contabilidade pública

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Orçamento Público : abrange os planos plurianuais, das diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais. É uma ferramenta legal de planejamento do Estado onde são apresentadas as receitas previstas e despesas fixadas que serão realizadas pelo ente, em um determinado período, objetivando a execução de programas de governo. É feito pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão . Já o órgão central é a Secretaria do Tesouro Nacional. Orçamento Público: tem dois enfoques o Orçamentário e o Patrimonial/Contábil. Regime Orçamentário (4.320/64): considerado Regime Misto, pois é: Regime de Competência : para o registro das despesas, que são reconhecidas no exercício financeiro em que forem realizadas (reconhecida pelo empenho), independente do momento em que ocorreu o seu pagamento. Regime de Caixa : para o registro das receitas, que são reconhecidas no momento em que são arrecadadas . Regime Patrimonial/Contábil (Manual da Cont. Aplicada ao Setor público): Regime de Competência : tanto para a receita (reconhecida na prestação do serviço/lançamento) como para a despesa (reconhecida na prestação de serviço/liquidação). São registradas no momento em que ocorre o fato gerador . A receita ou despesa sob o enfoque patrimonial serão denominadas simplesmente de receita ou de despesa não devendo serem confundidas com receita ou despesa orçamentária. Patrimônio Público : é o conjunto de bens tangíveis e intangíveis (onerados ou não onerados), direitos e obrigações utilizados pelas entidades do setor público que represente um fluxo de benefícios presente ou futuro. Dividido em 3 grupos: bens, direitos e obrigações. Patrimônio Líquido : é o resultado do ativo menos o passivo. Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) : Quando falar de CASP trata-se de princípios contábeis e não de princípios orçamentários . Definição : é o ramo da ciência contábil que aplica no processo gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas contábeis direcionadas ao controle patrimonial das entidades do setor público. Objetivos : é fornecer aos usuários informações do patrimônio da entidade do setor público em apoio ao processo de tomada de decisão, prestação de contas e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social (que significa ética do profissional de contabilidade). Objeto: é o patrimônio público.

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Page 1: Contabilidade Pública

Orçamento Público: abrange os planos plurianuais, das diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais. É uma ferramenta legal de planejamento do Estado onde são apresentadas as receitas previstas e despesas fixadas que serão realizadas pelo ente, em um determinado período, objetivando a execução de programas de governo. É feito pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Já o órgão central é a Secretaria do Tesouro Nacional.Orçamento Público: tem dois enfoques o Orçamentário e o Patrimonial/Contábil. Regime Orçamentário (4.320/64): considerado Regime Misto, pois é: Regime de Competência : para o registro das despesas, que são reconhecidas no exercício

financeiro em que forem realizadas (reconhecida pelo empenho), independente do momento em que ocorreu o seu pagamento.

Regime de Caixa : para o registro das receitas, que são reconhecidas no momento em que são arrecadadas.

Regime Patrimonial/Contábil (Manual da Cont. Aplicada ao Setor público): Regime de Competência : tanto para a receita (reconhecida na prestação do

serviço/lançamento) como para a despesa (reconhecida na prestação de serviço/liquidação). São registradas no momento em que ocorre o fato gerador.

A receita ou despesa sob o enfoque patrimonial serão denominadas simplesmente de receita ou de despesa não devendo serem confundidas com receita ou despesa orçamentária.Patrimônio Público: é o conjunto de bens tangíveis e intangíveis (onerados ou não onerados), direitos e obrigações utilizados pelas entidades do setor público que represente um fluxo de benefícios presente ou futuro. Dividido em 3 grupos: bens, direitos e obrigações.Patrimônio Líquido: é o resultado do ativo menos o passivo.Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) : Quando falar de CASP trata-se de princípios contábeis e não de princípios orçamentários. Definição : é o ramo da ciência contábil que aplica no processo gerador de informações, os

princípios de contabilidade e as normas contábeis direcionadas ao controle patrimonial das entidades do setor público.

Objetivos : é fornecer aos usuários informações do patrimônio da entidade do setor público em apoio ao processo de tomada de decisão, prestação de contas e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social (que significa ética do profissional de contabilidade).

Objeto: é o patrimônio público. Destina-se: pessoas de direito público ou privado que guardem, gerenciem, ou apliquem

dinheiros bens ou valores públicos. Pessoas físicas que recebam subvenção, benefício ou incentivo fiscal ou creditício de órgão público.

Orçamentário é igual planejamento.Recursos Controlados: mesmo sem ter o direito de propriedade detém o controle (tem a posse).Evidenciação: são os procedimentos e que se reflete nas demonstrações.Princípios Contábeis: Macete: CEPaCOR Continuidade: está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social (finalidade). Entidade: reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade. Afirma-se para o ente

público pela autonomia (função social) e responsabilização (prestação de contas) do patrimônio a ele pertencente. Diferencia o patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

Prudência: O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO.

Competência: Os efeitos das transações e outros eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento (regime da competência).

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Oportunidade: produzir informações integras (fidedignas) e tempestivas. As variações serão reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.

Registro pelo Valor Original: registrados pelos valores originais das transações, expressas em moeda nacional. Bases de Mensuração:

Custo Histórico : é o registro do valor pago na data da aquisição. Variação do Custo Histórico : seguem abaixo:

Custo Corrente: é o registro dos valores pagos na data do período das demonstrações contábeis.

Valor Realizável: os registros dos valores são feitos pela venda do ativo ou quitação do passivo.

Valor Presente: descontando os juros ou o valor agregado no caso da receita. Valor Justo: quanto vão pagar por um bem sem favorecimento (s/ ágio ou deságio). Atualização Monetária: são as alterações do poder aquisitivo da moeda.

