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CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE PUBLICA – TRF 1º REGIÃO PROFESSOR IGOR OLIVEIRA www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 05 Bem vindo (a) ao nosso quinto encontro! Hoje vamos falar um pouquinho sobre variações patrimoniais: variações ativas e passivas. Balanços orçamentário, financeiro, patrimonial e demonstração das variações patrimoniais. Encerramento do exercício financeiro. Resultado orçamentário. Resultado financeiro. Resultado Econômico. Antes de iniciarmos, quero esclarecer algumas coisas: 1 – Focaremos naquilo que a banca mais cobra. Por exemplo, eu não achei nenhuma questão sobre Resultado Econômico e Encerramento do Exercício Financeiro, em provas de contabilidade pública da FCC. Não tem lógica perdermos tempo com isso. Para você não ir “zerado”, indicarei uma pequena leitura complementar sobre Resultado Econômico logo abaixo. 2 – As demonstrações contábeis aplicadas ao setor público são apresentadas sob a forma de anexos na lei 4.320/64. Estes anexos foram alterados pela portaria STN 749/09, que foi revogada pela portaria STN 665/2010. A NBC T 16.6 e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público parte V tratam das demonstrações contábeis, já considerando as alterações das portarias. Quanta confusão! Rsrsrs...mas não tem motivo para desespero. Para efeitos didáticos, vale à pena estudar os demonstrativos como eram antes das mudanças, pois ainda é o que mais cai. Além disso, vou repetir: o foco nosso são as questões. Nelas você vai perceber as preferências da banca. 3 – As variações patrimoniais serão abordadas de forma integrada com a DVP (Demonstração das Variações Patrimoniais). 4 - Se der tempo, leia o material abaixo como estudo complementar (NESSA ORDEM): a) Lei 4.320/64, artigos 101 e 110. b) Portaria 665/10 e novos anexos. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Port_665_2010.pdf

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AULA 05

Bem vindo (a) ao nosso quinto encontro!

Hoje vamos falar um pouquinho sobre variações patrimoniais: variações ativas e passivas. Balanços orçamentário, financeiro, patrimonial e demonstração das variações patrimoniais. Encerramento do exercício financeiro. Resultado orçamentário. Resultado financeiro. Resultado Econômico. Antes de iniciarmos, quero esclarecer algumas coisas: 1 – Focaremos naquilo que a banca mais cobra. Por exemplo, eu não achei nenhuma questão sobre Resultado Econômico e Encerramento do Exercício Financeiro, em provas de contabilidade pública da FCC. Não tem lógica perdermos tempo com isso. Para você não ir “zerado”, indicarei uma pequena leitura complementar sobre Resultado Econômico logo abaixo. 2 – As demonstrações contábeis aplicadas ao setor público são apresentadas sob a forma de anexos na lei 4.320/64. Estes anexos foram alterados pela portaria STN 749/09, que foi revogada pela portaria STN

665/2010.

A NBC T 16.6 e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público parte V tratam das demonstrações contábeis, já considerando as

alterações das portarias.

Quanta confusão! Rsrsrs...mas não tem motivo para desespero. Para efeitos didáticos, vale à pena estudar os demonstrativos como eram antes das mudanças, pois ainda é o que mais cai. Além disso, vou repetir: o foco nosso são as questões. Nelas você vai perceber as

preferências da banca.

3 – As variações patrimoniais serão abordadas de forma integrada com

a DVP (Demonstração das Variações Patrimoniais).

4 - Se der tempo, leia o material abaixo como estudo complementar

(NESSA ORDEM):

a) Lei 4.320/64, artigos 101 e 110.

b) Portaria 665/10 e novos anexos.

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Port_665_2010.pdf

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1950-1969/anexo/ANL4320-64-ALTERACAO-I.pdf

c) NBC T 16.6. d) Página 45 do Manual abaixo (resultado econômico).

e) Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público parte V.

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/ParteV_DCASP.pdf

Estude todo o MCASP apenas se estiver com tempo sobrando mesmo,

tendo em vista que ele não está sendo cobrado, AINDA.

Dizem que aulas mutantes (156 páginas!) são pedagogicamente condenáveis. Mas não tô nem aí. Quem tem um milhão de amigos é o

Roberto Carlos. Eu quero que você passe e ponto. Beleza?

Vamos?

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A. TEORIA Balanço Patrimonial A estrutura do BP é assim:

Ativo Passivo Ativo Financeiro 300 Passivo Financeiro 200

Ativo Permanente 200 Passivo Permanente 100

Ativo Real 500 Passivo Real 300

Passivo Real a Descoberto Ativo Real Líquido 200

Ativo Compensado 50 Passivo Compensado 50

Total 550 Total 550

Como você pode perceber, são duas colunas em que os totais são iguais. Por isso que o nome é balanço! Pode-se dizer que o Balanço Patrimonial é estático, pois apresenta a posição patrimonial em determinado momento, funcionando como uma “fotografia” do patrimônio da entidade. O Ativo é composto de Ativo Financeiro, Ativo Permanente e Ativo Compensado. O Passivo é composto de Passivo Financeiro, Passivo Permanente e Passivo Compensado. O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Falou em permanente = depende. Falou em financeiro = independe. A soma do Ativo Financeiro com o Ativo Permanente chamamos de Ativo Real (AR). A soma do Passivo Financeiro com o Passivo Permanente chamamos de Passivo Real (PR). No BP não apuramos nenhum resultado, mas podemos calcular o Saldo Patrimonial através da diferença entre o AR e o PR. Quando o resultado

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da diferença entre o AR e o PR for positivo chamamos de Ativo Real Líquido. Quando for negativo, chamamos de Passivo Real a Descoberto. O ARL é apresentado no lado do Passivo e o PRD é apresentado no lado do Ativo. Esta forma de apresentação é para equilibrar o balanço, ou seja, os valores TOTAIS devem ser iguais.

No nosso exemplo, a diferença entre o AR e o PR foi 200 (500 – 300) e apresentado como ARL no lado do Passivo para compensar. Quando o BP é elaborado conforme metodologia empregada pela STN, independente de se apurar Ativo Real Líquido ou Passivo Real a Descoberto, este valor será apresentado no BP no lado do Passivo sob o título de Patrimônio Líquido. Com a utilização do SIAFI, a STN adotou os seguintes termos:

� Ativo Permanente → Ativo Não Financeiro. � Passivo Permanente → Passivo Não Financeiro. � PRD ou ARL → PL.

Ativo Financeiro + Ativo Permanente = Ativo Real Passivo Financeiro + Passivo Permanente = Passivo Real Ativo Real > Passivo Real = Ativo Real Líquido Ativo Real < Passivo Real = Passivo Real a Descoberto Ativo Real – Passivo Real = Patrimônio Líquido (metodologia STN)

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O Ativo Compensado é sempre igual ao Passivo Compensado e ambos não afetam a apuração do Saldo Patrimonial. O Superávit Financeiro também é apurado no BP e corresponde à diferença entre o Ativo Financeiro e Passivo Financeiro. O SF constitui fonte de recurso para abertura de crédito adicional.

Ativo Financeiro > Passivo Financeiro = Superávit Financeiro Balanço Orçamentário O Balanço Orçamentário demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Segue abaixo a estrutura do Balanço Orçamentário:

Receitas Previstas Realizad. Difer. Despesas Fixad. Realizad. Difer.

Correntes 1.000 1.200 (200)

Créditos Iniciais e Suplementares

Correntes 1.000 900 100

Capital 800 800 0

Capital 800 700 100

Créditos Especiais

Correntes --- --- ---

Capital --- --- ---

Soma 1.800 1.900 (100) Soma 1.800 1.700 100

Déficit --- --- --- Superávit --- 200 (200)

Total 1.800 1.900 (100) Total 1.800 1.900 (100)

Como você pode perceber, as receitas estão divididas por categoria e as despesas por tipo de crédito (inicial e suplementar, especial e extraordinário).

O balanço mostra as receitas previstas e realizadas e também as despesas fixadas e realizadas. A receita realizada ou executada é a arrecadada. A despesa realizada ou executada é a liquidada (STN) ou a empenhada (lei 4.320/64). A jurisprudência da FCC adota o seguinte: se não for falado nada, a despesa executada é a empenhada. Isso vale para todos os demonstrativos.

A análise e a verificação do Balanço Orçamentário têm como objetivo preparar os indicadores que servirão de suporte para a avaliação da gestão orçamentária.

A primeira análise a ser feita é a comparação entre a receita prevista e a despesa fixada, para verificarmos se o orçamento foi aprovado de maneira equilibrada ou desequilibrada.

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Quando a receita prevista é igual à despesa fixada, o orçamento foi aprovado com equilíbrio.

Quando ocorre de a receita prevista ser maior que a despesa fixada, o orçamento foi aprovado com desequilíbrio positivo, ou seja, houve recursos sem despesas, e os mesmos podem ser utilizados para abertura de créditos adicionais. Isto está previsto no artigo 166, § 8º da CF/88:

“Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.”

Quando ocorre de a receita prevista ser menor que a despesa fixada, o orçamento foi aprovado com desequilíbrio negativo. Essa situação pode indicar que o órgão não possui arrecadação própria, dependendo de recursos do Tesouro para executar suas despesas. Esse fato não representa irregularidade, devendo ser evidenciado complementarmente por nota explicativa que demonstre o montante da movimentação financeira (transferências financeiras recebidas e concedidas) relacionadas à execução do orçamento do exercício.

Uma maneira de equilibrar o orçamento é a contratação de operações de crédito, que entrariam somente ao lado das receitas (de capital), contrapondo-se dessa maneira às despesas orçamentárias. Este tipo de equilíbrio não é recomendado, pois é criado um passivo, uma dívida, concomitante com a entrada do recurso. Ou seja, o ente pega uma grana, que é considerada receita, mas não é despesa! Imagine a quantidade de entes que tentam contratar operações de crédito, sem finalidade, para sair bonito na foto, com o orçamento equilibrado?!

Segue um pequeno esquema para facilitar o entendimento:

Receitas Previstas = Despesas Fixadas = orçamento aprovado com equilíbrio

Receitas Previstas > Despesas Fixadas = orçamento aprovado com desequilíbrio positivo (recursos sem despesas, fonte para crédito adicional)

Receitas Previstas < Despesas Fixadas = orçamento aprovado com desequilíbrio negativo (órgão dependente de transferência)

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Outra análise a ser feita está na diferença entre as colunas da previsão e execução (arrecadação) da receita e a fixação e execução (empenho) da despesa.

No primeiro caso, a diferença a maior entre previsão e arrecadação indica insuficiência de arrecadação, o que exige uma nova fixação da despesa ou uma limitação de empenho. Quando a diferença é a menor indica excesso de arrecadação, montante que pode ser usado como fonte de recurso para abertura de créditos adicionais. O excesso de arrecadação é a prova viva de que não precisa estar previsto no orçamento para ser receita orçamentária (artigo 57, lei 4.320/64).

No caso da despesa, quando o montante das empenhadas supera o valor das fixadas, ocorreu excesso de despesa, fato que pode ser considerado uma inconsistência na execução do orçamento, pois a despesa só pode ser realizada até o valor autorizado, significando que somente pode ser emitido empenho até o valor do crédito orçamentário disponível, observando-se, ainda, a especificidade do orçamento. Caso se faça necessário um gasto inopinado, pode-se abrir um crédito adicional, aumentando o limite. Quando ocorre o inverso, ou seja, o montante das despesas empenhadas é menor que o montante das despesas fixadas, ocorreu, no caso, economia de despesa. Este valor não é fonte de recurso para abertura de crédito adicional.

Receitas Previstas > Receitas Arrecadadas = insuficiência na arrecadação (nova fixação de despesa ou limitação de empenho)

Receitas Previstas < Receitas Arrecadadas = excesso de arrecadação (fonte de recurso para crédito adicional)

Despesas Fixadas > Despesas Liquidadas = economia de despesa (não é fonte de recurso para abertura de crédito adicional)

Despesas Fixadas < Despesas Liquidadas = excesso de despesa (inconsistência, pois os empenhos estão limitados aos créditos orçamentários disponíveis) A subtração é sempre feita da coluna da esquerda para a da direita. Logo, quando há excesso de arrecadação o valor na coluna diferença

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é negativo. E quando há economia de despesa, o valor na diferença é positivo. Passaremos agora para o cálculo dos resultados orçamentário, corrente e de capital.

Quando falamos em receita e despesa corrente, estamos calculando o resultado do orçamento corrente. Quando falamos em receita e despesa de capital, estamos falando no resultado do orçamento de capital. Quando tratamos do total de receitas e despesas orçamentárias, estamos calculando o resultado orçamentário do exercício.

Se houve superávit, o mesmo deve ser demonstrado ao lado das despesas para compensar o balanço. Caso ocorra déficit, o mesmo deve ser demonstrado ao lado das receitas, também para compensar o balanço e igualar o valor entre as duas colunas. Para facilitar o entendimento, segue esquema:

Receita Arrecadada Corrente > Despesa Empenhada Corrente = Superávit Corrente

Receita Arrecadada Corrente < Despesa Empenhada Corrente = Déficit Corrente

Receita Arrecadada de Capital > Despesa Empenhada de Capital = Superávit de Capital

Receita Arrecadada de Capital < Despesa Empenhada de Capital = Déficit de Capital

Receita Arrecadada > Despesa Empenhada = Superávit Orçamentário

Receita Arrecadada < Despesa Empenhada= Déficit Orçamentário Receita Arrecadada = Despesa Empenhada = Resultado Nulo.

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Outro fato digno de nota é o que ocorre quando há superávit corrente e déficit de capital. Nesse caso, há receitas correntes sendo empregadas em despesas de capital. Chamamos esta análise econômica de capitalização. Quando ocorre o inverso, déficit corrente e superávit de capital, encontramos receitas de capital financiando despesas correntes. Conhecemos este fato como descapitalização. Capitalização = Superávit Corrente e Déficit de Capital

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Descapitalização = Déficit Corrente e Superávit de Capital

No BO também é possível aferir se o ente está ou não cumprindo a Regra de Ouro. De acordo com a CF/88, artigo 167, III, é vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. Essa regra é denominada Regra de Ouro e é importante instrumento de gestão fiscal, pois impede que haja operações de crédito financiando despesas correntes.

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Balanço Financeiro O Balanço Financeiro demonstra a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Segue abaixo a estrutura do Balanço Financeiro:

INGRESSOS DISPÊNDIOS Orçamentários 180 Orçamentários 140

Receitas Correntes 100 Saúde 80

Receitas de Capital 80 Transporte 60

Extra-orçamentários 30 Extra-orçamentários 20

Restos a pagar inscritos 20 Restos a pagar pagos 10

Cauções 10 Devolução de depósitos 10

Saldo do Exercício Anterior 50 Saldo Exercício Seguinte 100

Total 260 Total 260

O Balanço Financeiro é um quadro com duas seções: Ingressos (Orçamentários e Extra-Orçamentários) e Dispêndios (Orçamentários e Extra-Orçamentários), que se equilibram com a inclusão do saldo em espécie do exercício anterior na coluna dos ingressos e o saldo em espécie pra o exercício seguinte na coluna dos dispêndios.

A receita é demonstrada por categoria e a despesa por função (saúde, transporte, defesa, etc).

Durante o exercício, ocorrem ingressos e dispêndios. O governo arrecada e ao mesmo tempo gasta. O resultado desse confronto se soma ao saldo que “veio” do exercício anterior e se torna o saldo para o próximo exercício. Assim sendo, já podemos realizar a primeira análise, que é o cálculo do Resultado Financeiro do Exercício. Há duas maneiras de se calcular este resultado:

I. Realizamos a subtração entre os ingressos (Orçamentários e extra-orçamentários) e os dispêndios (Orçamentários e Extra-Orçamentário).

Resultado Financeiro do Exercício = Ingressos – Dispêndios

II. Realizamos a subtração entre o saldo que passa para o exercício seguinte (saldo atual) e o saldo do exercício anterior (saldo anterior).

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Resultado Financeiro do Exercício = Saldo Atual – Saldo Anterior Se o RF for positivo é considerado um superávit, se for negativo é chamado de déficit. Não confunda Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial com Resultado Financeiro Superavitário.

As despesas demonstradas no BF são as empenhadas, englobando as pagas e não pagas. Não seria correto deixar que as despesas não pagas influenciassem o resultado financeiro do exercício, pois estas não são fatos financeiros. Para compensar a inclusão de todas as despesas orçamentárias, o legislador determinou que os restos a pagar inscritos no exercício (despesas empenhadas e não pagas) fossem demonstrados ao lado dos ingressos extra-orçamentários.

De acordo com o parágrafo único do artigo 103 da lei 4.320/64: “Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária”.

Os restos a pagar só afetam o cálculo do resultado financeiro quando são pagos, pois agora sim são fatos financeiros e merecem ser demonstrados ao lado dos dispêndios extra-orçamentários. Os restos a pagar pagos são aqueles inscritos em X0 e pagos em X1.

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Demonstração das Variações Patrimoniais A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indica o resultado patrimonial do exercício. A estrutura

da DVP é a seguinte:

Variações Ativas Variações Passivas

Resultantes da Execução Orçamentária Resultantes da Execução Orçamentária

Receitas Orçamentárias

Correntes

Capital

Despesas Orçamentárias

Correntes

Capital

Interferências Ativas

Cota recebida

Repasse recebido

Sub-Repasse recebido

Interferências Passivas

Cota concedida

Repasse concedido

Sub-Repasse concedido

Mutações Ativas

Aquisição de bens

Empréstimos concedidos

Mutações Passivas

Venda de bens

Empréstimos recebidos

Independentes da Execução Orçamentária Independentes da Execução Orçamentária

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Inscrição Dívida Ativa

Cancelamento de Dívidas Passivas

Interferências Ativas (transferências de bens

recebidas de outros órgãos públicos).

Acréscimos Patrimoniais (doações de bens

recebidas de terceiros).

Cancelamento Dívida Ativa

Encampação de Dívidas Passivas

Interferências Passivas (transferências de

bens concedidas a outros órgãos públicos).

Decréscimos Patrimoniais (Doações de bens

concedidas a terceiros).

Soma das VA Soma da VP

Déficit Superávit

Total Total

São duas colunas: Variações Ativas e Passivas. Ambas são divididas em resultantes e independentes da execução orçamentária. Não confunda o resultado patrimonial resultante da execução orçamentária com o Resultado Orçamentário do exercício apurado no Balanço Orçamentário. Este último não sofre interferência das mutações. VAO → Receitas Orçamentárias + Interferências Ativas Orçamentárias +

Mutações Ativas.

VAEO → Inscrição Dívida Ativa/Cancelamento Dívidas Passivas +

Interferências Ativas Extra-Orçamentárias + Acréscimos Patrimoniais.

VPO → Despesas Orçamentárias + Interferências Passivas Orçamentárias

+ Mutações Passivas.

VPEO → Cancelamento Dívida Ativa/Encampação Dívidas Passivas +

Interferências Passivas Extra-Orçamentárias + Decréscimos Patrimoniais.

Vamos ver o que é cada coisa?

� Receitas Orçamentárias → Receitas Correntes e de Capital.

� Receitas Correntes → tributárias, de contribuições,

patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências e outras (TRICOPAIS TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Receitas de Capital → operações de crédito, alienação de

bens, amortização de empréstimos, transferências e outras (OPALIAMAOR TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

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� Interferência Ativa Orçamentária → quando o órgão recebe transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Ativas → mutações da despesa não-efetiva. Compra de bens. Concessão de empréstimos.

� Interferência Ativa Extra-Orçamentária → quando o órgão recebe transferência de bens de outros órgãos públicos.

� Acréscimos Patrimoniais → aumentos no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é o recebimento da doação de bens de terceiros.

� Despesas Orçamentárias → Despesas Correntes e de Capital.

� Despesas Correntes → pessoal e encargos sociais, juros e

encargos da dívida e outras despesas correntes (O PESSOAL JURA QUE SÃO OUTRAS).

� Despesas de Capital → investimentos, inversões financeiras

e amortização de dívidas (INVESTE PARA INVERTER A AMORTIZAÇÃO).

� Interferência Passiva Orçamentária → dessa vez o órgão efetua

uma transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Passivas → mutações da receita não-efetiva. Alienação de bens. Amortização de empréstimos.

� Decréscimos Patrimoniais → diminuições no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais

cobrado é a doação de bens a terceiros.

Falando um pouquinho mais sobre as variações patrimoniais, de acordo com a NBC T 16.4, estas são transações que resultam em alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Podem ser:

� Variações quantitativas → decorrentes de transações no setor público que aumentam (aumentativas) ou diminuem (diminutivas)

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o patrimônio liquido. Exemplo: arrecadação de impostos (aumentativas) e pagamento de salários (diminutivas).

� Variações qualitativas → alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Exemplo: compra de um carro. Permuta de dinheiro por um bem.

Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Há situações, geralmente extra-orçamentárias, que independem do órgão, como o recebimento de doação de bens, o perdão de dívidas e o nascimento de semoventes (nascimento de vacas). São as superveniências e insubsistências, que podem ser ativas e passivas. Para decorar eu acho legal pensar assim: “tudo que aumenta a Situação Líquida é ativa e tudo que diminui é passiva”. Logo, pela nossa lógica

ficaria assim:

� Superveniência Ativa → Superveniência do Ativo → aumento do

ativo. � Insubsistência Ativa → Insubsistência do Passivo → diminuição do

passivo. � Superveniência Passiva → Superveniência do Passivo → aumento

do passivo. � Insubsistência Passiva → Insubsistência do Ativo → diminuição do

ativo.

Alguns exemplos:

Recebi uma escrivaninha em doação → meu ativo não aumentou?

Logo eu tenho uma superveniência do ativo, que é uma superveniência

ativa.

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Minha escrivaninha foi destruída pela enchente → meu ativo agora

diminuiu. Eu não perdi um bem? Logo, insubsistência do ativo que é

uma insubsistência passiva.

Minha dívida foi perdoada → ora, diminuiu uma dívida, um passivo,

aumentou minha situação líquida. Tudo que aumenta é ativa, logo eu

tenho uma insubsistência ativa.

Repisando, as superveniências e insubsistência são decorrentes de fatos extra-orçamentários e se relacionam com o ativo e passivo (diminuição ou aumento). Entretanto, apesar de ser muito parecida, esta classificação não se confunde com a classificação das contas em

acréscimos e decréscimos patrimoniais, vista mais acima.

Através da DVP calculamos o Resultado Patrimonial do Exercício comparando-se as Variações Ativas com as Passivas. Se o resultado é positivo, temos um Superávit Patrimonial. Se o resultado é negativo,

temos um Déficit Patrimonial.

O superávit deve ser apresentado ao lado das Variações Passivas e o déficit, das Variações Ativas. Isto é feito para que o demonstrativo

apresente valor total igual em ambas as colunas.

O resultado patrimonial do exercício deve ser levado ao BP, onde se somará ao Saldo Patrimonial. Logo → Saldo Patrimonial pertence ao BP.

Resultado Patrimonial é apurado na DVP.

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Variações Ativas > Variações Passivas = Superávit Patrimonial

Variações Ativas < Variações Passivas = Déficit Patrimonial

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B. QUESTÕES

1. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, conforme suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

(A) Ativa e Passiva. (B) Orçamentária e Patrimonial. (C) Quantitativa e Qualitativa. (D) Orçamentária e Financeira. (E) Econômico-Financeira e Administrativa. Comentários: De acordo com a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

� Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de

fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da

execução de orçamento, podendo provocar alterações

qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

� Administrativa → corresponde às transações que não afetam o

patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o

objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em

funcionamento as atividades da entidade do setor público.

As variações patrimoniais são transações que resultam em alterações nos

elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter

compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. Podem ser:

� Variações quantitativas → decorrentes de transações no setor

público que aumentam (aumentativas) ou diminuem (diminutivas) o patrimônio liquido. Exemplo: arrecadação de impostos (aumentativas) e pagamento de salários (diminutivas).

� Variações qualitativas → alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Exemplo: compra de um carro. Permuta de dinheiro por um bem.

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As variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Letra E.

2. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Em relação ao que estabelece a NBCT 16.4 sobre transações no setor público, considere:

I. Os atos e fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais no patrimônio das entidades do setor público são definidos como transações no setor público. II. As transações no setor público, conforme suas características e seus reflexos no patrimônio público, podem ser classificadas nas seguintes naturezas: orçamentárias e extra-orçamentárias. III. As variações quantitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. IV. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais, podendo ou não afetar o patrimônio líquido. V. As transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, III e V. (C) II e IV. (D) III e V.

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(E) IV e V. Comentários: A questão praticamente copia a NBC T 16.2. Os itens II e IV estão incorretos. Item II → as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

� Econômico-financeira → corresponde às transações originadas de

fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da

execução de orçamento, podendo provocar alterações

qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais; e

� Administrativa → corresponde às transações que não afetam o

patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o

objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em

funcionamento as atividades da entidade do setor público.

Item IV → entende-se como variações qualitativas aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. Transcrevo abaixo os demais dispositivos:

As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos

elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter

compensatório, afetando, ou não, o seu resultado (item I).

As variações patrimoniais que afetem o patrimônio líquido devem manter

correlação com as respectivas contas patrimoniais.

Entende-se por correlação a vinculação entre as contas de resultado e as

patrimoniais, de forma a permitir a identificação dos efeitos nas contas

patrimoniais produzidos pela movimentação das contas de resultado.

As variações patrimoniais classificam-se em quantitativas e qualitativas.

Entende-se como variações quantitativas aquelas decorrentes de

transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio

líquido (item III).

Entende-se como variações qualitativas aquelas decorrentes de

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transações no setor público que alteram a composição dos elementos

patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

Transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a

entidade do setor público responde como fiel depositária e que não

afetam o seu patrimônio líquido (item V).

As transações que envolvem valores de terceiros devem ser demonstradas

de forma segregada.

Letra B.

3. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Considere: I. É sempre vedada a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital. II. Será admitida operação de crédito que exceda o montante das despesas de capital quando autorizada mediante crédito suplementar ou especial com finalidade precisa, desde que aprovada pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. III. Não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal relacionado a tributo de competência do ente federado, se resultar diminuição do ônus deste. IV. Não será deduzido das despesas de capital o valor da operação sob a forma de empréstimo a contribuinte, com intuito de promover incentivo fiscal, se este empréstimo for concedido por instituição financeira controlada por ente federado. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV. Comentários: O item I está incorreto e o II, correto. Eles tratam da Regra de Ouro, prevista na CF/88, artigo 167, III → é vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais

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com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. A Regra de Ouro é importante instrumento de gestão fiscal, pois impede que o Estado se endivide para pagar despesas correntes. Ou seja, as operações de crédito ficam vinculadas às despesas de capital (investimentos, inversões financeiras). O item III está correto e o IV, incorreto. A LRF, artigo 32, § 3° estabelece que para fins de atendimento da regra de ouro considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte: I - não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste; e II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas de capital. Podemos aferir se o ente está cumprindo a Regra de Ouro através de dados extraídos de seu Balanço Orçamentário. Letra C.

4. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Os dados a seguir foram extraídos do Balanço Orçamentário de uma prefeitura municipal elaborado conforme a Portaria STN nº 749/09:

Em R$ (mil) Previsão Inicial → 10.000,00 Previsão Atualizada → 11.000,00 Receitas Realizadas → 11.100,00 Dotação Inicial → 10.000,00 Dotação Atualizada→ 11.000,00 Despesas Empenhadas→ 10.500,00 Despesas Liquidadas→10.300,00 Despesas Pagas → 9.800,00 Com base nessas informações, é correto afirmar que (A) o excesso de arrecadação foi de R$ (mil) 1.100,00.

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(B) a economia orçamentária foi de R$ (mil) 600,00. (C) a inscrição de restos a pagar processados foi de R$ (mil) 700,00. (D) o superávit de execução foi de R$ (mil) 600,00. (E) a despesa fixada na Lei Orçamentária Anual foi de R$ (mil) 11.000,00. Comentários: O Balanço Orçamentário demonstra as receitas previstas e as despesas fixadas em confronto com as realizadas. Didaticamente, podemos adotar o seguinte layout para o Balanço Orçamentário:

Receitas Previst. Realiz. Dif. Desp. Fixadas Realiz. Dif.

Correntes 1.000 1.200 (200)

Créditos Iniciais e Suplementares

Correntes 1.000 900 100

Capital 800 800 0

Capital 800 700 100

Créditos Especiais

Correntes --- --- ---

Capital --- --- ---

Soma 1.800 1.900 (100) Soma 1.800 1.700 100

Déficit --- --- --- Superávit --- 200 (200)

Total 1.800 1.900 (100) Total 1.800 1.900 (100)

No exemplo acima, podemos observar que as receitas são demonstradas por categoria e as despesas por tipo de crédito (iniciais, suplementares, especiais e extraordinários). Além disso, as receitas são divididas em previstas e realizadas, e as despesas, em fixadas e realizadas. O superávit orçamentário é demonstrado do lado das despesas e o déficit orçamentário do lado das receitas. O motivo disso é apresentar igual valor para os “Totais”. A letra A está incorreta. O excesso de arrecadação é apurado no Balanço Orçamentário, através da diferença entre as receitas executadas (ou realizadas) e previstas. Se a diferença for positiva, houve excesso de arrecadação. Se a diferença for negativa, houve insuficiência de arrecadação no período. Se não for dito nada ao contrário, no cálculo, é sempre considerada a previsão mais atualizada. A receita é considerada executada no momento da arrecadação. Excesso de Arrecadação = Receitas Arrecadadas – Receitas Previstas. EA = 11.100 – 11.000 = 100.

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O Excesso de Arrecadação é fonte de recurso para abertura de créditos adicionais. A letra B está incorreta. A economia de despesa é apurada no Balanço Orçamentário, através da diferença entre as despesas executadas e fixadas. Se a diferença for positiva, houve excesso de despesas. Se a diferença entre as despesas realizadas e fixadas for negativa, houve economia de despesa. Eu não vislumbro como seria a situação de excesso de despesa na prática, pois as despesas, ao contrário das receitas, são fixadas e não podem ser ultrapassadas. Os empenhos estão adstritos aos créditos disponíveis. Caso seja necessária a execução de um gasto inopinado, pode-se abrir um crédito adicional.

Perceba como os empenhos são limitados aos créditos disponíveis. O crédito inicial, ou dotação inicial, corresponde ao crédito consignado na LOA. A economia de despesa NÃO É FONTE DE RECURSO PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS. A dotação utilizada no cálculo é a mais atualizada, se não for dito nada ao contrário. A despesa é considerada executada na liquidação, segundo a STN. Entretanto, a lei 4.320/64 determina que a despesa seja considerada executada no empenho. Vejamos as duas situações: Despesa Executada (Liquidada) – Despesa Fixada = 10.300 – 11.000 = - 700 = Economia Orçamentária (ou de Despesa). Despesa Executada (Empenhada) – Despesa Fixada = 10.500 – 11.000 = - 500 = Economia Orçamentária (ou de Despesa). De todo modo a resposta está errada. A letra C está incorreta. Restos a pagar são as despesas empenhadas e não pagas em 31/12. São classificados em processados e não

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processados, caso a despesa tenha percorrido ou não a fase da liquidação, respectivamente.

� Restos a Pagar = Despesas Empenhadas – Despesas Pagas = 10.500 – 9.800 = 700.

� Restos a Pagar Processados = Despesas Liquidadas – Despesas

Pagas = 10.300 – 9.800 = 500.

� Restos a Pagar Não Processados = RP – RPP = 700 – 500 = 200; OU

� Restos a Pagar Não Processados = Despesas Empenhadas – Despesas Liquidadas = 10.500 – 10.300 = 200.

A letra D está correta. O Resultado Orçamentário do Exercício é calculado no Balanço Orçamentário e corresponde à diferença entre as receitas e despesas executadas. Pode ser superávit ou déficit, caso a diferença seja positiva ou negativa, respectivamente. A banca utilizou como despesa executada a empenhada. ROE = Receitas Arrecadadas – Despesas Empenhadas = 11.100 – 10.500 = 600. No intuito de igualar os totais das duas colunas, o superávit é evidenciado no lado das despesas e o déficit, no lado das receitas.

A letra E está incorreta. A despesa fixada na LOA corresponde à dotação inicial, que é igual a 10.000. Perceba que a previsão inicial da receita é igual à dotação inicial da despesa. Isso mostra que o orçamento foi aprovado de forma equilibrada.

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A portaria STN 749/09 alterou alguns anexos da lei 4.320/64. Os anexos alterados são os modelos das demonstrações contábeis. Esta norma foi revogada pela portaria STN 665/2010, mas os demonstrativos em si não sofreram mudanças significativas com a revogação. Portaria:

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Port_665_2010.pdf

Anexos:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1950-1969/anexo/ANL4320-64-ALTERACAO-I.pdf

Letra D.

5. (FCC/Contador/DNOCS 2010) O demonstrativo da Contabilidade Pública que apresenta o ativo e o passivo da entidade e o demonstrativo onde são discriminadas as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas pela entidade, são, respectivamente, os Balanços

(A) Financeiro e Patrimonial. (B) Orçamentário e das Variações Patrimoniais. (C) Orçamentário e Patrimonial. (D) das Variações Patrimoniais e Orçamentário. (E) Patrimonial e Orçamentário. Comentários: O Balanço Patrimonial demonstra os ativos e os passivos de uma entidade. É um demonstrativo estático, pois representa a fotografia do patrimônio da entidade em determinado instante. O Balanço Orçamentário demonstra as receitas previstas e despesas fixadas em confronto com as realizadas. A lei 4.320/64 não foi tão minuciosa na definição de balanço orçamentário. Vejamos: Art. 102 → O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Em boa parte das questões, as bancas copiam a definição da lei 4.320/64 sem se preocupar muito com o verdadeiro significado dos termos. Na verdade, somente a receita é prevista. A despesa é fixada, pois sua execução é limitada aos créditos concedidos. Ou seja, é possível arrecadar mais receitas que o previsto, mas não é permitido empenhar mais despesas que as fixadas, tendo em vista que o empenho da despesa

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está limitado aos créditos orçamentários disponíveis. Caso seja necessário “gastar” mais, pode-se abrir um crédito adicional. Aí sim o limite de créditos disponíveis seria aumentado, permitindo a emissão de mais empenhos. Lembrando que não existe a possibilidade da concessão de créditos ilimitados. Quanto à receita, o artigo 57 da lei 4.320/64 estabelece que serão consideradas como receitas orçamentárias todas as receitas arrecadadas, mesmo que não previstas no orçamento. Tal dispositivo corrobora com a explicação acima de que para as receitas, a previsão não constitui limite absoluto. Nossa resposta ,portanto, é a letra E. Mas vamos nos aprofundar um pouquinho mais no BP. Didaticamente, podemos adotar o seguinte modelo de BP:

Ativo Passivo Ativo Financeiro 300 Passivo Financeiro 200

Ativo Permanente 200 Passivo Permanente 100

Ativo Real 500 Passivo Real 300

Passivo Real a

Descoberto

Ativo Real Líquido 200

Ativo Compensado 50 Passivo Compensado 50

Total 550 Total 550

O Ativo é composto de Ativo Financeiro, Ativo Permanente e Ativo Compensado. O Passivo é composto de Passivo Financeiro, Passivo Permanente e Passivo Compensado. O Ativo Financeiro compreende os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. O Ativo Permanente compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. O Passivo Financeiro compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. O Passivo Permanente compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. A soma do Ativo Financeiro com o Ativo Permanente chamamos de Ativo

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Real (AR). A soma do Passivo Financeiro com o Passivo Permanente chamamos de Passivo Real (PR). No BP efetuamos a apuração do Saldo Patrimonial. Quando o resultado da diferença entre o AR e o PR for positivo chamamos O Saldo Patrimonial de Ativo Real Líquido. Quando for negativo, chamamos de Passivo Real a Descoberto. O ARL é apresentado no lado do Passivo e o PRD é apresentado no lado do Ativo. Esta forma de apresentação é para equilibrar o balanço, ou seja, os valores TOTAIS devem ser iguais.

O Ativo Compensado é sempre igual ao Passivo Compensado e ambos não afetam a apuração do Saldo Patrimonial. O Superávit Financeiro também é apurado no BP e corresponde à diferença entre o Ativo Financeiro e Passivo Financeiro. O SF constitui fonte de recurso para abertura de crédito adicional. Letra E.

6. (FCC/TCE/TCM PA 2010) Considere os dados abaixo, extraídos do Balanço Patrimonial de 31/12/X1 da Prefeitura WZ:

R$ (mil) Almoxarifado → 2.000,00 Ativo Real Líquido → 21.800,00 Bancos Conta Movimento → 5.940,00 Bens Imóveis → 16.000,00 Bens Móveis → 7.300,00 Consignações → 1.820,00 Depósitos de Diversas Origens – Caução → 800,00

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Dívida Ativa → 9.800,00 Dívida Fundada Externa → 2.000,00 Dívida Fundada Interna → 3.000,00 Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária → 600,00 Restos a Pagar não Processados → 2.000,00 Restos a Pagar Processados → 4.020,00 Serviço da Dívida a Pagar → 5.000,00 De acordo com a Lei no 4.320/64, o Ativo Permanente era, em milhares de reais, (A) 56.900,00 (B) 35.100,00 (C) 33.100,00 (D) 26.100,00 (E) 25.300,00 Comentários: O Ativo Permanente é uma conta que pertence ao Balanço Patrimonial. Ele compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. O Ativo Financeiro compreende os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. O Passivo Financeiro compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. O Passivo Permanente compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. O Ativo Real é a soma do AF e AP. O Passivo Real é a soma do PF e PP. Almoxarifado →→→ 2.000,00 – AP. Ativo Real Líquido → 21.800,00 – diferença positiva entre o Ativo Real e o Passivo Real. Bancos Conta Movimento → 5.940,00 – AF. Bens Imóveis →→→ 16.000,00 – AP.

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Bens Móveis →→→ 7.300,00 – AP. Consignações → 1.820,00 – PF. Depósitos de Diversas Origens – Caução → 800,00 – AF. Dívida Ativa →→→ 9.800,00 – AP. Dívida Fundada Externa → 2.000,00 – PP. Dívida Fundada Interna → 3.000,00 – PP. Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária → 600,00 – na contratação é AF. Restos a Pagar não Processados → 2.000,00 – PF. Restos a Pagar Processados → 4.020,00 – PF. Serviço da Dívida a Pagar → 5.000,00 – PF. Ao somarmos todas as contas classificadas como AP, encontramos 35.100. Letra B.

7. (FCC/TCE/TCM PA 2010) O registro referente ao cancelamento de dívida fundada gera uma redução no passivo

(A) permanente e aumento na situação patrimonial líquida. (B) permanente e aumento do passivo financeiro. (C) financeiro e redução do ativo financeiro. (D) permanente e aumento do ativo financeiro. (E) financeiro e redução do ativo permanente. Comentários: Segundo o Decreto 93.872/86, artigo 115, a dívida pública abrange a dívida flutuante e a dívida fundada ou consolidada. A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária, assim entendidos: a) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; b) os serviços da dívida; c) os depósitos, inclusive consignações em folha; d) as operações de crédito por antecipação de receita; e e) o papel-moeda ou moeda fiduciária.

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A dívida fundada ou consolidada compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses contraídos mediante emissão de títulos ou celebração de contratos para atender a desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços públicos, e que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Pelas definições acima, é fácil perceber que a dívida fundada pertence ao passivo permanente e a dívida flutuante ao passivo financeiro. Dívida Fundada →→→ Passivo Permanente. Dívida Flutuante →→→ Passivo Financeiro. Bom, apesar disso, a lei 4.320/64 traz os seguintes conceitos: O Passivo Financeiro compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. O Passivo Permanente compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Isso vai exigir de nós uma atenção maior na hora de resolvermos a questão. A banca pode (e vai) se utilizar da definição truncada da lei 4.320/64. Não é motivo para desespero. Como eu disse, é só ficar esperto. Voltando à nossa questão, se houve o cancelamento da dívida fundada, minha situação líquida aumentou e meu passivo permanente reduziu. Chamamos este fato de insubsistência ativa ou insubsistência do passivo. As insubsistências, assim como as superveniências, são fatos de origem extra-orçamentária, se relacionam com o ativo e passivo (diminuição ou aumento) e afetam a situação líquida patrimonial.

� Superveniência Ativa → Superveniência do Ativo → aumento do ativo → doação recebida.

� Insubsistência Ativa → Insubsistência do Passivo → diminuição do passivo → cancelamento de uma dívida.

� Superveniência Passiva → Superveniência do Passivo → aumento do passivo → reconhecimento de uma dívida.

� Insubsistência Passiva → Insubsistência do Ativo → diminuição do ativo → doação a terceiros.

Letra A.

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8. (FCC/TCE/TCM PA 2010) Todas as contas e respectivos valores do Balanço Financeiro referentes ao exercício de X1 da Prefeitura Modelo estão apresentados abaixo, em milhares de reais, com exceção do valor do Saldo do Exercício Anterior.

Saldo para o Exercício Seguinte → 2.100,00 Saldo do Exercício Anterior → ? Restos a pagar (pagamento no exercício) → 2.800,00 Restos a pagar (contrapartida da despesa a pagar) → 2.000,00 Receitas de Capital → 5.000,00 Receitas Correntes → 10.500,00 Despesas Correntes → 8.600,00 Despesas de Capital → 5.100,00 Depósitos Cauções (valores recebidos no exercício) → 500,00 Consignações (valores retidos da folha de pagamento do exercício) → 600,00 Consignações (recolhimentos no exercício) → 800,00 Entidades vinculadas (empréstimos concedidos) → 500,00 Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que o valor do Saldo do Exercício Anterior era, em milhares de reais, (A) 2.500,00 (B) 1.900,00 (C) 1.300,00 (D) 1.200,00 (E) 800,00 Comentários: A questão aborda o Balanço Financeiro. Este demonstra a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Segue abaixo a estrutura “pedagógica-contábil” do Balanço Financeiro:

INGRESSOS DISPÊNDIOS Orçamentários 180 Orçamentários 140

Receitas Correntes 100 Saúde 80

Receitas de Capital 80 Transporte 60

Extra-orçamentários 30 Extra-orçamentários 20

Restos a pagar inscritos 20 Restos a pagar pagos 10

Cauções 10 Devolução de depósitos 10

Saldo do Exercício 50 Saldo Exercício Seguinte 100

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Total 260 Total 260

O Balanço Financeiro é um quadro com duas seções: Ingressos (Orçamentários e Extra-Orçamentários) e Dispêndios (Orçamentários e Extra-Orçamentários), que se equilibram com a inclusão do saldo em espécie do exercício anterior na coluna dos ingressos e o saldo em espécie pra o exercício seguinte na coluna dos dispêndios.

A partir do saldo do exercício anterior e considerando os movimentos de recursos ocorridos no exercício financeiro (entradas e saídas), chegamos ao saldo que passará para o exercício seguinte.

É muito importante ter em mente que o BF lida, a priori, apenas com recursos financeiros. Entretanto, as despesas demonstradas são as empenhadas (lei 4.320) ou liquidadas (STN), englobando as pagas e não pagas. Não seria correto deixar que as despesas não pagas influenciassem o resultado financeiro do exercício, pois estas não são fatos financeiros. Para compensar a inclusão de todas as despesas orçamentárias, o legislador determinou que os restos a pagar inscritos no exercício (despesas empenhadas e não pagas) fossem demonstrados ao lado dos ingressos extra-orçamentários. Esse artifício possibilita que todas as despesas orçamentárias sejam demonstradas e, ao mesmo tempo, impede que as não pagas afetem a apuração do resultado financeiro. Assim, podemos perceber que a preferência foi a de demonstrar todas as despesas orçamentárias, a despeito do propósito inicial do Balanço Financeiro, qual seja → apresentar apenas o movimento de recursos ocorrido no exercício.

Os restos a pagar só afetam o cálculo do resultado financeiro quando são pagos, pois agora sim são fatos financeiros e merecem ser demonstrados ao lado dos dispêndios extra-orçamentários. Os restos a pagar pagos são aqueles inscritos em X0 e pagos em X1.

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O Resultado Financeiro do Exercício pode ser calculado das seguintes maneiras:

� RF = Ingressos – Dispêndios; ou � RF = Saldo que passa (ou atual) – Saldo do exercício anterior.

Se o RF for positivo é chamado de superávit, se for negativo, de déficit. Não confunda Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial com Resultado Financeiro Superavitário.

Nossa questão solicita o saldo do exercício anterior e oferece os seguintes dados. Saldo para o Exercício Seguinte → 2.100,00 Saldo do Exercício Anterior → ? Restos a pagar (pagamento no exercício) → 2.800,00 Restos a pagar (contrapartida da despesa a pagar) → 2.000,00

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Receitas de Capital → 5.000,00 Receitas Correntes → 10.500,00 Despesas Correntes → 8.600,00 Despesas de Capital → 5.100,00 Depósitos Cauções (valores recebidos no exercício) → 500,00 Consignações (valores retidos da folha de pagamento do exercício) → 600,00 Consignações (recolhimentos no exercício) → 800,00 Entidades vinculadas (empréstimos concedidos) → 500,00 Com estas contas podemos montar o seguinte esquema:

Ingressos Dispêndios

Orçamentários

Receitas de Capital 5.000 Despesas Correntes 8.600

Receitas Correntes 10.500 Despesas de Capital 5.100

Extra-Orçamentários

Restos a Pagar Inscritos 2.000 Restos a Pagar Pagos 2.800

Depósitos e cauções (valores recebidos no

exercício) 500

Consignações (recolhimentos) 800

Consignações (valores retidos) 600 Empréstimos a entidades vinculadas

500

Saldo Anterior X Saldo que Passa 2.100

Total ?? Total ??

RF = ingressos – dispêndios = (5.000 + 10.500 + 2.000 + 500 + 600) – (8.600 + 5.100 + 2.800 + 800 + 500) = 800. RF = Sado que passa – saldo anterior → 800 = X – 2.100 → X = 1.300. Conclusão: Depósitos e cauções (valores recebidos ou atuais) → ingressos extra-orçamentários. Depósitos e cauções (valores devolvidos ou saldos anteriores) → dispêndios extra-orçamentários. Consignações (valores retidos) → ingressos extra-orçamentários. Consignações (recolhimentos) → dispêndios extra-orçamentários. Para memorizar as consignações pense assim: o servidor INO tem um empréstimo consignado. Ou seja, a prestação a ser paga para a financeira sai direto de sua folha. Até seu pagamento, a prestação fica retida no órgão, aumentando sua disponibilidade. Por ocasião do repasse, a disponibilidade do órgão é onerada.

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Salário Total → consignações + salário líquido. As consignações só saem dos cofres públicos para serem pagas à financeira. Até lá, elas aumentam a disponibilidade do órgão. Momento 1 – pagamento de salários (10.000,00). Servidor (salário bruto) → 10.000,00. Retenção pelo órgão → 200,00. Servidor (salário líquido) → 9.800,00. Disponibilidade do órgão → - 9.800,00 (↓10.000,00 ↑ 200,00). Financeira → 0 (zero). Momento 2 – repasse da consignação para financeira (recolhimento). Servidor → 9.800,00. Disponibilidade do órgão → -200,00 – 9.800,00 = - 10.000,00. Financeira → 200,00. Apresentação da folha de pagamento: Créditos → Salários → 10.000,00. Débitos → Consignações → 200,00 → sai dos cofres públicos direto para a financeira. Líquido → 9.800,00. Letra C. Instruções: Para responder às duas questões a seguir, considere os fatos abaixo: −Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento de uma entidade pública com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 900.000,00. −Abertura de créditos especiais, com base no superávit financeiro do período anterior, no valor de R$ 30.000,00. −Arrecadação de tributos no valor de R$ 775.000,00. −Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 25.000,00. −Operações de Crédito para compra de bens móveis no valor de R$ 110.000,00.

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−Venda de um terreno pelo valor de custo registrado contabilmente por R$ 40.000,00. −Recebimentos referentes à prestação de serviços realizada por entidade da administração indireta, no valor de R$ 60.000,00. −Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$ 400.000,00; aquisição de móveis R$ 415.000,00; aquisição de material de consumo R$ 30.000,00; amortização da dívida fundada R$ 50.000,00. −Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00. −Recebimento de cauções no valor de R$ 30.000,00. −Pagamento de Restos a Pagar no valor de R$ 400.000,00. −Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 100.000,00. −Inscrição de Tributos em Dívida Ativa no valor de R$ 27.000,00. −Variação Cambial da Dívida Fundada Externa no valor de R$ 15.000,00 (aumento).

9. (FCC/TCE/TCM PA 2010) O resultado de execução orçamentária foi, em reais,

(A) deficitário em 30.000,00 (B) superavitário em 70.000,00 (C) superavitário em 95.000,00 (D) superavitário em 105.000,00 (E) superavitário em 137.000,00 Comentários: O Resultado da Execução Orçamentária é calculado no Balanço Orçamentário e corresponde à diferença entre as receitas e despesas executadas. Obviamente, devemos considerar no cálculo somente as receitas e despesas orçamentárias executadas, sejam efetivas ou não. Vejamos: −Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento de uma entidade pública com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 900.000,00 → simples aprovação do orçamento. Receitas previstas = despesas fixadas = 900.000,00.

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−Abertura de créditos especiais, com base no superávit financeiro do período anterior, no valor de R$ 30.000,00 → não se trata ainda de receitas e despesas executadas. Com a abertura do crédito adicional, houve um aumento do limite disponível para emissão de empenhos. −Arrecadação de tributos no valor de R$ 775.000,00 → agora sim! Receitas orçamentárias executadas = 775.000. −Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 25.000,00 → o recebimento da dívida ativa é receita corrente não efetiva e, portanto, receita orçamentária → Receitas = 775.000 + 25.000 = 800.000,00. −Operações de Crédito para compra de bens móveis no valor de R$ 110.000,00 → as operações de crédito são receitas de capital → Receitas = 800.000 +110.000 = 910.000. −Venda de um terreno pelo valor de custo registrado contabilmente por R$ 40.000,00 → as alienações de bens são também receitas de capital → Receitas = 910.000 + 40.000 = 950.000. −Recebimentos referentes à prestação de serviços realizada por entidade da administração indireta, no valor de R$ 60.000,00 → Receitas correntes de serviços → Receitas = 950.000 + 60.000 = 1.010.000. −Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$ 400.000,00; aquisição de móveis R$ 415.000,00; aquisição de material de consumo R$ 30.000,00; amortização da dívida fundada R$ 50.000,00 → falou em empenho, já quer dizer que as despesas são orçamentárias, pois não existe empenho de despesas extra-orçamentárias → Despesas = 895.000. −Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00 → Despesas = 895.000 + 20.000 = 915.000. −Recebimento de cauções no valor de R$ 30.000,00 → o recebimento de cauções é receita extra-orçamentária. −Pagamento de Restos a Pagar no valor de R$ 400.000,00 → o pagamento de restos a pagar é despesa extra-orçamentária. −Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 100.000,00 → decréscimo patrimonial. Variação passiva extra-orçamentária. Não houve execução do orçamento, o fato simplesmente aconteceu. −Inscrição de Tributos em Dívida Ativa no valor de R$ 27.000,00 → variação

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ativa extra-orçamentária. Somente o recebimento que é contabilizado como receita corrente não efetiva. −Variação Cambial da Dívida Fundada Externa no valor de R$ 15.000,00 (aumento) → se a dívida aumentou, logo é uma variação passiva extra-orçamentária. Receitas Orçamentárias Executadas = 1.010.000. Despesas Orçamentárias Executadas = 915.000. ROE = 1.010.000 – 915.000 = 95.000. Letra C.

10. (FCC/TCE/TCM PA 2010) O aumento efetivo da Situação Patrimonial Líquida provocado pelas Receitas Orçamentárias foi, em reais,

(A) 1.010.000,00 (B) 970.000,00 (C) 865.000,00 (D) 860.000,00 (E) 835.000,00 Comentários: Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, as receitas se dividem em efetivas e não efetivas. As primeiras causam impacto positivo na situação líquida patrimonial, as segundas, não. A questão quer saber qual o valor das receitas efetivas. −Arrecadação de tributos no valor de R$ 775.000,00 →→→ Receita efetiva. −Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 25.000,00 → Receita não efetiva. −Operações de Crédito para compra de bens móveis no valor de R$ 110.000,00 → Receita não efetiva (troca de dívida por dinheiro). −Venda de um terreno pelo valor de custo registrado contabilmente por R$ 40.000,00 → receitas não efetivas (troca de bem por dinheiro). −Recebimentos referentes à prestação de serviços realizada por entidade da administração indireta, no valor de R$ 60.000,00 →→→ Receita efetiva. Agora é só somar!

