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Curso on-line AFRFB 2009 Contabilidade Decifrada Aula 12 Exercícios sobre Demonstrações Contábeis –Parte III– Estrut/func. contas no Passivo 1 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (QUESTÕES DE CONCURSO) .......................................................................... 2 1.1 GRUPOS PATRIMONIAIS PASSIVO EXIGÍVEL E PL ............................................................................................. 2 1.2 CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS E GRUPOS PATRIMONIAIS ........................................................................................ 7 1.3 ESTRUTURA DO PL .......................................................................................................................................... 29 1.4 APURAÇÃO DO VALOR DA RESERVA LEGAL ..................................................................................................... 34 1.5 EMISSÃO DE DEBÊNTURES - LANÇAMENTO ...................................................................................................... 37 1.6 GRUPOS PATRIMONIAIS - REF.......................................................................................................................... 38 1.7 CORREÇÃO MONETÁRIA DO BALANÇO ............................................................................................................ 38 2 GABARITO ............................................................................................................................................................ 39 3 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (QUESTÕES DE CONCURSO RESOLVIDAS E COMENTADAS) ......... 41 3.1 GRUPOS PATRIMONIAIS PASSIVO EXIGÍVEL E PL ........................................................................................... 41 3.1.1 ICMS Distrito Federal 2001 (FCC) .................................................................................................... 41 3.1.2 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) jan/2006 FCC ............................................................ 45 3.1.3 Gestor Fazendário ESAF 2005 .............................................................................................................. 49 3.1.4 Auditor do Tesouro Municipal - RN elaborada pela ESAF ...................................................................... 52 3.1.5 INSS/UNB CLASSIFICAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA ................................................................... 55 3.1.6 INSS/UNB avaliação de itens patrimoniais ........................................................................................... 61 3.1.7 Analista de Comércio Exterior / UNB ...................................................................................................... 67 3.1.8 Analista Judiciário STF CESPE (2008) Provisão para contingências .................................................. 72 3.1.9 Agente Fiscal de Tributos-Teresina CESPE/2008 - ajuste a valor presente .......................................... 76 3.2 CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS E GRUPOS PATRIMONIAIS ...................................................................................... 78 3.2.1 Técnico de Finanças e Controles - Controladoria Geral da União.......................................................... 78 3.2.2 Fiscal de Tributos Estaduais ICMS Mato Grosso do Sul-MS ............................................................. 82 3.2.3 Auditor Fiscal do Tesouro Nacional AFTN / 1994 março .................................................................. 84 3.2.4 Técnico de Finanças e Controles 2001 .................................................................................................. 87 3.2.5 Auditor Municipal do Recife 2003 (ESAF) ............................................................................................ 89 3.2.6 Auditor Municipal do Recife 2003 (ESAF) ............................................................................................ 91 3.2.7 CVM Comissão de Valores Mobiliários 2000 (ESAF) ........................................................................ 93 3.2.8 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) jan/2006 FCC ............................................................ 98 3.2.9 Prova para Gerente Júnior Caixa Econômica Federal 2000 (FCC) .................................................101 3.2.10 Prova para Gerente Júnior Caixa Econômica Federal 2000 (FCC) ............................................107 3.2.11 Prova para Gerente Júnior Caixa Econômica Federal 2000 (FCC) ............................................109 3.2.12 Prova para Gerente Júnior Caixa Econômica Federal 2000 (FCC) ............................................110 3.2.13 Prova para Gerente Júnior Caixa Econômica Federal 2000 (FCC) ............................................112 3.2.14 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo ISS 2007 (FCC) ........................................................114 3.2.15 Agente Fiscal de Tributos Municipais Pref. Teresina 2001 (ESAF) .............................................120 3.2.16 Agente Fiscal de Tributos Municipais Pref. Teresina 2001 (ESAF) .............................................124 3.2.17 Agente Fiscal de Tributos Municipais Pref. Teresina 2001 (ESAF) .............................................128 3.2.18 Agente Fiscal de Tributos Municipais Pref. Teresina 2001 (ESAF) .............................................131 3.2.19 ICMS RS 2006 (FAURGS) ............................................................................................................136 3.2.20 ICMS RS 2006 (FAURGS) ............................................................................................................138 3.2.21 ICMS RS 2006 (FAURGS) ............................................................................................................142 3.2.22 ICMS RS 2006 (FAURGS) ............................................................................................................147 3.2.23 ICMS RS 2006 (FAURGS) ............................................................................................................148 3.2.24 ICMS RS 2006 (FAURGS) ............................................................................................................150 3.2.25 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade 2003 (FCC) ........155 3.2.26 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade 2003 (FCC) ........163 3.2.27 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade 2003 (FCC) ........165 3.2.28 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade 2003 (FCC) ........167 3.2.29 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade 2003 (FCC) ...........169 3.2.30 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade 2003 (FCC) ...........178 3.2.31 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade 2003 (FCC) ...........180 3.2.32 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade 2003 (FCC) ...........181 3.2.33 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade 2003 (FCC) ...........183 3.2.34 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado Contadoria 2004 (FCC)................184 3.2.35 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado Contadoria 2004 (FCC)................186 3.2.36 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado Contadoria 2004 (FCC) .......188 Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 1 de 275

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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 12 Exercícios sobre Demonstrações Contábeis –Parte III– Estrut/func. contas no Passivo

1 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (QUESTÕES DE CONCURSO) .......................................................................... 2

1.1 GRUPOS PATRIMONIAIS – PASSIVO EXIGÍVEL E PL ............................................................................................. 2 1.2 CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS E GRUPOS PATRIMONIAIS ........................................................................................ 7 1.3 ESTRUTURA DO PL .......................................................................................................................................... 29 1.4 APURAÇÃO DO VALOR DA RESERVA LEGAL ..................................................................................................... 34 1.5 EMISSÃO DE DEBÊNTURES - LANÇAMENTO ...................................................................................................... 37 1.6 GRUPOS PATRIMONIAIS - REF.......................................................................................................................... 38 1.7 CORREÇÃO MONETÁRIA DO BALANÇO ............................................................................................................ 38

2 GABARITO ............................................................................................................................................................ 39

3 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (QUESTÕES DE CONCURSO – RESOLVIDAS E COMENTADAS) ......... 41

3.1 GRUPOS PATRIMONIAIS – PASSIVO EXIGÍVEL E PL ........................................................................................... 41 3.1.1 ICMS – Distrito Federal – 2001 (FCC).................................................................................................... 413.1.2 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC ............................................................ 453.1.3 Gestor Fazendário – ESAF 2005.............................................................................................................. 493.1.4 Auditor do Tesouro Municipal - RN elaborada pela ESAF ...................................................................... 523.1.5 INSS/UNB – CLASSIFICAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA ................................................................... 553.1.6 INSS/UNB – avaliação de itens patrimoniais ........................................................................................... 613.1.7 Analista de Comércio Exterior / UNB ...................................................................................................... 673.1.8 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) Provisão para contingências .................................................. 723.1.9 Agente Fiscal de Tributos-Teresina – CESPE/2008 - ajuste a valor presente.......................................... 76

3.2 CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS E GRUPOS PATRIMONIAIS ...................................................................................... 783.2.1 Técnico de Finanças e Controles - Controladoria Geral da União.......................................................... 78 3.2.2 Fiscal de Tributos Estaduais – ICMS – Mato Grosso do Sul-MS ............................................................. 82 3.2.3 Auditor Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN / 1994 – março .................................................................. 84 3.2.4 Técnico de Finanças e Controles – 2001 .................................................................................................. 87 3.2.5 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ............................................................................................ 89 3.2.6 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ............................................................................................ 91 3.2.7 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF)........................................................................ 93 3.2.8 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC ............................................................ 98 3.2.9 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) .................................................101 3.2.10 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) ............................................107 3.2.11 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) ............................................109 3.2.12 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) ............................................110 3.2.13 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) ............................................112 3.2.14 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) ........................................................114 3.2.15 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) .............................................120 3.2.16 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) .............................................124 3.2.17 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) .............................................128 3.2.18 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) .............................................131 3.2.19 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)............................................................................................................136 3.2.20 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)............................................................................................................138 3.2.21 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)............................................................................................................142 3.2.22 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)............................................................................................................147 3.2.23 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)............................................................................................................148 3.2.24 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)............................................................................................................150 3.2.25 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ........155 3.2.26 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ........163 3.2.27 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ........165 3.2.28 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ........167 3.2.29 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ...........169 3.2.30 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ...........178 3.2.31 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ...........180 3.2.32 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ...........181 3.2.33 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ...........183 3.2.34 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC)................184 3.2.35 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC)................186 3.2.36 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) .......188

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3.2.37 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC)................189 3.2.38 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC)................192 3.2.39 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) .......193 3.2.40 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) .......194 3.2.41 Polícia Federal / UNB ........................................................................................................................195

3.3 ESTRUTURA DO PL .........................................................................................................................................201 3.3.1 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC ...........................................................2013.3.2 AFRF 2005 – cabe recurso ......................................................................................................................2053.3.3 AFRF 2005 ..............................................................................................................................................2063.3.4 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) .............................................................2093.3.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) .............................................................2143.3.6 TRF 4a região - Analista Judiciário - Apoio Especializado - Contadoria – 2001 (FCC)........................2163.3.7 TRT 11 REGIÃO - Analista Judiciário - Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC) ............................2203.3.8 TRE – RJ – 2001 (FCC)...........................................................................................................................2233.3.9 TRT 24 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2006 (FCC) ................2263.3.10 INSS/UNB – Estrutura do PL .............................................................................................................2303.3.11 Polícia Federal / UNB ........................................................................................................................2343.3.12 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) saldo das reservas de lucro ..............................................2373.3.13 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de lucro................................................................2393.3.14 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de capital ............................................................2403.3.15 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de lucro................................................................2433.3.16 MDIC-Analista de Comércio Exterior – CESPE 2008 - ajustes de avaliação patrimonial ................2453.3.17 Agente Fiscal de Tributos-Teresina – CESPE/2008 - Doações..........................................................247

3.4 APURAÇÃO DO VALOR DA RESERVA LEGAL ....................................................................................................2493.4.1 Analista de Comércio Exterior – 1998 (ESAF)........................................................................................249 3.4.2 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ...........................................................................................252 3.4.3 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC)................................................................................................................254

3.5 EMISSÃO DE DEBÊNTURES - LANÇAMENTO .....................................................................................................258 3.5.1 AFRF 2005 ..............................................................................................................................................258 3.5.2 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) – Debêntures..........................................................................259 3.5.3 Analista de Transportes Urbanos – 2008/CESPE – Lei das S/A – prêmios na emissão de debêntures ...265

3.6 GRUPOS PATRIMONIAIS - REF.........................................................................................................................267 3.6.1 AFRF 2005 ..............................................................................................................................................267

3.7 CORREÇÃO MONETÁRIA DO BALANÇO ...........................................................................................................270 3.7.1 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF).......................................................................270

1 Exercícios de Fixação (Questões de concurso)

1.1 Grupos patrimoniais – Passivo Exigível e PL

1.1.1 ICMS – Distrito Federal – 2001 (FCC)

Instruções: Considere somente os dados fornecidos para responder às questões de números 21 a 25.

Em 31/12/2000, os levantamentos contábeis da Cia. Marajó indicavam os seguintes valores:

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Máquinas e Equipamentos..................... Caixa.......................................................... 500,00Capital................................................... 12.000,00Contas a Pagar....................................... 4.100,00Estoque Inicial......................................... 3.500,00Estoque Final.......................................... 5.000,00Contas a Receber................................... 5.000,00Empréstimos de Longo Prazo................. 6.000,00Imóveis (para uso nas operações)........ 12.000,00Impostos a Recolher............................... 1.000,00Resultado do Período............................. 2.750,00Resultado Acumulado (prejuízo)............. 4.500,00Empréstimos a Curto Prazo.................... 5.500,00Provisão para Devedores Duvidosos............ 150,00Depreciação Acumulada......................... 3.000,00Reservas de Capital................................ 2.000,00Investimentos em Controladas............... 3.000,00Aplicações Financeiras de Curto Prazo... 1.500,00Compras no Período............................. 42.000,00

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5.000,00

ENUNCIADO

22. Os totais de recursos de terceiros e recursos próprios são respectivamente:

(A) 6.000 e 22.850

(B) 10.600 e 18.250

(C) 16.600 e 12.250

(D) 16.600 e 6.750

(E) 17.000 e 11.850

1.1.2 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC

ENUNCIADO

2. No que diz respeito a contas e grupo de contas apresentadas no COSIF, plano contábil das instituições do sistema financeiro nacional, são contas APENAS do PASSIVO:

(A) Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Outras Obrigações; Depósitos.

(B) Depósitos; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Outras Obrigações; Despesas de Obrigações por Empréstimos e Repasses.

(C) Depósitos; Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Despesa Antecipada.

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(D) Obrigações por Obrigações Compromissadas; Disponibilidades; Outras Obrigações; Depósitos.

(E) Operações de Crédito; Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Provisão para Passivos Contingentes.

1.1.3 Gestor Fazendário – ESAF 2005

Enunciado

4. O balancete de verificação da Cia. Beta, em 31/12/X4, era composto pelos saldos das seguintes contas: Caixa R$ 15.000,00 Máquinas e Equipamentos R$ 60.000,00 Vendas de Mercadorias R$ 70.000,00 Mercadorias R$ 20.000,00 Receitas Diversas R$ 4.000,00 Compras de Mercadorias R$ 50.000,00 Clientes R$ 40.000,00 Fornecedores R$ 30.000,00 Salários e Ordenados R$ 11.000,00 Despesas de aluguel R$ 13.000,00 Lanches e Refeições R$ 2.000,00 Capital Social ######### Condução e Transporte R$ 3.000,00 Lucros Acumulados R$ 14.000,00 Despesas de Juros R$ 4.000,00

Observações: 1. O estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 15.000,00.

2. O salário de dezembro de X4, no valor de R$ 1.000,00, será pago somente em janeiro de X5.

3. Dos aluguéis pagos em X4, R$ 2.000,00 referem-se a despesas de janeiro de X5.

4. Não há implicações de ordem fiscal ou tributária.

Ao elaborar as demonstrações financeiras do exercício findo em 31/12/X4, depois de feitos os ajustes necessários à observância do princípio contábil da Competência, vamos encontrar, no Balanço Patrimonial, o grupo Patrimônio Líquido no valor de

a) R$ 99.000,00

b) R$ 100.000,00

c) R$ 101.000,00

d) R$ 102.000,00

e) R$ 114.000,00

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1.1.4 Auditor do Tesouro Municipal - RN elaborada pela ESAF Enunciado

A firma Celta & Cia. Ltda. aplicou seu capital inicial da seguinte forma:

- 40% em máquinas compradas a vista por R$ 3.500,00,

- uma nota promissória emitida por um de seus sócios no valor de R$ 3.000,00 e

- o restante em moeda corrente do País.

Em seguida essa empresa:

- comprou mercadorias da Casa São Benedito, conforme Nota Fiscal no 2.315. O preço de compra foi de R$ 3.000,00. A Casa São Benedito obteve lucro de 20% nessa transação. A Celta pagou entrada de 20%, assinando duplicata pelo valor restante;

- vendeu mercadorias por R$ 1.900,00, conforme Notas Fiscais de nos 002 a 049, recebendo como entrada apenas 40% do total; - pagou impostos e taxas no valor de R$400,00;

- registrou salários e respectivos encargos no valor bruto de R$ 900,00, para pagamento no mês seguinte;

- registrou a baixa do estoque no valor de R$ 1.300,00, referente ao custo das vendas.

Ao final da gestão acima transcrita a empresa terá apurado:

a) capital aplicado de R$ 8.750,00

b) capital próprio de R$ 8.050,00

c) capital alheio de R$ 3.780,00

d) rédito bruto de R$ 700,00

e) rédito líquido de R$ 600,00

1.1.5 INSS/UNB – CLASSIFICAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

ENUNCIADO

As empresas mercantis devem preparar as demonstrações contábeis em cada período, nelas contemplando o valor correspondente ao imposto sobre a renda. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir:

(1) No balanço, o imposto sobre a renda pode ser apresentado no ativo e no passivo, simultaneamente;

(2) O imposto sobre a renda pode ser um passivo circulante ou um passivo a longo prazo.

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(3) O imposto sobre a renda, se classificável no ativo, será registrado sempre no circulante e nunca no realizável a longo prazo.

(4) Pelas normas fiscais, o valor do imposto sobre a renda provisionado em despesa em um determinado período não pode ser afetado por uma despesa considerada como não dedutível, em condições permanentes, que tenha influenciado na determinação do lucro líquido do período.

(5) o valor do imposto sobre a renda de ajuste de exercícios anteriores deve ser reconhecido como resultado do exercício em que o ajuste foi contabilizado.

1.1.6 INSS/UNB – avaliação de itens patrimoniais

ENUNCIADO

Quanto aos critérios de avaliação patrimonial que devem ser observados na contabilização dos ativos e passivos, julgue os itens abaixo:

(1) Os valores mobiliários mantidos temporariamente no ativo devem ser avaliados ao custo de aquisição, atualizado pelos juros ou pela correção transcorridos, e reduzidos ao valor de mercado, se esse for menor.

(2) Os estoques devem ser avaliados pelo valor de mercado.

(3) Os investimentos relevantes em coligadas e controladas devem ser avaliados ao custo, mais correção monetária, ajustados pelo método de equivalência patrimonial.

(4) Outros investimento, que não os feitos em coligadas e controladas, devem ser avaliados pelo valor de mercado, destacando contabilmente o ágio ou o deságio na aquisição.

(5) Os resultados de exercícios futuros devem ser demonstrados pela diferença entre receitas e custos ou despesas correspondentes.

1.1.7 Analista de Comércio Exterior / UNB

ENUNCIADO

Julgue os itens a seguir, a respeito de balanço patrimonial:

(1) No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados.

(2) O passivo será composto apenas dos seguintes grupos: a) passivo circulante; b) passivo exigível a longo prazo; c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de realização, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

(3) Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

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(4) No ativo circulante, serão registrados apenas as disponibilidades e os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente.

(5) Serão registrados no ativo realizável a longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.

1.1.8 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) Provisão para

contingências ENUNCIADO

90. O registro da provisão para contingências judiciais aumenta o capital circulante líquido e reduz o resultado do exercício. O pagamento das provisões já contabilizadas não afetará o capital circulante líquido.

1.1.9 Agente Fiscal de Tributos-Teresina – CESPE/2008 - ajuste a valor

presente ENUNCIADO

133. No Brasil, os juros embutidos nas vendas a prazo são destacados da receita bruta e contabilizados como receita financeira. O fato de sua apropriação estar em consonância com o prazo entre a realização da receita e o vencimento da obrigação do cliente decorre da adoção do regime de competência.

1.2 Classificação de contas e grupos patrimoniais

1.2.1 Técnico de Finanças e Controles – Secretaria de Finanças e Controles (atual Controladoria Geral da União) Enunciado

A empresa Júpiter S/A promoveu a contabilização completa de seu atos e fatos administrativos, mas o Contador, quando mandou levantar o balancete de verificação, nele não incluiu as seguintes contas e respectivos saldos:

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Ações em Tesouraria 600,00 Amortização acumulada 160,00 Capital a Realizar 800,00 Depreciação Acumulada 450,00 Duplicatas descontadas 400,00 Prejuízos acumulados 110,00 Provisão p/ FGTS 222,00 Provisão p/ Férias 111,00 Provisão p/ Créditos de liquidação duvidosa 200,00 Provisão para Imposto de Renda 500,00 Provisão para Perdas em investimentos 300,00 Provi. P/ ajuste ao Preço de Mercado 100,00

A inclusão das contas acima e respectivos saldos, já contabilizados, na montagem estrutural das demonstrações contábeis provocará todas as alterações abaixo, exceto:

a) os saldos devedores aumentarão em R$ 1.510,00

b) os saldos credores aumentarão em R$ 2.443,00

c) o Ativo permanente ficará reduzido em R$ 910,00

d) o Passivo Circulante ficará aumentado em R$ 433,00

e) o Ativo Circulante ficará reduzido em R$ 700,00

1.2.2 Fiscal de Tributos Estaduais – ICMS – Mato Grosso do Sul-MS

Enunciado

De acordo com a legislação vigente sobre classificação contábil, os empréstimos tomados de empresas coligadas ou controladas, com vencimento para 120 dias, devem ser classificados no Grupo Patrimonial

a) Ativo Circulante

b) Passivo Circulante

c) Ativo Realizável a Longo Prazo

d) Passivo Exigível a Longo Prazo

e) Ativo Permanente - Investimentos

1.2.3 Auditor Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN / 1994 – março

Enunciado

A Cia. Industrial Santa Helena recebeu, em 31/12/X3, uma subvenção para investimento feita por pessoa jurídica de direito público, com finalidade específica de adquirir equipamentos para expandir o seu

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empreendimento econômico. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, esse tipo de subvenção deve ser classificado, como:

a) reserva para contingência;

b) retenção de lucro;

c) reserva legal;

d) receita operacional;

e) reserva de capital.

1.2.4 Técnico de Finanças e Controles – 2001

Enunciado

Abaixo são apresentados alguns eventos, cujos recursos demandam a contabilização de reservas patrimoniais. Assinale a opção cujo evento não dá origem à formação de Reserva de Capital.

a) Doações e subvenções para custeio.

b) Produto da venda de bônus de subscrição.

c) Produto da venda de partes beneficiárias.

d) Ágio obtido na emissão de ações.

e) Valores reservados para aumento de capital.

1.2.5 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ENUNCIADO

28- A empresa “Z” Ltda., no encerramento do exercício de 2002, obteve as seguintes informações:

Valores em R$

Adiantamento a Fornecedores 500,00 Adiantamento de Clientes 1.000,00 Ativo Imobilizado Bruto 20.000,00 Capital Social 26.500,00 Contas a Pagar 40.000,00 Depreciação Acumulada 2.000,00 Disponibilidades 1.000,00 Duplicatas a Receber 50.000,00 Reserva Legal 2.000,00

Considerando somente estas informações, assinale a única opção correta, correspondente ao valor do Ativo.

a) R$ 69.000,00

b) R$ 69.500,00

c) R$ 72.000,00

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d) R$ 73.000,00

e) R$ 74.500,00

1.2.6 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ENUNCIADO

31- A empresa “X” S/A., no encerramento do exercício de 2002, apurou as seguintes informações, exceto a de Capital Social:

Valores em R$ Adiantamento a Fornecedores 2.000,00 Ativo Imobilizado 13.000,00 Contas a Pagar 3.500,00 Disponibilidades 2.500,00 Duplicatas a Receber 12.000,00 Empréstimos 5.800,00 Estoques 5.300,00 Lucros Acumulados 4.500,00 Reserva Legal 400,00

Na elaboração do Balanço Patrimonial da empresa, os valores do Patrimônio Líquido e do Capital Social Integralizado serão:

Patrimônio Líquido Capital Social Integralizado a) R$ 20.400,00 R$ 20.400,00

b) R$ 24.900,00 R$ 20.200,00

c) R$ 24.900,00 R$ 20.600,00

d) R$ 25.500,00 R$ 20.600,00

e) R$ 25.500,00 R$ 20.200,00

1.2.7 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF)

Responder as questões de nos 09 a 12, tomando por base unicamente:

- os dados contidos nas Demonstrações Contábeis indicadas,

- as informações complementares, e

- os enunciados fornecidos em cada uma das questões solicitadas.

I - Demonstrações Contábeis Indicadas

Balanços Patrimoniais em 31.12.19x9:

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ATIVO CIA. A CIA. B CIA. C Disponibilidade 5.000,00 14.000,00 8.000,00 Clientes 20.000,00 26.000,00 28.000,00 Estoques 30.000,00 12.000,00 19.000,00 Valores a Receber Intercompanhias 20.000,00 6.000,00 - Participações Societárias: Cia. B 24.800,00 - - Cia. C 30.000,00 - - Outras empresas - - 2.000,00 Bens não de Uso 16.000,00 - - Imobilizado 24.200,00 22.000,00 28.000,00 Gastos Pré-operacionais - - 15.000,00 Total do Ati vo 170.000,00 80.000,00 100.000,00 PASSIVO Fornecedores 20.000,00 20.000,00 14.000,00 Valores Provisionados 8.000,00 4.000,00 9.000,00 Empréstimos Intercompanhias 6.000,00 - 20.000,00 Financiamentos de Longo Prazo 16.000,00 25.000,00 7.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital 100.000,00 25.000,00 30.000,00 Reservas 5.000,00 4.000,00 6.000,00 Lucros/Prejuízos Acumulados 15.000,00 2.000,00 14.000,00 TOTAL DO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 170.000,00 80.000,00 100.000,00

Demonstrações do Resultado do Exercício, findo em 31.12.19x9: Item CIA. A CIA. B CIA. C 1- Vendas 600.000,00 300.000,00 280.000,002- (-) CMV (371.000,00) (200.000,00) (182.000,00)3- Resultado Bruto Operacional 229.000,00 100.000,00 98.000,004- (-) Despesas Operacionais (211.000,00) (97.300,00) (84.500,00)5- Resultado do Exercício antes do IR 18.000,00 2.700,00 13.500,006- (-) Provisão p/ IR (6.000,00) (900,00) (4.500,00)7- Resultado Líquido do Exercício 12.000,00 1.800,00 9.000,00

II – As informações complementares:

Os Valores a Receber Intercompanhias registram empréstimos efetuados entre as empresas do grupo;

As receitas da CIA. B são obtidas unicamente com operações de venda de estoques realizadas com a CIA. A.

ENUNCIADO

11- Observado isoladamente o valor do Passivo Exigível de Longo Prazo da Cia. C é

a) 50.000

b) 43.000

c) 27.000

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d) 23.000

e) 7.000

1.2.8 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC

ENUNCIADO

2. Com relação a contas e grupo de contas apresentadas no COSIF, plano contábil das instituições do sistema financeiro nacional, são contas APENAS do ATIVO:

(A) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos; Operações de Crédito; Outros Valores e Bens.

(B) Operações de Crédito; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Depósitos; Outros Valores e Bens.

(C) Outros Valores e Bens; Operações de Crédito; Depósitos; Outras Contas de Compensação Ativas.

(D) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Obrigações por Operações Compromissadas; Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos; Operações de Crédito.

(E) Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos; Operações de Crédito; Resultado de Transações de Títulos e Valores Mobiliários; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez.

1.2.9 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000

(FCC)

Instruções: Para responder às questões de números 17 a 21, utilize os dados que seguem.

Em 31/12/2000 a Cia Alterosa apresentava os seguintes saldos finais em suas contas:

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Disponibilidades............................................................ 500,00 Reservas de Capital .................................................. 1.000,00 Duplicatas descontadas................................................ 950,00 Reservas de Lucros...................................................... 600,00 Contas de Receber - Clientes ................................... 2.000,00 Seguros Pagos Antecipados ........................................ 150,00 Fornecedores ............................................................ 1.500,00 Estoques ................................................................... 1.200,00 Máquinas e Equipamentos ....................................... 1.500,00 Depreciação Acumulada .............................................. 900,00 Provisão p/ Devedores Duvidosos ............................... 150,00 Capital Social ............................................................ 3.150,00 Capital a Realizar ..................................................... 1.000,00 Contas a Pagar ............................................................ 300,00 Terrenos ...................................................................... 800,00 Lucros/Prejuízos Acumulados ..................................... 500,00 Adiantamentos a Terceiros .......................................... 100,00 Investimentos em coligadas e controladas ............... 3.000,00 Empréstimos Bancários vencível em 3 anos ............ 1.200,00

ENUNCIADO

17. O valor do Ativo Circulante é

(A) 2 700

(B) 2 850

(C) 3 250

(D) 3 500

(E) 4 000

1.2.10 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC)

ENUNCIADO

18. O valor do Patrimônio Líquido é

(A) 4 250

(B) 5 250

(C) 5 650

(D) 5 850

(E) 6 200

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1.2.11 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC)

ENUNCIADO

19. O valor do Passivo Circulante é

(A) 4 000

(B) 3 200

(C) 2 400

(D) 1 950

(E) 1 800

1.2.12 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC)

ENUNCIADO

20. O valor do Total Ativo é

(A) 5 300

(B) 5 650

(C) 6 200

(D) 7 250

(E) 7 500

1.2.13 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC)

ENUNCIADO

21. O valor do Permanente é

(A) 3 800

(B) 4 200

(C) 4 400

(D) 4 900

(E) 5 200

1.2.14 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) ENUNCIADO

5. É uma conta redutora do Ativo Permanente a provisão

(A) para créditos de liquidação duvidosa.

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(B) de ajuste de bens ao valor de mercado.

(C) para perdas prováveis na alienação de investimentos.

(D) para férias.

(E) para contingências.

1.2.15 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) ENUNCIADO

51- A empresa Emfoco Ltda. em 31.12.01, possui, entre outros componentes patrimoniais, o seguinte:

Caixa R$ 4.000,00 Duplicatas a Pagar R$ 3.500,00 Financiamentos R$ 2.500,00 Investimentos R$ 4.000,00 Capital Social R$ 8.000,00 Terrenos R$ 8.000,00 Empréstimos Obtidos R$ 5.000,00 Móveis e Utensílios R$ 1.000,00 Materiais R$ 1.000,00 Capital a Integralizar R$ 4.000,00

Elaborando-se corretamente a estrutura patrimonial acima, podemos afirmar a existência do seguinte valor para os grupos abaixo

a) Passivo a Descoberto de R$ 1.000,00

b) Prejuízos Acumulados de R$ 3.000,00

c) Patrimônio Líquido de R$ 4.000,00

d) Passivo Exigível de R$ 6.000,00

e) Patrimônio Bruto de R$ 7.000,00

1.2.16 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) ENUNCIADO

52- A firma Comercial Feirante Ltda. aplicou seu capital inicial, registrado na Junta Comercial, como segue:

- 40% em mobília para uso próprio, adquirida a vista por R$ 2.800,00;

- um título de crédito, devidamente avalizado, no valor de R$ 2.500,00;

- 5% no pagamento de despesas gerais; e

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- o restante dos recursos, em moeda corrente do País.

Na mesma gestão, a empresa obteve um empréstimo de R$ 5.000,00 com encargos de 15% debitados em conta corrente. O empréstimo também foi lançado em conta corrente.

Exclusivamente a partir dessas informações, é correto afirmar que, no fim da gestão, a empresa apresenta:

a) Ativo Patrimonial no valor de R$ 10.900,00

b) Capital Próprio no valor de R$ 7.000,00

c) Disponibilidades no valor de R$ 6.350,00

d) Exigibilidades no valor de R$ 5.750,00

e) Despesas realizadas no valor de R$ 1.000,00

1.2.17 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) ENUNCIADO

53- A firma S.A. Mendes Som tem um plano de contas corretamente implantado com uma classificação adequada à elaboração das demonstrações financeiras, usando a seguinte codificação:

- Dígito inicial:

1 - contas do ativo

2 - contas do passivo

3 - contas do patrimônio liquido

4 - receitas

5 - despesas

- Segundo dígito:

1 - circulante

2 - realizável ou exigível a longo prazo

3 - permanente ou resultados de exercícios futuros

Ao lermos esse plano de contas, vamos verificar que o código 1.1.1.1 certamente corresponde a uma conta do subgrupo:

a) Despesas do Exercício Seguinte

b) Obrigações Mercantis a curto prazo

c) Receitas Operacionais

d) Reservas de Capital

e) Resultados de Exercícios Futuros

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1.2.18 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) ENUNCIADO

60- Abaixo estão relacionadas as trinta contas movimentadas pela Cia. Comercial Aliança, conforme Razão Geral de 31.12.00 (data do encerramento do exercício social)

01- Ações de Coligadas R$ 600,00 02- Ações em Tesouraria R$ 400,00 03- Aluguéis Ativos R$ 100,00 04- Aluguéis Passivos R$ 275,00 05- Bancos c/ Aplicação R$ 550,00 06- Caixa R$ 600,00 07- Capital a Integralizar R$ 1.500,0008- Capital Social R$ 5.000,0009- Custo da Mercadoria Vendida R$ 1.900,0010- Depreciação Acumulada R$ 250,0011- Despesas a Pagar R$ 80,0012- Despesas a Vencer R$ 150,0013- Duplicatas a Pagar R$ 1.500,0014- Duplicatas a Receber R$ 500,0015- Duplicatas Descontadas R$ 400,0016- Fornecedores R$ 2.000,0017- Edificações R$ 2.500,0018- Impostos R$ 325,0019- Impostos a Recolher R$ 250,0020- Matéria-Prima R$ 650,0021- Mercadorias R$ 1.250,0022- Móveis e Utensílios R$ 1.750,0023- Participações Acionárias R$ 400,0024- Participação de Empregados a pagar R$ 160,0025- Provisão p/ Ajuste de Estoques R$ 100,0026- Provisão p/ Imposto de Renda R$ 330,0027- Receitas a Receber R$ 300,0028- Receitas a Vencer R$ 100,0029- Receita Bruta de Vendas R$ 3.000,0030- Reservas de Capital R$ 380,00

Exclusivamente baseados nos saldos acima, podemos afirmar que a empresa apresenta

a) Saldos devedores no valor de R$ 11.000,00

b) Ativo permanente no valor de R$ 5.250,00

c) Passivo exigível no valor de R$ 4.420,00

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d) Patrimônio líquido no valor de R$ 3.880,00

e) Patrimônio bruto no valor de R$ 8.500,00

1.2.19 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ENUNCIADO

10. Qual a alternativa que contém, exclusivamente, contas pertencentes ao Ativo Circulante?

(A) Bancos Conta Movimento - Duplicatas Descontadas - Receitas Financeiras.

(B) Duplicatas Descontadas – Bancos Conta Movimento - Adiantamentos de Clientes.

(C) Adiantamentos de Clientes – Adiantamentos aos Fornecedores - Duplicatas Descontadas.

(D) Adiantamentos de Clientes - Duplicatas Descontadas - Despesas do Exercício Seguinte.

(E) Adiantamentos aos Fornecedores – Duplicatas Descontadas - Despesas Pagas Antecipadamente.

1.2.20 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)

ENUNCIADO

11. Qual a alternativa que contém, exclusivamente, contas pertencentes ao Ativo Permanente?

(A) Gastos Diferidos - Depreciação Acumulada – Despesas Pagas Antecipadamente.

(B) Terrenos para Investimentos - Depreciação Acumulada – Antecipação de Clientes.

(C) Gastos Pré-operacionais - Juros Pagos Antecipadamente. - Receitas Imobiliárias Futuras.

(D) Depreciação Acumulada - Benfeitorias em Prédios de Terceiros de Caráter Permanente – Veículos para o Uso de Transporte de Matéria- Prima.

(E) Veículos para o Uso de Transporte de Matéria-Prima - Depreciação Acumulada - despesas com Empréstimos Compulsórios.

1.2.21 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)

ENUNCIADO

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12. Qual a alternativa que contém uma conta classificada no Patrimônio Líquido que apresenta saldo de natureza devedora?

(A) Ações em Tesouraria.

(B) Ações de Empresas Emergentes.

(C) Capital Social Subscrito e Integralizado.

(D) Reservas para Contingência.

(E) Reservas de Lucros a Realizar. INFORMAÇÕES

Instrução: Considere os dados patrimoniais da empresa RIO DO SUL LTDA. para responder às questões 17 e 18.

·Caixa - R$ 2.000,00 ;· Contas a Receber de Clientes- R$ 23.000,00 ;· Depreciação Acumulada- R$ 5.000,00 ;· Duplicatas Descontadas R$ 13.000,00 ;· Estoque de Mercadorias para Revenda - R$ 18.000,00 ;· Financiamento Bancário de Curto Prazo - R$ 10.000,00 ;. Fornecedores - R$ 12.000,00 ;· Máquinas e Equipamentos - R$ 35.000,00 ;· Veículos- R$30.000,00 .

1.2.22 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)

ENUNCIADO

17. O total do ativo circulante é

(A) R$30.000,00.

(B) R$ 34.000,00.

(C) R$35.000,00.

(D) R$43.000,00.

(E) R$ 56.000,00.

1.2.23 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ENUNCIADO

18. O valor do patrimônio líquido é

(A) R$ 65.000,00.

(B) R$ 68.000,00.

(C) R$73.000,00.

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(D) R$ 81.000,00.

(E) R$90.000,00.

1.2.24 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ENUNCIADO

13. As aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social são classificadas no

(A) Ativo Permanente Diferido.

(B) Ativo Permanente Imobilizado de Curto Prazo.

(C) Ativo Permanente Imobilizado de Longo Prazo.

(D) Ativo Permanente Investimentos de Curto Prazo.

(E) Ativo Permanente Investimentos de Longo Prazo.

