente, seleccionarem para as suas aulas materiais didácticos originais e recorrerem a estratégias e recursos pedagógicos diversificados. Pergunto a mim próprio que tempo tem hoje um “professor-manga-de-alpaca” – que vive quotidianamente submerso em legislação, relatórios, magotes de grelhas e sínteses (inconsequentes) de avaliação, actas, elaboração e correcção de fichas de avaliação, planos de recu-peração, “aulas de substituição”, a parti-cipação em comissões diversas, muitas, longas e absurdas reuniões mensais em horário pós-laborais, tantas outras ac-tividades na escola e viagens diárias, e por vezes bem longas, entre a escola e as suas residências – para pensar, inves-tigar e projectar as suas aulas? A este propósito, vale a pena registar, com iró-nica estupefacção, a descarada contradi-ção entre esta crescente burocratização esquizofrénica da escola e a ofensiva recentemente propalada pelo governo contra a burocracia.

Por último, há outra observação que não resisto a fazer: porque será que o despacho atrás mencionado concentra as responsabilidades nos professores e não exige obrigações e prevê penalizações a todos os pais ou encarregados de educa-ção que se demitem de educar e acom-panhar de facto o percurso escolar das suas crianças? Com efeito, parece que os nossos didactas diplomados e políticos do ME, pelo menos desde os anos 70 do século passado, passaram a desprezar a ideia de que a escola instrui e transmite conhecimentos e quando muito comple-menta a educação que começa em casa no seio da família! Como podem os pro-fessores, que também são pais, exigir e obter dos seus alunos na escola com-portamentos e atitudes que se situam demasiadas vezes nos antípodas daquilo que essas crianças e jovens (des) apren-dem todos os dias nas suas casas, ruas e bairros? Como é possível hoje exigir na escola estudo e leituras, trabalho, per-severança, criatividade, solidariedade, sensibilidade ecológica, honestidade e respeito pelos colegas, professores e au-xiliares de acção educativa quando nós sabemos que esses valores culturais e cí-vicos são desprezados e, decididamente, não parecem fazer parte da sociedade mediática, materialista e hedonística em que vivemos?

A missão da escola pública e dos seus professores de contribuírem para alterar mentalidades e comportamentos estru-turais erráticos e formarem em massa cidadãos capazes de civilizar e moderni-zar País é ciclópica. Mas não é com esta ideologia e estas alquimias, não é com cosméticas políticas fartas de demago-gia e de irresponsabilidade que o ME irá conseguir promover o sucesso escolar. Em boa verdade, despachos prestidigi-tadores como este falsificam as estatís-ticas do sucesso educativo e prejudicam o País ao fomentarem a legalização de processos de progressão administrati-va que irão contribuir para atolar ainda mais Portugal num pântano de incivismo, iliteracia e incompetência.

A ilusão do sucesso educativo

“(…) A missão da escola pública e dos seus pro-

fessores de contribuírem para alterar mentalidades e comportamentos estru-

turais erráticos e formarem em massa cidadãos capazes

de civilizar e modernizar País é ciclópica. Mas não é com esta ideologia e estas alquimias, não é com cos-méticas políticas fartas de

demagogia e de irresponsa-bilidade que o ME irá con-seguir promover o sucesso

escolar.(…)”

LUÍS F IL IPE TORGAL

O P I N I Ã O “(…) não compreendo a gestão dos dinhei-ros públicos feita pela Câmara. Em frente da casa onde habito foram lançadas duas obras, uma no Parque do Mandanelho e outra na variante nordeste, saída para La-gos da Beira e para Lagares da Beira. Nes-tas duas obras que presenciei houve derra-pagens em relação à adjudicação inicial de cerca de 200 mil contos. (…)”António Campos, in Correio da Beira Serra

“(…) Os erros dos projectos eram visíveis para qualquer leigo. Não conheço o que aconteceu ao projectista, ao responsável técnico camarário pelas obras, ou qual a atitude da Câmara. Não sei, penso que ninguém sabe, se os erros foram humanos, foram de má fé para beneficiarem terceiros ou foram por incompetência.Há uma consequência que sabemos: os co-fres do dinheiro de todos nós ficaram sem cerca 200 mil contos só nas obras em fren-te da zona que habito. (…)Idem

“(…) Se eu estivesse com eles, eu era o maior. Como fiz uma opção diferente, en-tão eu sou o mau da fita, sou o anti-demo-crático, o bode expiatório (…)”Mário Alves, rádio Boa Nova

“(…) a confiança política foi-me dada pelos sete mil e tal oliveirenses que votaram em mim e não vão ser agora 149 que votaram numa pessoa para gerir um partido que me vão retirar a confiança política do que quer que seja (…)”Idem

“ (…) Se houvesse muitos como eu, no país, que tivessem essa visão mais eco-nomicista – entre aspas –, porventura, o país não estaria conforme está. A minha velha máxima que continua cada vez mais actual, é assim: o meu dinheiro eu gasto-o como quero, porque aí só há uma pes-soa que me pode pedir contas e, com essa – que é a minha mulher –, posso eu bem (…)”Ibidem

“(…) Da expectativa de uma salutar con-corrência, sinal de vitalidade que o apareci-mento de duas listas fazia antever, passou-se a um lavar de roupa de fazer inveja aos tanques e lavadeiras das nossas aldeias” (…)”António Lopes, deputado municipal da CDU

“(…) O desenvolvimento do concelho não se compadece com as lealdades eleitorais do senhor presidente, que mais parece o dono da Câmara (…)”.Idem

“(…) Saio com frustração ao sentir que nada fiz. Digo isto, porque deixo o clube da mesma forma como entrei, isto é, nada tem e não perspectivo que a curto e médio prazo possa ter algo mais, como por exem-plo, uma sede própria e também a possi-bilidade de poder desenvolver um melhor trabalho de formação. (…)”Mário Brito, presidente demissionário do FCOH

“(…) Na minha opinião, a Câmara Munici-pal poderia assumir uma outra política e já transmiti isso ao senhor presidente da au-tarquia há cinco anos atrás. Até agora nada mudou (…)”Idem

“O desenvolvimento tecnológico cinge-se ao palácio de S. Bento”João Abreu, presidente da Junta de Meruge

(EX)...CITAÇÕES

1914 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra C U LT U R A / A G E N D A

TEATRO

Oliveira do Hospital (Casa da Cultura César Oliveira)

22 de Abril > 21h30

“O MAIS FELIZ DOS TRÊS”Grupo de Teatro de Ervedal da Beira

29 de Abril > 21h30

“SEM UMA CANÇÃOELVIS UMA HISTÓRIA ROCK”Grupo de Teatro Disfarces, de Lisboa

Tondela (Acert)

