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    CONTABILIDADE INTERNACIONAL (MATERIAL DE APOIO)

    2012.2

    PROF. LAURIMAR VELOSO LIMA E MARCELO RABELO HENRIQUE 

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    Capítulo 11.1 A importância da contabilidade internacional para o mercado globalizado 21.2 O objetivo da conversão de demonstrações contábeis 31.3 Contabilidade em moeda estrangeira e conversão de demonstrações contábeis 51.4 Definição de conversão e paridade entre moedas 61.5 Padronização, Harmonização, Uniformidade e Convergência de normas

    contábeis6

    Exercícios 7

    Capítulo 22.1 Princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil e internacionais 112.2 Os organismos internacionais responsáveis pelas normas contábeis: aspectos

    introdutórios12

    2.2.1 Orgãos reguladores: USA 132.2.2 Orgãos reguladores: os organismos internacionais responsáveis pela

    harmonização contábil14

    2.2.3 A harmonização da contabilidade nos moldes do IRFS no mundo 172.3 Orgãos reguladores: Brasil 182.4 Tipos de moedas 222.5 Taxas de conversão 23

    Capítulo 33.1 Método Monetário e Não Monetário 253.2 Ganhos e perdas na conversão – TGL: Translation Gain or Loss   283.3 Exemplo de conversão Método Monetário e Não Monetário 29

    Exercícios 30

    Capítulo 44.1 Método do Câmbio de Fechamento 414.2 Exemplo de conversão pelo Método do Câmbio de Fechamento 41

    Capítulo 55.1 Método Temporal 46

    Capítulo 66.1 Emprétimos e financiamentos em moeda estrangeira 476.2 Diferença entre variação cambial e variação monetária 48

    Exercícios 48

    Capítulo 77.1 Lei Sarbanes-Oxley 51

    Exercícios 52

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    Capítulo 1:

    1.1. A importância da contabilidade internacional para o mercado globalizado

    Nos últimos tempos, o mundo e a sua economia vivenciou e continua

    vivenciando um processo de mudança irreversível, denominado “globalização”.

    Essa transformação tem sido tão grande e se mostra tão relevante, que provocou

    alterações em diversos segmentos da sociedade mundial, tal como empregabilidade,

    educação, esportes, divisão de renda, e desta forma, redefinindo completamente o

    conceito de propriedade e riqueza, provocando desta forma a alteração do ranking

    de prosperidade que existia anteriormente.

    A tentativa de integração dos países membros dos blocos econômicos, hoje

    existentes no mundo, a exemplo do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL e União

    Européia - UE, bem como a expectativa de criação da ALCA, pode ser vista e

    entendida do ponto de vista econômico como a ampliação da atuação das empresas

    e dos mercados onde estas atuam, e conseqüentemente a necessidade de bem

    informar os usuários nacionais e internacionais da informação contábil.

    O ambiente internacional vem se alterando em diversos aspectos e se

    tornando mais competitivo e exigente. As organizações em resposta às novas

    exigências ambientais e de certificação, estão passando por mudanças profundas

    em sua cultura, em seus processos e muitas vezes em sua forma de atuação,

    provocando assim mudanças nas economias nacionais e nelas próprias emespecial. Nesse contexto, o movimento de mudanças, o processo de gestão

    empresarial e própria Contabilidade passam por novos desafios e os seus

    responsáveis passam a trabalhar com novos modelos de decisão, tomando a

    Contabilidade como base principal das ferramentas de gestão empresarial.

    Há que se ressaltar também o grande impacto gerado pelos escândalos

    contábeis envolvendo fraudes em empresas de grande influência no mercado de

    capitais como a Enron, a Xerox e a empresa de auditoria Arthur Andersen, fazendo

    com que os legisladores e órgãos normativos passassem a estabelecer mudançasna evidenciação contábil, bem como no grau de exigência de transparência na

    postura dos dirigentes.

    A expansão das fronteiras internacionais levou a necessidade da prática de

    uma nova linguagem, tanto idiomática (representada por expressões como

    disclusore, cash-flow, controller) como a distinta desta, que é a linguagem das

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    moedas entre os diversos países.

    Como conseqüência das disparidades que as economias (sobretudo as

    inflacionárias) podem gerar nestes relatórios, são apresentados aspectos relativos à

    busca pelos diversos órgãos normativos para uma melhor prática contábil que

    atenda as necessidades da empresa bem como os princípios que orientam estaspráticas, que, ao longo do tempo, fizeram com que a contabilidade venha buscando

    formas de melhor espelhar o verdadeiro valor patrimonial das empresas.

    Na época de alta inflação algumas regras práticas eram sugeridas aos

    consumidores de modo a não permitir que a moeda perdesse tanto o seu valor.

    Assim sendo recomendava-se não manter dinheiro em espécie, a não ser para

    coisas indispensáveis como o cafezinho, a condução ou alguns trocados para

    gorjetas. Analogamente às empresas buscavam formas de minimizar os efeitos

    nocivos da inflação em seus resultados.

    Economias com alta inflação geram o inconveniente de não ter um padrão de

    preços e sua conseqüente incomparabilidade de valores. Devido a volatilidade dos

    preços praticados, não há memória prática para avaliar a relatividade entre os

    valores dos diversos bens negociados. Na época de alta inflação no Brasil, para se

    analisar valores ao longo do tempo recorria-se a índices econômicos que

    representassem alguma forma de comparabilidade.

    De forma análoga, outra face da moeda que precisa ser analisada é quando

    se fala, na área de negócios, da apresentação de relatórios financeiros de empresas

    para o exterior. Nestes casos, têm-se unidades monetárias distintas, com taxas de

    correção cambial não necessariamente dependentes o que leva a necessidade de

    um instrumento que seja o reflexo mais fiel dos negócios na outra moeda e que

    atenue as disfunções características que possam aparecer entre estas.

    1.2. O objetivo da conversão de demonstrações contábeis

    Os profissionais contadores, administradores, das entidades de classes e

    órgãos reguladores nacionais e internacionais, têm procurado encontrar soluções e

    paliativos para eliminar os efeitos que a inflação acarreta para as demonstrações

    financeiras.

    Do ponto de vista das nações que têm investimentos em países com

    problemas de inflação, seja para consolidação das demonstrações ou para

    simplesmente avaliar desempenhos, também se tem procurado uma solução neste

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    sentido.

    Há um interesse e necessidade de se tratar contabilmente as demonstrações

    financeiras preparadas no exterior. O problema com que se depara, é o da

    necessidade de converter essas demonstrações para outra moeda e segundo

    critérios contábeis que guardem uniformidade com aqueles praticados pelo país deorigem dos investimentos 

    Pode-se destacar entre os principais objetivos para conversão das

    demonstrações contábeis:

      Obter demonstrações contábeis em moeda forte, não sujeita aos efeitos dainflação

    Durante décadas, conviveu-se com um sistema econômico altamente

    inflacionário que, mesmo com o reconhecimento da correção monetária, acarretava

    relevantes distorções nas demonstrações contábeis em moeda nacional,prejudicando qualquer tentativa de análise comparativa. Assim sendo, diversas

    empresas nacionais mantinham, para fins gerenciais, sistema de contabilidade em

    moeda estrangeira considerada moeda forte.

    Com o sucesso do Plano real, convive-se com inflação extraordinariamente

    baixa para nossos padrões (abaixo de 10% ªª). Entretanto, com o término da

    correção monetária, ao longo do tempo, essa inflação acabará acumulando-se,

    provocando relevantes distorções nas demonstrações contábeis. Por esse motivo,

    empresas que mantinham sistema de contabilidade em moeda estrangeira optaram

    pela manutenção do sistema e outras que não possuíam estão empenhadas emimplanta-lo.

     Permitir ao investidor estrangeiro melhor acompanhamento de seuinvestimento, já que as demonstrações convertidas estarão expressas namoeda corrente de seu próprio país.

    Mais do que nunca verifica-se a entrada de capitais estrangeiros no país e

    empresas nacionais preparando-se para parcerias com investidores estrangeiros ,

    ou tentando a captação de recursos no exterior através da obtenção de empréstimos

    ou da colocação de títulos mobiliários nas bolsas de valores do exterior. Assim

    sendo, para que os investidores possam avaliar o desempenho da empresa e aevolução de seu investimento, é necessário apresentar demonstrações contábeis

    elaboradas na moeda de origem, e de acordo com os critérios contábeis a que esses

    investidores estão acostumados.

      Possibilitar a aplicação do método da equivalência patrimonial sobreinvestimentos efetuados em diversos países.

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      As empresas americanas, européias e outras nacionalidades que possuem

    investimentos em outras empresas devem avalia-los de acordo com o método da

    equivalência patrimonial . Para tanto, é necessário apurar o valor do patrimônio

    líquido contábil dessas empresas em moeda estrangeira, e de acordo com os

    critérios contábeis americanos.

      Possibilitar a consolidação e combinação de demonstrações contábeis deempresas situadas em diversos países.

    1.3. Contabilidade em moeda forte e a diferença entre conversão de

    demonstrações contábeis e contabilidade em moeda estrangeira

    A essência da contabilidade em moeda forte é que todos os valores das

    demonstrações financeiras devem ser divulgados em moeda de poder de compra da

    data de encerramento do último exercício social.

    As demonstrações são preparadas a usuários externos por muitas empresas

    no mundo inteiro. Embora tais demonstrações contábeis possam parecer

    semelhantes de um país para outro, existem diferenças que foram provavelmente

    resultante de uma variedade de circunstâncias sociais, econômicas e legais e de,

    diferentes países adotarem normas contábeis que atendam as suas necessidades,

    segundo o entendimento de cada um.

    Muitas vezes confunde-se os termos convesão de demostrações financeiras e

    contabilidade em meoda estrangeira. Apesar dos nomes parecidos, os termosidentificam situações diferentes.

    Na contabilidade em moeda estrangeira todas as operações, na medida em

    que são feitas, são convertidas e lançadas no sistema contábil próprio, e ao final do

    período, as demonstrações contábeis apresentadas já estão em moeda estrangeira.

    Na conversão de demonstrações contábeis para moeda estrangeira, a

    contabilidade é em moeda local. Somente após apuradas as demonstrações

    contábeis é que elas são convertidas.

