correio da beira serra – n.º 65 (ii sÉrie) – 14.10.2008

24
Terça-feira, 14 de Outubro de 2008 QUINZENÁRIO Ano 2 - Série II - N.º 65 Director: Henrique Barreto Preço: € 0,50 (IVA incluído) www.correiodabeiraserra.com Em consequência de alegados “maus tratos” Duas queixas-crime apresentadas por duas funcionárias contra o autarca que governa a câmara de Oliveira do Hospital, vieram lançar a discussão sobre a alegada forma como alguns empregados da autarquia oliveirense estão a ser tratados por Mário Alves. Há quem susten- te que muitos funcionários se calam por teme- rem represálias, mas na última reunião pública do executivo, o autarca do PSD teve que ouvir várias acusações proferidas por uma trabalha- dora da CMOH, que se fez acompanhar por um dirigente sindical. Págs. 5 e 9 O Correio da Beira Serra volta a “tropeçar” num caso em que uma família conseguiu chegar aos dias de hoje sem luz eléctrica, sem água e sem casa de banho. O casal, que habita na Catraia de S. Paio, com um filho de 29 anos, numa casa sem o mínimo de condições, já se conformou com a sua situação de pobreza. “A gente vê que no povo eles vivem melhor, mas a renda de um apartamento é muito cara, lamenta Gracinda Sousa (na ima- gem), ao passo que acende a velha candeia para iluminar a habita- ção. Págs. centrais PUB PUB Uma família à luz da vela... Funcionárias camarárias revoltam-se com presidente ESTGOH volta a ter bons resultados Na 2ª fase de acesso ao ensino superior A Junta de Freguesia de S. Paio de Gra- maços viu-se obrigada a desactivar uma fonte ornamental mandada construir pelo antigo presidente , João Paulo Velo- so, porque a factura da EDP é elevadís- sima. Aquela autarquia – nos acertos da eléctrica portuguesa –, já chegou a pagar um montante de 5 mil euros. Pág. 7 Fonte desactivada por “causa” da EDP S. Paio de Gramaços Na 2ª fase de acesso ao ensino supe- rior, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital re- gistou uma taxa de ocupação de 82 por cento. Ainda em instalações pro- visórias, aquele estabelecimento de ensino superior está a “rebentar pe- las costuras” e já teve que se socorrer do auditório da caixa de crédito local para colocar as turmas mais numero- sas. Págs. 3 e última Intempestivamente, primeiro saiu Mário Alves, depois Paulo Rocha e, fi- nalmente, Fátima Antunes. Foi assim que aconteceu, a semana passada, no Agrupamento de Escolas de Lagares da Beira, local onde decorria uma reunião do Conselho Geral Transitório daquele agrupamento. Pág. 2 Presidente da Câmara e vereadores abandonam reunião Em Lagares da Beira

Upload: manchete

Post on 26-Dec-2014

1.581 views

Category:

Documents


39 download

DESCRIPTION

Versão integral da edição n.º 65 (ANO 2 – SÉRIE II) do quinzenário “Correio da Beira Serra”, que se publica em Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra, Portugal). Director: Henrique Barreto. 14.10.2008. Para consultar o jornal na web, visite http://www.correiodabeiraserra.com/ Site do Instituto Superior Miguel Torga: www.ismt.pt Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

TRANSCRIPT

Terça-feira, 14 de Outubro de 2008QUINZENÁRIOAno 2 - Série II - N.º 65Director: Henrique Barreto

Preço: € 0,50 (IVA incluído)

www.correiodabeiraserra.com

Em consequência de alegados “maus tratos”

Duas queixas-crime apresentadas por duas funcionárias contra o autarca que governa a câmara de Oliveira do Hospital, vieram lançar a discussão sobre a alegada forma como alguns

empregados da autarquia oliveirense estão a ser tratados por Mário Alves. Há quem susten-te que muitos funcionários se calam por teme-rem represálias, mas na última reunião pública

do executivo, o autarca do PSD teve que ouvir várias acusações proferidas por uma trabalha-dora da CMOH, que se fez acompanhar por um dirigente sindical. Págs. 5 e 9

O Correio da Beira Serra volta a “tropeçar” num caso em que uma família conseguiu chegar aos dias de hoje sem luz eléctrica, sem água

e sem casa de banho. O casal, que habita na Catraia de S. Paio, com um filho de 29 anos, numa casa sem o mínimo de condições, já se

conformou com a sua situação de pobreza. “A gente vê que no povo eles vivem melhor, mas a renda de um apartamento é muito cara,

lamenta Gracinda Sousa (na ima-gem), ao passo que acende a velha candeia para iluminar a habita-ção. Págs. centrais

PUB

PUB

Uma família à luz da vela...

Funcionárias camarárias revoltam-se com presidente

ESTGOH volta a ter bons resultados

Na 2ª fase de acesso ao ensino superior

A Junta de Freguesia de S. Paio de Gra-maços viu-se obrigada a desactivar uma fonte ornamental mandada construir pelo antigo presidente , João Paulo Velo-so, porque a factura da EDP é elevadís-sima. Aquela autarquia – nos acertos da eléctrica portuguesa –, já chegou a pagar um montante de 5 mil euros. Pág. 7

Fonte desactivada por “causa” da EDP

S. Paio de Gramaços

Na 2ª fase de acesso ao ensino supe-rior, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital re-gistou uma taxa de ocupação de 82 por cento. Ainda em instalações pro-visórias, aquele estabelecimento de ensino superior está a “rebentar pe-las costuras” e já teve que se socorrer do auditório da caixa de crédito local para colocar as turmas mais numero-sas. Págs. 3 e última

Intempestivamente, primeiro saiu Mário Alves, depois Paulo Rocha e, fi-nalmente, Fátima Antunes. Foi assim que aconteceu, a semana passada, no Agrupamento de Escolas de Lagares da Beira, local onde decorria uma reunião do Conselho Geral Transitório daquele agrupamento. Pág. 2

Presidente da Câmarae vereadores abandonam reunião

Em Lagares da Beira

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com2

Opresidente da câ-mara de Olivei-ra do Hospital e dois vereadores do PSD – Paulo

Rocha e Fátima Antunes – aban-donaram de forma considerada intempestiva uma reunião, re-alizada na semana passada, no Agrupamento de Escola de Laga-res da Beira, no âmbito da consti-tuição do Conselho Geral Transi-

tório (CGT).De acordo com a nova legisla-

ção do Ministério da Educação, a criação destes órgãos em todos os agrupamentos escolares, que entre outras competências passa-rão a ter a capacidade de eleger e destituir o director da escola, é obrigatória.

Os CGT são compostos por re-presentantes do pessoal docente e não docente, dos pais e encarre-gados de educação, alunos e, ain-da, de três representantes do mu-nicípio e da comunidade local.

De acordo com o que o Correio da Beira Serra apurou, na escolha dos representantes da comuni-dade local o CGT decidiu-se por indicar três conhecidas figuras locais: o empresário Amadeu Sea-bra, que é o principal empregador da freguesia de Lagares da Beira; a proprietária e directora técnica da farmácia local, Eunice Monteiro, e ainda o presidente da junta de freguesia governada pelo Partido Socialista, Raul Dinis,

Depois de tomar conhecimento da proposta, Mário Alves insur-giu-se com alguma contundência e defendeu que o CGT, no que

toca a representantes da comuni-dade local, deveria ser integrado por representantes de instituições locais.

A celeuma instalou-se na reunião e, depois de terem sido colocadas em votação as duas propostas – Alves nunca chegou no entanto a especificar quem deveriam ser as instituições a ga-nhar representatividade naquele órgão –, o presidente da câmara não gostou de ter sido derrotado – nove pessoas contra sete vota-ram favoravelmente os represen-tantes designados pelo CGT – e, sem mais delongas, abandonou abruptamente a reunião. O seu vice-presidente, Paulo Rocha, também não perdeu tempo e se-guiu-lhe as pisadas.

Na sala – referiu ao CBS uma fonte ligada ao processo – “ins-talou-se uma grande confusão” e a atitude tomada pelos dois au-tarcas deu azo a que muitos dos presentes tivessem lamentado o episódio.

A vereadora da Educação, Fá-tima Antunes, que ainda ficou na reunião durante alguns instantes após a saída do presidente, aca-

bou também por sair depois de ter sido aconselhada por uma docen-te a moderar a exaltação.

Sem os autarcas na sala, foi entretanto realizada a votação da proposta dos três representantes da comunidade local que terão assento no CGT, e aprovada por unanimidade.

Freixinho critica exclusão dos vereadores do PSEsta questão da constituição dos conselhos gerais transitórios, que no próximo ano lectivo – por via de uma eleição – têm que ser defi-nitivos, vem provocando alguma controvérsia.

Numa recente reunião do exe-cutivo camarário, a vereadora do PS, Maria José Freixinho, lamen-tou que os vereadores socialistas tenham sido arredados de todo este processo, uma vez que em todos os agrupamentos escolares os três representantes do municí-pio nos CGT são exclusivamente Mário Alves, Paulo Rocha e Fáti-ma Antunes. Sublinhe-se que de acordo com a legislação em vigor, a Câmara Municipal pode estar representada nestes órgãos por

qualquer vereador ou, ainda, de-legar a sua representação em pre-sidentes de junta da área de cada agrupamento.

Como funcionam os conselhos gerais Aos futuros conselhos gerais “cabe a aprovação das regras fun-damentais de funcionamento da escola (regulamento interno), as decisões estratégicas e de planea-mento (projecto educativo, plano de actividades) e o acompanha-mento da sua concretização. Ao CGT é ainda confiada “a capaci-dade de eleger e destituir o direc-tor, que por conseguinte lhe tem de prestar contas””.

De acordo com o que refere o Ministério da Educação no De-creto-Lei nº 75, publicado em 22 de Abril de 2008, a medida visa “reforçar a participação das famí-lias e comunidades na direcção estratégica dos estabelecimen-tos de ensino” porque, conforme sustenta o ministério de Maria de Lurdes Rodrigues, “é indispensá-vel promover a abertura das esco-las ao exterior e a sua integração nas comunidades locais”.

No Agrupamento de Escolas de Lagares da Beira

Presidente e vereadores abandonam reunião

HENRIQUE BARRETO

O presidente da câmara e dois dos seus vereadores

abandonaram uma reunião do Conselho Geral Tran-sitório do Agrupamento

de Escolas de Lagares da Beira por discordarem da forma como aquele órgão procedeu à indicação dos

três representantes da comunidade local.

D E S TAQ U E

PUB

Atitude dos autarcas do PSD foi alvo de críticas

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 3

Assédio verbal!

Há uns anos atrás – não me apetece agora ir apanhar pó para os arquivos, mas os leitores do CBS certamente que se recordam do episódio –, denunciei nas páginas deste jornal um incidente gravíssimo em que um quadro superior da Câmara de Oliveira do Hospital – fundamentalmente governada pelo dueto social-democrata Carlos Portugal/Mário Alves –, deu-se ao luxo de pegar no livro de escrituras da câmara e rasurar um documento públi-co.Na altura, o Correio da Beira Serra – para que não restas-sem dúvidas e não houvesse a possibilidade de alguém vir dizer que tinha sido mais uma invenção do jornal – estampou nas suas páginas as provas do crime: o documento original e o rasurado. Nunca se soube com que fins é que a artimanha foi feita, porque nunca existiu qualquer investigação. Ao au-tor da falsificação – o director de Departamento Administra-tivo e Financeiro da CMOH, Rui Rosa – o executivo deu-lhe apenas uma admoestação. O caso ficou por aí porque a opo-sição socialista e as instâncias judiciais nada fizeram.Hoje, chegam-me notícias de funcionários autárquicos que, ao invés da protecção que foi dada ao personagem em causa, se queixam de perseguição e de tratamento alegadamente anti-democrático.Entre os funcionários, vive-se um ambiente de cortar à faca, confidenciava-me há dias um funcionário autárquico, avisando-me sistematicamente da necessidade do sigilo da conversa.Se este desabafo fosse só de um único funcionário, ainda daria o benefício da dúvida, mas o problema é que há cada vez mais trabalhadores do muni-cípio a queixarem-se do chefe do executivo e de uma espécie de assédio verbal, que obriga as pessoas ao silêncio porque “quem manda pode”.Eis que agora – e sem querer antecipar aqui qualquer tipo de julgamento –, duas funcio-nárias decidem mover uma queixa-crime contra o presi-dente da câmara, embora na qualidade de cidadão. Não sei o que dizer: primeiro são os colegas de partido, agora são as trabalhadoras do município... O que sei é que este clima de conflitualidade em nada presti-gia o poder local.

E D I T O R I A L

Henrique Barreto

ESTGOH é cada vez mais um motor de desenvolvimento do concelho de Oliveira do Hospital.

D E S TAQ U E

“Os processos em tribunal têm custas para mim, mas para o senhor presidente não, porque do seu bolso não vai sair nada, sairá do meu…o município é que paga, mas quem tem o prazer é o senhor presidente”

Isilda Cordeiro, Funcionária da CMOH

In reunião pública do executivo

“As acusações à má gestão da Câmara são graves e obrigam a esclarecimentos”

José Francisco Rolo, vereador do PS

In reunião pública do executivo

“Percebi que o Empreender + redundou num fracasso”

Idem

“Não esteja a fazer de mim um demente. O senhor (José Francisco Rolo) é o rei da demagogia e um político sem ética”

Mário Alves, presidente da CMOH

In reunião pública do executivo

“Temos a nossa forma de acção e não é o meu amigo que vai impor o que quer que seja ao nível de qualquer projecto. Fomos eleitos pelo povo, temos a maioria e somos nós que definimos quando e como avançamos e os caminhos que trilhamos”

Idem

“Nenhuma pessoa se fixará em Oliveira do Hospital se sentir ins-tabilidade psicológica e social”

Mário Alves, presidente da CMOH

In sessão solene feriado municipal, 7 de Outubro

“A minha dívida para com o meu concelho aumentou extraordina-riamente”

José Reis, homenageado com Medalha de Ouro

In sessão solene feriado municipal, 7 de Outubro

“Que os concelhos se virem uns para os outros e cooperem e criem aqui um pólo que vai de Oliveira do Hospital a Gouveia”

Idem

“Há regiões onde muito se fala na raça da população local … Nogueira do Cravo tem gente com grande raça”

Ribeiro de Almeida, vereador do PS

Reunião Pública do Executivo

“O Pólo da Serra foi arranjado à medida do senhor Jorge Patrão”

Mário Alves

Assembleia Municipal, 26 de Setembro

“Isso é uma conversa indelicada que fica mal a um autarca”

Jorge Patrão,

Correio da Beira Serra

“infelizmente o senhor presidente da Câmara quer ir para o Cen-tro… que seja muito feliz”

Idem

F R A S E S

Depois de uma primeira fase com ocupação de 100 por cento, a Esco-la Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) registou, na segunda fase de aces-

so ao ensino superior, uma ocupação de 82 por cento, vendo preenchidas 59 vagas, de um total de 72 colocadas a concurso. Os resultados estão disponíveis na internet em www.dges.mctes.pt/coloc/2008, desde as 00h00 desta segunda feira, 13 de Outubro.

Dos quatro cursos disponíveis na ESTGOH, apenas os de Engenharia Informática e Adminis-tração e Marketing viram preenchidas a totali-dade das vagas, com 14 e 17 alunos colocados, respectivamente. No curso de Engenharia Civil foram ocupadas 15 das 19 vagas a concurso, mas foi no curso de Administração e Finanças que se verificou um maior número de vagas por ocupar, já que sobraram nove de um total de 22 colocadas a concurso.

Sublinhe-se, contudo, que em cada um dos quatro cursos, as colocações ultrapassaram o nú-mero de vagas inicialmente colocadas a concurso, num total de 46. A este número acresceram as 26 vagas libertadas por recolocação. Administração e Marketing e Engenharia Civil foram os cursos que registaram um maior número de alunos candida-tos, 49 e 42 respectivamente, sendo que a nota do último colocado em cada curso foi de 120,4

e 104,1. Ao curso de Administração e Finanças – com nove vagas sobrantes – concorreram 29 alu-nos, tendo o último candidato sido colocado com uma nota de 104,8. Sem nenhuma vaga sobrante, o curso de Engenharia Informática registou o do-bro de candidaturas (28) tendo em conta o núme-ro de vagas colocadas a concurso (14).

Recorde-se que na primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior, a ESTGOH registou uma ocupação total do seu número de vagas, com a particularidade de o número de alunos candida-tos (466) ter sido quase quatro vezes maior que a totalidade de vagas a concurso (120). Na ocasião, o director Nuno Fortes revelou-se satisfeito com os resultados e não deixou de se mostrar confian-te quanto ao resultado da segunda fase.

Com menos cursos e menor número de vagas a concurso, a Escola Superior de Turismo e Te-lecomunicações de Seia (ESTTS) superou a ES-TGOH no número de vagas sobrantes. A ESTTS apenas viu preenchidas 36 das 61 vagas colocadas ao concurso da segunda fase de acesso ao ensino superior, sendo que apenas o curso de Gestão Ho-teleira preencheu as 14 vagas disponíveis. O cur-so de Turismo e Lazer não atingiu uma ocupação de 50 por cento, já que apenas foram ocupadas 11 das 28 vagas. Com um total de 11 alunos coloca-dos, o curso de Restauração e Catering também não registou ocupação total, ficando com 9 vagas sobrantes.

Novas instalações precisam-se

ESTGOH com taxa de ocupação de 82 por cento

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com4

Sente-se no ar um leve aroma a mudança. Talvez para compen-sar algumas das frustrações e desilusões do dia-a-dia, chega-se à conclusão que o consumi-

dor actual busca, através da criação de laços emocionais com empresas, marcas ou produ-tos, ser estimulado e obter sensações únicas e verdadeiramente agradáveis.

Até ao momento actual, sempre houve por parte dos responsáveis do Marketing grandes preocupações em saber qual seria a imagem, a música, o paladar e a forma ideal para obter os resultados desejados com as várias estra-tégias. A verdade é que estes nunca se pre-ocuparam, realmente, com qual poderia ser o impacto dos aromas no momento de aqui-sição. Estudos americanos recentes revelam, no entanto, que o olfacto, por atingir mais ra-pidamente as zonas do cérebro ligadas à me-mória e às emoções, deverá ser um dos cinco sentidos a privilegiar, pelas empresas, em fu-turas acções.

