contabilidade pública - igor oliveira

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CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE PÚBLICA – STN PROFESSOR IGOR OLIVEIRA Prof. Igor Oliveira www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA DEMONSTRATIVA Conteúdo I. Apresentação ........................................................................................................................................ 2 II. Divisão do conteúdo ...................................................................................................................... 3 III. Acertando os ponteiros ............................................................................................................. 4 A. Teoria................................................................................................................................................... 6 1. Entidade ................................................................................................................................................ 7 2. Continuidade ....................................................................................................................................... 7 3. Oportunidade ...................................................................................................................................... 8 4. Registro pelo valor original ............................................................................................................ 9 5. Competência...................................................................................................................................... 11 6. Prudência ............................................................................................................................................ 13 B. Questões comentadas ................................................................................................................. 15 C. Resumo da aula ............................................................................................................................. 29 D. Normas correlatas ........................................................................................................................ 29 E. Questões sem os comentários ..................................................................................................... 30 F. Gabarito ................................................................................................................................................ 36

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PROFESSOR IGOR OLIVEIRA

Prof. Igor Oliveira www.pontodosconcursos.com.br 1

AULA DEMONSTRATIVA

Conteúdo

I. Apresentação ........................................................................................................................................ 2

II. Divisão do conteúdo ...................................................................................................................... 3

III. Acertando os ponteiros ............................................................................................................. 4

A. Teoria ................................................................................................................................................... 6

1. Entidade ................................................................................................................................................ 7

2. Continuidade ....................................................................................................................................... 7

3. Oportunidade ...................................................................................................................................... 8

4. Registro pelo valor original ............................................................................................................ 9

5. Competência ...................................................................................................................................... 11

6. Prudência ............................................................................................................................................ 13

B. Questões comentadas ................................................................................................................. 15

C. Resumo da aula ............................................................................................................................. 29

D. Normas correlatas ........................................................................................................................ 29

E. Questões sem os comentários ..................................................................................................... 30

F. Gabarito ................................................................................................................................................ 36

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I. Apresentação

Olá querido (a) aluno (a), Meu nome é Igor Nascimento Oliveira, sou Analista Técnico da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), autarquia do Ministério da Fazenda que regula o mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização. Mas não nasci na SUSEP. Fui também Analista Administrativo na ANAC por quase um ano. Antes ainda, fui oficial de carreira da Marinha do Brasil, onde me formei em 2002 pela Escola Naval. Durante a minha carreira de oficial tive a grata satisfação de ser piloto de helicóptero por quase quatro anos, na fronteira do Brasil com a Bolívia, numa cidadezinha chamada Ladário. Como éramos poucos oficiais, a gente acabava tendo que fazer tudo. Foi assim que tomei contato com nossa disciplina, pois além de voar eu era tipo um gerente de programa! Mexia com SIAFI (Sistema de Administração Financeira do Governo Federal), execução orçamentária e financeira e mais um monte de coisas. Após essa breve apresentação, vamos falar um pouco sobre nosso curso. Inicialmente, contabilidade pública não estava prevista no nosso edital, mas depois veio a bomba! Imaginava que isso iria acontecer, pois se não for cobrado contabilidade pública no concurso da STN, onde mais poderia ser? É o mesmo que não cair direito tributário no concurso da Receita Federal! É disciplina inerente ao cargo que você vai exercer. Como você deve ter percebido, o edital de nossa disciplina é monstruoso. Só o Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF) tem 700 páginas. Levando em conta ainda que você tem mais um monte de coisa para estudar, fica inviável assumir o compromisso de ler tudo isso para resolver 10 questões na prova. É aqui que eu entro. Eu sou o cara que vai pensar por você, selecionar a parte da bibliografia que mais tem chance de ser cobrada e elaborar um material recheado de questões. Não dá, no tempo que temos, de cobrir os mínimos detalhes do edital. Como eu fiz? Garimpei todas as questões mais recentes da ESAF, resolvi e “senti” mais ou menos o jeitão da banca. É com base nessa engenharia reversa que vamos trabalhar. A proposta desse curso então é preparar você para prova que você vai ter que enfrentar. Só. Pode parecer bobagem o que estou dizendo, mas a nossa bibliografia é um buraco negro. É necessário estudá-la com cautela, tentando extrair trechos mais propensos de serem cobrados pelo examinador, que também está com o tempo curto, como nós. Falando mais sobre nosso edital, tá na cara que:

• O item 2 (procedimentos contábeis patrimoniais) foi copiado do MCASP, parte II;

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• O item 3 (Plano de Contas Aplicado ao Setor Público) foi extraído do

MCASP, parte IV; e

• O item 4 (Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público) do MCASP, parte V.

É só você pegar e comparar. É corte e cola na cara de pau mesmo! Não vamos inventar. Para esses itens, essa vai ser nossa bibliografia base, pois é daí que o examinador vai tirar as questões.

Agora vamos dar uma olhada no conteúdo que eu planejei pra gente.

II. Divisão do conteúdo Aula demonstrativa (14/01) →→→ 2. Procedimentos contábeis patrimoniais: 2.1. Princípios de Contabilidade aplicados ao setor público.

Aula 01 (25/01) →→→ 2.2. Composição do patrimônio público: Patrimônio Público, ativo, passivo (relação entre passivo exigível e as etapas da execução orçamentária), patrimônio líquido; 2.3. Variações Patrimoniais: Qualitativas, Quantitativas, realização da variação patrimonial, resultado patrimonial. Lei nº 10.180/2001, Decreto nº 6.976/2009 (Sistema de Contabilidade Federal), Portaria MF nº 184/2008 e Portaria STN nº 437, de 12 de julho de 2012, e alterações posteriores (Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP 5ª edição).

Aula 02 (08/02) →→→ 2.4. Mensuração de ativos e passivos: Conceitos, avaliação e mensuração, investimentos permanentes, imobilizado, intangível; 2.5. Tratamento contábil aplicável aos impostos e contribuições. 2.6. Ativo imobilizado; 2.7. Ativo Intangível; 2.8. Reavaliação, redução ao valor recuperável, depreciação, amortização e exaustão; 2.9. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes; 2.10. Sistema de custos.

Aula 03 (20/02) →→→ 3. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP): 3.1. Conceito, objetivo, conta contábil, teoria das contas; 3.2 Aspectos gerais do PCASP; 3.3. Sistema Contábil; 3.4. Registro Contábil; 3.5. Composição do patrimônio público; 3.6. Estrutura do PCASP: atributos, relação de contas, lançamentos contábeis padronizados e conjunto de lançamentos padronizados; 3.7. Lançamentos contábeis típicos.

Aula 04 (01/03) →→→ 4. Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público: 4.1. Balanço orçamentário; 4.2. Balanço financeiro; 4.3. Demonstração das Variações Patrimoniais; 4.4. Balanço patrimonial; 4.5 Demonstração dos

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Fluxos de Caixa; 4.6. Demonstração das mutações do patrimônio líquido; 4.7. Notas explicativas; 4.8. Consolidação das demonstrações contábeis.

Aula 05 (13/03) →→→ 5. Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF), 5ª edição (Portaria STN nº 637, de 18 de outubro de 2012).

As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público editadas pelo CFC (NBCT 16) e a lei nº 4.320/1964 serão vistas de forma pulverizada ao longo do curso.

Assim, dentro da disciplina de contabilidade pública você estará estudando o sumo, o néctar da matéria, aquilo que realmente será cobrado.

III. Acertando os ponteiros Quero deixar claro algumas coisas para que ninguém fique chateado. Tudo bem? É apenas meu modus operandi. Então vamos ver:

• Não respondo dúvidas de questões por e-mail durante a vigência do curso. É má vontade? Não. Ocorre que a sua dúvida pode ser a de outro aluno e quando respondo no fórum há uma economia de escala. Quando acabar o curso, aí sim você pode me procurar. Fique à vontade. Aliás, não esqueça o professor. O professor gosta de saber novidades de seus pupilos...rs. Só não me prometa churrasco, porque eu cobro! rsrs

• Há algumas siglas que uso muito. Na primeira vez escreverei o nome por

extenso e mostrarei a sigla. Da segunda em diante poderei utilizar somente a sigla. Já posso adiantar algumas:

� CASP → Contabilidade Aplicada ao Setor Público

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� NBCASP ou série de normas NBC T 16 ou simplesmente NBC T 16 → Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público.

� PCASP → Plano de Contas Aplicado ao Setor Público. � MCASP → Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. � PCU → Plano de Contas Único. � LOA → Lei Orçamentária Anual. � LDO → Lei de Diretrizes Orçamentárias. � PPA → Plano Plurianual.

• Não corrigirei redações neste curso.

• Eu me comprometo a responder o fórum de dúvidas da maneira mais

rápida que conseguir. Já fui aluno e ficava irritado quando o professor demorava a me responder. Sei como é...rs

• Toda aula haverá um pequeno resumo pra te ajudar na memorização de

pontos importantes da disciplina, bem como uma orientação das normas que correspondem à aula.

• A banca não é perfeita. Logo, nem sempre as questões são bem feitas. Não se revolte. Há questões duvidosas, mas que podem nos ajudar a compreender certos pontos da matéria.

• O nosso foco será resolver as questões recentes da ESAF. No entanto, se achar necessário, lançarei mão de questões de outras bancas de modo a dar volume ao nosso banco de questões. No final das contas, o que importa é praticar.

Bom, está lançada a proposta. Espero que goste! "Certo homem faliu nos negócios com 31 anos de idade. Foi derrotado numa eleição para deputado estadual, com 32 anos. Faliu outra vez nos negócios aos 34 anos. Aos 35 anos perdeu sua noiva (o grande amor da sua vida). Teve um colapso nervoso aos 36 anos. Perdeu outra eleição com a idade de 38 anos. Perdeu nas eleições do Congresso aos 43, 46 e 48 anos. Perdeu uma disputa para o Senado com 55 anos. Fracassou na tentativa de tornar-se presidente aos 56 anos. Perdeu uma disputa para senador aos 58 anos. Quando seus amigos, parentes e companheiros de luta pensaram que ele havia desistido, Abraham Lincoln, com 60 anos de idade, foi eleito presidente dos Estados Unidos, um dos maiores estadistas de toda a história".

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A. Teoria

A resolução CFC 750/93 dispõe sobre os Princípios de Contabilidade (PC). A resolução CFC 1.282/2010, entre outras coisas, alterou o nome de Princípios Fundamentais de Contabilidade para Princípios de Contabilidade.

A resolução CFC 1.111/2007 aprovou o apêndice II da resolução 750/93 e traz esclarecimentos dos PC sob a perspectiva do Setor Público. Essa é nossa matéria. O MCASP, parte II, fala sobre os princípios de contabilidade logo no início. É uma parte pequena e fácil. Vale a pena ler. Cabe observar que a Contabilidade Aplicada ao Setor Público constitui um ramo da Ciência Contábil e deve observar os Princípios de Contabilidade, que representam a essência das doutrinas e teorias relativas a essa ciência, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional do País.

Primeira questãozinha:

(ESAF/ANA 2009) A aplicação de qualquer princípio fundamental da contabilidade se torna inviável no setor público em razão da existência de determinações legais a respeito da contabilidade que inviabilizam tal aplicação.

A questão está errada. A contabilidade pública, como ramo da ciência contábil, deve aplicar seus princípios integralmente.

Frase pronta que o examinador adora:

A contabilidade pública deve aplicar os princípios de contabilidade integralmente, pois é ramo da ciência contábil.

Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais (resolução 750, artigo 1º, § 2º).

O MCASP, parte II, e a resolução CFC 1.111/2007 elencam os seguintes princípios de contabilidade:

• ENTIDADE • CONTINUIDADE • OPORTUNIDADE • REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL • COMPETÊNCIA • PRUDÊNCIA

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1. Entidade

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente. A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e a responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos.

Vamos praticar?

(CESPE/TRE BA 2010) A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e na responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos.

Perfeito. Cópia do que vimos acima.

2. Continuidade

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade.

(CESPE/TRE ES 2011) No âmbito da entidade pública, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade, vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio.

Certo, né? Cópia da norma.

Mais uma para finar o cabelo:

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(ESAF/ANA 2009) O princípio contábil da continuidade no setor público se vincula ao cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar a sua finalidade.

Certa a resposta! Interessante, duas bancas diferentes, a mesma assertiva.

3. Oportunidade

O Princípio da Oportunidade se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

Para o setor público, o Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público.

A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.

O MCASP destaca que, para atender ao princípio da oportunidade, a contabilidade não pode se restringir ao registro dos fatos decorrentes da execução orçamentária, devendo registrar tempestivamente todos os fatos que promovam alteração no patrimônio. Essa situação é verificada em fatos que não decorrem de previsão e execução do orçamento, como, por exemplo, um incêndio ou outra catástrofe qualquer.

Mais uma questãozinha:

(ESAF/ANA 2009) O princípio contábil da oportunidade tem aplicação restrita no setor público em razão de ser uma das finalidades do Estado a de prestar serviços à sociedade de forma geral e impessoal.

Errado. A contabilidade pública obedece a todos os princípios de contabilidade. No caso específico do princípio da oportunidade, cabe destacar que o mesmo não se restringe a fatos decorrentes da execução do orçamento, mas a todas as situações que promovam alteração no patrimônio. Lembre-se do caso do incêndio.

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(FMPRS/TCE MT 2011) Para atender a qual princípio contábil aplicado à Contabilidade Pública, a contabilidade não pode se restringir ao registro dos fatos decorrentes da execução orçamentária, devendo registrar tempestivamente todos os fatos que promovam alteração no patrimônio?

a) Princípio da Continuidade.

b) Princípio do Registro pelo Valor Nominal.

c) Princípio da Oportunidade.

d) Princípio da Competência.

e) Princípio da Prudência.

Letra C. Dica: falou em tempestividade, integridade e fidedignidade já desconfie da questão se referir ao princípio da oportunidade.

4. Registro pelo valor original

O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico →→→ Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

II – Variação do custo histórico →→→ Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente – Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

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b) Valor realizável – Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

c) Valor presente – Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

d) Valor justo – É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e

e) Atualização monetária – Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

Sob a perspectiva do setor público, nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o valor original dos componentes patrimoniais que, ao longo do tempo, não se confunde com o custo histórico. Ou seja, o registro pelo valor original corresponde ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corrente; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo.

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Para obedecer ao princípio, é importante que os elementos patrimoniais sejam avaliados com suficiente regularidade, de maneira que o seu valor registrado não difira significativamente daquele que possa ser determinado utilizando-se o seu valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do balanço patrimonial.

As explicações/definições que giram em torno desse princípio são confusas, difíceis de entender e memorizar. No entanto, eu aposto numa questão mais simples como a que se segue:

(ESAF/ANA 2009 – adaptada) A respeito dos princípios fundamentais de contabilidade e a sua aplicação no setor público, julgue o item:

A aplicação do princípio contábil do registro pelo valor original não se verifica possível em razão de não existir determinação legal para a contabilização da depreciação.

Errada. Mais uma vez: a contabilidade aplicada ao setor público, como ramo da ciência contábil, deve obedecer aos seus princípios integralmente.

5. Competência

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

Conforme foi dito, a CASP é ramo da ciência contábil e deve obedecer aos seus princípios integralmente, inclusive o da competência. As receitas e despesas devem ser registradas no momento da ocorrência do fato gerador.

Na área pública, esse princípio encontra suporte nos seguintes dispositivos:

Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 101/2000

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:

(...)

II – a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa.

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Lei 4.320/1964

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.

Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.

Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.

De todos os princípios, creio que esse é o que está mais “na moda” junto às bancas examinadoras. O importante aqui é se atentar que a aplicação do princípio da competência pelo setor público deve conviver de forma harmônica com as exigências legais do direito financeiro. Nesse sentido, a lei 4.320/64 estabeleceu, no seu artigo 35, o regime contábil misto para a contabilização da receita e despesa orçamentária:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:

I – as receitas nele arrecadadas;

II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Assim, com o objetivo de evidenciar o impacto dos fatos modificativos no patrimônio, deve haver o registro da receita sob o enfoque patrimonial (variação patrimonial aumentativa) em função do fato gerador, em obediência aos princípios da competência e da oportunidade. Ainda, no momento da arrecadação, deve haver o registro em contas específicas, demonstrando a visão orçamentária exigida no art. 35 da Lei nº 4.320/64.

Tipo de coisa que o examinador gosta de cobrar:

� A CASP aplica o princípio da competência integralmente, tanto na contabilização da receita, quanto na despesa.

� O princípio da competência deve conviver de forma harmônica com a visão orçamentária exigida pela lei 4.320/64. Assim, além do registro tempestivo dos fatos ligados à execução do orçamento, é necessário o

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registro das alterações verificadas no patrimônio, independentemente da execução orçamentária.

Olha que questões bacanas sobre o assunto:

(FUNCAB/ Prefeitura de Várzea Grande 2011) Para se evidenciar o impacto dos fatos modificativos no patrimônio, deve ser registrado no orçamento da receita a variação aumentativa em obediência aos princípios da competência e, quando ocorre a arrecadação, deve haver o registro em contas específicas, demonstrando a visão financeira e patrimonial exigida pela Lei nº 4.320/64.

Errado. Quando ocorre a arrecadação, deve haver o registro em contas específicas, demonstrando a visão orçamentária exigida pela lei 4.320/64.

(FUNCAB/ Prefeitura de Várzea Grande 2011) Para se evidenciar o impacto dos fatos modificativos no patrimônio, deve haver o registro da receita sob o enfoque patrimonial (variação patrimonial aumentativa) em função do fato gerador, em obediência aos princípios da competência e da oportunidade; entretanto, quando da arrecadação, deve haver o registro em contas específicas, demonstrando a visão orçamentária exigida no Artigo 35 da Lei nº 4.320/64.

Perfeito. Cópia do disposto no MCASP, parte II.

(CESPE/ANAC 2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa.

Certo. Está de acordo com tudo o que vimos.

6. Prudência

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

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O princípio da prudência adquire relevância quando são feitas estimativas, tais como os passivos contingentes que representam obrigações possíveis, ou ativos contingentes que são possíveis ativos, cuja existência depende de fatores imprevisíveis, tais como resultados dos julgamentos de processos judiciais. Nesse caso, se existirem alternativas igualmente válidas para a quantificação do fato, será escolhida aquela que resultar no maior valor para o passivo e/ou o menor para o ativo.

A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.

Vejamos como é cobrado:

(NCE RJ/UFRJ Técnico em contabilidade 2010) O princípio da prudência deve ser considerado exclusivamente na definição dos valores relativos às variações patrimoniais, em que devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável.

Errado. Não é bem isso que vimos. Cuidado com esses termos absolutos do tipo: exclusivamente, nunca e somente. A assertiva é confusa e tem a intenção de confundir o candidato. Ela não quer dizer nada.

(CONSULPLAN/Prefeitura de Campo Verde 2010) Princípio Contábil que determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido, é o Princípio da:

a) Prudência.

b) Competência.

c) Atualização monetária.

d) Oportunidade.

e) Entidade.

Muito fácil, letra A.

Agora a parte mais legal da aula: as questões comentadas! Algumas nós já vimos na teoria, mas decidi repetir aqui para você fixar melhor o conteúdo. Outras são inéditas.

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B. Questões comentadas

1. (CONSULPLAN/TSE 2012) Segundo a Lei nº 4.320/64 e suas alterações posteriores (normas de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos públicos), a abertura de créditos adicionais extraordinários, destinados ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, deve ser feita por decreto do poder executivo e submetidos ao poder legislativo correspondente, possibilitando o registro tempestivo de fatos que afetam o patrimônio público. O evento apresentado está relacionado com o Princípio da

a) Competência.

b) Entidade.

c) Oportunidade.

d) Prudência. Comentários: Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá...registro tempestivo, integro e fidedigno, logo: princípio da oportunidade. Letra C.

2. (FUNCAB/MPE RO 2012) Sob a perspectiva do setor público, o Princípio da Continuidade está vinculado:

a) à necessidade de continuidade da prestação de serviços à sociedade. b) à execução do PPA e dos programas de governo. c) ao cumprimento da destinação social do seu patrimônio, enquanto perdurar sua finalidade. d) aos princípios de Administração Pública e à continuidade das ações de Estado. e) à eficiência e eficácia das ações governamentais. Comentários: O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da

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entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade. Letra C.

3. (FUNCAB/MPE RO 2012) Indique a alternativa que apresenta o adequado exercício profissional, de acordo com os princípios contábeis e observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público, prezando pela integridade e fidedignidade das informações contábeis:

a) As variações patrimoniais decorrentes da execução do orçamento devem ser registradas por ocasião da execução do orçamento, enquanto as variações independentes do orçamento devem manter relação com os fatos modificativos do patrimônio. b) Os registros das variações patrimoniais do setor público são reconhecidos em sua totalidade, de forma semelhante aos das empresas, ou seja, subsidiados, necessariamente, pela respectiva documentação formal, inclusive os fatos resultantes de determinações legais. c) É necessário que as variações patrimoniais sejam reconhecidas em sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais, não podendo restringir-se ao registro dos fatos decorrentes da execução orçamentária e devendo registrar, tempestivamente, todos os fatos que promovam alteração no patrimônio. d) As formalidades legais não geram lançamentos na contabilidade governamental, a qual deve ater-se aos registros do patrimônio e de suas variações. e) As variações patrimoniais decorrentes da execução orçamentária devem ser reconhecidas em sua totalidade de tal maneira que se cumpram as formal idades legais, e as variações patrimoniais extraorçamentárias devem ser fidedignas ao movimento financeiro correspondente. Comentários:

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O Princípio da Oportunidade se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência. Assim, é necessário o registro de todos os fatos que provocam alteração no patrimônio, não se restringindo apenas àqueles vinculados à execução do orçamento. Letra C.

4. (FCC/TRE CE 2011) O Princípio de Contabilidade que refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, em que a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a tempestividade e a confiabilidade da informação, o que é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, onde integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma, e neste caso a contabilidade não pode se restringir ao registro dos fatos decorrentes da execução orçamentária, devendo registrar tempestivamente todos os fatos que promovam alteração no patrimônio.

Com base na Resolução CFC no 1.111/07, na Resolução CFC no 1.282/10 e no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Publico da STN do Ministério da Fazenda, 3a edição válida para 2011, o texto acima refere-se ao Princípio de Contabilidade da: a) Entidade. b) Oportunidade. c) Continuidade. d) Atualização Monetária. e) Competência. Comentários: Parece até perseguição...rsrs...vamos lá: Arroz + feijão + integridade + fidedignidade + tempestividade = oportunidade!

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A aplicação do princípio da oportunidade à área pública se refere também ao registro tempestivo de todos os fatos que afetam o patrimônio, não apenas aqueles ligados à execução do orçamento. O princípio da competência trata de forma semelhante o assunto (MCASP, parte II): Portanto, observa-se que, além do registro dos fatos ligados à execução orçamentária, exige-se a evidenciação dos fatos ligados à execução financeira e patrimonial, de maneira que os fatos modificativos sejam levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros de determinado exercício. Não acredito que o examinador seja tão maldoso assim, mas pra você não se confundir na hora da prova atente-se para o fato de que o princípio da oportunidade é o único que trata da fidedignidade, tempestividade e integridade dos registros. Letra B.

5. (FUNCAB/Prefeitura de Várzea Grande 2011) A respeito da aplicação do Princípio Contábil da Continuidade é correto afirmar que:

a) a continuidade ou não da entidade, assim como a sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da avaliação das mutações patrimoniais quantitativamente, entretanto não influenciam na classificação e nos demais aspectos qualitativos. b) a continuidade ou não da entidade, assim como a sua vida definida ou provável, influenciam o valor econômico dos ativos, entretanto não influenciam os valores dos passivos. c) a observância do Princípio da Continuidade é indispensável à correta aplicação do Princípio da Competência, pois se relaciona diretamente à formação do resultado, entretanto não afeta a quantificação dos componentes patrimoniais. d) a observância do Princípio da Continuidade é indispensável por ser importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado e a formação do resultado, entretanto não influencia os demais aspectos das contas patrimoniais. e) o Princípio da Continuidade sob a perspectiva do setor público está vinculado ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio. Comentários: O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no

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futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade. Letra E.

6. (NCE/UFRJ Contador 2010) De acordo com o Manual de contabilidade aplicada ao setor público: procedimentos contábeis patrimoniais, os conceitos (I) “o Princípio da ______ se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente” e (II) “o Princípio da ______ está vinculado ao estrito cumprimento da destinação social do patrimônio da entidade” referem-se, respectivamente a:

a) entidade e continuidade. b) continuidade e entidade. c) oportunidade e continuidade. d) entidade e oportunidade. e) materialidade e oportunidade. Comentários: Entidade → O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente. A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e a responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos. Continuidade → No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade. Letra A.

7. (CONSULPLAN/Contador/Município de Resende 2010) Pilares da contabilidade são as regras básicas da contabilidade que podem ser chamados genericamente de princípios contábeis. Com relação a esses princípios, assinale a alternativa correta:

A) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido.

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B) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, diferenciando o patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes. C) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo. D) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência. E) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas não atende ao princípio da continuidade. Comentários: As letras A e C estão incorretas, pois tratam do princípio da prudência não da competência. Este princípio determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

A letra B está correta. É a própria definição do princípio da entidade. O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

A letra D está incorreta. Segundo o princípio da competência, não da prudência, as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem.

A letra E está incorreta. As transações contábeis devem atender aos princípios integralmente. Não faz sentido, por exemplo, dizer que determinada situação está regular por obedecer ao princípio da competência, ao passo que não cumpre o princípio da oportunidade. A alternativa em tela mistura dois princípios. A primeira parte se refere à competência, a segunda cita a continuidade.

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

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Para fixar: Entidade → reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, diferenciando o patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente. A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e a responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos.

Continuidade → entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade.

Competência → os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Os atos e os fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por competência, e os seus efeitos devem ser evidenciados nas Demonstrações Contábeis do exercício financeiro com o qual se relacionam, complementarmente ao registro orçamentário das receitas e das despesas públicas.

Prudência → menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.

O princípio da prudência adquire relevância quando são feitas estimativas, tais como os passivos contingentes que representam dívidas, cuja existência depende de fatores imprevisíveis, tais como resultados dos julgamentos de processos judiciais. Nesse caso, se existirem alternativas igualmente válidas para a quantificação do fato, será escolhida aquela que resultar no maior valor para o passivo.

Letra B.

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8. (CONSULPLAN/Contador/Município de Itabaiana SMTT 2010) Sobre os princípios contábeis, analise:

I. O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o dos sócios ou proprietários. II. Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da Entidade, em um período de tempo determinado. III. O Princípio da Entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, diferenciando o patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes. IV. A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. Estão corretas apenas as alternativas: A) I, II, III, IV B) I, III, IV C) III, IV D) II, III, IV E) II, III Comentários: O item I está incorreto. Não há exceções. O princípio da entidade afirma a autonomia patrimonial, ou seja, o patrimônio da entidade não pode se confundir com o de seus proprietários.

O item II está correto. O Princípio da Oportunidade se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, ou seja, úteis, corretas e no tempo adequado.

O item III está correto. Agora sim! Entidade → patrimônio objeto da contabilidade + autonomia patrimonial. Segundo a NBC T 16.1, o objeto da contabilidade pública é o patrimônio público. O item IV está incorreto. Conforme a resolução CFC 750/93, artigo 1º, § 1º, a observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Letra E.

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9. (CONSULPLAN/Contador/Município de Campo Verde 2010) “O Princípio

Contábil que determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido”, é o Princípio da:

A) Prudência. B) Competência. C) Atualização monetária. D) Oportunidade. E) Entidade. Comentários: Fácil, né? Menor valor para ativos e maior para passivos → prudência. Letra A.

10. (CONSULPLAN/Contador/Município de Guarapari 2009) Com referência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, tem-se:

I. O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. II. A observância do Princípio da Continuidade é dispensável à correta aplicação do Princípio da Competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. III. O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Está (ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I, III B) II, III C) I, II D) I, II, III E) I

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Comentários: Os itens I e III estão corretos, pois reproduzem com perfeição o disposto nas normas do CFC. O item II está “quase” correto, não fosse apenas o “dispensável”. Na verdade, o princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação da competência. Antes da alteração dada pela Resolução CFC 1.282/10, a CFC 750/93 dizia que a observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade.

Letra A.

11. (ESAF/Analista Administrativo/ANA 2009) A respeito dos princípios fundamentais de contabilidade e a sua aplicação no setor público, é correto afirmar:

a) a aplicação do princípio contábil do registro pelo valor original não se verifica possível em razão de não existir determinação legal para a contabilização da depreciação. b) o princípio contábil da oportunidade tem aplicação restrita no setor público em razão de ser uma das finalidades do Estado a de prestar serviços à sociedade de forma geral e impessoal. c) a aplicação de qualquer princípio fundamental da contabilidade se torna inviável no setor público em razão da existência de determinações legais a respeito da contabilidade que inviabilizam tal aplicação. d) o princípio contábil da entidade não se aplica ao setor público em razão da dificuldade de se determinar a personalidade jurídica de muitas entidades contábeis. e) o princípio contábil da continuidade no setor público se vincula ao cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar a sua finalidade. Comentários: A letra A está incorreta por dois motivos. Primeiro, pois a NBC T 16.10 exige a contabilização da depreciação dos bens públicos nos seguintes termos:

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“Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida útil econômica limitada, ficam sujeitos a depreciação, amortização ou exaustão sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas”. Anteriormente, a lei 4.320/64 restringia o cálculo das previsões para depreciação às autarquias e fundações públicas. A referida lei sequer falava em amortização e exaustão. Segundo, pois a CFC 1.111/07 traz as diretrizes para a aplicação do princípio do registro pelo valor original nas entidades do setor público. Segundo essa norma, sob a perspectiva do setor público, nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o valor original dos componentes patrimoniais que, ao longo do tempo, não se confunde com o custo histórico. Ou seja, o registro pelo valor original corresponde ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corrente; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo.

Para obedecer ao princípio, é importante que os elementos patrimoniais sejam avaliados com suficiente regularidade, de maneira que o seu valor registrado não difira significativamente daquele que possa ser determinado utilizando-se o seu valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do balanço patrimonial.

A letra B está incorreta. Segundo a CFC 1.111/07, o Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público.

A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.

A letra C está incorreta. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, como ramo da ciência contábil, deve obedecer aos seus princípios integralmente. Se a questão disser que determinado princípio não se aplica à contabilidade pública ela está errada de cara!

A letra D está incorreta. O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente. A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e a responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos.

A letra E está correta, pois reproduz com exatidão o disposto na CFC 1.111/07.

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Letra E.

12. (FJG/Auxiliar de Controle Externo/TCM RJ – Adaptada) A Resolução CFC 750/93 enunciou os Princípios de Contabilidade atualmente exigidos pela boa prática contábil. O Princípio da ENTIDADE caracteriza-se por:

A) mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

B) afirmação da autonomia patrimonial e a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.

C) reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, em consequência natural do respeito ao período em que foram geradas.

D) avaliação dos componentes patrimoniais, baseada nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes. Comentários: A letra A trata do princípio da Oportunidade. A letra B está perfeita. Entidade → autonomia patrimonial e diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes. A letra C trata do princípio da competência. A letra D trata do Princípio do Registro pelo Valor Original sob a perspectiva do Setor Público. Letra B.

13. (FJG/Técnico de Controle Externo/TCM RJ – Adaptada) Os registros contábeis de determinado ente municipal foram escriturados quatro meses após a ocorrência dos respectivos fatos geradores, por ocasião da saída dos recursos apenas. Isto configura uma desobediência ao princípio contábil denominado:

A) competência.

B) continuidade.

C) prudência.

D) evidenciação.

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Comentários: Apesar de ser um ente municipal, o mesmo deve observar os Princípios de Contabilidade integralmente. Os fatos e atos devem ser registrados no momento da ocorrência do fato gerador, independentemente de pagamento ou recebimento em obediência ao princípio da Competência. Letra A.

14. (FJG/Técnico de Controle Interno/CGM RJ) O princípio contábil que, quando mal aplicado, pode provocar a ocultação de passivos e a subavaliação de ativos é:

A) objetividade.

B) continuidade.

C) economicidade.

D) prudência. Comentários: De acordo com a resolução CFC 1.111/2007 a aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores. Resposta: D.

15. (Minha Autoria) Tendo em vista a aplicação dos Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público, assinale a opção incorreta.

A) O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente. A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e a responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos.

B) A continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade.

C) O princípio da Competência diz respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da

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essência sobre a forma.

D) A aplicação do princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores. Comentários: Todas as alternativas se coadunam com a resolução 1.111/2007, com exceção da letra C, que diz respeito à integridade e à fidedignidade a serem observadas no registro dos atos e fatos administrativos em obediência ao princípio da Oportunidade. Resposta: C.

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C. Resumo da aula

Resolução 1.111/2007 → PC sob a perspectiva do Setor Público.

CASP → ramo ciência contábil. Aplicação integral dos PC.

Aplicação PC → essência sob a forma.

De acordo com MCASP, parte II, são princípios de contabilidade:

� ENTIDADE → autonomia e responsabilização do patrimônio pertencente ao ente público. Autonomia patrimonial → destinação social do patrimônio + obrigatoriedade da prestação de contas. Objeto da contabilidade pública → patrimônio público.

� CONTINUIDADE → cumprimento da destinação social do seu patrimônio (enquanto perdurar a finalidade social).

� OPORTUNIDADE → base à integridade e à fidedignidade dos registros → variações reconhecidas em sua totalidade → essência sob a forma.

� REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL → consenso com agentes internos e externos nos valores de entrada ou de saída → regularidade na avaliação dos elementos patrimoniais.

� COMPETÊNCIA → aplicação obrigatória pelo setor público. Despesas e receitas devem ser registradas no momento da ocorrência do fato gerador, independente de pagamento ou recebimento.

� PRUDÊNCIA → adquire relevância na determinação de estimativas (passivos contingentes) → menor valor para os ativos e maior para os passivos → não exceder na aplicação (ocultação de passivos ou super/subavaliação de ativos).

D. Normas correlatas

MCASP, parte II, item 02.02.00.

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E. Questões sem os comentários

1. (CONSULPLAN/TSE 2012) Segundo a Lei nº 4.320/64 e suas alterações posteriores (normas de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos públicos), a abertura de créditos adicionais extraordinários, destinados ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, deve ser feita por decreto do poder executivo e submetidos ao poder legislativo correspondente, possibilitando o registro tempestivo de fatos que afetam o patrimônio público. O evento apresentado está relacionado com o Princípio da

a) Competência.

b) Entidade.

c) Oportunidade.

d) Prudência.

2. (FUNCAB/MPE RO 2012) Sob a perspectiva do setor público, o Princípio da Continuidade está vinculado:

a) à necessidade de continuidade da prestação de serviços à sociedade. b) à execução do PPA e dos programas de governo. c) ao cumprimento da destinação social do seu patrimônio, enquanto perdurar sua finalidade. d) aos princípios de Administração Pública e à continuidade das ações de Estado. e) à eficiência e eficácia das ações governamentais.

3. (FUNCAB/MPE RO 2012) Indique a alternativa que apresenta o adequado exercício profissional, de acordo com os princípios contábeis e observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público, prezando pela integridade e fidedignidade das informações contábeis:

a) As variações patrimoniais decorrentes da execução do orçamento devem ser registradas por ocasião da execução do orçamento, enquanto as variações independentes do orçamento devem manter relação com os fatos modificativos do patrimônio. b) Os registros das variações patrimoniais do setor público são reconhecidos em sua totalidade, de forma semelhante aos das empresas, ou seja, subsidiados, necessariamente, pela respectiva documentação formal, inclusive os fatos resultantes de determinações legais.

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c) É necessário que as variações patrimoniais sejam reconhecidas em sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais, não podendo restringir-se ao registro dos fatos decorrentes da execução orçamentária e devendo registrar, tempestivamente, todos os fatos que promovam alteração no patrimônio. d) As formalidades legais não geram lançamentos na contabilidade governamental, a qual deve ater-se aos registros do patrimônio e de suas variações. e) As variações patrimoniais decorrentes da execução orçamentária devem ser reconhecidas em sua totalidade de tal maneira que se cumpram as formal idades legais, e as variações patrimoniais extraorçamentárias devem ser fidedignas ao movimento financeiro correspondente.

4. (FCC/TRE CE 2011) O Princípio de Contabilidade que refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, em que a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a tempestividade e a confiabilidade da informação, o que é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, onde integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma, e neste caso a contabilidade não pode se restringir ao registro dos fatos decorrentes da execução orçamentária, devendo registrar tempestivamente todos os fatos que promovam alteração no patrimônio.

Com base na Resolução CFC no 1.111/07, na Resolução CFC no 1.282/10 e no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Publico da STN do Ministério da Fazenda, 3a edição válida para 2011, o texto acima refere-se ao Princípio de Contabilidade da: a) Entidade. b) Oportunidade. c) Continuidade. d) Atualização Monetária. e) Competência.

5. (FUNCAB/Prefeitura de Várzea Grande 2011) A respeito da aplicação do Princípio Contábil da Continuidade é correto afirmar que:

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a) a continuidade ou não da entidade, assim como a sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da avaliação das mutações patrimoniais quantitativamente, entretanto não influenciam na classificação e nos demais aspectos qualitativos. b) a continuidade ou não da entidade, assim como a sua vida definida ou provável, influenciam o valor econômico dos ativos, entretanto não influenciam os valores dos passivos. c) a observância do Princípio da Continuidade é indispensável à correta aplicação do Princípio da Competência, pois se relaciona diretamente à formação do resultado, entretanto não afeta a quantificação dos componentes patrimoniais. d) a observância do Princípio da Continuidade é indispensável por ser importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado e a formação do resultado, entretanto não influencia os demais aspectos das contas patrimoniais. e) o Princípio da Continuidade sob a perspectiva do setor público está vinculado ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio.

6. (NCE/UFRJ Contador 2010) De acordo com o Manual de contabilidade aplicada ao setor público: procedimentos contábeis patrimoniais, os conceitos (I) “o Princípio da ______ se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente” e (II) “o Princípio da ______ está vinculado ao estrito cumprimento da destinação social do patrimônio da entidade” referem-se, respectivamente a:

a) entidade e continuidade; b) continuidade e entidade; c) oportunidade e continuidade; d) entidade e oportunidade; e) materialidade e oportunidade.

7. (CONSULPLAN/Contador/Município de Resende 2010) Pilares da contabilidade são as regras básicas da contabilidade que podem ser chamados genericamente de princípios contábeis. Com relação a esses princípios, assinale a alternativa correta:

A) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido. B) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, diferenciando o patrimônio particular no universo

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dos patrimônios existentes. C) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo. D) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência. E) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas não atende ao princípio da continuidade.

8. (CONSULPLAN/Contador/Município de Itabaiana SMTT 2010) Sobre os princípios contábeis, analise:

I. O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o dos sócios ou proprietários. II. Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da Entidade, em um período de tempo determinado. III. O Princípio da Entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, diferenciando o patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes. IV. A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. Estão corretas apenas as alternativas: A) I, II, III, IV B) I, III, IV C) III, IV D) II, III, IV E) II, III

9. (CONSULPLAN/Contador/Município de Campo Verde 2010) “O Princípio Contábil que determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido”, é o Princípio da:

A) Prudência. B) Competência. C) Atualização monetária.

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D) Oportunidade. E) Entidade.

10. (CONSULPLAN/Contador/Município de Guarapari 2009) Com referência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, tem-se:

I. O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. II. A observância do Princípio da Continuidade é dispensável à correta aplicação do Princípio da Competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. III. O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Está (ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I, III B) II, III C) I, II D) I, II, III E) I

11. (ESAF/Analista Administrativo/ANA 2009) A respeito dos princípios fundamentais de contabilidade e a sua aplicação no setor público, é correto afirmar:

a) a aplicação do princípio contábil do registro pelo valor original não se verifica possível em razão de não existir determinação legal para a contabilização da depreciação. b) o princípio contábil da oportunidade tem aplicação restrita no setor público em razão de ser uma das finalidades do Estado a de prestar serviços à sociedade de forma geral e impessoal. c) a aplicação de qualquer princípio fundamental da contabilidade se torna inviável no setor público em razão da existência de determinações legais a respeito da contabilidade que inviabilizam tal aplicação. d) o princípio contábil da entidade não se aplica ao setor público em razão da dificuldade de se determinar a personalidade jurídica de muitas entidades

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contábeis. e) o princípio contábil da continuidade no setor público se vincula ao cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar a sua finalidade.

12. (FJG/Auxiliar de Controle Externo/TCM RJ – Adaptada) A Resolução CFC 750/93 enunciou os Princípios de Contabilidade atualmente exigidos pela boa prática contábil. O Princípio da ENTIDADE caracteriza-se por:

A) mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

B) afirmação da autonomia patrimonial e a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.

C) reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, em consequência natural do respeito ao período em que foram geradas.

D) avaliação dos componentes patrimoniais, baseada nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes.

13. (FJG/Técnico de Controle Externo/TCM RJ – Adaptada) Os registros contábeis de determinado ente municipal foram escriturados quatro meses após a ocorrência dos respectivos fatos geradores, por ocasião da saída dos recursos apenas. Isto configura uma desobediência ao princípio contábil denominado:

A) competência.

B) continuidade.

C) prudência.

D) evidenciação.

14. (FJG/Técnico de Controle Interno/CGM RJ) O princípio contábil que, quando mal aplicado, pode provocar a ocultação de passivos e a subavaliação de ativos é:

A) objetividade.

B) continuidade.

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C) economicidade.

D) prudência.

15. (Minha Autoria) Tendo em vista a aplicação dos Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público, assinale a opção incorreta.

A) O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente. A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e a responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos.

B) A continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade.

C) O princípio da Competência diz respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.

D) A aplicação do princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.

F. Gabarito

1 C 4 B 7 B 10 A 13 A 2 C 5 E 8 E 11 E 14 D 3 C 6 A 9 A 12 B 15 C

Bom, é isso...espero que tenha gostado. As próximas aulas serão como essa. Trataremos do assunto com muita objetividade de modo a atingir o melhor resultado possível com o mínimo de esforço.

Grande abraço!

Igor.

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AULA 01

Conteúdo

A. Teoria ................................................................................................................................................... 3

1. O que é contabilidade pública e o que ela estuda? .................................................................. 3

2. Lei nº 10.180/2001 e Decreto nº 6.976/2009 ......................................................................... 10

3. Qual o campo de aplicação e objetivo da Contabilidade Pública? .................................... 16

4. Sistema Contábil .................................................................................................................................. 25

5. Sistema de custos ............................................................................................................................... 28

6. As transações no setor público ...................................................................................................... 33

7. Regime utilizado na contabilidade pública ................................................................................. 38

B. Questões comentadas ................................................................................................................. 42

C. Resumo da aula ............................................................................................................................. 99

D. Normas correlatas ...................................................................................................................... 102

E. Questões sem os comentários ................................................................................................... 103

F. Gabarito .............................................................................................................................................. 120

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A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada. OSHO.

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A. Teoria

1. O que é contabilidade pública e o que ela estuda?

Para nivelarmos nossos conhecimentos, vamos dar uma olhada em conceitos basilares da disciplina, todos eles dispostos na NBC T 16, que também cai na nossa prova.

Começaremos com a seguinte pergunta: qual o conceito e objeto da contabilidade pública? Vejamos o que encontrei nas principais fontes da doutrina:

“[...] a contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação e controle relativas aos atos e fatos administrativos, e a Contabilidade Pública é uma especialização voltada para o estudo e a análise dos fatos administrativos que ocorrem na administração pública” (Lino Martins, 2011, p. 43).

“A Contabilidade Pública constitui uma das subdivisões da Contabilidade Aplicada a diferentes tipos de atividades, de entidades. Seu campo de atuação é, assim, o das pessoas jurídicas de Direito Público interno – União, Estados, Distrito Federal e Municípios e suas autarquias –, bem como o de algumas de suas entidades vinculadas – fundações públicas e empresas públicas, estas pelo menos quando utilizam recursos à conta do Orçamento Público” (Piscitelli e Timbó, 2011, p. 7).

“É o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a organização e execução da fazenda pública; o patrimônio público e suas variações” (citado por Kohama, 2011, p. 25).

“A Contabilidade Pública é o ramo da ciência contábil que aplica na administração pública as técnicas de registro dos atos e fatos administrativos, apurando resultados e elaborando relatórios periódicos, levando em conta as normas de direito financeiro (lei 4.320/64), os princípios gerais de finanças públicas e os princípios de contabilidade” (Glauber Mota, 2009, p.222).

Bom, não é para decorar, certo? Apenas assimile o espírito dos conceitos. A essência. Decidi deixar por último, fazer um charme, com a definição que mais vem sendo cobrada pelas bancas. Por um acaso é a oficial, disposta na NBC T 16.1. Observe:

“A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de

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Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público”.

Só pra gente treinar, vou usar uma questãozinha do CESPE: (CESPE/Contador/CEHAP 2008) Contabilidade pública é o ramo da ciência contábil que aplica os princípios fundamentais de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Muito fácil, né? Quase uma cópia da NBC T 16.1. Outra questãozinha: (CESPE/Analista de Controle Interno/SAD PE 2009) Contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que, no processo gerador de informações, põe em prática os princípios fundamentais de contabilidade direcionados ao controle do orçamento público. Errada. O correto aqui seria controle do patrimônio público, não do orçamento público. Continuando... Perceba que a NBC T 16 assinala a contabilidade pública como sendo ramo da ciência contábil. As definições extraídas da doutrina também apontam neste sentido. A própria modificação no nome já revela esta intenção. Atualmente, as normas não falam mais em contabilidade pública, mas sim em contabilidade aplicada ao setor público (CASP). Se hoje em dia isso é óbvio, na prática nem sempre foi assim. Com efeito, a contabilidade pública brasileira é muito influenciada pela execução do orçamento. Isto porque a grande maioria dos órgãos e entidades públicas não possui finalidade lucrativa e dependem quase exclusivamente de dotações orçamentárias para sobreviverem. De fato, a maior parte das variações patrimoniais tem origem no processamento da receita e da despesa orçamentária. Uma das consequências dessa influência orçamentária na contabilidade pública é materializada nos demonstrativos e relatórios

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contábeis, que não apresentam, de maneira fidedigna, todas as alterações verificadas no patrimônio. Estes demonstrativos [quase sempre] dão muito valor à execução do orçamento. É importante ressaltar que o compromisso da ciência contábil é com a evidenciação de todos os elementos patrimoniais e a universalidade dos registros. A contabilidade é una e tem como foco a visão integral do patrimônio (Lino Martins, 2011, página 47). Neste passo, a portaria 184/2008 do Ministério da Fazenda previu a necessidade de promover a convergência das práticas contábeis vigentes no setor público com as normas internacionais de contabilidade, visando a harmonizar as exigências da ciência contábil com a técnica já instituída. A portaria atribuiu esta tarefa à Secretaria do Tesouro Nacional, órgão central do sistema de contabilidade federal (lei 10.180/2001). Legalmente, a competência de editar normas para consolidação das contas públicas cabe ao Conselho de Gestão Fiscal (artigo 67 da LRF). No entanto, este não foi criado ainda. No ritmo das mudanças, foram editados vários normativos pela STN em conjunto com o Conselho Federal de Contabilidade. Destaco a série de Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBCASP) e o “pequeno” Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP). A portaria STN nº 437/2012 aprovou as Partes II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais, III – Procedimentos Contábeis Específicos, IV – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, VI – Perguntas e Respostas e VII – Exercício Prático, da 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP). As partes II, IV e V são objeto do presente curso. Dentre as principais mudanças, considero estas as mais importantes:

• Alteração do Plano de Contas.

• Extinção dos sistemas financeiro, patrimonial, orçamentário e compensação. O sistema contábil agora é único e divido em subsistemas de informações: patrimonial (fatos financeiros e não financeiros), orçamentário, custos e compensação.

• Reconhecimento dos fatos geradores da receita e da despesa, de forma independente da execução orçamentária. Isso aqui foi uma revolução! Pelo menos conceitual. É reconhecer as coisas quando elas realmente ocorrem, não apenas quando atreladas à execução do orçamento.

• Registro das provisões (hoje praticamente não existe. O exemplo mais típico é a contabilização do 13º salário dos servidores públicos,

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atualmente feito quase sob o regime de caixa, sem o registro prévio da obrigação).

• Cálculo das reavaliações dos bens, bem como a revelação das depreciações, amortização e exaustões nos demonstrativos contábeis (a lei 4.320/64 faculta a realização das reavaliações – artigo 106, § 3º. Na prática, quase ninguém faz. A mesma lei prevê as depreciações apenas para as entidades autárquicas – artigo 108, § 2º. Não há previsão legal para o registro das amortizações e exaustões).

• Criação de um Sistema de Custos dos programas e das unidades da administração pública, tendo em vista uma alocação mais eficiente dos recursos públicos (no âmbito federal o sistema de custos foi instituído pela portaria STN 157/2011).

Além disso, é importante ressaltar que houve um incremento no número de demonstrativos contábeis exigidos. Segundo a NBC T 16.6, as demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público são:

• Balanço Patrimonial; • Balanço Orçamentário; • Balanço Financeiro; • Demonstração das Variações Patrimoniais; • Demonstração dos Fluxos de Caixa; e • Demonstração do Resultado Econômico*.

As quatro primeiras são velhas conhecidas, pois já estavam previstas na lei 4.320/64. A partir do dispositivo abaixo, a Lei de Responsabilidade Fiscal, desde sua edição, incorpora o conceito de mais um demonstrativo, qual seja: a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Artigo 4º, § 2º → O Anexo (de Metas Fiscais) conterá, ainda: [...] III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. No entanto, a DMPL só foi operacionalizada recentemente, com a publicação do MCASP, parte V.

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Em resumo:

Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público

MCASP, parte V

Lei 4.320/64

Balanço Patrimonial Balanço Orçamentário Balanço Financeiro Demonstração das Variações Patrimoniais

NBC T 16.6 Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração do Resultado Econômico*

LRF Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

*Na 5° edição do MCASP, a Demonstração do Resultado Econômico (DRE) foi excluída, por ser demonstração gerencial não obrigatória, segundo entendimento do tesouro. Ou seja, a NBC T 16.6 prevê a DRE, mas o MCASP, na sua 5° edição, não contemplou esse demonstrativo. É bom ficar esperto com a referência citada na prova.

Os debates sobre a natureza da contabilidade pública não são novos. Desde a edição do primeiro código de contabilidade da União em 1922 há discussões acerca do tema. Curiosamente, o Ministro da Fazenda à época se simpatizou mais com a ótica orçamentária, dentre as apresentadas na pré-edição do decreto, entre elas a patrimonial.

A ótica patrimonial seria a mais correta, pois representa a essência da ciência contábil: registrar os fatos quando eles ocorrem. A própria lei 4.320/64 trata da contabilidade em título específico e retrata a necessidade de se registrar os atos e fatos, independentemente da execução orçamentária. Note que NBC T 16.1 faz referência ao “controle patrimonial de entidades do setor público”. Em outro trecho a norma define o objeto da contabilidade aplicada ao setor público como sendo o patrimônio público.

Na verdade, a contabilidade pública não se limita a evidenciar as alterações verificadas no patrimônio, estritamente falando. Os lançamentos passam pela execução orçamentária da receita e da despesa e se estendem a situações que potencialmente possam afetar o patrimônio, como a assinatura de contratos, por exemplo. No entanto, pra concurso vale o que está na norma: objeto da CASP → patrimônio público. Assim, este patrimônio público deve ser entendido em sentido amplo, albergando fatos financeiros, orçamentários, contábeis e patrimoniais.

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Acho que o pessoal ficou tão feliz quando foi fazer a norma, tão empolgado com essa mudança de paradigma, que colocaram apenas Patrimônio Público para deixar claro que a partir de agora e finalmente não somos mais uma contabilidade pública orçamentária! rs

Objeto da CASP → Patrimônio Público

Vamos treinar um pouquinho?

(CESPE/Auditor/FUB 2009) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da contabilidade governamental é o orçamento público.

Tá errada. Não é o orçamento público, mas o patrimônio público.

(CESPE/ AGA/SAD PE 2009) O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio público.

Só correr para o abraço...rs

Mas o que é patrimônio público? A NBC T 16, e o MCASP, dizem que Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços

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públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

Segundo a NBC T 16.2, o patrimônio público é estruturado, pelo enfoque contábil, em:

� Ativos → são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços.

� Passivos → são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços.

� Patrimônio Líquido → é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos. No Patrimônio Líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores.

É a famosa equação básica da contabilidade:

Ativo = Passivo + PL.

Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é denominado passivo a descoberto.

Os ativos e passivos são classificados em circulante e em não circulante, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade. Esta divisão teve a intenção de preparar terreno para a estruturação do novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP).

Circulante Não Circulante

Ativos

a) estiverem disponíveis para realização imediata; e b) tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das demonstrações contábeis.

Os demais.

Passivos

Quando corresponderem a valores exigíveis até doze meses após a data das demonstrações contábeis.

Os demais.

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Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal.

Uma da ESAF pra deixar você felizão:

(ESAF/CVM 2010 – adaptada) Julgue o item a seguir segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público:

O patrimônio líquido das entidades públicas corresponde ao valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

Show. Tá correta, segundo o que vimos acima.

Continuando...

O arcabouço teórico da contabilidade pública é bem vasto. Há vários manuais da STN, leis, decretos, portarias e a própria CF/88.

Podemos dizer que a norma mãe da Contabilidade Pública é a lei 4.320, que trata de direito financeiro no país há quase de 50 anos, desde 1964. Apesar de ser uma lei ordinária, a lei 4.320/64 foi recepcionada pelo atual ordenamento jurídico com o status de lei complementar. De fato, a CF/88 determina que caberá a uma lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual (artigo 165, § 9º, I). Esta lei complementar provavelmente substituirá a lei 4.320/64 e está sendo aguardada com muita ansiedade por todos.

2. Lei nº 10.180/2001 e Decreto nº 6.976/2009

A lei 10.180/2001 organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. Já o decreto 6.976/2009 trata apenas do Sistema de Contabilidade Federal.

Tendo em vista o contexto do edital e o cargo para o qual estamos estudando, acredito que a questão que venha a cair sobre a lei 10.180/2001 se restrinja ao conteúdo disposto entre os artigos 9º e 18º, que tratam do Sistema Administração Financeira Federal e Sistema de Contabilidade Federal. Isto porque estes dois sistemas estão atrelados diretamente às competências da STN.

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Começaremos primeiro a falar sobre o Sistema de Administração Federal, que, por conveniência, passaremos a chamar, a partir de agora, de SAF.

Logo no seu artigo 9º, a lei 10.180/2001 define o que vem a ser a finalidade do SAF, ou seja, a que visa o sistema:

Equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas.

O Sistema de Administração Financeira Federal compreende as atividades de programação financeira da União, de administração de direitos e haveres, garantias e obrigações de responsabilidade do Tesouro Nacional e de orientação técnico-normativa referente à execução orçamentária e financeira.

Integram o SAF:

Órgão central Órgãos setoriais

Secretaria do Tesouro Nacional

Unidades de programação financeira dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.

Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.

Assim, a unidade de programação financeira do Ministério da Defesa, por exemplo, a despeito de ser subordinada ao próprio Ministério, está sujeita à orientação normativa e à supervisão técnica (apenas) da STN, que é o órgão central do sistema, no que diz respeito aos assuntos atrelados ao SAF. Entendeu?

Mais a frente, a lei faz o delineamento das competências das unidades responsáveis pelo sistema:

I - zelar pelo equilíbrio financeiro do Tesouro Nacional;

II - administrar os haveres financeiros e mobiliários do Tesouro Nacional;

III - elaborar a programação financeira do Tesouro Nacional, gerenciar a Conta Única do Tesouro Nacional e subsidiar a formulação da política de financiamento da despesa pública;

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IV - gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa de responsabilidade do Tesouro Nacional;

V - controlar a dívida decorrente de operações de crédito de responsabilidade, direta e indireta, do Tesouro Nacional;

VI - administrar as operações de crédito sob a responsabilidade do Tesouro Nacional;

VII - manter controle dos compromissos que onerem, direta ou indiretamente, a União junto a entidades ou organismos internacionais;

VIII - editar normas sobre a programação financeira e a execução orçamentária e financeira, bem como promover o acompanhamento, a sistematização e a padronização da execução da despesa pública; e

IX - promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos de administração e programação financeira.

Por último, no seu artigo 13, a lei se dedica a estabelecer a relação de subordinação técnica à STN dos representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas direta ou indiretamente pela União.

Esses representantes deverão ser, preferencialmente, servidores integrantes da carreira Finanças e Controle que não estejam em exercício nas áreas de controle interno no ministério ou órgão equivalente ao qual a entidade esteja vinculada.

Passaremos a falar agora sobre o Sistema de Contabilidade Federal (SCF), assunto que se encontra no decreto 6.976/2009 e na lei 10.180/2001, artigos 14 a 18. Muito do que está na lei foi duplicado no decreto, o que acaba ajudando no nosso estudo.

O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. Além do registro dos atos e fatos relacionados com essas situações, o SCF tem por finalidade evidenciar:

I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamentais e os seus efeitos sobre a estrutura do patrimônio da União;

II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes de créditos adicionais, as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e paga à conta desses recursos e as respectivas disponibilidades;

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III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados;

IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações;

V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal;

VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação beneficiada;

VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais.

Tipo de frase pronta que o examinador adora: As operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira não compreendidas na execução orçamentária serão, também, objeto de registro, individualização e controle contábil.

O registro e tratamento das operações relacionadas com a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União visam à elaboração das demonstrações contábeis (artigo 16).

Integram o SCF:

Órgão central Órgãos setoriais

Secretaria do Tesouro Nacional

Unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, responsáveis pelo acompanhamento contábil no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI de determinadas unidades gestoras executoras ou órgãos. Órgão de controle interno da Casa Civil (para todos os órgãos integrantes da Presidência da República, da Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica).

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O decreto 6.976/2009, divide as setoriais de contabilidade da seguinte forma:

Setorial Contábil de Unidade Gestora: é a unidade responsável pelo acompanhamento da execução contábil de um determinado número de Unidades Gestoras Executoras e pelo registro da respectiva conformidade contábil.

Setorial Contábil de Órgão: é a Unidade Gestora responsável pelo acompanhamento da execução contábil de determinado órgão, compreendendo as Unidades Gestoras a este pertencentes, e pelo registro da respectiva conformidade contábil.

Setorial Contábil de Órgão Superior: é a unidade de gestão interna dos Ministérios e órgãos equivalentes responsáveis pelo acompanhamento contábil dos órgãos e entidades supervisionados e pelo registro da respectiva conformidade contábil.

Sistema de Contabilidade Federal Órgão Central Órgãos Setoriais

Secretaria do Tesouro Nacional De Unidade Gestora De Órgão. De Órgão Superior.

Assim como ocorre no Sistema de Administração Financeira Federal, os órgãos setoriais do Sistema de Contabilidade Federal são subordinados tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional, órgão central do sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.

Em seguida, no seu artigo 18, a lei estabelece as competências das unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal:

I - manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União;

II - estabelecer normas e procedimentos para o adequado registro contábil dos atos e dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal;

III - com base em apurações de atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, efetuar os registros pertinentes e adotar as providências necessárias à responsabilização do agente, comunicando o fato à autoridade a quem o responsável esteja subordinado e ao órgão ou unidade do Sistema de Controle Interno;

IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de informação que permitam realizar a contabilização dos atos e fatos de gestão orçamentária, financeira e

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patrimonial da União e gerar informações gerenciais necessárias à tomada de decisão e à supervisão ministerial;

V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao erário;

VI - elaborar os Balanços Gerais da União;

VII - consolidar os balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com vistas à elaboração do Balanço do Setor Público Nacional; e

VIII - promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos de contabilidade.

Não vamos ficar decorando competências e outras listas gigantes que tem por aí, tá bom? O decreto 6.976/2009 expande essa lista e estabelece competências específicas para a STN e para os órgãos setoriais. Sugiro que você leia, mas sem se preocupar em decorar, como eu disse.

O decreto 6.976/2009 estabelece ainda que o Sistema de Contabilidade Federal tem como objetivo promover:

I - a padronização e a consolidação das contas nacionais;

II - a busca da convergência aos padrões internacionais de contabilidade, respeitados os aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação vigente; e

III - o acompanhamento contínuo das normas contábeis aplicadas ao setor público, de modo a garantir que os princípios fundamentais de contabilidade sejam respeitados no âmbito do setor público.

Vejamos algumas questões sobre o assunto:

(ESAF/STN 2008) Identifique o órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, nos termos da legislação aplicável.

a) Secretaria Federal de Controle Interno.

b) Comissão de Coordenação de Controle Interno.

c) Secretaria do Tesouro Nacional.

d) Conselho Federal de Contabilidade.

e) Conselho Gestor do Plano de Contas Único da União.

Essa é muito fácil. Órgão central? Nem pense: STN.

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Mais uma:

(ESAF/STN 2008) Nos termos da Lei n. 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, as unidades de gestão interna da Advocacia-Geral da União integram o Sistema de Contabilidade Federal na qualidade de: a) unidades intervenientes de representação judicial. b) unidades de apoio de representação extrajudicial. c) unidades gestoras de representação judicial de órgão central. d) órgão central. e) órgão setorial. Tranquilo também. O órgão central é a STN, os demais só podem ser setoriais. Letra E. Com efeito, vimos que são órgãos setoriais do SCF:

• Unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, responsáveis pelo acompanhamento contábil no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI de determinadas unidades gestoras executoras ou órgãos; e

• Órgão de controle interno da Casa Civil (para todos os órgãos integrantes da Presidência da República, da Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica).

3. Qual o campo de aplicação e objetivo da Contabilidade Pública?

É um assunto um pouco delicado. Vamos começar do começo. A Lei Orçamentária Anual compreende três orçamentos (CF/88, artigo 165, § 5º):

• O orçamento fiscal (OF) referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

• O orçamento de investimento (OI) das empresas em que a União,

direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e

• O orçamento da seguridade social (OSS), abrangendo todas as

entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta,

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bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Antes da publicação das NBCASP, a definição do campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público ficava por conta da doutrina. Era comum associá-lo às pessoas jurídicas que compunham o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Assim, faziam parte do campo de aplicação da CASP a Administração Direta (União, Estados e Municípios) e a Administração Indireta (Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista). Estas duas últimas (EP e SEM) apenas se recebessem recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Estas empresas públicas e sociedades de economia mista são definidas pela LRF como Empresas Estatais Dependentes: Empresa Estatal Dependente → empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Neste passo, a LRF no seu artigo 50, III, estatui que, além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: [...] III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente. Assim, o campo de aplicação da Contabilidade Pública compreendia: Administração Direta → União, Estados e Municípios. Administração Indireta → Autarquias, Fundações Públicas e EED. As Empresas “Independentes”, pertencentes ao Orçamento de Investimentos, não compunham o campo de aplicação da contabilidade pública. Expandindo um pouco mais nossa análise, o órgão responsável pelas empresas estatais é o DEST (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Ele tem a incumbência de elaborar o Programa de Dispêndios Globais – PDG – e a proposta do Orçamento de Investimentos – OI.

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Orçamento de Investimentos Segundo a LDO 2012, artigo 51, o Orçamento de Investimento previsto no art. 165, § 5º, inciso II, da Constituição, abrangerá as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, ressalvado o disposto no § 5º deste artigo, e dele constarão todos os investimentos realizados, independentemente da fonte de financiamento utilizada. § 5º - As empresas cuja programação conste integralmente no Orçamento Fiscal ou no da Seguridade Social, de acordo com o disposto no artigo 6o desta Lei, não integrarão o Orçamento de Investimento. “Os investimentos são os valores agregados ao ativo imobilizado e formação do ativo diferido, proveniente de imobilizações, de acordo com as determinações da Lei 6.404/76, discriminados pro subprojetos/ subatividades (subtítulos), definidos a partir das disposições e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO”.

Programa de Dispêndios Globais O PDG é um conjunto sistematizado de informações econômico-financeiras, com o objetivo de avaliar o volume de recursos e dispêndios, a cargo das estatais, compatibilizando-o com as metas de política econômica governamental (necessidade de financiamento do setor público). O PDG é aprovado por decreto do Presidente da República. Em resumo, ele apresenta todas as origens e aplicações de recursos dessas empresas, bem como os seus fluxos de caixa. É como se fosse o orçamento das estatais.

Alguns exemplos úteis

Empresa com PDG

• GASPETRO (Petrobras Gás S.A.). • TRANSPETRO (Petrobras Transporte S.A.). • INFRAERO (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura

Aeroportuária). • TELEBRÁS (Telecomunicações Brasileiras S.A.). • Banco do Brasil S.A. • Caixa Econômica Federal.

Empresas Estatais Dependentes

• IMBEL (Indústria de Material Bélico do Brasil). • NUCLEP (Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.). • EMPRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária).

Empresas pertencentes ao Orçamento de Investimentos

• BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

• Banco do Brasil S.A. • Caixa Econômica Federal. • FURNAS - Centrais Elétricas S.A. • CDRJ (Companhia Docas do Rio de Janeiro). • CMB (Casa da Moeda do Brasil).

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Caso tenha interesse em saber um pouco mais, sugiro que acesse o site do DEST:

http://www.planejamento.gov.br/secretaria.asp?cat=310&sub=292&sec=4

Vimos até agora que:

• Antigamente, era comum afirmar que o campo de aplicação da contabilidade pública alcançava apenas os órgãos e entidades pertencentes ao OF e OSS, inclusive as Empresas Estatais Dependentes. Isso mudou com a edição da NBC T 16, conforme veremos logo abaixo.

• As Empresas Estatais integrantes do Orçamento de Investimentos

ficavam fora desse campo de aplicação.

• O DEST é responsável por todas as empresas estatais. Ele coordena a elaboração do Orçamento de Investimentos nas Estatais e do PDG. Este último traz as origens e aplicações de recursos dessas empresas e seus fluxos de caixa. O PDG é como se fosse o “orçamento anual” das empresas sujeitas ao orçamento de investimentos.

• Mostrei alguns exemplos e dei um link bacana para você aumentar seu

conhecimento. Bom, vamos continuar... Por sorte nossa, com a edição da NBC T 16.1, ficou mais fácil delimitarmos o campo de aplicação da CASP, fato que gerou certa estabilidade nos antigos debates sobre o tema. De acordo com esta norma, o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público (ESP). Só para relaxar:

(CESPE/ AGA/SAD PE 2009) O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange apenas os órgãos, os fundos e as pessoas jurídicas de direito público.

Perceba a palavra “apenas”. Na verdade, o campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as Entidades do Setor Público. A questão está errada.

(CESPE/Analista de Controle Interno/SAD PE 2009) O campo da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público.

Mamão com açúcar. Correto, né pessoal?

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Continuando...

A NBC T 16 detalha que as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

(a) Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

(b) Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Didaticamente, e por dedução, podemos afirmar que as Entidades Governamentais são aquelas antes abrangidas pelo Campo de Aplicação da CASP, ou seja:

EG = administração direta + autarquias + fundações públicas + Empresas Estatais Dependentes.

Os serviços sociais são as entidades pertencentes ao Sistema “S”: SENAI, SESC, SENAC, entre outras. E como exemplo de conselho profissional temos o CREA, dos engenheiros.

Provavelmente, a inclusão desses serviços sociais e dos conselhos profissionais no escopo integral de abrangência das normas se deve, basicamente, aos devidos fatores:

• Serviços sociais → são mantidos por recursos oriundos de contribuições sociais de natureza tributária, bem como dotações consignadas no orçamento.

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• Conselhos profissionais → possuem natureza autárquica. Cabe ressaltar que a LDO excluiu do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social “os conselhos de fiscalização de profissão regulamentada, constituídos sob a forma de autarquia” (artigo 6º, § 1º, II). Assim, hoje em dia, há entidades que não pertencem ao OF e OSS, mas obedecem integralmente às normas próprias da CASP.

Sobre as Empresas Estatais Independentes, ou seja, aquelas que recebem recursos do Orçamento de Investimentos, as mesmas devem obedecer às normas da CASP parcialmente, pelo menos para se garantir os procedimentos mínimos à adequada prestação de contas. Esqueminha?

� EED → integralmente.

� EEI → parcialmente. Bora treinar um pouquinho? (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis/ABIN 2010) As empresas públicas com personalidade jurídica de direito privado podem, sob determinadas circunstâncias, estar sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública. Sim. O que define se uma entidade está, ou não, abrangida pelo campo de aplicação da contabilidade pública não é sua natureza jurídica, mas sim a natureza pública dos recursos que manipula.

(CESPE/Analista de Controle Interno – Finanças Públicas/SEC GE 2010) Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Não. Conselhos profissionais → integralmente. (CESPE/AJAA – Contabilidade/TRE ES 2011) De acordo com as NBCASP, os serviços sociais devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público. Perfeito. Observe:

� Integralmente → EG (administração direta, autarquias, fundações públicas e EED), serviços sociais e conselhos profissionais.

� Parcialmente → as demais ESP.

Falta agora definir o que vem a ser uma Entidade do Setor Público.

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Por Entidades do Setor Público entendemos os órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Conceito bem amplo, não acha? Logo, se alguma entidade recebe recurso público, ela deve prestar contas da aplicação desse recurso. Para que isso seja possível, é necessário que esta entidade utilize as normas e técnicas da CASP, de maneira a garantir a necessária padronização. Esta regra é aplicável também a pessoas físicas, como, por exemplo, um pesquisador que utiliza recursos públicos do CNPq no financiamento de suas pesquisas. A própria lei 4.320/64 estatui que:

Artigo 83 → A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.

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Vou rolar a bola pra você bicar: (CESPE/ AGA/SAD PE 2009) Não se equiparam como entidade do setor público, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Acabamos de ver que está errado. As ESP se equiparam às pessoas físicas que recebem recursos públicos. Assim, por dedução, toda entidade que recebe recurso público está no campo de aplicação da CASP, ao menos parcialmente. Agora olhe que questão legal da FCC: (FCC/ACE – Inspeção Governamental/TCM CE 2010) Incluem-se no campo de aplicação da Contabilidade Pública:

(A) os templos religiosos.

(B) as fundações, ONGs e OCIPs que usam recursos públicos.

(C) as secretarias e órgãos das indústrias sucroalcooleiras.

(D) as empresas de serviços hospitalares.

(E) as associações de poupança e empréstimo. A única que temos certeza é a letra B. É a velha máxima: utilizou recurso público, tá no campo de aplicação da CASP. Ressalto apenas que, por determinação da LDO, artigo 51, § 6º, não se aplicam (com algumas exceções) às empresas integrantes do orçamento de investimento as normas gerais da Lei nº 4.320, de 1964, no que concerne ao regime contábil, execução do orçamento e demonstrações contábeis. Particularmente, eu gostei muito desse novo campo de aplicação. Deu uma moralizada na coisa, contemplou mais pessoas, que antes estavam fora. Acho que o Brasil só tem a ganhar. Além disso, ficou bem mais fácil pra gente memorizar...rs Vejamos agora o objetivo da CASP... A NBC T 16.1 define como objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

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Objetivo CASP = suporte = tomada de decisão + prestação de contas +

instrumentalização do controle social.

Para afinar o cabelo: (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2011) Entre os objetivos da contabilidade pública está o fornecimento aos usuários de informações sobre os aspectos de natureza física do patrimônio da entidade. Perfeito, né? Mais uma. (CESPE/Contador/DPU 2010) Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor público é o de fornecer o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. É só pular de bomba na piscina! Certo! Continuando... Por Instrumentalização do Controle Social entendemos o compromisso fundado na ética profissional, que pressupõe o exercício cotidiano de fornecer informações que sejam compreensíveis e úteis aos cidadãos no desempenho de sua soberana atividade de controle do uso de recursos e patrimônio público pelos agentes públicos. Muito temos que avançar no sentido de tornar as informações contábeis compreensíveis e úteis ao cidadão brasileiro médio. Isto porque a ciência contábil é complexa e exige preparo adequado para sua compreensão. Por este motivo alguns autores acusam a contabilidade pública como sendo monopólio de seus operadores. Na França, por exemplo, o estudo da contabilidade pública está ausente dos programas de ensino superior e inclusive ela foi banida das escolas de formação profissional, concluindo que se trata de conhecimento empírico, que é feita por praticantes para ser usada por praticantes futuros (Lino Martins, 2011, página 47). No entanto, só o fato de o compromisso de fornecer informações claras e úteis ter sido disposto na NBC T 16 já é um bom começo. Por fim, a NBC T 16 salienta que a função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social.

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4. Sistema Contábil Imagine um órgão qualquer. O órgão azul. Bem, neste órgão azul ocorrem várias coisas. Vamos ver alguns exemplos:

a) Previsão da receita. b) Fixação da despesa. c) Arrecadação de taxas. d) Pagamento de serviços de limpeza. e) Aquisição de material de consumo para estoque. f) Construção de um imóvel. g) Recebimento de um carro em doação. h) Baixa de uma escrivaninha em virtude do tempo de uso. i) Assinatura de contratos. j) Recebimento/devolução de cauções.

Note que a contabilidade de azul está atarefada. Abaixo um servidor de azul:

Cada fato descrito acima exige registro próprio. Como? Através de contas. Tem uma conta para receita, outra para despesa, outra para registrar a baixa da escrivaninha, outra para os contratos, mais outra para a construção do imóvel e por aí vai. Ou seja, tem uma porção de contas. Estas contas estão elencadas no Plano de Contas. O Plano de Contas então nada mais é que um lugar onde há todas as contas utilizadas pela administração pública no registro de seus atos e fatos e também os critérios de utilização dessas contas. Logo, é através dessas contas que a contabilidade pública evidencia “perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados” (lei 4.320/64, art. 83). Para se padronizar os registros foi decidido que estas contas seriam agrupadas segundo sua natureza em subsistemas.

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Não é uma coisa difícil essa classificação. Mas também não posso mentir, exige tempo e prática. Até a edição das NBCASP, havia quatro sistemas de contas: orçamentário, financeiro, patrimonial e compensação. Hoje o sistema contábil é único e dividido em quatro subsistemas de informações: orçamentário, patrimonial, custos e compensação. A NBC T 16.2, que trata do assunto, até dezembro de 2009, apresentava os seguintes subsistemas de informações: orçamentário, financeiro, patrimonial, custos e compensação. A norma trazia as seguintes definições: Subsistema Financeiro → registra, processa e evidencia os fatos relacionados aos ingressos e aos desembolsos financeiros, bem como as disponibilidades no início e final do período. Subsistema Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. Entretanto, a NBC T 16.2 foi atualizada pela resolução CFC 1.268 no apagar das luzes de 2009, fato que atribulou sua aplicação prática prevista para o início de 2010. A atualização extinguiu o subsistema financeiro, que teve as competências absorvidas pelo subsistema patrimonial. O novo PCASP padronizou os lançamentos nos subsistemas abordados pela NBC T 16.2 (atualizada pela resolução CFC 1.268/2009): orçamentário, patrimonial, custos e compensação. De acordo com a NBC T 16.2, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público é organizada na forma de sistema de informações, cujos subsistemas, embora possam oferecer produtos diferentes em razão da respectiva especificidade, convergem para o produto final, que é a informação sobre o patrimônio público. Assim, o sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações:

• Orçamentário → registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. Exemplos: previsão da receita e fixação da despesa.

• Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos financeiros e

não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.

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#Perceba como o subsistema patrimonial absorveu as competências do financeiro#

• Custos → registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.

• Compensação → registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos

efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Exemplo: assinatura de contratos.

Vamos treinar? (CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009 – adaptada) Segundo a NBC T 16, o sistema contábil está estruturado nos subsistemas de informação orçamentário, patrimonial, de custos e de compensação. Show de bola! Continuando... Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a administração pública sobre:

� Desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão; � Avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho

com relação à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade; � Avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento; e � Avaliação dos riscos e das contingências.

Uma questão tranquila: (CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009 – adaptada) Os subsistemas contábeis devem ser independentes entre si e de outros subsistemas de informações. Errado. Eles devem ser integrados entre si e a outros subsistemas.

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5. Sistema de custos Numa empresa privada, a principal medida de desempenho, que orienta a ação dos seus gestores, é o lucro. Já para o gestor público, essa medida é o custo dos bens e serviços gerados para a população. A informação dos custos gerados melhora a transparência, pois fornece, de forma mais precisa, o destino dos recursos alocados. Na geração da informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade, em especial o da competência, devendo ser realizados os ajustes necessários quando algum registro for efetuado de forma diferente. Segundo o MCASP, a característica mais relevante da informação de custos é comparabilidade. A NBC T 16.11, que trata do Sistema de Informação de Custos do Setor Público (SICSP), define comparabilidade da seguinte maneira: Comparabilidade – entende-se a qualidade que a informação deve ter de registrar as operações e acontecimentos de forma consistente e uniforme, a fim de conseguir comparabilidade entre as distintas instituições com características similares. É fundamental que o custo seja mensurado pelo mesmo critério no tempo e, quando for mudada, esta informação deve constar em nota explicativa. A ideia por trás desse conceito é que o Sistema de Custos seja uma ferramenta de medida da eficiência das diversas instituições públicas, por meio de uma comparação entre elas. Dessa forma, os serviços públicos prestados devem ser identificados, medidos e relatados em sistema projetado para gerenciamento de custos dos serviços públicos. O orçamento público representa a forma típica da alocação dos recursos públicos que não demandam a contrapartida da população. O sistema deverá gerar relatórios que mensurem, no mínimo, os custos por programa e unidade administrativa, aperfeiçoando o processo de tomada de decisão. A criação do Sistema de Custos teve a intenção de atender às seguintes normas:

Lei 4.320/64, artigo 99 → Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum.