    Contabilidade em moeda estrangeira pressupõe a existência de um sistema contábilem moeda estrangeira, onde as operações, á medida em que são feitas, já estão

    em moeda estrangeira.

    Conversão de demostrações financeiras pressupõe a existência de uma

    contabilidade em moeda nacional, no Brasil o Real, que servirá de base para a

    conversão dos demonstrativos financeiros para outra moeda.

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    1.4. Definição de conversão e paridade entre moedas

    “Conversão é o processo através do qual quantias

    determinadas em uma moeda são expressas em termos

    de outra moeda” . (FIPECAFI, 1991:599)

    “Paridade é o preço de uma unidade de moeda

    estrangeira medido em unidades ou frações de outra

    moeda estrangeira”

    A determinação da taxa de câmbio a ser utilizada no processo de conversão e

    o tratamento a ser dispensado aos ganhos ou perdas surgidos do processo

    destacam-se como problemas principais no tocante à conversão de demonstrações

    financeiras.

    1.5. Padronização, harmonização, uniformidade e convergência de normas

    contábeis

    São termos utilizados frequentemente em artigos relacionados ao processo

    de globalização das normas contábeis: Padronização, harmonização, uniformidade e

    convergência. A seguir, como interpretar cada termo para melhor entendimento do

    processo:

    PadronizaçãoConsiste na adoção de regras mais rígidas, sem flexibilização. O padrão escolhido como referênciapara a harmonização mundial das demonstrações contábeis são as normas IAS/IFRS publicadaspelo IASB.

    HarmonizaçãoBusca amenizar as diferenças internacionais. Os pronuncionamentos internacionais são traduzidos eadaptados às características de cada país sem, entretanto, perder as características básicas decada pronunciamento.

    UniformidadeCom a harmonização mundial das normas contábeis as demonstrações contábeis de vários paísesserão comparáveis porque estarão uniformizadas de acordo com o padrão internacional, porémrespeitando as características de cada país.

    CovergênciaProcesso de implementação das normas internacionais em cada país. No brasil, o processo foiiniciado oficialmente em 1º de janeiro de 2008 com a Lei 11.638/07 e deverá estar concluído no final

    de 2010.

    Fonte: PEREZ JÚNIOR, J.H. (2009, p. 4), adaptado

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    EXERCÍCIOS

    1) Considere as seguintes cotações (data de 10/02/2010):

    Dólar dos Estados Unidos (USD): R$ 1,84830

    Peso Chileno (CLP) : R$ 0,0034607

    Peso Argentino (ARS): R$ 0,481065

    A partir das seguintes considerações, efetue as conversões:

    a) O ingresso mais barato para o show da banda Coldplay em Santiago

    é CLP $ 40.000,00. Um brasileiro em férias no Chile tem intenção de

    ir. Quantos reais desembolsará? O salário mínimo no Chile é CLP é

    135.000,00 e uma garrafa de agua mineral custa CLP 400,00.

    Quanto corresponde, respectivamente, em reais?

    b) O salário mínimo na Argentina é ARS 630,00. Qual o

    correspondente em reais? Neste mesmo país, alugar um

    apartamento de dois quartos em Buenos Aires sai por US$ 400, uma

    passagem de ônibus custa US$ 0,80 e um refrigerante vale US$ 2.Quanto corresponde em reais?

    2) Considere as seguintes cotações em Reais em 15/08/2011:

    Dólar dos Estados Unidos (US$) 1,5956

    Euro (Euro) 2,3058

    Franco Suíço (CHF) 2,0451

    Libra Esterlina (GBP) 2,6146

    Iene do Japão (JPY) 0,0208

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    Converta R$ 3.155.637,77 para:a) Dólar

    b) Euro

    c) Franco Suíço

    d) Libra Esterlina

    e) Iene do Japão

    Uma máquina fotográfica NIKON Sd 2000 custa JPY $ 6.000,00. Um brasileiro

    que trabalha lá deseja comprar. Quantos reais gastará?

    O total das disponibilidades constantes no balanço da empresa Tower S/A é de

    R$ 1.220.342,21. Ao se converter para moeda da matriz (EUA) qual valor

    corresponderá?

    Uma viagem de seis dias a Madrid custa Euro 6.600,00 (1.100,00 por dia) no

    Hotel Valladolid. Em reais, qual o valor correspondente?

    Calcule a paridade das moedas em relação ao Dólar em 15/08/2011:

    Moeda Cotação Paridade em relação ao Dólar

    Calcule a paridade das moedas em relação ao Euro em 15/08/2011:Moeda Cotação Paridade em relação ao Euro

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    Utilizando a paridade entre as moedas converta os valores em US$ para as

    moedas solicitadas:

    ATIVO US$ PASSIVO US$

    Circulante Circulante

    Caixa 1.000,00 Fornecedores 5.000,00Mercadorias 7.605,00 Impostos a Recolher 3.000,00

    Contas a Receber 7.000,00 Outras Contas a Pagar 2.500,00

    PCLD -105,00

    Não Circulante Patrimônio Líquido

    Veículos 15.000,00 Capital Social 21.000,00

    Móveis e Utensílios 10.000,00 Reservas de Lucros 2.000,00

    Depreciação -7000,00

    Total Ativo 33.500,00 Total Passivo 33.500,00

    ATIVO CHF Euro GBPCirculante

    Caixa

    Mercadorias

    Contas a Receber

    PCLD

    Não Circulante

    Veículos

    Móveis e Utensílios

    DepreciaçãoTotal Ativo

    PASSIVO CHF Euro GBP

    Circulante

    Fornecedores

    Impostos a Recolher

    Outras Contas a Pagar

    Patrimônio Líquido

    Capital SocialReservas de Lucros

    Total do Passivo

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      3) Responda:

    3.1) A Lei 11.638/07 derivou da necessidade de ter o Brasil inserido nas normasinternacionais de contabilidade.

    Verdadeiro

    Falso

    3.2) As muitas mudanças envolvendo a contabilidade no cenário internacional não têm

    afetado de forma positiva, a classe contábil no contexto brasileiro.

    Verdadeiro

    Falso

    3.3) A Lei nº 11.638/07 introduziu no Brasil?

    A os princípios de IFRS - International Financial Reporting Standards;B os princípios da SEC ? Securities and Exchange Commission;C o modelo americano de contabilidade;D as NBCs ? Normas Brasileiras de Contabilidade;

    E todas as respostas estão corretas;

    3.4) Com relação à harmonização das normas contábeis é correto afirmar:

    A

    a harmonização das normas contábeis é um processo de extrema relevânciae altamente necessário para as companhias que operam em diversos paísese que precisam apresentar informações as suas controladoras sediadas noexterior ou aos seus usuários internacionais (clientes, fornecedores, bancos,etc);

    B

    no Brasil, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é órgão

    responsável pela elaboração e harmonização das normas contábeis que estáligado ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC);

    C o CPC tem por objetivo principal alinhar o Brasil ao que há de melhor empráticas contábeis em nível internacional;

    D todas as respostas estão corretas;E todas as respostas estão incorretas;

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    Capítulo 2:

    2.1. Princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil e internacionais

    Em função do processo de harmonização de práticas contábeis, os princípios

    contábeis geralmente aceitos no Brasil já foram reformulados e, portanto, estão

    harmonizados com os princípios internacionais de contabilidade.

    Isto decorre pois o Pronunciamento Conceitiual Básico emitido pelo CPC –

    Comitê de Pronunciamentos Contábeis sob o título Estrutura Conceitual para

    Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis foi elaborado com base

    no Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements , emitido

    pelo IASB – International Accounting Standards Boards e foi aprovado pela

    Resolução CFC 1.121/08, que o transformou na Norma Brasileira de Contabilidade –NBC T 1.

    Em duas categorias classificam-se os princípios contábeis:

    Primeira Categoria - Pressupostos Básicos:

    Regime de Competência

    Continuidade

    Segunda Categoria – Características Qualitativas das Demonstrações

    Contábeis:

    Compreensibilidade ou Clareza

    Relevância

    Confiabilidade

    Comparabilidade

    Resumo dos princípios contábeis:

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    Regime de Competência

    Exige a apropriação das receitas e das despesas, com suas mutações nosativos e passivos e, consequentemente, no patrimônio líquido, comfundamento em que seus fatos geradores contábeis ocorrem, e não apenasquando de seus reflexos no caixa. Exige também a confronmtação dasdespesas com a receitas realizadas a que se relacionam.

    ContinuidadeAs demonstrações contábeis são preparadas sob o pressuposto daContinuidade das atividades da entidade, se esse pressuposto não estiver

    presente, os conceitos básicos estipulados para avaliação dos ativos epassivos precisam ser modificados e a devida divulgação precisa ser dada.

    ClarezaSe fundamenta no pronto entendimento por parte de usuários que tenhamum conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas econtabilidade e a disposição de estudar as informações com razoáveldiligência.

    RelevânciaDiz respeito à influência de uma informação contábil na tomada dedecisões. As informações são relevantes quando podem influenciar ardecisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto deeventos passados, presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo assuas avaliações anteriores. A Relevância depende da natureza e tambémda materialidade (tamanho) do item em discussão.

    Confiabilidade

    Exige que a informação seja apresentada da forma mais adequadapossível, retratando apropriadamente o que se pretende evidenciar. Para aContabilidade estar presente é fundamental que seja sempre respeitada aPrimazia da Essência Sobre a Forma, ou seja, que as transações eeventos devem ser contabilizados e apresentados de acordo com a suarealidade econômica e não meramente em sua forma legal. É necessáriotambém que se observe a Neutralidade (Impacialidade), a Prudência e aIntegridade.

    ComparabilidadePermite comparar informações contábeis de certa entidade ao longo dotempo. Trata-se da caracteística que permite a melhor visão da evoluçãoda entidade medida sob os mesmos critérios e princípios ao longo dotempo (consistência), mas sem que isso leve à não evolução das práticascontábeis; e a comparabilidade também se aplica à adoção das mesmaspráticas por empresas semelhantes.

    Fonte: PEREZ JÚNIOR, J.H. (2009, p. 10), adaptado

    2.2. Os Organismos internacionais responsáveis pelas normas internacionais:

    aspectos Introdutórios

    A Globalização gera uma série de implicações no mundo dos negócios; uma

    das mais importantes é a concorrência acirrada entre as empresas, o que resulta em

    uma busca de melhorias constantes. Essa busca traduz-se na diversificação dos

    negócios, bem como na ampliação dos mercados consumidores.Exemplos claros de tais melhorias são fusões, cisões, incorporações,

    aquisições e  joint ventures (companhias com controle compartilhado). Essas

    operações, denominadas genericamente Business Combination (combinações de

    negócios), têm crescido rapidamente.