Os Orçamentos Públicos viabilizam as funções necessárias ao desenvolvimento equilibrado e sustentado da economia . Richard Musgrave enunciou as três funções clássicas do Estado : 1. Função alocativa : promover os bens e serviços não adequadamente fornecidos pelo

mercado – diretamente ou indiretamente (contratando terceiro); 2. Função distributiva : promover ajustamento na distribuição da renda (exemplo: programas

sociais do governo: bolsa família, etc);3. Função estabilizadora : evitar grandes flutuações nos níveis de inflação e desemprego.

PPA: Instituído pela Constituição Federal de 1988 como instrumentos de planejamento quadrienal das ações governamentais promovidas pela União, estados, Distrito Federal e municípios. O projeto do PPA tem que ser encaminhado para o legislativo até 4 meses antes do encerramento do primeiro ano de seu mandato (31 de agosto), devendo ser devolvido para sanção até o encerramento da Sessão Legislativa. Dessa forma, o PPA tem início de vigência no primeiro dia do segundo ano do mandato, estendendo-se até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente. A lei que instituir o PPA deverá estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes (orientam as estratégias da Administração), os objetivos (incluem os resultados pretendidos pela administração com a execução dos seus programas) e as metas (permitem a mensuração qualitativa e quantitativa das ações governamentais implementadas) da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para os gastos relativos aos programas de duração continuada. Cabe à lei complementar dispor, entre outros, sobre a organização do plano plurianual.

LDO: o instrumento técnico-legal que articula o PPA e à LOA. Define metas e prioridades para administração. A LDO deve ser promulgada a cada exercício financeiro antes da preparação, pelo Poder Executivo, da (LOA). É elaborado até o dia 15 de abril de cada ano e deve ser devolvido para sanção presidencial até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Válida sempre de um ano para outro.

Deve Conter na LDOIncluído pela Constituição Incluído pela Lei de Responsabilidade Fiscal

Metas e prioridades. Equilíbrio entre receitas e despesas.Orientações para a elaboração da LOA. Limitação de empenho.Alterações na legislação tributária. Regras para a inclusão de créditos adicionais.Autorização para a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração.

Forma de utilização da Reserva de Contingência.

Criação de cargos ou alteração de estrutura de Condições para transferências de recursos a entidades

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carreiras. públicas e privadasEstabelecimento das políticas das agências oficiais de fomento.Macete: Meta é orientação para alteração de remuneração e carreira de fomento.

LOA: deve ser encaminhada até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro. Na prática deve ser encaminhado até 31/08 e devolvido até 15/12. A proposta da LOA deve ser encaminhada ao Legislativo acompanhada da mensagem com a exposição circunstanciada da situação econômico-financeira. A programação financeira tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução da LOA ao fluxo provável de recursos financeiros.Compreende em:Orçamento Fiscal: incluindo todas as receitas e despesas públicas referentes aos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, seus fundos, órgãos da administração direta, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, empresas estatais dependentes (Foi incluído no orçamento pela Lei de Responsabilidade Fiscal); (utiliza integralmente a CASP).Orçamento de Investimentos: das Empresas independentes (não recebam dinheiro para o pagamento de suas despesas) em que a União, os estados, o Distrito Federal ou os municípios, direta ou indiretamente, detenham a maioria do capital com direito a voto; (não utiliza integralmente a CASP).Orçamento da Seguridade Social: abrangendo todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público vinculados à saúde, previdência e assistência social, empresas estatais dependentes; (utiliza integralmente a CASP).

Princípios Orçamentários: (Macete: PENELOPE RUCULA)

P rogramação : Orçamento-Programa, que articula planos, objetivos, programas, metas e custos do Poder Público;E specificação : estabelece que as receitas e despesas sejam apresentadas nos orçamentos de forma detalhada com identificação das origens das receitas e das suas respectivas destinações;N ão Afetação da Despesa : visa a restringir o comprometimento prévio de receitas futuras a despesas a serem incorridas com órgãos. Exceto: Dica para memorizar as exceções:• Pobre; [fundo de combate à pobreza]• Sem receita; [repartição de receitas tributárias]• Sem saúde; [recursos para a saúde]• Sem educação; [recursos para a educação]• Fica no ARO; [antecipação de receita orçamentária]• Sobra tributo. [recursos para a administração tributária]E xclusividade : não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação das despesas;L egalidade : se subordina a lei;O rçamento Bruto : Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores brutos. Existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas e esse princípio veda que sejam colocadas nos seus montantes líquidos; P ublicidade : PPA, a LDO e a LOA devem ser publicados como projetos de lei;E quilíbrio : somente se aprove a previsão de receitas em montante mínimo suficiente para atender às despesas autorizadas. Pode-se aprovar um orçamento em desequilíbrio, caso na aprovação legislativa seja cancelado algumas receitas;U niversalidade : O orçamento deve agregar todas as receitas e despesas dos entes da administração.  Apoiado em estudos de base objetiva e racional que englobem os mais variados cenários da situação interna e externa ;

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C lareza : O orçamento deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível;U nidade : Esse princípio preconiza a existência de um só Orçamento (que reúne o Orçamento Fiscal, de Investimentos das Empresas e da Seguridade Social), para cada ente da Federação;A nuidade ou Periodicidade : período corresponde a um ano, denominado exercício financeiro, que se inicia em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro;

Regra de ouro: a qual vedou a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, salvo aquelas autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovadas pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

Créditos Adicionais:Suplementares: destinam-se ao reforço de dotações orçamentárias já existentes no orçamento. Geralmente já vem previamente autorizado na LOA (até 20%);Especiais: os destinados a atender a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica (criados por meio lei específica);Extraordinários: os destinados a atender a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública (não há necessidade de autorização legislativa para abertura de crédito extraordinário, comunica-se depois);

Especiais e Extraordinário: poderão ser reabertos no exercício seguinte caso forem lançados nos últimos 4 meses do exercício financeiro. Receita Corrente Líquida: é o somatório de todas as receitas correntes deduzidos os valores transferidos por determinação judicial ou legal para municípios, estados, as contribuições previdenciárias, programa de integração social (PIS/PASEP).Receita Extraorçamentária: ingressa nos cofres públicos, porém não é de propriedade do Estado (não é Receita Pública). Exemplo: recursos transitórios que pertencem ao estado.