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775.000 + 60.000 = 835.000. Letra E.

11. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TRF 4° Região 2010) É uma variação patrimonial ativa independente da execução orçamentária:

(A) inscrição de um débito tributário na dívida ativa. (B) aquisição de bens imóveis. (C) superveniência passiva. (D) receita proveniente de taxas cobradas em virtude do exercício do poder de polícia. (E) receita proveniente de contribuições de intervenção sobre o domínio econômico. Comentários: Antes de resolvermos a questão, vou falar um pouquinho sobre a DVP (Demonstração das Variações Patrimoniais). A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indica o resultado patrimonial do exercício. A estrutura da DVP é a seguinte:

Variações Ativas Variações Passivas

Resultantes da Execução Orçamentária Resultantes da Execução Orçamentária

Receitas Orçamentárias

Correntes

Capital

Despesas Orçamentárias

Correntes

Capital

Interferências Ativas

Cota recebida

Repasse recebido

Sub-Repasse recebido

Interferências Passivas

Cota concedida

Repasse concedido

Sub-Repasse concedido

Mutações Ativas

Aquisição de bens

Empréstimos concedidos

Mutações Passivas

Venda de bens

Empréstimos recebidos

Independentes da Execução Orçamentária Independentes da Execução Orçamentária

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Inscrição Dívida Ativa

Cancelamento de Dívidas Passivas

Interferências Ativas (transferências de bens

recebidas de outros órgãos públicos).

Acréscimos Patrimoniais (doações de bens

recebidas de terceiros).

Cancelamento Dívida Ativa

Encampação de Dívidas Passivas

Interferências Passivas (transferências de

bens concedidas a outros órgãos públicos).

Decréscimos Patrimoniais (Doações de bens

concedidas a terceiros).

Soma das VA Soma da VP

Déficit Superávit

Total Total

São duas colunas: Variações Ativas e Passivas. Ambas são divididas em resultantes e independentes da execução orçamentária. VAO → Receitas Orçamentárias + Interferências Ativas Orçamentárias + Mutações Ativas. VAEO → Inscrição Dívida Ativa/Cancelamento Dívidas Passivas + Interferências Ativas Extra-Orçamentárias + Acréscimos Patrimoniais. VPO → Despesas Orçamentárias + Interferências Passivas Orçamentárias + Mutações Passivas. VPEO → Cancelamento Dívida Ativa/Encampação Dívidas Passivas + Interferências Passivas Extra-Orçamentárias + Decréscimos Patrimoniais. Vamos ver o que é cada coisa?

� Receitas Orçamentárias → Receitas Correntes e de Capital.

� Receitas Correntes → tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências e outras (TRICOPAIS TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Receitas de Capital → operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências e outras (OPALIAMAOR TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Interferência Ativa Orçamentária → quando o órgão recebe

transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Ativas → mutações da despesa não-efetiva. Compra de bens. Concessão de empréstimos.

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� Interferência Ativa Extra-Orçamentária → quando o órgão recebe transferência de bens de outros órgãos públicos.

� Acréscimos Patrimoniais → aumentos no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é o recebimento da doação de bens de terceiros.

� Despesas Orçamentárias → Despesas Correntes e de Capital.

� Despesas Correntes → pessoal e encargos sociais, juros e

encargos da dívida e outras despesas correntes (O PESSOAL JURA QUE SÃO OUTRAS).

� Despesas de Capital → investimentos, inversões financeiras e amortização de dívidas (INVESTE PARA INVERTER A AMORTIZAÇÃO).

� Interferência Passiva Orçamentária → dessa vez o órgão efetua

uma transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Passivas → mutações da receita não-efetiva. Alienação

de bens. Amortização de empréstimos.

� Decréscimos Patrimoniais → diminuições no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é a doação de bens a terceiros.

Através da DVP calculamos o Resultado Patrimonial do Exercício comparando-se as Variações Ativas com as Passivas. Se o resultado é positivo, temos um Superávit Patrimonial. Se o resultado é negativo, temos um Déficit Patrimonial. O superávit deve ser apresentado ao lado das Variações Passivas e o déficit, das Variações Ativas. Isto é feito para que o demonstrativo apresente valor total igual em ambas as colunas.

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O resultado patrimonial do exercício deve ser levado ao BP, onde se somará ao Saldo Patrimonial. Esta distinção entre Saldo Patrimonial e Resultado Patrimonial é bastante cobrada em concurso. Saldo Patrimonial pertence ao BP. Resultado Patrimonial é apurado na DVP. Alguns autores consideram a inscrição da dívida ativa e o cancelamento da dívida passiva como receitas extra-orçamentárias e as representam como tal na DVP. Sem entrar no mérito da discussão, até mesmo para poupar a “cabeça” de vocês, a FCC costuma cobrar assim: Receitas extra-orçamentárias → inscrição RP + entradas compensatórias (contratação de ARO, recebimento de cauções e depósitos). Despesas extra-orçamentária → pagamento de RP + saídas compensatórias (pagamento de ARO, devolução de cauções e depósitos, recolhimento de consignações). Inscrição da dívida ativa/cancelamento da dívida passiva → variação ativa independente da execução orçamentária. Só aconselho a você ficar esperto com outras bancas, OK? Relembrando: este é um curso para certames da FCC. A idéia é ganhar tempo e não ficar discutindo a morte da bezerra. Vamos classificar todas as contas de nossa questão para ver como fica: Letra A → inscrição de um débito tributário na dívida ativa → variação ativa independente da execução orçamentária. O recebimento da dívida ativa é receita corrente não efetiva. Letra B → aquisição de bens imóveis → quando ocorre a aquisição de um

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bem, o órgão deve computar uma despesa orçamentária (de capital) e uma mutação ativa, pois se trata de uma despesa não efetiva. A FCC costuma considerar estes casos apenas como mutações. Letra C → superveniência passiva → as superveniências estão relacionadas a fatos extra-orçamentários e são ligadas a aumentos do ativo e passivo. Superveniências ativas → aumento do ativo (recebimento de um bem em doação). Superveniências passivas → aumentos do passivo (reconhecimento de uma dívida). Há também as insubsistências, relacionadas a fatos extra-orçamentários e que provocam a diminuição das contas do ativo e passivo. Em resumo:

� Superveniência Ativa → Superveniência do Ativo → aumento do ativo → doação recebida.

� Insubsistência Ativa → Insubsistência do Passivo → diminuição do passivo → cancelamento de uma dívida.

� Superveniência Passiva → Superveniência do Passivo → aumento do passivo → reconhecimento de uma dívida.

� Insubsistência Passiva → Insubsistência do Ativo → diminuição do ativo → doação a terceiros.

Esta classificação é distinta daquela que divide as contas em acréscimos e decréscimos patrimoniais. De fato, os acréscimos e decréscimos estão relacionados a fatos extra-orçamentários que aumentam e diminuem o patrimônio. É verdade que um fato pode ser um acréscimo e uma superveniência ativa ao mesmo tempo como, por exemplo, o recebimento de bens em doação. No entanto, repito que estas classificações não se confundem. Letra D → receita proveniente de taxas cobradas em virtude do exercício do poder de polícia → receitas orçamentárias (correntes, tributárias). Letra E → receita proveniente de contribuições de intervenção sobre o domínio econômico → receitas orçamentárias (correntes, de contribuições). Letra A.

12. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TRF 4° Região 2010) No Balanço Financeiro

(A) é feita a comparação entre os valores previstos da receita e os valores efetivamente arrecadados.

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(B) são comparadas as variações patrimoniais ativas e passivas e apurado o resultado patrimonial do exercício. (C) é apurada a situação patrimonial do ente público, por comparação entre ativos e passivos. (D) os restos a pagar do exercício figuram como receita extra-orçamentária. (E) é calculado o resultado nominal do ente público. Comentários: O BF demonstra a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

INGRESSOS DISPÊNDIOS Orçamentários 180 Orçamentários 140

Receitas Correntes 100 Saúde 80

Receitas de Capital 80 Transporte 60

Extra-orçamentários 30 Extra-orçamentários 20

Restos a pagar inscritos 20 Restos a pagar pagos 10

Cauções 10 Devolução de depósitos 10

Saldo do Exercício Anterior

50 Saldo Exercício Seguinte 100

Total 260 Total 260 No BF, os restos a pagar inscritos são demonstrados nos ingressos ou receitas extra-orçamentárias para compensar sua inclusão nas despesas orçamentárias. Este artifício impede que as despesas orçamentárias não pagas influenciem o resultado financeiro, tendo em vista que as despesas são demonstradas sem levar em consideração a saída de recursos, mas sim se estão executadas (pagas ou não). Os RP pagos são demonstrados apenas ao lado dos dispêndios ou despesas extra-orçamentárias e influenciam negativamente o resultado financeiro do exercício. Os RP pagos são aqueles inscritos em X0 e pagos em X1. Letra D.

13. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TRF 4° Região 2010) Dados

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extraídos do balanço patrimonial de um ente público (em R$): Ativo Real Líquido →100.000,00 Passivo Financeiro → 180.000,00 Ativo Permanente → 320.000,00 Passivo Permanente → 260.000,00 Ativo Compensado → 50.000,00 O valor do Ativo Financeiro nesse exercício correspondeu, em R$, a (A) 140.000,00. (B) 220.000,00. (C) 160.000,00. (D) 170.000,00. (E) 270.000,00. Comentários: No Balanço Patrimonial o Ativo está dividido em Ativo Financeiro, Ativo Permanente e Ativo Compensado. O Passivo está dividido em Passivo Financeiro, Passivo Permanente e Passivo Compensado. Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Permanente. Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Permanente. Chamamos a diferença positiva entre AR e PR de Ativo Real Líquido. A diferença negativa, de Passivo Real a Descoberto. As contas de compensação não afetam a apuração do Saldo Patrimonial. No caso em tela: PR = PF + PP = 180.000 + 260.000 = 440.000. AR = AF + AP → AR = AF + 320.000. ARL = AR – PR → 100.000 = (AF + 320.000) – 440.000 → AF = 220.000. Letra B.

14. (FCC/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas/SEFAZ SP 2010) Uma variação patrimonial aumentativa decorrente da execução orçamentária é aquela resultante de

(A) transferência de recursos recebida de outros entes governamentais.

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(B) aquisição de bens móveis. (C) cancelamento de débitos dos contribuintes com a fazenda pública. (D) reconhecimento da valoração de bens imóveis. (E) variação cambial da dívida fundada por desvalorização da moeda estrangeira. Comentários: Para este tipo de questão, facilita bastante ter em mente o esquema da DVP. Ajuda muito mesmo.

Variações Ativas Variações Passivas

Resultantes da Execução Orçamentária Resultantes da Execução Orçamentária

Receitas Orçamentárias

Correntes

Capital

Despesas Orçamentárias

Correntes

Capital

Interferências Ativas

Cota recebida

Repasse recebido

Sub-Repasse recebido

Interferências Passivas

Cota concedida

Repasse concedido

Sub-Repasse concedido

Mutações Ativas

Aquisição de bens

Empréstimos concedidos

Mutações Passivas

Venda de bens

Empréstimos recebidos

Independentes da Execução Orçamentária Independentes da Execução Orçamentária

Inscrição Dívida Ativa

Cancelamento de Dívidas Passivas

Interferências Ativas (transferências de bens

recebidas de outros órgãos públicos).

Acréscimos Patrimoniais (doações de bens

recebidas de terceiros).

Cancelamento Dívida Ativa

Encampação de Dívidas Passivas

Interferências Passivas (transferências de

bens concedidas a outros órgãos públicos).

Decréscimos Patrimoniais (Doações de bens

concedidas a terceiros).

Soma das VA Soma da VP

Déficit Superávit

Total Total

� Receitas Orçamentárias → Receitas Correntes e de Capital.

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� Receitas Correntes → tributárias, de contribuições,

patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências e outras (TRICOPAIS TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Receitas de Capital → operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências e outras (OPALIAMAOR TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Interferência Ativa Orçamentária → quando o órgão recebe

transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Ativas → mutações da despesa não-efetiva. Compra de bens. Concessão de empréstimos.

� Interferência Ativa Extra-Orçamentária → quando o órgão recebe

transferência de bens de outros órgãos públicos.

� Acréscimos Patrimoniais → aumentos no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é o recebimento da doação de bens de terceiros.

� Despesas Orçamentárias → Despesas Correntes e de Capital.

� Despesas Correntes → pessoal e encargos sociais, juros e

encargos da dívida e outras despesas correntes (O PESSOAL JURA QUE SÃO OUTRAS).

� Despesas de Capital → investimentos, inversões financeiras e amortização de dívidas (INVESTE PARA INVERTER A AMORTIZAÇÃO).

� Interferência Passiva Orçamentária → dessa vez o órgão efetua

uma transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Passivas → mutações da receita não-efetiva. Alienação

de bens. Amortização de empréstimos.

� Decréscimos Patrimoniais → diminuições no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é a doação de bens a terceiros.

Vejamos nossas alternativas: Letra A → transferência de recursos recebida de outros entes governamentais → interferência ativa orçamentária → VAO.

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Letra B → aquisição de bens móveis → fato permutativo = despesa de capital (VPO) + mutação ativa (VAO). Letra C → cancelamento de débitos dos contribuintes com a fazenda pública → “desapareceu” um direito de receber uma dívida → VPEO. Letra D → reconhecimento da valoração de bens imóveis → o valor do meu bem aumentou → acréscimo patrimonial → VAEO. Letra E → variação cambial da dívida fundada por desvalorização da moeda estrangeira → acréscimo patrimonial → VAEO (considerando que a dívida está vinculada à oscilação da moeda estrangeira). Letra A.

15. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 21º Região 2010) As variações ativas classificadas no grupo de mutações patrimoniais

(A) originam-se de fatos de superveniências ativas ou insubsistências passivas. (B) originam-se da execução orçamentária e são decorrentes de bens e valores da caráter temporário. (C) originam-se da execução orçamentária e são decorrentes de uma troca de bens permanentes por um bem numerário. (D) caracterizam-se pela variação patrimonial permutativa em dois momentos distintos: variação passiva e diminutiva pela saída do dinheiro e, variação ativa, aumentativa, pela incorporação do bem adquirido. (E) são as mudanças que ocorrem entre os bens e os direitos, exceto as obrigações do patrimônio público. Comentários: As mutações ativas (ou mutações da despesa) são decorrentes das operações que envolvem despesas não efetivas. Elas permitem o registro destes fatos permutativos como despesa, ao mesmo passo que impedem a influência dos mesmos no resultado patrimonial do exercício. As despesas não efetivas são contabilizadas da seguinte maneira (compra de um carro): D – Despesa Orçamentária Não-Efetiva C – Ativo (Bancos)

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D – Ativo (Carro) C – Mutação Ativa A contabilização desse fato permutativo ocorre em dois momentos: no primeiro há a saída do recurso e o reconhecimento da despesa orçamentária através de lançamento no sistema financeiro e, logo em seguida, há o registro da incorporação do bem com a mutação ativa no sistema patrimonial. Para arrematar a resposta (letra D), a despesa orçamentária é classificada na DVP como uma VPO. A única alternativa que poderia ter confundido o candidato é a letra C. Acontece que quando há uma troca de bem por dinheiro, temos a arrecadação de uma receita não efetiva. Este tipo de receita gera uma mutação passiva em sua contabilização (alienação de bens): D – Ativo (Bancos) C – Receita Orçamentária Não-Efetiva D – Mutação Passiva C – Ativo (Bem) Num primeiro momento há a entrada do recurso com o reconhecimento da receita orçamentária no sistema financeiro. No segundo, há o registro da baixa do bem com a mutação passiva. Mutação ativa → mutação da despesa não efetiva → fato permutativo. Mutação passiva → mutação da receita não efetiva → fato permutativo. Letra D.

16. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 21º Região 2010) No balanço patrimonial, a conta representativa do patrimônio público cujos recursos são controlados pela entidade como resultado de eventos passados e dos quais se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços, denomina-se

(A) ativo. (B) passivo. (C) patrimônio líquido. (D) conta de compensação. (E) resultado diferido.

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Sistema Patrimonial

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Comentários: De acordo com a NBC T 16.2, o patrimônio público é estruturado em três grupos:

� Ativos → são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços;

� Passivos → são obrigações presentes da entidade, derivadas de

eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços; e

� Patrimônio Líquido → é o valor residual dos ativos da entidade

depois de deduzidos todos seus passivos. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.268/09).

Letra A.

17. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia, administração e ciências contábeis/ALESP 2010) Um exemplo de aumento da situação patrimonial líquida independente da execução do orçamento é

(A) a aquisição de bens móveis. (B) o cancelamento de débitos dos contribuintes com a fazenda pública. (C) o reconhecimento da valoração de bens imóveis. (D) a transferência de recursos recebida de outros entes governamentais. (E) a variação cambial da dívida fundada por valoração da moeda estrangeira. Comentários: Letra A → aquisição de bens móveis → despesa de capital e mutação ativa → VPO + VAO. Letra B → cancelamento de débitos dos contribuintes com a fazenda pública → VPEO. Perdi um direito de receber uma dívida. Letra C → reconhecimento da valoração de bens imóveis → acréscimo patrimonial → VAEO. Letra D → transferência de recursos recebida de outros entes governamentais → interferência ativa orçamentária → VAO. Letra E → variação cambial da dívida fundada por valoração da moeda

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estrangeira → aumento da dívida → decréscimo patrimonial → VPEO. Letra C.

18. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AM 2010) Pela análise do Balanço Patrimonial, observou-se que uma entidade pública apresentava, em milhões de reais, Ativo Real Líquido de 200,00 e Ativo Permanente de 800,00 (o que representava 2/3 da soma do Ativo Real). Sabendo-se que o quociente de situação financeira era de 1,6, pode-se afirmar que o Passivo Permanente da entidade era, em milhões de reais,

(A) 250,00 (B) 750,00 (C) 800,00 (D) 950,00 (E) 1.075,00 Comentários: Muito legal essa questão! A primeira coisa que devemos fazer é descobrir o Ativo Real e o Ativo Financeiro. AR = AP + AF. Sabemos que o AP = 800 = 2/3 AR. Logo, por dedução, o AF = 1/3 AR. 2AR/3 = 800 → 2AR = 2400 → AR = 1.200. AF = 1.200/3 = 400. O quociente de situação financeira = AF/PF. QSF = 1,6 = 400/PF → PF = 250. ARL = AR – PR → 200 = 1.200 – (PF + PP) → 250 + PP = 1.000 → PP = 750. Letra B.

19. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AM 2010) Considere os fatos, a seguir, referentes ao exercício financeiro de X1 de um determinado governo municipal:

−Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 4.000.000,00. −Arrecadação da Receita: tributária R$ 1.200.000,00; de serviços R$

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300.000,00; patrimonial R$ 150.000,00; Transferências Correntes R$ 2.300.000,00; Alienação de Bens Móveis R$ 200.000,00. −Empenho de despesas com: pessoal R$ 2.200.000,00; serviços de terceiros R$ 245.000,00; material de consumo R$ 365.000,00; aquisição de imóveis R$ 800.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 260.000,00. −Liquidação de despesas com: pessoal R$ 2.200.000,00; serviços de terceiros R$ 200.000,00; material de consumo R$ 365.000,00; aquisição de imóveis R$ 700.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 260.000,00. −Pagamento de despesas com: pessoal R$ 2.000.000,00; serviços de terceiros R$ 180.000,00; material de consumo R$ 350.000,00; aquisição de imóveis R$ 700.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 260.000,00. −Pagamento de Restos a Pagar no valor de R$ 100.000,00. Com base nessas informações, é correto afirmar que, em X1, (A) o resultado de previsão orçamentária foi superavitário. (B) o excesso de arrecadação de receita foi R$ 560.000,00. (C) a economia orçamentária foi R$ 275.000,00. (D) a variação líquida positiva nas disponibilidades foi R$ 660.000,00. (E) o resultado de execução orçamentária foi R$ 280.000,00. Comentários: −Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 4.000.000,00 → a receita prevista apresenta mesmo valor da despesa fixada no orçamento aprovado. Não podemos dizer que houve superávit na previsão orçamentária. O orçamento foi aprovado com equilíbrio. Além disso, não existe “resultado da previsão orçamentária”, mas sim resultado da execução orçamentária. A letra A está incorreta. −Arrecadação da Receita: tributária R$ 1.200.000,00; de serviços R$ 300.000,00; patrimonial R$ 150.000,00; Transferências Correntes R$ 2.300.000,00; Alienação de Bens Móveis R$ 200.000,00 → total da receita arrecadada = 4.150.000. Se a receita prevista foi 4.000.000 e a arrecadada (executada) 4.150.000, houve excesso de arrecadação no valor de 150.000 e não 560.000 como afirma a letra B. −Empenho de despesas com: pessoal R$ 2.200.000,00; serviços de terceiros R$ 245.000,00; material de consumo R$ 365.000,00; aquisição de imóveis R$ 800.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 260.000,00 → Total da despesa empenhada = 3.870.000. Se a despesa fixada foi de 4.000.000, houve economia orçamentária de 130.000 e não 275.000, o que elimina a

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letra C. Percebe-se que a FCC tem uma queda por considerar como despesa executada a empenhada. Fique esperto! −Liquidação de despesas com: pessoal R$ 2.200.000,00; serviços de terceiros R$ 200.000,00; material de consumo R$ 365.000,00; aquisição de imóveis R$ 700.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 260.000,00 → Total da despesa liquidada = 3.725.000. −Pagamento de despesas com: pessoal R$ 2.000.000,00; serviços de terceiros R$ 180.000,00; material de consumo R$ 350.000,00; aquisição de imóveis R$ 700.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 260.000,00 → Total da despesa paga = 3.490.000. −Pagamento de Restos a Pagar no valor de R$ 100.000,00 → despesa extra-orçamentária. Restaram as letras D e E. Para calcularmos a variação das disponibilidades, basta efetuarmos uma continha com as receitas arrecadadas, despesas pagas e o pagamento de restos a pagar. Tipo um Balanço Financeiro. Receita arrecadada = 4.150.000. Despesa paga = - 3.490.000. Pagamento de RP = - 100.000. __________________________________________ Variação das disponibilidades = 560.000 e não 660.000 como afirma a letra D. Apesar de já sabermos a resposta, vamos checar a letra E. O Resultado da Execução Orçamentária é a diferença entre as receitas e despesas executadas. A FCC considerou como despesa executada a empenhada. ROE = RE – DE = 4.150.000 – 3.870.000 = 280.000. Letra E.

20. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AM 2010) Considere os fatos, a seguir, de uma determinada entidade pública referente ao exercício financeiro de X1:

−Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa conforme Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 900.000,00. −Abertura de créditos especiais, com base no superávit financeiro do período anterior, no valor de R$ 30.000,00.

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−Arrecadação de tributos no valor de R$ 775.000,00. −Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 25.000,00. −Operações de Crédito para compra de bens móveis no valor de R$ 110.000,00. −Venda de um terreno pelo valor de custo registrado contabilmente por R$ 40.000,00. −Recebimentos referentes à prestação de serviços realizada por entidade da administração indireta, no valor de R$ 60.000,00. −Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$ 400.000,00; aquisição de móveis R$ 415.000,00; aquisição de material de consumo R$ 30.000,00; amortização da dívida fundada R$ 50.000,00. −Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00. −Recebimento de cauções no valor de R$ 30.000,00. −Pagamento de Restos a Pagar no valor de R$ 400.000,00. −Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 100.000,00. −Inscrição de Tributos em Dívida Ativa no valor de R$ 50.000,00. −Variação Cambial da Dívida Fundada Externa no valor de R$ 15.000,00 (redução). −Reconhecimento de tributos recolhidos indevidamente no valor de R$ 10.000,00, cujo despacho de autorização ocorreu em X1. Com base nessas informações, é correto afirmar que os valores das receitas orçamentárias e extra-orçamentárias no Balanço Financeiro foram, respectivamente, em reais, de (A) 1.000.000,00 e 40.000,00 (B) 1.010.000,00 e 50.000,00 (C) 1.000.000,00 e 60.000,00 (D) 1.010.000,00 e 80.000,00 (E) 890.000,00 e 60.000,00 Comentários:

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Aqui é só classificar cada conta. Relembrando que o BF lida com recursos financeiros. Outra coisa, não interessa para o BF se a receita e a despesa são efetivas ou não efetivas. −Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa conforme Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 900.000,00 → mera previsão, não representam fatos financeiros. −Abertura de créditos especiais, com base no superávit financeiro do período anterior, no valor de R$ 30.000,00 → aumento do limite para emissão de empenhos. Por enquanto não há despesa executada. −Arrecadação de tributos no valor de R$ 775.000,00 → agora sim. RO = 775.000. −Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 25.000,00 → recebimento da dívida ativa = receita corrente, orçamentária, portanto → RO = 775.000 + 25.000 = 800.000. −Operações de Crédito para compra de bens móveis no valor de R$ 110.000,00 → receita de capital, orçamentária → RO = 800.000 + 110.000 = 910.000. −Venda de um terreno pelo valor de custo registrado contabilmente por R$ 40.000,00 → receita de alienação de bens, receita de capital, orçamentária → RO = 910.000 + 40.000 = 950.000. −Recebimentos referentes à prestação de serviços realizada por entidade da administração indireta, no valor de R$ 60.000,00 → receita de serviços, corrente, orçamentária → RO = 950.000 + 60.000 = 1.010.000. −Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$ 400.000,00; aquisição de móveis R$ 415.000,00; aquisição de material de consumo R$ 30.000,00; amortização da dívida fundada R$ 50.000,00 → despesas pagas = 895.000. −Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00 → Despesas liquidadas = 20.000. −Recebimento de cauções no valor de R$ 30.000,00 → receitas extra-orçamentárias = 30.000. −Pagamento de Restos a Pagar no valor de R$ 400.000,00 → despesas extra-orçamentárias = 400.000. −Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 100.000,00 → decréscimo patrimonial, não há movimentação de recursos.