    Nesse contexto, surgem problemas relacionados ao tratamento contábil

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    aplicável a essas concentrações de empresas, sendo necessário identificar as

    principais semelhanças e diferenças no tratamento contábil, a fim de harmonizar as

    práticas contábeis adotadas pelos mais diversos países que estão participando

    ativamente do atual mundo dos negócios, os quais podem ser compostos por grupos

    de empresas que atuam nas mais diversas partes do globo, bem como por

    companhias que angariam fundos nos mais distintos mercados de capitais.

    A harmonização das normas contábeis abre o mercado brasileiro aos

    investidores internacionais, além de tornar o mercado de capitais e o sistema

    financeiro brasileiro mais transparentes e reduzindo o risco país.

    2.2.1. Orgãos reguladores - USA

    2.2.1.1 SEC - Securities Exchange Comission

    Nos Estados Unidos da América, o formato e o conteúdo das demonstrações

    financeiras das companhias abertas são regulados pela SEC, que é a comissão de

    valores mobiliários norte-americana, de forma similar à CVM brasileira. Não obstante

    o fato de que a SEC tenha delegado muitas de suas responsabilidades ao FASB, ela

    freqüentemente acrescenta outras solicitações.

    Uma vez que a SEC reconhece os pronunciamentos do FASB como sendo de

    uso obrigatório, da mesma forma como eram reconhecidas as opiniões do APB

    antes de 1973, ele constitui-se na principal entidade responsável pela emissão de

    padrões para a preparação das demonstrações financeiras e pela determinação dosUSGAAP nos Estados Unidos.

    2.2.1.2 FASB - Financial Accounting Standards Board

    O Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB), criado em 1973,

    caracteriza-se por ser uma entidade independente, cujos membros componentes

    devem ser totalmente desvinculados do mercado de capitais. Todavia,

    historicamente a maioria dos membros do conselho foi anteriormente auditores,

    funcionários de grandes corporações mundiais, servidores governamentais emembros da academia, porque, para o desempenho dessa função, é exigido

    conhecimento.

    Antes de emitir um novo pronunciamento (SFAS), o FASB freqüentemente

    trabalha, com uma força-tarefa composta de contadores públicos (CPAs)

    representativos da indústria, acadêmicos e usuários das demonstrações financeiras

    para desenvolver um memorando de discussão. Após receber os comentários

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    públicos e ouvir suas opiniões, essa assessoria prepara uma proposta de padrões

    de contabilidade e a disponibiliza para comentários públicos. Esse instrumento

    confere ao público uma oportunidade para comentar sobre o projeto antes de ser

    finalizado e emitido como um pronunciamento do FASB. A base conceitual para os

    USGAAP está incluída nos pronunciamentos conceituais do FASB, denominados

    SFAS, que criaram uma espécie de estrutura conceitual básica usada pelo conselho

    para o estabelecimento de padrões de contabilidade.

    2.2.1.3. AICPA - American lnstitute of Certified Public Accountants

    O instituto americano dos contadores públicos certificados (AICPA) possui um

    comitê técnico sênior denominado Comitê Executivo de Padrões da Contabilidade

    (AcSEC). Esse comitê é composto de 15 membros voluntários, com representantes

    da indústria, da academia, analistas, e empresas de contadores públicos nacionais e

    regionais. Além disso, todos os membros do AcSEC são contadores certificados

    (CPAs) e membros do AICPA.

    O AcSEC está autorizado a formular padrões de contabilidade, bem como a

    representar o AICPA em matérias da contabilidade. Esses padrões de contabilidade

    são elaborados através do trabalho de comitês do AICPA e de forças-tarefa. O

    comitê emite pronunciamentos de posição (SOPs), guias de auditoria e de

    contabilidade, os quais são revisados e cancelados pelo FASB.

    2.2.2. Orgãos reguladores – Os Organismos internacionais responsáveis pelaharmonização contábil 

    2.2.2.1. IASB – International Accounting Standards Board

    Em nível internacional, o Quadro de Padrões Internacionais de Contabilidade 

    (IASB), órgão que emite pronunciamentos denominados International Accounting

    Standards (IAS), utilizados como referência em diversos países. Seus

    pronunciamentos são aceitos como ferramenta de publicação em quase todas as

    bolsas de valores do mundo, para as empresas que nelas desejem ser cotadas,

    auxiliando dessa forma o acesso aos mercados de capitais mundiais e tornando as

    empresas que utilizam tais padrões capazes de ser ativamente participantes da atual

    economia globalizada.

    Para se ter uma noção da importância do IASB, um fato marcante ocorreu no

    ano de 2002. A Comunidade Européia (CE) aprovou uma regulamentação que toma

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    15

    obrigatória, a partir de 2005, a elaboração de demonstrações financeiras

    consolidadas de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo IASB para todas as

    companhias abertas de seus países-membros.

    Essa resolução da CE representa um marco histórico no processo de

    harmonização contábil das práticas contábeis mundiais, uma vez que esse grande

    bloco econômico passará a divulgar, aos seus usuários externos, informações

    consolidadas passíveis de comparação. Esse procedimento possivelmente

    impulsionará outras iniciativas nesse sentido, haja vista a grande redução de custos

    provocada por esse evento, especialmente no que tange à conversão das

    demonstrações contábeis de acordo com os princípios de contabilidade geralmente

    aceitos de um país para o outro. Prova disso é que a Austrália também passará a

    adotar os pronunciamentos emitidos pelo IASB a partir de 2005.

    Os Padrões Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS – International

    Financial Report Standards) e os Padrões Internacionais de Contabilidade (IAS -

    International Accounting Standards) foram criados pelo Conselho Consultivo de

    Normas de Contabilidade (IASB - International Accounting Standards Board) para

    assegurar que as empresas desenvolvam relatórios financeiros compatíveis. Com

    isto, aproximadamente 7.000 empresas que constam da relação da União Européia

    preparem seus balanços financeiros consolidados de acordo com os padrões

    IFRS/IAS.

    Com isto empresas de capital aberto terão que aderir ao IFRS, além de estar

    em conformidade com suas próprias regulamentações locais de impostos,

    dividendos, etc., o que acaba por demandar ao menos dois conjuntos de relatórios

    financeiros.

    As subsidiárias brasileiras de empresas européias também deverão

    apresentar suas demonstrações com base nos IAS (KPMG, 2002).

    Nesse contexto também se insere o processo de consolidação das

    demonstrações financeiras, pois a necessidade de elaboração e divulgação de

    demonstrações financeiras consolidadas vem aumentando cada vez mais em função

    do crescente volume de transações de aquisições de empresas que ocorrem

    freqüentemente em todo o mundo.

    2.2.2.2. IASC - International Accounting Standards Committee

    O IASC - Comitê de Padrões de Contabilidade Internacional foi constituído no

    ano de 1973 através de um acordo feito entre organismos profissionais de

    Contabilidade da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Países

    Baixos, Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos.

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    16

      Entre 1983 e 2001, os membros do IASC incluíram todas as entidades de

    profissionais contábeis que são membros da Federação Internacional de

    Contadores - IFAC. Em maio de 2000, uma nova constituição, em termos de

    estrutura organizacional, foi aprovada; nela o IASC foi estabelecido como

    uma entidade independente, comandada por 19 curadores.

    2.2.2.3. SAC - Standards Advisory Council (SAC)

    O Conselho Consultivo de padrões é o organismo internacional através do

    qual grupos e indivíduos que advêm de outras áreas geográficas - onde não estão

    estabelecidos os curadores do IASB - fazem recomendações ou aconselham o

    IASB. Esse conselho deve reunir-se, no mínimo, três vezes por ano. Além disso, o

    IASB deve consultá-lo sobre todos os principais projetos. As assembléias do SAC

    devem ser públicas.

    O SAC é composto de aproximadamente 30 membros, todos eles

    pertencentes a regiões geográficas distintas, com especialização técnica que

    possibilite contribuir para a formulação de normas contábeis.

    2.2.2.4. SIC Standing Interpretation Committee (SIC)

    O Comitê Permanente de Interpretações foi criado em 1997, tendo em vista a

    necessidade de considerar algumas questões contábeis que possam receber

    tratamento contábil divergente ou inaceitável, devido à falta de orientação oficial no

    local. Essas considerações fazem parte do contexto das normas internacionais e da

    estrutura conceitual do IASB. Para o desenvolvimento de suas atividades, o SIC

    consulta entidades similares em todo o globo.

    O SIC trata de questões abrangentes, não daquelas que se referem a

    exceções. As interpretações abrangem assuntos relacionados:

      pronunciamentos já emitidos (áreas nas quais a prática contábil é

    insatisfatória em relação às normas internacionais);

      pronunciamentos não emitidos, (tópicos novos, que não existiam quando a

    norma foi desenvolvida).

    O SIC conta com um grupo de até 12 membros votantes, incluindo

    profissionais de contabilidade, elaboradores e usuários das demonstrações

    financeiras, originários de vários países.

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    17

    2.2.3. A harmonização da contabilidade nos moldes do IFRS no mundo

    As Normas Internacionais de Contabilidade (Internacional Accounting

    Stardard – IAS), atualmente conhecidas como normas IFRS (Intenational Financial

    Reporting Standard) – Padrão Internacional de Relatórios Financeiros são um

    conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisadospelo IASB – International Accounting Standards Board.

    As normas IFRS foram adotados pelos países da União Européia a partir de

    31 de Dezembro de 2005 com o objetivo de harmonizar as demonstrações

    financeiras consolidadas publicadas pelas empresas abertas européias. A iniciativa

    foi internacionalmente acolhida pela comunidade financeira.

    Atualmente, aproximadamente 110 países já aderiram ou estão em processo

    de convergência às normas internacionais de contabilidade.

    Histórico de Criação das Normas IAS/IFRS:1972 A criação de um comitê de pronunciamentos contábeis internacionais foi

    sugerida durante o 10º. Congresso Mundial de Contadores.