Receitas correntes: são os recursos financeiros que regularmente ingressam nos cofres do Estado (não são esporádicos) para financiar, a princípio, as despesas correntes (custeio da máquina pública, juros/encargos da dívida e transferências legais). Ultrapassada a despesa corrente (superávit corrente), poderá financiar despesas de capital. Provocam efeito positivo sobre o patrimônio líquido.Receitas de capital: são os recursos financeiros oriundos de possibilidades permitidas pela legislação através da constituição de dívidas, da conversão em espécie de seus bens e direitos (alienações); dos recursos recebidos de outras pessoas de Direito Público ou Privado convênios e doações), destinados a atender a despesas classificáveis em Despesas de Capital. Não provocam efeito sobre o patrimônio líquido.

Receitas Correntes: Macete: TRIBUTA CON PAIS + TORCTRIBUTA = Tributária: é a proveniente de impostos, taxas e contribuições de melhoria;CON = Contribuições: são provenientes de contribuições sociais (previdência social, saúde e assistência social), de intervenção no domínio econômico (tarifas de telecomunicações);P = Patrimonial: proveniente da fruição do patrimônio. Aluguéis, concessões.A = Agropecuária: proveniente de atividades agropecuárias de origem vegetal ou animal;I = Industrial: proveniente de atividades industriais: extração mineral, indústrias e industria editorial e gráfica;S = Serviços: proveniente de prestações de serviços financeiros, transporte, saúde, comunicação etc., vendas de mercadorias e produtos; T = Transferências Correntes: recursos financeiros recebidos de pessoas jurídicas ou físicas, independentes de contraprestação direta em bens ou serviços para pagamento de despesas correntes. Exemplo: transferências constitucionais e legais, convênios, doações etc.;

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ORC = Outras Receitas Correntes: constituídas de outras receitas não enquadradas nas classificações anteriores: multas, juros de mora, indenizações e restituições, cobranças da dívida ativa etc.;

Receita de Capital: Macete: OPERA ALI AMOR + TORCOPERA = Operações de Crédito: através da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamento;ALI = Alienação de Bens: venda de componentes do ativo permanente;AMOR = Amortização de empréstimos: recebimento de empréstimos concedidos a outro ente;T = Transferências de Capital: recursos financeiros recebidos de pessoas jurídicas ou físicas, independentes de contraprestação direta em bens ou serviços para pagamento de despesas de capital. Exemplo: transferências constitucionais e legais, convênios, doações etc.;ORC = Outras Receitas de Capital: constituídas de outras receitas não enquadradas nas classificações anteriores: integralização do capital social, resultado Banco Central do Brasil, remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional.

Receitas públicas originárias: seriam aquelas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela administração pública. Resultariam de receita de aluguel, de preços públicos, de prestação de serviços comerciais, etc.Receitas públicas derivadas: seria a receita obtida pelo poder público por meio da soberania estatal. Exemplo receitas tributárias e as de contribuições especiais.Estágios da Receita: Macete: PeLAR

Previsão: é uma estimativa em relação às receitas no intuito de estabelecer uma proposta orçamentária para aprovação no legislativo e na criação de uma Lei Orçamentária.Lançamento: O lançamento é a legalização da receita pela sua instituição e a respectiva inclusão no orçamento.Arrecadação: ocorre quando o Estado recolhe tributos, multas e créditos. Os valores arrecadados devem ser redirecionados para a Conta Única do Tesouro Nacional. A arrecadação pode ser direta, quando é realizada pelo próprio Estado, ou indireta, em casos em que a arrecadação é feita por terceiros conveniados ao Estado. (Neste momento que a receita é efetivada ).Recolhimento: O processo de recolhimento ocorre quando o agente arrecadador (público ou privado) repassa o que foi arrecadado para o Tesouro Público ou banco oficial.

Despesa Orçamentária: ou despesas públicas constituem o conjunto dos gastos públicos autorizados por intermédio do orçamento ou de créditos adicionais. Segue classificação econômica, ou seja, definir qual o objetivo da despesa. Ex. elencar os objetivos da construção de um açude.Despesa Extraorçamentária: é a despesa que não consta da lei do orçamento. Compreendendo as diversas saídas de numerários decorrentes do levantamento de depósitos, cauções, fiança, pagamento de Restos a Pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita ARO, bem como quaisquer valores que se revistam de características de simples transitoriedade. Não integram o resultado do patrimônio líquido. Não passam pelos estágios da despesa (empenho, liquidação e pagamento). Não São financiados pela receita orçamentária. Segue classificação contábil.

Classificação da Despesa Pública Segundo a Natureza: Macete: CATei um GRUpo MODerno de ELEitores.

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CATegoria Econômica: divide em: Despesa Corrente : são despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou

aquisição de um bem de capital. Representam encargos que não produzem acréscimos no patrimônio permanente.

Despesa de Capital : são despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, resultando no acréscimo do patrimônio permanente.