Decreto-Lei nº 200/1967, artigo 79 → A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da gestão.

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Lei Complementar 101/2000 (LRF), artigo 50, § 3º → A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

LRF, 4º, I, e → a lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no §2º do art. 165 da Constituição e disporá também sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos.

Lei 10.180/2001, artigo 15, V → o Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal.

Lógico que, para a implantação do sistema, os benefícios oriundos das informações devem superar os custos de sua obtenção. A NBC T 16.11 determina que o SICSP seja obrigatório em todas as entidades do setor público. O Sistema de Custos, em âmbito federal, foi instituído pela portaria STN 157/2011, colocando a Secretaria do Tesouro Nacional como órgão central do sistema. A operacionalização do Sistema de Custos do Governo Federal é realizada mediante ajustes das informações referentes à execução do orçamento de modo a aproximá-las ao regime da competência. Vejamos um exemplo: Despesa empenhada – 10.000,00. Despesa liquidada – 7.500,00. Despesa paga – 4.000,00. Restos a pagar – 6.000,00. Restos a pagar processados – 3.500,00. Restos a pagar não processados – 2.500,00. Despesas de exercícios anteriores – 1.750,00. Despesa com a aquisição de imóveis – 1.000,00. Depreciação – 400,00. Segue abaixo o modelo que o MCASP fornece para ajustar a informação orçamentária ao regime de competência, a ser utilizada pelo sistema de custos:

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Informação inicial: Despesa Orçamentária Executada (despesa liquidada + inscrição de Restos a Pagar Não Processados) Ajustes: (+) Inclusões = Restos a Pagar liquidados no exercício (-) Exclusões = Despesa Executada por inscrição de Restos a Pagar Não Processados (exceto aqueles para os quais o fato gerador já tenha ocorrido) + Despesas de Exercícios Anteriores + Despesas não efetivas (Formação de estoques / concessão de adiantamentos / Investimentos / Inversões Financeiras / Amortização) (=) Despesa Orçamentária Ajustada (+) Ajustes Patrimoniais (Consumo de Estoque / Despesa Incorrida de Adiantamentos / Depreciação / Amortização / Exaustão) (=) Despesa orçamentária ajustada ao regime de competência (após ajustes patrimoniais)

Aplicando ao nosso exemplo:

Informação inicial: Despesa Orçamentária Executada (despesa liquidada + inscrição de Restos a Pagar Não Processados) = 7.500 + 2.500 = 10.000. Ajustes: (+) Inclusões = Restos a Pagar liquidados no exercício = 3.500. (-) Exclusões = Despesa Executada por inscrição de Restos a Pagar Não Processados (exceto aqueles para os quais o fato gerador já tenha ocorrido) + Despesas de Exercícios Anteriores + Despesas não efetivas (Formação de estoques / concessão de adiantamentos / Investimentos / Inversões Financeiras / Amortização) = 2.500 + 1.750 + 1.000 = 5.250. (=) Despesa Orçamentária Ajustada = 10.000 + 3.500 – 5.250 = 8.250. (+) Ajustes Patrimoniais (Consumo de Estoque / Despesa Incorrida de Adiantamentos / Depreciação / Amortização / Exaustão) = 400. (=) Despesa orçamentária ajustada ao regime de competência (após ajustes patrimoniais) = 7.850.

Dá pra tirar tranquilamente uma questão daqui: é fácil para o examinador e pode pegar muita gente desprevenida.

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O MCASP afirma que a implantação do PCASP irá facilitar essa classificação, pois ele, por si só, já separa a informação orçamentária da patrimonial. A análise, a avaliação e a verificação da consistência das informações de custos são de responsabilidade da entidade do setor público, em qualquer nível da sua estrutura organizacional, a qual se refere às informações, abrangendo todas as instâncias e níveis de responsabilidade. O sistema de informação de custos deve ser apoiado em três elementos essenciais: • Sistema de acumulação: forma com que os valores de custos são acumulados respeitado o fluxo físico operacional do processo produtivo. • Sistema de custeio: modelo de mensuração das informações de custos. • Método de custeio: método de apropriação de custos e está associado ao processo de identificação e associação do custo ao objeto de custeio. A definição correta destes elementos é condição primordial para a geração de informação de custos comparável e de qualidade. Segundo a NBC T 16.11, o SICSP de bens e serviços e outros objetos de custos públicos tem por objetivo: (a) mensurar, registrar e evidenciar os custos dos produtos, serviços, programas, projetos, atividades, ações, órgãos e outros objetos de custos da entidade; (b) apoiar a avaliação de resultados e desempenhos, permitindo a comparação entre os custos da entidade com os custos de outras entidades públicas, estimulando a melhoria do desempenho dessas entidades; (c) apoiar a tomada de decisão em processos, tais como comprar ou alugar, produzir internamente ou terceirizar determinado bem ou serviço; (d) apoiar as funções de planejamento e orçamento, fornecendo informações que permitam projeções mais aderentes à realidade com base em custos incorridos e projetados; e (e) apoiar programas de redução de custos e de melhoria da qualidade do gasto.

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Terminologia ligada ao sistema: Objeto de custo: é a unidade para a qual se deseja mensurar os custos. Gasto: aquisição de bem ou serviço que implica em sacrifício financeiro, imediato ou não, para a entidade. Desembolso: corresponde ao pagamento. Custo: é o consumo de recursos. Investimento: é o gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. Vejamos uma questãozinha da ESAF sobre o assunto: (ESAF/MDIC 2012 – adaptada) A respeito do sistema de custos instituído pelo governo federal, julgue os itens: 1) Os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário o integram com seus próprios órgãos centrais. Errado. O órgão central do sistema, em âmbito federal, é a Secretaria do Tesouro Nacional. A portaria STN 157/2011, no seu artigo 3°, §2°, assevera que: “As unidades de gestão interna do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União poderão integrar o Sistema de Custos do Governo Federal como órgãos setoriais”. 2) Sua instituição atende exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. Perfeito. Vimos que o sistema nasceu subsidiado por comandos de diversas normas, entre elas a LRF.

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6. As transações no setor público

De acordo com a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas: Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público. Vejamos uma questão: (CESPE/Analista em Gestão Administrativa/SAD PE 2009) De acordo com suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas em orçamentárias e extraorçamentárias. Errado. As transações são classificadas em administrativas e econômico-financeiras. As variações patrimoniais são transações que resultam em alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Podem ser: Variações quantitativas → decorrentes de transações no setor público que aumentam (aumentativas) ou diminuem (diminutivas) o patrimônio liquido. Exemplo: arrecadação de receita de serviços (aumentativas) e pagamento de salários (diminutivas). O manual afirma que: Variação quantitativa aumentativa → receita sob o enfoque patrimonial. Em linguagem informal pessoal, essa receita é aquela que causa variação positiva no Patrimônio Líquido. Variação quantitativa diminutiva → despesa sob o enfoque patrimonial. Da mesma forma, essa despesa causa uma variação negativa no Patrimônio Líquido. Não confunda receita e despesa orçamentária com receita e despesa sob o enfoque patrimonial. Essas últimas sempre afetam o patrimônio líquido, enquanto as primeiras não. Isto porque há receita e despesas orçamentárias, ditas não efetivas, que não passam de simples fatos permutativos.

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Para ficar mais claro, as receitas orçamentárias podem ser: Efetivas → influencia positivamente o resultado patrimonial, aumentando o PL. São as receitas oriundas da prestação de serviços e da maioria dos tributos, por exemplo. Não efetivas → não causam aumento na situação líquida patrimonial da entidade. É a venda (alienação) de um carro, por exemplo, onde ocorre a troca de bem por dinheiro. A mesma classificação serve para as despesas orçamentárias: Efetivas → causam impacto negativo no patrimônio líquido. Despesas com salários, por exemplo. Não efetivas → não afetam o PL, por se tratarem de simples permutas. Compra de um carro, por exemplo. Onde o governo troca seu dinheiro por um bem. Para o escopo dessa aula, isso é o que interessa. Você verá mais sobre receitas e despesas orçamentárias na parte de Finanças Públicas (MTO 2013). O referido manual diz, além disso, que: Para fins deste Manual, a receita sob o enfoque patrimonial será denominada de variação patrimonial aumentativa e a despesa sob o enfoque patrimonial será denominada de variação patrimonial diminutiva. As variações quantitativas podem ser classificadas também em:

• Variação aumentativa/diminutiva pública ou privada, segundo a natureza pessoa jurídica que a executa.

• Variação patrimonial aumentativa/diminutiva resultante ou independente

da execução orçamentária. Por fim, as variações quantitativas aumentativas podem ser classificadas em: - Governamentais – Abrangem tributos e contribuições. - Empresariais – Tratam de venda de bens e serviços. - Financeiras – Versam sobre receitas de juros, dividendos, descontos obtidos etc.

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- Transferências – Incluem doações, subvenções, subsídios, auxílios, transferências intergovernamentais e intragovernamentais recebidas, entre outras. - Outras Variações Aumentativas – Outras variações patrimoniais aumentativas não classificadas nos grupos anteriores De forma análoga, as variações quantitativas diminutivas são classificadas em: - Pessoal – Trata da remuneração de pessoal do governo e seus encargos. - Benefícios Sociais – Caracterizados em geral por espécies de transferências com o objetivo de proteger a população ou segmentos dela contra certos riscos sociais. - Uso de Bens e Serviços – Consistem de serviços, insumos e matérias-primas empregados na produção de bens e serviços acrescidos de mercadorias compradas para revenda menos a variação líquida de inventários de produtos em elaboração, bens acabados e mercadoria para revenda. - Operações Financeiras – Tratam de despesas com juros, descontos concedidos, etc. - Transferências – Incluem doações, subvenções, subsídios, auxílios, transferências intergovernamentais e intragovernamentais concedidas, entre outros. - Outras Variações Diminutivas – Outras variações patrimoniais diminutivas não classificadas nos grupos anteriores. Variações qualitativas → alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Exemplo: compra de um carro. Permuta de dinheiro por um bem.

Assim, as despesas orçamentárias não efetivas e as receitas orçamentárias não efetivas, por não afetarem o resultado patrimonial, são variações patrimoniais qualitativas do patrimônio.

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De outro lado, as despesas e receitas orçamentárias efetivas, por afetarem de forma negativa e positiva, respectivamente, o resultado patrimonial, são variações patrimoniais quantitativas diminutivas e aumentativas, nessa ordem, ambas decorrentes da execução do orçamento. Entende-se por resultado patrimonial a diferença entre as variações patrimoniais quantitativas, aumentativas e diminutivas, para um dado período. As variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. Mais uma questãozinha: (CESPE/Analista em Gestão Administrativa/SAD PE 2009) As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Perfeito. Cópia da norma. Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas de forma segregada. Correspondem aos ingressos e dispêndios extraorçamentários. Os ingressos extraorçamentários são valores que entram nos cofres públicos de forma temporária. Aumentam a disponibilidade do ente, ao mesmo tempo em que geram uma obrigação de devolução futura. O ente responde apenas como fiel depositário desse montante. Como exemplo temos a caução recebida de uma empresa como garantia para participação em um processo licitatório. A devolução desses valores são os dispêndios extraorçamentários. O fluxo da operação pode ser vista no esquema abaixo: Recebimento de caução no valor de R$ 100,00.

Ativo Passivo

100 100

Patrimônio Líquido 0 (A – P)

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Ingresso extraorçamentário Ativo aumentou em R$ 100,00, pois ingressou recurso em caixa. Passivo aumentou em R$ 100,00, pois foi gerada uma obrigação de devolução futura.

Devolução da caução acima.

Ativo Passivo

0 0

Patrimônio Líquido 0 (A – P)

Dispêndio extraorçamentário Ativo diminuiu em R$ 100,00, devido à saída do recurso do caixa. Passivo diminuiu em R$ 100,00, pois a obrigação de devolução foi cumprida.

Perceba que o PL não se “emocionou”. A movimentação ocorreu apenas em contas do ativo e do passivo. Ou seja, os ingressos e dispêndios extraorçamentários não afetam a apuração dos resultados da entidade, mas afetam contas do ativo e do passivo. Por fim, considera-se realizada a variação patrimonial aumentativa: I - nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de um fato gerador de natureza tributária, investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, ou fruição de serviços por esta prestados; II - quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; III - pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; e IV - no recebimento efetivo de doações e subvenções. Da mesma forma, considera-se incorrida a variação patrimonial diminutiva: I - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro;

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II - pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; e III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

7. Regime utilizado na contabilidade pública

Primeiramente, vamos conceituar os regimes de contabilização que serão envolvidos nesta parte da aula. Grosso modo, podemos defini-los da seguinte forma:

• Regime da competência → os atos e fatos devem ser registrados no momento em que ocorrem, independentemente da saída ou ingresso de recursos. Regime contábil ou patrimonial são outras nomenclaturas utilizadas como sinônimas de regime da competência.

• Regime de caixa → os atos e fatos são contabilizados apenas na saída ou ingresso de recursos.

A literatura mais antiga atribuía à CASP um regime misto, de caixa para as receitas e de competência para as despesas, devido a uma interpretação errada do artigo 35 da lei 4.320/64, que dispõe:

Artigo 35 - Pertencem ao exercício financeiro:

I – as receitas nele arrecadadas; e

II – as despesas nele legalmente empenhadas.

No entanto, o artigo supra se refere apenas ao regime orçamentário e não ao regime de reconhecimento da receita e da despesa como um todo. Conforme foi falado, a lei 4.320/64 trata da contabilidade em título próprio, onde evidencia a necessidade de se registrar as variações patrimoniais, independentemente da execução do orçamento. Destaco os seguintes dispositivos:

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.

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Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

A lei de responsabilidade fiscal reforça este entendimento na medida em que estatui:

Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: [...] II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa. [...]

Assim, tanto a receita quanto a despesa devem observar o princípio da competência integralmente, com o registro dos respectivos fatos geradores no momento em que ocorrem. A este conceito chamamos de receita e despesa sob o enfoque patrimonial.

Isto já era cumprido para a receita, no registro da dívida ativa. Era comum os autores se referirem à contabilização da dívida ativa como exceção ao regime de caixa das receitas.

Neste sentido, a resolução CFC 1.111/07 é bastante esclarecedora:

O Princípio da Competência é aquele que reconhece as transações e os eventos na ocorrência dos respectivos fatos geradores, independentemente do seu pagamento ou recebimento, aplicando-se integralmente ao Setor Público. Os atos e os fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por competência, e os seus efeitos devem ser evidenciados nas Demonstrações Contábeis do exercício financeiro com o qual se relacionam, complementarmente ao registro orçamentário das receitas e das despesas públicas. Neste passo, a NBC T 16.5 estabelece que as transações no setor público devam ser reconhecidas e registradas integralmente no momento em que ocorrerem. Os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados nas demonstrações contábeis do período com os quais se relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos geradores, independentemente do momento da execução orçamentária.

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Para treinar: (CESPE/Analista Administrativo/ANAC 2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa. Perfeito. Só por curiosidade, essa prova da ANAC foi um exemplo de certame que a banca CESPE não seguiu o edital. Passou longe, inclusive. Continuando... Podemos afirmar que, sob a ótica orçamentária, o regime continua misto, de caixa para as receitas e de competência para as despesas. Isto evidencia o caráter conservador da contabilidade pública. A receita é contabilizada quando de seu efetivo ingresso nos órgãos arrecadadores, ao passo que a despesa é considerada realizada em estágio anterior ao pagamento. Cabe lembrar que a receita, para ser orçamentária, não necessita estar necessariamente prevista no orçamento (artigo 57, lei 4.320/64). Tal regra não se aplica à despesa. Toda despesa orçamentária deve possuir autorização legal, consubstanciada na lei orçamentária ou de créditos adicionais. Apesar de a lei fazer menção ao empenho, para a STN, a liquidação é o momento adequado para se reconhecer a despesa como realizada. Isto porque o empenho não gera nenhum tipo obrigação para a entidade, constituindo-se em momento mais jurídico que contábil. Dessa forma, podemos elaborar o seguinte esquema sobre os regimes de contabilização aplicáveis à contabilidade pública:

Situação Momento do registro Regime associado Fatos geradores da receita e despesa (receita e despesa sob o enfoque patrimonial)

Na ocorrência Competência

Receita orçamentária Arrecadação Caixa

Despesa orçamentária Liquidação (STN) ou Empenho (lei 4.320/64)

Competência

(CESPE/AAMA/IBRAM 2008) Conforme o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, as transações no setor público devem ser reconhecidas e registradas integralmente no momento em que ocorrerem, utilizando, portanto, o regime contábil misto. Errado. A questão faz referência ao regime da competência.

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Pessoal, resolvi parar por aqui. Acho que se eu me aprofundar mais vou acabar embananando a cabeça de vocês. Vimos boa parte do conteúdo que interessa a respeito dos temas propostos para a aula. Puxei assuntos importantes ligados à NBC T 16, à lei 4.320/64, que vem sendo sistematicamente cobrados pelas bancas. Sobre as partes do MCASP que tratam de contabilização, como a relação entre passivo exigível e as etapas da execução orçamentária, decidi jogar para aula que trata sobre plano de contas, por estarem mais afetas ao tema. Pelo mesmo motivo, trouxe o assunto sistema de custos para a presente aula. Como eu disse na aula demonstrativa, o objetivo desse curso é tentar fazer um apanhado daquilo que mais vem sendo cobrado, o que mais chama a atenção do examinador, de modo a te economizar tempo, tendo em vista o amontoado de matérias que você precisa estudar. Reafirmo que acho uma loucura, nessa altura do campeonato, querer entender todos os manuais propostos pela banca no edital. Assim, tentei digerir pra você o conteúdo proposto, de forma mais romanceada, mais agradável de ler, sem ficar repetindo muito os conceitos secos das normas. Agora vamos partir para as questões comentadas. Dentre todas as bancas examinadoras, considero a ESAF a mais ousada. Há várias questões que chegam bem próximas da anulação, onde a banca tem que forçar muito a barra para manter o gabarito. Porém, não se assuste. A resposta costuma saltar aos olhos do aluno bem orientado. Vamos pedir inicialmente ajuda ao CESPE, só para fixarmos o conteúdo. Em seguida, veremos algumas questões da ESAF e de outras bancas com mais jeitão de ESAF.

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B. Questões comentadas

(CESPE/TCE ES 2012) Com relação as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor publico, julgue os itens que se seguem.

1. Os registros, processamentos e evidenciações dos custos de bens e serviços produzidos e ofertados a sociedade pela entidade publica são finalidades do subsistema de informações patrimoniais.

Não! Ora bolas, custos é subsistema de custos! Manda outra, essa foi fácil! Próxima... Gabarito: Errado. (CESPE/TRE RJ 2012) Acerca de patrimônio público e variações patrimoniais, julgue os itens a seguir.

2. O bem intangível, como integrante do patrimônio público, é objeto da contabilidade pública.

Claro! É objeto da contabilidade pública o patrimônio público, tangível ou intangível. Por Patrimônio Público entendemos o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações (NBC T 16.1). Gabarito: Certo. (CESPE/ANCINE 2012) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens.

3. As variações patrimoniais classificam-se em quantitativas, caso resultem em aumento ou diminuição do patrimônio líquido, ou em qualitativas, caso alterem a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

As variações patrimoniais são transações que resultam em alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Podem ser: Variações quantitativas → decorrentes de transações no setor público que aumentam (aumentativas) ou diminuem (diminutivas) o patrimônio liquido. Exemplo: arrecadação de impostos (aumentativas) e pagamento de salários

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(diminutivas). Variações qualitativas → alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Exemplo: compra de um carro. Permuta de dinheiro por um bem.

Gabarito: Certo.

4. O orçamento público, no qual se estimam as receitas e se fixam as despesas, é o objeto da contabilidade pública.

O objeto da CASP é o patrimônio público (ponto final). Gabarito: Errado.

5. O subsistema de informações patrimoniais evidencia os atos de gestão que possam afetar o patrimônio público no futuro.

A questão trata do subsistema de compensação. Vejamos todos:

• Orçamentário → registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. Exemplos: previsão da receita e fixação da despesa.

• Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não

financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.

• Custos → registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços,

produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.

• Compensação → registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Exemplo: assinatura de contratos.

Gabarito: Errado. (CESPE/AFCE/TCU 2011) Julgue os itens consecutivos, referentes à análise das

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demonstrações contábeis do setor público.

6. A contabilidade pública deve permitir o acompanhamento da execução orçamentária, a determinação dos custos industriais, o levantamento das demonstrações contábeis, a análise e interpretação dos resultados econômicos e financeiros, além de evidenciar o montante dos créditos orçamentários vigentes.

A lei 4.320/64, apesar da “idade”, ainda é a norma mais cobrada em provas de contabilidade pública. A questão acima é a combinação de dois dispositivos: Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 90 A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis. Gabarito: Certo.

7. O regime contábil da contabilidade pública no Brasil adota a competência para as receitas e o regime de caixa para despesas.

Não é bem assim. Sob o enfoque orçamentário o regime é misto, de caixa para as receitas e de competência para as despesas, tendo em vista o disposto no artigo 35 da lei 4.320/64, que aduz:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; e II - as despesas nele legalmente empenhadas.

Repito: este dispositivo trata apenas do aspecto orçamentário da coisa. Isto porque a contabilidade pública é ramo da ciência contábil e deve obedecer aos seus princípios integralmente, inclusive ao da competência. Assim, os fatos geradores da receita e da despesa devem ser reconhecidos no momento em que ocorrem, independentemente da execução do orçamento. Gabarito: Errado. (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2011) Acerca do conceito, objetivo e campo de atuação da contabilidade aplicada ao setor público, segundo as normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens a seguir.

8. Entre os objetivos da contabilidade pública, está o fornecimento aos usuários

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de informações sobre os aspectos de natureza física do patrimônio da entidade.

De acordo com a NBC T 16.1, o objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

Objetivo CASP = suporte = tomada de decisão + prestação de contas +

instrumentalização do controle social.

Não confunda objetivo com objeto da contabilidade aplicada ao setor público. Este último se refere ao patrimônio público. Gabarito: Certo.

9. Os serviços sociais não estão entre as entidades abrangidas pelo campo de aplicação da contabilidade pública.

O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange TODAS as entidades do setor público. O que se discute aqui não é a personalidade jurídica da entidade, mas se ela utiliza recursos públicos. Neste sentido, a norma traz a seguinte definição: Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Gabarito: Errado.

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10. No processo gerador de informações, a contabilidade pública deve aplicar os princípios fundamentais de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial das entidades do setor público.

A contabilidade pública não é uma contabilidade orçamentária ou financeira. Neste sentido, não deve se limitar apenas ao registro da receita e despesa orçamentária. O objeto é mais amplo e tem como foco todo o patrimônio público. Perceba que as novas normas fazem menção não mais ao termo “Contabilidade Pública”, mas sim “Contabilidade Aplicada ao Setor Público”. O novo nome aponta para a intenção do tesouro nacional, qual seja a de passar considerar a contabilidade pública como ramo da ciência contábil. Assim, a NBC T 16.1 definiu a Contabilidade Aplicada ao Setor Público como sendo o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Gabarito: Certo. (CESPE/AJAA – Contabilidade/TRE ES 2011) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público (NBCASP) e na Lei nº 4.320/1964, julgue os itens subsequentes.

11. De acordo com a lei em apreço, serão objeto de registro, individuação e controle contábil todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, ainda que não compreendidas na execução orçamentária.

Lei 4.320/64, artigo 93 → Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle contábil. Gabarito: Certo.

12. De acordo com as NBCASP, os serviços sociais devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público.

As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

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A despeito de serem pessoas jurídicas de direito privado que não integram a administração pública, os serviços sociais são mantidos por recursos oriundos de contribuições sociais de natureza tributária, bem como dotações consignadas no orçamento. Por isso, prestam contam ao TCU e estão no campo de aplicação da CASP. Gabarito: Certo.

13. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis/ABIN 2010) As empresas públicas com personalidade jurídica de direito privado podem, sob determinadas circunstâncias, estar sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública.

O que define se uma entidade está, ou não, abrangida pelo campo de aplicação da contabilidade pública não é sua natureza jurídica, mas sim a natureza pública dos recursos que manipula. Até a edição da NBC T 16.1, era evidente a falta de consenso sobre a demarcação deste campo de aplicação. A referida norma estabelece que o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange TODAS as entidades do setor público. Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Assim, é possível que entidades privadas estejam sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública, desde que utilizem recursos públicos. Cabe ressaltar que, no caso específico das empresas estatais integrantes do orçamento de investimentos, a LDO determina que não se aplicam as normas gerais da Lei nº 4.320, de 1964, no que concerne ao regime contábil, execução do

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orçamento e demonstrações contábeis (artigo 51, § 6º). Gabarito: Certo. (CESPE/Contador/MS 2010) Com relação ao registro das variações patrimoniais nas entidades públicas, julgue os itens a seguir.

14. De acordo com o critério do impacto provocado na situação líquida, as variações patrimoniais dividem-se em variações aumentativas e variações diminutivas.

Um critério de classificação é dividir as variações em aumentativas e diminutivas. As primeiras causam impacto positivo no patrimônio, as outras, negativo. A NBC T 16.4 detalhou o assunto da seguinte maneira: Variações patrimoniais quantitativas aumentativas → aumentam o patrimônio líquido (receita sob o enfoque patrimonial). Receitas com serviços. Variações patrimoniais quantitativas diminutivas → diminuem o patrimônio líquido (despesa sob o enfoque patrimonial). Despesas com salários. As variações patrimoniais qualitativas alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido, determinando modificações apenas na composição específica dos elementos patrimoniais. Despesas e receitas não efetivas.

Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. Gabarito: Certo.

15. As variações patrimoniais quantitativas alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

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De acordo com a NBC T 16.4, as variações patrimoniais podem ser qualitativas ou quantitativas. As primeiras alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. As segundas podem ser aumentativas ou diminutivas, caso aumentem ou diminuam a Situação Líquida Patrimonial, respectivamente. Exemplo de variação qualitativa → compra de um carro. Aqui ocorre apenas a troca de dinheiro por bem. Exemplo de variação quantitativa aumentativa → receita com serviços. Exemplo de variação quantitativa diminutiva → despesa com serviços.

Gabarito: Errado.

16. (CESPE/Analista de Controle Interno – Finanças Públicas/SEC GE 2010) De acordo com o disposto na NBC T 16.1 do Conselho Federal de Contabilidade, assinale a opção correta acerca do conceito, do objetivo e da especialidade da contabilidade pública.

A Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. B A divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público não resultará em novas unidades contábeis. C São considerados patrimônio público os direitos e bens, tangíveis e intangíveis, que representem ou não um fluxo de benefícios presente ou futuro inerente à prestação de serviços públicos. D As pessoas físicas que recebem subvenções ou incentivos fiscais de órgão público não se equiparam, para efeito contábil, às entidades do setor público, uma vez que não estão no campo de aplicação da contabilidade pública. E No setor público, são considerados recursos controlados os ativos em que a entidade, mesmo sem ter o direito de propriedade, detém o controle, os riscos e

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os benefícios deles decorrentes.

Comentários: Letra A → os serviços sociais e os conselhos profissionais obedecem integralmente às normas aplicáveis à contabilidade pública.

Letra B → segundo a NBC T 16.1, a soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis. Esse procedimento será utilizado nos seguintes casos:

• Registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas parcelas, em atendimento à necessidade de controle e prestação de contas, de evidenciação e instrumentalização do controle social;

• Unificação de parcelas do patrimônio público vinculadas a unidades contábeis

descentralizadas, para fins de controle e evidenciação dos seus resultados; e

• Consolidação de entidades do setor público para fins de atendimento de exigências legais ou necessidades gerenciais.

Letra C → patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

Letra D → Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Letra E → mais outra da NBC T 16.1: Recursos controlados → ativos em que a entidade mesmo sem ter o direito de propriedade detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes.

Gabarito: Letra E.

17. (CESPE/Contador/DPU 2010) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, assinale a opção correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de aplicação da contabilidade pública.

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A Independentemente do escopo, todas as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público. B A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que adota no processo gerador de informações, as normas fiscais direcionadas ao controle da receita e da despesa das entidades do setor público. C As pessoas físicas não se equiparam, para efeito contábil, a entidades do setor público, ainda que recebam subvenção, benefício, ou incentivo (fiscal ou creditício) de órgão público. D O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o planejamento feito pela administração pública para atender, durante determinado período, aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos. E Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor público é o de fornecer o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Comentários: Letra A → o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange TODAS as entidades do setor público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Letra B → a Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Letra C → Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Letra D → o objeto da contabilidade pública é o patrimônio público.

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Letra E → o objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Instrumentalização do Controle Social → compromisso fundado na ética profissional, que pressupõe o exercício cotidiano de fornecer informações que sejam COMPREENSÍVEIS E ÚTEIS aos cidadãos no desempenho de sua soberana atividade de controle do uso de recursos e patrimônio público pelos agentes públicos. Gabarito: Letra E.

18. (CESPE/Contador/DPU 2010) Considerando a Lei n.º 4.320/1964, assinale a opção correta com relação à contabilidade.

A Somente os serviços públicos industriais organizados como empresa pública ou autárquica manterão contabilidade especial para determinação dos custos. B Somente serão objeto de registro e controle contábil as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira compreendidas na execução orçamentária. C As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução, não constituirão elementos da conta patrimonial. D Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se a sua efetivação. E As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas às contas de resultado. Comentários: Todas as alternativas tomaram por base artigos da lei 4.320/64. Letra A → Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum. Letra B → Art. 93. Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle contábil.

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Letra C → Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. Letra D → Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação. Letra E → Art. 106, § 2º. As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial. Gabarito: Letra D. (CESPE/Consultor do Executivo/SEFAZ ES 2010) De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade que estabelece a conceituação, o objeto e o campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, julgue os itens a seguir.

19. A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que emprega, no processo gerador de informações, as técnicas próprias da execução orçamentária e financeira direcionadas para a adequada prestação de contas.

Perceba que o enunciado faz referência às Normas Brasileiras de Contabilidade. De acordo com a NBC T 16.1, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público.

Gabarito: Errado.

20. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público, que devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade pública.

O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público realmente abrange TODAS as entidades do setor público. Entretanto, de acordo com a NBC T 16.1, as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade

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Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Não confunda entidades do setor público com entidades governamentais. Estas são compostas pela administração direta, autarquias, fundações públicas e empresas estatais dependentes. Gabarito: Errado. (CESPE/Analista em Gestão Administrativa/SAD PE 2009) Acerca da Norma Brasileira de Contabilidade que trata das transações do setor público, julgue os itens.

21. De acordo com suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas em orçamentárias e extraorçamentárias.

De acordo com a NBC T 16.4 as variações são classificadas em qualitativas e quantitativas. Estas últimas se dividem em aumentativas e diminutivas. A classificação apresentada na questão é quanto à dependência da execução orçamentária. Além disso, a questão fala em transações e não em variações. As transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

• Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

• Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público.

Gabarito: Errado.

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22. As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado.

Eu gosto pra caramba desse tipo de questão, pois acaba que não tenho trabalho algum! hehe...é cópia da NBC T 16.4. As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. São classificadas em quantitativas e qualitativas.

Gabarito: Certo.

23. As variações patrimoniais que afetam o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas de resultado.

Segundo a NBC T 16.4, as variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. Gabarito: Errado.

24. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais diminuindo ou aumentando o patrimônio líquido.

Variações quantitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. Variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido como a compra de um carro, por exemplo. Gabarito: Errado.

25. As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas de forma consolidada.

Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas

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de forma segregada. Outra da NBC T 16.4. Gabarito: Errado.

26. (CESPE/Auditor/FUB 2009) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da contabilidade governamental é o orçamento público.

Segundo a NBC T 16.1, o objeto da CASP é o patrimônio público. Gabarito: Errado. (CESPE/ AGA/SAD PE 2009) No que se refere à conceituação, ao objeto e ao campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, segundo as normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens.

27. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio público. Objeto CASP → Patrimônio Público. Gabarito: Certo.

28. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange apenas os órgãos, os fundos e as pessoas jurídicas de direito público.

O Campo de Aplicação da CASP abrange TODAS as entidades do setor público. Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Ou seja, manipulou recurso público está contemplado no Campo de Aplicação da CASP. Gabarito: Errado.

29. Não se equiparam como entidade do setor público, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou

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creditício, de órgão público. Gabarito: Errado.

30. Os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

O Campo de Aplicação da CASP abrange TODAS as entidades do setor público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. Gabarito: Errado.

31. É classificada como unificada a unidade contábil que representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais unidades contábeis originárias.

No esteio do princípio da entidade, a NBC T 16.1 trouxe algumas definições interessantes. Por UNIDADE CONTÁBIL entendemos a soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis. Esse procedimento será utilizado nos seguintes casos:

• Registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas parcelas, em atendimento à necessidade de controle e prestação de contas, de evidenciação e instrumentalização do controle social;

• Unificação de parcelas do patrimônio público vinculadas a unidades contábeis

descentralizadas, para fins de controle e evidenciação dos seus resultados;

• Consolidação de entidades do setor público para fins de atendimento de exigências legais ou necessidades gerenciais.

A Unidade Contábil é classificada em: Originária → representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas; Descentralizada → representa parcela do patrimônio de Unidade Contábil

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Originária; Unificada → representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas; Consolidada →→→ representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Originárias. Abaixo um esquema para facilitar o entendimento:

As descentralizadas 1 e 3, por exemplo, podem se juntar e formar uma Unidade Unificada. Gabarito: Errado. (CESPE/Analista de Controle Interno/SAD PE 2009) Acerca do conceito, do objetivo e da especialidade da contabilidade segundo as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os itens.

32. Contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que, no processo gerador de informações, põe em prática os princípios fundamentais de contabilidade direcionados ao controle do orçamento público.

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Gabarito: Errado.

33. O campo da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público.

O campo de aplicação da CASP abrange TODAS as Entidades do Setor Público.

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Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Gabarito: Certo.

34. Os serviços sociais públicos devem observar, parcialmente, as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público para adotarem procedimentos de prestação de contas e de instrumentalização do controle social.

O Campo de Aplicação da CASP abrange TODAS as entidades do setor público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. Gabarito: Errado.

35. É classificada como unificada a unidade contábil que representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas.

A resposta é Unidade Originária. A Unidade Contábil é classificada em:

Originária – representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas; Descentralizada – representa parcela do patrimônio de Unidade Contábil Originária; Unificada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas; Consolidada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Originárias. Gabarito: Errado.

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36. A soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do

setor público não resulta em novas unidades contábeis. De acordo com a NBC T 16.1, a soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis. Conforme vimos, este conceito decorre do princípio contábil da entidade. Gabarito: Errado. (CESPE/Analista Judiciário/TRE BA 2009) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade, julgue o item a seguir, relativo ao objeto da contabilidade aplicada ao setor público.

37. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento público, evidenciando, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

Objeto da CASP → Patrimônio Público. Gabarito: Errado.

38. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC 2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa.

Conforme vimos, a contabilidade pública deve registrar os fatos geradores da receita e da despesa no momento em que ocorrem, independente da execução do orçamento. Assim, é com segurança que podemos afirmar que a contabilidade aplicada ao setor público é ramo da ciência contábil e aplica seus princípios integralmente, especialmente o da competência e da oportunidade. Gabarito: Certo. (CESPE/Contador/UNIPAMPA 2009) Julgue os itens a seguir, consoante o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

39. O objeto da contabilidade pública é o patrimônio público, entendido como o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não.

Objeto da CASP → Patrimônio Público. Patrimônio Público → conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um

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fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. Gabarito: Certo.

40. O campo de atuação da contabilidade pública abrange todas as entidades do setor público, que devem observar integralmente suas normas e técnicas próprias.

CASP → todas ESP. No entanto, as ESP devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Gabarito: Errado. (CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009) De acordo com a estrutura do sistema contábil contemplado nas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens.

41. O sistema contábil está estruturado nos subsistemas de informação orçamentário, financeiro, patrimonial, de custos e de compensação.

De acordo com a NBC T 16.2 o sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações: orçamentário, patrimonial, custos e compensação. O

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subsistema financeiro teve suas competências absorvidas pelo subsistema patrimonial. Vejamos a definição de cada.

• Orçamentário → registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.

• Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.

• Custos → registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.

• Compensação → registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

Gabarito: Errado.

42. Os subsistemas contábeis devem ser independentes entre si e de outros subsistemas de informações.

Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a administração pública sobre:

• Desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão; • Avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho

com relação à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade; • Avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento; e • Avaliação dos riscos e das contingências.

Gabarito: Errado.

43. (ESAF/CGU 2012) Examine os itens a seguir a respeito dos conceitos e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, assinale Verdadeiro(V) ou Falso(F) e escolha a opção que indica a sequência correta.

I. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público; II. A função social da contabilidade aplicada ao setor público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias para a tomada de decisão; III. Ocorre o surgimento de novas unidades contábeis quando se procede à soma, agregação ou divisão do patrimônio de uma ou mais entidades; IV. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público são os recursos públicos.

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a) V, V, F, F b) F, F, V, F c) V, V, V, F d) V, F, V,V e) V, V, V,V Comentários: A questão foi toda retirada da NBC T 16.1. O item I é verdadeiro. O campo de aplicação da contabilidade pública abrange todas as entidades do setor público. Por Entidades do Setor Público entendemos os órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. O item II é verdadeiro. Segundo a NBC T 16.1, a função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social. O item III é verdadeiro. A soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis. Esse procedimento será utilizado nos seguintes casos: (a) registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas parcelas, em atendimento à necessidade de controle e prestação de contas, de evidenciação e instrumentalização do controle social; (b) unificação de parcelas do patrimônio público vinculadas a unidades contábeis descentralizadas, para fins de controle e evidenciação dos seus resultados; e (c) consolidação de entidades do setor público para fins de atendimento de exigências legais ou necessidades gerenciais. O item IV é claramente falso. A norma é claro ao estatuir o patrimônio público (apenas) como objeto da CASP. Letra C.

44. (ESAF/MDIC 2012) Tendo por base as definições das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP, assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

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a) As entidades privadas que recebam transferências de recursos públicos devem observar integralmente suas normas e técnicas no registro das transações relacionadas a estes recursos. b) Os serviços sociais autônomos e entidades governamentais devem aplicar integralmente as normas e técnicas desse ramo da contabilidade. c) É opcional o uso de suas normas e técnicas pelos conselhos de profissionais desde que as técnicas por eles adotadas proporcionem a evidenciação do patrimônio. d) Abrange integralmente qualquer ente, governamental ou não, que gerencie ou aplique recursos públicos. e) A observação de suas normas e técnicas está condicionada à adesão e uso dos sistemas contábeis governamentais. Comentários: O Campo de Aplicação da CASP abrange todas as entidades do setor público. Por Entidades do Setor Público entendemos os órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Analisando a definição acima, resta claro que se alguém recebeu recurso público, está no campo de aplicação da CASP, mesmo sendo uma pessoa jurídica de direito privado. A NBC T 16 detalha que as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: (a) Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os

conselhos profissionais; e (b)

(b) Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

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Agora vejamos nossas alternativas: Letra A, incorreta. As entidades privadas que recebam transferências de recursos públicos devem observar as normas da CASP, mas não integralmente. Letra B, correta. Os serviços sociais autônomos e entidades governamentais devem aplicar integralmente as normas e técnicas da CASP, conforme esquema acima. Letra C, incorreta. Os conselhos de profissionais devem obedecer integralmente às normas e técnicas da CASP. Letra D, incorreta. Abrange todos os entes (governamentais ou não), mas não integralmente. Letra E, incorreta. A observação das normas e técnicas da CASP é obrigatória, integralmente ou não, a todos aqueles que estão no seu campo de aplicação. Letra B.

45. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção correta a respeito das regras para a classificação dos elementos patrimoniais das entidades públicas.

a) No ativo financeiro deve ser observado, além da conversibilidade, a origem dos recursos. b) Na classificação dos bens de uso nas atividades finalísticas da entidade, a duração do ativo é o principal atributo a ser observado. c) O atributo exigibilidade do passivo não deve ser observado se o credor for uma entidade pública da mesma esfera de governo.

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d) A segregação tanto do ativo quanto do passivo deve obedecer aos atributos financeiro e não financeiro. e) A classificação deve observar a segregação em circulante e não circulante com base nos atributos de conversibilidade e exigibilidade. Comentários: Dentre as alternativas, a única que corresponde ao disposto no MCASP e nas NBCASP é a letra E. Segundo a NBC T 16.2, o patrimônio público é estruturado, pelo enfoque contábil, em:

� Ativos → são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços.

� Passivos → são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos

passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços.

� Patrimônio Líquido → é o valor residual dos ativos da entidade depois de

deduzidos todos seus passivos. No Patrimônio Líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores.

Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é denominado passivo a descoberto. Os ativos e passivos são classificados em circulante e em não circulante, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade. Circulante Não Circulante

Ativos

a) estiverem disponíveis para realização imediata; e b) tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data das demonstrações contábeis.

Os demais.

Passivos

Quando corresponderem a valores exigíveis até doze meses após a data das demonstrações contábeis.

Os demais.

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Letra E.

46. (ESAF/MDIC 2012) A respeito das variações patrimoniais dos entes submetidos às regras da contabilidade aplicada ao setor público, é correto afirmar, exceto:

a) classificar as variações patrimoniais em qualitativas e quantitativas implica em reconhecer que os fatos administrativos repercutem no patrimônio do ente, embora muitos destes não alterem a situação patrimonial líquida. b) as receitas e despesas patrimoniais são variações do patrimônio que não se confundem com as receitas e despesas orçamentárias. c) as variações patrimoniais compostas são aquelas que alteram a composição qualitativa e também modificam quantitativamente o patrimônio. d) variações patrimoniais quantitativas são aquelas que têm repercussão orçamentária enquanto as variações qualitativas são de caráter extraorçamentário. e) as variações patrimoniais quantitativas diminutivas resultantes da execução orçamentária são despesas efetivas do ponto de vista patrimonial. Comentários: As variações patrimoniais são divididas em qualitativas e quantitativas. Ambas tem repercussão no PL da entidade. Ocorre que as primeiras tem origem em fatos permutativos, enquanto as outras afetam positivamente ou negativamente o patrimônio.

As variações patrimoniais quantitativas aumentativas correspondem ao conceito de receitas sob o enfoque patrimonial. As variações patrimoniais quantitativas diminutivas correspondem às despesas sob o enfoque patrimonial. Não podemos afirmar que todas as receitas orçamentárias são receitas sob o enfoque patrimonial, mas apenas aquelas que afetam positivamente o resultado patrimonial. Logo, há receitas orçamentárias efetivas, que, sob o ponto de vista

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patrimonial, são variações patrimoniais quantitativas aumentativas. Assim como há receitas não efetivas, que não afetam o resultado patrimonial, por se tratarem de fatos permutativos do patrimônio e, por isso, são variações patrimoniais qualitativas. Em resumo: Receita orçamentária efetiva → afeta positivamente o resultado patrimonial → receita sob o enfoque patrimonial → variação patrimonial quantitativa aumentativa, dependente da execução orçamentária. Exemplo: Receitas tributárias, em sua maioria. Receita orçamentária não efetiva → repercute no patrimônio do ente, mas não afeta seu resultado, por se tratar de fato permutativo → não é receita sob o enfoque patrimonial → variação patrimonial qualitativa, dependente da execução orçamentária. Exemplo: venda (alienação) de um carro, onde há a troca de um bem por dinheiro. Raciocínio semelhante pode ser desenvolvido para a despesa: Despesa orçamentária efetiva → afeta negativamente o resultado patrimonial → despesa sob o enfoque patrimonial → variação patrimonial quantitativa diminutiva. Exemplo: despesas com salários. Despesa orçamentária não efetiva → repercute no patrimônio do ente, mas não afeta seu resultado, por se tratar de fato permutativo → não é despesa sob o enfoque patrimonial → variação patrimonial qualitativa. Exemplo: compra de um carro, onde há a troca de dinheiro por um bem. Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Face ao exposto, a alternativa que destoa das demais é a letra D. De fato, ela trouxe um conceito totalmente equivocado das variações patrimoniais. Letra D.

47. (ESAF/MDIC 2012) A respeito do sistema de custos instituído pelo governo federal, é correto afirmar, exceto:

a) os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário o integram com seus próprios órgãos centrais. b) sua instituição atende exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. c) é um subsistema organizacional da administração federal e está vinculado ao sistema de contabilidade federal.

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d) um dos seus principais objetivos é o acompanhamento e avaliação da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. e) elaborar estudos e propor melhorias com vistas ao aperfeiçoamento da informação de custos é uma atribuição dos órgãos setoriais. Comentários: Letra A, incorreta. O órgão central do sistema, em âmbito federal, é a Secretaria do Tesouro Nacional. A portaria STN 157/2011, no seu artigo 3°, §2°, assevera que: “As unidades de gestão interna do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União poderão integrar o Sistema de Custos do Governo Federal como órgãos setoriais”. Letra B, correta. A criação do Sistema de Custos teve a intenção de atender às seguintes normas: Lei 4.320/64, artigo 99 → Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum. Decreto-Lei nº 200/1967, artigo 79 → A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da gestão. Lei Complementar 101/2000 (LRF), artigo 50, § 3º → A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. LRF, 4º, I, e → a lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no §2º do art. 165 da Constituição e disporá também sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. Lei 10.180/2001, artigo 15, V → o Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal. Letras C e D, corretas. Fica aqui uma grande dica da dona ESAF: a banca adora tirar questões do site do tesouro. Isso é muito comum. A despeito de não estar claro, em nenhum normativo, especialmente na portaria STN 157/2011, que o Sistema de Custos é um subsistema organizacional da administração federal e está vinculado ao sistema de contabilidade federal, veja abaixo o extrato que copiei do site do tesouro, que trata do Sistema de Informações de Custos:

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A ferramenta verifica espaços para a melhoria de serviços destinados à população, bem como proporciona instrumentos de análise para a eficácia, a eficiência, a economicidade e a avaliação dos resultados do uso recursos públicos. Sua existência atende ao art. 50, § 3º da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que obriga a Administração Pública a manter sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. E, conforme a Lei nº 10.180, de 06 de fevereiro de 2001, que organiza e disciplina o Sistema de Contabilidade Federal do Poder Executivo, compete à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) tratar de assuntos relacionados à área de custos na Administração Pública Federal. Nesse sentido, a STN publicou em 09 de março de 2011 a sua Portaria nº 157, que dispõe sobre a criação do Sistema de Custos do Governo Federal, estruturado na forma de um subsistema organizacional da administração pública federal brasileira e vinculado ao Sistema de Contabilidade Federal, uma vez que se encontra sob gestão da Coordenação-Geral de Contabilidade e Custos da União. Duro de aturar, não acha? Fica então o grande bizú: se você for fazer uma prova da ESAF, leia na internet sobre o assunto, principalmente no site oficial correspondente. Assim, se na sua prova cai sobre SIAFI, por exemplo, leia sobre o mesmo no site do tesouro nacional. Abaixo o link da página que extraí o texto acima: http://goo.gl/S9Jpn Letra E, correta. Essa alternativa foi retirada da portaria STN 716/2011, que dispõe sobre as competências dos Órgãos Central e Setoriais do Sistema de Custos do Governo Federal. Dentre as competências dos órgãos setoriais está: Elaborar estudos e propor melhorias com vistas ao aperfeiçoamento da informação de custo. Caso tenha interesse em ler todas as competências, acesse: http://goo.gl/Sql48 Letra A.

48. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a opção que indica um conjunto de entidades que estão dentro do campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público.

a) Empresas públicas financeiras, autarquias e entidades da administração direta do Poder Executivo.

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b) Empresas públicas dependentes, órgãos da administração direta e autarquias. c) Órgãos do Poder Judiciário, empresas estatais de qualquer natureza e fundações públicas. d) Organizações não governamentais mantidas com recursos públicos, empresas públicas não financeiras e autarquias. e) Unidades gestoras da administração direta, consórcios públicos e empresas estatais não dependentes. Comentários:

Antes da publicação das NBCASP, a definição do campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público ficava por conta da doutrina. Era comum associá-lo às pessoas jurídicas que compunham o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Assim, faziam parte do campo de aplicação da CASP a Administração Direta (União, Estados e Municípios) e Administração Indireta (Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista). Estas duas últimas (EP e SEM) apenas se recebessem recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Estas empresas públicas e sociedades de economia mista são definidas pela LRF como Empresas Estatais Dependentes: Empresa Estatal Dependente → empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. As Empresas “Independentes”, pertencentes apenas ao Orçamento de Investimentos, não compunham o campo de aplicação da contabilidade pública. Depois da publicação da NBC T 16 ficou bem mais tranquilo responder este tipo de questão. De acordo com esta norma, o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público. Por Entidades do Setor Público entendemos os órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. Da definição acima, concluímos que se alguma pessoa jurídica ou física manipular recurso de origem pública está no campo de aplicação da CASP.

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Entretanto, as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: (a) Integralmente → as entidades governamentais, os serviços sociais e os

conselhos profissionais; e

(b) Parcialmente → as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Assim, entidades da administração direta, autarquias, empresas públicas dependentes, fundações públicas, órgãos de todos os poderes, consórcios públicos, ONGs mantidas com recursos públicos e unidades gestoras da administração direta manipulam recursos de origem pública e estão no campo de aplicação da CASP. De cara, a resposta é a letra B. Abaixo assinalo as pessoas jurídicas que estão fora do campo de aplicação da CASP ou por não manejarem recursos públicos ou não termos certeza, tendo em vista os dados fornecidos pela questão:

a) Empresas públicas financeiras, autarquias e entidades da administração direta do Poder Executivo. b) Empresas públicas dependentes, órgãos da administração direta e autarquias. c) Órgãos do Poder Judiciário, empresas estatais de qualquer natureza e fundações públicas. d) Organizações não-governamentais mantidas com recursos públicos, empresas públicas não-financeiras e autarquias. e) Unidades gestoras da administração direta, consórcios públicos e empresas

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estatais não dependentes.

Sobre as empresas estatais não dependentes a postura da banca está equivocada. Acompanhe comigo: estas empresas são contempladas no orçamento de investimentos, segundo LDO, art. 51. Assim, de acordo com a NBC T 16, por utilizarem recursos públicos, estarão contempladas também no campo de aplicação da CASP, pelo menos parcialmente. Mas a banca considerou que não. As EEI não fazem parte do campo de aplicação da CASP. Eu discordo frontalmente, mas serve como alerta: se cair igual já sabe o que fazer. Vamos explorar um pouco mais o conteúdo. Tendo por base o esquema montado logo acima e, por dedução, podemos afirmar que as Entidades Governamentais são = administração direta + autarquias + fundações públicas + Empresas Estatais Dependentes. Os serviços sociais são aquelas entidades pertencentes ao Sistema “S”: SENAI, SESC, SENAC, entre outras. E como exemplo de conselho profissional temos o CREA, dos engenheiros. Provavelmente, a inclusão desses serviços sociais e dos conselhos profissionais no escopo integral de abrangência das normas se deve, basicamente, aos devidos fatores:

• Serviços sociais → são mantidos por recursos oriundos de contribuições sociais de natureza tributária, bem como dotações consignadas no orçamento.

• Conselhos profissionais → possuem natureza autárquica. Cabe ressaltar que a LDO excluiu do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social “os conselhos de fiscalização de profissão regulamentada, constituídos sob a forma de autarquia” (artigo 6º, § 1º, II). Assim, interessante notar que há entidades que não pertencem ao OF e OSS, mas obedecem integralmente às normas próprias da CASP.

Letra B.

49. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) A respeito das regras gerais estabelecidas pela Lei n° 4.320/64 para a estruturação e realização da contabilidade dos entes públicos, é correto afirmar, exceto:

a) é obrigatório o registro dos bens móveis e imóveis, mesmo que de forma sintética. b) os entes públicos que exercem atividade industrial, independentemente da sua forma de organização, deverão manter registros contábeis que permita a apuração dos custos. c) a contabilização da receita e da despesa deverá seguir as especificações da lei

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orçamentária. d) é permitido o uso do método das partidas simples para a contabilidade patrimonial desde que esta seja realizada de forma sintética. e) no registro dos restos a pagar, é obrigatória a identificação do credor. Comentários:

Típica questão de prova. Ela foi toda extraída da lei 4.320/64, veja só: A letra A está correta. Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração. Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis. A letra B está correta. Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum.

A letra C está correta. Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acordo com as especificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos adicionais. A letra D está incorreta. Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas. A letra E está correta. Art. 92, parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as despesas processadas das não processadas. Letra D.

50. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) São finalidades do controle interno sob o enfoque contábil, exceto:

a) proporcionar mecanismos de correção tempestiva de desvios e condutas. b) contribuir com a eficiência operacional da entidade. c) salvaguardar os ativos e assegurar veracidade aos componentes patrimoniais. d) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas. e) estimular adesão às normas e diretrizes fixadas pela entidade.

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Comentários:

Essa não é bem contabilidade pública, mas como está na NBC T 16, resolvi manter.

Segundo a NBC T 16.8, controle interno sob o enfoque contábil compreende o conjunto de recursos, métodos, procedimentos e processos adotados pela entidade do setor público, com a finalidade de:

• Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais (letra C);

• Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente; • Propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada; • Estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas (letra E); • Contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade (letra B); • Auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros,

fraudes, malversação, abusos, desvios e outras inadequações (letra D). Letra A.

51. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, o patrimônio líquido das entidades públicas é definido por:

a) diferença entre o ativo e o passivo. b) capital mais as eventuais participações em empresas e outras entidades públicas. c) capital, resultados dos exercícios e resultado das participações. d) valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. e) capital adicionado dos resultados dos exercícios. Comentários:

Nunca vi uma questão na qual a banca forçou tanto a barra. Conforme a NBC T 16.2, Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos. A letra D está correta, tudo bem. Mas e a letra A? Alguém consegue ver o erro? Pois é...concurso tem dessas coisas. A ESAF é mestre nessas questões. Ela considerou a definição exata da norma.

Letra D.

52. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a

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opção que indica uma exceção à regra de classificação do passivo circulante, segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

a) Depósitos de terceiros e retenções em nome destes, quando a entidade pública for fiel depositária. b) Valores decorrentes das retenções na folha de pagamento de funcionários. c) Restos a pagar não processados, quando a destinação for a transferência de recursos. d) Restos a pagar processados, se o credor for instituição situada fora do país. e) Dívida mobiliária, se o prazo de resgate do título for de até vinte e três meses. Comentários:

Outra idiossincrasia da banca. Exceção à regra de classificação do passivo circulante? O que tem na norma é o seguinte: NBC T 16.2 → Os passivos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:

• Corresponderem a valores exigíveis até o término do exercício seguinte;

• Corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade do setor público for a fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade.

A exceção que a ESAF se refere diz respeito à segunda situação.

Letra A.

53. (APO/MPOG 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito do objeto, regime e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público.

a) O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público alcança a administração direta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como as autarquias a eles pertencentes. b) O regime de competência é obedecido tanto para a despesa quanto para a receita, embora a apuração de resultado se dê pelo regime de caixa. c) Suprimento de fundos, bem como avais, não são objeto da contabilidade aplicada ao setor público em razão dessas operações não afetarem a situação patrimonial líquida do ente. d) O reconhecimento das variações do patrimônio público ocorre somente nas

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autarquias em razão de a administração direta não visar lucro. e) Embora a apuração de resultado possa ocorrer tanto na administração direta quanto na indireta, os ingressos extraorçamentários são reconhecidos somente nesta última. Comentários: A letra A está correta. Segundo a NBC T 16, o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público. Assim, pertencem a este campo de aplicação a administração direta de todos os entes, bem como suas autarquias, fundações públicas e empresas estatais dependentes. Por Campo de Aplicação entendemos o espaço de atuação do Profissional de Contabilidade que demanda estudo, interpretação, identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimoniais em:

• Entidades do setor público; • Ou de entidades que recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou

apliquem recursos públicos, na execução de suas atividades, no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas.

As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:

• Integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; e

• Parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

A letra B está incorreta. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é ramo da Ciência Contábil e obedece a todos os seus princípios na sua integralidade. Era muito comum dizer que a Contabilidade Pública possuía um regime misto, de caixa para as receitas, e de competência para as despesas, em virtude do artigo 35 da lei 4.320/64, que dispõe:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:

I – as receitas nele arrecadadas; e

II – as despesas nele legalmente empenhadas. Entretanto, o artigo 35 diz respeito ao regime orçamentário apenas. Os fatos geradores das receitas e despesas devem ser reconhecidos no momento em que

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ocorrem em obediência ao princípio da competência. A este enfoque do regime da contabilidade pública chamamos de patrimonial. Assim, podemos elaborar o seguinte esquema:

Enfoque Patrimonial

Enfoque Orçamentário

Receita Competência Caixa Despesa Competência Competência

A alternativa é confusa e não aborda os conceitos de maneira detalhada e correta. A letra C está incorreta. Tanto avais quanto os suprimento de fundos são objetos da CASP. A letra D está incorreta. O reconhecimento das variações do patrimônio público ocorre também na administração direta. A letra E está incorreta. Os ingressos extraorçamentários são reconhecidos também na administração direta. Letra A.

54. (Analista Técnico/SUSEP 2010) A respeito da distribuição dos recursos

financeiros às unidades da administração pública, a Lei n. 4.320/64 determina que:

a) as transferências do caixa do Tesouro para as unidades devem obedecer a cronograma financeiro aprovado pelo Presidente da República, mediante decreto. b) as cotas devem obedecer a uma programação mensal aprovada pelo Ministério da Fazenda. c) cotas semestrais devem ser aprovadas para as despesas de custeio e quadrimestrais para as despesas de capital. d) um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar deverá ser aprovado. e) a distribuição de cotas financeiras deve obedecer a periodicidade estabelecida na lei orçamentária anual. Comentários: Questão decoreba. Infelizmente tem disso em concurso. De acordo com o artigo 47 da lei 4.320/64, imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar. Na prática, isso sequer existe mais, mas está na lei.

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Letra D.

55. (Analista Administrativo/ANA 2009) Tendo em vista as disposições da

legislação brasileira e as normas de contabilidade expedidas pela Secretaria do Tesouro Nacional, assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação dessa disciplina no setor público.

a) As entidades cuja maior parte do capital votante pertence ao Estado estão obrigadas a aplicar as regras de contabilidade pública. b) Estão obrigados a aplicar as regras de contabilidade pública os órgãos e entidades que integram o orçamento fiscal e da seguridade social, incluídas aí as empresas estatais dependentes. c) As regras de contabilidade a que estão submetidos os órgãos da administração indireta autárquica não alcançam aquelas operações típicas do setor privado. d) Embora não sejam entidades públicas na sua essência, as entidades filantrópicas são alcançadas por regras de contabilidade pública quando desempenham papel típico do Estado. e) As regras de contabilidade aplicadas ao setor público não se preocupam com a mensuração e evidenciação do patrimônio em razão de o Estado não visar lucro e possuir uma contabilidade orçamentária. Comentários: A letra A está incorreta. A alternativa traz a definição de empresa controlada.

Empresa controlada → a sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.

A empresa controlada só vai pertencer ao campo de aplicação se manipular recurso público. A letra B está correta. Todas as entidades que recebem recursos públicos estão no campo de aplicação da CASP, inclusive aquelas albergadas pelo OF e OSS. Segundo a LDO, art. 6° → Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social compreenderão o conjunto das receitas públicas bem como das despesas dos Poderes e do Ministério Público da União – MPU, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional, devendo a correspondente execução orçamentária e financeira, da receita e da despesa, ser registrada na modalidade total no SIAFI.

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Perceba que o conceito em negrito acima praticamente coincide com o de EED:

Empresa estatal dependente → empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

A letra C está incorreta. Alternativa mal formulada. Todas as operações que possam ser contabilizadas o são de alguma forma. Seja seguindo a contabilidade pública ou a contabilidade empresarial. Além disso, as autarquias, mesmo efetuando operações típicas do setor privado, como a venda de produtos, obedecem às regras da CASP integralmente. A letra D está incorreta. Somente se receberem recursos públicos. A letra E está incorreta. É fato que a contabilidade pública brasileira é muito influenciada pela execução do orçamento, tendo em vista o vulto que o mesmo assume na administração dos órgãos públicos. Apesar disso e ainda que o Estado não vise ao lucro, ele deve mensurar e evidenciar o patrimônio público integralmente. Prova disso é a elaboração das NBCASP e do novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, com enfoque mais patrimonial. A própria lei 4.320/64 estatui que:

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

Letra B.

56. (AFC/CGU 2008) A contabilidade aplicada às entidades públicas diferencia-se dos demais ramos da contabilidade, entre outros, pelo seguinte aspecto:

a) a contabilidade pública não evidencia os resultados do ente público em razão da finalidade do Estado. b) os dispêndios orçamentários são registrados como despesa na contabilidade,

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mesmo que se refiram a gastos que não afetam a situação patrimonial líquida. c) as entidades públicas não se preocupam em evidenciar o seu patrimônio e realizam, somente, os registros decorrentes da execução orçamentária. d) nas entidades públicas, as contas de resultados só registram os fatos decorrentes da execução orçamentária. e) o registro da despesa pública se faz por ocasião do desembolso de recursos. Comentários: A letra A está incorreta. Lei 4.320/64, artigo 85 → Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. LRF, artigo 50 → Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: [...] III – as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente. [...] A letra B está correta. Dispêndios orçamentários são despesas orçamentárias. Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial as despesas são classificadas em efetivas e não efetivas. As primeiras impactam a Situação Líquida Patrimonial, as outras não impactam a SLP. Ambas são registradas como despesa pela contabilidade pública. Na contabilidade geral, somente as despesas efetivas são consideradas despesas. As letras C e D estão incorretas. Na prática, quase todos os registros orbitam em torno da execução do orçamento. No entanto, isto está mudando. A contabilidade pública brasileira está alinhando suas práticas com as normas internacionais e, dessa forma, aproximando-se de uma contabilidade conceitualmente mais patrimonial. A lei 4.320/64 já previa, desde sua edição, o registro dos fatos que afetam o patrimônio, independente da execução do orçamento:

Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência

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ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. A letra E está incorreta. O registro da despesa orçamentária ocorre na liquidação. No entanto, os fatos geradores da despesa devem ser registrados no momento em que ocorrem, em obediência ao princípio contábil da competência. A alternativa não trouxe nem uma coisa, nem outra. Letra B.

57. (APO/MPOG 2008) Assinale a única opção correta. A Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964,

a) foi recepcionada pela ordem constitucional vigente com status de lei ordinária. b) define fundo especial como o produto de receitas específicas que se vinculem, independentemente de lei, à realização de determinados objetivos ou serviços. c) permite que haja deduções nas receitas e despesas que, obrigatoriamente, devam constar da lei orçamentária. d) condiciona o pagamento de uma despesa à sua liquidação e realização, bem como à existência de prévio empenho. e) considera os investimentos, realizados com frequência pelo Estado, como despesas correntes. Comentários: A letra A está incorreta. Apesar de ser uma lei ordinária, a lei 4.320/64 foi recepcionada pela ordem constitucional vigente com o status de lei complementar. A letra B está incorreta. Artigo 71 → constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação. A letra C está incorreta. Artigo 6 → todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções (princípio do Orçamento Bruto). A letra D está correta. Artigo 60 → é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Artigo 62 → o pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. A letra E está incorreta. Os investimentos são despesas de capital. Letra D.

58. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) O campo de atuação da

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contabilidade pública define-se tanto nos atos e fatos objeto de seu registro quanto nas entidades alcançadas pelas suas regras. Assinale a opção em que a entidade não está obrigada, por força de lei, a seguir as regras de contabilidade pública.

a) Autarquias municipais. b) Empresas públicas dependentes. c) Empresas de economia mista não dependentes. d) Fundações instituídas e mantidas pelo poder público. e) Autarquias federais que arrecadem recursos próprios. Comentários: A questão está desatualizada, mas resolvi manter só pra você perceber como o entendimento a respeito do campo de aplicação da contabilidade pública evoluiu. Antigamente, este conceito era mais restrito e basicamente coincidia com as entidades contempladas no Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Assim, ficavam fora do campo de aplicação da CASP as Empresas Estatais Independentes. Portanto, a resposta da nossa questão é a letra C. Entretanto, esse assunto mudou um pouco com o advento da NBC T 16. De acordo com essa norma, o Campo de Aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público.

Entidade do Setor Público → órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

Logo, segundo a NBC T 16, todo aquele que recebe recursos públicos, de qualquer natureza, mesmo que do orçamento de investimentos, são abrangidos pelo campo de aplicação da CASP, ainda que parcialmente, a fim de garantir os procedimentos mínimos à adequada prestação de contas. Letra C.

59. (ACE/TCU 2006 – Adaptada) Na Contabilidade Pública, as contas do Plano

de Contas são separadas em subsistemas de informações, visando facilitar a elaboração dos balanços e demonstrativos. Acerca de tais subsistemas, assinale a opção incorreta.

a) O subsistema orçamentário registra, processa e evidencia os atos e os fatos

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relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. b) O subsistema patrimonial registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. c) O subsistema de custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública. d) O subsistema de compensação registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. e) Os subsistemas não necessitam estar integrados entre si. Comentários: De acordo com a NBC T 16.2, o sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações:

� Orçamentário – registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária;

� Patrimonial – registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público;

� Custos – registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública; e

� Compensação – registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a administração pública sobre:

� Desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão; � Avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho

com relação à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade; � Avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento; e � Avaliação dos riscos e das contingências.

Letra E.

60. (APO/MPOG 2008 – Adaptada) Em relação aos Subsistemas de Informações

previstos na NBC T 16.2, não se pode afirmar que:

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a) o Subsistema Financeiro registra os ingressos e dispêndios de recursos, sejam de natureza orçamentária ou extraorçamentária. b) o Subsistema Patrimonial registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. c) o Subsistema de Custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública. d) o Subsistema Orçamentário registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. e) o Subsistema de Compensação registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Comentários: De acordo com a NBC T 16.2, o sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações: orçamentário, patrimonial, custos e compensação.

Não existe mais o sistema financeiro. As definições de B a E estão perfeitas.

Letra A.

61. (AFC/CGU 2006) A respeito do campo de aplicação da contabilidade pública é correto afirmar que:

a) as autarquias públicas, em razão da sua autonomia administrativa e financeira, podem deixar de aplicar as regras da contabilidade pública. b) as empresas estatais que tiverem recursos consignados no Orçamento Fiscal para o seu aumento de capital devem seguir as regras aplicadas à contabilidade pública. c) uma empresa pública cujos recursos para pagamento de pessoal e outros custeios são oriundos do Orçamento Geral da União está obrigada a seguir as regras de contabilidade pública. d) desde que autorizado pelo Órgão Central de Contabilidade do Sistema de Contabilidade Federal, qualquer ente pertencente à administração indireta poderá deixar de aplicar as regras de contabilidade pública. e) todos os bens e direitos públicos indistintamente são objeto de registro pela contabilidade pública. Comentários:

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A questão também está desatualizada, mas optei por não adaptá-la. Outro grande macete é o seguinte: pessoas jurídicas de direito público geralmente recebem recursos do orçamento. A letra A está incorreta. As autarquias são PJ de direito público e recebem recursos do orçamento, logo devem obedecer às regras da Contabilidade Pública. A letra B foi considerada incorreta. Se a empresa receber recursos do Orçamento Fiscal, independente da aplicação, ela deve observar as regras próprias da CASP, ainda que parcialmente, a fim de garantir a adequada prestação de contas. A questão foi considerada incorreta, pois era comum a afirmação de que, dentre as empresas estatais, apenas as dependentes eram contempladas no campo de aplicação da CASP.

Empresa estatal dependente é a empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

A letra C está correta. Esta alternativa não merece críticas, pois trata de uma EED. A letra D está incorreta. Não funciona assim. Como regra geral, recebeu recursos do Orçamento, o órgão ou entidade deve prestar contas e obedecer às regras da CASP. Tal conduta fere de morte os princípios da transparência e da legalidade. A letra E foi considerada incorreta. Hoje este item ficaria comprometido. Ele trata dos bens de uso comum, que, à época, não eram avaliados. A NBC T 16.10 deu tratamento diferente ao tema: Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. Veremos melhor sobre este último assunto em aula própria. Letra C.

62. (ACE/TCU 2006) De acordo com o que dispõe o art. 35 da Lei n. 4.320/64, conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso País é:

a) misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. b) de competência, para receitas e despesas. c) misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as receitas.

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d) de caixa, para receitas e despesas. e) misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de capital. Comentários: Outra que optei por não adaptar, pois achei uma ótima oportunidade pra te contar como evoluiu esse negócio de regime contábil. Anteriormente, o conceito era seco: regime misto, de caixa para receita e de competência para despesa, tendo em vista o disposto no art. 35 da lei 4.320/64. Por isso a resposta é a letra A. Entretanto, este dispositivo trata apenas do regime orçamentário. A lei 4.320/64 trata da contabilidade em outros dispositivos:

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.

Dessa forma, chegou-se a conclusão de que os procedimentos utilizados na contabilidade pública brasileira estavam inadequados, uma vez que giravam em torno da execução do orçamento apenas, tendo em vista o vulto que este representa para a manutenção dos órgãos públicos. Só que a contabilidade não é somente orçamentária. O compromisso da ciência contábil é com o registro dos fatos no momento em que ocorrem, de forma tempestiva e fidedigna. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, como qualquer outro ramo da contabilidade, aplica os princípios contábeis em sua integralidade. Por isso, tanto a despesa quanto a receita obedecem ao princípio da competência. Mas como funciona essa “obediência ao princípio da competência”. É muito simples pessoal. Ocorreu um fato gerador, ligado tanto à receita quanto à despesa, o mesmo deve ser registrado. A este conceito damos o nome de receita e despesa sob o enfoque patrimonial. No caso da receita, quando de sua arrecadação, é necessário o reconhecimento da

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receita orçamentária e a baixa do registro feito anteriormente. Na despesa funciona da mesma forma. Quando de sua liquidação, é necessário o reconhecimento da despesa orçamentária e a baixa do registro feito anteriormente. Sem maiores detalhes, há situações em que o fato gerador pode ocorrer após o reconhecimento da receita e da despesa orçamentária. Convém apenas que você memorize os exemplos:

Despesa Fato gerador antes da liquidação Provisão para o 13º salário Fato gerador concomitante à liquidação

Caso mais comum. Pagamento de serviços.

Fato gerador depois da liquidação Assinatura de revistas, concessão de suprimento de fundos.

Receita Fato gerador antes da arrecadação IPTU, inscrição da dívida ativa. Fato gerador concomitante à arrecadação

Caso mais comum. Recebimento de serviços.

Fato gerador depois da arrecadação Recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços.

Fica assim então: A receita sob o enfoque patrimonial é reconhecida no momento da ocorrência do fato gerador. A receita orçamentária é reconhecida na arrecadação. A despesa sob o enfoque patrimonial é reconhecida no momento da ocorrência do fato gerador. A despesa orçamentária é reconhecida na liquidação, de acordo com a STN. Hoje em dia, é correto afirmar que o regime misto persiste apenas para o enfoque orçamentário da receita e da despesa. Letra A.

Enfoque Patrimonial

Enfoque Orçamentário

Despesa Fato gerador Liquidação (STN) Empenho (4.320)

Receita Fato gerador Arrecadação

63. (ESAF/AFC/STN 2005) O campo de aplicação da Contabilidade Pública vem-se expandindo nos últimos anos, sobretudo por determinação da legislação

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federal. Assinale a opção que indica os entes incluídos no seu campo de aplicação, em razão da Lei Complementar nº 101/2000 – LRF.

a) Autarquias federais. b) Empresas estatais dependentes. c) Fundações públicas pertencentes aos municípios. d) Empresas controladas pelas instituições financeiras públicas. e) Empresas públicas financeiras. Comentários: Só mantive esta questão tendo em vista seu enunciado, que já em 2005 dizia: “O campo de aplicação da Contabilidade Pública vem-se expandindo nos últimos anos, sobretudo por determinação da legislação federal”. Interessante, não? A LRF incluiu no rol das entidades contempladas no campo de aplicação da Contabilidade Pública as Empresas Estatais Dependentes (EED). Segue abaixo a definição:

Empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

Letra B.

64. (FCC/MPE AP 2012) Em relação à Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC T 16, é correto afirmar que:

a) é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. b) o objetivo é registrar os atos e fatos de natureza orçamentária, financeira, patrimonial e de compensação, demonstrando ao final do exercício o resultado apurado. c) o objeto é registrar e controlar as alterações ocorridas no Patrimônio das Entidades Públicas ou Privadas, desde que recebam e apliquem recursos públicos. d) o objetivo é registrar, controlar e avaliar a regularidade dos atos praticados pelas entidades que recebem, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, inclusive no tocante aos aspectos contábeis da prestação de

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contas. e) é o ramo da ciência contábil que sob o aspecto orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação, aplica os princípios de competência para as despesas e caixa para as receitas, visando demonstrar, ao final do exercício, o superávit ou déficit apurado. Comentários: A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Dessa forma, a letra A está correta, ao passo que a letra E está incorreta. O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Assim, concluímos que as letras B e D estão incorretas. Por fim, o objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio público, o que torna incorreta a letra C. Letra A.

65. (FCC/MPE AP 2012) A Contabilidade Aplicada ao Setor Público fornece aos usuários informações, dentre outras, sobre os resultados alcançados em determinado período, tendo como objeto:

a) o patrimônio das empresas públicas e de economia mista. b) registrar e controlar os atos e fatos relacionados com a gestão orçamentária, financeira e patrimonial da administração direta e indireta. c) o patrimônio público. d) registrar e controlar os atos e fatos relacionados com a gestão orçamentária, financeira e patrimonial somente da administração direta. e) acompanhar e avaliar o planejamento e execução dos orçamentos públicos sob os aspectos orçamentários, financeiros e patrimonial. Comentários: Moleza, né? Objeto → patrimônio público.

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Letra C.

66. (FCC/TJ PE 2012) Em relação às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - NBC T 16 do Conselho Federal de Contabilidade, considere:

I. As pessoas físicas que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público são equiparadas a entidade do setor público para efeito contábil. II. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento público e o seu objetivo é fornecer informações sobre os resultados alcançados pela gestão orçamentária. III. Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar integralmente as normas e as técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público. IV. As transações no setor público de natureza administrativa são aquelas originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência ou não, da execução do orçamento. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. Comentários: O item I está correto. Por Entidade do Setor Público entendemos órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. O item II está incorreto. Objeto da CASP é o patrimônio público. O item III está correto. O campo de aplicação da CASP contempla todas as entidades do setor público. No entanto, nem todas essas entidades observam integralmente as normas e técnicas contábeis desse ramo da ciência contábil. A regra é a seguinte:

� Integralmente → EG (administração direta, autarquias, fundações públicas e EED), serviços sociais e conselhos profissionais.

� Parcialmente → as demais ESP.

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O item IV está incorreto. De acordo com a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas: Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público. Letra B.

67. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, conforme suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

(A) Ativa e Passiva. (B) Orçamentária e Patrimonial. (C) Quantitativa e Qualitativa. (D) Orçamentária e Financeira. (E) Econômico-Financeira e Administrativa. Comentários: De acordo com a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

• Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

• Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público.

As variações patrimoniais são transações que resultam em alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Podem ser:

• Variações quantitativas → decorrentes de transações no setor público que aumentam (aumentativas) ou diminuem (diminutivas) o patrimônio liquido.

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Exemplo: arrecadação de impostos (aumentativas) e pagamento de salários (diminutivas).

• Variações qualitativas → alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Exemplo: compra de um carro. Permuta de dinheiro por um bem.

As variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Letra E.

68. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Em relação ao que estabelece a NBCT 16.4

sobre transações no setor público, considere: I. Os atos e fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais no patrimônio das entidades do setor público são definidos como transações no setor público. II. As transações no setor público, conforme suas características e seus reflexos no patrimônio público, podem ser classificadas nas seguintes naturezas: orçamentárias e extra-orçamentárias. III. As variações quantitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. IV. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais, podendo ou não afetar o patrimônio líquido. V. As transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. Está correto o que se afirma APENAS em

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(A) I, II e III. (B) I, III e V. (C) II e IV. (D) III e V. (E) IV e V. Comentários: A questão praticamente copia a NBC T 16.4. Os itens II e IV estão incorretos. Item II → as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

• Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

• Administrativa → corresponde às transações que não afetam o patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público.