20 Abril – 14:30h > Auditório 1 Teatro Oficina conta

“AUTO DA ÍNDIA”Um Gil Vicente contado por Saltimbancos

21 Abril – 21:45h > Auditório 1

“A QUEDA DOS CUTILEIROS”Teatro Oficina

Santa Comba DãoVII FESTIVAL DE TEATRO CÉNICO DE S. JOANINHO

Casa da Cultura > 22 de Abril – 21h45

“UM DEUS DORMIU LÁ EM CASA”Teatro Experimental Flaviense – Chaves

União Cultural e Desportiva de Cagido29 de Abril – 21h45

“D. JUAN”Plebeus Avintenses – Avintes

Coimbra (Teatro Académico Gil Vicente)

17 e 18 Abril > Café Teatro > 23h30

GAL: FARPAS PARA UM PAÍS SEM LOBBIESPelo BUH! - Associação CulturalFicha Artística:Interpretação: Ricardo SeiçaApoios: Ilídio Cabeleireiros e Mafiapreço normal: 3.00€preço estudante e sénior: 2.50€duração: 30 minutos

18 Abril > 21h30

A PARTILHAFicha Artística:Autor: Miguel FalabellaEncenação: Miguel Falabella e Joaquim MonchiqueElenco: Teresa Guilherme, Rita Salema, CristinaCavalinhos, Patrícia TavaresCenografia: DecorLaranjaPromotor: Miguel Pedra

EXPOSIÇÕES

Coimbra (Centro de Artes Visuais)

De terça a domingo até MaioEXPOSIÇÃO

“XX - visões do feminino na Colecção dos Encontros de Fotografia”

(Teatro Académico Gil Vicente)

6 Abril a 2 Maio Sala Branca Pintura de Eduardo Malé

SÃO TOMÉ UMA ILHA NO TECTO DO MUNDOseg. a sex10h00-12h30 e 14h00-01h00 sab. e dom. > 14h00-01h00

7 Abril a 2 Maio Café Teatro

UM ALTAR DE SANTOSseg a sex 10h00-01h00 sáb e dom > 14h00-01h00

20 Abril > Café Teatro > 18h00

ESCRILEITURASManuel António Pina lê Winnie-the-Pooh, de A. A. MilneLEITOR: Manuel António PinaTEXTO: Winnie-the-PoohESCRITOR: A. A. MilneTRADUTOR: Manuel Granjeio Crespo

ESPECTÁCULOS

Tondela (Acert)

22 de Abril – 21:45h > Auditório 1

VITORINOConcerto do Mês de Abril nos 30 anos de actividade da ACERT

Viseu (Teatro Viriato)

Sexta, 21 Abril | 21h30 > 70 min.

À COUR & EN CORPSTodos os públicos

O ENSAIO DE UM EROS POSSÍVEL28, 29 – Abril (dia mundial da dança) > 21h3050 min. Aprox > Todos os públicos

Seia (Cine-Teatro da Casa Municipal)

Festival Internacional de Artes do Palco e de Stand Up Comedy de Seia

STAND UP COMEDYDia 21 às 21:45 H Sexta FeiraHugo Sousa & Carlos Moura(“Carnaval Digital” Animação de Rua Integrado no Festival Internacional de Artes do Palco e de Stand Up Comedy de Seia). Dias 22 às 21:45 H > SábadoRod Laver & João ZurzicaDias 28 às 21:45 H > Sexta FeiraMiguel 7 Estacas & João SeabraDias 29 às 21:45 H > SábadoMarco Horácio

Tondela (Acert)

23 a 25 – Abril > 21.45h23 – Abril > 16.00h

MATCH POINTRealizador: Woody Allencom:Jonathan Rhys-Meyers, Scarlett Johansson, Brian Cox, Emily MortimerAno: 2005, M12 – 124 minutos, Reino Unido, Luxemburgo

28 a 30 – Abril > 21.45h30 Abril > 16.00h

O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAINRealizador: Ang Leecom:Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, Randy Quaid, Anne Hathaway, Michelle WilliamsAno: 2005, M12 – 134 minutos, EUA

CINEMA

Oliveira do Hospital (Casa da Cultura César Oliveira)

21& 23 > Abril – 21h30

A PANTERA COR DE ROSA Realizador: Shawn LevyCom Steve Martin, Kevin Kline e Beyoncé KnowlesComédia/ Aventura – m/12 – 93 min

28 & 30 > Abril – 21h30

O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAINRealizador: Ang LeeCom Jake Gyllenhaal, Heath Ledger, Michelle Williams…Romance/ Drama – m/12 – 130 min8 Nomeações Oscares da AcademiaVencedor 3 Oscares da Academia

Seia (Cine-Teatro da Casa Municipal)

23 > 15h30 - 21h30 | 24 > 21h30 | 25 > 21h30M/ 16 Anos

CAPOTERealizador: Bennett Miller Intérpretes: Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Clifton Collins Jr., Chris Cooper, Bruce GreenwoodGénero: Drama Duração: 98 minutos

30 > 21h30 | 1 > 21h30M/ 12 Anos

MEMÓRIAS DE UMA GUEIXARealizador: Rob Marshall Intérpretes: Ziyi Zhang, Michelle Yeoh, Gong Li, Ken Watanabe Género: Drama/RomanceDuração: 144 minutos

Coimbra (Teatro Académico Gil Vicente)

XIII Edição19 a 30 Abril > 18h00 e 22h0024, 26 e 27 Abril > 10h00 (sessões para escolas) Precário:preço normal: 3.00€preço estudante, sénior e sócios do CEC: 1.50€

Correio da Beira Serra 14 de Abril de 200620

PROLIGA

O Sampaense perdeu em casa da AAC por 84-83 no passado sábado, dia oito de Abril. O Sampaense bem se pode queixar da falta de sorte, pois podia ter chegado a empatar a partida a poucos segundos do final quando perdia por três pontos. Mas, os nervos e a faltam de discerni-mento não o permitiram. O Sampaense continua a ocupar a segunda posição da geral.

> Basquetebol2ª Divisão Série C

Se ainda restavam algumas dúvidas elas ficaram dissipadas em relação ao Fute-bol Clube de Oliveira do Hospital, que ao empatar em casa com o Benfica de Castelo Branco a uma bola, não fez mais do que confirmar a sua descida à Terceira Divisão Nacional.

Quanto ao Tourizense, depois do so-nho de poder ascender à Divisão de Hon-ra, acaba por cair no desencanto da per-manência, ao claudicar na recta final do campeonato, cedendo pontos em casa com o Oliveira do Bairro e perdendo fora com o Fátima a três bolas (9 de Abril). O Futebol Clube de Oliveira do Hospi-tal, à vigésima sexta jornada, é último com nove pontos, resultado de uma vi-tória, seis empates e quinze derrotas, O Tourizense por seu lado é terceiro com o mesmo número de pontos do Fátima, quarenta e três, que ocupa a segunda posição da geral, e que tem menos dez pontos que o primeiro classificado, o Oli-veirense.