GRUpo de Despesa: Despesas Correntes: Macete. PESSOAS JURARAM OUTRA.Pessoal e Encargos sociais: despesas com pessoal;Juros e Encargos da Dívida Interna e Externa: pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas;Outras Despesas Correntes: aquisição de material de consumo, pagamento de serviços prestados;Despesas de Capital: Investiram no inverno, amor.Investimento: são aplicações diretas em construções, inclusive a aquisição de terrenos para esse fim e aquisição de materiais permanentes novos, bem como para aquisição de títulos;Inversões Financeiras: despesas com a aquisição de bens de capital que já estejam em utilização ou para imóveis não destinados à construção.Amortização da Dívida: pagamento de dívidas.

MODalidade de Aplicação: indica, por meio de quem se realiza o gasto, complementando a classificação das despesas quanto à natureza. Destina-se a indicar se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário ou transferidos. Ex.: (90) Aplicação Direta.

ELEmento de Despesa: tem por finalidade discriminar os grupos em nível mais detalhado de agregação, identificando o objeto de gasto. Ex. material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais.

Fases (Estágios) da Despesas:Autorização e Fixação: esse estágio refere-se à estimativa, pelo Poder Público, de quanto irá ser alocado em cada dotação.Execução: são as fases de empenho, liquidação e pagamento.Empenho: é o ato emanado de poder competente que cria para o Estado uma obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Ordinário : quando destinado a atender a despesa cujo pagamento se processe de uma só

vez. Ex. compra de um veículo; Estimativa : quando destinado a atender despesas para as quais não se possa previamente

determinar o montante exato. Despesas com água, luz. Globais : quando destinado a atender a despesas sujeitas a parcelamento, cujo montante

exato possa ser determinado. Ex. Serviço de impressão.Liquidação: consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. (Despesa é considerada como executada).Pagamento: será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituí.

Classificação da Despesa e Receita quanto Afetação Patrimonial:Despesas e Receitas Efetivas: são movimentações que alteram o patrimônio público, normalmente são despesas ou receitas correntes. No entanto algumas despesas de capital incluem como efetivas que são transferidas como auxílios e contribuições de capital, bem como investimento em bens de uso comum do povo.

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Despesa Efetiva : pessoal, encargos sociais, juros, aluguéis, etc. Receita Efetiva : impostos.Despesas e Receitas Não Efetivas: não provocam alterações no patrimônio público, normalmente são despesas ou receitas de capital. Despesa Não Efetiva : investimento, inversões, no entanto algumas despesas correntes

também são classificadas como não efetiva exemplo material não permanente (duração de até 2 anos).

Receita Não Efetiva : cobrança de tributos judicialmente, prestação de serviços e venda de materiais.

Classificação Institucional da Despesa: Federal, Estadual e Municipal.

Controles Sobre o Ciclo Orçamentário:Exemplo Em que consiste Etapa em que

ocorreAno

Controle sobre as propostas orçamentárias dos demais Poderes.

Caso as propostas do Judiciário estejam em desacordo como os limites da LDO, o Executivo efetuará os ajustes.

1ª Etapa - Elaboração

2011

Exame sobre a admissibilidade de emendas na Comissão Mista de Orçamento.

Não são aceitas emendas, por exemplo, que estejam incompatíveis com o PPA e a LDO3 .

2ª Etapa – Discussão, Votação e Aprovação

2011

Atuação do controle interno ou externo sobre editais (antes da execução da despesa).

Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle interno poderão solicitar para exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das propostas, cópia de edital de licitação já publicado, obrigando os órgãos ou entidades da Administração interessada à adoção de medidas corretivas.

3ª Etapa – Execução Orçamentária e Financeira

2012

Prestação de Contas do Presidente da República

Até 60 dias após abertura da sessão legislativa o Presidente da República deve enviar a prestação de contas ao Congresso Nacional. 05/04

4ª Etapa – Controle e Avaliação

2013

Não confunda exercício financeiro com o tempo de duração do ciclo orçamentário. Enquanto o primeiro é igual a um ano, o segundo é superior a um ano (sendo bem criterioso é superior a dois). No entanto, a 3ª etapa da LOA “Execução Orçamentária e Financeira” coincide com o exercício financeiro que é de um ano.

Quando a LOA é publicada no dia 1° de janeiro, o decreto de programação orçamentária e financeira tem até 30 dias para ser publicado.O objetivo da programação orçamentária e financeira da execução das despesas públicas é garantir o cumprimento dos resultados fiscais estabelecidos na LDO.

Secretaria do Tesouro Nacional estabelece que:

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Unidade Gestora: Unidade orçamentária ou administrativa que realiza atos de gestão orçamentária, financeira e/ou patrimonial. Unidade Orçamentária: Segmento da administração direta a que o orçamento da União consigna dotações especificas para a realização de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição.Unidade Administrativa: Segmento da administração direta ao qual a lei orçamentária anual não consigna recursos e que depende de destaques ou provisões para executar seus programas de trabalho. Após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar. Ressalta-se que as cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observados o limite da dotação e o comportamento da execução orçamentária. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Unidade Contábil: é a soma dos patrimônios autônomos de uma ou mais entidades do setor público. São divididas em: Macete (ODUC).

Unidade Originária : representa a soma total do patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas.

Unidade Descentralizada : representa parcela do patrimônio de uma unidade contábil originária.

Unidade Unificada : representa a soma do patrimônio de 2 ou mais unidades contábeis descentralizadas.

Unidade Consolidada : representa a soma ou a agregação do patrimônio de 2 ou mais unidades contábeis originárias.

Patrimônio Enfoque Orçamentário: lei 4.320. Ativo Financeiro : créditos e valores realizáveis independente de

autorização legislativa. Conta banco, caixa. Passivo Financeiro : são dívidas que independe de autorização legislativa

para pagar. São despesas extra-ornamentarias. Amortização de dívida flutuante.