1.2.25 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) Instruções

As questões de números 31 a 34 devem ser respondidas tendo em vista o contido nos demonstrativos contábeis de uma entidade mercantil, resultantes exclusivamente do balancete e dos ajustes (valores em R$M quando não mencionado, %) a seguir indicados:

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CPF

sousa,

de

camargos

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Ajustes a registrar

Estoque Final ......................................................... 50

Depreciação de Móveis e Utensílios ........................... 10%

Amortização .......................................................... 20%

Provisão para inadimplências ................................... 10%

Provisão p/imposto de renda ................................... 5

Destinação dos lucros:

Lucros Atribuídos .................................................... 40

Reservas de Lucros ................................................. 30 ENUNCIADO

31. Ativo Permanente

(A) 175

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(B) 172

(C) 156

(D) 153

(E) 144

1.2.26 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

32. Passivo Circulante

(A) 138

(B) 120

(C) 118

(D) 100

(E) 93

1.2.27 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

33. Patrimônio Líquido

(A) 232

(B) 212

(C) 205

(D) 190

(E) 185

1.2.28 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

34. Ativo Circulante (parte realizável)

(A) 158

(B) 159

(C) 169

(D) 180

(E) 189

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1.2.29 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) Instruções para as questões de números 36 a 40.

Para resolução dessas questões considere o Balanço Patrimonial resultante da utilização das informações e dados abaixo. Indique o valor solicitado em cada questão.

Balancete de Verificação do Razão CONTAS DÉBITO CRÉDITO

Caixa 50,00Aplicações de curtíssimo prazo 20,00Serviços a faturar 30,00Clientes 140,00Prêmios de seguros a vencer 12,00Máquinas 80,00Depreciação acumulada 8,00Despesa pré-operac. A amortizar 6,00Amortização acumulada 2,00Fornecedores 50,00Receitas antecipadas de serviços 12,00Serviços prestados 200,00Outras receitas 10,00Mão de obra 80,00Materiais aplicados 40,00Despesas administrativas 25,00Despesas comerciais 10,00Despesas do exercício seguinte 7,00Capital 200,00Lucro antecipado 12,00Lucros Acumulados 30,00Total 512,00 512,00

Outros dados: Serviços a Faturar no fim do período 40 Receita Antecipada no fim do período 22

ENUNCIADO

36. Realizável

(A) 182

(B) 189

(C) 192

(D) 199

(E) 219

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1.2.30 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

37. Ativo Permanente

(A) 93

(B) 81

(C) 76

(D) 72

(E) 70

1.2.31 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

38. Passivo Circulante

(A) 72

(B) 62

(C) 52

(D) 42

(E) 32

1.2.32 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

39. Patrimônio Líquido

(A) 233

(B) 243

(C) 253

(D) 263

(E) 273

1.2.33 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

40. Lucros Acumulados

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sousa,

de

camargos

felipe

luis

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(A) 85

(B) 73

(C) 71

(D) 65

(E) 61

1.2.34 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) Instrução:

Para responder as questões de números 62 a 68, considere:

As questões deverão ser respondidas com base nos demonstrativos contábeis resultantes do balancete já ajustado a seguir indicado, sendo o estoque final de mercadorias inventariado por 50, de uma entidade mercantil, da qual deverá ser apurado o custo das mercadorias vendidas e o lucro líquido, sendo que os lucros acumulados anteriores foram atribuídos aos sócios.

ENUNCIADO

62. Ativo Circulante:

(A) 190

(B) 195

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(C) 205

(D) 220

(E) 230

1.2.35 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

63. Ativo Permanente:

(A) 210

(B) 194

(C) 188

(D) 180

(E) 164

1.2.36 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

64. Passivo Circulante:

(A) 220

(B) 218

(C) 188

(D) 130

(E) 118

1.2.37 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

65. Patrimônio Líquido:

(A) 150

(B) 165

(C) 170

(D) 200

(E) 206

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1.2.38 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

66. Lucro Bruto:

(A) 60

(B) 55

(C) 50

(D) 45

(E) 40

1.2.39 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

67. Lucro Líquido:

(A) 45

(B) 50

(C) 55

(D) 65

(E) 75

1.2.40 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

68. Capital Circulante Líquido:

(A) 12

(B) 32

(C) 45

(D) 65

(E) 75

1.2.41 Polícia Federal / UNB

ENUNCIADO

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Balancete s implificado de verificação em 31/7/2000 Contas Saldo (em R$)

Devedor CredorBancos conta movimento 1.000,00Aplicações com liquidez 2.000,00Bancos conta vinculada 500,00Contas a receber 7.000,00Es toques e almoxarifado 500,00Des pes as do período s eguinte 100,00Adiantamento e outras ativas 200,00Capital s ocial a integralizar 1.000,00Ações avaliadas pelo custo 1.500,00 Ações avaliadas pela equivalência patrimonial 500,00Imóveis 2.000,00Móveis e utens ílios 1.000,00Veículos 5.000,00Máquinas e equipamentos 2.000,00Ins talações 500,00Depreciação e amortização acumulada 1.000,00Des pes as pré-operacionais 500,00Gas tos com pes quis as e des envolvimento 100,00Fornecedores 200,00Emprés timos Bancários 2.000,00Tributos a pagar 500,00Salários e encargos a pagar 2.000,00Dividendos a Pagar 500,00Emprés timos bancários de longo prazo 3.000,00Tributos parcelados de longo prazo 2.000,00Capital s ocial 7.215,00Res ervas de capital 3.000,00Res ervas de lucros 2.000,00Lucros acumulados 500,00Receita bruta de vedas e s erviços 30.000,00Impos tos s obre vendas 4.000,00Devolução e abatimentos 200,00Cus to das mercadorias vendidas 15.000,00Des pes as com tecnologia da informação 800,00Des pes as comerciais 4.000,00Des pes as gerais e adminis trativas 2.000,00Des pes as financeiras 500,00Des pes as de depreciação 600,00Outras des pes as operacionais 100,00Des pes as com impos tos divers os 200,00Des pes as com pes quis a 300,00Des pes a de amortização do diferido 50,00Des pes a de impos to de renda 563,00Des pes a de contribuição s ocial s obre o lucro 202,00Totais 46.115,00 61.715,00

Com base nos dados do balancete de uma determinada sociedade anônima, apresentado acima, julgue os seguintes itens:

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(1) Estão erroneamente classificados nas colunas de saldos os valores correspondentes às seguintes contas: bancos conta movimento; contas a receber; depreciação e amortização acumulada.

(2) Estão corretamente classificados nas colunas de saldos os valores correspondentes às seguintes contas: despesas do período seguinte; ações avaliadas pelo custo; capital social.

(3) Um lançamento de compra à vista de máquinas e equipamentos do imobilizado, no valor de R$ 100,00, alteraria a diferença entre os totais de débitos e de créditos, apresentados na última linha do balancete.

(4) A conta capital social a integralizar está corretamente classificada como saldo devedor.

(5) Em despesas gerais e administrativas, devem estar registradas as despesas com salários e encargos sociais do pessoal empregados no departamento jurídico que exerça função de assessoramento da diretoria.

1.3 Estrutura do PL

1.3.1 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC

ENUNCIADO

13. O Banco BJK tem registrado no seu patrimônio líquido Reservas de Capital. É correto afirmar que essas reservas correspondem à

(A) formação de reserva para contingências.

(B) reavaliação de bens do ativo imobilizado.

(C) reserva estatutária, destinada a investimentos.

(D) diferença entre o preço da ação pago pelos subscritores e o seu valor nominal.

(E) reserva de lucros a realizar.

1.3.2 AFRF 2005 – cabe recurso Enunciado

32- Uma empresa com Patrimônio Líquido Negativo deve evidenciar esse valor:

a) após o Capital Social no Grupo de Patrimônio Líquido como conta devedora.

b) após a conta Financiamentos como um Exigível a Longo Prazo em uma conta devedora.

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c) após a conta de Despesas pré-operacionais, como um Ativo Diferido em uma conta credora.

d) após o ativo diferido em Grupo de Passivo a Descoberto como conta credora.

e) após a conta de Empréstimos a Receber, como um Realizável a Longo Prazo em uma conta credora.

1.3.3 AFRF 2005

Enunciado

40- Quando da Realização da Reserva de Lucros a Realizar, esta deve ser revertida para:

a) lucros ou prejuízos acumulados, quando o evento realizar-se economicamente.

b) lucros ou prejuízos acumulados, quando o evento realizar-se financeiramente.

c) reserva de capital destinada diretamente para distribuição de dividendos.

d) resultado do exercício, quando o evento econômico realizar-se financeiramente.

e) resultado do exercício, quando o evento financeiro realizar-se economicamente.

1.3.4 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC)

ENUNCIADO

8. É uma reserva de capital a Reserva

(A) para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos.

(B) Estatutária.

(C) para Contingências.

(D) Legal.

(E) de Subvenções para Investimento.

1.3.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) ENUNCIADO

10. Uma pessoa jurídica aliena ações em tesouraria, obtendo um resultado positivo. A contrapartida credora do lançamento contábil respectivo será efetuada em conta de

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(A) resultado não-operacional.

(B) resultado operacional.

(C) ajustes de exercícios anteriores.

(D) patrimônio líquido.

(E) ágio na alienação de investimentos.

1.3.6 TRF 4a região - Analista Judiciário - Apoio Especializado - Contadoria – 2001 (FCC) ENUNCIADO

34. É reserva de lucros a de

(A) reavaliação.

(B) lucros a realizar.

(C) ágio na emissão de ações.

(D) alienação de partes beneficiárias.

(E) alienação de bônus de subscrição.

1.3.7 TRT 11 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado - Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC) ENUNCIADO

23. O registro de um terreno recebido pela empresa por meio de doação tem como contrapartida

(A) um ganho de capital.

(B) uma reserva de capital.

(C) uma receita operacional.

(D) uma receita eventual.

(E) um ganho com imobilizado.

1.3.8 TRE – RJ – 2001 (FCC) ENUNCIADO

14 - São contabilizadas na Reserva de Lucros:

a) Lucros Acumulados; Prejuízos Acumulados;

b) Reserva Legal; Reservas Estatutárias; Reserva para Contingências, Reservas de Lucros a Realizar; Ágio na Emissão de Ações/Cotas; Prêmio na Emissão de Debêntures;

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c) Reserva Legal, Reservas Estatutárias, Reserva para Contingências, Reservas de Lucros a Realizar, Reservas de Lucros para Expansão, Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído;

d) Reserva Legal; Reservas Estatutárias; Alienação de Partes Beneficiárias; Alienação de Bônus de Subscrição; Doação e Subvenção para Investimentos; Correção Especial de Reflorestamento;

e) Ágio na Emissão de Ações/Cotas; Alienação de Partes Beneficiárias; Alienação de Bônus de Subscrição; Prêmio na Emissão de Debêntures; Doação e Subvenção para Investimentos, Correção Especial de Reflorestamento.

1.3.9 TRT 24 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa -

Contabilidade – 2006 (FCC) ENUNCIADO

35. São classificáveis como Patrimônio Líquido

(A) o capital de giro e o capital subscrito.

(B) as doações e subvenções para investimentos.

(C) as debêntures conversíveis em ações.

(D) as ações em tesouraria e os resultados de exercícios futuros.

(E) os dividendos propostos e as retenções contratuais.

1.3.10 INSS/UNB – Estrutura do PL

ENUNCIADO

No balanço patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos e o resultado de exercícios futuros representa o patrimônio, que é o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios. De acordo com a Lei n° 6.404/76, o patrimônio líquido pode incluir:

(1) capital social, que representa valores recebidos pela empresa, ou valores por ela gerados que estão formalmente incorporados ao capital social;

(2) reservas de capital, que representam valores recebidos, inexigíveis e que não transitam por conta de resultado;

(3) provisões para contingências, representando prováveis compromissos futuros, de fatos contábeis ocorridos;

(4) reservas de lucros, representando lucros obtidos pela empresa e retidos com finalidades específicas;

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(5) estoques de ouro, representando reservas reais da empresa para garantir ou lastrear os títulos emitidos e adquiridos no mercado de valores imobiliários.

1.3.11 Polícia Federal / UNB

ENUNCIADO

(1) No recebimento de dinheiro de acionistas para integralização do capital social subscrito, deverá haver um registro a crédito do capital social ou da conta que registra o capital a integralizar.

(2) Na emissão de ações ao preço unitário de R$ 1,00, sendo R$ 0,50 destinados ao capital social e R$ 0,50 à reserva de capital – ágio na subscrição de novas ações -, a empresa deverá registrar R$ 0,80 para cada real recebido, por conta desse aumento de capital, na conta de bônus de subscrição, no patrimônio líquido.

(3) O produto da alienação de partes beneficiárias pode ser registrado no patrimônio líquido.

(4) No recebimento de um imóvel doado por uma sociedade anônima, cujo registro se dará em conta de patrimônio líquido de doações e subvenções para investimento, deverá haver um registro a débito dessa conta, em contrapartida de um crédito no imobilizado de igual valor.

(5) Uma empresa que apresentar uma reserva de capital no valor de R$ 8.000,00 e um saldo de prejuízo de R$ 2.000,00, após consumir os lucros acumulados e todas as reservas de lucros, poderá compensá-lo com parte da reserva de capital que ela possui.

1.3.12 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) saldo das reservas

de lucro ENUNCIADO

93. O saldo de reserva para contingências não poderá ultrapassar o valor do capital social. Ao atingir esse limite, a assembléia deliberará sobre a aplicação do excesso no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.

1.3.13 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de lucro

Enunciado

75. O saldo da reserva de lucros a realizar poderá ser utilizado para pagamento da participação de debenturistas quando o resultado do exercício do período for insuficiente para quitar essa obrigação.

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1.3.14 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de lucro Enunciado

77. No caso de o saldo das reservas de lucros — exceto as de contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar — atingir o limite do capital social, a assembléia deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização, no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos do período em questão.

1.3.15 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de capital

Enunciado

79. A reserva de capital constituída com recursos advindos da venda de partes beneficiárias pode ser destinada ao resgate desses títulos.

1.3.16 MDIC-Analista de Comércio Exterior – CESPE 2008 -

ajustes de avaliação patrimonial

Ainda com relação a demonstrações contábeis, julgue os itens abaixo. ENUNCIADO

52 Os ajustes de avaliação patrimonial, para mais ou para menos, que decorram da avaliação a preço de mercado de elementos do ativo e do passivo, têm de ser incluídos na demonstração do resultado do exercício como resultados não-operacionais, no mesmo exercício em que tais ajustes sejam efetuados, segundo o princípio da oportunidade.

1.3.17 Agente Fiscal de Tributos-Teresina – CESPE/2008 -

Doações ENUNCIADO

131. Os bens recebidos em doação integram o ativo da empresa e são representados no balanço patrimonial. Esse é o caso de imóveis recebidos do poder público como incentivo à instalação de novos empreendimentos, que, se recebidos sem custos ou ônus, serão contabilizados por valor simbólico, cuja contrapartida constitui receita não-operacional.

1.4 Apuração do valor da Reserva Legal

1.4.1 Analista de Comércio Exterior – 1998 (ESAF)

Enunciado

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A firma Chis apresenta o seguinte patrimônio líquido:

Capital Social 30.000,00 Reserva de subvenções p/ investiment 1.300,00 Reserva de ágio na emissão de ações 2.000,00 Reserva legal 2.000,00 Reservas estatutárias 1.000,00

No exercício de 19x1, a empresa apurou um lucro líquido final (após o imposto de renda e as participações), no valor de R$ 76.000,00. considerando-se as limitações impostas pela Lei n° 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), podemos dizer que, para constituir a reserva legal no referido exercício, essa empresa:

a) poderá destinar R$ 3.700,00;

b) deverá destinar R$ 3.700,00;

c) deverá destinar R$ 3.800,00;

d) deverá destinar R$ 4.000,00;

e) poderá destinar R$ 4.000,00.

1.4.2 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ENUNCIADO

34- A empresa Filinto Ltda., no encerramento do exercício, em 31 de dezembro de 2002, em seu balancete de verificação, apurou as seguintes informações:

Valores em R$ Lucro Antes do Imposto de Renda 100.000,00 Imposto de Renda de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 25.000,00 Lucro Líquido do Exercício 75.000,00 Patrimônio Líquido(*) 200.000,00 Capital Social(*) 160.000,00 Reservas de Capital(*) 10.000,00 Reserva Legal(*) 30.000,00 (*) antes da distribuição do resultado do exercício.

Indique o valor da Reserva Legal que deverá ser constituída.

a) R$ 2.000,00

b) R$ 2.250,00

c) R$ 2.750,00

d) R$ 3.250,00

e) R$ 3.750,00

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1.4.3 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC) ENUNCIADO

Instruções: Considere os componentes da Demonstração de Resultados do Exercício de 31/12/2005 da empresa Equipamentos Modernos S.A., para responder às questões de números 3 e 4. Receita Operacional Bruta de Vendas................................................................. 1.600.000,00Descontos Incondicionais Concedidos ............................................................... 40.000,00Devolução de Vendas ......................................................................................... 60.000,00ICMS sobre Vendas ............................................................................................ 270.000,00Demais Impostos Incidentes sobre Vendas......................................................... 138.750,00Custo das Mercadorias Vendidas – CMV ........................................................... 391.250,00Despesas Operacionais (Vendas e Administrativas) .......................................... 300.000,00Descontos Financeiros Obtidos .......................................................................... 36.000,00Descontos Financeiros Concedidos ................................................................... 16.000,00Variações Monetárias Ativas .............................................................................. 64.000,00Resultado Positivo em Participações Societárias ............................................... 220.000,00Reversão de Provisões ...................................................................................... 40.000,00Ganho de Capital na Venda de Bens Permanentes . .......................................... 65.250,00PIS Despesa Operacional .................................................................................. 1.650,00COFINS Despesa Operacional ........................................................................... 7.600,00Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido..................................... 120.000,00Provisão para o Imposto de Renda .................................................................... 180.000,00

4. Sabendo-se que:

- não havia saldo nas contas de Reservas de Capital;

- valor do capital social integralizado é de R$ 1.000.000,00;

- a conta Reserva Legal, antes da destinação do resultado apurado no exercício apresentava um saldo credor de R$ 185.000,00.

O valor a ser destinado à constituição da reserva legal no referido exercício social, segundo as disposições legais vigentes, é, em R$, de

(A) 10.750,00

(B) 15.000,00

(C) 25.000,00

(D) 25.250,00

(E) 28.750,00

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1.5 Emissão de debêntures - lançamento

1.5.1 AFRF 2005 Enunciado

35-A empresa Capita Tudo S.A. decide modificar sua estrutura de capitais, hoje dependente de recursos de curto prazo, utilizando recursos capitados por meio de debêntures conversíveis em ações. No ato da emissão das debêntures mediante recebimento dos recursos, o lançamento de registro a ser efetuado é:

a) Débito Crédito Bancos Debêntures Exigível a Longo Prazo b) Débito Crédito Bancos Capital Social c) Débito Crédito Debêntures Realizável a

Longo Prazo Bancos

d) Débito Crédito Bancos Debêntures Realizável a Longo Prazo e) Débito Crédito Capital Social Bancos

1.5.2 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) – Debêntures ENUNCIADO

85. O capital circulante líquido não será afetado pelo registro do deságio na emissão de debêntures com resgate de longo prazo, mas será aumentado pela contrapartida de debêntures emitidas.

1.5.3 Analista de Transportes Urbanos – 2008/CESPE – Lei das S/A –

prêmios na emissão de debêntures

Quanto à contabilização dos eventos patrimoniais e a sua correta evidenciação, segundo a Lei n. 6.404/1976 e a legislação complementar, julgue os próximos itens.

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1.6 Grupos patrimoniais - REF

1.6.1 AFRF 2005 Enunciado

39- A Empresa Café Torrado S.A. fecha contrato de aluguel de imóvel que não utiliza mais em seu processo produtivo por 5 anos. A empresa Antecipa Tudo S.A., a qual pagou antecipadamente o valor de $ 3.500.000,00, aceitou constar do contrato, cláusula prevendo a não- devolução de valores em caso de rescisão antecipada. Dessa forma, esses valores devem ser registrados na Empresa Café Torrado S.A., proprietária do imóvel, como

a) Receita de Aluguéis no Grupo de Resultado de Exercícios Futuros.

b) receitas a apropriar no Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo.

c) receitas não-operacionais na Demonstração de Resultados.

d) despesa Antecipada no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo.

e) outras receitas operacionais, na Demonstração de Resultados.

1.7 Correção Monetária do Balanço

1.7.1 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) ENUNCIADO

06- Se o critério de avaliação dos ativos é o custo histórico corrigido, os valores inscritos nas contas de Caixa e Bancos c/ Movimento:

a) não são considerados itens relevantes

b) são ajustados pela média do último trimestre

c) sofrem correção pelo índice cheio do período

d) são tratados como itens não monetários

e) já estão computados em moeda de final de período

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2 Gabarito

Assunto / Concurso-questão Gab.1 Grupos patrimoniais – Passivo Exigível e PL -

1.1 ICMS – Distrito Federal – 2001 (FCC) C1.2 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC A1.3 Gestor Fazendário – ESAF 2005 C1.4 Auditor do Tesouro Municipal - RN elaborada pela ESAF B1.5 INSS/UNB - Classificação do Imposto de Renda CCEEE1.6 INSS/UNB – avaliação de itens patrimoniais CEEEC1.7 Analista de Comércio Exterior / UNB CECEC1.8 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) Provisão para contingências E1.9 Agente Fiscal de Tributos-Teresina – CESPE/2008 - ajuste a valor presente E

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Assunto / Concurso-questão Gab.2 Classificação de contas e grupos patrimoniais

2.1

Técnico de Finanças e Controles – Secretaria de Finanças e Controles (atual Controladoria Geral da União)

D

2.2 Fiscal de Tributos Estaduais – ICMS – Mato Grosso do Sul-MS B2.3 Auditor Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN / 1994 – março E2.4 Técnico de Finanças e Controles – 2001 A2.5 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) B2.6 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) D2.7 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) C2.8 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC A2.9 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) B2.10 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) A2.11 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) E2.12 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) D2.13 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC) C2.14 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) C2.15 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) C2.16 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) A2.17 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) A2.18 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) E2.19 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) E2.20 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) D2.21 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) A2.22 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) A2.23 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) B2.24 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) A2.25 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) C2.26 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) A2.27 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) B2.28 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) C2.29 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) D2.30 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) C2.31 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) A2.32 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) E2.33 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) B2.34 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) E2.35 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) C2.36 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) B2.37 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) D2.38 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) A2.39 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) B2.40 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) A2.41 Polícia Federal / UNB ECECC

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Assunto / Concurso-questão Gab.3 Estrutura do PL -

3.1 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC D3.2 AFRF 2005 – cabe recurso D - anulada3.3 AFRF 2005 B3.4 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) E3.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) D3.6 TRF 4a região - Analista Judiciário - Apoio Especializado - Contadoria – 2001 (FCC) B3.7 TRT 11 REGIÃO - Analista Judiciário - Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC) B3.8 TRE – RJ – 2001 (FCC) C3.9 TRT 24 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2006 (FCC) B3.10 INSS/UNB – Estrutura do PL CCECE3.11 Polícia Federal / UNB CECEC3.12 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) saldo das reservas de lucro E3.13 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de lucro E3.14 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de lucro C3.15 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de capital C3.16 MDIC-Analista de Comércio Exterior – CESPE 2008 - ajustes de avaliação patrimonial E3.17 Agente Fiscal de Tributos-Teresina – CESPE/2008 – Doações E

4 Apuração do valor da Reserva Legal -4.1 Analista de Comércio Exterior – 1998 (ESAF) A4.2 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) A4.3 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC) B

5 Emissão de debêntures - lançamento -5.1 AFRF 2005 A5.2 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) – Debêntures C - recurso5.3 Analista de Transportes Urbanos – 2008/CESPE – prêmios na emissão de debêntures C

6 Grupos patrimoniais - REF -6.1 AFRF 2005 A

7 Correção Monetária do Balanço -7.1 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) E

3 Exercícios de Fixação (Questões de concurso – resolvidas e comentadas)

3.1 Grupos patrimoniais – Passivo Exigível e PL

3.1.1 ICMS – Distrito Federal – 2001 (FCC)

Instruções: Considere somente os dados fornecidos para responder às questões de números 21 a 25.

Em 31/12/2000, os levantamentos contábeis da Cia. Marajó indicavam os seguintes valores:

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Máquinas e Equipamentos..................... Caixa.......................................................... 500,00Capital................................................... 12.000,00Contas a Pagar....................................... 4.100,00Estoque Inicial......................................... 3.500,00Estoque Final.......................................... 5.000,00Contas a Receber................................... 5.000,00Empréstimos de Longo Prazo................. 6.000,00Imóveis (para uso nas operações)........ 12.000,00Impostos a Recolher............................... 1.000,00Resultado do Período............................. 2.750,00Resultado Acumulado (prejuízo)............. 4.500,00Empréstimos a Curto Prazo.................... 5.500,00Provisão para Devedores Duvidosos............ 150,00Depreciação Acumulada......................... 3.000,00Reservas de Capital................................ 2.000,00Investimentos em Controladas............... 3.000,00Aplicações Financeiras de Curto Prazo... 1.500,00Compras no Período............................. 42.000,00

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5.000,00

ENUNCIADO

22. Os totais de recursos de terceiros e recursos próprios são respectivamente:

(A) 6.000 e 22.850

(B) 10.600 e 18.250

(C) 16.600 e 12.250

(D) 16.600 e 6.750

(E) 17.000 e 11.850 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

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(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Essa questão seria uma questão típica de classificação de contas em grupos patrimoniais – para apuração dos respectivos saldos – se não fosse por uma peculiaridade: o vocabulário empregado.

No enunciado são referidas as expressões “recursos de terceiros” e “recursos próprios” e o candidato deve estar apto a reconhecer o significado dessas expressões. Em nosso curso, essas expressões foram objeto de análise, com a apresentação de seu significado: (1) “recursos de terceiros” significa PASSIVO e (2) “recursos próprios” significa PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

Feitas essas considerações, para resolução da questão é necessária a classificação das contas em grupos, mas – antes – é necessária uma providência. O resultado do período que, no procedimento de fechamento do exercício é transferido para a conta LPA, deve ser levado em consideração na apuração do PL.

Classificadas as contas contábeis apresentadas, o patrimônio da empresa fica representado conforme figura abaixo:

Ativo Passivo 1 - Ativo Circulante 1 - Passivo Circulante

Caixa 500,00 Contas a Pagar 4.100,00 Contas a Receber 5.000,00 Impostos a Recolher 1.000,00

(-) Provisão para Devedores Du (150,00) Empréstimos a Curto Prazo 5.500,00

Aplicações Financeiras de Curt 1.500,00

Estoque Final 5.000,00 2 - Ativo Realizável a Longo Prazo 2 - Passivo Exigível a Longo Prazo

- Empréstimos de Longo Prazo 6.000,00

3 - Ativo Permanente ------------------------------------ Patrimônio Líquido

Investimentos em Controladas 3.000,00 Capital 12.000,00 Imóveis (para uso nas operaçõe 12.000,00 Reservas de Capital 2.000,00

Máquinas e Equipamentos 5.000,00 Resultado Acumulado (prejuízo) (4.500,00) (-) Depreciação Acumulada (3.000,00) Resultado do Período 2.750,00

TOTAL 28.850,00 TOTAL 28.850,00

De acordo com a figura acima, o Passivo (recursos de terceiros) alcança o valor de R$ 16.600,00 e o Patrimônio Líquido (recursos próprios) é de R$ 12.250,00 – conforme alternativa (C).

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A título de ilustração, cabe colocar que, conforme veremos na aula de operações com mercadorias, a empresa objeto da questão em tela utiliza o sistema de inventário periódico.

Nesse tipo de controle de inventário, a conta "mercadorias" mantém (durante todo o período) o mesmo saldo - equivalente ao estoque inicial. Somente ao final do período é que, uma vez apurado o CMV, o saldo da conta "mercadorias" é atualizado para conter o valor do estoque final.

Assim, não há que se falar em "conta estoque inicial", mas sim saldo da conta "mercadorias", que - no momento do levantamento do balanço - corresponde ao valor do estoque final.

Em tempo, a apuração do CVM é - de fato - realizada com a utilização da equação fundamental dos estoques ==> CMV (=) Ei + Compras - Ef. Ocorre que, para os fins da questão, esse cálculo é desnecessário (por ter sido informado o próprio resultado do exercício).

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

A Medida Provisória alterou a denominação dos grupos patrimoniais, introduzindo os conceitos de ativo não-circulante passivo não-circulante. Portanto, a classificação dos elementos patrimoniais passaria a ser conforme figura a seguir:

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Ativo Passivo 1 - Ativo Circulante 1 - Pas s ivo Circulante

Caixa 500,00 Contas a Pagar 4.100,00

Contas a Receber 5.000,00 Imp ostos a Recolher 1.000,00

(-) Provisão p ara Devedores Duvidosos (150,00) Emp réstimos a Curto Prazo 5.500,00

Ap licações Financeiras de Curto Prazo 1.500,00

Estoque Final 5.000,00 2 - Ativo não-circulante 2 - Pas s ivo não-circulante

- Emp réstimos de Longo Prazo 6.000,00

------------------------------------ Patrimônio Líquido Investimentos em Controladas 3.000,00 Capital 12.000,00

Imóveis (p ara uso nas op erações) 12.000,00 Reservas de Cap ital 2.000,00

M áquinas e Equip amentos 5.000,00 Resultado Acumulado (prejuízo) (4.500,00)

(-) Dep reciação Acumulada (3.000,00) Resultado do Período 2.750,00

TOTAL 28.850,00 TOTAL 28.850,00

As demais definições teóricas, necessárias à resolução da questão, não foram objeto de modificação específica.

Assim, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (C).

GABARITO

C

3.1.2 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC

ENUNCIADO

2. No que diz respeito a contas e grupo de contas apresentadas no COSIF, plano contábil das instituições do sistema financeiro nacional, são contas APENAS do PASSIVO:

(A) Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Outras Obrigações; Depósitos.

(B) Depósitos; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Outras Obrigações; Despesas de Obrigações por Empréstimos e Repasses.

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(C) Depósitos; Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Despesa Antecipada.

(D) Obrigações por Obrigações Compromissadas; Disponibilidades; Outras Obrigações; Depósitos.

(E) Operações de Crédito; Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Provisão para Passivos Contingentes.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão teórica, de classificação de contas. Em que pese a questão fazer referência ao Cosif (plano de contas de instituições financeiras) e nosso curso não ser destinado ao estudo da contabilidade específica dessas instituições, é possível a resolução da questão apenas com o uso dos conceitos da contabilidade geral. Assim, resolveremos – a seguir – a questão. Para resolução, entretanto, é necessário relembrar as definições dos grandes grupos de contas componentes do sistema de informações contábeis:

(1) Ativo – conjunto de recursos (bens e direitos) constantes do patrimônio

(2) Passivo – conjunto de obrigações

(3) Patrimônio Líquido – diferença entre os recursos e as obrigações (correspondendo ao capital próprio – que a sociedade deve entregar aos próprios sócios até o final de sua existência)

(4) Despesas – motivos pelos quais o patrimônio (recursos (-) obrigações) foi reduzido, em um determinado período de tempo.

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(5) Receitas – motivos pelos quais o patrimônio (recursos (-) obrigações) foi majorado, em um determinado período de tempo.

Vistos os conceitos, vamos – a seguir – analisar cada uma das assertivas e comentar os itens que não se subsumem ao conceito de Ativo.

(A) Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Outras Obrigações; Depósitos.

Ok todas as contas representam obrigações e, portanto, são classificadas no

Passivo. Entretanto, um esclarecimento me parece oportuno; a maioria das provas tratam

de empresas comerciais. Ora, empresas comerciais possuem contas bancárias e, nesse

caso, os depósitos (realizados pelas empresas nas respectivas contas bancárias) consistem

em direitos dessas empresas (classificados no ativo - conta bancos).

No caso, ocorre o contrário, estamos falando da contabilidade de um banco.

Para um banco, quando se fala em depósitos, refere-se a depósitos realizados pelos

clientes. Assim, o banco fica com a obrigação de devolver os valores pelos clientes

depositados.

Esta é a razão para, nesta questão, ter considerado "depósitos" como passivo.

(B) Depósitos; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Outras Obrigações; Despesas de Obrigações por Empréstimos e Repasses.

Aplicações Interfinanceiras de Liquidez caracterizam direitos e, portanto,

devem ser classificadas no ativo. Despesas de Obrigações por Empréstimos e Repasses

são motivos pelos quais o patrimônio fica reduzido e, portanto, devem ser classificadas

como despesas.

(C) Depósitos; Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Despesa Antecipada.

Despesa Antecipada caracteriza um direito e, portanto, deve ser classificada no

Ativo.

(D) Obrigações por Obrigações Compromissadas; Disponibilidades; Outras Obrigações; Depósitos.

Disponibilidades são direitos e, portanto, devem ser classificadas no Ativo.

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(E) Operações de Crédito; Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Provisão para Passivos Contingentes.

Operações de Crédito correspondem a empréstimos concedidos e, assim,

caracterizam o direito de exigir seu pagamento. Portanto, essa conta deve ser classificada no

Ativo.

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

No Pronunciamento Conceitual Básico, os conceitos de Ativo, Passivo e PL são corroborados, especificamente no item 50, a seguir:

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:

a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.

b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

Os conceitos de Receita e Despesa também são corroborados no referido pronunciamento, no item 71, abaixo:

Receitas e despesas são definidas como segue:

a) Receitas - são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de contribuição dos proprietários da entidade; e

b) Despesas - são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade.

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Pelo que está acima apresentado, percebe-se que os conceitos teóricos necessários à resolução da questão não foram objeto de modificação. Assim, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

A

3.1.3 Gestor Fazendário – ESAF 2005 Enunciado

4. O balancete de verificação da Cia. Beta, em 31/12/X4, era composto pelos saldos das seguintes contas: Caixa R$ 15.000,00 Máquinas e Equipamentos R$ 60.000,00 Vendas de Mercadorias R$ 70.000,00 Mercadorias R$ 20.000,00 Receitas Diversas R$ 4.000,00 Compras de Mercadorias R$ 50.000,00 Clientes R$ 40.000,00 Fornecedores R$ 30.000,00 Salários e Ordenados R$ 11.000,00 Despesas de aluguel R$ 13.000,00 Lanches e Refeições R$ 2.000,00 Capital Social ######### Condução e Transporte R$ 3.000,00 Lucros Acumulados R$ 14.000,00 Despesas de Juros R$ 4.000,00

Observações: 1. O estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 15.000,00.

2. O salário de dezembro de X4, no valor de R$ 1.000,00, será pago somente em janeiro de X5.

3. Dos aluguéis pagos em X4, R$ 2.000,00 referem-se a despesas de janeiro de X5.

4. Não há implicações de ordem fiscal ou tributária.

Ao elaborar as demonstrações financeiras do exercício findo em 31/12/X4, depois de feitos os ajustes necessários à observância do princípio contábil da Competência, vamos encontrar, no Balanço Patrimonial, o grupo Patrimônio Líquido no valor de

a) R$ 99.000,00

b) R$ 100.000,00

c) R$ 101.000,00

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d) R$ 102.000,00

e) R$ 114.000,00

Resolução e comentários

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Pelas informações do enunciado, há algumas observações necessárias, que devem ser feitas para resolução da questão sem maiores problemas:

(1) há apresentação de contas intermediárias - que não figuram no balanço patrimonial - é o caso da conta compras. Repare, entretanto, que é dado o saldo final da conta mercadorias e, portanto, é possível calcular o estoque final e o CMV;

(2) há indicação de que as despesas e receitas foram registradas pelo regime de caixa e que será necessário fazer atualizações desses valores para encontrar o efetivo lucro (pelo regime de competência) e o PL final. Repare que os ajustes devem ser - tão somente - aqueles relativos aos itens 3. e 4. (respectivamente, salários e aluguéis).

Feitas as observações, vamos à resolução:

Primeiramente, calculamos o CMV e o estoque final

CMV = Ei + Compras – Ef

Ei = conta mercadorias = 20.000,00

(+) Compras de mercadorias = 50.000,00

(-) Ef = Saldo final dos estoques avaliados = (15.000,00)

(=) CMV = 55.000,00

Em seguida, vamos atualizar o valor das despesas com salários. Está dito que os salários somente serão pagos no ano seguinte. Assim, pelo

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regime de caixa, ainda não terá sido pago qualquer salário no final deste ano. Ocorre que, pelo regime de competência, esse valor deverá ser mandatoriamente registrado como despesa do período. O lançamento é o seguinte:

D = Despesa com salários

C = a Salários a pagar 1.000,00

Finalmente, vamos atualizar o valor das despesas de aluguel. Está dito que o aluguel - já pago - se refere ao ano seguinte. Ora, pelo regime de caixa já deve ter sido registrada uma despesa, mas pelo regime de competência essa despesa ainda não ocorreu. Assim, é necessário retificar a despesa, reconhecendo o pagamento adiantado do aluguel. O lançamento é o seguinte:

D = Aluguéis antecipados

C = a despesa com aluguéis 2.000,00

Agora sim, podemos apresentar o balancete atualizado.