    1973 Criado o IASC International Accounting Standards Committee – Comitê de

    Pronunciamentos Contábeis Internacionais.

    2001 Criado o IASB para a emissão do IFRS.

    2005 Os países da União Européia – UE adotam as normas do IFRS.

    2006 FASB e IASB fazem acordo para convergência entre o IFRS e USGAAP. AChina adota o IRFS.

    2007 Brasil, Canadá, Chile, Índia, Japão e Coréia estabelecem datas para adotar o

    IFRS.

    2007 Ângela Merkel (UE) e George W. Bush (USA) assinam acordo de

    harmonização das normas contábeis confirmando o trabalho desenvolvido pelo

    FASB e IASB no sentido de criar um modelo de contabilidade universal.

    2007 SEC anuncia que a partir de 2009 aceitará de empresas estrangeiras listadas

    na Bolsa de Valores dos EUA a publicação de demonstrações contábeis deacordo com o IFRS sem necessidade de reconciliação com o USGAAP.

    2007 Lei 11.638/07, aprovado pelo congresso nacional brasileiro, com o objetivo de

    harmonizar as práticas contábeis brasileiras às normas internacionais de

    contabilidade IFRS.

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    2.3. Orgãos reguladores - Brasil

    2.3.1. CVM - Comissão de valores Mobiliários

    A Comissão de Valores Mobiliários foi criada em 1976, através da Lei n°.6.385/76. Trata-se de uma entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda,

    que, entre suas atribuições previstas na referida lei, tem competência para

    regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário

    Nacional, as matérias previstas nesta lei e na Lei das Sociedades por Ações. A partir

    de então, a CVM, por delegação legal expressa, também passou a emitir pareceres,

    instruções e deliberações, regulamentando a matéria contábil para as sociedades

    anônimas de capital aberto.

    Além disso, juntamente com a Lei das Sociedades por Ações, disciplina o

    funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação das companhiasabertas, dos intermediários financeiros e dos investidores, além de outros cuja

    atividade é relacionada a esse mercado.

    A CVM tem poderes para:

      Disciplinar;

      Normatizar; e

      fiscalizar a atuação dos diversos agentes integrantes do mercado.

    Seu poder normatizador abrange todas as matérias referentes ao mercado de

    valores mobiliários, que incluem: registro de companhias abertas;

      credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras

    de valores mobiliários;

     organização, funcionamento e operações das bolsas de valores;

     negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;

      suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor

    mobiliário ou decretação de recesso de bolsa de valores.

    2.3.2. CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis

    Origem: O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união

    de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades:

     ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas

     APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento

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    19

    do Mercado de Capitais

     BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo

     CFC – Conselho Federal de Contabilidade

     FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras

      IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

    Em função das necessidades de:

    - convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de

    relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo

    de capital);

    - centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o

    fazem);

    - representação e processo democráticos na produção dessas informações (produtores

    da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).

    Criação e Objetivo:

    Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo

    e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a

    divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela

    entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo

    de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos

    padrões internacionais" .

    Características Básicas:

    - O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, deliberando por 2/3 de

    seus membros;

    - O Conselho Federal de Contabilidade fornece a estrutura necessária;

    - As seis entidades compõem o CPC, mas outras poderão vir a ser convidadas

    futuramente;

    - Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria Contadores, não auferem

    remuneração.

    Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar representantes dos

    seguintes órgãos:

    - Banco Central do Brasil;

    - Comissão de Valores Mobiliários;

    - Secretaria da Receita Federal;

    - Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

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    20

     

    Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Poderão ser formadas

    Comissões e Grupos de Trabalho para temas específicos.

    Produtos do CPC:

    - Pronunciamentos Técnicos;

    - Orientações;

    - Interpretações.

    Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a audiências públicas.

    As Orientações e Interpretações poderão, também, sofrer esse processo.

    Estrutura:

    Assembléia dos Presidentes das Entidades:

    - elegem os membros do CPC (representantes das seis entidades), com mandatos de

    quatro anos (exceto metade dos primeiros membros, com dois anos);

    - podem, por 3/4 de seus membros, indicar outros membros do CPC;

    - podem alterar o Regimento Interno do CPC.

    Quatro Coordenadorias:

    - de Operações;

    - de Relações Institucionais;

    - de Relações Internacionais;

    - Técnica.

    Pronunciamentos CPC/IFRS: 

    Os Contadores de qualquer tipo societário de empresa devem cumprir as exigências daLei nº. 11.638/07, a fim de executar a contabilidade das empresas. Para isto devem:- Tomar ciência da Lei 11.638/07, Resoluções do CFC, Pronunciamentos do CPC;- Ter a habilidade no reconhecimento do fato contábil conforme a legislação atual;- Interpretar os Pronunciamentos CPC/IFRS, os quais versam sobre princípios e nãoregras contábeis; 

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    Pronunciamentos CPC/IFRS que envolvem o Ativo: • CPC Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis;• CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

    • CPC 02 - Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de DemonstraçõesContábeis;

    • CPC 04 - Ativos Intangíveis;

    • CPC 06 - Operações de Arrendamento Mercantil;

    • CPC 12 - Ajuste a Valor Presente;• CPC 15 - Combinação de Negócios;

    • CPC 16 - Estoques;

    • CPC 18 - Investimento em Coligada e em Controlada;• CPC 19 - Investimento em Empreendimento Conjunto (Joint Venture);

    • CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro;• CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes;

    • CPC 27 - Ativo Imobilizado;• CPC 28 - Propriedade para Investimento;

    • CPC 31 - Ativo Não-Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada;• CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade;

    • CPC 38, 39 e 40 - Reconhecimento, Mensuração, Apresentação e Evidenciação de

    Instrumentos Financeiros;• CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40. 

    Pronunciamentos CPC/IFRS que envolvem o Passivo: • CPC Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis;

    • CPC 02 - Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de DemonstraçõesContábeis;

    • CPC 06 - Operações de Arrendamento Mercantil;• CPC 11 - Contratos de Seguro;

    • CPC 12 - Ajuste a Valor Presente;• CPC 15 - Combinação de Negócios;• CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro;

    • CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes;• CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade;

    • CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40; 

    Pronunciamentos CPC/IFRS que envolvem o Resultado: • CPC Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis;• CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

    • CPC 02 - Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações

    Contábeis;• CPC 07 - Subvenções e Assistências Governamentais;

    • CPC 08 - Custos de Transações e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários;• CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações;

    • CPC 15 - Combinação de Negócios;• CPC 20 - Custos de Empréstimos;

    • CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro;

    • CPC 30 - Receitas;• CPC 32 - Tributos sobre o Lucro;

    • CPC 33 - Benefícios a Empregados;• CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade;• CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40. 

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    Pronunciamentos CPC/IFRS que envolvem a elaboração das Demonstrações Contábeise Relatórios: • CPC Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis;

    • CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa;• CPC 05 - Divulgação sobre Partes Relacionadas;

    • CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado;

    • CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/2007;

    • CPC 15 - Combinação de Negócios;• CPC 21 - Demonstrações Intermediárias;

    • CPC 22 - Informações por Segmento;

    • CPC 24 - Evento Subseqüente;• CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis;

    • CPC 35 - Demonstrações Separadas;• CPC 36 - Demonstrações Consolidadas;

    • CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade;• CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40.

    2.4. Tipos de moeda

    A existência de várias economias associadas aos valores monetários ao

    longo do tempo geraram os seguintes conceitos para a moeda:

    •  Moeda Local:  Moeda do país em que a subsidiária está situada. Em nosso

    caso, a moeda local é o Real.

      Moeda Funcional: Moeda do principal sistema econômico em que a entidadeopera, gera e despende fundos. A moeda funcional pode ser a Moeda Local, ou a

    Moeda da Matriz/Controladora ou uma moeda estrangeira.

    •  Moeda estrangeira: Moeda diferente da moeda local e da funcional. Porexemplo: uma subsidiária brasileira obtém empréstimos de um banco inglês e tem oEuro como moeda da operação. Neste caso, o Euro será a moeda estrangeira.

    •  Moeda da matriz/controladora: Moeda do país em que a matriz estáinstalada. Quando se trata de FASB, a matriz estará instalada nos EUA cuja moedaé o Dólar .

    •  Moeda de relatório: Moeda em que as demonstrações contábeis serãoapresentadas.

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    Além de definir a moeda, também e necessário classificar a economia do país

    como segue:

    Economia estável:  Economia de países com inflação acumulada de até

    100% em um período de 3 anos;

    Economia inflacionária: Economia de países com inflação acumulada

    superior a 100% em um período de 3 anos. 

    2.5. Taxas de conversão

    Para convertermos um saldo contábil ou uma operação em moeda local para

    a moeda estrangeira é necessária a determinação de uma taxa de câmbio.

    Dependendo da metodologia de conversão, poderão ser adotadas asseguintes taxas:

    Taxa histórica: é aquela taxa vigente na época da ocorrência do fato. Por exemplo

    o custo de aquisição de um imóvel em 16 de setembro de 20X0 seria convertido

    para a moeda estrangeira pela taxa de cambio vigente nesta mesma data e mantido

    na contabilidade em moeda estrangeira por esse valor.

    Taxa corrente:é aquela taxa vigente no dia em que determinada operação está

    sendo realizada ou em que o exercício social está sendo encerrado (neste caso,também é chamada de taxa de câmbio de fechamento). Por exemplo:quando a

    empresa mantém contabilidade em moeda estrangeira, as operações de

    pagamentos e recebimentos serão convertidas pela taxa de câmbio vigente na data

    de cada uma dessas operações.

    Taxa de fechamento: taxa de câmbio vigente na data de encerramento das

    demonstrações contábeis. Na data de encerramento das demonstrações contábeis,

    as taxas de fechamento e corrente serão iguais.

    Taxa média:  média aritmética das taxas de câmbio vigentes durante determinadoperíodo, normalmente um mês, apurada por média aritmética simples, de forma quemelhor represente a evolução das taxas de câmbio durante o período.

    Taxa média ponderada: média aritmética ponderada das taxas de câmbio vigentes

    durante determinado período, normalmente um mês, de forma que melhor

    represente a evolução das taxas de câmbio durante o período. 

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    Taxa Projetada ou prevista: Apesar de não estar previsto no FAS 52, algumas

    empresas estão utilizando taxas projetadas para datas futuras, principalmente em

    economias inflacionárias.