Item IV → entende-se como variações qualitativas aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Transcrevo abaixo os demais dispositivos: As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado (item I). As variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. Entende-se por correlação a vinculação entre as contas de resultado e as patrimoniais, de forma a permitir a identificação dos efeitos nas contas patrimoniais produzidos pela movimentação das contas de resultado. As variações patrimoniais classificam-se em quantitativas e qualitativas. Entende-se como variações quantitativas aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido (item III).

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Entende-se como variações qualitativas aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido (item V). As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas de forma segregada. Letra B.

69. (Minha Autoria) A respeito do Sistema de Custos do Governo Federal, criado

pela portaria STN nº 157/2011, analise as alternativas a seguir e assinale a incorreta:

(A) O Sistema de Custos do Governo Federal visa a evidenciar os custos dos programas e das unidades da administração pública federal. (B) Integram o sistema a Secretaria de Custos do Ministério do Planejamento, como órgão central, e os órgãos setoriais. (C) Na geração de informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade em especial o da competência, devendo ser realizados os ajustes necessários quando algum registro for efetuado de forma diferente. (D) Os órgãos setoriais são as unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, responsáveis pelo acompanhamento de custos no Sistema de Informações de Custos – SIC. (E) A criação do sistema de custos do governo federal tem por objetivo proporcionar conteúdo informacional para subsidiar as decisões governamentais de alocação mais eficiente de recursos e gerar as condições para a melhoria da qualidade do gasto público. Comentários: No âmbito federal, o sistema de custos foi criado pela portaria STN nº 157/2011. Em novembro de 2011 foi publicada a NBC T 16.11, que dispõe sobre Sistema de Informação de Custos do Setor Público (SICSP). Segundo a NBCASP, O SICSP é obrigatório em todas as entidades do setor público. Vejamos nossas alternativas: Letra A → correta. Cópia do artigo 2º da Portaria STN nº 157/2011.

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Letra B → incorreta. Segundo o artigo 3º da referida portaria, integram o sistema de custos do governo federal: I - a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, como órgão central; e II - os órgãos setoriais. Letra C → correta. Esta alternativa foi extraída da NBC T 16.11, item 14. Letra D → correta. Vejamos o que diz a portaria: Artigo 3º, §1º. Os órgãos setoriais são as unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, responsáveis pelo acompanhamento de custos no Sistema de Informações de Custos – SIC. §2º. As unidades de gestão interna do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público da União poderão integrar o Sistema de Custos do Governo Federal como órgãos setoriais. Letra E → correta. Também extraída da portaria, disposições iniciais. Como pôde perceber, a questão girou em torno de uma portaria que possui exatamente 1 (uma) página. Vale muito a pena ser lida! Letra B.

70. (FUNCAB/IDAF ES 2010) Assinale a opção INCORRETA com base na Lei nº 10.180/2001.

a) O Sistema de Contabilidade Federal visa evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. b) O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União. c) Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União. d) Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional todos os representantes nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas ou não pela União. e) O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas. Comentários:

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As letras A e B estão corretas. Os artigos 14 e 15 da lei 10.180/2001 trazem as finalidades do Sistema de Contabilidade Federal: Art. 14. O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar: I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamentais e os seus efeitos sobre a estrutura do patrimônio da União; II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes de créditos adicionais, as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e paga à conta desses recursos e as respectivas disponibilidades; III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados; IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações; V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal; VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação beneficiada; VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais. Parágrafo único. As operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira não compreendidas na execução orçamentária serão, também, objeto de registro, individualização e controle contábil. A letra C está correta. O artigo 18 da referida lei dispõe sobre as competências das unidades responsáveis pelo SCF. Art. 18. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal: I - manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União; II - estabelecer normas e procedimentos para o adequado registro contábil dos atos e dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal; III - com base em apurações de atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, efetuar os registros pertinentes e adotar as providências necessárias à responsabilização do agente, comunicando o fato à autoridade a quem o

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responsável esteja subordinado e ao órgão ou unidade do Sistema de Controle Interno; IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de informação que permitam realizar a contabilização dos atos e fatos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial da União e gerar informações gerenciais necessárias à tomada de decisão e à supervisão ministerial; V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao erário; VI - elaborar os Balanços Gerais da União; VII - consolidar os balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com vistas à elaboração do Balanço do Setor Público Nacional; VIII - promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos de contabilidade. A letra D está incorreta. Ela trata do Sistema de Administração Financeira Federal. O erro reside no fato de que, neste contexto, as entidades da administração indireta devem ser sempre controladas pela União, de forma direta ou indireta. Vejamos: Art. 13. Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional os representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas direta ou indiretamente pela União. Parágrafo único. Os representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais deverão ser, preferencialmente, servidores integrantes da carreira Finanças e Controle que não estejam em exercício nas áreas de controle interno no ministério ou órgão equivalente ao qual a entidade esteja vinculada. A letra E está correta. A lei 10.180/2001, no seu artigo 9º, traz a finalidade do Sistema de Administração Financeira Federal, qual seja: Art. 9º O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas. Letra D.

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C. Resumo da aula

Contabilidade Pública CASP → é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Objeto da CASP → patrimônio público. Campo de aplicação da CASP → todas as entidades do setor público:

• Integralmente → Entidades Governamentais + Sistema S + Conselhos Profissionais.

• Parcialmente → demais (prestação de contas e instrumentalização do

controle social). Utilizou recurso público está no campo de aplicação da Contabilidade Pública. EED e autarquias → integralmente. EEI → parcialmente. Objetivo CASP → suporte = tomada de decisão + prestação de contas + instrumentalização do controle social. STN → órgão central do Sistema de Contabilidade Federal e do Sistema de Administração Federal. Ambos esses sistemas possuem órgãos setoriais, subordinados tecnicamente à STN, sem prejuízo da respectiva subordinação hierárquica. Regime da contabilidade pública: Falou em fato gerador → regime da competência. Falou em entrada e saída de recursos → regime de caixa. Receita orçamentária → arrecadação → regime de caixa. Despesa orçamentária → liquidação (STN) ou empenho (lei 4.320/64) → regime da competência. Os fatos geradores da receita e da despesa devem ser contabilizados no momento em que ocorrem, independentemente de execução orçamentária.

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Sistema Contábil É único e dividido em:

� Orçamentário → registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.

� Patrimonial → registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.

� Custos → registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.

� Compensação → registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

Sistema de custos Custos → principal medida de desempenho para o gestor público. Melhora a transparência e a eficiência das entidades públicas. Comparabilidade → característica mais relevante da informação de custos. Permite comparar as entidades entre si. Na geração da informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade, em especial o da competência. O orçamento público representa a forma típica da alocação dos recursos públicos que não demandam a contrapartida da população. O sistema deverá gerar relatórios que mensurem, no mínimo, os custos por programa e unidade administrativa. A criação do Sistema de Custos teve a intenção de atender vários normativos, tais como: lei 4.320/64, DL 200/67, LRF e lei 10.180/2001. O SICSP seja obrigatório em todas as entidades do setor público. O Sistema de Custos, em âmbito federal, foi instituído pela portaria STN 157/2011, colocando a Secretaria do Tesouro Nacional como órgão central do sistema. A operacionalização do Sistema de Custos do Governo Federal é realizada mediante ajustes das informações referentes à execução do orçamento de modo a aproximá-las ao regime da competência.

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O sistema de informação de custos deve ser apoiado em três elementos essenciais: sistema de acumulação, sistema de custeio e método de custeio. Variações Patrimoniais Segundo a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas naturezas econômico-financeira (alterações qualitativas e quantitativas) e administrativa.

As variações patrimoniais podem ser:

As variações patrimoniais quantitativas aumentativas correspondem às receitas sob o enfoque patrimonial. As variações patrimoniais quantitativas diminutivas correspondem às despesas sob o enfoque patrimonial. Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas.

Valores de terceiros → são aqueles em que a entidade do setor público responde

como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido.

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D. Normas correlatas

• NBC T 16.1, 16.2, 16.4, 16.5 e 16.11. • Lei 4320/64 → artigos 35, 83 a 100 e 106. • MCASP, parte II → 02.03.00, 02.04.00 e 02.11.00. • LRF, artigo 50. • Portaria MF 184/2008. • Portaria STN 157/2011.

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E. Questões sem os comentários

(CESPE/TCE ES 2012) Com relação as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor publico, julgue os itens que se seguem.

1. Os registros, processamentos e evidenciações dos custos de bens e serviços produzidos e ofertados a sociedade pela entidade publica são finalidades do subsistema de informações patrimoniais.

(CESPE/TRE RJ 2012) Acerca de patrimônio público e variações patrimoniais, julgue os itens a seguir.

2. O bem intangível, como integrante do patrimônio público, é objeto da contabilidade pública.

(CESPE/ANCINE 2012) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens.

3. As variações patrimoniais classificam-se em quantitativas, caso resultem em aumento ou diminuição do patrimônio líquido, ou em qualitativas, caso alterem a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

4. O orçamento público, no qual se estimam as receitas e se fixam as despesas,

é o objeto da contabilidade pública.

5. O subsistema de informações patrimoniais evidencia os atos de gestão que possam afetar o patrimônio público no futuro.

(CESPE/AFCE/TCU 2011) Julgue os itens consecutivos, referentes à análise das demonstrações contábeis do setor público.

6. A contabilidade pública deve permitir o acompanhamento da execução orçamentária, a determinação dos custos industriais, o levantamento das demonstrações contábeis, a análise e interpretação dos resultados econômicos e financeiros, além de evidenciar o montante dos créditos orçamentários vigentes.

7. O regime contábil da contabilidade pública no Brasil adota a competência

para as receitas e o regime de caixa para despesas. (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2011) Acerca do conceito, objetivo e campo de atuação da contabilidade aplicada ao setor público, segundo as normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens a seguir.

8. Entre os objetivos da contabilidade pública, está o fornecimento aos usuários de informações sobre os aspectos de natureza física do patrimônio da

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entidade.

9. Os serviços sociais não estão entre as entidades abrangidas pelo campo de aplicação da contabilidade pública.

10. No processo gerador de informações, a contabilidade pública deve aplicar os

princípios fundamentais de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial das entidades do setor público.

(CESPE/AJAA – Contabilidade/TRE ES 2011) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público (NBCASP) e na Lei nº 4.320/1964, julgue os itens subsequentes.

11. De acordo com a lei em apreço, serão objeto de registro, individuação e controle contábil todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, ainda que não compreendidas na execução orçamentária.

12. De acordo com as NBCASP, os serviços sociais devem observar

integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público.

13. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência – Contábeis/ABIN 2010) As empresas

públicas com personalidade jurídica de direito privado podem, sob determinadas circunstâncias, estar sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública.

(CESPE/Contador/MS 2010) Com relação ao registro das variações patrimoniais nas entidades públicas, julgue os itens a seguir.

14. De acordo com o critério do impacto provocado na situação líquida, as variações patrimoniais dividem-se em variações aumentativas e variações diminutivas.

15. As variações patrimoniais quantitativas alteram a composição dos

elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

16. (CESPE/Analista de Controle Interno – Finanças Públicas/SEC GE 2010) De acordo com o disposto na NBC T 16.1 do Conselho Federal de Contabilidade, assinale a opção correta acerca do conceito, do objetivo e da especialidade da contabilidade pública.

A Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. B A divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público não resultará

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em novas unidades contábeis. C São considerados patrimônio público os direitos e bens, tangíveis e intangíveis, que representem ou não um fluxo de benefícios presente ou futuro inerente à prestação de serviços públicos. D As pessoas físicas que recebem subvenções ou incentivos fiscais de órgão público não se equiparam, para efeito contábil, às entidades do setor público, uma vez que não estão no campo de aplicação da contabilidade pública. E No setor público, são considerados recursos controlados os ativos em que a entidade, mesmo sem ter o direito de propriedade, detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes.

17. (CESPE/Contador/DPU 2010) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, assinale a opção correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de aplicação da contabilidade pública.

A Independentemente do escopo, todas as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público. B A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que adota no processo gerador de informações, as normas fiscais direcionadas ao controle da receita e da despesa das entidades do setor público. C As pessoas físicas não se equiparam, para efeito contábil, a entidades do setor público, ainda que recebam subvenção, benefício, ou incentivo (fiscal ou creditício) de órgão público. D O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o planejamento feito pela administração pública para atender, durante determinado período, aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos. E Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor público é o de fornecer o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

18. (CESPE/Contador/DPU 2010) Considerando a Lei n.º 4.320/1964, assinale a opção correta com relação à contabilidade.

A Somente os serviços públicos industriais organizados como empresa pública ou autárquica manterão contabilidade especial para determinação dos custos. B Somente serão objeto de registro e controle contábil as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira compreendidas na execução orçamentária.

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C As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução, não constituirão elementos da conta patrimonial. D Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se a sua efetivação. E As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas às contas de resultado. (CESPE/Consultor do Executivo/SEFAZ ES 2010) De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade que estabelece a conceituação, o objeto e o campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, julgue os itens a seguir.

19. A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que emprega, no processo gerador de informações, as técnicas próprias da execução orçamentária e financeira direcionadas para a adequada prestação de contas.

20. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange

todas as entidades do setor público, que devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade pública.

(CESPE/Analista em Gestão Administrativa/SAD PE 2009) Acerca da Norma Brasileira de Contabilidade que trata das transações do setor público, julgue os itens.

21. De acordo com suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas em orçamentárias e extraorçamentárias.

22. As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos

elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado.

23. As variações patrimoniais que afetam o patrimônio líquido devem manter

correlação com as respectivas contas de resultado.

24. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais diminuindo ou aumentando o patrimônio líquido.

25. As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas

de forma consolidada.

26. (CESPE/Auditor/FUB 2009) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da contabilidade governamental é o orçamento público.

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(CESPE/ AGA/SAD PE 2009) No que se refere à conceituação, ao objeto e ao campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, segundo as normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens.

27. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio público.

28. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange apenas os órgãos, os fundos e as pessoas jurídicas de direito público.

29. Não se equiparam como entidade do setor público, para efeito contábil, as

pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

30. Os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e

técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

31. É classificada como unificada a unidade contábil que representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais unidades contábeis originárias.

(CESPE/Analista de Controle Interno/SAD PE 2009) Acerca do conceito, do objetivo e da especialidade da contabilidade segundo as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os itens.

32. Contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que, no processo gerador de informações, põe em prática os princípios fundamentais de contabilidade direcionados ao controle do orçamento público.

33. O campo da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as

entidades do setor público.

34. Os serviços sociais públicos devem observar, parcialmente, as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público para adotarem procedimentos de prestação de contas e de instrumentalização do controle social.

35. É classificada como unificada a unidade contábil que representa o

patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas.

36. A soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público não resulta em novas unidades contábeis.

(CESPE/Analista Judiciário/TRE BA 2009) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade, julgue o item a seguir, relativo ao objeto da contabilidade aplicada ao setor público.

37. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento público, evidenciando, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários

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vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

38. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC 2009) A contabilidade aplicada ao

setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa.

(CESPE/Contador/UNIPAMPA 2009) Julgue os itens a seguir, consoante o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

39. O objeto da contabilidade pública é o patrimônio público, entendido como o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não.

40. O campo de atuação da contabilidade pública abrange todas as entidades do

setor público, que devem observar integralmente suas normas e técnicas próprias.

(CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009) De acordo com a estrutura do sistema contábil contemplado nas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens.

41. O sistema contábil está estruturado nos subsistemas de informação orçamentário, financeiro, patrimonial, de custos e de compensação.

42. Os subsistemas contábeis devem ser independentes entre si e de outros

subsistemas de informações.

43. (ESAF/CGU 2012) Examine os itens a seguir a respeito dos conceitos e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, assinale Verdadeiro(V) ou Falso(F) e escolha a opção que indica a sequência correta.

I. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público abrange todas as entidades do setor público; II. A função social da contabilidade aplicada ao setor público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias para a tomada de decisão; III. Ocorre o surgimento de novas unidades contábeis quando se procede à soma, agregação ou divisão do patrimônio de uma ou mais entidades; IV. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público são os recursos públicos. a) V, V, F, F b) F, F, V, F c) V, V, V, F

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d) V, F, V,V e) V, V, V,V

44. (ESAF/MDIC 2012) Tendo por base as definições das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP, assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

a) As entidades privadas que recebam transferências de recursos públicos devem observar integralmente suas normas e técnicas no registro das transações relacionadas a estes recursos. b) Os serviços sociais autônomos e entidades governamentais devem aplicar integralmente as normas e técnicas desse ramo da contabilidade. c) É opcional o uso de suas normas e técnicas pelos conselhos de profissionais desde que as técnicas por eles adotadas proporcionem a evidenciação do patrimônio. d) Abrange integralmente qualquer ente, governamental ou não, que gerencie ou aplique recursos públicos. e) A observação de suas normas e técnicas está condicionada à adesão e uso dos sistemas contábeis governamentais.

45. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção correta a respeito das regras para a classificação dos elementos patrimoniais das entidades públicas.

a) No ativo financeiro deve ser observado, além da conversibilidade, a origem dos recursos. b) Na classificação dos bens de uso nas atividades finalísticas da entidade, a duração do ativo é o principal atributo a ser observado. c) O atributo exigibilidade do passivo não deve ser observado se o credor for uma entidade pública da mesma esfera de governo. d) A segregação tanto do ativo quanto do passivo deve obedecer aos atributos financeiro e não financeiro. e) A classificação deve observar a segregação em circulante e não circulante com base nos atributos de conversibilidade e exigibilidade.

46. (ESAF/MDIC 2012) A respeito das variações patrimoniais dos entes submetidos às regras da contabilidade aplicada ao setor público, é correto afirmar, exceto:

a) classificar as variações patrimoniais em qualitativas e quantitativas implica em

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reconhecer que os fatos administrativos repercutem no patrimônio do ente, embora muitos destes não alterem a situação patrimonial líquida. b) as receitas e despesas patrimoniais são variações do patrimônio que não se confundem com as receitas e despesas orçamentárias. c) as variações patrimoniais compostas são aquelas que alteram a composição qualitativa e também modificam quantitativamente o patrimônio. d) variações patrimoniais quantitativas são aquelas que têm repercussão orçamentária enquanto as variações qualitativas são de caráter extraorçamentário. e) as variações patrimoniais quantitativas diminutivas resultantes da execução orçamentária são despesas efetivas do ponto de vista patrimonial.

47. (ESAF/MDIC 2012) A respeito do sistema de custos instituído pelo governo federal, é correto afirmar, exceto:

a) os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário o integram com seus próprios órgãos centrais. b) sua instituição atende exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. c) é um subsistema organizacional da administração federal e está vinculado ao sistema de contabilidade federal. d) um dos seus principais objetivos é o acompanhamento e avaliação da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. e) elaborar estudos e propor melhorias com vistas ao aperfeiçoamento da informação de custos é uma atribuição dos órgãos setoriais.

48. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a opção que indica um conjunto de entidades que estão dentro do campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público.

a) Empresas públicas financeiras, autarquias e entidades da administração direta do Poder Executivo. b) Empresas públicas dependentes, órgãos da administração direta e autarquias. c) Órgãos do Poder Judiciário, empresas estatais de qualquer natureza e fundações públicas. d) Organizações não governamentais mantidas com recursos públicos, empresas públicas não financeiras e autarquias. e) Unidades gestoras da administração direta, consórcios públicos e empresas

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estatais não dependentes.

49. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) A respeito das regras gerais estabelecidas pela Lei n° 4.320/64 para a estruturação e realização da contabilidade dos entes públicos, é correto afirmar, exceto:

a) é obrigatório o registro dos bens móveis e imóveis, mesmo que de forma sintética. b) os entes públicos que exercem atividade industrial, independentemente da sua forma de organização, deverão manter registros contábeis que permita a apuração dos custos. c) a contabilização da receita e da despesa deverá seguir as especificações da lei orçamentária. d) é permitido o uso do método das partidas simples para a contabilidade patrimonial desde que esta seja realizada de forma sintética. e) no registro dos restos a pagar, é obrigatória a identificação do credor.

50. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) São finalidades do controle interno sob o enfoque contábil, exceto:

a) proporcionar mecanismos de correção tempestiva de desvios e condutas. b) contribuir com a eficiência operacional da entidade. c) salvaguardar os ativos e assegurar veracidade aos componentes patrimoniais. d) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas. e) estimular adesão às normas e diretrizes fixadas pela entidade.

51. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, o patrimônio líquido das entidades públicas é definido por:

a) diferença entre o ativo e o passivo. b) capital mais as eventuais participações em empresas e outras entidades públicas. c) capital, resultados dos exercícios e resultado das participações. d) valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

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e) capital adicionado dos resultados dos exercícios.

52. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a opção que indica uma exceção à regra de classificação do passivo circulante, segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

a) Depósitos de terceiros e retenções em nome destes, quando a entidade pública for fiel depositária. b) Valores decorrentes das retenções na folha de pagamento de funcionários. c) Restos a pagar não processados, quando a destinação for a transferência de recursos. d) Restos a pagar processados, se o credor for instituição situada fora do país. e) Dívida mobiliária, se o prazo de resgate do título for de até vinte e três meses.

53. (APO/MPOG 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito do objeto, regime e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público.

a) O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público alcança a administração direta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como as autarquias a eles pertencentes. b) O regime de competência é obedecido tanto para a despesa quanto para a receita, embora a apuração de resultado se dê pelo regime de caixa. c) Suprimento de fundos, bem como avais, não são objeto da contabilidade aplicada ao setor público em razão dessas operações não afetarem a situação patrimonial líquida do ente. d) O reconhecimento das variações do patrimônio público ocorre somente nas autarquias em razão de a administração direta não visar lucro. e) Embora a apuração de resultado possa ocorrer tanto na administração direta quanto na indireta, os ingressos extraorçamentários são reconhecidos somente nesta última.

54. (Analista Técnico/SUSEP 2010) A respeito da distribuição dos recursos

financeiros às unidades da administração pública, a Lei n. 4.320/64 determina que:

a) as transferências do caixa do Tesouro para as unidades devem obedecer a cronograma financeiro aprovado pelo Presidente da República, mediante decreto. b) as cotas devem obedecer a uma programação mensal aprovada pelo Ministério da Fazenda.

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c) cotas semestrais devem ser aprovadas para as despesas de custeio e quadrimestrais para as despesas de capital. d) um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar deverá ser aprovado. e) a distribuição de cotas financeiras deve obedecer a periodicidade estabelecida na lei orçamentária anual.

55. (Analista Administrativo/ANA 2009) Tendo em vista as disposições da

legislação brasileira e as normas de contabilidade expedidas pela Secretaria do Tesouro Nacional, assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação dessa disciplina no setor público.

a) As entidades cuja maior parte do capital votante pertence ao Estado estão obrigadas a aplicar as regras de contabilidade pública. b) Estão obrigados a aplicar as regras de contabilidade pública os órgãos e entidades que integram o orçamento fiscal e da seguridade social, incluídas aí as empresas estatais dependentes. c) As regras de contabilidade a que estão submetidos os órgãos da administração indireta autárquica não alcançam aquelas operações típicas do setor privado. d) Embora não sejam entidades públicas na sua essência, as entidades filantrópicas são alcançadas por regras de contabilidade pública quando desempenham papel típico do Estado. e) As regras de contabilidade aplicadas ao setor público não se preocupam com a mensuração e evidenciação do patrimônio em razão de o Estado não visar lucro e possuir uma contabilidade orçamentária.

56. (AFC/CGU 2008) A contabilidade aplicada às entidades públicas diferencia-se dos demais ramos da contabilidade, entre outros, pelo seguinte aspecto:

a) a contabilidade pública não evidencia os resultados do ente público em razão da finalidade do Estado. b) os dispêndios orçamentários são registrados como despesa na contabilidade, mesmo que se refiram a gastos que não afetam a situação patrimonial líquida. c) as entidades públicas não se preocupam em evidenciar o seu patrimônio e realizam, somente, os registros decorrentes da execução orçamentária. d) nas entidades públicas, as contas de resultados só registram os fatos decorrentes da execução orçamentária.

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e) o registro da despesa pública se faz por ocasião do desembolso de recursos.

57. (APO/MPOG 2008) Assinale a única opção correta. A Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964,

a) foi recepcionada pela ordem constitucional vigente com status de lei ordinária. b) define fundo especial como o produto de receitas específicas que se vinculem, independentemente de lei, à realização de determinados objetivos ou serviços. c) permite que haja deduções nas receitas e despesas que, obrigatoriamente, devam constar da lei orçamentária. d) condiciona o pagamento de uma despesa à sua liquidação e realização, bem como à existência de prévio empenho. e) considera os investimentos, realizados com frequência pelo Estado, como despesas correntes.

58. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) O campo de atuação da contabilidade pública define-se tanto nos atos e fatos objeto de seu registro quanto nas entidades alcançadas pelas suas regras. Assinale a opção em que a entidade não está obrigada, por força de lei, a seguir as regras de contabilidade pública.

a) Autarquias municipais. b) Empresas públicas dependentes. c) Empresas de economia mista não dependentes. d) Fundações instituídas e mantidas pelo poder público. e) Autarquias federais que arrecadem recursos próprios.

59. (ACE/TCU 2006 – Adaptada) Na Contabilidade Pública, as contas do Plano

de Contas são separadas em subsistemas de informações, visando facilitar a elaboração dos balanços e demonstrativos. Acerca de tais subsistemas, assinale a opção incorreta.

a) O subsistema orçamentário registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. b) O subsistema patrimonial registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. c) O subsistema de custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e

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serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública. d) O subsistema de compensação registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. e) Os subsistemas não necessitam estar integrados entre si.

60. (APO/MPOG 2008 – Adaptada) Em relação aos Subsistemas de Informações

previstos na NBC T 16.2, não se pode afirmar que: a) o Subsistema Financeiro registra os ingressos e dispêndios de recursos, sejam de natureza orçamentária ou extraorçamentária. b) o Subsistema Patrimonial registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. c) o Subsistema de Custos registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública. d) o Subsistema Orçamentário registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. e) o Subsistema de Compensação registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.

61. (AFC/CGU 2006) A respeito do campo de aplicação da contabilidade pública é correto afirmar que:

a) as autarquias públicas, em razão da sua autonomia administrativa e financeira, podem deixar de aplicar as regras da contabilidade pública. b) as empresas estatais que tiverem recursos consignados no Orçamento Fiscal para o seu aumento de capital devem seguir as regras aplicadas à contabilidade pública. c) uma empresa pública cujos recursos para pagamento de pessoal e outros custeios são oriundos do Orçamento Geral da União está obrigada a seguir as regras de contabilidade pública. d) desde que autorizado pelo Órgão Central de Contabilidade do Sistema de Contabilidade Federal, qualquer ente pertencente à administração indireta poderá deixar de aplicar as regras de contabilidade pública. e) todos os bens e direitos públicos indistintamente são objeto de registro pela contabilidade pública.

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62. (ACE/TCU 2006) De acordo com o que dispõe o art. 35 da Lei n. 4.320/64,

conclui-se que o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública em nosso País é:

a) misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as despesas. b) de competência, para receitas e despesas. c) misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as receitas. d) de caixa, para receitas e despesas. e) misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de competência para as receitas e despesas de capital.

63. (ESAF/AFC/STN 2005) O campo de aplicação da Contabilidade Pública vem-se expandindo nos últimos anos, sobretudo por determinação da legislação federal. Assinale a opção que indica os entes incluídos no seu campo de aplicação, em razão da Lei Complementar nº 101/2000 – LRF.

a) Autarquias federais. b) Empresas estatais dependentes. c) Fundações públicas pertencentes aos municípios. d) Empresas controladas pelas instituições financeiras públicas. e) Empresas públicas financeiras.

64. (FCC/MPE AP 2012) Em relação à Contabilidade Aplicada ao Setor Público, em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC T 16, é correto afirmar que:

a) é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. b) o objetivo é registrar os atos e fatos de natureza orçamentária, financeira, patrimonial e de compensação, demonstrando ao final do exercício o resultado apurado. c) o objeto é registrar e controlar as alterações ocorridas no Patrimônio das Entidades Públicas ou Privadas, desde que recebam e apliquem recursos públicos. d) o objetivo é registrar, controlar e avaliar a regularidade dos atos praticados pelas entidades que recebem, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem

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recursos públicos, inclusive no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas. e) é o ramo da ciência contábil que sob o aspecto orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação, aplica os princípios de competência para as despesas e caixa para as receitas, visando demonstrar, ao final do exercício, o superávit ou déficit apurado.

65. (FCC/MPE AP 2012) A Contabilidade Aplicada ao Setor Público fornece aos usuários informações, dentre outras, sobre os resultados alcançados em determinado período, tendo como objeto:

a) o patrimônio das empresas públicas e de economia mista. b) registrar e controlar os atos e fatos relacionados com a gestão orçamentária, financeira e patrimonial da administração direta e indireta. c) o patrimônio público. d) registrar e controlar os atos e fatos relacionados com a gestão orçamentária, financeira e patrimonial somente da administração direta. e) acompanhar e avaliar o planejamento e execução dos orçamentos públicos sob os aspectos orçamentários, financeiros e patrimonial.

66. (FCC/TJ PE 2012) Em relação às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - NBC T 16 do Conselho Federal de Contabilidade, considere:

I. As pessoas físicas que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público são equiparadas a entidade do setor público para efeito contábil. II. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento público e o seu objetivo é fornecer informações sobre os resultados alcançados pela gestão orçamentária. III. Os serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar integralmente as normas e as técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público. IV. As transações no setor público de natureza administrativa são aquelas originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência ou não, da execução do orçamento. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II e III.

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d) II e IV. e) III e IV.

67. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, conforme suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

(A) Ativa e Passiva. (B) Orçamentária e Patrimonial. (C) Quantitativa e Qualitativa. (D) Orçamentária e Financeira. (E) Econômico-Financeira e Administrativa.

68. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Em relação ao que estabelece a NBCT 16.4

sobre transações no setor público, considere: I. Os atos e fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais no patrimônio das entidades do setor público são definidos como transações no setor público. II. As transações no setor público, conforme suas características e seus reflexos no patrimônio público, podem ser classificadas nas seguintes naturezas: orçamentárias e extraorçamentárias. III. As variações quantitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. IV. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais, podendo ou não afetar o patrimônio líquido. V. As transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, III e V. (C) II e IV. (D) III e V. (E) IV e V.

69. (Minha Autoria) A respeito do Sistema de Custos do Governo Federal, criado

pela portaria STN nº 157/2011, analise as alternativas a seguir e assinale a incorreta:

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(A) O Sistema de Custos do Governo Federal visa a evidenciar os custos dos programas e das unidades da administração pública federal. (B) Integram o sistema a Secretaria de Custos do Ministério do Planejamento, como órgão central, e os órgãos setoriais. (C) Na geração de informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade em especial o da competência, devendo ser realizados os ajustes necessários quando algum registro for efetuado de forma diferente. (D) Os órgãos setoriais são as unidades de gestão interna dos Ministérios e da Advocacia-Geral da União, responsáveis pelo acompanhamento de custos no Sistema de Informações de Custos – SIC. (E) A criação do sistema de custos do governo federal tem por objetivo proporcionar conteúdo informacional para subsidiar as decisões governamentais de alocação mais eficiente de recursos e gerar as condições para a melhoria da qualidade do gasto público.

70. (FUNCAB/IDAF ES 2010) Assinale a opção INCORRETA com base na Lei nº 10.180/2001.

a) O Sistema de Contabilidade Federal visa evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União. b) O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União. c) Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União. d) Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional todos os representantes nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas ou não pela União. e) O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas.

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F. Gabarito

1 E 15 E 29 E 43 C 57 D 2 C 16 E 30 E 44 B 58 C 3 C 17 E 31 E 45 E 59 E 4 E 18 D 32 E 46 D 60 A 5 E 19 E 33 C 47 A 61 C 6 C 20 E 34 E 48 B 62 A 7 E 21 E 35 E 49 D 63 B 8 C 22 C 36 E 50 A 64 A 9 E 23 E 37 E 51 D 65 C 10 C 24 E 38 C 52 A 66 B 11 C 25 E 39 C 53 A 67 E 12 C 26 E 40 E 54 D 68 B 13 C 27 C 41 E 55 B 69 B 14 C 28 E 42 E 56 B 70 D

Muita luz! Abs! Igor.

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AULA EXTRA – RECEITA E DESPESA

Olás, Achei interessante ministrar uma aula extra para você sobre receita e despesa orçamentária, com conhecimentos mínimos que te permitam estudar com maior fluidez as demais aulas. Espero que ajude. Abs! Igor.

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A. Receita Os ingressos de recursos nos cofres públicos, ou receitas públicas em sentido amplo, podem ser classificados em orçamentários e extraorçamentários. Os orçamentários são as receitas orçamentárias, ou receitas públicas em sentido estrito, que fazem face às despesas orçamentárias. Os ingressos extraorçamentários são recursos que aumentam as disponibilidades do ente, mas não se incorporam de maneira definitiva ao seu patrimônio. São recursos transitórios, que pertencem a terceiros e o ente responde apenas como fiel depositário.

Vejamos alguns exemplos de ingressos extraorçamentários: inscrição de restos a pagar, operações de crédito por antecipação de receita (ARO), depósitos, cauções, consignações e salário-família. Fato interessante é que as receitas orçamentárias, para serem classificadas como tal, não necessitam estar previstas previamente no orçamento. Basta que os recursos sejam arrecadados para que sejam classificados como receita orçamentária, em obediência ao disposto no artigo 57 da lei 4.320/64. Um bom exemplo seriam as multas de trânsito. O excesso de multas não previstas, ou melhor, o excesso de arrecadação é receita orçamentária, independentemente de previsão. O emprego desse excesso de arrecadação é por intermédio da abertura de um crédito adicional. Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, as receitas orçamentárias são classificadas em efetivas e não efetivas. As efetivas causam impacto positivo na situação líquida patrimonial (SLP) do ente. As outras não. Mas por que reconhecer como receita um fato que não gera impacto na situação líquida? Por uma exigência da lei 4.320/64. Ela determina que fatos permutativos como operações de crédito, alienação de bens e amortização de empréstimos sejam reconhecidos como receitas orçamentárias. No entanto, estes fatos não são receitas sob a ótica da ciência contábil. Assim, para harmonizar as duas exigências, contábeis e legais (4.320/64), estes fatos são registrados através de lançamentos específicos como receitas orçamentárias, sem, no entanto, afetar a SLP.

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Memorize que:

• Receita efetiva → causa impacto na situação líquida patrimonial. Variação patrimonial quantitativa aumentativa. Os conceitos contábeis e legais se encontram. Ex.: Serviços.

• Receita não efetiva → não causa impacto na situação líquida

patrimonial. Fato permutativo. Variação patrimonial qualitativa. Não é receita pela ótica contábil ou patrimonial. Ex.: Alienação de bens e amortização de empréstimos.

Quanto à coercitividade, as receitas são classificadas em originárias e derivadas. Nas primeiras o Estado se iguala ao particular, como na receita de aluguel. Nas derivadas o Estado usa de seu poder coercitivo para arrecadar (impostos). Quanto à sua natureza, as receitas orçamentárias obedecem à seguinte codificação: C.O.E.R.AA.SS.

Vejamos cada letrinha dessa o que é:

Categoria → são categorias econômicas da receita as receitas correntes e de capital. Origem → a origem é uma divisão das categorias:

• Receitas Correntes: tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços, transferências e outras receitas correntes (TRICOPAIS Transferências Outras).

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• Receitas de capital: operações de crédito, alienação de bens,

amortização de empréstimos, transferências e outras receitas de capital (OPALIAMOR Transferências Outras).

Segundo a lei 4.320/64, o Superávit do Orçamento Corrente, resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, não constitui item de receita orçamentária e é receita de capital. Esta associação foi feita, pois, geralmente, o excesso de receitas correntes é usado para cobrir déficits de capital. O SOC não constitui item da receita orçamentária, pois as receitas e despesas que o compõem já foram apuradas e caso fossem consideradas orçamentárias novamente, haveria uma duplicidade na apuração. Geralmente associamos as receitas efetivas com as receitas correntes, mas há receitas de capital efetivas, como as transferências de capital.

Geralmente associamos as receitas não-efetivas com as receitas de capital, mas há receitas correntes não-efetivas, como decorrentes do recebimento da dívida ativa.

As outras letrinhas são as espécies, rubricas, alíneas e subalíneas e representam um desdobramento das “letras” anteriores. Passemos agora às etapas da receita orçamentária. São elas: planejamento, execução e controle e avaliação. O planejamento representa a projeção (previsão) das receitas orçamentárias segundo as regras da LRF artigos 11, 12 e 13. A execução é dividida em lançamento, arrecadação e recolhimento. Lançamento → é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Existem algumas receitas que não percorrem esta fase, conforme artigo 52 da lei 4.320/64, que dispõe são objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. Impostos indiretos como o IPI e o ICMS não são objeto de lançamento. Arrecadação → é a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores, aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. Recolhimento → é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e

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programação financeira, observando-se o Princípio da Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente. A receita se liga à despesa por meio da classificação por fontes ou destinação de recursos. Exemplo: 40% do imposto X será empregado na despesa Y. Por fim, resta saber que quando o Estado arrecada mais do que deveria, ou seja, quando avança sobre o patrimônio de alguém, ele deve restituir esses valores. A restituição de receitas recebidas em qualquer exercício é feita por dedução da respectiva receita.

B. Despesa Assim como ocorre com os ingressos, os dispêndios, ou despesas públicas em sentido amplo, podem ser classificados em orçamentários e extraorçamentários. Os orçamentários são as despesas orçamentárias, ou despesas públicas em sentido estrito. Os dispêndios extraorçamentários são os desembolsos dos ingressos extraorçamentários. São exemplos: devolução de cauções e depósitos. Podem ser oriundos também do pagamento de restos a pagar já inscritos.

Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, as despesas orçamentárias podem ser divididas em efetivas e não efetivas. As despesas efetivas afetam negativamente a situação líquida patrimonial, as não efetivas não afetam a situação líquida patrimonial. Novamente fazendo correspondência com a receita, os fatos que representam as despesas não efetivas só são reconhecidos como tal devido a uma exigência da lei 4.320/64. Eles não são despesas pela ótica da ciência contábil. Aquisição de bens e a amortização de dívidas são exemplos de fatos permutativos, reconhecidos como despesa orçamentária por uma exigência da lei 4.320/64.

• Despesas efetivas → causam impacto na situação líquida patrimonial. Variação patrimonial quantitativa diminutiva. As exigências contábeis e legais coincidem. Salários, serviços, material de consumo para consumo imediato.

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• Despesas não efetivas → não causam impacto na situação líquida

patrimonial. Fatos contábeis permutativos. Variações patrimoniais qualitativas. As exigências contábeis e legais não coincidem. Compra de bens, empréstimos concedidos.

Algumas classificações da despesa: Por esfera → se a despesa pertence ao orçamento fiscal, da seguridade social ou de investimentos. Institucional → indica o órgão a que pertence a despesa. Exemplo: 52.131 (52 – Órgão: Ministério da Defesa/ 131 – Unidade Orçamentária: Comando da Marinha).

Funcional → agregador dos gastos públicos, pois é de observância obrigatória para todos os entes. É representada pela função e subfunção. 05.152 (05 – Função: Defesa/152 – Subfunção: Defesa Naval). O maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público executar é a função.

Programática → programa + ação + subtítulo. Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Existem dois tipos de programa: programas temáticos e Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado.

A ação pode ser projeto, atividade ou operação especial:

Projeto

Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.

Atividade

Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.

Operação Especial

Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

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O subtítulo ou localizador do gasto identifica onde o recurso está sendo empregado, se em âmbito nacional, regional ou no exterior.

Conforme determina a classificação econômica, ou segundo a natureza, a despesa deve obedecer à seguinte codificação: C.G.MM.EE.SS.

Vamos ver o que cada letrinha significa.

Categoria → de forma análoga à receita, a despesa tem duas categorias econômicas: despesas correntes e despesas de capital.

• Despesas Correntes: são aquelas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

• Despesas de Capital: são aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

Geralmente associamos as despesas correntes com as despesas efetivas, mas há despesas correntes não efetivas como a aquisição de material de consumo para estoque.

Geralmente associamos as despesas de capital com despesas não efetivas, mas há despesas de capital efetivas como as transferências de capital.

Grupo de Natureza de Despesa → é um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto. Divide as categorias da seguinte forma:

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• Despesas Correntes → Pessoal e Encargos Sociais, Juros e Encargos da Dívida e Outras Despesas Correntes (O PESSOAL JURA QUE SÃO OUTRAS).

• Despesas de Capital → Investimentos, Inversões Financeiras e Amortizações da Dívida (INVESTE PARA INVERTER A AMORTIZAÇÃO).

A modalidade de aplicação mostra de que forma o recurso está sendo empregado, se de forma direta pelo ente, ou mediante transferências e, além disso, tem a função de eliminar a dupla contagem dos gastos por ocasião das operações intraorçamentárias, que ocorrem entre órgãos e entidades pertencentes ao orçamento fiscal e da seguridade social. Exemplo de operação intra-orçamentária: Receita Federal paga à Imprensa Nacional por uma publicação no DOU. Note que o recurso apenas transita dentro da União. Se não houvesse um mecanismo para identificar este tipo de operação, haveria uma dupla contagem dos gastos. A modalidade de aplicação identifica se a despesa é intraorçamentária. Para cada despesa intraorçamentária haverá uma receita intraorçamentária.

O elemento identifica o objeto do gasto. Exemplos: material de consumo e material permanente. O subelemento é um desdobramento facultativo.

Passaremos a discorrer sobre as etapas da despesa orçamentária. São etapas da despesa orçamentária: planejamento, execução e controle e avaliação.

O planejamento consiste na fixação da despesa na Lei Orçamentária Anual, a descentralização de créditos e o processo de licitação.

A execução se divide em empenho, liquidação e pagamento.

Empenho → De acordo com a lei 4.320/64 é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. De fato, o pagamento ocorre somente após o implemento de condição, que é a liquidação. O “ou não” foi objeto de veto à época da publicação da lei 4.320/64, mas o veto foi derrubado pelo Congresso Nacional, dando ao empenho uma definição distorcida. A função do empenho, na verdade, é deduzir seu valor da dotação adequada, por força do compromisso assumido.

Não existe a realização da despesa sem prévio empenho e o empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. O que pode ser dispensada em casos excepcionais é a emissão da “nota de empenho”, que é um documento que materializa o empenho. São tipos de empenho o ordinário, o estimativo e o global.

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Liquidação →→→ consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao benefício. Esta verificação tem por fim apurar: a) a origem e o objeto do que se deve pagar;

b) a importância exata a pagar; e

c) a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base:

a) O contrato, ajuste ou acordo respectivo;

b) A nota de empenho; e

c) Os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos serviços.

Pagamento →→→ é a entrega do numerário ao credor. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada seja paga. O pagamento só pode ocorrer após regular liquidação. Outros assuntos relacionados à despesa:

Restos a pagar → são as despesas empenhadas e não pagas em 31/12. São classificados em processados e não processados caso tenham percorrido ou não a liquidação, respectivamente. Ler os artigos 35 e 67 a 70 do decreto 93.872/86.

Despesas de exercícios anteriores → são despesas orçamentárias normais, mas se referem a fatos ocorridos em exercícios passados. Leia o art. 37 da lei 4.320/64.

Suprimento de fundos → é um adiantamento de recurso feito a servidor para posterior comprovação. É aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e que não passam pelo processo normal de aplicação. Na prática é assim: você empenha, liquida e paga a despesa e entrega o recurso ao servidor para utilizá-lo. Posteriormente o servidor presta contas desse recurso.

Por fim, ressalto que reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício. Quando a anulação ocorrer após o encerramento do exercício, considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.

FIM

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AULA 02

Conteúdo

A. Teoria .................................................................................................................... 4

1. Mensuração: conceitos iniciais e dispositivos da lei 4.320/64 ........................................... 4

2. Avaliação e mensuração ............................................................................................. 9

a. Disponibilidades ................................................................................................... 9

b. Créditos e obrigações ......................................................................................... 10

c. Estoques ........................................................................................................... 11

d. Investimentos permanentes ................................................................................ 16

e. Imobilizado ....................................................................................................... 17

f. Intangível .......................................................................................................... 23

3. Reavaliação ............................................................................................................ 29

a. Reavaliação do ativo imobilizado .......................................................................... 31

b. Reavaliação do ativo intangível ............................................................................ 32

4. Redução a valor recuperável ..................................................................................... 34

Mensuração do valor recuperável do ativo ................................................................... 36

5. Depreciação ............................................................................................................ 38

6. Amortização. ........................................................................................................... 45

7. Exaustão. ............................................................................................................... 47

8. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes................................................. 50

Provisões................................................................................................................. 50

Passivos contingentes ............................................................................................... 50

Ativos contingentes .................................................................................................. 52

9. Tratamento contábil aplicável aos impostos e contribuições........................................... 54

B. Questões comentadas ............................................................................................ 57

C. Resumo da aula .................................................................................................... 91

D. Normas correlatas .............................................................................................. 94

E. Questões sem os comentários ................................................................................. 95

F. Gabarito .............................................................................................................. 106

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As 4 Leis da Espiritualidade ensinadas na Índia

A primeira diz: “A pessoa que vem é a pessoa certa”.

Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.

A segunda lei diz: “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido”.

Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” ou “aconteceu que um outro…”. Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.

A terceira diz: “Toda vez que você iniciar é o momento certo”.

Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.

E a quarta e última afirma: “Quando algo termina, ele termina”.

Estamos nessa vida para viver inúmeras experiências, e se continuarmos sempre voltando às mesmas páginas deixaremos de ler outros livros maravilhosos que só estão aguardando por uma chance para entrar em nossas vidas. Por isso vire a última página sem dor no coração e pegue o próximo livro.

Surpresas maravilhosas estarão te esperando, basta você abrir o livro e começar a ler esse novo capítulo da sua vida.

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AVISO IMPORTANTE!

A ESAF disponibilizou, na semana passada, as provas e gabaritos do concurso para o DNIT. A prova para o cargo de contador está recheada de questões de contabilidade pública. Assim, vou comentar, sob a forma de uma aula extra, as questões desse concurso, correspondentes ao nosso edital. Provavelmente esta será a última prova da ESAF antes do seu concurso, o que servirá de guia de como a banca está se comportando. Será uma boa maneira de revisar o conteúdo, uma vez que as provas do DNIT praticamente percorrem todos os assuntos que serão vistos ao longo do presente curso.

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A. Teoria

1. Mensuração: conceitos iniciais e dispositivos da lei 4.320/64

Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos patrimoniais devem ser reconhecidos e apresentados nas demonstrações contábeis.

A NBC T 16 traz a seguinte definição:

Mensuração a constatação de valor monetário para itens do ativo e do passivo decorrente da aplicação de procedimentos técnicos suportados em análises qualitativas e quantitativas.

Assim, mensurar está ligado ao conceito de “determinar o valor de algo”.

Devem ser mensurados ou avaliados monetariamente e registrados pela contabilidade pública

1. O patrimônio das entidades do setor público;

2. O orçamento, a execução orçamentária e financeira; e

3. Os atos administrativos que provoquem efeitos de caráter econômico e financeiro no patrimônio da entidade.

Note que nem todos os atos administrativos serão mensurados ou avaliados. Tal atributo pertence apenas aos atos administrativos que provoquem efeitos de caráter econômico e financeiro no patrimônio público.

Os registros da entidade, desde que estimáveis tecnicamente, devem ser efetuados, mesmo na hipótese de existir razoável certeza de sua ocorrência.

Estes registros devem obedecer a todos os princípios da contabilidade, em especial ao da competência e da oportunidade.

A lei 4.320/64 traz regras importantes para avaliação dos elementos patrimoniais, que ainda são muito exigidas em concurso. De acordo com a referida lei, haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração. Já a contabilidade manterá apenas registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.

O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário

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analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade.

Vejamos uma questãozinha:

(CESPE/ACE/TCE AC 2009) Para perfeita caracterização dos bens de caráter permanente, bem como dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração, devem ser utilizados os registros sintéticos.

Errado. A “perfeita caracterização” demanda um inventário analítico, mais completo.

Tendo ainda como referência a lei 4.320/64, temos que a avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá às seguintes regras (artigo 106):

Os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

Os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; e

Os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional. As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial.

Estes dispositivos da lei 4.320/64 são muito cobrados. Vejamos uma questão:

(CESPE/SEC GE 2010 - adaptada) Os bens de almoxarifado serão avaliados

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pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção.

Errado, né? Os bens de almoxarifado ou bens em estoque serão avaliados pelo preço médio ponderado das compras.

Vamos continuar...

A lei 4.320/64 estabelece que, para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos (artigo 15, § 2º).

Assim, e com base apenas na lei, podemos estabelecer a seguinte classificação:

Material permanente > 2 anos. Material de consumo < 2 anos.

Olha que moleza:

(PREVIC/Analista Administrativo – Contábil/PREVIC 2011) Se determinado órgão público adquirir um tipo de carvão ativado, destinado aos filtros de ar de suas instalações, cujo prazo de validade estabelecido pelo fornecedor seja de trinta meses, tal produto deverá ser contabilizado no grupo de material de consumo.

Não. Validade material > 2 anos material permanente.

No entanto, este conceito é vago, pois leva em conta apenas a durabilidade do material. Neste sentido, o MCASP, parte I, estabelece critérios adicionais para facilitar na referida classificação. Segundo o manual, um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos critérios a seguir:

Critério da Durabilidade Se em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;

Critério da Fragilidade Se sua estrutura for quebradiça, deformável ou danificável, caracterizando sua irrecuperabilidade e perda de sua identidade ou funcionalidade;

Critério da Perecibilidade Se está sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou se deteriora ou perde sua característica pelo uso normal;

Critério da Incorporabilidade Se está destinado à incorporação a outro bem, e não pode ser retirado sem prejuízo das características físicas e funcionais do principal. Pode ser utilizado para a constituição de novos bens, melhoria ou adições complementares de bens em utilização (sendo classificado como 449030), ou para a reposição de peças para manutenção do seu uso

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normal que contenham a mesma configuração (sendo classificado como 339030);

Critério da Transformabilidade Se foi adquirido para fim de transformação.

A classificação em material permanente é feita por exclusão dos critérios acima.

Os materiais permanentes, em geral, devem receber número patrimonial seqüencial para fins de controle e inventário. Este procedimento se chama tombamento e é materializado com a colocação de uma “plaquinha” no referido material. Pra quem nunca viu, segue abaixo um exemplo:

Para tanto, é importante levar em conta o custo e benefício desse tipo de controle. Isto porque há materiais que preenchem os requisitos de material permanente, mas possuem baixo valor econômico. Nestes casos, o tombamento é antieconômico e ineficiente.

Assim, se um material for adquirido como permanente e ficar comprovado que possui custo de controle superior ao seu benefício, deve ser controlado de forma simplificada, por meio de relação carga, que mede apenas aspectos qualitativos e quantitativos, não havendo necessidade de controle por meio de número patrimonial.

Como exemplo, temos o controle de uma chave de fenda. Pelo critério da lei 4.320/64 a chave de fenda é um material permanente (>2 anos). Vale a pena atribuir número patrimonial a uma chave de fenda? Não! É melhor controlar por relação de carga: “eu tenho 3 chaves de fenda do tipo A, 4 do tipo B e 5 do tipo C”. Embora sujeitos a um procedimento simplificado, os bens controlados por relação de carga estão registrados contabilmente no patrimônio da entidade.

Vamos treinar?

(CESPE/Analista de Orçamento/MPU 2010) Qualquer material permanente, incluindo-se o de pequeno valor econômico, deve ser controlado, sendo indispensável o seu tombamento, ainda que o custo do controle seja evidentemente superior ao risco de perda do bem.

Errado. É necessário levar em conta o custo do controle.

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Vejamos mais questões, dessa vez da ESAF:

(ESAF/MDIC 2012 – adaptada) Julgue os itens a respeito da classificação contábil e orçamentária dos materiais e bens adquiridos pelas entidades públicas.

i.Um dos critérios que podem ser considerados ao se classificar um material como sendo de consumo é a perecibilidade.

Perfeito. Segundo o MCASP, parte I, um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos critérios a seguir:

Critério da Durabilidade Se em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;

Critério da Fragilidade Se sua estrutura for quebradiça, deformável ou danificável, caracterizando sua irrecuperabilidade e perda de sua identidade ou funcionalidade;

Critério da Perecibilidade Se está sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou se deteriora ou perde sua característica pelo uso normal;

Critério da Incorporabilidade Se está destinado à incorporação a outro bem, e não pode ser retirado sem prejuízo das características físicas e funcionais do principal. Pode ser utilizado para a constituição de novos bens, melhoria ou adições complementares de bens em utilização (sendo classificado como 449030), ou para a reposição de peças para manutenção do seu uso normal que contenham a mesma configuração (sendo classificado como 339030);

Critério da Transformabilidade Se foi adquirido para fim de transformação.

ii.Os materiais de consumo são todos aqueles cuja duração e uso são inferiores a um ano.

Errado. Se levarmos em conta exclusivamente o critério da lei 4.320/64, temos que os materiais de consumo são aqueles de duração inferior a dois anos.

iii.Materiais permanentes são aqueles cujo controle se faz de forma individualizada com registro e tombamento patrimonial.

Errado. Depende. Deve-se levar em conta o custo do controle para realizar o tombamento.

iv.Materiais de consumo não integram o patrimônio da entidade e por isso não são registrados no ativo.

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Errado. Óbvio que integra. Se eu comprar um parafuso para minha aeronave ele agora pertence à minha organização! Concorda?

2. Avaliação e mensuração

Após uma breve introdução e alguns conceitos iniciais, que veremos de forma integrada ao longo do curso, o MCASP traz uma série de regras a serem aplicadas na mensuração e avaliação dos ativos e passivos.

Em minha opinião, essa é, juntamente com depreciação, a parte mais importante dessa aula. Quase todas as questões são retiradas daqui. Além do mais, eu dou aula, mas não faço milagre. Como se trata de uma série de regras secas e todas são potenciais questões, vou dispô-las aqui, fazendo algumas observações e links com a NBC T 16, trazendo algumas questões comentadas, bem como conceitos que julgo que valham à pena de serem estudados, dispostos mais a frente no manual, itens 02.07.00 (ativo imobilizado) e 02.08.00 (ativo intangível). Combinados?

O MCASP afirma que o órgão ou entidade inicialmente devem realizar ajustes para que o balanço patrimonial reflita a realidade dos seus elementos patrimoniais.

Dessa forma, por exemplo, os estoques, imobilizados e intangíveis devem ser mensurados inicialmente pelo custo ou valor justo, adotando-se, posteriormente, procedimentos de mensuração após o reconhecimento inicial (como a depreciação para o caso do ativo imobilizado).

a. Disponibilidades

As disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial.

Creio que o dispositivo acima seja o campeão de incidência nas provas de concurso.

Pausa para a questão:

(ESAF/CGU 2012) As disponibilidades em moeda estrangeira são mensuradas pelo valor original, feita a conversão à taxa vigente na data do Balanço Patrimonial.

Perfeito! Continuando...

As aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas

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pelo valor original, atualizadas até a data do Balanço Patrimonial.

As atualizações apuradas são contabilizadas em contas de resultado.

Vamos treinar?

(CESGRANRIO/IBGE 2010 – adaptada) Quanto à avaliação e à mensuração dos elementos patrimoniais nas entidades do setor público, e segundo as Normas do Conselho Federal de Contabilidade, julgue os itens:

i.As aplicações financeiras de liquidez imediata são avaliadas pelo custo histórico, sem atualização.

Errado. Conforme vimos acima, as aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, atualizadas até a data do Balanço Patrimonial.

ii.As disponibilidades em moeda estrangeira são expressas no Balanço Patrimonial pela taxa de câmbio vigente na data de contratação ou aquisição, devendo os ajustes e as diferenças de câmbio apurados serem contabilizados em contas patrimoniais.

Errado. As disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial.

Disponibilidades Valor originalMoeda estrangeira taxa de câmbio vigente na data do Balanço.

b. Créditos e obrigações

Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações seguem a mesma regra das disponibilidades. Eles são mensurados ou avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial.

Direitos, os títulos de créditos e obrigações Valor original

Moeda estrangeira taxa de câmbio vigente na data do Balanço.

Os riscos de recebimento de direitos são reconhecidos em conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram.

Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixadas são ajustados a valor presente.

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Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações pós-fixadas são ajustados considerando-se todos os encargos incorridos até a data de encerramento do balanço.

As provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores de realização para os ativos e de reconhecimento para os passivos.

As atualizações e os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado.

Vejamos algumas questões:

(CESGRANRIO/IBGE 2010) Os riscos de recebimento de dívidas de terceiros devem ser reconhecidos por meio de uma conta patrimonial, a qual será mantida mesmo quando deixarem de existir os motivos que a originaram.

Errado. Os riscos de recebimento de direitos são reconhecidos em conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram.

(ESAF/CGU 2012) Os títulos de crédito, os direitos e as obrigações prefixadas são ajustados a valor presente.

Perfeito. Conforme vimos, os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixadas são ajustados a valor presente.

Já os direitos, os títulos de crédito e as obrigações pós-fixadas são ajustados considerando-se todos os encargos incorridos até a data de encerramento do balanço.

c. Estoques

Primeira pergunta: o que são estoques? O MCASP responde que são ativos:

Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados no processo de produção;

Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados ou distribuídos na prestação de serviços;

Mantidos para a venda ou distribuição no curso normal das operações;

Usados no curso normal das operações.

Os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou valor realizável líquido, dos dois o menor.

Rodolfo
Realce
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Há uma contradição aqui. A NBC T 16.10 traz regra diferente para a avaliação dos estoques. A norma diz que:

Os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou no valor de produção ou de construção.

A NBC T 16.10 não menciona diretamente a utilização do valor líquido realizável.

Valor realizável líquido: a quantia que a entidade do setor público espera obter com a alienação ou a utilização de itens de inventário quando deduzidos os gastos estimados para seu acabamento, alienação ou utilização.

A norma ainda fala que:

Se o valor de aquisição, de produção ou de construção for superior ao valor de mercado, deve ser adotado o valor de mercado.

Ou seja, pelo princípio da prudência, tanto a norma, quanto o MCASP mandam utilizar o menor valor. Só que a norma se refere ao valor de mercado e o MCASP ao valor realizável líquido.

O MCASP justifica a utilização do valor realizável líquido na avaliação de estoques, quando os mesmos se tornam obsoletos ou sofrem uma deterioração física, por exemplo. Nesse caso, o custo dos estoques pode não ser recuperável e é necessário aliená-lo. Para tanto, o MCASP manda reduzir seu valor ao valor realizável líquido, que é justamente quanto a entidade vai ganhar com a alienação dos itens de estoque, deduzidos dos respectivos gastos de alienação.

A NBT 16.10 é mais esperta. Ela manda reduzir ao valor de mercado. Malandra, né? rsrs

Logo, quando os estoques sofrerem deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos:

Pela NBC T 16.10 os mesmos são reduzidos a valor de mercado.

Pelo MCASP os estoques são reduzidos a valor realizável líquido.

Essa prática de reduzir o custo dos estoques para o valor realizável líquido (ou valor de mercado, no caso da NBC T 16) é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser mensurados em excesso pelos futuros benefícios econômicos ou serviços em potencial a serem realizados pela sua venda, troca, distribuição ou uso.

Os resíduos e os refugos também devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido.

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Agora tenho outra pergunta pra fazer: o que entra na composição do custo de aquisição de um estoque de sobressalentes, por exemplo? Chuta uma coisa aí qualquer. Se você chutou gasto com armazenagem você ERROU!

Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente NÃO devem ser absorvidos pelos estoques.

O MCASP diz que os custos de estoques devem abranger todos os custos de compra, conversão e outros custos incorridos referentes ao deslocamento, como impostos não recuperáveis, custos de transporte e outros, referente ao processo de produção.

Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como variações patrimoniais diminutivas do período em que ocorrerem e não como custo dos estoques.

A NBC T 16.10 manda reconhecer os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros como despesa.

Exemplos de despesas excluídas do valor do estoque e reconhecidos como variações patrimoniais diminutivas do período em que são obtidos:

Quantias anormais de materiais desperdiçados, mão de obra ou de outros custos de produção;

Custos de armazenamento, a menos que sejam necessários no processo de produção antes de uma nova fase de produção;

Despesas gerais administrativas que não contribuam para colocar os estoques no seu local e na sua condição atual; e

Custos de vendas.

Os descontos comerciais, abatimentos obtidos e outros itens semelhantes são deduzidos na determinação do custo de aquisição e, por isso, não devem ser reconhecidos como variação patrimonial aumentativa.

O método para mensuração e avaliação das saídas dos estoques é o custo médio ponderado, conforme o inciso III, artigo 106 da Lei 4.320/1964.

As diferenças de valor de estoques que forem consequências das situações descritas acima devem ser refletidas em contas de resultado.

Quando os bens forem distribuídos gratuitamente ou a taxas não de mercado, os estoques serão valorados a custo ou valor de reposição, o menor dos dois.

Uma questão do CESPE:

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(CESPE/Câmara dos Deputados 2012) Com base nas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens, referentes à avaliação dos componentes patrimoniais.

i.Resíduos e refugos de estoques devem ser mensurados com base no valor realizável líquido caso não haja critério de mensuração mais adequado.

Certo. Conforme vimos acima, os resíduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido.

ii.Para a avaliação de estoques, deve-se adotar o valor de mercado caso este seja inferior ao valor de aquisição do bem.

A questão só inverteu as palavras, mas mesmo assim está correta. A norma diz que se o valor de aquisição, de produção ou de construção for superior ao valor de mercado, deve ser adotado o valor de mercado.

O MCASP afirma que os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou valor realizável líquido, dos dois o menor.

De toda forma, pra acertar a questão, escolha sempre o MENOR VALOR.

Mais outra questão, dessa vez da ESAF:

(ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção cujo custo não deve ser levado em conta na mensuração dos estoques dos entes públicos.

a) Mão de obra utilizada na produção. b) Impostos não recuperáveis. c) Armazenagem de produto acabado. d) Transportes referentes à produção. e) Material de propriedade do próprio ente.

Segundo o MCASP, parte II, os custos de estoques devem abranger todos os custos de compra, conversão e outros custos incorridos referentes ao deslocamento, como impostos não recuperáveis, custos de transporte e outros, referente ao processo de produção. Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente não devem ser absorvidos pelos estoques. Logo, nossa resposta é a letra C.

Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como variações patrimoniais diminutivas do período em que ocorrerem e não como custo dos estoques.

Mais uma, só sobre estoques, dessa vez da FCC:

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(FCC/TCE RO Auditor 2010 – adaptada) Conforme a NBCT 16.10 - Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidade do Setor Público, julgue os itens a respeito da avaliação dos estoques:

Primeiramente, deve-se levar em conta o disposto na NBC T 16.10. É o que pede a questão.

i.A média ponderada móvel ou o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) são os critérios de controle de estoques permitidos.

Errado. O método para mensuração e avaliação das saídas dos estoques é o custo médio ponderado. Isto é também o disposto na lei 4.320/64, artigo 106, inciso III:

Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá às normas seguintes:

[...]

III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

ii.Os gastos de administração geral e financeiros referentes a material de distribuição gratuita devem acrescer o valor dos estoques.

Errado. Segundo a NBC T 16.10, os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como despesas do período em que ocorrerem.

O MCASP manda apropriar como variação patrimonial diminutiva.

iii.O critério de mensuração dos estoques é o custo de aquisição ou custo de reposição, dos dois o maior.

Errado. A NBC T 16 diz que os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou no valor de produção ou de construção. Se o valor de aquisição, de produção ou de construção for superior ao valor de mercado, deve ser adotado o valor de mercado.

Note que aqui há uma contradição da NBC T 16 com o MCASP. Este último leva em conta o valor líquido realizável dos estoques:

Os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou valor realizável líquido, dos dois o menor.

O MCASP afirma ainda que caso os estoques sofram deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos, os mesmos devem ser reduzidos a valor líquido realizável. Já a NBC T 16 manda reduzir a valor de mercado.

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iv.O valor de liquidação deve ser utilizado quando houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos.

Errado. Quando houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos, deve ser utilizado o valor de mercado. No caso do MCASP é o valor realizável líquido.

A prática de reduzir o custo dos estoques para o valor realizável líquido (ou valor de mercado, no caso da NBC T 16) é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser mensurados em excesso pelos futuros benefícios econômicos ou serviços em potencial a serem realizados pela sua venda, troca, distribuição ou uso.

v.Os resíduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido.

Perfeito. Cópia da norma. Os resíduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido.

d. Investimentos permanentes

As participações em empresas e em consórcios públicos ou público-privados sobre cuja administração se tenha influência significativa devem ser mensuradas ou avaliadas pelo método da equivalência patrimonial.

As demais participações podem ser mensuradas ou avaliadas de acordo com o custo de aquisição.

Os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado.

Também são considerados investimentos permanentes os ativos denominados propriedades para investimento, como terrenos ou edifícios, mantidos com fins de renda e/ou ganho de capital, desde que não usados:

Na produção ou suprimento de bens e serviços ou para propósitos administrativos; ou

Como venda no curso ordinário das operações.

Vejamos uma questão da ESAF:

(ESAF/CGU 2012) A participação no capital de empresas deve ser avaliada pelo método da equivalência patrimonial.

A ESAF considerou essa alternativa correta, mas deu uma forçada de barra. O ideal é dizer que o método de equivalência patrimonial é utilizado para empresas cuja administração tenha influência significativa.

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e. Imobilizado

O Ativo Imobilizado é o item tangível que é mantido para o uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos, inclusive os decorrentes de operações que transfiram para a entidade os benefícios, riscos e controle desses bens.

O ativo imobilizado é reconhecido inicialmente com base no valor de aquisição, produção ou construção.

Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida útil econômica limitada, ficam sujeitos a depreciação, amortização ou exaustão sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas.

Modelos de mensuração dos ativos imobilizados:

Após o reconhecimento inicial, a entidade detentora do ativo deve optar entre valorá-lo pelo modelo do custo ou da reavaliação.

O modelo do custo consiste no valor de aquisição, produção ou construção menos a depreciação acumulada e as perdas acumuladas por imparidade. Veremos abaixo o que é imparidade.

O modelo da reavaliação consiste no valor justo sujeito à reavaliação periódica menos a depreciação acumulada e as perdas acumuladas por imparidade.

Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços.

Qualquer outro gasto que não gere benefícios futuros deve ser reconhecido como despesa do período em que seja incorrido.

Ativos imobilizados obtidos a título gratuito

Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, devem ser registrados pelo valor justo na data de sua aquisição, sendo que deverá ser considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em procedimento técnico ou valor patrimonial definido nos termos da doação.

Deve ser evidenciado em notas explicativas o critério de mensuração ou avaliação dos ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, bem como a eventual impossibilidade de sua valoração, devidamente justificada.

O custo de um item do imobilizado deve ser reconhecido como ativo sempre que for provável que benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços

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associados ao item fluirão para a entidade; e se o custo ou valor justo do item puder ser mensurado com segurança. Partindo dessa premissa, o item do imobilizado deve ter uma base monetária confiável.

Assim, a entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item (por exemplo: custos de mão de obra, produtos consumíveis). Portanto, esses custos são reconhecidos no resultado do exercício quando incorridos. A finalidade desses gastos é reparo e manutenção de item do ativo imobilizado.

No caso de transferências de ativos, o valor a atribuir deve ser o valor contábil líquido constante nos registros da entidade de origem. Em caso de divergência deste critério com o fixado no instrumento de autorização da transferência, este deve ser evidenciado em notas explicativas.

Partes sobressalentes principais e equipamentos em espera se qualificam como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los durante mais de um período. Também são reconhecidos como ativo imobilizado as peças sobressalentes e equipamentos para manutenção usados somente em conexão com um item do imobilizado.

A entidade deve reconhecer no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da reposição de parte desse item quando o custo é incorrido, sempre que houver uma melhoria ou adição complementar significativa no bem e se o custo puder ser mensurado com segurança. Além disso, o valor contábil das peças que são substituídas deve ser baixado.

Os elementos do custo de um ativo imobilizado compreendem:

I. Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e tributos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e

II. Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessários para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração.

Alguns exemplos de custos diretamente atribuíveis:

a) custos de pessoal decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;

b) custos de preparação do local;

c) custos de frete e manuseio (para recebimento e instalação); e

d) honorários profissionais.

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Por outro lado, não se consideram custo de um item do ativo imobilizado os administrativos e outros custos indiretos.

Recomenda-se divulgar, para cada grupo de ativo imobilizado reconhecida nas demonstrações contábeis:

Os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto;

Os métodos de depreciação utilizados;

As vidas úteis ou taxas de depreciação utilizadas;

O valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdas por redução ao valor recuperável acumuladas) no início e no final do período; e

A conciliação do valor contábil no início e no final do período demonstrando:

I) Adições; II) Baixas; III) Aquisições por meio de combinações de negócios; IV) Aumentos ou reduções decorrentes de reavaliações e perda por redução ao valor recuperável de ativos reconhecida ou revertida diretamente no patrimônio líquido; V) Perdas por desvalorização de ativos, reconhecidas no resultado; VI) Reversão das perdas por desvalorização de ativos, reconhecidas no resultado; e VII) Depreciações.

O MCASP divide os ativos imobilizados em:

Bens móveis; e

Bens imóveis.

Os bens imóveis classificam-se em:

a) Bens de uso especial: compreende os bens, tais como edifícios ou terrenos, destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual ou municipal, inclusive os de suas autarquias e fundações públicas, como imóveis residenciais, terrenos, glebas, aquartelamento, aeroportos, açudes, fazendas, museus, hospitais, hotéis dentre outros.

b) Bens dominiais: compreende os bens que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Compreende ainda, não dispondo a lei em

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contrário, os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado, como apartamentos, armazéns, casas, glebas, terrenos, lojas, bens destinados a reforma agrária, bens imóveis a alienar dentre outros.

c) Bens de uso comum do povo: pode ser entendido como os de domínio público, construídos ou não por pessoas jurídicas de direito público. Podem ser encontrados em duas classes de ativos: ativos de infraestrutura e bens do patrimônio cultural.

Ativos de infraestrutura são ativos que normalmente podem ser conservados por um número significativamente maior de anos do que a maioria dos bens de capital. Para serem classificados como ativos de infraestrutura, os mesmos deverão ser partes de um sistema ou de uma rede, especializados por natureza e não possuírem usos alternativos. Exemplos desses ativos incluem redes rodoviárias, sistemas de esgoto, sistemas de abastecimento de água e energia, rede de comunicação, pontes, calçadas, calçadões, dentre outros.

Ativos descritos como bens do patrimônio cultural são assim chamados devido a sua significância histórica, cultural ou ambiental. Exemplos incluem monumentos e prédios históricos, sítios arqueológicos, áreas de conservação e reservas naturais. Estes ativos são raramente mantidos para gerar entradas de caixa e pode haver obstáculos legais ou sociais para usá-los em tais propósitos.

Tipo de coisa que o examinador gosta:

O reconhecimento e a mensuração dos ativos de infraestrutura seguem a mesma base utilizada para os demais ativos imobilizados.

O reconhecimento e a mensuração dos bens de patrimônio cultural são facultativos e podem seguir bases outras que não as utilizadas para os ativos imobilizados. Porém, caso sejam registrados pelo ente, devem ser evidenciados conforme as normas apresentadas no MCASP.

Os procedimentos de reconhecimento e mensuração de ativos imobilizados devem ser aplicados também para bens do patrimônio cultural que possuem potencial de serviços além de seu valor cultural como, por exemplo, um prédio histórico usado como escritório.

d) Bens imóveis em andamento: compreende os valores de bens imóveis em andamento, ainda não concluídos. Exemplos: obras em andamento, estudos e projetos (que englobem limpeza do terreno, serviços topográficos etc), benfeitoria em propriedade de terceiros, dentre outros.

e) Demais bens imóveis: compreende os demais bens imóveis não classificados anteriormente. Exemplo: bens imóveis locados para terceiros,

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imóveis em poder de terceiros, dentre outros bens.

Antes da publicação da NBC T 16, os bens de uso comum do povo não eram objeto de registro pela CASP. Hoje, se os mesmo absorverem recursos públicos ou forem recebidos em doação devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável. Assim, podemos afirmar que uma praça, por exemplo, é objeto de registro pela contabilidade pública, pois absorveu recursos públicos na sua construção. Já não podemos dizer o mesmo de um rio ou de uma praia, por exemplo.

A NBC T 16 aborda o assunto da seguinte maneira:

Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional.

Vamos treinar?

(CESPE/Contador/MS 2010) Se um cidadão transformar um terreno de sua propriedade em um parque recreativo e doá-lo ao poder público com a finalidade de fazer dele um bem de uso comum do povo de sua cidade, então o terreno passa a fazer parte do patrimônio sob controle da contabilidade pública.

Certo. Foi recebido em doação? Então o terreno deve ser incluído no ativo não circulante da entidade.

(CESPE/TRE RJ 2012) Uma ponte, estrada ou praça pública, construídas com recursos públicos, deve ser incluída no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração e controle.

Perfeito. Antes da publicação da NBC T 16, os bens de uso comum do povo, como rios, estradas, pontes e praças, não eram objeto de registro pela CASP. A NBC T 16.10 mudou essa história. Hoje, se estes bens absorverem recursos públicos ou forem recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração e controle.

Outra questão, dessa vez da ESAF:

(ESAF/CGU 2012) Os ativos imobilizados recebidos por doação devem ser registrados por valor simbólico.

Errado. Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a título gratuito deve ser considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em procedimento técnico ou valor patrimonial definido nos termos da doação. O critério de avaliação dos ativos do imobilizado obtidos a título gratuito e a eventual impossibilidade de sua mensuração devem ser evidenciados em notas

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explicativas.

Uma questão que eu inventei:

No que diz respeito à avaliação e mensuração de itens do ativo imobilizado, assinale a opção correta:

a) É obrigatório o reconhecimento e a mensuração dos bens de patrimônio cultural.

b) Os ativos de infraestrutura podem seguir base diferente daquela disposta para os demais ativos imobilizados.

c) O preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e tributos recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos, deve compor os custos do ativo imobilizado.

d) O modelo do custo consiste no valor justo sujeito à reavaliação periódica menos a depreciação acumulada e as perdas acumuladas por imparidade.

e) Partes sobressalentes principais e equipamentos em espera se qualificam como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los durante mais de um período.

Comentários:

A letra A está incorreta. O reconhecimento e a mensuração dos bens de patrimônio cultural são facultativos e podem seguir bases outras que não as utilizadas para os ativos imobilizados. Porém, caso sejam registrados pelo ente, devem ser evidenciados conforme as normas apresentadas no MCASP.

Os procedimentos de reconhecimento e mensuração de ativos imobilizados devem ser aplicados também para bens do patrimônio cultural que possuem potencial de serviços além de seu valor cultural como, por exemplo, um prédio histórico usado como escritório.

A letra B está incorreta. O reconhecimento e a mensuração dos ativos de infraestrutura seguem a mesma base utilizada para os demais ativos imobilizados.

A letra C está incorreta. Apenas os tributos não recuperáveis entram no custo do ativo imobilizado. Os elementos do custo de um ativo imobilizado compreendem:

I. Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e tributos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e

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II. Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessários para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração.

A letra D está incorreta, pois trouxe a definição do modelo da reavaliação. Após o reconhecimento inicial, a entidade detentora do ativo deve optar entre valorá-lo pelo modelo do custo ou da reavaliação.

O modelo do custo consiste no valor de aquisição, produção ou construção menos a depreciação acumulada e as perdas acumuladas por imparidade.

O modelo da reavaliação consiste no valor justo sujeito à reavaliação periódica menos a depreciação acumulada e as perdas acumuladas por imparidade.

A letra E está correta. Partes sobressalentes principais e equipamentos em espera se qualificam como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los durante mais de um período. Também são reconhecidos como ativo imobilizado as peças sobressalentes e equipamentos para manutenção usados somente em conexão com um item do imobilizado.

Letra E.

f. Intangível

Ativo intangível é um ativo não monetário, sem substância física, identificável, controlado pela entidade e gerador de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais.

Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou de produção, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que hajam sofrido ao longo de sua vida útil por redução ao valor recuperável (impairment).

O critério de mensuração ou avaliação dos ativos intangíveis obtidos a título gratuito e a eventual impossibilidade de sua valoração devem ser evidenciados em notas explicativas.

A substância física não é a característica fundamental de um ativo. Assim, os intangíveis não deixam de ser ativos simplesmente porque não possuem esta característica. O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a entidade demonstre que ele atenda:

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a) A definição de ativo intangível vista acima; e

b) Os critérios de reconhecimento, ou seja, quando:

For provável que os benefícios econômicos futuros esperados e serviço potencial atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e

O custo ou valor justo do ativo possa ser mensurado com segurança.