Ativo Passivo Caixa R$ 15.000,00 Fornecedores R$ 30.000,00

aluguéis antecipados R$ 2.000,00 Salários a pagar R$ 1.000,00

Máquinas e Equipamentos R$ 60.000,00 Clientes R$ 40.000,00 -----------------PLMercadorias R$ 15.000,00 Capital Social #########

Lucros Acumulados R$ 14.000,00

Despesa Receita CMV R$ 55.000,00 Receitas Diversas R$ 4.000,00

Salários e Ordenados R$ 12.000,00 Vendas de Mercadorias R$ 70.000,00

Despesas de aluguel R$ 11.000,00

Lanches e Refeições R$ 2.000,00

Condução e Transporte R$ 3.000,00

Despesas de Juros R$ 4.000,00

R$ 219.000,00 #########

Ativo R$ 132.000,00

(-) passivo (R$ 31.000,00)

(=) PL R$ 101.000,00

PL inicial R$ 114.000,00

(+) Receitas R$ 74.000,00

(-) Despesas (R$ 87.000,00)

(=) PL final R$ 101.000,00

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que o PL alcança o valor de R$ 101.000,00, conforme alternativa (C).

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

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Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entretanto, os conceitos necessários à resolução da questão em tela não foram alterados. Assim, conclui-se que a resposta certa continua sendo a alternativa (C).

Gabarito

C

3.1.4 Auditor do Tesouro Municipal - RN elaborada pela ESAF Enunciado

A firma Celta & Cia. Ltda. aplicou seu capital inicial da seguinte forma:

- 40% em máquinas compradas a vista por R$ 3.500,00,

- uma nota promissória emitida por um de seus sócios no valor de R$ 3.000,00 e

- o restante em moeda corrente do País.

Em seguida, essa empresa:

- comprou mercadorias da Casa São Benedito, conforme Nota Fiscal no 2.315. O preço de compra foi de R$ 3.000,00. A Casa São Benedito obteve lucro de 20% nessa transação. A Celta pagou entrada de 20%, assinando duplicata pelo valor restante;

- vendeu mercadorias por R$ 1.900,00, conforme Notas Fiscais de nos 002 a 049, recebendo como entrada apenas 40% do total; - pagou impostos e taxas no valor de R$400,00;

- registrou salários e respectivos encargos no valor bruto de R$ 900,00, para pagamento no mês seguinte;

- registrou a baixa do estoque no valor de R$ 1.300,00, referente ao custo das vendas.

Ao final da gestão acima transcrita a empresa terá apurado:

a) capital aplicado de R$ 8.750,00

b) capital próprio de R$ 8.050,00

c) capital alheio de R$ 3.780,00

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d) rédito bruto de R$ 700,00

e) rédito líquido de R$ 600,00 Resolução e comentários:

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

(1) cálculo do capital inicial

40% x capital inicial = 3500 (máquinas compradas à vista)

capital inicial = 3500 / 40% = 8750

(2) cálculo do valor do capital inicial realizado em moeda

capital inicial 8750

(-) máquinas compradas (3500)

(-) empréstimo aos sócios (3000)

(=) valor em moeda aplicado no caixa 2250

lançamento

D = diversos

C = a capital 8750

D = caixa 2250

D = máquinas 3500

D = empréstimos a sócios 3000

(3) registro da compra de mercadoria

D = estoque 3.000

C = a diversos

C = a caixa 600

C = a fornecedores 2400

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(4) registro da venda de mercadorias

D = diversos

C = a RBV 1.900,00

D = caixa 760

D = clientes 1140

...

D = despesa com tributos

C = a caixa 400

(5) registro de salários e encargos

D = despesa com salários

C = a salários a pagar 900

(6) reconhecimento do custo da venda

D = CMV

C = a Estoque 1300

Bem, calculados os valores e registrados os lançamentos, podemos apresentar um balancete da Companhia.

Ativo Pas s ivo caixa 2.010,00 fornecedores 2.400,00 emprés timos a s ócios 3.000,00 -máquinas 3.500,00 s alários a pagar 900,00es toque 1.700,00 clientes 1.140,00 -------------PL

capital 8.750,00

Des pes a Receita

CMV 1.300,00 RBV 1.900,00des p c trib 400,00 des p com s alários 900,00 total 13.950,00 13.950,00

capital aplicado 11.350,00 ativo capital próprio 8.050,00 PL ==> A (-) P capital alheio 3.300,00 pas s ivo rédito bruto 200,00 lucro bruto rédito líquido (700,00) lucro líquido

Pelo que foi acima apresentado, o capital próprio (PL) corresponde a R$ 8.050,00. Assim, verifica-se que a alternativa certa é a de letra B

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

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Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entretanto, os conceitos necessários à resolução da questão em tela não foram alterados. Assim, conclui-se que a resposta certa continua sendo a alternativa (B).

Gabarito

B

3.1.5 INSS/UNB – CLASSIFICAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

ENUNCIADO

As empresas mercantis devem preparar as demonstrações contábeis em cada período, nelas contemplando o valor correspondente ao imposto sobre a renda. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir:

(1) No balanço, o imposto sobre a renda pode ser apresentado no ativo e no passivo, simultaneamente;

(2) O imposto sobre a renda pode ser um passivo circulante ou um passivo a longo prazo.

(3) O imposto sobre a renda, se classificável no ativo, será registrado sempre no circulante e nunca no realizável a longo prazo.

(4) Pelas normas fiscais, o valor do imposto sobre a renda provisionado em despesa em um determinado período não pode ser afetado por uma despesa considerada como não dedutível, em condições permanentes, que tenha influenciado na determinação do lucro líquido do período.

(5) o valor do imposto sobre a renda de ajuste de exercícios anteriores deve ser reconhecido como resultado do exercício em que o ajuste foi contabilizado.

Resolução e Comentários

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários

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de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda o conhecimento das contas: (1) imposto de renda a compensar (AC), (2) imposto de renda a compensar (ARLP), (3) provisão para IR (PC), (4) provisão para IR (PELP) e provisão para IR – despesa.

A seguir, analisaremos, em separado, cada uma das assertivas:

As empresas mercantis devem preparar as demonstrações contábeis em cada período, nelas contemplando o valor correspondente ao imposto sobre a renda. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir:

(1) No balanço, o imposto sobre a renda pode ser apresentado no ativo e no passivo, simultaneamente;

Certo.

No ativo, temos situações que permitem o não pagamento de imposto de renda

no futuro, devido a recolhimentos já efetuados (decorrentes de antecipações ou de direito

de redução futura da base de cálculo do tributo). Esses direitos podem ter condições para

sua realização (ou seja, podem não ser imediatamente aproveitáveis). Um exemplo dessa

situação é o de prejuízos fiscais acumulados, que implicam o direito de dedução de tributo

a ser devido no futuro.

Assim, resta possível a existência de direitos futuros de pagar menos imposto.

Ao mesmo tempo, pode ocorrer que no período, a pessoa jurídica tenha tido

lucro tributável e tenha a obrigação de recolher imposto em um determinado prazo.

Ora, tendo a obrigação de recolhimento em um prazo e o direito de pagar

menos em outro, pode figurar no BP – ao mesmo tempo – ativo e passivo relativo ao IRPJ.

(2) O imposto sobre a renda pode ser um passivo circulante ou um passivo a longo prazo.

Certo.

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Dependendo do caso, o aumento patrimonial (renda) será imediatamente

tributado ou de forma diferida. Um exemplo de diferimento da tributação de um aumento

de patrimônio é o das antigas reavaliações (que, de acordo com a Lei n° 11.638, de 2007,

não mais podem ser realizadas, mas que, ainda hoje, podem figurar nos balanços

patrimoniais). Ora, o aumento patrimonial decorrente da reavaliação não é

imediatamente tributável, somente na proporção da realização do bem reavaliado. Assim,

ele enseja um passivo de longo prazo.

Outros resultados – que também aumentam o patrimônio – podem ser

imediatamente tributados, como, por exemplo, o lucro de venda de mercadorias.

Assim, a obrigação de recolhimento do IRPJ pode ser tanto de curto (PC)

quanto de longo (PELP) prazos.

(3) O imposto sobre a renda, se classificável no ativo, será registrado sempre no circulante e nunca no realizável a longo prazo.

Errado.

Conforme já colocado, o imposto de renda a compensar pode ser realizável a

longo prazo. O exemplo é o de prejuízos fiscais a compensar com o imposto devido de

períodos posteriores. Assim, o direito pode ser classificado no ARLP.

(4) Pelas normas fiscais, o valor do imposto sobre a renda provisionado em despesa em um determinado período não pode ser afetado por uma despesa considerada como não dedutível, em condições permanentes, que tenha influenciado na determinação do lucro líquido do período.

Errado.

A base de cálculo do IRPJ é o lucro real (lucro contábil, ajustado por adições,

exclusões e compensações). As adições referem-se às despesas contabilmente

reconhecidas porém não dedutíveis – esse é o caso das despesas não necessárias à

manutenção da fonte produtiva (ex. cabeleireiro da esposa do sócio). Assim, no caso de

uma despesa não dedutível, a despesa de IRPJ não será proporcional ao lucro líquido do

período, mas será influenciada (afetada) pela adição da despesa indedutível.

(5) o valor do imposto sobre a renda de ajuste de exercícios anteriores deve ser reconhecido como resultado do exercício em que o ajuste foi contabilizado.

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Errado.

Os ajustes de exercícios anteriores são devidos – geralmente – a erros

ocorridos em exercícios anteriores (podem também derivar de mudança de critério

contábil, mas o exemplo de erro é mais didático para análise da questão). Assim, no

período anterior, a empresa deixou de registrar uma receita de venda de mercadoria

tributável. Ora, isso logrou reduzir o valor do lucro registrado no valor da venda,

deduzido do respectivo custo. Mas não é só isso, o tributo proporcionalmente relativo a

essa venda também não foi registrado e, assim, os ajustes de exercícios anteriores

compõem:

- o montante da receita de venda que havia deixado de ser registrada

tempestivamente;

- o montante do custo da venda que havia deixado de ser registrada

tempestivamente;

- o montante do tributo sobre o lucro da venda que havia deixado de ser

registrada tempestivamente.

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Saliente-se que, com a edição da Medida Provisória n° 449, de 2008, a nomenclatura dos grupos patrimoniais do balanço patrimonial foi alterada, notadamente nos seguintes casos: (a) passivo exigível a longo prazo passivo não-circulante e (b) ativo realizável a longo prazo ativo não-circulante, subgrupo ativo realizável a longo prazo.

Considerando essas alterações, realizaremos – a seguir – o comentário das assertivas da questão:

(1) No balanço, o imposto sobre a renda pode ser apresentado no ativo e no passivo, simultaneamente;

Certo.

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No ativo, temos situações que permitem o não pagamento de imposto de renda

no futuro, devido a recolhimentos já efetuados (decorrentes de antecipações ou de direito

de redução futura da base de cálculo do tributo). Esses direitos podem ter condições para

sua realização (ou seja, podem não ser imediatamente aproveitáveis). Um exemplo dessa

situação é o de prejuízos fiscais acumulados, que implicam o direito de dedução de tributo

a ser devido no futuro.

Assim, resta possível a existência de direitos futuros de pagar menos imposto.

Ao mesmo tempo, pode ocorrer que no período, a pessoa jurídica tenha tido

lucro tributável e tenha a obrigação de recolher imposto em um determinado prazo.

Ora, tendo a obrigação de recolhimento em um prazo e o direito de pagar

menos em outro, pode figurar no BP – ao mesmo tempo – ativo e passivo relativo ao IRPJ.

(2) O imposto sobre a renda pode ser um passivo circulante ou um passivo a longo prazo.

Certo.

Dependendo do caso, o aumento patrimonial (renda) será imediatamente

tributado ou de forma diferida. Um exemplo de diferimento da tributação de um aumento

de patrimônio é o das antigas reavaliações (que, de acordo com a Lei n° 11.638, de 2007,

não mais podem ser realizadas, mas que, ainda hoje, podem figurar nos balanços

patrimoniais). Ora, o aumento patrimonial decorrente da reavaliação não é

imediatamente tributável, somente na proporção da realização do bem reavaliado. Assim,

ele enseja um passivo não-circulante.

Outros resultados – que também aumentam o patrimônio – podem ser

imediatamente tributados, como, por exemplo, o lucro de venda de mercadorias.

Assim, a obrigação de recolhimento do IRPJ pode ser tanto de curto (Passivo

Circulante) quanto de longo (Passivo não-circulante) prazos.

(3) O imposto sobre a renda, se classificável no ativo, será registrado sempre no circulante e nunca no realizável a longo prazo.

Errado.

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Conforme já colocado, o imposto de renda a compensar pode ser realizável a

longo prazo. O exemplo é o de prejuízos fiscais a compensar com o imposto devido de

períodos posteriores. Assim, o direito pode ser classificado no ativo não-circulante,

subgrupo ARLP.

(4) Pelas normas fiscais, o valor do imposto sobre a renda provisionado em despesa em um determinado período não pode ser afetado por uma despesa considerada como não dedutível, em condições permanentes, que tenha influenciado na determinação do lucro líquido do período.

Errado.

A base de cálculo do IRPJ é o lucro real (lucro contábil, ajustado por adições,

exclusões e compensações). As adições referem-se às despesas contabilmente

reconhecidas porém não dedutíveis – esse é o caso das despesas não necessárias à

manutenção da fonte produtiva (ex. cabeleireiro da esposa do sócio). Assim, no caso de

uma despesa não dedutível, a despesa de IRPJ não será proporcional ao lucro líquido do

período, mas será influenciada (afetada) pela adição da despesa indedutível.

(5) o valor do imposto sobre a renda de ajuste de exercícios anteriores deve ser reconhecido como resultado do exercício em que o ajuste foi contabilizado.

Errado.

Os ajustes de exercícios anteriores são devidos – geralmente – a erros

ocorridos em exercícios anteriores (podem também derivar de mudança de critério

contábil, mas o exemplo de erro é mais didático para análise da questão). Assim, no

período anterior, a empresa deixou de registrar uma receita de venda de mercadoria

tributável. Ora, isso logrou reduzir o valor do lucro registrado no valor da venda,

deduzido do respectivo custo. Mas não é só isso, o tributo proporcionalmente relativo a

essa venda também não foi registrado e, assim, os ajustes de exercícios anteriores

compõem:

- o montante da receita de venda que havia deixado de ser registrada

tempestivamente;

- o montante do custo da venda que havia deixado de ser registrada

tempestivamente;

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- o montante do tributo sobre o lucro da venda que havia deixado de ser

registrada tempestivamente.

Os demais conceitos teóricos necessários à resolução da presente questão não foram alterados. Depreende-se, assim, que as conclusões apresentadas nos comentários acima continuam válidas.

Gabarito

CCEEE

3.1.6 INSS/UNB – avaliação de itens patrimoniais

ENUNCIADO

Quanto aos critérios de avaliação patrimonial que devem ser observados na contabilização dos ativos e passivos, julgue os itens abaixo:

(1) Os valores mobiliários mantidos temporariamente no ativo devem ser avaliados ao custo de aquisição, atualizado pelos juros ou pela correção transcorridos, e reduzidos ao valor de mercado, se esse for menor.

(2) Os estoques devem ser avaliados pelo valor de mercado.

(3) Os investimentos relevantes em coligadas e controladas devem ser avaliados ao custo, mais correção monetária, ajustados pelo método de equivalência patrimonial.

(4) Outros investimento, que não os feitos em coligadas e controladas, devem ser avaliados pelo valor de mercado, destacando contabilmente o ágio ou o deságio na aquisição.

(5) Os resultados de exercícios futuros devem ser demonstrados pela diferença entre receitas e custos ou despesas correspondentes.

Resolução e Comentários

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria

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aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

(1) Os valores mobiliários mantidos temporariamente no ativo devem ser avaliados ao custo de aquisição, atualizado pelos juros ou pela correção transcorridos, e reduzidos ao valor de mercado, se esse for menor.

Certo.

Esta era exatamente a redação do art. 183 da Lei das S/A à época do concurso,

conforme a seguir:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos;

(2) Os estoques devem ser avaliados pelo valor de mercado. Errado.

Os estoques devem ser avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão

para ajuste ao valor de mercado, exceto no caso de estoques agrícolas, que podem ser

avaliados pelo valor de mercado caso esse seja o costume, nos seguintes termos:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

...

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

...

§ 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de

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mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

(3) Os investimentos relevantes em coligadas e controladas devem ser avaliados ao custo, mais correção monetária, ajustados pelo método de equivalência patrimonial.

Errado, mas o gabarito oficial foi CERTO.

Ora, nem todos os investimentos relevantes em controladas eram ajustados pelo

método da equivalência patrimonial, apenas aqueles em que houvesse influência ou

participação de no mínimo 20%, conforme redação anterior (vigente à época do concurso)

do art. 248 da Lei das S/A:

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos relevantes (artigo 247, parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes normas:

(4) Outros investimento, que não os feitos em coligadas e controladas, devem ser avaliados pelo valor de mercado, destacando contabilmente o ágio ou o deságio na aquisição.

Errado.

Não há previsão de registro de ágio ou de deságio nos investimentos avaliados

pelo custo de aquisição – somente nos avaliados pela equivalência patrimonial.

(5) Os resultados de exercícios futuros devem ser demonstrados pela diferença entre receitas e custos ou despesas correspondentes.

Certo.

Essa é a redação do art. 181 da Lei das S/A:

Resultados de Exercícios Futuros

Art. 181. Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e

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pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

(1) Os valores mobiliários mantidos temporariamente no ativo devem ser avaliados ao custo de aquisição, atualizado pelos juros ou pela correção transcorridos, e reduzidos ao valor de mercado, se esse for menor.

De acordo com o gabarito à época do concurso, Certo.

Esta era exatamente a redação do art. 183 da Lei das S/A à época do concurso,

conforme a seguir:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos;

Nota de atualização

Após o concurso, no âmbito do processo de convergência das práticas contábeis

brasileiras aos padrões internacionais, a Lei das S/A foi alterada e o inciso I do art. 183

passou a ter a seguinte redação:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos;

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

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a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Assim, com a redação atual, a assertiva estaria errada.

(2) Os estoques devem ser avaliados pelo valor de mercado. Errado.

Os estoques devem ser avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão

para ajuste ao valor de mercado, exceto no caso de estoques agrícolas, que podem ser

avaliados pelo valor de mercado caso esse seja o costume, nos seguintes termos:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

...

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

...

§ 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

(3) Os investimentos relevantes em coligadas e controladas devem ser avaliados ao custo, mais correção monetária, ajustados pelo método de equivalência patrimonial.

Errado, mas o gabarito oficial foi CERTO.

Ora, nem todos os investimentos relevantes em controladas eram ajustados pelo

método da equivalência patrimonial, apenas aqueles em que houvesse influência ou

participação de no mínimo 20%, conforme redação anterior (vigente à época do concurso)

do art. 248 da Lei das S/A:

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos relevantes (artigo 247, parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha

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influência, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes normas:

Nota de atualização

Ocorre que, com a alteração do artigo em questão (pela Medida Provisória n° 449, de 2008), todos os investimentos em coligadas serão ajustados pelo método da equivalência patrimonial, conforme abaixo:

Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos relevantes (artigo 247, parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes normas:

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Assim, verifica-se que, com e alteração normativa, a assertiva passou a estar de acordo com o gabarito oficial, não mais se aplicando ao caso qualquer recurso.

(4) Outros investimento, que não os feitos em coligadas e controladas, devem ser avaliados pelo valor de mercado, destacando contabilmente o ágio ou o deságio na aquisição.

Errado.

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Não há previsão de registro de ágio ou de deságio nos investimentos avaliados

pelo custo de aquisição – somente nos avaliados pela equivalência patrimonial.

(5) Os resultados de exercícios futuros devem ser demonstrados pela diferença entre receitas e custos ou despesas correspondentes.

O gabarito oficial à época era: Certo.

Essa era a redação do art. 181 da Lei das S/A:

Resultados de Exercícios Futuros

Art. 181. Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.

Ocorre que o grupo REF foi extinto pela Medida Provisória n° 449, de 2008, o

que torna a assertiva Errada.

Gabarito

CEEEC

3.1.7 Analista de Comércio Exterior / UNB

ENUNCIADO

Julgue os itens a seguir, a respeito de balanço patrimonial:

(1) No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados.

(2) O passivo será composto apenas dos seguintes grupos: a) passivo circulante; b) passivo exigível a longo prazo; c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de realização, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

(3) Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

(4) No ativo circulante, serão registrados apenas as disponibilidades e os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente.

(5) Serão registrados no ativo realizável a longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.

Resolução e Comentários

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Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

A questão trata da definição de itens patrimoniais. Para sua resolução, analisaremos – em separado – cada uma das assertivas do enunciado, a seguir:

(1) No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados.

Certo. Conforme disposto no art. 178 da Lei das S/A:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

(2) O passivo será composto apenas dos seguintes grupos: a) passivo circulante; b) passivo exigível a longo prazo; c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de realização, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

Errado, faltam os resultados de exercícios futuros, previstos no art. 178 da Lei

das S/A:

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

a) passivo circulante;

b) passivo exigível a longo prazo;

c) resultados de exercícios futuros;

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

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(3) Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

Certo. Conforme disposto no art. 178 da Lei das S/A:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

...

§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

(4) No ativo circulante, serão registrados apenas as disponibilidades e os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente.

Errado, faltam as despesas do exercício seguinte, previstas no art. 179 da Lei

das S/A:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

(5) Serão registrados no ativo realizável a longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.

Certo. Conforme disposto no art. 179 da Lei das S/A:

...

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a

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Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Assim, a seguir, analisaremos as assertivas à luz da legislação atualizada.

(1) No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados.

Certo. Conforme disposto no art. 178 da Lei das S/A:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

(2) O passivo será composto apenas dos seguintes grupos: a) passivo circulante; b) passivo exigível a longo prazo; c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de realização, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

A assertiva estava errada porque faltava referência aos resultados de exercícios

futuros, previstos no art. 178 da Lei das S/A:

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

a) passivo circulante;

b) passivo exigível a longo prazo;

c) resultados de exercícios futuros;

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

Nota de atualização. Com a alteração da Lei das S/A:

- os resultados de exercícios futuros foram extintos

- a estrutura interna do PL também mudou, de acordo com a alínea d do art. 178 § 2o, para

saída do grupo de reservas de reavaliação, inclusão dos ajustes de avaliação patrimonial e

alteração da denominação dos lucros ou prejuízos acumulados, para prejuízos

acumulados.

A seguir, a redação nova do dispositivo:

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reservas de capital,reservas de lucros,

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§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

a) passivo circulante;

b) passivo exigível a longo prazo;

c) resultados de exercícios futuros;

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

I - passivo circulante; (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

II - passivo não-circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

III - patrimônio líquido, dividido em capital social, ajustes de avaliação patrimonial, ações em tesouraria e prejuízos

acumulados. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) Repare que a assertiva continua errada, porém por outro motivo, qual seja, a alteração da

estrutura do PL.

(3) Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

Certo. Conforme disposto no art. 178 da Lei das S/A:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

...

§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

(4) No ativo circulante, serão registrados apenas as disponibilidades e os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente.

Errado, faltam as despesas do exercício seguinte, previstas no art. 179 da Lei

das S/A:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

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(5) Serão registrados no ativo realizável a longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.

A Assertiva estava considerada certa. Conforme disposto no art. 179 da Lei das

S/A:

...

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;

Nota de atualização. Com a alteração da Lei das S/A decorrente da edição da Medida Provisória n° 449, de

2008, o ativo realizável a longo prazo passou a ser considerado subgrupo do ativo não-

circulante, sem que – com isso – seu conteúdo tenha sido alterado. Portanto, a assertiva

continua certa.

Gabarito

CECEC

3.1.8 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) Provisão para contingências ENUNCIADO

90. O registro da provisão para contingências judiciais aumenta o capital circulante líquido e reduz o resultado do exercício. O pagamento das provisões já contabilizadas não afetará o capital circulante líquido.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na

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legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

A resolução da presente questão demanda o conhecimento dos conceitos atinentes ao CCL e às provisões para contingências.

I – conceitos iniciais

(a) definição de capital circulante líquido – CCL

O Capital Circulante Líquido – CCL – é definido como a diferença entre o Ativo Circulante (AC) e o Passivo Circulante (PC)1, conforme a seguir representado:

1 O CCL, conceituado como a diferença de valores entre o AC e o PC, é utilizado para evidenciar a “folga de curto prazo” – aquilo que sobra para a entidade, considerando seus recursos realizáveis no curto prazo, depois do pagamento das obrigações de curto prazo. Importante lembrar que este é um conceito eminentemente financeiro, pois o fato de haver CCL positivo (folga de curto prazo) não significa, necessariamente, que a empresa seja lucrativa, ou vice-versa.

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CCL (=) AC (-) PC

Ativo Passivo AC PC ==> AC - PC = CCL

------------------------------ ------------------------------ ARLP PELP

------------------------------ ------------------------------ A. PERM REF

-------------- INV -------------- Patrimônio Líquido IMOB CAP -------------- -------------- INTANG RES CAP -------------- -------------- DIF RES REAV/AJUSTES AV PAT

-------------- RES LUCRO -------------- LUCRO ACUM

Despesas Receitas

(b) provisão para contingências

As provisões propriamente ditas são valores que afetam negativamente a situação líquida. As provisões são constituídas em obediência aos princípios contábeis da prudência de da competência.

Sobre o conceito de provisão, didaticamente propomos o entendimento desse conceito como uma perda na penumbra. Isso porque uma perda ocorrida na penumbra é uma perda que ocorreu (ninguém pode imaginar que, apenas pelo fato de que, na penumbra, não se pode identificar com certeza o tamanho da perda, ela não tenha ocorrido), mas que somente quando for acesa a luz, será possível saber exatamente o tamanho da perda.

Foram apresentados exemplos de provisões registradas em contas retificadoras do ativo (registrando perdas específicas nos elementos do ativo – retificados). Ocorre que há perdas que alcançam todo o patrimônio e não apenas um determinado bem; essas perdas devem ser registradas em conta de passivo (por consistirem em um ônus que todo o patrimônio tem a obrigação de suportar). São exemplos dessas provisões as “Provisões para riscos fiscais” e “Provisões para riscos trabalhistas”.

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Essas provisões, denominadas genericamente provisões para contingências2, são classificadas no passivo circulante (ou no passivo exigível a longo prazo) e referem-se a perdas relativas a eventos já ocorridos, cujos efeitos envolvem relativa incerteza.

Por exemplo, seja uma ação judicial movida por trabalhadores – contra a empresa – reivindicando o pagamento de um determinado adicional por atividades desenvolvidas no ano anterior. Ora, nesse caso, a perda é relativa a um evento que já ocorreu, mas não se sabe, com certeza, o exato valor a ser pago. Assim, cabe (por prudência) registrar essa perda no valor mais realista possível.

O lançamento é o seguinte:

D = despesa com provisões (resultado)

C = a provisão para contingências (PC)

II – análise da questão

O lançamento acima revela que a constituição dessa provisão reduz o resultado e também reduz o CCL (pelo aumento do PC). Ao contrário, no enunciado, é referido que a constituição dessa provisão aumentaria o CCL; portanto, conclui-se que a assertiva está errada.

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu a alteração da Lei das S/A pela Medida Provisória n° 449, de 2008.

Nessa alteração, a denominação de grupos do balanço patrimonial foi alterada, assim, a seguir, apresentamos a estrutura do balanço conforme a nova legislação:

2 Não confundir essas provisões com as “Reservas de contingências”, assunto a ser estudado adiante (no item que trata do Patrimônio Líquido), quando analisaremos as diferenças e peculiaridades destes dois conceitos.

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CCL (=) AC (-) PC

Ativo Passivo AC PC ==> AC - PC = CCL

------------------------------ ------------------------------ A. NC PNC

-------------- ARLP -------------- INV -------------- Patrimônio Líquido IM OB CAP -------------- -------------- INTANG RES CAP

-------------- RES REAV/AJUSTES AV PAT -------------- RES LUCRO -------------- LUCRO ACUM

Desp esas Receitas

Em que pese a alteração acima, os demais conceitos teóricos necessários à resolução da questão não foram alterados, o que permite concluir que o gabarito da questão não fica modificado.

GABARITO

90 E

3.1.9 Agente Fiscal de Tributos-Teresina – CESPE/2008 - ajuste a valor presente ENUNCIADO

133. No Brasil, os juros embutidos nas vendas a prazo são destacados da receita bruta e contabilizados como receita financeira. O fato de sua apropriação estar em consonância com o prazo entre a realização da receita e o vencimento da obrigação do cliente decorre da adoção do regime de competência.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

A questão trata da técnica de ajuste a valor presente. Com efeito, ela foi introduzida para separar o resultado de operações dos juros nelas embutidos. Ocorre que, no Brasil, esse ajuste não é aplicável a toda e qualquer venda a prazo, mas sim para (a) as operações de longo prazo e (b) outras que sejam relevantes, nos termos dos arts. 183 e 184 da lei das S/A, a seguir reproduzidos, em parte:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

...

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:

...

III – as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Por essas razões, verifica-se que a assertiva está errada.

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu a alteração da Lei das S/A pela Medida Provisória n° 449, de 2008.

A medida Provisória n° 449, de 2008, não alterou os conceitos necessários à resolução da questão, porém – como houve alteração da nomenclatura dos grupos do balanço patrimonial – o anteriormente

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referido passivo exigível a longo prazo, deverá ser entendido como passivo não-circulante, nos termos do art. 184, III da Lei das S/A, com a redação dada pela Medida Provisória n° 449, de 2008, a seguir:

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:

...

III - as obrigações sujeitas à correção monetária serão atualizadas até a data do balanço.

III – as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

III - as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não-circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Mesmo com a alteração acima referida, o gabarito da questão continua sendo Errado.

GABARITO

133 E

3.2 Classificação de contas e grupos patrimoniais

3.2.1 Técnico de Finanças e Controles - Controladoria Geral da União Enunciado

A empresa Júpiter S/A promoveu a contabilização completa de seu atos e fatos administrativos, mas o Contador, quando mandou levantar o balancete de verificação, nele não incluiu as seguintes contas e respectivos saldos:

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Ações em Tesouraria 600,00 Amortização acumulada 160,00 Capital a Realizar 800,00 Depreciação Acumulada 450,00 Duplicatas descontadas 400,00 Prejuízos acumulados 110,00 Provisão p/ FGTS 222,00 Provisão p/ Férias 111,00 Provisão p/ Créditos de liquidação duvidosa 200,00 Provisão para Imposto de Renda 500,00 Provisão para Perdas em investimentos 300,00 Provi. P/ ajuste ao Preço de Mercado 100,00

A inclusão das contas acima e respectivos saldos, já contabilizados, na montagem estrutural das demonstrações contábeis provocará todas as alterações abaixo, exceto:

a) os saldos devedores aumentarão em R$ 1.510,00

b) os saldos credores aumentarão em R$ 2.443,00

c) o Ativo permanente ficará reduzido em R$ 910,00

d) o Passivo Circulante ficará aumentado em R$ 433,00

e) o Ativo Circulante ficará reduzido em R$ 700,00

Resolução e comentários

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

A resolução da presente questão demanda a classificação das contas acima relacionadas em contas de AC, AP, PC, PELP, PL (inclusive, quando retificadora, trocando-se o sinal) e a respectiva natureza (credora ou devedora), conforme tabela abaixo:

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conta s aldo AC AP PC PELP PL s . devedor s .credorAções em Tes ouraria 600,00 (600,00) 600,00Amortização acumulada 160,00 (160,00) 160,00Capital a Realizar 800,00 (800,00) 800,00Depreciação Acumulada 450,00 (450,00) 450,00Duplicatas des contadas 400,00 (400,00) 400,00Prejuízos acumulados 110,00 (110,00) 110,00Provis ão p/ FGTS 222,00 222,00 222,00Provis ão p/ Férias 111,00 111,00 111,00Provis ão p/ Créditos de liquidação duvidos a 200,00 (200,00) 200,00Provis ão para Impos to de Renda 500,00 500,00 500,00Provis ão para Perdas em inves timentos 300,00 (300,00) 300,00Provi. P/ ajus te ao Preço de Mercado 100,00 (100,00) 100,00totais 3.953,00 (700,00) (910,00) 833,00 - (1.510,00) 1.510,00 2.443,00

Classificadas as contas e totalizados os respectivos saldos, passaremos à análise das alternativas da questão:

a) os saldos devedores aumentarão em R$ 1.510,00

Correto, conforme tabela acima.

b) os saldos credores aumentarão em R$ 2.443,00

Correto, conforme tabela acima.

c) o Ativo permanente ficará reduzido em R$ 910,00

Correto, conforme tabela acima.

d) o Passivo Circulante ficará aumentado em R$ 433,00

Errado, o passivo circulante ficará aumentado em R$ 833,00, conforme tabela acima.

e) o Ativo Circulante ficará reduzido em R$ 700,00

Correto, conforme tabela acima.

(II) NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamento técnicos.

A Medida Provisória n° 449, de 2008, alterou a nomenclatura dos grupos componentes do balanço patrimonial, assim na resolução da presente questão:

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- Onde estiver referido o Ativo Permanente (AP) entenda-se o somatório do Ativo Investimentos, Ativo Imobilizado e Ativo intangível (Ainv+Aimob+Aint);

- onde estiver referido Passivo exigível a longo prazo (PELP) leia-se Passivo não-circulante (PNC).

Com base na nova nomenclatura é apresentada a tabela abaixo: con ta sal do AC Ai n v+Ai m ob+Ai n t PC PNC PL s . de ve dor s .cre dor

Ações em T esouraria 600,00 (600,00) 600,00Amort ização acumulada 160,00 (160,00) 160,00Capit al a Realizar 800,00 (800,00) 800,00Depreciação Acumulada 450,00 (450,00) 450,00Duplicat as descont adas 400,00 (400,00) 400,00P rejuízos acumulados 110,00 (110,00) 110,00P rovisão p/ FGT S 222,00 222,00 222,00P rovisão p/ Férias 111,00 111,00 111,00P rovisão p/ Crédit os de liquidação duvidosa 200,00 (200,00) 200,00P rovisão para Impost o de Renda 500,00 500,00 500,00P rovisão para P erdas em invest iment os 300,00 (300,00) 300,00P rovi. P / ajust e ao P reço de Mercado 100,00 (100,00) 100,00t ot ais 3.953,00 (700,00) (910,00) 833,00 - (1.510,00) 1.510,00 2.443,00

Classificadas as contas e totalizados os respectivos saldos, passaremos à análise das alternativas da questão:

a) os saldos devedores aumentarão em R$ 1.510,00

Correto, conforme tabela acima.

b) os saldos credores aumentarão em R$ 2.443,00

Correto, conforme tabela acima.

c) o Ativo permanente ficará reduzido em R$ 910,00

Considerando AP = Ainv + Aimob + Aint, Correto, conforme tabela acima.

d) o Passivo Circulante ficará aumentado em R$ 433,00

Errado, o passivo circulante ficará aumentado em R$ 833,00, conforme tabela acima.

e) o Ativo Circulante ficará reduzido em R$ 700,00

Correto, conforme tabela acima.

Portanto, a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (D).

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Gabarito D

3.2.2 Fiscal de Tributos Estaduais – ICMS – Mato Grosso do Sul-MS

Enunciado

De acordo com a legislação vigente sobre classificação contábil, os empréstimos tomados de empresas coligadas ou controladas, com vencimento para 120 dias, devem ser classificados no Grupo Patrimonial

a) Ativo Circulante

b) Passivo Circulante

c) Ativo Realizável a Longo Prazo

d) Passivo Exigível a Longo Prazo

e) Ativo Permanente - Investimentos

Resolução e comentários

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

A resolução dessa questão demanda o conhecimento da classificação das obrigações oriundas de transações não usuais realizadas com pessoas ligadas. A Lei das S/A não apresenta qualquer dispositivo, quando trata do passivo exigível – no art. 180, demandando sua classificação no longo prazo. Resta, assim, a aplicação da regra geral de classificação de obrigações no passivo (circulante e exigível a longo prazo), conforme a data de sua exigibilidade (até o final do próximo exercício, no circulante e, após essa data, no exigível a longo prazo).

Para fins de esclarecimento, cabe colocar que, ao tratar do Ativo, no art. 179, a Lei das S/A determina que os créditos decorrentes de transações não usuais com pessoas ligadas sejam classificadas no Ativo Realizável a

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Longo Prazo, independentemente do prazo previsto para sua realização. Mas essa mesma lei não faz qualquer ressalva nesse sentido quando trata do Passivo.

A interpretação sistemática dos dois artigos acima referenciados (sempre à luz dos Princípios Fundamentais de Contabilidade) indica que essa exceção não é aplicável ao passivo. Nesse diapasão, cabe lembrar que seria esperado que uma empresa (ao demonstrar seu patrimônio) não apresentasse a existência de um direito a receber no curto prazo que – presumidamente – não teria interesse em cobrar (de parte a ela relacionada), sendo apropriada a apresentação desse direito no longo prazo; mas, de forma nenhuma, seria esperado que essa mesma empresa (ao demonstrar seu patrimônio) não explicitasse no curto prazo uma obrigação por ela contraída para pagamento no curto prazo (ainda que relativa a uma parte a ela relacionada).

Finalmente, cumpre frisar que este é o entendimento da doutrina majoritária. Entretanto, em que pese alguns autores entendem de forma diferente, a Escola de Administração Fazendária, nessa questão de concurso, demonstrou que também acompanha a opinião majoritária.