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−Inscrição de Tributos em Dívida Ativa no valor de R$ 50.000,00 → variação ativa extra-orçamentária. Não há recursos envolvidos. −Variação Cambial da Dívida Fundada Externa no valor de R$ 15.000,00 (redução) → despesa extra-orçamentária e na DVP, variação passiva extra-orçamentária. −Reconhecimento de tributos recolhidos indevidamente no valor de R$ 10.000,00, cujo despacho de autorização ocorreu em X1 → a anulação da receita reconhecida a maior é contabilizada como dedução da respectiva receita orçamentária e também como restituição de receita a pagar (receita extra-orçamentária), pois devemos devolver este valor ao verdadeiro proprietário. Até lá, o montante aumenta as disponibilidades do ente. Logo: Receita Orçamentária = 1.010.000 – 10.000 = 1.000.000. Receita Extra-Orçamentária = 30.000 + restos a pagar inscritos + restituição de receita a pagar. Restos a Pagar são as despesas empenhadas e não pagas em 31/12. São classificados em processados e não processados, caso a despesa tenha percorrido ou não a fase da liquidação. Na nossa questão, temos apenas RPP = 20.000. REO = 30 + 20 + 10.000 = 60.000. Letra C.

21. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AM 2010) Observe o Balanço Orçamentário (em milhões de reais) de uma determinada entidade pública:

Sabe-se que houve abertura de créditos suplementares no valor de R$

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80,00 (milhões), cujo recurso de cobertura foi o superávit financeiro do exercício anterior e que todas as despesas empenhadas foram pagas. Com base nos dados de previsão e execução orçamentária, é possível afirmar que o (A) quociente de execução da receita foi 1,2. (B) quociente de cobertura dos créditos adicionais foi 1,6. (C) aumento na situação financeira líquida foi R$ 88,00 (milhões). (D) quociente de equilíbrio orçamentário foi 0,9. (E) valor das receitas arrecadadas é igual ao das despesas empenhadas. Comentários: Muita maldade! Letra A → QER = receita executada / receita prevista = 1.728/1.440 = 1,2. Correto! Letra B → QCCA = excesso de arrecadação / créditos adicionais abertos = 288 / 60 + 20 + 80 = 288/160 = 1,8. Letra C → Situação Financeira Líquida = Superávit Financeiro = 80 milhões. Letra D → QEO = despesa fixada / receita prevista = 1680 (1600 + 80) / 1440 = 1,16. Letra E → receitas arrecadadas = 1.728. Despesas empenhadas = 1.540. Letra A.

22. (FCC/Agente de Defensoria – Contador/DPE SP 2010) Dados extraídos do balanço financeiro de um ente público encerrado em 31/12/2009:

Receita Orçamentária → 360.000,00 Despesa Orçamentária → 320.000,00 Saldo do Exercício anterior → 30.000,00 Restos a pagar inscritos no exercício → 20.000,00 Despesas extra-orçamentárias → 60.000,00 Demais receitas extra-orçamentárias → 40.000,00 Com base apenas nessas informações, pode-se concluir que o saldo do balanço financeiro em 31/12/2009 correspondia, em R$, a (A) 40.000,00 (B) 30.000,00 (C) 50.000,00

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(D) 70.000,00 (E) 20.000,00 Comentários: Ingressos → 360.000 + 20.000 + 40.000 = 420.000. Dispêndios → 320.000 + 60.000 = 380.000. Resultado Financeiro = 420 – 380 = 40.000. RF = Saldo atual – Saldo anterior → 40.000 = SAT – 30.000 → SAT = 70.000. Os restos a pagar inscritos são computados nas receitas extra-orçamentários para compensar sua inclusão nas despesas orçamentárias. Letra D.

23. (FCC/Agente de Defensoria – Contador/DPE SP 2010) Dados extraídos dos sistemas contábeis de um ente público (em R$):

Ativo Real Líquido em 31/12/2008 → 335.000,00 Déficit patrimonial de 2009 → 123.000,00 Passivo Permanente → 648.000,00 Ativo Permanente → 720.000,00 Passivo Compensado → 56.000,00 Sabendo-se que o valor do Ativo Financeiro em 31/12/2009 equivalia a 125% do Passivo Financeiro, o valor deste último em 31/12/2009 foi, em R$, igual a (A) 560.000,00 (B) 504.000,00 (C) 544.000,00 (D) 616.000,00 (E) 520.000,00 Comentários: Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Permanente. Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Real. Ativo Real Líquido = diferença positiva entre AR e PR. Questão estranha, mas vamos lá. O examinador queria que o candidato considerasse o seguinte:

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ARL em 2009 = 335.000 – 123.000 = 212.000 AF = 1,25PF. ARL = AR – PR = (AP + AF) – (PP + PF). 212.000 = (720.000 + 1,25PF) – (648.000 + PF) → PF = 560.000. Letra A.

24. (FCC/Agente de Defensoria – Contador/DPE SP 2010) Dados das demonstrações contábeis de um ente público relativas ao exercício encerrado em 31/12/2009 (em R$):

Déficit orçamentário executado → 130.000,00 Variações ativas independentes de execução orçamentária → 180.000,00 Variações passivas independentes de execução orçamentária → 155.000,00 Ativo Financeiro em 31/12/2009 → 389.000,00 Ativo Permanente em 31/12/2009 → 631.000,00 Com base apenas nessas informações, pode-se afirmar que o ente público nesse exercício apresentou: (A) Ativo Real Líquido positivo. (B) Passivo Real a descoberto. (C) Resultado patrimonial negativo. (D) Passivo Permanente inferior ao Ativo Permanente. (E) Passivo Financeiro inferior ao Ativo Financeiro. Comentários: Letra A → ARL = diferença positiva entre o Ativo Real e o Passivo Real. AR = AF + AP. PR = PF + PP. Não temos dados para calcular o que foi exigido. Letra B → PRD = diferença negativa entre o AR e o PR. Também não possuímos dados suficientes. Letra C → Resultado Patrimonial Independente da Execução Orçamentária → VAEO – VPEO = 180.000 – 155.000 = 25.000. Resultado Patrimonial Orçamentário = - 130.000 (dado pela questão).

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Resultado Patrimonial Total = 25.000 – 130.000 = - 105.000. Correto! Letras D e E → não há dados suficientes. Letra C.

25. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia, administração e ciências contábeis/ALESP 2010) Considere os dados, a seguir, extraídos da Demonstração das Variações Patrimoniais de uma determinada entidade pública.

Em R$ (milhões) Alienação de Bens Móveis → 140,00 Amortização de Empréstimos Tomados → 80,00 Aquisição de Bens Imóveis → 150,00 Aquisição de Bens Móveis → 380,00 Aquisição de Material de Consumo → 40,00 Aumento da Dívida Fundada por Correção Monetária → 250,00 Despesa Orçamentária → 1.450,00 Empréstimos Obtidos → 340,00 Incorporação de Bens Imóveis por doação → 200,00 Inscrição de Dívida Ativa → 120,00 Reavaliação de Bens Móveis (saldo credor) → 60,00 Receita Orçamentária → 1.600,00 A variação da situação patrimonial líquida decorrente da execução do orçamento foi um aumento de, em milhões de reais, (A) 150,00 (B) 260,00 (C) 320,00 (D) 440,00 (E) 450,00 Comentários: Alienação de Bens Móveis →→→ 140,00 – receita de capital + mutação passiva. Amortização de Empréstimos Tomados →→→ 80,00 – despesa de capital + mutação ativa. Aquisição de Bens Imóveis →→→ 150,00 – despesa de capital + mutação ativa.

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Aquisição de Bens Móveis →→→ 380,00 – despesa de capital + mutação ativa. Aquisição de Material de Consumo →→→ 40,00 – despesa corrente não efetiva (uma das poucas) + mutação ativa. Aumento da Dívida Fundada por Correção Monetária → 250,00 – decréscimo patrimonial. Despesa Orçamentária → 1.450,00 – despesa é despesa! Rsrsrs Empréstimos Obtidos →→→ 340,00 – receita de capital + mutação passiva. Incorporação de Bens Imóveis por doação → 200,00 – acréscimo patrimonial. Inscrição de Dívida Ativa → 120,00 – variação ativa extra-orçamentária. Reavaliação de Bens Móveis (saldo credor) → 60,00 – acréscimo patrimonial. Receita Orçamentária → 1.600,00 – receita é receita! Pelo fato de ter fornecido os valores de receita e despesa orçamentária, a banca considerou os valores em negrito apenas como mutações. Fica como jurisprudência.

Variações Ativas Variações Passivas Orçamentárias = 2.250 Orçamentárias = 1.930

Receita orçamentária 1.600 Despesa Orçamentária = 1.450. Mutação ativa = 80 + 150 + 380 + 40 = 650

Mutação passiva = 140 + 340 = 480.

Extra-Orçamentárias = 380 Extra-Orçamentárias = 250

Acréscimo patrimonial = 200 + 60 Decréscimo patrimonial = 250. Dívida ativa = 120. Déficit Superávit 450 Total 2.630 Total 2.630

VAO – VPO = 2.250 – 1.930 = 320. Letra C.

26. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia, administração e ciências contábeis/ALESP 2010) Considere o Balanço Orçamentário (em milhares de reais) de uma prefeitura

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municipal:

Com base nessas informações e de acordo com a Lei n° 4.320/64, é correto afirmar que (A) a economia orçamentária foi de R$ 30 (mil). (B) o resultado de previsão foi deficitário em R$ 50 (mil). (C) o valor das receitas arrecadadas é igual ao das despesas empenhadas. (D) a situação financeira líquida não sofreu alterações em decorrência da execução orçamentária. (E) o excesso de arrecadação foi suficiente para cobrir a abertura de créditos suplementares e especiais. Comentários: O próprio balanço nos oferece várias respostas. Letra A → economia de despesa é a diferença negativa entre a despesa executada e fixada. Ou seja, empenhei menos despesas que as inicialmente fixadas. Observando o balanço, temos que a economia de despesa é igual a 30.000. Letra B → não existe resultado da previsão. O que existe é uma comparação entre a receita prevista e a despesa fixada, com o fito de aferir se o orçamento foi aprovado de maneira equilibrada ou desequilibrada. Na questão em epígrafe, as receitas previstas totalizam 1.560 e as despesas fixadas, 1.630. Logo, o orçamento foi aprovado com desequilíbrio negativo no valor de 70. Letra C → receitas arrecadadas = 1.580. Despesas empenhadas = 1.600.

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Letra D → situação financeira líquida = superávit ou déficit financeiro = AF – PF. Com os dados fornecidos, não há como calcular. Letra E → EA = 20. Créditos adicionais = 10 + 20 = 30. Logo, EA < CA. Letra A. Instruções: Para responder às duas questões a seguir, considere as informações abaixo. No final do exercício financeiro de 2009, antes da apuração do resultado patrimonial, a prefeitura de WCL apresentava os seguintes saldos nas contas do sistema financeiro e patrimonial: Em R$ (milhões) Almoxarifado → 40,00 Aplicações Financeiras → 170,00 Bancos/Conta Movimento → 10,00 Bens Imóveis → 450,00 Bens Móveis → 150,00 Cauções → 60,00 Consignações → 22,00 Despesa Orçamentária → 215,00 Dívida Ativa → 35,00 Dívida Fundada Externa → 80,00 Dívida Fundada Interna → 500,00 Mutações Patrimoniais Ativas → 60,00 Mutações Patrimoniais Passivas → 50,00 Receita Orçamentária → 210,00 Restos a Pagar Processados → 55,00

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Saldo Patrimonial → 85,00 Serviços da Dívida a Pagar → 38,00 Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária → 24,00 Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária → 14,00

27. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia, administração e ciências contábeis/ALESP 2010) O valor total dos saldos devedores, em 31/12/2009, era, em milhões de reais,

(A) 1.219,00 (B) 1.181,00 (C) 1.154,00 (D) 1.134,00 (E) 1.129,00 Comentários: Almoxarifado → 40,00 – Ativo Permanente – Devedor. Aplicações Financeiras → 170,00 – Ativo Financeiro – Devedor. Bancos/Conta Movimento → 10,00 – Ativo Financeiro – Devedor. Bens Imóveis → 450,00 – Ativo Permanente – Devedor. Bens Móveis → 150,00 – Ativo Permanente – Devedor. Cauções → 60,00 – Passivo Financeiro – Credor. Consignações → 22,00 – Passivo Financeiro – Credor. Despesa Orçamentária → 215,00 – Devedor. Dívida Ativa → 35,00 – Direito (Ativo Permanente) – Devedor. Dívida Fundada Externa → 80,00 – Passivo Permanente – Credor. Dívida Fundada Interna → 500,00 – Passivo Permanente – Credor. Mutações Patrimoniais Ativas → 60,00 – VAO – Credor. Mutações Patrimoniais Passivas → 50,00 – VPO – Devedor. Receita Orçamentária → 210,00 – Credor.

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Restos a Pagar Processados → 55,00 – Passivo Financeiro – Credor. Saldo Patrimonial → 85,00 – Depende. Se positivo, credor. Se negativo, devedor. A banca considerou credor. Serviços da Dívida a Pagar → 38,00 – Dívida Flutuante – Passivo Financeiro – Credor. Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária → 24,00 – Credor. Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária → 14,00 – Devedor. Devedores = credores = 1.134. Admito que esta é uma questão maldosa, pra não dizer muito difícil. Por exemplo, a dívida ativa pode ser classificada como variação ativa extra-orçamentária (inscrição), receita orçamentária (recebimento) ou uma conta de ativo. Temos várias contas nessa situação: cauções, consignações, etc. O macete aqui era tentar igualar os dois saldos, credores e devedores. Aliás, isto é uma das características do balancete de verificação → os saldos credores e devedores devem ser exatamente iguais. Letra D.

28. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia, administração e ciências contábeis/ALESP 2010) Em 31/12/2009, o valor do Passivo Real e do Ativo Real Líquido após apuração do resultado patrimonial eram, respectivamente, em milhões de reais,

(A) 508,00 e 85,00 (B) 580,00 e 100,00 (C) 615,00 e 820,00 (D) 755,00 e 100,00 (E) 755,00 e 855,00 Comentários: Ativo Permanente = Almoxarifado (40) + Bens Imóveis (450) + Bens Móveis (150) + Dívida Ativa (35) = 675. Ativo Financeiro = Aplicações Financeiras (170) + Bancos/Conta Movimento (10) = 180.

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Passivo Permanente = Dívida Fundada Externa (80) + Dívida Fundada Interna (500) = 580. Passivo Financeiro = Restos a Pagar Processados (55) + Serviços da Dívida a Pagar (38) + Cauções (60) + Consignações (22) = 175. Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Permanente = 580 + 175 = 755. Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Permanente = 675 + 180 = 855. Ativo Real Líquido = 855 – 755 = 100. Letra D.

29. (FCC/ACE – Inspeção Governamental/TCM CE 2010) Considere os dados da tabela abaixo.

É correto afirmar que as contas de números (A) 1, 6 e 9 pertencem ao Balanço Orçamentário. (B) 4, 7 e 10 pertencem ao Balanço Financeiro. (C) 3, 4 e 10 pertencem ao Balanço Patrimonial. (D) 2, 5 e 8 pertencem ao Balanço Patrimonial. (E) 4, 7 e 8 pertencem ao Balanço Financeiro. Comentários: 1 – Receita Extra-Orçamentária → balanço financeiro. 2 – Dívida fundada interna → ativo permanente → balanço patrimonial. 3 – Ativo Real Líquido → balanço patrimonial. 4 – Ativo Financeiro → balanço patrimonial. 5 – Receita patrimonial → pode ser balanço orçamentário, balanço financeiro ou DVP.

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6 – Superávit orçamentário → balanço orçamentário. 7 – Saldo para o exercício seguinte → balanço financeiro. 8 – Ativo compensado → balanço patrimonial. 9 – Despesa orçamentária → pode ser balanço orçamentário, balanço financeiro ou DVP. 10 – Passivo financeiro → balanço patrimonial. Letra C.

30. (FCC/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas/SEFAZ SP 2010) É conta contábil de natureza credora:

(A) Aplicações Financeiras. (B) Mutação Patrimonial Passiva. (C) Bens Imóveis. (D) Execução Orçamentária da Receita. (E) Restos a Pagar do Exercício. Comentários: Letra A → aplicações financeiras → ativo financeiro → devedora. Letra B → mutação passiva → variação passiva orçamentária → devedora. Letra C → Bens imóveis → ativo permanente → devedora. Letra D → Execução orçamentária da receita. Aqui cabe uma observação. Tem quatro continhas que eu gostaria que vocês guardassem. A previsão da receita é controlada por contas do passivo compensado e a execução, do ativo compensado. A fixação da despesa é controlada em contas do ativo compensado e a execução da despesa em contas do passivo compensado. Isso cai muito. Não vou entrar em maiores detalhes, pois não agregará nada. Previsão da receita → passivo compensado → natureza credora. Execução da receita →→→ ativo compensado →→→ natureza devedora. Fixação da despesa → ativo compensado → natureza devedora. Execução da despesa → passivo compensado → natureza credora. Letra E → restos a pagar inscritos no exercício → passivo financeiro e receita extra-orçamentária → em ambas a natureza da conta é credora. Letra E. Instruções: Para responder às duas questões a seguir, considere os fatos abaixo, referentes ao exercício financeiro de X1 de um determinado

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governo municipal: −Orçamento inicial da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento de uma entidade pública com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 2.000.000,00. −Lançamento da Receita: tributária R$ 636.000,00; de serviços R$ 100.000,00; patrimonial R$ 50.000,00; transferências correntes R$ 1.100.000,00; alienação de bens móveis R$ 130.000,00. −Arrecadação da Receita: tributária R$ 600.000,00; de serviços R$ 100.000,00; patrimonial R$ 50.000,00; transferências correntes R$ 1.100.000,00; alienação de bens móveis R$ 130.000,00. −Empenho de despesas: pessoal e encargos sociais R$ 1.000.000,00; serviços de terceiros R$ 130.000,00; material de consumo R$ 170.000,00; aquisição de imóveis R$ 340.000,00; serviços de consultoria R$ 100.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 80.000,00; assistência a estudantes R$ 120.000,00. −Liquidação de despesas: pessoal R$ 1.000.000,00; serviços de terceiros R$ 100.000,00; material de consumo R$ 160.000,00; aquisição de imóveis R$ 340.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 80.000,00; assistência a estudantes R$ 120.000,00. −Pagamento de despesas: pessoal R$ 980.000,00; serviços de terceiros R$ 100.000,00; material de consumo R$ 150.000,00; aquisição de imóveis R$ 300.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 70.000,00; assistência a estudantes R$ 110.000,00. −Pagamento de Restos a Pagar de períodos anteriores no valor de R$ 80.000,00. −Inscrição de Tributos em Dívida Ativa no valor de R$ 36.000,00. −Recebimento de bens móveis em doação no valor de R$ 55.000,00. −Recebimento de cauções, em dinheiro, no valor de R$ 32.000,00.

31. (FCC/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas/SEFAZ SP 2010) No período, a variação líquida nas disponibilidades decorrente da execução orçamentária foi, em reais,

(A) 40.000,00 (B) 180.000,00 (C) 190.000,00

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(D) 270.000,00 (E) 302.000,00 Comentários: Somente os fatos financeiros afetam as disponibilidades. −Orçamento inicial da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento de uma entidade pública com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 2.000.000,00 → previsão da receita = fixação da despesa = 2.000.000 → orçamento aprovado de forma equilibrada → não é fato financeiro. −Lançamento da Receita: tributária R$ 636.000,00; de serviços R$ 100.000,00; patrimonial R$ 50.000,00; transferências correntes R$ 1.100.000,00; alienação de bens móveis R$ 130.000,00 → o lançamento é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível → não é fato financeiro, mas sim administrativo. −Arrecadação da Receita: tributária R$ 600.000,00; de serviços R$ 100.000,00; patrimonial R$ 50.000,00; transferências correntes R$ 1.100.000,00; alienação de bens móveis R$ 130.000,00 → agora sim! Receitas orçamentárias arrecadadas = 1.980.000. −Empenho de despesas: pessoal e encargos sociais R$ 1.000.000,00; serviços de terceiros R$ 130.000,00; material de consumo R$ 170.000,00; aquisição de imóveis R$ 340.000,00; serviços de consultoria R$ 100.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 80.000,00; assistência a estudantes R$ 120.000,00 → Empenho = 1.940.000. O empenho da despesa não é fato financeiro. −Liquidação de despesas: pessoal R$ 1.000.000,00; serviços de terceiros R$ 100.000,00; material de consumo R$ 160.000,00; aquisição de imóveis R$ 340.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 80.000,00; assistência a estudantes R$ 120.000,00 → a liquidação da despesa também não é fato financeiro. −Pagamento de despesas: pessoal R$ 980.000,00; serviços de terceiros R$ 100.000,00; material de consumo R$ 150.000,00; aquisição de imóveis R$ 300.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 70.000,00; assistência a estudantes R$ 110.000,00 → o pagamento da despesa afeta negativamente as disponibilidades → 1.710.000. −Pagamento de Restos a Pagar de períodos anteriores no valor de R$

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80.000,00 → despesas extra-orçamentárias. −Inscrição de Tributos em Dívida Ativa no valor de R$ 36.000,00 → variação ativa extra-orçamentária → não é fato financeiro, mas patrimonial. −Recebimento de bens móveis em doação no valor de R$ 55.000,00 → variação ativa extra-orçamentária → não é fato financeiro, mas patrimonial. −Recebimento de cauções, em dinheiro, no valor de R$ 32.000,00 → receita extra-orçamentária. A variação das disponibilidades decorrente da execução orçamentária corresponde à diferença entre a receita arrecadada e a despesa paga. Variação das disponibilidades decorrente da execução orçamentária = Receita arrecadada – despesa paga = 1.980.000 – 1.710.000 = 270.000. A variação total das disponibilidades leva em consideração as receitas e despesas extra-orçamentárias. Disponibilidades = Receita arrecadada + receita extra-orçamentária – despesa paga – despesa extra-orçamentária = 1.980.000 + 32.000 – 1.710.000 – 80.000 = 222.000. Letra D.

32. (FCC/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas/SEFAZ SP 2010) De acordo com a Lei no 4.320/64, o resultado de execução orçamentária foi, em reais, um superávit de

(A) 40.000,00 (B) 76.000,00 (C) 83.000,00 (D) 180.000,00 (E) 270.000,00 Comentários: Perceba que a questão cita a lei 4.320/64. Segundo essa norma, pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas. Logo, devemos usar a despesa empenhada no cálculo do ROE. Resultado da Execução Orçamentária = receitas arrecadadas – despesas empenhadas = 1.980.000 - 1.940.000 = 40.000.

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Letra A.

33. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 9° Região 2010) As obrigações que dependem da autorização orçamentária para serem pagas são denominadas passivo:

(A) compensado. (B) financeiro. (C) real. (D) real financeiro. (E) não-financeiro. Comentários: O macete é o seguinte: Ativo Financeiro e Passivo Financeiro → independem de autorização legislativa. Ativo Não-Financeiro ou Permanente e Passivo Não-Financeiro ou Permanente → dependem de autorização legislativa. O Ativo Permanente compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. O Ativo Financeiro compreende os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. O Passivo Financeiro compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. O Passivo Permanente compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Letra E.

34. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRF 4° Região 2010) A demonstração contábil prevista na Lei no 4.320/1964, onde os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária, é

(A) o Balanço Patrimonial. (B) o Balanço Orçamentário. (C) a Demonstração das Variações Patrimoniais. (D) a Demonstração das Contas de Compensação.

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(E) o Balanço Financeiro. Comentários: Lei 4.320/64, artigo 103 → O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. Essa inclusão dos restos a pagar (despesas empenhadas e não pagas) nas receitas extra-orçamentárias impede que as despesas orçamentárias não pagas afetem o resultado financeiro do exercício.

Somente os restos a pagar pagos no exercício influenciam negativamente o resultado financeiro. Letra E.

35. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 8° Região 2010) O Balanço Orçamentário do exercício de 2009 de determinada Entidade Pública demonstra a realização de receitas no total de R$ 1.000,00.

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Com base nas receitas apresentadas no Balanço Orçamentário, Receitas Correntes e as Receitas de Capital totalizam, respectivamente, (A) R$ 150,00 e R$ 850,00. (B) R$ 350,00 e R$ 650,00. (C) R$ 450,00 e R$ 550,00. (D) R$ 550,00 e R$ 450,00. (E) R$ 750,00 e R$ 250,00. Comentários: Receitas Correntes → tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências e outras (TRICOPAIS TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

Receitas de Capital → operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências e outras (OPALIAMAOR TRANSFERÊNCIAS OUTRAS). Receitas Correntes = taxas + receita de recebimento da dívida ativa + receitas imobiliárias = 50 + 300 + 100 = 450. Receitas de Capital = alienação de bens + amortização de empréstimos = 400 + 150 = 550. Letra C.

36. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 8° Região 2010) Determinada Entidade Pública no exercício de 2009 pagou despesas no valor total de R$ 2.700,00.

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Com base nos valores apresentados, as despesas orçamentárias e extra-orçamentárias pagas no exercício de 2009 totalizam, respectivamente, (A) R$ 600,00 e R$ 2.100,00. (B) R$ 2.100,00 e R$ 600,00. (C) R$ 2.350,00 e R$ 350,00. (D) R$ 2.400,00 e R$ 300,00. (E) R$ 2.450,00 e R$ 250,00. Comentários: As despesas orçamentárias são aquelas que dependem de autorização legislativa para serem executadas. A “manha” é saber que as despesas correntes e de capital se referem apenas às despesas orçamentárias. Despesas Correntes → pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida e outras despesas correntes (O PESSOAL JURA QUE SÃO OUTRAS).

Despesas de Capital → investimentos, inversões financeiras e amortização de dívidas (INVESTE PARA INVERTER A AMORTIZAÇÃO). Outro “bizu” é que somente as despesas orçamentárias são empenhadas. As despesas extra-orçamentárias são as decorrentes do pagamento de restos a pagar e das saídas compensatórias do ativo financeiro e passivo financeiro → pagamento de ARO e devolução de valores de terceiros (cauções e depósitos). Despesas orçamentárias = luz e telefone + locação + salários + aquisição veículos = 300 + 400 + 600 + 800 = 2.100. Despesas extra-orçamentárias = pagamento de restos a pagar +

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devolução de cauções = 350 + 250 = 600. Letra B. Atenção: Para responder às três questões a seguir considere os seguintes dados da execução orçamentária da Prefeitura XX, em 31/12 do exercício de 2008: Despesa Empenhada. . ............................. R$ 200 Despesa Liquidada. . ................................. R$ 120 Despesa Paga. . ......................................... R$ 100 Despesa Fixada. . ....................................... R$ 450

37. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) O total do crédito orçamentário utilizado no exercício, em reais, é de:

(A) 200 (B) 220 (C) 320 (D) 420 (E) 450 Comentários: Questão de muito mau gosto, mas minha função é treinar vocês pra passar. Não posso me eximir de apresentar até as questões mal feitas. O crédito orçamentário utilizado corresponde à despesa empenhada, no caso da FCC. Acontece que nossa banca considerou que: Despesa empenhada total = despesa empenhada + despesa empenhada e liquidada + despesa empenhada, liquidada e paga = 420. Eu nunca vi isso, em nenhuma banca, nem na FCC. Mas, faz parte do jogo. Letra D.

38. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) O valor a ser inscrito em Restos a Pagar Processados, em reais, é de:

(A) 230 (B) 120 (C) 100 (D) 80 (E) 20

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Comentários: Restos a pagar são as despesas empenhadas e não pagas. Pela ótica da banca: Restos a pagar processados → despesa empenhada, liquidada e não paga → 120. Restos a pagar não processados → despesa empenhada, não liquidada e não paga → 200. Letra B.

39. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) A economia na realização da despesa orçamentária totalizou, em reais:

(A) 10 (B) 30 (C) 130 (D) 150 (E) 230 Comentários: A economia de despesa, apurada no balanço orçamentário, corresponde à diferença negativa entre a receita executada e a fixada. Economia de despesa = 420.000 – 450.000 = - 30.000. Ou seja, eu fixei 450.000, mas usei apenas 420.000. Letra B.

40. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) É uma variação patrimonial ativa independente da execução orçamentária:

(A) pagamento de um débito tributário inscrito na dívida ativa. (B) aquisição de bens imóveis. (C) recebimento de multas por atraso de pagamento de tributos. (D) receita de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público. (E) cancelamento de dívida contraída pelo ente público. Comentários: Letra A → recebimento da dívida ativa é receita orçamentária, corrente,

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não efetiva → VAO. Letra B → aquisição de bens imóveis → despesa de capital → VPO. Letra C → multas → outras receitas correntes → VAO. Letra D → receitas de aluguéis → receitas patrimoniais → VAO. Letra E → cancelamento de dívida passiva e inscrição de dívida ativa → VAEO. Letra E.

41. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) É uma variação patrimonial passiva resultante da execução orçamentária:

(A) alienação de bens imóveis de propriedade do ente público. (B) cancelamento de dívida ativa. (C) consumo de bens do almoxarifado. (D) encampação de dívidas. (E) transferência de bens e valores. Comentários: Letra A → alienação de bens → receita de capital → VPO. Letra B → cancelamento de dívida ativa → VPEO. Letra C → consumo de bens do almoxarifado → decréscimo patrimonial → VPEO. Letra D → encampação de dívidas → VPEO. Letra E → transferência de bens e valores: Para um órgão público → interferência passiva extra-orçamentária → VPEO. Para terceiros → decréscimo patrimonial → VPEO. Letra A.

42. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) São dadas as informações abaixo sobre o Balanço Financeiro de um ente público (em R$):

Receitas Correntes orçamentárias → 535.000,00

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Despesas de Capital orçamentárias → 127.000,00 Saldo financeiro para o exercício seguinte → 165.000,00 Despesas extra-orçamentárias → 86.000,00 Despesas Correntes orçamentárias → 538.000,00 Receitas de Capital orçamentárias → 140.000,00 Receitas extra-orçamentárias → 94.000,00 É correto concluir, com essas informações, que o saldo financeiro do exercício anterior correspondeu, em R$, a (A) 165.000,00. (B) 147.000,00. (C) 183.000,00. (D) 131.000,00. (E) 157.000,00. Comentários: O Balanço Financeiro demonstra a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Com os dados fornecidos, vamos montar nosso BF:

INGRESSOS DISPÊNDIOS Orçamentários 675 Orçamentários 665

Receitas Correntes 535 Despesas Correntes 538

Receitas de Capital 140 Despesas de Capital 127

Extra-orçamentários 94 Extra-orçamentários 86

Saldo do Exercício Anterior

X Saldo Exercício Seguinte 165

Total ?? Total ??

O Resultado Financeiro pode ser calculado das seguintes formas:

� RF = Ingressos – Dispêndios; ou

� RF = Saldo Atual – Saldo Anterior. RF = ingressos – dispêndios = 769 – 751 = 18. RF = SAT – SANT → 18 = 165 – X → X = 147.000. Letra B.

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43. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) São

computados como receita extra-orçamentária no Balanço Financeiro de um ente público:

(A) alienações de bens. (B) operações de crédito. (C) receitas industriais. (D) restos a pagar inscritos no exercício. (E) receitas patrimoniais. Comentários: Pra nunca mais esquecer: Restos a pagar inscritos → receitas extra-orçamentárias (para compensar sua inclusão nas despesas orçamentárias). Restos a pagar pagos → despesas extra-orçamentárias. Letra D.

44. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) Dados extraídos do balanço patrimonial de um ente público (em R$):

Passivo Real a Descoberto →150.000,00 Passivo Financeiro → 360.000,00 Ativo Financeiro → 280.000,00 Passivo Permanente → 550.000,00 Passivo Compensado → 70.000,00 O valor do Ativo Permanente nesse exercício correspondeu, em R$, a (A) 520.000,00. (B) 330.000,00. (C) 480.000,00. (D) 410.000,00. (E) 550.000,00. Comentários: No Balanço Patrimonial, o ativo é dividido em ativo financeiro, ativo permanente e ativo compensado. O passivo, em passivo financeiro, passivo permanente e passivo compensado. Ativo → AF + AP + AC.

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Passivo → PF + PP + PC. Ativo Real = AF + PP. Passivo Real = PF + PP. A diferença entre AR e PR, se positiva é chamada de Ativo Real Líquido. Se negativa, Passivo Real a Descoberto. As contas de compensação não afetam a apuração do saldo patrimonial. Na questão em mote: Passivo Real a Descoberto →150.000,00 Passivo Financeiro → 360.000,00 Ativo Financeiro → 280.000,00 Passivo Permanente → 550.000,00 Passivo Compensado → 70.000,00 AR = AF + AP = 280.000 + AP. PR = PF + PP = 360.000 + 550.000 = 910.000. PRD = - (AR – PR) → - 150.000 = (280.000 + AP) - 910.000. AP = 480.000.

Ativo Passivo Ativo Financeiro 280 Passivo Financeiro 360

Ativo Permanente 480 Passivo Permanente 550

Ativo Real 760 Passivo Real 910

Passivo Real a

Descoberto

150 Ativo Real Líquido

Ativo Compensado 70 Passivo Compensado 70

Total 980 Total 980

Letra C.

45. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) Dados extraídos a partir de um balanço orçamentário de um ente público (em R$):

Economia orçamentária → 40.000,00 Excesso de arrecadação → 30.000,00 Receita Estimada → 350.000,00 Despesa Fixada → 360.000,00

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É correto concluir, com base nas informações acima, que esse ente público teve (A) superávit orçamentário de R$ 60.000,00. (B) déficit orçamentário de R$ 60.000,00. (C) superávit orçamentário de R$ 70.000,00. (D) déficit orçamentário de R$ 70.000,00. (E) déficit orçamentário de R$ 10.000,00. Comentários: No Balanço Orçamentário podemos calcular um monte de coisas. Vejamos algumas: Excesso de Arrecadação = diferença positiva entre a receita realizada e a prevista. Fonte de recurso para abertura de crédito adicional. Insuficiência de Arrecadação = diferença negativa entre a receita realizada e a prevista. Neste caso as despesas deverão ser adequadas à nova realidade de arrecadação. Pode ser usada a limitação de empenho. Excesso de despesa = diferença positiva entre a despesa executada e a fixada. Inconsistência na execução da despesa orçamentária, tendo em vista que os empenhos estão adstritos aos créditos disponíveis. Economia de despesa = diferença negativa entre a despesa executada e a fixada. Não é fonte de recurso para abertura de créditos adicionais. Resultado Orçamentário = diferença entre as receitas e despesas executadas. Pode ser superávit ou déficit. Podemos aferir ainda se o orçamento foi aprovado de forma equilibrada ou desequilibrada, através da comparação entre as receitas previstas e despesas fixadas.

Receitas Previstas = Despesas Fixadas → orçamento aprovado com equilíbrio.

Receitas Previstas > Despesas Fixadas→ orçamento aprovado com desequilíbrio positivo (recursos sem despesas, fonte de recurso para crédito adicional).

Receitas Previstas < Despesas Fixadas → orçamento aprovado com desequilíbrio negativo.

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Voltemos à nossa questão: Economia orçamentária → 40.000,00 Excesso de arrecadação → 30.000,00 Receita Estimada → 350.000,00 Despesa Fixada → 360.000,00 Economia orçamentária = despesas empenhadas – despesas fixadas. 40.000 = DE – 360.000 → DE = 400.000. Excesso de Arrecadação = receitas arrecadadas – receitas previstas. 30.000 = RA – 350.000 → RA = 380.000. Resultado da Execução Orçamentária = 380 – 400 = -20 (déficit).

Receitas Previst. Realiz. Dif. Desp. Fixadas Realiz. Dif.

Receitas 350 380 30 Despesas 360 400 40

Soma 350 380 30 Soma 360 400 40

Déficit 10 20 10 Superávit

Total 360 400 40 Total 360 400 40

Letra A.

46. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) São classificados no Passivo Permanente do Balanço Patrimonial de um ente público:

(A) restos a pagar. (B) valores pendentes. (C) depósitos e cauções recebidos pelo ente público. (D) valores relativos à dívida fundada interna. (E) débitos de tesouraria. Comentários: Letra A → restos a pagar → PF. Letra B → valores pendentes → PF. Letra C → depósitos e cauções recebidos pelo ente público → PF. Letra D → valores relativos à dívida fundada interna → PP. Letra E → débitos de tesouraria → Antecipação de Receita Orçamentária → PF.

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Letra D.

47. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) Da Demonstração de Variações Patrimoniais de um ente público, foram extraídos os dados abaixo:

Receitas Correntes → 540.000,00 Mutações Passivas → 180.000,00 Despesas de Capital → 260.000,00 Variações extra-orçamentárias ativas → 100.000,00 Receitas de Capital → 270.000,00 Despesas Correntes → 570.000,00 Variações extra-orçamentárias passivas → 120.000,00 Mutações Ativas → 240.000,00 Com base nessas informações, é correto afirmar que o resultado patrimonial nesse exercício foi de (A) déficit de R$ 30.000,00. (B) superávit de R$ 20.000,00. (C) déficit de R$ 10.000,00. (D) superávit de R$ 50.000,00. (E) déficit de R$ 50.000,00. Comentários: Variações ativas orçamentárias → receitas correntes + receitas de capital + mutações ativas = 540 + 270 + 240 = 1.050.000. Variações passivas orçamentárias → despesas de capital + despesas correntes + mutações passivas = 260 + 570 + 180 = 1.010.000. VAEO = 100.000. VPEO = 120.000. VA = 1.050 + 100 = 1.150.000. VP = 1.010 + 120 = 1.130.000. Resultado Patrimonial = VA – VP = 1.150.000 – 1.130.000 = 20.000. Letra B.

48. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) O registro referente à incorporação de bens por doações recebidas gera um

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aumento no ativo permanente e correspondente (A) aumento de despesa. (B) aumento de passivo financeiro. (C) redução de ativo financeiro. (D) aumento de passivo permanente. (E) aumento do resultado patrimonial. Comentários: Quanto à doação de bens, podemos sintetizar o seguinte raciocínio: Bens recebidos de outros órgãos públicos → interferência ativa extra-orçamentária → VAEO → ↑ Resultado Patrimonial. Bens recebidos de terceiros → acréscimo patrimonial → VAEO → ↑ Resultado Patrimonial. Bens doados a outros órgãos públicos → interferência passiva extra-orçamentária → VPEO → ↓ Resultado Patrimonial. Bens doados a terceiros → decréscimo patrimonial → VPEO → ↓ Resultado Patrimonial. As interferências ativas orçamentárias dizem respeito aos valores recebidos por transferências financeiras sob a forma de cota, repasse ou sub-repasse. Letra E.

49. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) Observe o Balanço Orçamentário (em milhares de reais) de uma determinada entidade pública:

Sabendo-se que não houve abertura de créditos suplementares, é correto afirmar que o

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(A) valor das receitas arrecadadas é igual ao das despesas empenhadas. (B) orçamento da despesa não sofreu qualquer alteração durante o exercício. (C) quociente do resultado orçamentário foi de 1,10. (D) quociente de cobertura dos créditos adicionais foi 2,0. (E) resultado de previsão era superavitário em 70. Comentários: Letra A → receita arrecadada = 770. Despesa empenhada = 700. Letra B → errado. Houve abertura de créditos especiais (20) e extraordinários (10). Letra C → QRO = receita arrecadada / despesa empenhada = 770/700 = 1,1. Letra D → QCCA = excesso de arrecadação / créditos adicionais abertos = 40 / 30 = 1,33. Letra E → a fixação da despesa foi maior que a previsão da receita em 30. Logo, podemos afirmar que a LOA foi aprovada de maneira desequilibrada (negativa). Letra C. Instruções: Para responder às duas questões abaixo, considere os fatos relacionados a seguir: 1. Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento de uma entidade pública com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 880.000,00. 2. Arrecadação de tributos no valor de R$ 763.000,00. 3. Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 10.000,00. 4. Operações de crédito para compra de bens imóveis no valor de R$ 120.000,00. 5. Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$

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400.000,00, aquisição de imóveis R$ 415.000,00, amortização da dívida fundada R$ 30.000,00. 6. Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00. 7. Recebimento de cauções no valor de R$ 30.000,00. 8. Pagamento de restos a pagar no valor de R$ 400.000,00. 9. Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 20.000,00. 10. Inscrição de tributos em dívida ativa no valor de R$ 27.000,00.

50. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) O resultado financeiro do período foi

(A) uma redução no caixa de R$ 342.000,00. (B) um aumento no caixa de R$ 78.000,00. (C) um aumento no caixa de R$ 48.000,00. (D) uma redução no caixa de R$ 322.000,00. (E) um aumento no caixa de R$ 28.000,00. Comentários: O Resultado Financeiro pode ser calculado de duas maneiras:

� RF = Ingressos – Dispêndios; ou

� RF = SAT – SANT. Obviamente, somente fatos financeiros afetam o resultado financeiro. 1. Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento de uma entidade pública com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 880.000,00 → fixação da despesa = previsão da receita = 880.000. O orçamento foi aprovado de maneira equilibrada. Não é fato financeiro. 2. Arrecadação de tributos no valor de R$ 763.000,00 → Receita orçamentária = 763.000. 3. Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 10.000,00 → o recebimento da dívida ativa é receita orçamentária não efetiva. Receita orçamentária = 763.000 + 10.000 = 773.000. 4. Operações de crédito para compra de bens imóveis no valor de R$

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120.000,00 → operações de crédito são receitas de capital, orçamentárias, portanto. Receitas orçamentárias = 773.000 + 120.000 = 893.000. 5. Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$ 400.000,00, aquisição de imóveis R$ 415.000,00, amortização da dívida fundada R$ 30.000,00 → Pagamento de despesas = 845.000. 6. Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00 → por dedução, estas despesas empenhadas, liquidadas e não pagas correspondem aos restos a pagar processados. Como estes fatos são demonstrados tanto nas despesas orçamentárias, como nas receitas extra-orçamentárias, eles não causam impacto na apuração do resultado financeiro. Assim sendo, podemos concluir que somente as despesas pagas influenciam o resultado financeiro do exercício. 7. Recebimento de cauções no valor de R$ 30.000,00 → receita extra-orçamentária = 30.000. 8. Pagamento de restos a pagar no valor de R$ 400.000,00 → despesa extra-orçamentária = 400.000. 9. Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 20.000,00 → decréscimo patrimonial → variação passiva extra-orçamentária → é fato patrimonial, não financeiro. 10. Inscrição de tributos em dívida ativa no valor de R$ 27.000,00 → variação ativa extra-orçamentária. Não é fato financeiro. Resumo: Receitas orçamentárias = 893.000. Pagamento de despesas = 845.000. Receita extra-orçamentária = 30.000. Despesa extra-orçamentária = 400.000. RF = 893.000 + 30.000 – 845.000 – 400.000 = - 322.000. Letra D.

51. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) O resultado patrimonial do período foi

(A) superavitário em R$ 350.000,00. (B) deficitário em R$ 322.000,00. (C) superavitário em R$ 343.000,00.

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(D) superavitário em R$ 35.000,00. (E) superavitário em R$ 28.000,00. Comentários: Resultado Patrimonial = Variações Ativas – Variações Passivas. As despesas contabilizadas na apuração do resultado patrimonial são as executadas (empenhadas), não importando se pagas ou não pagas, liquidadas ou não liquidadas. Vou apresentar apenas as contas que interessam na apuração. Arrecadação de tributos no valor de R$ 763.000,00 → Receita orçamentária = 763.000. Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 10.000,00 → o recebimento da dívida ativa é receita orçamentária não efetiva. Receita orçamentária = 763.000 + 10.000 = 773.000. Mutação passiva = 10.000. Operações de crédito para compra de bens imóveis no valor de R$ 120.000,00 → operações de crédito são receitas de capital, orçamentárias, portanto. Receitas orçamentárias = 773.000 + 120.000 = 893.000. Mutações passivas = 10.000 + 120.000 = 130.000. Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$ 400.000,00, aquisição de imóveis R$ 415.000,00, amortização da dívida fundada R$ 30.000,00 → Despesas orçamentárias efetivas = 400.000. Despesas não efetivas = 415.000 + 30.000 = 445.000. Mutações ativas = 445.000. Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00 → Despesas efetivas = 20.000. Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 20.000,00 → decréscimo patrimonial = 20.000. → variação passiva extra-orçamentária. Inscrição de tributos em dívida ativa no valor de R$ 27.000,00 → variação ativa extra-orçamentária = 27.000. Variações Ativas = receitas orçamentárias (893.000) + variação ativa extra-orçamentária (27.000) + mutações ativas (445.000) = 1.365.000. Variações Passivas = Mutações Passivas (130.000) + Despesas Orçamentárias (tanto faz se paga ou não paga – 865.000) + decréscimo patrimonial (20.000) = 1.015.000.

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RP = VA – VP = 1.365.000 – 1.015.000 = 350.000.

Variações Ativas = 1.365 Variações Passivas = 1.015

Orçamentárias = 1.338 Orçamentárias = 995

Receita Tributária = 763 Despesa Pessoal = 400

Receita Dívida Ativa = 10 Despesa Aquisição Imóveis = 415

Receita Op. Crédito = 120 Despesa Amort. Dívida = 30

Despesa Juros = 20

Mutação Ativa = 415 + 30 = 445. Mutação Passiva = 10 + 120 = 130.

Extra-Orçamentárias = 27 Extra-Orçamentárias = 20

Inscrição Dívida Ativa = 27 Decréscimo patrimonial = 20

Déficit Superávit = 350

Total = 1.365 Total = 1.365

Letra A.

52. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) Considere os dados, abaixo, extraídos do Balanço Patrimonial de 31/12/X1 da Prefeitura Modelo:

R$ (mil) Aplicações Financeiras → 210 Ativo Real Líquido → 990 Bancos Conta Movimento → 297 Bens Imóveis → 590 Bens Móveis → 365 Consignações → 91 Depósitos de Diversas Origens – Caução → 40 Dívida Ativa → 490 Operações de Crédito Externa (longo prazo) → 600 Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária → 30 Restos a Pagar → 201 O passivo financeiro era de, em milhares de reais, (A) 145. (B) 161. (C) 962. (D) 362. (E) 322.

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Comentários: Aplicações Financeiras → 210 → Ativo Financeiro. Ativo Real Líquido → 990 → diferença positiva entre o Ativo Real e o Passivo Real. Bancos Conta Movimento → 297 → Ativo Financeiro. Bens Imóveis → 590 → Ativo Permanente. Bens Móveis → 365 → Ativo Permanente. Consignações →→→ 91 →→→ Passivo Financeiro. Depósitos de Diversas Origens – Caução →→→ 40 →→→ Passivo Financeiro. Dívida Ativa → 490 → Ativo Permanente. Operações de Crédito Externa (longo prazo) → 600 → Passivo Permanente. Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária →→→ 30 →→→ Passivo Financeiro. Restos a Pagar →→→ 201 →→→ Passivo Financeiro. Passivo Financeiro = 91 + 40 + 30 + 201 = 362. Vamos tirar a prova? A questão forneceu o ARL. Sabemos que o ARL = AR – PR. Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Permanente = 507 + 1.445 = 1.952. Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Permanente = 362 + 600 = 962. ARL = 1.952 – 962 = 990. Igualzinho ao fornecido pela questão. Letra D.

53. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) Observe o Balanço Financeiro da Prefeitura Modelo referente ao exercício financeiro de X1:

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No exercício financeiro de X1, em milhares de reais, (A) o valor empenhado de Despesas Orçamentárias foi de 900. (B) o valor previsto de Receitas Orçamentárias foi de 1.000. (C) o valor inscrito em restos a pagar foi de 250. (D) a prefeitura recolheu 80 ao instituto de previdência dos servidores. (E) a prefeitura tem um saldo de 150 de dívidas com entidades vinculadas. Comentários: Letra A → correta! É só olhar no BF. Despesas Orçamentárias = 900. Letra B → incorreta. O demonstrativo que apresenta as receitas previstas e as despesas fixadas, em confronto com as realizadas é o Balanço Orçamentário. No BF podemos encontrar as receitas arrecadadas em X1 = 900. Letra C → incorreta. Restos a pagar inscritos = 200. Restos a pagar pagos = 250. Letra D → incorreta. É verdade que o BF em tela apresenta o montante de 80 em consignações. Entretanto, a alternativa está errada por dois motivos: 1 – não tem como saber qual o tipo de consignação, tendo em vista que não foi especificado. 2 – As consignações recolhidas são classificadas nas despesas extra-orçamentárias. As consignações retidas são classificadas nas receitas extra-orçamentárias.

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Letra E → a prefeitura não deve, mas sim concedeu 150 em empréstimos a entidades vinculadas. Letra A.

54. (FCC/Analista Judiciário – Administração/TJ AP 2009) Para o cálculo do superávit ou do déficit financeiro, considera-se ativo financeiro

(A) todos os bens e direitos que necessitam de autorização orçamentária para a sua realização. (B) os recursos provenientes da contratação de dívidas (operações de crédito interna e externa) e da conversão, em espécie, de bens e direitos (alienação de bens móveis e imóveis). (C) o conjunto de ingressos financeiros com fonte e fatos geradores próprios e permanentes. (D) todos os bens e direitos que não necessitam de autorização orçamentária para a sua realização. (E) o conjunto de ingressos financeiros que integram o patrimônio, sem contudo gerar obrigações, reservas ou reinvidicações de terceiros. Comentários: O Ativo Permanente compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. O Ativo Financeiro compreende os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. Macete universal: Ativo Financeiro e Passivo Financeiro → não necessitam de autorização legislativa. Ativo Permanente e Passivo Permanente → necessitam de autorização legislativa. Letra D.

55. (FCC/Analista Judiciário – Administração/TJ AP 2009) Passivos não-financeiros são

(A) as obrigações que dependem de autorização orçamentária para suas

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liquidações ou pagamentos. (B) as obrigações que já passaram pelo orçamento, como é o caso dos Restos a Pagar. (C) os valores descontados na folha de pagamento dos funcionários ou nas faturas de terceiros, para serem recolhidos a quem de direito. (D) os depósitos de terceiros que não necessitam de autorização orçamentária para o pagamento. (E) as obrigações que não dependem de autorização orçamentária para suas liquidações ou pagamentos. Comentários: O Passivo Financeiro compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. O Passivo Permanente compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Letra A.

56. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) O resultado patrimonial se divide em resultante da execução orçamentária e independente da execução orçamentária. De acordo com a Lei no 4.320/64, são variações ativas resultantes da execução orçamentária:

(A) as interferências passivas e as mutações patrimoniais ativas. (B) as receitas orçamentárias e as mutações patrimoniais passivas. (C) as despesas orçamentárias e as mutações patrimoniais ativas. (D) as receitas orçamentárias e as mutações patrimoniais ativas. (E) as receitas orçamentárias e a inscrição de dívida ativa. Comentários: VAO →→→ Receitas Orçamentárias + Interferências Ativas Orçamentárias + Mutações Ativas. VAEO → Inscrição Dívida Ativa/Cancelamento Dívidas Passivas + Interferências Ativas Extra-Orçamentárias + Acréscimos Patrimoniais. VPO → Despesas Orçamentárias + Interferências Passivas Orçamentárias + Mutações Passivas.

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VPEO → Cancelamento Dívida Ativa/Encampação Dívidas Passivas + Interferências Passivas Extra-Orçamentárias + Decréscimos Patrimoniais.

Variações Ativas Variações Passivas

Resultantes da Execução Orçamentária Resultantes da Execução Orçamentária

Receitas Orçamentárias

Correntes

Capital

Despesas Orçamentárias

Correntes

Capital

Interferências Ativas

Cota recebida

Repasse recebido

Sub-Repasse recebido

Interferências Passivas

Cota concedida

Repasse concedido

Sub-Repasse concedido

Mutações Ativas

Aquisição de bens

Empréstimos concedidos

Mutações Passivas

Venda de bens

Empréstimos recebidos

Independentes da Execução Orçamentária Independentes da Execução Orçamentária

Inscrição Dívida Ativa

Cancelamento de Dívidas Passivas

Interferências Ativas (transferências de bens

recebidas de outros órgãos públicos).

Acréscimos Patrimoniais (doações de bens

recebidas de terceiros).

Cancelamento Dívida Ativa

Encampação de Dívidas Passivas

Interferências Passivas (transferências de

bens concedidas a outros órgãos públicos).

Decréscimos Patrimoniais (Doações de bens

concedidas a terceiros).

Soma das VA Soma da VP

Déficit Superávit

Total Total

� Receitas Orçamentárias → Receitas Correntes e de Capital.

� Receitas Correntes → tributárias, de contribuições,

patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências e outras (TRICOPAIS TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Receitas de Capital → operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências e outras (OPALIAMAOR TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Interferência Ativa Orçamentária → quando o órgão recebe

transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

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� Mutações Ativas → mutações da despesa não-efetiva. Compra de bens. Concessão de empréstimos.