Apesar de, em Portugal, ainda serem pou-cas as empresas a ter em atenção a questão dos aromas, na realidade, em países como

Estados Unidos, Brasil e Japão, esta preocu-pação já não é algo recente. Já lá vão muitos anos desde que a Disney, para tornar os fil-mes mais reais e estimular os apaixonados por cinema, colocou nas suas salas difusores com cheiro a pólvora e a borracha queima-da que libertavam pequenas fragrâncias nos maiores momentos de acção, elevando assim os níveis de recordação dos espectadores. Nos países adeptos desta tendência, vários aromas pairam no ar. Começa assim a não ser por acaso que as padarias tenham o for-no ligado às condutas de ar geral para espa-lhar ao longo de toda a superfície um cheiro mais intenso a pão quente, que, em lojas de jardinagem, cheire sempre a terra húmida, que, em parques de diversão, cheire sempre a pipocas caramelizadas e que as marcas de automóvel intensifiquem o cheiro a couro no interior dos veículos novos.

Felizmente em Portugal já começamos a ter algumas histórias para contar. Para desper-tar a curiosidade do seu novo sabor, a Frize decidiu recorrer ao tradicional carrinho de compras dos hipermercados e, no momento do seu lançamento, colocou diversos carta-

META O NARIZ ONDE É CHAMADO

zes com uma tira adesiva que ia libertando um suave aroma a maracujá. Recentemente a marca Dove também deu os primeiros pas-sos nesta tendência. No lançamento da nova gama de produtos go fresh, enquanto o seu anúncio passava nos cinemas, estavam es-palhados pelas salas difusores que lançavam

o aroma da variedade Energise com toranja e erva limão. Esta nova estratégia também che-gou à nossa imprensa nacional. Pela primeira vez, surgiu nas bancas uma edição impressa num papel especial com aroma a pinho para divulgar um novo empreendimento imobiliário localizado numa zona rodeada de espaços verdes.

Baseando-nos em dados que comprovam que a nossa me-

mória pode reter até 10.000 aromas distintos e apenas 200 cores, facilmente concluímos que o olfacto consegue ser sem dúvida um dos sentidos mais poderosos. Talvez porque a percepção dos cheiros sempre desempe-nhou um papel fundamental na evolução do ser humano, o marketing aromático veio en-sinar-nos que todas as acções de marketing que estimulam o nosso olfacto sempre terão resultados com um aroma agradável.

sugestã[email protected]

Associação Nacional de Jovens Formadores e Do-

centes (FORDOC)

Vencer as imposições dos sentidos é a mais gloriosa das vitórias.

(Axel Oxentiern)

O P I N I Ã O

OPCP e a CDU são as únicas forças políticas que têm pro-posto e reclamado a constru-ção de um ramal ferroviário desde (Coimbra)Lousã até

Celorico da Beira a entroncar, aí, na Linha (internacional) da Beira Alta.

Aliás, a construção dessa linha de cami-nho-de-ferro será, desde há cem anos pelo menos, o mais velho sonho de desenvol-vimento regional dos beirões de gema, por aqui, por esta nossa terra-chã deste nosso pe-daço do Planalto Beirão.

Esta justa aspiração tem ultimamente sido recebida, por alguns, com cepticismo e até com alguns sorrisos de comiseração como se de alguma piada triste afinal se tratasse. Uma vez, no calor de um debate público so-bre o assunto, tivemos oportunidade para di-zer que ter visão estratégica é ser capaz de ver muito para além do próprio umbigo ou nariz …

É tempo, pois, de reafirmar que construir caminhos-de-ferro, porventura, é hoje mais estratégico do que o foi há cem anos atrás. E porquê? Por várias, ponderosas e estratégias razões. A saber :

1 – Por causas de natureza ambiental e energética. Para retirar das estradas milhares e milhares de veículos auto, quer de trans-portes de mercadorias quer de transportes de passageiros.

Como hoje bem se sabe, os motores nor-mais a combustão emitem doses venenosas de CO2 - as emissões de carbonos para a atmosfera - as quais, entre outras más con-sequências “pequenas”, estão a contribuir bastante para acelerar o aquecimento global

do Planeta, o que, por sua vez, já está a deter-minar uma série de dramas e até de tragédias à escala global também. Por isso, é em princí-pio estrategicamente bem-vindo tudo aquilo que, hoje, com racionalidade e bom senso, ajude a civilização – ou seja todos nós - a fu-gir da “ditadura” envenenadora dos combus-tíveis fósseis (petróleo/gás)…

2 – Para evitar a “especulação” reinante com a construção de vias auto, entre nós um verdadeiro problema pois a péssima constru-ção das mesmas é mais do que evidente… Depois, com camiões pesadíssimos a passa-ram por lá aos milhares, essas estradas mal construídas ficam estragadas num instante e toca a repor pavimentos e a (re)pagá-los com o nosso dinheirinho…

3 – Para fazer baixar o custo dos transpor-tes (públicos) quer de Pessoas quer de mer-cadorias.

4 – Tendo também em conta que algumas das principais matérias-primas do Concelho e da nossa Região, são matérias-primas, logo mercadorias, de peso e volume concentra-dos; considerando que as vias de comunica-ção automóvel e os transportes públicos que por aqui temos são manifestamente insufi-cientes.

Portanto, por todas estas macro e micro ra-zões, é hoje de enorme interesse estratégico a construção de um ramal de caminho-de-ferro desde (Coimbra)Lousã, passando pelo nosso Concelho, até ligar à linha da Beira Alta na zona de Celorico, por exemplo.

Dizem alguns “economicistas” (para se desculparem…) que ficaria muito cara uma tal construção. Concedamos até certo pon-

Caminho-de-ferro…com futuro !

João Dinis*

(…) É tempo, pois,

de reafirmar que

construir caminhos-

de-ferro, porventura,

é hoje mais estraté-

gico do que o foi há

cem anos atrás. E

porquê? Por várias,

ponderosas e estraté-

gias razões. (…)

to na sua falta de discernimento estratégico. Bem, muito, muito caro mesmo nos fica já mas é o que por aqui temos e nos deixa mal servidos somado com a ausência daquilo que não temos e tanta falta nos faz.

Mas a verdadeira razão, que a nível dos principais decisores políticos e outros (na-cionais e regionais) não faz avançar este tipo de projectos regionais, é porque ou eles es-tão “cegos” ou principalmente lhes interes-sa garantir o lucro dos grandes consórcios privados que vão construir e concessionar (auto)estradas à custa da iniciativa pública do Estado.

Para além disso, a eles só lhes interessa, para já, construir o TGV, uma megalomania de facto mas capaz de gerar lucros fabulosos a dois ou três desses grandes consórcios pri-vados. Acresce que, entre nós, não há inte-resse económico privado em concessionar caminhos-de-ferro de menor escala por parte desses grandes consórcios chamem-se BRI-SA ou outra coisa qualquer…

Em síntese e em última análise, a “razão” - a falta de razão – dos principais governan-tes e outros decisores que os leva a não que-rer construir ramais de caminho-de-ferro disseminados pelo País, essa “razão” radi-ca na sua completa submissão aos grandes grupos económicos que mais ganham com as auto-estradas e com os combustíveis fós-seis.

Nós, por cá, nós que temos outros e mais consentâneos interesses sociais a defender, a nós interessa-nos pensar e agir melhor, com outra, melhor e mais social visão estratégica.

Aqui, entram o PCP e a CDU a fazer a diferença !

* Autarca da CDU – Oliveira do Hospital

Ficha Técnica Administração: António dos Santos Lopes Direcção Editorial: Henrique Barreto - [email protected] Jornalista Principal: Liliana Lopes - [email protected] Desporto: Editor: José Carlos Alexandrino, João Jorge Colaboradores Permanentes: Adelaide Freixinho, António Campos, Carlos Portugal, Carlos Alberto, Carlos Carvalheira, João Dinis, José Augusto Tavares, Luís Lagos, Luís Torgal, Paulo Ribeiro (caricaturista), Rui Santos. Deptº. Comercial: Isabel Mascarenhas Projecto Gráfico: Jorge Lemos Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis – Telef.: 256 600 580 - Fax: 256 600 589 - E-mail: [email protected] Sede, Redacção e Publicidade: Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 – 1º Esqº - 3400-075 Oliveira do Hospital, Telef.:2380865476 Fax 238086547 Correio Electrónico [email protected] Edição Internet: www.correiodabeiraserra.com Entidade Proprietária: Temactual, Lda, Matric. na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira do Hospital sob o número 507601750, Contribuinte: 507601750, Capital Social: 25,000 Euros Nº de Registo no ICS: 112130 Depósito Legal N.º 54475/92 Tiragem Média Mensal: 6.000 exemplares Detentores de mais de 10% do capital da empresa: AHL -Investimentos e Participações, SGPS, SA.; Henrique Manuel Barreto Pereira de Almeidawww.correiodabeiraserra.com

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 5

J á está definido o programa da sétima edição da Fes-ta da Castanha, com data marcada para 25 e 26 de Outubro, em Aldeia das

Dez, no Santuário de Nossa Senho-ra das Preces.

A já tradicional Mostra Gastro-nómica e Etnográfica da Beira Serra tem início pelas 21h00 de sábado, 25 de Outubro, no Adro da Igreja Matriz de Aldeia das Dez, para onde está prevista a actuação do Grupo de Concertinas da Amadora e a participação da Companhia de Teatro Viv’Arte. Na ocasião tam-bém não vão faltar o Teatro de Rua, nem o espectáculo de pirotecnia.

No domingo, 26 de Outubro, as atenções centram-se no Santuário de Nossa Senhora das Preces, sen-do que a abertura dos expositores e tasquinhas acontece pelas 10h00.

À semelhança do que tem aconte-cido em edições anteriores, a Festa da Castanha 2008 reúne no espaço envolvente ao santuário vários ex-positores de produtos tradicionais e artesanato, o concurso da maior abóbora exposta, a actuação dos grupos etnográficos e a oferta do tradicional magusto.

Os visitantes são ainda convi-dados a apreciar a exposição de escultura de Joban Traxel e a ex-posição de fotografia “Recordar é Viver” da Associação Recreativa do Goulinho. A Filarmónica Fide-lidade de Aldeia das Dez também fará eco da sua música durante o certame.

A Festa da Castanha é organi-zada pela Junta de Freguesia de Aldeia das Dez, com o apoio da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.

Opresidente da Câ-mara Municipal de Oliveira do Hospi-tal (CMOH) já veio requerer a abertura

de instrução no processo judicial onde é acusado pelo Ministério Público pela prática de dois cri-mes de difamação agravada, em consequência de duas queixas apresentadas por duas funcioná-rias da autarquia oliveirense, Ma-ria do Rosário e Ana Isabel.

Conforme o Correio da Beira Serra noticiou na sua última edi-ção (ver CBS impresso de 30 de Setembro), os factos remontam a Setembro de 2007, quando numa reunião realizado no salão nobre dos Paços do Concelho com vista vista à preparação do arranque do ano lectivo 2007/08 entre o autar-ca, as funcionárias do ATL e do pré-escolar, Mário Alves terá afir-

mado, durante a sua intervenção, o seguinte: “Não podemos contar com duas funcionárias daqui do ATL de Oliveira do Hospital por-que são duas inválidas. E não que-rem fazer nada…”

Acontece que de acordo com

o que o Correio da Beira Serra conseguiu apurar, as funcionárias alegadamente visadas na aludida afirmação do autarca social-demo-crata, que recorrem com alguma frequência a baixas médicas por razões de saúde – uma sofre de

uma doença do foro oncológico e outra tem problemas ortopédicos que lhe dificultam a locomoção –, decidiram apresentar uma queixa-crime contra Mário Alves, já que segundo o CBS apurou eram essas mesmas funcionárias que regular-

mente recorriam à baixa médica.A Procuradora do Ministério

Público decidiu entretanto acom-panhar a acusação, mas o presi-dente da CMOH acaba de requerer a abertura de instrução. Uma das suas testemunhas – há alguns fun-cionários da autarquia oliveirense que também foram arrolados pela defesa do autarca – é a vereadora Fátima Antunes.

Ainda de acordo com o que este jornal também apurou, outra das testemunhas arroladas pela acusa-ção e que esteve presente naquela polémica reunião – o director do departamento administrativo e fi-nanceiro da CMOH, João Mendes – não confirmou entretanto a ver-são dos factos apresentada pelas queixosas.

Apesar de Mário Alves ser acu-sado de ter proferido aquela po-lémica afirmação, quando estava no exercício das suas funções, a acusação decidiu apresentar uma queixa-crime contra o cidadão e não contra o autarca. Contudo, o edil oliveirense nomeou como seu defensor oficioso Armando Pinto Correia, um advogado avençado do município.

Esta situação tem vindo a gerar alguma controvérsia e, na última assembleia municipal, dia 26 de Setembro, o autarca foi desafiado por um deputado municipal do PS, Francisco Garcia, a esclarecer se era o município a pagar as des-pesas judiciais inerentes ao pro-cesso ou o cidadão Mário Alves. “A questões judiciais respondo no local próprio e aqui não lhe vou dar resposta nenhuma”, argumen-tou o autarca.

A Festa da Castanha é já um dos principais cartazes turísticos do concelho...

P O L Í T I C A

Na queixa-crime apresentada por duas funcionárias da CMOH

Mário Alves tenta evitar julgamentoMário Américo Franco Alves,

acusado de dois crimes de difamação agravada por duas

funcionárias da autarquia oliveirense, já requereu a

abertura de instrução, com vista a tentar contrariar a

tese da acusação. A decisão sobre o processo, cuja acusa-ção é acompanhada pelo Mi-

nistério Público, está agora

nas mãos do Juiz.

HENRIQUE BARRETO

Aldeia das Dez

Festa da Castanha realiza-se a 25 e 26 de Outubro

Presidente da Câmara de Oliveira do Hospital novamente a braços com a justiça...

Foto Arquivo

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com6E C O N O M I A

Àsemelhança do que está a acon-tecer a nível na-cional, a compra de casa registou

quedas acentuadas no concelho de Oliveira do Hospital. A procu-ra de habitação mantém-se, mas a subida dos juros e o aperto na concessão de crédito tem vindo a dificultar a concretização dos negócios.

As placas de venda de imóveis multiplicam-se por todo o con-celho, mas o até agora habitual recurso ao empréstimo bancário já viu melhores dias. A subida constante das taxas de juro e os critérios rigorosos subjacentes à concessão do crédito têm limita-do a compra de habitações. Pa-ralelamente, assiste-se também a quebras na construção de imó-veis. Maria Luísa Ferrão, empre-sária do sector imobiliário, fala de um equilíbrio entre a procura e a oferta das habitações em Oli-veira do Hospital. “Os construto-res souberam-se ajustar”, referiu a empresária ao Correio da Beira Serra, constatando a não existên-cia de uma oferta excessiva.

Sem deixar de desaprovar o alarmismo feito pela Comunica-ção Social em torno da subida de uma décima da taxa de juro, Maria Luísa Ferrão, considera que agora mais do que nunca, as famílias se retraem a comprar habitação e por conseguinte a re-correr à banca. Com oito anos de actividade no sector, a empresária confessa que “este ano será dos piores”, superando até o primei-ro ano – há oito anos atrás – em que se estreou no ramo da imo-biliária. “As pessoas compravam e não tinham medo do amanhã, mas agora retraem-se porque a conjuntura económica não lhes dá segurança para investirem”, sublinhou, garantindo contudo que “os melhores investimentos em épocas de crise são nas obras de arte e imobiliário, como forma de garantir o dinheiro”.

Habituada a acompanhar todo

o processo de aquisição de habi-tação, incluindo o contacto com a banca, Maria Luísa Ferrão consta-ta que, na maioria das vezes, as dificuldades no acesso ao crédito derivam do facto de cada vez mais famílias estarem dependentes do chamado crédito fácil que “está à distância de um telefonema”. Por outro lado, aponta também o dedo ao facto de muitas famílias quererem adquirir um imóvel que não está ao alcance das suas pos-sibilidades e que cujo crédito, é à partida recusado. Por esse motivo, sublinha a importância de os po-tenciais compradores se socorre-rem do apoio de uma imobiliária para a procura de casa e conse-quente aquisição. Para além dis-so, Maria Luísa Ferrão destaca o papel da imobiliária na mediação entre quem vende e quem compra. “Comprando numa imobiliária, a pessoa corre menos riscos do que comprando directamente ao pro-prietário”, sublinhou, realçando que da mesma forma também não sentem tanta rejeição por parte do banco, porque está em causa “um preço justo”.

Preços das casas não sobemhá três anosApartamentos desde os 60 mil e vivendas desde os 130 mil Eu-ros. “Os preços não sobem há três anos”, referiu Maria Luísa Ferrão, sublinhando que há bas-

tantes moradias à venda por todo o concelho, algumas delas muito degradadas, mas recuperáveis. É sobretudo na cidade que aumenta a procura de casa, em especial de apartamentos, embora haja uma tendência por parte da imobiliária em investir nas zonas históricas, como forma de revitalização dos

espaços. Pesem embora as dificul-dades na contracção de emprésti-mos bancários, Maria Luísa Ferrão dá conta de uma cada vez maior exigência por parte dos futuros compradores.

Arrendamento supera compra de casaO fenómeno não é novo e a em-presária garante que não é uma consequência das dificuldades adjacentes à compra de habitação. Mas, a realidade é que neste mo-mento a imobiliária de Maria Luí-sa Ferrão não tem uma única casa disponível para arrendamento.

São sobretudo os jovens, casais ou não, que optam por esta moda-lidade, dada a possibilidade que têm de poder vir a beneficiar do apoio concedido pelo programa Porta 65. Mas, na cidade, uma boa fatia do arrendamento é assegura-da pelos jovens estudantes que ingressam na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH), afecta ao Instituto Politécnico de Coimbra. “Eles asseguram o arrendamento e o desenvolvimento desta cida-de”, notou Maria Luísa Ferrão, su-blinhando que os estudantes dão vida a Oliveira do Hospital quer ao nível das suas actividades, quer do próprio consumo.

Apesar da forte procura pelo arrendamento, a empresária não deixa de aconselhar a compra

de habitação própria, desde que seja feita de forma consciente. “As pessoas devem comprar uma casa que lhes permita manter um estilo de vida saudável e sem que seja necessário o endividamento total das famílias”, considerou, realçando que - como referiu o presidente da direcção nacional da Associação de Profissionais e Empresas da Mediação Imobili-ária de Portugal – “o imobiliário ainda é um dos raros motores da economia que gera riqueza e proporciona retorno a quem nele investe com seriedade de transpa-rência”.