Assim, os empréstimos em tela devem ser classificados no passivo circulante, pelo fato do prazo de exigibilidade ser de apenas 120 dias e, portanto, antes do final do próximo exerício.

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que a alternativa correta para a questão é a de letra (B).

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que, a menos da alteração na nomenclatura (passivo exigível a longo prazo passivo não-circulante) a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão. Abaixo, a redação atualizada dos arts. 180 e 179 relativos à questão:

Passivo Exigível

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo

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maior, observado o disposto no parágrafo único do artigo 179.

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não- circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não-circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

...

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

...

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (B).

Gabarito

B

3.2.3 Auditor Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN / 1994 – março

Enunciado

A Cia. Industrial Santa Helena recebeu, em 31/12/X3, uma subvenção para investimento feita por pessoa jurídica de direito público, com finalidade específica de adquirir equipamentos para expandir o seu empreendimento econômico. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, esse tipo de subvenção deve ser classificado, como:

a) reserva para contingência;

b) retenção de lucro;

c) reserva legal;

d) receita operacional;

e) reserva de capital.

Resolução e comentários

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso

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– de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Uma subvenção é: (1) um valor recebido, ou (2) uma obrigação perdoada; com o objetivo de permitir ou facilitar e existência daquele que é beneficiado. A subvenção pode ser dada por qualquer ente (não somente o Poder Público), mas – por força da legislação tributária – somente devem ser registradas como reservas de capital as subvenções recebidas do Poder Público.

Somente as subvenções para investimentos devem ser registradas como reserva de capital, sendo que as subvenções para custeio devem ser registradas como receita.

As subvenções para custeio têm por finalidade a ajuda na manutenção das atividades normais de uma companhia, podendo ser utilizada para “custeio” da folha de pagamento, de despesas com juros cobrados por instituições financeiras ou terceiros, para despesas em geral – inclusive despesas de exercícios anteriores, que resultaram em prejuízos acumulados – e etc.

As subvenções para investimento são aquelas que se destinam à realização de investimentos definidos como, por exemplo: (1) a aquisição de instalações, máquinas ou equipamentos do ativo permanente imobilizado; (2) a aquisição de terrenos; (3) a ampliação ou modernização das edificações; etc.

Repetindo, somente as subvenções para investimento devem ser registradas como reserva de capital, devendo as subvenções para custeio ser registradas como receita. O registro contábil do recebimento de uma subvenção para investimento é similar ao registro do recebimento de uma doação.

Portanto, como na questão a subvenção recebida é do tipo subvenção para investimento e é oriunda do Poder Público, sua classificação deverá ser como Reserva de capital, conforme alternativa (E).

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e

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pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Essa alteração logrou modificar o art. 182 da Lei das S/A, que define a estrutura do PL e, especificamente, seu § 1º que trata das reservas de capital. Com efeito, foram retiradas do rol das reservas de capital: (a) os prêmios na emissão de debêntures e (b) as doações e subvenções do poder público para investimento. A seguir, encontra-se reproduzido o referido dispositivo:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

As doações e subvenções para investimentos eram – na vigência da redação original da Lei das S/A – registradas como reserva de capital. Com a alteração da Lei das S/A, entretanto, as doações e subvenções para investimentos são consideradas receitas, que transitam pelo resultado, podendo ser registrada (após a apuração do resultado) em uma reserva de lucros (de incentivos fiscais).

Em vista do que foi acima exposto, resta analisar (à luz da nova legislação) as alternativas da questão. A única alternativa que propõe receitas para registro da subvenção é a alternativa (D). Ocorre que a alternativa (D) fala de “receita operacional”; ora, receita operacional é aquela do dia-a-dia, esperada na vida da entidade, ao passo que uma subvenção é uma coisa eventual, não esperada, e – portanto – registrada como “outras receitas”, fora do resultado operacional.

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Pelo que foi acima colocado e pelo fato de não haver a alternativa “receita não-operacional”, entendemos que (à luz da nova legislação) a questão ficaria sem resposta.

Gabarito

E

3.2.4 Técnico de Finanças e Controles – 2001

Enunciado

Abaixo são apresentados alguns eventos, cujos recursos demandam a contabilização de reservas patrimoniais. Assinale a opção cujo evento não dá origem à formação de Reserva de Capital.

a) Doações e subvenções para custeio.

b) Produto da venda de bônus de subscrição.

c) Produto da venda de partes beneficiárias.

d) Ágio obtido na emissão de ações.

e) Valores reservados para aumento de capital.

Resolução e comentários

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão teórica, portanto, analisaremos cada uma das assertivas do enunciado e comentaremos em separado.

a) Doações e subvenções para custeio.

Não, conforme questão acima, as somente as doações e subvenções

para INVESTIMENTO devem ser registradas como Reserva de capital,

conforme art. 182, § 1o, d, da Lei das S/A

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b) Produto da venda de bônus de subscrição.

Certo, conforme art. 182, § 1o, b, da Lei das S/A

c) Produto da venda de partes beneficiárias.

Certo, conforme art. 182, § 1o, b, da Lei das S/A

d) Ágio obtido na emissão de ações.

Certo, conforme art. 182, § 1o, a, da Lei das S/A

e) Valores reservados para aumento de capital.

Certo, trata-se de uma definição genérica de reservas de capital. Essas

reservas somente podem ser utilizadas para aumento de capital (caso

não absorvam prejuízos), conforme art. 200 da Lei das S/A

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Essa alteração logrou modificar o art. 182 da Lei das S/A, que define a estrutura do PL e, especificamente, seu § 1º que trata das reservas de capital. Com efeito, foram retiradas do rol das reservas de capital: (a) os prêmios na emissão de debêntures e (b) as doações e subvenções do poder público para investimento. A seguir, encontra-se reproduzido o referido dispositivo:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

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c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

Em vista do que foi acima exposto, resta analisar (à luz da nova legislação) as alternativas da questão. Não há alternativa que refira o prêmio na emissão de debêntures ou as doações e subvenções para investimento como reserva de capital. Assim, em que pese a alteração legislativa ocorrida, as modificações não lograram afetar o gabarito da questão em comento.

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

Gabarito

A

3.2.5 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ENUNCIADO

28- A empresa “Z” Ltda., no encerramento do exercício de 2002, obteve as seguintes informações:

Valores em R$

Adiantamento a Fornecedores 500,00 Adiantamento de Clientes 1.000,00 Ativo Imobilizado Bruto 20.000,00 Capital Social 26.500,00 Contas a Pagar 40.000,00 Depreciação Acumulada 2.000,00 Disponibilidades 1.000,00 Duplicatas a Receber 50.000,00 Reserva Legal 2.000,00

Considerando somente estas informações, assinale a única opção correta, correspondente ao valor do Ativo.

a) R$ 69.000,00

b) R$ 69.500,00

c) R$ 72.000,00

d) R$ 73.000,00

e) R$ 74.500,00 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão típica de classificação de contas e apuração do saldo de grupos patrimoniais. Para sua resolução, basta identificar quais contas são típicas do ativo (bens e direitos) da empresa – para, em seguida, efetuar o somatório dos saldos e apurar o valor do ativo. Cumpre referir, entretanto, que a correta classificação também demanda um conhecimento do conceito de “conta retificadora do ativo”, cujo saldo deve ser considerado negativo.

Vistos os conceitos necessários, passaremos à resolução da questão – a seguir. Conta Saldo Classificação AtivoAdiantamento a Fornecedores 500,00 ativo 500,00 Adiantamento de Clientes 1.000,00 passivoAtivo Imobilizado Bruto 20.000,00 ativo 20.000,00 Capital Social 26.500,00 PLContas a Pagar 40.000,00 passivoDepreciação Acumulada 2.000,00 retificadora do ativo (2.000,00) Disponibilidades 1.000,00 ativo 1.000,00 Duplicatas a Receber 50.000,00 ativo 50.000,00 Reserva Legal 2.000,00 PL Total 69.500,00

De acordo com a memória de cálculo acima, verifica-se que a alternativa correta é a de letra (B).

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a

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Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o ano em que o balanço patrimonial fora levantado e, assim, fica claro qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Adicionalmente, ainda que considerássemos que o balanço em tela fosse referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, temos que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (B).

GABARITO

28 – B

3.2.6 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ENUNCIADO

31- A empresa “X” S/A., no encerramento do exercício de 2002, apurou as seguintes informações, exceto a de Capital Social:

Valores em R$ Adiantamento a Fornecedores 2.000,00 Ativo Imobilizado 13.000,00 Contas a Pagar 3.500,00 Disponibilidades 2.500,00 Duplicatas a Receber 12.000,00 Empréstimos 5.800,00 Estoques 5.300,00 Lucros Acumulados 4.500,00 Reserva Legal 400,00

Na elaboração do Balanço Patrimonial da empresa, os valores do Patrimônio Líquido e do Capital Social Integralizado serão:

Patrimônio Líquido Capital Social Integralizado a) R$ 20.400,00 R$ 20.400,00

b) R$ 24.900,00 R$ 20.200,00

c) R$ 24.900,00 R$ 20.600,00

d) R$ 25.500,00 R$ 20.600,00

e) R$ 25.500,00 R$ 20.200,00

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Memória de Cálculo Total do Ativo 34.800,00(-) Total do Passivo (9.300,00)(=) PL Calculado 25.500,00(-) Saldo das contas do PL (4.900,00)(=) Capital 20.600,00

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RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão muito simples, cuja resolução demanda – basicamente – o conhecimento da equação fundamental do patrimônio

Ativo (-) Passivo (=) PL. Conhecida essa equação, basta classificar as contas contábeis apresentadas e apurar o valor do capital social integralizado, por diferença.

Abaixo, encontra-se a memória de cálculo referente à resolução da questão.

Representação do patrimônio

Ativo Passivo e PL Disponibilidades 2.500,00 Contas a Pagar 3.500,00 Duplicatas a Receber 12.000,00 Empréstimos 5.800,00 Adiantamento a Fornecedores 2.000,00 Estoques 5.300,00 Ativo Imobilizado 13.000,00 ----------PL

Capital ? Lucros Acumulados 4.500,00 Reserva Legal 400,00

Efetivo valor do PL

Capital Social integralizado

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De acordo com a memória de cálculo acima, o valor do PL é R$ 25.500,00 e o valor do capital social integralizado é R$ 20.600,00 – conforme alternativa (D).

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o ano em que o balanço patrimonial fora levantado e, assim, fica claro qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Adicionalmente, ainda que considerássemos que o balanço em tela fosse referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, temos que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (D).

GABARITO

31 - D

3.2.7 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF)

Responder as questões de nos 09 a 12, tomando por base unicamente:

- os dados contidos nas Demonstrações Contábeis indicadas,

- as informações complementares, e

- os enunciados fornecidos em cada uma das questões solicitadas.

I - Demonstrações Contábeis Indicadas

Balanços Patrimoniais em 31.12.19x9:

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ATIVO CIA. A CIA. B CIA. C Disponibilidade 5.000,00 14.000,00 8.000,00 Clientes 20.000,00 26.000,00 28.000,00 Estoques 30.000,00 12.000,00 19.000,00 Valores a Receber Intercompanhias 20.000,00 6.000,00 - Participações Societárias: Cia. B 24.800,00 - - Cia. C 30.000,00 - - Outras empresas - - 2.000,00 Bens não de Uso 16.000,00 - - Imobilizado 24.200,00 22.000,00 28.000,00 Gastos Pré-operacionais - - 15.000,00 Total do Ati vo 170.000,00 80.000,00 100.000,00 PASSIVO Fornecedores 20.000,00 20.000,00 14.000,00 Valores Provisionados 8.000,00 4.000,00 9.000,00 Empréstimos Intercompanhias 6.000,00 - 20.000,00 Financiamentos de Longo Prazo 16.000,00 25.000,00 7.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital 100.000,00 25.000,00 30.000,00 Reservas 5.000,00 4.000,00 6.000,00 Lucros/Prejuízos Acumulados 15.000,00 2.000,00 14.000,00 TOTAL DO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 170.000,00 80.000,00 100.000,00

Demonstrações do Resultado do Exercício, findo em 31.12.19x9: Item CIA. A CIA. B CIA. C 1- Vendas 600.000,00 300.000,00 280.000,002- (-) CMV (371.000,00) (200.000,00) (182.000,00)3- Resultado Bruto Operacional 229.000,00 100.000,00 98.000,004- (-) Despesas Operacionais (211.000,00) (97.300,00) (84.500,00)5- Resultado do Exercício antes do IR 18.000,00 2.700,00 13.500,006- (-) Provisão p/ IR (6.000,00) (900,00) (4.500,00)7- Resultado Líquido do Exercício 12.000,00 1.800,00 9.000,00

II – As informações complementares:

Os Valores a Receber Intercompanhias registram empréstimos efetuados entre as empresas do grupo;

As receitas da CIA. B são obtidas unicamente com operações de venda de estoques realizadas com a CIA. A.

ENUNCIADO

11- Observado isoladamente o valor do Passivo Exigível de Longo Prazo da Cia. C é

a) 50.000

b) 43.000

c) 27.000

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d) 23.000

e) 7.000 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

A presente questão trata do critério de segregação do passivo circulante e do passivo exigível a longo prazo. Para sua resolução, partimos do valor do passivo exigível da Cia C, abaixo:

Cia c PASSIVO Fornecedores 14.000,00Valores Provisionados 9.000,00Empréstimos Intercompanhias 20.000,00Financiamentos de Longo Prazo 7.000,00

Da relação de elementos patrimoniais acima, temos claramente que: (1) fazem parte do passivo circulante os valores de fornecedores e os valores provisionados e (2) fazem parte do passivo exigível a longo prazo os financiamentos de longo prazo. Resta saber se os empréstimos intercompanhias (no valor de R$ 20.000,00) são PC ou PELP.

O passivo circulante é segregado do exigível a longo prazo, com base no mesmo princípio que norteia a separação entre ativo circulante e realizável a longo prazo de realização, lá dos direitos, aqui das obrigações. Cabe aqui um breve comentário sobre as duas exceções ao critério do exercício (período de 12 meses), utilizado para segregar o Ativo Circulante do Ativo Realizável a Longo Prazo e sua aplicabilidade na segregação do Passivo Circulante do Passivo Exigível a Longo Prazo, quais sejam:

a) empresas com ciclo operacional superior a 12 meses;

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b) obrigações oriundas de transações não usuais realizadas com pessoas ligadas.

Com relação a empresas cujo ciclo operacional seja superior a 12 meses, a lei das S/A é clara e determina que a exceção também é aplicável ao passivo. Nesse sentido, o artigo 180 da Lei das S/A dispõe que as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, serão classificados no passivo circulante, quando vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior observado o disposto no parágrafo único do artigo 179. Para fins de esclarecimento, encontram-se reproduzidos, abaixo, os dispositivos citados:

Passivo Exigível

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do artigo 179.

...

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

...

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Com essa observação final (do art. 180, referenciando o parágrafo único do art. 179 da Lei das S/A), resta claro que deve ocorrer uma mudança nos conceitos de curto e longo prazos, quando o ciclo operacional da empresa for superior a um exercício social. Neste caso, o curto prazo passa a compreender os direitos realizáveis e as obrigações vencíveis até o término do ciclo operacional.

Com relação a obrigações oriundas de transações não usuais realizadas com pessoas ligadas, a Lei das S/A não apresenta qualquer dispositivo, quando trata do passivo exigível – no art. 180. Ao contrário, ao tratar do Ativo, no art. 179, a Lei das S/A determina que os créditos decorrentes de transações não usuais com pessoas ligadas sejam classificadas no Ativo Realizável a Longo Prazo, independentemente do prazo previsto para sua realização.

A interpretação sistemática desses dois artigos (sempre à luz dos Princípios Fundamentais de Contabilidade) indica que essa exceção não é aplicável ao passivo. Nesse diapasão, cabe lembrar que seria

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esperado que uma empresa (ao demonstrar seu patrimônio) não apresentasse a existência de um direito a receber no curto prazo que – presumidamente – não teria interesse em cobrar (de parte a ela relacionada), sendo apropriada a apresentação desse direito no longo prazo; mas, de forma nenhuma, seria esperado que essa mesma empresa (ao demonstrar seu patrimônio) não explicitasse no curto prazo uma obrigação por ela contraída para pagamento no curto prazo (ainda que relativa a uma parte a ela relacionada).

Cumpre frisar, entretanto, que este é o entendimento da doutrina majoritária. Mas que, alguns autores entendem de forma diferente, entre eles, Milton Augusto Walter e Ricardo J. Ferreira que afirma “não faz sentido classificar, de acordo com o prazo de exigibilidade, dívidas com pessoas que, por serem ligadas ao devedor, provavelmente não irão adotar medidas rígidas para a cobrança”3.

Pelo gabarito da questão, percebe-se que o examinador optou pela interpretação dada por esses autores à Lei das S/A e, assim, o valor dos empréstimos intercompanhias foram considerados PELP, conforme memória de cálculo a seguir

Cia c PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZOEmpréstimos Intercompanhias 20.000,00Financiamentos de Longo Prazo 7.000,00Total 27.000,00

Com o maior respeito, discordamos dessa opinião, pelos motivos acima apresentados e ressalvamos que a Escola de Administração Fazendária, em outras questões de concurso, demonstrou que também discorda dessa opinião. Assim, entendo que a questão seja merecedora de recurso e que deveria ter sido anulada.

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Abaixo, a redação atualizada dos arts. 180 e 179 relativos à questão:

3 Ferreira, Ricardo J. Contabilidade avançada e intermediária – 2. ed. – Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2004. p.263.

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Passivo Exigível

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do artigo 179.

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não- circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não-circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

...

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

...

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o século em que o balanço patrimonial fora levantado (o século passado) e, assim, fica clara qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Adicionalmente, ainda que considerássemos que o balanço em tela fosse referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, temos que a modificação ocorrida (a menos da alteração na nomenclatura: passivo exigível a longo prazo passivo não-circulante) a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, as considerações apresentadas na resolução da questão continuariam as mesmas.

GABARITO

11 - C

3.2.8 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC

ENUNCIADO

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2. Com relação a contas e grupo de contas apresentadas no COSIF, plano contábil das instituições do sistema financeiro nacional, são contas APENAS do ATIVO:

(A) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos; Operações de Crédito; Outros Valores e Bens.

(B) Operações de Crédito; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Depósitos; Outros Valores e Bens.

(C) Outros Valores e Bens; Operações de Crédito; Depósitos; Outras Contas de Compensação Ativas.

(D) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Obrigações por Operações Compromissadas; Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos; Operações de Crédito.

(E) Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos; Operações de Crédito; Resultado de Transações de Títulos e Valores Mobiliários; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Essa é uma questão típica de classificação de contas em grupos patrimoniais, objeto de vários concursos, com uma peculiaridade: a referência ao COSIF. O COSIF é o plano de contas – determinado normativamente – das instituições do sistema financeiro. Não há diferença (em essência) no tocante aos conceitos de ativo, passivo e PL, entre instituições financeiras e as demais sociedades. Com efeito, para empresas comerciais, industriais ou prestadoras de serviço em geral, não há norma determinando nomes de contas e, assim, para resolução da questão, faremos a análise de cada alternativa, a partir das definições dos grandes grupos de contas, abaixo relacionados:

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(1) Ativo – conjunto de RECURSOS constantes do patrimônio

(2) Passivo – conjunto de obrigações

(3) Patrimônio Líquido – diferença entre os recursos e as obrigações (correspondendo ao capital próprio – que a sociedade deve entregar aos próprios sócios até o final de sua existência)

(4) Despesas – motivos pelos quais o patrimônio (recursos (-) obrigações) foi reduzido, em um determinado período de tempo.

(5) Receitas – motivos pelos quais o patrimônio (recursos (-) obrigações) foi majorado, em um determinado período de tempo.

Vistos os conceitos, vamos – a seguir – analisar cada uma das assertivas e comentar os itens que não se subsumem ao conceito de Ativo.

(A) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos; Operações de Crédito; Outros Valores e Bens.

Ok todos os itens consistem em direitos da instituição e, portanto, são classificáveis no Ativo.

(B) Operações de Crédito; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Depósitos; Outros Valores e Bens.

Depósitos – referenciando os depósitos efetuados pelos correntistas representam a OBRIGAÇÃO que a instituição financeira tem de permitir que eles saquem os respectivos valores, assim que quiserem.

(C) Outros Valores e Bens; Operações de Crédito; Depósitos; Outras Contas de Compensação Ativas.

Depósitos – referenciando os depósitos efetuados pelos correntistas representam a OBRIGAÇÃO que a instituição financeira tem de permitir que eles saquem os respectivos valores, assim que quiserem.

(D) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Obrigações por Operações Compromissadas; Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos; Operações de Crédito.

A conta Obrigações por Operações Compromissadas, como o próprio nome já indica, representam obrigações e, portanto, classifica-se no Passivo.

(E) Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos; Operações de Crédito; Resultado de Transações de Títulos e Valores Mobiliários; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez.

Resultado de Transações de Títulos e Valores Mobiliários não indicam bens, direitos ou obrigações, mas sim resultado (aumento ou redução

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patrimonial) e, portanto são contas de despesa (ou receita, conforme o tipo de resultado auferido).

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação implementada não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

A

3.2.9 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC)

Instruções: Para responder às questões de números 17 a 21, utilize os dados que seguem.

Em 31/12/2000 a Cia Alterosa apresentava os seguintes saldos finais em suas contas:

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Disponibilidades............................................................ 500,00 Reservas de Capital .................................................. 1.000,00 Duplicatas descontadas................................................ 950,00 Reservas de Lucros...................................................... 600,00 Contas de Receber - Clientes ................................... 2.000,00 Seguros Pagos Antecipados ........................................ 150,00 Fornecedores ............................................................ 1.500,00 Estoques ................................................................... 1.200,00 Máquinas e Equipamentos ....................................... 1.500,00 Depreciação Acumulada .............................................. 900,00 Provisão p/ Devedores Duvidosos ............................... 150,00 Capital Social ............................................................ 3.150,00 Capital a Realizar ..................................................... 1.000,00 Contas a Pagar ............................................................ 300,00 Terrenos ...................................................................... 800,00 Lucros/Prejuízos Acumulados ..................................... 500,00 Adiantamentos a Terceiros .......................................... 100,00 Investimentos em coligadas e controladas ............... 3.000,00 Empréstimos Bancários vencível em 3 anos ............ 1.200,00

ENUNCIADO

17. O valor do Ativo Circulante é

(A) 2 700

(B) 2 850

(C) 3 250

(D) 3 500

(E) 4 000

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

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(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão típica de classificação de contas e totalização de saldos de grupos patrimoniais. Para resolvê-la, portanto, é necessário conhecer a definição de cada um dos referidos grupos patrimoniais:

(1) Ativo – conjunto de bens e direitos constantes do patrimônio

(a) Ativo circulante – bens e direitos realizáveis até o final do próximo exercício

(b) Ativo realizável a longo prazo – bens e direitos realizáveis após o final do próximo exercício

(c) Ativo permanente – bens e direitos adquiridos sem intenção de alienação

(2) Passivo – conjunto de obrigações

(a) Passivo circulante – obrigações exigíveis até o final do próximo exercício

(b) Passivo exigível a longo prazo – obrigações exigíveis após o final do próximo exercício

(3) Patrimônio Líquido – diferença entre os bens/direitos e as obrigações (correspondendo ao capital próprio – que a sociedade deve entregar aos próprios sócios até o final de sua existência), composto pelos seguintes itens:

(a) Capital social (subscrito), deduzido do montante a realizar – totalizando o capital realizado

(b) Reservas de capital

(c) Reservas de reavaliação

(d) Reservas de lucro

(e) Lucros ou prejuízos acumulados

Vistos os conceitos pertinentes, faz-se necessário classificar as contas apresentadas no enunciado, nos grupos acima referidos. Após a classificação das contas, o patrimônio em questão fica representado conforme a seguir.

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Ativo Passivo 1 - Ativo Circulante 1 - Passivo Circulante

Disponibilidades 500,00 Contas a Pagar 300,00Contas de Receber - Clientes 2.000,00 Fornecedores 1.500,00

(-) Duplicatas descontadas (950,00) (-) Provisão p/ Devedores Duvidosos (150,00) Estoques 1.200,00 Seguros Pagos Antecipados 150,00 Adiantamentos a Terceiros 100,00

2 - Ativo Realizável a Longo Prazo 2 - Passivo Exigível a Longo Prazo Empréstimos Bancários vencível em 3

- anos 1.200,00

3 - Ativo Permanente ------------------------------------ Patrimônio Líquido Investimentos em coligadas e controladas 3.000,00 Capital Social 3.150,00Máquinas e Equipamentos 1.500,00 (-) Capital a Realizar (1.000,00)(-) Depreciação Acumulada (900,00) Reservas de Capital 1.000,00Terrenos 800,00 Reservas de Lucros 600,00

Lucros/Prejuízos Acumulados 500,00

TOTAL 7.250,00 TOTAL 7.250,00

A partir do patrimônio acima, é possível apurar o saldo do Ativo circulante, conforme tabela a seguir: 1 - Ativo Circulante Disponibilidades 500,00 Contas de Receber - Clientes 2.000,00 (-) Duplicatas descontadas (950,00) (-) Provisão p/ Devedores Duvidosos (150,00) Estoques 1.200,00 Seguros Pagos Antecipados 150,00 Adiantamentos a Terceiros 100,00TOTAL DO CIRCULANTE 2.850,00

Algumas observações sobre a composição do ativo circulante:

(a) Foram considerados como itens circulantes os adiantamentos a terceiros, as contas de receber e os seguros pagos antecipadamente porque são itens normalmente circulantes e não havia no enunciado qualquer indicação de que fossem realizáveis a longo prazo.

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(b) As contas duplicatas descontadas e provisão para devedores duvidosos são contas RETIFICADORAS do ativo e, portanto, devem estar representadas (no patrimônio) com valor negativo.

De acordo com as considerações acima, o total do circulante é R$ 2.850,00, conforme alternativa (B).

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o ano em que o balanço patrimonial fora levantado (2000) e, assim, fica clara qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Entretanto, caso considerássemos que o balanço em tela fosse referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, seria necessária uma atualização da nomenclatura utilizada.

Trata-se de uma questão típica de classificação de contas e totalização de saldos de grupos patrimoniais. Para resolvê-la, portanto, é necessário conhecer a definição de cada um dos referidos grupos patrimoniais:

(1) Ativo – conjunto de recursos constantes do patrimônio

1. Ativo circulante – bens e direitos realizáveis até o final do próximo exercício

2. Ativo realizável a longo prazo – bens e direitos realizáveis após o final do próximo exercício

3. Ativo permanente – bens e direitos adquiridos sem intenção de alienação

(2) Passivo – conjunto de obrigações

1. Passivo circulante – obrigações exigíveis até o final do próximo exercício

2. Passivo não-circulante – obrigações exigíveis após o final do próximo exercício

(3) Patrimônio Líquido – diferença entre os recursos e as obrigações (correspondendo ao capital próprio – que a sociedade deve entregar aos

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próprios sócios até o final de sua existência), composto pelos seguintes itens:

1. Capital social (subscrito), deduzido do montante a realizar – totalizando o capital realizado

2. Reservas de capital

3. As antigas Reservas de reavaliação e os recém introduzidos ajustes de avaliação patrimonial

4. Reservas de lucro

5. Prejuízos acumulados

Vistos os conceitos pertinentes, faz-se necessário classificar as contas apresentadas no enunciado, nos grupos acima referidos. Após a classificação das contas, o patrimônio em questão fica representado conforme a seguir.

Ativo Passivo 1 - Ativo Circulante 1 - Pas s ivo Circulante

Disp onibilidades 500,00 Contas a Pagar 300,00 Contas de Receber - Clientes 2.000,00 Fornecedores 1.500,00

(-) Dup licatas descontadas (950,00) (-) Provisão p / Devedores Duvidosos (150,00) Estoques 1.200,00 Seguros Pagos Antecip ados 150,00 Adiantamentos a Terceiros 100,00

2 - Ativo Realizável não-circulante 2 - Pas s ivo não circulante Emp réstimos Bancários vencível em

- 3 anos 1.200,00

Investimentos em coligadas e ------------------------------------ Patrimônio Líquido

controladas 3.000,00 Cap ital Social 3.150,00 M áquinas e Equip amentos 1.500,00 (-) Cap ital a Realizar (1.000,00) (-) Dep reciação Acumulada (900,00) Reservas de Cap ital 1.000,00 Terrenos 800,00 Reservas de Lucros 600,00

Lucros/Prejuízos Acumulados 500,00

TOT AL 7.250,00 TOTAL 7.250,00

A partir do patrimônio acima, é possível apurar o saldo do Ativo circulante, conforme tabela a seguir:

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1 - Ativo Circulante Disponibilidades 500,00 Contas de Receber - Clientes 2.000,00 (-) Duplicatas descontadas (950,00) (-) Provisão p/ Devedores Duvidosos (150,00) Estoques 1.200,00 Seguros Pagos Antecipados 150,00 Adiantamentos a Terceiros 100,00TOTAL DO CIRCULANTE 2.850,00

Algumas observações sobre a composição do ativo circulante:

(a) Foram considerados como itens circulantes os adiantamentos a terceiros, as contas de receber e os seguros pagos antecipadamente porque são itens normalmente circulantes e não havia no enunciado qualquer indicação de que fossem realizáveis a longo prazo.

(b) As contas duplicatas descontadas e provisão para devedores duvidosos são contas RETIFICADORAS do ativo e, portanto, devem estar representadas (no patrimônio) com valor negativo.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (B).

GABARITO

B

3.2.10 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC)

ENUNCIADO

18. O valor do Patrimônio Líquido é

(A) 4 250

(B) 5 250

(C) 5 650

(D) 5 850

(E) 6 200

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A partir das definições e da classificação realizada no âmbito da resolução da questão de número 17, é possível apresentar o saldo do PL, conforme tabela a seguir.

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------------------------------------ Patrimônio Líquido Capital Social 3.150,00 (-) Capital a Realizar (1.000,00) Reservas de Capital 1.000,00 Reservas de Lucros 600,00 Lucros/Prejuízos Acumulados 500,00

TOTAL DO PL 4.250,00

Duas observações sobre a composição do PL.

(a) A conta representativa do capital a realizar é – sempre – retificadora do PL e, portanto, deve ter o respectivo saldo apresentado em valor negativo.

(b) A conta representativa dos lucros ou prejuízos acumulados pode: (1) no caso de lucro acumulado, ter natureza credora e, assim, ser apresentada em valor positivo ou (2) no caso de prejuízo acumulado, ter natureza devedora e, portanto, ser retificadora do PL, com o respectivo saldo apresentado em valor negativo. Para verificar a natureza dessa conta, foi necessária a utilização da equação fundamental do patrimônio (Ativo (-) Passivo (=) PL). No caso, a igualdade esperada somente se verificou quando consideramos o saldo de Lucros/Prejuízos Acumulados positivo. Dessa forma, concluímos pela existência de lucros acumulados e não de prejuízos acumulados.

De acordo com as considerações acima, o total do PL é R$ 4.250,00, conforme alternativa (A).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o ano em que o balanço patrimonial fora levantado (2000) e, assim, fica clara qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Entretanto, caso considerássemos que o balanço em tela fosse referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, temos que a modificação ocorrida tem efeito no que diz respeito à conta LPA. Com efeito, essa conta passou a ser denominada apenas de Prejuízos acumulados. Portanto, somente prejuízos acumulados (e não lucros) podem ser mantidos nessa conta.

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Cabe colocar que o eventual saldo positivo dessa conta deve ser utilizado para constituição de reservas, aumento de capital ou distribuição aos acionistas (na forma de dividendos).

Ainda assim, como o valor do lucro ou prejuízo acumulado foi dado no enunciado, podemos interpretar que ele está ali antes da destinação e, nesses termos, é possível concluir que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

A

3.2.11 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC)

ENUNCIADO

19. O valor do Passivo Circulante é

(A) 4 000

(B) 3 200

(C) 2 400

(D) 1 950

(E) 1 800

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A partir das definições e da classificação realizada no âmbito da resolução da questão de número 17, é possível apresentar o saldo do PC, conforme tabela a seguir. 1 - Passivo Circulante Contas a Pagar 300,00 Fornecedores 1.500,00

TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 1.800,00

Uma única observação sobre a composição do PC: o valor relativo a empréstimos bancários, vencível em 3 anos, não foi classificado no passivo circulante porque não era exigível até o final do próximo exercício, conforme determinado pela Lei das S/A.

De acordo com as considerações acima, o total do PC é R$ 1.800,00, conforme alternativa (E).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e

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pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o ano em que o balanço patrimonial fora levantado (2000) e, assim, fica clara qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Adicionalmente, ainda que considerássemos que o balanço em tela fosse referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, temos que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (E).

GABARITO

E

3.2.12 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC)

ENUNCIADO

20. O valor do Total Ativo é

(A) 5 300

(B) 5 650

(C) 6 200

(D) 7 250

(E) 7 500

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A partir das definições e da classificação realizada no âmbito da resolução da questão de número 17, é possível apresentar o saldo do ATIVO, conforme tabela a seguir.

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1 - Ativo Circulante Disponibilidades 500,00 Contas de Receber - Clientes 2.000,00 (-) Duplicatas descontadas (950,00) (-) Provisão p/ Devedores

Duvidosos

(150,00) Estoques 1.200,00 Seguros Pagos Antecipados 150,00 Adiantamentos a Terceiros 100,00 2 - Ativo Realizável a Longo Prazo

-

3 - Ativo Permanente Investimentos em coligadas e

controladas

3.000,00 Máquinas e Equipamentos 1.500,00 (-) Depreciação Acumulada (900,00) Terrenos 800,00 TOTAL 7.250,00

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Ativo

De acordo com a tabela acima, o valor do ativo é R$ 7.250,00, conforme alternativa (D).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros

eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e da Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o ano em que o balanço patrimonial fora levantado (2000) e, assim, fica clara qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Considerando, entretanto, o balanço em tela referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, temos que a modificação ocorrida se resumiu à nomenclatura dos grupos componentes do Balanço Patrimonial. Desse modo, o ativo ficaria representado conforme tabela a seguir:

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1 - Ativo Circulante Disp onibilidades 500,00 Contas de Receber - Clientes 2.000,00 (-) Dup licatas descontadas (950,00) (-) Provisão p / Devedores

Duvidosos

(150,00) Estoques 1.200,00 Seguros Pagos Antecip ados 150,00 Adiantamentos a Terceiros 100,00 2 - Ativo não-Circulante

-

Investimentos em coligadas e

controladas

3.000,00 M áquinas e Equip amentos 1.500,00 (-) Dep reciação Acumulada (900,00) Terrenos 800,00 TOTAL 7.250,00

Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 12 Exercícios sobre Demonstrações Contábeis –Parte III– Estrut/func. contas no Passivo

Ativo

As modificações ocorridas não alcançaram as demais definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (D).

GABARITO

D

3.2.13 Prova para Gerente Júnior – Caixa Econômica Federal – 2000 (FCC)

ENUNCIADO

21. O valor do Permanente é

(A) 3 800

(B) 4 200

(C) 4 400

(D) 4 900

(E) 5 200

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RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A partir das definições e da classificação realizada no âmbito da resolução da questão de número 17, é possível apresentar o saldo do Permanente, conforme tabela a seguir. 3 - Ativo Permanente Investimentos em coligadas e

controladas

3.000,00 Máquinas e Equipamentos 1.500,00 (-) Depreciação Acumulada (900,00) Terrenos 800,00 TOTAL 4.400,00

Uma observação sobre o valor do Permanente: a conta depreciação acumulada é retificadora do ativo (tem natureza credora) e, portanto, deve ter seu saldo apresentado em valor negativo.

De acordo com a tabela acima, o valor do ativo é R$ 4.400,00, conforme alternativa (C).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o ano em que o balanço patrimonial fora levantado (2000) e, assim, fica clara qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Considerando o balanço em tela referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, temos que a modificação ocorrida foi a de:

- extinção do grupo ativo permanente, com transferência de seus subgrupos componentes para o então criado ativo não-circulante;

- manutenção dos grupos (a) ativo investimentos, (b) ativo imobilizado e (c) ativo intangível, anteriormente pertencentes ao ativo permanente, no ativo não-circulante;

- extinção do ativo diferido – anteriormente pertencente ao ativo permanente.

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Assim, considerando o ativo permanente como a soma do ativo investimentos, ativo imobilizado e do ativo intangível, podemos perceber que a alteração não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (C).

GABARITO

C

3.2.14 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) ENUNCIADO

5. É uma conta redutora do Ativo Permanente a provisão

(A) para créditos de liquidação duvidosa.

(B) de ajuste de bens ao valor de mercado.

(C) para perdas prováveis na alienação de investimentos.

(D) para férias.

(E) para contingências. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão teórica de classificação de contas, cuja resolução demanda – também – o conhecimento dos conceitos de provisão e de conta retificadora do ativo.