Ativo Permanente : créditos e valores realizáveis que dependente de autorização legislativa. Alienação.

Passivo Permanente : dívidas que dependem de autorização legislativa para pagar. Dívidas fundadas.

Saldo Patrimonial : resultado residual entre o ativo e passivo.Patrimônio Enfoque Contábil: MCASP Ativo Circulante : satisfazem um dos seguintes critérios: estarem

disponíveis para realização imediata (caixa ou equivalente de caixa); terem expectativa de realização até 12 meses da data das

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demonstrações contábeis, sejam realizáveis ou mantidos para venda ou consumo dentro do ciclo operacional da entidade.

Passivo Circulante : passivos exigíveis até doze meses da data das demonstrações contábeis ou valores de terceiros, quando a entidade do setor público for fiel depositaria, independentemente do prazo de exigibilidade. Exemplo caução, garantias, consignações de empresa para o cumprimento do contrato com o ente público.

Ativo Não Circulante : compreende os ativos que têm expectativa de realização após doze meses da data das demonstrações contábeis. Ex. investimentos, imobilizado, intangível.

Passivo não Circulante : passivos exigíveis após doze meses da data das demonstrações contábeis.

Patrimônio Líquido : resultado residual entre o ativo e passivo.

Variações Patrimoniais:Qualitativas: são aquelas decorrentes de transações que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido, produz um fato permutativo. Como exemplos têm-se a compra de veículo e a contratação de operações de crédito, pagamento de fornecedores, crédito tributário, Receita lançada e posteriormente arrecadada.Quantitativo: decorrem de transações que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. Variações patrimoniais aumentativas: quando aumentam o patrimônio líquido (receita sob o enfoque patrimonial). Variação patrimonial aumentativa resultante da execução orçamentária: que é a execução de uma despesa ou receita – são receitas orçamentárias efetivas arrecadadas, de propriedade do ente, que resultam em aumento do patrimônio líquido. Exemplo: receita de tributos, inscrição em dívida ativa. Variação patrimonial aumentativa independente da execução orçamentária – são fatos que resultam em aumento do patrimônio líquido, que ocorrem independentemente da execução orçamentária. Exemplo: incorporação de bens (doações recebidas).Variações patrimoniais diminutivas: quando diminuem o patrimônio líquido (despesa sob o enfoque patrimonial). Variação patrimonial diminutiva resultante da execução orçamentária: que é a execução de uma despesa ou receita – aquela que depende de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo: despesa com salário, despesa com serviço, distribuição de materiais, etc. Variação patrimonial diminutiva independente da execução orçamentária – aquela que independe de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo: constituição de provisão, despesa com depreciação, etc.

Realização Patrimonial / Aumentativa Transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou

assumirem compromisso firme de efetivá-lo. Pagamento de um tributo; Extinção, parcial ou total, de um passivo sem o desaparecimento concomitante de um ativo

de valor igual ou maior. Perdão de uma dívida; Geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros.

Nascimento de um boi; Recebimento efetivo de doações e subvenções. Realização Patrimonial / Diminutiva Deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para

terceiro. Entidade pública faz uma doação; Diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo. Depreciação; Surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. Reconhecimento de uma dívida

passada.

Page 10: Contabilidade Pública

Reconhecimento da Variação Patrimonial:Aumentativa: Antes da arrecadação da receita. Exemplo: Lançamento da receita tributária. O IPTU é

lançado (fato gerador) e posteriormente com o pagamento do contribuinte é arrecadado. Qualitativa.

Depois da arrecadação da receita. Exemplo: recebimento antecipado pela prestação de um serviço. Assim a arrecadação já ocorreu, porém a variação patrimonial só ocorrerá com o (fato gerador) que é a execução do serviço. Qualitativa.

No momento da arrecadação da receita orçamentária. Exemplo: prestação de serviços concomitantes com o recebimento dos valores (fato gerador).

Diminutiva: Antes da liquidação da despesa. Exemplo: 13° salário, a ser pago no final do ano, deve ser

reconhecido a cada mês trabalhado (fato gerador). Antes mesmo de sua liquidação. Depois da liquidação da despesa. Exemplo: Uma concessão de suprimento de fundos

(adiantamento), a despesa orçamentária é empenhada, liquidada e paga no ato da concessão e só com a prestação de contas (fato gerador) do suprido é que há o efetivo registro da variação patrimonial diminutiva.

No momento da liquidação da despesa orçamentária. Exemplo: Quando ocorrer a liquidação da despesa orçamentária concomitantemente com a prestação do serviço (fato gerador).

Sistema Contábil: representa a estrutura de informações sobre registro e controle dos atos e dos fatos da gestão do patrimônio público, com o objetivo de orientar e suprir o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do controle social.Estrutura-se nos seguintes subsistemas: Subsistema de Informações Orçamentárias : registra os atos relacionados ao planejamento e

a execução orçamentária. Exemplo: prestação de um serviço. Através das demonstrações contábeis: orçamento, programação e execução orçamentária, alterações orçamentárias e resultado orçamentário.

Subsistema de Informações Patrimoniais : registra os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações patrimoniais. Exemplo: restos a pagar, variação cambial da dívida, devolução de uma caução, prestação de um serviço. Através das: Alterações nos elementos patrimoniais, resultado econômico (resultado patrimonial) e resultado nominal (verificar se a dívida diminuiu ou aumentou, soma de todas as receitas menos as despesas).

Subsistema de Custos : registra os custos da gestão dos recursos e patrimônio público. Evidencia quanto custa um atendimento de um médico, de um promotor. Através: Custos dos programas, dos projetos e das atividades desenvolvidas; Bom uso dos recursos públicos; e Custos das unidades contábeis.