Caso estas características não sejam atendidas, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna dever ser reconhecido como variação patrimonial diminutiva.

Uma questãozinha da ESAF:

(CGU/ESAF 2012) Um dos critérios a ser levado em conta na mensuração do intangível é se o custo desse ativo pode ser mensurado com segurança.

Perfeito. Segundo o MCASP, parte II, o reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a entidade demonstre que ele atenda:

a) A definição de ativo intangível; e

b) Os critérios de reconhecimento, ou seja, quando:

For provável que os benefícios econômicos futuros esperados e serviço potencial atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e

O custo ou valor justo do ativo possa ser mensurado com segurança.

Tipo de coisa que o examinador gosta:

Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância física, como no caso de software ou no de licença ou patente. Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível, a entidade avalia qual elemento é mais significativo.

Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador.

Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.

Os procedimentos de reconhecimento de um ativo intangível não devem ser

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aplicados para determinadas atividades ou transações que são extremamente especializadas e dão origem a questões contábeis que requerem tratamento diferenciado, tais como exploração ou o desenvolvimento e a extração de petróleo, gás e depósito minerais de indústrias extrativas ou no caso de contratos de seguros.

Os procedimentos descritos também não se aplicam a:

a) Ativos financeiros; b) Reconhecimento e mensuração do direito de exploração e avaliação de ativos; c) Gastos com o desenvolvimento e a extração de recursos minerais, petróleo, gás natural e outros recursos não renováveis similares; d) Ativo intangível adquirido em combinação de negócio; e) Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill ou fundo de comercio) decorrente da combinação de negócio, que não deve ser reconhecido; f) Direitos e poderes conferidos pela legislação, constituição ou por meios equivalentes; g) Ativos fiscais diferidos; h) Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis resultantes dos direitos contratuais de seguradora segundo contratos de seguro; e i) Patrimônio cultural intangível.

O reconhecimento inicial de um ativo intangível pode ocorrer de três formas:

I) Aquisição separada; II) Geração interna; e III) Aquisição por meio de transações sem contraprestação.

Acho que não vale a pena saber cada forma de maneira detalhada. Apenas saiba que existem três e memorize os nomes.

Situações em que o ativo intangível deve ser baixado:

Por ocasião de sua alienação; ou

Quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais com a sua utilização ou alienação.

Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de ativo intangível devem ser determinados pela diferença ente o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do ativo.

A importância a receber pela alienação deve ser reconhecida inicialmente pelo seu valor justo.

Recomenda-se a entidade divulgar as seguintes informações para cada classe

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de ativos intangíveis, fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:

a) Com vida útil indefinida ou definida e, se definida, os prazos de vida útil ou as taxas de amortização utilizadas; b) Os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil definida; c) O valor contábil bruto e eventual amortização acumulada (mais as perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no final do período; e d) A conciliação do valor contábil no início e no final do período.

Uma questão que inventei:

Sobre a avaliação e mensuração de itens do ativo intangível, assinale a opção incorreta:

a) Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível, a entidade avalia qual elemento é mais significativo.

b) O ativo intangível deve ser baixado quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais com a sua utilização ou alienação.

c) O reconhecimento inicial de um ativo intangível pode ocorrer de três formas: aquisição separada, geração interna e aquisição por meio de transações sem contraprestação.

d) A substância física não é a característica fundamental de um ativo.

e) O patrimônio cultural intangível deve ser avaliado segundo os critérios empregados para avaliação e mensuração do ativo intangível.

Comentários:

Letra A, correta. Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância física, como no caso de software ou no de licença ou patente. Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível, a entidade avalia qual elemento é mais significativo.

Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador.

Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.

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Letra B, correta. Situações em que o ativo intangível deve ser baixado:

Por ocasião de sua alienação; ou

Quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais com a sua utilização ou alienação.

Letra C, correta. De fato, o reconhecimento inicial de um ativo intangível pode ocorrer de três formas: aquisição separada, geração interna e aquisição por meio de transações sem contraprestação.

Letra D, correta. A substância física não é a característica fundamental de um ativo. Assim, os intangíveis não deixam de ser ativos simplesmente porque não possuem esta característica. O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a entidade demonstre que ele atenda:

a) A definição de ativo intangível vista acima; e

b) Os critérios de reconhecimento, ou seja, quando:

For provável que os benefícios econômicos futuros esperados e serviço potencial atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e

O custo ou valor justo do ativo possa ser mensurado com segurança.

Caso estas características não sejam atendidas, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna dever ser reconhecido como variação patrimonial diminutiva.

Letra E, incorreta. Preste muita atenção neste item. Ele traz uma situação que não deve obedecer aos procedimentos de mensuração e avaliação de itens do ativo intangível. O examinador adora exceções.

Os procedimentos de reconhecimento de um ativo intangível não devem ser aplicados para determinadas atividades ou transações que são extremamente especializadas e dão origem a questões contábeis que requerem tratamento diferenciado, tais como exploração ou o desenvolvimento e a extração de petróleo, gás e depósito minerais de indústrias extrativas ou no caso de contratos de seguros.

Os procedimentos descritos também não se aplicam a:

a) Ativos financeiros; b) Reconhecimento e mensuração do direito de exploração e avaliação de ativos; c) Gastos com o desenvolvimento e a extração de recursos minerais, petróleo, gás natural e outros recursos não renováveis similares;

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d) Ativo intangível adquirido em combinação de negócio; e) Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill ou fundo de comercio) decorrente da combinação de negócio, que não deve ser reconhecido; f) Direitos e poderes conferidos pela legislação, constituição ou por meios equivalentes; g) Ativos fiscais diferidos; h) Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis resultantes dos direitos contratuais de seguradora segundo contratos de seguro; e i) Patrimônio cultural intangível.

Olha quanta coisa pode virar questão só levando em conta esta última alternativa.

Letra E.

Acabamos a parte que trata da avaliação e mensuração dos elementos patrimoniais.

Agora gostaria que você fizesse uma pausa, bebesse uma água, pra gente continuar. Sei que o assunto é denso, mas pense que umas duas lidas com atenção bastam para garantir os pontinhos associados a esta parte da disciplina. Fechado?

Estarei aqui aguardando...

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3. Reavaliação

Antes de adentrarmos no conteúdo do tópico, acho importante que você saiba dois conceitos:

Valor bruto contábil: o valor do bem registrado na contabilidade, em uma determinada data, sem a dedução da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada.

Valor líquido contábil: o valor do bem registrado na contabilidade, em determinada data, deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada.

Assim, podemos criar a seguinte equação:

Valor líquido contábil = valor bruto contábil – depreciação, amortização ou exaustão acumulada.

Sobre a reavaliação dos bens móveis e imóveis, a lei 4.320/64 estabelece a sua faculdade, como se depreende da leitura do dispositivo abaixo:

Artigo 106, § 3º - poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

No entanto, a NBC T 16.10 deu tratamento diferente ao tema. De acordo com essa norma as reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:

Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados; e

A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

Reavaliação dos bens móveis e imóveis

Lei 4.320/64 facultativa.

NBCT 16.10 obrigatória.

Assim, após o reconhecimento inicial de uma classe de ativo imobilizado ou intangível, é necessário que de tempos em tempos esses bens passem por um processo visando adequar o seu valor contábil.

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Vamos treinar?

(CESPE/TCE AC 2009) Na administração pública, não podem ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

Errado. A lei 4.320/64 estabelece que poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis (artigo 106, § 3º).

No entanto, de acordo com a NBC T 16.10, as reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:

Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados; e

A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

Continuando...

As empresas estatais dependentes seguem normas específicas quanto à reavaliação.

Se o valor contábil de uma classe do ativo aumentar em virtude de reavaliação, esse aumento deve:

Ser creditado diretamente à conta de reserva de reavaliação. No entanto, o aumento deve ser reconhecido no resultado do período quando se tratar da reversão de decréscimo por reavaliação do mesmo ativo anteriormente reconhecido no resultado, ou

Ser creditado diretamente à conta de resultado do período.

Se, por outro lado, o valor contábil de uma classe do ativo diminuir em virtude de reavaliação, essa diminuição deve ser reconhecida no resultado do período.

Porém, se houver saldo de reserva de reavaliação, a diminuição do ativo deve ser debitada diretamente à reserva de reavaliação até o limite de qualquer

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saldo existente na reserva de reavaliação referente àquela classe de ativo.

a. Reavaliação do ativo imobilizado

O ativo imobilizado é atualizado por classes/grupos. Assim, se formos atualizar determinado terreno, todos os terrenos serão atualizados. São exemplos de classe de contas individuais:

a) terrenos; b) edifícios operacionais; c) estradas; d) maquinário; e) redes de transmissão de energia elétrica; f) navios; g) aeronaves; h) equipamentos militares especiais; i) veículos a motor; j) móveis e utensílios; k) equipamentos de escritório; l) plataformas de petróleo.

O valor a ser atualizado é o do valor líquido contábil, ou seja, é o valor bruto deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada.

Na reavaliação de bens imóveis específicos, a estimativa do valor justo pode ser realizada utilizando-se o valor de reposição do bem devidamente depreciado.

Caso o valor de reposição tenha como referência a compra de um bem, esse bem deverá ter as mesmas características e o mesmo estado físico do bem objeto da reavaliação. Outra possibilidade é considerar como valor de reposição o custo de construção de um ativo semelhante com similar potencial de serviço.

A reavaliação pode ser realizada através da elaboração de um laudo técnico por perito ou entidade especializada, ou ainda através de relatório de avaliação realizado por uma comissão de servidores.

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Caso seja impossível estabelecer o valor de mercado do ativo, pode-se defini-lo com base em parâmetros de referência que considerem bens com características, circunstâncias e localizações assemelhadas.

b. Reavaliação do ativo intangível

Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer amortização acumulada. O valor justo deve ser apurado em relação a um mercado ativo.

O método de reavaliação não permite:

a) a reavaliação de ativos intangíveis que não tenham sido previamente reconhecidos como ativos;

b) o reconhecimento inicial de ativos intangíveis a valores diferentes do custo.

Se um ativo intangível for reavaliado, a amortização acumulada na data da reavaliação deve ser eliminada contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-se o valor líquido pelo seu valor reavaliado.

Caso um ativo intangível em uma classe de ativos intangíveis não possa ser reavaliado porque não existe mercado ativo para ele, este somente pode ser mensurado pelo custo menos a amortização acumulada e a perda por irrecuperabilidade.

Vamos treinar? Tive que inventar outra questão. Como você pode perceber, as bancas não estão cobrando sistematicamente esse assunto ainda.

Sobre a reavaliação dos bens públicos, assinale a alternativa correta:

a) As empresas estatais dependentes devem seguir as normas comuns a todas as entidades públicas quanto à reavaliação.

b) Se o valor contábil de uma classe do ativo diminuir em virtude de reavaliação, essa diminuição deve ser reconhecida no resultado do período.

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c) Na reavaliação de bens imóveis específicos, a estimativa do valor de mercado deve ser realizada utilizando-se o valor de reposição do bem devidamente ajustado pelo seu valor contábil bruto.

d) Através da reavaliação é possível o reconhecimento inicial de ativos intangíveis a valores diferentes do custo.

e) A reavaliação de bens do ativo intangível pode ser realizada através da elaboração de um laudo técnico por perito ou entidade especializada, ou ainda através de relatório de avaliação realizado por uma comissão de servidores.

Comentários:

Letra A, incorreta. O MCASP diz que as empresas estatais dependentes seguem normas específicas quanto à reavaliação.

Letra B, correta. Se o valor contábil de uma classe do ativo aumentar em virtude de reavaliação, esse aumento deve:

Ser creditado diretamente à conta de reserva de reavaliação. No entanto, o aumento deve ser reconhecido no resultado do período quando se tratar da reversão de decréscimo por reavaliação do mesmo ativo anteriormente reconhecido no resultado, ou

Ser creditado diretamente à conta de resultado do período.

Se, por outro lado, o valor contábil de uma classe do ativo diminuir em virtude de reavaliação, essa diminuição deve ser reconhecida no resultado do período.

Letra C, incorreta. Na reavaliação de bens imóveis específicos, a estimativa do valor justo pode ser realizada utilizando-se o valor de reposição do bem devidamente depreciado.

Letra D, incorreta. O método de reavaliação do ativo intangível não permite:

A reavaliação de ativos intangíveis que não tenham sido previamente

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reconhecidos como ativos;

O reconhecimento inicial de ativos intangíveis a valores diferentes do custo.

Letra E, incorreta. A reavaliação de bens do ativo imobilizado pode ser realizada através da elaboração de um laudo técnico por perito ou entidade especializada, ou ainda através de relatório de avaliação realizado por uma comissão de servidores.

Letra B.

4. Redução a valor recuperável

A entidade deve avaliar se há alguma indicação de que um ativo imobilizado ou intangível possa ter sofrido perda por irrecuperabilidade.

Caso o valor contábil de um ativo imobilizado ou intangível apresente valor acima da quantia que será recuperada através do uso ou da venda desse ativo, é possível afirmar que esse ativo está em imparidade (impairment).

Algumas situações em que o ativo está em imparidade (impairment):

Uma linha ferroviária fechada devido à falta de interesse na mesma

Equipamento de diagnóstico médico que raramente ou nunca é usado porque uma máquina mais nova que possui uma tecnologia mais avançada fornece resultados mais exatos.

Uma estação de tratamento de água que não pode ser usada porque não se encaixa nos novos padrões ambientais, sendo seu custo de adequação superior ao valor recuperável.

Um edifício danificado por um incêndio, inundação ou outros fatores.

Em todas essas situações, o valor contábil do bem está acima daquilo que o ente receberia pela sua alienação ou venda. Dessa forma, será necessário reduzir o valor do bem a um valor recuperável. Isso é impairment: recuperar o valor do bem a um montante abaixo de seu valor contábil.

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Note que a execução de um teste de imparidade deve considerar primeiramente a utilidade do ativo, pois a maioria dos ativos do setor público é mantida continuamente para fornecer serviços ou bens públicos, sendo o seu valor em uso provavelmente maior do que seu valor justo menos os custos de alienação.

Muito importante!

Não confunda redução ao valor recuperável com a depreciação!

A depreciação é entendida como o declínio gradual do potencial de geração de serviços por ativos de longa duração, ou seja, a perda do potencial de benefícios de um ativo motivada pelo desgaste, uso, ação da natureza ou obsolescência.

Já o impairment é a desvalorização de um ativo quando seu valor contábil excede seu valor recuperável.

A entidade deve avaliar se há qualquer indicação de que um ativo possa ter o seu valor reduzido ao valor recuperável, sem possibilidade de reversão desta perda em um futuro próximo. Caso isso aconteça, deverá estimar o valor da perda por meio de testes de recuperabilidade. Os ativos intangíveis com vida útil indefinida e os ainda não disponíveis para uso também devem ser testados.

Assim, ao avaliar se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido perda por irrecuperabilidade, a entidade deve considerar, no mínimo, os seguintes fatores (não exaustivos):

Fontes externas (Cessação total ou parcial das demandas ou necessidade dos serviços fornecidos pelo bem, ambiente tecnológico e ambiente legal ou de política de governo); e

Fontes internas de informação:

Evidência de danos físicos no ativo; Mudanças significativas de longo prazo, com efeito adverso sobre a

entidade, que ocorrem durante o período, ou que devem ocorrer

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em futuro próximo, na medida ou maneira em que um ativo é ou será usado. Essas mudanças incluem o ativo que deixa de gerar benefícios econômicos futuros, a existência de planos de descontinuidade ou reestruturação da operação a qual um ativo pertence, ou planos para alienação de um ativo antes da data anteriormente esperada.

Evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o desempenho dos serviços de um ativo é ou será pior do que o esperado.

Mensuração do valor recuperável do ativo

Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos de alienação de um ativo e o seu valor em uso.

O valor justo é o valor pelo qual o ativo pode ser trocado, existindo um conhecimento amplo e disposição por parte dos envolvidos no negócio, em uma transação sem favorecimentos.

O preço de mercado mais adequado é normalmente o preço atual de cotação.

É importante destacar que a execução de um teste de imparidade não deve considerar como parâmetro único o valor de mercado, mas também o valor em uso do ativo, pois a maioria dos ativos do setor público é mantida continuamente para fornecer serviços ou bens públicos, sendo o seu valor em uso provavelmente maior do que seu valor justo menos os custos de alienação.

Recomenda-se à entidade evidenciar as seguintes informações para cada classe de ativos:

a) o valor das perdas por irrecuperabilidade reconhecidas no resultado durante o período; e

b) o valor das reversões de perdas por irrecuperabilidade reconhecidas no resultado do período.

A entidade deve avaliar na data de encerramento das demonstrações contábeis se há alguma indicação, com base nas fontes externas e internas de

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informação, de que uma perda por irrecuperabilidade reconhecida em anos anteriores deva ser reduzida ou eliminada. O registro será a reversão de uma perda por irrecuperabilidade.

Olha que questão boa da CONSULPLAN sobre o assunto:

(CONSULPLAN/TSE 2012) Uma cadeia pública de determinado Estado foi construída no ano de 2011 a um custo de R$ 12 milhões, com vida útil estimada de 50 anos. No ano de 2011, foi desativada por decisão judicial. Devido à natureza da instalação e de sua localização, o prédio foi convertido em depósito público, para o qual o custo de reposição estimado para a capacidade do local é de R$ 5,3 milhões. Considerando os critérios de avaliação e mensuração de ativos e passivos integrantes de entidades do setor público, é correto afirmar que o imóvel onde funcionava a cadeia pública sofreu:

a) aumento por fair value. b) ganho por reavaliação. c) perda por impairment. d) redução por depreciação.

Comentários:

Resta evidente que o valor ajustado ficou menor que valor líquido contábil, o que nos permite enquadrar o caso como Redução ao valor recuperável ou impairment.

Não confunda redução ao valor recuperável com a depreciação!

A depreciação é entendida como o declínio gradual do potencial de geração de serviços por ativos de longa duração, ou seja, a perda do potencial de benefícios de um ativo motivada pelo desgaste, uso, ação da natureza ou obsolescência.

Já o impairment é a desvalorização de um ativo quando seu valor contábil excede seu valor recuperável.

Letra C.

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5. Depreciação

Outra inovação da NBC T 16.10 foi atribuir a todas as entidades e órgãos públicos o cálculo da depreciação, amortização e exaustão, nos seguintes termos:

“Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida útil econômica limitada, ficam sujeitos a depreciação, amortização ou exaustão sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas”.

Anteriormente, a lei 4.320/64 restringia o cálculo das previsões para depreciação às autarquias e fundações públicas. A referida lei sequer falava em amortização e exaustão.

A NBCT 16.9 traz a seguinte definição:

Depreciação a redução do valor dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

Para o registro da depreciação, amortização e exaustão devem ser observados os seguintes aspectos:

Obrigatoriedade do seu reconhecimento;

Valor da parcela que deve ser reconhecida no resultado como decréscimo patrimonial, e, no balanço patrimonial, representada em conta redutora do respectivo ativo; e

Circunstâncias que podem influenciar seu registro.

Não estão sujeitos ao regime de depreciação:

Bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antigüidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;

Bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

Animais que se destinam à exposição e à preservação; e

Terrenos rurais e urbanos.

Vejamos uma questão:

(CESPE/ANCINE 2012) Obras de arte, antiguidades e bens de interesse

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histórico devem ser depreciados anualmente.

Não! Conforme vimos acima bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades, documentos, bens com interesse histórico e bens integrados em coleções, não estão sujeitos ao regime de depreciação.

Continuando...

A cinemática da depreciação é bem simples de entender. Determinado ativo tem seu valor atual, chamado de valor bruto contábil. Ele também tem o seu período de vida útil. Assim, ele vai sendo depreciado até atingir um valor residual ao término do seu período de vida útil.

Chamamos de valor depreciável a diferença entre o valor atual (bruto) e o valor residual.

O valor depreciável de um ativo deve ser alocado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada, sendo determinado após a dedução de seu valor residual.

A depreciação cessará quando do término do seu período de vida útil. Nesse momento, seu valor contábil será igual ao seu valor residual, ou na falta deste, igual a zero.

A vida útil é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a entidade.

Tipo de coisa que o examinador gosta!

A estimativa da vida útil econômica do item do ativo é definida conforme alguns fatores:

a) desgaste físico, pelo uso ou não;

b) geração de benefícios futuros;

c) limites legais e contratuais sobre o uso ou a exploração do ativo; e

d) obsolescência tecnológica.

Note que é muito fácil tirar uma questão daqui, pois já temos quatro alternativas, basta inventar mais uma, que seria a falsa.

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Vou inventar uma questão pra você ver como funciona.

De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, a estimativa da vida útil econômica de um item do ativo é definida conforme alguns fatores, EXCETO:

a) desgaste físico, pelo uso ou não.

b) definição do tempo de uso por comissão de servidores.

c) geração de benefícios futuros.

d) limites legais e contratuais sobre o uso ou a exploração do ativo.

e) obsolescência tecnológica.

Imagine só uma questão dessas. Iria pegar muita gente, né? Fácil para o examinador, difícil pra você.

A resposta é a letra B. Definição do tempo de uso por comissão de servidores não está entre os fatores utilizados para se estimar a vida útil econômica de um ativo.

Terrenos e edifícios são ativos separáveis e contabilizados separadamente, mesmo quando sejam adquiridos conjuntamente.

Deve ser depreciado separadamente cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do item.

A variação patrimonial diminutiva de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado patrimonial em contrapartida a uma conta retificadora do ativo.

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Métodos de depreciação

Sem prejuízo da utilização de outros métodos de cálculo dos encargos de depreciação, podem ser adotados:

O método das quotas constantes;

O método das somas dos dígitos;

O método das unidades produzidas.

Vejamos agora três casos práticos, um sobre cada método:

O método das quotas constantes, ou método da linha reta, é o mais simples de todos.

Uma entidade pretende realizar a depreciação de um bem utilizando o método das cotas constantes. O valor bruto contábil é R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00 e valor depreciável de R$ 2.000,00. A vida útil do bem é de cinco anos, conforme a política da entidade, assim, a taxa de depreciação ao ano é de 20%. Por questões didáticas a depreciação será calculada anualmente.

Assim, temos que a depreciação anual é de R$ 400,00 que corresponde a 20% do valor depreciável de R$ 2.000,00. A cada ano eu vou abater R$ 400,00 do valor bruto contábil até que este atinja o valor residual de R$ 600,00.

O método das cotas constantes utiliza-se de taxa de depreciação constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere.

Vejamos uma questão:

(FCC/TJ PE 2012) Um equipamento de ressonância magnética foi adquirido por uma autarquia estadual pelo valor de R$ (mil) 3.000,00, seu valor justo à época de aquisição. A autarquia pretendia trocar o equipamento ao final de 5 anos e estimava que o seu valor residual seria de R$ (mil) 900,00. No final do primeiro ano de uso, apurou-se que o valor do ativo em uso era R$ 2.650,00 e o seu valor justo menos custo de alienação era R$ (mil) 2.580,00. Com base

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nessas informações e considerando que a autarquia utiliza o método das quotas constantes para depreciação do ativo é correto afirmar que no:

a) final do primeiro ano, a autarquia deveria reconhecer perda por irrecuperabilidade. b) primeiro ano, a quota de depreciação mensal foi R$ (mil) 35,00. c) final do primeiro ano, a autarquia deveria reconhecer reversão por perda por irrecuperabilidade. d) segundo ano, a quota de depreciação mensal foi R$ (mil) 36,45. e) primeiro ano, a quota de depreciação anual foi R$ (mil) 600,00.

Comentários:

A questão exige que utilizemos o método das cotas constantes. Este método utiliza uma de taxa de depreciação constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere.

Assim:

Valor bruto contábil = 3.000,00. Valor residual = 900,00. Valor depreciável = 2.100,00. Vida útil do bem = 5 anos. Depreciação anual de 20%.

Logo:

Depreciação anual = valor depreciável x taxa = 2.100 x 20% = 420 por ano.

Calculando por mês, temos 420/12 = 35.

Nossa resposta é a letra B.

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Método da soma dos dígitos.

Partindo da mesma situação hipotética:

Uma entidade pretende realizar a depreciação de um bem utilizando o método da soma dos dígitos. O valor bruto contábil é R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00 e valor depreciável de R$ 2.000,00. A vida útil do bem é de cinco anos, conforme a política da entidade, assim, a taxa de depreciação ao ano é de 20%. Por questões didáticas, a depreciação será calculada anualmente.

Como a vida útil corresponde a cinco anos, temos que somar todos os números que variam de 1 (primeiro ano) a 5 (último ano). Logo:

1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15.

A cada ano multiplicamos a fração correspondente ao valor depreciável, mas de trás pra frente! Assim, o primeiro ano corresponde à fração 5/15, o segundo ano a 4/15, e por aí vai. Complicado? Não é não, quer ver:

O método da soma dos dígitos resulta em uma taxa decrescente durante a vida útil. Esse é o método mais adequado para itens do imobilizado tais como veículos.

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Método das unidades produzidas.

Uma entidade pretende realizar a depreciação de um bem utilizando o método das unidades produzidas. O valor bruto contábil é R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00 e valor depreciável de R$ 2.000,00.

A vida útil do bem é determinada pela capacidade de produção que é igual a 5.000 unidades, sendo 500 unidades ao ano, conforme a política da entidade, assim, a taxa de depreciação ao ano é de 10%. Por questões didáticas, a depreciação será calculada anualmente.

Assim, o valor da depreciação de cada ano é R$ 200,00, correspondente a 10% do valor depreciável de R$ 2.000,00.

5.000/500 = 10 anos. A cada ano você diminui, do valor bruto contábil, a depreciação no período, correspondente a R$ 200,00.

O método das unidades produzidas resulta em uma taxa baseada no uso ou produção esperados.

Independentemente do método, ao subtrairmos a depreciação do valor bruto contábil, encontramos o valor líquido contábil, até o limite do valor residual.

Além disso, a taxa de depreciação é aplicada em cima do valor depreciável, sempre!

Depreciação = valor depreciável x taxa de depreciação.

A depreciação deverá ser realizada mensalmente em quotas que representam um duodécimo da taxa de depreciação anual do bem. Embora o lançamento

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contábil possa ser realizado pelo valor total da classe dos bens depreciados ao qual aquele item se refere, é importante notar que o cálculo do valor a depreciar deve ser identificado individualmente, item a item, em virtude da possibilidade de haver bens similares com taxas de depreciação diferentes e bens totalmente depreciados.

Também deve-se verificar que, no caso dos imóveis, somente a parcela correspondente a construção deve ser depreciada, não se depreciando o terreno.

6. Amortização.

A NBC T 16.9 traz a seguinte definição:

Amortização a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.

É muito comum associar o instituto da amortização com os ativos intangíveis. Assim, fique esperto, pois ativo intangível não está sujeito a depreciação, muito menos a exaustão.

Aqui se aplicam os mesmos conceitos utilizados em depreciação:

O valor bruto contábil é amortizado até o valor residual.

O valor líquido contábil corresponde à diferença entre o valor bruto contábil e a amortização acumulada para determinado período.

Inclusive, os métodos para se determinar o valor da amortização são os mesmos, quais sejam:

O método das quotas constantes; O método das somas dos dígitos; e O método das unidades produzidas.

Um fato interessante é que se deve presumir que o valor residual de ativo intangível com vida útil definida é zero, exceto quando:

a) haja compromisso de terceiro para comprar o ativo ao final da sua vida útil; ou

b) exista mercado ativo para ele e:

O valor residual possa ser determinado em relação a esse mercado; e

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Seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da vida útil do ativo.

Um valor residual diferente de zero implica que a entidade espera a alienação do ativo intangível antes do final de sua vida econômica.

O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida devem ser revisados pelo menos ao final de cada exercício. Caso a vida útil prevista do ativo seja diferente de estimativas anteriores, o prazo de amortização deve ser devidamente alterado.

Para o cálculo da amortização, a primeira coisa que devemos fazer é efetuar a classificação da vida útil do ativo intangível em definida e indefinida. Chamo a atenção que indefinida não é sinônimo de infinita.

Apenas os ativos intangíveis de vida útil definida são amortizáveis.

A amortização de ativos intangíveis com vida útil definida deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda, quando estiver totalmente amortizado ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. A amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, contra uma conta retificadora do ativo.

O ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. A entidade deve testar a perda de valor dos ativos intangíveis com vida útil indefinida, ou aqueles ainda não disponíveis para o uso, comparando o valor recuperável com o seu valor contábil sempre que existam indícios de que ativo intangível pode ter perdido valor.

O manual elenca os seguintes fatores na determinação da vida útil de um ativo intangível:

a) a utilização prevista de um ativo pela entidade e se o ativo pode ser gerenciado eficientemente por outra equipe da administração;

b) os ciclos de vida típicos dos produtos do ativo e as informações públicas sobre estimativas de vida útil de ativos semelhantes, utilizados de maneira semelhante;

c) obsolescência técnica, tecnológica, comercial ou de outro tipo;

d) a estabilidade do setor em que o ativo opera e as mudanças na demanda de mercado para produtos ou serviços gerados pelo ativo;

e) o nível dos gastos de manutenção requerido para obter os benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais do ativo e a capacidade de intenção

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da entidade para atingir tal nível;

f) o período de controle sobre o ativo e os limites legais ou contratuais para a sua utilização, tais como datas de vencimento dos arrendamentos/locações relacionados; e

g) se a vida útil do ativo depende da vida útil de outros ativos da entidade.

A vida útil de um ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada periodicamente para determinar se eventos e circunstâncias continuam a consubstanciar a avaliação de vida útil indefinida. Caso contrário, a mudança na avaliação de vida útil de indefinida para definida deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil.

7. Exaustão.

A NBC T 16.9 traz a seguinte definição:

Exaustão a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis.

Aqui também se aplicam os conceitos de valor bruto contábil, valor líquido contábil, valor residual e valor exaurível, que corresponde ao valor atual do bem deduzido de seu valor residual.

Assim, estão sujeitos à exaustão os bens explorados através da extração ou aproveitamento mineral ou florestal. Exemplo: uma floresta mantida com fins de comercialização de madeira.

Dessa forma, a exaustão permitirá ao ente que o custo do ativo seja distribuído durante o período de extração/aproveitamento.

Para esse fim, é necessário que haja uma análise técnica da capacidade de extração/aproveitamento do ativo em questão, pois a exaustão se dará proporcionalmente à quantidade produzida pelo ativo. Por exemplo:

a) jazida com capacidade de produção de 500.000 toneladas, registrada contabilmente pelo ente em 1.000.000,00.

b) extração realizada no mês de 40.000 toneladas.

O cálculo da exaustão da jazida nesse período será:

40.000 t / 500.000 t = 8%.

Exaustão = 8% de 1.000.000,00 = 80.000,00.

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Treinamento duro, combate fácil!

(Minha autoria) A respeito dos institutos da depreciação, amortização e exaustão, assinale a alternativa correta:

a) O valor residual do ativo intangível com vida útil definida é sempre zero.

b) A amortização de ativos intangíveis com vida útil indefinida deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso.

c) Apenas o ativo intangível com vida útil definida está sujeito a exaustão.

d) Não estão sujeitos ao regime de depreciação os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada.

e) A exaustão é realizada para elementos de recursos naturais inesgotáveis e a principal causa da redução do valor é a depreciação.

Comentários:

Letra A, incorreta. Não é sempre zero, pois há algumas exceções. Aliás, quando aparecer numa questão os termos sempre, nunca e somente pode desconfiar. O valor residual de ativo intangível com vida útil definida é zero, exceto quando:

a) haja compromisso de terceiro para comprar o ativo ao final da sua vida útil; ou

b) exista mercado ativo para ele e:

O valor residual possa ser determinado em relação a esse mercado; e

Seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da vida útil do ativo.

Letra B, incorreta. O ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. A amortização de ativos intangíveis com vida útil definida deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda, quando estiver totalmente amortizado ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. A amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, contra uma conta retificadora do ativo.

Letra C, incorreta. Não é amortização, mas sim exaustão. Apenas o ativo intangível com vida útil definida está sujeito a exaustão.

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Letra D, correta. Não estão sujeitos ao regime de depreciação:

Bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;

Bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

Animais que se destinam à exposição e à preservação; e

Terrenos rurais e urbanos.

Letra E, incorreta. a exaustão é realizada para elementos de recursos naturais esgotáveis e a principal causa da redução do valor é a exploração.

Letra D.

IMPORTANTE!

Os institutos da depreciação, amortização e exaustão têm como característica fundamental a redução do valor do bem.

A depreciação é feita para elementos patrimoniais tangíveis e tem múltiplas causas da redução do valor - o uso, a ação da natureza e obsolescência, de forma que se inicia a partir do momento em que o item do ativo se tornar disponível para uso.

A amortização é realizada para elementos patrimoniais de direitos de propriedades e bens intangíveis. A causa que influencia a redução do valor é a existência ou exercício de duração limitada, prazo legal ou contratualmente limitado.

Por fim, a exaustão é realizada para elementos de recursos naturais esgotáveis e a principal causa da redução do valor é a exploração.

Exemplos de elementos do patrimônio que sofrem a depreciação, amortização e exaustão, respectivamente, são veículos, softwares e os recursos minerais.

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8. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.

As provisões, passivos contingentes e ativos contingentes são as obrigações indefinidas e incertas, as quais têm suporte documental que deixam incertezas quanto a valor e data prevista de pagamento.

Provisões

Provisões são obrigações existentes da entidade provenientes de eventos passados, e que se espera que resulte em uma saída de fluxo de recursos relacionados a benefícios econômicos ou potencial de serviços, com a característica de terem algum grau de incerteza quanto a valor e data prevista de pagamento.

Uma provisão só deve ser reconhecida se atender, cumulativamente, aos seguintes requisitos:

a) A entidade tem uma obrigação legal ou não formalizada presente como consequência de um evento passado; b) É provável a saída de recursos para liquidar a obrigação; e c) Pode ser feita estimativa confiável do montante da obrigação.

Assim, se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.

Para cada classe de provisão, a entidade deve divulgar:

a) O valor contábil no início e no final do período; b) Provisões complementares feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes; c) Valores utilizados (isto é, obtidas e cobradas contra a provisão) durante o período; e d) Valores não utilizados durante o período.

Passivos contingentes

Os passivos contingentes, por seu turno, podem ser:

a) Uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou

b) Uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque:

Não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços seja exigida para liquidar a

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obrigação; ou

O valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

O manual determina que a entidade não deve reconhecer os passivos contingentes. A primeira vez que eu li essa frase achei meio estranha, mas logo a seguir o manual explica direitinho o porquê.

Vejamos um exemplo:

Determinada entidade do setor público infringiu uma lei ambiental sem estar claro se algum dano foi causado ao ambiente. Neste momento, tal fato é tratado como passivo contingente, sem reconhecimento no balanço patrimonial. Quando for claro que o dano foi causado e a reparação é necessária, a entidade reconhece uma provisão porque a saída de benefícios econômicos é agora provável.

Assim, quando for provável que a saída de recursos com benefícios econômicos ou potencial de serviços é necessária para um item previamente tratado como um passivo contingente, uma provisão é reconhecida nas demonstrações contábeis do período no qual a alteração na probabilidade ocorre (exceto em raras circunstâncias quando uma estimativa precisa não pode ser feita).

O MCASP traz um resuminho bacana sobre o assunto:

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Tipo de frase que o examinador gosta:

Há diferença entre provisões e passivos contingentes, pois aquelas, para o seu reconhecimento, devem está vinculados ao conceito de passivo. Caso não atendam aos critérios necessários para o seu reconhecimento, devem ser tratados como passivos contingentes.

Ativos contingentes

Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não estão totalmente sob controle da entidade.

A entidade não deve reconhecer um ativo contingente.

Vejamos um exemplo:

A entidade busca uma reivindicação através de processos legais onde o resultado é incerto ou a geração interna de ativo intangível sem comprovação de que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade.

Assim, ativos contingentes não são reconhecidos, uma vez que pode resultar no reconhecimento do ganho que pode não chegar a ser realizado. No entanto, quando a realização do ganho é praticamente certa, então o respectivo ativo não é contingente e seu reconhecimento é apropriado.

Inventei algumas questões pra gente treinar.

1. A respeito das provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, julgue os itens:

i. As provisões, passivos contingentes e ativos contingentes são as obrigações indefinidas e incertas, as quais não necessitam ter suporte documental específico, mas que, no entanto, deixam incertezas quanto a

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valor e data prevista de pagamento.

Errado. É necessário o devido suporte documental.

ii. As provisões correspondem a obrigações possíveis que resultam de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade

Errado. A questão traz uma situação enquadrada como passivo contingente. Provisões são obrigações existentes da entidade provenientes de eventos passados, e que se espera que resulte em uma saída de fluxo de recursos relacionados a benefícios econômicos ou potencial de serviços, com a característica de terem algum grau de incerteza quanto a valor e data prevista de pagamento.

2. É necessário que a entidade divulgue, para cada classe de provisão, as seguintes informações, exceto:

a) O valor contábil no início e no final do período. b) O saldo total das provisões não recebidas e não reclamadas. c) Provisões complementares feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes. d) Valores utilizados (isto é, obtidas e cobradas contra a provisão) durante o período. e) Valores não utilizados durante o período.

Dentre as alternativas, a única que não corresponde ao disposto no MCASP é a letra B.

3. Julgue os itens:

i. O reconhecimento dos ativos e passivos contingentes pelas entidades do setor público é obrigatório em respeito aos princípios contábeis da competência e oportunidade.

Errado. O MCASP é claro quanto a isso. A entidade não deve reconhecer os ativos e passivos contingentes no seu balanço patrimonial.

No caso dos passivos contingentes, quando for provável uma saída de recursos com benefícios econômicos ou potencial de serviços, uma provisão será reconhecida.

No caso dos ativos contingentes, quando a realização do ganho é praticamente certa, então o respectivo ativo não é contingente e seu reconhecimento é apropriado.

ii. Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos presentes e

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cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não estão totalmente sob controle da entidade.

O ativo contingente resulta de eventos passados, sendo esse o erro da questão.

iii. A diferença básica entre provisões e passivos contingentes reside no fato de que estes são vinculados ao conceito de passivo, ao passo que aquelas devem ser tratadas como uma situação contingente.

Errado. O manual traz que há diferença entre provisões e passivos contingentes, pois aquelas, para o seu reconhecimento, devem estar vinculadas ao conceito de passivo. Caso não atendam aos critérios necessários para o seu reconhecimento, devem ser tratadas como passivos contingentes.

9. Tratamento contábil aplicável aos impostos e contribuições.

Achei essa parte do assunto a que tem menos jeitão de contabilidade pública. Tanto o é que deixei por último. A maior parte dos conceitos desse tópico pertence à disciplina de direito tributário. Assim, extraí do manual aquilo que mais se refere à nossa disciplina. A parte de contabilização será vista em aula própria, se for o caso.

As receitas sem contraprestação compõem a maioria das variações patrimoniais aumentativas para a maior parte das entidades do setor público.

São separadas em:

(a) impostos e contribuições; e

(b) transferências.

As transações sem contraprestação são caracterizadas quando uma entidade recebe recursos sem nada entregar, ou entregando um valor irrisório em troca. Por exemplo, os contribuintes pagam impostos porque a lei tributária assim determina. Embora o governo tributante forneça uma variedade de serviços públicos aos contribuintes, ele não o faz em retribuição ao pagamento dos impostos.

Por seu turno, transação com contraprestação é aquela em que a entidade recebe ativos ou serviços ou tem passivos extintos e entrega valor aproximadamente igual (prioritariamente sob a forma de dinheiro, bens, serviços ou uso de ativos) a outra entidade na troca.

Os tributos são a maior fonte de variação patrimonial aumentativa de muitos governos e de outras entidades do setor público. Os tributos são definidos

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como benefícios econômicos compulsoriamente pagos ou a pagar às entidades do setor público, de acordo com as leis ou regulamentos estabelecidos para fornecer receita ao governo, exceto multas ou outras penalidades impostas em caso de infrações legais.

Uma entidade reconhecerá um ativo oriundo de uma transação sem contraprestação quando ganha o controle de recursos que se enquadram na definição de um ativo e satisfazem os critérios de reconhecimento.

Uma entrada de recursos de uma transação sem contraprestação que se enquadre na definição de um ativo deve ser reconhecida como um ativo quando, e somente quando:

(a) seja provável que os benefícios econômicos futuros e o potencial de serviços associados com o ativo fluam para a entidade; e

(b) o valor justo do ativo pode ser mensurado de maneira confiável.

Um ativo adquirido por meio de uma transação sem contraprestação deverá ser inicialmente mesurado pelo seu valor justo da data de aquisição.

O fato do ente da Federação criar e legislar sobre o imposto não significa, no entanto, que ficará com a totalidade da sua arrecadação. A Constituição Federal de 1988 define na Seção VI (Da Repartição das Receitas Tributárias) os casos que ensejam as transferências.

Ressalte-se que, estritamente do ponto de vista orçamentário, a transferência poderá ser realizada por meio de despesa ou como dedução de receita. Do ponto de vista patrimonial, as respectivas contas devem registrar o fenômeno sempre como variação patrimonial diminutiva.

No curso normal das operações, uma entidade pode receber recursos antes da ocorrência de um evento tributável. Em tais circunstâncias, um passivo referente ao montante equivalente àquele do recebimento antecipado é reconhecido até que o evento tributável ocorra.

Se uma entidade recebe recursos antes da existência de um acordo obrigatório de transferência, reconhece um passivo pelo recebimento antecipado até o momento em que o acordo se torne vinculativo.

Assim, os recursos de tributos recebidos antes da ocorrência do fato gerador são reconhecidos como um ativo e um passivo (recebimentos antecipados) porque o evento que origina o direito da entidade aos tributos não ocorreu e o critério para o reconhecimento da variação patrimonial aumentativa tributária não foi satisfeito, apesar de a entidade já ter recebido uma entrada de recursos.

Os recebimentos antecipados relativos a tributos não são, em essência,

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diferentes de outros recebimentos antecipados. Deste modo, um passivo é reconhecido até que o evento tributável ocorra. Quando o evento tributável ocorre, o passivo é baixado e a variação patrimonial aumentativa é reconhecida.

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B. Questões comentadas

Segue abaixo a lista de nossas questões comentadas. Não há muitas sobre o assunto, mesmo porque, com exceção dos tópicos da lei 4.320/64, trata-se de um tema muito recente. A maioria das questões nós já vimos na elucidação da teoria. Fiz como na aula passada, coloquei as do CESPE na frente. Divirta-se!

(CESPE/TRE RJ 2012) Acerca de patrimônio público e variações patrimoniais, julgue o item a seguir.

1. Uma ponte, estrada ou praça pública, construídas com recursos públicos, deve ser incluída no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração e controle.

Antes da publicação da NBC T 16, os bens de uso comum do povo, como rios, estradas, pontes e praças, não eram objeto de registro pela CASP. A NBC T 16.10 mudou essa história. Veja:

“Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. A mensuração dos bens de uso comum será efetuada, sempre que possível, ao valor de aquisição ou ao valor de produção e construção”.

Hoje, se estes bens absorverem recursos públicos ou forem recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração e controle.

Gabarito: Certo.

(CESPE/ANCINE 2012) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue o item.

2. Obras de arte, antiguidades e bens de interesse histórico devem serdepreciados anualmente.

Questão extraída da NBC T 16 e vista na aula. Não estão sujeitos ao regime de depreciação:

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(a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;

(b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

(c) animais que se destinam à exposição e à preservação; e

(d) terrenos rurais e urbanos.

Se você pensar bem, obras de arte, antiguidades e bens de interesse histórico são ativos que apresentam valorização com o passar dos anos, por isso não se fala em depreciá-los, uma vez que a depreciação serve para reduzir o valor contábil depreciável de um ativo, devido ao desgaste por uso ou natural.

Gabarito: Errado.

(CESPE/Câmara dos Deputados 2012) Com base nas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens, referentes à avaliação dos componentes patrimoniais.

3. Resíduos e refugos de estoques devem ser mensurados com base no valor realizável líquido caso não haja critério de mensuração mais adequado.

Típica questão decoreba. Essa foi extraída da NBC T 16.10, Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público. Aliás, foi cópia integral:

18. Os resíduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido.

Gabarito: Certo.

4. Para a avaliação de estoques, deve-se adotar o valor de mercado caso este seja inferior ao valor de aquisição do bem.

Mesma coisa. Cópia da norma. Vejamos o que a NBC T 16.10 fala sobre a avaliação de estoques. A resposta da questão está em negrito:

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ESTOQUES

13. Os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou no valor de produção ou de construção.

14. Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como despesas do período em que ocorrerem.

15. Se o valor de aquisição, de produção ou de construção for superior ao valor de mercado, deve ser adotado o valor de mercado.

16. O método para mensuração e avaliação das saídas dos estoques é o custo médio ponderado.

17. Quando houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos, deve ser utilizado o valor de mercado.

18. Os resíduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido.

19. Relativamente às situações previstas nos itens 13 a 18 desta Norma, as diferenças de valor de estoques devem ser refletidas em contas de resultado.

20. Os estoques de animais e de produtos agrícolas e extrativos são mensurados ou avaliados pelo valor de mercado, quando atendidas as seguintes condições:

(a) que a atividade seja primária; e

(b) que o custo de produção seja de difícil determinação ou que acarrete gastos excessivos.

Ou seja, para estoques, deve-se adotar o valor de mercado caso este seja inferior ao valor de aquisição, produção ou construção.

Gabarito: Certo.

(CESPE/TCDF 2012) Acerca da avaliação dos elementos patrimoniais, julgue o item a seguir de acordo com a Lei n.º 4.320/1964.

5. As reavaliações de bens móveis e imóveis devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado dos referidos bens na data de encerramento do balanço patrimonial.

A questão está errada. Note que ela fez referência à lei 4.320/64. Era imperioso o

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candidato ter se atentado a este fato. Isto porque a afirmação em si, tomada isoladamente, não está errada. “Como assim professor: a questão está errada, mas a afirmação não”? Isso mesmo. Simples, quer ver? A lei 4.320/64 é tímida ao tratar das reavaliações. Ela cita apenas um dispositivo sobre o assunto:

Art. 106, § 3º. Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis. Só isso. Se a questão fez referência à lei e não trouxe o dispositivo acima, ela está errada.

De fato, a NBC T 16.10, que trata da Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público, traz o seguinte:

36. As reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:

(a) anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados;

(b) a cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

Note que a questão foi extraída da NBC T 16.10, mas fez referência à lei 4.320/64. É bom a gente ficar ligado nessas coisas. Por fim, perceba que a lei 4.320/64 apenas faculta as reavaliações, ao passo que a NBC T 16.10 obriga, conforme os grifos acima (poderão e devem ser).

Gabarito: Errado.

(CESPE/Analista Administrativo – Contábil/PREVIC 2011) Com relação às normas estabelecidas pela Lei n.º 4.320/1964, julgue os itens a seguir.

6. Se determinado órgão público adquirir um tipo de carvão ativado, destinado aos filtros de ar de suas instalações, cujo prazo de validade estabelecido pelo fornecedor seja de trinta meses, tal produto deverá ser contabilizado no grupo de material de consumo.

Perceba que a questão faz referência à lei 4.320/64. Segundo essa norma, para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos (artigo 15, § 2º).

Logo, e tomando por base somente a lei 4.320/64, o material em comento é

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permanente.

Gabarito: Errado.

(CESPE/AJAE – Técnico em Contabilidade/TJ ES 2011) Considerando as normas e procedimentos relativos ao inventário de material permanente e de consumo, julgue os itens que se seguem.

7. Devem ser organizados no órgão público da administração direta os registros contábeis analíticos de todos os bens de caráter permanente e de consumo, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda, uso e administração.

A lei 4.320/64 estabelece que haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração (artigo 94). Assim, os bens de consumo estão excluídos da regra do artigo 94, sendo este o erro da questão.

No artigo 96 fica definido que o levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade. Com base no que foi exposto, podemos elaborar o seguinte esquema:

Levantamento geral dos bens (móveis e imóveis) inventário analítico (unidade administrativa) + inventário sintético (contabilidade).

Inventário Analítico unidade Administrativa.

Gabarito: Errado.

8. O inventário objetiva subsidiar o levantamento dos demonstrativos contábeis, principalmente do balanço patrimonial, ao final de cada exercício financeiro.

O Balanço Patrimonial é o demonstrativo que alcança todos os ativos e passivos da entidade. Assim, o inventário subsidia a elaboração deste balanço na medida em que verifica a quantidade e qualidade de itens do ativo.

Gabarito: Certo.

Rodolfo
Realce
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9. A contabilidade deve manter registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.

Lei 4.320/64, artigo 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.

Lembre-se:

Levantamento geral dos bens (móveis e imóveis) inventário analítico (unidade administrativa) + inventário sintético (contabilidade).

Gabarito: Certo.

10. Pertencem ao inventário de material permanente os itens patrimoniais de durabilidade superior a um ano e (ou) os que não percam a sua identidade física.

De acordo com a lei 4.320/64, os materiais permanentes têm durabilidade superior a dois anos, não um ano como afirma a questão.

Este comando é vago e não leva em conta os princípios da eficiência e economicidade.

Há materiais de pequeno valor econômico que tem durabilidade superior a dois anos. Neste caso, eles deveriam ser controlados via relação de carga, tendo em vista o custo X benefício desse controle. Uma chave de fenda, por exemplo, provavelmente possui durabilidade superior a dois anos e, levando em conta somente o critério da lei 4.320/64, deveria receber número patrimonial seqüencial. Este procedimento é extremamente custoso e ineficiente.

Felizmente, o MCASP autoriza que seja levado em conta o custo do controle para materiais de baixo valor econômico, dispensando o tombamento.

Gabarito: Errado.

(CESPE/Analista de Orçamento/MPU 2010) Considerando a necessidade de elaboração do inventário físico para a manutenção e o controle do patrimônio de órgãos públicos, bem como para a certificação do saldo constante do balanço geral do exercício, julgue os itens a seguir.

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11. Qualquer material permanente, incluindo-se o de pequeno valor econômico, deve ser controlado, sendo indispensável o seu tombamento, ainda que o custo do controle seja evidentemente superior ao risco de perda do bem.

Quando dizemos que um material foi tombado, quer dizer que ele recebeu um número patrimonial para fins de controle de inventário. Os materiais permanentes, via de regra, são tombados.

Entretanto, o controle patrimonial de qualquer material deverá ser feito baseado na relação custo/benefício desse controle.

Assim, se um material for adquirido como permanente e ficar comprovado que possui custo de controle superior ao seu benefício, deve ser controlado de forma simplificada, por meio de relação carga.

O controle por carga geralmente é feito através de uma lista especificando a quantidade e o estado dos materiais.

Gabarito: Errado.

12. O inventário físico é instrumento de controle por meio do qual é possível proceder ao levantamento da situação dos equipamentos e dos materiais permanentes em uso e de suas necessidades de manutenção.

Inventário físico instrumento de controle para a verificação dos saldos de estoques nos almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e materiais permanentes em uso no órgão ou entidade. Os tipos de inventários físicos são: anual, inicial, de transferência de responsabilidade, de extinção ou transformação e eventual.

O inventário pode levantar também a necessidade de manutenção dos materiais verificados, especialmente os permanentes.

Gabarito: Certo.

(CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010) Um dos instrumentos de controle do patrimônio público é o inventário de materiais, bens móveis e imóveis pertencentes ao ente público. Com relação a esse assunto, julgue os itens que se seguem.

13. É legalmente admissível a dispensa de tombamento de material permanente

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cujo custo for inferior ao custo de controle.

Em regra, os materiais permanentes devem ser tombados para fins de controle e inventário. Ou seja, devem receber número patrimonial sequencial como meio de identificação. No entanto, se o custo X benefício desse controle for alto, o tombamento é dispensável e o controle é feito de modo mais simplificado, via relação de carga.

Gabarito: Certo.

14. A durabilidade, a incorporabilidade e a tangibilidade são parâmetros para identificação de material permanente.

Segundo o MCASP, parte I, um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos critérios a seguir:

Critério da Durabilidade Se em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;

Critério da Fragilidade Se sua estrutura for quebradiça, deformável ou danificável, caracterizando sua irrecuperabilidade e perda de sua identidade ou funcionalidade;

Critério da Perecibilidade Se está sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou se deteriora ou perde sua característica pelo uso normal;

Critério da Incorporabilidade Se está destinado à incorporação a outro bem, e não pode ser retirado sem prejuízo das características físicas e funcionais do principal. Pode ser utilizado para a constituição de novos bens, melhoria ou adições complementares de bens em utilização (sendo classificado como 449030), ou para a reposição de peças para manutenção do seu uso normal que contenham a mesma configuração (sendo classificado como 339030);

Critério da Transformabilidade Se foi adquirido para fim de transformação.

A classificação do material em permanente é feita por exclusão dos critérios acima. Ademais, não está expresso na norma a tangibilidade.

Gabarito: Errado.

15. A durabilidade diferencia os materiais permanentes dos de consumo, pois tal característica não é relevante para materiais classificados como de consumo.

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Conforme vimos acima, a durabilidade é um dos requisitos utilizados para se classificar um material como permanente ou de consumo.

Gabarito: Errado.

(CESPE/Contador/MS 2010) A respeito dos aspectos relacionados à contabilidade pública, julgue o item subseqüente.

16. Se um cidadão transformar um terreno de sua propriedade em um parque recreativo e doá-lo ao poder público com a finalidade de fazer dele um bem de uso comum do povo de sua cidade, então o terreno passa a fazer parte do patrimônio sob controle da contabilidade pública.

Num passado não muito distante, os bens de uso comum do povo, como ruas e praças, não eram objeto de registro pela contabilidade pública. A NBC T 16.4 deu tratamento diferente ao assunto, ao estabelecer que os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação (como no caso da questão), devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional.

Gabarito: Certo.

17. (CESPE/Técnico em Contabilidade/MS 2010) Os títulos adquiridos pelo poder público serão divulgados, quando em moeda estrangeira, pelo valor nominal convertido em moeda corrente pela cotação da data da operação. Os passivos vinculados às moedas estrangeiras deverão ser convertidos pela cotação de fechamento do balanço, salvo nos casos em que a cotação média seja menor que a de fechamento.

Os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, serão avaliados pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço.

Gabarito: Errado.

(CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009) Acerca da classificação dos bens públicos e de suas características, julgue os seguintes itens.

18. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei

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determinar.

Essa é cópia do Código Civil. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Gabarito: Certo.

19. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Outra cópia. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Gabarito: Certo.

(CESPE/ACE/TCE AC 2009) Realiza-se inventário, na administração pública, para o controle e a conservação do patrimônio público passíveis de registros contábeis. Acerca do inventário e da avaliação dos componentes patrimoniais, julgue os itens.

20. Os bens do almoxarifado são avaliados pelo preço médio ponderado.

De acordo com a lei 4.320/64 os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

Gabarito: Certo.

21. Na administração pública, não podem ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

A lei 4.320/64 estabelece que poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis (artigo 106, § 3º).

No entanto, de acordo com a NBC T 16.10, as reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:

Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados; e

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A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

Em resumo:

Pela lei 4.320/64 reavaliações são facultativas.

NBC T 16.10 obrigatórias.

Fique atento às referências citadas na questão!

Gabarito: Errado.

22. Para perfeita caracterização dos bens de caráter permanente, bem como dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração, devem ser utilizados os registros sintéticos.

Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.

Gabarito: Errado.

23. (CESPE/ACE/TCU 2008) No caso de bens móveis produzidos ou de imóveis construídos diretamente pelo ente público, os valores que devem ser incorporados ao patrimônio e que devem figurar no balanço patrimonial são aqueles pelos quais esses mesmos bens poderiam ser adquiridos no mercado.

De acordo com a lei 4.320/64 os bens móveis e imóveis são avaliados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção.

Gabarito: Errado.

24. (CESPE/Auditor/AUGE 2008) Os bens de uso especial, embora integrem o conceito de bens públicos, não devem ser incorporados ao patrimônio das entidades públicas.

Os bens de uso especial são aqueles utilizados pelo próprio poder público para a execução de serviço público, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,

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inclusive os de suas autarquias. Eles pertencem ao patrimônio das entidades públicas.

Gabarito: Errado.

(CESPE/Consultor do Executivo/SEFAZ ES 2008) Julgue os itens subseqüentes acerca da avaliação dos elementos patrimoniais à luz da Lei n.º 4.320/1964.

25. Os bens de almoxarifado devem ser avaliados pelo método PEPS (primeiro que entra primeiro que sai).

Os bens de almoxarifado serão avaliados pelo preço médio ponderado das compras. Perceba a referência: lei 4.320/64!

Gabarito: Errado.

26. Os bens móveis e imóveis devem ser avaliados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção.

Os bens móveis e imóveis serão avaliados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção.

Gabarito: Certo.

27. (CESPE/Analista Administrativo e Financeiro/SEGER ES 2008) Rodovias e praças de uso comum do povo cuja construção seja realizada com recursos públicos deverão ser incorporadas ao patrimônio dos órgãos encarregados de sua manutenção.

Esta questão foi considerada errada em 2008, mas hoje certamente estaria correta, pois a NBC T 16.10 dispõe que os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional.

Gabarito: Certo.

28. (FCC/TJ PE 2012) Um equipamento de ressonância magnética foi adquirido por uma autarquia estadual pelo valor de R$ (mil) 3.000,00, seu valor justo à época de aquisição. A autarquia pretendia trocar o equipamento ao final de 5 anos e estimava que o seu valor residual seria de R$ (mil) 900,00. No final

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do primeiro ano de uso, apurou-se que o valor do ativo em uso era R$ (mil) 2.650,00 e o seu valor justo menos custo de alienação era R$ (mil) 2.580,00. Com base nessas informações e considerando que a autarquia utiliza o método das quotas constantes para depreciação do ativo é correto afirmar que no:

a) final do primeiro ano, a autarquia deveria reconhecer perda por irrecuperabilidade. b) primeiro ano, a quota de depreciação mensal foi R$ (mil) 35,00. c) final do primeiro ano, a autarquia deveria reconhecer reversão por perda por irrecuperabilidade. d) segundo ano, a quota de depreciação mensal foi R$ (mil) 36,45. e) primeiro ano, a quota de depreciação anual foi R$ (mil) 600,00.

Comentários:

Depreciação é a redução do valor dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

Valor depreciável é o valor original de um ativo deduzido do seu valor residual.

A depreciação cessará quando do término do seu período de vida útil. Nesse momento, seu valor contábil será igual ao seu valor residual, ou na falta deste, igual a zero.

Sem prejuízo da utilização de outros métodos de cálculo dos encargos de depreciação, podem ser adotados:

O método das quotas constantes; O método das somas dos dígitos; e O método das unidades produzidas.

A questão exige que utilizemos o método das cotas constantes. Este método utiliza uma de taxa de depreciação constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere.

Assim, temos:

Valor bruto contábil = 3.000,00. Valor residual = 900,00. Valor depreciável = 2.100,00. Vida útil do bem = 5 anos. Depreciação anual de 20%.

Logo:

Depreciação anual = valor depreciável x taxa = 2.100 x 20% = 420 por ano.

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Calculando por mês, temos 420/12 = 35. Este resultado aponta na direção da letra B. Expandindo um pouco mais nosso raciocínio, temos:

Valor bruto contábil: o valor do bem registrado na contabilidade, em uma determinada data, sem a dedução da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada.

Valor líquido contábil: o valor do bem registrado na Contabilidade, em determinada data, deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada.

Assim:

Valor líquido contábil = Valor bruto contábil – depreciação.

Letra B.

29. (NCE/UFRJ Contador 2012) Em relação às normas definidas na Lei nº 4.320/1964 para avaliação dos elementos patrimoniais, analise os itens a seguir.

I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal;

II - os bens móveis e imóveis deverão ser registrados pelo valor de aquisição ou valor de mercado, dos dois o menor;

III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras;

IV- é vedada a realização de reavaliações dos bens móveis e imóveis.

Estão corretos apenas:

a) I e II; b) I e III; c) I e IV; d) II e III; e) III e IV.

Comentários:

Note que a questão solicita que o candidato assinale as alternativas corretas, com base no que dispõe a lei 4.320/64. Essas regras estão insculpidas no artigo 106 da referida lei:

Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes:

I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na

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data do balanço;

II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção;

III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.

§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial.

§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

Da análise dos nossos itens, facilmente observamos que os itens I e III são cópias da lei e por isto estão corretos, ao passo que os itens II e IV vão de encontro ao disposto acima.

Com relação ao item IV, perceba que a lei 4.320/64 apenas faculta a reavaliação dos bens móveis e imóveis. Isso mudou. De acordo a NBC T 16 as reavaliaçõesdevem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:

Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados; e

A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

Ou seja:

NBC T 16 reavaliação obrigatória.

Lei 4.320/64 reavaliação facultativa.

Letra C.

30. (FCC/TRT 23ª Região 2011) Segundo os dispositivos da NBC T 16-9,

a) a depreciação de bens imóveis deve ser calculada com base no valor dos terrenos onde estão localizados, somado ao custo de construção das edificações.

b) a amortização corresponde à redução do valor decorrente da exploração dos

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recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis.

c) o valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exercício.

d) a depreciação e a amortização cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou é retirado temporariamente de operação.

e) estão sujeitos ao regime de depreciação os bens móveis de natureza cultural, tais como obras de arte, antiguidades, documentos, bens com interesse histórico e bens integrados em coleções.

Comentários:

Ótima questão pra treinar o conhecimento da norma.

Letra A, incorreta a NBC T 16.9 assevera que a depreciação de bens imóveis deve ser calculada com base, exclusivamente, no custo de construção, deduzido o valor dos terrenos.

Letra B, incorreta Amortização é a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. A alternativa trata da exaustão.

Letra C, correta. A norma estatui que o valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exercício. Quando as expectativas diferirem das estimativas anteriores, as alterações devem ser efetuadas.

Letra D, incorreta pelo contrário. A norma diz que a depreciação e a amortização não cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou é retirado temporariamente de operação.

Letra E, incorreta Não estão sujeitos ao regime de depreciação:

Bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;

Bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

Animais que se destinam à exposição e à preservação; e Terrenos rurais e urbanos.

Letra C.

31. (FCC/TCE RO Auditor 2010) Conforme a NBCT 16.10 - Avaliação e

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Mensuração de Ativos e Passivos em Entidade do Setor Público, é correto afirmar que na avaliação dos estoques:

a) a média ponderada móvel ou o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) são os critérios de controle de estoques permitidos.

b) os gastos de administração geral e financeiros referentes a material de distribuição gratuita devem acrescer o valor dos estoques.

c) o critério de mensuração dos estoques é o custo de aquisição ou custo de reposição, dos dois o maior.

d) o valor de liquidação deve ser utilizado quando houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos.

e) os resíduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido.

Comentários:

Deve-se levar em conta o disposto na NBC T 16.10.

Letra A, incorreta. O método para mensuração e avaliação das saídas dos estoques é o custo médio ponderado.

Letra B, incorreta. Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como despesas do período em que ocorrerem.

Letra C, incorreta. A norma diz que os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou no valor de produção ou de construção. Se o valor de aquisição, de produção ou de construção for superior ao valor de mercado, deve ser adotado o valor de mercado.

Letra D, incorreta. Quando houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos, deve ser utilizado o valor de mercado.

Letra E, correta. Cópia da norma. Os resíduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido.

Letra E.

32. (CESGRANRIO/IBGE 2010) Quanto à avaliação e à mensuração dos elementos patrimoniais nas entidades do setor público, e segundo as Normas do Conselho Federal de Contabilidade, tem-se que:

a) as aplicações financeiras de liquidez imediata são avaliadas pelo custo histórico, sem atualização.

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b) as disponibilidades em moeda estrangeira são expressas no Balanço Patrimonial pela taxa de câmbio vigente na data de contratação ou aquisição, devendo os ajustes e as diferenças de câmbio apurados serem contabilizados em contas patrimoniais.

c) o ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, deve ser mensurado ao valor de mercado, no mínimo, a cada cinco anos.

d) os bens de uso comum, que absorveram ou absorvem recursos públicos, serão incluídos no ativo permanente da entidade responsável pela sua administração ou controle estejam ou não afetos à sua atividade operacional.

e) os riscos de recebimento de dívidas de terceiros devem ser reconhecidos por meio de uma conta patrimonial, a qual será mantida mesmo quando deixarem de existir os motivos que a originaram.

Comentários:

Letra A, incorreta. As aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. As atualizações apuradas são contabilizadas em contas de resultado.

Letra B, incorreta. As disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial.

Letra C, incorreta. O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, é mensurado ou avaliado com base no valor de aquisição, produção ou construção.

Letra D, correta. Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. A mensuração dos bens de uso comum será efetuada, sempre que possível, ao valor de aquisição ou ao valor de produção e construção.

Letra E, incorreta. Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial. Os riscos de recebimento de dívidas são reconhecidos em conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram.

Letra D.

33. (CESGRANRIO/IBGE 2010) O Conselho Federal de Contabilidade por meio de Norma específica estabelece "critérios e procedimentos para o registro contábil da depreciação, amortização e exaustão." De acordo com as Normas

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Brasileiras de Contabilidade - NBC - T 16, as Demonstrações Contábeis devem divulgar, para cada classe de imobilizado, em nota explicativa, os itens a seguir, EXCETO:

a) valor contábil bruto.

b) método utilizado.

c) taxa utilizada.

d) vida útil econômica.

e) base de cálculo utilizada.

Comentários:

As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada classe de imobilizado, em nota explicativa:

O método utilizado, a vida útil econômica e a taxa utilizada;

O valor contábil bruto e a depreciação, a amortização e a exaustão acumuladas no início e no fim do período; e

As mudanças nas estimativas em relação a valores residuais, vida útil econômica, método e taxa utilizados.

Letra E.

34. (CONSULPLAN/TSE 2012) Uma cadeia pública de determinado Estado foi construída no ano de 2011 a um custo de R$ 12 milhões, com vida útil estimada de 50 anos. No ano de 2011, foi desativada por decisão judicial. Devido à natureza da instalação e de sua localização, o prédio foi convertido em depósito público, para o qual o custo de reposição estimado para a capacidade do local é de R$ 5,3 milhões. Considerando os critérios de avaliação e mensuração de ativos e passivos integrantes de entidades do setor público, é correto afirmar que o imóvel onde funcionava a cadeia pública sofreu:

a) aumento por fair value. b) ganho por reavaliação. c) perda por impairment. d) redução por depreciação.

Comentários:

Houve uma perda. Isso é fato. De cara eliminamos as alternativas A e B, pois elas tratam de ganho, aumento.

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Não ocorreu depreciação, pois o bem sequer foi usado. Sobra a letra C. Vejamos:

Redução ao valor recuperável (impairment): o ajuste ao valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for inferior ao valor líquido contábil.

De fato, se valor bruto contábil é de R$ 12.000,00 e a vida útil de 50 anos, temos uma depreciação de 2% ao ano ou de R$ 240,00, considerando o valor residual igual a zero, tendo em vista que a questão não mencionou esse dado.

Assim, resta evidente que o valor ajustado ficou menor que valor líquido contábil, o que nos permite enquadrar o caso como Redução ao valor recuperável ou impairment.

Valor líquido contábil = Valor bruto contábil – depreciação.

Letra C.

35. (ESAF/CGU 2012) Assinale a opção incorreta a respeito dos critérios a serem levados em conta para a mensuração dos ativos dos entes submetidos às regras da contabilidade aplicada ao setor público.

a) Os títulos de crédito, os direitos e as obrigações prefixadas são ajustados a valor presente.

b) Os ativos imobilizados recebidos por doação devem ser registrados por valor simbólico.

c) A participação no capital de empresas deve ser avaliada pelo método da equivalência patrimonial.

d) Um dos critérios a ser levado em conta na mensuração do intangível é se o custo desse ativo pode ser mensurado com segurança.

e) As disponibilidades em moeda estrangeira são mensuradas pelo valor original, feita a conversão à taxa vigente na data do Balanço Patrimonial.

Comentários:

Letra A, correta. Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial. Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixados são ajustados a valor presente.

Letra B, incorreta. Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a título gratuito deve ser considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em procedimento técnico ou valor patrimonial definido nos termos da doação. O

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critério de avaliação dos ativos do imobilizado obtidos a título gratuito e a eventual impossibilidade de sua mensuração devem ser evidenciados em notas explicativas.

Letra C, correta. As participações em empresas e em consórcios públicos ou público-privados sobre cuja administração se tenha influência significativa devem ser mensuradas ou avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. As demais participações podem ser mensuradas ou avaliadas de acordo com o custo de aquisição.

Letra D, correta. Segundo o MCASP, parte II, ativo intangível é um ativo não monetário, sem substância física, identificável, controlado pela entidade e gerador de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais.

A substância física não é a característica fundamental de um ativo. Assim, os intangíveis não deixam de ser ativos simplesmente porque não possuem esta característica. O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a entidade demonstre que ele atenda:

a) A definição de ativo intangível; e

b) Os critérios de reconhecimento, ou seja, quando:

For provável que os benefícios econômicos futuros esperados e serviço potencial atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e

O custo ou valor justo do ativo possa ser mensurado com segurança.

Letra E, incorreta. As disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial.

Letra B.

36. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção cujo custo não deve ser levado em conta na mensuração dos estoques dos entes públicos.

a) Mão de obra utilizada na produção. b) Impostos não recuperáveis. c) Armazenagem de produto acabado. d) Transportes referentes à produção. e) Material de propriedade do próprio ente.

Comentários:

O MCASP, parte II, assevera que os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou valor realizável líquido, dos dois o menor.

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Há certa contradição aqui. A NBC T 16.10 estatui que os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou no valor de produção ou de construção. Ou seja, a NBC T 16 não leva em conta o valor realizável líquido.

Os estoques são ativos:

Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados no processo de produção;

Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados ou distribuídos na prestação de serviços;

Mantidos para a venda ou distribuição no curso normal das operações;

Usados no curso normal das operações.

Os custos de estoques devem abranger todos os custos de compra, conversão e outros custos incorridos referentes ao deslocamento, como impostos não recuperáveis, custos de transporte e outros, referente ao processo de produção. Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente não devem ser absorvidos pelos estoques.

Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como variações patrimoniais diminutivas do período em que ocorrerem e não como custo dos estoques.

Letra C.

37. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção verdadeira a respeito da classificação contábil e orçamentária dos materiais e bens adquiridos pelas entidades públicas.

a) As despesas relacionadas à aquisição dos materiais definidos como de consumo devem ser classificadas como despesas correntes.

b) Um dos critérios que podem ser considerados ao se classificar um material como sendo de consumo é a perecibilidade.

c) Os materiais de consumo são todos aqueles cuja duração e uso são inferiores a um ano.

d) Materiais permanentes são aqueles cujo controle se faz de forma individualizada com registro e tombamento patrimonial.

e) Materiais de consumo não integram o patrimônio da entidade e por isso não são registrados no ativo.

Comentários:

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Letra A, incorreta. Sem entrar muito no mérito, guarde apenas que na maioria das vezes os materiais de consumo são despesas correntes. Há algumas situações muito específicas, tratadas no MCASP, parte I, que tratam os materiais de consumo como despesa de capital. Vide abaixo o critério da incorporabilidade.

Letra B, correta. Perfeito. Segundo o MCASP, parte I, um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos critérios a seguir:

Critério da Durabilidade Se em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;

Critério da Fragilidade Se sua estrutura for quebradiça, deformável ou danificável, caracterizando sua irrecuperabilidade e perda de sua identidade ou funcionalidade;

Critério da Perecibilidade Se está sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou se deteriora ou perde sua característica pelo uso normal;

Critério da Incorporabilidade Se está destinado à incorporação a outro bem, e não pode ser retirado sem prejuízo das características físicas e funcionais do principal. Pode ser utilizado para a constituição de novos bens, melhoria ou adições complementares de bens em utilização (sendo classificado como 449030 – despesa de capital), ou para a reposição de peças para manutenção do seu uso normal que contenham a mesma configuração (sendo classificado como 339030 – despesa corrente); e

Critério da Transformabilidade Se foi adquirido para fim de transformação.

Letra C, incorreta. Se levarmos em conta exclusivamente o critério da lei 4.320/64, temos que os materiais de consumo são aqueles de duração inferior a dois anos.

Letra D, incorreta. Deve-se levar em conta o custo do controle para realizar o tombamento.

Letra E, incorreta. Se eu comprar material de consumo para minha organização, tipo parafusos, resmas de papel A4, por exemplo, eles devem ser registrados no ativo do meu órgão.

Letra B.

38. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a única opção cuja ocorrência não é objeto da contabilidade aplicada ao setor público, na forma praticada atualmente na esfera federal.

a) Os convênios celebrados pelas entidades públicas federais para a transferência de recursos.

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b) Os contratos celebrados com entidade privada para a prestação de serviços à Administração Pública.

c) A emissão de nota de empenho para pagamento de bens a serem adquiridos.

d) A perda de condição de uso de estrada federal em razão de chuvas ou ação do tempo.

e) O recebimento de doação em bens materiais para equipar hospital público.

Comentários:

O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio público.

Por patrimônio público entendemos o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

Da leitura da ampla definição acima podemos enquadrar facilmente como manipulação do patrimônio público as letras A, B e E. A emissão de nota de empenho também é uma atividade inerente dos setores que operacionalizam a contabilidade pública.

A única alternativa que nos resta é a letra D. Apesar de ser meio polêmica, não podemos desmerecer sua elegância. A NBC T 16.9 trouxe critérios e procedimentos para o registro contábil da depreciação, da amortização e da exaustão.

Segundo a referida norma, depreciação é a redução do valor dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Ao que parece, nossa estrada pode ser enquadrada como um bem tangível sujeito a depreciação, certo? Não! Errado. Isto porque a norma excetua do regime de depreciação as seguintes situações:

Bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antigüidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;

Bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos,

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considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

Animais que se destinam à exposição e à preservação; e

Terrenos rurais e urbanos.

O código civil traz a classificação dos bens públicos (o grifo é nosso):

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Logo, estradas são bens de uso comum do povo que naturalmente absorveram ou absorvem recursos públicos. O imbróglio corre por conta da vida útil da estrada. Essa é a polêmica. Podemos dizer que uma estrada tem vida útil tecnicamente indeterminada? Sinceramente não sei. Parece que sim, mas o MCASP, volume II, que trata do assunto, não menciona tal situação. Assim, fica como jurisprudência ESAFIANA estradas tem vida útil tecnicamente indeterminada, são bens de uso comum do povo, absorvem [ou absorveram] recursos públicos e, por isto, não estão sujeitas ao regime de depreciação.

Interessante são os impactos das depreciações, amortizações e exaustões nos demonstrativos públicos. Por enquanto memorize que:

Letra D.

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(Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010 – adaptada) No âmbito da administração pública federal, julgue os itens no que diz respeito a uma correta gestão de bens patrimoniais:

39. Material permanente é aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde a sua identidade física e/ou tem uma durabilidade superior a três anos.

Quando o assunto é material permanente ou de consumo devemos ter em mente o período cabalístico de 2 anos:

Material Permanente > 2 anos. Material de Consumo < 2 anos.

Lei 4.320/64, art. 15, § 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos.

Gabarito: Errado.

40. Os bens de almoxarifado devem ser avaliados pelo preço médio ponderado das compras

Tendo como referência a lei 4.320, temos que a avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá às seguintes regras:

Os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

Os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; e

Os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

A NBC T 16.10 trouxe mais critérios e procedimentos para avaliação do patrimônio público.

Gabarito: Certo.

41. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) A respeito dos critérios para reconhecimento e mensuração da depreciação, amortização e exaustão no setor público, é correto afirmar:

a) o valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados pelo

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menos uma vez a cada dois anos.

b) a depreciação e a amortização cessam quando o bem se torna obsoleto ou é retirado temporariamente de operação.

c) os bens de uso comum de qualquer natureza não estão sujeitos à depreciação.

d) o valor da parcela a ser reconhecida no resultado como decréscimo patrimonial e demonstrada no balanço patrimonial deve ser demonstrado em conta redutora do respectivo ativo.

e) no caso das entidades da administração direta, a depreciação deve ser lançada diretamente contra as contas do patrimônio líquido.

Comentários:

A letra A está incorreta. NBC T 16.9, item 5 O valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exercício. Quando as expectativas diferirem das estimativas anteriores, as alterações devem ser efetuadas.

A letra B está incorreta. NBC T 16.9, item 8 A depreciação e a amortização não cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou é retirado temporariamente de operação.

A letra C está incorreta. NBC T 16.9, item 12 Não estão sujeitos ao regime de depreciação:

Bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antigüidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;

Bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

Animais que se destinam à exposição e à preservação; e Terrenos rurais e urbanos.

Ou seja, não são os bens de uso comum de qualquer natureza, mas apenas os especificados acima.

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A letra D está correta e a letra E incorreta. NBC T 16.9, item 3 Para o registro da depreciação, amortização e exaustão devem ser observados os seguintes aspectos:

Obrigatoriedade do seu reconhecimento; Valor da parcela que deve ser reconhecida no resultado como

decréscimo patrimonial, e, no balanço patrimonial, representada em conta redutora do respectivo ativo; e

Circunstâncias que podem influenciar seu registro.