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Uma provisão é uma perda já incorrida, porém sobre a qual pairam dúvidas acerca de seu efetivo valor e do momento de sua confirmação (realização).

As provisões, quando se referem a perdas genéricas (surgimento de obrigações) do patrimônio, são registradas no passivo. Ao contrário, quando essas perdas são específicas, relativas a determinados elementos do ativo, ficam registradas como contas retificadoras dos respectivos elementos do ativo. Assim, há provisões (a) no passivo, (b) no ativo circulante (ou realizável a longo prazo) e (c) no ativo permanente, conforme a perda seja (a) genérica, (b) específica sobre elemento realizável no curto ou longo prazo e (c) específica sobre elemento permanente.

Vistos os conceitos teóricos necessários à resolução da questão, passaremos à resolução propriamente dita, através da análise de cada uma das assertivas do enunciado.

(A) para créditos de liquidação duvidosa. Errado. A PCLD se refere a duplicatas a receber – elemento do Ativo

Circulante – e, portanto é classificada como conta retificadora do Ativo Circulante,

conforme previsto no art. 183, I da Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos;

(B) de ajuste de bens ao valor de mercado. Errado. A provisão para ajuste de bens ao valor de mercado é aplicável aos

estoques – elementos do Ativo Circulante – e, portanto, é classificada como conta

retificadora do Ativo Circulante, conforme previsto no art. 183, II da Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

...

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como

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matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Cumpre referir que há também previsão normativa para provisão para ajuste a

valor de mercado relativa a bens do permanente, conforme art. 183, IV da Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

...

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

Ocorre que, pelo enunciado da questão, não foi especificado o bem a que o

ajuste se refere e, portanto, não se pode afirmar – com certeza – que a respectiva provisão

seria classificável no ativo permanente.

(C) para perdas prováveis na alienação de investimentos. Correto. A provisão para perdas prováveis em investimentos é relativa aos

investimentos permanentes – elementos do Ativo Permanente – e, portanto, é classificada

como conta retificadora do Ativo Permanente, conforme previsto no art. 183, III e IV da

Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

...

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

(D) para férias. Errado, a provisão para férias se refere a uma perda genérica do patrimônio

(um futuro desembolso) e, portanto, é classificada no passivo.

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(E) para contingências. Errado, a provisão para contingências se refere a uma perda genérica do

patrimônio (um futuro desembolso) e, portanto, é classificada no passivo. Cuidado, não

confundir provisão para contingências com reserva de contingências (essa última

classificada no PL, como reserva de lucro).

Pelo que foi acima exposto, depreende-se que a alternativa correta é a de letra (C).

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

A questão trata de conta retificadora do ativo permanente. Com a alteração da Lei das S/A decorrente da edição da Medida Provisória n° 449, de 2008, ocorreu:

- extinção do grupo ativo permanente, com transferência de seus subgrupos componentes para o então criado ativo não-circulante;

- manutenção dos grupos (a) ativo investimentos, (b) ativo imobilizado e (c) ativo intangível, anteriormente pertencentes ao ativo permanente, no ativo não-circulante;

- extinção do ativo diferido – anteriormente pertencente ao ativo permanente.

A seguir, encontra-se a análise da questão à luz da legislação atualizada.

Trata-se de uma questão teórica de classificação de contas, cuja resolução demanda – também – o conhecimento dos conceitos de provisão e de conta retificadora do ativo.

Uma provisão é uma perda já incorrida, porém sobre a qual pairam dúvidas acerca de seu efetivo valor e do momento de sua confirmação (realização).

As provisões, quando se referem a perdas genéricas (surgimento de obrigações) do patrimônio, são registradas no passivo. Ao contrário, quando essas perdas são específicas, relativas a determinados elementos do ativo, ficam registradas como contas retificadoras dos respectivos elementos do ativo. Assim, há provisões (a) no passivo, (b)

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no ativo circulante (ou ativo realizável a longo prazo pertencente ao ativo não-circulante) e (c) nos demais grupos do ativo não- circulante(antes pertencentes ao extinto ativo permanente), conforme a natureza da perda.

Vistos os conceitos teóricos necessários à resolução da questão, passaremos à resolução propriamente dita, através da análise de cada uma das assertivas do enunciado.

(A) para créditos de liquidação duvidosa. Errado. A PCLD se refere a duplicatas a receber – elemento do Ativo

Circulante (referido no art. 183, I da Lei das S/A como “títulos de crédito” – e, portanto é

classificada como conta retificadora do Ativo Circulante, conforme previsto no art. 183, I

da Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos;

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

(B) de ajuste de bens ao valor de mercado. Errado. A provisão para ajuste de bens ao valor de mercado é aplicável aos

estoques – elementos do Ativo Circulante – e, portanto, é classificada como conta

retificadora do Ativo Circulante, conforme previsto no art. 183, II da Lei das S/A:

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Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

...

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Cumpre referir que há também previsão normativa para provisão para ajuste a

valor de mercado relativa a elementos do ativo investimentos (anteriormente pertencente ao

permanente), conforme art. 183, IV da Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

...

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

Ocorre que, pelo enunciado da questão, não foi especificado o bem a que o

ajuste se refere e, portanto, não se pode afirmar – com certeza – que a respectiva provisão

seria classificável no ativo permanente.

(C) para perdas prováveis na alienação de investimentos. Correto. A provisão para perdas prováveis em investimentos é relativa aos

investimentos permanentes – anteriormente elementos do Ativo Permanente – e, portanto, é

classificada como conta retificadora do antigo grupo Ativo Permanente, conforme previsto

no art. 183, III e IV da Lei das S/A:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

...

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na

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realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

(D) para férias. Errado, a provisão para férias se refere a uma perda genérica do patrimônio

(um futuro desembolso) e, portanto, é classificada no passivo.

(E) para contingências. Errado, a provisão para contingências se refere a uma perda genérica do

patrimônio (um futuro desembolso) e, portanto, é classificada no passivo. Cuidado, não

confundir provisão para contingências com reserva de contingências (essa última

classificada no PL, como reserva de lucro).

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, considerando como ativo permanente o somatório do ativo investimentos, ativo imobilizado e ativo intangível, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (C).

GABARITO

005 - C

3.2.15 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) ENUNCIADO

51- A empresa Emfoco Ltda. em 31.12.01, possui, entre outros componentes patrimoniais, o seguinte:

Caixa R$ 4.000,00 Duplicatas a Pagar R$ 3.500,00 Financiamentos R$ 2.500,00 Investimentos R$ 4.000,00 Capital Social R$ 8.000,00 Terrenos R$ 8.000,00 Empréstimos Obtidos R$ 5.000,00 Móveis e Utensílios R$ 1.000,00 Materiais R$ 1.000,00 Capital a Integralizar R$ 4.000,00

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Elaborando-se corretamente a estrutura patrimonial acima, podemos afirmar a existência do seguinte valor para os grupos abaixo

a) Passivo a Descoberto de R$ 1.000,00

b) Prejuízos Acumulados de R$ 3.000,00

c) Patrimônio Líquido de R$ 4.000,00

d) Passivo Exigível de R$ 6.000,00

e) Patrimônio Bruto de R$ 7.000,00 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão típica de classificação de contas em grupos patrimoniais. Ocorre que, em seu enunciado, é explicitamente referido que “A empresa Emfoco Ltda. em 31.12.01, possui, entre outros componentes patrimoniais”. Isso significa que pode haver outros ativos, passivos e, ainda, outras contas de PL não demonstradas na listagem.

Para sua resolução faz-se necessário o conhecimento dos conceitos de:

- Passivo a descoberto Patrimônio líquido negativo

- Prejuízos acumulados conta do PL

- Patrimônio Líquido ativo (-) passivo

- Passivo Exigível passivo

- Patrimônio bruto ativo

Vistos os conceitos acima, classificaremos as contas do enunciado como ativo, passivo e PL, conforme tabela a seguir:

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Conta Saldo Ativo Passivo PL Caixa R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 Duplicatas a Pagar R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 Financiamentos R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 Investimentos R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 Capital Social R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 Terrenos R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 Empréstimos Obtidos R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 Móveis e Utensílios R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 Materiais R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 Capital a Integralizar R$ 4.000,00 (R$ 4.000,00) Totais R$ 18.000,00 R$ 11.000,00 R$ 4.000,00

De acordo com a tabela acima, podemos apurar

- Passivo a descoberto Patrimônio líquido negativo, não há – o PL (ativo – passivo = 18.000,00 – 11.000,00 = 7.000,00)

- Prejuízos acumulados conta do PL, não há, considerando a conta LPA (lucros e prejuízos acumulados) como a única conta de PL além do capital social integralizado, apuraremos lucros acumulados no valor do PL (-) Capital social integralizado 7.000,00 – 4.000,00 = 3.000,00

- Patrimônio Líquido ativo (-) passivo 7.000,00

- Passivo Exigível passivo 11.000,00

- Patrimônio bruto ativo 18.000,00

Baseado no que foi acima apresentado, analisaremos cada assertiva do enunciado.

a) Passivo a Descoberto de R$ 1.000,00 Nada indica passivo a descoberto, a menos que tenha faltado apresentar contas

de passivo no valor de 8.000,00 – o que não consta do enunciado.

b) Prejuízos Acumulados de R$ 3.000,00 Nada indica Prejuízos acumulados, a menos que tenha faltado apresentar

contas de passivo no valor de 6.000,00 – o que não consta do enunciado.

c) Patrimônio Líquido de R$ 4.000,00 O PL calculado é de R$ 7.000,00, portanto, pode ser de pelo menos R$

4.000,00, caso não haja qualquer outra conta de PL faltando e, assim, o que faltaria seria

um passivo de R$ 3.000,00.

d) Passivo Exigível de R$ 6.000,00

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Impossível, pelas contas apresentadas, o passivo exigível seria – no mínimo –

de R$ 11.000,00.

e) Patrimônio Bruto de R$ 7.000,00 Impossível, pelas contas apresentadas, o ativo seria – no mínimo – de R$

18.000,00.

Somente podemos – com certeza – descartar as alternativa (D) e (E), pairando dúvidas acerca das alternativas (A), (B) e (C). Pelo que foi acima apresentado, entendo que a questão está equivocada e que deveria ter sido anulada.

Poderíamos entender que, por não ter sido dado um balancete completo, não haveria dever de fechar o balanço. Assim, tomando por base somente os valores apresentados e calculando o PL pela diferença entre Capital Social e Capital a Integralizar chegar-se-ia ao gabarito.

Entendo que - em um momento (desesperador) como o de prova - devemos marcar a alternativa "mais adequada", sempre que não encontrarmos uma efetivamente correta.

Entretanto, partindo desses argumentos, analiso a questão e - salvo melhor juízo – continuo entendendo que ela deveria ter sido anulada.

Em todo caso, discutindo a matéria, alcançamos nosso verdadeiro objetivo - que é o aprofundamento do entendimento da teoria tratada nesta questão.

Repare que, no enunciado, é textualmente colocada a expressão "Elaborando-se corretamente a estrutura patrimonial acima" e não a expressão "considerando apenas os itens patrimoniais acima".

Ora, para elaborar a estrutura patrimonial, devemos procurar organizar o conjunto de contas apresentado. Seria uma solução simplista somar (algebricamente) os saldos de contas classificadas no PL, pois, na virtual totalidade dos casos, o PL não é formado singelamente por capital (subscrito e a realizar), mas também por reservas, LPA e etc.

Aceito, como forma de salvar a questão, esse entendimento como um enriquecimento da discussão, mas continuo entendendo que seja necessária a crítica colocada.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a

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Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o ano em que o balanço patrimonial fora levantado (2001) e, assim, fica clara qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Adicionalmente, ainda que considerássemos que o balanço em tela fosse referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, temos que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, as considerações apresentadas na resolução da questão continuariam as mesmas.

GABARITO

51 – C

3.2.16 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) ENUNCIADO

52- A firma Comercial Feirante Ltda. aplicou seu capital inicial, registrado na Junta Comercial, como segue:

- 40% em mobília para uso próprio, adquirida a vista por R$ 2.800,00;

- um título de crédito, devidamente avalizado, no valor de R$ 2.500,00;

- 5% no pagamento de despesas gerais; e

- o restante dos recursos, em moeda corrente do País.

Na mesma gestão, a empresa obteve um empréstimo de R$ 5.000,00 com encargos de 15% debitados em conta corrente. O empréstimo também foi lançado em conta corrente.

Exclusivamente a partir dessas informações, é correto afirmar que, no fim da gestão, a empresa apresenta:

a) Ativo Patrimonial no valor de R$ 10.900,00

b) Capital Próprio no valor de R$ 7.000,00

c) Disponibilidades no valor de R$ 6.350,00

d) Exigibilidades no valor de R$ 5.750,00

e) Despesas realizadas no valor de R$ 1.000,00 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Trata-se de uma questão cuja resolução demanda o conhecimento da estrutura patrimonial (ativo, passivo e PL), bem como o efeito de fatos contábeis nessa estrutura. A seguir, analisaremos cada um dos fatos descritos no enunciado e, ao final, representaremos o patrimônio da firma Comercial Feirante Ltda.

(1) capital inicial

- 40% em mobília para uso próprio, adquirida a vista por R$ 2.800,00;

- um título de crédito, devidamente avalizado, no valor de R$ 2.500,00;

- 5% no pagamento de despesas gerais; e

- o restante dos recursos, em moeda corrente do País.

Apuração do valor total do capital 40% (=) 2.800,00

100% (=) 7.000,00

Discriminação do capital mobília 2.800,00 título de crédito 2.500,00 despesas gerais 350,00 moeda 1.350,00 total 7.000,00

Lançamento:

D = diversos

C = a Capital social 7.000,00

D = móveis e utensílios 2.800,00

D = títulos a receber 2.500,00

D = despesas gerais 350,00

D = caixa 1.350,00

Representação patrimonial

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Valor contratado 5.000,00 (-) encargos (750,00) (=) valor recebido 4.250,00

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Firma Comercial Feirante Ltda. ativo Passivo

Caixa 1.350,00 Títulos a receber 2.500,00

Móveis e utensílios 2.800,00

--------------PL Capital social 7.000,00

Despesas Receitas

Despesas gerais 350,00

total 7.000,00 total 7.000,00

(2) Contratação de empréstimo

- de R$ 5.000,00 lançado em conta corrente

- com encargos de 15% debitados em conta corrente

15%

Lançamento

D = diversos

C = a empréstimos a pagar 5.000,00

D = bancos conta movimento 4.250,00

D = encargos bancários (despesa) 750,00

Representação patrimonial

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Firma Comercial Feirante Ltda. ativo Passivo

Caixa 1.350,00 Bancos 4.250,00 Títulos a receber 2.500,00 Móveis e utensílios 2.800,00

Empréstimos a pagar 5.000,00

--------------PL Capital social 7.000,00

Despesas Receitas

Despesas gerais 350,00 Encargos 750,00

total 12.000,00 total 12.000,00

Ativo

10.900,00

Passivo 5.000,00 PL 5.900,00 Resultado (1.100,00) disponibilidades 5.600,00 caixa + bancos

Feitas as considerações acima, analisaremos – a seguir – cada assertiva do enunciado da questão:

a) Ativo Patrimonial no valor de R$ 10.900,00 Correto. O ativo monta R$ 10.900,00

b) Capital Próprio no valor de R$ 7.000,00 Errado. O PL (capital próprio) monta R$ 5.900,00

c) Disponibilidades no valor de R$ 6.350,00 Errado. As disponibilidades (caixa + bancos) montam R$ 5.600,00

d) Exigibilidades no valor de R$ 5.750,00 Errado. As exigibilidades (passivo) montam R$ 5.000,00

e) Despesas realizadas no valor de R$ 1.000,00 Errado. As despesas alcançam o valor de R$ 1.100,00

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que a alternativa correta é a de letra (A).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e

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pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

52 - A

3.2.17 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) ENUNCIADO

53- A firma S.A. Mendes Som tem um plano de contas corretamente implantado com uma classificação adequada à elaboração das demonstrações financeiras, usando a seguinte codificação:

- Dígito inicial:

1 - contas do ativo

2 - contas do passivo

3 - contas do patrimônio liquido

4 - receitas

5 - despesas

- Segundo dígito:

1 - circulante

2 - realizável ou exigível a longo prazo

3 - permanente ou resultados de exercícios futuros

Ao lermos esse plano de contas, vamos verificar que o código 1.1.1.1 certamente corresponde a uma conta do subgrupo:

a) Despesas do Exercício Seguinte

b) Obrigações Mercantis a curto prazo

c) Receitas Operacionais

d) Reservas de Capital

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e) Resultados de Exercícios Futuros RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de uma questão cuja resolução demanda o conhecimento do conceito de plano de contas e a capacidade de identificação do grupo patrimonial a que um código de conta contábil (constante do plano de contas) se refere.

Por plano de contas entende-se uma relação de todas as contas contábeis componentes do sistema contábil de informações. Essa relação é ordenada por grupos patrimoniais, identificados por dígitos específicos.

No caso, foi informado que o primeiro dígito – quando igual a 1 – se refere a contas de ativo. Adicionalmente, foi informado que o segundo dígito – quando também igual a 1 – se refere a contas do circulante.

Pois bem, nessa situação, temos que o código 1.1.1.1 certamente corresponde a uma conta do subgrupo “ativo circulante”.

O ativo circulante é composto por disponibilidades, créditos, aplicações temporárias, estoques e despesas do exercício subseqüente.

Vistos os conceitos teóricos necessários, passaremos a analisar cada assertiva do enunciado.

a) Despesas do Exercício Seguinte Correto. Despesas do exercício seguinte são contas pertencentes ao subgrupo

ativo circulante.

b) Obrigações Mercantis a curto prazo Errado. Obrigações mercantis a curto prazo são contas pertencentes ao

subgrupo passivo circulante.

c) Receitas Operacionais Errado. Receitas operacionais são contas de resultado.

d) Reservas de Capital Errado. Reservas de capital são contas de PL.

e) Resultados de Exercícios Futuros Errado. Resultados de exercícios futuros são contas de passivo (em sentido

amplo).

Pelo que foi acima exposto verifica-se que a alternativa correta é a de letra (A).

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NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Com a alteração em tela, temos que:

- cabe alteração do item “2”, de “realizável ou exigível a longo prazo” para “não-circulante”;

- não é necessário – no plano de contas – o grupo “3” (ativo permanente e REF), visto que ambos os grupos foram extintos.

Feitas estas considerações, podemos analisar as assertivas à luz da legislação vigente:

a) Despesas do Exercício Seguinte Correto. Despesas do exercício seguinte são contas pertencentes ao subgrupo

ativo circulante.

b) Obrigações Mercantis a curto prazo Errado. Obrigações mercantis a curto prazo são contas pertencentes ao

subgrupo passivo circulante.

c) Receitas Operacionais Errado. Receitas operacionais são contas de resultado.

d) Reservas de Capital Errado. Reservas de capital são contas de PL.

e) Resultados de Exercícios Futuros Errado. Resultados de exercícios futuros eram contas de passivo (em sentido

amplo), mas o grupo foi extinto.

A modificação ocorrida não alcançou as demais definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

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GABARITO

53 – A

3.2.18 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) ENUNCIADO

60- Abaixo estão relacionadas as trinta contas movimentadas pela Cia. Comercial Aliança, conforme Razão Geral de 31.12.00 (data do encerramento do exercício social)

01- Ações de Coligadas R$ 600,00 02- Ações em Tesouraria R$ 400,00 03- Aluguéis Ativos R$ 100,00 04- Aluguéis Passivos R$ 275,00 05- Bancos c/ Aplicação R$ 550,00 06- Caixa R$ 600,00 07- Capital a Integralizar R$ 1.500,0008- Capital Social R$ 5.000,0009- Custo da Mercadoria Vendida R$ 1.900,0010- Depreciação Acumulada R$ 250,0011- Despesas a Pagar R$ 80,0012- Despesas a Vencer R$ 150,0013- Duplicatas a Pagar R$ 1.500,0014- Duplicatas a Receber R$ 500,0015- Duplicatas Descontadas R$ 400,0016- Fornecedores R$ 2.000,0017- Edificações R$ 2.500,0018- Impostos R$ 325,0019- Impostos a Recolher R$ 250,0020- Matéria-Prima R$ 650,0021- Mercadorias R$ 1.250,0022- Móveis e Utensílios R$ 1.750,0023- Participações Acionárias R$ 400,0024- Participação de Empregados a pagar R$ 160,0025- Provisão p/ Ajuste de Estoques R$ 100,0026- Provisão p/ Imposto de Renda R$ 330,0027- Receitas a Receber R$ 300,0028- Receitas a Vencer R$ 100,0029- Receita Bruta de Vendas R$ 3.000,0030- Reservas de Capital R$ 380,00

Exclusivamente baseados nos saldos acima, podemos afirmar que a empresa apresenta

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a) Saldos devedores no valor de R$ 11.000,00

b) Ativo permanente no valor de R$ 5.250,00

c) Passivo exigível no valor de R$ 4.420,00

d) Patrimônio líquido no valor de R$ 3.880,00

e) Patrimônio bruto no valor de R$ 8.500,00 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para resolução da presente questão, basta classificar as contas e apurar totais. Lembrando que – para verificar a correção da classificação:

- o total de saldos devedores deve ser igual ao total de saldos credores;

- o PL pode ser apurado de duas formas:

o pela diferença entre ativo e passivo o pelo valor do PL inicial, adicionado das receitas e deduzido

das despesas

A tabela a seguir apresenta a classificação das contas propostas.

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item conta saldo devedor credor ativo passivo PL permanente despesa receita01- Ações de Coligadas 600,00 600,00 600,00 600,00 02- Ações em Tesouraria 400,00 400,00 (400,00) 03- Aluguéis Ativos 100,00 100,00 100,0004- Aluguéis Passivos 275,00 275,00 275,0005- Bancos c/ Aplicação 550,00 550,00 550,0006- Caixa 600,00 600,00 600,0007- Capital a Integralizar 1.500,00 1.500,00 (1.500,00) 08- Capital Social 5.000,00 5.000,00 5.000,00 09-

Custo da Mercadoria Vendida

1.900,00

1.900,00

1.900,00

10-

Depreciação Acumulada

250,00 250,00 (250,00)

(250,00)

11- Despesas a Pagar 80,00 80,00 80,0012- Despesas a Vencer 150,00 150,00 150,0013- Duplicatas a Pagar 1.500,00 1.500,00 1.500,0014- Duplicatas a Receber 500,00 500,00 500,00 15-

Duplicatas Descontadas

400,00 400,00 (400,00)

16- Fornecedores 2.000,00 2.000,00 2.000,0017- Edificações 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 18- Impostos 325,00 325,00 325,0019- Impostos a Recolher 250,00 250,00 250,0020- Matéria-Prima 650,00 650,00 650,0021- Mercadorias 1.250,00 1.250,00 1.250,0022- Móveis e Utensílios 1.750,00 1.750,00 1.750,00 1.750,00 23-

Participações Acionárias

400,00

400,00

400,00

24-

Participação de Empregados a pagar

160,00 160,00

160,00

25-

Provisão p/ Ajuste de Estoques

100,00 100,00 (100,00)

26-

Provisão p/ Imposto de Renda

330,00 330,00

330,00

27- Receitas a Receber 300,00 300,00 300,0028- Receitas a Vencer 100,00 100,00 100,00 29-

Receita Bruta de Vendas

3.000,00 3.000,00

3.000,00

30- Reservas de Capital 380,00 380,00 380,00 TOTAIS 13.650,00 13.650,00 8.500,00 4.420,00 3.480,00 4.600,00 2.500,00 3.100,00

pl = ativo (-) passivo 4.080,00

PL = PL inicial (+) receita (-) despesa 4.080,00

Realizada a classificação e a totalização propostas, passaremos a analisar cada uma das assertivas da questão:

a) Saldos devedores no valor de R$ 11.000,00 Errado. Saldos devedores (e credores também) no valor de R$ 13.650,00.

b) Ativo permanente no valor de R$ 5.250,00 Errado. Ativo permanente no valor de R$ 4.600,00.

c) Passivo exigível no valor de R$ 4.420,00

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Não se pode afirmar com certeza. Dependendo da interpretação da

classificação da conta “Receitas a vencer” (como conta de passivo ou REF), podemos ter

o passivo exigível no valor de R$ 4.420,00 ou R$ 4.320,00.

d) Patrimônio líquido no valor de R$ 3.880,00 Errado. O PL foi apurado no valor de R$ 4.080,00.

e) Patrimônio bruto no valor de R$ 8.500,00 Certo.

Quanto à alternativa (c), cabe colocar que, de duas possíveis interpretações para a questão (quais sejam: Receitas a vencer como REF ou Passivo exigível) temos que:

- considerando Receitas a vencer como passivo, chegamos a duas assertivas corretas – (c) e (e)

- considerando Receitas a vencer como REF, chegamos a apenas uma assertiva correta – (e).

Portanto a interpretação desejada pelo examinador é a que considera Receitas a vencer como REF.

Pelo que foi acima exposto, a alternativa correta para a questão é a alternativa de letra (E).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que cabem aqui duas colocações.

Primeiramente, a questão identifica o ano em que o balanço patrimonial fora levantado (2000) e, assim, fica clara qual a legislação a ele aplicável – indubitavelmente a redação anterior da Lei das S/A.

Considerando o balanço em tela referente ao ano atual, para o qual a alteração da Lei das S/A já estaria em vigor, temos que:

- a referência a ativo permanente deve ser alterada, pela extinção do grupo e transferência, para o ativo não-circulante, de seus subgrupos ativo investimentos, ativo imobilizado e ativo intangível (lembrando que o antigo ativo diferido foi extinto);

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- o REF foi extinto, sendo suas contas componentes consideradas receitas diferidas no passivo não circulante.

Com a modificação ocorrida, podemos reapresentar a tabela, nos termos a seguir:

item conta saldo devedor credor ativo passivo PL permanente despesa receita01- Ações de Coligadas 600,00 600,00 600,00 600,00 02- Ações em Tesouraria 400,00 400,00 (400,00) 03- Aluguéis Ativos 100,00 100,00 100,0004- Aluguéis Passivos 275,00 275,00 275,0005- Bancos c/ Aplicação 550,00 550,00 550,0006- Caixa 600,00 600,00 600,0007- Capital a Integralizar 1.500,00 1.500,00 (1.500,00) 08- Capital Social 5.000,00 5.000,00 5.000,00 09-

Custo da Mercadoria Vendida

1.900,00

1.900,00

1.900,00

10-

Depreciação Acumulada

250,00 250,00 (250,00)

(250,00)

11- Despesas a Pagar 80,00 80,00 80,0012- Despesas a Vencer 150,00 150,00 150,0013- Duplicatas a Pagar 1.500,00 1.500,00 1.500,0014- Duplicatas a Receber 500,00 500,00 500,00 15-

Duplicatas Descontadas

400,00 400,00 (400,00)

16- Fornecedores 2.000,00 2.000,00 2.000,0017- Edificações 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 18- Impostos 325,00 325,00 325,0019- Impostos a Recolher 250,00 250,00 250,0020- Matéria-Prima 650,00 650,00 650,0021- Mercadorias 1.250,00 1.250,00 1.250,0022- Móveis e Utensílios 1.750,00 1.750,00 1.750,00 1.750,00 23-

Participações Acionárias

400,00

400,00

400,00

24-

Participação de Empregados a pagar

160,00 160,00

160,00

25-

Provisão p/ Ajuste de Estoques

100,00 100,00 (100,00)

26-

Provisão p/ Imposto de Renda

330,00 330,00

330,00

27- Receitas a Receber 300,00 300,00 300,0028- Receitas a Vencer 100,00 100,00 100,00 29-

Receita Bruta de Vendas

3.000,00 3.000,00

3.000,00

30- Reservas de Capital 380,00 380,00 380,00 TOTAIS 13.650,00 13.650,00 8.500,00 4.420,00 3.480,00 4.600,00 2.500,00 3.100,00

pl = ativo (-) passivo 4.080,00

PL = PL inicial (+) receita (-) despesa 4.080,00

Realizada a classificação e a totalização propostas, passaremos a analisar cada uma das assertivas da questão:

a) Saldos devedores no valor de R$ 11.000,00 Errado. Saldos devedores (e credores também) no valor de R$ 13.650,00.

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b) Ativo permanente no valor de R$ 5.250,00 Errado. Considerando o antigo Ativo permanente como sendo a soma do ativo

investimentos, do ativo imobilizado e do ativo intangível, alcançamos um valor de R$

4.600,00.

c) Passivo exigível no valor de R$ 4.420,00 Certo. Com a extinção do REF, pode-se afirmar com certeza que sim, podemos

ter o passivo exigível no valor de R$ 4.420,00.

d) Patrimônio líquido no valor de R$ 3.880,00 Errado. O PL foi apurado no valor de R$ 4.080,00.

e) Patrimônio bruto no valor de R$ 8.500,00 Certo.

Pelo que foi exposto acima, com as alterações da Lei das S/A implementadas a partir da Medida Provisória nº 449, de 2008, em específico a extinção do REF, ficamos com duas respostas corretas e a questão fica sem gabarito.

GABARITO

60 - E

3.2.19 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ENUNCIADO

10. Qual a alternativa que contém, exclusivamente, contas pertencentes ao Ativo Circulante?

(A) Bancos Conta Movimento - Duplicatas Descontadas - Receitas Financeiras.

(B) Duplicatas Descontadas – Bancos Conta Movimento - Adiantamentos de Clientes.

(C) Adiantamentos de Clientes – Adiantamentos aos Fornecedores - Duplicatas Descontadas.

(D) Adiantamentos de Clientes - Duplicatas Descontadas - Despesas do Exercício Seguinte.

(E) Adiantamentos aos Fornecedores – Duplicatas Descontadas - Despesas Pagas Antecipadamente.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda a capacidade de classificação de contas contábeis em grupos patrimoniais e, em específico, o conhecimento da definição do grupo patrimonial ativo circulante.

De acordo com o disposto no art. 179 da Lei da S/A, no balanço patrimonial, o ativo circulante será composto por bens ou direitos realizáveis no exercício seguinte, conforme abaixo:

Ativo

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

O grupo Ativo Circulante é composto pelos seguintes subgrupos: (a) Disponibilidades; (b) Aplicações de Curto Prazo; (c) Créditos; (d) Estoques e (d) Despesas Antecipadas.

Vistos os conceitos teóricos necessários, resolveremos a questão através da análise de cada alternativa do enunciado, indicando a classificação de cada uma das contas contábeis apresentadas eventualmente não pertencentes ao ativo circulante.

(A) Bancos Conta Movimento - Duplicatas Descontadas - Receitas Financeiras.

Errado. Receitas financeiras são contas de resultado.

(B) Duplicatas Descontadas – Bancos Conta Movimento - Adiantamentos de Clientes.

Errado. Adiantamentos de clientes são contas de passivo circulante.

(C) Adiantamentos de Clientes – Adiantamentos aos Fornecedores - Duplicatas Descontadas.

Errado. Adiantamentos de clientes são contas de passivo circulante.

(D) Adiantamentos de Clientes - Duplicatas Descontadas - Despesas do Exercício Seguinte.

Errado. Adiantamentos de clientes são contas de passivo circulante.

(E) Adiantamentos aos Fornecedores – Duplicatas Descontadas - Despesas Pagas Antecipadamente.

Correto. Todas as contas apresentadas são contas de ativo circulante.

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Pelo que foi acima exposto, percebe-se que a alternativa correta para a questão é a alternativa de letra (E).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449,de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a definição de ativo circulante não foi alterada. Portanto, modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (E).

GABARITO

10. E

3.2.20 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ENUNCIADO

11. Qual a alternativa que contém, exclusivamente, contas pertencentes ao Ativo Permanente?

(A) Gastos Diferidos - Depreciação Acumulada – Despesas Pagas Antecipadamente.

(B) Terrenos para Investimentos - Depreciação Acumulada – Antecipação de Clientes.

(C) Gastos Pré-operacionais - Juros Pagos Antecipadamente. - Receitas Imobiliárias Futuras.

(D) Depreciação Acumulada - Benfeitorias em Prédios de Terceiros de Caráter Permanente – Veículos para o Uso de Transporte de Matéria- Prima.

(E) Veículos para o Uso de Transporte de Matéria-Prima - Depreciação Acumulada - despesas com Empréstimos Compulsórios.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007. Assim, nos

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comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda a capacidade de classificação de contas contábeis em grupos patrimoniais e, em específico, o conhecimento da definição do grupo patrimonial ativo permanente.

O Ativo Permanente compreende os bens e direitos que não se deseja ou não se pode realizar, isto é, vender e transformar em dinheiro.

Esses bens e direitos podem ter sido adquiridos com o objetivo de dar operacionalidade à empresa. Neste caso, compõem o grupo imobilizado.

Por outro lado, caso a aquisição seja relativa a participações societárias ou a outros bens e direitos que não se destinarem à manutenção da

atividade da empresa, tais elementos comporão o grupo investimentos.

Existem ainda aplicações em despesas que contribuem para a formação do resultado de exercícios subseqüentes e não devem, portanto, ser apropriadas ao exercício em que foram gastas. Neste caso, constituem o grupo diferido.

Vistos os conceitos teóricos necessários, resolveremos a questão através da análise de cada alternativa do enunciado, indicando a classificação de cada uma das contas contábeis apresentadas eventualmente não pertencentes ao ativo permanente.

(A) Gastos Diferidos - Depreciação Acumulada – Despesas Pagas Antecipadamente.

Errado. As despesas pagas antecipadamente são classificadas no ativo

circulante.

(B) Terrenos para Investimentos - Depreciação Acumulada – Antecipação de Clientes.

Errado. As antecipações de clientes são classificadas no passivo circulante..

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(C) Gastos Pré-operacionais - Juros Pagos Antecipadamente. - Receitas Imobiliárias Futuras.

Errado. Juros pagos antecipadamente são classificados no ativo circulante e

receitas imobiliárias futuras, nos resultados de exercícios futuros.

(D) Depreciação Acumulada - Benfeitorias em Prédios de Terceiros de Caráter Permanente – Veículos para o Uso de Transporte de Matéria- Prima.

Correto. Todas as contas apresentadas são classificadas no ativo permanente.

(E) Veículos para o Uso de Transporte de Matéria-Prima - Depreciação Acumulada - despesas com Empréstimos Compulsórios.

Errado. Despesas com empréstimos compulsórios são classificadas em conta

de resultado.

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Foi alterada a definição de ativo permanente, da seguinte forma:

- o ativo permanente, de acordo com a redação original da Lei das S/A era composto pelos subgrupos (a) investimentos, (b) imobilizado e (c) diferido;

- com o advento da Lei n° 11.638, de 2007, o ativo permanente passou a ser composto pelos subgrupos (a) investimentos, (b) imobilizado, (c) intangível e (d) diferido;

- com a edição da Medida Provisória n° 449, de 2008: (1) o ativo diferido foi extinto e (2) os demais subgrupos antes pertencentes ao ativo permanente foram transferidos para o então criado grupo Ativo não-circulante.

Passaremos a analisar a questão à luz da nova legislação e dos conceitos acima apresentados.

Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda a capacidade de classificação de contas contábeis em grupos patrimoniais e, em específico, o conhecimento da definição do grupo patrimonial ativo permanente.

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O Ativo Permanente compreendia os bens e direitos que não se desejava ou não se podia realizar, isto é, vender e transformar em dinheiro. Esse grupo foi extinto e seus componentes remanejados para o ativo não- circulante:

(a) Esses bens podem ser corpóreos terem sido adquiridos com o objetivo de dar operacionalidade à empresa. Neste caso, compõem o grupo imobilizado.

(b) Esses bens podem ser incorpóreos e terem sido adquiridos com o objetivo de dar operacionalidade à empresa. Nesse caso, compõem o grupo intangível.

(c) Por outro lado, caso a aquisição seja relativa a participações societárias ou a outros bens e direitos que não se destinarem à manutenção da atividade da empresa, tais elementos comporão o grupo investimentos.

(d) Porém, existiam ainda aplicações em despesas que contribuíssem para a formação do resultado de exercícios subseqüentes. Neste caso, constituíam o grupo diferido, ora extinto.

Vistos os conceitos teóricos necessários, resolveremos a questão através da análise de cada alternativa do enunciado, considerando como “Ativo Permanente” a soma de “ativo investimentos”, “ativo imobilizado” e “ativo intangível”, indicando a classificação de cada uma das contas contábeis apresentadas eventualmente não pertencentes ao ativo permanente.

(A) Gastos Diferidos - Depreciação Acumulada – Despesas Pagas Antecipadamente.

Errado. As despesas pagas antecipadamente são classificadas no ativo

circulante. Adicionalmente, os gastos diferidos, que antes podiam se classificar como ativo

diferido, devem ser imediatamente reconhecidos no resultado.

(B) Terrenos para Investimentos - Depreciação Acumulada – Antecipação de Clientes.

Errado. As antecipações de clientes são classificadas no passivo circulante.

(C) Gastos Pré-operacionais - Juros Pagos Antecipadamente. - Receitas Imobiliárias Futuras.

Errado. Juros pagos antecipadamente são classificados no ativo circulante e

receitas imobiliárias futuras, como receitas diferidas no passivo não-circulante.