Subsistema de Compensação : registra os fatos que possam (não produzem efeito de imediato) produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público. Exemplo: hipoteca, cauções em títulos, assinatura de um convênio, prestação de um serviço (é registrado primeiro no compensatório como uma perspectiva de receita e depois no orçamentário e patrimonial. Assim afeta os 3 subsistemas) Através das: Alterações potenciais nos elementos patrimoniais e Acordos, garantias e responsabilidades.

Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público são: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial, Demonstrações das Variações Patrimoniais, Demonstrações dos Fluxos de Caixa (DFC) e Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).

Balanço Orçamentário: demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. É composto: Quadro principal, Quadro das demonstrações de restos a pagar não processados, Quadro das demonstrações de restos a pagar processados. Quadro principal:

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apresentará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. As receitas e despesas serão apresentadas conforme a classificação por natureza. No caso da despesa, a classificação funcional também será utilizada complementarmente à classificação por natureza. As receitas deverão ser informadas pelos valores líquidos das respectivas deduções.

Receitas Orçamentárias:Coluna Previsão Inicial: atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas até a data da publicação da LOA.Coluna Previsão Atualizada/Fixada: a reestimativa da receita decorrente: crédito adicional, remanejamento entre naturezas e atualizações monetárias após a publicação da LOA.Coluna Receitas Realizadas: todas as receitas arrecadadas.Coluna Saldo: é o somatório das receitas realizadas menos as receitas atualizadas podendo ocorrer um excesso de arrecadação, queda de arrecadação ou um equilíbrio de arrecadação.Linha Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores: recursos arrecadados em exercícios anteriores que são incluídos na previsão da receita para fins de equilíbrio orçamentário. Como exemplo, pode-se citar a utilização de recursos arrecadados em exercícios anteriores para o pagamento de aposentadorias e pensões do RPPS.Déficit: Demonstra a diferença negativa entre receitas realizadas e despesas empenhadas. Fica demonstrada no mesmo lado que ficam as receitas. Despesas Orçamentárias:Coluna Dotação Inicial: demonstra os valores dos créditos iniciais conforme consta na LOA.Coluna Dotação Atualizada: demonstra a dotação inicial somada aos créditos adicionais abertos durante o exercício de referência, deduzidos das respectivas anulações.Coluna Saldo da Dotação: é o somatório das despesas atualizadas menos as despesas empenhadas podendo ocorrer uma economia orçamentária (quando o valor das despesas atualizadas forem maiores do que o das despesas empenhadas), inconsistência (foi empenhado mais do que o saldo da despesa atualizada) e saldo não existe (estiver equilibrado o valor).Reserva de Contingência: é a destinação de parte das receitas orçamentárias para o atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, inclusive para a abertura de créditos adicionais.Reserva do RPPS: é a destinação de parte das receitas orçamentárias do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para o pagamento de aposentadorias e pensões futuras.Superávit: quando as receitas realizadas forem superiores às despesas empenhadas. Fica demonstrado no mesmo lado que ficam as despesas.Quadro das demonstrações de restos a pagar não processados: deverão ser informados os restos a pagar não processados (despesas empenhadas e não liquidada. Cálculo é despesa empenhada menos despesa liquidada) inscritos até o exercício anterior.

Inscritos em Exercícios Anteriores (RP 13): o valor de restos a pagar não processados relativos aos exercícios anteriores, exceto os relativos ao exercício imediatamente anterior.

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Inscritos em 31 de Dezembro do Exercício Anterior (RP 14): Compreende o valor de restos a pagar não processados relativos ao exercício imediatamente anterior que não foram cancelados.Liquidados (em 2015): compreende o valor dos restos a pagar não processados, liquidados após sua inscrição e ainda não pagos.Pagos (em 2015): Compreende o valor dos restos a pagar (de anos anteriores) não processados, liquidados após sua inscrição e pagos.Cancelados (em 2015): Compreende o cancelamento de restos a pagar não processados por insuficiência de recursos, pela inscrição indevida ou para atender dispositivo legal.Quadro das demonstrações de restos a pagar processados: deverão ser informados os restos a pagar processados (a despesa foi liquidada e não paga. Cálculo é despesas liquidadas menos despesas pagas) inscritos até o exercício anterior. Deverão ser informados, também, os restos a pagar inscritos na condição de não processados que tenham sido liquidados em exercício anterior. Os entes que não conseguirem fazer o controle dos restos a pagar não processados liquidados poderão ao final do exercício transferir seus saldos para restos a pagar processados. Não se faz necessária a coluna Liquidados, uma vez que todos os restos a pagar evidenciados neste quadro já passaram pelo estágio da liquidação na execução orçamentária.Inscritos em Exercícios Anteriores (RP 2013): Compreende o valor de restos a pagar processados e de restos a pagar não processados liquidados relativos aos exercícios anteriores, exceto os relativos ao exercício imediatamente anterior, que não foram cancelados.Inscritos em 31 de Dezembro do Exercício Anterior (RP 2014): Compreende o valor de restos a pagar processados e de restos a pagar não processados liquidados relativos ao exercício imediatamente anterior que não foram cancelados.Pagos (em 2015): Compreende o valor dos restos a pagar processados pagos e restos a pagar não processados liquidados.Cancelados (em 2015): Compreende o cancelamento de restos a pagar processados e de restos a pagar não processados liquidados por insuficiência de recursos, pela inscrição indevida ou para atender dispositivo legal.