    Basicamente existem três métodos de conversão:

    a) Método monetário e não monetário;

    b) Câmbio de fechamento; e

    c) Método temporal.

    A escolha do método a ser aplicado dependerá dos objetivos e dos critérios a

    que a empresa esteja submissa. O funcionamento de cada um deles será visto a

    seguir.

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    25

    Capítulo 3:

    3.1. Método Monetário e Não Monetário

    Por este método, os itens patrimoniais e de resultado são classificados nas

    seguintes categorias:

    Itens monetários expostos;

    Itens monetários protegidos;

    Itens não monetários

     Monetários expostos: Ativos (disponibilidades reais e direitos) ou passivos

    (obrigações) que serão realizados ou exigidos em dinheiro.

    Exemplo de ativos monetários expostos: Caixa, Bancos, Duplicatas a receber,

    Duplicatas descontadas, Provisão para devedores duvidosos, Contas a receber,

    Aplicações Financeiras, Depósitos compulsórios,empréstimos, etc.

    Exemplo de passivos monetários expostos: duplicatas a pagar, impostos a

    recolher,salários a pagar, encargos sociais a recolher, empréstimos e

    financiamentos em reais.

    Os itens monetários expostos geram ganhos e perdas de conversão em moeda

    estrangeira devido a flutuação nas taxas de câmbio.

    Monetários protegidos: Ativos (disponibilidades em moeda estrangeira e

    direitos) ou passivos (obrigações) que serão realizados ou exigidos em moeda

    estrangeira:

    Exemplo de ativos monetários protegidos: faturas a receber de clientes

    estrangeiros

    Exemplo de passivos monetários protegidos: faturas a pagar a fornecedores

    estrangeiros, empréstimos obtidos em moeda estrangeira.

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    Os itens monetários protegidos geram receitas ou despesas de variação cambial

    em reais devido a flutuação nas taxas de câmbio.

     Não Monetários: Ativos (bens realizáveis ou permanentes e direitos) ou

    passivos (obrigações) que serão realizados ou exigidos em bens e serviços epatrimônio líquido.

    Exemplo de ativos não monetários: Estoques em geral, Despesas pagas

    antecipadamente, Adiantamento a fornecedores, Participações societárias

    realizáveis ou permanentes, Ativo Imobilizado, Ativo Diferido, e intagível.

    Exemplo de passivos não monetários: Adiantamentos de clientes, Receitas

    diferidas e Patrimônio Líquido.

    Os itens não monetários não geram ganhos ou perdas de conversão em

    moeda estrangeira ou variação cambial em reais, pois são geralmente convertidos

    pela taxa histórica.

    As receitas e despesas também são classificadas em monetárias e não

    monetárias.

    Receitas e despesas monetárias expostas: são aquelas que têm como contrapartida

    ativos ou passivos monetários expostos e geram ingressos imediatos ou futuros de

    caixa em moeda nacional.

    Receitas e despesas monetária protegidas: são aquelas que têm como contrapartida

    ativos ou passivos monetários protegidos e geram ingressos imediatos ou futuros de

    caixa em moeda estrangeira.

    Receitas e despesas não monetárias: são aquelas que têm como contrapartida

    ativos ou passivos não monetários e não geram ingressos imediatos ou futuros de

    caixa.

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    27

    De acorco com o (IBRACON, 1997:84):

    Ativos e passivos monetários  são aqueles cujos valores são fixados em

    forma de unidade monetária (caixa e bancos, duplicatas a receber, fornecedores,

    contas a pagar, impostos a recolher, etc.)

    Ativos e passivos não monetários são todos aqueles que possuem um valor

    intrínseco ou econômico, tais como: estoque, despesas antecipadas, adiantamento a

    fornecedores para aquisição de estoque e imobilizado, ativo permanente

    (investimento, imobilizado e intagível) adiantamentos recebidos de clientes,

    resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido (capital social e lucros

    acumulados)”.

    Pelo Método Monetário/Não Monetário, os saldos contábeis serão convertidos

    pelas seguintes taxas:

    Contas patrimoniais Taxa de Conversão

    Ativos e passivos monetários expostosCâmbio de fechamento

    Ativos e passivos monetários protegidos Câmbio de fechamento

    Ativos e passivos não monetários Histórica de aquisição ou formação

    Patrimônio Líqudo Histórica de formação

    Contas de Resultado

    Receitas e despeas monetárias expostas ou protegidas Histórica da data de realização dareceita ou da ocorrência dasdespesas ou média simples ouponderada do período

    Receitas e despesas não monetárias Histórica de aquisição ou formação

    Os ganhos e perdas decorrentes da variação ocorrida na taxa cambial ao

    longo do período serão apropriados ao resultado do exercício, numa conta

    específica denominada Translation Gain or Loss, que pode ser traduzida por Ganhos

    ou Perdas na Tradução ou Conversão (GPC).

    As receitas e despesas de variação cambial em reais não serão convertidas

    para moeda estrangeira, pois em moeda estrangeira não ocorreu variação nos

    saldos contábies e, consequentemente não há receitas ou despesas em moeda

    estrangeira.

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    28

    Exemplo:

    Conta

    Patrimonial

    Item R$ Taxa US$1,00=

    R$

    US$

    Caixa Monetário 12.530,00 Corrente 3,115 4.022,47

    Clientes Monetário 8.150,00 Corrente 3,125 2.608,00

    Empréstimos Monetário 15.550,00 Corrente 3,205 4.851,79

    Estoque Não Monetário 6.130,00 Histórica 3,105 1.974,24

    Máquinas Não Monetário 9.235,00 Histórica 3,105 2.974,24

    Cabe observar que os saldos de Caixa e Empréstimos estão avaliados em R$

    pelo valor presente de liquidação, assim sendo, caso fossem liquidados e

    transformados em US$ nesta data, efetivamente equivaleriam aos valores obtidos

    em US$.

    Entretanto, o saldo a receber de Clientes está avaliado em R$ pelo valor

    nominal, ou seja, pelo valor futuro de realização.

    Como estaremos considerando que haverá variação na taxa de câmbio até a

    data de liquidação, nessa data, o valor realizado em R$ será o mesmo, mas o valor

    em US$ será menor, pois, provavelmente, a taxa de câmbio será maior.

    Quanto menor for a variação da taxa de cambio, logicamente, menor será a

    variação entre os valores em US$ da data do Balanço e da data de liquidação.

    3.2. Ganhos e Perdas na Conversão (TGL - Translation Gain or Loss)

    Em regimes inflacionários e especulativos, geralmente os ativos monetários

    geram perdas na conversão e os passivos geram ganhos.

    Os ganhos e perdas das variações das taxas cambiais ao longo do tempo

    serão apropriadas ao resultado do exercício numa conta específica:

    TGL – Trnaslation Gain or Loss ou Ganho ou Perda na Conversão (GPC).

    Este procedimento está de acordo com as normas dos Estados Unidos da

    América (USGAAP).

    O Método Monetário e Não Monetário chega a ser considerado o melhormétodo de conversão das demonstrações financeiras em moeda estrangeira porque

    procura respeitar ao máximo os valores em dólares obtidos pela conversão nas

    datas dos eventos econômicos.

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    Exemplo:

    Duplicatas a receber- Clientes.

    DataValor em R$

    Taxa – US$ Valor em US$

    Emissão 12.7.X 15.500,00 3,05 5.081,97

    Vencimento 12.8.X 15.500,00 3,155 4.912,84

    Perda: 169,13

    Ocorre a perda porque o valor recebido em US$ na data de vencimento é

    menor que o valor que seria recebido na data de emissão.

    Caso fossem Duplicatas a pagar, haveria ganho , pois o valor pago seria

    menor, e quem perderia seria o credor.

    3.3 Exemplo: Método de Conversão Monetário e Não Monetário 

    Exemplo ilustrativo:

    Cia. XYZ- Mês 9

    Balanço Patrimonial Item R$ Taxa US$

    Ativo

    Disponibilidades Monetário 4.000 3,05 1.311,48

    Aplicações Financeiras Monetário 24.500 3,05 8.032,79

    Clientes Monetário 64.000 3,05 20.983,61

    Produtos acabados Não monetário 23.000 3,125 7.360,00

    Matéria-prima Não monetário 10.000 3,125 3.200,00

    Imobilizado Não monetário 80.000 3,125 25600,00

    Depreciação Não monetário (11.000) 3,125 -3.520,00

    Total do ativo 194.500 62.967,88

    Passivo e PL

    Fornecedores Monetário 13.500 3,05 4.426,23

    Impostos a recolher Monetário 5.000 3,05 1.639,34

    Provisão férias/13o. Monetário 17.000 3,05 5.573,77

    Empréstimos Monetário 60.000 3,05 19.672,13

    Capital Não monetário 92.000 3,125 29.440,00

    Reserva legal Não monetário 7.000 3,125 2.240,00

    Resultados

    acumulados- TGL

    -23,59

    Total Passivo e Pl 194.500 62.967,88

    Ativo= 62.967,88-

    Passivo e Pl=

    62.991,47=

    -23,59=TGL

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    Exercício:

    1) Empresa ABC Mês 1 Mês 2

    Clientes R$ Taxa US$ R$ Taxa US$

    Saldo Inicial 74.000,00 3,155 105.000,00 3,165

    Vendas dia 10 95.000,00 3,155 115.500,00 3,185Recebimento dia 10 (64.000,00) 3,155 (75.500,00) 3,185

    Subtotal 105.000,00 145.000,00

    Perda na conversão

    Saldo final 105.000,00 3,165 145.000,00 3,215

    Ativo monetário - as operações são convertidas pela taxa corrente da respectiva

    data.O saldo é convertido pela taxa corrente do dia de encerramento do período.

    2) Empresa ABC Mês 1 Mês 2

    Fornecedores R$ Taxa US$ R$ Taxa US$

    Saldo Inicial 13.500,00 3,155 26.000,00 3,165

    Compras dia 20 26.000,00 3,165 23.700,00 3,185

    Pagamentos-dia 20 -13.500,00 3,165 -25.200,00 3,185

    Subtotal 26.000,00 24.500,00

    Ganhos na conversão

    Saldo final 26.000,00 3,165 24.500,00 3,215

    Passivo monetário - as operações são convertidas pela taxa corrente da respectiva

    data.