Sublinhe-se que o Orçamento de Estado para o próximo ano vai apostar numa série de medidas que levem os portugueses a in-vestirem no mercado do arrenda-mento de habitação, como forma de ultrapassar as dificuldades de acesso ao crédito para habitação. Senhorios e inquilinos vão ter in-centivos fiscais, com benefícios no IRS e os particulares passam a estar isentos do pagamento de Im-posto Municipal Imobiliário (IMI) se fizerem obras de beneficiação nas casas quando estas se desti-nem a arrendamento. Por outro lado a tributação vai ser agravada para casas que estiverem em risco de ruir, ou seja, os proprietários de imóveis nesta situação serão obrigados a pagar três vezes mais de IMI.

Arrendamento supera a compra em Oliveira do Hospital

Compra de habitação regista maior quebra dos últimos 8 anos

A compra de casa regista o pior momento dos últimos

oito anos no concelho de Oli-veira do Hospital. O arrenda-

mento é cada vez mais uma opção para os jovens casais

e na cidade são sobretudo os estudantes da ESTGOH que

asseguram o mercado.

LILIANA LOPES

A venda de apartamentos em Oliveira do Hospital tem vindo a abrandar significativamente

(…) Eles asseguram

o arrendamento e o

desenvolvimento desta

cidade”, notou Maria

Luísa Ferrão, subli-

nhando que os estudan-

tes dão vida a Oliveira

do Hospital quer ao

nível das suas activi-

dades, quer do próprio

consumo (…)

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 7 LO C A L

Q uando lemos o livro “O Mundo é pla-no”, de Thomas Friedman, reconhe-cido escritor e jornalista americano, passamos a confiar na globalização e nos efeitos benéficos que dai podem

advir. Friedman ensina-nos que o mundo globalizado não é um simples ataque das economias emergentes ao mundo desenvolvido, onde as primeiras impõem a mão-de-obra barata às segundas. O autor norte-ameri-cano vê antes na globalização uma nova oportunidade, um reformismo económico que vai tirar da miséria uma boa fatia da população mundial sem que isso implique o colocar das economias americana e europeia na ban-carrota. O jornalista americano entende a globalização antes de tudo como um aparecer de novos mercados, de novas necessidades económicas, pelo que não serão apenas os países emergentes a produzirem e venderem para a Europa e EUA, mas a Europa e os EUA a forne-cerem novos bens e serviços de valor acrescentado às economias emergentes. Isto é, com a globalização eco-nómica, no fundo, todos beneficiamos, todos lucramos. Infelizmente, não é bem isso que temos a percepção que esteja a acontecer com a crise financeira em que, hoje, estamos mergulhados.

A crise que enfrentamos era uma crise anunciada, que apenas esperava o estagnar do mercado habitacio-nal americano e a consequente depreciação do valor das suas casas. O que é que aconteceu? Aconteceu que os bancos americanos, ávidos de conceder crédito e cifrados numa incorrecta análise de mercado, come-çaram a emprestar dinheiro para a compra de casa a quem se sabia, à partida, que dificilmente conseguiria pagar. Tudo porque era doutrina comum na comunida-de financeira americana que as casas que hoje valiam 10, amanha, valeriam 20, portanto, mesmo que o credor não pagasse, a casa seria revendida numa segunda fase e o banco veria satisfeito o seu crédito, sem prejuízo. Dentro desta lógica, confiante no contínuo crescimento do valor económico das casas, os bancos de investi-

mento americano construíram fundos sobre os créditos imobiliários e venderam-nos pelo mundo. Negócio que acabou por conduzir à falência alguns bancos e colocar em dificuldades outros tantos, já que os fundos se de-preciaram e faliram, fruto do não crescimento do valor das casas e do não pagamento dos empréstimos por parte dos credores.

Perante esta crise financeira global, ler Friedman nunca fez tanto sentido. Ao lermos o americano per-cebemos que uma crise financeira nos EUA será neces-sariamente uma crise financeira internacional porque as fronteiras financeiras e económicas, pura e simples-mente, não existem. Mas a leitura do livro “O Mundo é plano” e a compreensão da globalização é essencial se quisermos compreender por inteiro o que se está a passar nos mercados e economia mundial.

Como ensina Friedman, hoje os mercados são glo-bais, logo os problemas são globais. Digo eu, hoje, no mundo global, o erro de uns, rapidamente se trans-forma no problema de muitos, pelo que a intervenção política é necessária e obrigatória na regulação dos mercados, exigindo mão-pesada para os especuladores e incumpridores. Agora, não sejamos patetas ao pon-to de afirmar que a queda de Wall Street está para a economia de mercado, como a queda do Muro esteve para o Comunismo. Não nos podemos esquecer que é a economia de mercado que permite sustentar o nível de vida de que hoje usufrui grande parte da população dos países desenvolvidos, como é a economia de mercado que está a tirar os países emergentes do atraso e po-breza em que persistiam, muitos deles, anteriormente, amarrados a economias planificadas.

Agora o verdadeiro furacão desta crise financeira não é tanto o problema dos fundos tóxicos que foram vendidos, mas antes um problema estrutural de falta de liquidez do sistema financeiro. Isto é, os bancos não conseguem aceder a dinheiro. Por exemplo, muito se tem falado do Lehman Brothers e muitas vezes se tem feito passar a ideia de que o banco faliu porque tem

Luís Lagos*(…) Quanto ao caso

financeiro português,

dizem-nos que os nos-

sos bancos não se me-

teram na compra dos

tais produtos tóxicos.

Contudo, se a crise

chegar ao mercado

espanhol dificilmente

a nossa banca resisti-

rá sem consequências

de maior (…)

passivos superiores aos activos, mas isso é mentira, o Lehman Brothers está em situação de pré-falência por-que não tem acesso a liquidez, porque não consegue arranjar dinheiro para financiar a sua actividade. E é aqui, no problema da falta de liquidez, que vale a pena voltar a Thomas Friedman e ao seu livro, pois, a falta de liquidez surge nos EUA e na Europa pelo continuo desequilíbrio da balança de pagamentos para com as economias emergentes, o que tem conduzido o dinhei-ro americano e europeu para as economias emergentes que têm enormes reservas de dólares e euros, reservas essas que eram agora necessárias para a injecção de li-quidez no mercado, ao invés de termos de recorrer ao intervencionismo e à nacionalização de um conjunto de bancos e seguradoras.

O Mundo depois desta crise, que será, certamente, económica e social – basta estar atento à queda dos mer-cados bolsistas que, até hoje, tem antecipado todas as grandes crises económicas e sócias – não voltará a ser o mesmo. Espero que não seja intervencionado, mas que seja, isso sim, efectivamente regulado. Espero que não seja proteccionista, mas baseado numa globalização regulada e solidária. Espero que nessa globalização os EUA e a Europa consigam exportar bens e serviços para as economias emergentes e explorar como fornecedo-res esses novos mercados, não se limitando a ser meros clientes e a exportar apenas uma moeda forte. Espero um mundo mais solidário e a crescer económica, social e ambientalmente de uma forma sustentável.

Nota: Quanto ao caso financeiro português, dizem-nos que os nossos bancos não se meteram na compra dos tais produtos tóxicos. Contudo, se a crise chegar ao mercado espanhol dificilmente a nossa banca resistirá sem consequências de maior. Para mais quando os seus “core tier l” – um dos indicadores mais utilizados para avaliar a saúde de um banco –, depois da desvaloriza-ção bolsista a que temos assistido, estão muito abaixo dos 5% referenciados pelo banco de Portugal. Acho mesmo, na minha modesta opinião, que ou vamos as-sistir a fusões ou a novos aumentos de capital no grupo dos principais bancos nacionais, sob pena de também começar a faltar liquidez ao sistema.

*Jurista

A crise financeira

Ovalor excessivo das facturas de electrici-dade levaram a Junta de Freguesia de S. Paio de Gramaços a

desactivar o funcionamento da fonte ornamental contígua ao fontanário de Nossa Senhora dos Milagres, locali-zada em frente ao Pavilhão Serafim Marques.

Construída no último ano do man-dato do anterior executivo liderado por João Paulo Veloso, com o objecti-vo de revitalizar um espaço morto até então usado como estacionamento, a

fonte ornamental traduz-se hoje numa despesa entendida como incomportá-vel pela actual Junta de Freguesia.

Confrontada pelo Correio da Beira Serra sobre o motivo pelo qual aquela infra-estrutura se encontra na maioria das vezes desactivada, a presidente da autarquia Cristina Sousa explicou que o funcionamento da fonte se re-vela muito dispendioso em matéria de electricidade. “Não temos quaisquer custos com a água, porque é captada do fontanário de Nossa Senhora dos Milagres e não existe nenhum desper-dício de água, mas temos custos ele-

vados com a electricidade”, referiu a autarca, sublinhando que já informou e solicitou ajuda à Câmara Municipal para resolver o problema.

A situação continua sem solução porque – segundo a autarca – o presi-dente do município Mário Alves ape-nas sugeriu que se estudasse a possi-bilidade de substituir o equipamento que está a ser usado, por um outro que represente menos custos na fac-tura mensal de electricidade. Uma solução que Cristina Sousa diz não ter exequibilidade, já que os técnicos asseguram que o sistema só funciona

com o equipamento que está instala-do.

Sem resolução à vista, a Junta de Freguesia de S. Paio de Gramaços opta por manter a fonte desactivada durante a semana, activando o siste-ma só aos fins-de-semana ou em dias especiais para a freguesia. É que o funcionamento permanente dos ca-nhões de água obrigaria o executivo a canalizar as verbas para liquidar as facturas de electricidade, deixando de fora outras situações consideradas prioritárias para a freguesia, como ex-plicou a presidente.

Autarquia pagou cerca de 5 mil euros de acertosFoi após o primeiro ano e meio de man-dato que o executivo de Cristina Sousa foi confrontado com uma despesa de electricidade considerada muito eleva-da e derivada da realização de acertos de contas por parte da EDP.

“Só costumávamos pagar mínimos e só nos apercebemos da despesa que a fonte dava quando foram feitos os acertos”, referiu, esclarecendo que não é seu objectivo criticar a decisão do anterior executivo mandar edifi-car aquele espaço de embelezamen-to. Notou, contudo, que se na altura fosse a própria, a presidente da Junta não optaria por uma solução que re-presentasse tantos custos para o exe-cutivo. “Acho que o espaço deveria ter sido intervencionado, não sei é se terá sido a melhor opção”, referiu, ga-rantindo que o pagamento da factura dos acertos de electricidade – cerca de cinco mil euros, como o CBS apu-rou – obrigou a que outras coisas da freguesia ficassem por fazer. Cristina Sousa explicou ainda que a Junta ain-da tentou manter a fonte a funcionar no período diurno, mas tal significava um custo diário de 15 Euros que não era possível de comportar.

Facturas de electricidade são incomportáveis

Junta de Freguesia obrigada a desactivar fonte ornamental A Junta de Freguesia de S.

Paio de Gramaços não con-

segue pagar as facturas de

electricidade geradas pela

fonte ornamental manda-

da construir pelo anterior

executivo. Em resultado, a

infra-estrutura está quase

sempre desactivada.

LILIANA LOPES

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com8

Opresidente da Câ-mara Municipal de Oliveira do Hospi-tal revelou-se, dia 7 de Outubro, pre-

ocupado com as consequência que podem advir da possível extinção de serviços de saúde e justiça no concelho de Oliveira do Hospital. Por ocasião da comemoração do feriado municipal, Mário Alves convidou o Governo a preocupar-se com aquele fenómeno, por estar convicto de que “nenhuma pessoa se fixará em Oliveira do Hospital se sentir instabilidade psicológica e social”.

No dia em que o município prestou homenagem a quatro fi-guras locais e reconheceu o mérito escolar aos melhores alunos, o pre-sidente da Câmara desafiou os oli-veirenses a serem mais solidários e a mostrarem-se mais disponíveis para quem precisa. “Enquanto pre-sidente de Câmara preocupa-me a instabilidade social, o desemprego, as famílias que vão perdendo poder de compra, os bens como a água e outras taxas que vão subindo”, sustentou, sublinhando ainda que “hoje pagamos impostos de tudo”. Na opinião de Alves “é importante que haja uma reflexão profunda”, porque – como referiu – “não pode o cidadão ser feliz, se não tiver con-dições para a felicidade”.

Com um discurso centrado no apelo à cooperação, o autarca oli-veirense insistiu na tese da refle-xão, com o objectivo de cada um poder perceber “como pode contri-buir para minorar os problemas” que afectam as suas comunidades. Contudo, Alves não se ficou pelo apelo, deixando a garantia de que tudo fará nesse sentido. Mas, lem-brou que “é uma tarefa enorme para um homem só”, pelo que con-siderou ser necessário o empenho dos que exercem cargos políticos, bem como dos que os não exercem mas que “tudo podem fazer para ajudar a minorar os problemas”.

No dia do município, Mário Alves confessou que pretende que “Oliveira do Hospital seja um con-celho mais solidário e que exte-riormente possa ser visto como um

concelho onde as pessoas pensam umas nas outras e se ajudam umas às outras”. O autarca não deixou também de elogiar “o estoicismo” dos empresários locais que “conti-nuam a resistir seja na construção civil, nos têxteis e noutros sec-tores”. “É justo que aqui façamos uma homenagem colectiva àqueles

que dia-a-dia lutam para manter as empresas, os postos de trabalho, o bem-estar e a riqueza”, sentenciou o autarca.

Aos quatro jovens que no últi-mo ano lectivo se destacaram com os melhores resultados a nível do ensino secundário, profissional e superior, Mário Alves também di-rigiu palavras de encorajamento, convidando os jovens a não desis-tir, mas antes a resistir. “A palavra desistir deve desaparecer do vosso vocabulário”, referiu o autarca, su-blinhando que “com disponibili-dade mental de todos podemos au-gurar um futuro melhor”. Carolina Mendes (10º ano), Tânia Madeira (11ºano), Carolina Xavier (12ºano), Ana Margarida Amaral (Eptoliva) e César Faria (ESTGOH) foram os alunos que, este ano, viram o seu

mérito escolar ser reconhecido pelo município oliveirense.

José Reis entre os homenageados Merecedores de elogios rasgados por parte do presidente da Assem-bleia Municipal de Oliveira do Hospital, José Reis, Carlos Lopes, José da Costa Gomes e Carlos Reis Gomes foram os nomes que mais eco fizeram no salão nobre dos Pa-ços do Município.

A escolha dos quatro homena-geados – o primeiro pela carreira no campo da ciência e os restan-tes pela dedicação à música – foi interpretada por António Simões Saraiva como “inteligente” porque “olhou-se para os homens na sua verdadeira dimensão humana” que “se esforçam para dar aos outros e às comunidades o melhor do seu saber e do seu esforço”. Sem deixar de evocar a memória de Carlos Reis Gomes – homenageado a título pós-tumo – com um minuto de silêncio, Simões Saraiva sublinhou que no seu entender “não são os títulos, nem os graus académicos, o muito saber, ou os muitos conhecimentos que têm mérito”, já que cada um “tem o mérito que tem” e por isso o município lhes está “profunda-mente grato”.

Ao professor catedrático da Fa-culdade de Economia da Univer-sidade de Coimbra, natural de Al-deia das Dez, o presidente da AM elogiou o currículo que conside-rou de “tal maneira vasto e rico”, ao ponto de se referir a José Reis – homenageado com a medalha de Ouro – como sendo um “caso único”, destacando o seu percurso académico, a participação em an-teriores governos – foi secretário de Estado da Educação e presiden-te da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) - bem como a co-laboração com centros de investi-gação e a publicação de artigos e livros.

Quem confessou não se espan-

Considerou Mário Alves, por ocasião das comemorações do feriado municipal

“Nenhuma pessoa se fixará em Oliveira do Hospital se sentir instabilidade psicológica e social”Na cerimónia de comemo-

ração do feriado munici-

pal, o presidente da câma-

ra de Oliveira do Hospital

revelou-se preocupado

com “a instabilidade so-

cial, o desemprego e as

famílias que vão perdendo

poder de compra”.

LILIANA LOPES

Os homenageados no dia do município.

P O L Í T I C A

Mário Alves condecora José Reis com a medalha de ouro do município

(…) Sem conseguir

esconder a emoção,

José Reis confessou

que a sua dívida para

com o seu concelho

“aumentou extraordi-

nariamente” (…)

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 9

Uma funcionária da câmara municipal – acompanhada por um dirigente sindical –, entrega documentação aos vereadores do PS

LO C A L

Há quatro meses sem receber qual-quer vencimento ou pensão, uma funcionária da

Câmara Municipal de Oliveira do Hospital insurgiu-se contra a pena de aposentação compulsiva que lhe foi imposta pelo municí-pio, deixando também implícita a violação do dever de igualdade dos funcionários por parte da au-tarquia.

“Há ou não há mais funcioná-rios com mais de 30 dias de faltas para assistência a filhos menores de 10 anos?”, questionou Isilda Cordeiro, de 46 anos, em reunião pública do executivo, dia 8, rea-gindo contra o facto de o municí-pio não lhe ter justificado a totali-dade das faltas – apenas justificou 30 das 54 – que se viu obrigada a cometer para acompanhar o filho que se encontrava doente. “Se sim, foi violado o direito da igualda-de dos trabalhadores”, sustentou a funcionária, sublinhando que nunca foi ouvida pelo município, à semelhança do que aconteceu – como contou – com um processo

datado de 2002 e em que o Tribu-nal Administrativo anulou o des-pacho do presidente da câmara de indeferimento do pedido de horá-rio de trabalho na modalidade de jornada contínua, no período de amamentação.

Visivelmente indignada com a pena que em Julho deste ano lhe foi aplicada, Isilda Cordeiro – que se fez acompanhar àquela reunião por elementos do Sindicato de Trabalhadores da Administração Local (STAL) – pretende repor a legalidade, sem que no entanto tenha deixado de denun-ciar o mau relacio-namento existente entre o presidente do município e a sua pessoa. “Eu para ser ouvida pelo senhor presidente tive que vir aqui…é prática comum aqui…o se-nhor presidente pas-sa por mim e nem se digna a dizer bom dia…”, contou a fun-cionária, destacando ainda as vezes que foi chamada ao ga-binete do presidente da autarquia para ser “achincalhada”. “O senhor até me disse: se houvesse uma lei em que eu pudesse pagar para você se ir embora, eu paga-va”, denunciou.