Empenhos que ocorrem à conta de créditos com vigência plurianual (por 4 anos), que não tenham sido liquidados, só serão computados como restos a pagar no último ano de sua vigência.Após 1 ano de inscrição da despesa com restos a pagar ela muda de nomenclatura e passa a se chamar Despesa de Exercícios Anteriores. A despesa prescreve em 5 anos.O Balanço Orçamentário deverá ser acompanhado de notas explicativas.Nos meses de maio, setembro e fevereiro o poder executivo demonstrará o cumprimento das metas fiscais. Vedado nos últimos 2 quadrimestres do exercício contrair obrigações de despesas que não possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no ano seguinte sem que haja disponibilidade de caixa para pagar.

Balanço Financeiro: evidencia as receitas (sessão ingressos) e despesas (sessão dispêndios orçamentárias e extraorçamentárias).É composto por: um único quadro que evidencia a movimentação financeira das entidades.

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Receita orçamentária realizada e a Despesa orçamentária executada, destinação de recursos ordinários (livre aplicação) e os vinculados (destinação específica. Educação, saúde, etc); Recebimentos e os pagamentos extraorçamentários;

Transferências financeiras recebidas e concedidas, orçamentárias ou extraorçamentárias (ordem de transferências concedidas envio para outra entidade custear o restos a pagar; ordem de transferências recebidas destinado para custear o próprio restos a pagar; consignações em folha de pagamento; fianças, cauções.)

Saldo em espécie do exercício anterior e para o exercício seguinte.

Os Restos a Pagar inscrito no exercício serão computados na Receita extraorçamentária. Os Restos a Pagar inscrito no ano anterior ao do balanço é computado na Despesa. Plano de Contas

O Balanço Financeiro será elaborado utilizando-se as seguintes classes do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP):Balanço Orçamentário: classes 5 e 6.Balanço Financeiro: classe de 1 a 6.O Balanço Financeiro deverá ser acompanhado de notas explicativas.

As receitas orçamentárias serão apresentadas líquidas de deduções.

Resultado Financeiro: pode ser calculado de 2 modos.

Balanço Patrimonial: é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública. Os ativos e passivos são conceituados e segregados em circulante e não circulante.É composto por: Quadro Principal; Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes; Quadro das Contas de Compensação e Quadro do Superávit/Déficit Financeiro.Quadro Principal: composto por ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante e passivo não circulante e patrimônio líquido. Os valores dos ativos e passivos no quadro principal serão apresentados de forma líquida das respectivas deduções, como exemplo, as contas do ativo imobilizado líquidas das depreciações.Atributos da Correta Classificação dos Elementos Patrimoniais: Conversibilidade: a qualidade do que pode ser conversível, ou seja, característica de transformação de bens e direitos em moeda.Exigibilidade: a qualidade do que é exigível, ou seja, característica inerente às obrigações pelo prazo de vencimento.Materialidade: pequenos gastos.Tabela de Temporalidade: é o instrumento com o qual se determina o prazo de permanência de um documento.As contas do ativo devem ser dispostas em ordem decrescente de grau de conversibilidade (primeiro: conta caixa, banco quanto mais fácil transformar em dinheiro primeiro vem). As contas do passivo, em ordem decrescente de grau de Exigibilidade (mais próximo for o pagamento).

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Patrimônio Líquido : é o valor residual do ativo circulante e não circulante menos o passivo circulante e não circulante. Quando o ativo for maior que o passivo tem um patrimônio líquido positivo. Já quando o ativo for maior que o passivo tem um passivo a descoberto.

Decorar as contas do patrimônio líquido.

Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes: composto por ativo financeiro e permanente; passivo financeiro e permanente e saldo patrimonial. Os ativos e passivos financeiros e permanentes e o saldo patrimonial serão apresentados pelos seus valores totais.Quadro das Contas de Compensação: são contas que de imediato não afetam o patrimônio, mas que futuramente irão afetar. Ex. recebimento de fiança, assinatura de contrato, convênio.Quadro do Superávit e Déficit Financeiro: diferença entre o ativo financeiro menos passivo financeiro. Plano de Contas

Quadro Principal: classes 01 e 02.Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes: Classes 01, 02 e 06.Quadro de Compensações: Classe 08.

Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP): evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. Resultado Patrimonial é Diferente de Situação Patrimonial.Resultado Patrimonial / Resultado Econômico: corresponde à diferença entre o valor total das variações patrimoniais aumentativas e o valor total das variações patrimoniais diminutivas de um dado período. Se positivo terá um superávit patrimonial se for negativo terá um déficit patrimonial.Situação Patrimonial / Saldo Patrimonial: corresponde ao patrimônio líquido que é o ativo menos o passivo. É o resultado do Patrimônio Líquido.A DVP poderá ser elaborada de acordo com um dos dois modelos apresentados no MCASP: Modelo Sintético: este modelo facilita a visualização dos grandes grupos de variações patrimoniais que compõem o resultado patrimonial. Esse modelo especifica apenas os grupos (2º nível de detalhamento do PCASP), não detalhando os subgruposModelo Analítico: detalha os subgrupos das variações patrimoniais em um único quadro.

Plano de Contas

Utiliza as classes 03 e 04.A DVP deverá ser acompanhado de notas explicativas. Deverá ter referência cruzada com a respectiva nota explicativa.

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Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): permite a análise da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e da utilização de recursos próprios e de terceiros em suas atividades.Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL): evidencia todos os fatos que geraram alterações no patrimônio líquido. A DMPL complementa o Anexo de Metas Fiscais (AMF). Integrante do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A DMPL é obrigatória para as empresas estatais dependentes, desde que constituídas sob a forma de sociedades anônimas e facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da Federação.