    O saldo é convertido pela taxa corrente do dia de encerramento do período.

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    3) Empresa XYZ

    4) Empresa XYZ Mês 1 Mês 2

    Fornecedores R$ Taxa US$ R$ Taxa US$

    Saldo Inicial 60.750,00 3,175 117.000,00 3,195

    Compras dia 23 117.000,00 3,185 106.650,00 3,215

    Pagamentos-dia

    23

    -60.750,00 3,185 -

    113.400,00

    3,215

    Subtotal 117.000,00 110.250,00

    Ganhos na

    conversão

    Saldo final 117.000,00 3,195 110.250,00 3,235

    Clientes R$ Taxa US$ R$ Taxa US$

    Saldo Inicial 333.000,00 3,175 472.500,00 3,195

    Vendas dia 15 427.500,00 3,185 519.750,00 3,215Recebimento

    dia 15

    -

    288.000,00

    3,185 -

    339.750,00

    3,215

    Subtotal 472.500,00 652.500,00

    Perda na

    conversão

    Saldo final 472.500,00 3,195 652.500,00 3,235

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    5) Balanço Patrimonial – Empresa: CI Ltda.

    Ativo Item 31/12/X5 Taxa USD 31/12/X6

    Circulante 45.000,00 53.880,00

    Disponibilidades 2.000,00 2.580,00Clientes 30.000,00 32.000,00

    Estoques 10.000,00 15.300,00

    Imposatos a Recuperar 3.000,00 4.000,00

    Não Circulante 38.000,00 48.000,00

    Clientes a Longo Prazo 5.000,00 15.000,00

    Participações Societárias 3.000,00 3.000,00

    Imobilizado 25.000,00 25.000,00

    Intangível 5.000,00 5.000,00

    TOTAL DO ATIVO 83.000,00 101.880,00

    Passivo

    Circulante 37.000,00 44.880,00

    Fornecedores 12.000,00 12.000,00

    Contas a Pagar 6.000,00 7.880,00

    Empréstimos 15.000,00 20.000,00

    Impostos a Recolher 4.000,00 5.000,00

    Não Circulante 16.000,00 24.880,00

    Financiamentos 16.000,00 24.880,00Patrimônio Líquido 30.000,00 32.120,00

    Capital Social 24.000,00 24.000,00

    Reserva Legal 6.000,00 8.120,00

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    Resultados Acumulados –

    TGL

    TOTAL DO PASSIVO 83.000,00 101.880,00

    X5: Taxa vigente na data de encerramento do balanço patrimonial R$ 3,05; Taxa vigente nmonetários R$ 3,125;

    X6: Taxa vigente na data de encerramento do balanço patrimonial R$ 3,20; Taxa vigente n

    monetários R$ 3,125;

    Resultado da TGL em X5: ( ) NULO ( )GANHO ( )PERDA Resultado d

    )GANHO ( )PERDA

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    6) Cia. ABC -Ago/11Método Monetário e NãoMonetário

    Balanço Patrimonial

    Ativo Classificação do Item R$ Taxa US$

    Disponiblidades 24.590,00Aplicações Financeiras 12.325,00Clientes 38.000,00Produtos Acabados 15.230,00Matéria-Prima 6.200,00Imobilizado 73.400,00Depreciação -5.850,00Total Ativo 163.895,00

    Passivo e PL

    Fornecedores 18.700,00Impostos a recolher 2.760,00Provisão Férias/13°. 11.945,00Empréstimos 45.760,00Capital 80.230,00Reserva legal 4.500,00

    Resultados GPC ou TGLTotal do Passivo e PL 163.895,00

    TGL = (Translation Gain or Loss)

    Monetário = Taxa Corrente = 2,075

    Não Monetário = Histórica = 2,050

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    EXERCÍCIOS

    1) Considere as seguintes cotações em 10/02/2010:

    Euro (EUR): R$ 2,54132

    Dólar dos Estados Unidos (USD): R$ 1,84830

    Peso Chileno (CLP) : R$ 0,0034607

    Peso argentino (ARS): R$ 0,481065

    Iene do Japão (JPY): R$ 0,0252537

    Calcule a paridade das moedas em relação ao Euro 10/02/2010:

    Moeda Cotação em 10/02/2010 Paridade em Relação ao

    Euro

    2) Com as contas abaixo, classifique de acordo com as normasinternacionais, em itens monetários e não monetários, em seguidaestruture o Balanço Patrimonial em moeda local e estrangeiradeterminando também o TGL (Translation Gain or Loss):

    Contas Reais Contas Reais• Bancos C/C

    151.200,00• Adiantamento a Fornecedores

    82.725,00

    • Capital Social620.000,00

    •  Caixa26.550,00

    •  Fornecedores76.200,00

    • Depreciação Acumulada120.000,00

    • Adiantamento de Clientes79.250,00

    •  Despesas com Energia Elétrica970,00

    • Mercadorias – Revenda105.000,00

    •  Aplicações Financeiras – LI95.000,00

    •  Veículos210.000,00

    •  Despesas com Honorários Cont525,00

    •  Clientes360.000,00

    •  Receita de Juros1.520,00

    • Empréstimos a Pagar135.000,00

    Taxas: Corrente = 1,825 Histórica = 1,815 Média = 1,820

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    3) O que leva uma empresa a converter suas demonstrações contábeis para outra

    moeda?

    De forma clara e precisa cite dois dos objetivos da conversão de demonstrações

    contábeis.

    4)  Diferencie conversão de demonstrações contábeis de contabilidade em moeda

    estrangeira.

    5) Com referência as taxas de conversão, relacione a coluna da direita com a coluna

    da esquerda:

    Tipo de Taxa Utilidade

    (A) Histórica ( ) Utilizada em economias com hiperinflação.

    Converte itens de vencimento futuro.

    (B) Corrente ( ) Média das taxas vigentes em determinado período.

    (C) Fechamento ( ) Taxa vigente na data de encerramento das

    demonstrações contábeis.

    (D) Média ( ) Utilizada no dia em que uma operação está sendo

    realizada.

    (E) Projetada ( ) Utilizada no momento da ocorrência do fato.

    6) O que significa, em português, a sigla FASB?

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    7) Classifique os itens abaixo em monetário (M) e não monetários (NM):

    a) Empréstimos ( ); b) Aplicações Financeiras ( ); c) Patrimônio Liquido ( );

    d) Resultado de Exercícios Futuros ( ); e) Imobilizado ( ); f) Depreciação (

    ); g) Caixa ( ); h) Duplicata Descontadas ( ); j) Estoques ( ); k)

    Participações Societárias ( ); l) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa –

    PCLD ( ); m) Contas a Receber ( ); n) Adiantamento a Fornecedores ( ); o)

    Despesas Pagas Antecipadamente ( ) p) Adiantamento de Clientes ( ).

    8) Calcule a paridade entre as moedas, com base na cotação de 30/03/10:

    Moeda Símbolo Código Cotação em

    R$

    Paridade em Relação

    ao Euro

    Euro – C Européia Euro 978 2,40689

    Dólar dos EUA U$$ 220 1,78130

    Franco Suíço CHF 425 1,68653Libra Esterlina GBP 540 2,68032

    Rande – África do

    Sul

    ZAR 785 0,243497

    9) Converta o balanço para as moedas indicadas utilizando a paridades obtidas no

    item 9:

    ATIVO EURO U$$ CHF GBP

    Total Ativo 33.500,00

    PASSIVO

    Total Passivo 33.500,00

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    10) Converta o Balanço Patrimonial, cujos valores estão expressos em Reais, para Dólar dos EUA.

    Para itens não-monetários utilize a taxa de R$ 1,825 e para itens monetários a cotação da tabela do

    item 9. Indique o resultado da TGL.Taxa 31/12/2008 U$$ 31/12/2008

    ATIVO 364.535,00 PASSIVO 364.535,00

    CIRCULANTE 321.535,00 CIRCULANTE 142.940,10

    Caixa 2.800,00 Fornecedores 12.000,00

    Banco 262.600,00 Salários a Pagar 25.000,00

    Estoque 6.150,00 Aluguel a pagar 1.340,00

    Duplicata a receber 54.485,00Duplicatas aPagar 19.390,00

    PCLD (4.500,00) ICMS a Recolher 4.157,10

    PIS a Recolher 2.450,00Cofins aRecolher 1.103,00

    IRPJ a Recolher 4.450,00

    CSLL a Recolher 1.150,00FinanciamentoCP 71.900,00

    Não Circulante 43.000,00

    Investimentos Não Circulante 21.900,00Participações

    SocietáriasPermanentes 28.000,00 FinanciamentoLP 21.900,00

    Outros Investimentos

    Terrenos

    ImobilizadoPatrimônioLiquido 199.694,90

    Veículos 22.000,00 Capital Social 178.000,00

    (-) Depreciação (7.000,00)Reserva deCapital 21.694,90

    Intangível

    TGL ou GPC

    Resultado da TGL ou GPC: ( ) Nulo; ( ) Ganho; ( ) Perda 

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    Atividade

    1) O que significa harmonizar práticas contábeis?

    2) O CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis foi criado através da Resolução

    1055/05 do CFC. Cite, excetuando o CFC, três entidades que compõem o CPC de

    forma permanente. De quais Coordenadorias o CPC é composto?

    3) Qual o objetivo da criação do CPC? Quais são os seus “produtos”?

    4) A adoção de normas internacionais de contabilidade representa nova oportunidade

    para os futuros Contadores? Justifique sua resposta.

    5) Quais fatores podem inibir a adoção das normas internacionais pelas pequenas e

    médias empresas?

    6) A adoção de normas no Brasil aos padrões internacionais de contabilidade

    contribuirá para a transparência, confiabilidade e comparabilidade das

    demonstrações contábeis? Justifique sua resposta.

    7) Qual órgão, semelhante à CVM no Brasil, regulamenta o mercado americano de

    capitais assegurando aos investidores, principalmente os minoritários, acesso a

    informações corretas e completas necessárias à tomada de decisão?

    8) Empresas estrangeiras, atualmente, listadas nas bolsas de valores dos EUA devem

    elaborar, obrigatoriamente, reconciliação das demonstrações contábeis preparadas

    em IFRS para FASB(USGAAP).