AF Coimbra Divisão de Honra

Nogueirense empata em Gavinhos e se-gue em 4º lugar.

O Nogueirense deslocou-se na últi-ma jornada a Gavinhos para defrontar o União local. Perante um adversário sem-pre difícil na sua casa e com o estado do terreno pouco propício para a prática do futebol, o Nogueirense entrou mui-to bem no jogo e foi a equipa que mais dominou durante a primeira parte crian-do várias oportunidades de golo e pra-ticando um futebol apoiado e agradável de ver. No entanto a eficácia não esteve do lado dos homens de Nogueira do Cra-vo, e, num lance de bola parada, prati-camente na única oportunidade de golo criada na primeira parte, o União chega ao golo. Na 2ª parte o filme repete-se, o Nogueirense entra melhor, é dominador e alcança o empate num golpe de cabeça por parte de Pedro Santos. O União de Gavinhos, praticando um futebol muscu-lado, limita-se a defender e a tentar sair em esporádicos contra-ataques num es-tilo de futebol directo. Pouco depois do golo do empate, e novamente numa bola parada, a equipa da casa volta a adiantar-se no marcador, um autêntico balde de água fria para os forasteiros. No entanto, os jogadores do Nogueirense não baixa-ram os braços e continuaram à procura do melhor resultado, e, alcançam o em-pate numa grande penalidade converti-da por Carlos Almeida já no período de descontos.

Resultado penalizador para o Noguei-rense que foi quem mais procurou a vi-

1- O Futebol Clube de Oliveira do Hos-pital (FCOH) continua sem ganhar em casa e desce à 3ª Divisão nacional. Conclusão de uma época que já poderia ter aconte-cido há muito.

2- O presidente Mário Brito demitiu-se em Assembleia Geral, tendo sido seguido pela restante direcção e prevejo um futu-ro negro para o futebol sénior do FCOH, o que o poderá levar a ficar “fora de jogo”, na próxima época.

3- Nesta Assembleia Geral, o empresá-rio António Lopes, tentou remar contra o encerramento do clube e do seu futebol sénior, assumindo aquilo que não tem que assumir, já que o clube tem um núme-ro elevado de sócios e que se quiserem, mas parece que não querem, poderão dar uma ajuda e encontrar uma solução.

4- Essa solução tem que ser o mais abrangente possível, para que o clube seja um projecto colectivo e não de um homem só. É isso que eu quero que o meu amigo António Lopes perceba.

5- Porque será que quando há listas au-tárquicas, há tantas pessoas a dizer que amam Oliveira do Hospital e, agora quan-do é preciso demonstrar esse amor, não aparecem?

6- O FCOH está a ficar “fora de jogo” e por isso passamos a outro clube vizinho, que dum sonho passa a pesadelo. Já se percebeu que falo do Grupo Desportivo Tourizense (GDT).

7- Ao consentir um empate com o Oli-veira do Bairro, ao ir perder a Oliveira de Azeméis e a Fátima, enterrou as suas es-peranças da possibilidade da subida à 2ª Liga de Honra. Em quinze dias foi o traba-lho de um ano.

8- Acredito que as expectativas eram altas e quando de repente aparecem os desaires desportivos, há uma frustração enorme tendo em conta o trabalho e es-forço desenvolvido, quer pelos directo-res, quer pelo grupo de trabalho.

9- Não me parece que a classificação fi-nal do GDT seja uma desonra, até porque fizeram um bom campeonato e deram ao seu concelho uma grande visibilidade, aquando do jogo com o Benfica.

10- E tenho a certeza que as instala-ções, que têm sido construídas ao longo do tempo, ajudam a encarar o futuro e são o orgulho do povo simpático de Touriz, por quem nutro admiração e amizade.

11- Quem continua “fora de jogo” são as piscinas da Cordinha, sobretudo por-que há quem não perceba a importância que elas têm para a população escolar e para a comunidade, já que é a única zona do concelho que não tem esse equipa-mento. É um assunto que deve entrar na agenda dos autarcas daquela região.

FORA DE JOGO

JOSÉ CARLOS ALEXANDRINO

O P I N I Ã O

D E S P O R T O

ANÁLISE AOS CAMPEONATOS

Campeonato Nacional

Na secção de Hóquei em patins do Futebol Clube de Oliveira do Hospital, o destaque continua a ir para a equipa dos Infantis A, que com cinco jogos e cinco vitórias, lide-ra o campeonato nacional em simultâneo com o FC Porto, ambos com 15 pontos. Na próxima jornada, que se realiza a 22 de Abril, o FCOH desloca-se ao reduto do Porto. Os iniciados, esses ainda não encontraram a táctica e, de-pois de terem perdido infantilmente em casa o último jogo com o Gulpilha-res (1-3), continuam no fundo da tabela classificativa da Taça Nacional de Inicia-dos - Zona Norte, com apenas 1 ponto.Os juvenis, que disputam um Torneio de Encerramento, perderam com a Juven-tude Ouriense por 3-1, e os seniores, derrotados pelo Bom Sucesso por 3-2, ocupam neste momento o último lugar no Nacional da III Divisão-Zona Norte.Entretanto, este fim-de-semana, a equi-pa de Infantis A do FCOH participa num torneio em Santarém, onde defronta-rá equipas como o Sporting, Porto e Santarém. Já os iniciados, rumam tam-bém em direcção a Torres Vedras para disputar um torneio daquela cidade.Uma boa notícia ao nível da modalida-de, foi o facto de João Amaro – jogador da equipa de iniciados do FCOH – se ter classificado como o segundo melhor marcador (11 golos) num torneio realiza-do em Aljustrel, no fim-de-semana pas-sado, entre 12 selecções de hóquei em patins do país. Pela selecção do distrito de Coimbra – que se classificou em nono lugar – alinharam seis jogadores dos ini-ciados do FCOH.

> Hóquei em Patins

> Futebol

tória.Dos três primeiros apenas o Penelen-

se perdeu pontos e a classificação geral é a seguinte: Gândara: 57 pontos; Lousa-nense: 55 pontos; Penelense: 51 pontos e Nogueirense: 48 pontos.

Na próxima jornada disputada a 23 de Abril, o Nogueirense recebe em sua casa o Carapinheirense.

INICIADOSTAÇA DE ENCERRAMENTO

Depois de ter passado pelo Nacional maior do Futebol do seu escalão, o FC de Oliveira do Hospital soma e segue. Depois de já ter brindado o Lorvanense com doze golos sem resposta, como foi referido na anterior edição do Correio da Beira Serra, coube agora a vez ao Arganil que em Oliveira do Hospital, foi golea-do por 15-0. Os jogadores azul e bran-cos orientados por Cunha Ferreira ocu-pam a primeira posição da geral com 12 pontos, consequência de quatro vitórias consecutivas, tantas quanto os jogos dis-putados. Com uma média de dez golos marcados por jogo, parece ser inevitável que a equipa de Oliveira venha a ser de-tentora desta taça.