Adicionalmente, gastos pré-operacionais, que antes podiam se classificar como ativo

diferido, devem ser imediatamente reconhecidos no resultado.

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(D) Depreciação Acumulada - Benfeitorias em Prédios de Terceiros de Caráter Permanente – Veículos para o Uso de Transporte de Matéria- Prima.

Correto. Todas as contas apresentadas são classificadas em subgrupos

pertencentes ao antigo ativo permanente:

Depreciação Acumulada - conta retificadora do ativo imobilizado

Benfeitorias em Prédios de Terceiros de Caráter Permanente - ativo

imobilizado

Veículos para o Uso de Transporte de Matéria-Prima - ativo imobilizado.

(E) Veículos para o Uso de Transporte de Matéria-Prima - Depreciação Acumulada - despesas com Empréstimos Compulsórios.

Errado. Despesas com empréstimos compulsórios são classificadas em conta

de resultado.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (D).

GABARITO

11. D

3.2.21 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ENUNCIADO

12. Qual a alternativa que contém uma conta classificada no Patrimônio Líquido que apresenta saldo de natureza devedora?

(A) Ações em Tesouraria.

(B) Ações de Empresas Emergentes.

(C) Capital Social Subscrito e Integralizado.

(D) Reservas para Contingência.

(E) Reservas de Lucros a Realizar. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e

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comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda a capacidade de classificação de contas contábeis em grupos patrimoniais e, em específico, o conhecimento da definição do grupo patrimonial Patrimônio Líquido.

A Lei das S/A, em seu art. 178, classifica como integrantes do Patrimônio Líquido as seguintes contas (ou grupos de contas): (1) capital social, (2) reservas de capital, (3) reservas de reavaliação, (4) reservas de lucros e (5) lucros ou prejuízos acumulados. Para fins de esclarecimento, o citado artigo encontra-se reproduzido a seguir:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

...

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

...

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

O art. 182 da Lei das S/A dispõe sobre mais um item componente do Patrimônio Líquido: as ações em tesouraria, que deve ser registrado como conta devedora, retificadora da conta que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. Abaixo encontra-se reproduzido o citado artigo:

Art. 182. ...

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

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Vistos os conceitos teóricos necessários, resolveremos a questão através da análise de cada alternativa do enunciado, indicando a classificação de cada uma das contas contábeis apresentadas que, eventualmente, não se enquadrem na classificação de “conta devedora do PL”.

(A) Ações em Tesouraria. Correto. Cabe colocar que a conta “Ações em tesouraria”, em que pese estar

classificada no Patrimônio líquido, representa um título (bem ou direito) possuído pela

companhia e que deveria, portanto, estar classificada no ativo (como qualquer outro bem

ou direito). Assim, a conta “Ações em tesouraria” apresenta natureza de ativo e

funcionamento de ativo, mas (por força da Lei das S/A), para facilitar a apresentação do

patrimônio, fica registrada no Patrimônio líquido com o sinal invertido.

(B) Ações de Empresas Emergentes. Errado. Ações de empresas emergentes são classificadas no ativo.

(C) Capital Social Subscrito e Integralizado. Errado. Em que pese o capital (subscrito e integralizado) estar classificado no

PL, não é conta devedora – mas sim conta credora.

(D) Reservas para Contingência. Errado. Em que pese as reservas para contingência estarem classificadas no

PL, não se trata de conta devedora – mas sim conta credora.

(E) Reservas de Lucros a Realizar. Errado. Em que pese as reservas de lucros a realizar estarem classificadas no

PL, não se trata de conta devedora – mas sim conta credora.

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que a alternativa correta é a de letra (A).

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”.

Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda a capacidade de classificação de contas contábeis em grupos patrimoniais e, em

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reservas de capital,reservas de lucros,

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específico, o conhecimento da definição do grupo patrimonial Patrimônio Líquido.

A Lei das S/A, em seu art. 178, classifica como integrantes do Patrimônio Líquido as seguintes contas (ou grupos de contas): (1) capital social, (2) reservas de capital, (3) reservas de reavaliação, (4) reservas de lucros e (5) lucros ou prejuízos acumulados. Para fins de esclarecimento, o citado artigo encontra-se reproduzido a seguir:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

...

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

a) passivo circulante;

b) passivo exigível a longo prazo;

c) resultados de exercícios futuros;

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

I - passivo circulante; (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

II - passivo não-circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

III - patrimônio líquido, dividido em capital social, ajustes de avaliação patrimonial, ações em tesouraria e prejuízos

acumulados. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Vistos os conceitos teóricos necessários, resolveremos a questão através da análise de cada alternativa do enunciado, indicando a classificação de cada uma das contas contábeis apresentadas que, eventualmente, não se enquadrem na classificação de “conta devedora do PL”.

(A) Ações em Tesouraria. Correto. Cabe colocar que a conta “Ações em tesouraria”, em que pese estar

classificada no Patrimônio líquido, representa um título (bem ou direito) possuído pela

companhia e que deveria, portanto, estar classificada no ativo (como qualquer outro bem

ou direito). Assim, a conta “Ações em tesouraria” apresenta natureza de ativo e

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funcionamento de ativo, mas (por força da Lei das S/A), para facilitar a apresentação do

patrimônio, fica registrada no Patrimônio líquido com o sinal invertido.

(B) Ações de Empresas Emergentes. Errado. Ações de empresas emergentes são classificadas no ativo.

(C) Capital Social Subscrito e Integralizado. Errado. Em que pese o capital (subscrito e integralizado) estar classificado no

PL, não é conta devedora – mas sim conta credora.

(D) Reservas para Contingência. Errado. Em que pese as reservas para contingência estarem classificadas no

PL, não se trata de conta devedora – mas sim conta credora.

(E) Reservas de Lucros a Realizar. Errado. Em que pese as reservas de lucros a realizar estarem classificadas no

PL, não se trata de conta devedora – mas sim conta credora.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

12. A INFORMAÇÕES

Instrução: Considere os dados patrimoniais da empresa RIO DO SUL LTDA. para responder às questões 17 e 18.

·Caixa - R$ 2.000,00 ;· Contas a Receber de Clientes- R$ 23.000,00 ;· Depreciação Acumulada- R$ 5.000,00 ;· Duplicatas Descontadas R$ 13.000,00 ;· Estoque de Mercadorias para Revenda - R$ 18.000,00 ;· Financiamento Bancário de Curto Prazo - R$ 10.000,00 ;. Fornecedores - R$ 12.000,00 ;· Máquinas e Equipamentos - R$ 35.000,00 ;· Veículos- R$30.000,00 .

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3.2.22 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ENUNCIADO

17. O total do ativo circulante é

(A) R$30.000,00.

(B) R$ 34.000,00.

(C) R$35.000,00.

(D) R$43.000,00.

(E) R$ 56.000,00. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de questão cuja resolução demanda a capacidade de reconhecer as contas componentes do ativo circulante e a realização do somatório de seus saldos.

Conta saldo Classificação Ativo Circulante ·Caixa - R$ 2.000,00 AC R$ 2.000,00 · Contas a Receber de Clientes- R$ 23.000,00 AC R$ 23.000,00 · Depreciação Acumulada- R$ 5.000,00 AP (retif) · Duplicatas Descontadas R$ 13.000,00 AC (retif) (R$ 13.000,00)· Estoque de Mercadorias para Revenda - R$ 18.000,00 AC R$ 18.000,00· Financiamento Bancário de Curto Prazo - R$ 10.000,00 PC . Fornecedores - R$ 12.000,00 PC · Máquinas e Equipamentos - R$ 35.000,00 AP· Veículos- R$30.000,00 AP Total R$ 30.000,00

De acordo com a classificação e a memória de cálculo acima, verifica-se que o saldo do Ativo Circulante é R$ 30.000,00 – conforme alternativa (A).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

A única alteração relevante para os comentários da questão é que as contas antes classificadas como Ativo Permanente passaram a ser reconhecidas no grupo Ativo não-circulante (criado pela Medida Provisória n° 449, de 2008). Com esta consideração, podemos refazer a tabela antes apresentada, nos termos abaixo:

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Conta s aldo Clas s ificação Ativo Circulante ·Caixa - R$ 2.000,00 AC R$ 2.000,00 · Contas a Receber de Clientes - R$ 23.000,00 AC R$ 23.000,00 · Depreciação Acumulada- R$ 5.000,00 Anc (retif) · Duplicatas Des contadas R$ 13.000,00 AC (retif) (R$ 13.000,00) · Es toque de Mercadorias para Revenda - R$ 18.000,00 AC R$ 18.000,00 · Financiamento Bancário de Curto Prazo - R$ 10.000,00 PC. Fornecedores - R$ 12.000,00 PC· Máquinas e Equipamentos - R$ 35.000,00 Anc

· Veículos - R$30.000,00 Anc Total R$ 30.000,00

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as demais definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

17. A

3.2.23 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ENUNCIADO

18. O valor do patrimônio líquido é

(A) R$ 65.000,00.

(B) R$ 68.000,00.

(C) R$73.000,00.

(D) R$ 81.000,00.

(E) R$90.000,00. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de questão cuja resolução demanda a capacidade de reconhecer os grupos patrimoniais a que as contas apresentadas pertencem e o conhecimento da equação fundamental do patrimônio Ativo (-) Passivo (=) Patrimônio líquido. Em seguida, basta a realização do somatório de seus saldos e a apresentação do valor do grupo patrimonial em questão.

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Conta saldo Classificação ·Caixa - R$ 2.000,00 AC · Contas a Receber de Clientes- R$ 23.000,00 AC· Depreciação Acumulada- R$ 5.000,00 AP (retif)· Duplicatas Descontadas R$ 13.000,00 AC (retif)· Estoque de Mercadorias para Revenda - R$ 18.000,00 AC· Financiamento Bancário de Curto Prazo - R$ 10.000,00 PC. Fornecedores - R$ 12.000,00 PC· Máquinas e Equipamentos - R$ 35.000,00 AP· Veículos- R$30.000,00 AP Total

Ativo Passivo e PL ·Caixa - 2.000,000 · Financiamento Bancário de Curto Prazo - 10.000,00 · Contas a Receber de Clientes- 23.000,000 . Fornecedores - 12.000,00 · Duplicatas Descontadas (13.000,000) · Estoque de Mercadorias para Revenda - 18.000,000 --- Patrimônio Líquido ---------------------------- · Máquinas e Equipamentos - 35.000,000 · Veículos- 30.000,000 ??? · Depreciação Acumulada- (5.000,000) Totais

90.000,000

22.000,00

Ativo (-) Passivo (=) PL ===> PL (=)

68.000,000

Pelo que foi acima apresentado, conclui-se que o valor do saldo do PL é R$ 68.000,00 – conforme alternativa (B).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis” , entre outros pronunciamentos técnicos.

A única alteração relevante para os comentários da questão é que as contas antes classificadas como Ativo Permanente passaram a ser reconhecidas no grupo Ativo não-circulante (criado pela Medida Provisória n° 449, de 2008). Com esta consideração, podemos refazer a tabela antes apresentada, nos termos abaixo:

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Conta s aldo Clas s ificação Ativo Circulante ·Caixa - R$ 2.000,00 AC R$ 2.000,00 · Contas a Receber de Clientes - R$ 23.000,00 AC R$ 23.000,00 · Depreciação Acumulada- R$ 5.000,00 Anc (retif) · Duplicatas Des contadas R$ 13.000,00 AC (retif) (R$ 13.000,00) · Es toque de Mercadorias para Revenda - R$ 18.000,00 AC R$ 18.000,00 · Financiamento Bancário de Curto Prazo - R$ 10.000,00 PC. Fornecedores - R$ 12.000,00 PC· Máquinas e Equipamentos - R$ 35.000,00 Anc

· Veículos - R$30.000,00 Anc Total R$ 30.000,00

Ativo Passivo e PL

·Caixa - 2.000,000 · Financiamento Bancário de Curto Prazo - 10.000,00 · Contas a Receber de Clientes- 23.000,000 . Fornecedores - 12.000,00 · Duplicatas Descontadas (13.000,000) · Estoque de Mercadorias para Revenda - 18.000,000 --- Patrimônio Líquido ---------------------------- · Máquinas e Equipamentos - 35.000,000 · Veículos- 30.000,000 ??? · Depreciação Acumulada- (5.000,000) Totais

90.000,000

22.000,00

Ativo (-) Passivo (=) PL ===> PL (=)

68.000,000

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as demais definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (B).

GABARITO

18. B

3.2.24 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ENUNCIADO

13. As aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social são classificadas no

(A) Ativo Permanente Diferido.

(B) Ativo Permanente Imobilizado de Curto Prazo.

(C) Ativo Permanente Imobilizado de Longo Prazo.

(D) Ativo Permanente Investimentos de Curto Prazo.

(E) Ativo Permanente Investimentos de Longo Prazo. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão teórica de facílima resolução, considerando o texto da Lei das S/A e – em específico – a definição do grupo patrimonial Ativo Permanente Diferido.

O Ativo Diferido caracteriza-se por evidenciar os recursos aplicados na realização de despesas que, por possuírem claro potencial de contribuição para a formação do resultado de mais de um exercício social futuro, somente são apropriadas às contas de resultado à medida e na proporção em que essa contribuição influencia a geração do resultado de cada exercício.

Autores reputam a distinção do Ativo Diferido em relação às Despesas Antecipadas (classificadas no Ativo Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo) aos seguintes principais fatores:

a) as Despesas Antecipadas representam recursos aplicados no pagamento de despesas que, em função do regime de competência, ainda não foram incorridas, ou seja, não pertencem ao exercício em que foram pagas, mas a exercício posterior. O Ativo Diferido representa despesas já incorridas que, pelo benefício futuro que delas se espera, têm sua apropriação ao resultado diferida em função do período de tempo no qual se prevê sua efetiva contribuição à formação do resultado da empresa;

b) a apropriação ao resultado é sempre feita, no caso dos ativos diferidos, por estimativa do número de exercícios para o resultado dos quais essas despesas contribuirão, sempre com certa dose de subjetivismo envolvida. Já a apropriação ao resultado das despesas antecipadas está vinculada de forma bastante objetiva

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a determinado(s) período(s) futuro(s) (normalmente o próximo), em função de cláusula contratual, recebimento do benefício ou serviço ou ocorrência de determinado evento específico.

O grupo Ativo Diferido, classificado no Ativo Permanente, apresenta em geral as seguintes contas (a seguir estudadas em separado), sendo destacados os valores de custo e de amortização acumulada:

- Pesquisa - desenvolvimento de patentes;

- Propaganda institucional;

- Reorganização administrativa e desenvolvimento de sistemas;

- Despesas pré-operacionais.

O texto da Lei das S/A, apesar de sempre ser nosso ponto inicial de análise, não nos parece ser suficiente para concluir acerca do critério a ser utilizado para classificação de gastos no ativo diferido. Quando da definição de onde devem ser classificadas as diversas contas, a Lei nº 6.404/76 assim se expressa no tocante ao Ativo Diferido:

"Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: ...

V _ no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais."

Pelo que foi acima exposto, as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social são classificadas no Ativo Permanente Diferido – conforme alternativa (A).

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

O art. 178, que dispõe sobre os grupos de contas componentes do Balanço Patrimonial também sofreu alterações pela Lei 11.638, de 2007. A seguir, para fins de clareza, encontra-se reproduzido o referido artigo com a redação anterior riscada e, em seguida, a nova redação:

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reservas de capital,reservas de lucros,

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Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

a) ativo circulante;

b) ativo realizável a longo prazo;

c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.

c) ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

a) passivo circulante;

b) passivo exigível a longo prazo;

c) resultados de exercícios futuros;

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, ajustes de avaliação patrimonial, ações em tesouraria e prejuízos

acumulados. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

A alteração da redação do art. 178 da Lei das S/A resultou em modificação na estrutura de dois grandes – e importantes – grupos patrimoniais: (1) o Ativo Permanente e (2) o Patrimônio Líquido.

Quanto ao ativo permanente, foi criado um novo grupo – o Intangível – e foi restrita a definição do Diferido, conforme art. 179, a seguir:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;

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III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial; V - no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais.

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Nesse artigo 179, podemos visualizar as primeiras efetivas mudança na Lei das S/A; pois, de fato, houve: (a) alteração – redução – do conteúdo do Ativo Imobilizado, (b) criação do subgrupo Intangível – com itens que antes pertenciam ao Ativo Imobilizado e (c) restrição do conceito de Ativo Diferido.

Importante colocar que não é qualquer despesa que contribua para a formação do resultado de mais de um exercício que se enquadra na definição de diferido (isso ocorria na redação anterior da Lei das S/A). Agora, com a nova redação dada à Lei das S/A pela Lei n° 11.638, de 2007, somente as despesas pré-operacionais e de reestruturação é que devem ser classificadas como diferido. Os gastos em pesquisa e desenvolvimento (que antes podiam ser ativados no diferido) agora são, respectivamente: despesa e ativo intangível.

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Assim, entendemos que – com forte na nova legislação introduzida pela Lei n° 11.638, de 2007 – já não haveria gabarito para a questão em comento.

Adicionalmente, cabe colocar que a Medida Provisória n° 449, de 2008, também tratou o assunto EXTINGUINDO O ATIVO DIFERIDO, nos termos da redação dada ao art. 179 da Lei das S/A:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

...

V - no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais.

...

V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Com esta nova legislação, as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social devem ser reconhecidas como efetivas despesas, no resultado.

Assim, confirma-se que – com forte na nova legislação introduzida pela Medida Provisória n° 449, de 2008 – também não haveria gabarito para a questão em comento.

GABARITO

13. A

3.2.25 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) Instruções

As questões de números 31 a 34 devem ser respondidas tendo em vista o contido nos demonstrativos contábeis de uma entidade mercantil, resultantes exclusivamente do balancete e dos ajustes (valores em R$M quando não mencionado, %) a seguir indicados:

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CPF

sousa,

de

camargos

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Ajustes a registrar

Estoque Final ......................................................... 50

Depreciação de Móveis e Utensílios ........................... 10%

Amortização .......................................................... 20%

Provisão para inadimplências ................................... 10%

Provisão p/imposto de renda ................................... 5

Destinação dos lucros:

Lucros Atribuídos .................................................... 40

Reservas de Lucros ................................................. 30 ENUNCIADO

31. Ativo Permanente

(A) 175

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(B) 172

(C) 156

(D) 153

(E) 144 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Antes de resolver a questão, vamos classificar as contas, realizar os ajustes finais e apresentar o balancete, conforme a seguir:

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Ativo Passivo Aplic de liq. Imediata 10,00 fornecedores 50,00 Bancos c. mov. 15,00 contas a pagar 25,00 Mercadorias - estoque 50,00Clientes 110,00 Prov IR 5,00

*(4) (-) PCLD (11,00) despesas do ex. seguinte 20,00

Receitas diferidas 18,00

móveis e utensílios 160,00 -------------PL *(2) (-) dep. Acum (16,00) capital 150,00 *(5)

despesas pré-operacionais 15,00 Lucros acumulados 37,00

*(3) (-) amort. Acum (3,00)

Despesas Receitas despesas operacionais 30,00 vendas 300,00

*(1) CMV 190,00 Receitas diversas 20,00*(2) desp depreciação 16,00*(3) desp amortização 3,00*(4) Desp c/ PCLD 11,00*(5) Prov. IR 5,00

Totais 605,00 Totais 605,00

Ajustes finais(1) Apuração do CMV Obs

Estoque Inicial 40,00 Mercadorias - estoque(+) Compras 200,00 dado do balancete(-) Estoque final (50,00)(=) CMV 190,00 (2) Depreciação de móveis e utensílios Obsmóveis e utensílios 160,00(*) 10%(=) encargo 16,00

(3) Amortização do diferido Obsdespesas pré-operacionais 15,00(*) 20%(=) encargo 3,00

(4) PCLD - inadimplências ObsClientes 110,00(*) 10%(=) provisão 11,00

(5) Imposto de renda 5,00

Após o levantamento do balancete, cabe apurar o resultado, conforme a seguir:

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Des pes as Receitas des pes as operacionais 30,00 vendas 300,00 CMV 190,00 Receitas divers as 20,00 des p depreciação 16,00des p amortização 3,00Des p c/ PCLD 11,00Prov. IR 5,00 Des pes as

255,00 Receitas 320,00

Lucro 65,00

Adicionalmente, cabe realizar a destinação do resultado conforme tabela a seguir:

DLPA Saldo inicial 37,00(+) lucro 65,00(=) Saldo à disposição da AGO 102,00(=) destinação (-) dividendos atribuídos (40,00)(-) Reservas de lucro constituídas (30,00)(=) Saldo final 32,00

Finalmente, podemos apresentar o Balanço Patrimonial:

Ativo Passivo Aplic de liq. Imediata 10,00 fornecedores 50,00 Bancos c. mov. 15,00 contas a pagar 25,00 Mercadorias - estoque 50,00 dividendos a pagar 40,00 Clientes 110,00 Prov IR 5,00(-) PCLD (11,00)despesas do ex. seguinte 20,00

Receitas diferidas 18,00

móveis e utensílios 160,00 -------------PL (-) dep. Acum (16,00) capital 150,00

Reservas de lucro 30,00 despesas pré-operacionais 15,00 Lucros acumulados 32,00(-) amort. Acum (3,00)

Totais 350,00 Totais 350,00

À época do concurso em tela, o Ativo Permanente era composto por três sub-grupos, a saber: Investimentos, Imobilizado e Diferido. Ao examinarmos as contas e as informações adicionais para a determinação dos valores do balancete anterior, observamos a seguinte composição:

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móveis e utensílios (-) dep. Acum (16,00) despesas pré-operacionais 15,00 (-) amort. Acum (3,00) 156,00

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160,00

Pelo que foi acima exposto, temos o valor do permanente calculado no montante de R$ 156,00, conforme alternativa (C).

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entre outras modificações decorrentes da alteração normativa ocorrida, houve a determinação de nova estrutura para o balanço patrimonial:

a) foi introduzido o grupo intangíveis (composto por elementos não corpóreos utilizados na atividade da companhia)

b) foram transferidos para o Ativo não-circulante, os subgrupos pertencentes ao antigo Ativo Permanente (que foi extinto) – assim, passaram a fazer parte do ativo não-circulante os subgrupos (i) Ativo realizável a Longo Prazo, (ii) Ativo Imobilizado, (iii) Ativo Investimentos, (iv) Ativo Intangível.

c) o antigo Passivo Exigível a Longo Prazo foi renomeado para Passivo não-circulante.

d) foram extintos:

- o ativo diferido (passando a ser reconhecidos diretamente no exercício os elementos que não se enquadrassem na definição de intangível), sendo que o saldo existente em 31/12/2008 poderá permanecer no ativo até sua completa amortização.

- os Resultados de Exercícios futuros (passando seus elementos a ser classificados como “receitas diferidas”, no passivo não circulante).

Considerando as alterações acima referida, iremos resolver a questão.

Antes de resolver a questão, vamos classificar as contas, realizar os ajustes finais e apresentar o balancete, conforme a seguir:

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Ativo Passivo Aplic de liq. Imediata 10,00 fornecedores 50,00 Bancos c. mov. 15,00 contas a pagar 25,00 Mercadorias - estoque 50,00Clientes 110,00 Prov IR 5,00

*(4) (-) PCLD (11,00) despesas do ex. seguinte 20,00

Receitas diferidas 18,00

móveis e utensílios 160,00 -------------PL *(2) (-) dep. Acum (16,00) capital 150,00 *(5)

despesas pré-operacionais 15,00 Lucros acumulados 37,00

*(3) (-) amort. Acum (3,00)

Despesas Receitas despesas operacionais 30,00 vendas 300,00

*(1) CMV 190,00 Receitas diversas 20,00*(2) desp depreciação 16,00*(3) desp amortização 3,00*(4) Desp c/ PCLD 11,00*(5) Prov. IR 5,00

Totais 605,00 Totais 605,00

Repare que as despesas pré-operacionais (que se enquadram na definição de diferido) são antigas, pois já estão sendo amortizadas, e, de acordo com o art. 299-A, podem ser mantidas no ativo até sua final amortização.

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Ajustes finais(1) Apuração do CMV Obs

Estoque Inicial 40,00 Mercadorias - estoque(+) Compras 200,00 dado do balancete(-) Estoque final (50,00)(=) CMV 190,00 (2) Depreciação de móveis e utensílios Obsmóveis e utensílios 160,00(*) 10%(=) encargo 16,00

(3) Amortização do diferido Obsdespesas pré-operacionais 15,00(*) 20%(=) encargo 3,00

(4) PCLD - inadimplências ObsClientes 110,00(*) 10%(=) provisão 11,00

(5) Imposto de renda 5,00

Após o levantamento do balancete, cabe apurar o resultado, conforme a seguir:

Des pes as Receitas des pes as operacionais 30,00 vendas 300,00 CMV 190,00 Receitas divers as 20,00 des p depreciação 16,00des p amortização 3,00Des p c/ PCLD 11,00Prov. IR 5,00 Des pes as

255,00 Receitas 320,00

Lucro 65,00

Adicionalmente, cabe realizar a destinação do resultado conforme tabela a seguir:

DLPA Saldo inicial 37,00(+) lucro 65,00(=) Saldo à disposição da AGO 102,00(=) destinação (-) dividendos atribuídos (40,00)(-) Reservas de lucro constituídas (30,00)(=) Saldo final 32,00

Finalmente, podemos apresentar o Balanço Patrimonial:

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Ativo Passivo Aplic de liq. Imediata 10,00 fornecedores 50,00 Bancos c. mov. 15,00 contas a pagar 25,00 Mercadorias - estoque 50,00 dividendos a pagar 40,00 Clientes 110,00 Prov IR 5,00(-) PCLD (11,00)despesas do ex. seguinte 20,00

Receitas diferidas 18,00

móveis e utensílios 160,00 -------------PL (-) dep. Acum (16,00) capital 150,00

Reservas de lucro 30,00 despesas pré-operacionais 15,00 Lucros acumulados 32,00(-) amort. Acum (3,00)

Totais 350,00 Totais 350,00

À época do concurso em tela, o Ativo Permanente era composto por três sub-grupos, a saber: Investimentos, Imobilizado e Diferido. Ao examinarmos as contas e as informações adicionais para a determinação dos valores do balancete anterior, observamos a seguinte composição: móveis e utensílios 160,00 (-) dep. Acum (16,00) despesas pré-operacionais 15,00 (-) amort. Acum (3,00) 156,00

Lembrando que não mais há Ativo Permanente, mas que seus grupos componentes estão classificados no Ativo não-circulante, para resolver a questão, teremos que partir do seguinte pressuposto:

- onde estiver escrito, no enunciado, “Ativo Permanente”;

- considerar o somatório do ativo imobilizado, ativo investimentos e ativo intangível.

Pelo que foi acima exposto, temos o valor dos subgrupos patrimoniais anteriormente pertencentes ao ativo permanente continua sendo calculado no montante de R$ 156,00, conforme alternativa (C).

GABARITO

C

3.2.26 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

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32. Passivo Circulante

(A) 138

(B) 120

(C) 118

(D) 100

(E) 93 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para a resolução dessa questão basta que sejam somados os valores representativos de obrigações de curto prazo. Destas, algumas estão dispostas no balancete e outras estão informadas como lançamentos a serem efetuados, as quais listamos a seguir:

Passivo fornecedores 50,00 contas a pagar 25,00 dividendos a pagar 40,00 Prov IR 5,00

Receitas diferidas 18,00

Passivo sem receitas diferidas 120,00 Passivo com receitas diferidas 138,00

A tabela acima, aponta para a alternativa (A) – 138,00 - como correta, que foi o gabarito oficial da questão.

Ocorre que a conta "Receitas Diferidas" refere-se a despesas recebidas antecipadamente e que correspondem a um momento diferido (futuro) no tempo, pelo regime de competência. Ora, essas receitas diferidas podem ser alternativamente considerada Passivo ou REF, conforme haja exigibilidade (possibilidade de devolução) ou não.

Repare que, considerando as duas possíveis interpretações, encontraríamos alternativamente 120,00 ou 138,00 com o saldo do passivo - o que implica alternativas (b) ou (a). Assim, havendo duas possíveis e corretas interpretações para o enunciado e havendo diferentes alternativas para ambas as interpretações, entendo que a questão deveria ter sido anulada. Entretanto, não temos informação dessa anulação.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros

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eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida logrou extinguir o REF, tratando seus itens componentes como Ativo não-circulante.

Pass ivo fornecedores 50,00 contas a pagar 25,00 dividendos a pagar 40,00 Prov IR 5,00

Receitas diferidas 18,00

Pas s ivo circulante s em receitas diferidas 120,00 Pas s ivo circulante com receitas diferidas 138,00

Portanto, as considerações antes feitas (mutatis mutandis) continuam sendo aplicáveis.

GABARITO

A

3.2.27 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa

- Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

33. Patrimônio Líquido

(A) 232

(B) 212

(C) 205

(D) 190

(E) 185 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para que se conheça o valor total do Patrimônio Líquido é necessário que sejam efetuados todos os lançamentos de ajuste para fins de

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apuração do resultado do exercício, bem como de destinação do resultado líquido apurado, como já demonstramos na resolução da questão 25, conforme tabela a seguir:

Ativo Passivo Aplic de liq. Imediata 10,00 fornecedores 50,00 Bancos c. mov. 15,00 contas a pagar 25,00 Mercadorias - estoque 50,00 dividendos a pagar 40,00 Clientes 110,00 Prov IR 5,00(-) PCLD (11,00)despesas do ex. seguinte 20,00

Receitas diferidas 18,00

móveis e utensílios 160,00 -------------PL (-) dep. Acum (16,00) capital 150,00

Reservas de lucro 30,00 despesas pré-operacionais 15,00 Lucros acumulados 32,00(-) amort. Acum (3,00)

Totais 350,00 Totais 350,00

Ativo 350,00(-) Passivo (138,00)(=) PL 212,00

Pelo que se depreende da leitura da tabela acima, o valor do PL é R$ 212,00, conforme alternativa B.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entre outras modificações decorrentes da alteração normativa ocorrida, houve a determinação de nova estrutura para o balanço patrimonial:

a) foi introduzido o grupo intangíveis (composto por elementos não corpóreos utilizados na atividade da companhia)

b) foram transferidos para o Ativo não-circulante, os subgrupos pertencentes ao antigo Ativo Permanente (que foi extinto) – assim, passaram a fazer parte do ativo não-circulante os subgrupos (i) Ativo realizável a Longo Prazo, (ii) Ativo Imobilizado, (iii) Ativo Investimentos, (iv) Ativo Intangível.

c) o antigo Passivo Exigível a Longo Prazo foi renomeado para Passivo não-circulante.

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d) foram extintos:

- o ativo diferido (passando a ser reconhecidos diretamente no exercício os elementos que não se enquadrassem na definição de intangível), sendo que o saldo existente em 31/12/2008 poderá permanecer no ativo até sua completa amortização.

Assim, passaremos a resolver a questão com base na nova legislação.

Para que se conheça o valor total do Patrimônio Líquido é necessário que sejam efetuados todos os lançamentos de ajuste para fins de apuração do resultado do exercício, bem como de destinação do resultado líquido apurado, como já demonstramos na resolução da questão 25, conforme tabela a seguir:

Ativo Passivo Aplic de liq. Imediata 10,00 fornecedores 50,00 Bancos c. mov. 15,00 contas a pagar 25,00 Mercadorias - estoque 50,00 dividendos a pagar 40,00 Clientes 110,00 Prov IR 5,00(-) PCLD (11,00)despesas do ex. seguinte 20,00

Receitas diferidas 18,00

móveis e utensílios 160,00 -------------PL (-) dep. Acum (16,00) capital 150,00

Reservas de lucro 30,00 despesas pré-operacionais 15,00 Lucros acumulados 32,00(-) amort. Acum (3,00)

Totais 350,00 Totais 350,00

Ativo 350,00(-) Passivo (138,00)(=) PL 212,00

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta continua sendo a de letra B.

GABARITO

B

3.2.28 TRE AMAZONAS - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

34. Ativo Circulante (parte realizável)

(A) 158

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(B) 159

(C) 169

(D) 180

(E) 189 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Antes de resolver a questão, cabe colocar que o examinador considerou como “realizável no curto prazo” o total do AC, deduzido, apenas das disponibilidades. Ocorre que, pela redação do art. 179 da Lei das S/A, não podemos concordar com essa consideração, pois a parte realizável do AC é o total do AC deduzido das disponibilidades E DAS DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE. A seguir, com a finalidade de esclarecer sobre o conceito, encontra-se reproduzido o referido art. 179:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

Feita a necessária ressalva inicial, iremos resolver a questão considerando o critério do examinador e, em seguida, o nosso critério.

RESOLUÇÃO CONFORME CRITÉRIO DO EXAMINADOR

Para a solução desta questão, basta que sejam considerados os valores relativos aos ajustes exigidos na resolução das questões anteriores. Cabe lembrar que está sendo exigido nesta questão apenas o valor da parte realizável, sem a inclusão das disponibilidades (que, por definição, já são passíveis de realização imediata), como a seguir demonstramos:

Conta AC Realizável Aplic de liq. Imediata 10,00 -

Bancos c. mov. 15,00 -Mercadorias - estoque 50,00 50,00Clientes 110,00 110,00(-) PCLD (11,00) (11,00)despesas do ex. seguinte 20,00 20,00Total 194,00 169,00

RESOLUÇÃO CONFORME O CRITÉRIO DA LEI DAS S/A

Cabe lembrar que está sendo exigido nesta questão apenas o valor da parte realizável, sem a inclusão das disponibilidades (que, por definição, já são passíveis de realização imediata), e sem as despesas do exercício seguinte, como a seguir demonstramos:

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Conta AC Realizável

Aplic de liq. Imediata 10,00 -Bancos c. mov. 15,00 -Mercadorias - estoque 50,00 50,00Clientes 110,00 110,00(-) PCLD (11,00) (11,00)despesas do ex. seguinte 20,00 -Total 194,00 149,00

Desse jeito, não encontramos resposta entre as alternativas do enunciado.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, as considerações acima continuam aplicáveis.

GABARITO

C

3.2.29 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa

- Contabilidade – 2003 (FCC) Instruções para as questões de números 36 a 40.

Para resolução dessas questões considere o Balanço Patrimonial resultante da utilização das informações e dados abaixo. Indique o valor solicitado em cada questão.

Balancete de Verificação do Razão

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CONTAS Caixa 50,00Aplicações de curtíssimo prazo 20,00Serviços a faturar 30,00Clientes 140,00Prêmios de seguros a vencer 12,00Máquinas 80,00Depreciação acumulada 8,00Despesa pré-operac. A amortizar 6,00Amortização acumulada 2,00Fornecedores 50,00Receitas antecipadas de serviços 12,00Serviços prestados 200,00Outras receitas 10,00Mão de obra 80,00Materiais aplicados 40,00Despesas administrativas 25,00Despesas comerciais 10,00Despesas do exercício seguinte 7,00Capital 200,00Lucro antecipado 12,00Lucros Acumulados 30,00Total 512,00 512,00

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DÉBITO CRÉDITO

Outros dados: Serviços a Faturar no fim do período 40 Receita Antecipada no fim do período 22

ENUNCIADO

36. Realizável

(A) 182

(B) 189

(C) 192

(D) 199

(E) 219 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria

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aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Antes de resolver a questão, cabe fazer a classificação das contas e apurar o balancete, conforme a seguir:

Ativo Passivo Caixa 50,00 Fornecedores 50,00 Aplicações de curtíssimo prazo 20,00 Serviços a faturar 30,00 Clientes 140,00 Prêmios de seguros a vencer 12,00 Receitas antecipadas de serviços 12,00 Despesas do exercício seguinte 7,00 ---------------PL Máquinas 80,00 Capital 200,00Depreciação acumulada (8,00)Despesa pré-operac. A amortizar 6,00 Lucros Acumulados 30,00 Amortização acumulada (2,00) (-) Lucro antecipado (12,00)

Despesas Receitas

Despesas administrativas 25,00 Serviços prestados 200,00 Despesas comerciais 10,00 Outras receitas 10,00 Mão de obra 80,00Materiais aplicados 40,00 Totais 490,00 Totais

490,00

Em seguida, vamos considerar as informações adicionais, realizar os lançamentos a elas relativos e apurar o balancete ajustado, conforme a seguir:

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DLPA Saldo inicial 30,00(+) lucro 55,00(=) Saldo à disposição da AGO 85,00(=) destinação (-) dividendos atribuídos (12,00)(-) Reservas de lucro constituídas -(=) Saldo final 73,00

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Outros dados : Serviços a Faturar no fim do período 40,00 Receita Antecipada no fim do período 22,00

Reconhecimento adiantado de mais s erviços a faturar

D = Serviços a faturar C = a Receita antecipada 10,00

Ativo Pas s ivo Caixa 50,00 Fornecedores 50,00 Aplicações de curtís s imo prazo 20,00 Serviços a faturar 40,00 Clientes 140,00 Prêmios de s eguros a vencer 12,00 Receitas antecipadas de s erviços 22,00 Des pes as do exercício s eguinte 7,00 --------------------------PL Máquinas 80,00 Capital 200,00 Depreciação acumulada (8,00)

Des pes a pré-operac. A amortizar 6,00 Lucros Acumulados 30,00 Amortização acumulada (2,00) (-) Lucro antecipado (12,00)

Des pes as Receitas

Des pes as adminis trativas 25,00 Serviços pres tados 200,00 Des pes as comerciais 10,00 Outras receitas 10,00 Mão de obra 80,00Materiais aplicados 40,00 Totais

500,00 Totais 500,00

Após o levantamento do balancete, cabe apurar o resultado, conforme a seguir:

Despesas Receitas Despesas administrativas 25,00 Serviços prestados 200,00 Despesas comerciais 10,00 Outras receitas 10,00 Mão de obra 80,00Materiais aplicados 40,00 Despesas

155,00 Receitas 210,00

Lucro 55,00

Adicionalmente, cabe realizar a destinação do resultado conforme tabela a seguir:

*(Obs) distribuído antecipadamente - conforme enunciado

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Finalmente, podemos apresentar o Balanço Patrimonial:

Ativo Passivo Caixa 50,00 Fornecedores 50,00 Aplicações de curtíssimo prazo 20,00 Serviços a faturar 40,00 Clientes 140,00 Prêmios de seguros a vencer 12,00 Receitas antecipadas de serviços 22,00 Despesas do exercício seguinte 7,00 -------------------------PL Máquinas 80,00 Capital 200,00 Depreciação acumulada (8,00)Despesa pré-operac. A amortizar 6,00 Lucros Acumulados 73,00Amortização acumulada (2,00)

Totais 345,00 Totais 345,00

Agora que estão levantadas as demonstrações, podemos realizar a resolução da questão propriamente dita. Porém, cabe – ainda – colocar que o examinador considerou como “realizável no curto prazo” o total do AC, deduzido, apenas das disponibilidades. Ocorre que, pela redação do art. 179 da Lei das S/A, não podemos concordar com essa consideração, pois a parte realizável do AC é o total do AC deduzido das disponibilidades E DAS DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE. A seguir, com a finalidade de esclarecer sobre o conceito, encontra-se reproduzido o referido art. 179:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

Feita a necessária ressalva, iremos resolver a questão considerando o nosso critério e, em seguida o critério do examinador e, em seguida,.