Letra D.

42. (Analista Técnico/SUSEP 2010) Julgue, se verdadeiro(V) ou falso(F), os itens a seguir a respeito do conceito e contabilização dos bens públicos e assinale a opção que indica a seqüência correta.

I. Todos os bens públicos, de qualquer natureza, são objeto de registro pela contabilidade e no modelo atualmente adotado na esfera federal integram o patrimônio das entidades públicas.

II. Os bens públicos de uso especial são aqueles destinados ao desempenho das atividades das entidades públicas e constam do seu patrimônio.

III. Os bens públicos, mesmo aqueles de natureza imaterial, são passíveis de registro pela contabilidade, embora não integrem o patrimônio das entidades públicas.

IV. No âmbito federal, as estradas e vias públicas são consideradas bens de uso

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especial e são objeto de registro pela contabilidade aplicada ao setor público.

a) F, V, F, F

b) V, V, V, F

c) V, F, F, V

d) F, F, V, F

e) F, V, F, V

Comentários:

O item I está incorreto. Nem todos os bens públicos são objeto de registro pela contabilidade. Por exemplo, de acordo com a NBC T 16.10, somente os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional.

O item II está correto. Os bens de uso especial são aqueles utilizados pelo próprio poder público para a execução de serviço público, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. Integram o patrimônio das entidades públicas.

O item III está incorreto. Somente os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados. A avaliação e mensuração são com base no valor de aquisição ou de produção. Ademais, segundo a NBC T 16, o Patrimônio Público alcança o conjunto de direitos e bens, tangíveis ouintangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

O item IV está incorreto. As estradas e vias públicas são consideradas bens de

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uso comum do povo. Além disso, conforme dito acima, somente os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional.

Cabe ressaltar que, com a publicação da NBC T 16, as reavaliações de bens públicos se tornaram obrigatórias e devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do Balanço Patrimonial, pelo menos:

Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados; e

A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

Letra A.

43. (Analista Técnico/SUSEP 2010) Segundo a Lei n. 4.320/64, material permanente é aquele que apresenta as seguintes características:

a) bens cujo uso é majoritariamente utilizado na atividade fim da entidade pública.

b) bens adquiridos como despesa de capital e integrantes do patrimônio da entidade.

c) aquele cuja duração é superior a dois anos.

d) são constituídos pelo mobiliário e equipamentos utilizados pela entidade pública e que tenha sido adquirido por ela.

e) todo bem e/ou equipamento cujo uso possa se estender por quatro anos além do exercício da compra.

Comentários:

De acordo com a lei 4.320/64, para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos.

Letra C.

44. (Analista Administrativo/ANA 2009) Tendo como base a regulamentação da

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Lei n. 4.320/64 sobre a contabilidade orçamentária, financeira, patrimonial e industrial, é correto afirmar:

a) os serviços públicos industriais manterão contabilidade especial para determinação dos custos, mesmo que não sejam organizados na forma de empresa ou autarquia.

b) o levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário sintético de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração analítica na contabilidade.

c) os débitos e créditos de natureza financeira não relacionados com a execução orçamentária não serão objeto de registro contábil.

d) a contabilidade orçamentária manterá registros necessários à evidenciação das disponibilidades orçamentárias, dispensando-se desse registro os créditos destinados às transferências.

e) os bens móveis e imóveis serão registrados pela contabilidade de forma analítica de modo a evidenciar as características de cada um e seus respectivos responsáveis.

Comentários:

A letra A está correta. Artigo 99, lei 4.320/64 Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum.

A letra B está incorreta. Artigo 96, lei 4.320/64 O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade. A questão inverteu. Analítico da Unidade Administrativa e sintética da Contabilidade.

A letra C está incorreta. Artigo 93, lei 4.320/64 Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle contábil.

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A letra D está incorreta. A lei 4.320/64 trata do assunto da seguinte maneira: Art. 90 a contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

A letra E está incorreta. A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis. Registros analíticos são com a Unidade Administrativa.

Letra A.

45. (AFC/CGU 2006) Com base nas disposições da Lei n. 4.320/64 sobre a contabilidade dos entes públicos, julgue os itens a seguir – verdadeiro (V) ou falso (F), e assinale a opção que indica a seqüência correta.

( ) É função da contabilidade dos entes públicos evidenciar os fatos ligados à administração financeira, orçamentária, patrimonial e industrial.

( ) As tomadas de contas dos agentes responsáveis por bens e dinheiros públicos serão realizadas pelos órgãos de contabilidade, ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

( ) A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública somente a situação dos que arrecadem receitas e efetuem despesas.

( ) Os registros dos bens móveis e imóveis devem ser realizados de forma analítica.

( ) É obrigatório que a contabilidade evidencie o montante das dotações disponíveis.

a) F,V,F,V,V

b) V,V,F,F,V

c) V,F,V,V,V

d) V,V,F,V,V

e) F,F,V,V,F

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Comentários:

O item I é verdadeiro. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira patrimonial e industrial (artigo 89).

O item II é verdadeiro. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a tomada de contas dos agentes responsáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos serviços de contabilidade (artigo 84).

O item III é falso. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados (artigo 83).

O item IV é falso. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração (artigo 94).

A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis (artigo 95).

O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade (artigo 96).

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O item V é verdadeiro. A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis (artigo 90).

Letra B.

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C. Resumo da aula

Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos patrimoniais devem ser reconhecidos e apresentados nas demonstrações contábeis.

Devem ser mensurados ou avaliados monetariamente e registrados pela contabilidade pública:

4. O patrimônio das entidades do setor público;

5. O orçamento, a execução orçamentária e financeira; e

6. Os atos administrativos que provoquem efeitos de caráter econômico e financeiro no patrimônio da entidade.

Os registros da entidade, desde que estimáveis tecnicamente, devem ser efetuados, mesmo na hipótese de existir razoável certeza de sua ocorrência.

Material de Consumo perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos.

Material Permanente não perde a sua identidade física, e/ou tem uma durabilidade superior a dois anos.

Os materiais permanentes em geral devem ser tombados. O seu controle patrimonial deverá ser feito baseado na relação custo/benefício desse controle carga.

Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.

A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.

Levantamento geral dos bens móveis e imóveis = inventário analítico de cada unidade administrativa + elementos da escrituração sintética na contabilidade.

A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá às seguintes regras (lei 4.320/64):

I – os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

II – os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de

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produção ou de construção; e

III – os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.

O MCASP, parte I, estabelece critérios adicionais para facilitar na referida classificação. Segundo o manual, um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos critérios a seguir: Critério da durabilidade, da fragilidade, da perecibilidade, da incorporabilidade e da transformabilidade.

A classificação em material permanente é feita por exclusão desses critérios.

Avaliação, mensuração, reavaliação e redução a valor recuperável leia a NBC T 16.10.

Depreciação, amortização e exaustão leia a NBC T 16.9.

As provisões, passivos contingentes e ativos contingentes são as obrigações indefinidas e incertas, as quais têm suporte documental que deixam incertezas quanto a valor e data prevista de pagamento.

Provisões são obrigações existentes da entidade provenientes de eventos passados, e que se espera que resulte em uma saída de fluxo de recursos relacionados a benefícios econômicos ou potencial de serviços, com a característica de terem algum grau de incerteza quanto a valor e data prevista de pagamento.

Os passivos contingentes podem ser:

a) Uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou

b) Uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque:

Não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços seja exigida para liquidar a obrigação; ou

O valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais

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eventos futuros incertos que não estão totalmente sob controle da entidade.

A entidade não deve reconhecer os ativos e passivos contingentes.

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D. Normas correlatas

Na ordem de importância:

1 – lei 4.320/64, artigos 94, 95, 96 e 106. 2 – NBC T 16.9 e 16.10. 3 – MCASP, parte II, 02.05.00 a 02.10.00.

Francamente falando pessoal, os itens 1 e 2 são de leitura obrigatória. O item 3 só se der tempo.

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E. Questões sem os comentários

(CESPE/TRE RJ 2012) Acerca de patrimônio público e variações patrimoniais, julgue o item a seguir.

1. Uma ponte, estrada ou praça pública, construídas com recursos públicos, deve ser incluída no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração e controle.

(CESPE/ANCINE 2012) De acordo com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue o item.

2. Obras de arte, antiguidades e bens de interesse histórico devem serdepreciados anualmente.

(CESPE/Câmara dos Deputados 2012) Com base nas normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue os próximos itens, referentes à avaliação dos componentes patrimoniais.

3. Resíduos e refugos de estoques devem ser mensurados com base no valor realizável líquido caso não haja critério de mensuração mais adequado.

4. Para a avaliação de estoques, deve-se adotar o valor de mercado caso este seja inferior ao valor de aquisição do bem.

(CESPE/TCDF 2012) Acerca da avaliação dos elementos patrimoniais, julgue o item a seguir de acordo com a Lei n.º 4.320/1964.

5. As reavaliações de bens móveis e imóveis devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado dos referidos bens na data de encerramento do balanço patrimonial.

(CESPE/Analista Administrativo – Contábil/PREVIC 2011) Com relação às normas estabelecidas pela Lei n.º 4.320/1964, julgue os itens a seguir.

6. Se determinado órgão público adquirir um tipo de carvão ativado, destinado aos filtros de ar de suas instalações, cujo prazo de validade estabelecido pelo fornecedor seja de trinta meses, tal produto deverá ser contabilizado no grupo de material de consumo.

(CESPE/AJAE – Técnico em Contabilidade/TJ ES 2011) Considerando as normas e procedimentos relativos ao inventário de material permanente e de consumo,

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julgue os itens que se seguem.

7. Devem ser organizados no órgão público da administração direta os registros contábeis analíticos de todos os bens de caráter permanente e de consumo, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda, uso e administração.

8. O inventário objetiva subsidiar o levantamento dos demonstrativos contábeis, principalmente do balanço patrimonial, ao final de cada exercício financeiro.

9. A contabilidade deve manter registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.

10. Pertencem ao inventário de material permanente os itens patrimoniais de durabilidade superior a um ano e (ou) os que não percam a sua identidade física.

(CESPE/Analista de Orçamento/MPU 2010) Considerando a necessidade de elaboração do inventário físico para a manutenção e o controle do patrimônio de órgãos públicos, bem como para a certificação do saldo constante do balanço geral do exercício, julgue os itens a seguir.

11. Qualquer material permanente, incluindo-se o de pequeno valor econômico, deve ser controlado, sendo indispensável o seu tombamento, ainda que o custo do controle seja evidentemente superior ao risco de perda do bem.

12. O inventário físico é instrumento de controle por meio do qual é possível proceder ao levantamento da situação dos equipamentos e dos materiais permanentes em uso e de suas necessidades de manutenção.

(CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010) Um dos instrumentos de controle do patrimônio público é o inventário de materiais, bens móveis e imóveis pertencentes ao ente público. Com relação a esse assunto, julgue os itens que se seguem.

13. É legalmente admissível a dispensa de tombamento de material permanente cujo custo for inferior ao custo de controle.

14. A durabilidade, a incorporabilidade e a tangibilidade são parâmetros para identificação de material permanente.

15. A durabilidade diferencia os materiais permanentes dos de consumo, pois tal característica não é relevante para materiais classificados como de consumo.

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(CESPE/Contador/MS 2010) A respeito dos aspectos relacionados à contabilidade pública, julgue o item subseqüente.

16. Se um cidadão transformar um terreno de sua propriedade em um parque recreativo e doá-lo ao poder público com a finalidade de fazer dele um bem de uso comum do povo de sua cidade, então o terreno passa a fazer parte do patrimônio sob controle da contabilidade pública.

17. (CESPE/Técnico em Contabilidade/MS 2010) Os títulos adquiridos pelo poder público serão divulgados, quando em moeda estrangeira, pelo valor nominal convertido em moeda corrente pela cotação da data da operação. Os passivos vinculados às moedas estrangeiras deverão ser convertidos pela cotação de fechamento do balanço, salvo nos casos em que a cotação média seja menor que a de fechamento.

(CESPE/Técnico em Contabilidade/UNIPAMPA 2009) Acerca da classificação dos bens públicos e de suas características, julgue os seguintes itens.

18. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

19. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

(CESPE/ACE/TCE AC 2009) Realiza-se inventário, na administração pública, para o controle e a conservação do patrimônio público passíveis de registros contábeis. Acerca do inventário e da avaliação dos componentes patrimoniais, julgue os itens.

20. Os bens do almoxarifado são avaliados pelo preço médio ponderado.

21. Na administração pública, não podem ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

22. Para perfeita caracterização dos bens de caráter permanente, bem como dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração, devem ser utilizados os registros sintéticos.

23. (CESPE/ACE/TCU 2008) No caso de bens móveis produzidos ou de imóveis construídos diretamente pelo ente público, os valores que devem ser incorporados ao patrimônio e que devem figurar no balanço patrimonial são aqueles pelos quais esses mesmos bens poderiam ser adquiridos no mercado.

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24. (CESPE/Auditor/AUGE 2008) Os bens de uso especial, embora integrem o conceito de bens públicos, não devem ser incorporados ao patrimônio das entidades públicas.

(CESPE/Consultor do Executivo/SEFAZ ES 2008) Julgue os itens subseqüentes acerca da avaliação dos elementos patrimoniais à luz da Lei n.º 4.320/1964.

25. Os bens de almoxarifado devem ser avaliados pelo método PEPS (primeiro que entra primeiro que sai).

26. Os bens móveis e imóveis devem ser avaliados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção.

27. (CESPE/Analista Administrativo e Financeiro/SEGER ES 2008) Rodovias e praças de uso comum do povo cuja construção seja realizada com recursos públicos deverão ser incorporadas ao patrimônio dos órgãos encarregados de sua manutenção.

28. (FCC/TJ PE 2012) Um equipamento de ressonância magnética foi adquirido por uma autarquia estadual pelo valor de R$ (mil) 3.000,00, seu valor justo à época de aquisição. A autarquia pretendia trocar o equipamento ao final de 5 anos e estimava que o seu valor residual seria de R$ (mil) 900,00. No final do primeiro ano de uso, apurou-se que o valor do ativo em uso era R$ (mil) 2.650,00 e o seu valor justo menos custo de alienação era R$ (mil) 2.580,00. Com base nessas informações e considerando que a autarquia utiliza o método das quotas constantes para depreciação do ativo é correto afirmar que no:

a) final do primeiro ano, a autarquia deveria reconhecer perda por irrecuperabilidade. b) primeiro ano, a quota de depreciação mensal foi R$ (mil) 35,00. c) final do primeiro ano, a autarquia deveria reconhecer reversão por perda por irrecuperabilidade. d) segundo ano, a quota de depreciação mensal foi R$ (mil) 36,45. e) primeiro ano, a quota de depreciação anual foi R$ (mil) 600,00.

29. (NCE/UFRJ Contador 2012) Em relação às normas definidas na Lei nº 4.320/1964 para avaliação dos elementos patrimoniais, analise os itens a seguir.

I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal;

II - os bens móveis e imóveis deverão ser registrados pelo valor de aquisição ou valor de mercado, dos dois o menor;

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III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras;

IV- é vedada a realização de reavaliações dos bens móveis e imóveis.

Estão corretos apenas:

a) I e II; b) I e III; c) I e IV; d) II e III; e) III e IV.

30. (FCC/TRT 23ª Região 2011) Segundo os dispositivos da NBC T 16-9,

a) a depreciação de bens imóveis deve ser calculada com base no valor dos terrenos onde estão localizados, somado ao custo de construção das edificações.

b) a amortização corresponde à redução do valor decorrente da exploração dos recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis.

c) o valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exercício.

d) a depreciação e a amortização cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou é retirado temporariamente de operação.

e) estão sujeitos ao regime de depreciação os bens móveis de natureza cultural, tais como obras de arte, antiguidades, documentos, bens com interesse histórico e bens integrados em coleções.

31. (FCC/TCE RO Auditor 2010) Conforme a NBCT 16.10 - Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidade do Setor Público, é correto afirmar que na avaliação dos estoques:

a) a média ponderada móvel ou o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) são os critérios de controle de estoques permitidos.

b) os gastos de administração geral e financeiros referentes a material de distribuição gratuita devem acrescer o valor dos estoques.

c) o critério de mensuração dos estoques é o custo de aquisição ou custo de reposição, dos dois o maior.

d) o valor de liquidação deve ser utilizado quando houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos.

e) os resíduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido.

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32. (CESGRANRIO/IBGE 2010) Quanto à avaliação e à mensuração dos elementos patrimoniais nas entidades do setor público, e segundo as Normas do Conselho Federal de Contabilidade, tem-se que:

a) as aplicações financeiras de liquidez imediata são avaliadas pelo custo histórico, sem atualização.

b) as disponibilidades em moeda estrangeira são expressas no Balanço Patrimonial pela taxa de câmbio vigente na data de contratação ou aquisição, devendo os ajustes e as diferenças de câmbio apurados serem contabilizados em contas patrimoniais.

c) o ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, deve ser mensurado ao valor de mercado, no mínimo, a cada cinco anos.

d) os bens de uso comum, que absorveram ou absorvem recursos públicos, serão incluídos no ativo permanente da entidade responsável pela sua administração ou controle estejam ou não afetos à sua atividade operacional.

e) os riscos de recebimento de dívidas de terceiros devem ser reconhecidos por meio de uma conta patrimonial, a qual será mantida mesmo quando deixarem de existir os motivos que a originaram.

33. (CESGRANRIO/IBGE 2010) O Conselho Federal de Contabilidade por meio de Norma específica estabelece "critérios e procedimentos para o registro contábil da depreciação, amortização e exaustão." De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC - T 16, as Demonstrações Contábeis devem divulgar, para cada classe de imobilizado, em nota explicativa, os itens a seguir, EXCETO:

a) valor contábil bruto.

b) método utilizado.

c) taxa utilizada.

d) vida útil econômica.

e) base de cálculo utilizada.

34. (CONSULPLAN/TSE 2012) Uma cadeia pública de determinado Estado foi construída no ano de 2011 a um custo de R$ 12 milhões, com vida útil estimada de 50 anos. No ano de 2011, foi desativada por decisão judicial. Devido à natureza da instalação e de sua localização, o prédio foi convertido em depósito público, para o qual o custo de reposição estimado para a capacidade do local é de R$ 5,3 milhões. Considerando os critérios de avaliação e mensuração de ativos e passivos integrantes de entidades do

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setor público, é correto afirmar que o imóvel onde funcionava a cadeia pública sofreu:

a) aumento por fair value. b) ganho por reavaliação. c) perda por impairment. d) redução por depreciação.

35. (ESAF/CGU 2012) Assinale a opção incorreta a respeito dos critérios a serem levados em conta para a mensuração dos ativos dos entes submetidos às regras da contabilidade aplicada ao setor público.

a) Os títulos de crédito, os direitos e as obrigações prefixadas são ajustados a valor presente.

b) Os ativos imobilizados recebidos por doação devem ser registrados por valor simbólico.

c) A participação no capital de empresas deve ser avaliada pelo método da equivalência patrimonial.

d) Um dos critérios a ser levado em conta na mensuração do intangível é se o custo desse ativo pode ser mensurado com segurança.

e) As disponibilidades em moeda estrangeira são mensuradas pelo valor original, feita a conversão à taxa vigente na data do Balanço Patrimonial.

36. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção cujo custo não deve ser levado em conta na mensuração dos estoques dos entes públicos.

a) Mão de obra utilizada na produção. b) Impostos não recuperáveis. c) Armazenagem de produto acabado. d) Transportes referentes à produção. e) Material de propriedade do próprio ente.

37. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção verdadeira a respeito da classificação contábil e orçamentária dos materiais e bens adquiridos pelas entidades públicas.

a) As despesas relacionadas à aquisição dos materiais definidos como de consumo devem ser classificadas como despesas correntes.

b) Um dos critérios que podem ser considerados ao se classificar um material como sendo de consumo é a perecibilidade.

c) Os materiais de consumo são todos aqueles cuja duração e uso são inferiores a um ano.

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d) Materiais permanentes são aqueles cujo controle se faz de forma individualizada com registro e tombamento patrimonial.

e) Materiais de consumo não integram o patrimônio da entidade e por isso não são registrados no ativo.

38. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Assinale a única opção cuja ocorrência não é objeto da contabilidade aplicada ao setor público, na forma praticada atualmente na esfera federal.

a) Os convênios celebrados pelas entidades públicas federais para a transferência de recursos.

b) Os contratos celebrados com entidade privada para a prestação de serviços à Administração Pública.

c) A emissão de nota de empenho para pagamento de bens a serem adquiridos.

d) A perda de condição de uso de estrada federal em razão de chuvas ou ação do tempo.

e) O recebimento de doação em bens materiais para equipar hospital público.

(Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010 – adaptada) No âmbito da administração pública federal, julgue os itens no que diz respeito a uma correta gestão de bens patrimoniais:

39. Material permanente é aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde a sua identidade física e/ou tem uma durabilidade superior a três anos.

40. Os bens de almoxarifado devem ser avaliados pelo preço médio ponderado das compras

41. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) A respeito dos critérios para reconhecimento e mensuração da depreciação, amortização e exaustão no setor público, é correto afirmar:

a) o valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados pelo menos uma vez a cada dois anos.

b) a depreciação e a amortização cessam quando o bem se torna obsoleto ou é retirado temporariamente de operação.

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c) os bens de uso comum de qualquer natureza não estão sujeitos à depreciação.

d) o valor da parcela a ser reconhecida no resultado como decréscimo patrimonial e demonstrada no balanço patrimonial deve ser demonstrado em conta redutora do respectivo ativo.

e) no caso das entidades da administração direta, a depreciação deve ser lançada diretamente contra as contas do patrimônio líquido.

42. (Analista Técnico/SUSEP 2010) Julgue, se verdadeiro(V) ou falso(F), os itens a seguir a respeito do conceito e contabilização dos bens públicos e assinale a opção que indica a seqüência correta.

I. Todos os bens públicos, de qualquer natureza, são objeto de registro pela contabilidade e no modelo atualmente adotado na esfera federal integram o patrimônio das entidades públicas.

II. Os bens públicos de uso especial são aqueles destinados ao desempenho das atividades das entidades públicas e constam do seu patrimônio.

III. Os bens públicos, mesmo aqueles de natureza imaterial, são passíveis de registro pela contabilidade, embora não integrem o patrimônio das entidades públicas.

IV. No âmbito federal, as estradas e vias públicas são consideradas bens de uso especial e são objeto de registro pela contabilidade aplicada ao setor público.

a) F, V, F, F

b) V, V, V, F

c) V, F, F, V

d) F, F, V, F

e) F, V, F, V

43. (Analista Técnico/SUSEP 2010) Segundo a Lei n. 4.320/64, material permanente é aquele que apresenta as seguintes características:

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a) bens cujo uso é majoritariamente utilizado na atividade fim da entidade pública.

b) bens adquiridos como despesa de capital e integrantes do patrimônio da entidade.

c) aquele cuja duração é superior a dois anos.

d) são constituídos pelo mobiliário e equipamentos utilizados pela entidade pública e que tenha sido adquirido por ela.

e) todo bem e/ou equipamento cujo uso possa se estender por quatro anos além do exercício da compra.

44. (Analista Administrativo/ANA 2009) Tendo como base a regulamentação da Lei n. 4.320/64 sobre a contabilidade orçamentária, financeira, patrimonial e industrial, é correto afirmar:

a) os serviços públicos industriais manterão contabilidade especial para determinação dos custos, mesmo que não sejam organizados na forma de empresa ou autarquia.

b) o levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário sintético de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração analítica na contabilidade.

c) os débitos e créditos de natureza financeira não relacionados com a execução orçamentária não serão objeto de registro contábil.

d) a contabilidade orçamentária manterá registros necessários à evidenciação das disponibilidades orçamentárias, dispensando-se desse registro os créditos destinados às transferências.

e) os bens móveis e imóveis serão registrados pela contabilidade de forma analítica de modo a evidenciar as características de cada um e seus respectivos responsáveis.

45. (AFC/CGU 2006) Com base nas disposições da Lei n. 4.320/64 sobre a contabilidade dos entes públicos, julgue os itens a seguir – verdadeiro (V) ou falso (F), e assinale a opção que indica a seqüência correta.

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( ) É função da contabilidade dos entes públicos evidenciar os fatos ligados à administração financeira, orçamentária, patrimonial e industrial.

( ) As tomadas de contas dos agentes responsáveis por bens e dinheiros públicos serão realizadas pelos órgãos de contabilidade, ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

( ) A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública somente a situação dos que arrecadem receitas e efetuem despesas.

( ) Os registros dos bens móveis e imóveis devem ser realizados de forma analítica.

( ) É obrigatório que a contabilidade evidencie o montante das dotações disponíveis.

a) F,V,F,V,V

b) V,V,F,F,V

c) V,F,V,V,V

d) V,V,F,V,V

e) F,F,V,V,F

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F. Gabarito

1 C 10 E 19 C 28 B 37 B 2 E 11 E 20 C 29 C 38 D 3 C 12 C 21 E 30 C 39 E 4 C 13 C 22 E 31 E 40 C 5 E 14 E 23 E 32 D 41 D 6 E 15 E 24 E 33 E 42 A 7 E 16 C 25 E 34 C 43 C 8 C 17 E 26 C 35 B 44 A 9 C 18 C 27 C 36 C 45 B

Até a próxima! Bom carnaval!

Igor.

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AULA 03

Conteúdo A. Teoria .............................................................................................. 3

1. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) ........................... 3

2. Lançamentos contábeis ................................................................. 12

a) Lançamentos referentes à LOA .................................................... 14

b) Descentralização de créditos orçamentários .................................. 15

c) Lançamentos referentes à receita ................................................ 16

d) Lançamentos referentes à despesa .............................................. 20

e) Contratação de operação de crédito ............................................. 31

f) Destinações de Recursos ............................................................ 35

g) Lançamentos Patrimoniais .......................................................... 36

h) Atos e fatos potenciais ............................................................... 41

i) Registros Financeiros Extraorçamentários ....................................... 41

B. Questões comentadas PCASP ............................................................. 43

C. Questões comentadas lançamentos contábeis ...................................... 68

D. Resumo da aula PCASP ................................................................... 90

E. Normas correlatas ............................................................................ 91

F. Questões sem os comentários PCASP .................................................. 92

G. Questões sem os comentários lançamentos contábeis ....................... 100

H. Gabarito ...................................................................................... 106

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Viva sua vida de modo que o medo da morte nunca possa entrar em seu coração. Nunca incomode ninguém por causa de sua religião. Respeite os outros em seus pontos de vista, e exija que eles respeitem os seus. Ame sua vida. Aperfeiçoe ela. Embeleze todas as coisas em sua vida. Busque fazer de sua vida longa e a serviço de seu povo. Prepare uma canção nobre para o dia que você atravessar a grande passagem. Sempre dê uma palavra ou sinal de saudação quando encontrar ou cruzar com um estranho em um local solitário. Demonstre respeito a todas as pessoas, mas não se rebaixe a ninguém. Quando você se levantar de manhã, agradeça pela luz, pela sua vida e força. Dê graças por seu alimento e pela alegria de viver. Se você não vir nenhuma razão para dar graças, a falha se encontra em você mesmo. Não abuse de ninguém, nem de nada, pois o abuso transforma os sábios em tolos e rouba o brilho de seu olhar. Quando chegar sua hora de morrer, não seja como aqueles cujos corações estão preenchidos do medo da morte, e que quando a hora deles chega eles choram e rezam por um pouco mais de tempo para viverem suas vidas novamente de uma forma diferente. Cante sua canção de morte, e morra como um herói indo para casa.

Tecumseh

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A. Teoria

1. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP)

O PCASP está detalhado no Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, parte IV. Considero que a criação desse Plano de Contas é o centro de todas as mudanças que vem ocorrendo na contabilidade pública. Isto porque ele vai padronizar, para todos os entes, o tratamento contábil dos atos e fatos que ocorrem no setor público. A STN, com o apoio do Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis, é responsável pela administração do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público até a implantação do Conselho de Gestão Fiscal, instituído pela LRF, a quem compete:

• Criar, extinguir, especificar, desdobrar, detalhar e codificar contas;

• Expedir instruções sobre a utilização do Plano de Contas, compreendendo os procedimentos contábeis pertinentes; e

• Promover as alterações e ajustes necessários à atualização do Plano de Contas, observada sua estrutura básica, incluindo os Lançamentos Típicos do Setor Público.

Conceito → O Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil, formada por um conjunto de contas previamente estabelecido, que permite obter as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis conforme as características gerais da entidade, possibilitando a padronização de procedimentos contábeis. O PCASP abrange todas as entidades do setor público, inclusive as Empresas Estatais Dependentes. Para as independentes é facultativo. As diretrizes do PCASP são:

• Padronização dos registros contábeis das entidades do setor público de todas as esferas de governo, envolvendo a administração direta e indireta, inclusive fundos, autarquias, agências reguladoras e empresas estatais dependentes - de todas as esferas de governo;

• Harmonização dos procedimentos contábeis com os princípios e normas de contabilidade, sempre observando a legislação vigente;

• Adoção de estrutura codificada e hierarquizada em classes de contas, contemplando as contas patrimoniais, de atos potenciais, de resultado e de planejamento e execução orçamentária além daquelas com funções precípuas de controle;

Rodolfo
Realce
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• Flexibilidade para que os entes detalhem, conforme suas necessidades, os níveis inferiores das contas a partir do nível seguinte ao padronizado;

• Controle do patrimônio e dos atos de gestão que possam afetá-lo, assim como do orçamento público, demonstrando a situação econômico-financeira da entidade;

• Distinção de institutos com conceitos e regimes próprios em classes ou grupos, como no caso de patrimônio e orçamento, mantendo-se seus relacionamentos dentro de agrupamentos de mesma natureza de informação;

• Preservação dos aspectos orçamentários em seus conceitos, regime de escrituração e demonstrativos, com destaque em classes ou grupos de modo a possibilitar visões sob os enfoques patrimonial, orçamentário ou fiscal;

• Inexistência de necessária vinculação entre as classificações orçamentária e patrimonial;

• Possibilidade de extração de informações de modo a atender seus usuários.

Conta é a expressão qualitativa e quantitativa de fatos de mesma natureza, evidenciando a composição, variação e estado do patrimônio, bem como de bens, direitos, obrigações e situações nele não compreendidas, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo. Exemplos de contas:

• 1.1.5.0.0.00.00 – Estoque.

• 1.2.1.1.1.03.00 – Dívida Ativa Tributária.

• 1.2.3.2.0.00.00 – Bens Imóveis. As Contas são agrupadas segundo suas funções, possibilitando: a) Identificar, classificar e efetuar a escrituração contábil, pelo método das partidas dobradas, dos atos e fatos de gestão, de maneira uniforme e sistematizada; b) Determinar os custos das operações do governo; c) Acompanhar e controlar a aprovação e a execução do planejamento e do orçamento, evidenciando a receita prevista, lançada, realizada e a realizar, bem como a despesa autorizada, empenhada, realizada, liquidada, paga e as dotações disponíveis;

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d) Elaborar os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais, de Fluxo de Caixa, das Mutações do Patrimônio Líquido e do Resultado Econômico; e) Conhecer a composição e situação do patrimônio analisado, por meio da evidenciação de todos os ativos e passivos; f) Analisar e interpretar os resultados econômicos e financeiros; g) Individualizar os devedores e credores, com a especificação necessária ao controle contábil do direito ou obrigação; e h) Controlar contabilmente os atos potenciais oriundos de contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres. As contas contábeis são classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam em:

• Contas com Informações de Natureza Patrimonial → representadas pelas contas que integram o Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) e Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA).

• Contas com Informações de Natureza Orçamentária →

representadas pelas contas que registram aprovação e execução do planejamento e orçamento, inclusive Restos a Pagar.

• Contas com Informações de Natureza Típica de Controle →

representadas pelas contas não caracterizadas como contas patrimoniais, que tenham função precípua de controle, seja para fins de elaboração de informações gerenciais específicas, acompanhamento de rotinas, elaboração de procedimentos de consistência contábil ou para registrar atos que não ensejaram registros nas contas patrimoniais, mas que potencialmente possam vir a afetar o patrimônio.

O PCASP é composto por:

• Tabela de atributos da conta contábil (é o conjunto de características próprias que a individualiza, distinguindo-a de outra conta pertencente ao plano de contas). Os atributos podem ser definidos por conceitos teóricos, força legal ou por características operacionais do sistema utilizado:

� Título. � Função. � Funcionamento. � Natureza do Saldo. � Código. � Encerramento.

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� Indicador para cálculo do Superávit Financeiro.

• Relação de contas (disposição ordenada dos códigos e títulos das contas).

• Estrutura Padronizada de Lançamentos. O PCASP observa a seguinte codificação:

As contas poderão conter mais níveis do que os dispostos acima. Os planos de contas dos entes da Federação somente poderão ser detalhados nos níveis posteriores ao nível detalhado na relação de contas constante no MCAP, parte IV, página 29.

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Diferentemente do PCU, que possuía 6 classes, o PCASP possui 8:

As classes 1 (Ativo), 2 (Passivo), 3 (VPD) e 4 (VPA) têm natureza patrimonial. As classes 5 (CAPO) e 6 (CEPO) têm natureza orçamentária. As classes 7 (Controle de Devedores) e 8 (Controle de Credores) têm natureza de controle. O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os lançamentos devem debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação, seja patrimonial, orçamentária ou de controle. Assim, os lançamentos estarão fechados dentro das classes 1, 2, 3 e 4 ou das classes 5 e 6 ou das classes 7 e 8.

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Algumas observações importantes:

• Os subsistemas de informações do novo PCASP são: patrimonial, controle, custos e compensação. Não existe mais o subsistema financeiro.

• As contas de classes ímpares aumentam com lançamento a débito e

diminuem a crédito. As contas de classes pares aumentam a crédito e diminuem a débito. Note que as contas ímpares ficam a esquerda do quadro e as pares ficam a direita.

• No entanto, tendo em vista a necessidade de se apurar o superávit financeiro, fonte de recurso para abertura de crédito adicional, criou-se os atributos F e P, que permitem identificar se uma conta possui natureza financeira ou permanente. A conta caixa, por exemplo, apesar de ser lançada no subsistema patrimonial, virá acompanhada da letra F. O MCASP traz o seguinte exemplo: caso a unidade tenha obrigação a pagar que não esteja amparada por crédito orçamentário, ou seja, não tenha sido empenhada, esta deverá ser registrada como um passivo permanente no momento do fato gerador. Quando a obrigação a pagar for empenhada, deve-se proceder à baixa do passivo permanente em contrapartida ao passivo financeiro, conforme o artigo 105 da Lei 4.320/1964.

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• No PCU, havia, tanto no ativo e quanto no passivo, contas que utilizavam o sistema financeiro (caixa), patrimonial (bens), orçamentário (previsão da receita) e de compensação (restos a pagar). No PCASP, no ativo e no passivo haverá apenas contas com natureza patrimonial.

• As classes 5 (Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento) e 6 (Controle da Execução do Planejamento e Orçamento) operam apenas contas do subsistema orçamentário. O controle da receita orçamentária (previsão e execução), da despesa orçamentária (fixação e execução) e dos restos a pagar, que antes pertenciam ao ativo e passivo compensado, agora estão nessas classes.

• As classes 7 (controle dos devedores) e 8 (controle dos credores) possuem contas que utilizam o subsistema de compensação (dívida ativa) e o subsistema de custos (7.8 e 8.8). Chamo atenção para os subgrupos 7.2.1 (Disponibilidade por Destinação) e 8.2.1 (Execução Disponibilidade por Destinação), pois serão muito utilizados. Outra observação importante é que os atos e fatos potenciais, como a assinatura de contratos, por exemplo, que antes pertenciam ao ativo compensado (1.9.9) e passivo compensado (2.9.9), agora estão nessas classes.

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Classes/Grupos/Alguns Subgrupos Subsistema Natureza da Informação

1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.2 - Ativo Não-Circulante

2 - PASSIVO 2.1 - Passivo Circulante 2.2 - Passivo Não-Circulante 2.5 - Patrimônio Líquido

Patrimonial

Patrimonial

3 - VPD 3.1 - Pessoal e Encargos 3.2 - Benefícios Previdenciários 3.3 - Benefícios Assistenciais 3.4 - Financeiras 3.5 - Transferências 3.6 - Tributos e Contribuições 3.7 - Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 3.8 - Desvalorização e Perda de Ativos 3.9 - Outras Variações Patrimoniais Diminutivas

4 - VPA 4.1 - Tributos e Contribuições 4.3 - Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços 4.4 - Financeiras 4.5 - Transferências 4.7 - Exploração de Bens e Serviços 4.8 - Valorização e Ganhos com Ativos 4.9 - Outras Variações Patrimoniais Aumentativas

Patrimonial

5 – CAPO 5.1 - Planejamento Aprovado 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.1 – Previsão da Receita 5.2.2 – Fixação da Despesa 5.3 - Inscrição de Restos a Pagar 5.3.1 – Inscrição de RP não-processados 5.3.2 - Inscrição de RP processados

6 – CEPO 6.1 - Execução do Planejamento 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.2 – Execução da Despesa 6.3 - Execução de Restos a Pagar 6.3.1 – Execução RP não-processados 6.3.2 - Execução de RP processados

Orçamentário Orçamentária

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.1 - Atos potenciais 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação 7.3 - Dívida Ativa 7.4 - Riscos Fiscais 7.8 - Custos 7.9 - Outros Controles

8 - CONTROLES CREDORES 8.1 - Execução dos atos potenciais 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.3 - Execução da Dívida Ativa 8.4 - Execução dos Riscos Fiscais 8.8 - Apuração de Custos 8.9 - Outros Controles

Compensação e Custos Controle

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Só para elucidar melhor a aula, segue abaixo um pequeno quadro comparativo entre os dois planos de contas.

PCU PCASP Composição: relação de contas, tabela de eventos e indicadores contábeis.

Composição: tabela de atributos, relação de contas e estrutura padronizada de lançamentos.

Estrutura (7 níveis e 9 dígitos): X – Classe. X – Grupo. X – Subgrupo. X – Elemento. X – Sub elemento. XX – Item. XX – Subitem.

Estrutura (7 níveis e 9 dígitos): X – Classe. X – Grupo. X – Subgrupo. X – Título. X – Subtítulo. XX – Item. XX – Subitem.

06 classes: ativo, passivo, despesa, receita, resultado aumentativo e resultado diminutivo.

08 classes: ativo, passivo, VPD, VPA, CAPO, CEPO, Controle de Credores e Controle de Devedores.

Sistema financeiro, patrimonial, orçamentário e compensação.

Subsistema patrimonial, orçamentário, custos e compensação. O subsistema financeiro foi incorporado pelo patrimonial.

Ativo e passivo → opera todos os sistemas. Receita e despesa → financeiro. Resultado aumentativo e resultado diminutivo → patrimonial e financeiro.

Ativo, passivo, VPD e VPA → subsistema patrimonial. CAPO e CEPO → subsistema orçamentário. Controle de credores e devedores → custos e compensação.

Controle da previsão/execução da receita orçamentária, fixação/execução da despesa orçamentária e restos a pagar eram feitos no ativo compensado (1.9) e passivo compensado (1.9).

O controle da previsão/execução da receita orçamentária, fixação/execução da despesa orçamentária e restos a pagar possuem classes próprias: CAPO e CEPO.

Os atos e fatos potenciais, que podem afetar o patrimônio no futuro, como a assinatura de contratos, por exemplo, eram lançados no ativo compensado (1.9.9) e passivo compensado (2.9.9)

Os atos e fatos potenciais possuem classes próprias: Controle de Credores e Controle de Devedores.

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2. Lançamentos contábeis

Segundo a NBC T 16.5, a entidade do setor público deve manter procedimentos uniformes de registros contábeis, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico, em rigorosa ordem cronológica, como suporte às informações. São características do registro e da informação contábil no setor público, devendo observância aos princípios e às Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público. (a) Comparabilidade – os registros e as informações contábeis devem possibilitar a análise da situação patrimonial de entidades do setor público ao longo do tempo e estaticamente, bem como a identificação de semelhanças e diferenças dessa situação patrimonial com a de outras entidades. (b) Compreensibilidade – as informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem ser entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que estes já tenham conhecimento do ambiente de atuação das entidades do setor público. Todavia, as informações relevantes sobre temas complexos não devem ser excluídas das demonstrações contábeis, mesmo sob o pretexto de que são de difícil compreensão pelos usuários. (c) Confiabilidade – o registro e a informação contábil devem reunir requisitos de verdade e de validade que possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no processo de tomada de decisão. (d) Fidedignidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu origem. (e) Imparcialidade – os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser apresentadas de modo a não privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou entidades. (f) Integridade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador. (g) Objetividade – o registro deve representar a realidade dos fenômenos patrimoniais em função de critérios técnicos contábeis preestabelecidos em normas ou com base em procedimentos adequados, sem que incidam preferências individuais que provoquem distorções na informação produzida. (h) Representatividade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem conter todos os aspectos relevantes. (i) Tempestividade – os fenômenos patrimoniais devem ser registrados no momento de sua ocorrência e divulgados em tempo hábil para os usuários.

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(j) Uniformidade – os registros contábeis e as informações devem observar critérios padronizados e contínuos de identificação, classificação, mensuração, avaliação e evidenciação, de modo que fiquem compatíveis, mesmo que geradas por diferentes entidades. Esse atributo permite a interpretação e a análise das informações, levando-se em consideração a possibilidade de se comparar a situação econômico-financeira de uma entidade do setor público em distintas épocas de sua atividade. (k) Utilidade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem atender às necessidades específicas dos diversos usuários. (l) Verificabilidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem possibilitar o reconhecimento das suas respectivas validades. (m) Visibilidade – os registros e as informações contábeis devem ser disponibilizadas para a sociedade e expressar, com transparência, o resultado da gestão e a situação patrimonial da entidade do setor público. Vamos começar com os fatos ligados à aprovação da Lei Orçamentária, descentralização de créditos, passando pela execução da receita e da despesa. Abordarei também as operações com valores de terceiros (ingressos e dispêndios extraorçamentários) e lançamentos patrimoniais. Após cada operação, há um quadro referente ao impacto dos lançamentos no PCASP. Vamos investir nestes lançamentos, pois são os mais cobrados, combinado?

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a) Lançamentos referentes à LOA

i. Previsão da receita orçamentária

Previsão da receita orçamentária Natureza da informação D – 5.2.1 – Previsão Inicial da Receita C – 6.2.1 – Receita a Realizar

Orçamentária

Classes Subsistema

1 - ATIVO 2 - PASSIVO Patrimonial

3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.1 – Previsão da Receita

6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

ii. Fixação da despesa orçamentária

Fixação da despesa orçamentária Natureza da informação D – 5.2.2 – Dotação Inicial C – 6.2.2 – Crédito Disponível

Orçamentária

Assim como no caso da previsão da receita, as contas utilizadas na fixação da despesa também possuem natureza orçamentária.

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.2 – Fixação da Despesa

6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

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b) Descentralização de créditos orçamentários

i. Unidade Concedente

Descentralização de créditos orçamentários

Natureza da informação

D – 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível C – 6.2.2.2 – Movimentação de créditos concedidos

Orçamentária

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível 6.2.2.2 – Movimentação de Créditos Concedidos

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

ii. Unidade de Destino

Descentralização de créditos orçamentários

Natureza da informação

D – 5.2.2.2 – Movimentação de créditos recebidos C – 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível

Orçamentária

Classes Subsistema

1 - ATIVO 2 - PASSIVO Patrimonial

3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.2 – Fixação da Despesa 5.2.2.2 - Movimentação de créditos recebidos

6 – CEPO 6.1 - Execução do Planejamento 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

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c) Lançamentos referentes à receita

i. Reconhecimento da variação patrimonial aumentativa junto com a ocorrência da arrecadação da receita orçamentária.

Essa é a situação mais comum e corresponde ao conceito de receita orçamentária efetiva. A receita orçamentária é contabilizada junto com o fato gerador e causa impacto positivo na situação líquida patrimonial. Note como a classe Variações Patrimoniais Aumentativas foi afetada. Trata-se de uma variação patrimonial quantitativa aumentativa.

Arrecadação da receita efetiva Natureza da informação D – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C – 4.3.3 – Valor Bruto de exploração de bens e direitos e prestação de serviços

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 – Caixa e equivalentes caixa

2 - PASSIVO

Patrimonial 3 - VPD 4 – VPA 4.3.3 - Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços

5 – CAPO 6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.1.1 – Receita a Realizar 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação

8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

Os lançamentos em azul e laranja são comuns a arrecadação de todas as receitas orçamentárias.

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ii. Reconhecimento da variação patrimonial aumentativa antes da ocorrência da arrecadação da receita orçamentária.

Para o presente caso, utilizaremos como exemplo o registro e arrecadação do IPTU. Registro do fato gerador do IPTU A legislação que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU estabelece, de modo geral, que o fato gerador deste tributo ocorrerá no dia 1º de janeiro de cada ano. Nesse momento, deve ser efetuado o seguinte registro contábil:

Registro do fato gerador do IPTU Natureza da informação D – 1.1.2 - Créditos Tributários a Receber (P) C – 4.1 – Impostos, taxas e contribuições de melhoria

Patrimonial

Classes Subsistema

1 – ATIVO 1.1 - Ativo Circulante

2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 – VPA

4.1 - Tributos e Contribuições 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentária 7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e

Custos Note como a classe Variações Patrimoniais Aumentativas foi utilizada, gerando impacto positivo na situação líquida patrimonial da unidade. Assim, o registro do fato gerador do IPTU é uma variação quantitativa aumentativa por força do princípio da competência. Arrecadação da Receita IPTU A arrecadação da receita não afeta a situação líquida patrimonial da entidade, pois se trata de fato permutativo, variação patrimonial qualitativa. O impacto na situação líquida ocorreu no primeiro lançamento, pelo registro do fato gerador.

Arrecadação da receita do IPTU Natureza da informação D – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C – 1.1.2 - Créditos Tributários a Receber (P)

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

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A letra P indica que a conta tem natureza permanente e a letra F, que a conta tem natureza financeira. Esta classificação permite o cálculo do superávit financeiro, fonte de recurso para abertura de créditos adicionais. É um resquício do plano de contas antigo. Perceba que a classe VPA não é afetada na arrecadação.

Classes Subsistema 1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 – Caixa e equivalentes caixa 1.1.2 – Créditos tributários a receber

2 - PASSIVO

Patrimonial

3 - VPD 4 - VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.1.1 – Receita a Realizar 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação

8 - CONTROLES CREDORES 8.2 – Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

Os lançamentos em azul e laranja são comuns a arrecadação de toda receita orçamentária.

iii. Reconhecimento da variação patrimonial aumentativa após a ocorrência da arrecadação da receita orçamentária.

Quando ocorrer o recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços, a receita orçamentária é registrada antes da ocorrência do fato gerador, ou seja, a variação patrimonial aumentativa ocorre em momento posterior à arrecadação da receita orçamentária. Novamente, o efeito real desses dois lançamentos é uma variação patrimonial qualitativa, pois se registra a entrada antecipada dos valores em contrapartida à obrigação assumida pela entidade em prestar o serviço:

Arrecadação da receita antes do fato gerador

Natureza da informação

D – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C – 2.2.9.1 – Variação Patrimonial Aumentativa diferida (P)

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

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Classes Subsistema

1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 – Caixa e equivalentes caixa 1.1.2 – Créditos tributários a receber

2 – PASSIVO 2.2 – Passivo Não Circulante 2.2.9 – Resultado diferido

Patrimonial

3 - VPD 4 - VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.1.1 – Receita a Realizar 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação

8 - CONTROLES CREDORES 8.2 – Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

Quando o serviço for prestado, ocorrerá o fato gerador da variação patrimonial aumentativa, causando impacto positivo no resultado da entidade pública. Trata-se de uma variação patrimonial quantitativa aumentativa. Note como a classe VPA foi afetada:

Reconhecimento do fato gerador Natureza da informação D - 2.2.9.1. Variação patrimonial aumentativa (VPA) diferida (P) C - 4.3.3.1 Valor bruto de exploração de bens e direitos e prestação de serviços

Patrimonial

Classes Subsistema 1 - ATIVO

2 – PASSIVO 2.2 – Passivo Não Circulante 2.2.9 – Resultado diferido

Patrimonial 3 - VPD 4 – VPA 4.3.3.1 Valor bruto de exploração de bens e direitos e prestação de serviços

5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES

8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

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d) Lançamentos referentes à despesa A execução da despesa passa pelas seguintes fases: empenho, liquidação e pagamento. Vejamos o empenho:

i. Empenho da despesa

Empenho da despesa Natureza da informação D – 6.2.2.1.1 – Crédito disponível C – 6.2.2.1.3 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR) C – 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 – PASSIVO

Patrimonial 3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito disponível 6.2.2.1.3 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e Custos

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ii. Reconhecimento da variação patrimonial diminutiva junto com a liquidação da despesa orçamentária.

É a situação mais comum e coincide com o conceito de despesa orçamentária efetiva. Vamos tomar como exemplo a liquidação de uma despesa de serviços. No presente caso, por questões didáticas, não levei em conta a assinatura prévia de contrato. Liquidação da despesa efetiva com serviços

Liquidação Natureza da informação D – 3.3.2 – Serviços C – 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 – PASSIVO

2.1.3 - Fornecedores e contas a pagar (F) Patrimonial

3 – VPD 3.3.2 – Serviços

4 – VPA

5 – CAPO 6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Os lançamentos em azul e laranja são comuns a liquidação de todas as despesas orçamentárias. Note como a classe VPD foi afetada. Isto porque se trata de uma despesa efetiva, que causa impacto negativo na situação líquida patrimonial da

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entidade. Pagamento da despesa efetiva (saída do recurso financeiro)

Liquidação Natureza da informação D - 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F) C - 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado liquidado a pagar C – 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentária

D – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias C – 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e custos

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F)

2 – PASSIVO 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F) Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado a pagar 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e Custos

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iii. Reconhecimento da variação patrimonial diminutiva antes da ocorrência da liquidação da despesa orçamentária.

É o caso do órgão que reconhece um passivo sem o devido suporte orçamentário. Há o registro da variação patrimonial diminutiva no momento de ocorrência do fato gerador. Quando o crédito orçamentário se encontrar disponível para uso, há a baixa da variação patrimonial e a contabilização da respectiva despesa orçamentária. Isto também é o que ocorre no reconhecimento mensal da provisão do nosso 13º salário. Registro da provisão mensal (1/12 13º salário)

Provisão 13° salário Natureza da informação D – 3.1.1 – Remuneração pessoal C – 2.1.1 – Pessoal a pagar (P)

Patrimonial

Classes Subsistema

1 – ATIVO 2 – PASSIVO 2.1.1 – Pessoal a pagar (F)

Patrimonial 3 – VPD 3.1.1 – Remuneração pessoal

4 – VPA

5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e

Custos Note que a VPD foi utilizada, afetando a situação líquida patrimonial da entidade. Trata-se de variação patrimonial quantitativa aumentativa. No mês do pagamento haverá o registro da despesa orçamentária com empenho, liquidação e pagamento. Empenho da despesa 13º salário

Empenho Natureza da informação D – 2.1.1 – Pessoal a pagar (P) C – 2.1.1 – Pessoal a pagar (F) Patrimonial

D – 6.2.2.1.1 – Crédito disponível C – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentária

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação

Orçamentária

D – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR) C – 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e custos

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Classes Subsistema

1 - ATIVO 2 – PASSIVO 2.1.1 – Pessoal a pagar (F e P) Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito disponível 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e Custos

Note como a conta pessoal a pagar foi registrada inicialmente com o atributo P (permanente) e, por ocasião do empenho, mudou para F (financeira). Perceba também o aparecimento da conta “crédito empenhado em liquidação”. Esta aparece basicamente em duas situações: 1 – registro do passivo sem o devido suporte orçamentário. Como o fato gerador ocorreu antes do empenho, quando o crédito entra na condição de empenhado já o faz na situação de “em liquidação”. Isto porque a contabilidade já dispõe de elementos suficientes para averiguar o implemento de condição. Para a liquidação efetiva ocorrer, é só uma questão de tempo. É o caso do registro em análise. 2 – quando o fato gerador da despesa ocorre entre o empenho e a liquidação, como no caso do recebimento provisório de material permanente. Liquidação da despesa com 13º salário

Liquidação Natureza da informação D – 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado a pagar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

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Classes Subsistema

1 – ATIVO 2 – PASSIVO Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado a pagar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e Custos

Pagamento do 13° salário (saída do recurso financeiro)

Liquidação Natureza da informação

D - 2.1.1.1.1 Pessoal a pagar – 13º salário (F) C - 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado liquidado a pagar C – 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentária

D – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias C – 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e custos

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F)

2 – PASSIVO 2.1.1 – Pessoal a pagar (F)

Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado a pagar 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e

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8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Custos

iv. Reconhecimento da variação patrimonial diminutiva após a liquidação da despesa orçamentária.

É o caso da compra de material de consumo para utilização posterior. Na liquidação há o registro da entrada dos bens de consumo em conta própria do almoxarifado. Na ocorrência do fato gerador, que é a distribuição do material, há a baixa proporcional do produto na referida conta. Isto também é o que ocorre na assinatura anual de revistas com entrega mensal de exemplares ou na concessão de suprimento de fundos. Liquidação da despesa e recebimento de material de consumo para uso posterior

Liquidação Natureza da informação D – 1.1.5.6 – Almoxarifado (P) C – 2.1.3.1 – Fornecedores a pagar (F) Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado liquidado a pagar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Classes Subsistema

1 – ATIVO 1.1.5.6 – Almoxarifado (P)

2 – PASSIVO 2.1.3.1 – Fornecedores a pagar (F) Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado liquidado a pagar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso

Controle e Custos

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comprometida por empenho 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Pagamento da despesa

Pagamento da despesa Natureza da informação D – 2.1.1 – Pessoal a pagar (F) C – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar D – 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentária

D – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias C - 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e custos

Classes Subsistema

1 – ATIVO 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa (F)

2 – PASSIVO 2.1.1 – Pessoal a pagar (F)

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e Custos

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Requisição do material no almoxarifado - reconhecimento do fato gerador da despesa (proporcional)

Pagamento da despesa Natureza da informação D – 3.3.1.1 – Consumo de material C – 1.1.3.6 – Almoxarifado (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.1.3.6 – Almoxarifado (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD D – 3.3.1.1 – Consumo de material

4 – VPA

5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES

Controle e Custos

Note que a requisição do material de consumo do almoxarifado é variação patrimonial quantitativa diminutiva.

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v. Compra de bens – despesa não efetiva

Liquidação da despesa não efetiva e incorporação do bem

Liquidação da despesa não efetiva Natureza da informação D – 1.2.3 – Bens móveis (P) C – 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3 – Bens móveis (P)

2 – PASSIVO 2.1.3 - Fornecedores e contas a pagar (F) Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e Custos

Como se trata de uma despesa não efetiva, a classe VPD não foi afetada. Há uma permuta entre contas do ativo (bem) e passivo (fornecedores). Trata-se de variação patrimonial qualitativa.

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Pagamento da despesa com a compra de bens

Pagamento da despesa Natureza da informação D – 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F) C – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar D – 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentária

D – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias C - 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e custos

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa (F)

2 – PASSIVO 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F) Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e Custos

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e) Contratação de operação de crédito

Esse é um dos meus lançamentos favoritos. Isto porque ele percorre desde a arrecadação da receita até o pagamento da despesa. Dá pra revisar quase tudo que vimos até agora. O MCASP traz observações interessantes acerca de cada lançamento que envolve a contratação de operação de crédito. Eu os repeti aqui juntamente com o respectivo registro. Vejamos...

Contratação

Arrecadação da receita com operações de crédito

Natureza da informação

D – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C – 2.1.2.2 – Empréstimos a curto prazo - externo (P)

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 – Caixa e equivalentes caixa em moeda nacional (F)

2 – PASSIVO 2.1.2.2 - Empréstimos a curto prazo - externo (P) Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.1.1 – Receita a Realizar 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação

8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

Note que a arrecadação da receita com a contratação da operação de crédito não afetou a situação líquida patrimonial. Trata-se de uma receita orçamentária não efetiva, variação patrimonial qualitativa.

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No empenho

Empenho Natureza da informação D – 2.1.2.2 – Empréstimos a curto prazo - externo (P) C – 2.1.2.2 – Empréstimos a curto prazo - externo (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.1 – Crédito disponível C – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentária

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação

Orçamentária

D – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR) C – 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 – PASSIVO

2.1.2.2 – Empréstimos a curto prazo - externo (P) 2.1.2.2 – Empréstimos a curto prazo - externo (F)

Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito disponível 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e Custos

Segundo a Lei nº 4.320/1964, no art. 58, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

Quando a lei utiliza a palavra “obrigação”, ela não se refere à obrigação patrimonial (passivo exigível), pois uma obrigação patrimonial é caracterizada por um fato gerador já ocorrido, ou, conforme a lei, por uma condição já

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implementada. A lei refere-se ao comprometimento de recurso financeiro da entidade governamental que fez o empenho, ou seja, uma obrigação financeira para fins de cálculo do superávit financeiro, fonte da abertura de créditos adicionais nos exercícios seguintes.

Quando o fato gerador do passivo exigível ocorrer antes do empenho, ou entre o empenho e a liquidação, é necessário o registro de uma etapa intermediária entre o empenho e a liquidação, chamada “empenho em liquidação”. Essa etapa é necessária para a diferenciação, ao longo e no final do exercício, dos empenhos não liquidados e que constituíram, ou não, obrigação presente. Ainda, tal registro é importante para que não haja duplicidade no passivo financeiro utilizado para fins de cálculo do superávit financeiro. Como o passivo financeiro é apurado pela soma da conta “crédito empenhado a liquidar” com as contas de passivo financeiro, ou seja, que representem obrigações independentes de autorização orçamentária para serem realizadas, haveria duplicidade nesse cálculo, pois seu montante seria considerado tanto em “crédito empenhado a liquidar” quanto na obrigação anteriormente contabilizada no passivo exigível.

Na liquidação

Liquidação Natureza da informação D – 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado a pagar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Classes Subsistema 1 – ATIVO 2 – PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado a pagar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho 8.2.1.1.3 – DDR

Controle e Custos

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comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Já a liquidação, segundo a Lei nº 4.320/1964, consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, ou seja, é a verificação de um passivo exigível já existente.

Em alguns casos, pode ser que ocorra uma lacuna temporal significativa entre a entrega do bem, serviço ou fonte de origem daquele crédito e a efetiva liquidação do crédito orçamentário. Nesses casos, também é necessário o registro da etapa entre o empenho e a liquidação chamada “em liquidação”, etapa essa que evidencia a ocorrência do fato gerador da variação patrimonial diminutiva - VPD, com o surgimento de um passivo exigível, e a não ocorrência da liquidação da despesa orçamentária.

Saída do recurso financeiro

Pagamento Natureza da informação

D – 2.1.2.2 – Empréstimos a curto prazo - externo (F) C - 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado liquidado a pagar C – 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentária

D – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias C – 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e custos

Classes Subsistema

1 – ATIVO 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F)

2 – PASSIVO 2.1.2.2 – Empréstimos a curto prazo - externo (F) Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado a pagar 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e Custos

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O pagamento, última etapa da execução da despesa orçamentária, é a efetiva saída do recurso financeiro que ocasionará a baixa de um passivo exigível existente.

f) Destinações de Recursos

Para facilitar, decidi compilar os lançamentos referentes ao controle das destinações de recursos.

Arrecadação da Receita D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Empenho D – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR) C – 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Liquidação D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Pagamento D – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias C - 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Término do Exercício D - 8.2.1.1.4 – DDR utilizada C – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos

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g) Lançamentos Patrimoniais

i. Depreciação

Depreciação de veículos Natureza da informação

D - 3.3.3.1.1 - Depreciação C - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 3.3.3.1.1 - Depreciação

4 – VPA

5 – CAPO 6 – CEPO

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES

Controle e Custos

Note que a conta depreciação acumulada é retificadora (*) da conta veículos. À medida que a depreciação vai sendo lançada, o valor contábil dos veículos vai diminuindo.

ii. Alienação

Apuração do valor contábil líquido.

Valor líquido contábil Natureza da informação

D - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P) C – 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P) 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES

Controle e Custos

Já vimos que o Valor Líquido Contábil é igual a Valor Bruto Contábil subtraído da depreciação acumulada, equação que se traduz no lançamento acima.

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Valor Líquido Contábil = Valor Bruto Contábil – Depreciação Acumulada

Alienação e registro do ganho

Alienação e registro do ganho Natureza da informação D - 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C - 1.2.3.1.1 - Bens móveis – veículos (P) C - 4.6.2.2.1 - Ganhos com alienação de imobilizado

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 – Caixa e equivalentes caixa em moeda nacional (F) 1.2.3.1.1 - Bens móveis – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 4.6.2.2.1 - Ganhos com alienação de imobilizado

5 – CAPO 6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.1.1 – Receita a Realizar 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação

8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

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iii. Doação concedida

Apuração do valor líquido contábil Antes da doação propriamente dita é necessário subtrair, do valor bruto do bem, a depreciação acumulada.

Valor líquido contábil Natureza da informação D - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P) C – 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P) 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES

Controle e Custos

Doação concedida

Doação concedida Natureza da informação

D – 3.5 – Transferências Concedidas C – 1.2.3 – Bens Móveis (P) Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3 – Bens Móveis

2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 3.5 – Transferências Concedidas

4 – VPA

5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e

Custos

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iv. Doação recebida

Doação recebida Natureza da informação

D – 1.2.3 – Bens Móveis (P) C – 4.5 – Transferências Recebidas

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3 – Bens Móveis

2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 – VPA

4.5 – Transferências Recebidas 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e

Custos Resumo sobre doações:

• Doação recebida → VPA, variação patrimonial quantitativa aumentativa. • Doação efetuada → VPD, variação patrimonial quantitativa diminutiva.

v. Reavaliação

Reavaliação Natureza da informação

D – 1.2.3.2.1 – Bens imóveis (P) C – 4.6.1.1.1 – Reavaliação de imobilizado

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3.2.1 – Bens imóveis (P)

2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 – VPA 4.6.1.1.1 – Reavaliação de imobilizado

5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e

Custos Lembre-se que sobre a reavaliação dos bens móveis e imóveis, a lei 4.320/64 estabelece a sua faculdade, como se depreende da leitura do dispositivo abaixo:

Artigo 106, § 3º - poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

No entanto, de acordo com a NBC T 16.10 as reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado na data de encerramento do

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Balanço Patrimonial, pelo menos:

• Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados; e

• A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

Reavaliação dos bens móveis e imóveis

Lei 4.320/64 → facultativa.

NBCT 16.10 → obrigatória.

vi. Ajuste a valor recuperável

A entidade deve avaliar se há alguma indicação de que um ativo imobilizado ou intangível possa ter sofrido perda por irrecuperabilidade. Caso o valor contábil de um ativo imobilizado ou intangível apresente valor acima da quantia que será recuperada através do uso ou da venda desse ativo, é possível afirmar que esse ativo está em imparidade (impairment).

Impairment nada mais é então que recuperar o valor do bem a um montante abaixo de seu valor contábil.

Ajuste a valor recuperável Natureza da informação D – 3.6.1.2.1 - Redução a valor recuperável de imobilizado C – 1.2.3.2.1 – Bens imóveis (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3.2.1 – Bens imóveis (P)

2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 3.6.1.2.1 - Redução a valor recuperável de imobilizado

4 – VPA

5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e

Custos

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h) Atos e fatos potenciais Aqui estão os lançamentos que não produzem nenhuma variação patrimonial de imediato, mas podem vir a produzir no futuro. Estes registros são feitos no sistema de compensação.

Assinatura de contratos

Contrato de serviços Natureza da informação D – 7.1.2.3 – Obrigações contratuais C – 8.1.2.3 – Execução das Obrigações contratuais

Controle e custos

Classes Subsistema

1 – ATIVO 1.1.3 – Depósitos restituíveis e valores vinculados (F)

2 – PASSIVO 2.1.5 – Valores restituíveis (F)

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 7.1 – Atos potenciais 7.1.2.3 – Obrigações contratuais

8 - CONTROLES CREDORES 8.1 – Execução dos atos potenciais 8.1.2.3 – Execução das Obrigações contratuais

Controle e Custos

i) Registros Financeiros Extraorçamentários Correspondem aos ingressos e dispêndios extraorçamentários, valores de terceiros que o Estado responde como fiel depositário.

i. Recebimento de Cauções (ingressos extraorçamentários)

Recebimento de cauções Natureza da informação D – 1.1.3 – Depósitos restituíveis e valores vinculados (F) C – 2.1.8 – Valores restituíveis (F)

Patrimonial

D – 7.2.1.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

D - 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos C - 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

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Classes Subsistema

1 – ATIVO 1.1.3 – Depósitos restituíveis e valores vinculados (F)

2 – PASSIVO 2.1.8 – Valores restituíveis (F)

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2.1.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos

8 - CONTROLES CREDORES 8.2.1.1.1 - Disponibilidade por Destinação de Recurso 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e Custos

Note como há o aumento concomitante do ativo e do passivo. Veja também o surgimento do controle das DR nos lançamentos de origem extraorçamentária.

ii. Devolução de Cauções (dispêndios extraorçamentários)

Devolução de cauções Depois D – 2.1.8 – Valores restituíveis (F) C– 1.1.3 – Depósitos restituíveis e valores vinculados (F)

Patrimonial

D - 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias D - 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e custos

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.1.3 – Depósitos restituíveis e valores vinculados (F)

2 – PASSIVO 2.1.8 – Valores restituíveis (F)

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES

8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e Custos

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B. Questões comentadas PCASP

Finalmente chegamos às nossas questões comentadas. A maioria eu tive que adaptar ou mesmo inventar, visto que não há muitas questões ainda sobre esta parte do MCASP. Por motivos didáticos, decidi separar as questões por temas. Motivados? Braço forte, coração cabiludu e simbora!

1. (ESAF/CVM 2010) Considerado a forma como está estruturado o Plano de Contas Federal atual e o sistema de contas nele inserido, assinale a opção correta.

a) O registro das operações deve obedecer a integridade dos subsistemas de informação de forma que as contrapartidas dos lançamentos sejam dentro do mesmo subsistema. b) O subsistema orçamentário, estruturado para proporcionar o controle orçamentário, abrange todas as classes do plano. c) As contas destinadas ao registro das variações aumentativas e diminutivas pertencem ao subsistema orçamentário. d) O controle dos riscos fiscais possui natureza orçamentária. e) Os lançamentos no subsistema de compensação alteram de alguma forma a situação patrimonial líquida. Comentários:

Letra A, correta. Os lançamentos contábeis só podem ser realizados utilizando contas de uma mesma natureza de informação, conforme detalhamento a seguir: 1º opção: lançamentos de natureza patrimonial (entre as classes 1 a 4) 2º opção: lançamentos de natureza orçamentária (entre as classes 5 e 6) 3º opção: lançamentos de natureza de controle (entre as classes 7 e 8)

Tal regramento impede que ocorra, por exemplo, o lançamento de uma conta de natureza patrimonial (p. ex. clientes) em contrapartida a uma conta de natureza orçamentária (p. ex. receita realizada). Nessa hipótese, apesar de ser utilizado o método das partidas dobradas e de os valores totais lançados a débito e a crédito, apresentados no balancete contábil, não apresentarem diferença, observa-se uma inconsistência na informação gerada. O aumento de um ativo deve impactar positivamente no resultado do exercício (classe 4 – VPA) e posteriormente, com o encerramento do exercício, no patrimônio líquido (classe 2). Da mesma forma, a execução orçamentária deve ser registrada apenas nas classes 5 e 6 e os outros controles devem ser registrados utilizando apenas as classes 7 e 8.

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Letra B, incorreta. Apenas as classes 5 e 6 possuem natureza orçamentária.

Letra C, incorreta. As contas referentes às classes VPD e VPA têm natureza patrimonial.

Letra D, incorreta. Como pode ser observado na tabela acima o controle dos riscos fiscais possui natureza típica de controle.

Letra E, incorreta. As contas do subsistema de compensação não afetam a situação líquida patrimonial da entidade. São contas de controle.

Letra A.

2. (ESAF/CVM 2010) Assinale a opção correta a respeito da estrutura e

características do plano de contas vigente e em uso atualmente na contabilidade federal.

a) As contas estão agrupadas em quatro classes. b) As contas têm seu código estruturado em sete níveis. c) As contas do ativo e do subsistema orçamentário integram a classe identificada com o dígito 1(um). d) O passivo é constituído pela classe identificada pelo dígito 3 (três). e) As contas referentes à apuração dos custos da administração pública estão dispostas nas classes de dígitos 3 (três) e 4 (quatro).

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Comentários:

Letra A, incorreta. São oito classes.

Letra B, correta. O PCASP é composto originalmente por nove dígitos e sete níveis.

Letra C, incorreta. As contas do ativo integram a classe de dígito 1. As contas do subsistema orçamentário integram as classes de dígitos 5 e 6. Letra D, incorreta. As contas do passivo integram a classe de dígito 2. Letra E, incorreta. As contas “custos” e “apuração de custos” integram as classes 7 (controle de devedores) e 8 (controle de credores) Letra B.

3. (ESAF/CVM 2010) Os sistemas de informações contábeis das entidades do

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setor público devem ser refletidos em planos de contas que devem apresentar os seguintes requisitos, exceto:

a) a função atribuída a cada uma das contas. b) contas específicas para a apuração dos custos. c) terminologia das contas e a sua adequada codificação. d) tabela de codificação de registros. e) indicadores do nível de consolidação e agregação. Comentários:

Segundo a NBC T 16.5, que trata dos registros contábeis, a entidade do setor público deve manter sistema de informação contábil refletido em plano de contas que compreenda:

(a) a terminologia de todas as contas e sua adequada codificação, bem como a identificação do subsistema a que pertence, a natureza e o grau de desdobramento, possibilitando os registros de valores e a integração dos subsistemas;

(b) a função atribuída a cada uma das contas;

(c) o funcionamento das contas;

(d) a utilização do método das partidas dobradas em todos os registros dos atos e dos fatos que afetam ou possam vir a afetar o patrimônio das entidades do setor público, de acordo com sua natureza orçamentária, financeira, patrimonial e de compensação nos respectivos subsistemas contábeis;

(e) contas específicas que possibilitam a apuração de custos;

(f) tabela de codificação de registros que identifique o tipo de transação, as contas envolvidas, a movimentação a débito e a crédito e os subsistemas utilizados.

Essa é uma questão tipicamente ESAFIANA. O examinador pega um texto, puxa quatro alternativas verdadeiras e inventa a falsa. A invenção no caso foi a letra E.

Letra E.

4. (Minha Autoria) Segundo o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, o Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil, formada por um conjunto de contas previamente estabelecido, que permite obter as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis conforme as características gerais da entidade,

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possibilitando a padronização de procedimentos contábeis. Sobre o novo PCASP, aponte a alternativa correta:

a) É obrigatório para todas as empresas estatais. b) É permitido o detalhamento dos níveis inferiores das contas a partir do nível seguinte ao padronizado. c) É composto de títulos, tabela de atributos e relação de contas. d) Possui 6 (seis) classes e 7 (sete) níveis. e) É padronizado nos seguintes subsistemas: financeiro, patrimonial, compensação e orçamentário. Comentários: A letra A está incorreta. O campo de aplicação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público abrange todas as entidades governamentais, exceto as estatais independentes, cuja utilização é facultativa. A letra B está correta. O MCASP, parte IV, a partir da página 29, detalha as contas do novo plano. Os planos de contas dos entes da Federação somente poderão ser detalhados nos níveis posteriores ao nível detalhado pelo manual. A letra C está incorreta. O novo PCASP é composto por:

• Tabela de atributos da conta contábil (é o conjunto de características próprias que a individualizam, distinguindo-a de outra conta pertencente ao plano de contas). Os atributos podem ser definidos por conceitos teóricos, força legal ou por características operacionais do sistema utilizado:

� Título. � Função. � Funcionamento. � Natureza do Saldo. � Código. � Encerramento. � Indicador para cálculo do Superávit Financeiro.

• Relação de contas (disposição ordenada dos códigos e títulos das contas).

• Estrutura Padronizada de Lançamentos.

A letra D está incorreta. O PCASP possui 8 classes e 7 níveis obrigatórios.

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O PCASP observa a seguinte codificação:

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Em resumo: Classes → 8 → Ativo, Passivo, VPA, VPD, CAPO, CEPO, Controle dos Devedores e Controle dos Credores. Níveis → 7 → Classe, Grupo, Subgrupo, Título, Subtítulo, Item e Subitem. Chamo a atenção que as contas poderão conter mais níveis do que os dispostos acima. Esta é a estrutura básica, de observância obrigatória para todos os entes da federação. A letra E está incorreta. Os subsistemas de informações do novo PCASP são: patrimonial, controle, custos e compensação. Não existe mais o subsistema financeiro. No entanto, tendo em vista a necessidade de se apurar o superávit financeiro, fonte de recurso para abertura de crédito adicional, criou-se os atributos F e P, que permitem identificar se uma conta possui natureza financeira ou permanente. A conta caixa, por exemplo, apesar de ser lançada no subsistema patrimonial, virá acompanhada da letra F. Letra B.

5. (Minha Autoria) “A ciência contábil tem como finalidade principal o fornecimento de informações, contribuindo de forma significativa para a adequada tomada de decisão. Assim, o papel desempenhado pelo contador ganha relevância, com o objetivo principal de adequar as práticas contábeis, as demonstrações e a evidenciação da informação (disclosure) às novas necessidades dos usuários.

No Brasil, a contabilidade aplicada ao setor público efetua de modo eficiente o registro dos atos e fatos relativos ao controle da execução orçamentária e financeira. No entanto, muito ainda se pode avançar no que se refere à evidenciação do patrimônio público. Esta necessidade de melhor evidenciação dos fenômenos patrimoniais e a busca por um tratamento contábil padronizado dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público tornou imprescindível a elaboração de um Plano de Contas Aplicado ao Setor Público com abrangência nacional”. São diretrizes do novo PCASP, exceto: a) Padronização dos registros contábeis das entidades do setor público de todas as esferas de governo, envolvendo a administração direta e indireta, inclusive fundos, autarquias, agências reguladoras e empresas estatais dependentes - de todas as esferas de governo. b) Harmonização dos procedimentos contábeis com os princípios e normas de contabilidade, sempre observando a legislação vigente.

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c) Adoção de estrutura codificada e hierarquizada em classes de contas, contemplando as contas patrimoniais, de atos potenciais, de resultado e de planejamento e execução orçamentária além daquelas com funções precípuas de controle. d) Preservação dos aspectos orçamentários em seus conceitos, regime de escrituração e demonstrativos, com destaque em classes ou grupos de modo a possibilitar visões sob os enfoques patrimonial, orçamentário ou fiscal. e) Necessária vinculação entre as classificações orçamentária e patrimonial. Comentários: Todas as alternativas estão perfeitas, com exceção da letra E. Segundo dispõe o MCASP, uma das diretrizes é a inexistência de necessária vinculação entre as classificações orçamentária e patrimonial. As diretrizes completas do PCASP são:

• Padronização dos registros contábeis das entidades do setor público de todas as esferas de governo, envolvendo a administração direta e indireta, inclusive fundos, autarquias, agências reguladoras e empresas estatais dependentes - de todas as esferas de governo;

• Harmonização dos procedimentos contábeis com os princípios e normas de contabilidade, sempre observando a legislação vigente;

• Adoção de estrutura codificada e hierarquizada em classes de contas, contemplando as contas patrimoniais, de atos potenciais, de resultado e de planejamento e execução orçamentária além daquelas com funções precípuas de controle;

• Flexibilidade para que os entes detalhem, conforme suas necessidades, os níveis inferiores das contas a partir do nível seguinte ao padronizado;

• Controle do patrimônio e dos atos de gestão que possam afetá-lo, assim como do orçamento público, demonstrando a situação econômico-financeira da entidade;

• Distinção de institutos com conceitos e regimes próprios em classes ou grupos, como no caso de patrimônio e orçamento, mantendo-se seus relacionamentos dentro de agrupamentos de mesma natureza de informação;

• Preservação dos aspectos orçamentários em seus conceitos, regime de escrituração e demonstrativos, com destaque em classes ou grupos de modo a possibilitar visões sob os enfoques patrimonial, orçamentário ou fiscal;

• Inexistência de necessária vinculação entre as classificações orçamentária e patrimonial; e

• Possibilidade de extração de informações de modo a atender seus usuários. Letra E.