TOTO-O-TERRENO

O Clube Seita Todo-o-Terreno de Oli-veira do Hospital organiza este Sábado, dia 15 de Abril, uma demonstração de Todo-o-Terreno aberta a todos os prati-cantes e simpatizantes das 2 e 4 rodas. Esta iniciativa, que está agendada para as 15h00, no loteamento Chão do Pra-do – por detrás das escolas primárias da cidade - , desenrola-se numa pista deli-neada com dificuldades, com vista a que “o espectáculo e o convívio estejam em primeiro lugar” – informou ao Correio da Beira Serra on-line o novo presidente da direcção daquele clube, Carlos Silva.

Este evento, aberto a todos os aman-tes da modalidade que queiram partici-par, nomeadamente com jipes e motos de 2 e 4 rodas, conta com a colaboração dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, que para além de estarem no local com vista a assegurar qualquer eventual pedido de assistência, também realizarão na pista uma acção de simula-cro premeditado. Numa nota de impren-sa enviada ao CBS on-line, Carlos Silva destaca o facto de ser esta a primeira actividade do clube após a remodelação estrutural em termos de direcção que se operou no Seita Todo-o-Terreno, e subli-nha que está em marcha um conjunto de iniciativas que visa transformar aquele clube numa das associações “de grande impacto desportivo da região”.

14 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra 21

Segundo fonte da Federação Portuguesa de Futebol, a cidade de Coimbra vai rece-ber nos próximos dias 22 e 23 de Abril, os jogos da Final Four da Taça de Portugal de Futsal da presente época. O Pavilhão Municipal Multi-Desportos da cidade dos estudantes será o palco da competição,

que juntará as equipas do Benfica, do Pie-dense, do Pombal e do Sporting.

As partidas já estão definidas. Assim, o primeiro jogo das meias-finais iniciará às 15h00 do dia 22 de Abril, e irá pôr frente a frente o Pombal e o Benfica. Duas horas depois defrontam-se Sporting e Piedense. O jogo decisivo que ditará o vencedor da taça deste ano tem o apito inicial marcado para as 17h00 do dia 23..

Recordamos que a formação ‘encarna-da’ é a detentora do troféu, depois de ter vencido no jogo decisivo da última tem-porada, disputado no Entroncamento, o Boavista, por 4-1.

Nesta competição o Benfica e a Fun-dação Jorge Antunes dividem entre elas a primeira posição com dois títulos alcança-dos cada um. O Sporting, o Pombal ou o Piedense por sua vez poderão inscrever pela primeira vez o seu nome no quadro dos vencedores desta prova.

João Jorge

D E S P O R T O

> Futsal

INICIADOSFase Final

Os iniciados da Sociedade Recreativa Ervedalense entraram com o pé direito na fase final do campeonato distrital de fut-sal vencendo em casa o Sourense por 5-0. No outro jogo da primeira jornada desta fase, a Académica empatou em casa com o Miranda do Corvo a três bolas. Os jogado-res de José Carlos Alexandrino venceram por uma margem folgada que no entanto não atesta as dificuldades sentidas pelo Ervedalense, nomeadamente no início da partida. Nos primeiros minutos do jogo foi a equipa visitante que teve as melhores oportunidades para a obtenção do golo, só que a sorte não esteve com os pupilos de José Augusto. A equipa azul celeste do Ervedal após um início algo receoso e in-tranquilo, aos poucos foi tomando conta do jogo e foi para o intervalo já a vencer por uma bola a zero. Na segunda metade do desafio os jogadores da casa não bai-xaram os braços e continuaram a exercer sobre o adversário uma pressão alta, e agressividade sobre o portador da bola. Por isso não surpreende que tenham aca-bado o desafio com cinco golos marcados sem sofrer nenhum. Com este resultado alcançado sobre o Sourense e o empate entre Académica e Miranda do Corvo, o Ervedalense está na frente da tabela clas-sificativa com três pontos, fazendo ante-ver que esta fase final será muito renhida até ao seu desfecho. Na próxima jornada o Ervedalense desloca-se a Miranda do Cor-vo para defrontar a equipa local, dia 22 de Abril pelas 16 horas, enquanto a Académi-ca joga em casa do Sourense.

ESCOLAS

As escolinhas de João Veloso continuam no cimo da tabela classificativa com qua-renta e oito pontos, mais oito que o União de Coimbra, que ocupa a segunda posição da geral. Por isso se reveste de extrema importância o próximo jogo em Nogueira do Cravo, no pavilhão S. Tiago, frente a esta equipa da cidade dos estudantes. Na primeira volta do campeonato da Associa-ção de Futebol de Coimbra, os jogadores de palmo e meio de João Veloso, foram a casa do União vencer por 11-1. No pró-ximo dia 22 de Abril os canarinhos do concelho de Oliveira do Hospital, poderão mesmo vir a festejar antecipadamente o título de campeão, ao vencer os jogadores de Coimbra. Quando faltam apenas três jogos para o final do campeonato, com a vitória sobre o União de Coimbra, as es-colinhas de João Veloso poderão repetir a façanha de 2003/2004, quando venceram o campeonato, com catorze vitórias, qua-tro empates e cinco derrotas. Esperemos que os artilheiros, Henrique (59 golos), Fi-lipe (22 golos), e Cláudio (22 golos), entre outros estejam de pontaria afinada, e que a torcida possa gritar aos quatro ventos “campeõõões, campeõõões, nós somos campeões”. O Correio da Beira Serra vai ser mais um a torcer.

HENRIQUE Vale Marques Oliveira

Nasceu a 06 Julho de 1995 (10 anos)Natural de Oliveira do Hospital

Convidado durante a presente época a prestar provas no Sport Lisboa e Benfi-

ca e Sporting Clube de Portugal Modalidade: Futsal

Clube: ARCED João VelosoEscola de Futebol

Posição: Defesa VolanteEscalão: Escolas

Palmarés:Campeão Distrital Escolas da A.F. Coim-

bra 2003/04Finalista Taça A.F.C. 2003/04Melhor Marcador do Campeonato Distri-

tal Futsal Escolas época 2005/06 - 59 golos (a 3 jornadas do Fim do campeonato)

Provável Campeão Distrital Escolas da A.F.Coimbra 2005/06

Iniciou-se nas Escolinhas da ARCED João Veloso em 2002 (aos 6 anos)

MIGUEL Lopes GarciaNasceu a 26 Junho de 1997 (8 anos)

Natural da Lageosa – Oliv. do HospitalModalidade: Futsal

Clube: ARCED João VelosoEscola de FutebolPosição: AvançadoEscalão: Escolas

Palmarés:Provável Campeão Distrital Escolas

da A.F.Coimbra 2005/06 O Atleta mais jovem do Escalão Esco-

las (Competição) da ARCED João Veloso que a 3 jornadas do fim do campeonato leva já 18 golos marcados

Inicio-se nas Escolinhas da ARCED João Veloso em 2003 (aos 5 anos)

Tele-Objectiva

O Nogueirense é já um “his-tórico” dentro do Distrito de Coimbra, estan-do esta época a disputar nova-mente o cam-

peonato Distrital da 1ª Divisão de Honra. É um clube que se pode orgulhar de todo o seu passado e do respeito que vai gran-jeando por esses campos fora, aparente-mente organizado, estruturado e, acima de tudo estável, aspectos muito importan-tes se considerarmos a situação em que se encontram muitos clubes da nossa região e do nosso país.