Para a solução desta questão precisamos considerar as contas integrantes do Ativo Circulante Realizável de Curto Prazo, correspondente ao Ativo Circulante, desde que excluídas as contas representativas das Disponibilidades e de despesas antecipadas. Para tanto, devemos nos valer das informações do balancete, bem como das informações adicionais, como a seguir:

Nome das contas Posição Valor

Clientes Balancete 140,0 0

Serviços a Faturar Informações Adicionais 40,00

Total do Realizável 180,00

Pelo que está acima representado, percebe-se que não há alternativa correta para a questão. Entretanto, o gabarito para essa questão foi

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letra (D) - o que indica que foram consideradas as despesas do exercício seguinte inclusas no realizável, conforme abaixo:

Nome das contas Posição Valor

Clientes Balancete 140,00

Serviços a Faturar Informações Adicionais 40,00

Prêmios de seguro a vencer Balancete 12,00

Despesas do Exercício Seguinte Balancete 7,00

Total do Realizável 199,00

Não concordamos com essa resposta e entendemos que a questão deveria ter sido anulada.

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entre outras modificações decorrentes da alteração normativa ocorrida, houve a determinação de nova estrutura para o balanço patrimonial:

a) foi introduzido o grupo intangíveis (composto por elementos não corpóreos utilizados na atividade da companhia)

b) foram transferidos para o Ativo não-circulante, os subgrupos pertencentes ao antigo Ativo Permanente (que foi extinto) – assim, passaram a fazer parte do ativo não-circulante os subgrupos (i) Ativo realizável a Longo Prazo, (ii) Ativo Imobilizado, (iii) Ativo Investimentos, (iv) Ativo Intangível.

c) o antigo Passivo Exigível a Longo Prazo foi renomeado para Passivo não-circulante.

d) foram extintos:

- o ativo diferido (passando a ser reconhecidos diretamente no exercício os elementos que não se enquadrassem na definição de intangível)

- os Resultados de Exercícios futuros (passando seus elementos a ser classificados como “receitas diferidas”, no passivo não circulante).

Considerando as alterações acima referida, iremos resolver a questão.

Antes de resolver a questão, cabe fazer a classificação das contas e apurar o balancete, conforme a seguir:

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Ativo Passivo Caixa 50,00 Fornecedores 50,00 Aplicações de curtíssimo prazo 20,00 Serviços a faturar 30,00 Clientes 140,00 Prêmios de seguros a vencer 12,00 Receitas antecipadas de serviços 12,00 Despesas do exercício seguinte 7,00 ---------------PL Máquinas 80,00 Capital 200,00Depreciação acumulada (8,00)Despesa pré-operac. A amortizar 6,00 Lucros Acumulados 30,00 Amortização acumulada (2,00) (-) Lucro antecipado (12,00)

Despesas Receitas

Despesas administrativas 25,00 Serviços prestados 200,00 Despesas comerciais 10,00 Outras receitas 10,00 Mão de obra 80,00Materiais aplicados 40,00 Totais

490,00 Totais 490,00

Lembrando que as despesas pré-operacionais se enquadram na definição do antigo Ativo diferido (extinto). Como são antiga, pois estão sendo amortizadas, podem permanecer no ativo até sua final amortização.

Em seguida, vamos considerar as informações adicionais, realizar os lançamentos a elas relativos e apurar o balancete ajustado, conforme a seguir:

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DLPA Saldo inicial 30,00(+) lucro 55,00(=) Saldo à disposição da AGO 85,00(=) destinação (-) dividendos atribuídos (12,00)(-) Reservas de lucro constituídas -(=) Saldo final 73,00

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Outros dados : Serviços a Faturar no fim do período 40,00 Receita Antecipada no fim do período 22,00

Reconhecimento adiantado de mais s erviços a faturar

D = Serviços a faturar C = a Receita antecipada 10,00

Ativo Pas s ivo Caixa 50,00 Fornecedores 50,00 Aplicações de curtís s imo prazo 20,00 Serviços a faturar 40,00 Clientes 140,00 Prêmios de s eguros a vencer 12,00 Receitas antecipadas de s erviços 22,00 Des pes as do exercício s eguinte 7,00 --------------------------PL Máquinas 80,00 Capital 200,00 Depreciação acumulada (8,00)

Des pes a pré-operac. A amortizar 6,00 Lucros Acumulados 30,00 Amortização acumulada (2,00) (-) Lucro antecipado (12,00)

Des pes as Receitas

Des pes as adminis trativas 25,00 Serviços pres tados 200,00 Des pes as comerciais 10,00 Outras receitas 10,00 Mão de obra 80,00Materiais aplicados 40,00 Totais

500,00 Totais 500,00

Após o levantamento do balancete, cabe apurar o resultado, conforme a seguir:

Despesas Receitas Despesas administrativas 25,00 Serviços prestados 200,00 Despesas comerciais 10,00 Outras receitas 10,00 Mão de obra 80,00Materiais aplicados 40,00 Despesas

155,00 Receitas 210,00

Lucro 55,00

Adicionalmente, cabe realizar a destinação do resultado conforme tabela a seguir:

*(Obs) distribuído antecipadamente - conforme enunciado

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Finalmente, podemos apresentar o Balanço Patrimonial:

Ativo Passivo Caixa 50,00 Fornecedores 50,00 Aplicações de curtíssimo prazo 20,00 Serviços a faturar 40,00 Clientes 140,00 Prêmios de seguros a vencer 12,00 Receitas antecipadas de serviços 22,00 Despesas do exercício seguinte 7,00 -------------------------PL Máquinas 80,00 Capital 200,00 Depreciação acumulada (8,00)Despesa pré-operac. A amortizar 6,00 Lucros Acumulados 73,00Amortização acumulada (2,00)

Totais 345,00 Totais 345,00

Agora que estão levantadas as demonstrações, podemos realizar a resolução da questão propriamente dita. Porém, cabe – ainda – colocar que o examinador considerou como “realizável no curto prazo” o total do AC, deduzido, apenas das disponibilidades. Ocorre que, pela redação do art. 179 da Lei das S/A, não podemos concordar com essa consideração, pois a parte realizável do AC é o total do AC deduzido das disponibilidades E DAS DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE. A seguir, com a finalidade de esclarecer sobre o conceito, encontra-se reproduzido o referido art. 179:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

Feita a necessária ressalva, iremos resolver a questão considerando o nosso critério e, em seguida o critério do examinador e, em seguida,.

Para a solução desta questão precisamos considerar as contas integrantes do Ativo Circulante Realizável de Curto Prazo, correspondente ao Ativo Circulante, desde que excluídas as contas representativas das Disponibilidades e de despesas antecipadas. Para tanto, devemos nos valer das informações do balancete, bem como das informações adicionais, como a seguir:

Nome das contas Posição Valor

Clientes Balancete 140,0 0

Serviços a Faturar Informações Adicionais 40,00

Total do Realizável 180,00

Pelo que está acima representado, percebe-se que não há alternativa correta para a questão. Entretanto, o gabarito para essa questão foi

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letra (D) - o que indica que foram consideradas as despesas do exercício seguinte inclusas no realizável, conforme abaixo:

Nome das contas Posição Valor

Clientes Balancete 140,00

Serviços a Faturar Informações Adicionais 40,00

Prêmios de seguro a vencer Balancete 12,00

Despesas do Exercício Seguinte Balancete 7,00

Total do Realizável 199,00

Continuamos não concordando com essa resposta e entendemos que a questão deveria ter sido anulada.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, as considerações (e críticas) acerca da questão sob análise continuariam aplicáveis.

GABARITO

D

3.2.30 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

37. Ativo Permanente

(A) 93

(B) 81

(C) 76

(D) 72

(E) 70 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

À época do concurso, o Ativo Permanente era composto por três sub- grupos a saber: Investimentos, Imobilizado e Diferido. Ao examinarmos as contas e as informações adicionais para a determinação dos valores do balancete anterior, observamos a seguinte composição:

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Ativo Máquinas 80,00 Depreciação acumulada (8,00) Despesa pré-operac. A amortizar 6,00 Amortização acumulada (2,00)

Ativo Permanente 76,00

Pelo que foi acima exposto, conclui-se que o total do permanente é R$ 76,00 conforme alternativa (C).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entre outras modificações decorrentes da alteração normativa ocorrida, houve a determinação de nova estrutura para o balanço patrimonial:

a) foi introduzido o grupo intangíveis (composto por elementos não corpóreos utilizados na atividade da companhia)

b) foram transferidos para o Ativo não-circulante, os subgrupos pertencentes ao antigo Ativo Permanente (que foi extinto) – assim, passaram a fazer parte do ativo não-circulante os subgrupos (i) Ativo realizável a Longo Prazo, (ii) Ativo Imobilizado, (iii) Ativo Investimentos, (iv) Ativo Intangível.

c) o antigo Passivo Exigível a Longo Prazo foi renomeado para Passivo não-circulante.

d) foram extintos:

- o ativo diferido (passando a ser reconhecidos diretamente no exercício os elementos que não se enquadrassem na definição de intangível), sendo que o saldo existente em 31/12/2008 poderá permanecer no ativo até sua completa amortização.

- os Resultados de Exercícios futuros (passando seus elementos a ser classificados como “receitas diferidas”, no passivo não circulante).

Considerando as alterações acima referida, iremos resolver a questão.

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Lembrando que não mais há Ativo Permanente, mas que seus grupos componentes estão classificados no Ativo não-circulante, para resolver a questão, teremos que partir do seguinte pressuposto:

- onde estiver escrito, no enunciado, “Ativo Permanente”;

- considerar o somatório do ativo imobilizado, ativo investimentos e ativo intangível.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (C).

GABARITO

C

3.2.31 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa

- Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

38. Passivo Circulante

(A) 72

(B) 62

(C) 52

(D) 42

(E) 32 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para a resolução dessa questão basta que sejam somados os valores representativos de obrigações de curto prazo. Destas, algumas estão dispostas no balancete e outras estão informadas como lançamentos a serem efetuados, as quais listamos a seguir:

Passivo Fornecedores 50,00

Receitas antecipadas de serviços 22,00

Passivo circulante sem receitas antecipadas 50,00 Passivo circulante com receitas antecipadas 72,00

Saliente-se que as receitas antecipadas podem – alternativamente – ser classificadas como passivo circulante ou como REF, dependendo da obrigatoriedade (ou não) de devolução dos valores. Ora, no processo de

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resolução da questão, vemos que, considerando as receitas antecipadas como passivo exigível, encontramos uma (e somente uma) alternativa do enunciado (alternativa A, que é o gabarito oficial da questão). Ao contrário, interpretando as receitas antecipadas como REF não há alternativa correta para a questão (portanto, essa interpretação deve ser descartada).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

A alteração relevante para resolução da questão é a seguinte:

- o passivo passou a ser classificado em (a) passivo circulante e (b) passivo não-circulante;

- o REF foi extinto, sendo que seus elementos componentes passaram a ser reconhecidos como receitas diferida no passivo não-circulante.

Aqui, temos as receitas antecipadas de serviços que podem se classificar no passivo circulante ou no passivo não-circulante. Pelos motivos antes apresentados, verifica-se que esses itens foram considerados no passivo circulante.

Portanto, mutatis mutandis, a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

A

3.2.32 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa

- Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

39. Patrimônio Líquido

(A) 233

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(B) 243

(C) 253

(D) 263

(E) 273 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para que se conheça o valor total do Patrimônio Líquido é necessário que sejam efetuados todos os lançamentos de ajuste para fins de apuração do resultado do exercício, bem como de destinação do resultado líquido apurado, como já demonstramos na resolução da questão 29, conforme tabela a seguir:

Ativo Passivo Caixa 50,00 Fornecedores 50,00 Aplicações de curtíssimo prazo 20,00 Serviços a faturar 40,00 Clientes 140,00 Prêmios de seguros a vencer 12,00 Receitas antecipadas de serviços 22,00 Despesas do exercício seguinte 7,00 -------------------------PL Máquinas 80,00 Capital 200,00 Depreciação acumulada (8,00)Despesa pré-operac. A amortizar 6,00 Lucros Acumulados 73,00Amortização acumulada (2,00)

Totais 345,00 Totais 345,00

Ativo 345,00 (-) Passivo (72,00) (=) PL 273,00

Pelo que se depreende da leitura da tabela acima, o valor do PL é R$ 273,00, conforme alternativa E.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entre outras modificações decorrentes da alteração normativa ocorrida, houve a determinação de nova estrutura para o balanço patrimonial:

a) foi introduzido o grupo intangíveis (composto por elementos não corpóreos utilizados na atividade da companhia)

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b) foram transferidos para o Ativo não-circulante, os subgrupos pertencentes ao antigo Ativo Permanente (que foi extinto) – assim, passaram a fazer parte do ativo não-circulante os subgrupos (i) Ativo realizável a Longo Prazo, (ii) Ativo Imobilizado, (iii) Ativo Investimentos, (iv) Ativo Intangível.

c) o antigo Passivo Exigível a Longo Prazo foi renomeado para Passivo não-circulante.

d) foram extintos:

- o ativo diferido (passando a ser reconhecidos diretamente no exercício os elementos que não se enquadrassem na definição de intangível), sendo que o saldo existente em 31/12/2008 poderá permanecer no ativo até sua completa amortização.

- os Resultados de Exercícios futuros (passando seus elementos a ser classificados como “receitas diferidas”, no passivo não circulante).

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (E).

GABARITO

E

3.2.33 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Contabilidade – 2003 (FCC) ENUNCIADO

40. Lucros Acumulados

(A) 85

(B) 73

(C) 71

(D) 65

(E) 61 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A resolução da presente questão demanda apenas o conhecimento da DLPA, anteriormente levantada, quando da resolução da questão 29, conforme tabela a seguir:

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DLPA Saldo inicial 30,00(+) lucro 55,00(=) Saldo à disposição da AGO 85,00(=) destinação (-) dividendos atribuídos (12,00)(-) Reservas de lucro constituídas -(=) Saldo final 73,00

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*(Obs) distribuído antecipadamente - conforme enunciado

De acordo com a tabela acima, o saldo final (líquido) da conta Lucros Acumulados é 73,00, conforme alternativa B.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que com a modificação ocorrida, não mais pode haver lucro acumulado (positivo) no balanço patrimonial. Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, não haveria alternativa correta para a questão.

GABARITO

B

3.2.34 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado

– Contadoria – 2004 (FCC) Instrução:

Para responder as questões de números 62 a 68, considere:

As questões deverão ser respondidas com base nos demonstrativos contábeis resultantes do balancete já ajustado a seguir indicado, sendo o estoque final de mercadorias inventariado por 50, de uma entidade mercantil, da qual deverá ser apurado o custo das mercadorias vendidas e o lucro líquido, sendo que os lucros acumulados anteriores foram atribuídos aos sócios.

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CP

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ENUNCIADO

62. Ativo Circulante:

(A) 190

(B) 195

(C) 205

(D) 220

(E) 230

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para a solução desta questão precisamos considerar as contas integrantes do Ativo Circulante. Para tanto, devemos nos valer das informações do balancete, bem como das informações adicionais, como a seguir:

Nome das contas Posição ValorCaixa e bancos Balancete 15,00Clientes Balancete 140,00Mercadorias Informações Adicionais 50,00Despesas Antecipadas Balancete 25,00Total do Circulante 230,00

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros

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eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou a definição de ativo circulante, necessária à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (E).

GABARITO

E

3.2.35 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

63. Ativo Permanente:

(A) 210

(B) 194

(C) 188

(D) 180

(E) 164 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

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À época do concurso, o Ativo Permanente era composto por três subgrupos, a saber: Investimentos, Imobilizado e Diferido. Ao examinarmos as contas e as informações adicionais para a determinação dos valores do balancete anterior, observamos a seguinte composição: item Conta Detalhe Valor Saldo

1 Móveis e Utens ílios Balancete 180,00 D2 Depreciação Acumulada Balancete 16,00 C3 Total do Imobilizado (1) - (2) 164,004 Gas tos de Ins talação Balancete 30,00 D5 Amortização Acumulada Balancete 6,00 C6 Total do Diferido (3) - (4) 24,007 Total do permanente (4) + (6) 188,00

Pelo que foi acima exposto, conclui-se que o total do permanente é R$ 188 conforme alternativa (C).

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entre outras modificações decorrentes da alteração normativa ocorrida, houve a determinação de nova estrutura para o balanço patrimonial:

a) foi introduzido o grupo intangíveis (composto por elementos não corpóreos utilizados na atividade da companhia)

b) foram transferidos para o Ativo não-circulante, os subgrupos pertencentes ao antigo Ativo Permanente (que foi extinto) – assim, passaram a fazer parte do ativo não-circulante os subgrupos (i) Ativo realizável a Longo Prazo, (ii) Ativo Imobilizado, (iii) Ativo Investimentos, (iv) Ativo Intangível.

c) o antigo Passivo Exigível a Longo Prazo foi renomeado para Passivo não-circulante.

d) foram extintos:

- o ativo diferido (passando a ser reconhecidos diretamente no exercício os elementos que não se enquadrassem na definição de intangível), sendo que o saldo existente em 31/12/2008 poderá permanecer no ativo até sua completa amortização.

- os Resultados de Exercícios futuros (passando seus elementos a ser classificados como “receitas diferidas”, no passivo não circulante).

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Lembrando que não mais há Ativo Permanente, mas que seus grupos componentes estão classificados no Ativo não-circulante, para resolver a questão, teremos que partir do seguinte pressuposto:

- onde estiver escrito, no enunciado, “Ativo Permanente”;

- considerar o somatório do ativo imobilizado, ativo investimentos e ativo intangível. item Conta Detalhe Valor Saldo

1 Móveis e Utens ílios Balancete 180,00 D 2 Depreciação Acumulada Balancete 16,00 C 3 Total do Imobilizado (1) - (2) 164,00 4 Gas tos de Ins talação Balancete 30,00 D 5 Amortização Acumulada Balancete 6,00 C 6 Total do antigo Diferido, mantido no ativo (3) - (4) 24,00 7 Total do s omatório (Inves timentos +Imobilizado+Intangível) (4) + (6) 188,00

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (C).

GABARITO

C

3.2.36 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

64. Passivo Circulante:

(A) 220

(B) 218

(C) 188

(D) 130

(E) 118 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para a resolução dessa questão basta que sejam somados os valores representativos de obrigações de curto prazo. Destas, algumas estão dispostas no balancete e outras estão informadas como lançamentos a serem efetuados, as quais listamos a seguir:

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Nome das contas Posição Valor Fornecedores Balancete 60,00 Contas a Pagar Balancete 30,00 Receita Antecipada de Serviços Balancete 40,00 Lucros a pagar aos sócios/acionistas Informações adicionais 88,00 Total do Passivo Circulante 218,00

Da tabela acima, depreende-se que o passivo circulante alcança o montante de R$ 218,00, conforme alternativa (B).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou a definição de passivo circulante necessária à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (B).

GABARITO

B

3.2.37 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

65. Patrimônio Líquido:

(A) 150

(B) 165

(C) 170

(D) 200

(E) 206 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para que se conheça o valor total do Patrimônio Líquido é necessário que sejam efetuados todos os lançamentos de ajuste do lucro líquido para fins de apuração do resultado do exercício, bem como de

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destinação do resultado líquido apurado (transferência ao patrimônio líquido), como demonstramos nas tabelas a seguir: Apuração do Resultado do exercício Balancete ajustes Final Observ Vendas 165,00 165,00

(-) Vendas Canceladas 10,00 10,00 = Receita Líquida 155,00 155,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas - 95,00 95,00 1 = Lucro Bruto 60,00 + Receitas Assistência Técnica 35,00 35,00 (-) Despesas Administrativas 45,00 45,00 = Lucro líquido do exercício 50,00

Ajustes ao lucro líquido do exercício:

Observação 1 – apuração do custo das mercadorias vendidas pela utilização da fórmula básica: EI+CO líquidas das devoluções de compras-EF=CMV, onde temos:

CMV = 40+(120-15)-50 então CMV= 95

Tendo efetuado estes ajustes apuramos o lucro líquido do exercício de 50, o qual será transferido, mediante o encerramento das contas de resultado, para a conta de lucros acumulados, de onde deverão ser efetuadas as destinações, após as quais teremos, então o saldo final do Patrimônio Líquido, conforme demonstramos a seguir:

Mapa de movimentação do Patrimônio Líquido em Detalhes/Contas Capital L. Acum. Total Observ.Saldos iniciais 150,00 88,00 238,00Lucro Líquido do exercício 50,00 50,00 1Destinações Propostas Destinações de Lucros (88,00) (88,00) 2Saldo final 150,00 50,00 200,00

Observação 1 – Trata-se da transferência do lucro líquido para Lucros Acumulados, pelo encerramento das contas de resultado.

Observação 2 – É o registro da destinação do resultado anterior (inicial) de Lucros Acumulados, conforme consta nas instruções do enunciado.***

Através da demonstração do balancete de verificação, a visualização dos cálculos acima ficam muito facilitada, conforme a seguir:

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Ativo Pass ivo caixa e bancos 15,00 fornecedores 60,00 clientes 140,00 contas a pagar 30,00 mercadorias em es toque 50,00 receitas antecipadas 40,00 des pes a antecipadas 25,00móveis e utens ílios 180,00 ---- PLgas tos de ins talação 30,00 capital 150,00 depreciação acumulada (16,00) amortização acumulada (6,00) lucros acumulados 88,00

Des pes as Receitas vendas canceladas 10,00 receitas de vendas 165,00 des pes a adminis trativas 45,00 receitas de as s is tência técnica 35,00 cmv 95,00 Total

568,00 Total

568,00

Obs - CMV mercadorias em es toque 40,00 compras 120,00compras anuladas (15,00) es toque final (50,00) CMV 95,00

Ativo 418,00 (-) pas s ivo (130,00) (=) PL 288,00 Antes do fechamento do balanço

Considerando 288,00 como o PL antes do fechamento do balanço e - a distribuição dos lucros anteriores, de 88,00; temos que o PL após a distribuição é de 200,00.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

A modificação normativa mais relevante para o contexto da questão em comento é o fato de que – na conta LPA – não mais pode haver saldo positivo. Com efeito, na questão, há saldo final de R$ 50,00 para a conta e isso não poderia ocorrer, sendo que esse valor deveria ser

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destinado, alternativamente, para reservas de lucro, aumento de capitais ou dividendos a distribuir.

A menos desta observação, que a modificação ocorrida não alcançou as demais definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (D).

GABARITO

D

3.2.38 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

66. Lucro Bruto:

(A) 60

(B) 55

(C) 50

(D) 45

(E) 40 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Na resolução da questão anterior (apuração do Patrimônio Líquido), iniciamos com a apuração do lucro líquido do período, no qual consta a apuração do lucro bruto. Desta forma, esta questão foi resolvida já na demonstração de solução da questão anterior. Apenas para fins didáticos, repetimos a apuração do lucro bruto, conforme memória de cálculo a seguir: Apuração do Resultado do exercício Balancete ajustes Final Observ Vendas 165,00 165,00

(-) Vendas Canceladas 10,00 10,00 = Receita Líquida 155,00 155,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas - 95,00 95,00 1 = Lucro Bruto 60,00 + Receitas Assistência Técnica 35,00 35,00 (-) Despesas Administrativas 45,00 45,00 = Lucro líquido do exercício 50,00

Ajustes ao lucro líquido do exercício:

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Observação 1 – apuração do custo das mercadorias vendidas pela utilização da fórmula básica: EI+CO líquidas das devoluções de compras-EF=CMV, onde temos:

CMV = 40+(120-15)-50 então CMV= 95

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, bem como outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou a definição de lucro bruto necessária à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

A

3.2.39 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

67. Lucro Líquido:

(A) 45

(B) 50

(C) 55

(D) 65

(E) 75 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Também está evidenciado na tabela 1 da solução da questão 65, onde ao final é apurado o lucro líquido do exercício. Apenas para fins didáticos, repetimos a apuração do lucro bruto, conforme memória de cálculo a seguir:

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Apuração do Resultado do exercício Balancete ajustes Final Observ Vendas 165,00 165,00

(-) Vendas Canceladas 10,00 10,00 = Receita Líquida 155,00 155,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas - 95,00 95,00 1 = Lucro Bruto 60,00 + Receitas Assistência Técnica 35,00 35,00 (-) Despesas Administrativas 45,00 45,00 = Lucro líquido do exercício 50,00

Ajustes ao lucro líquido do exercício:

Observação 1 – apuração do custo das mercadorias vendidas pela utilização da fórmula básica: EI+CO líquidas das devoluções de compras-EF=CMV, onde temos:

CMV = 40+(120-15)-50 então CMV= 95

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”.

Na definição do lucro líquido, houve uma modificação: as antigas despesas e receitas não operacionais passaram a ser referidas como “outras despesas” e “outras receitas”.

Assim, a modificação ocorrida não alcançou as demais definições necessárias à resolução da questão.

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (B).

GABARITO

B

3.2.40 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) ENUNCIADO

68. Capital Circulante Líquido:

(A) 12

(B) 32

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(C) 45

(D) 65

(E) 75 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

O Capital Circulante líquido é apurado pela fórmula: AC – PC = CCL. Aplicando os valores apurados na determinação da questão 62, onde apuramos o Ativo Circulante = 230 e a questão 64, na qual foi determinado o valor do Passivo Circulante = 218, temos:

CCL = 230 – 218

CCL = 12

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as definições de ativo circulante, nem de passivo circulante e – por conseqüência – o conceito de CCL necessário à resolução da questão, foi mantido.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

A

3.2.41 Polícia Federal / UNB

ENUNCIADO

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Balancete simplificado de verificação em 31/7/2000 Contas Saldo (em R$)

Devedor CredorBancos conta movimento 1.000,00Aplicações com liquidez 2.000,00Bancos conta vinculada 500,00Contas a receber 7.000,00Estoques e almoxarifado 500,00Despesas do período seguinte 100,00Adiantamento e outras ativas 200,00Capital social a integralizar 1.000,00Ações avaliadas pelo custo 1.500,00Ações avaliadas pela equivalência patrimonial 500,00Imóveis 2.000,00Móveis e utensílios 1.000,00Veículos 5.000,00Máquinas e equipamentos 2.000,00Instalações 500,00Depreciação e amortização acumulada 1.000,00Despesas pré-operacionais 500,00Gastos com pesquisas e desenvolvimento 100,00Fornecedores 200,00Empréstimos Bancários 2.000,00Tributos a pagar 500,00Salários e encargos a pagar 2.000,00Dividendos a Pagar 500,00Empréstimos bancários de longo prazo 3.000,00Tributos parcelados de longo prazo 2.000,00Capital social 7.215,00Reservas de capital 3.000,00Reservas de lucros 2.000,00Lucros acumulados 500,00Receita bruta de vedas e serviços 30.000,00Impostos sobre vendas 4.000,00Devolução e abatimentos 200,00Custo das mercadorias vendidas 15.000,00Despesas com tecnologia da informação 800,00Despesas comerciais 4.000,00Despesas gerais e administrativas 2.000,00Despesas financeiras 500,00Despesas de depreciação 600,00Outras despesas operacionais 100,00Despesas com impostos diversos 200,00Despesas com pesquisa 300,00Despesa de amortização do diferido 50,00Despesa de imposto de renda 563,00Despesa de contribuição social sobre o lucro 202,00Totais 46.115,00 61.715,00

Com base nos dados do balancete de uma determinada sociedade anônima, apresentado acima, julgue os seguintes itens:

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(1) Estão erroneamente classificados nas colunas de saldos os valores correspondentes às seguintes contas: bancos conta movimento; contas a receber; depreciação e amortização acumulada.

(2) Estão corretamente classificados nas colunas de saldos os valores correspondentes às seguintes contas: despesas do período seguinte; ações avaliadas pelo custo; capital social.

(3) Um lançamento de compra à vista de máquinas e equipamentos do imobilizado, no valor de R$ 100,00, alteraria a diferença entre os totais de débitos e de créditos, apresentados na última linha do balancete.

(4) A conta capital social a integralizar está corretamente classificada como saldo devedor.

(5) Em despesas gerais e administrativas, devem estar registradas as despesas com salários e encargos sociais do pessoal empregados no departamento jurídico que exerça função de assessoramento da diretoria.

Resolução e Comentários

A resolução da presente questão demanda o conhecimento do método das partidas dobradas (para cada débito, deve haver um crédito de igual valor). A partir desse conceito, é possível retificar a demonstração e responder os itens do enunciado.

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Balancete s implificado de verificação em 31/7/2000 Valores corrigidos erroContas Saldo (em R$) Saldo (em R$)

Devedor Credor Devedor Credor Bancos conta movimento 1.000,00 1.000,00 *Aplicações com liquidez 2.000,00 2.000,00 Bancos conta vinculada 500,00 500,00 Contas a receber 7.000,00 7.000,00 *Es toques e almoxarifado 500,00 500,00 Des pes as do período s eguinte 100,00 100,00 Adiantamento e outras ativas 200,00 200,00 Capital s ocial a integralizar 1.000,00 1.000,00 Ações avaliadas pelo cus to 1.500,00 1.500,00 Ações avaliadas pela equivalência patrimonial 500,00 500,00 Imóveis 2.000,00 2.000,00 Móveis e utens ílios 1.000,00 1.000,00 Veículos 5.000,00 5.000,00 Máquinas e equipamentos 2.000,00 2.000,00 Ins talações 500,00 500,00 Depreciação e amortização acumulada 1.000,00 1.000,00Des pes as pré-operacionais 500,00 500,00 Gas tos com pes quis as e des envolvimento 100,00 100,00 Fornecedores 200,00 200,00 *Emprés timos Bancários 2.000,00 2.000,00Tributos a pagar 500,00 500,00Salários e encargos a pagar 2.000,00 2.000,00Dividendos a Pagar 500,00 500,00Emprés timos bancários de longo prazo 3.000,00 3.000,00Tributos parcelados de longo prazo 2.000,00 2.000,00Capital s ocial 7.215,00 7.215,00Res ervas de capital 3.000,00 3.000,00Res ervas de lucros 2.000,00 2.000,00Lucros acumulados 500,00 500,00Receita bruta de vedas e s erviços 30.000,00 30.000,00Impos tos s obre vendas 4.000,00 4.000,00 Devolução e abatimentos 200,00 200,00 Cus to das mercadorias vendidas 15.000,00 15.000,00 Des pes as com tecnologia da informação 800,00 800,00 Des pes as comerciais 4.000,00 4.000,00 Des pes as gerais e adminis trativas 2.000,00 2.000,00 Des pes as financeiras 500,00 500,00 Des pes as de depreciação 600,00 600,00 Outras des pes as operacionais 100,00 100,00 Des pes as com impos tos divers os 200,00 200,00 Des pes as com pes quis a 300,00 300,00 Des pes a de amortização do diferido 50,00 50,00 Des pes a de impos to de renda 563,00 563,00 Des pes a de contribuição s ocial s obre o lucro 202,00 202,00 Totais 46.115,00 61.715,00 53.915,00 53.915,00

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(1) Estão erroneamente classificados nas colunas de saldos os valores correspondentes às seguintes contas: bancos conta movimento; contas a receber; depreciação e amortização acumulada.

Errado. Estão erradas as contas bancos, contas a receber e fornecedores.

A assertiva está errada justamente porque o equívoco de classificação não é

nas contas referenciadas na assertiva, mas sim em outras contas, referidas nos

comentários.

Na assertiva, diz-se que o equívoco teria sido na classificação das contas:

bancos, contas a receber, depreciação e amortização acumulada.

Conforme comentários, o equívoco foi na classificação das contas: bancos,

contas a receber e fornecedores.

Portanto, a assertiva está errada.

(2) Estão corretamente classificados nas colunas de saldos os valores correspondentes às seguintes contas: despesas do período seguinte; ações avaliadas pelo custo; capital social.

Certo, conforme tabela acima.

(3) Um lançamento de compra à vista de máquinas e equipamentos do imobilizado, no valor de R$ 100,00, alteraria a diferença entre os totais de débitos e de créditos, apresentados na última linha do balancete.

Errado. O lançamento seria o seguinte:

D = máquinas

C = a caixa 100,0

Esse lançamento aumentaria a coluna de saldos de contas devedoras em 100,00

e reduziria essa mesma coluna em 100,00. Assim, o total de saldo de contas devedoras e

credoras continuaria o mesmo.

(4) A conta capital social a integralizar está corretamente classificada como saldo devedor.

Certo. Trata-se do “direito” que a empresa tem de exigir que os sócios

entreguem o valor a elas prometido (subscrito) quando da subscrição do capital. Apesar

de ter a natureza de um direito (portanto, conta devedora) ela é classificada como redutora do

PL.

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(5) Em despesas gerais e administrativas, devem estar registradas as despesas com salários e encargos sociais do pessoal empregados no departamento jurídico que exerça função de assessoramento da diretoria.

Certo. Conforme estrutura da DRE.

Nota de atualização.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreram, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entre outras modificações decorrentes da alteração normativa ocorrida, houve a determinação de nova estrutura para o balanço patrimonial:

a) foi introduzido o grupo intangíveis (composto por elementos não corpóreos utilizados na atividade da companhia)

b) foram transferidos para o Ativo não-circulante, os subgrupos pertencentes ao antigo Ativo Permanente (que foi extinto) – assim, passaram a fazer parte do ativo não-circulante os subgrupos (i) Ativo realizável a Longo Prazo, (ii) Ativo Imobilizado, (iii) Ativo Investimentos, (iv) Ativo Intangível.

c) o antigo Passivo Exigível a Longo Prazo foi renomeado para Passivo não-circulante.

d) foram extintos:

- o ativo diferido (passando a ser reconhecidos diretamente no exercício os elementos que não se enquadrassem na definição de intangível), sendo que o saldo existente em 31/12/2008 poderá permanecer no ativo até sua completa amortização.

- os Resultados de Exercícios futuros (passando seus elementos a ser classificados como “receitas diferidas”, no passivo não circulante).

Entretanto, os conceitos teóricos necessários à resolução da presente questão (definição de natureza devedora ou credora das contas) não foram alterados.

Depreende-se, assim, que as conclusões apresentadas nos comentários acima continuam válidas.

Gabarito

ECECC

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3.3 Estrutura do PL

3.3.1 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC

ENUNCIADO

13. O Banco BJK tem registrado no seu patrimônio líquido Reservas de Capital. É correto afirmar que essas reservas correspondem à

(A) formação de reserva para contingências.

(B) reavaliação de bens do ativo imobilizado.

(C) reserva estatutária, destinada a investimentos.

(D) diferença entre o preço da ação pago pelos subscritores e o seu valor nominal.

(E) reserva de lucros a realizar.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

A resolução da presente questão demanda o conhecimento das reservas de capital (em oposição às reservas de lucro e de reavaliação).

As reservas de Capital estão enumerada no art. 182, §§ 1o e 2o, da Lei das S/A. Para fins de esclarecimento, encontra-se – a seguir – reproduzido, em parte, o citado art. 182 da Lei das S/A:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

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b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;

d) as doações e as subvenções para investimento.