� Interferência Ativa Extra-Orçamentária → quando o órgão recebe

transferência de bens de outros órgãos públicos.

� Acréscimos Patrimoniais → aumentos no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é o recebimento da doação de bens de terceiros.

� Despesas Orçamentárias → Despesas Correntes e de Capital.

� Despesas Correntes → pessoal e encargos sociais, juros e

encargos da dívida e outras despesas correntes (O PESSOAL JURA QUE SÃO OUTRAS).

� Despesas de Capital → investimentos, inversões financeiras e amortização de dívidas (INVESTE PARA INVERTER A AMORTIZAÇÃO).

� Interferência Passiva Orçamentária → dessa vez o órgão efetua

uma transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Passivas → mutações da receita não-efetiva. Alienação

de bens. Amortização de empréstimos.

� Decréscimos Patrimoniais → diminuições no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é a doação de bens a terceiros.

Eu aconselho que você decore este esquema. Se você conseguir memorizá-lo, vai te ajudar muito MESMO. Dá pra matar quase todas as questões de classificação de contas. Letra D. Atenção: Considere os dados abaixo para responder às duas questões a seguir. No primeiro exercício financeiro da Prefeitura Municipal de Uga-Uga, com base na LOA, a previsão de receita e a fixação de despesa no valor de R$ 2.000.000 foram contabilizados no Sistema Orçamentário da seguinte forma: Registro da aprovação do Orçamento

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D – Receita a realizar - R$ 2.000.000 C − Previsão inicial da Receita - R$ 2.000.000 Aprovação de créditos iniciais, segundo a LOA D − Crédito inicial - R$ 2.000.000 C − Crédito disponível - R$ 2.000.000 Durante o exercício financeiro, ocorreram os seguintes eventos contábeis: a) Recebimento, em doação, de um imóvel no valor de R$ 200.000. b) Arrecadação de impostos no valor de R$ 1.200.000. c) Obtenção de empréstimos para construção de uma escola municipal no valor de R$ 300.000. d) Empenho, liquidação e pagamento de despesa com pessoal no valor de R$ 1.000.000. e) Empenho e liquidação de despesa com material de consumo no valor de R$ 200.000. f) Empenho e liquidação de despesa com construção de uma escola municipal no valor de R$ 300.000.

57. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) Após os lançamentos dos eventos contábeis no Balanço Financeiro, o valor das Receitas Orçamentárias e Extra-orçamentárias eram de, respectivamente,

(A) R$ 1.200.000 e R$ 200.000 (B) R$ 1.200.000 e R$ 300.000 (C) R$ 1.200.000 e R$ 500.000 (D) R$ 1.500.000 e R$ 500.000 (E) R$ 1.500.000 e R$ 200.000 Comentários: Registro da aprovação do Orçamento D – Receita a realizar - R$ 2.000.000 C − Previsão inicial da Receita - R$ 2.000.000 Aprovação de créditos iniciais, segundo a LOA D − Crédito inicial - R$ 2.000.000

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C − Crédito disponível - R$ 2.000.000 Os lançamentos acima querem dizer o seguinte: Receita prevista = despesa fixada = 2.000.000. a) Recebimento, em doação, de um imóvel no valor de R$ 200.000 → acréscimo patrimonial → VAEO. b) Arrecadação de impostos no valor de R$ 1.200.000 → receita orçamentária. c) Obtenção de empréstimos para construção de uma escola municipal no valor de R$ 300.000 → receita orçamentária = 1.200.000 + 300.000 = 1.500.000. d) Empenho, liquidação e pagamento de despesa com pessoal no valor de R$ 1.000.000 → despesa orçamentária = 1.000.000. e) Empenho e liquidação de despesa com material de consumo no valor de R$ 200.000 → temos que deduzir que este fato se refere aos restos a pagar. Restos a pagar = 200.000. f) Empenho e liquidação de despesa com construção de uma escola municipal no valor de R$ 300.000 → temos que deduzir que este fato se refere aos restos a pagar. Restos a pagar = 200.000 + 300.000 = 500.000. Receita Orçamentária = 1.500.000. Receita Extra-Orçamentária = restos a pagar = 500.000. Os restos a pagar são computados nas receitas extra-orçamentárias para compensar sua inclusão nas despesas orçamentárias. Isto porque as despesas orçamentárias demonstradas no BF englobam as pagas e as não pagas. No entanto, estas últimas não representam saída de recurso e, portanto, não podem influenciar o resultado financeiro. Letra D.

58. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) Após os lançamentos dos eventos contábeis no Balanço Patrimonial, os valores do Ativo Real e Ativo Real Líquido eram de, respectivamente,

(A) R$ 700.000 e R$ 200.000 (B) R$ 800.000 e R$ 200.000 (C) R$ 1.000.000 e R$ 200.000

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(D) R$ 800.000 e R$ 300.000 (E) R$ 1.000.000 e R$ 500.000 Comentários: a) Recebimento, em doação, de um imóvel no valor de R$ 200.000 → Ativo Permanente = 200.000. b) Arrecadação de impostos no valor de R$ 1.200.000 → Ativo Financeiro = 1.200.000. c) Obtenção de empréstimos para construção de uma escola municipal no valor de R$ 300.000 → Passivo Permanente = 300.000. Ativo Financeiro = 1.200.000 + 300.000 = 1.500.000. d) Empenho, liquidação e pagamento de despesa com pessoal no valor de R$ 1.000.000 → Ativo Financeiro = 1.500.000 – 1.000.000 = 500.000. e) Empenho e liquidação de despesa com material de consumo no valor de R$ 200.000 → Passivo Financeiro = 200.000. f) Empenho e liquidação de despesa com construção de uma escola municipal no valor de R$ 300.000 → Passivo Financeiro = 300.000 + 200.000 = 500.000. Ativo Permanente = 300.000 + 200.000 = 500.000. Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Permanente = 500.000 + 500.000 = 1.000.000. Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Permanente = 500.000 + 300.000 = 800.000. Ativo Real Líquido = AR – PR = 1.000.000 – 800.000 = 200.000. Letra C.

59. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) De acordo com o artigo 105 da Lei no 4.320/64, o Balanço Patrimonial demonstrará o Ativo e o Passivo Financeiro, o Ativo e o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação. Sobre o Balanço Patrimonial, é INCORRETO afirmar que

(A) o ativo financeiro será de R$ 800 quando houver um superávit financeiro de R$ 500 e o passivo financeiro for de R$ 300. (B) o passivo real será de R$ 2.000 quando o Balanço Patrimonial apresentar um passivo real a descoberto de R$ 800 e um ativo real de R$ 1.200.

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(C) o ativo real líquido é o resultado negativo da diferença entre o passivo real e o ativo real. (D) os compromissos cujo pagamento independam de autorização orçamentária para amortização ou resgate representam o passivo financeiro. (E) o ativo permanente envolve contas representativas de entradas compensatórias do passivo financeiro. Comentários: Letra A → o superávit financeiro é a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro do balanço patrimonial. SF = AF – PF → 500 = AF – 300 → AF = 800.

Letra B → O Passivo Real a Descoberto é a diferença negativa entre o ativo real e o passivo real. PRD = - (AR – PR) → 800 = - 1.200 + PR → PR = 2.000. Certa a resposta! Letra C → correta! O Ativo Real Líquido é a diferença positiva entre o Ativo Real e o Passivo Real ou a diferença negativa entre o Passivo Real e o Ativo Real. Letra D → passivo financeiro e ativo financeiro → independem de autorização. Passivo permanente e ativo permanente → dependem de autorização. Certa a resposta! Letra E → é o ativo financeiro (e não o permanente) que envolve contas representativas de entradas compensatórias do passivo financeiro. Letra E.

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60. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) Sobre o

Balanço Financeiro, conforme Anexo 13 da Lei no 4.320/64, é correto afirmar que

(A) as despesas orçamentárias não pagas e as receitas orçamentárias não recebidas são excluídas da demonstração. (B) o saldo das disponibilidades do exercício anterior não faz parte da demonstração por não se tratar de movimentação do exercício financeiro corrente. (C) as despesas do exercício não pagas são consideradas despesas extra-orçamentárias. (D) o saldo das disponibilidades para o exercício seguinte não contém o saldo das disponibilidades do exercício anterior. (E) a variação positiva nas disponibilidades é obtida pela diferença entre "receitas orçamentárias e extra-orçamentárias" e "despesas orçamentárias e extra-orçamentárias". Comentários: Letra A → Incorreta. As receitas e despesas são demonstradas no BF quando executadas: Receitas → arrecadação. Despesas → empenho (FCC). As receitas orçamentárias não recebidas realmente são excluídas do BF. No entanto, as despesas orçamentárias pagas, ou não, devem ser contabilizadas. Letra B → Incorreta. Tanto o saldo que vem do exercício anterior, quanto o saldo que passa para o próximo exercício, são partes do Balanço Financeiro. Letra C → Incorreta. As despesas não pagas são demonstradas nas despesas orçamentárias (pois são despesas empenhadas) e também nas receitas extra-orçamentárias. Este artifício impede que despesas “não financeiras” influenciem a apuração do resultado financeiro do exercício.

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Letra D → Incorreta. A partir do saldo do exercício anterior, processamos as movimentações de recursos ocorridas durante o exercício para encontrarmos o saldo que passa para o próximo ano.

Saldo Anterior →→→ Entradas e Saídas de Recursos →→→ Saldo que Passa. Dito de outra forma: o saldo que passa para o próximo exercício é o resultado da operação: Saldo que Passa = Saldo do Exercício Anterior + Ingressos – Dispêndios. Letra E → Correta. Podemos calcular o Resultado Financeiro do Exercício de duas formas:

� RF = Ingressos (orçamentários + extra-orçamentários) – Dispêndios (orçamentários + extra-orçamentários); ou

� RF = SAT – SANT.

Letra E.

61. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) Ao analisar o Balanço Patrimonial de uma Prefeitura Municipal, nos termos da Lei no 4.320/64, é correto afirmar que:

(A) o ativo real deduzido do passivo real é igual à situação líquida ativa quando o ativo real for menor que o passivo real. (B) o passivo real a descoberto é representado pelo resultado negativo da diferença entre o ativo real e o passivo real. (C) o ativo real será igual ao passivo real quando o ativo e o passivo compensado forem diferentes.

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(D) a situação líquida ativa sempre existirá quando o ativo real for igual ao passivo real. (E) o total do ativo será diferente do total do passivo quando o ativo real for diferente do passivo real. Comentários: A letra A está incorreta. Quando o Ativo Real é menor que o Passivo Real, a situação líquida passiva (e não ativa) é chamada de Passivo Real a Descoberto. A letra B está correta. PRD = diferença negativa entre o AR e o PR. A letra C está incorreta. O ativo compensado é sempre igual ao passivo compensado. A letra D está incorreta. Quando AR = PR, a situação líquida é nula. A letra E está incorreta. O TOTAL do ativo será sempre igual ao TOTAL do passivo. O nome é “balanço” justamente por isso.

Ativo Passivo Ativo Financeiro 300 Passivo Financeiro 200

Ativo Permanente 200 Passivo Permanente 100

Ativo Real 500 Passivo Real 300

Passivo Real a

Descoberto

Ativo Real Líquido 200

Ativo Compensado 50 Passivo Compensado 50

Total 550 Total 550

Letra B.

62. (FCC/Analista Judiciário – Auditor/TJ PI 2009) Do Balanço Financeiro de um ente público obtiveram-se as seguintes informações (em R$):

Saldo de disponibilidade do exercício Atual R$ 160.000,00 Despesas orçamentárias R$ 450.000,00 Saldo de disponibilidades do exercício anterior R$ 100.000,00 Receita total arrecadada R$ 520.000,00

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Despesas empenhadas e não pagas R$ 40.000,00 Supondo-se que a única informação não fornecida refere-se ao valor dos restos a pagar pagos no exercício corrente, este corresponde, em R$, a (A) 70.000,00. (B) 50.000,00. (C) 80.000,00. (D) 40.000,00. (E) 60.000,00. Comentários: Restos a Pagar Inscritos → 40.000. RF = SAT – SANT → RF = 160 – 100 = 60.000. RF = Ingressos – Dispêndios = (receitas orçamentárias + receitas extra-orçamentárias) – (despesas orçamentárias + despesas extra-orçamentárias) → 60 = (520 + 40) – (450 + RPP) → RPP = 50.000. Letra B.

63. (FCC/Analista Judiciário – Auditor/TJ PI 2009) Do balanço patrimonial de um ente público, foram extraídos os seguintes dados (em R$):

Passivo Real 400.000,00 Passivo Financeiro 120.000,00 Passivo Real a Descoberto 50.000,00 Superávit Financeiro 60.000,00 O valor do Ativo Permanente desse ente público é, em R$, igual a (A) 330.000,00. (B) 220.000,00. (C) 270.000,00. (D) 280.000,00. (E) 170.000,00. Comentários: SF = AF – PF → 60 = AF – 120 → AF = 180.000. PRD = - (AR – PR) → PRD = PR – AR → 50 = 400 – AR → AR = 350.000. AR = AF + AP → 350 = 180 + AP → AP = 170.000.

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Letra E.

64. (FCC/Analista Judiciário – Contador/TJ PI 2009) Trata-se de Variação Patrimonial Passiva Independente da Execução Orçamentária

(A) a cobrança da dívida ativa. (B) o repasse concedido. (C) a alienação de bens imóveis. (D) a perda de bens por obsolescência. (E) os juros e encargos sobre a dívida. Comentários: Letra A → receita corrente não efetiva → receita orçamentária → VAO. Letra B → interferência passiva orçamentária → VPO. Letra C → receita de capital → receita orçamentária → VAO. Letra D → decréscimo patrimonial → VPEO. É a nossa resposta! Letra E → despesa corrente → despesa orçamentária → VPO. Letra D.

65. (FCC/Analista Judiciário – Contador/TJ PI 2009) O Balanço Orçamentário de um município apresentou os seguintes dados (em R$):

No total dos créditos orçamentários estão incluídos também os créditos suplementares. Analisando esse balanço, é correto afirmar que (A) houve economia orçamentária de R$ 30.000,00. (B) houve frustração de arrecadação de R$ 20.000,00. (C) ocorreu excesso de arrecadação de R$ 10.000,00. (D) ocorreu déficit orçamentário de R$ 50.000,00. (E) houve excesso de despesas de R$ 10.000,00.

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Comentários: Letras A e E → Incorretas. Para verificar de houve economia ou excesso de despesas, basta comparar a diferença entre as despesas executadas e as fixadas. Se o resultado for positivo, houve excesso, se negativo, economia. No nosso caso houve excesso de despesas no valor de 30.000. Letra B → Incorreta. Letra C → Correta. Para checar se houve excesso ou frustração (insuficiência) de arrecadação, basta comparar as receitas executadas com as previstas. Se a diferença for positiva houve excesso, se negativa, insuficiência. No caso em tela, houve excesso de arrecadação no valor de 10.000. Letra D → Incorreta. O resultado orçamentário do exercício é a diferença entre as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas. Na questão em epígrafe, basta olhar a linha superávit e encontrar o resultado. Superávit → 50 (1.180.000 – 1.130.000). Letra C.

66. (FCC/Analista Judiciário – Contador/TJ PI 2009) Dos dados do Balanço Financeiro e do Balanço Orçamentário de um Estado da Federação foram extraídas as seguintes informações (em R$):

Superávit orçamentário do exercício 120.000,00 Saldo do exercício anterior (Balanço Financeiro) 100.000,00 Saldo do exercício seguinte (Balanço Financeiro) 150.000,00 É correto concluir que: (A) não houve inscrição de restos a pagar no exercício. (B) as despesas orçamentárias realizadas superaram as receitas orçamentárias arrecadadas em R$ 50.000,00. (C) as receitas extra-orçamentárias superaram as despesas extra-orçamentárias em R$ 50.000,00. (D) as despesas extra-orçamentárias superaram as receitas extra-orçamentárias em R$ 70.000,00. (E) o pagamento no exercício de restos a pagar superou a inscrição de restos a pagar no exercício em R$ 70.000,00.

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Comentários: Dentre todas as alternativas, a letra D é a única que permite chegarmos a uma conclusão. As demais nos faltam dados. Senão vejamos: RF = Ingressos – Dispêndios = SAT – SANT. (Receitas Orçamentárias + Receitas Extra-Orçamentárias) – (Despesas Orçamentárias + Despesas Extra-Orçamentárias) = 150.000 – 100.000 = 50.000. RO + REO – DO – DEO = 50.000. RO – DO + REO – DEO = 50.000. 120.000 + REO – DEO = 50.000 → REO – DEO = - 70.000 ou DEO = REO + 70.000. O fato mais importante é que o resultado financeiro do exercício, apurado no BF, engloba o resultado orçamentário, apurado no BO. Letra D.

67. (FCC/Analista Judiciário – Contador/TJ PI 2009) No Balanço Patrimonial de um ente público, o valor do Ativo Real foi de R$ 820.000,00 e o Saldo Patrimonial foi positivo em R$ 130.000,00. O valor do Passivo Permanente desse ente público corresponde a 150% do valor do Passivo Financeiro. O valor do Passivo Permanente deste ente público é, em R$, igual a

(A) 414.000,00. (B) 386.000,00. (C) 312.500,00. (D) 276.000,00. (E) 230.000,00. Comentários: PP = 1,5PF. PR = PF + PP = PF + 1,5PF = 2,5PF. ARL = AR – PR → 130 = 820 – 2,5PF → PF = 276. PP = 1,5 X 276 = 414.000. Letra A.

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68. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TJ PI 2009) Dados extraídos

do Balanço Patrimonial de uma determinada prefeitura (em R$): Passivo Real a Descoberto → 20.000,00 Ativo Financeiro → 100.000,00 Passivo Permanente → 250.000,00 Ativo Permanente → 320.000,00 O Passivo Financeiro dessa prefeitura no exercício em questão correspondeu, em R$, a (A) 150.000,00. (B) 170.000,00. (C) 190.000,00. (D) 200.000,00. (E) 210.000,00. Comentários: AR = AF + AP = 100 + 320 = 420.000. PR = PF + PP = PF + 250.000. PRD = PR – AR → 20 = PF + 250 – 420 → PF = 190.000. Letra C.

69. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TJ PI 2009) O Balanço Financeiro de um ente público apresentou os seguintes dados (em R$):

Receita Orçamentária → 820.000,00 Despesa Extra-Orçamentária → 110.000,00 Saldo para o Exercício Seguinte → 180.000,00 Receita Extra-Orçamentária → 100.000,00 Saldo do Exercício Anterior → 150.000,00 Com as informações fornecidas, é correto concluir que as despesas executadas pelo ente público nesse exercício totalizaram, em R$, (A) 700.000,00. (B) 730.000,00. (C) 760.000,00. (D) 780.000,00. (E) 800.000,00. Comentários:

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Temos que fazer aquelas continhas para o Balanço Financeiro. RF = SAT – SANT → RF = 180 – 150 = 30.000. RF = RO + REO – DO – DEO → 30 = 820 + 100 – DO – 110 → DO = 780.000. Letra D.

70. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TJ PI 2009) No Balanço Orçamentário é demonstrada, entre outros conceitos, a economia orçamentária do ente público. Esta ocorre quando a despesa

(A) fixada é menor que a receita arrecadada. (B) realizada é menor que a receita arrecadada. (C) realizada é menor que a receita prevista. (D) fixada é menor que a receita prevista. (E) realizada é menor que a despesa fixada. Comentários: Excesso de Arrecadação = receita realizada > receita prevista. Fonte de recurso para abertura de crédito adicional. Insuficiência de Arrecadação = receita realizada < receita prevista. Neste caso as despesas deverão ser adequadas à nova realidade de arrecadação. Pode ser usada limitação de empenho. Excesso de despesa = despesa executada > despesa fixada. Inconsistência na execução da despesa orçamentária, tendo em vista que os empenhos estão adstritos aos créditos disponíveis. Economia de despesa = despesa executada < despesa fixada. Não é fonte de recurso para abertura de créditos adicionais. Resultado Orçamentário = diferença entre as receitas e despesas executadas. Pode ser superávit ou déficit.

Receitas Previstas = Despesas Fixadas → orçamento aprovado com equilíbrio.

Receitas Previstas > Despesas Fixadas→ orçamento aprovado com desequilíbrio positivo (recursos sem despesas, fonte de recurso para crédito adicional).

Receitas Previstas < Despesas Fixadas → orçamento aprovado com desequilíbrio negativo.

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Letra E.

71. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TJ PI 2009) Na Demonstração das Variações Patrimoniais, superveniências ativas representam

(A) aumento de valores representativos do passivo, de origem extra-orçamentária. (B) aumento de valores representativos do ativo, de origem extra-orçamentária. (C) aumento de valores representativos do passivo, de origem orçamentária. (D) diminuição de valores representativos do passivo, de origem extra-orçamentária. (E) diminuição de valores representativos do ativo, de origem extra-orçamentária. Comentários: Vamos rever tudo pessoal? Eu sei, eu sei...tá brabo, mas tá acabando. Eu também estou cansado, mas um fuzileiro jamais abandona outro. Bora rapaziada! VAO → Receitas Orçamentárias + Interferências Ativas Orçamentárias + Mutações Ativas. VAEO → Inscrição Dívida Ativa/Cancelamento Dívidas Passivas + Interferências Ativas Extra-Orçamentárias + Acréscimos Patrimoniais. VPO → Despesas Orçamentárias + Interferências Passivas Orçamentárias + Mutações Passivas. VPEO → Cancelamento Dívida Ativa/Encampação Dívidas Passivas + Interferências Passivas Extra-Orçamentárias + Decréscimos Patrimoniais. Em detalhes:

� Receitas Orçamentárias → Receitas Correntes e de Capital.

� Receitas Correntes → tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências e outras (TRICOPAIS TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

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� Receitas de Capital → operações de crédito, alienação de

bens, amortização de empréstimos, transferências e outras (OPALIAMAOR TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Interferência Ativa Orçamentária → quando o órgão recebe

transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Ativas → mutações da despesa não-efetiva. Compra de bens. Concessão de empréstimos.

� Interferência Ativa Extra-Orçamentária → quando o órgão recebe

transferência de bens de outros órgãos públicos.

� Acréscimos Patrimoniais → aumentos no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é o recebimento da doação de bens de terceiros.

� Despesas Orçamentárias → Despesas Correntes e de Capital.

� Despesas Correntes → pessoal e encargos sociais, juros e

encargos da dívida e outras despesas correntes (O PESSOAL JURA QUE SÃO OUTRAS).

� Despesas de Capital → investimentos, inversões financeiras e amortização de dívidas (INVESTE PARA INVERTER A AMORTIZAÇÃO).

� Interferência Passiva Orçamentária → dessa vez o órgão efetua

uma transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Passivas → mutações da receita não-efetiva. Alienação

de bens. Amortização de empréstimos.

� Decréscimos Patrimoniais → diminuições no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é a doação de bens a terceiros.

Superveniências e Insubsistências → sempre extra-orçamentários.

� Superveniência Ativa →→→ Superveniência do Ativo →→→ aumento do

ativo →→→ doação recebida.

� Insubsistência Ativa → Insubsistência do Passivo → diminuição do passivo → cancelamento de uma dívida.

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� Superveniência Passiva → Superveniência do Passivo → aumento do passivo → reconhecimento de uma dívida.

� Insubsistência Passiva → Insubsistência do Ativo → diminuição do ativo → doação a terceiros.

Letra B. Se a cabeça doer é bom sinal! Quer dizer que você ainda está vivo! Vixe! Tem hora que o professor tem uma saudade da Marinha...rsrsrs... Já que eu comecei a falar da morte da ou morte de semoventes (VPEO), vamos aproveitar e dar uma relaxada? Eu coloquei esse vídeo num curso desses aí e os alunos quase morreram de rir. Mas é bem engraçado. A cara do Sr. Madruga não tem preço!

http://www.youtube.com/watch?v=5Pv_sqB38Kg&feature=related

72. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE PI 2009) Instruções: Para responder às duas questões a seguir, considere os dados da tabela abaixo da Prefeitura ZY, referentes ao exercício financeiro de X1: (Valores em milhares de reais)

Segundo o regime contábil estabelecido pela Lei no 4.320/64, o resultado da execução orçamentária foi, em milhares de R$, (A) 15.000,00 (B) 20.000,00 (C) 30.000,00 (D) 40.000,00 (E) 45.000,00 Comentários:

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O regime contábil da lei 4.320/64 estabelece que as receitas devem ser reconhecidas na arrecadação e as despesas no empenho. REO = receitas arrecadadas – despesas empenhadas = 410 – 395 = 15.000. Letra A.

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C. RESUMINHO Balanço Patrimonial

Ativo = Ativo Financeiro + Ativo Permanente + Ativo Compensado.

Passivo = Passivo Financeiro + Passivo Permanente + Passivo Compensado.

Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Permanente.

Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Permanente.

Passivo Real a Descoberto = Ativo Real < Passivo Real.

Ativo Real Líquido = Ativo Real > Passivo Real.

Ativo Compensado = Passivo Compensado

Ativo e Passivo Permanente → dependem de autorização legislativa. Ativo e Passivo Financeiro → independem de autorização legislativa. Superávit Financeiro → Ativo Financeiro > Passivo Financeiro → fonte de recurso para abertura de crédito adicional.

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Balanço Orçamentário Receitas previstas e despesas fixadas em confronto com as realizadas.

Receita realizada → Arrecadada Despesa realizada → Liquidada (STN) ou empenhada (4.320/64). FCC → empenhada.

Receitas Previstas = Despesas Fixadas → Orçamento aprovado com equilíbrio.

Receitas Previstas > Despesas Fixadas → Orçamento aprovado com desequilíbrio positivo (recursos sem despesas, fonte para crédito adicional).

Receitas Previstas < Despesas Fixadas → Orçamento aprovado com desequilíbrio negativo (órgão dependente de transferência).

Receitas Previstas > Receitas Arrecadadas → Insuficiência na arrecadação (nova fixação de despesa ou limitação de empenho).

Receitas Previstas < Receitas Arrecadadas → Excesso de arrecadação (fonte de recurso para crédito adicional).

Despesas Fixadas > Despesas Empenhadas → Economia de despesa (não é fonte de recurso para abertura de crédito adicional).