A qualidade do plantel é inegável, com várias soluções, apresentando uma mescla de juventude e experiência.

As previsões para esta época seriam certamente animadoras, considerando que na época de 2005/06 o clube alcança o 6º lugar e vence a Taça da Associação de Futebol de Coimbra, conseguindo ainda reforçar a equipa e manter a maioria dos jogadores da época passada, no entanto, em futebol nada é linear nem tão pouco previsível e o Nogueirense tem vindo a re-alizar um campeonato que tem tanto de positivo como de irregular, tendo inclusive mudado de treinador e onde, curiosamen-te, alcançou até ao momento mais pontos

fora de casa (24 ptos.) do que em casa (20 ptos.) e, não fora este facto, estaria certa-mente a discutir, a liderança da prova.

Decorridas 26 jornadas, o Nogueirense ocupa o 4º posto da tabela classificativa, com 48 pontos estando a 9 pontos do 1º lugar (Gândara) e a 7 do Lousanense que ocupa o 2º lugar. Aparentemente ultrapas-sada a fase de lesões e castigos que fusti-gou fortemente a equipa em fases cruciais do campeonato, o Nogueirense parece ter-se reencontrado com os resultados e com as boas exibições, especialmente em casa onde demonstrou quase sempre mui-tas dificuldades para vencer os seus jogos. Confirmando esta tendência, destacamos a boa exibição e a vitória por 3-0 no derby local com o Tabuense no último jogo no seu reduto e, na ultima jornada arrancou uma vitória por 3-1 no sempre difícil cam-po do Ançã que ocupa o 7º lugar e está a realizar também um bom campeonato. O empate neste passado fim-de-semana no União FC a duas bolas comprometeu bas-tante a esperança da subida, no entanto matematicamente tudo ainda é possível e como se costuma dizer, “até ao lavar dos cestos é vindima”

Assim, o Nogueirense ataca esta ponta final do campeonato podendo ainda ter uma palavra a dizer em termos de classi-ficação final.

A. D. Nogueirense Emoção até ao fim

Final Four da Taça de Portugal joga-se em Coimbra

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Correio da Beira Serra 14 de Abril de 200622 R E G I Ã O

R E V I S TA D E I M P R E N S ASeia

Variante à cidade em concurso públicoO Ministério das Obras Públicas lançou

o concurso público para a construção da variante à cidade de Seia, com um preço base de 4,4 milhões de euros. Segundo a autarquia presidida pelo socialista Edu-ardo Brito, a obra que tem um prazo de execução de 400 dias é fundamental para descongestionar o tráfego rodoviário no centro da cidade serrana. De acordo com o projecto, o troço da variante inicia-se na Estrada Nacional (EN) 231, junto da rotunda da zona industrial, contornando a cidade por poente e por sul, ligando novamente à EN 231, próximo da Urbani-zação dos Martinhos, onde o cruzamento será convertido numa rotunda para in-serção da nova via. Aproximadamente a meio do traçado é intersectada a Estrada Municipal 512, que faz a ligação Quinte-

la-Santiago, estando prevista a constru-ção de uma outra rotunda para assegurar esta ligação.“O traçado definitivo conta com algumas alterações, introduzidas pelo Instituto de Estradas de Portugal, relativamente ao que inicialmente es-tava previsto, nomeadamente ao nível das inclinações longitudinais, de forma a garantir que não ultrapassem os oito por cento”, refere a autarquia. A Câma-ra Municipal de Seia sustenta tratar-se de “uma via fundamental para aliviar o tráfego interno da Avenida 1.º de Maio, complementada com a circular entre a Avenida Terras de Sena e a Arrifana, que se encontra quase concluída, de onde de-rivará, numa segunda fase, a ligação ao aeródromo municipal”.

In Diário As Beiras

Serra da Estrela

EP constrói espaços para inversão de marchaPara evitar os habituais congestionamen-tos de tráfego automóvel nos acessos à Serra da Estrela a empresa Estradas de Portugal vai avançar com a construção de duas bolsas de inversão de marcha antes e depois do Sabugueiro. A segurança ro-doviária na Serra da Estrela volta a estar na ordem do dia. Os nevões no planalto central, que condicionaram a circulação automóvel, levando mesmo ao corte da estrada durante vários dias e impedindo milhares de turistas de chegar à neve, motivou protestos dos comerciantes do Sabugueiro. A situação trouxe novamente para a ordem do dia uma proposta antiga do Instituto de Estradas, no sentido de

construir duas grandes zonas de viragem antes e depois daquela aldeia serrana. A Câmara Municipal de Seia acrescenta a esta alternativa a edificação de um par-que de estacionamento antes da localida-de. O tema voltou a ser abordado pelo Presidente da Câmara, no decorrer da última reunião do executivo autárquico. Eduardo Brito considera que a circulação automóvel é uma competência da GNR, “a quem cabe acautelar que a segurança seja mantida”, para evitar situações seme-lhantes à ocorrida há dois anos, quando centenas de automóveis ficaram retidos na montanha.

In Diário da Guarda

Tribunal Judicial de Oliveira do HospitalSecção Única

AnúncioProcesso: 149/03.8TBOHP Execução Ordinária N/ Referência 283896

Data: 31-03-2006

Exequente: Caixa Crédito Agrícola Mútuo – Oliveira do Hospital, CrlExecutado: António Manuel Costa Lobo e outro(s)…Nos autos acima identificados foi designado o dia 24-05-2006, pelas 09h15, neste Tribunal, para a abertura de propostas de valor igual ou superior a: € 3.000,00, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do(s) seguinte(s) bem/bens:Prédio rústico, sito ao Senhor das Almas, freguesia de Nogueira do Cravo, que se compõe de terra de cultu-ra, com dezoito oliveiras e pinhal, com a área de 610 m2., a confrontar do norte com Júlio Manuel Gouveia Garcia de Moura, do nascente e sul com José Abreu e do poente com Maria José , inscrita na matriz sob o artigo nº 1988, descrita na C.R. Predial de Oliveira do Hospital sob o nº 01503/950620, da referida freguesia e inscrita em nome dos executados Maria Odilia Pereira Catão Amado e José Inácio Amado da Encarnação.Penhorados aos executados: António Manuel da Costa Lobo, Maria Arlete Pereira Catão Lobo; José Inácio Amado da Encarnação; Maria Odilia Pereira Catão Amado, todos residentes no lugar de Aldeia de Nogueira; e José Miguel Carvalho da Silva Magalhães, solteiro, maior e residente em Al. Manuel d’Arriaga, 66-2ºH-6, 4150-680 Porto.Fiel depositário: José Manuel Ribeiro, residente em Torrozelo – 6270 Seia.