“Não comento aquilo que disse ou leu. Estou aqui para responder a questões concretas e objectivas”, referiu Mário Alves, sublinhando que a Isilda Cordeiro lhe “assiste todo o direito de nos tribunais apre-sentar todas as reclamações” e que a “Câmara Municipal responderá dentro do que o Código Adminis-trativo estabelecer”. Uma resposta

a que a funcionária não demorou em ripostar: “os processos em tri-bunal têm custas para mim, mas para o senhor presidente não, por-que do seu bolso não vai sair nada, sairá do meu”. “O município é que paga, mas quem tem o prazer é o senhor presidente”, ironizou Isil-da Cordeiro, denunciando ainda as dificuldades que encontrou para consultar o próprio processo que – como denunciou – nem se encontra numerado. “É a primeira Câmara onde vejo processos não

numerados”, refe-riu, contando ain-da que não lhe foi facultada a cópia das gravações da reunião camarária de 17 de Junho deste ano, porque – conforme res-posta da autarquia – “a reunião só foi gravada parcial-mente, por anoma-lia do equipamen-to utilizado”.

“Se a Câmara tiver que pagar, pagará à trabalhadora” Convidado pelo coordenador regio-nal do STAL, Licí-

nio Azevedo, a repor a legalidade, chamando Isilda Cordeiro ao ser-viço e repondo o seu vencimento, já que se encontra sem auferir qualquer salário ou pensão desde há quatro meses, o presidente Má-rio Alves admitiu a possibilidade de existência de erros, sublinhan-do contudo que actua “sempre em conformidade com informações que lhe são dadas”.

“Se a Câmara Municipal tiver que pagar, pagará à trabalhadora”, sustentou, explicando que a autar-

quia agiu com base numa circular da Direcção Geral da Administra-ção Local (DGAL). Dando conta da entrada no município de uma re-clamação da funcionária relativa-mente à pena que lhe foi imposta, Mário Alves informou que já pe-diu esclarecimentos à Caixa Geral de Aposentações sobre o motivo pelo qual ainda não está tratado o valor da pensão a atribuir à fun-cionária. Sem deixar de elogiar a forma – “serena e correcta”, adjec-tivou – como o assunto foi exposto pelo responsável sindical, Alves garantiu que a Câmara “cumprirá escrupulosamente aquilo que a lei determina”.

“As acusações à má gestão da Câ-mara são graves e obrigam a es-clarecimentos”Revelando ter votado contra a pena de aposentação compulsiva, o vereador socialista José Fran-cisco Rolo considerou “inaudita e espantosa” a situação por que está a passar Isilda Cordeiro. “Não é normal, nem é legal…acima de tudo a dignidade”, referiu o eleito socialista, considerando que “as acusações à má gestão da Câma-ra são graves e obrigam a escla-recimentos”. Já no período antes da ordem do dia, Rolo solicitou explicações a Mário Alves – “se é responsável pela gestão do pesso-al”, como disse – sobre “alegados insultos, violação do princípio de igualdade entre funcionários, entraves no acesso ao processo e processos sem numeração”.

“Não esteja a fazer de mim um demente. O senhor é o rei da de-magogia e um político sem ética”, respondeu Mário Alves que já an-tes tinha acusado o vereador de estar a “violar a ética política” ao revelar o seu voto em deliberações tomadas em sede de executivo.

Funcionária contesta pena de aposentação compulsiva aplicada pela CMOH

“O senhor até me disse: se houvesse uma lei em que eu pudesse pagar para você se ir embora, eu pagava…”

tar com o currículo de Reis foi o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital porque pela maneira como um dia o ouviu falar sobre desenvolvimento regional, já “pre-via um grande pensador”. Alves não deixou também de destacar a “postura de grande isenção” de José Reis à frente da CCDRC. “Ele sempre teve o cuidado de nunca deixar que os outros pudessem pensar que o seu concelho seria mais beneficiado por isso”, frisou o autarca, notando contudo que Reis ajudou a resolver problemas locais como foi o caso da estrada dos Penedos Altos.

Palavras de apreço foram tam-bém dirigidas aos homenageados com as medalhas de mérito mu-nicipal, reunindo em comum li-gações ao mundo da música. Car-los Lopes, natural do concelho de Seia, foi homenageado pela sua dedicação ao Coral de Sant’Ana, pela sua função de maestro nos últimos 25 anos. Já os irmãos Gomes – José e Carlos – foram aplaudidos por uma vida inteira ligada à Filarmónica de Avô. “Os filarmónicos são pequenos heróis ignorados, porque iam a pé por caminhos escalvados”, referiu Simões Saraiva que fez questão de através dos dois filarmónicos homenagear as quatro filarmóni-cas concelhias. O presidente da câmara não deixou também de destacar a “excelente relação” que Carlos Lopes mantinha com os oliveirenses e coralistas, nem de realçar o empenhamento e bondade dos irmãos Gomes.

“A minha dívida para com o meu concelho aumentou extra-ordinariamente” Sem conseguir esconder a emo-ção, José Reis confessou que a sua dívida para com o seu concelho “aumentou extraordinariamente”. Recordando o dia em que parti-cipou na assinatura do contrato programa para a requalificação do edifício da Câmara Municipal, o professor catedrático de Aldeia das Dez confidenciou nunca ter imaginado que a primeira vez que entrasse no renovado salão nobre da Câmara fosse para receber a medalha de ouro que lhe foi entre-gue pelo presidente Mário Alves.

“Não sei se alguma vez con-seguirei pagar a minha dívida para com a minha terra”, referiu, explicando que uma parcela da mesma se reporta ao facto de aqui ter as suas origens. Uma segunda parcela reside no facto de não ter acedido por motivos profissionais ao desafio que em tempos lhe foi endereçado para ter um papel mais activo na vida do concelho.

Fintado pela emoção, José Reis confessou-se feliz por ver as pessoas da sua terra a vive-rem melhor e por perceber que o concelho vai ficar dotado de um maior desenvolvimento que ainda não existe. “Que os conce-lhos se virem uns para os outros e cooperem e criem aqui um pólo que vai de Oliveira do Hospital a Gouveia”, sustentou.

Acompanhada por um diri-

gente sindical, Uma

funcionária da câmara

municipal “incendiou” a

última reunião pública

do executivo camarário

por causa de uma pena de

“aposentação compulsiva”

que lhe foi aplicada pela

autarquia oliveirense

LILIANA LOPES(…) “Não esteja a fazer de mim um demente. O senhor é o rei da demago-gia e um político sem ética”, respon-deu Mário Alves que já antes tinha acusado o vereador de estar a “violar a ética política” ao revelar o seu voto em deliberações tomadas em sede de executivo (...)

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com10

15 DIAS | ON-LINE

C O N C E L H O

Profissionais do sector fazem reivindicações

Taxistas e Câmara Municipal não se entendem

Alguns taxistas de Oliveira do Hospi-tal andam de candeia às avessas com a Câmara Municipal. Numa petição recen-temente enviada à Assembleia Municipal (AM), os subscritores do documento quei-xam-se de que “as diversas reclamações e petições apresentadas no município de Oliveira do Hospital que visavam alertar para a necessidade de ordenar e regula-mentar o exercício da actividade de trans-porte de passageiros em táxi”, têm caído em saco roto.

De acordo com o que referem aqueles profissionais – o documento a que o Cor-reio da Beira Serra teve acesso é subscrito por 5 taxistas –, o sector “tem sido objecto de algum desinteresse e falta de regula-mentação efectiva por parte do municí-pio”.

Os taxistas começam por criticar “a existência de apenas uma praça de táxis em Oliveira do Hospital”, bem como “a falta de regulamentação” dessa praça.

Explicando que, “actualmente, exis-tem 7 táxis com regime de estacionamen-to fixo na praça Ribeiro do Amaral”, sus-

tentam também que “torna-se imperiosa a criação de três novas praças”: uma na rua Dr. Adelino Amaro da Costa, outra na zona do centro de saúde e uma terceira na zona da nova feira mensal. Segundo sublinham os autores da petição, as so-luções propostas poderão “assegurar a realização de um efectivo serviço públi-co mais rápido, acessível e, desta forma, mais em conta a todos os munícipes”.

No uso da palavra na Assembleia Mu-nicipal, dia 26, o chefe do executivo oli-veirense não quis, no entanto, fazer gran-des comentários sobre o teor da petição. A petição “representa o que representa…são ideias de alguns taxistas, não sei se são de todos”, afirmou Mário Alves que ao invés de discutir as propostas apresentadas pe-los taxistas, aludiu aos “problemas pesso-ais entre os taxistas”. “Já houve situações de agressões entre taxistas”, especificou o autarca, concluindo que a Câmara Mu-nicipal “está disposta a dialogar com os taxistas não só em termos de transporte, mas também em termos da imagem que podem dar do concelho”.

Exploração de coelhos gera problemas ambientais

Se continuamos sem PDM neste concelho, só tenho duas soluções: ou encerramos ou mudamos de concelho…

A antiga exploração de cunicultura loca-lizada à entrada de Lagares da Beira conti-nua a gerar problemas de ordem ambiental. A população local há muito que se queixa de “maus-cheiros” e, recentemente, um munícipe que passava no local telefonou para o Correio da Beira Serra a dar conta de que a estrada contígua àquelas instalações pecuárias estava “completamente inunda-da” por águas com detritos provenientes daquela cunicultura.

Contactado pelo Correio da Beira Serra o proprietário daquela cunicultura, Álvaro Herdade, reconheceu a existência de uma falha “numa lagoa que existe ao fundo da exploração”. “A lagoa estava cheia, nin-guém reparou que as saídas estavam en-tupidas e como choveu muito a água com detritos” veio para a via pública.

Herdade, que quer transferir aquela uni-dade criação de coelhos para outra zona do concelho, mostrou-se entretanto preocupa-do com o futuro da exploração que – con-forme referiu a este jornal – “emprega 22 trabalhadores”. “Se neste concelho conti-nuarmos sem um Plano Director Municipal (PDM), só temos duas soluções: ou encer-ramos ou mudamos de concelho”, referiu ao CBS aquele que é o maior produtor de coelhos na Península Ibérica, adiantando

ainda já ter comprado uma quinta noutro concelho para eventualmente poder vir a deslocalizar o investimento.

Alegando que está à espera do PDM “há oito anos”, Herdade salienta que quer con-centrar toda a actividade pecuária nas ins-talações que possui em Vale Torto, fregue-sia de Seixo da Beira, mas diz não poder avançar “porque o PDM continua a bloque-ar a construção de instalações pecuárias com mais de 800 metros quadrados”.

“Compreende-se que uma Câmara esteja 8 anos para resolver o problema do PDM”, questiona-se Álvaro Herdade, sem deixar de sublinhar os prejuízos empresariais que a situação implica, dado que, segundo re-fere, com a cunicultura de Lagares da Beira em Vale Torto poderia “produzir-se o do-bro”.

O empresário critica também o facto de não só estar “impedido de construir” como também de “concorrer aos fundos comuni-tários” do Quadro de Referência Estratégi-co Nacional (QREN). “Tenho um projecto de energia eléctrica para Vale Torto, que consiste no aproveitamento do estrume para produção de biogás e que envolve um investimento de 2 milhões e quinhen-tos mil euros. Não podemos concorrer por causa do PDM”, lamenta o empresário.

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 11 C O N C E L H O

15 DIAS | ON-LINE

Partidos da oposição com novos direitos

Boletins Municipais passam a ter novas regras

Numa deliberação datada do dia 1 de Outubro, o Conselho Regulador da Entida-de Reguladora para a Comunicação Social (ERCS) determina que as publicações edi-tadas pela administração regional e local – como boletins municipais, por exemplo –, vão passar a estar “obrigadas a veicular a expressão das diferentes forças e sensibili-dades político-partidárias que integram os órgãos autárquicos”. O exercício do direito de resposta e de rectificação, passa também a ser obrigatório, quando solicitado pelos cidadãos ou por titulares de órgãos políti-cos.

O projecto desta directiva, aprovado por unanimidade, surge, segundo a ERC, em consequência de “um vazio legal relativa-mente à caracterização, à missão e às obri-gações que impendem sobre publicações periódicas editadas pela administração lo-cal e regional, nomeadamente em matéria de pluralismo político”.

Acresce ainda que a ERCS tem recebido “frequentemente” queixas de vários parti-dos políticos que vêm “reclamando o cum-primento das exigências legais em matéria

de pluralismo político.De acordo com a análise que a ERCS fez

a algumas das queixas apresentadas, aque-la entidade diz ter constatado que um dos “traços” que identificam os boletins muni-cipais, por exemplo, “é o elevado número de fotografias que em cada edição retratam os dirigentes autárquicos”

A ERCS afirma ainda que nas publica-ções analisadas “o debate político plural, incluindo a réplica, está ausente das suas páginas. Também a profusão de fotografias com elevado grau de presença da figura do presidente da Câmara identificadas em algumas publicações analisadas constitui uma marca destas publicações”, acrescenta aquele organismo que tutela a comunica-ção social portuguesa.

Refira-se que um dos últimos boletins municipais editado pela Câmara Muni-cipal de Oliveira do Hospital (CMOH), é composto por 108 páginas a cores e tem uma tiragem de 7.500 exemplares distribu-ídos de forma gratuita. Nesta publicação, a imagem do presidente CMOH aparece em cerca de 40 fotografias.

Morte súbita, à porta do estabelecimento

Antigo presidente da Junta de Lagos da Beira encontrado morto dentro do carro

O antigo presidente da Junta de Fre-guesia de Lagos da Beira, Virgílio Santos Cunha, 56 anos, foi encontrado morto ao início da manhã, dia 8 de Outubro, dentro do veículo que conduzia.

Segundo este jornal apurou, aquele co-nhecido comerciante ligado ao sector do mobiliário, encontrava-se parado na rua Aurélio Amaro Diniz, junto ao seu esta-belecimento, a aguardar por um lugar de estacionamento.

As causas da sua morte são ainda des-conhecidas, uma vez que o corpo está a ser autopsiado no Instituto de Medicina Legal de Coimbra.

Virgílio Cunha, destacou-se na vida política municipal, enquanto autarca elei-to pelo Partido Socialista para a Junta de

Freguesia de Lagos da Beira, onde foi pre-sidente durante dois mandatos consecuti-vos: entre 1994/97 e 1998/2001.

Floresta de pinhal muda de cor

Investigador considera “dramática” a progressão do Nemátodo na região Centro

“Estamos perante uma situação dra-mática de progressão da doença. Há cla-ramente uma situação de alarme que tem de ser debelada”, referiu um investigador do NemaLab, congénere do Instituto de Ciências Agrárias Mediterrânicas (ICAM) da Universidade de Évora, especialista do nématodo da madeira do pinheiro, que integrou a delegação que recentemente acompanhou a CAULE numa visita pelas zonas mais afectadas da região centro.

Em declarações à Agência Lusa, Ma-nuel Mota sublinhou que “ao longo do IP3, entre Coimbra e Tábua”, foi possível verificar “um conjunto de árvores em de-clínio, com sintomas característicos da doença”. O investigador de-nunciou ainda um cenário mais grave, reportando-se ao caso concreto de Mouronho, na Serra do Açor onde – como referiu – “há uma autêntica situação de descalabro”.

A visita realizada incluiu paragens em vários pinhais dos concelhos de Penacova, Tábua, Arganil e Oliveira do Hospital, contando com a participação de diversos in-vestigadores universitários, técnicos e dirigentes de as-sociações florestais. Na oca-sião, o presidente executivo da CAULE, Vasco Campos, considerou “imperativa” a intervenção do Estado no apoio em prol dos proprietá-rios florestais afectados “para que seja possível atenuar os efeitos da doença”. Não dei-xou ainda de sublinhar que os pinhais em condições mais críticas são os que es-tão contíguos a pinhais de proprietários ausentes, ou os

que confrontam com pinhais cujos pro-prietários – a maioria idosos – não têm grandes meios para agir e fazer face ao problema. Na opinião de Vasco Campos, a intervenção do Estado deve passar pela ajuda ao corte das árvores e não por in-demnizar os proprietários. Denunciou ainda que “desde Abril, a intervenção foi nula” e foi peremptório ao afirmar que “se nada se fizer” o problema “vai espa-lhar-se pelo país”.

O foco de Nemátodo da Madeira do Pi-nheiro foi detectado em 1999 na Penínsu-la de Setúbal e, em Abril deste ano voltou a ser encontrado em pinhais da Lousã e Arganil, no distrito de Coimbra.

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com12

Há até quem nunca tenha dado pela sua presença, mas o casal Sousa e o fi-lho de 29 anos habitam uma casa, sem o mínimo

de condições, na Quinta do Chão Costa, na Catraia de S. Paio. “Não conheço para aí ninguém”, referiu um morador das re-dondezas, contando que seguindo aquele caminho, o Correio da Beira Serra apenas iria encontrar a moradia de um advogado oliveirense.

De facto, ao fundo do caminho em terra batida vislumbrava-se a casa do ju-rista, mas muito antes, o CBS deparou-se com a habitação do casal que procurava. O alerta foi dado por conhecidos de José e Gracinda Sousa que não se conformam com a forma como continua a viver o ca-sal e o filho de 29 anos. “Aquilo é uma miséria. Já ninguém vive assim”, alertou um conhecido, começando por contar que a casa onde habitam não tem água, nem luz, nem casa de banho.

A curta descrição foi comprovada pelo

CBS numa visita à habitação que o casal arrendou há já 36 anos, por ocasião do casamento e onde criou os seis filhos.

Volvidas mais de três décadas, a casa continua sem luz – por ali nem sequer se avistam os postes de iluminação pú-

blica – água canalizada, casa-de-banho e até sem vidros nas janelas. À semelhan-ça do que acontecia há longas décadas

Fotos comHistória

ARQUIVO CORREIO DA BEIRA SERRA

1998-2008

1997. O Partido Socia-lista escolhe Manuel

da Costa como cabeça-de-cartaz às eleições

autárquicas. O antigo jogador de

râguebi entra no campo do PSD e convida Fran-

cisco Rodrigues – ex-chefe de gabinete de

Carlos Portugal – para o segundo lugar da lista. A “jogada” correu mal

porque, aparentemente, o eleitorado censurou a mudança de camisola. Mário Alves ganhou a

sua primeira maioria...

R E P O RTAG E M

Miséria grassa na Quinta do Chão Costa: ainda nem a electricidade chegou

Casal mantém hábitos de vida de há 36 anosUm casal e o filho de 29 anos

habitam uma casa sem o míni-

mo de condições numa quinta

da Catraia de S. Paio. Sem em-

pregos, nem pensões, Gracinda

e José mantêm os hábitos de há

36 anos atrás, mas por falta de

condições económicas não têm

intenções de mudar de vida,

nem sequer de solicitar a ligação

da electricidade.

LILIANA LOPES

“A gente vê que no povo as pessoas vivem melhor...”