Despesas Fixadas < Despesas Empenhadas → Excesso de despesa (inconsistência, pois os empenhos estão limitados aos créditos orçamentários disponíveis).

Receita Arrecadada Corrente > Despesa Empenhada Corrente → Superávit Corrente. Receita Arrecadada Corrente < Despesa Empenhada Corrente → Déficit Corrente.

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Receita Arrecadada de Capital > Despesa Empenhada de Capital → Superávit de Capital.

Receita Arrecadada de Capital < Despesa Empenhada de Capital → Déficit de Capital.

Receita Arrecadada > Despesa Empenhada → Superávit Orçamentário.

Receita Arrecadada < Despesa Empenhada → Déficit Orçamentário.

Capitalização → Superávit Corrente e Déficit de Capital.

Descapitalização → Déficit Corrente e Superávit de Capital.

Regra de ouro → É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

Balanço Financeiro Receita e a despesa orçamentária bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

INGRESSOS DISPÊNDIOS Orçamentários 180 Orçamentários 140

Receitas Correntes 100 Saúde 80

Receitas de Capital 80 Transporte 60

Extra-orçamentários 30 Extra-orçamentários 20

Restos a pagar inscritos 20 Restos a pagar pagos 10

Cauções 10 Devolução de depósitos 10

Saldo do Exercício Anterior

50 Saldo Exercício Seguinte 100

Total 260 Total 260

Receita → Por categoria. Despesa → Por função.

Resultado Financeiro = Ingressos – Dispêndios; ou

Resultado Financeiro = Saldo Exercício Seguinte (Atual) – Saldo do Exercício Anterior.

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RP inscritos → Receita Extra-Orçamentária para compensar seu reconhecimento na despesa orçamentária.

RP pagos → Despesa Extra-Orçamentária.

DVP

Alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.

Variações Ativas Variações Passivas

Resultantes da Execução Orçamentária Resultantes da Execução Orçamentária

Receitas Orçamentárias

Correntes

Capital

Despesas Orçamentárias

Correntes

Capital

Interferências Ativas

Cota recebida

Repasse recebido

Sub-Repasse recebido

Interferências Passivas

Cota concedida

Repasse concedido

Sub-Repasse concedido

Mutações Ativas

Aquisição de bens

Empréstimos concedidos

Mutações Passivas

Venda de bens

Empréstimos recebidos

Independentes da Execução Orçamentária Independentes da Execução Orçamentária

Inscrição Dívida Ativa

Cancelamento de Dívidas Passivas

Interferências Ativas (transferências de bens

recebidas de outros órgãos públicos).

Acréscimos Patrimoniais (doações de bens

recebidas de terceiros).

Cancelamento Dívida Ativa

Encampação de Dívidas Passivas

Interferências Passivas (transferências de

bens concedidas a outros órgãos públicos).

Decréscimos Patrimoniais (Doações de bens

concedidas a terceiros).

Soma das VA Soma da VP

Déficit Superávit

Total Total

Resultado Patrimonial = Variações Ativas – Variações Passivas. VAO → Receitas Orçamentárias + Interferências Ativas Orçamentárias + Mutações Ativas.

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VAEO → Inscrição Dívida Ativa/Cancelamento Dívidas Passivas + Interferências Ativas Extra-Orçamentárias + Acréscimos Patrimoniais. VPO → Despesas Orçamentárias + Interferências Passivas Orçamentárias + Mutações Passivas. VPEO → Cancelamento Dívida Ativa/Encampação Dívidas Passivas + Interferências Passivas Extra-Orçamentárias + Decréscimos Patrimoniais. Em detalhes:

� Receitas Orçamentárias → Receitas Correntes e de Capital.

� Receitas Correntes → tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências e outras (TRICOPAIS TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Receitas de Capital → operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências e outras (OPALIAMAOR TRANSFERÊNCIAS OUTRAS).

� Interferência Ativa Orçamentária → quando o órgão recebe

transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Ativas → mutações da despesa não-efetiva. Compra de bens. Concessão de empréstimos.

� Interferência Ativa Extra-Orçamentária → quando o órgão recebe transferência de bens de outros órgãos públicos.

� Acréscimos Patrimoniais → aumentos no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é o recebimento da doação de bens de terceiros.

� Despesas Orçamentárias → Despesas Correntes e de Capital.

� Despesas Correntes → pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida e outras despesas correntes (O PESSOAL JURA QUE SÃO OUTRAS).

� Despesas de Capital → investimentos, inversões financeiras e amortização de dívidas (INVESTE PARA INVERTER A AMORTIZAÇÃO).

� Interferência Passiva Orçamentária → dessa vez o órgão efetua

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uma transferência financeira sob a forma de cota, repasse e sub-repasse.

� Mutações Passivas → mutações da receita não-efetiva. Alienação de bens. Amortização de empréstimos.

� Decréscimos Patrimoniais → diminuições no patrimônio independentes da execução orçamentária. O caso mais cobrado é a doação de bens a terceiros.

Variações Patrimoniais Segundo a NBC T 16.4, as transações no setor público podem ser classificadas nas naturezas econômico-financeira (alterações qualitativas e quantitativas) e administrativa.

As variações patrimoniais podem ser:

Superveniências/Insubsistências

� Superveniência Ativa → Superveniência do Ativo → aumento do ativo.

� Insubsistência Ativa → Insubsistência do Passivo → diminuição do passivo.

� Superveniência Passiva → Superveniência do Passivo → aumento do passivo.

� Insubsistência Passiva → Insubsistência do Ativo → diminuição do ativo.

Contas mais cobradas pela FCC

Alienação de bens móveis → receita de capital + mutação passiva. Aquisição de bens imóveis e móveis → despesa de capital + mutação

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ativa. Aquisição de material de consumo para estoque → despesa corrente não efetiva (uma das poucas) + mutação ativa. Empréstimos obtidos → receita de capital + mutação passiva. Operações de crédito → passivo permanente/receita de capital + mutação passiva. Amortização de empréstimos tomados → despesa de capital + mutação ativa. Aumento da dívida fundada por correção monetária → decréscimo patrimonial. Incorporação de bens imóveis por doação → acréscimo patrimonial. Reavaliação de bens móveis (saldo credor) → acréscimo patrimonial. Aplicações financeiras → ativo financeiro. Bancos conta movimento → ativo financeiro. Bens imóveis e móveis → ativo permanente. Consignações (retenções) → receita extra-orçamentária. Consignações (recolhimentos) → despesa extra-orçamentária. Consignações → passivo financeiro. Depósitos de diversas origens – caução → passivo financeiro. Cauções e depósitos (saldo atual) → receita extra-orçamentária. Cauções e depósitos (saldo anterior) → despesa extra-orçamentária. Dívida ativa → ativo permanente/variação ativa extra-orçamentária. Recebimento da dívida ativa → receita corrente não efetiva + mutação passiva. Inscrição de dívida ativa → variação ativa extra-orçamentária. Operações de crédito por antecipação da receita orçamentária → passivo financeiro.

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Operações de crédito por antecipação da receita orçamentária (contratação) → receita extra-orçamentária. Operações de crédito por antecipação da receita orçamentária (pagamento) → despesa extra-orçamentária. Restos a pagar → passivo financeiro/receita extra-orçamentária. Entidades vinculadas (empréstimos) → despesa extra-orçamentária.

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D. QUESTÕES SEM OS COMENTÁRIOS

1. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, conforme suas características e os seus reflexos no patrimônio público, as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:

(A) Ativa e Passiva. (B) Orçamentária e Patrimonial. (C) Quantitativa e Qualitativa. (D) Orçamentária e Financeira. (E) Econômico-Financeira e Administrativa.

2. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Em relação ao que estabelece a NBCT

16.4 sobre transações no setor público, considere: I. Os atos e fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais no patrimônio das entidades do setor público são definidos como transações no setor público. II. As transações no setor público, conforme suas características e seus reflexos no patrimônio público, podem ser classificadas nas seguintes naturezas: orçamentárias e extra-orçamentárias. III. As variações quantitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. IV. As variações qualitativas são aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais, podendo ou não afetar o patrimônio líquido. V. As transações que envolvem valores de terceiros são aquelas em que a entidade do setor público responde como fiel depositária e que não afetam o seu patrimônio líquido. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, III e V. (C) II e IV. (D) III e V. (E) IV e V.

3. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Considere:

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I. É sempre vedada a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital. II. Será admitida operação de crédito que exceda o montante das despesas de capital quando autorizada mediante crédito suplementar ou especial com finalidade precisa, desde que aprovada pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. III. Não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal relacionado a tributo de competência do ente federado, se resultar diminuição do ônus deste. IV. Não será deduzido das despesas de capital o valor da operação sob a forma de empréstimo a contribuinte, com intuito de promover incentivo fiscal, se este empréstimo for concedido por instituição financeira controlada por ente federado. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV.

4. (FCC/Auditor/TCE RO 2010) Os dados a seguir foram extraídos do Balanço Orçamentário de uma prefeitura municipal elaborado conforme a Portaria STN nº 749/09:

Em R$ (mil) Previsão Inicial → 10.000,00 Previsão Atualizada → 11.000,00 Receitas Realizadas → 11.100,00 Dotação Inicial → 10.000,00 Dotação Atualizada→ 11.000,00 Despesas Empenhadas→ 10.500,00 Despesas Liquidadas→10.300,00 Despesas Pagas → 9.800,00 Com base nessas informações, é correto afirmar que (A) o excesso de arrecadação foi de R$ (mil) 1.100,00. (B) a economia orçamentária foi de R$ (mil) 600,00.

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(C) a inscrição de restos a pagar processados foi de R$ (mil) 700,00. (D) o superávit de execução foi de R$ (mil) 600,00. (E) a despesa fixada na Lei Orçamentária Anual foi de R$ (mil) 11.000,00.

5. (FCC/Contador/DNOCS 2010) O demonstrativo da Contabilidade Pública que apresenta o ativo e o passivo da entidade e o demonstrativo onde são discriminadas as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas pela entidade, são, respectivamente, os Balanços

(A) Financeiro e Patrimonial. (B) Orçamentário e das Variações Patrimoniais. (C) Orçamentário e Patrimonial. (D) das Variações Patrimoniais e Orçamentário. (E) Patrimonial e Orçamentário.

6. (FCC/TCE/TCM PA 2010) Considere os dados abaixo, extraídos do Balanço Patrimonial de 31/12/X1 da Prefeitura WZ:

R$ (mil) Almoxarifado → 2.000,00 Ativo Real Líquido → 21.800,00 Bancos Conta Movimento → 5.940,00 Bens Imóveis → 16.000,00 Bens Móveis → 7.300,00 Consignações → 1.820,00 Depósitos de Diversas Origens – Caução → 800,00 Dívida Ativa → 9.800,00 Dívida Fundada Externa → 2.000,00 Dívida Fundada Interna → 3.000,00 Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária → 600,00 Restos a Pagar não Processados → 2.000,00 Restos a Pagar Processados → 4.020,00 Serviço da Dívida a Pagar → 5.000,00 De acordo com a Lei no 4.320/64, o Ativo Permanente era, em milhares de reais, (A) 56.900,00 (B) 35.100,00 (C) 33.100,00 (D) 26.100,00 (E) 25.300,00

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7. (FCC/TCE/TCM PA 2010) O registro referente ao cancelamento de

dívida fundada gera uma redução no passivo (A) permanente e aumento na situação patrimonial líquida. (B) permanente e aumento do passivo financeiro. (C) financeiro e redução do ativo financeiro. (D) permanente e aumento do ativo financeiro. (E) financeiro e redução do ativo permanente.

8. (FCC/TCE/TCM PA 2010) Todas as contas e respectivos valores do Balanço Financeiro referentes ao exercício de X1 da Prefeitura Modelo estão apresentados abaixo, em milhares de reais, com exceção do valor do Saldo do Exercício Anterior.

Saldo para o Exercício Seguinte → 2.100,00 Saldo do Exercício Anterior → ? Restos a pagar (pagamento no exercício) → 2.800,00 Restos a pagar (contrapartida da despesa a pagar) → 2.000,00 Receitas de Capital → 5.000,00 Receitas Correntes → 10.500,00 Despesas Correntes → 8.600,00 Despesas de Capital → 5.100,00 Depósitos Cauções (valores recebidos no exercício) → 500,00 Consignações (valores retidos da folha de pagamento do exercício) → 600,00 Consignações (recolhimentos no exercício) → 800,00 Entidades vinculadas (empréstimos concedidos) → 500,00 Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que o valor do Saldo do Exercício Anterior era, em milhares de reais, (A) 2.500,00 (B) 1.900,00 (C) 1.300,00 (D) 1.200,00 (E) 800,00 Instruções: Para responder às duas questões a seguir, considere os fatos abaixo: −Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento de uma entidade pública com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 900.000,00. −Abertura de créditos especiais, com base no superávit financeiro do período anterior, no valor de R$ 30.000,00.

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−Arrecadação de tributos no valor de R$ 775.000,00. −Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 25.000,00. −Operações de Crédito para compra de bens móveis no valor de R$ 110.000,00. −Venda de um terreno pelo valor de custo registrado contabilmente por R$ 40.000,00. −Recebimentos referentes à prestação de serviços realizada por entidade da administração indireta, no valor de R$ 60.000,00. −Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$ 400.000,00; aquisição de móveis R$ 415.000,00; aquisição de material de consumo R$ 30.000,00; amortização da dívida fundada R$ 50.000,00. −Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00. −Recebimento de cauções no valor de R$ 30.000,00. −Pagamento de Restos a Pagar no valor de R$ 400.000,00. −Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 100.000,00. −Inscrição de Tributos em Dívida Ativa no valor de R$ 27.000,00. −Variação Cambial da Dívida Fundada Externa no valor de R$ 15.000,00 (aumento).

9. (FCC/TCE/TCM PA 2010) O resultado de execução orçamentária foi, em reais,

(A) deficitário em 30.000,00 (B) superavitário em 70.000,00 (C) superavitário em 95.000,00 (D) superavitário em 105.000,00 (E) superavitário em 137.000,00

10. (FCC/TCE/TCM PA 2010) O aumento efetivo da Situação Patrimonial Líquida provocado pelas Receitas Orçamentárias foi, em reais,

(A) 1.010.000,00 (B) 970.000,00

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(C) 865.000,00 (D) 860.000,00 (E) 835.000,00

11. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TRF 4° Região 2010) É uma variação patrimonial ativa independente da execução orçamentária:

(A) inscrição de um débito tributário na dívida ativa. (B) aquisição de bens imóveis. (C) superveniência passiva. (D) receita proveniente de taxas cobradas em virtude do exercício do poder de polícia. (E) receita proveniente de contribuições de intervenção sobre o domínio econômico.

12. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TRF 4° Região 2010) No Balanço Financeiro

(A) é feita a comparação entre os valores previstos da receita e os valores efetivamente arrecadados. (B) são comparadas as variações patrimoniais ativas e passivas e apurado o resultado patrimonial do exercício. (C) é apurada a situação patrimonial do ente público, por comparação entre ativos e passivos. (D) os restos a pagar do exercício figuram como receita extra-orçamentária. (E) é calculado o resultado nominal do ente público.

13. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TRF 4° Região 2010) Dados extraídos do balanço patrimonial de um ente público (em R$):

Ativo Real Líquido →100.000,00 Passivo Financeiro → 180.000,00 Ativo Permanente → 320.000,00 Passivo Permanente → 260.000,00 Ativo Compensado → 50.000,00 O valor do Ativo Financeiro nesse exercício correspondeu, em R$, a (A) 140.000,00. (B) 220.000,00. (C) 160.000,00.

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(D) 170.000,00. (E) 270.000,00.

14. (FCC/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas/SEFAZ SP 2010) Uma variação patrimonial aumentativa decorrente da execução orçamentária é aquela resultante de

(A) transferência de recursos recebida de outros entes governamentais. (B) aquisição de bens móveis. (C) cancelamento de débitos dos contribuintes com a fazenda pública. (D) reconhecimento da valoração de bens imóveis. (E) variação cambial da dívida fundada por desvalorização da moeda estrangeira.

15. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 21º Região 2010) As variações ativas classificadas no grupo de mutações patrimoniais

(A) originam-se de fatos de superveniências ativas ou insubsistências passivas. (B) originam-se da execução orçamentária e são decorrentes de bens e valores da caráter temporário. (C) originam-se da execução orçamentária e são decorrentes de uma troca de bens permanentes por um bem numerário. (D) caracterizam-se pela variação patrimonial permutativa em dois momentos distintos: variação passiva e diminutiva pela saída do dinheiro e, variação ativa, aumentativa, pela incorporação do bem adquirido. (E) são as mudanças que ocorrem entre os bens e os direitos, exceto as obrigações do patrimônio público.

16. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 21º Região 2010) No balanço patrimonial, a conta representativa do patrimônio público cujos recursos são controlados pela entidade como resultado de eventos passados e dos quais se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços, denomina-se

(A) ativo. (B) passivo. (C) patrimônio líquido.

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(D) conta de compensação. (E) resultado diferido.

17. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia, administração e ciências contábeis/ALESP 2010) Um exemplo de aumento da situação patrimonial líquida independente da execução do orçamento é

(A) a aquisição de bens móveis. (B) o cancelamento de débitos dos contribuintes com a fazenda pública. (C) o reconhecimento da valoração de bens imóveis. (D) a transferência de recursos recebida de outros entes governamentais. (E) a variação cambial da dívida fundada por valoração da moeda estrangeira.

18. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AM 2010) Pela análise do Balanço Patrimonial, observou-se que uma entidade pública apresentava, em milhões de reais, Ativo Real Líquido de 200,00 e Ativo Permanente de 800,00 (o que representava 2/3 da soma do Ativo Real). Sabendo-se que o quociente de situação financeira era de 1,6, pode-se afirmar que o Passivo Permanente da entidade era, em milhões de reais,

(A) 250,00 (B) 750,00 (C) 800,00 (D) 950,00 (E) 1.075,00

19. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AM 2010) Considere os fatos, a seguir, referentes ao exercício financeiro de X1 de um determinado governo municipal:

−Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 4.000.000,00. −Arrecadação da Receita: tributária R$ 1.200.000,00; de serviços R$ 300.000,00; patrimonial R$ 150.000,00; Transferências Correntes R$ 2.300.000,00; Alienação de Bens Móveis R$ 200.000,00. −Empenho de despesas com: pessoal R$ 2.200.000,00; serviços de terceiros R$ 245.000,00; material de consumo R$ 365.000,00; aquisição de imóveis R$ 800.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 260.000,00. −Liquidação de despesas com: pessoal R$ 2.200.000,00; serviços de terceiros R$ 200.000,00; material de consumo R$ 365.000,00; aquisição de

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imóveis R$ 700.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 260.000,00. −Pagamento de despesas com: pessoal R$ 2.000.000,00; serviços de terceiros R$ 180.000,00; material de consumo R$ 350.000,00; aquisição de imóveis R$ 700.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 260.000,00. −Pagamento de Restos a Pagar no valor de R$ 100.000,00. Com base nessas informações, é correto afirmar que, em X1, (A) o resultado de previsão orçamentária foi superavitário. (B) o excesso de arrecadação de receita foi R$ 560.000,00. (C) a economia orçamentária foi R$ 275.000,00. (D) a variação líquida positiva nas disponibilidades foi R$ 660.000,00. (E) o resultado de execução orçamentária foi R$ 280.000,00.

20. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AM 2010) Considere os fatos, a seguir, de uma determinada entidade pública referente ao exercício financeiro de X1:

−Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa conforme Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 900.000,00. −Abertura de créditos especiais, com base no superávit financeiro do período anterior, no valor de R$ 30.000,00. −Arrecadação de tributos no valor de R$ 775.000,00. −Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 25.000,00. −Operações de Crédito para compra de bens móveis no valor de R$ 110.000,00. −Venda de um terreno pelo valor de custo registrado contabilmente por R$ 40.000,00. −Recebimentos referentes à prestação de serviços realizada por entidade da administração indireta, no valor de R$ 60.000,00. −Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$ 400.000,00; aquisição de móveis R$ 415.000,00; aquisição de material de consumo R$ 30.000,00; amortização da dívida fundada R$ 50.000,00. −Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00.

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−Recebimento de cauções no valor de R$ 30.000,00. −Pagamento de Restos a Pagar no valor de R$ 400.000,00. −Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 100.000,00. −Inscrição de Tributos em Dívida Ativa no valor de R$ 50.000,00. −Variação Cambial da Dívida Fundada Externa no valor de R$ 15.000,00 (redução). −Reconhecimento de tributos recolhidos indevidamente no valor de R$ 10.000,00, cujo despacho de autorização ocorreu em X1. Com base nessas informações, é correto afirmar que os valores das receitas orçamentárias e extra-orçamentárias no Balanço Financeiro foram, respectivamente, em reais, de (A) 1.000.000,00 e 40.000,00 (B) 1.010.000,00 e 50.000,00 (C) 1.000.000,00 e 60.000,00 (D) 1.010.000,00 e 80.000,00 (E) 890.000,00 e 60.000,00

21. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AM 2010) Observe o Balanço Orçamentário (em milhões de reais) de uma determinada entidade pública:

Sabe-se que houve abertura de créditos suplementares no valor de R$ 80,00 (milhões), cujo recurso de cobertura foi o superávit financeiro do exercício anterior e que todas as despesas empenhadas foram pagas. Com base nos dados de previsão e execução orçamentária, é possível afirmar que o (A) quociente de execução da receita foi 1,2. (B) quociente de cobertura dos créditos adicionais foi 1,6. (C) aumento na situação financeira líquida foi R$ 88,00 (milhões).

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(D) quociente de equilíbrio orçamentário foi 0,9. (E) valor das receitas arrecadadas é igual ao das despesas empenhadas.

22. (FCC/Agente de Defensoria – Contador/DPE SP 2010) Dados extraídos do balanço financeiro de um ente público encerrado em 31/12/2009:

Receita Orçamentária → 360.000,00 Despesa Orçamentária → 320.000,00 Saldo do Exercício anterior → 30.000,00 Restos a pagar inscritos no exercício → 20.000,00 Despesas extra-orçamentárias → 60.000,00 Demais receitas extra-orçamentárias → 40.000,00 Com base apenas nessas informações, pode-se concluir que o saldo do balanço financeiro em 31/12/2009 correspondia, em R$, a (A) 40.000,00 (B) 30.000,00 (C) 50.000,00 (D) 70.000,00 (E) 20.000,00

23. (FCC/Agente de Defensoria – Contador/DPE SP 2010) Dados extraídos dos sistemas contábeis de um ente público (em R$):

Ativo Real Líquido em 31/12/2008 → 335.000,00 Déficit patrimonial de 2009 → 123.000,00 Passivo Permanente → 648.000,00 Ativo Permanente → 720.000,00 Passivo Compensado → 56.000,00 Sabendo-se que o valor do Ativo Financeiro em 31/12/2009 equivalia a 125% do Passivo Financeiro, o valor deste último em 31/12/2009 foi, em R$, igual a (A) 560.000,00 (B) 504.000,00 (C) 544.000,00 (D) 616.000,00 (E) 520.000,00

24. (FCC/Agente de Defensoria – Contador/DPE SP 2010) Dados das demonstrações contábeis de um ente público relativas ao exercício encerrado em 31/12/2009 (em R$):

Déficit orçamentário executado → 130.000,00

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Variações ativas independentes de execução orçamentária → 180.000,00 Variações passivas independentes de execução orçamentária → 155.000,00 Ativo Financeiro em 31/12/2009 → 389.000,00 Ativo Permanente em 31/12/2009 → 631.000,00 Com base apenas nessas informações, pode-se afirmar que o ente público nesse exercício apresentou: (A) Ativo Real Líquido positivo. (B) Passivo Real a descoberto. (C) Resultado patrimonial negativo. (D) Passivo Permanente inferior ao Ativo Permanente. (E) Passivo Financeiro inferior ao Ativo Financeiro.

25. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia, administração e ciências contábeis/ALESP 2010) Considere os dados, a seguir, extraídos da Demonstração das Variações Patrimoniais de uma determinada entidade pública.

Em R$ (milhões) Alienação de Bens Móveis → 140,00 Amortização de Empréstimos Tomados → 80,00 Aquisição de Bens Imóveis → 150,00 Aquisição de Bens Móveis → 380,00 Aquisição de Material de Consumo → 40,00 Aumento da Dívida Fundada por Correção Monetária → 250,00 Despesa Orçamentária → 1.450,00 Empréstimos Obtidos → 340,00 Incorporação de Bens Imóveis por doação → 200,00 Inscrição de Dívida Ativa → 120,00 Reavaliação de Bens Móveis (saldo credor) → 60,00 Receita Orçamentária → 1.600,00 A variação da situação patrimonial líquida decorrente da execução do orçamento foi um aumento de, em milhões de reais, (A) 150,00 (B) 260,00 (C) 320,00 (D) 440,00 (E) 450,00

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26. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia,

administração e ciências contábeis/ALESP 2010) Considere o Balanço Orçamentário (em milhares de reais) de uma prefeitura municipal:

Com base nessas informações e de acordo com a Lei n° 4.320/64, é correto afirmar que (A) a economia orçamentária foi de R$ 30 (mil). (B) o resultado de previsão foi deficitário em R$ 50 (mil). (C) o valor das receitas arrecadadas é igual ao das despesas empenhadas. (D) a situação financeira líquida não sofreu alterações em decorrência da execução orçamentária. (E) o excesso de arrecadação foi suficiente para cobrir a abertura de créditos suplementares e especiais. Instruções: Para responder às duas questões a seguir, considere as informações abaixo. No final do exercício financeiro de 2009, antes da apuração do resultado patrimonial, a prefeitura de WCL apresentava os seguintes saldos nas contas do sistema financeiro e patrimonial: Em R$ (milhões) Almoxarifado → 40,00 Aplicações Financeiras → 170,00

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Bancos/Conta Movimento → 10,00 Bens Imóveis → 450,00 Bens Móveis → 150,00 Cauções → 60,00 Consignações → 22,00 Despesa Orçamentária → 215,00 Dívida Ativa → 35,00 Dívida Fundada Externa → 80,00 Dívida Fundada Interna → 500,00 Mutações Patrimoniais Ativas → 60,00 Mutações Patrimoniais Passivas → 50,00 Receita Orçamentária → 210,00 Restos a Pagar Processados → 55,00 Saldo Patrimonial → 85,00 Serviços da Dívida a Pagar → 38,00 Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária → 24,00 Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária → 14,00

27. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia, administração e ciências contábeis/ALESP 2010) O valor total dos saldos devedores, em 31/12/2009, era, em milhões de reais,

(A) 1.219,00 (B) 1.181,00 (C) 1.154,00 (D) 1.134,00 (E) 1.129,00

28. (FCC/ Agente Técnico Legislativo Especializado – Economia, administração e ciências contábeis/ALESP 2010) Em 31/12/2009, o valor do Passivo Real e do Ativo Real Líquido após apuração do

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resultado patrimonial eram, respectivamente, em milhões de reais, (A) 508,00 e 85,00 (B) 580,00 e 100,00 (C) 615,00 e 820,00 (D) 755,00 e 100,00 (E) 755,00 e 855,00

29. (FCC/ACE – Inspeção Governamental/TCM CE 2010) Considere os dados da tabela abaixo.