    ( ) Falso ( ) Verdadeiro

    Justifique sua resposta. 

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     1) A SEC – Securities and Exchange Commission   tem a função de regular o formato e o conteúdo das demonstraçõesfinanceiras das companhias de capital aberto nos EUA. Qual é o nome completo  da entidade com objetivos similares noBrasil?

    2) Cite duas das características qualitativas das demonstrações contábeis em IFRS – International Financial Report Standards(Padrão Internacional de Relatórios Financeiros):

    3) Os princípios contábeis no Brasil já foram reformulados e, portanto, estão harmonizados com os princípios internacionais decontabilidade. São divididos em duas categorias: 1) Pressupostos Básicos e 2) Características Qualitativas das DemonstraçõesContábeis. Quais são os dois pressupostos básicos da contabilidade?

    Considere a seguinte tabela de moedas e cotações em Reais:Data Dólar

    U$$EuroEuro

    Franco SuíçoCHF

    Libra EsterlinaGBP

    01/03/2010 1,80000 2,44156 1,66846 2,6996410/03/2010 1,77160 2,42063 1,65663 2,6532722/03/2010 1,80300 2,44361 1,70459 2,7223531/03/2010 1,78100 2,40760 1,69909 2,70430

    Taxa Histórica 1,35 1,80 1,25 2,05

    4) Com base na tabela acima calcule a taxa média de cada moeda para o mês de Março/2010, utilizando média aritméticasimples:

    Taxa Média

    5) Calcule, com base na tabela de cotações, a paridade entre o Euro e as demais moedas:Moeda Símbolo Código Cotação em R$

    31/03/2010Paridade em Relação ao Euro31/03/2010

    Euro – C Européia Euro 978

    Dólar dos EUA USD 220

    Franco Suíço CHF 425

    Libra Esterlina GBP 540

    6) Movimentação das Contas de Resultado em Março de 2010 da Cia. Rio Negro Ltda.:Receita Bruta Impostos

    s/VendasDespesas deVendas

    DespesasAdministrativas

    Despesas Financeiras

    Mar 820.000,00 136.000,00 65.900,00 251.000,00 39.800,00Total 820.000,00 136.000,00 65.900,00 251.000,00 39.800,00

    Pede-se: Conversão das Receitas e Despesas para EURO utilizando o Método Monetário e Não MonetárioReceita Bruta Impostos

    s/VendasDespesas deVendas

    DespesasAdministrativas

    Despesas Financeiras

    Total

    7) Considere os seguintes saldos de contas extraídos da contabilidade de uma livraria em 31/03/2010:Capital Realizado 190.978 Disponibilidades 65.991PCLD 28.492 Reservas de Capital 233.435Estoques 355.930 Adiantamento a

    Fornecedores80.191

    Intangível 104.888 Clientes 313.400Financiamentos de

    Longo Prazo

    207.425 Participações

    Societárias MEP

    124.731

    Financiamentos deCurto Prazo

    96.254

    Adiantamento deClientes

    95.309

    Fornecedores 279.076 Clientes Longo Prazo 85.838

    Estruture o balanço patrimonial da Livraria e utilizando o Método Monetário e Não Monetário converta-o paraEURO utilizando as taxas fornecidas anteriormente.

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    41

    Capítulo 4:

    4.1. Método do Câmbio de Fechamento

    Nesse método, os procedimentos são os seguintes:

    a) Conversão de todos os ativos e passivos exígiveis pelas taxas de câmbio

    de fechamento;

    b) Conversão de receitas e despesas pelas taxas mèdias mensais;

    c) Movimentação do estoque em dólar para apuração do CMV;

    d) Conversão do capital social pelas taxas históricas;

    e) Apurar o valor histórico de lucros acumulados;

    f) Elaboração do demonstrativo dos ajustes acumulados de conversão.

    4.2 Conversão de Demonstrações Contábeis para Moeda Estrangeira –

    Resolução pelo Método do Câmbio de Fechamento

    Taxas de Câmbio a Utilizar:

    Data Taxa Data Taxa Data Taxa

    08/04/X0 0,90 20/03/X1 1,72 31/08/X1 – Proj 1,66

    10/05/X0 0,95 31/03/X1 1,75 Média X0 1,00

    31/12/X0 1,20 28/04/X1 1,70 Média Jan X1 1,19

    15/01/X1 1,22 30/04/X1 1,72 Média FevX1 1,2531/01/X1 1,18 31/05/X1 1,64 Média MarX1 1,75

    25/02/X1 1,44 20/06/X1 1,62 Média AbrX1 1,73

    28/02/X1 1,53 30/06/X1 1,60 Média MaiX1 1,72

    14/03/X1 1,69 31/07/X1 – Proj 1,68 Média JunX1 1,70

    1) Movimentação das Contas de Resultado em X1:

    Receita Bruta Impostos

    s/Vendas

    Despesas de

    Vendas

    Despesas

    Administrativas

    Despesas

    Financeiras

    Jan 4.000,00 40.000,00 6.000,00Fev 300.000,00 51.000,00 8.000,00 30.000,00 6.500,00

    Mar 12.000,00 37.000,00 5.200,00

    Abr 120.000,00 20.000,00 15.000,00 42.000,00

    Mai 13.600,00 55.000,00 12.300,00

    Jun 400.000,00 65.000,00 13.300,00 47.000,00 9.800,00

    Total 820.000,00 136.000,00 65.900,00 251.000,00 39.800,00

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    Conversão das Receitas e Despesas para Dólar – Taxas Médias Mensais:

    Receita

    Bruta

    Impostos

    s/Vendas

    Despesas

    de Vendas

    Despesas

    Administrativas

    Despesas

    Financeiras

    Jan

    FevMar

    Abr

    Mai

    Jun

    Total

    2) Movimentação de Estoques - Reais

    Data Descrição QT Unitário Total QT Unitário Saldo

    15/01/X1 Aquisição 1.800 120,00 216.000 1.800 120,00 216.000

    25/02/X1 Venda (900) 120,00 (108.000) 900 120,00 108.00020/03/X1 Aquisição 2.000 130,00 260.000 2.900 126,90 368.000

    28/04/X1 Venda (400) 126,90 (50.756) 2.500 126,90 317.244

    20/06/X1 Venda (1.100) 126,90 (139.579) 1.400 126,90 177.665

    Elaborar Movimentação em Dólar para Apuração do CMV:

    Data Descrição QT Unitário Total QT Unitário Saldo

    15/01/X1 Aquisição 1.800 1.800

    25/02/X1 Venda (900) 900

    20/03/X1 Aquisição 2.000 2.900

    28/04/X1 Venda (400) 2.500

    20/06/X1 Venda (1.100) 1.400

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     ABC S/A

    Balanço Patrimonial em 31/12/X0 e 30/06/X1 – Reais

    ATIVO 30/06/X1 31/12/X0 PASSIVO 30/06/X1 31/12/X0

    Circulante 936.614 870.749 Circulante 238.000 140.000Disponibilidades 252.049 233.149 Fornecedores 230.000 140.000

    Aplicações

    Financeiras

    100.000 637.600 Provisão IRPJ 8.000

    Duplicatas a

    Receber

    410.000

    (-) PCLD (3.100)

    Estoques 177.665

    Não Circulante 604.683 438.155 Patrimônio

    Líquido

    1.303.297 1.168.904

    Imobilizado 669.451 469.451 Capital Social 1.088.904 938.904

    (-) Depreciação

    Acumulada

    (64.768) (31.296) Lucros

    Acumulados

    214.393 230.000

    Total do Ativo 1.541.297 1.308.904 Total do

    Passivo

    1.541.297 1.308.904

    3) Conversão de Ativos e Passivos Exigíveis:

    ABC S/A

    Balanço Patrimonial em 31/12/X0 e 30/06/X1 – U$$ATIVO 30/06/X1 31/12/X0 PASSIVO 30/06/X1 31/12/X0

    Circulante Circulante

    Disponibilidades Fornecedores

    Aplicações

    Financeiras

    Provisão IRPJ

    Duplicatas a Receber

    (-) PCLD

    Estoques Patrimônio

    Líquido

    Não Circulante Capital Social 

    Imobilizado Ajuste acumulado

    de Conversão

    (-) Depreciação

    Acumulada

    Lucros

    Acumulados

    Total do Ativo Total do Passivo

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    4) Movimentação e Conversão do Capital Social:

    Data Descrição Valor Taxa Valor U$$

    08/04/X0 Integralização 938.904

    31/12/X0 Saldo em 31/12/X0 938.904

    30/06/X1 Integralização 150.00030/06/X1 Saldo em 30/06/X1 1.088.904

    5) Demonstração do Resultado do Exercício em Dólar

    ABC S/A

    Demonstração do Resultado em 30/06/X1 Reais U$$

    Receita Bruta de Vendas e Serviços 820.000,00

    (-)Impostos Incidentes s/Vendas (136.000,00)

    (=) Receita Líquida de Vendas e Serviços 684.000,00

    (-) Custo das Mercadorias Vendidas (298.335,00)(=) Lucro Bruto (385.665,00)

    (-) Despesas Operacionais

    De Vendas (65.900,00)

    Provisão para Créditos de Liquidação

    Duvidosa

    (3.100,00)

    Administrativas (251.000,00)

    Depreciação (33.472,00)

    Despesas Financeiras (39.800,00)

    (=) Lucro Operacional (7.607,00)(-) Provisão para Imposto de Renda (8.000,00)

    (=) Resultado Líquido do Exercício (15.607,00)

    6) Composição de Lucros Acumulados (Reserva de Lucros):

    Converter Lucros Acumulados em 31/12/X0 pela taxa média de X0, uma vez que

    não há indicação da (conversão) composição anterior. Caso houvesse utilizariamos

    o valor de lucros acumulados anterormente em moeda estrangeira.

    R$ Taxa Equivalente em U$$Lucros Acumulados em X0

    Resultado de X1

    Lucros Acumulados em X1

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    7) Demonstração do Ajuste Acumulado de Conversão em X0 e em X1 ou CTA –

    Cumulative Translation Adjustment ;

    7.1) Capital Social 31/12/X0 31/12/X1

    Convertido a taxa de fechamentoÀ taxa histórica

    (=) Ajuste no Capital Social

    7.2) Lucros Acumulados 31/12/X0 31/12/X1

    Convertido a taxa de fechamento

    À taxa histórica

    (=) Ajuste no Capital Social

    (=) Ajuste Total

    Obervações:

    a) os ganhos e perdas da variação ocorrida na taxa cambial serão apropriadas ao

    patrimônio numa conta específica: CTA – Cumulative Translation Adjustment  ou

    Ajustes Acumulados de Conversão

    b) este método so é aplicavél em países de economia estável.