O juiz de Direito,Luís Alves

O Oficial de Justiça,João Martins 1 Publicação

Viseu

Fernando Ruas critica comportamento da EDP e PTA última reunião descentralizada da Câ-mara Municipal de Viseu com as Juntas de Freguesia do concelho, serviu para Fernando Ruas endereçar duras críticas ao l comportamento da EDP e da PT.

A colocação de postes sem autorização e a demora na substituição de lâmpadas de iluminação pública são algumas das ‘gotas’ que vieram contribuir para entor-nar a água do copo. A primeira acção a empreender por Fernando Ruas, prende-se com a retirada, por parte da EDP e PT, dos postes ‘plantados’ ou abandonados por estas empresas sem a mínima consi-deração para com o meio ambiente. Caso as empresas não actuem por contra pró-pria serão retirados pela autarquia. Se não for possível evitar os extremos, é natural que alguém fique sem telefone ou outro dos serviços prestados pelas empresas. Se os postes tiverem de ser retirados pe-los serviços camarários sê-lo-ão mesmo. ‘Vamos ter que dizer basta. Seremos du-

ros com este tipo de procedimento’, aler-tou. Por outro lado, prometeu ‘obrigar a EDP a colocar as lâmpadas fundidas, de acordo com o que está estipulado’, ou seja, num ‘prazo máximo de cinco dias’. A colocação de fios pela PT, traçando as localidades, mais parecendo uma teia de aranha, também tem que ser disciplinada. Nalgumas zonas ‘temos situações em que os fios são tantos que parecem fazer um tecto’. Estamos em presença de uma ‘situ-ação inadmissível’, sobretudo quando se trata de empresas de referência nacional. Os presidentes das juntas aproveitaram a ocasião para fazer críticas ao serviço que está a ser prestado aos seus fregueses. Joaquim Polónio (Cota) considerou ‘pés-sima’ a relação com a EDP, inclusive no atendimento telefónico, quando é neces-sário entrar em contacto para solucionar qualquer problema.

In Notícias de Viseu

Região Centro

Centro de Resposta Municipal já é uma realidadeO Centro de Resposta Municipal, serviço criado pela WRC - Web para a região Cen-tro para fornecer informação sobre os cir-cuitos internos dos processos e serviços de vários Municípios da região Centro já está disponível. Dispondo de meios para informar os documentos necessários para tratar de quaisquer assuntos relacionados com a actividade autárquica, desde taxas e licenças a requerimentos relacionados com obras, água e saneamento, entre ou-tros, este novo meio permite que o mu-nícipe não tenha de se deslocar, para a

grande maioria dos assuntos, à autarquia. O Centro de Resposta Municipal da Re-gião Centro, primeiro projecto desenvol-vido pela WRC, é um serviço que permi-tirá aos munícipes desta região uma nova interface no seu relacionamento com os serviços autárquicos. Através de telefone, e-mail ou web, ficam os munícipes da re-gião habilitados a aceder a um conjunto de informações e serviços disponibiliza-dos pelas suas câmaras.

In Diário de Coimbra

Covilhã

Finlandeses vão explicar internacio-nalização de parques tecnológicos

Uma equipa de especialistas do par-que tecnológico de Oulu, na Finlândia, com quem a Câmara da Covilhã tem um protocolo de cooperação, desloca-se à região nos dias 20 e 21 deste mês para apresentar estratégias de internacionali-zação de parques tecnológicos. Segundo o presidente da câmara, Carlos Pinto, o evento a realizar no Parkurbis - Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, vai reunir representantes finlandeses, docentes, in-vestigadores e alunos da Universidade da

Beira Interior (UBI) e ainda empresários locais. “O parque tecnológico de Oulu é um modelo e é um dos que tem maior sucesso nas relações com os Estados Unidos da América, pelo que a troca de informação pode ser uma mais-valia para o Parkurbis”, realçou Carlos Pinto. Para além da internacionalização, “queremos que o diálogo se estenda a outras áreas de funcionamento de ambos os parque tecnológicos”, acrescentou.

In Primeiro de Janeiro

Coimbra

Ordens querem acompanhar processo de co-incineração

As estruturas regionais do Centro das ordens de profissionais da área da Saúde exigiram participar numa futura comissão de acompanhamento local do processo de co-incineração. Esta comissão deverá ter “autorização legal para entrar na ci-menteira de Souselas sem pré-aviso, po-deres efectivos de fiscalização e fundos próprios para efectuar controlos ambien-tais independentes”, consideraram os di-rigentes regionais das Ordens durante a apresentação de um documento alusivo ao Dia Mundial da Saúde, numa sessão pública que decorreu na Ordem dos Far-macêuticos, em Coimbra.

A futura comissão, referiu Fernando Ramos, teria como objectivo “acompa-nhar o processo de co-incineração” e impor “as garantias de controlo ambien-

tal”, de modo a “garantir que não seja prejudicial à saúde das populações”. Os dirigentes regionais das Ordens exigem também uma “explicação pública dos fundamentos técnicos que justificaram a escolha de Souselas e não de outras cimenteiras” para a co-incineração. Pre-tendem também a “divulgação imediata de todos os resultados de auto-controlo ambiental feito pela cimenteira”, “a rea-lização de um estudo epidemiológico e ambiental prospectivo de avaliação dos efeitos da produção de cimento e da co-incineração” e ainda “compensações sig-nificativas, a negociar antes do início do processo, para o concelho de Coimbra e a população de Souselas”.

In Diário As Beiras

14 de Abril de 2006 Correio da Beira Serra 23L A Z E R

CARNEIROCarta Dominante: Nove de OurosAmor: Conquistou o seu caminho em di-recção a felicidade, ganhou maturidade e agora vai aplica-la nas suas atitudes.