É correto afirmar que as contas de números (A) 1, 6 e 9 pertencem ao Balanço Orçamentário. (B) 4, 7 e 10 pertencem ao Balanço Financeiro. (C) 3, 4 e 10 pertencem ao Balanço Patrimonial. (D) 2, 5 e 8 pertencem ao Balanço Patrimonial. (E) 4, 7 e 8 pertencem ao Balanço Financeiro.

30. (FCC/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas/SEFAZ SP 2010) É conta contábil de natureza credora:

(A) Aplicações Financeiras. (B) Mutação Patrimonial Passiva. (C) Bens Imóveis. (D) Execução Orçamentária da Receita. (E) Restos a Pagar do Exercício. Instruções: Para responder às duas questões a seguir, considere os fatos abaixo, referentes ao exercício financeiro de X1 de um determinado governo municipal: −Orçamento inicial da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento de uma entidade pública com

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base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 2.000.000,00. −Lançamento da Receita: tributária R$ 636.000,00; de serviços R$ 100.000,00; patrimonial R$ 50.000,00; transferências correntes R$ 1.100.000,00; alienação de bens móveis R$ 130.000,00. −Arrecadação da Receita: tributária R$ 600.000,00; de serviços R$ 100.000,00; patrimonial R$ 50.000,00; transferências correntes R$ 1.100.000,00; alienação de bens móveis R$ 130.000,00. −Empenho de despesas: pessoal e encargos sociais R$ 1.000.000,00; serviços de terceiros R$ 130.000,00; material de consumo R$ 170.000,00; aquisição de imóveis R$ 340.000,00; serviços de consultoria R$ 100.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 80.000,00; assistência a estudantes R$ 120.000,00. −Liquidação de despesas: pessoal R$ 1.000.000,00; serviços de terceiros R$ 100.000,00; material de consumo R$ 160.000,00; aquisição de imóveis R$ 340.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 80.000,00; assistência a estudantes R$ 120.000,00. −Pagamento de despesas: pessoal R$ 980.000,00; serviços de terceiros R$ 100.000,00; material de consumo R$ 150.000,00; aquisição de imóveis R$ 300.000,00; juros e encargos da dívida fundada R$ 70.000,00; assistência a estudantes R$ 110.000,00. −Pagamento de Restos a Pagar de períodos anteriores no valor de R$ 80.000,00. −Inscrição de Tributos em Dívida Ativa no valor de R$ 36.000,00. −Recebimento de bens móveis em doação no valor de R$ 55.000,00. −Recebimento de cauções, em dinheiro, no valor de R$ 32.000,00.

31. (FCC/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas/SEFAZ SP 2010) No período, a variação líquida nas disponibilidades decorrente da execução orçamentária foi, em reais,

(A) 40.000,00 (B) 180.000,00 (C) 190.000,00 (D) 270.000,00 (E) 302.000,00

32. (FCC/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças

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Públicas/SEFAZ SP 2010) De acordo com a Lei no 4.320/64, o resultado de execução orçamentária foi, em reais, um superávit de

(A) 40.000,00 (B) 76.000,00 (C) 83.000,00 (D) 180.000,00 (E) 270.000,00

33. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 9° Região 2010) As obrigações que dependem da autorização orçamentária para serem pagas são denominadas passivo:

(A) compensado. (B) financeiro. (C) real. (D) real financeiro. (E) não-financeiro.

34. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRF 4° Região 2010) A demonstração contábil prevista na Lei no 4.320/1964, onde os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária, é

(A) o Balanço Patrimonial. (B) o Balanço Orçamentário. (C) a Demonstração das Variações Patrimoniais. (D) a Demonstração das Contas de Compensação. (E) o Balanço Financeiro.

35. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 8° Região 2010) O Balanço Orçamentário do exercício de 2009 de determinada Entidade Pública demonstra a realização de receitas no total de R$ 1.000,00.

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Com base nas receitas apresentadas no Balanço Orçamentário, Receitas Correntes e as Receitas de Capital totalizam, respectivamente, (A) R$ 150,00 e R$ 850,00. (B) R$ 350,00 e R$ 650,00. (C) R$ 450,00 e R$ 550,00. (D) R$ 550,00 e R$ 450,00. (E) R$ 750,00 e R$ 250,00.

36. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT 8° Região 2010) Determinada Entidade Pública no exercício de 2009 pagou despesas no valor total de R$ 2.700,00.

Com base nos valores apresentados, as despesas orçamentárias e extra-orçamentárias pagas no exercício de 2009 totalizam, respectivamente, (A) R$ 600,00 e R$ 2.100,00. (B) R$ 2.100,00 e R$ 600,00.

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(C) R$ 2.350,00 e R$ 350,00. (D) R$ 2.400,00 e R$ 300,00. (E) R$ 2.450,00 e R$ 250,00. Atenção: Para responder às três questões a seguir considere os seguintes dados da execução orçamentária da Prefeitura XX, em 31/12 do exercício de 2008: Despesa Empenhada. . ............................. R$ 200 Despesa Liquidada. . ................................. R$ 120 Despesa Paga. . ......................................... R$ 100 Despesa Fixada. . ....................................... R$ 450

37. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) O total do crédito orçamentário utilizado no exercício, em reais, é de:

(A) 200 (B) 220 (C) 320 (D) 420 (E) 450

38. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) O valor a ser inscrito em Restos a Pagar Processados, em reais, é de:

(A) 230 (B) 120 (C) 100 (D) 80 (E) 20

39. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE AL 2010) A economia na realização da despesa orçamentária totalizou, em reais:

(A) 10 (B) 30 (C) 130 (D) 150 (E) 230

40. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) É uma variação patrimonial ativa independente da execução orçamentária:

(A) pagamento de um débito tributário inscrito na dívida ativa. (B) aquisição de bens imóveis. (C) recebimento de multas por atraso de pagamento de tributos.

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(D) receita de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público. (E) cancelamento de dívida contraída pelo ente público.

41. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) É uma variação patrimonial passiva resultante da execução orçamentária:

(A) alienação de bens imóveis de propriedade do ente público. (B) cancelamento de dívida ativa. (C) consumo de bens do almoxarifado. (D) encampação de dívidas. (E) transferência de bens e valores.

42. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) São dadas as informações abaixo sobre o Balanço Financeiro de um ente público (em R$):

Receitas Correntes orçamentárias → 535.000,00 Despesas de Capital orçamentárias → 127.000,00 Saldo financeiro para o exercício seguinte → 165.000,00 Despesas extra-orçamentárias → 86.000,00 Despesas Correntes orçamentárias → 538.000,00 Receitas de Capital orçamentárias → 140.000,00 Receitas extra-orçamentárias → 94.000,00 É correto concluir, com essas informações, que o saldo financeiro do exercício anterior correspondeu, em R$, a (A) 165.000,00. (B) 147.000,00. (C) 183.000,00. (D) 131.000,00. (E) 157.000,00.

43. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) São computados como receita extra-orçamentária no Balanço Financeiro de um ente público:

(A) alienações de bens. (B) operações de crédito. (C) receitas industriais. (D) restos a pagar inscritos no exercício. (E) receitas patrimoniais.

44. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) Dados extraídos do balanço patrimonial de um ente público (em R$):

Passivo Real a Descoberto →150.000,00

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Passivo Financeiro → 360.000,00 Ativo Financeiro → 280.000,00 Passivo Permanente → 550.000,00 Passivo Compensado → 70.000,00 O valor do Ativo Permanente nesse exercício correspondeu, em R$, a (A) 520.000,00. (B) 330.000,00. (C) 480.000,00. (D) 410.000,00. (E) 550.000,00.

45. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) Dados extraídos a partir de um balanço orçamentário de um ente público (em R$):

Economia orçamentária → 40.000,00 Excesso de arrecadação → 30.000,00 Receita Estimada → 350.000,00 Despesa Fixada → 360.000,00 É correto concluir, com base nas informações acima, que esse ente público teve (A) superávit orçamentário de R$ 60.000,00. (B) déficit orçamentário de R$ 60.000,00. (C) superávit orçamentário de R$ 70.000,00. (D) déficit orçamentário de R$ 70.000,00. (E) déficit orçamentário de R$ 10.000,00.

46. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) São classificados no Passivo Permanente do Balanço Patrimonial de um ente público:

(A) restos a pagar. (B) valores pendentes. (C) depósitos e cauções recebidos pelo ente público. (D) valores relativos à dívida fundada interna. (E) débitos de tesouraria.

47. (FCC/Analista Judiciário – Contadoria/TRF 4° Região 2010) Da Demonstração de Variações Patrimoniais de um ente público, foram extraídos os dados abaixo:

Receitas Correntes → 540.000,00 Mutações Passivas → 180.000,00

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Despesas de Capital → 260.000,00 Variações extra-orçamentárias ativas → 100.000,00 Receitas de Capital → 270.000,00 Despesas Correntes → 570.000,00 Variações extra-orçamentárias passivas → 120.000,00 Mutações Ativas → 240.000,00 Com base nessas informações, é correto afirmar que o resultado patrimonial nesse exercício foi de (A) déficit de R$ 30.000,00. (B) superávit de R$ 20.000,00. (C) déficit de R$ 10.000,00. (D) superávit de R$ 50.000,00. (E) déficit de R$ 50.000,00.

48. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) O registro referente à incorporação de bens por doações recebidas gera um aumento no ativo permanente e correspondente

(A) aumento de despesa. (B) aumento de passivo financeiro. (C) redução de ativo financeiro. (D) aumento de passivo permanente. (E) aumento do resultado patrimonial.

49. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) Observe o Balanço Orçamentário (em milhares de reais) de uma determinada entidade pública:

Sabendo-se que não houve abertura de créditos suplementares, é correto afirmar que o (A) valor das receitas arrecadadas é igual ao das despesas empenhadas. (B) orçamento da despesa não sofreu qualquer alteração durante o

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exercício. (C) quociente do resultado orçamentário foi de 1,10. (D) quociente de cobertura dos créditos adicionais foi 2,0. (E) resultado de previsão era superavitário em 70. Instruções: Para responder às duas questões abaixo, considere os fatos relacionados a seguir: 1. Lançamento da previsão da receita e da fixação da despesa referente à aprovação do orçamento de uma entidade pública com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$ 880.000,00. 2. Arrecadação de tributos no valor de R$ 763.000,00. 3. Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de R$ 10.000,00. 4. Operações de crédito para compra de bens imóveis no valor de R$ 120.000,00. 5. Empenho, liquidação e pagamento de despesas com: pessoal R$ 400.000,00, aquisição de imóveis R$ 415.000,00, amortização da dívida fundada R$ 30.000,00. 6. Empenho e liquidação de despesas com juros e encargos da dívida fundada no valor de R$ 20.000,00. 7. Recebimento de cauções no valor de R$ 30.000,00. 8. Pagamento de restos a pagar no valor de R$ 400.000,00. 9. Baixa de bem móvel destruído por sinistro no valor de R$ 20.000,00. 10. Inscrição de tributos em dívida ativa no valor de R$ 27.000,00.

50. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) O resultado financeiro do período foi

(A) uma redução no caixa de R$ 342.000,00. (B) um aumento no caixa de R$ 78.000,00. (C) um aumento no caixa de R$ 48.000,00. (D) uma redução no caixa de R$ 322.000,00. (E) um aumento no caixa de R$ 28.000,00.

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51. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) O resultado patrimonial do período foi

(A) superavitário em R$ 350.000,00. (B) deficitário em R$ 322.000,00. (C) superavitário em R$ 343.000,00. (D) superavitário em R$ 35.000,00. (E) superavitário em R$ 28.000,00.

52. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) Considere os dados, abaixo, extraídos do Balanço Patrimonial de 31/12/X1 da Prefeitura Modelo:

R$ (mil) Aplicações Financeiras → 210 Ativo Real Líquido → 990 Bancos Conta Movimento → 297 Bens Imóveis → 590 Bens Móveis → 365 Consignações → 91 Depósitos de Diversas Origens – Caução → 40 Dívida Ativa → 490 Operações de Crédito Externa (longo prazo) → 600 Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária → 30 Restos a Pagar → 201 O passivo financeiro era de, em milhares de reais, (A) 145. (B) 161. (C) 962. (D) 362. (E) 322.

53. (FCC/Técnico Superior – Análise Contábil/PGE RJ 2009) Observe o Balanço Financeiro da Prefeitura Modelo referente ao exercício financeiro de X1:

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No exercício financeiro de X1, em milhares de reais, (A) o valor empenhado de Despesas Orçamentárias foi de 900. (B) o valor previsto de Receitas Orçamentárias foi de 1.000. (C) o valor inscrito em restos a pagar foi de 250. (D) a prefeitura recolheu 80 ao instituto de previdência dos servidores. (E) a prefeitura tem um saldo de 150 de dívidas com entidades vinculadas.

54. (FCC/Analista Judiciário – Administração/TJ AP 2009) Para o cálculo do superávit ou do déficit financeiro, considera-se ativo financeiro

(A) todos os bens e direitos que necessitam de autorização orçamentária para a sua realização. (B) os recursos provenientes da contratação de dívidas (operações de crédito interna e externa) e da conversão, em espécie, de bens e direitos (alienação de bens móveis e imóveis). (C) o conjunto de ingressos financeiros com fonte e fatos geradores próprios e permanentes. (D) todos os bens e direitos que não necessitam de autorização orçamentária para a sua realização. (E) o conjunto de ingressos financeiros que integram o patrimônio, sem contudo gerar obrigações, reservas ou reinvidicações de terceiros.

55. (FCC/Analista Judiciário – Administração/TJ AP 2009) Passivos não-financeiros são

(A) as obrigações que dependem de autorização orçamentária para suas

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liquidações ou pagamentos. (B) as obrigações que já passaram pelo orçamento, como é o caso dos Restos a Pagar. (C) os valores descontados na folha de pagamento dos funcionários ou nas faturas de terceiros, para serem recolhidos a quem de direito. (D) os depósitos de terceiros que não necessitam de autorização orçamentária para o pagamento. (E) as obrigações que não dependem de autorização orçamentária para suas liquidações ou pagamentos.

56. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) O resultado patrimonial se divide em resultante da execução orçamentária e independente da execução orçamentária. De acordo com a Lei no 4.320/64, são variações ativas resultantes da execução orçamentária:

(A) as interferências passivas e as mutações patrimoniais ativas. (B) as receitas orçamentárias e as mutações patrimoniais passivas. (C) as despesas orçamentárias e as mutações patrimoniais ativas. (D) as receitas orçamentárias e as mutações patrimoniais ativas. (E) as receitas orçamentárias e a inscrição de dívida ativa. Atenção: Considere os dados abaixo para responder às duas questões a seguir. No primeiro exercício financeiro da Prefeitura Municipal de Uga-Uga, com base na LOA, a previsão de receita e a fixação de despesa no valor de R$ 2.000.000 foram contabilizados no Sistema Orçamentário da seguinte forma: Registro da aprovação do Orçamento D – Receita a realizar - R$ 2.000.000 C − Previsão inicial da Receita - R$ 2.000.000 Aprovação de créditos iniciais, segundo a LOA D − Crédito inicial - R$ 2.000.000 C − Crédito disponível - R$ 2.000.000 Durante o exercício financeiro, ocorreram os seguintes eventos contábeis: a) Recebimento, em doação, de um imóvel no valor de R$ 200.000.

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b) Arrecadação de impostos no valor de R$ 1.200.000. c) Obtenção de empréstimos para construção de uma escola municipal no valor de R$ 300.000. d) Empenho, liquidação e pagamento de despesa com pessoal no valor de R$ 1.000.000. e) Empenho e liquidação de despesa com material de consumo no valor de R$ 200.000. f) Empenho e liquidação de despesa com construção de uma escola municipal no valor de R$ 300.000.

57. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) Após os lançamentos dos eventos contábeis no Balanço Financeiro, o valor das Receitas Orçamentárias e Extra-orçamentárias eram de, respectivamente,

(A) R$ 1.200.000 e R$ 200.000 (B) R$ 1.200.000 e R$ 300.000 (C) R$ 1.200.000 e R$ 500.000 (D) R$ 1.500.000 e R$ 500.000 (E) R$ 1.500.000 e R$ 200.000

58. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) Após os lançamentos dos eventos contábeis no Balanço Patrimonial, os valores do Ativo Real e Ativo Real Líquido eram de, respectivamente,

(A) R$ 700.000 e R$ 200.000 (B) R$ 800.000 e R$ 200.000 (C) R$ 1.000.000 e R$ 200.000 (D) R$ 800.000 e R$ 300.000 (E) R$ 1.000.000 e R$ 500.000

59. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) De acordo com o artigo 105 da Lei no 4.320/64, o Balanço Patrimonial demonstrará o Ativo e o Passivo Financeiro, o Ativo e o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação. Sobre o Balanço Patrimonial, é INCORRETO afirmar que

(A) o ativo financeiro será de R$ 800 quando houver um superávit financeiro de R$ 500 e o passivo financeiro for de R$ 300. (B) o passivo real será de R$ 2.000 quando o Balanço Patrimonial

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apresentar um passivo real a descoberto de R$ 800 e um ativo real de R$ 1.200. (C) o ativo real líquido é o resultado negativo da diferença entre o passivo real e o ativo real. (D) os compromissos cujo pagamento independam de autorização orçamentária para amortização ou resgate representam o passivo financeiro. (E) o ativo permanente envolve contas representativas de entradas compensatórias do passivo financeiro.

60. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) Sobre o Balanço Financeiro, conforme Anexo 13 da Lei no 4.320/64, é correto afirmar que

(A) as despesas orçamentárias não pagas e as receitas orçamentárias não recebidas são excluídas da demonstração. (B) o saldo das disponibilidades do exercício anterior não faz parte da demonstração por não se tratar de movimentação do exercício financeiro corrente. (C) as despesas do exercício não pagas são consideradas despesas extra-orçamentárias. (D) o saldo das disponibilidades para o exercício seguinte não contém o saldo das disponibilidades do exercício anterior. (E) a variação positiva nas disponibilidades é obtida pela diferença entre "receitas orçamentárias e extra-orçamentárias" e "despesas orçamentárias e extra-orçamentárias".

61. (FCC/Analista Judiciário – Ciências Contábeis/TJ AP 2009) Ao analisar o Balanço Patrimonial de uma Prefeitura Municipal, nos termos da Lei no 4.320/64, é correto afirmar que:

(A) o ativo real deduzido do passivo real é igual à situação líquida ativa quando o ativo real for menor que o passivo real. (B) o passivo real a descoberto é representado pelo resultado negativo da diferença entre o ativo real e o passivo real. (C) o ativo real será igual ao passivo real quando o ativo e o passivo compensado forem diferentes.

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(D) a situação líquida ativa sempre existirá quando o ativo real for igual ao passivo real. (E) o total do ativo será diferente do total do passivo quando o ativo real for diferente do passivo real.

62. (FCC/Analista Judiciário – Auditor/TJ PI 2009) Do Balanço Financeiro de um ente público obtiveram-se as seguintes informações (em R$):

Saldo de disponibilidade do exercício Atual R$ 160.000,00 Despesas orçamentárias R$ 450.000,00 Saldo de disponibilidades do exercício anterior R$ 100.000,00 Receita total arrecadada R$ 520.000,00 Despesas empenhadas e não pagas R$ 40.000,00 Supondo-se que a única informação não fornecida refere-se ao valor dos restos a pagar pagos no exercício corrente, este corresponde, em R$, a (A) 70.000,00. (B) 50.000,00. (C) 80.000,00. (D) 40.000,00. (E) 60.000,00.

63. (FCC/Analista Judiciário – Auditor/TJ PI 2009) Do balanço patrimonial de um ente público, foram extraídos os seguintes dados (em R$):

Passivo Real 400.000,00 Passivo Financeiro 120.000,00 Passivo Real a Descoberto 50.000,00 Superávit Financeiro 60.000,00 O valor do Ativo Permanente desse ente público é, em R$, igual a (A) 330.000,00. (B) 220.000,00. (C) 270.000,00. (D) 280.000,00. (E) 170.000,00.

64. (FCC/Analista Judiciário – Contador/TJ PI 2009) Trata-se de Variação Patrimonial Passiva Independente da Execução Orçamentária

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(A) a cobrança da dívida ativa. (B) o repasse concedido. (C) a alienação de bens imóveis. (D) a perda de bens por obsolescência. (E) os juros e encargos sobre a dívida.

65. (FCC/Analista Judiciário – Contador/TJ PI 2009) O Balanço Orçamentário de um município apresentou os seguintes dados (em R$):

No total dos créditos orçamentários estão incluídos também os créditos suplementares. Analisando esse balanço, é correto afirmar que (A) houve economia orçamentária de R$ 30.000,00. (B) houve frustração de arrecadação de R$ 20.000,00. (C) ocorreu excesso de arrecadação de R$ 10.000,00. (D) ocorreu déficit orçamentário de R$ 50.000,00. (E) houve excesso de despesas de R$ 10.000,00.

66. (FCC/Analista Judiciário – Contador/TJ PI 2009) Dos dados do Balanço Financeiro e do Balanço Orçamentário de um Estado da Federação foram extraídas as seguintes informações (em R$):

Superávit orçamentário do exercício 120.000,00 Saldo do exercício anterior (Balanço Financeiro) 100.000,00 Saldo do exercício seguinte (Balanço Financeiro) 150.000,00 É correto concluir que: (A) não houve inscrição de restos a pagar no exercício. (B) as despesas orçamentárias realizadas superaram as receitas orçamentárias arrecadadas em R$ 50.000,00. (C) as receitas extra-orçamentárias superaram as despesas extra-

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orçamentárias em R$ 50.000,00. (D) as despesas extra-orçamentárias superaram as receitas extra-orçamentárias em R$ 70.000,00. (E) o pagamento no exercício de restos a pagar superou a inscrição de restos a pagar no exercício em R$ 70.000,00.

67. (FCC/Analista Judiciário – Contador/TJ PI 2009) No Balanço Patrimonial de um ente público, o valor do Ativo Real foi de R$ 820.000,00 e o Saldo Patrimonial foi positivo em R$ 130.000,00. O valor do Passivo Permanente desse ente público corresponde a 150% do valor do Passivo Financeiro. O valor do Passivo Permanente deste ente público é, em R$, igual a

(A) 414.000,00. (B) 386.000,00. (C) 312.500,00. (D) 276.000,00. (E) 230.000,00.

68. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TJ PI 2009) Dados extraídos do Balanço Patrimonial de uma determinada prefeitura (em R$):

Passivo Real a Descoberto → 20.000,00 Ativo Financeiro → 100.000,00 Passivo Permanente → 250.000,00 Ativo Permanente → 320.000,00 O Passivo Financeiro dessa prefeitura no exercício em questão correspondeu, em R$, a (A) 150.000,00. (B) 170.000,00. (C) 190.000,00. (D) 200.000,00. (E) 210.000,00.

69. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TJ PI 2009) O Balanço Financeiro de um ente público apresentou os seguintes dados (em R$):

Receita Orçamentária → 820.000,00 Despesa Extra-Orçamentária → 110.000,00 Saldo para o Exercício Seguinte → 180.000,00 Receita Extra-Orçamentária → 100.000,00 Saldo do Exercício Anterior → 150.000,00

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Com as informações fornecidas, é correto concluir que as despesas executadas pelo ente público nesse exercício totalizaram, em R$, (A) 700.000,00. (B) 730.000,00. (C) 760.000,00. (D) 780.000,00. (E) 800.000,00.

70. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TJ PI 2009) No Balanço Orçamentário é demonstrada, entre outros conceitos, a economia orçamentária do ente público. Esta ocorre quando a despesa

(A) fixada é menor que a receita arrecadada. (B) realizada é menor que a receita arrecadada. (C) realizada é menor que a receita prevista. (D) fixada é menor que a receita prevista. (E) realizada é menor que a despesa fixada.

71. (FCC/Técnico Judiciário – Contabilidade/TJ PI 2009) Na Demonstração das Variações Patrimoniais, superveniências ativas representam

(A) aumento de valores representativos do passivo, de origem extra-orçamentária. (B) aumento de valores representativos do ativo, de origem extra-orçamentária. (C) aumento de valores representativos do passivo, de origem orçamentária. (D) diminuição de valores representativos do passivo, de origem extra-orçamentária. (E) diminuição de valores representativos do ativo, de origem extra-orçamentária.

72. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade/TRE PI 2009) Instruções: Para responder às duas questões a seguir, considere os dados da tabela abaixo da Prefeitura ZY, referentes ao exercício financeiro de X1: (Valores em milhares de reais)

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Segundo o regime contábil estabelecido pela Lei no 4.320/64, o resultado da execução orçamentária foi, em milhares de R$, (A) 15.000,00 (B) 20.000,00 (C) 30.000,00 (D) 40.000,00 (E) 45.000,00

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E. GABARITO

Até a próxima!

Abs!

Igor.

E. GABARITO

1 E 16 A 31 D 46 D 61 B

2 B 17 C 32 A 47 B 62 B

3 C 18 B 33 E 48 E 63 E

4 D 19 E 34 E 49 C 64 D

5 E 20 C 35 C 50 D 65 C

6 B 21 A 36 B 51 A 66 D

7 A 22 D 37 D 52 D 67 A

8 C 23 A 38 B 53 A 68 C

9 C 24 C 39 B 54 D 69 D

10 E 25 C 40 E 55 A 70 E

11 A 26 A 41 A 56 D 71 B

12 D 27 D 42 B 57 D 72 A

13 B 28 D 43 D 58 C 14 A 29 C 44 C 59 E 15 D 30 E 45 A 60 E