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 13

atrás, a solução continua a passar pela iluminação através da candeia, pelo re-curso à água da mina e por usar o balde e a bacia para as necessidades fisiológicas e banhos. Alguns alimentos continuam a ser conservados através do sal e as ja-nelas são tapadas com taipas de madeira, cujas frestas são convidativas à entrada do frio e do vento que também já têm porta garantida pela estrutura que supor-ta o telhado à vista em qualquer uma das divisões da casa.

“A gente vê que no povo as pessoas vivem melhor”Enganem-se, contudo, os que pensam que José e Gracinda se lamentam da vida. Ga-rantem que não pedem nada a ninguém e que não faz parte dos seus planos lar-garem a casa onde vivem, nem tão pouco mudar de vida. “Estou aqui muito bem”, contou ao CBS Gracinda Sousa que, em nenhum momento, deu sinais de triste-za ou desespero. Conformada e habitu-ada à vida que lhe é permitido gozar, a mulher de 55 anos natural de Gramaços recorda que os “últimos dias em que tra-balhou fora” foi antes do nascimento dos seis filhos. “Tive os filhos e nunca mais trabalhei”, referiu, contando que devido a problemas de coluna apenas vai culti-vando o necessário para casa e criando umas galinhas. “Para nós vai dando e quando não chega vou comprar à Ale-xandrina”, acrescentou, contando que o dinheiro que entra em casa é o marido que o ganha quando faz uns dias fora na agricultura. Por mês, Gracinda tem garantidos 20 Euros que José Sousa e o filho – trabalha na construção civil – lhe dão para preparar as roupas, mas “mal dão para o sabão”. Os condutos à mesa vão aparecendo, mas o mais habitual são os ovos, o peixe frito e carne salgada. O leite não entra na casa de Gracinda por-que não tem como o conservar depois de

aberto, mas a sopa é que tem sempre pre-sença garantida na hora da refeição. As árvores do quintal asseguram a fruta e a roupa do corpo vai-se comprando e, por vezes, é oferecida por gente conhecida.

Apesar de isolada da população, Gra-cinda Sousa tem noção de como os tem-pos evoluíram. “A gente vê que no povo eles vivem melhor, mas a renda de um apartamento é muito cara”, disse, assegu-rando que vão convivendo com algumas

pessoas porque pelas traseiras da casa está “a 10 minutos dos caldei-reiros”. Recorre a uma vizinha para carregar a bateria do telemóvel, mas garante que não lhe fica a dever, porque leva sempre algo que produz na terra. Quando vai às compras e alguma pes-soa amiga lhe oferece um café aceita, mas recusa de imediato se lhe ofe-recerem comida. “Não aceito comer do lume a ninguém, porque até era uma vergonha para mim”, frisou. Já o mari-do – sem emprego fixo desde que se demitiu da então designada Aglo-ma há mais de 20 anos – não deixa de ir ao café diariamente para con-viver com amigos, ler o jornal e ver televisão. Para além disso, como contou, é onde tem a possibilidade de usar uma casa-de-banho.

Falta dinheiro para uma vida melhorQuestionado pelo CBS sobre o motivo pelo qual nunca tentou mudar o rumo da vida que iniciou há 36 anos, o casal Sousa refugia-se na tese de que a casa é de renda e que o valor a pagar subiria demasiado se solicitassem melhorias aos senhorios. “Não tínhamos possibilidades de pagar”, confessou Gracinda, lembran-do que só tinha dinheiro certo na altu-ra em que criou os filhos e porque era apoiada pela Segurança Social. Depois dos filhos criados, o casal ficou desprovi-do economicamente e também nunca se-quer pensou em comprar a própria casa, nem tão pouco lutar por melhores condi-ções de vida. José Sousa contou ao CBS que nunca contactou a Junta de Fregue-sia, nem a Câmara Municipal para que pudesse vir a ter acesso à electricidade. E justificou a atitude com os custos que daí poderiam advir. Foi com o mesmo ar-gumento que explicou também o motivo pelo qual não usa o gerador que possui. É que “um litro de gasolina é muito caro e só dá para uma hora”.

Afastado da vida em sociedade, o casal Sousa não esconde o afecto pelos animais e confessa que são uma óptima companhia. Em casa, as notícias do ex-terior chegam através do rádio a pilhas e pela voz de José Sousa que depois de ler o jornal no café, conta a Gracinda as novidades do momento. Sobre a possibi-lidade de mudança de casa, o casal reve-lou-se satisfeito com a vida que leva, mas também não descartou a possibilidade de mudança para outra habitação, des-de que continue a pagar os 10 Euros por mês, situação que considera impossível.

R E P O RTAG E M

PUB

Quinta São José

Lar Residencial Sénior... porque os nossos, merecem o melhor

Senhor das Almas – Nogueira do Cravo – Oliveira do HospitalTel. 238 607 030 / 968 293 970 – [email protected]

Miséria grassa na Quinta do Chão Costa: ainda nem a electricidade chegou

Casal mantém hábitos de vida de há 36 anos

PUB

“As pessoas não sabem o que andam a fazer...”, afirmou ao CBS um técnico florestal

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com14

Opresidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, Mário Alves, revelou-se, na reunião pública, dia 8

de Outubro, incomodado com a inter-venção de José Francisco Rolo no perí-odo antes da ordem do dia, ao ponto de sugerir ao vereador socialista para “fi-car no seu lugar”, deixando claro quem é que toma decisões na autarquia.

“Temos a nossa forma de acção e não é o meu amigo que vai impor o que quer que seja ao nível de qual-quer projecto. Fomos eleitos pelo povo, temos a maioria e somos nós que definimos quando e como avan-çamos e os caminhos que trilhamos”, afirmou o presidente oliveirense em reunião pública do executivo, depois de interpelado pelo socialista, que também fez questão de explicar que também ele foi eleito pelo povo e não foi ali colocado por nomeação.

Já depois de Mário Alves ter pos-to em causa a “ética política” do vereador, José Francisco Rolo pediu

explicações ao executivo sobre o que apelidou de “um assunto sério e desagradável” e que tinha por base a sobrelotação dos transportes na zona sul do concelho, mais concretamente no trajecto entre Oliveira do Hospital e Lagares da Beira. “É inadmissível – e exigem-se responsabilidades – que haja alunos a preencher por inteiro o corredor do autocarro”, afirmou, sendo depois informado por Mário Alves de que “se o problema existe, a senhora vereadora fará as diligências necessárias para o resolver”. “Já esta-mos aqui habituados aos seus alarmes e confio inteiramente no trabalho da vereadora”, acrescentou o edil que já anteriormente tinha sugerido a Rolo – quando pediu esclarecimentos so-bre a situação da funcionária Isilda Cordeiro – para “estar no seu lugar” e respeitar as regras do executivo.

“O Empreender + redundou num fracasso”Volvido um ano desde que o municí-

pio premiou as duas ideias de negócio concorrentes ao Empreender+ – Logic Pulse e Fauna Polis – José Francisco Rolo interpelou Mário Alves sobre o facto de nenhuma das empresas estar sedeada no concelho. Referiu-se ao caso concreto da “Logic Pulse”, que se encontra instalada no Parque Indus-trial de Taveiro, em Coimbra.

“Percebi que o Empreender + re-dundou num fracasso”, sublinhou o vereador, constatando que está a acontecer o mesmo com o Invista+, responsabilizando a câmara de uma reduzida divulgação dos projectos.

Sobre o facto de a Logic Pulse se encontrar sedeada em Taveiro, Rolo considerou que tal se deve à inexis-tência de uma incubadora de empre-sas em Oliveira do Hospital. “A Zona Industrial está como está, o Pólo da Cordinha está abandonado e a incu-badora é uma miragem”, sublinhou, ao mesmo tempo que deu conta, de que pelos outros municípios vão surgindo incubadoras e centros em-

presariais capazes de acolher ideias de negócio e empresários, como em Arganil e Penela.

Para Mário Alves, o problema re-side no facto de o Governo não criar emprego. “Acho graça ao atirar para cima da Câmara Municipal as respon-sabilidades do Governo do país”, che-gou a considerar Alves, reunindo o apoio dos membros do executivo em permanência que não hesitaram em rir quando o vereador defendeu que “a Câmara é que deve criar emprego”. Usando da ironia, José Francisco Rolo chegou até a notar que “a Câmara tem criado bastantes (empregos)”.

O presidente da Câmara esclare-ceu, por seu turno, que a autarquia “não faz empresários”. “Criamos ini-ciativas para despertar este sentido empresarial e empreendedor. As se-mentes estão lançadas e as pessoas têm que tomar decisões de poder ou não apresentar projectos”, sustentou Alves, sem deixar de lembrar a Rolo que o executivo “já está habituado às

ligações” que o vereador mantém com “a Comunicação Social”. Sublinhe-se que o presidente oliveirense recusou até dar resposta a uma interpelação de Rolo relativa o facto de o muni-cípio não providenciar condições de trabalho para os jornalistas aquando da realização de cerimónias como a do feriado municipal. “Não tenho nada a ver com eles e não vou falar sobre eles”, sustentou Alves.

Alves mantém pressupostos para com a ARCEDO Centro de Emergência Social e o lar de idosos de Travanca de Lagos vol-taram ao período antes da ordem do dia pela voz de Rolo que sugeriu ao executivo para que “se refaça o pro-jecto do lar” e se “abra o Centro de Emergência Social”. “Era melhor que se acolhessem as famílias, do que vi-rem nas páginas de jornal”, sublinhou o vereador, realçando que só no Cen-tro foram aplicados “mais de 30 mil contos”. Quem recusou a sugestão foi o presidente da Câmara lembrando a Rolo quem é que define os caminhos a trilhar pelo município.

Postura semelhante foi assumida por Mário Alves em face da interpe-lação sobre o facto de mais uma vez a ARCED ter ficado excluída do “bolo de 75 mil Euros” distribuídos por associações de formação desportiva, e que foi entendido por Rolo como “inaceitável”. “Gosta de alimentar polémicas, mas eu não tenho nada a dizer sobre isso”, sustentou Alves, indicando que “se mantêm os pressu-postos e o posicionamento da Câmara em relação a essa matéria”.

Intervenção de vereador socialista incomoda Mário Alves

“Fomos eleitos pelo povo, temos a maioria e somos nós que definimos como e quando avançamos”

Depois de questionar o chefe do executivo sobre alguns pro-

cessos polémicos, o vereador do PS, José Francisco Rolo, foi aconselhado por Mário Alves

a “manter-se no seu lugar”. “Temos a nossa forma de acção

e não é o meu amigo que vai impor o que quer que seja”...

LILIANA LOPES

P O L Í T I C A

Na sequência da inauguração do relvado sintético e bancada do Campo de Santo António

em Nogueira do Cravo, o vereador socialista José Ribeiro de Almeida considerou, dia 8 de Outubro, que “a gente de Nogueira do Cravo tem feito um trabalho excepcional”.

“Há regiões onde muito se fala na raça da população local…Noguei-ra do Cravo tem gente com grande raça”, considerou em reunião públi-ca do executivo camarário, confes-sando ter ficado satisfeito com o que assistiu na passada terça-feira, sem deixar de apelar à Câmara para que “continue a apoiar como tem feito

até hoje”. Na ocasião, Ribeiro de Al-meida criticou ainda a forma como, no feriado municipal, o município procedeu à atribuição de subsídios às associações e colectividades con-celhias. “Deu a ideia de distribuição de carolos”, notou o vereador.

Desvalorizando a apreciação do socialista relativamente à entrega dos subsídios – “foram entregues como habitualmente”, referiu – o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital disse não saber se existe uma raça Nogueirense, pre-ferindo considerar que “existem ci-dadãos com vontade de vencer e de fazer algo positivo”. “Existem pesso-as assim em todas as terras. É o apa-nágio da população do concelho de

Oliveira do Hospital”, sublinhou.

Alves declinou Apoio Móvel Ainda no período antes da ordem do dia, José Ribeiro de Almeida viu rejeitada a proposta de criação de um serviço móvel de apoio às po-pulações mais afastadas e onde vive gente idosa. Entre outras coisas, a unidade de apoio – como explicou o vereador – percorreria o municí-pio com horário definido, com uma equipa específica para passar recei-tas e medir a tensão arterial. “Seria interessante”, referiu.

Por entender que o apoio refe-renciado já está a ser prestado pelas Instituições Particulares de Soli-dariedade Social, através do apoio

domiciliário e até pelo Centro de Saúde, o presidente Mário Alves considerou que “de momento, não será uma coisa urgente”.

Ribeiro de Almeida aproveitou ainda para sublinhar que, depois da intervenção que foi feita, a “situação melhorou na Estrada Nacional 17”, ao nível do piso e até da sinalização horizontal. Menos satisfeito revelou-se relativamente ao atraso verificado no arranque das obras para a segun-da fase da variante a Tábua anun-ciadas para Julho. “Espero que os IC não venham a ser prejudicados”, re-feriu o vereador, para de imediato ser apoiado pelo presidente Mário Alves que disse também continuar à espera que “o Julho de 2008 apareça”.

Vereador do PS, numa referência à inauguração do novo campo sintético

Ribeiro de Almeida identifica “gente com grande raça” em Nogueira do Cravo

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 15

Raquel Marques é uma jovem simpática, de sorriso bailarino no rosto, por isso nin-guém lhe adivinha os

sacrifícios que ultrapassou até ago-ra, no limiar do terceiro ano do cur-so da arquitectura na EUAC (Escola Universitária das Artes de Coimbra, continuadora da ARCA). A pintura e a fotografia, por outro lado, ocupam-lhe os tempos livres, e o aparente uso automatizado da máquina fotográfi-ca não é mais do que um excelente exercício para outros voos. É disso que “fala” a exposição que actual-mente pode ser apreciada na Livraria Apolo.

Natural de Vila Nova de Olivei-rinha, Raquel Marques frequentou a Escola Secundária de Oliveira do Hospital até ao 9º ano. Depois, de-cidiu ir para Coimbra e frequentar a José Falcão com o intuito de, mais tarde, ingressar na ARCA, como aconteceu:

– “Saí de Oliveira porque na esco-la, na altura não havia “Artes” e eu tinha o sonho de cursar Arquitectu-ra. Tinha média de quinze, decidi ir para a ARCA que, como se sabe é uma escola particular. Às vezes pen-sa-se que neste tipo de escolas, onde se paga e bem, a vida dos alunos é facilitada quando chega a altura de avaliar a nossa prestação, mas não é verdade; aqui dificultam-nos imen-

so a vida e ninguém pode deixar-se “adormecer no estudo”.

Um “pequeno percalço” no 1º ano, mas no seguinte não deixou os créditos por mãos alheias e até ago-ra nunca “chumbou”, o que lhe tem garantido uma bolsa de estudo, “… que não chega para cobrir as despe-sas”:

– “As minhas maiores dificulda-des têm sido de carácter económico,

faço alguns sacrifícios, o que valori-za – penso eu – o meu desempenho e o esforço da minha mãe que tra-balha imenso para que não me fal-te o indispensável. Depois do curso tenho mais dois anos de mestrado, sei que não vai ser fácil, gostava de

fazer o programa “Erasmus”, depois se vê…”.

As questões financeiras podem deitar por terra todos os sonhos, como os da Raquel que, se pudesse, faria o Erasmus em Madrid ou Mi-lão “porque me fascinam estas duas cidades, sobretudo Milão pela sua monumentalidade, mas Madrid está mais perto de casa…”. A fotografia talvez possa atenuar as despesas se

“aparecerem pessoas interessadas na compra de algumas…”, embora não seja essa a finalidade da expo-sição.

– “Se pudesse gostaria de tirar um curso de fotografia, um passatempo que me fascina imenso… Não digo

que iria fazer disso meio de vida, mas nunca se sabe”.

Coimbra tem sempre encanto, não é só na hora da despedida – como se canta na “Balada da Despedida” – que a noção desse fascínio fica des-perta, por isso é perfeitamente nor-mal a paixão que a Raquel tem pela cidade. Enquanto Estudante, a vida académica já teve melhores dias, “…

agora já não a sinto com a mesma intensidade, como acontece, julgo, com a maioria dos estudantes. Sou adepta do Sporting, mas a Académi-ca é a Académica, fica-nos no “san-gue” para toda a vida; Coimbra, de facto tem características únicas, até neste aspecto com que nos identifica-mos, sejamos ou não desportistas”.

Aos hábitos e costumes da cidade, da EUAC e dos estudantes, a Raquel disse… nada, embora tivesse deixa-do breve crítica:

– “Coimbra é fantástica, como re-feri, mas na minha escola existe bas-tante individualismo e não é fácil fazer amigos autênticos, ao contrá-rio de outros ambientes estudantis. “Talvez seja uma característica da própria Escola, não sei, mas como ando lá para estudar e tirar o meu curso e nada mais, não me incomo-do muito com esse “pormenor”.

O futuro “está ao virar da esquina” e a futura arquitecta, além de traçar projectos no estirador, desenha-os na sua imaginação. Que fazer depois?

– “…Ir para um gabinete de Arqui-tectos, talvez, em Coimbra ou outro sítio, perto da família; não ponho de parte a hipótese de ir trabalhar para outro país, é tudo uma questão de oportunidade, mas ainda tenho de percorrer um enorme caminho até chegar a esse tempo de decisões - ca-minho que, como disse, não é nada fácil. Se conseguir o Erasmus, talvez os horizontes possam surgir com ou-

tras “cores”, pelo menos tenha essa esperança…”.

Diz-se que a Fé “move monta-nhas”. Quando assim é, “nenhum Kilimanjaro” pode impedir o gosto de ter a luz no pensamento, subir mais alto e ir mais além, como canta Manuel Freire:

“Não há machado que corte a raiz ao pensamento…”!

Carlos Alberto

Raquel Marques

Falta-lhe pouco para chegar ao sonho – uma espécie de Kilimanjaro bem difícil de escalar até ao cume! Depois, o mercado de trabalho terá de dar resposta a mais uma Arquitecta, porque sempre o quis ser, desde menina. Apesar de nunca se ter desviado do percurso de estudante aplicada, em linha recta, por vezes fez

pausas, questionando-se a si própria: serei capaz?