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6. (Minha Autoria)O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) estabelece conceitos básicos, regras para registro dos atos e fatos e estrutura contábil padronizada, de modo a atender a todos os Entes da Federação e aos demais usuários da informação contábil, permitindo a geração de base de dados consistente para compilação de estatísticas e finanças públicas. Sobre o novo PCASP, assinale a opção incorreta:

a) A STN, com o apoio do Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis, é responsável pela administração do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público até a implantação do Conselho de Gestão Fiscal. b) Conta é a expressão qualitativa e quantitativa de fatos de mesma natureza, evidenciando a composição, variação e estado do patrimônio, bem como de bens, direitos, obrigações e situações nele não compreendidas, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo. c) As classes 1 (Ativo), 2 (Passivo), 3 (VPD) e 4 (VPA) têm natureza patrimonial. As classes 5 (CAPO) e 6 (CEPO) têm natureza orçamentária. As classes 7 (Controle de Devedores) e 8 (Controle de Credores) têm natureza de controle. d) O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os lançamentos devem debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação, seja patrimonial, orçamentária ou de controle. Assim, os lançamentos estarão fechados dentro das classes 1, 2, 3 e 4 ou das classes 5 e 6 ou das classes 7 e 8. e) As contas contábeis são classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam em contas com informações de natureza: patrimonial, orçamentária e financeira. Comentários: Todas as alternativas estão perfeitas, com exceção da letra E. As contas contábeis são classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam em:

• Contas com Informações de Natureza Patrimonial → representadas pelas contas que integram o Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) e Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA).

• Contas com Informações de Natureza Orçamentária → representadas

pelas contas que registram aprovação e execução do planejamento e orçamento, inclusive Restos a Pagar.

• Contas com Informações de Natureza Típica de Controle →

representadas pelas contas não caracterizadas como contas patrimoniais, que tenham função precípua de controle, seja para fins de elaboração de informações gerenciais específicas, acompanhamento de rotinas, elaboração

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de procedimentos de consistência contábil ou para registrar atos que não ensejaram registros nas contas patrimoniais, mas que potencialmente possam vir a afetar o patrimônio.

Letra E.

7. (Minha Autoria) As Contas são agrupadas segundo suas funções, possibilitando, exceto:

a) Determinar os custos das operações do governo. b) Acompanhar e controlar a aprovação e a execução do planejamento e do orçamento, evidenciando a receita prevista, lançada, realizada e a realizar, bem como a despesa autorizada, empenhada, realizada, liquidada, paga e as dotações disponíveis. c) Elaborar os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais, de Fluxo de Caixa, das Mutações do Patrimônio Líquido e do Resultado Econômico. d) Individualizar os devedores e credores, com a especificação necessária ao controle contábil do direito ou obrigação. e) Controlar contabilmente os atos de gestão de pessoal. Comentários: Segundo o MCASP, as Contas são agrupadas segundo suas funções, possibilitando: a) Identificar, classificar e efetuar a escrituração contábil, pelo método das partidas dobradas, dos atos e fatos de gestão, de maneira uniforme e sistematizada; b) Determinar os custos das operações do governo; c) Acompanhar e controlar a aprovação e a execução do planejamento e do orçamento, evidenciando a receita prevista, lançada, realizada e a realizar, bem como a despesa autorizada, empenhada, realizada, liquidada, paga e as dotações disponíveis; d) Elaborar os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais, de Fluxo de Caixa, das Mutações do Patrimônio Líquido e do Resultado Econômico; e) Conhecer a composição e situação do patrimônio analisado, por meio da evidenciação de todos os ativos e passivos; f) Analisar e interpretar os resultados econômicos e financeiros;

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g) Individualizar os devedores e credores, com a especificação necessária ao controle contábil do direito ou obrigação; e h) Controlar contabilmente os atos potenciais oriundos de contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres. Como você pode perceber a letra E não consta da relação acima. Letra E. (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2010 - adaptada) Julgue o item que se segue, relativos às características das contas e estrutura do plano de contas aplicado ao setor público, composta por oito classes de contas.

8. Os atos e fatos potenciais, que possam vir a afetar o patrimônio no futuro, possuem classes próprias: Controle de Credores e Controle de Devedores.

Basta olhar o quadro abaixo. Perceba que as contas com informação típica de controle, como as que representam os atos e fatos potenciais, estão adstritas às classes Controle de Credores e Devedores:

No novo PCASP, a distribuição será a seguinte: Controle orçamentário da receita e despesa e controle dos restos a pagar → classe 5 (Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento) e 6 (Controle da Execução do Planejamento e Orçamento).

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Programação financeira, dívida ativa e atos e fatos potenciais → 7 (controle dos devedores) e 8 (controle dos credores). O ativo e o passivo, no novo PCASP, irão operar apenas com o subsistema patrimonial. Gabarito: Certo. (CESPE/AJAE – Contabilidade/STM 2011 – adaptada) Com relação à estrutura do plano de contas da contabilidade pública, composto por oito classes de contas, e aos critérios de classificação e mecanismo de débito e crédito, julgue o item a seguir.

9. As classes Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento e Controle da Execução do Planejamento e Orçamento compreendem as contas com função de registrar os atos potenciais e típicos de controle.

As classes Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento e Controle da Execução do Planejamento e Orçamento compreendem as contas com função de registrar os atos e fatos ligados à execução orçamentária. As classes Controle de Credores e Controle de Devedores que tem a função de registrar os atos potenciais e de controle. Gabarito: Errado. (CESPE/Analista Administrativo – Especialidade Contábil/PREVIC 2011 – adaptada) No que se refere ao conceito, à estrutura e às contas do plano de contas aplicado ao setor público, julgue o item.

10. O primeiro nível da estrutura do plano de contas aplicado ao setor público representa a classificação sintética máxima na agregação das contas, sendo dividido em quatro classes, compostas pelas contas de ativo, passivo, receitas e despesas.

O novo PCASP obedece à seguinte estrutura:

Estrutura PCASP 1º nível Classe X 2º nível Grupo X 3º nível Subgrupo X 4º nível Título X 5º nível Subtítulo X 6º nível Item XX 7º nível Subitem XX

O PCASP possui oito classes e não quatro:

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Natureza Devedora Natureza Credora Natureza da Informação 1 – Ativo 2 – Passivo

Patrimonial 3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentária 7 - CD 8 - CC Controle

Gabarito: Errado.

11. (CESPE/Contador/DETRAN ES 2010 – adaptada) O plano de contas aplicado ao setor público direta deve incluir, no mínimo, tabela de atributos, relação de contas e estrutura padronizada de lançamentos.

O PCASP é composto por:

• Tabela de atributos da conta contábil (é o conjunto de características próprias que a individualizam, distinguindo-a de outra conta pertencente ao plano de contas). Os atributos podem ser definidos por conceitos teóricos, força legal ou por características operacionais do sistema utilizado:

� Título. � Função. � Funcionamento. � Natureza do Saldo. � Código. � Encerramento. � Indicador para cálculo do Superávit Financeiro.

• Relação de contas (disposição ordenada dos códigos e títulos das contas).

• Estrutura Padronizada de Lançamentos.

Gabarito: Certo. (CESPE/Técnico de Controle Interno/MPU 2010 – adaptada) Julgue os itens a seguir acerca das características do plano de contas aplicado ao setor público.

12. O Conselho Federal de Contabilidade é o órgão responsável pela manutenção e promoção dos ajustes necessários à utilização do plano de contas no âmbito da administração pública federal.

Falou em Plano de Contas o responsável é a STN. De acordo com a LRF, artigo 50, § 2º → A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União (STN), enquanto não implantado o conselho de gestão fiscal, previsto no artigo 67 da LRF. Gabarito: Errado.

13. Esse plano é adotado obrigatoriamente por todos os órgãos da administração direta e entidades da administração indireta.

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O campo de aplicação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público abrange todas as entidades governamentais, exceto as estatais independentes, cuja utilização é facultativa. O PCASP deve ser utilizado por todos os Poderes de cada Ente da Federação, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como pelas empresas estatais dependentes. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Entende-se por empresa estatal dependente, conforme disposto no art. 2º, inciso III da LRF, a empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Gabarito: Errado. (CESPE/Técnico de Controle Interno/MPU 2010 – adaptada) Tendo como base a estrutura do plano de contas composta por oito classes de contas, em uso no âmbito da administração pública federal, julgue os itens a seguir.

14. As classes de numeração ímpar possuem natureza devedora e as de numeração par, natureza credora.

O PCASP está dividido em 8 classes: 1. Ativo; 2. Passivo e Patrimônio Líquido; 3. Variações Patrimoniais Diminutivas; 4. Variações Patrimoniais Aumentativas; 5. Controles da Aprovação do Planejamento e Orçamento; 6. Controles da Execução do Planejamento e Orçamento; 7. Controles Devedores; e 8. Controles Credores. Natureza devedora → ativo (1), variações patrimoniais diminutivas (3), CAPO (5) e controle devedores (7). Natureza credora → passivo (2), variações patrimoniais aumentativas (4), CEPO (6) e controle credores (8).

Natureza Devedora Natureza Credora Natureza da Informação 1 – Ativo 2 – Passivo

Patrimonial 3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentária 7 - CD 8 - CC Controle

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Gabarito: Certo.

15. É importante que as contas do Ativo e Passivo sejam diferenciadas por um atributo específico que atenda ao critério da lei 4.320/64 e permita separar o ativo e o passivo em Financeiro e Permanente. Assim, nos lançamentos as contas de Ativo e Passivo virão acompanhadas das letras “F” ou “P”, entre parênteses, para indicar se são contas financeiras ou permanentes.

A lei 4.320/64 divide o ativo em financeiro e permanente, no intuito de facilitar o cálculo do Superávit Financeiro, fonte de recurso para abertura de créditos adicionais:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa. §1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, deste que não comprometidos; I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; [...] 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.

De outro lado, o novo Plano de Contas divide o ativo e o passivo em circulante e não-circulante. A fim de harmonizar ambas as exigências, da lei 4.320/64 e da convergência com as normas internacionais, foram criados os atributos “F” e “P”, que permitem identificar se uma conta tem natureza financeira ou patrimonial, respectivamente. Gabarito: Certo. (CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010 – adaptada) Com relação ao plano de contas aplicado ao setor público, julgue o item a seguir.

16. A relação de contas, a tabela de eventos e a estrutura padronizada de lançamentos integram o plano de contas aplicado ao setor público.

O PCASP é composto por tabela de atributos, relação de contas e estrutura padronizada de lançamentos. A tabela de eventos pertence ao “antigo” Plano de Contas Único. O PCASP é estruturado em 7 níveis de desdobramento:

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PCASP 1º nível Classe X 2º nível Grupo X 3º nível Subgrupo X 4º nível Título X 5º nível Subtítulo X 6º nível Item XX 7º nível Subitem XX

O PCASP possui oito classes: ativo, passivo, VPA, VPD, CAPO, CEPO, Controle de Credores e Controle de Devedores. Gabarito: Errado. (CESPE/Auditor/FUB 2009 – adaptada) Acerca do plano de contas aplicado ao setor público, julgue os próximos itens.

17. As contas contábeis são estruturadas em sete níveis obrigatórios de desdobramento, sendo o título o seu último nível.

São sete níveis e nove dígitos. O último nível é o subitem.

PCASP 1º nível Classe X 2º nível Grupo X 3º nível Subgrupo X 4º nível Título X 5º nível Subtítulo X 6º nível Item XX 7º nível Subitem XX

Gabarito: Errado.

18. O primeiro nível da estrutura do plano de contas representa a categoria econômica.

O primeiro nível é a classe. Gabarito: Errado.

19. Os controles da previsão e execução da receita orçamentária são efetuados, respectivamente, nas classes CAPO e CEPO.

No novo PCASP, a distribuição será a seguinte: Controle orçamentário da receita e despesa e controle dos restos a pagar → classe 5 (Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento) e 6 (Controle da Execução do Planejamento e Orçamento).

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Programação financeira, dívida ativa e atos e fatos potenciais → 7 (controle dos devedores) e 8 (controle dos credores). O ativo e o passivo, no novo PCASP, irão operar apenas com o subsistema patrimonial. Gabarito: Certo. (CESPE/Contador/MS 2009 – adaptada) Um plano de contas para todos os órgãos e entidades é responsável pela uniformização dos procedimentos no âmbito da administração pública. A esse respeito, julgue os itens seguintes.

20. A estrutura conceitual do plano de contas é fundamentada na teoria

patrimonialista que visa a evidenciação dos elementos patrimoniais, a compreensão da composição patrimonial e a demonstração de todos os bens, direitos e obrigações da entidade.

Toda a CASP está se aproximando conceitualmente de uma contabilidade mais patrimonial, valorizando o lançamento dos atos e fatos no momento em que eles ocorrem, independente da execução orçamentária. Gabarito: Certo.

21. Os lançamentos devem estar fechados dentro das classes de mesma natureza, tendo em vista que o registro contábil deve debitar e creditar contas com o mesmo tipo de informação, seja patrimonial, orçamentária ou de controle.

Segundo o MCASP, parte IV, o registro contábil no novo PCASP deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os lançamentos devem debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação, seja patrimonial, orçamentária ou de controle. Assim, os lançamentos estarão fechados dentro das classes 1, 2, 3 e 4 ou das classes 5 e 6 ou das classes 7 e 8.

Classes Natureza da Informação 1 – Ativo 2 – Passivo

Patrimonial 3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentária 7 – Controle Devedores 8 – Controle Credores Controle

Gabarito: Certo.

22. O grupo de contas denominado inscrição em restos a pagar integra a classe de controles da aprovação do planejamento e orçamento e registra o valor das despesas empenhadas e não pagas até o último dia do ano financeiro.

No PCASP, o referido controle possui classes próprias:

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Inscrição de RP → 5 Controles da Aprovação do Planejamento e Orçamento. Execução de RP → 6 Controles da Execução do Planejamento e Orçamento.

Gabarito: Certo. (CESPE/Analista/IBRAM 2009 – adaptada) Com relação ao Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, julgue o item seguinte.

23. Cabe ao Conselho Federal de Contabilidade baixar normas e instruções complementares acerca desse plano de contas, compreendendo os procedimentos contábeis decorrentes de sua utilização.

A STN, com o apoio do Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis, é responsável

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pela administração do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público até a implantação do Conselho de Gestão Fiscal, instituído pela LRF, a quem compete:

• Criar, extinguir, especificar, desdobrar, detalhar e codificar contas; • Expedir instruções sobre a utilização do Plano de Contas, compreendendo os

procedimentos contábeis pertinentes; e • Promover as alterações e ajustes necessários à atualização do Plano de

Contas, observada sua estrutura básica, incluindo os Lançamentos Típicos do Setor Público.

Gabarito: Errado.

24. (CESPE/Analista Judiciário/TRT 17º Região 2009 – adaptada) Os indicadores são parte integrante do plano de contas aplicado ao setor público, por meio dos quais é possível fazer que os eventos do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) resultem em registros contábeis de partida dobrada.

O PCASP é composto por tabela de atributos, relação de contas e estrutura padronizada de lançamentos. Os indicadores contábeis fazem parte do Plano de Contas Único, ainda vigor este ano. Gabarito: Errado. (CESPE/Auditor Interno/AUGE MG 2008 – adaptada) Julgue o seguinte item, relativo ao plano de contas aplicado ao setor público.

25. Neste plano de contas, o nível de títulos se subdivide em subtítulos que, por sua vez, são divididos em subitens.

O título se divide em subtítulos, mas este se divide em itens, não subitens.

PCASP 1º nível Classe X 2º nível Grupo X 3º nível Subgrupo X 4º nível Título X 5º nível Subtítulo X 6º nível Item XX 7º nível Subitem XX

Gabarito: Errado. (CESPE/Contador/CEHAP 2008 – adaptada) Julgue os itens subseqüentes, relativos à estrutura do plano de contas aplicado ao setor público.

26. O plano de contas aplicado ao setor público apresenta oito classes de

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contas, sendo as quatro primeiras patrimoniais: ativo, passivo, variações patrimoniais diminutivas e variações patrimoniais aumentativas; duas com natureza orçamentária: controle da aprovação do planejamento e orçamento e controle da execução do planejamento e orçamento; e duas com natureza típica de controle: controle dos devedores e controle dos credores.

Perfeito. No PCASP, as classes são:

Classes Natureza da Informação 1 – Ativo 2 – Passivo

Patrimonial 3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentária 7 – Controle Devedores 8 – Controle Credores Controle

Gabarito: Certo.

27. Cabe à Secretaria do Tesouro Nacional o gerenciamento do plano de contas aplicado ao setor público.

O PC é competência da STN, enquanto não implantado o CGF. Gabarito: Certo.

28. A classificação das contas de despesa e da receita é definida pelo Conselho Federal de Contabilidade, guardando os fundamentos da doutrina contábil.

PC → STN. Gabarito: Errado.

29. (CESPE/Analista Judiciário/TJDF 2008 – adaptada) A edição de normas gerais para a consolidação das contas públicas caberá ao órgão de contabilidade de cada ente governamental, enquanto não for implantado o conselho de gestão fiscal.

A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União (STN), enquanto não implantado o conselho de gestão fiscal. Gabarito: Errado. (CESPE/Analista Judiciário/TRE TO 2007 – adaptada) Na administração pública federal, o propósito do Plano de Contas é atender, de maneira uniforme e sistematizada, o registro contábil dos atos e fatos relacionados com recursos do Tesouro Nacional e sob a responsabilidade dos órgãos da administração direta e indireta. Com relação à estrutura do Plano de Contas, julgue os itens.

30. O primeiro nível, denominado classe, representa a classificação máxima na agregação das contas.

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O PCASP é estruturado em sete níveis e nove dígitos. O primeiro é a classe e representa a classificação máxima na agregação das contas.

PCASP 1º nível Classe X 2º nível Grupo X 3º nível Subgrupo X 4º nível Título X 5º nível Subtítulo X 6º nível Item XX 7º nível Subitem XX

Gabarito: Certo.

31. (Minha Autoria) O novo PCASP é dividido em 8 classes. As classes Ativo e Passivo têm natureza patrimonial e as classes das Variações Patrimoniais têm a natureza de contas de resultado.

Ativo, Passivo, VPA e VPD → Natureza Patrimonial. CAPO e CEPO → Natureza Orçamentária. Controles Devedores e Credores → Natureza de Controle. Gabarito: Errado.

32. (Minha Autoria) Com o novo PCASP, a apuração do Superávit Financeiro ficou comprometida, pois as contas do ativo e passivo não são mais divididas em Financeiras e Não Financeiras.

As contas do Ativo e Passivo virão com as letras F ou P, para diferenciar se as contas são financeiras ou permanentes. É um resquício do PCU. Este mecanismo permite a apuração do Superávit Financeiro, fonte de recurso para abertura de crédito adicional. Gabarito: Errado.

33. (Minha Autoria) O PCASP abrange todas as entidades do setor público, inclusive as Empresas Estatais Dependentes e Independentes.

Para as Empresas Estatais Independentes é facultativo. Gabarito: Errado.

34. (Minha Autoria) A necessidade de melhor evidenciação dos fenômenos patrimoniais e a busca por um tratamento contábil padronizado dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público tornou necessária a elaboração de um novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público.

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Exata definição do MCASP parte IV. Gabarito: Certo.

35. (Minha Autoria) No Brasil, a contabilidade aplicada ao setor público efetua de modo eficiente o registro dos atos e fatos relativos ao controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial.

Segundo MCASP, parte IV, a CASP efetua de modo eficiente o registro dos atos e fatos relativos ao controle da execução orçamentária e financeira. No entanto, muito se pode avançar no que se refere à evidenciação do patrimônio público com abrangência nacional. Gabarito: Errado.

36. (Minha Autoria) No novo PCASP, o controle da fixação da despesa e da previsão da receita é feito na Classe Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento. O controle da Execução da Receita e da Despesa é feito na Classe Controle da Execução do Planejamento e Orçamento.

CAPO → fixação da despesa, previsão da receita, inscrição de RP, orçamento e planejamento aprovado. CEPO → execução da receita, despesa, RP, orçamento e planejamento. Gabarito: Certo.

37. (FGV/Analista Econômico-financeiro/MinC 2006 – adaptada) Com base na estrutura do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, a conta "Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria" identificada numericamente pelo código 4.1.0.0.0.00.00 pertence à seguinte classe:

(A) Ativo. (B) Passivo. (C) Variações Patrimoniais Aumentativas. (D) Variações Patrimoniais Diminutivas. (E) Controle de Devedores. Comentários: A primeira coisa que você deve fazer neste tipo de questão é identificar a classe. Conte nos dedos: 1 – Ativo; 2 – Passivo; 3 – VPD; 4 – VPA; 5 – CAPO; 6 – CEPO;

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7 – CD; e 8 – CC. Bom, o primeiro número da classificação é 4, logo trata-se de uma conta pertencente à classe Variações Patrimoniais Aumentativas. Letra C.

38. (FGV/Técnico de Contabilidade/MinC 2006 – adaptada) Na estrutura básica do plano de contas aplicado ao setor público, o primeiro nível representa a classificação máxima na agregação das contas, sendo dividido em oito classes, e a cada uma é atribuído um número. A classe identificada pelo número 5 representa:

(A) o Ativo. (B) o Passivo. (C) o Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento. (D) o Controle da Execução do Planejamento e Orçamento. (E) o Controle dos Credores. Comentários: Só correr para o abraço: 1 – Ativo; 2 – Passivo; 3 – VPD; 4 – VPA; 5 – CAPO; 6 – CEPO; 7 – CD; e 8 – CC. Letra C.

39. (FGV/Analista Legislativo – Administração/Senado 2008 – adaptada) De acordo com o plano de contas aplicado ao setor público, a conta identificada pelo código 1.1.1.1.0.00.00 representa:

(A) caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional. (B) participações permanentes. (C) bens móveis. (D) depreciação acumulada. (E) softwares. Comentários: Esse tipo de questão é bem difícil, pois ela é quase uma decoreba. Vou tentar te dar um norte pra você seguir na prova, caso caia uma parecida. Na hora da prova

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tente se lembrar da estrutura:

PCASP 1º nível Classe 1 2º nível Grupo 1 3º nível Subgrupo 1 4º nível Título 1 5º nível Subtítulo 0 6º nível Item 00 7º nível Subitem 00

Agora conte nos dedos da mão as classes: 1 – Ativo; 2 – Passivo; 3 – VPD; 4 – VPA; 5 – CAPO; 6 – CEPO; 7 – CD; e 8 – CC. Sabemos que se trata de uma conta do ativo. Vamos tentar descobrir o grupo.

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No caso, a conta é do ativo circulante. Daqui pra frente começa a ficar complicado. Tente ir por eliminação. A resposta é a letra A, dívida ativa tributária. As demais contas pertencem ao ativo não-circulante. Letra A.

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C. Questões comentadas lançamentos contábeis

Aqui eu fiz o contrário. Primeiro pedi uma ajuda ao CESPE, depois acrescentei as questões mais recentes da ESAF sobre o assunto. (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2010) Julgue os próximos itens, acerca do registro contábil da previsão da receita e fixação da despesa, tendo por base a estrutura do plano de contas atual, composta por seis classes de contas.

1. O registro da fixação da despesa dá-se no subsistema de contas de compensação, debitando-se a conta crédito disponível e creditando-se a conta crédito inicial.

A fixação da despesa é registrada no subsistema orçamentário. Além disso, a questão inverteu a ordem: credita-se crédito disponível, debita-se crédito inicial.

Fixação da despesa Natureza da informação D – 5.2.2 – Dotação Inicial C – 6.2.2 – Crédito Disponível

Orçamentária

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.2 – Fixação da Despesa

6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

Gabarito: Errado.

2. A previsão da receita é contabilizada, concomitantemente, nos subsistemas de contas orçamentário e patrimonial, debitando-se a conta previsão inicial da receita e creditando-se a conta receita a realizar.

A previsão da receita, assim como a fixação da despesa, é contabilizada no subsistema orçamentário apenas. Vejamos:

Previsão da receita Natureza da informação D – 5.2.1 – Previsão Inicial da Receita C – 6.2.1 – Receita a Realizar

Orçamentária

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.1 – Previsão da Receita

6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita

Orçamentário

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7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

Gabarito: Errado. (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2010) Acerca do registro contábil da descentralização de créditos interna e externa, julgue os itens seguintes.

3. Na unidade descentralizadora, a descentralização externa de crédito (destaque) é contabilizada no subsistema de contas patrimonial, debitando-se a conta transferência financeira concedida e creditando-se a conta bancos conta movimento.

A contabilização da descentralização de créditos ocorre apenas no subsistema orçamentário. Além do mais, as contas utilizadas são diferentes das informadas.

Descentralização de créditos Natureza da informação D – 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível C – 6.2.2.2 – Movimentação de créditos concedidos

Orçamentária

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível 6.2.2.2 – Movimentação de Créditos Concedidos

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

Gabarito: Errado.

4. Na unidade recebedora, a descentralização interna de crédito (provisão) é contabilizada no subsistema de contas orçamentário, debitando-se a conta movimentação de créditos recebidos e creditando-se a conta crédito disponível.

Perfect!

Descentralização de créditos Natureza da informação D – 5.2.2.2 – Movimentação de créditos recebidos C – 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível

Orçamentária

Classes Subsistema

1 - ATIVO 2 - PASSIVO Patrimonial

3 – VPD 4 - VPA

Rodolfo
Realce
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5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.2 – Fixação da Despesa 5.2.2.2 - Movimentação de créditos recebidos

6 – CEPO 6.1 - Execução do Planejamento 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

Gabarito: Certo. (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2010) Julgue os itens a seguir, que versam sobre o registro contábil da realização da receita e da despesa, tendo por base a estrutura do PCASP, composta por oito classes de contas.

5. No caso de liquidação de despesa envolvendo a aquisição de bem com recebimento imediato desse bem, deve haver o registro contábil da incorporação do bem no subsistema de contas patrimonial.

Liquidação da despesa não efetiva e incorporação do bem

Liquidação da despesa não efetiva Natureza da informação D – 1.2.3 – Bens móveis (P) C – 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3 – Bens móveis (P)

2 – PASSIVO 2.1.3 - Fornecedores e contas a pagar (F) Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

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8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Gabarito: certo.

6. A receita decorrente de operação de crédito enseja registro contábil nos subsistemas de contas orçamentário (pela realização da receita) e patrimonial (pelo ingresso do recurso), não repercutindo essa transação no sistema de compensação.

O subsistema de compensação é afetado. Vejamos:

Arrecadação da receita com operações de crédito

Natureza da informação

D – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C – 2.1.2.2 – Empréstimos a curto prazo - externo (P)

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 – Caixa e equivalentes caixa em moeda nacional (F)

2 – PASSIVO 2.1.2.2 - Empréstimos a curto prazo - externo (P) Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.1.1 – Receita a Realizar 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação

8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

Gabarito: Errado.

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7. (CESPE/Contador/DPU 2010) Com relação ao registro contábil da previsão da receita e ao respectivo reflexo no sistema de contas, tendo por base a estrutura do PCASP, composta por oito classes de contas, é correto afirmar que a previsão da receita é contabilizada no subsistema

A de compensação, debitando-se a conta de previsão inicial da receita e creditando-se a conta de receita a realizar. B patrimonial, debitando-se a conta de previsão inicial da receita e creditando-se a conta de receita a realizar. C orçamentário, debitando-se a conta de previsão inicial da receita e creditando-se a conta de receita a realizar. D patrimonial, debitando-se a conta de receita a realizar e creditando-se a conta de previsão inicial da receita. E orçamentário, debitando-se a conta de receita a realizar e creditando-se a conta de previsão inicial da receita. Comentários: Primeira coisa: previsão da receita e fixação da despesa é somente subsistema orçamentário. De cara eliminamos as alternativas A, B e D.

Previsão da receita orçamentária

Previsão da receita orçamentária Natureza da informação D – 5.2.1 – Previsão Inicial da Receita C – 6.2.1 – Receita a Realizar

Orçamentária

Classes Subsistema

1 - ATIVO 2 - PASSIVO Patrimonial

3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.1 – Previsão da Receita

6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

Pelo esquema, a resposta é a letra C. Gabarito: C.

8. (CESPE/Contador/DPU 2010) Acerca do registro contábil da fixação da despesa e do seu respectivo reflexo no sistema de contas, tendo por base a estrutura do PCASP, composta por oito classes de contas, é correto afirmar que a fixação da despesa é contabilizada no subsistema

A de compensação, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a

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conta de dotação inicial. B orçamentário, debitando-se a conta de dotação inicial e creditando-se a conta de crédito disponível. C patrimonial, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de dotação inicial. D patrimonial, debitando-se a conta de dotação inicial e creditando-se a conta de crédito disponível. E orçamentário, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de dotação inicial. Comentários: Fixação da despesa orçamentária

Fixação da despesa orçamentária Natureza da informação D – 5.2.2 – Dotação Inicial C – 6.2.2 – Crédito Disponível

Orçamentária

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.2 – Fixação da Despesa

6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

Tanto a previsão da receita, quanto a fixação da despesa geram lançamentos apenas no subsistema orçamentário. Gabarito: B.

9. (CESPE/Contador/DPU 2010) Com referência ao registro contábil da descentralização de crédito interna (provisão) e do seu respectivo reflexo no sistema de contas, tendo por base a estrutura do PCASP, é correto afirmar que o recebimento de descentralização interna de crédito (provisão) é contabilizada no subsistema:

A compensação, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de movimentação de créditos recebidos. B patrimonial, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de movimentação de créditos recebidos.

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C orçamentário, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de movimentação de créditos recebidos. D patrimonial, debitando-se a conta de movimentação de créditos recebidos e creditando-se a conta de crédito disponível. E orçamentário, debitando-se a conta de movimentação de créditos recebidos e creditando-se a conta de crédito disponível. Comentários: Vejamos toda contabilização referente à descentralização de créditos:

i. Unidade Concedente

Descentralização de créditos orçamentários

Natureza da informação

D – 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível C – 6.2.2.2 – Movimentação de créditos concedidos

Orçamentária

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível 6.2.2.2 – Movimentação de Créditos Concedidos

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

ii. Unidade de Destino

Descentralização de créditos orçamentários

Natureza da informação

D – 5.2.2.2 – Movimentação de créditos recebidos C – 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível

Orçamentária

Classes Subsistema

1 - ATIVO 2 - PASSIVO Patrimonial

3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.2 – Fixação da Despesa 5.2.2.2 - Movimentação de créditos recebidos

6 – CEPO 6.1 - Execução do Planejamento 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito Disponível

Orçamentário

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7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

A questão solicita o lançamento na unidade de destino apenas. Assim, nossa resposta é a letra E. Ressalto que os lançamentos abaixo ocorrem apenas no subsistema orçamentário:

• Fixação da despesa; • Previsão da receita; • Descentralização de créditos orçamentários.

Gabarito: E. (CESPE/Analista de Orçamento/MPU 2010) Considerando que os registros contábeis dos fatos típicos da administração pública são realizados com base nas orientações da Lei nº 4.320/1964, do Decreto nº 93.872/1986 e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue o item que se segue.

10. O registro da baixa de bens móveis por doação será realizado no subsistema de contas orçamentário, em razão de esse evento não envolver numerário.

Se o lançamento fala em bens, deve haver, no mínimo, lançamento no sistema patrimonial. Não tem nada disso de orçamentário. Veja só:

Doação concedida

Apuração do valor líquido contábil Antes da doação propriamente dita é necessário subtrair, do valor bruto do bem, a depreciação acumulada.

Valor líquido contábil Natureza da informação D - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P) C – 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P) 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES

Controle e Custos

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Doação concedida

Doação concedida Natureza da informação D – 3.5 – Transferências Concedidas C – 1.2.3 – Bens Móveis (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3 – Bens Móveis

2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 3.5 – Transferências Concedidas

4 – VPA

5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e

Custos A questão acerta ao dizer que esse evento não envolve numerário. Gabarito: E. (CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010) A respeito da contabilidade pública brasileira, julgue os itens que se seguem.

11. As contas de variações patrimoniais aumentativas e do ativo são creditadas pelo aumento e debitadas pela diminuição de saldo.

As contas do passivo, das variações patrimoniais aumentativas, CEPO e controle credores aumentam a crédito e diminuem a débito. As contas do ativo, das variações patrimoniais diminutivas, CAPO e controle devedores aumentam a débito e diminuem a crédito.

Aumentam a débito e diminuem a crédito

Aumentam a crédito e diminuem a débito

1 – ATIVO 2 - PASSIVO

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO 7 – CONTROLES DEVEDORES 8 – CONTROLES CREDORES

Gabarito: Errado.

12. A aquisição de veículo deve gerar lançamentos contábeis no subsistema orçamentário, patrimonial e compensação.

A aquisição de um bem é uma despesa não efetiva, pois há a troca de dinheiro por um bem.

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Liquidação da despesa não efetiva e incorporação do bem

Liquidação da despesa não efetiva Natureza da informação D – 1.2.3 – Bens móveis (P) C – 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3 – Bens móveis (P)

2 – PASSIVO 2.1.3 - Fornecedores e contas a pagar (F) Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e Custos

Como se trata de uma despesa não efetiva, a classe VPD não foi afetada. Há uma permuta entre contas do ativo (bem) e passivo (fornecedores). Trata-se de variação patrimonial qualitativa. Aliás, toda arrecadação de receita orçamentária e liquidação de despesa orçamentária gera lançamentos nos subsistemas patrimonial, orçamentário e compensação. A exceção é o caso do 13° salário, variação patrimonial diminutiva antes da ocorrência da liquidação da despesa orçamentária. Nesse caso a liquidação gera lançamentos apenas no subsistemas orçamentário e compensação. Gabarito: Certo.

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(CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010) Com relação à contabilização de operações típicas da administração federal, julgue o item subsequente.

13. A realização de receita de alienação de bens móveis deve ser contabilizada mediante lançamento nos subsistemas patrimonial, orçamentário e compensação, o que gera um débito na conta de receita realizada e um crédito na conta ganhos com alienação de imobilizado.

A alienação de bens móveis é uma receita de capital, não efetiva:

Apuração do valor contábil líquido.

Valor líquido contábil Natureza da informação

D - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P) C – 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P) 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES

Controle e Custos

Valor Líquido Contábil = Valor Bruto Contábil – Depreciação Acumulada

Alienação e registro do ganho

Alienação e registro do ganho Natureza da informação D - 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C - 1.2.3.1.1 - Bens móveis – veículos (P) C - 4.6.2.2.1 - Ganhos com alienação de imobilizado

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

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Classes Subsistema 1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 – Caixa e equivalentes caixa em moeda nacional (F) 1.2.3.1.1 - Bens móveis – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 4.6.2.2.1 - Ganhos com alienação de imobilizado

5 – CAPO 6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.1.1 – Receita a Realizar 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação

8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

O crédito na conta ganhos com alienação de imobilizado está correto, mas a questão pecou ao afirmar o débito na conta receita realizada, quando na verdade é um crédito. A arrecadação da receita sempre gera lançamentos nos subsistemas patrimonial, orçamentário e compensação. Sobre os lançamentos nos subsistemas orçamentário e compensação cumpre informar que são sempre os mesmos!! Vale a pena memorizar. Gabarito: Certo. (CESPE/Técnico de Controle Interno/MPU 2010) Considerando o registro contábil de concessão de operação de crédito e os seus reflexos no sistema de contas, julgue o item subsequente.

14. O empenho da despesa referente à concessão de operação de crédito é contabilizado no subsistema de contas orçamentário, debitando-se a conta crédito disponível e creditando-se a conta crédito empenhado a liquidar.

Moleza, né?

Empenho da despesa Natureza da informação D – 6.2.2.1.1 – Crédito disponível C – 6.2.2.1.3 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR) C – 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e custos

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Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 – PASSIVO

Patrimonial 3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito disponível 6.2.2.1.3 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e Custos

Gabarito: Certo. (CESPE/Técnico em Contabilidade/MS 2010) Julgue os itens seguintes, referentes aos subsistemas de informação e aos registros contábeis adotados pela contabilidade pública.

15. No subsistema patrimonial, o registro do empenho da despesa, pela concessão de um empréstimo, proporciona um débito na conta crédito disponível e um crédito na conta de crédito a liquidar.

O registro do empenho da despesa é feito em regra no subsistema orçamentário e no subsistema compensado.

Empenho da despesa Natureza da informação D – 6.2.2.1.1 – Crédito disponível C – 6.2.2.1.3 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR) C – 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e custos

Classes Subsistema

1 - ATIVO 2 – PASSIVO Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito disponível 6.2.2.1.3 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1.1.1 – Disponibilidade

Controle e Custos

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por Destinação de Recurso 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Gabarito: Errado.

16. No subsistema patrimonial, o registro da baixa de ativo por motivo de doações de ativo imobilizado proporciona um débito em conta de ativo imobilizado e um crédito na conta transferências concedidas.

Essa dá pra matar de cara. Se eu estou doando um ativo, tenho que creditar e não debitar meu Ativo Imobilizado, visto que o mesmo está diminuindo.

Doação concedida

Apuração do valor líquido contábil

Valor líquido contábil Natureza da informação D - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P) C – 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P) 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES

Controle e Custos

Doação concedida

Doação concedida Natureza da informação

D – 3.5 – Transferências Concedidas C – 1.2.3 – Bens Móveis (P) Patrimonial

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Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2 – Ativo não circulante 1.2.3 – Imobilizado

2 - PASSIVO

Patrimonial 3 – VPD 3.5 – Transferências Concedidas

4 – VPA

5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentário 7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e

Custos Gabarito: Errado.

17. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC 2009) A receita orçamentária efetiva, no momento do seu reconhecimento, constitui variação patrimonial quantitativa aumentativa, aumentando a situação líquida patrimonial da entidade.

Arrecadação da receita efetiva Natureza da informação D – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C – 4.3.3 – Valor Bruto de exploração de bens e direitos e prestação de serviços

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 – Caixa e equivalentes caixa

2 - PASSIVO

Patrimonial 3 - VPD 4 – VPA 4.3.3 - Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços

5 – CAPO 6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.1.1 – Receita a Realizar 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação

8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

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Note como a classe VPA foi afetada. Ou seja, a situação líquida patrimonial da entidade foi afetada positivamente. Gabarito: Certo.

18. O empenho da despesa é contabilizado no subsistema de contas patrimonial e afeta a apuração do resultado do exercício.

O empenho é contabilizado tradicionalmente nos subsistemas orçamentário e compensação e não afeta a apuração do resultado do exercício.

Empenho da despesa Natureza da informação D – 6.2.2.1.1 – Crédito disponível C – 6.2.2.1.3 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR) C – 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 2 – PASSIVO

Patrimonial 3 - VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.1 – Crédito disponível 6.2.2.1.3 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e Custos

Gabarito: Errado. (CESPE/Analista Administrativo/ANTAQ 2009) Acerca da contabilidade pública, julgue os itens a seguir.

19. No registro contábil da realização da receita de alienação de bens, um dos subsistemas de informação a ser afetado deve ser o patrimonial, em que se registrarão o débito na conta caixa e o crédito na conta ativo imobilizado.

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Alienação

Apuração do valor contábil líquido.

Valor líquido contábil Natureza da informação

D - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P) C – 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P)

Patrimonial

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P) 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES

Controle e Custos

Alienação e registro do ganho

Alienação e registro do ganho Natureza da informação D - 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C - 1.2.3.1.1 - Bens móveis – veículos (P) C - 4.6.2.2.1 - Ganhos com alienação de imobilizado

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

Classes Subsistema 1 - ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 – Caixa e equivalentes caixa em moeda nacional (F) 1.2.3.1.1 - Bens móveis – veículos (P)

2 – PASSIVO

Patrimonial

3 - VPD 4 – VPA 4.6.2.2.1 - Ganhos com alienação de imobilizado

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5 – CAPO 6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita 6.2.1.1 – Receita a Realizar 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 7.2 - Administração Financeira 7.2.1 – Disponibilidade por Destinação

8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação

Controle e Custos

Gabarito: Certo.

20. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção que indica o par de lançamentos correto para a escrituração contábil da apropriação dos encargos nas operações de créditos da dívida mobiliária.

a) (D) Encargos Financeiros (C) Variação patrimonial qualitativa – Financeira b) (D) Variação patrimonial diminutiva – Financeira (C) Encargos Financeiros c) (D) Variação patrimonial aumentativa – Financeira (C) Encargos Financeiros d) (D) Encargos Financeiros (C) Variação patrimonial diminutiva – Financeira e) (D) Passivo Circulante – Títulos (C) Variação patrimonial aumentativa – Financeira Comentários: Vamos resolver essa questão pela lógica. Vejamos nossas premissas: 1 – se é encargo, este encargo deve afetar a situação líquida patrimonial da entidade mediante uma variação patrimonial diminutiva. 2 – as variações patrimoniais diminutivas aumentam a débito, logo nosso primeiro lançamento é: D – variação patrimonial diminutiva. 3 – pronto! Por eliminação achamos a resposta: letra B. Viu como é fácil. Não precisa saber todos os lançamentos se você conseguir entender a lógica do negócio. Letra B.

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21. (ESAF/CVM 2010) Se ao examinarmos os registros contábeis de

determinada operação e observarmos que ocorreram somente variações passivas, então é correto afirmar sobre o patrimônio da entidade:

a) a operação registrada refere-se a um fato contábil permutativo do patrimônio. b) houve aumento da situação patrimonial líquida da entidade. c) as variações passivas somente afetam a situação patrimonial se o fato transitar pelo orçamento da entidade. d) o patrimônio sofreu elevação no que se refere ao conceito orçamentário e redução no conceito contábil. e) a situação patrimonial líquida sofreu redução em razão do consumo de ativo ou aumento do passivo. Comentários: Se a entidade só registrou variações patrimoniais diminutivas a situação patrimonial líquida da entidade diminuiu, pois ocorreram apenas fatos contábeis modificativos diminutivos do patrimônio. Isso é fato. Assim, dentre todas as alternativas a única que se coaduna com esse raciocínio é a letra E. Letra E.

22. (ESAF/CVM 2010) Assinale a opção que indica um lançamento contábil que ocorre no momento em que a contabilidade reconhece a previsão da receita a ser arrecadada no exercício.

a) Débito: Caixa Crédito: Receitas b) Débito: Receitas Arrecadadas Crédito: Receita a Realizar c) Débito: Receita a Realizar Crédito: Previsão da Receita d) Débito: Receitas Previstas Crédito: Despesa a Realizar e) Débito: Receita Prevista Crédito: Receita a Realizar

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Comentários:

Previsão da receita orçamentária Natureza da informação D – 5.2.1 – Previsão Inicial da Receita C – 6.2.1 – Receita a Realizar Orçamentária

Classes Subsistema

1 - ATIVO 2 - PASSIVO Patrimonial

3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.1 – Previsão da Receita

6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.1 – Execução da Receita

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

Letra E.

23. (ESAF/CVM 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito da contabilização da fixação da despesa.

a) Os lançamentos contábeis relacionados à fixação da despesa são realizados à medida que esta vai sendo empenhada. b) Os valores fixados na lei orçamentária anual figuram na contabilidade pelos seus valores consolidados, ou seja, no nível de subgrupo de despesa. c) A contabilidade pública, do ponto de vista orçamentário, somente reconhece a receita fixada quando esta é de fato despesa efetiva. d) As despesas fixadas, em razão de créditos adicionais, são adicionadas àquelas fixadas na lei orçamentária anual e não são registradas separadamente. e) A fixação da despesa implica lançamento a débito em conta dotação inicial e crédito em crédito disponível. Comentários: Letra A, incorreta. A fixação da despesa é registrada por ocasião da aprovação da Lei Orçamentária Anual ou de créditos adicionais. Letras B e C, incorretas. Invenção do examinador. Não existe regra correspondente. Além do mais, a receita é prevista, não fixada. Letra D, incorreta. As despesas fixadas como créditos adicionais são registradas separadamente. Letra E, correta. Vejamos:

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Fixação da despesa orçamentária Natureza da informação D – 5.2.2 – Dotação Inicial C – 6.2.2 – Crédito Disponível Orçamentária

Classes Subsistema

1 - ATIVO 2 - PASSIVO Patrimonial

3 – VPD 4 - VPA 5 – CAPO 5.2 - Orçamento Aprovado 5.2.2 – Fixação da Despesa

6 – CEPO 6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES Controle e Custos

Letra E.

24. (ESAF/CVM 2010) Assinale a opção que indica um lançamento que não ocorre na liquidação da despesa para a aquisição de material permanente.

a) Débito: Obrigações Contratadas a Liquidar. Crédito: Obrigações Contratadas Liquidadas. b) Débito: Crédito Empenhado a Liquidar. Crédito: Crédito Empenhado liquidado a pagar. c) Débito: Ativo – Imobilizado. Crédito: Passivo – Fornecedores e contas a pagar. d) Débito: Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho. Crédito: Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por liquidação e entradas compensatórias. e) Um débito em crédito empenhado a liquidar e um débito em Fornecedores a Pagar. Comentários: Liquidação da despesa não efetiva e incorporação do bem

Liquidação da despesa não efetiva Natureza da informação D – 1.2.3 – Bens móveis (P) C – 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentária

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D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Classes Subsistema 1 – ATIVO 1.2.3 – Bens móveis (P)

2 – PASSIVO 2.1.3 - Fornecedores e contas a pagar (F) Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO

6.2 - Execução do Orçamento 6.2.2 – Execução da Despesa 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentário

7 - CONTROLES DEVEDORES 8 - CONTROLES CREDORES 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.2.1 – Execução Disponibilidade por Destinação 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e Custos

Letra A.

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D. Resumo da aula PCASP Disponibilizei o resumo dos lançamentos numa aula à parte da principal. Acho que vai ajudar na visualização.

PCASP Facultativo a partir de 2012. Obrigatório em 2013. Responsabilidade STN enquanto não implantado o CGF.

Campo de Aplicação

Todas as entidades governamentais, inclusive as Empresas Estatais Dependentes. Para as independentes, é facultativo.

Padronizado para todos os entes

Sem perder a flexibilidade para que os mesmos detalhem, conforme suas necessidades, os níveis inferiores das contas a partir do nível seguinte ao padronizado.

Estrutura Tabela de Atributos, Relação de contas e Estrutura Padronizada de Lançamentos.

7 níveis/9 dígitos

1º nível Classe X 2º nível Grupo X 3º nível Subgrupo X 4º nível Título X 5º nível Subtítulo X 6º nível Item XX 7º nível Subitem XX

Classes Contas Devedoras Contas Credoras Natureza das Contas

1 – Ativo 2 – Passivo Patrimonial

3 – VPD 4 – VPA 5 – CAPO 6 – CEPO Orçamentária 7 – Controle Devedores 8 – Controle Credores Controle

Contas do Ativo e Passivo Letra F ou P para diferenciar se são patrimoniais ou financeiras = apuração do Superávit Financeiro.

O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os lançamentos devem debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação, seja patrimonial, orçamentária ou de controle. Assim, os lançamentos estarão fechados dentro das classes 1, 2, 3 e 4 ou das classes 5 e 6 ou das classes 7 e 8.

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E. Normas correlatas

MCASP, parte II – páginas 16 a 18 e 21 a 34. MCASP, parte IV, até a página 28. Os lançamentos estão a partir da página 79.

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F. Questões sem os comentários PCASP 1. (ESAF/CVM 2010) Considerado a forma como está estruturado o Plano de

Contas Federal atual e o sistema de contas nele inserido, assinale a opção correta.

a) O registro das operações deve obedecer a integridade dos subsistemas de informação de forma que as contrapartidas dos lançamentos sejam dentro do mesmo subsistema. b) O subsistema orçamentário, estruturado para proporcionar o controle orçamentário, abrange todas as classes do plano. c) As contas destinadas ao registro das variações aumentativas e diminutivas pertencem ao subsistema orçamentário. d) O controle dos riscos fiscais possui natureza orçamentária. e) Os lançamentos no subsistema de compensação alteram de alguma forma a situação patrimonial líquida.

2. (ESAF/CVM 2010) Assinale a opção correta a respeito da estrutura e

características do plano de contas vigente e em uso atualmente na contabilidade federal.

a) As contas estão agrupadas em quatro classes. b) As contas têm seu código estruturado em sete níveis. c) As contas do ativo e do subsistema orçamentário integram a classe identificada com o dígito 1(um). d) O passivo é constituído pela classe identificada pelo dígito 3 (três). e) As contas referentes à apuração dos custos da administração pública estão dispostas nas classes de dígitos 3 (três) e 4 (quatro).

3. (ESAF/CVM 2010) Os sistemas de informações contábeis das entidades do

setor público devem ser refletidos em planos de contas que devem apresentar os seguintes requisitos, exceto:

a) a função atribuída a cada uma das contas. b) contas específicas para a apuração dos custos. c) terminologia das contas e a sua adequada codificação.

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d) tabela de codificação de registros. e) indicadores do nível de consolidação e agregação.

4. (Minha Autoria) Segundo o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, o Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil, formada por um conjunto de contas previamente estabelecido, que permite obter as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis conforme as características gerais da entidade, possibilitando a padronização de procedimentos contábeis. Sobre o novo PCASP, aponte a alternativa correta:

a) É obrigatório para todas as empresas estatais. b) É permitido o detalhamento dos níveis inferiores das contas a partir do nível seguinte ao padronizado. c) É composto de títulos, tabela de atributos e relação de contas. d) Possui 6 (seis) classes e 7 (sete) níveis. e) É padronizado nos seguintes subsistemas: financeiro, patrimonial, compensação e orçamentário.

5. (Minha Autoria) “A ciência contábil tem como finalidade principal o fornecimento de informações, contribuindo de forma significativa para a adequada tomada de decisão. Assim, o papel desempenhado pelo contador ganha relevância, com o objetivo principal de adequar as práticas contábeis, as demonstrações e a evidenciação da informação (disclosure) às novas necessidades dos usuários.

No Brasil, a contabilidade aplicada ao setor público efetua de modo eficiente o registro dos atos e fatos relativos ao controle da execução orçamentária e financeira. No entanto, muito ainda se pode avançar no que se refere à evidenciação do patrimônio público. Esta necessidade de melhor evidenciação dos fenômenos patrimoniais e a busca por um tratamento contábil padronizado dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público tornou imprescindível a elaboração de um Plano de Contas Aplicado ao Setor Público com abrangência nacional”. São diretrizes do novo PCASP, exceto: a) Padronização dos registros contábeis das entidades do setor público de todas as esferas de governo, envolvendo a administração direta e indireta, inclusive fundos, autarquias, agências reguladoras e empresas estatais dependentes - de todas as esferas de governo.

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b) Harmonização dos procedimentos contábeis com os princípios e normas de contabilidade, sempre observando a legislação vigente. c) Adoção de estrutura codificada e hierarquizada em classes de contas, contemplando as contas patrimoniais, de atos potenciais, de resultado e de planejamento e execução orçamentária além daquelas com funções precípuas de controle. d) Preservação dos aspectos orçamentários em seus conceitos, regime de escrituração e demonstrativos, com destaque em classes ou grupos de modo a possibilitar visões sob os enfoques patrimonial, orçamentário ou fiscal. e) Necessária vinculação entre as classificações orçamentária e patrimonial.

6. (Minha Autoria) O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) estabelece conceitos básicos, regras para registro dos atos e fatos e estrutura contábil padronizada, de modo a atender a todos os Entes da Federação e aos demais usuários da informação contábil, permitindo a geração de base de dados consistente para compilação de estatísticas e finanças públicas. Sobre o novo PCASP, assinale a opção incorreta:

a) A STN, com o apoio do Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis, é

responsável pela administração do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público até a implantação do Conselho de Gestão Fiscal.

b) Conta é a expressão qualitativa e quantitativa de fatos de mesma natureza,

evidenciando a composição, variação e estado do patrimônio, bem como de bens, direitos, obrigações e situações nele não compreendidas, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo.

c) As classes 1 (Ativo), 2 (Passivo), 3 (VPD) e 4 (VPA) têm natureza patrimonial.

As classes 5 (CAPO) e 6 (CEPO) têm natureza orçamentária. As classes 7 (Controle de Devedores) e 8 (Controle de Credores) têm natureza de controle.

d) O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os

lançamentos devem debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação, seja patrimonial, orçamentária ou de controle. Assim, os lançamentos estarão fechados dentro das classes 1, 2, 3 e 4 ou das classes 5 e 6 ou das classes 7 e 8.

e) As contas contábeis são classificadas segundo a natureza das informações que

evidenciam em contas com informações de natureza: patrimonial, orçamentária e financeira.

7. (Minha Autoria) As Contas são agrupadas segundo suas funções,

possibilitando, exceto: a) Determinar os custos das operações do governo.

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b) Acompanhar e controlar a aprovação e a execução do planejamento e do orçamento, evidenciando a receita prevista, lançada, realizada e a realizar, bem como a despesa autorizada, empenhada, realizada, liquidada, paga e as dotações disponíveis. c) Elaborar os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais, de Fluxo de Caixa, das Mutações do Patrimônio Líquido e do Resultado Econômico. d) Individualizar os devedores e credores, com a especificação necessária ao controle contábil do direito ou obrigação. e) Controlar contabilmente os atos de gestão de pessoal. (CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2010 - adaptada) Julgue o item que se segue, relativos às características das contas e estrutura do plano de contas aplicado ao setor público, composta por oito classes de contas.

8. Os atos e fatos potenciais, que possam vir a afetar o patrimônio no futuro, possuem classes próprias: Controle de Credores e Controle de Devedores.

(CESPE/AJAE – Contabilidade/STM 2011 – adaptada) Com relação à estrutura do plano de contas da contabilidade pública, composto por oito classes de contas, e aos critérios de classificação e mecanismo de débito e crédito, julgue o item a seguir.

9. As classes Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento e Controle da Execução do Planejamento e Orçamento compreendem as contas com função de registrar os atos potenciais e típicos de controle.

(CESPE/Analista Administrativo – Especialidade Contábil/PREVIC 2011 – adaptada) No que se refere ao conceito, à estrutura e às contas do plano de contas aplicado ao setor público, julgue o item.

10. O primeiro nível da estrutura do plano de contas aplicado ao setor público representa a classificação sintética máxima na agregação das contas, sendo dividido em quatro classes, compostas pelas contas de ativo, passivo, receitas e despesas.

11. (CESPE/Contador/DETRAN ES 2010 – adaptada) O plano de contas aplicado

ao setor público direta deve incluir, no mínimo, tabela de atributos, relação de contas e estrutura padronizada de lançamentos.

(CESPE/Técnico de Controle Interno/MPU 2010 – adaptada) Julgue os itens a seguir acerca das características do plano de contas aplicado ao setor público.

12. O Conselho Federal de Contabilidade é o órgão responsável pela manutenção e promoção dos ajustes necessários à utilização do plano de

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contas no âmbito da administração pública federal.

13. Esse plano é adotado obrigatoriamente por todos os órgãos da administração direta e entidades da administração indireta.

(CESPE/Técnico de Controle Interno/MPU 2010 – adaptada) Tendo como base a estrutura do plano de contas composta por oito classes de contas, em uso no âmbito da administração pública federal, julgue os itens a seguir.

14. As classes de numeração ímpar possuem natureza devedora e as de numeração par, natureza credora.

15. É importante que as contas do Ativo e Passivo sejam diferenciadas por um

atributo específico que atenda ao critério da lei 4.320/64 e permita separar o ativo e o passivo em Financeiro e Permanente. Assim, nos lançamentos as contas de Ativo e Passivo virão acompanhadas das letras “F” ou “P”, entre parênteses, para indicar se são contas financeiras ou permanentes.

(CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010 – adaptada) Com relação ao plano de contas aplicado ao setor público, julgue o item a seguir.

16. A relação de contas, a tabela de eventos e a estrutura padronizada de lançamentos integram o plano de contas aplicado ao setor público.

(CESPE/Auditor/FUB 2009 – adaptada) Acerca do plano de contas aplicado ao setor público, julgue os próximos itens.

17. As contas contábeis são estruturadas em sete níveis obrigatórios de desdobramento, sendo o título o seu último nível.

18. O primeiro nível da estrutura do plano de contas representa a categoria

econômica.

19. Os controles da previsão e execução da receita orçamentária são efetuados, respectivamente, nas classes CAPO e CEPO.

(CESPE/Contador/MS 2009 – adaptada) Um plano de contas para todos os órgãos e entidades é responsável pela uniformização dos procedimentos no âmbito da administração pública. A esse respeito, julgue os itens seguintes.

20. A estrutura conceitual do plano de contas é fundamentada na teoria

patrimonialista que visa a evidenciação dos elementos patrimoniais, a compreensão da composição patrimonial e a demonstração de todos os bens, direitos e obrigações da entidade.

21. Os lançamentos devem estar fechados dentro das classes de mesma

natureza, tendo em vista que o registro contábil deve debitar e creditar contas com o mesmo tipo de informação, seja patrimonial, orçamentária ou de controle.

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22. O grupo de contas denominado inscrição em restos a pagar integra a classe

de controles da aprovação do planejamento e orçamento e registra o valor das despesas empenhadas e não pagas até o último dia do ano financeiro.

(CESPE/Analista/IBRAM 2009 – adaptada) Com relação ao Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, julgue o item seguinte.

23. Cabe ao Conselho Federal de Contabilidade baixar normas e instruções complementares acerca desse plano de contas, compreendendo os procedimentos contábeis decorrentes de sua utilização.

24. (CESPE/Analista Judiciário/TRT 17º Região 2009 – adaptada) Os indicadores

são parte integrante do plano de contas aplicado ao setor público, por meio dos quais é possível fazer que os eventos do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) resultem em registros contábeis de partida dobrada.

(CESPE/Auditor Interno/AUGE MG 2008 – adaptada) Julgue o seguinte item, relativo ao plano de contas aplicado ao setor público.

25. Neste plano de contas, o nível de títulos se subdivide em subtítulos que, por sua vez, são divididos em subitens.

(CESPE/Contador/CEHAP 2008 – adaptada) Julgue os itens subseqüentes, relativos à estrutura do plano de contas aplicado ao setor público.

26. O plano de contas aplicado ao setor público apresenta oito classes de contas, sendo as quatro primeiras patrimoniais: ativo, passivo, variações patrimoniais diminutivas e variações patrimoniais aumentativas; duas com natureza orçamentária: controle da aprovação do planejamento e orçamento e controle da execução do planejamento e orçamento; e duas com natureza típica de controle: controle dos devedores e controle dos credores.

27. Cabe à Secretaria do Tesouro Nacional o gerenciamento do plano de contas

aplicado ao setor público.

28. A classificação das contas de despesa e da receita é definida pelo Conselho Federal de Contabilidade, guardando os fundamentos da doutrina contábil.

29. (CESPE/Analista Judiciário/TJDF 2008 – adaptada) A edição de normas

gerais para a consolidação das contas públicas caberá ao órgão de contabilidade de cada ente governamental, enquanto não for implantado o conselho de gestão fiscal.

(CESPE/Analista Judiciário/TRE TO 2007 – adaptada) Na administração pública federal, o propósito do Plano de Contas é atender, de maneira uniforme e sistematizada, o registro contábil dos atos e fatos relacionados com recursos do Tesouro Nacional e sob a responsabilidade dos órgãos da administração direta e

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indireta. Com relação à estrutura do Plano de Contas, julgue os itens.

30. O primeiro nível, denominado classe, representa a classificação máxima na agregação das contas.

31. (Minha Autoria) O novo PCASP é dividido em 8 classes. As classes Ativo e

Passivo têm natureza patrimonial e as classes das Variações Patrimoniais têm a natureza de contas de resultado.

32. (Minha Autoria) Com o novo PCASP, a apuração do Superávit Financeiro

ficou comprometida, pois as contas do ativo e passivo não são mais divididas em Financeiras e Não Financeiras.

33. (Minha Autoria) O PCASP abrange todas as entidades do setor público,

inclusive as Empresas Estatais Dependentes e Independentes.

34. (Minha Autoria) A necessidade de melhor evidenciação dos fenômenos patrimoniais e a busca por um tratamento contábil padronizado dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público tornou necessária a elaboração de um novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público.

35. (Minha Autoria) No Brasil, a contabilidade aplicada ao setor público efetua

de modo eficiente o registro dos atos e fatos relativos ao controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial.

36. (Minha Autoria) No novo PCASP, o controle da fixação da despesa e da

previsão da receita é feito na Classe Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento. O controle da Execução da Receita e da Despesa é feito na Classe Controle da Execução do Planejamento e Orçamento.

37. (FGV/Analista Econômico-financeiro/MinC 2006 – adaptada) Com base na

estrutura do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, a conta "Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria" identificada numericamente pelo código 4.1.0.0.0.00.00 pertence à seguinte classe:

(A) Ativo. (B) Passivo. (C) Variações Patrimoniais Aumentativas. (D) Variações Patrimoniais Diminutivas. (E) Controle de Devedores.

38. (FGV/Técnico de Contabilidade/MinC 2006 – adaptada) Na estrutura básica do plano de contas aplicado ao setor público, o primeiro nível representa a classificação máxima na agregação das contas, sendo dividido em oito classes, e a cada uma é atribuído um número. A classe identificada pelo número 5 representa:

(A) o Ativo. (B) o Passivo.

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(C) o Controle da Aprovação do Planejamento e Orçamento. (D) o Controle da Execução do Planejamento e Orçamento. (E) o Controle dos Credores.

39. (FGV/Analista Legislativo – Administração/Senado 2008 – adaptada) De acordo com o plano de contas aplicado ao setor público, a conta identificada pelo código 1.1.1.1.0.00.00 representa:

(A) caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional. (B) participações permanentes. (C) bens móveis. (D) depreciação acumulada. (E) softwares.

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G. Questões sem os comentários lançamentos contábeis

(CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2010) Julgue os próximos itens, acerca do registro contábil da previsão da receita e fixação da despesa, tendo por base a estrutura do plano de contas atual, composta por seis classes de contas.

1. O registro da fixação da despesa dá-se no subsistema de contas de compensação, debitando-se a conta crédito disponível e creditando-se a conta crédito inicial.

2. A previsão da receita é contabilizada, concomitantemente, nos subsistemas

de contas orçamentário e patrimonial, debitando-se a conta previsão inicial da receita e creditando-se a conta receita a realizar.

(CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2010) Acerca do registro contábil da descentralização de créditos interna e externa, julgue os itens seguintes.

3. Na unidade descentralizadora, a descentralização externa de crédito (destaque) é contabilizada no subsistema de contas patrimonial, debitando-se a conta transferência financeira concedida e creditando-se a conta bancos conta movimento.

4. Na unidade recebedora, a descentralização interna de crédito (provisão) é

contabilizada no subsistema de contas orçamentário, debitando-se a conta movimentação de créditos recebidos e creditando-se a conta crédito disponível.

(CESPE/EGRVS – Contador/SESA ES 2010) Julgue os itens a seguir, que versam sobre o registro contábil da realização da receita e da despesa, tendo por base a estrutura do PCASP, composta por oito classes de contas.

5. No caso de liquidação de despesa envolvendo a aquisição de bem com recebimento imediato desse bem, deve haver o registro contábil da incorporação do bem no subsistema de contas patrimonial.

6. A receita decorrente de operação de crédito enseja registro contábil nos

subsistemas de contas orçamentário (pela realização da receita) e patrimonial (pelo ingresso do recurso), não repercutindo essa transação no sistema de compensação.

7. (CESPE/Contador/DPU 2010) Com relação ao registro contábil da previsão da

receita e ao respectivo reflexo no sistema de contas, tendo por base a estrutura do PCASP, composta por oito classes de contas, é correto afirmar que a previsão da receita é contabilizada no subsistema

A de compensação, debitando-se a conta de previsão inicial da receita e creditando-se a conta de receita a realizar.

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B patrimonial, debitando-se a conta de previsão inicial da receita e creditando-se a conta de receita a realizar. C orçamentário, debitando-se a conta de previsão inicial da receita e creditando-se a conta de receita a realizar. D patrimonial, debitando-se a conta de receita a realizar e creditando-se a conta de previsão inicial da receita. E orçamentário, debitando-se a conta de receita a realizar e creditando-se a conta de previsão inicial da receita.

8. (CESPE/Contador/DPU 2010) Acerca do registro contábil da fixação da despesa e do seu respectivo reflexo no sistema de contas, tendo por base a estrutura do PCASP, composta por oito classes de contas, é correto afirmar que a fixação da despesa é contabilizada no subsistema

A de compensação, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de dotação inicial. B orçamentário, debitando-se a conta de dotação inicial e creditando-se a conta de crédito disponível. C patrimonial, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de dotação inicial. D patrimonial, debitando-se a conta de dotação inicial e creditando-se a conta de crédito disponível. E orçamentário, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de dotação inicial.

9. (CESPE/Contador/DPU 2010) Com referência ao registro contábil da descentralização de crédito interna (provisão) e do seu respectivo reflexo no sistema de contas, tendo por base a estrutura do PCASP, é correto afirmar que o recebimento de descentralização interna de crédito (provisão) é contabilizada no subsistema:

A compensação, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de movimentação de créditos recebidos. B patrimonial, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de movimentação de créditos recebidos. C orçamentário, debitando-se a conta de crédito disponível e creditando-se a conta de movimentação de créditos recebidos. D patrimonial, debitando-se a conta de movimentação de créditos recebidos e creditando-se a conta de crédito disponível.

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E orçamentário, debitando-se a conta de movimentação de créditos recebidos e creditando-se a conta de crédito disponível. (CESPE/Analista de Orçamento/MPU 2010) Considerando que os registros contábeis dos fatos típicos da administração pública são realizados com base nas orientações da Lei nº 4.320/1964, do Decreto nº 93.872/1986 e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue o item que se segue.

10. O registro da baixa de bens móveis por doação será realizado no subsistema de contas orçamentário, em razão de esse evento não envolver numerário.

(CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010) A respeito da contabilidade pública brasileira, julgue os itens que se seguem.

11. As contas de variações patrimoniais aumentativas e do ativo são creditadas pelo aumento e debitadas pela diminuição de saldo.

12. A aquisição de veículo deve gerar lançamentos contábeis no subsistema

orçamentário, patrimonial e compensação. (CESPE/Analista de Controle Interno/MPU 2010) Com relação à contabilização de operações típicas da administração federal, julgue o item subsequente.

13. A realização de receita de alienação de bens móveis deve ser contabilizada mediante lançamento nos subsistemas patrimonial, orçamentário e compensação, o que gera um débito na conta de receita realizada e um crédito na conta ganhos com alienação de imobilizado.

(CESPE/Técnico de Controle Interno/MPU 2010) Considerando o registro contábil de concessão de operação de crédito e os seus reflexos no sistema de contas, julgue o item subsequente.

14. O empenho da despesa referente à concessão de operação de crédito é contabilizado no subsistema de contas orçamentário, debitando-se a conta crédito disponível e creditando-se a conta crédito empenhado a liquidar.

(CESPE/Técnico em Contabilidade/MS 2010) Julgue os itens seguintes, referentes aos subsistemas de informação e aos registros contábeis adotados pela contabilidade pública.

15. No subsistema patrimonial, o registro do empenho da despesa, pela concessão de um empréstimo, proporciona um débito na conta crédito disponível e um crédito na conta de crédito a liquidar.

16. No subsistema patrimonial, o registro da baixa de ativo por motivo de

doações de ativo imobilizado proporciona um débito em conta de ativo imobilizado e um crédito na conta transferências concedidas.

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17. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC 2009) A receita orçamentária efetiva,

no momento do seu reconhecimento, constitui variação patrimonial quantitativa aumentativa, aumentando a situação líquida patrimonial da entidade.

18. O empenho da despesa é contabilizado no subsistema de contas patrimonial

e afeta a apuração do resultado do exercício. (CESPE/Analista Administrativo/ANTAQ 2009) Acerca da contabilidade pública, julgue os itens a seguir.

19. No registro contábil da realização da receita de alienação de bens, um dos subsistemas de informação a ser afetado deve ser o patrimonial, em que se registrarão o débito na conta caixa e o crédito na conta ativo imobilizado.

20. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção que indica o par de lançamentos

correto para a escrituração contábil da apropriação dos encargos nas operações de créditos da dívida mobiliária.

a) (D) Encargos Financeiros (C) Variação patrimonial qualitativa – Financeira b) (D) Variação patrimonial diminutiva – Financeira (C) Encargos Financeiros c) (D) Variação patrimonial aumentativa – Financeira (C) Encargos Financeiros d) (D) Encargos Financeiros (C) Variação patrimonial diminutiva – Financeira e) (D) Passivo Circulante – Títulos (C) Variação patrimonial aumentativa – Financeira

21. (ESAF/CVM 2010) Se ao examinarmos os registros contábeis de determinada operação e observarmos que ocorreram somente variações passivas, então é correto afirmar sobre o patrimônio da entidade:

a) a operação registrada refere-se a um fato contábil permutativo do patrimônio. b) houve aumento da situação patrimonial líquida da entidade. c) as variações passivas somente afetam a situação patrimonial se o fato transitar pelo orçamento da entidade. d) o patrimônio sofreu elevação no que se refere ao conceito orçamentário e redução no conceito contábil.

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e) a situação patrimonial líquida sofreu redução em razão do consumo de ativo ou aumento do passivo.

22. (ESAF/CVM 2010) Assinale a opção que indica um lançamento contábil que ocorre no momento em que a contabilidade reconhece a previsão da receita a ser arrecadada no exercício.

a) Débito: Caixa Crédito: Receitas b) Débito: Receitas Arrecadadas Crédito: Receita a Realizar c) Débito: Receita a Realizar Crédito: Previsão da Receita d) Débito: Receitas Previstas Crédito: Despesa a Realizar e) Débito: Receita Prevista Crédito: Receita a Realizar

23. (ESAF/CVM 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito da contabilização da fixação da despesa.

a) Os lançamentos contábeis relacionados à fixação da despesa são realizados à medida que esta vai sendo empenhada. b) Os valores fixados na lei orçamentária anual figuram na contabilidade pelos seus valores consolidados, ou seja, no nível de subgrupo de despesa. c) A contabilidade pública, do ponto de vista orçamentário, somente reconhece a receita fixada quando esta é de fato despesa efetiva. d) As despesas fixadas, em razão de créditos adicionais, são adicionadas àquelas fixadas na lei orçamentária anual e não são registradas separadamente. e) A fixação da despesa implica lançamento a débito em conta dotação inicial e crédito em crédito disponível.

24. (ESAF/CVM 2010) Assinale a opção que indica um lançamento que não ocorre na liquidação da despesa para a aquisição de material permanente.

a) Débito: Obrigações Contratadas a Liquidar. Crédito: Obrigações Contratadas Liquidadas. b) Débito: Crédito Empenhado a Liquidar.

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Crédito: Crédito Empenhado liquidado a pagar. c) Débito: Ativo – Imobilizado. Crédito: Passivo – Fornecedores e contas a pagar. d) Débito: Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho. Crédito: Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por liquidação e entradas compensatórias. e) Um débito em crédito empenhado a liquidar e um débito em Fornecedores a Pagar.

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H. Gabarito Questões sobre PCASP

1 A 9 E 17 E 25 E 33 E 2 B 10 E 18 E 26 C 34 C 3 E 11 C 19 C 27 C 35 E 4 B 12 E 20 C 28 E 36 C 5 E 13 E 21 C 29 E 37 C 6 E 14 C 22 C 30 C 38 C 7 E 15 C 23 E 31 E 39 A 8 E 16 E 24 E 32 E

Questões sobre lançamentos

1 E 6 E 11 E 16 E 21 E 2 E 7 C 12 C 17 C 22 E 3 E 8 B 13 C 18 E 23 E 4 C 9 E 14 C 19 C 24 A 5 C 10 E 15 E 20 B

Por fim, gostaria de deixar esse pequeno vídeo pra que você reflita se quer mesmo ser servidor público: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=psf58UCoRM4 Até a próxima! Forte abraço! Igor.

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AULA 03

Resumo dos lançamentos contábeis

Conteúdo

A. Receita ............................................................................................................................................... 2

B. Despesa .............................................................................................................................................. 5

C. Lançamentos patrimoniais ..................................................................................................................... 9

D. Atos e fatos potenciais ...................................................................................................................... 11

E. Registros financeiros extraorçamentários .............................................................................................. 12

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A. Receita

Previsão da receita

D – 5.2.1 – Previsão Inicial da Receita C – 6.2.1 – Receita a Realizar

Orçamentária

Arrecadação da receita efetiva (variação patrimonial aumentativa junto com a ocorrência da arrecadação da receita orçamentária)

D – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C – 4.3.3 – Valor Bruto de exploração de bens e direitos e prestação de serviços

Patrimonial

Situação mais comum. Receita com serviços. Variação patrimonial quantitativa aumentativa. Note que a classe Variações Patrimoniais Aumentativas (classe 4) foi afetada.

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

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Variação patrimonial aumentativa antes da ocorrência da arrecadação da receita orçamentária

Fato gerador IPTU

D – 1.1.2 - Créditos Tributários a Receber (P) C – 4.1 – Impostos, taxas e contribuições de melhoria

Patrimonial

Note como a classe Variações Patrimoniais Aumentativas foi utilizada, gerando impacto positivo na situação líquida patrimonial da unidade. Assim, o registro do fato gerador do IPTU é uma variação quantitativa aumentativa.

Arrecadação da receita IPTU

D – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F)

C – 1.1.2 - Créditos Tributários

a Receber (P)

Patrimonial A arrecadação da receita não afeta a situação líquida patrimonial da entidade, pois se trata de fato permutativo, variação patrimonial qualitativa. O impacto na situação líquida ocorreu no primeiro lançamento, pelo registro do fato gerador.

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar

C – 6.2.1.2 – Receita Realizada Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos

C – 8.2.1 – Disponibilidade por

Destinação de Recursos

Controle e custos

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Variação patrimonial aumentativa após a ocorrência da arrecadação da receita orçamentária.

Arrecadação da receita antes do fato gerador

D – 1.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C – 2.2.9.1 – Variação Patrimonial Aumentativa diferida (P)

Patrimonial

Quando ocorrer o recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços, a receita orçamentária é registrada antes da ocorrência do fato gerador, ou seja, a variação patrimonial aumentativa ocorre em momento posterior à arrecadação da receita orçamentária.

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

Reconhecimento do fato gerador

D - 2.2.9.1. Variação patrimonial aumentativa (VPA) diferida (P) C - 4.3.3.1 Valor bruto de exploração de bens e direitos e prestação de serviços

Patrimonial

Quando o serviço for prestado, ocorrerá o fato gerador da variação patrimonial aumentativa, causando impacto positivo no resultado da entidade pública. Trata-se de uma variação patrimonial quantitativa aumentativa.

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B. Despesa

Fixação da despesa D – 5.2.2 – Dotação Inicial C – 6.2.2 – Crédito Disponível

Orçamentária

Empenho

D – 6.2.2.1.1 – Crédito disponível C – 6.2.2.1.3 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentária

O empenho da despesa não afeta a situação líquida patrimonial.

D – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR) C – 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e custos

Liquidação - variação patrimonial diminutiva junto com a liquidação da despesa orçamentária

D – 3.3.2 – Serviços C – 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F)

Patrimonial É a situação mais comum. Note como a classe VPD foi afetada. Isto porque se trata de uma despesa efetiva, que causa impacto negativo na situação líquida patrimonial da entidade.

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito liquidado a pagar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

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Variação patrimonial diminutiva antes da ocorrência da liquidação da despesa orçamentária (13° salário)

Provisão mensal do 13° salário.

D – 3.1.1 – Remuneração pessoal C – 2.1.1 – Pessoal a pagar (P)

Patrimonial

Note que a VPD foi utilizada, afetando a situação líquida patrimonial da entidade. Trata-se de variação patrimonial quantitativa aumentativa.

Empenho

D – 2.1.1 – Pessoal a pagar (P) C – 2.1.1 – Pessoal a pagar (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.1 – Crédito disponível C – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar

Orçamentária

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação

Orçamentária

D – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR) C – 8.2.1.1.2 - Disponibilidade por Destinação de Recurso comprometida por empenho

Controle e custos

Liquidação

D – 6.2.2.1.3.02 – Crédito empenhado em liquidação C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado a pagar

Orçamentária

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D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Variação patrimonial diminutiva após a

liquidação da despesa orçamentária.

Liquidação da despesa e recebimento de material de consumo para uso posterior

D – 1.1.5.6 – Almoxarifado (P) C – 2.1.3.1 – Fornecedores a pagar (F)

Patrimonial

É o caso da compra de material de consumo para utilização posterior. Na liquidação há o registro da entrada dos bens de consumo em conta própria do almoxarifado. Na ocorrência do fato gerador, que é a distribuição do material, há a baixa proporcional do produto na referida conta. Isto também é o que ocorre na assinatura anual de revistas com entrega mensal de exemplares ou na concessão de suprimento de fundos

D – 6.2.2.1.3.01 – Crédito empenhado a liquidar C – 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado liquidado a pagar

Orçamentária

D – 8.2.1.1.2 – DDR comprometida por empenho C – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Requisição do material no almoxarifado - reconhecimento do fato gerador da despesa (proporcional)

D – 3.3.1.1 – Consumo de material C – 1.1.3.6 – Almoxarifado (P)

Patrimonial

Note que a requisição do material de consumo do almoxarifado é variação patrimonial quantitativa diminutiva.