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    Capítulo 5:

    5.1 Método Temporal

    É uma combinação do método monetário/não monetário e câmbio de fechamento;

    Por este método, os itens patrimoniais são classificados de acordo com a base de

    valor adotada para avaliação, que pode ser: valor passado; valor presente ou

    valor futuro;

    >>>>  Pode ser aplicável em quesiques circuntância de economia ou princípios

    contábeis.

    Para conversão pelo método temporal, é necessário seguir os seguintes

    procedimentos:

    a) Classificação dos saldos das contas e definição das taxas de conversão a

    serem utilizadas. Basicamente, o processo consiste em separar oscomponentes patrimoniais entre itens monetários e não monetários;

    b) Conversão dos itens monetários do ativo e passivo pela taxa de câmbiocorrente, que nesse caso é a taxa de câmbio da data das demonstraçõesfinanceiras;

    c) Conversão dos itens não-monetários do ativo e passivo pelas taxas históricas;d) Conversão das contas de resultado pelas taxas históricas;e) Apuração dos ganhos e perdas de conversão

    Outra possibilidade de se usar o método temporal de conversão é pela utilização de

    taxas projetas de câmbio para os itens monetários pré-fixados (contas a receber e apagar) do ativo e do passivo em vez das taxas correntes. Nesse caso, esses itens

    monetários pré-fixados são apresentados no balanço patrimonial em moeda

    estrangeira convertidos por uma taxa projetada de câmbio para a sua data de

    recebimento ou pagamento.

    Assim, é necessário projetar taxas de câmbio para essas datas para efetuar a

    conversão.

    O valor em moeda local convertido para o dia do recebimento/pagamento do item é

    que aparecerá no balanço patrimonial convertido para moeda estrangeira.

    >>>>  A utilização do Método Temporal em economias estáveis gera resultados

    muito próximos do método de cãmbio de fechamento, tendo em vista que os itens

    patrimoniais estarão próximo do valor presente e serão convertido pela taxa

    corrente.

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    Capítulo 6:

    6.1. Empréstimos e Financiamentos em Moeda Estrangeira

    Neste tipo de empréstimo o contrato de financiamento especifica todos os

    valores em moeda estrangeira, na qual o financiamento está sendo contratado.

    A empresa financiada recebe o valor em moeda do país por meio de

    operações de câmbio efetuadas por estabelecimentos bancários autorizados.

    O valor do principal e os encargos são devidos em moeda estrangeira,

    estando sujeitos às variações cambiais, visto que à época do pagamento, a empresa

    entregará o valor convertido ao estabelecimento bancário escolhido, o qual se

    encarregará de efetuar o pagamento na moeda na qual o financiamento foi

    contratado, pela operação de câmbio e a taxa oficial em vigor na ocasião.

    Exemplo:

    Data de obtenção do financiamento: 30/06/x1 – Valor do financiamento USD

    200.000,00 – Taxa de câmbio em 30/06/x1 – R$ 1,70 – Valor recebido em reais R$

    340.000,00.

    Supondo que em 30/08/x1 a taxa de câmbio oficial passe para R$ 1,80 o valor da

    diferença de câmbio será:

    Valor contabilizado: (200.000,00 x 1,70) = 340.000,00

    Valor atualizado: (200.000,00 x 1,80) = 360.000,00

    Variação cambial: R$ 20.000,00

    Principais registros contábeis referentes a financiamentos em moeda

    estrageira

    1) Pelo recebimento do empréstimo:

    D – Banco Conta Movimento

    C – Financiamentos Bancários Estrangeiros

    2) Pela variação da taxa de câmbio:

    D – Variações Cambiais

    C – Financiamentos Bancários Estrangeiros

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    3) Pelo provisionamento dos juros e comissões:

    D – Juros e Comissões Sobre Financiamentos

    C – Encargos Financeiros a Pagar

    4) Pelo pagamento dos juros:

    D – Encargos Financeiros a Pagar

    C – Banco Conta Movimento

    5) Pelo pagamento do principal:

    D – Financiamentos Bancários Estrangeiros

    C – Banco Conta Movimento

    Taxa de Fechamento Ptax = Média Aritimética das taxas de compra e das taxas de

    venda do boletins do dia, conforme Circulares 3506 de 23/09/10 e 3537 de 25/05/11

    do BANCO Central do Brasil - BACEN

    Taxa de compra >>>>>>> utilizada para conversão de ativos

    Taxa de venda >>>>>>>> utilizada para conversão de passivos

    Taxa negociada >>>>>>> taxa do momento da transação; do fechamento do câmbio

    Exportação de Mercadorias:  Taxa para Emissão da Nota Fiscal >>>> Ptax de

    compra do dia anterior a emissão da NF.

    Importação de Mercadorias:  Taxa para emissão da DI – Declaração de

    Importação e pagamento dos tributos>>>>> Ptax de venda  de dois dias úteis

    anteriores a data do pagamento.

    6.2. Diferença entre Variação Cambial e Variação Monetária

    Embora para efeitos contábeis e tributários, ambas recebam o mesmo tratamento, a

    primeira é a variação do valor da nossa moeda, em relação às moedas estrangeiras;

    a última é a variação da nossa própria moeda em relação aos valores fixados paraos índices inflacionários, ou outra medida qualquer de valores (UFIR, por exemplo).

    a) Atualização de créditos provenientes de exportação: USD 8.000,00, contabilizado

    com o dólar cotado a R$ 1,50. Na data da atualização o dólar está cotado a R$ 1,80.

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    Valor contabilizado: R$ 12.000,00 (USD 8.000,00 x R$ 1,50)

    Valor atualizado: R$ 14.400,00 (USD 8.000,00 x R$ 1,80)

    Variação cambial: R$ 2.400,00

    D – Clientes no Exterior

    C – Variações Cambiais Ativas

    b) Atualização de Obrigações de USD 7.000,00, contabilizado com o dólar cotado a

    R$ 1,80. Na data da atualização dólar cotado a R$ 1,95.

    Valor contabilizado: R$ 12.600,00 (USD 7.000,00 x R$ 1,80)

    Valor atualizado: R$ 13.650,00 (USD 7.000,00 x R$ 1,95)

    Variação cambial: R$ 1.050,00

    D – Variações Cambiais Passivas

    C – Credores no Exterior

    Exercícios

    1) Uma empresa realiza a contratação de um empréstimo de US$ 100.000,00 no dia 30 de junho de 2009, quando a cotação do dólar americano estava a R$ 1,50. No dia 30 desetembro de 2009, a empresa decide amortizar 25% da dívida e a cotação estava a R$ 2,00.No dia 31 de dezembro de 2009 resolveu quitar mais 25% do total contratado, quando odólar estava cotado a R$ 2,50. Determinar o saldo atualizado e as perdas cambiaisincorridas até 31/12/2009.

    2) A empresa Comercial Santa Rita S/A financiou US$ 1.000.000,00 em 31/12/2008. AsTaxas hipotéticas de dólar comercial, cotação de venda, eram em 31/12/2008: 1 US$ = R$5; em 30/06/2009 1 US$ = R$ 7; e em 31/12/2009 1 US$ = R$ 9. Foram realizadasamortizações em 30 de junho de 2009 de US$ 500.000,00 e em 31/12/2009 de US$250.000,00. Determinar o saldo atualizado e as perdas cambiais incorridas até 31/12/2009.

    3) Contratação de empréstimo em 15/06/X1 no valor de Euro 1.750.000,00:Data Euro – Compra Euro – Venda15/06/X1 2,750 2,85030/06/X1 2,755 2,91515/07/X1 2,815 2,955

    30/07/X1 2,905 3,055Determinar:

    a) Valor em R$ na data da contratação;b) Valor atualizado em 30/06/X1;c) Valor atualizado em 30/07/X1;d) Variação cambial transcorrida entre a data da contratação e 30/07/X1;e) Contabilização

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    1) A empresa XYZ obteve um financiamento estrangeiro no valor de US$ 1.375.500,00 no início do mês X. No final do mês X,ao encerrar o balanço patrimonial, você demonstrará um ganho ou uma perda de variação cambial?Utilize as cotações para determinar o valor correto do financiamento:Taxa do início do mês = 1,825 (compra) e 1,835 (venda);Taxa do final do mês = 1,815 (compra) e 1,825 (venda);Taxa média do período =1,830;Demonstre os cálculos e contabilize as transações (financiamento e variação cambial) sob a forma de partida de diário.

    2) A empresa multinacional IAS – International Accounting Students Company (Companhia dos Estudantes de

    Contabilidade Internacional), com sede em Santo Amaro – São Paulo efetuou as seguintes transações em Março de 2010:,a) Vendeu em 01/03/2010 95%, do estoque através de operação de exportação para cliente em Londres, por GBP4.225,00 com prazo de 90 diasb) contratou em 10/03/2010 em um banco de Londrino empréstimo de longo prazo no valor de GBP 25.500,00, comdois anos de carência.

    Pede-se, considerando somente as duas transações acima:1) Efetuar os lançamentos completos sob a forma de diário das duas transações:2) Calcular e lançar as variações cambiais ativas e passivas em 31/03/2010;3) Apurar o resultado do período;4) Elaborar o Balanço Patrimonial em Reais em 31/03/2010Observações:

    - Desconsidere impacto de eventuais impostos;- Considere as taxas para emissão da nota fiscal de exportação e a negociada para crédito do empréstimo como as

    taxas do dia da respectiva transação.

    Considere a seguinte tabela de cotações em Reais (Ptax) e o Balanço Patrimonial em Fev/2010:

    Moeda Libra Esterlina Libra EsterlnaData Compra Venda01/03/2010 2,56466 2,6996410/03/2010 2,52061 2,6532722/03/2010 2,58623 2,7223531/03/2010 2,56909 2,70430ATIVO Reais Fev/2010 Reais Mar/2010Bancos 1.000,00

    Clientes 7.000,00

    (-) PCLD (105,00)

    Mer