Depreciação: a redução do valor dos bens TANGÍVEIS pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência tecnológica. Sempre atendendo ao princípio da competência.Amortização: redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos

intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.Tanto a depreciação quanto a amortização são variações patrimonial quantitativa diminutiva. Valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exercício.Valor depreciado, amortizado, apurado mensalmente, deve ser reconhecido nas contas de resultado do exercício. Depreciação e a amortização devem ser reconhecidas até que o valor líquido contábil do ativo seja igual ao valor residual (não é até zerar).Depreciação e amortização de um ativo começam quando o item estiver em condições de uso.Depreciação e a amortização não cessam quando o ativo se torna obsoleto ou é retirado temporariamente de operação. Não estão sujeitos ao regime de depreciação: Bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades; Bens de uso comum, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada. Praia, praças; Animais que se destinam à exposição e à preservação; Terrenos rurais e urbanos.

Valor Bruto Contábil: o valor do bem registrado na contabilidade, em uma determinada data, sem a dedução da correspondente depreciação e amortização.Valor Liquido Contábil: é o valor do bem registrado na contabilidade deduzido da correspondente depreciação e amortização acumulada (somado com o valor residual).Valor Depreciável e Amortizável: o valor original de um ativo deduzido do seu valor residual. Vida Útil Econômica: o período de tempo definido ou estimado tecnicamente, durante o qual se espera obter fluxos de benefícios futuros de um ativo.Valor Recuperável: valor de mercado de um ativo menos o custo da alienação, ou o valor que a entidade espera recuperar pelo uso futuro desse ativo nas suas operações o que for maior.

Métodos de Cálculos da Depreciação:

Método das Cotas Constantes: fórmula (valor bruto - valor residual x quota do ano).Uma entidade pretende realizar a depreciação de um bem utilizando o método das cotas constantes. O valor bruto contábil é de R$ 10.000; foi determinado o valor residual de R$ 2.000 (20%). A vida útil do bem é de cinco anos, conforme a política da entidade. Com base nesses dados podemos afirmar que a depreciação acumulada no 4 ano é de:

D= (VBC - VR) x quota / D= (10.000 - 2000) x 0,2= 1.600.

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Método das Somas dos Dígitos: resulta em uma taxa decrescente durante a vida útil. Esse é o método mais adequado para itens do imobilizado tais como veículos.Uma entidade pretende realizar a depreciação de um bem utilizando o método da soma dos dígitos. O valor bruto contábil é R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00. A vida útil do bem é de cinco anos, conforme a política da entidade. Diante dos dados apresentados podemos afirmar que a depreciação calculada no 5º ano foi de:

Valor depreciável: 2600 – 600= 2000CÁLCULO DA COTA Vida útil.......5 anos Numerador do 1º ano = 5 Numerador do 2° ano = 4 Numerador do 3° ano = 3 Numerador do 4° ano = 2 Numerador do 5° ano = 1 Denominador: Vida útil.........5 anos 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 Denominador = 15

Método das Unidades Produzidas: resulta em uma taxa baseada no uso ou produção esperadas. A vida útil do bem é determinada pela capacidade de produção.Cota de Depreciação: Capacidade de produção anual/capacidade de produção total.

Uma entidade pretende realizar a depreciação de um bem utilizando o método das unidades produzidas. O valor bruto contábil é R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00. A vida útil do bem é determinada pela capacidade de produção que é igual a 5.000 unidades, sendo 500 unidades ao ano, conforme a política da entidade. Calcule o valor líquido contábil no 6º ano.

Cota de Depreciação 500 / 5000 = 0,1Valor depreciável: 2600 – 600 = 2000Depreciação: 2000 * 0,1= 200.

Método de Cálculo da Amortização: uma entidade pública realizou gastos com serviços referentes à obtenção de um software - Ativo Intangível, sendo eles: construção do software pelo valor de R$ 11.400.000,00. Testes para verificação da adequação do funcionamento do software no valor de R$ 600.000,00. Propaganda institucional sobre o software no valor de R$ 500.000,00. Em 01/10/2014, data em que o ativo foi colocado em condições de uso a estimativa do valor residual do ativo foi zero e da sua vida útil de 10 anos. Considerando estas informações e que, para o cálculo da amortização do ativo, é usado o método linear, a variação patrimonial diminutiva em 2014 foi:

VÍDA UTIL = 10 anosCota = 10%Data em condições de uso: 01/10/2014

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Valor amortizável = 12.000.000Cálculo: (10% x 3 ÷ 12) X 12.000.000 = 300.000VPD/2014 = 300.000 + 500.000 = 800.000

Inventário na Administração Pública: é o instrumento de controle que permite o ajuste dos dados escriturais com o saldo físico do acervo patrimonial. Tombamento: é o procedimento administrativo que consiste em identificar cada material permanente com um número único de registro patrimonial.São cinco os tipos de inventários físicos:Verificação: realizado a qualquer tempo, com o objetivo de verificar qualquer bem ou conjunto de bens, por iniciativa da Unidade de Patrimônio; Transferência: realizado quando da mudança de um titular de função de confiança detentor de carga patrimonial;Criação: realizado quando da criação de uma função de confiança, de uma Unidade ou subunidade ou de novo endereço individual;Extinção: realizado quando da extinção ou transformação de uma função de confiança detentora de carga patrimonial, de uma Unidade ou subunidade ou de endereço individual;Anual: realizado para comprovar a exatidão dos registros de controle patrimonial de todo o patrimônio do Tribunal.Estoques: são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou no valor de produção. Se o valor de aquisição, de produção ou de construção for superior ao valor de mercado, deve ser adotado o valor de mercado. O método de mensuração do consumo do almoxarifado é o custo médio ponderado.

Considere as informações sobre a movimentação de um dos itens do estoque de material de consumo de um órgão do Poder Executivo Estadual no mês de fevereiro de 2014.