Arquitectura (s) de sonhos e realidades

C U LT U RA

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com16LO C A L

O correio trouxe-me uma carta sem remetente que me deixou intrigado durante uns segun-dos. Abri o envelope com cuidado e retirei o conteúdo que, ao contrário do suposto, não trazia más notícias – pelo contrário!Tratava-se de um simpático convite, em nome do presidente da Câmara Municipal de Oli-veira de Oliveira do Hospital, para assistir a uma exposição de fotografia da artista Arlette Graven. Até aqui, tudo normal…Com o pequeno rectângulo na mão, dei voltas e mais voltas à memória na tentativa de lembrar a ocasião em que havíamos trocado as nossas moradas, eu e o presidente, como acontece aos amigos quando se afastam uns dos outros pela conveniência de outras para-gens. Desconheço o nome da rua e o número de polícia da sua porta, mas se ele, o presiden-te, conhece o meu sítio – o que não é difícil – fico encantado pela lembrança, mas não, eu e o presidente nunca fomos dessas “intimida-des”…Apesar de nos termos cruzados várias vezes, nunca fomos à fala, até naquele dia em que ele, o presidente, encostado ao balcão do café Portugal, com outra pessoa por perto, fez ore-lhas moucas às “boas tardes” que deixei no ar. Assim sendo, este convite só podia ter vindo por engano, ou então…Percebi – finalmente! – que o pequeno rec-tângulo é uma espécie de circular que pode chegar a qualquer pessoa em qualquer canto do mundo, quer seja enviada por quem a subscreve ou por terceira pessoa, como deve ter sido o caso, e então já não estranho… a amabilidade da Arlette – foi ela a remetente, aposto. Sei do que é capaz como “mulher dos sete ofícios”, é verdade, mas nunca a imaginei fo-tógrafa, capaz de retratar as emoções das suas viagens deste jeito bem apelativo para quem se limita a viajar em sonhos, como é o meu caso. Estou curioso.Certamente nunca saberei se o presidente envia convites pessoais aos cidadãos que representa na Câmara, quer tenham votado na sua eleição ou não, mas como as eleições es-tão (quase) à porta, é bem possível que eu seja bafejado pelo apelo da obra feita, de modo a que, com mais um voto (o meu), ele dê conti-nuidade à liderança da Autarquia – apesar das fortes críticas, dos seus pares mais chegados na vida partidária ao anónimo cidadão.Nas suposições mais optimistas ele, o presi-dente, disputará as eleições daqui a um ano, mas como a aragem que sopra da Rua de São Caetano à Lapa se pode transformar em vento ciclónico, é bem capaz de haver novo líder no PSD daqui a uns tempos e lá se vai o eventual apoio da doutora Manuela.Se assim for, não lamento a sorte do presi-dente em exercício, mas fico com pena por não receber na minha caixa do correio um envelope com um convite à reflexão na hora de desenhar uma cruz no boletim de voto – sempre queria ter o gosto de o “guardar” no melhor dos sítios que tenho junto à minha secretária…Quanto à exposição da minha amiga Ar-lette, não vou perder a oportunidade – fica prometido!

C R O N I Q U E TA

Carlos Alberto (Vilaça)

O presidente convida…

Escola profissional conta este ano com 75 novos alunos

Caloiros da Eptoliva praxados nas ruas da cidade

Consequências da doença do nemátodo do pinheiro

Director da CAULE alerta para crise que afecta as serrações

Os novos alunos da Eptoliva – Esco-la Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil percorreram, dia 13, as principais ruas da cidade de Oliveira do Hospital, obedecendo às ordens impos-tas pelos alunos mais velhos.

Envergando os mais diversos trajes e munidos de apitos, os caloiros do pólo de

Oliveira do Hospital chamaram a atenção de populares e lojistas do comércio local que não deixaram de se aproximar para assistir ao ritual. Todos em grupo, os alu-nos desfilaram pelas ruas, onde também se deitaram ao soar do grito: “granada”.

Recorde-se que a Eptoliva é, este ano, frequentada por 75 novos alunos distri-

buídos por quatro turmas, três no pólo de Oliveira do Hospital e uma em Tábua. No total, a Eptoliva disponibiliza oito cursos profissionais e três deles estrea-ram este ano lectivo: Técnico de Organi-zação de Eventos, Técnico de Informáti-ca de Gestão e Técnico de Electrónica e Telecomunicações.

Quebras de preço do pinheiro afec-tado pelo nemá-todo na ordem dos 50 por cento

e o excesso de oferta são facto-res apontados pelo director exe-cutivo da Associação Florestal CAULE como prejudicais para os produtores e serrações.

A madeira de pinho era paga em rolo na região a “42 ou 43 eu-ros a tonelada e neste momento só rende 31 euros”, referiu Vasco Campos à Agência Lusa, explicando que “um pinheiro seco, infectado pelo nemátodo, vale menos 50 por cento do que um verde”. O responsável pela CAULE, deu ainda conta do ce-nário que se tem vindo a abater sobre as serrações que “estão com muitas dificuldades para se manterem e, mesmo aquelas que tratam a madeira com calor, não conseguem voltar a expor-tar para Espanha”.

Luís Alcobia, da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais alertou também para o facto de desde há cerca de três meses não se verificar a exportação da madei-

ra para Espanha, por decisão do Ministério da Agricultura. Tal situação levou a que “as serra-ções estejam cheias de madeira excedentária que não conse-guem escoar”.

A falta de controlo no trans-porte da madeira de pinho foi outra das preocupações mani-festadas por Alcobia que alertou para o facto de poderem originar novos focos de nemátodo. “O transporte não tem controlo, sal-vo inspecções pontuais, e a ma-deira infectada pode circular do Algarve ao Minho sem controlo sanitário”, sustenta o responsá-vel, que defende “um controlo sanitário mais apertado”.

O foco de nemátodo, causa-dor da doença do pinheiro, foi detectado pela primeira vez em 1999 na Península de Setúbal e, em Abril, voltou a ser encontra-do em pinhais da Lousã e Ar-ganil, no distrito de Coimbra, onde já contaminou uma man-cha florestal superior a 100 mil hectares, e continua a alastrar de forma alarmante. As zonas mais atingidas situam-se nos concelhos de Arganil, Tábua e Penacova.

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 17

Opresidente da ex-Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), Jorge Patrão, colocou um comen-

tário no fórum da edição online des-te jornal – www.correiodabeiraserra.com – sobre a polémica saída do mu-nicípio de Oliveira do Hospital para a futura entidade regional “Turismo do Centro de Portugal”. Sustentando que este município “desenvolveu-se turis-ticamente com a integração na RTSE, Patrão explica que Oliveira do Hospi-tal “passou a ser o único” concelho da região “onde já coexistiam todas as formas de oferta turística: pousada, hotel, hotel rural e mesmo 7 unidades de Turismo em Espaço Rural e parques de campismo muito profissionais”.

Salientando que “o turismo foi o único sector da economia que se desenvolveu fortemente nos últimos anos em Oliveira do Hospital, o ago-ra presidente da comissão instaladora do futuro Pólo de Desenvolvimento Turístico da Serra da Estrela, afirma que “houve investimento, criação de

emprego e novos locais de atracção turística”. Patrão deixa ainda uma pergunta: “terá acontecido o mesmo na indústria, agricultura e serviços?”.

A terminar, Jorge Patrão deixa tam-bém uma mensagem: “os muitos ami-

gos que aqui possuo sabem que nunca esquecerei este município e sempre estarei disponível para o acompanhar num novo futuro dentro da Serra da Estrela”.

Refira-se que na última Assembleia

Municipal de Oliveira do Hospital, o presidente da Câmara afirmou que, na opinião de vários autarcas da região – como os da Covilhã e do Fundão – “o Pólo da Serra da Estrela foi cria-do para que uma determinada pessoa se pudesse perpetuar” no turismo da região. “O Pólo da Serra foi arranjado à medida do senhor Jorge Patrão”, es-pecificou Mário Alves.

Instado pelo Correio da Beira Ser-ra a pronunciar-se sobre a polémica afirmação de Mário Alves, Jorge Pa-trão confessou-se “perfeitamente sur-preendido” com o que considera ser uma “conversa indelicada que fica mal a um autarca”. “infelizmente o senhor presidente da Câmara quer ir para o Centro… que seja muito feliz”, afirmou também o ex-presidente da RTSE, criticando contudo o facto de esta decisão estar a ser tomada “con-tra a população e contra os próprios agentes turísticos”.

Realçando a importância da marca “Serra da Estrela” comparativamen-te à marca “Centro”, Patrão garantiu que se ficar à frente do futuro Pólo de Desenvolvimento Turístico da Serra da Estrela continuará a “desenvolver esforços para defender os interesses dos agentes turísticos do município de Oliveira do Hospital” e mostra-se “disponível para debater com ele (Má-rio Alves) cara a cara no município de Oliveira do Hospital” as questões rela-cionadas com esta polémica.

Jorge Patrão disponível para debater “cara a cara” com Mário Alves a polémica

“Infelizmente o sr. presidente quer ir para o centro... que seja muito feliz!”

O presidente do futuro

Pólo de Desenvolvimento

Turístico da Serra da Estre-

la, Jorge Patrão, contesta

a decisão de Oliveira do

Hospital se ter transferido

para o Centro.

HENRIQUE BARRETO

P O L Í T I C A

R U R A L I DA D E S Foto deHENRIQUE BARRETO

Parar é morrer...

Ao contrário do que aconteceu com o município de Oliveira do Hospital, os congéneres de Coimbra e Figueira da Foz decidiram-se pela não integra-ção na futura entidade regional “Turis-mo do Centro de Portugal”.

A informação foi confirmada pelo presidente da Comissão Instaladora daquela estrutura, Pedro Machado, que em entrevista ao Diário de Coim-bra reconheceu tratar-se de um “per-da para a grande Entidade Regional do Turismo”, revelando-se ainda con-fiante de que “no espaço de tempo, tão breve quanto possível, venham a integrar este movimento, por aquilo que podem dar à região e, simultane-amente, podem receber”.

Candidato à presidência da fu-tura estrutura turística, Machado reconheceu que Coimbra e Figueira da Foz “são, seguramente, dois dos mais importantes contribuintes para o Turismo desta nova grande região”, ao mesmo tempo que considerou “relevante” que “a não presença re-presenta uma perda para ambos, para os municípios e para a região”. “Para os municípios, porque, se estamos a falar numa estratégia regional em que defendemos três eixos – coesão, con-vergência e nova centralidade – signi-fica que esses dois municípios estarão

fora dessa nova visão estratégica que temos para a região Centro”, acres-centou, não deixando de sublinhar que “não estando, perdemos ambos. Estando, ganhamos todos”. Machado não esconde o facto de a ausência de Coimbra e Figueira da Foz “poder vir a adiar” algumas daquelas que eram as intenções relativamente a grandes projectos.

Numa altura em que ainda não está marcada a data para as eleições para a “Turismo do Centro de Portugal”, Pe-dro Machado – único candidato assu-mido para a presidência da estrutura – adiantou que até agora “mais de 95 por cento dos municípios já aderiram” à nova estrutura, sublinhando que o “bloco de municípios que fica de fora não pode hipotecar o que está na lei”. “Temos mais do que condições para marcar esse acto eleitoral, que será até final de Outubro”, considerou Ma-chado, aproveitando para desvalorizar a discussão gerada em torno da sede da “Turismo do Centro de Portugal”. “Enquanto estiver em Aveiro, não é por isso que Aveiro é mais beneficiada do que Coimbra, nem Coimbra é mais prejudicada do que Aveiro, da mes-ma forma que não é Viseu ou Castelo Branco”, sustentou.

L.L.

Coimbra e Figueira da Foz demarcam-se da “Turismo do Centro de Portugal”

Jorge Patrão acusa Mário alves de tomar decisão “contra a população e os próprios agentes turísticos”

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com18R E G I Ã O

IMOBILIÁRIA

Tribunal Judicial de Oliveira do HospitalSecção Única

Largo Cabral Metelo – 3400-062 Oliveira do HospitalTelf. 238605230 – FAX 238605239 – E-mail: [email protected]

ANÚNCIOProcesso: 204/03.4TBOHP Execução OrdinárioN/ Referência: 457279 Data: 09-09-2008

Exequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.Executado: António José Pinto Amaro e outro(s)…Correm éditos de 20 DIAS para citação dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os

bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, findo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do anúncio.

Bens penhorados:TIPO DE BEM: Bem MóvelDESCRIÇÃO: Um aparelho de soldadura, por arco transferido, compostos por dois armários, componen-

tes electrónicos, mesa e robot, de marca Reis, modelo SR-V60, Tipo ROK 11, n.º 5421900.

PENHORADO EM: 16-12-2003 16:30:00,AVALIADO EM: € 150.000,00PENHORADO A:EXECUTADO: Serplatec – Manutenção Industrial, Lda.. Documentos de identificação: NIF – 504521470.

Endereço: Zona Industrial, Lote 8, 3400-000 Oliveira do Hospital.

O Juiz de Direito,Dr.(a) Luís Alves

O Oficial de Justiça,José Nobre 2.ª Publicação | Correio da Beira Serra, 14 de Outubro de 2008

BOM NEGÓCIO Vendem-se Seis Semanas de Férias

Periódicas Perpétuas Em Apartamentos Turísticos

no Algarve (Albufeira – Cerro da Piedade)Por Apenas 6 mil euros

(Primavera, Verão, Outono e Inverno)

Contacto: 916 280 641

Tribunal Judicial de Oliveira do HospitalSecção Única

Largo Cabral Metelo – 3400-062 Oliveira do HospitalTelf. 238605230 – FAX 238605239 – E-mail: [email protected]

ANÚNCIOProcesso: 551/08.9TBOHP Carta Precatória/Solicitação N/Referência: 462498

(Averbada) Data: 01-10-2008

Exequente: Banco BPI, S.A.Executado: Antero Resende e outro(s)…Processo de origem: Processo nº 5206/03.8TVPRT do Porto – 4ª Vara Cível, 4ª Vara – 2ª Secção

Nos autos acima identificados foi designado o dia 10-11-2008, pelas 10:00 horas, neste Tribunal, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do(s) seguinte(s) bem/bens:

1.- Fracção Autónoma designada pela Letra “A”. composta por uma garagem com 35 m2. sita em Alqueve, Gramaços, na freguesia de Oliveira do Hospital, inscrita na matriz predial urbana sob o artigo matricial nº 1465-A, descrita na Conservatória do Registo Predial de Oliveira do Hospital sob o nº 00251/090187-A, pelo valor base de €: 12.250,00, resultante de 70% do seu valor total.

2.- Prédio Urbano composto por pavilhão que se destina ao abate de porcos com 5 divisões e uma casa de banho, com a área de 300 m2, e logradouro, com a área de 1190 m2, a confrontar de norte com Maria dos Praze-res, sul, nascente e poente com caminho, sito ao Carvalhal, freguesia de Oliveira do Hospital, inscrita na matriz sob o artigo 1230, descrito na Conservatória do Registo Predial de Oliveira do Hospital sob o nº 01549/001002, pelo valor base de €: 97.370,00, resultante de 70% do seu valor total.

penhorados a Exequente: Banco BPI, S.A., , domicílio: Rua Tenente Valadim, 284, 4100-476 PortoExecutado: Antero Resende, profissão: Desconhecida ou sem Profissão, estado civil: Casado (regime: Comu-

nhão de adquiridos), nascido(a) em 14-11-1957, ,nacional de Portugal, NIF – 151759260, BI – 4456557, domicí-lio: Rua António Nobre, Lote A – 2º Drt., 3400-084 Oliveira do Hospital.

Executado: Maria Otília Pereira Peres Resende, estado civil: Casado (regime: Comunhão de adquiridos), nascido(a) em 20-04-1960, , nacional de Portugal, NIF – 108209270, BI – 8702382, domicílio: Rua António No-bre, Lote A, 2º Drt., 3400-084 Oliveira do Hospital.

Credor: Instituto da Segurança Social, I P – Centro Nacional de Pensões, NIF – 600000001, domicílio: Rua Abel Dias Urbano, 2, R/c, 3004-519 Coimbra.

Fiel Depositário: José Mendes Tavares, estado civil: Casado, nascido(a) em 25-05-1039, , nacional de Portu-gal, NIF – 104223618, BI – 7573632, domicílio: Rua Alexandre Herculano, Nº 15, Oliveira do Hospital, 3400-078 Oliveira do Hospital.

É fiel depositárioJosé Mendes Tavares, NIF – 104223618, BI - 7573632, Endereço: Rua Alexandre Herculano, Nº 15, Oliveira

do Hospital, 3400-078 Oliveira do Hospital

Nota: No caso de venda mediante proposta em carta fechada, em Execução Comum (instaurada em data igual ou posterior a 15/09/2003) os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Solicitador de Execução ou, na sua falta, da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor (nº1 ao Artº 897º do CPC).

O Juiz de Direito,Dr(a). Pedro Jorge Matos

O Oficial de Justiça,João Martins 1.ª Publicação | Correio da Beira Serra, 14 de outubro de 2008

Oparque recreativo e de lazer de Touriz, foi o local escolhido pelo empresário Fernando Ta-vares Pereira para oferecer uma feijoada aos habitantes da pe-

quena aldeia da freguesia de Midões, concelho

de Tábua.Este convívio, que se arrastou pela tarde den-

tro com os grelhadores do parque a grelharem carne de porco para as muitas pessoas que no fe-riado de 5 de Outubro ali se deslocaram, teve no entanto um outro objectivo: angariar fundos para

a construção de uma casa mortuária em Touriz.“Nós somos tão poucos que só se dermos as

mãos é que conseguimos fazer alguma coisa pe-las nossas terras”, sublinhou Fernando Tavares Pereira, dando conta de que com alguns apoios que hão-de vir, está praticamente concluído o

processo de angariação de fundos para a cons-trução daquela infra-estrutura.

Empresário Fernando Tavares Pereira ofereceu o repasto

Touriz dá as mãos para angariar fundos para casa mortuária

Os três mais idosos habitantes de Touriz não faltaram ao convívio.

Fernando Tavares Pereira, rodeado de amigos numa prova de vinhos das suas quintas.

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 19

Oliveira do Hospital(Casa da Cultura César de Oliveira)

17 – 18 – 19 Outubro – 21h30

VIAGEM AO CENTRO DA TERRA – 3DRealizador: Eric Brevig Actores: Brendan Fraser, Josh Hutcherson, Anita Briem Aventura | M/12 | 92 minutos

24 – 25 – 26 Outubro – 21h30

NÃO TE METAS COM O ZOHANRealizador: Dennis Dugan Actores: Adam Sandler, Rob Schneider, Judd Apatow, Chris Rock, John Torturro Acção / Comédia | M/12 | 113 minutos

3º Ciclo de Cinema PortuguêsEntrada livre> 21h30

14 de Outubro

THE LOVEBIRDSRealizador: Bruno de AlmeidaActores: Joaquim de Almeida, Rogério Samora, JohnVentimiglia, Ana Padrão, Joe Berardo...Drama | m/12 | 83 min.