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Pagamento da despesa efetiva

D - 2.1.3 – Fornecedores e contas a pagar (F) C - 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F)

Patrimonial

D – 6.2.2.1.3.03 – Crédito empenhado liquidado a pagar C – 6.2.2.1.3.04 – Crédito empenhado pago

Orçamentária

D – 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias C – 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e custos

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C. Lançamentos patrimoniais

Alienação

Apuração do valor líquido contábil

D - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P) C – 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P)

Patrimonial

Já vimos que o Valor Líquido Contábil é igual a Valor Bruto

Contábil subtraído da depreciação

acumulada, equação que se traduz no lançamento acima.

Alienação e registro do ganho

D - 1.1.1.1.1 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C - 1.2.3.1.1 - Bens móveis – veículos (P) C - 4.6.2.2.1 - Ganhos com alienação de imobilizado

Patrimonial

D – 6.2.1.1 – Receita a Realizar C – 6.2.1.2 – Receita Realizada

Orçamentária

D – 7.2.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

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Doação concedida

Apuração do valor líquido contábil

D - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P) C – 1.2.3.1.1 – Bens móveis – Veículos (P)

Patrimonial

Doação

D – 3.5 – Transferências Concedidas C – 1.2.3 – Bens Móveis (P)

Patrimonial

Doação recebida

D – 1.2.3 – Bens Móveis (P) C – 4.5 – Transferências Recebidas

Patrimonial

Reavaliação

D – 1.2.3.2.1 – Bens imóveis (P) C – 4.6.1.1.1 – Reavaliação de imobilizado

Patrimonial

Ajuste a valor recuperável

D – 3.6.1.2.1 - Redução a valor recuperável de imobilizado C – 1.2.3.2.1 – Bens imóveis (P)

Patrimonial

Depreciação

D - 3.3.3.1.1 – Depreciação C - 1.2.3.8.1.01 - * Depreciação acumulada – veículos (P)

Patrimonial

Note que a conta depreciação acumulada é retificadora (*) da conta veículos. À medida que a depreciação vai sendo lançada, o valor contábil dos veículos vai diminuindo.

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D. Atos e fatos potenciais

Assinatura de contratos

D – 7.1.2.3 – Obrigações contratuais C – 8.1.2.3 – Execução das Obrigações contratuais

Controle e custos

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E. Registros financeiros extraorçamentários

Recebimento de cauções

D – 1.1.3 – Depósitos restituíveis e valores vinculados (F) C – 2.1.8 – Valores restituíveis (F)

Patrimonial

D – 7.2.1.1 – Controle das Disponibilidades de Recursos C – 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos

Controle e custos

D - 8.2.1.1.1 – Disponibilidade por Destinação de Recursos C - 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias

Controle e custos

Devolução de cauções

D – 2.1.8 – Valores restituíveis (F) C– 1.1.3 – Depósitos restituíveis e valores vinculados (F)

Patrimonial

D - 8.2.1.1.3 – DDR comprometida por liquidação e entradas compensatórias D - 8.2.1.1.4 – DDR utilizada

Controle e custos

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AULA 04

Conteúdo

A. Teoria ................................................................................................................................................... 5

1. Balanço Patrimonial .......................................................................................................................... 5

2. Novo Balanço Patrimonial (MCASP 05.05.00) ........................................................................ 7

3. Balanço Orçamentário ................................................................................................................... 11

4. Novo Balanço Orçamentário (MCASP 05.02.00) ................................................................. 17

5. Balanço Financeiro .......................................................................................................................... 21

6. Novo Balanço Financeiro (MCASP 05.03.00) ........................................................................ 23

7. Demonstração das Variações Patrimoniais ............................................................................ 26

8. Nova DVP (MCASP 05.04.00) ..................................................................................................... 30

9. DFC (MCASP 05.06.00) ................................................................................................................. 33

10. DMPL (MCASP 05.07.00)............................................................................................................ 36

11. Notas explicativas (MCASP 05.08.00) .................................................................................. 37

12. Consolidação (MCASP 05.09.00) ............................................................................................ 38

B. Questões comentadas ................................................................................................................. 40

C. Resumo da aula ............................................................................................................................. 90

D. Normas correlatas ........................................................................................................................ 95

E. Questões sem os comentários ..................................................................................................... 96

F. Gabarito .............................................................................................................................................. 116

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O ser humano é o único animal que sente pena de si mesmo. “Eu nunca vi um animal selvagem sentir pena de

si mesmo. Um pássaro cairá congelado e morto de um

galho sem nunca ter sentido pena de si mesmo."

D. H. Lawrence

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Olá meu querido(a) aluno(a),

Na primeira parte de cada conteúdo exposto abordarei o demonstrativo da lei 4.320/64 sob a ótica tradicional e em seguida estudaremos as alterações trazidas pelo MCASP a respeito dos mesmos demonstrativos. Isso vale, é óbvio, para aqueles demonstrativos que já existiam antes do MCASP, quais sejam: balanço patrimonial, balanço orçamentário, balanço financeiro e demonstração das variações patrimoniais.

Veremos também os seguintes demonstrativos: demonstração dos fluxos de caixa e demonstração das mutações do patrimônio líquido.

Dessa forma, vamos abordar todo o quadro abaixo:

Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público

MCASP, parte V

Lei 4.320/64

Balanço Patrimonial Balanço Orçamentário Balanço Financeiro Demonstração das Variações Patrimoniais

NBC T 16.6 Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração do Resultado Econômico*

LRF Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

*Na 5° edição do MCASP, a Demonstração do Resultado Econômico (DRE) foi excluída, por ser demonstração gerencial não obrigatória, segundo entendimento do tesouro. Ou seja, a NBC T 16.6 prevê a DRE, mas o MCASP, na sua 5° edição, não contemplou esse demonstrativo.

“Mas professor, estudaremos os balanços antigos?”

Sim. Estudaremos. Eles ainda são cobrados de forma sistemática pelas bancas, inclusive a ESAF, mesmo que no edital não exija isso expressamente, como no presente caso. Além do mais, nosso edital veio cobrando a lei 4.320/64 e essa lei trata dos demonstrativos contábeis sob a ótica tradicional.

Todo curso que ministro o foco são as questões. São nelas que você vai perceber as preferências da banca e operacionalizar seu conhecimento. Já adianto que praticamente não há questões sobre os novos demonstrativos. No entanto, de toda forma, irei extrair do MCASP aquilo que acredito ter mais probabilidade de ser cobrado.

O que ando percebendo é que as bancas têm sido muito tímidas nas cobranças das recentes mudanças na matéria, principalmente no que se refere aos novos Demonstrativos. Acho uma atitude sensata, pois se o conhecimento é novo, melhor que o nível de exigência seja elevado de forma gradual.

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Além do mais, os conceitos básicos entre a nova e a velha geração são praticamente os mesmos. Os cálculos dos resultados são bem parecidos e na maioria dos casos idênticos. Prefiro cercar o problema por todos os lados e deixar você tranquilo.

Após o longo parlatório, vamos cair de voadora nos demonstrativos contábeis!

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A. Teoria

1. Balanço Patrimonial O BP é um quadro com duas colunas: ativo e passivo. Os valores totais devem ser iguais. Pode-se dizer que o Balanço Patrimonial é uma demonstração estática, pois apresenta a posição patrimonial em determinado momento, funcionando como uma “fotografia” do patrimônio da entidade. A estrutura clássica do BP é a seguinte:

Ativo Passivo Ativo Financeiro 300 Passivo Financeiro 200 Ativo Permanente 200 Passivo Permanente 100 Ativo Real 500 Passivo Real 300 Passivo Real a Descoberto

--- Ativo Real Líquido 200

Ativo Compensado 50 Passivo Compensado 50 Total 550 Total 550

O Ativo é composto pelo Ativo Financeiro, Ativo Permanente e Ativo Compensado. O Passivo é composto pelo Passivo Financeiro, Passivo Permanente e Passivo Compensado. O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Falou em permanente = depende. Falou em financeiro = independe. A soma do Ativo Financeiro com o Ativo Permanente chamamos de Ativo Real (AR). A soma do Passivo Financeiro com o Passivo Permanente chamamos de Passivo Real (PR). No BP podemos calcular o Saldo Patrimonial através da diferença entre o AR e o PR. Quando o resultado da diferença entre o AR e o PR for positivo chamamos de Ativo Real Líquido (ARL). Quando for negativo, chamamos de Passivo Real a Descoberto (PRD). O ARL é apresentado no lado do Passivo e o

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PRD é apresentado no lado do Ativo. Esta forma de apresentação é para equilibrar o balanço, que deve apresentar o mesmo valor total nos dois lados.

No nosso exemplo, a diferença entre o AR e o PR foi 200 (500 – 300) e apresentada como ARL no lado do Passivo. Quando o BP é elaborado conforme metodologia empregada pela STN, independentemente de se apurar Ativo Real Líquido ou Passivo Real a Descoberto, este valor será apresentado no BP no lado do Passivo sob o título de Patrimônio Líquido. Com a utilização do SIAFI, a STN adotou os seguintes termos então:

� Ativo Permanente → Ativo Não Financeiro. � Passivo Permanente → Passivo Não Financeiro. � PRD ou ARL → PL.

Ativo Financeiro + Ativo Permanente = Ativo Real Passivo Financeiro + Passivo Permanente = Passivo Real Ativo Real > Passivo Real = Ativo Real Líquido Ativo Real < Passivo Real = Passivo Real a Descoberto Ativo Real – Passivo Real = Patrimônio Líquido (metodologia STN)

O Ativo Compensado é sempre igual ao Passivo Compensado e não afetam a apuração do Saldo Patrimonial. O Superávit Financeiro também é apurado no BP e corresponde à diferença positiva entre o Ativo Financeiro e Passivo Financeiro. O SF, apurado em BP do ano anterior, é fonte de recurso para abertura de crédito adicional.

Ativo Financeiro > Passivo Financeiro = Superávit Financeiro

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2. Novo Balanço Patrimonial (MCASP 05.05.00)

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Nesse novo Balanço Patrimonial, o ativo e o passivo são divididos em circulante e não circulante. O Patrimônio Líquido compreende o valor residual dos ativos depois de deduzidos todos os passivos. Quando o valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o resultado é denominado Passivo a Descoberto. O Balanço Patrimonial será elaborado utilizando-se as classes 1 (ativo) e 2 (passivo e patrimônio líquido) do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, além da classe 8 (controles credores) para o quadro referente às compensações. Os ativos e passivos financeiros e permanentes e o saldo patrimonial são apresentados à parte, pelos seus valores totais, podendo ser detalhados. No quadro referente às compensações, deverão ser incluídos os atos potenciais do ativo e do passivo que possam, imediata ou indiretamente, vir a afetar o patrimônio, como por exemplo, direitos e obrigações conveniadas ou contratadas; responsabilidade por valores, títulos e bens de terceiros; garantias e contragarantias de valores recebidas e concedidas; e outros atos potenciais do ativo e do passivo. O cálculo do superávit financeiro é também realizado à parte, por meio de um anexo:

A avaliação dos elementos do ativo e passivo pode ser realizada mediante a utilização da análise por quocientes, dentre os quais se destacam os índices de liquidez e endividamento. Vejamos os quocientes apresentados pelo manual:

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Liquidez Imediata (LI)

����������������� �����������

Indica a capacidade financeira da entidade em honrar imediatamente seus compromissos de curto prazo contando apenas com suas disponibilidades, ou seja, os recursos disponíveis em caixa ou bancos.

Liquidez Corrente (LC)

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A liquidez corrente demonstra quanto a entidade poderá dispor em recursos a curto prazo (caixa, bancos, clientes, estoques, etc.) para pagar suas dívidas circulantes (fornecedores, empréstimos e financiamentos a curto prazo, contas a pagar, etc.).

Liquidez Seca (LS)

�������������� + ������������������� �����������

Demonstra quanto a entidade poderá dispor de recursos circulantes, sem levar em consideração seus itens não monetários como os estoques, almoxarifados e as despesas antecipadas, para fazer face às suas obrigações de curto prazo.

Liquidez Geral (LG)

��� ���������� + ��� ������á �����������

���� ���������� + ���� �����������

A liquidez geral, ou índice de solvência geral, é uma medida de capacidade da entidade em honrar todas as suas exigibilidades, contando, para isso, com os seus recursos realizáveis a curto e longo prazos.

Índice de Solvência (IS)

��� ���������� + ��� �����������

���� ���������� + ���� �����������

Uma entidade é solvente quando está em condições de fazer frente às suas obrigações e ainda apresenta uma situação patrimonial que garanta sua sobrevivência no futuro.

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Endividamento Geral (EG)

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Esse índice demonstra o grau de endividamento da entidade. Reflete também a sua estrutura de capital.

Composição do Endividamento (CE)

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Representa a parcela de curto prazo sobre a composição do endividamento total. Geralmente é melhor para a entidade que suas dívidas sejam de longo prazo.

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3. Balanço Orçamentário Segundo a lei 4.320/64, o Balanço Orçamentário demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Segue abaixo a estrutura do Balanço Orçamentário: Receitas Previstas Realizadas Diferença Despesas Fixadas Realizadas Diferença

Correntes 1.000 1.200 (200) Créditos Iniciais e Suplementares

Correntes 1.000 900 100 Capital 800 800 0

Capital 800 700 100 Créditos Especiais

Correntes --- --- --- Capital --- --- ---

Soma 1.800 1.900 (100) Soma 1.800 1.700 100 Déficit --- --- --- Superávit --- 200 (200)

Total 1.800 1.900 (100) Total 1.800 1.900 (100)

Como você pode perceber, as receitas estão divididas por categoria e as despesas por tipo de crédito (inicial e suplementar, especial e extraordinário).

O balanço mostra as receitas previstas e realizadas e também as despesas fixadas e realizadas. A receita realizada ou executada é a arrecadada. A despesa realizada ou executada é a liquidada (STN) ou a empenhada (lei 4.320/64).

A primeira análise a ser feita é a comparação entre a receita prevista e a despesa fixada para verificarmos se o orçamento foi aprovado de maneira equilibrada ou desequilibrada.

Quando a receita prevista é igual à despesa fixada, o orçamento foi aprovado com equilíbrio.

Quando ocorre de a receita prevista ser maior que a despesa fixada, o orçamento foi aprovado com desequilíbrio positivo, ou seja, houve recursos sem despesas, e os mesmos podem ser utilizados para abertura de créditos adicionais. Isto está previsto no artigo 166, § 8º da CF/88:

“Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.”

Quando ocorre de a receita prevista ser menor que a despesa fixada, o orçamento foi aprovado com desequilíbrio negativo. Essa situação pode indicar que o órgão não possui arrecadação própria, dependendo de recursos do Tesouro para executar suas despesas. Esse fato não representa irregularidade, devendo ser evidenciado complementarmente por nota explicativa que demonstre o montante da movimentação financeira (transferências financeiras recebidas e concedidas) relacionadas à execução do orçamento do exercício.

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Uma maneira de equilibrar o orçamento é a contratação de operações de crédito sem finalidade, que entrariam somente ao lado das receitas (de capital), contrapondo-se dessa maneira às despesas orçamentárias. Este tipo de equilíbrio não é recomendado, pois é criado um passivo, uma dívida, concomitantemente com a entrada do recurso.

De fato, essa prática fere o Princípio do Equilíbrio Orçamentário, pois a CF, em seu art. 167, III, veda a realização de operações de crédito que excedam as despesas de capital.

O prof. Giacomoni afirma que a regra quer que cada unidade governamental tenha seu endividamento vinculado apenas à realização de investimentos e não à manutenção do aparato administrativo.

O Quociente do Equilíbrio Orçamentário é resultante da relação entre a Previsão Inicial da Receita e a Dotação Inicial da Despesa, indicando se há equilíbrio entre a previsão e fixação constante na LOA.

Receitas Previstas = Despesas Fixadas = orçamento aprovado com equilíbrio

Receitas Previstas > Despesas Fixadas = orçamento aprovado com desequilíbrio positivo (recursos sem despesas, fonte para crédito adicional)

Receitas Previstas < Despesas Fixadas = orçamento aprovado com desequilíbrio negativo (órgão dependente de transferência)

Outra análise a ser feita está na diferença entre as colunas da previsão e execução (arrecadação) da receita e a fixação e execução (liquidação) da despesa.

No primeiro caso, a diferença a maior entre previsão e arrecadação indica insuficiência de arrecadação, o que exige uma nova fixação da despesa ou uma limitação de empenho. Quando a diferença é a menor indica excesso de arrecadação, montante que pode ser usado como fonte de recurso para abertura de créditos adicionais. O excesso de arrecadação, mesmo não previsto, deve ser contabilizado como receita orçamentária, em obediência ao artigo 57 da lei 4.320/64.

O Quociente de Execução da Receita é resultante da relação entre a Receita Realizada e a Previsão Atualizada da Receita, indicando a existência de excesso ou falta de arrecadação para a cobertura de despesas.

O Quociente de Desempenho da Arrecadação é resultante da relação entre a Receita Realizada e a Previsão Inicial da Receita, indicando a existência de excesso ou falta de arrecadação para administração dos indicadores fiscais.

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No caso da despesa, quando o montante das liquidadas supera o valor das fixadas, ocorreu excesso de despesa, fato que pode ser considerado uma inconsistência na execução do orçamento, pois a despesa só pode ser realizada até o valor autorizado, significando que somente pode ser emitido empenho até o valor do crédito orçamentário disponível. Caso se faça necessário um gasto inopinado, pode-se abrir um crédito adicional, aumentando o limite.

Perceba como os empenhos são limitados aos créditos disponíveis. O crédito inicial, ou dotação inicial, corresponde ao crédito consignado na LOA.

Quando ocorre o inverso, ou seja, o montante das despesas liquidadas é menor que o montante das despesas fixadas, ocorreu, no caso, economia de despesa. Este valor não é fonte de recurso para abertura de crédito adicional. O Quociente de Execução da Despesa é resultante da relação entre a Despesa Executada e Dotação Atualizada, cuja discrepância pode ser ocasionada por ineficiência no processo planejamento-execução ou a uma economia de despesa orçamentária. Segue um pequeno esquema para facilitar o entendimento:

Receitas Previstas > Receitas Arrecadadas = insuficiência na arrecadação (nova fixação de despesa ou limitação de empenho)

Receitas Previstas < Receitas Arrecadadas = excesso de arrecadação (fonte de recurso para crédito adicional)

Despesas Fixadas > Despesas Liquidadas = economia de despesa (não é fonte de recurso para abertura de crédito adicional)

Despesas Fixadas < Despesas Liquidadas = excesso de despesa (inconsistência, pois os empenhos estão limitados aos créditos orçamentários disponíveis)

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A subtração é sempre feita da coluna da esquerda para a da direita. Logo, quando há excesso de arrecadação o valor na coluna diferença é negativo. E quando há economia de despesa, o valor na diferença é positivo. Passaremos agora para o cálculo dos resultados orçamentário, corrente e de capital.

Quando falamos em receita e despesa corrente, estamos calculando o resultado do orçamento corrente. Quando falamos em receita e despesa de capital, estamos falando no resultado do orçamento de capital. Quando tratamos do total de receitas e despesas orçamentárias, estamos calculando o resultado orçamentário do exercício. O Quociente da Execução Orçamentária Corrente é resultante da relação entre a Receita Realizada Corrente e a Despesa Empenhada Corrente. A interpretação desse quociente indica se a receita corrente suportou as despesas correntes ou se foi necessário utilizar receitas de capital para financiar despesas correntes. Se houve superávit, o mesmo deve ser demonstrado ao lado das despesas para compensar o balanço. Caso ocorra déficit, o mesmo deve ser demonstrado ao lado das receitas, também para compensar o balanço e igualar o valor entre as duas colunas. O Quociente do Resultado Orçamentário é resultante da relação entre a Receita Realizada e a Despesa Empenhada, indicando a existência de superávit ou déficit. O Quociente Financeiro Real da Execução Orçamentária é resultante da relação entre a Receita Realizada e a Despesa Paga, indicando o quanto a receita orçamentária arrecadada representa em relação à despesa orçamentária paga. Para facilitar o entendimento, segue esquema:

Receita Arrecadada Corrente > Despesa Liquidada Corrente = Superávit Corrente

Receita Arrecadada Corrente < Despesa Liquidada Corrente = Déficit Corrente

Receita Arrecadada de Capital > Despesa Liquidada de Capital = Superávit de Capital

Receita Arrecadada de Capital < Despesa Liquidada de Capital = Déficit de Capital

Receita Arrecadada > Despesa Liquidada = Superávit Orçamentário

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Receita Arrecadada < Despesa Liquidada = Déficit Orçamentário Receita Arrecadada = Despesa Liquidada = Resultado Nulo.

Outro fato digno de nota é o que ocorre quando há superávit corrente e déficit de capital. Nesse caso, há receitas correntes sendo empregadas em despesas de capital. Chamamos esta análise econômica de capitalização. Quando ocorre o inverso, déficit corrente e superávit de capital, encontramos receitas de capital financiando despesas correntes. Conhecemos este fato como descapitalização. Capitalização = Superávit Corrente e Déficit de Capital

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Descapitalização = Déficit Corrente e Superávit de Capital

No BO também é possível aferir se o ente está ou não cumprindo a Regra de Ouro, disposta na CF/88, artigo 167, III → é vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. É interessante observar que apenas a análise do resultado orçamentário não permite obter conclusões acerca da eficiência na gestão fiscal. Para tal, existem as metas de resultado primário, nominal e montante da dívida consolidada líquida estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. A análise do balanço orçamentário gera informações complementares acerca da influência da execução orçamentária no atingimento dessas metas fiscais.

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4. Novo Balanço Orçamentário (MCASP 05.02.00)

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Como você pode notar tanto a receita quanto a despesa são demonstradas por categoria econômica. Em sua nova estrutura o BO deve demonstrar o resultado orçamentário e discriminar: (a) as receitas por fonte (espécie); e (b) as despesas por grupo de natureza. O Balanço Orçamentário apresentará as receitas detalhadas por categoria econômica, origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo a realizar. Demonstrará também as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. A identificação das receitas e despesas intraorçamentárias, quando necessária, deverá ser apresentada em notas explicativas. A linha Saldo de Exercícios Anteriores identifica o valor de recursos provenientes de superávit financeiro de exercícios anteriores, identificados no Balanço Patrimonial do exercício anterior ao de referência, que foi utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais no período de referência. Deverá demonstrar, também, os valores relativos aos créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício anterior ao de referência, reabertos no exercício corrente, no limite de seus saldos.

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Dessa forma, no momento inicial da execução orçamentária, tem-se, via de regra, o equilíbrio entre receita prevista e despesa fixada e constata-se que toda despesa a ser executada está amparada por uma receita prevista a ser arrecadada no exercício. No entanto, iniciada a execução do orçamento, quando há superávit financeiro de exercícios anteriores, tem-se um recurso disponível para abertura de créditos para as despesas não fixadas ou não totalmente contempladas pela lei orçamentária. Dessa forma, o equilíbrio entre receita prevista e despesa fixada no Balanço Orçamentário pode ser verificado (sem influenciar o seu resultado) somando-se os valores da linha TOTAL e da linha SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES, constantes da coluna PREVISÃO ATUALIZADA, e confrontando-se esse montante com o total da coluna DOTAÇÃO ATUALIZADA. O superávit financeiro não é receita do exercício de referência, pois já o foi em exercício anterior, mas constitui disponibilidade para utilização no exercício de referência. Por outro lado, as despesas executadas à conta do superávit financeiro são despesas do exercício de referência, por força legal, visto que não foram empenhadas no exercício anterior. Esse desequilíbrio também ocorre pela reabertura de créditos adicionais porque aumentam a despesa fixada sem necessidade de nova arrecadação. O Quociente de Utilização do Excesso de Arrecadação é resultante da relação entre os Créditos Adicionais abertos por meio de excesso de arrecadação e o total do excesso de arrecadação, indicando a parcela do excesso de arrecadação utilizada para abertura de créditos adicionais. Adicionalmente, é pertinente que esta análise seja desdobrada por destinação de recursos. O Quociente de Utilização do Superávit Financeiro é resultante da relação entre os Créditos Adicionais Abertos por meio de superávit financeiro e o total do superávit financeiro apurado no exercício anterior, indicando a parcela do superávit financeiro utilizada para abertura de créditos adicionais. Adicionalmente, é pertinente que estas análises sejam desdobradas por destinação de recursos. O Balanço Orçamentário será elaborado utilizando-se as classes 5, grupo 2 (Orçamento aprovado: previsão da receita e fixação da despesa) e classe 6, grupo 2 (Execução do orçamento: realização da receita e execução da despesa) do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público. Como complemento, haverá quadros demonstrativos dos restos a pagar processados e não processados:

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O Balanço Orçamentário será complementado por nota explicativa detalhando as despesas executadas por tipos de créditos (inicial, suplementar, especial e extraordinário). Será informado, ainda, o montante da movimentação financeira (transferências financeiras recebidas e concedidas) relacionado à execução do orçamento do exercício, bem como os valores referente a abertura de créditos adicionais e cancelamentos de crédito de forma a evidenciar a diferença entre a dotação inicial e a atualizada.

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5. Balanço Financeiro Segundo a lei 4.320/64, o Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Segue abaixo a estrutura do Balanço Financeiro:

Ingressos Dispêndios Orçamentários 180 Orçamentários 140 Receitas Correntes 100 Saúde 80 Receitas de Capital 80 Transporte 60 Extra-orçamentários 30 Extra-orçamentários 20 Restos a pagar inscritos 20 Restos a pagar pagos 10 Cauções 10 Devolução de depósitos 10 Saldo do Exercício Anterior 50 Saldo Exercício Seguinte 100 Total 260 Total 260

O Balanço Financeiro é um quadro com duas seções: Ingressos (Orçamentários e Extraorçamentários) e Dispêndios (Orçamentários e Extraorçamentários), que se equilibram com a inclusão do saldo em espécie do exercício anterior na coluna dos ingressos e o saldo em espécie pra o exercício seguinte na coluna dos dispêndios.

A receita é demonstrada por categoria e a despesa por função (saúde, transporte, defesa, etc).

A partir do saldo do exercício anterior e considerando os movimentos de recursos ocorridos no exercício financeiro (entradas e saídas), chegamos ao saldo que passará para o exercício seguinte.

É muito importante ter em mente que o BF lida, a priori, apenas com operações financeiras. No entanto, o legislador optou por demonstrar todas as despesas orçamentárias, pagas ou não. Assim, no intuito de impedir que as despesas não pagas afetem o resultado financeiro de maneira indevida, as mesmas são contabilizadas também nos ingressos extraorçamentários, sob a forma de restos a pagar, equilibrando o peso das colunas.

Os restos a pagar só afetam o cálculo do resultado financeiro quando são pagos, pois agora sim são fatos financeiros e merecem ser demonstrados ao lado dos dispêndios extraorçamentários. Os restos a pagar pagos são aqueles inscritos em X0 e pagos em X1.

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O Resultado Financeiro do Exercício pode ser calculado das seguintes maneiras:

• RF = Ingressos – Dispêndios; ou • RF = Saldo que passa (ou atual) – Saldo do exercício anterior.

Se o RF for positivo é chamado de superávit, se for negativo, de déficit. Não confunda Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial com Resultado Financeiro Superavitário.

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O Quociente Orçamentário do Resultado Financeiro é resultante da relação entre o Resultado Orçamentário (Receita Orçamentária – Despesa Orçamentária) e a Variação do Saldo em Espécie. A interpretação desse quociente indica a parcela da variação do saldo do disponível que pode ser explicada pelo resultado orçamentário. Em contrapartida pode ainda ser analisada a diferença como resultante do resultado extraorçamentário, ou das transferências. O Quociente do Resultado dos Saldos Financeiros é resultante da relação entre o Saldo que passa para o Exercício Seguinte e o Saldo do Exercício Anterior. A interpretação desse quociente indica o impacto do resultado financeiro sobre o saldo em espécie.

6. Novo Balanço Financeiro (MCASP 05.03.00)

Neste novo formato podemos notar que são demonstrados:

• A receita orçamentária realizada por destinação de recurso (destinação vinculada e/ou destinação ordinária);

• A despesa orçamentária executada por destinação de recurso (destinação vinculada e/ou destinação ordinária);

• Os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários;

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• As transferências financeiras decorrentes, ou não, da execução orçamentária; e

• O saldo inicial e o saldo final em espécie. Deverão ser apresentadas as destinações ordinárias e as destinações vinculadas. O detalhamento das vinculações deverá ser feito de acordo com as características específicas de cada ente, como por exemplo, as vinculações para a previdência social, transferências obrigatórias para outro ente e outras vinculações constitucionais e legais. Caso o ente resolva agrupar algumas vinculações em um grupo chamado de “Outras Vinculações”, esse não deverá ultrapassar 10% do total da Receita Orçamentária ou da Despesa Orçamentária. O Balanço Financeiro será elaborado utilizando-se as seguintes classes do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público:

• Classes 1 (ativo) e 2 (passivo) para os recebimentos e pagamentos extraorçamentários bem como para o saldo em espécie do exercício anterior e para o exercício seguinte.

• Classes 4 (variações patrimoniais aumentativas) e 3 (variações patrimoniais diminutivas) para as transferências financeiras recebidas e concedidas, respectivamente; e

• Classe 5 para o preenchimento dos restos a pagar inscritos no exercício, que deverá ser incluso nos recebimentos extraorçamentários para compensar sua inclusão na despesa orçamentária, conforme o parágrafo único do artigo 103 da Lei n.º 4.320/1964; e

• Classe 6 para execução da receita e despesa orçamentária;

As informações sobre o fluxo de recursos das disponibilidades são úteis para que os usuários possam tomar decisões que irão influenciar o fluxo de caixa da entidade. Possibilita, ainda, mensurar se o disponível é suficiente para pagar as obrigações referentes aos bens e serviços adquiridos e contratados e ainda satisfazer os gastos de manutenção. Além disso, a discriminação do Balanço Financeiro por destinação de recurso (ordinária e vinculada) permite evidenciar qual a origem e aplicação dos recursos financeiros referentes à Receita e Despesa Orçamentárias de acordo com a sua vinculação legal. Por ocasião da realização da receita orçamentária, evidencia-se a finalidade específica para a futura aplicação dos recursos financeiros. Por outro lado, a execução da despesa orçamentária indica a finalidade específica da efetiva aplicação desses recursos. A destinação dos recursos, na execução orçamentária da receita e da despesa, permite avaliar que demandas da sociedade tiveram arrecadação e empenho, conforme as vinculações legais. Em geral, um resultado financeiro positivo é um indicador de equilíbrio financeiro. No entanto, é importante mencionar que uma variação positiva na disponibilidade do período não é sinônimo, necessariamente, de bom

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desempenho da gestão financeira, pois pode acontecer, por exemplo, mediante elevação do endividamento público. Da mesma, forma, a variação negativa na disponibilidade do período não significa, necessariamente, um mau desempenho, pois pode refletir uma redução no endividamento. Portanto, a análise deve ser feita conjuntamente com o Balanço Patrimonial, considerando esses fatores mencionados e as demais variáveis orçamentárias e extraorçamentárias. Além disso, deve-se analisar de que maneira a administração influenciou na liquidez da entidade, de forma a prevenir insuficiências de caixa no futuro.

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7. Demonstração das Variações Patrimoniais A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. A estrutura da DVP é a seguinte:

Variações Ativas Variações Passivas Resultantes da Execução

Orçamentária 550 Resultantes da Execução

Orçamentária 450

Receitas Orçamentárias

Correntes

Capital

300

200

100

Despesas Orçamentárias

Correntes

Capital

200

150

50 Interferências Ativas

Cota recebida

Repasse recebido

Sub-Repasse recebido

170

100

50

20

Interferências Passivas

Cota concedida

Repasse concedido

Sub-Repasse concedido

120

60

30

30 Mutações Ativas

Aquisição de bens

Empréstimos concedidos

80

50

30

Mutações Passivas

Venda de bens

Empréstimos recebidos

130

80

50 Independentes da Execução

Orçamentária 100 Independentes da Execução

Orçamentária 50

Inscrição Dívida Ativa

Cancelamento de Dívidas Passivas

20

30

Cancelamento Dívida Ativa

Encampação de Dívidas Passivas

Depreciações e provisões.

10

15

5 Interferências Ativas

Transferências de bens recebidas de outros órgãos públicos

30

30

Interferências Passivas

Transferências de bens concedidas a outros órgãos públicos

10

10

Acréscimos Patrimoniais

Doações de bens recebidas de terceiros

20

20

Decréscimos Patrimoniais

Doações de bens concedidas a terceiros

10

10

Soma das VA 650 Soma da VP 500 Déficit Superávit 150 Total 650 Total 650

São duas colunas: Variações Ativas e Passivas. Ambas são divididas em resultantes e independentes da execução orçamentária. Desse modo podemos calcular o resultado patrimonial resultante e independente da execução orçamentária. Não confunda o resultado patrimonial resultante da execução orçamentária com o Resultado Orçamentário do exercício apurado no Balanço Orçamentário. Este último não sofre interferência das mutações.

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VAO → Receitas Orçamentárias + Interferências Ativas Orçamentárias + Mutações Ativas. VAEO → Inscrição DA/Cancelamento de Dívidas Passivas + Interferências Ativas Extraorçamentárias + Acréscimos Patrimoniais. VPO → Despesas Orçamentárias + Interferências Passivas Orçamentárias + Mutações Passivas. VPEO → Cancelamento DA/Encampação de Dívidas Passivas/Depreciações/Provisões + Interferências Passivas Extraorçamentárias + Decréscimos Patrimoniais. Vamos ver o que é cada coisa?

� Receitas Orçamentárias → Receitas Correntes e de Capital.

� Interferência Ativa Orçamentária → quando o órgão recebe transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Ativas → mutações da despesa não efetiva.

� Interferência Ativa Extraorçamentária → quando o órgão recebe

transferência de bens de outros órgãos públicos.

� Acréscimos Patrimoniais → aumentos no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é o recebimento da doação de bens de terceiros.

� Despesas Orçamentárias → Despesas Correntes e de Capital.

� Interferência Passiva Orçamentária → dessa vez o órgão efetua uma

transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Passivas → mutações da receita não efetiva.

� Decréscimos Patrimoniais → diminuições no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é a doação de bens a terceiros.

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Variações Patrimoniais Receita Orçamentária Capital e Corrente

Orçamentárias

Despesa Orçamentária Capital e Corrente

Mutação Ativa Mutação da Despesa não-efetiva

Mutação Passiva Mutação da Receita não-efetiva

Interferência Ativa Orçamentária Recebimento de cota, repasse e sub-repasse.

Interferência Passiva Orçamentária Concessão de cota, repasse e sub-repasse.

Interferência Ativa Extra-Orçamentária

Transferência de bens recebidos de outros órgãos públicos.

Extra-orçamentárias

Interferência Passiva Extra-Orçamentária

Transferência de bens a outros órgãos públicos.

Acréscimo Patrimonial Recebimento de doações bens.

Decréscimo Patrimonial Doação de bens. Através das DVP calculamos o Resultado Patrimonial do Exercício comparando-se as Variações Ativas com as Passivas. Se o resultado é positivo, temos um Superávit Patrimonial. Se o resultado é negativo, temos um Déficit Patrimonial. Segue esquema para facilitar a visualização do explicado:

Variações Ativas > Variações Passivas = Superávit Patrimonial

Variações Ativas < Variações Passivas = Déficit Patrimonial

O superávit deve ser apresentado ao lado das Variações Passivas. No caso de déficit, o mesmo deve ser apresentado ao lado das Variações Ativas. Isto é feito para que o demonstrativo apresente valor total igual em ambas as colunas.

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O resultado patrimonial do exercício deve ser levado ao BP, onde se somará ao Saldo Patrimonial. Esta distinção entre Saldo Patrimonial e Resultado Patrimonial é bastante cobrada em concurso. Saldo Patrimonial pertence ao BP. Resultado Patrimonial é apurado na DVP.

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8. Nova DVP (MCASP 05.04.00)

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O novo formato para a DVP separa as alterações em quantitativas e qualitativas. As variações quantitativas são decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. Já as variações qualitativas são decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas. Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais é resultante da relação entre o Total das Variações Patrimoniais Aumentativas e o Total das Variações Patrimoniais Diminutivas. A interpretação desse quociente indica outra forma de se evidenciar o resultado patrimonial (superávit ou déficit patrimonial). O resultado patrimonial não é um indicador de desempenho, mas um medidor do quanto o serviço público ofertado exigiu de alterações quantitativas dos elementos patrimoniais. A Demonstração das Variações Patrimoniais será elaborada utilizando-se as classes 3 (variações patrimoniais diminutivas) e 4 (variações patrimoniais aumentativas) do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público para as variações quantitativas e a classe 6 para as variações qualitativas. O resultado patrimonial é um importante indicador de gestão fiscal, já que é o principal item que influencia na evolução do patrimônio líquido de um período, objeto de análise do anexo de metas fiscais integrante da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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9. DFC (MCASP 05.06.00)

A demonstração dos fluxos de caixa tem o objetivo de contribuir para a transparência da gestão pública, pois permite um melhor gerenciamento e controle financeiro dos órgãos e entidades do setor público.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve ser elaborada pelo método direto ou indireto e evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos seguintes fluxos: (a) das operações; (b) dos investimentos; e (c) dos financiamentos. O fluxo de caixa das operações compreende os ingressos, inclusive decorrentes de receitas originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação pública e os demais fluxos que não se qualificam como de investimento ou financiamento. O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativo não circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras operações da mesma natureza. O fluxo de caixa dos financiamentos inclui os recursos relacionados à captação e à amortização de empréstimos e financiamentos.

Tipo de coisa que o examinador gosta: “A demonstração dos fluxos de caixa deve ser elaborada, preferencialmente, pelo método direto”.

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A Demonstração dos Fluxos de Caixa visa à análise do desempenho financeiro do setor público, permitindo:

• ter uma visão da situação das finanças públicas, possibilitando efetuar comparações entre ingressos e desembolsos por tipos de atividades (operacionais, de investimento e de financiamento), e avaliar as decisões de investimento e financiamento público;

• avaliar a situação presente e futura do caixa da entidade, permitindo análise de liquidez;

• conhecer a capacidade de expansão das despesas com recursos próprios gerados pelas operações;

• a análise imediata da disponibilidade e do impacto da mesma nas finanças da entidade, quando da inserção de nova despesa na programação; e

• avaliar a previsão de quando é possível contrair novas despesas sem que isso comprometa as finanças públicas.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa é também um importante instrumento de avaliação da gestão pública, pois permite inferir, em nível macro, quais foram as decisões de alocação de recursos na prestação de serviços públicos, em investimentos e financiamentos, além de permitir a verificação de como a administração influenciou na liquidez da entidade, de forma a prevenir insolvência futura.

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10. DMPL (MCASP 05.07.00) A Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido será obrigatória apenas para as empresas estatais dependentes e para os entes que as incorporarem no processo de consolidação das contas. A entidade deve apresentar a demonstração das mutações no patrimônio líquido - DMPL, que objetiva demonstrar: a) o déficit ou superávit patrimonial do período; b) cada mutação no patrimônio líquido reconhecida diretamente no mesmo; c) o efeito decorrente da mudança nos critérios contábeis e os efeitos decorrentes da retificação de erros cometidos em exercícios anteriores; e d) as contribuições dos proprietários e distribuições recebidas por eles como proprietários.

As contas que formam o patrimônio líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais como: 1 - Itens que afetam o patrimônio líquido, afetando conjuntamente o ativo e o passivo:

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a) acréscimo do patrimônio líquido pelo resultado patrimonial positivo ou redução pelo resultado patrimonial negativo do exercício; b) redução por dividendos; c) acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos; e) acréscimo por subscrição e integralização de capital; f) acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores. 2 - Itens que somente afetam o patrimônio líquido: a) aumento do capital com utilização de lucros e reservas; b) compensação de Prejuízos com Reservas. A DMPL permite, dentre outras coisas, avaliar a evolução dos itens que compõem o patrimônio líquido, em complemento ao Anexo de Metas Fiscais integrante do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Embora integre um anexo da LDO, a evolução do patrimônio líquido não é devida exclusivamente a fatores orçamentários.

11. Notas explicativas (MCASP 05.08.00)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Contêm informações adicionais em relação à apresentada no corpo dessas demonstrações e oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens anteriormente divulgados, além de informações acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis. A entidade deve evidenciar como informação complementar, os julgamentos que a administração tenha feito no processo de aplicação das políticas contábeis, além daqueles relacionados às estimativas, que tenham efeito mais significativo nos montantes reconhecidos nas demonstrações contábeis. As notas explicativas devem evidenciar, ainda, o reconhecimento de inconformidades provavelmente relevantes para a avaliação de responsabilidades (accountability), que pode afetar a avaliação do usuário sobre o desempenho e o direcionamento das operações da entidade no futuro. Essa evidenciação pode também influenciar as decisões sobre os recursos a serem alocados na entidade, no futuro. Poderão ainda incluir divulgações sobre os riscos e incertezas que afetem a entidade e quaisquer recursos e/ou obrigações para os quais não exista obrigatoriedade de serem reconhecidos no balanço patrimonial. As notas explicativas incluem os critérios utilizados na elaboração das demonstrações contábeis, das informações de naturezas patrimonial, orçamentária, econômica, financeira, legal, física, social e de desempenho e

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outros eventos não suficientemente evidenciados ou não constantes nas referidas demonstrações. As notas explicativas devem: (a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e das políticas e critérios contábeis específicos utilizadas; (b) evidenciar a informação requerida pelas normas de contabilidade aplicáveis, que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e (c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada na apresentação principal das demonstrações contábeis, mas que seja relevante para a sua compreensão.

12. Consolidação (MCASP 05.09.00)

A LRF, em seu artigo 51, prevê que “o Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público”. Essa determinação legal gera para o Tesouro Nacional, como órgão central de contabilidade, a responsabilidade de padronizar os procedimentos com a finalidade de promover a referida consolidação. A consolidação é o processo que ocorre pela soma ou pela agregação de saldos ou grupos de contas, excluídas as transações entre entidades incluídas na consolidação, formando uma unidade contábil consolidada e tem por objetivo o conhecimento e a disponibilização de macroagregados do setor público, a visão global do resultado e a instrumentalização do controle social. Dessa forma, a consolidação é um processo simétrico e busca evitar a dupla contagem de transações ou saldos entre unidades aumentando, assim, a utilidade dos dados consolidados. No Brasil, inicialmente a consolidação deve abranger todas as entidades incluídas no orçamento fiscal e da seguridade social, a saber:

• as esferas de governo (Governo Federal, estados, Distrito Federal e mais de 5.500 municípios);

• os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); e • toda a administração pública, direta e indireta, incluindo fundos,

fundações, autarquias e empresas estatais dependentes. Assim, ela pode ser elaborada em diferentes níveis ou esferas do Setor Público:

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1. Intragovernamental (Abrange cada ente da Federação); 2. Intergovernamental (Contas Nacionais). É importante saber que não é viável consolidar todas as informações, apenas as transações de possível identificação, bem como as mais relevantes. Dessa forma, algumas áreas de consolidação das transações devem ser priorizadas, como as transferências entre entidades governamentais, transações recíprocas (ativos e passivos financeiros) e juros recebidos e pagos. Ufa! Fechamos a teoria. Vamos para as questões!

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B. Questões comentadas

1. (ESAF/CGU 2012) Assinale a opção incorreta a respeito da estrutura, conteúdo e forma de apresentação do Balanço Financeiro de que trata o art. 103 da Lei n. 4.320/64.

a) As destinações vinculadas não podem ser demonstradas de forma agrupadas nesta demonstração. b) O superávit ou déficit financeiro apurado nesta demonstração não se confunde com o resultado financeiro apurado no Balanço Patrimonial. c) As transferências financeiras não decorrentes da execução orçamentária também são evidenciadas nesta demonstração. d) O saldo inicial e o saldo final em espécie devem ser evidenciados no Balanço Financeiro. e) A diferença entre o somatório dos ingressos orçamentários com os extraorçamentários deduzidos dos dispêndios orçamentários e extraorçamentários constitui o resultado financeiro. Comentários: Letra A, incorreta. Na verdade, no novo BF, as contas da receita e despesa orçamentária são demonstradas de forma agrupada dentro das destinações ordinárias e as destinações vinculadas. Note que a questão fez referência ao artigo 103 da lei 4.320/64, mas cobrou um conceito disposto no MCASP. Letras B, D e E, corretas. O resultado financeiro pode ser calculado de duas formas:

• Ingressos – dispêndios; ou • Saldo inicial – saldo final.

O resultado financeiro, apurado no BF, não se confunde com o superávit financeiro apurado no BP, utilizado como fonte de recurso para abertura de créditos adicionais. Este último corresponde à diferença entre o ativo e passivo financeiro. Letra C, correta. Tanto as transferências financeiras recebidas quanto as concedidas, de natureza orçamentária e extraorçamentária, são demonstradas no BF. Letra A.

2. (ESAF/MDIC 2012) No que se refere à evidenciação das variações patrimoniais qualitativas e quantitativas na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP, é correto afirmar:

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a) toda e qualquer variação patrimonial é evidenciada nesta demonstração contábil. b) as variações quantitativas de caráter extraorçamentárias não são evidenciadas. c) as variações patrimoniais diminutivas orçamentárias relacionadas às despesas correntes são evidenciadas pelos seus valores globais. d) somente as variações qualitativas decorrentes das receitas e despesas de capital são evidenciadas. e) as variações qualitativas não são evidenciadas nesta demonstração porque não implicam em mudança na situação patrimonial. Comentários: As letras A e E estão incorretas e a Letra D, correta. A letra A é uma pegadinha de muito mau gosto. Analisando o novo modelo da DVP verificamos que aparentemente todas as variações patrimoniais são demonstradas, tanto qualitativas, quanto quantitativas. Ocorre que, quanto às qualitativas, o MCASP traz a seguinte ressalva: Para fins de elaboração da Demonstração das Variações Patrimoniais, considerar-se-ão apenas as variações qualitativas decorrentes das receitas e despesas de capital, considerando a relevância da informação. Conforme o Pronunciamento Conceitual Básico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, para serem úteis, as informações devem ser relevantes às necessidades dos usuários na tomada de decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores. Letra B, incorreta. As variações patrimoniais quantitativas, aumentativas e diminutivas, decorrentes ou independentes da execução orçamentária, são demonstradas na DVP. Letra C, incorreta. As variações patrimoniais diminutivas, aí inclusas as despesas correntes, são demonstradas se especificando o grupo. Como exemplo, podemos observar que há “remuneração de pessoal”, ligada ao grupo pessoal e encargos sociais. Letra D.

3. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção que indica uma das causas para o desequilíbrio que pode ser observado entre a previsão da receita atualizada e a previsão da despesa atualizada no Balanço Orçamentário.

a) Emissão de notas de empenho em valores superiores ao montante da despesa

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fixada. b) Deficiência na arrecadação ou obtenção de recursos por parte do ente público. c) Insuficiência na estimação da receita ou excesso na fixação da despesa. d) Valores pagos em montantes maiores do que a despesa efetivamente liquidada. e) A utilização do superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior. Comentários: O MCASP é extremamente claro quanto ao assunto: Em decorrência da utilização do superávit financeiro de exercícios anteriores para abertura de créditos adicionais, apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior ao de referência, o Balanço Orçamentário demonstrará uma situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e a dotação atualizada. Essa situação também pode ser causada pela reabertura de créditos adicionais, especificamente os créditos especiais e extraordinários que tiveram o ato de autorização promulgado nos últimos quatro meses do ano anterior, caso em que esses créditos serão reabertos nos limites de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício financeiro em referência. Esse desequilíbrio ocorre porque o superávit financeiro de exercícios anteriores, quando utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais, não pode ser demonstrado como parte da receita orçamentária do Balanço Orçamentário que integra o cálculo do resultado orçamentário. O superávit financeiro não é receita do exercício de referência, pois já o foi em exercício anterior, mas constitui disponibilidade para utilização no exercício de referência. Por outro lado, as despesas executadas à conta do superávit financeiro são despesas do exercício de referência, por força legal, visto que não foram empenhadas no exercício anterior. Esse desequilíbrio também ocorre pela reabertura de créditos adicionais porque aumentam a despesa fixada sem necessidade de nova arrecadação. Tanto o superávit financeiro utilizado quanto a reabertura de créditos adicionais estão detalhados no campo SALDO DE EXERCÍCIOS ANTERIORES, do Balanço Orçamentário. Dessa forma, no momento inicial da execução orçamentária, tem-se, via de regra, o equilíbrio entre receita prevista e despesa fixada e constata-se que toda despesa a ser executada está amparada por uma receita prevista a ser arrecadada no exercício. No entanto, iniciada a execução do orçamento, quando há superávit financeiro de exercícios anteriores, tem-se um recurso disponível para abertura de créditos para as despesas não fixadas ou não totalmente contempladas pela lei orçamentária. Dessa forma, o equilíbrio entre receita prevista e despesa fixada no Balanço Orçamentário pode ser verificado (sem influenciar o seu resultado) somando-se os

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valores da linha TOTAL e da linha SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES, constantes da coluna PREVISÃO ATUALIZADA, e confrontando-se esse montante com o total da coluna DOTAÇÃO ATUALIZADA. Recomenda-se a utilização de notas explicativas para esclarecimentos a respeito da utilização do superávit financeiro e de reaberturas de créditos especiais e extraordinários, bem como suas influências no resultado orçamentário, de forma a possibilitar a correta interpretação das informações. Por todo o exposto, a letra E (utilização do superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior) representa causa para o desequilíbrio que pode ser observado entre a previsão da receita atualizada e a previsão da despesa atualizada no Balanço Orçamentário. Letra E.

4. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Segundo as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, sem prejuízo de outras formas, constituem meios efetivos de divulgação das demonstrações contábeis, exceto:

a) remessa aos órgãos de controle interno e externo, associações e conselhos representativos. b) publicação nos órgãos de imprensa de grande circulação. c) disponibilização em meios de comunicação eletrônicos de acesso público. d) disponibilização das demonstrações contábeis para acesso da sociedade em local e prazos indicados. e) publicação na imprensa oficial em qualquer uma das suas modalidades. Comentários:

Segundo a NBC T 16.6 a divulgação das demonstrações contábeis e de suas versões simplificadas é o ato de disponibilizá-las para a sociedade e compreende, entre outras, as seguintes formas:

• Publicação na imprensa oficial em qualquer das suas modalidades (letra E);

• Remessa aos órgãos de controle interno e externo, a associações e a conselhos representativos (letra A);

• A disponibilização das Demonstrações Contábeis para acesso da sociedade em local e prazos indicados (letra D);

• Disponibilização em meios de comunicação eletrônicos de acesso público (letra C).

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Letra B.

5. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Em razão do que determina o art. 105 da Lei n. 4.320/64, a dívida fundada integra a seguinte rubrica do Balanço Patrimonial:

a) Passivo Circulante, se o vencimento for inferior a doze meses. b) Passivo Não-Financeiro. c) Ativo Permanente. d) Patrimônio Líquido, caso o detentor da dívida seja entidade da União. e) Resultado de Exercícios Futuros. Comentários: Vejamos o que diz o art. 105:

§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. § 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. § 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. § 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

Ou seja, ao pé da letra, as dívidas fundadas integram tanto o PF quanto o PP ou não-financeiro. Como entre nossas alternativas só há o PP (letra B), então a resposta é essa. No entanto, é comum a seguinte associação: Dívida fundada → passivo permanente ou não-financeiro. Dívida flutuante → passivo financeiro. Letra B.

6. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010 – adaptada) Tomando como base o balanço financeiro atualmente adotado e publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional, assinale a opção verdadeira a respeito dessa demonstração contábil.

a) O resultado apurado no balanço financeiro coincide com o superávit financeiro do balanço patrimonial, pois resulta da conjugação das entradas e saídas de recursos da entidade. b) Se o resultado apurado no exercício é um superávit, então podemos afirmar que

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os dispêndios foram maiores que os ingressos. c) Pela comparação entre o saldo anterior e o saldo atual é possível avaliar se o resultado financeiro da entidade foi positivo ou negativo. d) Em razão de ser uma demonstração que apura o fluxo financeiro, na sua elaboração, é utilizado o movimento das contas e não o saldo. e) Os ingressos e dispêndios extraorçamentários somente figuram no balanço financeiro se tiverem relação com a finalidade da entidade. Comentários: A letra A está incorreta. Não é a mesma coisa. O superávit financeiro é apurado no balanço patrimonial e corresponde à diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro. O resultado financeiro do exercício é apurado no balanço financeiro e corresponde à diferença entre os ingressos e dispêndios, orçamentários e extra-orçamentários. A letra B está incorreta. Justamente o contrário. Quando há superávit no resultado financeiro os ingressos são maiores que os dispêndios. A letra C está correta. Perfeito! O resultado financeiro do Balanço Financeiro pode ser calculado de duas formas: 1) Ingressos – Dispêndios; ou 2) (Saldo que passa para o próximo exercício ou atual) – (saldo anterior). A letra D está incorreta. É utilizado o saldo, o valor da conta. Tanto é que ao montarmos o demonstrativo nós colocamos o saldo da receita orçamentária, da despesa orçamentária, etc.

Ingressos Dispêndios Orçamentários 180 Orçamentários 140 Receitas Correntes 100 Saúde 80 Receitas de Capital 80 Transporte 60 Extra-orçamentários 30 Extra-orçamentários 20 Restos a pagar inscritos 20 Restos a pagar pagos 10 Cauções 10 Devolução de depósitos 10 Saldo do Exercício Anterior 50 Saldo Exercício Seguinte 100 Total 260 Total 260

A letra E está incorreta. Assertiva banal. Os ingressos e dispêndios extra-orçamentários sempre figuram no BF. Letra C.

7. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Tendo como

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base a estrutura e o conteúdo do Balanço Patrimonial atualmente adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional, bem como as normas da Lei n. 4.320/64, assinale a opção cuja rubrica não integra o ativo financeiro.

a) Aplicações financeiras. b) Créditos em circulação. c) Adiantamento de salários. d) Caixa. e) Dívida Ativa.

Comentários: Questão simples também. Bastava saber a natureza das contas. Memorize logo que a dívida ativa pertence ao ativo permanente, pois esta informação é bastante solicitada. As demais contas são do ativo financeiro. Letra E.

8. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) A respeito do

resultado orçamentário apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP e no Balanço Orçamentário, é correto afirmar:

a) diferem entre si em razão de o resultado apurado na DVP levar em conta na sua apuração as mutações ativas e passivas. b) são iguais entre si em razão da base de apuração ser a mesma. c) são diferentes, porque o saldo apurado no Balanço Orçamentário leva em conta a despesa liquidada e paga enquanto na DVP são levados em conta, além da despesa liquidada, os ingressos e dispêndios orçamentários. d) são coincidentes, quando a entidade não realiza operações independentes da execução orçamentária. e) são iguais, quando a entidade não inscreve despesas em restos a pagar no exercício nem efetuou pagamento dessa rubrica de exercícios anteriores. Comentários: O resultado orçamentário do exercício corresponde à diferença entre as receitas e despesas orçamentárias. ROE = RO – DO. Já o resultado patrimonial orçamentário pode ser calculado da seguinte forma: RPO = Variações Ativas Orçamentárias – Variações Passivas Orçamentárias. RPO = (Receitas Orçamentárias + Mutações Ativas + Interferências Ativas

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Orçamentárias) – (Despesas Orçamentárias + Mutações Passivas + Interferências Passivas Orçamentárias). A questão considerou que o órgão/entidade não recebeu interferências. Isso também é bem comum de acontecer. Não adianta brigar com a banca. Bola pra frente! Continuemos... RPO = RO + MA – DO – MP → RPO = RO – DO + (MA – MP) → RPO = ROE + (MA – MP). Ou seja, a diferença entre o ROE e RPO reside justamente nas mutações, ativas e passivas. Letra A.

9. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Na análise do

balanço orçamentário de determinada entidade, foram constatados os seguintes dados:

Receita corrente prevista = 600 Receita corrente realizada = 400 Receita de capital prevista = 400 Receita de capital realizada = 500 Despesa corrente prevista = 450 Despesa corrente realizada = 500 Despesa de capital prevista = 550 Despesa de capital realizada = 400 A respeito desse balanço e da entidade, é correto afirmar: a) houve déficit no orçamento de capital e superávit no orçamento corrente. b) o balanço foi elaborado prevendo a capitalização da entidade, porém, na execução ocorreu o inverso. c) a previsão demonstra que não era esperado déficit intrínseco. d) o equilíbrio geral do balanço ocorreu devido ao excesso de arrecadação corrente. e) a insuficiência de arrecadação de capital não comprometeu o equilíbrio do balanço. Comentários: A letra A está incorreta. Cálculo do Resultado do Orçamento Corrente:

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Resultado do Orçamento Corrente = Receitas Correntes Realizadas – Despesas Correntes Realizadas. ROC = 400 – 500 = - 100 (déficit). Cálculo do Resultado do Orçamento de Capital: Resultado do Orçamento de Capital = Receitas de Capital Realizadas – Despesas de Capital Realizadas. ROK = 500 – 400 = 100 (superávit). Logo, houve superávit do orçamento de capital e déficit do orçamento corrente. A letra B está correta. Vamos relembrar o que é capitalização e descapitalização. Capitalização = Superávit Corrente e Déficit de Capital

Descapitalização = Déficit Corrente e Superávit de Capital

Já vimos que na execução houve superávit de capital e déficit corrente, ou seja, há receitas de capital financiando despesas correntes, típico caso de descapitalização. Vejamos agora na previsão.

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Cálculo do Resultado do Orçamento de Capital (previsão): ROKP = RK previstas – DK fixadas = 400 – 550 = - 150 (déficit). Cálculo do Resultado do Orçamento Corrente (previsão): ROCP = RC previstas – DC fixadas = 600 – 450 = 150 (superávit). Ou seja, na previsão, houve superávit corrente e déficit de capital. Há receitas correntes financiando despesas de capital. Típico caso de capitalização. Em resumo: Na previsão → capitalização. Na execução → o inverso, descapitalização. A letra C está incorreta. Vejamos como foi previsto o orçamento da entidade. Receitas Previstas = RC + RK = 600 + 400 = 1.000. Despesas Fixadas = DC + DK = 450 + 550 = 1.000. Como você pode observar apesar de o orçamento geral ter sido elaborado de maneira equilibrada, era esperado um déficit intrínseco, no orçamento de capital. A letra D está incorreta. Não houve excesso de arrecadação corrente, mas sim insuficiência: Receita corrente realizada – Receita corrente prevista = 400 – 600 = - 200 (insuficiência na arrecadação das receitas correntes). A letra E está incorreta. Houve excesso de arrecadação nas receitas de capital. Receita de capital realizada – Receita de capital prevista = 500 – 400 = 100. Letra B.

10. (APO/MPOG 2010) Assinale a opção falsa a respeito das demonstrações contábeis (balanços) de que tratam os arts. 101 a 106 da Lei n. 4.320/64.

a) O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. b) As receitas orçamentárias realizadas são evidenciadas no Balanço Orçamentário e no Balanço Financeiro. c) O montante dos restos a pagar inscritos no exercício integra a despesa realizada no Balanço Orçamentário.

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d) A função do Balanço Financeiro é evidenciar a despesa e a receita orçamentária, bem como pagamentos e recebimentos de natureza extra-orçamentária, inclusive o recebimento de bens. e) A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as variações verificadas no patrimônio, inclusive as de natureza extra-orçamentária. Comentários: O artigo 101 até o 106 (inclusive) da lei 4.320/64 aparece muito em provas de Contabilidade Pública. É a mera transcrição da lei. Você não pode errar! A letra A está correta. De acordo com a lei 4.320/64, artigo 102, o Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. A letra B está correta. O Balanço Orçamentário demonstra a receita e despesa orçamentária. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. A letra C está correta. Os RP integram as despesas orçamentárias do exercício. Isto porque restos a pagar são as despesas empenhadas e não pags. A letra D está incorreta. O registro do recebimento de bens é feito no Balanço Patrimonial e na Demonstração das Variações Patrimoniais. Balanço Financeiro não trabalha com bens. A letra E está correta. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. Letra D.

11. (Analista Técnico/SUSEP 2010) Se o resultado apurado na Demonstração

das Variações Patrimoniais de uma entidade pública da administração direta é um superávit e essa mesma unidade recebeu uma transferência de bens no exercício, então é correto afirmar:

a) as despesas correntes necessariamente foram menores que as despesas de capital e não houve transferências de bens para outra entidade. b) o superávit resultou das operações orçamentárias, pois as transferências extra-orçamentárias não afetam o resultado do exercício corrente e sim daquele em que o bem foi adquirido. c) as transferências de bens, embora extra-orçamentárias, afetaram o resultado apurado porque se somam às demais operações do exercício.

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d) a despesa orçamentária foi necessariamente menor que os ingressos orçamentários, pois houve recebimento de bens. e) a unidade não realizou despesa de capital mediante operação de crédito, nem assumiu outro tipo de passivo. Comentários: Sabemos então que houve um superávit. Sabemos também que a unidade recebeu uma transferência de bens, que é uma interferência ativa extra-orçamentária e influencia positivamente na composição do resultado patrimonial do exercício. Há outros lançamentos que obviamente influenciaram no resultado, mas só sabemos desse. Não confundam com doações recebidas de terceiros, que são acréscimos patrimoniais, Variações Ativas Extra-Orçamentárias também. As interferências ativas orçamentárias são as cotas, repasses e sub-repasses recebidos. Isso causa bastante confusão na hora da prova.

TIPO CLASSIFICAÇÃO Transferência de bens recebida de outros órgãos públicos

Interferência Ativa Extra-Orçamentária

Doações de bens recebidas de terceiros

Acréscimos Patrimoniais

Cota, Repasse e Sub-Repasse recebidos Interferência Ativa Orçamentária

Olhando para estrutura básica da DVP conseguimos responder a questão. O que sabemos é o que está em vermelho.

Variações Ativas Variações Passivas Resultantes da Execução Orçamentária

Resultantes da Execução Orçamentária

Receitas Orçamentárias Despesas Orçamentárias Interferências Ativas Interferências Passivas Mutações Ativas Mutações Passivas Independentes da Execução Orçamentária

Independentes da Execução Orçamentária

Interferências Ativas Interferências Passivas Acréscimos Patrimoniais Decréscimos Patrimoniais Soma das VA Soma da VP Déficit Superávit Total Total

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A letra A está incorreta. Não dá pra saber sobre as despesas correntes e de capital com o que foi informado. Muito menos dá pra identificar se houve transferência de bens para outras unidades. Pode até ter ocorrido o oposto do informado e ter ocorrido superávit. A letra B está incorreta. As transferências influenciam sim o resultado do exercício e também não dá pra saber qual foi a composição majoritária do resultado patrimonial, se orçamentária ou extra-orçamentária. A letra C está correta. As transferências de bens recebidas são interferências ativas extra-orçamentárias e afetam positivamente o resultado do exercício. Podemos dizer que uma parcela do nosso superávit se deve a essas transferências recebidas. Talvez você tenha confundido com as mutações ativas que são uma contrapartida às despesas orçamentárias não-efetivas. Estas mutações são para anular o efeito dessas despesas no resultado patrimonial e para demonstrar as alterações nos elementos patrimoniais resultantes da execução da despesa orçamentária. É o caso da compra de um carro. Por lei, é uma despesa, mas não afeta o resultado em virtude de ser uma troca de um bem por dinheiro. Logo, o lançamento das despesas não-efetivas são fatos permutativos ou qualitativos (de acordo com a NBC T 16), pois não afetam o resultado patrimonial. A letra D está incorreta. Não dá pra saber se a despesa orçamentária foi necessariamente menor que os ingressos orçamentários. A despesa orçamentária pode até ter sido maior que as receitas orçamentárias e ter havido superávit, pois os ingressos extra-orçamentários podem ter superado essa diferença e ainda cobrir os dispêndios extra-orçamentários. A letra E está incorreta. Não tem como saber também se a unidade não realizou despesa de capital mediante operação de crédito, nem assumiu outro tipo de passivo. O que sabemos É SOMENTE que houve superávit e o órgão recebeu transferências de bens. O que está dentro de cada Variação não dá pra saber, exceto as transferências de bens, conforme já foi dito. Letra C.

12. (Analista Técnico/SUSEP 2010) A respeito do Balanço Patrimonial e das

informações evidenciadas no modelo atualmente utilizado na esfera federal,

Superávit

VA

VP

Transferências recebidas

>

?

?

?

?

?

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é correto afirmar, exceto: a) o resultado apurado no exercício é evidenciado nessa demonstração dentro do Patrimônio Líquido. b) o ativo não-financeiro evidencia o patrimônio cuja alienação necessita autorização legislativa. c) a rubrica ativo real demonstra a soma das rubricas ativo financeiro e ativo não-financeiro. d) o total da despesa orçamentária do exercício é evidenciado nesse demonstrativo em razão da obrigatoriedade de se demonstrar o Passivo Compensado. e) o passivo decorrente das operações de créditos interna e externas integram o passivo não-financeiro. Comentários: A letra A está correta. O resultado patrimonial do exercício apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais é transportado para o resultado acumulado contido no Saldo Patrimonial (4.320) ou Patrimônio Líquido (STN) do Balanço Patrimonial. Não confundam resultado patrimonial com Saldo Patrimonial.

IMPORTANTE Resultado Patrimonial Demonstração das Variações

Patrimoniais Saldo Patrimonial Balanço Patrimonial

A letra B está correta. Veja o quadro abaixo:

Ativo Financeiro Créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

Ativo Permanente

Bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

Passivo Financeiro Dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária.

Passivo Permanente

Dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

Ativo e Passivo Permanente é a nomenclatura utilizada pela lei 4.320/64. Ativo e Passivo Não-Financeiro é a nomenclatura adotada pela STN. É a mesma coisa.

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A letra C está correta. Ativo Real é a soma do Ativo Financeiro e Não-Financeiro. Passivo Real é a soma do Passivo Financeiro e Não-Financeiro. A diferença entre ambos se positiva é denominada Ativo Real Líquido e é demonstrada ao lado do Passivo no BP. Se a diferença for negativa é denominada Passivo Real Líquido e é demonstrada ao lado do Ativo no BP. De acordo com o método utilizado pela STN tanto o resultado positivo quando negativo são demonstrados ao lado do Passivo sob o nome de Patrimônio Líquido.

Ativo Financeiro + Ativo Permanente = Ativo Real Passivo Financeiro + Passivo Permanente = Passivo Real Ativo Real > Passivo Real = Ativo Real Líquido Ativo Real < Passivo Real = Passivo Real a Descoberto Ativo Real – Passivo Real = Patrimônio Líquido (metodologia STN)

A letra D está incorreta. No Passivo Compensado é demonstrada a execução de despesa orçamentária. No Ativo Compensado é demonstrada a fixação da despesa orçamentária. Mas não há a previsão descrita na questão de que a despesa deve ser demonstrada porque é obrigatória a demonstração do Passivo Compensado. A letra E está correta. O Passivo Não-Financeiro (STN) ou Permanente (4.320) compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Aí estão contidas as operações de crédito. Letra D.

13. (Analista Técnico/SUSEP 2010) Assinale a opção falsa a respeito do objeto,

estrutura, e conteúdo do Balanço Orçamentário atualmente utilizado na esfera Federal.

a) A despesa liquidada no exercício, mesmo aquela inscrita em restos a pagar não processados, consta dessa demonstração. b) Ao evidenciar o montante dos ingressos e dos dispêndios financeiros, ele demonstra como se comporta o fluxo de caixa durante o exercício. c) Os ingressos financeiros recebidos do órgão central de programação financeira são registrados do lado das receitas. d) A diferença positiva entre a receita de capital realizada e a despesa de capital liquidada constitui o superávit de capital. e) O montante dos valores pagos no exercício não é evidenciado nessa demonstração contábil.

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Comentários: A letra A está correta. De acordo com a lei 4.320/64 o Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. A despesa é considerada realizada no momento da liquidação, isso de acordo com a metodologia da STN. Pela lei 4.320/64 a despesa é considerada realizada no momento do empenho. Isso é importante!

Momento da Realização da Despesa STN Liquidação Lei 4.320/64 Empenho

A letra B está incorreta. O demonstrativo de que trata a alternativa é o Balanço Financeiro. Conforme a lei 4.320/64 o Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. A Demonstração dos Fluxos de Caixa, prevista na NBC T 16.6, também evidencia as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes nos fluxos das operações, dos investimentos e dos financiamentos. O Fluxo de Caixa pode ser elaborado pelo método direto ou indireto. A letra C está correta. As transferências recebidas são evidenciadas ao lado das receitas. A letra D está correta. A diferença entre receita realizada (arrecadada) e a despesa realizada (liquidada) constitui superávit, se positiva, ou déficit, se negativa. Se considerarmos a receita e a despesa de capital, chamamos a diferença de Superávit ou Déficit de Capital. Se considerarmos a receita e a despesa corrente, chamamos de Superávit ou Déficit Corrente.

Segue o esquema:

Receita Arrecadada Corrente > Despesa Liquidada Corrente = Superávit Corrente

Receita Arrecadada Corrente < Despesa Liquidada Corrente = Déficit Corrente

Receita Arrecadada de Capital > Despesa Liquidada de Capital = Superávit de Capital

Receita Arrecadada de Capital < Despesa Liquidada de Capital = Déficit de Capital

Receita Arrecadada > Despesa Liquidada = Superávit Orçamentário

Receita Arrecadada < Despesa Liquidada = Déficit Orçamentário

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A letra E está correta. No caso da despesa, somente os valores fixados e realizados são demonstrados no BO. Isso de acordo com a lei 4.320/64. Aqui há uma ressalva que necessita ser feita. O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público parte V, que trata das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, traz um Balanço Orçamentário um pouco diferente da estrutura básica. Nesse novo BO, são representadas as Despesas Pagas pertencentes ao orçamento do exercício financeiro. Percebam que a questão fez referência ao BO utilizado atualmente. Seguem as duas estruturas:

Estrutura Básica do BO:

Receitas Previstas Realizadas Diferença Despesas Fixadas Realizadas Diferença

Correntes 1.000 1.200 (200) Créditos Iniciais e Suplementares

Correntes 1.000 900 100 Capital 800 800 0

Capital 800 700 100 Créditos Especiais

Correntes --- --- --- Capital --- --- ---

Soma 1.800 1.900 (100) Soma 1.800 1.700 100 Déficit

Corrente --- --- ---

Superávit Corrente

--- 300 (300)

Déficit de Capital --- 100 (100)

Superávit de Capital

--- --- ---

Total 1.800 2.000 (200) Total 1.800 2.000 (200) Letra B.

14. (Analista Administrativo/ANA 2009) Nas operações realizadas por uma unidade gestora da administração pública federal, observa-se a ocorrência dos seguintes fatos: transferências de bens para outra unidade do mesmo órgão, aquisição de material de consumo para estoque no almoxarifado e despesa com pessoal. Sobre a contabilidade dessa unidade, é correto afirmar:

a) as variações ativas possuem mutações e as variações passivas são compostas somente por interferências. b) não é possível afirmar que houve variações passivas no exercício em razão da possível ausência de pagamento. c) em razão de ter havido estoque de material no almoxarifado, é possível afirmar que o resultado apurado no exercício foi superavitário. d) as variações passivas têm na sua composição despesa orçamentária e interferências passivas, enquanto as variações ativas possuem mutações. e) as transferências de bens para outra unidade não afetam a situação patrimonial da unidade enquanto a aquisição de material para estoque provoca alteração positiva nessa situação.

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Comentários: Transferências de bens para outra unidade do mesmo órgão – Variação Passiva (interferência passiva extra-orçamentária). Aquisição de material de consumo para estoque no almoxarifado – Variação Passiva (despesa corrente não-efetiva) + Variação Ativa (mutação ativa). Despesa com pessoal – Variação Passiva (despesa corrente efetiva). Letra D.

15. (Analista Administrativo/ANA 2009) A ocorrência de déficit de capital no Balanço Orçamentário de uma entidade autárquica federal demonstra que:

a) a despesa corrente foi paga com recursos de alienação do imobilizado. b) os créditos autorizados em despesas correntes não foram suficientes para as necessidades da instituição. c) o pagamento da despesa de capital do exercício anterior foi transferido para o exercício em que se levantou o balanço. d) a despesa corrente liquidada foi superior à receita corrente paga. e) a despesa de capital liquidada foi superior à receita de capital realizada. Comentários: Quando ocorre déficit de capital sabemos que a despesa de capital liquidada foi superior à receita de capital arrecadada. Letra E.

16. (Analista Administrativo/ANA 2009) Se na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP de uma Unidade Gestora da Administração Direta não arrecadadora de receitas se observa a ocorrência de superávit no exercício, é correto afirmar:

a) não houve liquidação de despesa corrente nem de capital no exercício. b) as transferências financeiras recebidas somadas ao saldo do exercício anterior e as variações ativas independentes da execução orçamentária foram superiores às variações passivas. c) as despesas de capital foram inferiores à desincorporação de ativos. d) a incorporação de ativos foi superior à liquidação de despesa corrente liquidada e paga no exercício.

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e) as transferências financeiras concedidas para unidades do mesmo órgão e as variações ativas independentes da execução orçamentária foram inferiores às despesas liquidadas. Comentários: Se a entidade não arrecada ela sobrevive basicamente por transferências. Se houve superávit sabemos que as Variações Ativas foram maiores que Variações Passivas. Temos que descobrir na questão algo que se encaixa nesse pressuposto. A única que se enquadra mais ou menos no caso é a letra B. Nessa letra as Variações Ativas foram maiores que as Variações Passivas. Meio sem pé nem cabeça, né? Letra B.

17. (Analista Administrativo/ANA 2009) Assinale a opção verdadeira em relação ao Balanço Patrimonial de uma entidade pública federal de um exercício qualquer.

a) O aumento do Imobilizado em relação ao exercício anterior sem que tenha havido despesa de capital no exercício autoriza afirmar que a entidade recebeu transferência de bens ou estes foram reavaliados no exercício. b) A redução do Patrimônio Líquido em relação ao exercício anterior implica dizer que o resultado apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP foi superavitário. c) O aumento do Superávit Financeiro implica dizer que os restos a pagar inscritos no exercício foram menores que os do exercício anterior. d) A redução do ativo total em relação ao exercício anterior demonstra que houve redução no total da execução do orçamento no exercício. e) O aumento de estoque de material de consumo em relação ao exercício anterior demonstra que houve aumento da despesa com a aquisição de bens de consumo no exercício. Comentários: A letra A está correta. Se houve aumento do imobilizado e eu não comprei nada, de duas uma: os bens foram reavaliados para mais ou recebi bens em doação. A letra B está incorreta. Se o PL diminuiu quer dizer que o resultado patrimonial apurado na DVP foi deficitário, visto que este resultado é incorporado ao PL ou Saldo Patrimonial.

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A letra C está incorreta. Com os dados fornecidos pela alternativa não dá pra saber. A letra D está incorreta. Não necessariamente. Pode ter ocorrido baixa de bens, por exemplo, fato que independe da execução do orçamento. A letra E está incorreta. Posso ter recebido em doação. Letra A.

18. (Analista Administrativo/ANA 2009) Com base no modelo utilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, assinale a opção verdadeira em relação ao Balanço Financeiro de uma entidade qualquer da Administração Federal.

a) Depósitos de terceiros integram os ingressos orçamentários. b) As disponibilidades para o exercício seguinte, quando existirem, são demonstradas juntamente com os ingressos. c) Os dispêndios orçamentários são demonstrados obedecendo à classificação econômica da despesa. d) Os ingressos independentes da execução orçamentária somente figuram nessa demonstração se há previsão de devolução no exercício subseqüente. e) Os valores a transferir, em razão da inscrição de restos a pagar não processados, são evidenciados em rubricas próprias. Comentários: A letra A está incorreta. Os depósitos de terceiros integram os ingressos extra-orçamentários. A letra B está incorreta. As disponibilidades que passam para o exercício seguinte são demonstradas ao lado dos dispêndios. A letra C está correta. Pelo método da STN, tanto a despesa quanto a receita são demonstradas de acordo com sua categoria econômica. Tradicionalmente, as receitas são demonstradas por sua categoria econômica e as despesas por funções: saúde, transporte, etc. A letra D está incorreta. Não tem nada disso. Os ingressos podem ser devolvidos no mesmo exercício. A letra E está incorreta. Os valores a transferir são evidenciados devido a uma exigência de padronização da STN, com o uso do SIAFI. Letra C.

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19. (APOFP/SEFAZ – SP 2009) Segundo a Lei n. 4.320/64, uma das principais

características do Ativo Permanente é: a) a mobilização ou alienação depende de autorização legislativa. b) a durabilidade é superior a um ano. c) a existência, no patrimônio da unidade, depende da realização de despesa de capital. d) o bem se destina ao uso público. e) a classificação contábil está no grupo Imobilizado. Comentários:

Ativo Financeiro Créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

Ativo Permanente

Bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

Passivo Financeiro Dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária.

Passivo Permanente

Dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

Letra A.