Saúde: Não pense que está acima de tudo e que nada lhe acontece, porque não é bem assim, fique atento, a sinais de dores nas suas mãos. Dinheiro: Vai dar um bom avanço no seu projecto, e pos-sivelmente terá de fazer uma viagem inesperada, por mo-tivos de trabalho. Número da Sorte: 73

TOUROCarta Dominante: A EstrelaAmor: A estrutura que criou em torno da sua relação não podia ser melhor, vem a caminho, boas, noticias em relação a au-

mentar a família. Saúde: Mantenha a estabilidade, harmonia, tenha um con-tacto mais directo com a natureza. Dinheiro: Tento financeiramente como no trabalha tudo está a correr bem, mantenha sempre a sua firmeza e de-terminação. Número da Sorte: 17

GÉMEOSCarta Dominante: Roda da FortunaAmor: Deve mudar a sua atitude em rela-ção ao seu relacionamento, é necessário ir buscar valores já esquecidos, de união e

companheirismo. Saúde: O seu estado clínico é instável, tenha cuidado com o stress, tente estar o mais calmo possível para poder, re-solver os seus problemas. Dinheiro: A altura é boa para começar a organizar as suas finanças e a determinar objectivos. Número da Sorte: 10

CARANGUEJOCarta Dominante: Seis de CopasAmor: A sua relação vai bem, mas tem tendência para comparar a sua parceira com outras, não faça isso, aprecie a sua

felicidade. Saúde: Divertir-se é a palavra de ordem, para poder cons-truir uma boa defesa, é necessário uma boa disposição e uma afirmação muito positiva. Dinheiro: Num projecto onde inicialmente eram três, pas-saram a ser mais isso vai fazer com que tenha de trabalhar mais, para mostrar o seu valor. Número da Sorte: 42

LEÃOCarta Dominante: A luaAmor: Fique atento ao que se passa a sua volta, para defender o seu relacionamento, é preciso muita determinação.

Saúde: A sua saúde está estável, mas para que continuo assim é necessário que controle a ansiedade e tentar não andar tão tenso. Dinheiro: Defenda as suas economias, não faça gastos su-pérfluos, para que consiga estabilidade. Número da Sorte: 18

VIRGEM Carta Dominante: Sete de EspadasAmor: Você quer assumir uma relação, mas para isso é preciso que tenha a total certe-

za dos seus sentimentos e lutar por eles.Saúde: Neste momento você está extremamente, instável, deve de repousar o mais possível, para voltar a restabelece as suas energias. Dinheiro: No seu trabalho, tem que se impor, mesmo contra os seus colegas, para poder defender os seus ob-jectivos. Número da Sorte: 57

BALANÇA Carta Dominante: Oito de EspadasAmor: Muita luta, muita determinação e muita paciência, para poder e conseguir levar a sua relação para a frente.

Saúde: Não desespere a sua situação de instabilidade fí-sica, e mental vai passar, para isso é necessário relaxar e apanhar muito ar fresco. Dinheiro: O seu trabalho vai dar lucro, mas tem que conti-nuar preexistente, com ao mesmo modo de trabalhar, e só assim é que vai obter lucros. Número da Sorte: 58

ESCORPIÃOCarta Dominante: Três de Espadas Amor: Irá ter uma desilusão de amor, mas não entre em desespero, porque tem um mundo de novos relacionamentos, pela

sua frente. Saúde: A sua saúde requer alguma atenção, deve de fa-zer exactamente o que lhe pedem em termo de exames e tratamentos. Dinheiro: Olhe para a frente e veja que o seu local de tra-balho, não é o único onde pode ter futuro, analise novas propostas. Número da Sorte: 53

SAGITÁRIOCarta Dominante: A MorteAmor: Uma mudança de atitude vai levar com que o seu relacionamento dê uma grande volta.

Saúde: Devera ter algumas dores de ossos, e deve mudar o seu regime alimentar, para mais saudável e fresco. Dinheiro: Terá uma alteração no seu posto de trabalho, que deverá passar por uma promoção. Número da Sorte: 13

CAPRICÓRNIOCarta Dominante: Dez de CopasAmor: No amor a sua relação esta estável, com muita alegria e satisfação, terá sem-pre de se manter presente e confiante.

Saúde: Tenha cuidado com os excessos, nomeadamente excesso de bebida e de alimentação. Dinheiro: Nas suas finanças, já conseguiu a estabilidade que procurava, e agora deve mantê-la. Número da Sorte: 46

AQUÁRIOCarta Dominante: Rei de EspadasAmor: Deve fazer um esforço para que o seu relacionamento vá em frente sem que, a sua parceira fique em segundo plano.

Saúde: Proteja-se, mantenha o seu equilíbrio e vá buscar energias positivas ao exercício físico e ao convívio diário. Dinheiro: Tem tudo muito bem controlado, a estabilidade financeira criada por si deve ser mantida.Número da Sorte: 64

PEIXESCarta Dominante: Rei de Copas Amor: Tudo aquilo que criou em termos de relacionamento, esta para terminar, peça ajuda porque o seu desespero é muito

grande para aguentar sozinho. Saúde: Depressão, é o que esta para chegar, comesses desta já a prevenir isso com uma ida ao médico e uma analise a sua vida. Dinheiro: Tanto o seu trabalho como as suas economias estão bem, mas tenha cuidado para não destabilizar todo o trabalho já feito. Número da Sorte: 50

HoróscopoPrevisões de Maria Helena - Centro Português de Esoterismo

para o Período de 16 a 30 de AbrilExequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.Executado: Sprincer – Serviços de Precisão Para Indústria Ce-râmica, Ldª e outro(s)…Nos autos acima identificados foi designado o dia 02-05-2006, pelas 14:00 horas, neste Tribunal, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse mo-mento, na Secretaria deste tribunal, de valor igual ou superior ao da avaliação pelos interessados na compra do(s) seguinte(s) bem/bens:TIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº 1 – Um Centro de maquinagem, de marca “Cincinnati”, modelo arrow-1000, com o número de série 7049 – A 00-kk 0848, com controlador Acramatic- A2- 100PENHORADO EM: 29-11-2004 11:45:00, AVALIADO EM: € 50.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer - Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Docu-mentos de identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona Industrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº2 – Um Centro de maquinagem, de marca “Mazac- VTC-20 B”, com o número de série 138838PENHORADO M: 29-11-2004 11:45:00, AVALIADO EM: € 50.000,OOPENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Docu-mentos de identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona Industrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do HospitalEXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº 3 – DUAS fresadoras de marca “HOLKE”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM:€ 2.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400,000 Oliveira do HospitalEXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil:Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.TIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº4 – Uma fresa de marca “NANTONG”, com a referência nº 19384 (Facility nº)PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM : € 1.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº5 – Uma fresa de marca “CMC-ITZIAR”, modelo FU – 2CM, com a referência nº 2143 – BPENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM :€ 1.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº6 – QUATRO fornos elefornos eléctricos de temperar, de marca “forno - cerâmica”; - UM forno eléctrico de temperar, de marca “Induzir”; - PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM :€ 2.500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: AbonoDESCRIÇÃO: VERBA Nº7 – DUAS máquinas de soldar, de marca “Electrex – RS – 600PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM : € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº8 – Um aspirador de fumos, de marca “KEMPER – GMBH”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº9 – Um porta – paletes Manuel , de marca “Incab- Milano”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 150,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº10 – Uma prensa, de marca “A.L.L.”, modelo 22 - 100PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 200,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº11 – UMA mini – grua, de marca “OMCN – Villa Di Sério” (BG)PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 250,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida

Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº12 – UM serrote, de marca “RUSH”, com a referência HBS - 250PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 100,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: VERBA Nº13 – UMA rectificadora, de marca “KENT – KGS- 200”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº14 – UM engenho de furar, de marca “ERLO”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: AbonoDESCRIÇÃO: Verba n º15 – UM engenho de furar, de marca “ERLO”, com a referência nº TCA – 50 - EMELPENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 750,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº16 – UM forno mecânico, de marca “CME – T 410”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº17 – UM serrote, de marca “FAT”, modelo 350PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 2.500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº18 – UM compressor, de marca “ATLAS – COPCO – GA- 15”; - UM reservatório, de marca “USAG”, TIPO sem – 75010; - UM secador, de marca “ATLAS – COPCO – FD – 40”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 1.500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº19 – UM durometro, de marca “AFFRI”,modelo – 206 - RFOPENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº 21 – QUATRO computadores de marca “COMPAC – DESKPRO”, com CPU, monitor, teclado e rato; - UM computador de marca “HEWLETT PACKARD”, com CPU, monitor, teclado e rato; - UM computador de marca “SHINE”, com CPU, moni-tor, teclado e rato; - DUAS impressoras de marca “DESKJET – 840 C”; - UMA impressora de marca “HEWLETT PACKARD”; - Um scanner de marca “HEWLETT PACKARD – scanjet – 6300 – C”; - UMA fotocopiadora de marca 2TOSHIBA – 1550”; - UM fax de marca “AMSUNG”;- TRÊS secretárias com canto em redondo em cor cinza claro; - UMA secretá-ria rectangular com cerca de um metro de comprimento; - CINCO armários com cerca de um metro e dez de altura; - OITO armários com cerca de um metro de alturaPENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 500,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer- Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona In-dustrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do HospitalTIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Verba nº20 – DOIS aparelhos de ar condicionado de marca “HITACHI”; - UM aparelho de ar condicionado de marca “CARRIER”PENHORADO EM: 29-11-2005 11:45:00, AVALIADO EM: € 2.50,00PENHORADO A:EXECUTADO: Sprincer-Serviços de Precisão Para Indústria Cerâmica, Ldª. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: NIF – 501923071. Endereço: Zona Industrial de Oliveira do Hospital, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.EXECUTADO: Alina Maria Dias Saraiva Amaro. Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI – 7389361, NIF – 175260117. Endereço: Rua Dr. João Almeida Santos, Lote 10, 4º Centro, Oliveira do Hospital, 3400-000 Oliveira do Hospital

O Juiz de Direito,Luís Alves

O Oficial de Justiça,João Martins

Jornal Correio a Beira Serra, 14 de Abril 2006

Tribunal Judicial de Oliveira do HospitalSecção Única

ANÚNCIO (2ª Publicação)Processo: 203/03.6 TBOHP - Execução Ordinária - N/Referência: 281391 - Data: 20-03-2006

Redacção, Direcção, Publicidade: Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 - 1.º Esq. 3400-075 Oliveira do HospitalTelefone Geral 238 086 547Internet: www.correiodabeiraserra.come-mail: [email protected]

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Gabinete de apoio ao presidente da Câmara custa mais de 1500 contos por mês

w w w . c o r r e i o d a b e i r a s e r r a . c o m

Numa altura em que a demissão do chefe de gabinete do presi-dente da Câmara se transformou numa das maiores polémicas da política local, o Correio da Beira Serra teve acesso a uma informa-ção que revela quanto custa aos cofres da autarquia oliveirense o Gabinete de Apoio ao Presidente, que – antes da saída de António Duarte – era constituído por três pessoas: António Duarte, Ânge-la Marques e o ex-presidente da

Junta de Freguesia de S. Paio de Gramaços, João Paulo Veloso.

Estes cargos, que são de nome-ação política, implicam ao muni-cípio oliveirense – de acordo com aquela informação relativa ao mês de Fevereiro – um encargo de aproximadamente 1500 con-tos/mês, sendo que actualmente essa despesa já é mais reduzida em consequência da demissão do chefe de gabinete do presidente da Câmara.

Concorda com o encerra-mento do SAP do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, entre a meia noi-te e as 8h00 da manhã?

Concorda com a forma como o presidente da Câ-mara se envolveu nas elei-ções do PSD?

Estes resultados, foram recolhidos entre 15 de Março e 8 de Abril, e

correspondem a 115 votos.

Relacionamento entre Mário Alves e Fátima Antunes “esfriou”

Vereadora a tempo incerto?A vereadora do PSD com as pastas da Educação e da Cultura, Fátima Antunes, já teve melhores dias no interior dos Paços do Concelho. De acordo com o que o Correio da Beira Serra apurou junto de uma fonte ligada à autarquia, o relacionamento entre o presiden-te da Câmara e aquela vereadora é “pouco simpático, demasiado institucional” e existe uma espé-cie de “paz podre”.

Fátima Antunes, que de acor-do com o que o CBS sabe, terá ficado muito apreensiva com a demissão de António Duarte, ocupou o terceiro lugar da lista com que o PSD concorreu às úl-

timas eleições autárquicas e, nos meios políticos, é tida como uma pessoa que vem desempenhando bem as suas funções.

Nas últimas semanas, muito se tem especulado sobre o futu-ro político de Fátima Antunes no seio do executivo camarário de Mário Alves, dada a ligação que existe entre aquela vereadora e o ex-chefe de gabinete de Mário Alves. Contudo, há quem aponte para o facto de uma eventual re-tirada de poderes a Fátima Antu-nes poder pôr em causa a maioria que o PSD detém no executivo camarário.

Velocidade excessiva na linha da frente

Trinta e um acidentes no mês de MarçoOs números comprovam a sinis-tralidade que faz de Oliveira do Hospital o concelho – da área do Destacamento Territorial da GNR da Lousã – mais penalizado nesta matéria. Só no passado mês de Março ocorreram 31 acidentes, sendo que um deles causou feri-mentos graves, três provocaram ferimentos ligeiros e vinte sete só causaram danos, perfazendo um total de um ferido grave e sete feridos ligeiros, não se ten-do registado vítimas mortais.

“Oliveira do Hospital é, sem dúvida, o concelho que sempre apresentou uma maior sinistrali-

dade”, referiu ao Correio da Bei-ra Serra o Chefe Mor Martins que justifica este facto com “o nível de desenvolvimento verificado no concelho quando comparado com concelhos limítrofes”.

Quanto às causas da sinistrali-dade, aquele responsável coloca a velocidade excessiva na linha da frente, seguindo-se o desrespeito pelas regras da prioridade e de si-nalização. Num patamar inferior, surgem outras causas como o estado do piso, condições mete-orológicas e a existência de obs-táculos na via pública.