21 de Outubro

LOBOSRealizador: José NascimentoActores: Vitor Norte, Nuno Melo, Catarina Wal-lenstein, Adriano Luz, Francisco Nascimento...Drama | m/16 | 100 min.

Tondela(ACERT)

Até 30 de Outubro

PORTUGAL JAZZRETROSPECTIVA Fotografias de Hélio Gomes Exposição Jazzin’08

Até 30 de Outubro

HABITAT Projecto de Volker SchnÜttgen Exposição Jazzin’08

C U LT U RA | AG E N DA

CINEMA

ESPECTÁCULOS

Seia(Casa Municipal da Cultura)

18 de Outubro > 21:45 HorasCerimónia de Abertura Cine’Eco

Concerto com RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLE

25 de Outubro > 21:45 HorasCerimónia de Entrega de Prémios Cine’Eco

Concerto com VIVIANE

ACTIVIDADES PARALELAS Dia 19 > 17 HorasApresentação do livro de Denise Godoy“Língua Travada” Dia 22 >10 Horas Animação de rua com FunfarraDia 24 > 10:30 HorasExibição do documentário (extra-concurso) “Para além do Fogo” de Francisco Manso, Dia 25 > 9:30 Horas Conferência: “Territórios de baixa densidade”

TEATROCoimbra (Teatro Académico Gil Vicente)

Até 18 de Outubro

9ª FESTA DO CINEMA FRANCÊSOrganização: Alliance Française de Coimbra e Instituto Franco – Português de Lisboa

16 DE OUTUBRO21H00 > LE PREMIER CRIde Gilles de Maistre 23H30 > FAUT QUE ÇA DANSE!de Noémie Lvovsky

17 DE OUTUBRO21H00> LES LIP, L ‘ IMAGINATION AU POUVOIRde Christian Rouaud23H30> UN BAISER S’IL VOUS PLAÎTde Emmanuel Mouret

18 DE OUTUBRO18H00> LE DEUXIÈME SOUFFLÉde Alain Corneau21H00> LE FILS DE L ‘ ÉPICIERde Éric Guirado23H30> PROMETS-MOIde Emir Kusturica

Tondela(ACERT)

18 e 19 de Outubro> 21h4519 de Outubro também às 16h00

FICHEIROS SECRETOS: QUERO ACREDITARDe Chris Carter Actores: David Duchovny, Gillian AndersonM/12 | 104 minutos

22 de Outubro> 21h45

EU SERVI O REI DE INGLATERRADe Jirí Menzel Actores: Ivan Barnev, Oldrich Kaiser, Julia Jents-ch, Martin Huba, Marián LabudaM/12; 120 minutos

29 de Outubro> 21h45

O MEU IRMÃO É FILHO ÚNICOde Daniele Luchetti Actores: Elio Germano, Riccardo Scamarcio, Angela Finocchiaro, Massimo Popolizio, Alba RohrwacherM/12 | 100 minutos

Tondela(ACERT)

16 de Outubro> 10h30 e 14h30público escolar

NARIZES – BAAL 17 “O Regresso à (TUA) Escola” Direcção Geral: Rui RamosInterpretação: Aline Catarino, Marco Ferreira e Vânia Silva

Viseu(Teatro Viriato)

Café-concerto15 de Outubro> 22h00

NORBERTO LOBO Guitarrista Norberto Lobo60 min s/ intervalo > Todos os públicos

18 Outubro> 21h30

Companhia Portuguesa de Bailado ContemporâneoCoreografias de Pedro Goucha Gomes, Vasco Wellemkamp e Henri Oguike80 minutos | m/6 anosPreçosB (7,5€ a 15€) / Jovem 5€Espaço Criança disponível

EXPOSIÇÕES

Coimbra (Teatro Académico Gil Vicente)

DOC TAGV/FEUC

23 [Estreia], 24 e 25 de Outubro> 21h30

HYSTERIAProdução Margarida Mendes Silva com Cama-leão Associação CulturalPreço normal 12,00€

Tondela(ACERT)

25 de Outubro> 21h45

YAMI “Aloelela” Yami Voz e GuitarraNelson Canoa Piano, Sintetizadores, AcordeãoCiro Cruz BaixoTiago Santos GuitarraMarito Marques Bateria, Percursão

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com20

1. A. D. Nogueirense inaugurou o seu novo Complexo Desportivo, tornando-se num clu-be com outros horizontes futuros, mas tam-bém com outras responsabilidades.

Não responsabilidade de subir de divisão, mas de melhorar sobretudo no trabalho de formação, pois as condições são outras.

2. As nossas equipas a disputarem os Cam-peonatos Distritais mostram que poderão as-pirar a uma boa época, até porque o F.C. Oli-veira do Hospital é um clube com aspirações à subida e o Nogueirense tem uma equipa que tem mostrado em campo, que não está no Campeonato para passear.

3. Já a A.D. Lagares da Beira regressou à 1ª Distrital e espera fazer um campeonato razo-ável. Sem dúvida que as pessoas de Lagares da Beira merecem ter uma equipa de futebol sénior, pois é uma das localidades que gosta de futebol.

4. O Sampaense continua a disputar a Pro-liga, hoje com um figurino completamente di-ferente, mas continua a ser um exemplo raro do interior do País, onde o futebol não é Rei. Hoje o clube mais representativo do concelho é o Sampaense, já que está num escalão su-perior.

5. Já o futsal continua bem representado no nosso concelho, com a Escola João Veloso (escolinhas), a S.R. Ervedalense com (Infan-tis, Iniciados e Juvenis), a Casa do Povo de Nogueira do Cravo (seniores na 1ª Distrital) e por último o F.C. Oliveira do Hospital (Se-niores Masculinos e Femininos na Divisão de Honra).

6. O Hóquei Patins do F.C. Oliveira do Hos-pital continua com muitas equipas de forma-ção, sendo uma escola de qualidade, e ainda tem os seus Seniores a disputar a 3ª Divisão Nacional. Como sempre aguardo bons resul-tados pois é o apanágio desta Secção.

7. Já o Clube de Caça e Pesca de Olivei-ra do Hospital disputa a 3ª Divisão Nacional em Ténis de Mesa e ainda tem uma equipa de Juniores. Também este clube tem feito um esforço enorme para conseguir que esta mo-dalidade consiga instalar-se no concelho.

8. Ainda temos o desporto motorizado “ Clube Seita” que organizará um conjunto de provas, que já sabemos atingirão bons níveis. Ainda não conheço a planificação desta épo-ca, mas sei que os desafios serão enormes.

9. Falta falar no Clube de Ténis de Oliveira do Hospital, que tem organizado alguns Tor-neios, como ainda recentemente aconteceu.

10. Nestes clubes todos em que falei, há mais de cem pessoas que não jogam dentro das linhas mas que trabalham para que as coi-sas corram bem.É para estas pessoas que eu desejo os melhores resultados desportivos.

Fora de

Jogo

O P I N I Ã O

José Carlos

D E S P O RT O

Um marco histórico na vida do clube de Nogueira do Cravo

Sampaense com relvado sintético

Largas centenas de pessoas estiveram em Nogueira do Cravo, no feriado municipal, para assistirem à inaugura-ção do novo relvado sintético

do campo de Santo António – uma infra-estrutura desportiva, que resultou de um contrato-programa celebrado entre a Câ-mara Municipal de Oliveira do Hospital, a Associação Desportiva Nogueirense (ADN) e a Casa do Povo local – a entidade proprie-tária do terreno.

Este investimento, suportado pelos co-fres do município num montante de 400 mil euros, tem uma comparticipação da ADN no valor de 70 mil euros e contem-plou ainda a construção de uma bancada coberta e a vedação daquele recinto des-portivo.

Na cerimónia de inauguração, o presi-dente da junta de freguesia local, Adelino Henriques, destacou a importância do que considerou ser “um acontecimento impor-tante” no historial de uma freguesia que “sempre dedicou ao desporto e ao futebol um carinho avultado”, bem como referiu tratar-se de um investimento que constitui uma “valorização do concelho”.

Notando que esta obra foi realizada gra-ças aos directores da ADN, “que souberam levar o projecto a bom porto” e à direcção da Casa do Povo, presidida por Manuel Nina, Adelino Nunes fez entretanto ques-tão de frisar que “tal só foi possível graças ao apoio da câmara municipal, na pessoa do seu presidente” – Mário Alves.

Para o presidente da direcção do clube nogueirense, Adelino Pires, a inauguração do novo relvado sintético vai representar “um lugar especial no historial desta ins-tituição”.

Salientando que a obra “foi realizada em tempo recorde”, por forma a “prejudicar o menos possível a competição desportiva”, aquele dirigente da ADN também não pou-pou elogios à junta de freguesia e casa do povo locais, bem como ao presidente da câ-mara. “Agradeço-lhe a forma como sempre acarinhou este projecto”, afirmou Pires.

“Sou mais um homem de acção do que de palavra”, referiu, por sua vez, Mário Alves, sem deixar de frisar que “estamos numa época em que mais importante do que as palavras são os actos”.

O autarca do PSD destacou também a participação de um seu antigo vereador

– José Ricardo – que, no anterior mandato, “tudo fez para que houvesse uma evolução positiva para que este projecto avançasse”.

Por fim, Alves defendeu que o novo rel-vado sintético do campo de Santo António – feito “contra a vontade de alguns”, con-forme sublinhou – não só deve contribuir para o aumento da prática desportiva, so-bretudo ao nível das camadas jovens, como também permitir a utilização a outras insti-tuições desportivas do concelho

O presidente da junta de freguesia local, Adelino Nunes, não poupou elogios a Mário Alves

Vista parcial do campo com relvado sintético e bancada coberta da A.D. Nogueirense

O empresário António Lopes patrocina as camisolas do clube através do Grupo AHL

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 21

OSampaense dispu-tou a primeira jor-nada dupla desta nova época, deslo-cando-se a Ponte

de Sôr no sábado para jogar com o Eléctrico F.C. e no domingo jogando em casa frente ao Atlético.

Eléctrico F. C. / 75 – 84 / Sampa-ense Basket

A deslocação a Ponte de Sôr será talvez uma das mais longas e duras para a equipa, fruto da distância e dos acessos à localidade do Alto Alentejo.

Perspectivava-se um jogo difícil, não só pelo cansaço que a viagem poderia causar, mas também pelas qualidades do adversário, recém promovido à Proliga.

A primeira parte iniciou-se com domínio beirão. A equipa do Sam-paense entrou forte em jogo, com-batendo de forma segura a virilidade do adversário que jogou sempre no limite do jogo aceitávelmente físico. Mantendo uma defesa sólida, que vem caracterizando este Sampaense de Emanuel Seco, o jogo vai para in-tervalo com o resultado de 34-49.

No início da segunda parte, a

equipa da casa consegue superio-rizar-se devido a uma pressão a campo inteiro, mas com muitos con-tactos excessivos permitidos, que in-timidaram fisicamente a equipa vi-sitante impedindo o jogo colectivo. Foi de tal forma intenso que alguns jogadores do Sampaense acabaram por sair tocados, sem terem a possi-bilidade de voltar a entrar em cam-po. Já no quarto período o Eléctrico consegue aproximar-se no resultado, mas quando era quase evidente que iriam dar a volta ao marcador, o jogo exterior dos beirões apareceu, com Nuno Soares decisivo, e a vantagem no marcador manteve-se até final.

O Jogo termina com uma vitória suada por parte do Sampaense por 75-84.

O MVP da partida foi Kevin Jolley que marcou 23 pontos. Des-tacaram-se também no Sampaense Nuno Soares com 15 pontos, Jorge Sing com 14 e Kendell Craig com 13 pontos.

No Eléctrico estiveram em evi-dencia Jonathan Walker com 23 pon-tos, Danilson Vieira com 19 pontos e Paulo Raminhos com 11 pontos.

Sampaense Basket / 96 – 59 /

Atlético C. P. A pós a cansativa viagem e o jogo

desgastante do dia anterior, na pas-sada tarde de domingo o Sampaense recebeu em sua casa o Atlético C. P. para aquele que foi a 3º jornada da Proliga 2008/09.

O pavilhão Serafim Marques já se habitou há muito a ver as suas bancadas bem compostas, mas com o desempenho deste ano da equipa da casa, os adeptos compareceram em peso para acompanhar este ini-cio de época promissor e a equipa agradece.

O jogo iniciou-se com uma en-trada avassaladora por parte do Sampaense. Com uma defesa extra-ordinária, a equipa beirã impediu que o Atlético conseguisse atacar o cesto durante largos minutos, no contra-ataque os jogadores da casa mostravam-se eficientes e a jogar um basquetebol fluente e prático. O primeiro período termina com o re-sultado de 23-10.

No segundo período o desenro-lar da partida não sofreu alterações e mesmo sem Seco Camará que se encontrava impedido de jogar, lesão contraída no jogo de sábado, o Atlé-

tico não chegou sequer a fazer frente ao Sampaense e o jogo vai para o in-tervalo com o resultado de 51-22.

No reatar da partida, Emanuel Seco fez entrar em campo o cinco inicial, mas após constatar que mui-to dificilmente os visitantes pode-riam dar réplica ao excelente jogo da formação beirã, entraram em campo os jogadores com menos minutos. Assim, além de dar descanso aos ti-tulares das duas partidas, Eléctrico e Atlético, Emanuel Seco dava minutos aos seus jogadores de banco. A partir daqui o Atlético con-seguiu equilibrar um pouco mais o jogo, mas o Sampaense não se deixou dese-quilibrar. Com Nuno Soares e Filipe Matos a mostrar um jogo exterior brilhante, o “banco” do Sampa-ense levou o barco a bom porto, vencen-do o jogo por 96-59, mostrando uma su-perioridade evidente

e uma forte confiança por parte de todas as unidades disponíveis.

O MVP da partida foi Kevin Jolley com 19 pontos, 8 ressaltos e apenas 24 minutos em campo. Des-tacaram-se também no Sampaense Filipe Matos com 14 pontos, Nuno Soares com 15 pontos, Kendell Craig com 13 pontos e vai um destaque es-pecial para André Santos que fez 2 pontos e uma prestação promissora.

PNV

D E S P O RT O

PUB

“Fazer melhor do que o ano passado”Márcio Henriques

Aequipa de Futsal da Liga de Melhoramen-tos de Nogueira do Cravo continua apos-tada num campeona-

to tranquilo na 1ª divisão distrital, embora não enjeite a possibilidade de subir de escalão, como é o desejo dos seus dirigentes.

Depois de terem alcançado o quar-to lugar na edição do ano passado, o presidente Márcio Henriques é o ros-to do desejo colectivo:

– “As perspectivas são legítimas, e se fizermos melhor do que em 2007, é sinal que subimos de escalão; até ao terceiro lugar penso que é possível chegarmos e depois, na fase final, ve-remos do que somos capazes. O nosso projecto avançou como reflexo daqui-lo que fizemos anteriormente…”.

O Futsal em Nogueira do Cravo, de há uns anos a esta parte, durante o Verão, movimenta várias dezenas de atletas e bem se pode dizer que rei-

vindica um estatuto importante nos torneios da região, daí que, com toda a naturalidade, a equipa representati-va da localidade procure contar com mais e melhores atletas para competir a outros níveis. Este ano o plantel é constituído pelos seguintes jogadores: Fábio Henriques, Amadeu Marques, Rui Pedro, Luís Correia, Luís Silva, Rui Cruz (ex - FCOH), Fábio Veloso (ex -Lagares da Beira) João Lopes (ex - ADN), Francisco Silva (ex - Tonde-la), Francisco Fernandes (ex - FCOH), João Ribeiro (ex - Tourizense), David Vicente (ex – Ferroviário do Entronca-mento) e João Dias (ex - Coja). O cor-po técnico é composto pelo treinador principal Nuno Amaro, Nuno Martins treina os guarda-redes e o fisiotera-peuta é José Carlos Martins.

Atleta da equipa de futebol do Nogueirense, o presidente da Liga de Melhoramentos, Márcio Henriques, é um jovem que se apresta para pôr de lado a vida associativa, depois de dar o melhor de si em benefício da sua terra durante quatro anos. Regista-se a evidência do seu empenho em soli-dificar as excelentes relações institu-cionais com a Associação Desportiva Nogueirense, porque “… há ajuda mútua e um ambiente saudável que havemos de continuar no futuro, es-tou certo disso”, referiu.

A Actual direcção da Liga de Me-lhoramentos de Nogueira do Cravo é ainda servida com a dedicação de Amadeu Marques (tesoureiro), Orlan-do Nunes (secretário), Fábio Henri-ques, Carlos Canhão, Francisco Nu-nes e João Veloso (vogais).

Carlos Alberto

Futsal em Nogueira do Cravo

Basquetebol

Sampaense em jornada dupla de sucesso

Ocampeonato nacio-nal da 1.ª divisão de clubes de pesca desportiva em água doce teve este fim-

de-semana uma jornada dupla com a realização de duas provas na pista de pesca do Cabeção, Alentejo.

Este campeonato, organizado pela Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, conta com a participa-ção da equipa federada do Clube de Caça e Pesca de Oliveira do Hos-pital, depois desta ter obtido, na época anterior, o segundo lugar no campeonato nacional da 2.ª divisão

e consequentemente a subida ao es-calão máximo da modalidade.

Para além do clube oliveirense, fazem parte deste campeonato mais treze clubes, destacando-se o Sport Lisboa e Benfica, a Sodarca Brow-ning de Odivelas, a Académica de Santarém, o Futebol Clube do Porto e a Vega.

Depois de realizadas as quatro primeiras provas do campeonato, o clube oliveirense ocupa o sexto lu-gar na classificação geral, com 151 pontos. No comando está a equipa do Benfica com 103,5 pontos, se-guida da Sodarca

Browning com 112 pontos. Amo-rim & Dias (115,5 pontos) e Amado-res de Pesca Reunidos (135,5 pon-tos) ocupam, respectivamente, a terceira e a quarta posição. A Vega, actual campeã nacional e vice-cam-peã do mundo de clubes,

está no quinto posto com 136 pontos. As últimas seis equipas são despromovidas à 2.ª divisão nacio-nal e o campeão nacional irá repre-sentar Portugal no próximo campe-onato mundial de clubes.

O clube oliveirense, que no final das duas primeiras provas, realiza-das em Coimbra, ocupava o oitavo posto, apresentou-se no Alentejo com os atletas Pedro Alcântara, Aires Garcia, Nuno Santos, Miguel Santos, Sérgio Pereira e António Vi-cente.