20. (APOFP/SEFAZ – SP 2009 – Adaptada) Tendo como base o modelo e a estrutura do Balanço Orçamentário previsto na lei 4.320/64, assinale a opção verdadeira.

a) As despesas fixadas e executadas são demonstradas de forma detalhada por categoria econômica. b) A receita realizada pode exceder a prevista, resultando, dessa maneira, em uma diferença negativa entre ambas. c) O déficit de capital se observa em razão da insuficiência de arrecadação em relação à previsão. d) Se o montante das despesas fixadas superar as executadas há excesso de despesa. e) A evidenciação dos créditos especiais e extraordinários abertos e reabertos não

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ocorre em razão da despesa ser evidenciada por categoria econômica. Comentários: As letras A e E estão incorretas. Tradicionalmente, as despesas são demonstradas por tipo de crédito (iniciais/suplementares, especiais e extraordinários), o que tornou as alternativas erradas. Entretanto, segundo o MCASP, o BO deve evidenciar as receitas e as despesas orçamentárias por categoria econômica, confrontar o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrar o resultado orçamentário e discriminar: (a) as receitas por fonte (espécie); e (b) as despesas por grupo de natureza. A letra B está correta. Quando a receita realizada ultrapassa a prevista, a diferença é computada negativamente, conforme modelo abaixo.

Receitas Previstas Realizadas Diferença Despesas Fixadas Realizadas Diferença

Correntes 1.000 1.200 (200) Créditos Iniciais e Suplementares

Correntes 1.000 900 100 Capital 800 800 0

Capital 800 700 100 Créditos Especiais

Correntes --- --- --- Capital --- --- ---

Soma 1.800 1.900 (100) Soma 1.800 1.700 100 Déficit

Corrente --- --- --- Superávit Corrente --- 300 (300)

Déficit de Capital

--- 100 (100) Superávit de Capital

--- --- ---

Total 1.800 2.000 (200) Total 1.800 2.000 (200)

A letra C está incorreta. O déficit de capital ocorre quando a despesa de capital supera a receita de capital. A letra D está incorreta. Nesse caso há economia de despesa. Letra B.

21. (APOFP/SEFAZ – SP 2009 – Adaptada) Tendo como base o modelo de Balanço Patrimonial adotado pelo Governo Federal, assinale a opção que indica a conta que compreende os créditos e valores realizáveis independente da autorização orçamentária e os valores numerários.

a) Ativo Permanente. b) Passivo Financeiro. c) Ativo Compensado. d) Passivo Permanente. e) Ativo Financeiro.

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Comentários:

Ativo Financeiro Créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

Ativo Permanente

Bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

Passivo Financeiro Dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária.

Passivo Permanente

Dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

Letra E.

22. (APOFP/SEFAZ – SP 2009 – Adaptada) Tendo como base o modelo e a estrutura da Demonstração das Variações Patrimoniais DVP adotada pelo Governo Federal, assinale a opção verdadeira.

a) Ainda que a permanência seja transitória nos cofres públicos, os depósitos de terceiros são classificados como receita orçamentária e assim são demonstrados. b) As variações ativas totais são compostas pela receita orçamentária e extra-orçamentária. c) Saldos financeiros do exercício anterior integram as variações ativas independentes da execução orçamentária. d) Se o resultado patrimonial apurado for déficit econômico, este é lançado do lado das Variações Ativas. e) As despesas resultantes da execução orçamentária são lançadas obedecendo à classificação funcional. Comentários: A letra A está incorreta. Os valores de terceiros são classificados como ingressos/dispêndios extra-orçamentários, não como receitas orçamentárias. Além do mais, eles não são evidenciados na DVP, mas sim no BF . A letra B está incorreta. A VA total é composta das VA resultantes da execução orçamentária e as VA independentes da execução orçamentária. A letra C está incorreta. Não há esta previsão. Os saldos financeiros que vêm do

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exercício anterior são demonstrados no Balanço Financeiro. A letra D está correta. Se o resultado for déficit ele vai ser lançado do lado das VA. Se for superávit, vai ser lançado ao lado das VP. Isso é para compensar a diferença e demonstrar valores totais iguais. A letra E está incorreta. A classificação funcional da despesa é demonstrada no Balanço Financeiro. Letra D.

23. (APOFP/SEFAZ – SP 2009 – Adaptada) Tomando como base o modelo e a estrutura do Balanço Financeiro utilizado pelo Governo Federal, é correto afirmar:

a) as disponibilidades financeiras para o exercício seguinte são evidenciadas juntamente com as despesas e são detalhadas por categoria econômica. b) os depósitos de terceiros são evidenciados nas despesas orçamentárias. c) os restos a pagar não processados liquidados no exercício figuram do lado das receitas para compensar os valores não pagos. d) o confronto entre as receitas e as despesas evidencia o superávit financeiro do exercício. e) as despesas orçamentárias são evidenciadas por função, enquanto a receita é evidenciada por categoria econômica. Comentários: A letra A está incorreta. As disponibilidades financeiras para o exercício seguinte são demonstradas ao lado dos dispêndios e não há esta previsão de detalhá-los por categoria econômica. A letra B está incorreta. Os depósitos de terceiros são evidenciados, no seu ingresso, nos ingressos extra-orçamentários e no seu desembolso nos dispêndios extra-orçamentários. A letra C está incorreta. Os RP são demonstrados também nos ingressos extra-orçamentários para compensar sua inclusão nas despesas orçamentárias. A letra D está incorreta. O Superávit Financeiro é a diferença positiva entre o Ativo e o Passivo Financeiro do BP. A letra E está correta. A receita é evidenciada por categoria econômica e a despesa por função. Letra E.

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24. (AFC/CGU 2008) Considere os seguintes dados de receitas e despesas

constantes da proposta orçamentária de um determinado ente da federação (valores em mil):

Com base nos dados apresentados, marque a opção correta. a) A proposta respeita o princípio orçamentário do equilíbrio, mas apresenta um déficit no orçamento corrente. b) O ente ainda poderá incorporar na proposta orçamentária novas operações de crédito com a finalidade de realizar despesas correntes, até o montante de 5.000, sem desrespeitar a regra de ouro estabelecida na Constituição Federal. c) O superávit do orçamento de capital foi de 1.600. d) A aprovação de crédito suplementar no montante de 10.000 para pagamento de juros referente ao refinanciamento da dívida, tendo como fonte de recursos receitas de operações de crédito, precisará de aprovação do legislativo por maioria simples. e) O ente poderá destinar a totalidade ou parte da Receita de Alienação de Bens para pagamento de juros da dívida.

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Comentários: Receitas Correntes = Serviços + Juros + Tributárias + Contribuições + Dívida Ativa = 2.000 + 2.300 + 15.300 + 12.500 + 2.000 = 34.100. Receitas de Capital = Alienação + Operação Crédito = 3.400 + 15.500 + 20.000 = 38.900. Receitas Totais = 73.000. Despesas Correntes = Pessoal + Juros + Outras = 21.000 + 2.500 + 9.000 = 32.500. Despesas de Capital = Inversão + Investimento + Amortização = 13.000 + 7.500 + 20.000 = 40.500. Despesas Totais = 73.000. A letra A está incorreta. O orçamento corrente apresenta superávit de 1.600 (34.100 – 32.500). A letra B está correta. Regra de Ouro = operações de crédito não podem ser maiores que as despesas de capital. Operações de Crédito = 35.500. Despesa de Capital = 40.500. O ente então pode contratar 5.000 de Operações de Crédito sem extrapolar a Regra de Ouro. A letra C está incorreta. O orçamento de capital apresentou déficit de 1.600 (38.900 – 40.500). A letra D está incorreta. Vimos que o ente pode contratar operações de crédito até 5.000. Caso necessite ultrapassar este limite a CF/88 permite apenas mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. A letra E está incorreta. Artigo 44 da LRF → é vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. Letra B.

25. (AFC/CGU 2008) Ao longo da existência de uma entidade, vários fatos podem acontecer e que refletem no patrimônio desta de forma positiva ou negativa. Em relação aos fatos contábeis e suas respectivas variações no patrimônio, julgue os itens que se seguem e marque a opção incorreta.

a) A Insubsistência Passiva acontece quando algo que deixou de existir provocou efeito negativo no patrimônio da entidade.

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b) Quando ocorre uma Superveniência Passiva, a Situação Líquida diminui. c) As Superveniências provocam sempre um aumento do passivo ou do ativo. d) O desaparecimento de um bem é um exemplo de Insubsistência do Passivo. e) Toda Insubsistência do Passivo é uma Insubsistência Ativa. Comentários:

� Superveniência Ativa = Superveniência do Ativo = aumento do ativo.

� Insubsistência Ativa = Insubsistência do Passivo = diminuição do passivo.

� Superveniência Passiva = Superveniência do Passivo = aumento do passivo.

� Insubsistência Passiva = Insubsistência do Ativo = diminuição do ativo.

Vamos dar uma olhada num quadro resumo sobre as Variações Patrimoniais:

Variações Patrimoniais Típicas Receita Orçamentária Capital e Corrente

Orçamentário

Despesa Orçamentária Capital e Corrente

Mutação Ativa Mutação da Despesa não-efetiva

Mutação Passiva Mutação da Receita não-efetiva

Interferência Ativa Orçamentária Recebimento de cota, repasse e sub-repasse

Interferência Passiva Orçamentária Concessão de cota, repasse e sub-repasse

Interferência Ativa Extra-Orçamentária

Transferência de bens recebidos de outros órgãos públicos

Extra-orçamentário

Interferência Passiva Extra-Orçamentária

Transferência de bens a outros órgãos públicos

Acréscimo Patrimonial Recebimento de doações bens

Decréscimo Patrimonial Doação de bens Letra D.

26. (AFC/CGU 2008) Sobre o Balanço Orçamentário de uma entidade pública federal que apresenta déficit de capital, é correto afirmar:

a) as despesas correntes foram superiores às despesas de capital. b) as aplicações de recursos em despesa de capital foram superiores ao montante

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arrecadado de receitas de capital. c) as receitas previstas foram superiores às arrecadadas. d) as despesas de capital foram superiores às despesas correntes. e) as receitas de capital arrecadadas foram inferiores às previstas. Comentários:

Receita Arrecadada Corrente > Despesa Liquidada Corrente = Superávit Corrente

Receita Arrecadada Corrente < Despesa Liquidada Corrente = Déficit Corrente

Receita Arrecadada de Capital > Despesa Liquidada de Capital = Superávit de Capital

Receita Arrecadada de Capital < Despesa Liquidada de Capital = Déficit de Capital

Receita Arrecadada > Despesa Liquidada = Superávit Orçamentário

Receita Arrecadada < Despesa Liquidada = Déficit Orçamentário

Letra B.

27. (AFC/CGU 2008) A respeito de uma Demonstração das Variações Patrimoniais que apresentou resultado do exercício positivo é correto afirmar:

a) as variações ativas decorrentes da execução orçamentária necessariamente superaram as variações passivas decorrentes da execução orçamentária. b) a receita orçamentária, obrigatoriamente, foi maior do que a despesa orçamentária. c) as variações extra-orçamentárias apresentaram, necessariamente, resultado positivo. d) as variações ativas decorrentes da execução orçamentária, somadas às decorrentes da execução extra-orçamentária, foram maiores que as variações passivas totais. e) as despesas correntes, necessariamente, foram menores do que as receitas correntes. Comentários:

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Variações Ativas > Variações Passivas = Superávit Patrimonial

Variações Ativas < Variações Passivas = Déficit Patrimonial

As Variações Ativas e Passivas são divididas em Orçamentárias e Extra-Orçamentárias. Letra D.

28. (AFC/STN 2008 – adaptada) A respeito das variações patrimoniais, na contabilidade aplicada ao setor público, é correto afirmar, exceto:

a) as mutações, tanto ativas quanto passivas, são variações patrimoniais que decorrem de fatos contábeis permutativos. b) os acréscimos patrimoniais, também conhecidos como superveniências ativas, decorrem de fatos extra-orçamentários. c) a aquisição de bens móveis, para uso próprio, provoca mutações passivas no patrimônio da entidade pública. d) as baixas de bens patrimoniais, doados a terceiros não integrantes da administração pública federal, constituem-se em insubsistência ativa. e) as despesas com aquisição de material de consumo, para estoque no almoxarifado, provocam mutação ativa. Comentários: A letra A está correta. As mutações patrimoniais servem para anular o efeito na situação líquida patrimonial da contabilização das receitas e despesas não-efetivas e demonstrar as alterações patrimoniais decorrentes da execução orçamentária da receita e da despesa. São fatos permutativos. A letra B está correta. Os acréscimos patrimoniais são fatos de origem extra-orçamentária que afetam positivamente a situação líquida patrimonial. Podem ser considerados superveniências ativas.

� Superveniência Ativa = Superveniência do Ativo = aumento do ativo.

� Insubsistência Ativa = Insubsistência do Passivo = diminuição do passivo.

� Superveniência Passiva = Superveniência do Passivo = aumento do passivo.

� Insubsistência Passiva = Insubsistência do Ativo = diminuição do ativo.

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A letra C está incorreta. A aquisição de bens é uma despesa de capital e provoca uma mutação ativa na contabilização. Mutação ativa = mutação da despesa. Mutação passiva = mutação da receita. A letra D está correta, mas não concordo com o gabarito. A doação de bens afeta negativamente o resultado patrimonial. São baixas no ativo = insubsistências passivas. Este é o entendimento da CFC e da STN. Não tem nem o que discutir. A banca considerou que baixa no ativo = insubsistência ativa. A letra E está correta. A aquisição de material de consumo para estoque é uma receita corrente não-efetiva. Segue quadro resumo com as Variações Patrimoniais. Letra C (gabarito oficial).

29. (APO/MPOG 2008) Ao final do exercício, uma determinada entidade

integrante do orçamento fiscal e da seguridade social apresentou balancete com os seguintes dados referentes à execução orçamentária (valores em mil):

Analisando as informações, indique a opção correta em relação ao Balanço Orçamentário da entidade. a) Houve superávit de capital. b) O superávit corrente foi de 850. c) Houve superávit orçamentário de 300. d) As receitas correntes e de capital apresentaram excesso de arrecadação.

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e) Houve economia de despesas de capital de 400. Comentários: A letra A está incorreta. Receitas de Capital = Operações de Crédito = 700. Despesas de Capital = Inversão + Amortização = 750 + 550 = 1.300. Resultado de Capital = 700 – 1.300 = - 600 (déficit) A letra B está incorreta. Receitas Correntes = Serviços + Juros = 1.700 + 450 = 2.150 Despesas Correntes = Pessoal + Juros = 850 + 400 = 1.250 Resultado Corrente = 2.150 – 1.250 = 900. A letra C está correta. Receitas Arrecadadas = 700 + 2.150 = 2.850 Despesas Realizadas = 1.300 + 1.250 = 2.550 Resultado Orçamentário = 2.850 – 2.550 = 300. Percebam que é a soma dos resultados corrente e de capital. A letra D está incorreta. Somente as receitas de capital apresentaram excesso de arrecadação de 500 para 700. As receitas correntes foram previstas em 2.500 e arrecadadas em 2.150. Houve insuficiência de arrecadação nas receitas correntes. A letra E está incorreta. Foram fixadas 1.600 em despesas de capital e executadas 1.300. Logo, a economia de despesas foi de 300. Letra C.

30. (Auditor/TCE GO 2007) A Constituição traz no seu texto limitações à

autorização para realização de operações de crédito. Identifique a opção correta considerando a “Regra de Ouro” prevista na Constituição.

a) A regra existe para evitar a utilização de receitas de alienação de bens em despesas correntes, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. b) O objetivo da regra é evitar que o ente público (União, Estados e Municípios) se endivide com a finalidade de atender despesas com pessoal e juros da dívida. c) A partir dessa regra, a realização de operações de crédito em cada exercício fica limitada ao somatório das despesas de Investimento, Inversão Financeira e Amortização da Dívida.

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d) Por causa dessa regra, o governo não pode utilizar recursos de operação de crédito para fazer despesa corrente. e) A regra impede o comprometimento de receitas correntes com o pagamento de amortização da dívida pública. Comentários: Conforme o caput do artigo 3º da Lei nº 4.320/1964, a Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Assim, o equilíbrio orçamentário pode ser obtido por meio de operações de crédito. Entretanto, conforme estabelece o artigo 167, III, da Constituição Federal é vedada a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, dispositivo conhecido como “regra de ouro”. De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu endividamento vinculado à realização de investimentos e não à manutenção da máquina administrativa e demais serviços. Como as despesas de capital são os investimentos, inversões financeiras e amortização de empréstimos a resposta é a letra C. Letra C.

31. (Auditor/TCE GO 2007) Para análise do Balanço Patrimonial de um

determinado ente, foram disponibilizados os seguintes dados: Saldo Patrimonial Positivo ...................... 3.000 Passivo Compensado ............................. 3.000 Total Geral do Ativo .............................. 15.000 Com base nos dados acima e considerando que o valor do Ativo Permanente é maior do que o Passivo Permanente em 2.500, pode-se afirmar que o superávit financeiro apurado é de: a) 500. b) 5.000. c) 3.000. d) 9.000. e) zero (Não houve). Comentários: O Superávit Financeiro é a diferença positiva entre o Ativo Financeiro e Passivo Financeiro apurado no Balanço Patrimonial.

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O Saldo Patrimonial é a diferença entre o Ativo Real e o Passivo Real. O Ativo real é a soma entre o AF e o AP. Passivo Real é a soma entre o PF e o PP. AR – PR = 3.000. AF + AP – PF – PP = 3.000. AF – PF + AP – PP = 3.000 SF + 2.500 = 3.000 SF = 500. Letra A.

32. (Auditor/TCE GO 2007) Ao final do exercício, uma determinada entidade de direito público, que realiza o controle das disponibilidades de caixa segregando os recursos de acordo com a destinação, apresentou os seguintes dados referentes à execução orçamentária e financeira (valores em mil):

Considere ainda que, para fins de elaboração do Balanço Orçamentário, será considerada despesa realizada:

• a despesa em que já se tenha verificado o direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios do respectivo crédito, acrescida dos restos a pagar não-processados inscritos ao final do exercício.

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Analisando as informações, indique a opção correta em relação ao Balanço Orçamentário da entidade. a) O superávit orçamentário foi de 700. b) A entidade apresentou déficit corrente. c) O excesso de arrecadação, originário da receita de alienação bens, no montante de 100, não poderá ser utilizado como fonte de recursos para a abertura de crédito adicional no exercício seguinte, com a finalidade de pagamento de juros da dívida. d) O montante inscrito em restos a pagar processado soma 200. e) Será inscrito em restos a pagar o valor de 250. Comentários: O enunciado já deu a dica de quando a despesa é considerada realizada. Vocês podem perceber que se trata da despesa liquidada acrescida dos RP não-processados. A letra A está incorreta. O superávit orçamentário é calculado através da diferença entre as receitas e despesas realizadas. A receita realizada é aquela que foi arrecadada e a despesa é aquela que já foi liquidada mais os RP não-processados, conforme informado na questão.

Receita Arrecadada > Despesa Liquidada = Superávit Orçamentário

Receita Arrecadada < Despesa Liquidada = Déficit Orçamentário

RR = Serviços + Alienação de Bens + Juros = 1.300 + 500 + 350 = 2.150 DR = Pessoal + Inversão + Juros + Investimentos = 600 + 100 + 200 + 200 = 1.100 Superávit = 2.150 – 1.100 = 1.150 A letra B está incorreta. O resultado do orçamento corrente é calculado pela diferença entre as receitas e despesas correntes.

Receita Arrecadada Corrente > Despesa Liquidada Corrente = Superávit Corrente

Receita Arrecadada Corrente < Despesa Liquidada Corrente = Déficit Corrente

Receitas Correntes = Serviços + Juros = 1.300 + 350 = 1.650 Despesas Correntes = Pessoal + Juros = 600 + 200 = 800

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Superávit Corrente = 1.650 – 800 = 850 A letra C está correta. O excesso de arrecadação é a diferença positiva entre a receita realizada e prevista. No caso, a diferença positiva é 100 (500 – 400). Este valor pode ser empregado na abertura de créditos adicionais, mas como se trata de alienação de bens a LRF traz a seguinte restrição no seu artigo 44: “é vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos”. Juros da dívida é uma despesa corrente. A letra D está incorreta. RP são as despesas empenhadas e não pagas em 31/12. Podem ser processados e não-processados se a despesa for ou não liquidada, respectivamente. Total das despesas empenhadas = 600 + 150 +250 + 350 = 1.350 Total das despesas pagas = 600 + 80 + 200 +150 = 1030 RP = 1.350 – 1030 = 320 Total das despesas liquidadas = 600 + 100 + 200 + 200 = 1.100 RP processados = 1.100 – 1030 = 70 RP não-processados = 320 – 70 = 250 A letra E está incorreta. O valor inscrito em RP é 320. Letra C.

33. (Auditor/TCE GO 2007) Durante determinado exercício financeiro, um ente público realizou as seguintes operações (em reais mil):

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Com base nas informações, pode-se afirmar que o resultado econômico correspondeu a um: a) déficit de 300. b) déficit de 8.300. c) superávit de 300. d) superávit de 8.300. e) superávit de 7.700. Comentários: Vou fazer utilizando dois métodos. O primeiro é a montagem da DVP: 1 – Alienação de Bens – 1.100 2 – Arrecadação de Tributos – 3.300 3 – Operação de Crédito Externa – 700 4 – Recebimento de cobrança da dívida ativa – 1.500 5 – Liquidação de Despesas com Pessoal – 900 6 – Aquisição de bens imóveis – 500 7 – Despesa com Amortização de Dívidas – 600 8 – Inscrição da Dívida Ativa – 300 9 – Empréstimos concedidos – 400 Não afeta – Recebimento de depósito de terceiros – 8.000 10 – Incorporação de computadores doados – 9.000 11 – Baixa de bens móveis por ocorrência de incêndio – 2.000 Inscrição em restos a pagar:

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Não-afeta – Processados (Pessoal) – 600 12 - Não-Processados (Despesas Serviços) – 1.400 Não-afeta – Pagamento RP inscrito no exercício anterior – 1.500

Variações Ativas Variações Passivas

Orçamentárias 8.100 Orçamentárias 5.700 Receitas Receitas Correntes (2) Arrecadação Tributos (4) Recebimento DA Receitas de Capital (1) Alienação de bens (3) Op Crédito Externa

6.600 4.800 3.300 1.500 1.800 1.100 700

Despesas Despesas Correntes (5) Pessoal Despesas de Capital (6) Bens Imóveis (7) Amortização Dívida (9) Empréstimos Conc.

2.400 900 900 1.500 500 600 400

Mutações Ativas (6) Bens Imóveis (7) Amortização Dívida (9) Empréstimos Conc.

1.500 500 600 400

Mutações passivas (1) Alienação de bens (3) Op Crédito Externa (4) Recebimento DA

3.300 1.100 700 1.500

Interferências AO 0 Interferências PO

0

Extra-Orçamentárias 9.300 Extra-Orçamentárias 3.400 (8) Inscrição DA 300 (12) RP não-proces. 1.400 Acréscimos Patrim. (10) Comput. Doados

9.000 9.000

Decréscimos Patrim. (11) Baixa bens

2.000 2.000

Interferências AEO 0 Interferências PEO 0 Soma das VA 17.400 Soma das VP 9.100 Déficit Superávit 8.300 Total 17.400 Total 17.400

O registro do recebimento de depósitos de terceiros afeta o ativo financeiro e o passivo financeiro. É mero fato permutativo. Os RP processados são demonstrados por evidenciação, pois são despesas que já foram liquidadas e, portanto, estão contidas nas despesas orçamentárias. O pagamento de RP é mero fato permutativo que afeta o sistema financeiro do ente. O outro método é mais fácil. É só indicar na frente das contas o que afeta ou não afeta a situação líquida do ente. As despesas e receitas não-efetivas não afetam a situação líquida, pois há o registro de uma mutação concomitante ao registro da receita ou despesa. O recebimento da Dívida Ativa é fato permutativo, pois o aumento da situação líquida já ocorreu por ocasião da inscrição. Alienação de Bens – 1.100 – Não afeta. Arrecadação de Tributos – 3.300 – Afeta positivamente. Operação de Crédito Externa – 700 – Não afeta. Recebimento de cobrança da dívida ativa – 1.500 – Não afeta. Liquidação de Despesas com Pessoal – 900 – Afeta negativamente.

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Aquisição de bens imóveis – 500 – Não afeta. Despesa com Amortização de Dívidas – 600 – Não afeta. Inscrição da Dívida Ativa – 300 – Afeta positivamente. Empréstimos concedidos – 400 – Não afeta. Recebimento de depósito de terceiros – 8.000 – Não afeta. Incorporação de computadores doados – 9.000 – Afeta positivamente. Baixa de bens móveis por ocorrência de incêndio – 2.000 – Afeta negativamente. Inscrição em restos a pagar:

Processados (Pessoal) – 600 – Não afeta. Não-Processados (Despesas Serviços) – 1.400 – Afeta

Negativamente. Pagamento RP inscrito no exercício anterior – 1.500 – Não afeta.

Agora é só subtrairmos o vermelho do azul: Resultado = 3.300 + 300 + 9.000 – (900 + 2.000 + 1.400) = 8.300 (Superávit). Aconselho a você fazer o segundo, se a questão cobrar apenas o resultado do exercício. Letra D.

34. (Auditor/TCE GO 2007) Considere os seguintes saldos extraídos do balanço financeiro de uma determinada entidade de direito público, em 20X1:

Considerando as informações acima, é incorreto afirmar: a) que o resultado financeiro de natureza extra-orçamentária foi positivo de 125. b) que o resultado financeiro do período foi positivo de 175. c) que o resultado financeiro de natureza orçamentária foi positivo de 50. d) que, no passivo financeiro do balanço patrimonial de 20X1, havia dívida de, no

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mínimo, 240. e) que o montante dos pagamentos efetivamente do período foi de 280. Comentários: Vamos montar o Balanço Financeiro:

INGRESSOS DISPÊNDIOS Receita Orçamentária 310 Despesa Orçamentária 260 Receitas Correntes Impostos Aluguéis Receitas de Capital

310 190 120 0

Despesas Correntes Despesas de Capital Investimentos

160 100 100

Ingressos EO 193 Dispêndios EO 68 Restos a pagar inscritos Depósitos e Cauções Tributos Retidos a Recolher

95 13 85

Restos a pagar pagos 68

Saldo Anterior 110 Saldo Seguinte 285 Os depósitos e cauções aumentaram de 13 no exercício atual, pois foram de 47 para 60. A letra A está correta. O resultado extra-orçamentário foi de 125 (193 – 68). A letra B está correta. Há duas maneiras de se calcular o resultado financeiro:

i. Ingressos – Dispêndios.

ii. Saldo que passa para o exercício seguinte – saldo do exercício anterior. Resultado Financeiro = 285 – 110 = 175. A letra C está correta. O resultado orçamentário foi de 50 (310 – 260). A letra D está correta. Se somarmos: RP inscritos + saldo depósitos e cauções + tributos retidos a recolher = 240. Isto representa também as contrapartidas do passivo financeiro. Logo, o saldo do passivo financeiro é de, no mínimo, 240. A letra E está incorreta. O montante dos pagamentos foi de 175. Letra E.

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35. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) Assinale a opção que indica um dado que não pode ser obtido do Balanço Orçamentário.

a) O superávit financeiro, se houver. b) A previsão de arrecadação de receitas correntes. c) O superávit corrente, se houver. d) O déficit de capital, se houver. e) O montante de receita corrente arrecadada. Comentários: O SF é apurado pela diferença entre ativo financeiro e passivo financeiro no Balanço Patrimonial. Letra A.

36. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) Sobre uma Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP em que se observa a ocorrência de superávit do exercício é correto afirmar:

a) o montante das receitas orçamentárias foi maior do que as despesas orçamentárias. b) as despesas correntes foram necessariamente menores do que as receitas correntes. c) as variações ativas totais foram maiores do que as variações passivas totais. d) as mutações ativas obrigatoriamente superaram as despesas de capital. e) a ocorrência de superávit implica a não-existência de receitas de capital. Comentários: Quando há superávit patrimonial, as variações ativas foram maiores que as passivas. Letra C.

37. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) Assinale a opção que indica um dado que pode ser obtido do Balanço Financeiro.

a) O montante dos Restos a Pagar inscritos no exercício. b) O total da incorporação de bens em razão das despesas de capital.

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c) O montante das Antecipações de Receitas Orçamentárias ocorridas no exercício. d) O total de cancelamento de empenhos do exercício. e) O montante da dívida fundada. Comentários: Tanto os RP Inscritos quanto os RP Pagos são demonstrados no BF. Letra A.

38. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006 – Adaptada) Sobre o Balanço Patrimonial, na forma publicada pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, é correto afirmar, exceto:

a) o Ativo Real é composto pelo Ativo Financeiro e pelo Ativo Não Financeiro. b) O Ativo Não Financeiro compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. c) Operações de Crédito é uma rubrica do Passivo Não Financeiro. d) no Ativo Compensado são demonstrados os montantes dos créditos consignados em lei. e) a diferença entre Ativo Financeiro e Passivo Financeiro demonstra a disponibilidade de recursos que podem ser utilizados na abertura de créditos adicionais. Comentários:

Ativo Passivo Ativo Financeiro 300 Passivo Financeiro 200 Ativo Permanente 200 Passivo Permanente 100 Ativo Real 500 Passivo Real 300 Passivo Real a Descoberto

Ativo Real Líquido 200

Ativo Compensado 50 Passivo Compensado 50 Total 550 Total 550

O Balanço Patrimonial é estático, pois apresenta a posição patrimonial em determinado momento, funcionando como uma “fotografia” do patrimônio da entidade para aquele momento. O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

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O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

Ativo Financeiro + Ativo Permanente = Ativo Real Passivo Financeiro + Passivo Permanente = Passivo Real Ativo Real > Passivo Real = Ativo Real Líquido Ativo Real < Passivo Real = Passivo Real a Descoberto Ativo Real – Passivo Real = Patrimônio Líquido (metodologia STN)

Com a utilização do SIAFI, a STN adotou os seguintes termos:

� Ativo Permanente = Ativo Não Financeiro. � Passivo Permanente = Passivo Não Financeiro. � PRD ou ARL = PL.

O Ativo Compensado é sempre igual ao Passivo Compensado e não afeta a apuração do Saldo Patrimonial. O Superávit Financeiro também é apurado no BP e constitui fonte de recurso para abertura de crédito adicional.

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Ativo Financeiro > Passivo Financeiro = Superávit Financeiro

Letra D.

39. (AFC/CGU 2006) Assinale a opção falsa em relação às variações patrimoniais passivas.

a) A despesa orçamentária integra as variações passivas. b) A contrapartida de uma baixa do ativo que se tornou inservível é uma conta de variações passivas. c) Mutações integram as variações passivas e se referem aos lançamentos permutativos. d) Integram as variações passivas a conta de contrapartida do passivo em razão do registro de depósito de terceiros. e) O registro da doação de um bem imóvel afeta as variações passivas na entidade doadora. Comentários: As letras A e C estão corretas. Só olharmos a DVP que matamos essa.

Variações Ativas Variações Passivas Resultantes da Execução

Orçamentária Resultantes da Execução

Orçamentária Receitas Orçamentárias Despesas Orçamentárias

Interferências Ativas Interferências Passivas Mutações Ativas Mutações Passivas

Independentes da Execução Orçamentária

Independentes da Execução Orçamentária

Interferências Ativas Interferências Passivas Acréscimos Patrimoniais Decréscimos Patrimoniais Soma das VA Soma da VP Déficit Superávit Total Total

As mutações se referem a fatos permutativos decorrentes dos lançamentos da despesa e receita não-efetivas. A letra B está correta. A baixa de um ativo é um decréscimo patrimonial, que é uma espécie do gênero Variações Passivas. A letra D está incorreta. Depósitos de terceiros são fatos permutativos que não afetam a apuração do resultado patrimonial. São registrados no ativo e no passivo da entidade.

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A letra E está correta. A doação de um bem é um decréscimo patrimonial e afeta o resultado patrimonial da entidade negativamente. Letra D.

40. (AFC/CGU 2006) Em relação aos registros contábeis, a transferência de um bem móvel entre unidades gestoras do mesmo órgão provoca:

a) interferência ativa extra-orçamentária na unidade destinatária do bem. b) mutação ativa na unidade destinatária e mutação passiva na unidade transferidora. c) acréscimo patrimonial na unidade destinatária e decréscimo patrimonial na unidade transferidora. d) despesa orçamentária na unidade transferidora e receita orçamentária na receptora. e) não é necessário realizar lançamentos contábeis uma vez que as unidades gestoras pertencem ao mesmo órgão. Comentários:

Variações Patrimoniais Típicas Receita Orçamentária Capital e Corrente

Orçamentário

Despesa Orçamentária Capital e Corrente

Mutação Ativa Mutação da Despesa não-efetiva

Mutação Passiva Mutação da Receita não-efetiva

Interferência Ativa Orçamentária Recebimento de cota, repasse e sub-repasse

Interferência Passiva Orçamentária Concessão de cota, repasse e sub-repasse

Interferência Ativa Extra-Orçamentária

Transferência de bens recebidos de outros órgãos públicos

Extra-orçamentário

Interferência Passiva Extra-Orçamentária

Transferência de bens a outros órgãos públicos

Acréscimo Patrimonial Recebimento de doações bens

Decréscimo Patrimonial Doação de bens Letra A.

41. (AFC/CGU 2006) Observe o Balanço Orçamentário hipotético em que faltam alguns dados e assinale a opção correta.

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a) O déficit corrente foi de 170 unidades monetárias. b) A entidade apresentou superávit total no montante de 40 unidades monetárias. c) O superávit de capital foi de 10 unidades monetárias. d) O excesso de arrecadação verificado em receitas de capital é considerado receita extra-orçamentária. e) Não houve superávit corrente que poderia ser aplicado em investimentos. Comentários: Cálculo do Resultado Orçamentário: Receitas Correntes = 530 Receitas de Capital = 200 Receitas = 730 Despesas Correntes = 200 + 290 = 490 Despesas de Capital = 200 Despesas = 690 RO = 730 – 690 = 40 (superavitário). Letra B.

42. (ACE/TCU 2006) Identifique a única opção incorreta com relação ao conteúdo de um Balanço Financeiro da Administração Pública, segundo a Lei n. 4.320/64.

a) Contém os créditos e valores realizáveis independentemente de autorizações

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orçamentárias e valores numerários. b) Contém as operações de recebimento e pagamento no período demonstrado. c) Contém os saldos do exercício anterior e os saldos para o exercício seguinte. d) Contém as operações orçamentárias de receita e despesa. e) Contém as operações de caráter financeiro que alteram o fluxo de caixa no período para o qual se elabora a demonstração. Comentários: Lei 4.320/64, artigo 103 → O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Parágrafo único → Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. Letra A.

43. (ACE/TCU 2006 – Adaptada) Assinale a única opção falsa no que tange à estrutura dos balanços públicos.

a) Ao se proceder à análise ou interpretação dos balanços públicos, há que se atentar sempre para as características intrínsecas relativas aos aspectos legais, regulamentares e técnicos. b) O balanço patrimonial é elaborado para atender e controlar as receitas e despesas de acordo com as especificações constantes da Lei do orçamento e dos créditos adicionais. c) O balanço financeiro é um quadro de contabilidade com receita e despesa, em que se distribuem entradas e saídas de numerário e se demonstram as operações de tesouraria e de dívida pública. d) Patrimônio público compreende o conjunto de bens, direitos e obrigações, avaliáveis em moeda corrente das entidades que compõem a administração pública. e) O balanço orçamentário demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Comentários: A letra A está correta. Ao se proceder a análise dos balanços, deve-se fazer uma interpretação ampla dos mesmos de acordo com os aspectos legais, contábeis,

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regulamentares e técnicos. A letra B está incorreta, pois trata do Balanço Orçamentário. A letra C está correta. O BF é um quadro que apresenta todos os ingressos e dispêndios de numerários da entidade, tanto os de natureza orçamentária quanto os de natureza extra-orçamentária. A letra D está correta. De acordo com a NBC T 16.2, patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

A letra E está correta. Perfeita a definição! Letra B.

44. (ACE/TCU 2006) De acordo com a Lei n. 4.320/64, assinale a opção que indica o correto preenchimento das lacunas:

__________ demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. __________ demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. __________ demonstrará o Ativo Financeiro, o Ativo Permanente, o Passivo Financeiro, o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação. __________ evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 1. O Balanço Financeiro. 2. O Balanço Orçamentário. 3. O Balanço Patrimonial. 4. A Demonstração das Variações Patrimoniais. a) 1 - 2 - 3 - 4 b) 2 - 1 - 4 – 3 c) 1 - 2 - 4 – 3

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d) 1 - 3 - 2 – 4 e) 2 - 1 - 3 – 4 Comentários: O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. O Balanço Patrimonial demonstrará o Ativo Financeiro, o Ativo Permanente, o Passivo Financeiro, o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. Letra E.

45. (ACE/TCU 2006) Com base nos dados seguintes, assinale a opção que representa o correto resultado orçamentário:

Receita corrente prevista: $ 60 Receita corrente realizada: $ 65 Despesa corrente prevista: $ 60 Despesa corrente realizada: $ 60 Receita de capital prevista: $ 40 Receita de capital realizada: $ 35 Despesa de capital prevista: $ 40 Despesa de capital realizada: $ 40 a) Superávit orçamentário de $ 5, que deverá constituir item da receita orçamentária. b) Superávit do orçamento de capital de $ 5, que deverá constituir item da receita orçamentária. c) Superávit do orçamento corrente de $ 5, que deverá constituir item da receita extra-orçamentária. d) Superávit do orçamento de capital de $ 5, que deverá constituir item da receita extra-orçamentária.

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e) Superávit do orçamento corrente de $ 5, que deverá constituir item da receita orçamentária. Comentários: Resultado do Orçamento Corrente = Receitas Correntes Realizadas – Despesas Correntes Realizadas = 65 – 60 = 5 (superávit). Por comando expresso na lei 4.320/64, o Superávit do Orçamento Corrente (SOC) é receita de capital e não constitui item de receita orçamentária. Letra C.

46. (AFC/STN 2005) Segundo disposição do artigo 101 da Lei nº 4.320/64, os resultados gerais do exercício serão demonstrados nos Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, bem como na Demonstração das Variações Patrimoniais. Assinale a opção falsa em relação a essas demonstrações.

a) No Balanço Patrimonial, o ativo é composto pelas rubricas Ativo Financeiro, Ativo Permanente e Ativo Compensado. b) O resultado patrimonial do exercício, apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais, leva em conta as alterações resultantes da execução orçamentária, bem como as independentes dessa. c) O confronto entre a previsão e a realização, tanto da receita como da despesa, dá-se no Balanço Orçamentário. d) No Balanço Financeiro, os restos a pagar inscritos no exercício são computados com receita orçamentária. e) A dívida fundada que dependa de autorização orçamentária para o seu pagamento integra o Passivo Permanente. Comentários: A letra A está correta. O Ativo é composto de Ativo Financeiro, Ativo Permanente e Ativo Compensado. À soma dos dois primeiros chamamos de Ativo Real. O Passivo é composto por Passivo Financeiro, Passivo Permanente e Passivo Compensado. À soma dos dois primeiros chamamos de Passivo Real. O Ativo Compensado é sempre igual ao Passivo Compensado. A estrutura básica do BP é assim:

Ativo Passivo Ativo Financeiro 300 Passivo Financeiro 200 Ativo Permanente 200 Passivo Permanente 100 Ativo Real 500 Passivo Real 300

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Passivo Real a Descoberto

Ativo Real Líquido 200

Ativo Compensado 50 Passivo Compensado 50 Total 550 Total 550

A letra B está correta. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. A letra C está correta. De acordo com a lei 4.320/64 o Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. A letra D está errada. No Balanço Financeiro, os restos a pagar inscritos no exercício são computados com ingresso extra-orçamentário, e não como receita orçamentária como diz a questão. A letra E está correta. Vejamos abaixo o que diz a lei 4.320/64: O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Letra D.

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C. Resumo da aula

Balanço orçamentário. Segue abaixo a estrutura do Balanço Orçamentário: Receitas Previstas Realizadas Diferença Despesas Fixadas Realizadas Diferença

Correntes 1.000 1.200 (200) Créditos Iniciais e Suplementares

Correntes 1.000 900 100 Capital 800 800 0

Capital 800 700 100 Créditos Especiais

Correntes --- --- --- Capital --- --- ---

Soma 1.800 1.900 (100) Soma 1.800 1.700 100 Déficit --- --- --- Superávit --- 200 (200)

Total 1.800 1.900 (100) Total 1.800 1.900 (100)

A primeira análise a ser feita é a comparação entre a receita prevista e a despesa fixada para verificarmos se o orçamento foi aprovado de maneira equilibrada ou desequilibrada:

• Receitas Previstas = Despesas Fixadas = orçamento aprovado com equilíbrio.

• Receitas Previstas > Despesas Fixadas = orçamento aprovado com desequilíbrio positivo (recursos sem despesas, fonte para crédito adicional).

• Receitas Previstas < Despesas Fixadas = orçamento aprovado com desequilíbrio negativo (órgão dependente de transferência).

Outra análise a ser feita está na diferença entre as colunas da previsão e execução da receita e a fixação e execução da despesa.

• Receitas Previstas > Receitas Executadas = insuficiência na arrecadação (nova fixação de despesa ou limitação de empenho).

• Receitas Previstas < Receitas Executadas = excesso de arrecadação (fonte de recurso para crédito adicional).

• Despesas Fixadas > Despesas Executadas = economia de despesa (não é fonte de recurso para abertura de crédito adicional).

• Despesas Fixadas < Despesas Executadas = excesso de despesa (inconsistência, pois os empenhos estão limitados aos créditos orçamentários disponíveis).

Passaremos agora para o cálculo dos resultados orçamentário, corrente e de capital:

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• Receita Arrecadada Corrente > Despesa Liquidada Corrente = Superávit Corrente

• Receita Arrecadada Corrente < Despesa Liquidada Corrente = Déficit Corrente

• Receita Arrecadada de Capital > Despesa Liquidada de Capital = Superávit de Capital

• Receita Arrecadada de Capital < Despesa Liquidada de Capital = Déficit de Capital

• Receita Arrecadada > Despesa Liquidada = Superávit Orçamentário

• Receita Arrecadada < Despesa Liquidada = Déficit Orçamentário

• Receita Arrecadada = Despesa Liquidada = Resultado Nulo. Balanço financeiro.

Segue abaixo a estrutura do Balanço Financeiro:

Ingressos Dispêndios Orçamentários 180 Orçamentários 140 Receitas Correntes 100 Saúde 80 Receitas de Capital 80 Transporte 60 Extra-orçamentários 30 Extra-orçamentários 20 Restos a pagar inscritos 20 Restos a pagar pagos 10 Cauções 10 Devolução de depósitos 10 Saldo do Exercício Anterior 50 Saldo Exercício Seguinte 100 Total 260 Total 260

O Resultado Financeiro do Exercício pode ser calculado das seguintes maneiras:

• RF = Ingressos – Dispêndios; ou • RF = Saldo que passa (ou atual) – Saldo do exercício anterior.

Se o RF for positivo é chamado de superávit, se for negativo, de déficit. Não confunda Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial com Resultado Financeiro Superavitário.

Sobre os restos a pagar memorize o seguinte:

• Restos a pagar inscritos → ingressos extraorçamentários para compensar sua inclusão nas despesas orçamentárias (§ único, art. 103, lei 4.320/64).

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• Restos a pagar pagos → dispêndios extraorçamentários. Balanço patrimonial.

A estrutura clássica do BP é a seguinte:

Ativo Passivo Ativo Financeiro 300 Passivo Financeiro 200 Ativo Permanente 200 Passivo Permanente 100 Ativo Real 500 Passivo Real 300 Passivo Real a Descoberto

--- Ativo Real Líquido 200

Ativo Compensado 50 Passivo Compensado 50 Total 550 Total 550

O Ativo é composto pelo Ativo Financeiro, Ativo Permanente e Ativo Compensado. O Passivo é composto pelo Passivo Financeiro, Passivo Permanente e Passivo Compensado.

• Ativo Financeiro + Ativo Permanente = Ativo Real

• Passivo Financeiro + Passivo Permanente = Passivo Real

• Ativo Real > Passivo Real = Ativo Real Líquido

• Ativo Real < Passivo Real = Passivo Real a Descoberto

• Ativo Real – Passivo Real = Patrimônio Líquido (metodologia STN)

O Ativo Compensado é sempre igual ao Passivo Compensado e não afetam a apuração do Saldo Patrimonial. O Superávit Financeiro também é apurado no BP e corresponde à diferença positiva entre o Ativo Financeiro e Passivo Financeiro. O SF, apurado em BP do ano anterior, é fonte de recurso para abertura de crédito adicional.

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Demonstração das variações patrimoniais.

A estrutura da DVP é a seguinte:

Variações Ativas Variações Passivas Resultantes da Execução

Orçamentária 550 Resultantes da Execução

Orçamentária 450

Receitas Orçamentárias

Correntes

Capital

300

200

100

Despesas Orçamentárias

Correntes

Capital

200

150

50 Interferências Ativas

Cota recebida

Repasse recebido

Sub-Repasse recebido

170

100

50

20

Interferências Passivas

Cota concedida

Repasse concedido

Sub-Repasse concedido

120

60

30

30 Mutações Ativas

Aquisição de bens

Empréstimos concedidos

80

50

30

Mutações Passivas

Venda de bens

Empréstimos recebidos

130

80

50 Independentes da Execução

Orçamentária 100 Independentes da Execução

Orçamentária 50

Inscrição Dívida Ativa

Cancelamento de Dívidas Passivas

20

30

Cancelamento Dívida Ativa

Encampação de Dívidas Passivas

Depreciações e provisões.

10

15

5 Interferências Ativas

Transferências de bens recebidas de outros órgãos públicos

30

30

Interferências Passivas

Transferências de bens concedidas a outros órgãos públicos

10

10

Acréscimos Patrimoniais

Doações de bens recebidas de terceiros

20

20

Decréscimos Patrimoniais

Doações de bens concedidas a terceiros

10

10

Soma das VA 650 Soma da VP 500 Déficit Superávit 150 Total 650 Total 650

� Receitas Orçamentárias → Receitas Correntes e de Capital.

� Interferência Ativa Orçamentária → quando o órgão recebe transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Ativas → mutações da despesa não efetiva.

� Interferência Ativa Extraorçamentária → quando o órgão recebe

transferência de bens de outros órgãos públicos.

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� Acréscimos Patrimoniais → aumentos no patrimônio independentes da

execução orçamentária. O caso mais cobrado é o recebimento da doação de bens de terceiros.

� Despesas Orçamentárias → Despesas Correntes e de Capital.

� Interferência Passiva Orçamentária → dessa vez o órgão efetua uma

transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Passivas → mutações da receita não efetiva.

� Decréscimos Patrimoniais → diminuições no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é a doação de bens a terceiros.

Através das DVP calculamos o Resultado Patrimonial do Exercício comparando-se as Variações Ativas com as Passivas. Se o resultado é positivo, temos um Superávit Patrimonial. Se o resultado é negativo, temos um Déficit Patrimonial.

Variações Ativas > Variações Passivas = Superávit Patrimonial

Variações Ativas < Variações Passivas = Déficit Patrimonial

Novos demonstrativos.

Aqui eu indico que você leia, como resumo da aula, a NBC T 16.6.

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D. Normas correlatas

Lei 4.320/64, artigo 101 a 105. Artigo 107 a 110.

MCASP, parte V.

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E. Questões sem os comentários 1. (ESAF/CGU 2012) Assinale a opção incorreta a respeito da estrutura,

conteúdo e forma de apresentação do Balanço Financeiro de que trata o art. 103 da Lei n. 4.320/64.

a) As destinações vinculadas não podem ser demonstradas de forma agrupadas nesta demonstração. b) O superávit ou déficit financeiro apurado nesta demonstração não se confunde com o resultado financeiro apurado no Balanço Patrimonial. c) As transferências financeiras não decorrentes da execução orçamentária também são evidenciadas nesta demonstração. d) O saldo inicial e o saldo final em espécie devem ser evidenciados no Balanço Financeiro. e) A diferença entre o somatório dos ingressos orçamentários com os extraorçamentários deduzidos dos dispêndios orçamentários e extraorçamentários constitui o resultado financeiro.

2. (ESAF/MDIC 2012) No que se refere à evidenciação das variações patrimoniais qualitativas e quantitativas na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP, é correto afirmar:

a) toda e qualquer variação patrimonial é evidenciada nesta demonstração contábil. b) as variações quantitativas de caráter extraorçamentárias não são evidenciadas. c) as variações patrimoniais diminutivas orçamentárias relacionadas às despesas correntes são evidenciadas pelos seus valores globais. d) somente as variações qualitativas decorrentes das receitas e despesas de capital são evidenciadas. e) as variações qualitativas não são evidenciadas nesta demonstração porque não implicam em mudança na situação patrimonial.

3. (ESAF/MDIC 2012) Assinale a opção que indica uma das causas para o desequilíbrio que pode ser observado entre a previsão da receita atualizada e a previsão da despesa atualizada no Balanço Orçamentário.

a) Emissão de notas de empenho em valores superiores ao montante da despesa fixada.

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b) Deficiência na arrecadação ou obtenção de recursos por parte do ente público. c) Insuficiência na estimação da receita ou excesso na fixação da despesa. d) Valores pagos em montantes maiores do que a despesa efetivamente liquidada. e) A utilização do superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior.

4. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Segundo as normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, sem prejuízo de outras formas, constituem meios efetivos de divulgação das demonstrações contábeis, exceto:

a) remessa aos órgãos de controle interno e externo, associações e conselhos representativos. b) publicação nos órgãos de imprensa de grande circulação. c) disponibilização em meios de comunicação eletrônicos de acesso público. d) disponibilização das demonstrações contábeis para acesso da sociedade em local e prazos indicados. e) publicação na imprensa oficial em qualquer uma das suas modalidades.

5. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Em razão do que determina o art. 105 da Lei n. 4.320/64, a dívida fundada integra a seguinte rubrica do Balanço Patrimonial:

a) Passivo Circulante, se o vencimento for inferior a doze meses. b) Passivo Não-Financeiro. c) Ativo Permanente. d) Patrimônio Líquido, caso o detentor da dívida seja entidade da União. e) Resultado de Exercícios Futuros.

6. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Tomando como base o balanço financeiro atualmente adotado e publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional, assinale a opção verdadeira a respeito dessa demonstração contábil.

a) O resultado apurado no balanço financeiro coincide com o superávit financeiro do balanço patrimonial, pois resulta da conjugação das entradas e saídas de recursos da entidade. b) Se o resultado apurado no exercício é um superávit, então podemos afirmar que os dispêndios foram menores que os ingressos. c) Pela comparação entre o saldo anterior e o saldo atual é possível avaliar se o

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resultado financeiro da entidade foi positivo ou negativo. d) Em razão de ser uma demonstração que apura o fluxo financeiro, na sua elaboração, é utilizado o movimento das contas e não o saldo. e) Os ingressos e dispêndios extraorçamentários somente figuram no balanço financeiro se tiverem relação com a finalidade da entidade.

7. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Tendo como base a estrutura e o conteúdo do Balanço Patrimonial atualmente adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional, bem como as normas da Lei n. 4.320/64, assinale a opção cuja rubrica não integra o ativo financeiro.

a) Aplicações financeiras. b) Créditos em circulação. c) Adiantamento de salários. d) Caixa. e) Dívida Ativa.

8. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) A respeito do

resultado orçamentário apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP e no Balanço Orçamentário, é correto afirmar:

a) diferem entre si em razão de o resultado apurado na DVP levar em conta na sua apuração as mutações ativas e passivas. b) são iguais entre si em razão da base de apuração ser a mesma. c) são diferentes, porque o saldo apurado no Balanço Orçamentário leva em conta a despesa liquidada e paga enquanto na DVP são levados em conta, além da despesa liquidada, os ingressos e dispêndios orçamentários. d) são coincidentes, quando a entidade não realiza operações independentes da execução orçamentária. e) são iguais, quando a entidade não inscreve despesas em restos a pagar no exercício nem efetuou pagamento dessa rubrica de exercícios anteriores.

9. (Analista – Planejamento e Execução Financeira/CVM 2010) Na análise do

balanço orçamentário de determinada entidade, foram constatados os seguintes dados:

Receita corrente prevista = 600 Receita corrente realizada = 400 Receita de capital prevista = 400 Receita de capital realizada = 500 Despesa corrente prevista = 450 Despesa corrente realizada = 500 Despesa de capital prevista = 550

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Despesa de capital realizada = 400 A respeito desse balanço e da entidade, é correto afirmar: a) houve déficit no orçamento de capital e superávit no orçamento corrente. b) o balanço foi elaborado prevendo a capitalização da entidade, porém, na execução ocorreu o inverso. c) a previsão demonstra que não era esperado déficit intrínseco. d) o equilíbrio geral do balanço ocorreu devido ao excesso de arrecadação corrente. e) a insuficiência de arrecadação de capital não comprometeu o equilíbrio do balanço.

10. (APO/MPOG 2010) Assinale a opção falsa a respeito das demonstrações contábeis (balanços) de que tratam os arts. 101 a 106 da Lei n. 4.320/64.

a) O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. b) As receitas orçamentárias realizadas são evidenciadas no Balanço Orçamentário e no Balanço Financeiro. c) O montante dos restos a pagar inscritos no exercício integra a despesa realizada no Balanço Orçamentário. d) A função do Balanço Financeiro é evidenciar a despesa e a receita orçamentária, bem como pagamentos e recebimentos de natureza extra-orçamentária, inclusive o recebimento de bens. e) A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as variações verificadas no patrimônio, inclusive as de natureza extra-orçamentária.

11. (Analista Técnico/SUSEP 2010) Se o resultado apurado na Demonstração

das Variações Patrimoniais de uma entidade pública da administração direta é um superávit e essa mesma unidade recebeu uma transferência de bens no exercício, então é correto afirmar:

a) as despesas correntes necessariamente foram menores que as despesas de capital e não houve transferências de bens para outra entidade. b) o superávit resultou das operações orçamentárias, pois as transferências extra-orçamentárias não afetam o resultado do exercício corrente e sim daquele em que o bem foi adquirido. c) as transferências de bens, embora extra-orçamentárias, afetaram o resultado

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apurado porque se somam às demais operações do exercício. d) a despesa orçamentária foi necessariamente menor que os ingressos orçamentários, pois houve recebimento de bens. e) a unidade não realizou despesa de capital mediante operação de crédito, nem assumiu outro tipo de passivo.

12. (Analista Técnico/SUSEP 2010) A respeito do Balanço Patrimonial e das

informações evidenciadas no modelo atualmente utilizado na esfera federal, é correto afirmar, exceto:

a) o resultado apurado no exercício é evidenciado nessa demonstração dentro do Patrimônio Líquido. b) o ativo não-financeiro evidencia o patrimônio cuja alienação necessita autorização legislativa. c) a rubrica ativo real demonstra a soma das rubricas ativo financeiro e ativo não-financeiro. d) o total da despesa orçamentária do exercício é evidenciado nesse demonstrativo em razão da obrigatoriedade de se demonstrar o Passivo Compensado. e) o passivo decorrente das operações de créditos interna e externas integram o passivo não-financeiro.

13. (Analista Técnico/SUSEP 2010) Assinale a opção falsa a respeito do objeto,

estrutura, e conteúdo do Balanço Orçamentário atualmente utilizado na esfera Federal.

a) A despesa liquidada no exercício, mesmo aquela inscrita em restos a pagar não processados, consta dessa demonstração. b) Ao evidenciar o montante dos ingressos e dos dispêndios financeiros, ele demonstra como se comporta o fluxo de caixa durante o exercício. c) Os ingressos financeiros recebidos do órgão central de programação financeira são registrados do lado das receitas. d) A diferença positiva entre a receita de capital realizada e a despesa de capital liquidada constitui o superávit de capital. e) O montante dos valores pagos no exercício não é evidenciado nessa demonstração contábil.

14. (Analista Administrativo/ANA 2009) Nas operações realizadas por uma

unidade gestora da administração pública federal, observa-se a ocorrência dos seguintes fatos: transferências de bens para outra unidade do mesmo

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órgão, aquisição de material de consumo para estoque no almoxarifado e despesa com pessoal. Sobre a contabilidade dessa unidade, é correto afirmar:

a) as variações ativas possuem mutações e as variações passivas são compostas somente por interferências. b) não é possível afirmar que houve variações passivas no exercício em razão da possível ausência de pagamento. c) em razão de ter havido estoque de material no almoxarifado, é possível afirmar que o resultado apurado no exercício foi superavitário. d) as variações passivas têm na sua composição despesa orçamentária e interferências passivas, enquanto as variações ativas possuem mutações. e) as transferências de bens para outra unidade não afetam a situação patrimonial da unidade enquanto a aquisição de material para estoque provoca alteração positiva nessa situação.

15. (Analista Administrativo/ANA 2009) A ocorrência de déficit de capital no Balanço Orçamentário de uma entidade autárquica federal demonstra que:

a) a despesa corrente foi paga com recursos de alienação do imobilizado. b) os créditos autorizados em despesas correntes não foram suficientes para as necessidades da instituição. c) o pagamento da despesa de capital do exercício anterior foi transferido para o exercício em que se levantou o balanço. d) a despesa corrente liquidada foi superior à receita corrente paga. e) a despesa de capital liquidada foi superior à receita de capital realizada.

16. (Analista Administrativo/ANA 2009) Se na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP de uma Unidade Gestora da Administração Direta não arrecadadora de receitas se observa a ocorrência de superávit no exercício, é correto afirmar:

a) não houve liquidação de despesa corrente nem de capital no exercício. b) as transferências financeiras recebidas somadas ao saldo do exercício anterior e as variações ativas independentes da execução orçamentária foram superiores às variações passivas. c) as despesas de capital foram inferiores à desincorporação de ativos. d) a incorporação de ativos foi superior à liquidação de despesa corrente liquidada

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e paga no exercício. e) as transferências financeiras concedidas para unidades do mesmo órgão e as variações ativas independentes da execução orçamentária foram inferiores às despesas liquidadas.

17. (Analista Administrativo/ANA 2009) Assinale a opção verdadeira em relação ao Balanço Patrimonial de uma entidade pública federal de um exercício qualquer.

a) O aumento do Imobilizado em relação ao exercício anterior sem que tenha havido despesa de capital no exercício autoriza afirmar que a entidade recebeu transferência de bens ou estes foram reavaliados no exercício. b) A redução do Patrimônio Líquido em relação ao exercício anterior implica dizer que o resultado apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP foi superavitário. c) O aumento do Superávit Financeiro implica dizer que os restos a pagar inscritos no exercício foram menores que os do exercício anterior. d) A redução do ativo total em relação ao exercício anterior demonstra que houve redução no total da execução do orçamento no exercício. e) O aumento de estoque de material de consumo em relação ao exercício anterior demonstra que houve aumento da despesa com a aquisição de bens de consumo no exercício.

18. (Analista Administrativo/ANA 2009) Com base no modelo utilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, assinale a opção verdadeira em relação ao Balanço Financeiro de uma entidade qualquer da Administração Federal.

a) Depósitos de terceiros integram os ingressos orçamentários. b) As disponibilidades para o exercício seguinte, quando existirem, são demonstradas juntamente com os ingressos. c) Os dispêndios orçamentários são demonstrados obedecendo à classificação econômica da despesa. d) Os ingressos independentes da execução orçamentária somente figuram nessa demonstração se há previsão de devolução no exercício subseqüente. e) Os valores a transferir, em razão da inscrição de restos a pagar não processados, são evidenciados em rubricas próprias.

19. (APOFP/SEFAZ – SP 2009) Segundo a Lei n. 4.320/64, uma das principais características do Ativo Permanente é:

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a) a mobilização ou alienação depende de autorização legislativa. b) a durabilidade é superior a um ano. c) a existência, no patrimônio da unidade, depende da realização de despesa de capital. d) o bem se destina ao uso público. e) a classificação contábil está no grupo Imobilizado.

20. (APOFP/SEFAZ – SP 2009 – Adaptada) Tendo como base o modelo e a estrutura do Balanço Orçamentário previsto na lei 4.320/64, assinale a opção verdadeira.

a) As despesas fixadas e executadas são demonstradas de forma detalhada por categoria econômica. b) A receita realizada pode exceder a prevista, resultando, dessa maneira, em uma diferença negativa entre ambas. c) O déficit de capital se observa em razão da insuficiência de arrecadação em relação à previsão. d) Se o montante das despesas fixadas superar as executadas há excesso de despesa. e) A evidenciação dos créditos especiais e extraordinários abertos e reabertos não ocorre em razão da despesa ser evidenciada por categoria econômica.

21. (APOFP/SEFAZ – SP 2009 – Adaptada) Tendo como base o modelo de Balanço Patrimonial adotado pelo Governo Federal, assinale a opção que indica a conta que compreende os créditos e valores realizáveis independente da autorização orçamentária e os valores numerários.

a) Ativo Permanente. b) Passivo Financeiro. c) Ativo Compensado. d) Passivo Permanente. e) Ativo Financeiro.

22. (APOFP/SEFAZ – SP 2009 – Adaptada) Tendo como base o modelo e a estrutura da Demonstração das Variações Patrimoniais DVP adotada pelo Governo Federal, assinale a opção verdadeira.

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a) Ainda que a permanência seja transitória nos cofres públicos, os depósitos de terceiros são classificados como receita orçamentária e assim são demonstrados. b) As variações ativas totais são compostas pela receita orçamentária e extra-orçamentária. c) Saldos financeiros do exercício anterior integram as variações ativas independentes da execução orçamentária. d) Se o resultado patrimonial apurado for déficit econômico, este é lançado do lado das Variações Ativas. e) As despesas resultantes da execução orçamentária são lançadas obedecendo à classificação funcional.

23. (APOFP/SEFAZ – SP 2009 – Adaptada) Tomando como base o modelo e a estrutura do Balanço Financeiro utilizado pelo Governo Federal, é correto afirmar:

a) as disponibilidades financeiras para o exercício seguinte são evidenciadas juntamente com as despesas e são detalhadas por categoria econômica. b) os depósitos de terceiros são evidenciados nas despesas orçamentárias. c) os restos a pagar não processados liquidados no exercício figuram do lado das receitas para compensar os valores não pagos. d) o confronto entre as receitas e as despesas evidencia o superávit financeiro do exercício. e) as despesas orçamentárias são evidenciadas por função, enquanto a receita é evidenciada por categoria econômica.

24. (AFC/CGU 2008) Considere os seguintes dados de receitas e despesas constantes da proposta orçamentária de um determinado ente da federação (valores em mil):

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Com base nos dados apresentados, marque a opção correta. a) A proposta respeita o princípio orçamentário do equilíbrio, mas apresenta um déficit no orçamento corrente. b) O ente ainda poderá incorporar na proposta orçamentária novas operações de crédito com a finalidade de realizar despesas correntes, até o montante de 5.000, sem desrespeitar a regra de ouro estabelecida na Constituição Federal. c) O superávit do orçamento de capital foi de 1.600. d) A aprovação de crédito suplementar no montante de 10.000 para pagamento de juros referente ao refinanciamento da dívida, tendo como fonte de recursos receitas de operações de crédito, precisará de aprovação do legislativo por maioria simples. e) O ente poderá destinar a totalidade ou parte da Receita de Alienação de Bens para pagamento de juros da dívida.

25. (AFC/CGU 2008) Ao longo da existência de uma entidade, vários fatos podem acontecer e que refletem no patrimônio desta de forma positiva ou negativa. Em relação aos fatos contábeis e suas respectivas variações no patrimônio, julgue os itens que se seguem e marque a opção incorreta.

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a) A Insubsistência Passiva acontece quando algo que deixou de existir provocou efeito negativo no patrimônio da entidade. b) Quando ocorre uma Superveniência Passiva, a Situação Líquida diminui. c) As Superveniências provocam sempre um aumento do passivo ou do ativo. d) O desaparecimento de um bem é um exemplo de Insubsistência do Passivo. e) Toda Insubsistência do Passivo é uma Insubsistência Ativa.

26. (AFC/CGU 2008) Sobre o Balanço Orçamentário de uma entidade pública federal que apresenta déficit de capital, é correto afirmar:

a) as despesas correntes foram superiores às despesas de capital. b) as aplicações de recursos em despesa de capital foram superiores ao montante arrecadado de receitas de capital. c) as receitas previstas foram superiores às arrecadadas. d) as despesas de capital foram superiores às despesas correntes. e) as receitas de capital arrecadadas foram inferiores às previstas.

27. (AFC/CGU 2008) A respeito de uma Demonstração das Variações Patrimoniais que apresentou resultado do exercício positivo é correto afirmar:

a) as variações ativas decorrentes da execução orçamentária necessariamente superaram as variações passivas decorrentes da execução orçamentária. b) a receita orçamentária, obrigatoriamente, foi maior do que a despesa orçamentária. c) as variações extra-orçamentárias apresentaram, necessariamente, resultado positivo. d) as variações ativas decorrentes da execução orçamentária, somadas às decorrentes da execução extra-orçamentária, foram maiores que as variações passivas totais. e) as despesas correntes, necessariamente, foram menores do que as receitas correntes.

28. (AFC/STN 2008 – adaptada) A respeito das variações patrimoniais, na contabilidade aplicada ao setor público, é correto afirmar, exceto:

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a) as mutações, tanto ativas quanto passivas, são variações patrimoniais que decorrem de fatos contábeis permutativos. b) os acréscimos patrimoniais, também conhecidos como superveniências ativas, decorrem de fatos extra-orçamentários. c) a aquisição de bens móveis, para uso próprio, provoca mutações passivas no patrimônio da entidade pública. d) as baixas de bens patrimoniais, doados a terceiros não integrantes da administração pública federal, constituem-se em insubsistência ativa. e) as despesas com aquisição de material de consumo, para estoque no almoxarifado, provocam mutação ativa.

29. (APO/MPOG 2008) Ao final do exercício, uma determinada entidade

integrante do orçamento fiscal e da seguridade social apresentou balancete com os seguintes dados referentes à execução orçamentária (valores em mil):

Analisando as informações, indique a opção correta em relação ao Balanço Orçamentário da entidade. a) Houve superávit de capital. b) O superávit corrente foi de 850. c) Houve superávit orçamentário de 300. d) As receitas correntes e de capital apresentaram excesso de arrecadação. e) Houve economia de despesas de capital de 400.

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30. (Auditor/TCE GO 2007) A Constituição traz no seu texto limitações à

autorização para realização de operações de crédito. Identifique a opção correta considerando a “Regra de Ouro” prevista na Constituição.

a) A regra existe para evitar a utilização de receitas de alienação de bens em despesas correntes, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. b) O objetivo da regra é evitar que o ente público (União, Estados e Municípios) se endivide com a finalidade de atender despesas com pessoal e juros da dívida. c) A partir dessa regra, a realização de operações de crédito em cada exercício fica limitada ao somatório das despesas de Investimento, Inversão Financeira e Amortização da Dívida. d) Por causa dessa regra, o governo não pode utilizar recursos de operação de crédito para fazer despesa corrente. e) A regra impede o comprometimento de receitas correntes com o pagamento de amortização da dívida pública.

31. (Auditor/TCE GO 2007) Para análise do Balanço Patrimonial de um

determinado ente, foram disponibilizados os seguintes dados: Saldo Patrimonial Positivo ...................... 3.000 Passivo Compensado ............................. 3.000 Total Geral do Ativo .............................. 15.000 Com base nos dados acima e considerando que o valor do Ativo Permanente é maior do que o Passivo Permanente em 2.500, pode-se afirmar que o superávit financeiro apurado é de: a) 500. b) 5.000. c) 3.000. d) 9.000. e) zero (Não houve).

32. (Auditor/TCE GO 2007) Ao final do exercício, uma determinada entidade de direito público, que realiza o controle das disponibilidades de caixa segregando os recursos de acordo com a destinação, apresentou os seguintes dados referentes à execução orçamentária e financeira (valores em mil):

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Considere ainda que, para fins de elaboração do Balanço Orçamentário, será considerada despesa realizada:

• a despesa em que já se tenha verificado o direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios do respectivo crédito, acrescida dos restos a pagar não-processados inscritos ao final do exercício.

Analisando as informações, indique a opção correta em relação ao Balanço Orçamentário da entidade. a) O superávit orçamentário foi de 700. b) A entidade apresentou déficit corrente. c) O excesso de arrecadação, originário da receita de alienação bens, no montante de 100, não poderá ser utilizado como fonte de recursos para a abertura de crédito adicional no exercício seguinte, com a finalidade de pagamento de juros da dívida. d) O montante inscrito em restos a pagar processado soma 200. e) Será inscrito em restos a pagar o valor de 250.

33. (Auditor/TCE GO 2007) Durante determinado exercício financeiro, um ente público realizou as seguintes operações (em reais mil):

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Com base nas informações, pode-se afirmar que o resultado econômico correspondeu a um: a) déficit de 300. b) déficit de 8.300. c) superávit de 300. d) superávit de 8.300. e) superávit de 7.700.

34. (Auditor/TCE GO 2007) Considere os seguintes saldos extraídos do balanço financeiro de uma determinada entidade de direito público, em 20X1:

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Considerando as informações acima, é incorreto afirmar: a) que o resultado financeiro de natureza extra-orçamentária foi positivo de 125. b) que o resultado financeiro do período foi positivo de 175. c) que o resultado financeiro de natureza orçamentária foi positivo de 50. d) que, no passivo financeiro do balanço patrimonial de 20X1, havia dívida de, no mínimo, 240. e) que o montante dos pagamentos efetivamente do período foi de 280.

35. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) Assinale a opção que indica um dado que não pode ser obtido do Balanço Orçamentário.

a) O superávit financeiro, se houver. b) A previsão de arrecadação de receitas correntes. c) O superávit corrente, se houver. d) O déficit de capital, se houver. e) O montante de receita corrente arrecadada.

36. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) Sobre uma Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP em que se observa a ocorrência de superávit do exercício é correto afirmar:

a) o montante das receitas orçamentárias foi maior do que as despesas orçamentárias. b) as despesas correntes foram necessariamente menores do que as receitas correntes. c) as variações ativas totais foram maiores do que as variações passivas totais. d) as mutações ativas obrigatoriamente superaram as despesas de capital. e) a ocorrência de superávit implica a não-existência de receitas de capital.

37. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006) Assinale a opção que indica um dado que pode ser obtido do Balanço Financeiro.

a) O montante dos Restos a Pagar inscritos no exercício. b) O total da incorporação de bens em razão das despesas de capital.

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c) O montante das Antecipações de Receitas Orçamentárias ocorridas no exercício. d) O total de cancelamento de empenhos do exercício. e) O montante da dívida fundada.

38. (Analista Contábil Financeiro/ SEFAZ CE 2006 – Adaptada) Sobre o Balanço Patrimonial, na forma publicada pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, é correto afirmar, exceto:

a) o Ativo Real é composto pelo Ativo Financeiro e pelo Ativo Não Financeiro. b) O Ativo Não Financeiro compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. c) Operações de Crédito é uma rubrica do Passivo Não Financeiro. d) no Ativo Compensado são demonstrados os montantes dos créditos consignados em lei. e) a diferença entre Ativo Financeiro e Passivo Financeiro demonstra a disponibilidade de recursos que podem ser utilizados na abertura de créditos adicionais.

39. (AFC/CGU 2006) Assinale a opção falsa em relação às variações patrimoniais passivas.

a) A despesa orçamentária integra as variações passivas. b) A contrapartida de uma baixa do ativo que se tornou inservível é uma conta de variações passivas. c) Mutações integram as variações passivas e se referem aos lançamentos permutativos. d) Integram as variações passivas a conta de contrapartida do passivo em razão do registro de depósito de terceiros. e) O registro da doação de um bem imóvel afeta as variações passivas na entidade doadora.

40. (AFC/CGU 2006) Em relação aos registros contábeis, a transferência de um bem móvel entre unidades gestoras do mesmo órgão provoca:

a) interferência ativa extra-orçamentária na unidade destinatária do bem. b) mutação ativa na unidade destinatária e mutação passiva na unidade transferidora.

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c) acréscimo patrimonial na unidade destinatária e decréscimo patrimonial na unidade transferidora. d) despesa orçamentária na unidade transferidora e receita orçamentária na receptora. e) não é necessário realizar lançamentos contábeis uma vez que as unidades gestoras pertencem ao mesmo órgão.

41. (AFC/CGU 2006) Observe o Balanço Orçamentário hipotético em que faltam alguns dados e assinale a opção correta.

a) O déficit corrente foi de 170 unidades monetárias. b) A entidade apresentou superávit total no montante de 40 unidades monetárias. c) O superávit de capital foi de 10 unidades monetárias. d) O excesso de arrecadação verificado em receitas de capital é considerado receita extra-orçamentária. e) Não houve superávit corrente que poderia ser aplicado em investimentos.

42. (ACE/TCU 2006) Identifique a única opção incorreta com relação ao conteúdo de um Balanço Financeiro da Administração Pública, segundo a Lei n. 4.320/64.

a) Contém os créditos e valores realizáveis independentemente de autorizações orçamentárias e valores numerários. b) Contém as operações de recebimento e pagamento no período demonstrado.

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c) Contém os saldos do exercício anterior e os saldos para o exercício seguinte. d) Contém as operações orçamentárias de receita e despesa. e) Contém as operações de caráter financeiro que alteram o fluxo de caixa no período para o qual se elabora a demonstração.

43. (ACE/TCU 2006 – Adaptada) Assinale a única opção falsa no que tange à estrutura dos balanços públicos.

a) Ao se proceder à análise ou interpretação dos balanços públicos, há que se atentar sempre para as características intrínsecas relativas aos aspectos legais, regulamentares e técnicos. b) O balanço patrimonial é elaborado para atender e controlar as receitas e despesas de acordo com as especificações constantes da Lei do orçamento e dos créditos adicionais. c) O balanço financeiro é um quadro de contabilidade com receita e despesa, em que se distribuem entradas e saídas de numerário e se demonstram as operações de tesouraria e de dívida pública. d) Patrimônio público compreende o conjunto de bens, direitos e obrigações, avaliáveis em moeda corrente das entidades que compõem a administração pública. e) O balanço orçamentário demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.

44. (ACE/TCU 2006) De acordo com a Lei n. 4.320/64, assinale a opção que indica o correto preenchimento das lacunas:

__________ demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. __________ demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. __________ demonstrará o Ativo Financeiro, o Ativo Permanente, o Passivo Financeiro, o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação. __________ evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 1. O Balanço Financeiro. 2. O Balanço Orçamentário.

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3. O Balanço Patrimonial. 4. A Demonstração das Variações Patrimoniais. a) 1 - 2 - 3 - 4 b) 2 - 1 - 4 – 3 c) 1 - 2 - 4 – 3 d) 1 - 3 - 2 – 4 e) 2 - 1 - 3 – 4

45. (ACE/TCU 2006) Com base nos dados seguintes, assinale a opção que representa o correto resultado orçamentário:

Receita corrente prevista: $ 60 Receita corrente realizada: $ 65 Despesa corrente prevista: $ 60 Despesa corrente realizada: $ 60 Receita de capital prevista: $ 40 Receita de capital realizada: $ 35 Despesa de capital prevista: $ 40 Despesa de capital realizada: $ 40 a) Superávit orçamentário de $ 5, que deverá constituir item da receita orçamentária. b) Superávit do orçamento de capital de $ 5, que deverá constituir item da receita orçamentária. c) Superávit do orçamento corrente de $ 5, que deverá constituir item da receita extra-orçamentária. d) Superávit do orçamento de capital de $ 5, que deverá constituir item da receita extra-orçamentária. e) Superávit do orçamento corrente de $ 5, que deverá constituir item da receita orçamentária.

46. (AFC/STN 2005) Segundo disposição do artigo 101 da Lei nº 4.320/64, os resultados gerais do exercício serão demonstrados nos Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, bem como na Demonstração das Variações Patrimoniais. Assinale a opção falsa em relação a essas demonstrações.

a) No Balanço Patrimonial, o ativo é composto pelas rubricas Ativo Financeiro, Ativo Permanente e Ativo Compensado.

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b) O resultado patrimonial do exercício, apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais, leva em conta as alterações resultantes da execução orçamentária, bem como as independentes dessa. c) O confronto entre a previsão e a realização, tanto da receita como da despesa, dá-se no Balanço Orçamentário. d) No Balanço Financeiro, os restos a pagar inscritos no exercício são computados com receita orçamentária. e) A dívida fundada que dependa de autorização orçamentária para o seu pagamento integra o Passivo Permanente.

F. Gabarito

1 A 11 C 21 E 31 A 41 B 2 D 12 D 22 D 32 C 42 A 3 E 13 B 23 E 33 D 43 B 4 B 14 D 24 B 34 E 44 E 5 B 15 E 25 D 35 A 45 C 6 C 16 B 26 B 36 C 46 D 7 E 17 A 27 D 37 A 8 A 18 C 28 C 38 D 9 B 19 A 29 C 39 C 10 D 20 B 30 C 40 A

Forte abraço e até a próxima!

Igor.