Clube oliveirense no 6.º lugar da tabela classificativa

Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de Pesca Desportiva

Pedro Alcântara, do Clube Caça e Pesca

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com22R E V I S TA D E I M P R E N SA

Seia

Carlos Camelo disponível para uma candidatura à Câmara Municipal

O Vice-presidente da Câmara Muni-cipal de Seia, Carlos Filipe Camelo, está disponível para uma candidatura àquela autarquia. Em entrevista ao jornal local Porta da Estela, o ainda número dois na câmara senense disse estar receptivo a um convite que venha a ser formalizado pelo Partido Socialista, embora subli-nhe que neste momento o seu partido é o “concelho de Seia”.Camelo é por isso defensor de uma candidatura supra-par-tidária e que “extravase aquilo que é a militância, aquilo que é a orla de sim-patizantes do Partido Socialista e que se estenda aos outros partidos”.

Desconhecendo se ao nível da Co-missão Política Concelhia do PS existi-rão outras pessoas que queiram assumir uma candidatura própria, Camelo está

confiante de que estarão reunidas as condições para que a sua “propositura possa ser assumida pelo seu todo ou no quase todo”, não deixando contudo de notar que “hoje o partido tem várias soluções, soluções que são boas”. “E eu penso que serei uma dessas soluções para o contexto eleitoral que se colocará durante o ano de 2009”, afirmou.

Convidado a analisar a decisão de o actual presidente da Câmara, Eduardo Brito, não se recandidatar, Carlos Came-lo referiu que para ele “não foi novida-de”, porque “há sempre tempo de a gente entrar e também há um tempo de sair”. “Ele marcou o tempo, o tempo dele, e lo-gicamente ele sai de livre e espontânea vontade, que foi exactamente da forma como também entrou”, rematou.

Manteigas

Manteigas não desiste dos túneisA Assembleia Municipal de Mantei-

gas aprovou, anteontem, uma moção em que defende a construção de tú-neis para atravessamento da Serra da Estrela. Em causa está um cenário já excluído pelo Governo que, em Junho passado, homologou a adjudicação do estudo prévio para a construção dos IC6, 7 e 37.

Sublinhando que o cenário escolhi-do “exclui definitivamente o concelho de Manteigas do desenvolvimento, sendo um rude golpe nas aspirações de coesão territorial da zona da Serra da Estrela e do interior do país”, a moção apela ao primeiro-ministro para que “rectifique”, a decisão, “optando pela solução mais consensual e melhor acei-te pelos autarcas da região da Serra da Estrela”. Na opinião dos apoiantes da

moção, a solução dos túneis é “a única verdadeiramente benéfica para a me-lhoria das condições de vida da maioria das populações locais e dos turistas”, que visitam o concelho.

“Não percebemos porque se prete-re uma grande obra, verdadeiro elo de ligação entre os municípios serranos, facilitador para nós e gerações vindou-ras de deslocações e ligações, unindo Covilhã, Manteigas, Seia e Gouveia em poucos minutos”, lê-se no documento aprovado por unanimidade, segundo a Agência Lusa.

Na moção, chegam até a considerar que na decisão do ministro das Obras Públicas não terá imperado “o interesse nacional, o interesse da coesão e sus-tentabilidade de todo o território nacio-nal”.

Coimbra

Central térmica em Taveiro mereceu decisão favorável

O projecto de instalação em Taveiro, Coimbra, de uma central térmica de ci-clo combinado, que está a ser contesta-da por um movimento cívico, recebeu decisão favorável, embora condiciona-da, em sede de Declaração de Impacte Ambiental (DIA).

O documento, a que a agência Lusa teve acesso, assinado sexta-feira pelo se-cretário de Estado do Ambiente, Hum-berto Rosa, impõe o cumprimento de mais de 50 medidas nas condicionantes ao projecto e condições para licencia-mento ou autorização.

Entre outras questões, as imposições incluem a apresentação de um novo es-tudo de ruído «em que se avaliem os im-pactes resultantes do funcionamento da central» numa povoação adjacente ou a realização de «uma análise mais deta-lhada dos impactes visuais» na paisa-gem adjacente, no intuito do projecto de execução vir a minimizar esses efeitos.

A implementação de planos de moni-torização da qualidade da água na Vala Sul do rio Mondego, incluindo «metais pesados que possam resultar de eventu-ais processos de corrosão/desgaste das turbinas e caldeiras» é outra das condi-cionantes apontadas.

Além disso, o documento exige a apresentação de uma solução técnica fi-nal para o sistema de captação e de des-carga, «incluindo o abastecimento de água à Central», avaliação dos impactes ao nível das disponibilidades de água em termos sazonais, em ano seco e con-sequentes medidas de minimização.

As condicionantes ao projecto in-

cluem ainda uma simulação «para ava-liação do impacte térmico» dos efluen-tes e um estudo hidrogeológico sobre o mesmo parâmetro.

A questão dos efluentes foi assinalada pelo provedor do Ambiente de Coimbra, Massano Cardoso, que, no início de Se-tembro, manifestou «algumas reservas» relativas ao impacto sobre os ecossiste-mas dos «grandes caudais de água» ne-cessários ao processo de arrefecimento da Central.

«É uma situação que tem de ser de-vidamente acautelada e monitorizada», frisou.

Massano Cardoso classificou, no en-tanto, as centrais térmicas a gás natural como «as menos perigosas e menos po-luentes».

Já os opositores ao projecto, entre os quais um movimento de cidadãos da freguesia de Taveiro e deputados muni-cipais do Bloco de Esquerda (BE), con-testam a Por seu turno, o porta-voz do movimento de cidadãos, Nuno Couti-nho, apontou questões ambientais e de saúde pública para recusar o projecto, considerando que «as centrais térmicas de ciclo combinado produzem emis-sões perigosas de partículas em sus-pensão, gases e substâncias orgânicas e inorgânicos diversos, com influência negativa sobre a saúde humana». Car-los Encarnação, presidente da Câmara de Coimbra disse, à lusa, desconhecer o teor da Declaração de Impacte Am-biental, reservando um comentário para mais tarde.

In Diário de Coimbra

R E G I Ã O

Arganil

PS de Arganil viu chumbada proposta de redução do IMI

“Arganil perde competitividade face a municípios da Beira Serra”. É com esta afirmação que os eleitos do Parti-do Socialista na Câmara e Assembleia Municipal de Arganil expressam o seu descontentamento face à não aprovação da proposta de redução das taxas do Im-posto Municipal de Imóveis (IMI) para 0,35 e 0,65, respectivamente, para os prédios avaliados no âmbito do CIMI e para os restantes prédios.

Dando conta da possibilidade de cada um dos municípios poder estabe-lecer as sua próprias taxas de impostos, como forma de promover a competiti-vidade económica e social e incentivar a fixação da população, os socialistas constatam que as taxas pagas pelos ar-ganilenses “são as mais elevadas em

comparação com concelhos vizinhos” e denunciam que tal situação retira “ca-pacidade de atracção de novas empre-sas e pessoas”.

Em nota de imprensa enviada ao cor-reiodabeiraserra.com, os eleitos pelo PS naquele município são ainda con-tundentes ao acusarem o executivo em exercício de aplicar o valor dos impos-tos “nas várias festas e feiras em cuja organização se especializou”. “Resta-nos esperar que o dinheiro dos nossos impostos seja utilizado em áreas que melhorem a qualidade de vida dos Ar-ganilenses e não na concepção de obras megalómanas que ao invés de trazerem desenvolvimento, têm associados en-cargos significativos que os vindouros terão de assumir”, sustentam.

Seia

“Maçonaria, Sociedade e Política: Uma Visão Histórica

O Arquivo Municipal de Seia vai promover, nos dias 14 e 15 de Novem-bro, mais uma edição das Jornadas His-tóricas, desta vez subordinadas ao tema “Maçonaria, Sociedade e Política: Uma Visão Histórica”.

Segundo uma nota de imprensa en-viada ao correiodabeiraserra,com es-tas 11ª Jornadas terão lugar no Centro de Interpretação da Serra da Estrela e

contarão com a acreditação do Conse-lho Cientifico Pedagógico de Formação Contínua (CCPFC), para efeitos de pro-gressão na carreira docente “06 crédi-tos”.

No âmbito do programa a Casa Mu-nicipal da Cultura recebe no primeiro dia do evento, pelas 21:30h, o concerto “Flauta Mágica de Mozart”, da Orques-tra do Norte.

14 de Outubro de 2008

www.correiodabeiraserra.com 23

Preencha os espaços com números de 1 a 9 de forma que cada linha, coluna e quadrado interior contenha núme-ros de 1 a 9 sem se repetirem.

SOLUÇÃOEDIÇÃO ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1. Provinciano; Benéfico / 2. Enfurecer; Líqui-do lacrimal / 3. Rio da Rússia; Determinar / 4. Enfraquecida / 5. Evasiva; Cidade japonesa / 6. Levantara / 7. Seita criminosa (embr.) Cério (s. quím.) / 8. Co-mover, exaltar / 9. Livro sagrado dos muçulmanos; Liguei / 10. Cidade marroquina; Relatório / 11. Condimento; Partículas.

VERTICAIS: 1. Toureava; Boa-tos (fig.) / 2. Perfume; Fruto da silveira / 3. Tecido; Desregrado / 4. Cidade caldeia; Aluguer / 5. Despique, provocação / 6. Assassino; Brisa / 7. Farmácia; Cachaço / 8. Ermida; Hino / 9. Adiamento; Honestas.

Câmara Municipal de Oliveira do Hospital ..... 238 605 250Piquete de Águas .............. 238 605 256A.T.L. Municipal Pavilhão Desportivo........... 238 605 253Casa da Cultura César Oliveira ................... 238 605 254Posto de Turismo .............. 238 609 269Centro de Saúde ............... 238 600 250Hospital FAAD ................... 238 600 280GNR ................................... 238 604 444Bombeiros Voluntário de Oliveira do Hospital ..... 238 602 707

Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira ........... 238 640 110Correios ............................ 238 600 343 Hospitais da Universidade de Coimbra ....................... 239 400 400Hospital de Seia ............... 238 320 700Polícia Judiciária Coimbra (piquete) ............. 239 863 000Criança Maltratada ........... 239 702 233SOS Adolescente ............... 800 202 484SOS Mulher ....................... 239 832 073SOS Amigo ........................ 239 721 010SOS Estudante .................. 808 200 204

TELEFONES ÚTEISFarmácias de Serviço em Oliveira do Hospital

13 a 19 Outubro • Gonçalves • Telf.: 238 605 13020 a 26 Outubro • Figueira Diniz • Telf.: 238 604 435

SUDOKU

PALAVRAS CRUZADAS

SOLUÇÃOEDIÇÃO ANTERIOR

As cores...

Um Alentejano de Serpa andava a aprender Inglês num curso de

adultos, a professora passou-lhe um trabalho para casa sobre as

cores, o que o Alentejano evidentemente não fez.

No dia seguinte, a professora pergunta pelo trabalho, vai o

Alentejano e diz:

– Ontem quando cheguei a casa, ouvi o telefone GREEN!!!, atendi

e disse YELLOW!!!, ouvi do outro lado: “Vai à bardam...”. E eu

PINK!!!

ANEDOTAS

Centro Português de Esoterismo para o Período de 15 a 27 de Outubro

CARNEIROCarta Dominante: 10 de Paus, que significa Suces-sos Temporários, Ilusão.Amor: Poderá andar instá-

vel de paixão em paixão, sem se decidir por ninguém.Saúde: Sentir-se-á em forma.Dinheiro: Irá ter a oportunidade de se en-volver em vários projectos, onde poderá alcançar os objectivos que tanto deseja.Número da Sorte: 32

TOUROCarta Dominante: O Mun-do, que significa Fertilida-de.Amor: Não tenha atitudes

contraditórias. O campo sentimental so-frerá oscilações. Saúde: Embora possam surgir pequenos problemas de saúde, não inspiram grandes cuidados.Dinheiro: Os seus objectivos poderão ser alcançados nesta fase.Número da Sorte: 21

GÉMEOSCarta Dominante: Rei de Espadas, que significa Po-der, Autoridade.Amor: Estará muito senti-

mental. Abra o coração, não receie falar dos seus sentimentos com o seu compa-nheiro.Saúde: Espera-o uma fase sem sobressal-tos.Dinheiro: Não seja demasiado ambicioso.Número da Sorte: 64

CARANGUEJOCarta Dominante: 10 de Copas, que significa Feli-cidade.Amor: Favoreça o diálogo

com a pessoa amada para ultrapassar situ-ações de insatisfação.Saúde: Esteja alerta a situações que pos-sam originar acidentes. Evite o nervosismo e a precipitação.Dinheiro: Fase favorável à obtenção de resultados relativos a projectos de longa data.Número da Sorte: 46

LEÃOCarta Dominante: O Louco,

que significa Excentricida-

de.

Amor: Estará mais susceptí-

vel e emocional.

Saúde: Espere uma fase tranquila. Gozará

de boa disposição.

Dinheiro: Não ceda a fantasias ambicio-

sas.

Número da Sorte: 22

VIRGEM Carta Dominante: A Força,

que significa Força, Domí-

nio.

Amor: Partilhe os seus sen-

timentos com a pessoa amada, caso contrá-

rio, poderá entrar num período de conflito

e ruptura.

Saúde: Período tranquilo, sem sobressal-

tos.

Dinheiro: Os projectos com sócios estão

favorecidos.

Número da Sorte: 11

BALANÇA Carta Dominante: 7 de

Paus, que significa Discus-

são, Negociação Difícil.

Amor: Momentos de har-

monia familiar e sentimental.

Saúde: Gozará de grande vitalidade neste

período.

Dinheiro: Época favorável para negocia-

ções.

Número da Sorte: 29

ESCORPIÃOCarta Dominante: Rei de

Paus, que significa Força,

Coragem e Justiça.

Amor: Caso esteja livre,

poderá surgir brevemente a pessoa que

idealizou.

Saúde: Procure ser mais moderado.

Dinheiro: Finanças prósperas. Aproveite

para comprar um presente para si.

Número da Sorte: 36

SAGITÁRIOCarta Dominante: Valete de

Ouros, que significa Refle-

xão, Novidades.

Amor: Os momentos de par-

tilha e romance estarão favorecidos.

Saúde: Consulte o dentista.

Dinheiro: Alguma distracção e desprendi-

mento poderão conduzi-lo a gastos exces-

sivos.

Número da Sorte: 75

CAPRICÓRNIOCarta Dominante: 10 de Es-

padas, que significa Dor, De-

pressão, Escuridão.

Amor: Faça uma introspec-

ção e procure saber o que é melhor para si

neste momento.

Saúde: Probabilidade de se sentir esgotado

física e mentalmente. Abrande o seu ritmo

diário.

Dinheiro: Período de estabilidade.

Número da Sorte: 60

AQUÁRIOCarta Dominante: 7 de Ou-

ros, que significa Trabalho.

Amor: Clima de diálogo e ro-

mance favoráveis nesta fase.

Saúde: Preocupe-se mais com o seu físico.

Pratique exercício físico.

Dinheiro: Reina a estabilidade neste cam-

po.

Número da Sorte: 71

PEIXESCarta Dominante: 2 de Ou-

ros, que significa Dificulda-

de/ Indolência.

Amor: Esqueça um pouco o

trabalho e dê mais atenção à sua família.

Saúde: Poderá andar muito tenso.

Dinheiro: Período positivo e atractivo.

Haverá uma subida do seu rendimento

mensal.

Número da Sorte: 66

Sir Roger George Moore é um actor britânico nascido na Inglaterra. É mundialmente cé-lebre por interpretar o famoso agente secreto James Bond por sete vezes no cinema, substi-tuindo Sean Connery. Desde

1991, actua como embaixador da UNICEF, e pelas suas acções humanitárias foi condecorado, em 1999, Cavaleiro do Império Britânico pela Rainha Elizabeth II, recebendo o título de Sir.

Fonte: wikipédia

Nasceu há 81 anos…

“Uma colecção de pensamentos deve ser uma farmácia moral, onde se encontram remédios para todos os males.” (Voltaire)

ACaixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Olivei-ra do Hospital celebrou recentemente um protoco-lo com a Escola Superior

de Tecnologia e Gestão, com vista a que aquele estabelecimento de ensino supe-rior possa colocar no auditório da CCAM as turmas mais numerosas – algumas têm

mais de 100 alunos – dos cursos de Ad-ministração e Finanças e Administração e Marketing.

A necessidade de recorrer àquele es-paço – com capacidade para mais de 100 pessoas –, surgiu em consequência de a ESTGOH já não ter condições, nas suas ac-tuais instalações, “para albergar turmas tão grandes”, referiu ao Correio da Beira Serra o director daquele estabelecimento de en-sino, Nuno Fortes.

As aulas já se iniciaram e decorrem de segunda a quinta-feira, entre as 18h00 e as 20h00. Fortes manifestou-se satisfeito com a solução, uma vez que – conforme referiu a este jornal – o auditório da CCAM “tem óptimas condições, é moderno, está bem equipado” e, além disso, encontra-se “muito próximo” da ESTGOH.

Para o presidente daquela instituição bancária, este protocolo insere-se “na filo-sofia de apoio que a CCAM vem tendo para com as várias instituições” do município. Carlos Mendes frisou contudo que, “nes-te caso particular está em causa o apoio a uma escola que é fundamental ao futuro do concelho”.

Na ordem do dia continua entretanto o impasse a que se vem assistindo quanto à construção das futuras instalações da ES-TGOH. A assembleia municipal de Olivei-ra do Hospital, reunida dia 26 de Setem-bro, aprovou uma moção, proposta pelo deputado da CDU, Luís Almeida, no senti-do de “reclamar ao Governo e aos partidos políticos com representação parlamentar que, no âmbito das respectivas funções e competências, façam incluir, de alguma forma, as verbas necessárias no próximo Orçamento de Estado para 2009” à cons-trução das novas instalações da ESTGOH.

Redacção, Direcção, Publicidade: Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 - 1.º Esq. 3400-075 Oliveira do HospitalTelefone Geral 238 086 546 * Fax 238 086 547Internet: www.correiodabeiraserra.come-mail: [email protected] w w w . c o r r e i o d a b e i r a s e r r a . c o m

PUB

Estes resultados, foram recolhidos entre 30 de Setem-bro e 13 de Outubro e correspondem a 139 votos.

Os resultados deste inquérito não têm qualquer base científica, mas podem constituir um indicador da preferência dos leitores do CBS Online.

Concorda que o Município de Oliveira do Hospital seja integrado na “Região Turismo do Centro de Portugal”?

Acha que a Câmara Municipal deve-ria estar mais atenta às situações de pobreza existentes no concelho?

Escola Superior já não tem soluções internas

ESTGOH recorre a auditório da Caixa de Crédito para dar aulas a turmas numerosas