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

As reservas de reavaliação estão definidas no § 3o do mesmo art. 182 das Lei das S/A e as reservas de lucro no § 4o, ambos abaixo reproduzidos:

§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia-geral.

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

Finalmente, as reservas de lucro são enumeradas nos arts. 193 a 197 da Lei das S/A e são: (a) Reserva Legal, (b) Reservas para Contingências, (c) Reserva de lucros a realizar, (d) Reservas estatutárias, (e) Reservas de retenção de lucros para investimento e (f) Reservas especiais para não-pagamento dos dividendos mínimos obrigatórios.

A partir dos conceitos acima, analisaremos em seguida cada assertiva do enunciado:

13. O Banco BJK tem registrado no seu patrimônio líquido Reservas de Capital. É correto afirmar que essas reservas correspondem à

(A) formação de reserva para contingências.

Reserva de lucro

(B) reavaliação de bens do ativo imobilizado.

Reserva de reavaliação

(C) reserva estatutária, destinada a investimentos.

Reserva de lucro

(D) diferença entre o preço da ação pago pelos subscritores e o seu valor nominal.

Ok, reserva de capital (ágio na emissão de ações).

(E) reserva de lucros a realizar.

Reserva de lucro.

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(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis” e outros pronunciamentos técnicos.

A resolução da presente questão demanda o conhecimento das reservas de capital (em oposição às reservas de lucro e às antigas reservas de reavaliação).

As reservas de Capital estão enumerada no art. 182, §§ 1o e 2o, da Lei das S/A. Para fins de esclarecimento, encontra-se – a seguir – reproduzido, em parte, o citado art. 182 da Lei das S/A, na redação anterior riscada, seguida da redação atual:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

As antigas reservas de reavaliação estavam definidas no § 3o do mesmo art. 182 das Lei das S/A e as reservas de lucro no § 4o, ambos abaixo reproduzidos:

§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia-geral.

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§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 5o do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e § 3o do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

Finalmente, as reservas de lucro são enumeradas nos arts. 193 a 197 da Lei das S/A e são: (a) Reserva Legal, (b) Reservas para Contingências, (c) Reserva de lucros a realizar, (d) Reservas estatutárias, (e) Reservas de retenção de lucros para investimento, (f) Reservas especiais para não-pagamento dos dividendos mínimos obrigatórios e (g) Reservas de incentivos fiscais.

A partir dos conceitos acima, analisaremos em seguida cada assertiva do enunciado:

13. O Banco BJK tem registrado no seu patrimônio líquido Reservas de Capital. É correto afirmar que essas reservas correspondem à

(A) formação de reserva para contingências.

Reserva de lucro

(B) reavaliação de bens do ativo imobilizado.

Antigas Reserva de reavaliação, que não podem mais ser constituídas,

cujos saldos, porém, podem ser mantidos no PL até a total realização do

bem antes reavaliado.

(C) reserva estatutária, destinada a investimentos.

Reserva de lucro

(D) diferença entre o preço da ação pago pelos subscritores e o seu valor nominal.

Ok, reserva de capital (ágio na emissão de ações).

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(E) reserva de lucros a realizar.

Reserva de lucro.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (D).

GABARITO

D

3.3.2 AFRF 2005 – cabe recurso Enunciado

32- Uma empresa com Patrimônio Líquido Negativo deve evidenciar esse valor:

a) após o Capital Social no Grupo de Patrimônio Líquido como conta devedora.

b) após a conta Financiamentos como um Exigível a Longo Prazo em uma conta devedora.

c) após a conta de Despesas pré-operacionais, como um Ativo Diferido em uma conta credora.

d) após o ativo diferido em Grupo de Passivo a Descoberto como conta credora.

e) após a conta de Empréstimos a Receber, como um Realizável a Longo Prazo em uma conta credora.

Resolução e comentários

Trata-se de definição dada pelo CFC na NBC-T (Norma Brasileira de Contabilidade – Técnica) de n° 03 – conceito, estrutura e nomenclatura das demonstrações contábeis. Tal norma, em seu item 3.2.2.13 determinava que, no caso de Patrimônio Líquido negativo, seu valor deve ser demonstrado após o ativo, conforme a seguir transcrito.

3.2.2.13 – No caso do patrimônio líquido ser negativo, será demonstrado após o Ativo, e seu valor final denominado de Passivo a Descoberto.

O item 3.2.2.13 foi alterados pela Resolução CFC n° 847, de 16 de junho de 1999.

Ora, sendo o ativo diferido o último item do ativo, o PL negativo (que deveria ser demonstrado após o ativo) ficaria localizado após o ativo diferido. Saliente-se que esta era a legislação em vigor na data do edital do concurso, entretanto, a Resolução CFC n° 1.049/05 excluiu o

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item acima, a partir de 08/11/2005. Portanto, atualmente, o PL negativo deve ser classificado após o passivo/REF, com sinal negativo.

Ocorre que, mesmo considerando a legislação em vigor na época do edital, um passivo a descoberto deve ter – necessariamente – um saldo devedor. Portanto, entendemos que essa questão merecia recurso.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis” e outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, as considerações apresentadas na resolução da questão continuariam as mesmas.

Gabarito

D – Questão anulada

3.3.3 AFRF 2005 Enunciado

40- Quando da Realização da Reserva de Lucros a Realizar, esta deve ser revertida para:

a) lucros ou prejuízos acumulados, quando o evento realizar-se economicamente.

b) lucros ou prejuízos acumulados, quando o evento realizar-se financeiramente.

c) reserva de capital destinada diretamente para distribuição de dividendos.

d) resultado do exercício, quando o evento econômico realizar-se financeiramente.

e) resultado do exercício, quando o evento financeiro realizar-se economicamente.

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Resolução e comentários

Como a contabilidade considera, na apuração do lucro, fatos econômicos, normalmente nem todo o lucro apurado se encontra financeiramente realizado. Em outras palavras, parte das receitas computadas no resultado do exercício, em obediência ao regime de competência, pode não ter sido recebida. Assim,, embora economicamente auferida, não está financeiramente realizada.

A reserva de lucros a realizar visa, então segregar esse lucro não realizado, para não distribuir parcela dos resultados que sequer foi recebida pela empresa, evitando, assim, sua descapitalização.

Com o advento da Lei 10.303/2001, a partir de 01/03/2002, a regra de constituição da reserva de lucros a realizar foi modificada, conforme a seguir apresentado:

a) conceito de lucro realizado

- lucro líquido do exercício;

- subtraído dos lucros a realizar (resultados positivos de equivalência patrimonial e lucro nas vendas para recebimento a longo prazo).

b) constituição de reserva de lucros a realizar

- valor do dividendo obrigatório;

- subtraído do lucro realizado.

OBS.: a constituição desta reserva não é obrigatória.

c) utilização da reserva de lucros a realizar

- na realização dos respectivos lucros;

- para o pagamento de dividendos.

Quais porém são os valores que integram o resultado do exercício e podem ser considerados lucros a realizar?

Segundo o disposto no parágrafo primeiro do artigo 197 da lei 6.404/76, considera-se lucro a realizar:

- o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial;

- o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte.

Em tais casos, embora economicamente realizados, ou seja, não obstante terem integrado o resultado do exercício, tais parcelas carecem de realização financeira.

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Assim, a referida reserva de lucros a realizar, assim como todas as demais reservas de lucro, são revertidas para a conta LPA (Lucro e Prejuízos Acumulados). A especificidade dessa reserva é que o momento de sua reversão é o momento da realização financeira do lucro.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis” e outros pronunciamentos técnicos.

O art. 197 da Lei das S/A, que trata da Reserva de Lucros a Realizar já havia sido objeto de profundas alterações quando do advento da Lei 10.303, de 2001. Agora, com a Lei 11.638, de 2007, há mais uma alteração no dispositivo. Desta vez, a alteração é singela e pontual (no inciso II do § 1o do referido artigo), em nosso entender, com o objetivo de – apenas – favorecer o entendimento do conceito e adequá-lo às demais alterações da presente lei. A seguir, para fins de clareza, apresentamos a redação anterior do referido inciso – riscada, seguida da redação atual.

Reserva de Lucros a Realizar

Art. 197. ...

§ 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

I - ...

II - o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Pelo que foi acima transcrito, percebe-se que:

- na redação anterior, era considerado “Lucro a Realizar” o “lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte” e

- na atual redação, considera-se “Lucro a Realizar” o “lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e

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passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte”.

Repare que – em essência – a idéia de “Lucro a Realizar” é mantida, apenas foi esmiuçado o conceito.

Portanto, a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta continua sendo a de letra (B).

Gabarito

B

3.3.4 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) ENUNCIADO

8. É uma reserva de capital a Reserva

(A) para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos.

(B) Estatutária.

(C) para Contingências.

(D) Legal.

(E) de Subvenções para Investimento. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demandava – tão somente – o conhecimento do texto da Lei das S/A e, em específico,

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seus arts. 182, 193 e seguintes, que dispunham sobre a estrutura do Patrimônio Líquido:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;

d) as doações e as subvenções para investimento.

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia-geral.

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Reservas e Retenção de Lucros

Reserva Legal

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

Reservas Estatutárias

Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:

Reservas para Contingências

Art. 195. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.

Retenção de Lucros

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Art. 196. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado.

Reserva de Lucros a Realizar

Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)

De acordo com os dispositivos acima, podíamos analisar cada uma das assertivas do enunciado da questão:

(A) para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos. Errado. É uma reserva de lucro.

(B) Estatutária. Errado. É uma reserva de lucro.

(C) para Contingências. Errado. É uma reserva de lucro.

(D) Legal. Errado. É uma reserva de lucro.

(E) de Subvenções para Investimento. Certo. É uma reserva de capital, conforme art. 182, § 1o, d, da Lei das S/A

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

...

d) as doações e as subvenções para investimento.

Pelo que foi exposto acima, depreende-se que a alternativa correta é a de letra (E).

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros

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eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis” e outros pronunciamentos técnicos.

Essa alteração logrou modificar o art. 182 da Lei das S/A, que define a estrutura do PL e, especificamente, seu § 1º que trata das reservas de capital. Com efeito, foram retiradas do rol das reservas de capital: (a) os prêmios na emissão de debêntures e (b) as doações e subvenções do poder público para investimento. A seguir, encontra-se reproduzido o referido dispositivo:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

As doações e subvenções para investimentos eram – na vigência da redação anterior da Lei das S/A – registradas como reserva de capital. Com a alteração da Lei das S/A, entretanto, as doações e subvenções para investimentos são consideradas receitas, que transitam pelo resultado, podendo ser registrada (após a apuração do resultado) em uma reserva de lucros (de incentivos fiscais).

As reservas de lucros não sofreram grande alteração, apenas a inclusão de uma nova reserva, a reserva de incentivos fiscais (art. 195-A), e a alteração do conceito de lucros a realizar.

Reservas e Retenção de Lucros

Reserva Legal

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

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Reservas Estatutárias

Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:

Reservas para Contingências

Art. 195. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.

Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Retenção de Lucros

Art. 196. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado.

Reserva de Lucros a Realizar

Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)

§ 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

I - ...

II - o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

De acordo com os dispositivos acima, podemos analisar cada uma das assertivas do enunciado da questão:

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(A) para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos. Errado. É uma reserva de lucro.

(B) Estatutária. Errado. É uma reserva de lucro.

(C) para Contingências. Errado. É uma reserva de lucro.

(D) Legal. Errado. É uma reserva de lucro.

(E) de Subvenções para Investimento. Era certo. Era uma reserva de capital, conforme redação anterior do art. 182,

§ 1o, d, da Lei das S/A. Entretanto, com a nova redação dada ao art. 182 da Lei das S/A

pela Lei n° 11.638, de 2007, não há mais previsão de reserva de capital de subvenção de

investimento, devendo as referidas subvenções transitar por resultado.

Portanto, a assertiva também está errada.

Pelo que foi exposto acima, depreende-se que à luz da nova legislação, a questão restaria sem resposta.

GABARITO

008 - E

3.3.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) ENUNCIADO

10. Uma pessoa jurídica aliena ações em tesouraria, obtendo um resultado positivo. A contrapartida credora do lançamento contábil respectivo será efetuada em conta de

(A) resultado não-operacional.

(B) resultado operacional.

(C) ajustes de exercícios anteriores.

(D) patrimônio líquido.

(E) ágio na alienação de investimentos. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Trata-se de uma questão teórica, de classificação de contas em grupos patrimoniais, cuja resolução demanda o conhecimento das operações de alienação de ações em tesouraria e da estrutura do Patrimônio Líquido – PL.

Com efeito, o ganho na alienação de ações em tesouraria deve ser registrado como reserva de capital e, portanto, no PL. A reserva de capital decorrente de lucro na alienação de ações em tesouraria não está prevista na lei das S/A, em seu art. 182, já apresentado acima. Entretanto, o art. 442 do Decreto 3.000, de 1999 (Regulamento do Imposto de Renda), prevê esta reserva, nos termos a seguir reproduzidos:

Art. 442. Não serão computadas na determinação do lucro real as importâncias, creditadas a reservas de capital, que o contribuinte com a forma de companhia receber dos subscritores de valores mobiliários de sua emissão a título de (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, artigo 38):

...

IV - lucro na venda de ações em tesouraria.

Parágrafo único. O prejuízo na venda de ações em tesouraria não será dedutível na determinação do lucro real (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, artigo 38, § 1º).

Essa é a principal diferença entre os dispositivos da legislação tributária e da Lei das S/A, no que concerne a Reservas de Capital.

Pelo que foi acima exposto, depreende-se que a alternativa correta para a questão é a alternativa de letra (D).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis” e outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão – que estão calcadas na legislação tributária.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, as considerações apresentadas na resolução da questão continuariam as mesmas.

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GABARITO

010 - D

3.3.6 TRF 4a região - Analista Judiciário - Apoio Especializado - Contadoria – 2001 (FCC) ENUNCIADO

34. É reserva de lucros a de

(A) reavaliação.

(B) lucros a realizar.

(C) ágio na emissão de ações.

(D) alienação de partes beneficiárias.

(E) alienação de bônus de subscrição. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Para resolvermos esta questão é necessário o conhecimento das disposições do art. 182 da Lei nº 6.404 de 1976, a seguir reproduzido:

Patrimônio Líquido

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância

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destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;

d) as doações e as subvenções para investimento.

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia-geral.

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Pelo exposto, observamos que o Patrimônio Líquido compreende três grandes grupos de Reservas, a saber: as de Capital (alternativas C, D e E), as de Reavaliação sobre Bens Próprios ou Bens de Terceiros – Controladas e Coligadas avaliadas por equivalência patrimonial (alternativa A) e as de Lucros, como – por exemplo – a reserva de lucros a realizar, citada na alternativa (B), gabarito da questão.

A Reserva de Lucros a Realizar é passível de ser constituída quando o montante do dividendo obrigatório (calculado em observância ao disposto no estatuto da companhia) ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido, conforme regramento de cálculo estipulado no art. 197 da Lei nº 6.404 de 1976. Conseqüentemente é uma reserva de lucros.

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis” e outros pronunciamentos técnicos.

Essa alteração logrou modificar o art. 182 da Lei das S/A, que define a estrutura do PL e, especificamente, seu § 1º que trata das reservas de capital. Com efeito, foram retiradas do rol das reservas de capital: (a)

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os prêmios na emissão de debêntures e (b) as doações e subvenções do poder público para investimento. A seguir, encontra-se reproduzido o referido dispositivo:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

As doações e subvenções para investimentos eram – na vigência da redação anterior da Lei das S/A – registradas como reserva de capital. Com a alteração da Lei das S/A, entretanto, as doações e subvenções para investimentos são consideradas receitas, que transitam pelo resultado, podendo ser registrada (após a apuração do resultado) em uma reserva de lucros (de incentivos fiscais).

As reservas de lucros não sofreram grande alteração, apenas a inclusão de uma nova reserva, a reserva de incentivos fiscais (art. 195-A), e a alteração do conceito de lucros a realizar.

Reservas e Retenção de Lucros

Reserva Legal

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

Reservas Estatutárias

Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:

Reservas para Contingências

Art. 195. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em

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exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.

Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Retenção de Lucros

Art. 196. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado.

Reserva de Lucros a Realizar

Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)

§ 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

I - ...

II - o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Pelo exposto, observamos que o Patrimônio Líquido compreende três grandes grupos de Reservas, a saber:

- as de Capital (alternativas C, D e E),

- as antigas reservas de Reavaliação sobre Bens Próprios ou Bens de Terceiros – Controladas e Coligadas avaliadas por equivalência patrimonial (alternativa A) e

- as de Lucros, como – por exemplo – a reserva de lucros a realizar, citada na alternativa (B), gabarito da questão.

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A Reserva de Lucros a Realizar é passível de ser constituída quando o montante do dividendo obrigatório (calculado em observância ao disposto no estatuto da companhia) ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido, conforme regramento de cálculo estipulado no art. 197 da Lei nº 6.404 de 1976. Conseqüentemente é uma reserva de lucros.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (B).

GABARITO

B

3.3.7 TRT 11 REGIÃO - Analista Judiciário - Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC) ENUNCIADO

23. O registro de um terreno recebido pela empresa por meio de doação tem como contrapartida

(A) um ganho de capital.

(B) uma reserva de capital.

(C) uma receita operacional.

(D) uma receita eventual.

(E) um ganho com imobilizado. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

A solução desta questão encontra-se nos dispositivos da Lei 6.404 de 1976, mais precisamente, o art. 182, o qual reproduzimos a seguir:

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Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;

d) as doações e as subvenções para investimento.

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia-geral.

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Pelo disposto na letra “d”, do parágrafo 1º, do art. 182, observamos que as doações recebidas pelas empresas são registradas à conta específica no subgrupo das Reservas de Capital, no Patrimônio Líquido. Cabe, contudo, uma crítica à questão: a legislação tributária somente autoriza que doações realizadas pelo Poder Público sejam registradas a crédito de reserva de capital, sendo que as demais doações deveriam ser registradas a crédito de receita (tributável). Contudo, o examinador levou em consideração apenas o texto da Lei das S/A.

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis” e outros pronunciamentos técnicos.

O art. 182 da Lei das S/A, de altíssima importância para a definição da estrutura do Balanço Patrimonial, define a composição do Patrimônio

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Líquido. Esse artigo foi profundamente alterado pela Lei 11.638, de 2007, conforme a seguir reproduzido – com o texto anterior riscado – seguido do texto atual:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia-geral.

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 5o do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e § 3o do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

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§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Uma primeira – e sensível – alteração foi redução do conjunto de elementos componentes das Reservas de Capital, com a retirada dos itens: (1) “prêmio recebido na emissão de debêntures” e (2) “doações e subvenções para investimento”. Com essa alteração, ambos os itens passam a ser classificados como Receita (pelo regime de competência), compondo o resultado do exercício (lucro ou prejuízo).

Ora, se as doações passaram a ser consideradas receitas, elas devem ser consideradas receitas eventuais (denominadas, de acordo com a redação original da Lei das S/A como não-operacionais e, de acordo com a legislação atual de “outras receitas”). Assim, à luz da nova legislação, a resposta para a questão deve ser a alternativa (D) – uma receita eventual.

GABARITO

B

3.3.8 TRE – RJ – 2001 (FCC) ENUNCIADO

14 - São contabilizadas na Reserva de Lucros:

a) Lucros Acumulados; Prejuízos Acumulados;

b) Reserva Legal; Reservas Estatutárias; Reserva para Contingências, Reservas de Lucros a Realizar; Ágio na Emissão de Ações/Cotas; Prêmio na Emissão de Debêntures;

c) Reserva Legal, Reservas Estatutárias, Reserva para Contingências, Reservas de Lucros a Realizar, Reservas de Lucros para Expansão, Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído;

d) Reserva Legal; Reservas Estatutárias; Alienação de Partes Beneficiárias; Alienação de Bônus de Subscrição; Doação e Subvenção para Investimentos; Correção Especial de Reflorestamento;

e) Ágio na Emissão de Ações/Cotas; Alienação de Partes Beneficiárias; Alienação de Bônus de Subscrição; Prêmio na Emissão de Debêntures; Doação e Subvenção para Investimentos, Correção Especial de Reflorestamento.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

De acordo com os artigos 193 a 197, da nº Lei 6.404 de 1976, as Reservas de Lucros compreendiam: a Reserva Legal, art. 193; as Reservas Estatutárias, art. 194; as Reservas para Contingências, art. 195; outras Reservas criadas por proposta dos órgãos da administração para retenção de parcela de lucro prevista em orçamento de capital previamente aprovado, art. 196 e; a Reserva de Lucros a Realizar prevista no art. 197. Também devia ser classificada como Reserva de Lucros a Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído, conforme disposições do art. 202.

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

A tabela a seguir ilustra a composição do PL – na vigência da redação anterior da Lei das S/A, indicando as alterações realizadas pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008:

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Patrimônio Líquido - na redação anterior da Lei das S/A Alterações - Lei 11.638, de 2007, e MP n° 449, de 2008a. capital s ocial igualb. reservas de cap ital i. ágio na emis s ão de ações igualii. Prêmio na emis s ão de debêntures ==> receitaiii. Doações e s ubvenções para inves timentos ==> receitaiv. Alienação de partes beneficiárias e bônus de s ubs crição igualv. Obs :Lucro na alienação de ações em tes ouraria (legislação t ribut ária) nenhuma dis pos ição s obre o as s untovi. Res erva de correção monetária do capital s ocial realizado igualc. Res ervas de Reavaliação ==> deixou de es tar previs ta a cons tituição

pas s aram a s er previs tos "Ajus tes de Avaliação Patrimonial"

d. Res ervas de lucro i. Res erva legal igualii. Res erva para contingências igual iii. Res erva de lucros a realizar igual ==> alteração apenas no conceito de lucros a realizariv. Res ervas es tatutárias igual v. Res ervas e lucros para planos de inves timento (retenção de lucros ) igual vi. Res erva es pecial para dividendos obrigatórios não dis tribuídos igual vii. Res erva de incentivos fis cais (incluída)e. Lucros ou Prejuízos Acumulados ==> apenas permitidos Prejuízos Acumuladosf. Ações em Tes ouraria igual

Com base nas alterações acima referidas, podemos voltar à análise das assertivas da questão.

a) Lucros Acumulados; Prejuízos Acumulados;

Errado. Lucros acumulados não são mais previstos e Prejuízos

acumulados constituem item próprio, diverso das reservas de lucro.

b) Reserva Legal; Reservas Estatutárias; Reserva para Contingências, Reservas de Lucros a Realizar; Ágio na Emissão de Ações/Cotas; Prêmio na Emissão de Debêntures;

Errado. Ágio na emissão de ações é reserva de capital e Prêmio na

emissão de debêntures é receita.

c) Reserva Legal, Reservas Estatutárias, Reserva para Contingências, Reservas de Lucros a Realizar, Reservas de Lucros para Expansão, Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído;

Correto.

d) Reserva Legal; Reservas Estatutárias; Alienação de Partes Beneficiárias; Alienação de Bônus de Subscrição; Doação e Subvenção para Investimentos; Correção Especial de Reflorestamento;

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Errado. Alienação de partes beneficiárias e de bônus de subscrição são

reservas de capital. Doação e subvenção para investimento é receita.

Não está prevista nenhuma reserva de correção especial de

reflorestamento.

e) Ágio na Emissão de Ações/Cotas; Alienação de Partes Beneficiárias; Alienação de Bônus de Subscrição; Prêmio na Emissão de Debêntures; Doação e Subvenção para Investimentos, Correção Especial de Reflorestamento.

Errado. Ágio na emissão de ações, alienação de partes beneficiárias e

alienação de bônus de subscrição são reservas de capital. Prêmio na

emissão de debêntures, doação e subvenção para investimentos são

receitas. Não está prevista nenhuma reserva de correção especial de

reflorestamento.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (C).

GABARITO

C

3.3.9 TRT 24 REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa - Contabilidade – 2006 (FCC) ENUNCIADO

35. São classificáveis como Patrimônio Líquido

(A) o capital de giro e o capital subscrito.

(B) as doações e subvenções para investimentos.

(C) as debêntures conversíveis em ações.

(D) as ações em tesouraria e os resultados de exercícios futuros.

(E) os dividendos propostos e as retenções contratuais. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e

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comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Na solução desta questão, devíamos nos ater ao disposto na Lei nº 6.404 de 1976, no tocante ao reconhecimento das reservas, sendo que a única alternativa que preenchia o conceito de Reserva era a alternativa B, uma vez que o art. 182 disciplinava o reconhecimento e classificação das Reservas no Patrimônio Líquido, conforme discriminamos a seguir:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;

d) as doações e as subvenções para investimento.

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia-geral.

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

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Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

O art. 182 da Lei das S/A, de altíssima importância para a definição da estrutura do Balanço Patrimonial, define a composição do Patrimônio Líquido. Esse artigo foi profundamente alterado pela Lei 11.638, de 2007, conforme a seguir reproduzido – com o texto anterior riscado – seguido do texto atual:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia-geral.

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 5o do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e § 3o do art. 226 desta Lei) e do

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passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Uma primeira – e sensível – alteração foi redução do conjunto de elementos componentes das Reservas de Capital, com a retirada dos itens: (1) “prêmio recebido na emissão de debêntures” e (2) “doações e subvenções para investimento”. Com essa alteração, ambos os itens passam a ser classificados como Receita (pelo regime de competência), compondo o resultado do exercício (lucro ou prejuízo).

Com base nas premissas acima, podemos voltar a analisar as assertivas da questão.

(A) o capital de giro e o capital subscrito.

O capital de giro é registrado no ativo.

(B) as doações e subvenções para investimentos.

Essa era a resposta. Ocorre que as doações e subvenções para

investimento devem ser reconhecidas como receita.

(C) as debêntures conversíveis em ações.

As debêntures conversíveis em ações são registradas no passivo exigível.

(D) as ações em tesouraria e os resultados de exercícios futuros.

Os resultados de exercícios futuros constituem item próprio estranho ao PL.

(E) os dividendos propostos e as retenções contratuais.

Os dividendos propostos devem ser classificados no passivo exigível.

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Pelo que foi acima exposto, com as alterações da Lei das S/A, essa questão fica sem resposta.

GABARITO

B

3.3.10 INSS/UNB – Estrutura do PL

ENUNCIADO

No balanço patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos e o resultado de exercícios futuros representa o patrimônio, que é o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios. De acordo com a Lei n° 6.404/76, o patrimônio líquido pode incluir:

(1) capital social, que representa valores recebidos pela empresa, ou valores por ela gerados que estão formalmente incorporados ao capital social;

(2) reservas de capital, que representam valores recebidos, inexigíveis e que não transitam por conta de resultado;

(3) provisões para contingências, representando prováveis compromissos futuros, de fatos contábeis ocorridos;

(4) reservas de lucros, representando lucros obtidos pela empresa e retidos com finalidades específicas;

(5) estoques de ouro, representando reservas reais da empresa para garantir ou lastrear os títulos emitidos e adquiridos no mercado de valores imobiliários.

Resolução e Comentários

A presente questão trata da definição e da estrutura do Patrimônio Líquido. O assunto está regulado pelo art. 182 da Lei das S/A. O art. 182 da Lei das S/A, de altíssima importância para a definição da estrutura do Balanço Patrimonial, define a composição do Patrimônio Líquido. Esse artigo foi profundamente alterado pela Lei 11.638, de 2007, e – em seguida – pela Medida Provisória nº 449, de 2008, conforme a seguir reproduzido – com o texto anterior riscado – seguido do texto atual:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

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a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia-geral.

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 5o do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e § 3o do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Uma primeira – e sensível – alteração foi redução do conjunto de elementos componentes das Reservas de Capital, com a retirada dos

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itens: (1) “prêmio recebido na emissão de debêntures” e (2) “doações e subvenções para investimento”. Com essa alteração, ambos os itens passam a ser classificados como Receita (pelo regime de competência), compondo o resultado do exercício (lucro ou prejuízo).

Outra importante alteração foi supressão do grupo Reservas de Reavaliação, com a conseqüente introdução do grupo Ajustes de Avaliação Patrimonial. Repare que não se trata apenas de uma alteração de nome, mas sim de uma profunda alteração da filosofia da avaliação do patrimônio, conforme se depreende da leitura do artigo.

Com base na teoria acima, passaremos a analisar cada uma das assertivas da questão.

(1) capital social, que representa valores recebidos pela empresa, ou valores por ela gerados que estão formalmente incorporados ao capital social;

Certo. Conforme caput. do artigo. Cabe aqui apenas um comentário: a

redação é circular e contém um pleonasmo, ainda assim não está errada. Veja que é

afirmado que o capital social representa valores ... formalmente incorporados ao capital

social. Ora isso é óbvio, mas não está errado.

(2) reservas de capital, que representam valores recebidos, inexigíveis e que não transitam por conta de resultado;

Certo, conforme parágrafo primeiro.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

Repare que o dispositivo acima não define, mas apenas enumera as reservas de

capital. Entretanto, conforme visto na teoria, todos esses são valores entregues à entidade

e que não serão exigidos pelos que a ela os entregaram. Assim, resta correta a assertiva.

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(3) provisões para contingências, representando prováveis compromissos futuros, de fatos contábeis ocorridos;

Errado. Provisões são passivos.

As provisões para contingências devem ser apresentadas no passivo exigível. O

que deve ser apresentado no patrimônio líquido é a reserva de lucro para contingências.

Nesse sentido, cabe referência aos seguintes artigos da Lei das S/A:

Patrimônio Líquido

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

...

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

...

Reservas para Contingências

Art. 195. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.

§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.

§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda.

Cabe, ainda, referência à Estrutura Básica Conceitual para elaboração das

demonstrações contábeis, onde é tratado o conceito de provisão:

Alguns passivos somente podem ser mensurados com o emprego de um elevado grau de estimativa. No Brasil esses passivos são descritos como provisões. A definição de passivo, constante do parágrafo 49, tem um enfoque amplo e assim, se a provisão envolve uma obrigação presente e satisfaz os demais critérios da definição, ela é um passivo, ainda que seu valor tenha que ser estimado. Exemplos incluem obrigações por pagamentos a serem feitos para satisfazer acordos com garantias em vigor e provisões para fazer face a obrigações de aposentadoria.

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(4) reservas de lucros, representando lucros obtidos pela empresa e retidos com finalidades específicas;

Certo, conforme parágrafo 4º:

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

(5) estoques de ouro, representando reservas reais da empresa para garantir ou lastrear os títulos emitidos e adquiridos no mercado de valores imobiliários.

Errado, ouro é um ativo (recurso – bem/direito) e, portanto, estranho ao PL.

Nota de atualização.

Em que pese, posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ter ocorrido, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, ressalvados os comentários já realizados, as conclusões apresentadas nos comentários acima continuam válidas.

Gabarito

CCECE

3.3.11 Polícia Federal / UNB

ENUNCIADO

(1) No recebimento de dinheiro de acionistas para integralização do capital social subscrito, deverá haver um registro a crédito do capital social ou da conta que registra o capital a integralizar.

(2) Na emissão de ações ao preço unitário de R$ 1,00, sendo R$ 0,50 destinados ao capital social e R$ 0,50 à reserva de capital – ágio na subscrição de novas ações -, a empresa deverá registrar R$ 0,80 para cada real recebido, por conta desse aumento de capital, na conta de bônus de subscrição, no patrimônio líquido.

(3) O produto da alienação de partes beneficiárias pode ser registrado no patrimônio líquido.

(4) No recebimento de um imóvel doado por uma sociedade anônima, cujo registro se dará em conta de patrimônio líquido de doações e subvenções para investimento, deverá haver um registro a débito dessa conta, em contrapartida de um crédito no imobilizado de igual valor.

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(5) Uma empresa que apresentar uma reserva de capital no valor de R$ 8.000,00 e um saldo de prejuízo de R$ 2.000,00, após consumir os lucros acumulados e todas as reservas de lucros, poderá compensá-lo com parte da reserva de capital que ela possui.

Resolução e Comentários

Essa questão trata de situações relativas ao PL. Para sua resolução, analisaremos cada assertiva em separado.

(1) No recebimento de dinheiro de acionistas para integralização do capital social subscrito, deverá haver um registro a crédito do capital social ou da conta que registra o capital a integralizar.

Certo.

No caso de subscrição com integralização imediata, temos o seguinte

lançamento:

D = caixa

C = a Capital subscrito

No caso de subscrição sem integralização imediata temos dois lançamentos, o

primeiro na subscrição e o segundo na integralização:

Subscrição

D = Capital a realizar

C = a Capital subscrito

Integralização – recebimento do valor

D = caixa

C = capital a realizar

(2) Na emissão de ações ao preço unitário de R$ 1,00, sendo R$ 0,50 destinados ao capital social e R$ 0,50 à reserva de capital – ágio na subscrição de novas ações -, a empresa deverá registrar R$ 0,80 para cada real recebido, por conta desse aumento de capital, na conta de bônus de subscrição, no patrimônio líquido.

Errado. O bônus de subscrição não diz respeito à integralização de capital

(com ou sem ágio), trata de outra situação: aquisição do direito de entrar no quadro

social. O lançamento em questão é o seguinte:

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Pela subscrição

D = capital a realizar

C = a capital subscrito 0,50

Depois, pela integralização com ágio

D = caixa 1,00

C = a diversos

C = a capital a realizar 0,50

C = a ágio na emissão de ações 0,50

(3) O produto da alienação de partes beneficiárias pode ser registrado no patrimônio líquido.

Certo. Trata-se de reserva de capital expressamente prevista no art. 182 da Lei

das S/A:

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

...

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

...

(4) No recebimento de um imóvel doado por uma sociedade anônima, cujo registro se dará em conta de patrimônio líquido de doações e subvenções para investimento, deverá haver um registro a débito dessa conta, em contrapartida de um crédito no imobilizado de igual valor.

Errado. Há dois equívocos na assertiva: (1) foi trocada a referência a débitos e

créditos – o débito é no imobilizado, e (2) somente doações do Poder Público (de acordo

com a legislação tributária) seriam registradas como reserva de capital.

Nota de atualização.

Após o concurso, com o advento da Lei 11.638, de 2007, e da Medida

Provisória n° 449, de 2008, a questão passou a estar mais errada ainda, pois todas as

doações passaram a transitar pelo resultado (não mais podendo ser creditadas ao PL).

(5) Uma empresa que apresentar uma reserva de capital no valor de R$ 8.000,00 e um saldo de prejuízo de R$ 2.000,00, após consumir os

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lucros acumulados e todas as reservas de lucros, poderá compensá-lo com parte da reserva de capital que ela possui.

Certo, conforme determinação específica da Lei das S/A, a seguir:

Art. 189. ...

Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.

...

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, parágrafo único);

Nota de atualização.

Em que pese, posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ter ocorrido, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, bem como de outros pronunciamentos técnicos, exceto pelos comentários acima já referidos, as conclusões apresentadas continuam válidas.

Gabarito

CECEC

3.3.12 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) saldo das reservas de lucro ENUNCIADO

93. O saldo de reserva para contingências não poderá ultrapassar o valor do capital social. Ao atingir esse limite, a assembléia deliberará sobre a aplicação do excesso no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

O art. 199 da Lei das S/A trata de assunto de alta importância do ponto de vista societário, qual seja: o limite de valor para as reservas de lucros. Essa limitação, junto com a obrigação de distribuição de dividendos, consiste em elemento de proteção ao minoritário, pois,

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evitando o crescimento do PL pela retenção dos lucros da empresa, fica reduzida a possibilidade de perdas por variação no percentual de participação dos minoritários (fenômeno conhecido como “diluição dos minoritários”). Pois bem, a idéia é que não estivessem sujeitas ao limite apenas as reservas que não dependessem diretamente da Lei nem da exclusiva vontade da Assembléia Geral de Acionistas. Em outras palavras, não se aplicaria o limite de valor às reservas que estivessem fundamentadas em fato atribuível a terceiros.

Assim, na redação original, o limite de valor para as reservas de lucro (que é o valor do capital social) era calculado desconsiderando-se o valor das reservas de (1) Lucros a Realizar e (2) contingências. Isso estava de acordo com a idéia acima defendida, pois, os lucros a realizar e as contingências não dependem da vontade dos acionistas, mas – respectivamente – de transações com terceiros (no primeiro caso) e de fatos externos inevitáveis (no segundo caso).

Na nova redação da Lei das S/A, introduzida pela Lei n° 11.638, de 2007, manteve-se o mesmo racional, mas – para sua aplicação em consonância com o novo texto da Lei das S/A – foram incluídas as Reservas de Incentivos Fiscais no rol de reservas a serem desconsideradas para cálculo do limite. A seguir, para fins de clareza, encontra-se reproduzido o art. 199 da Lei das S/A, com sua redação anterior riscada e, em seguida, sua redação atual.

Limite do Saldo das Reservas de Lucros

Limite do Saldo das Reservas de Lucro (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social; atingido esse limite, a assembléia deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social, ou na distribuição de dividendos.

Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Repare que as Reservas de Incentivos Fiscais são formadas por valores que passaram a transitar pelo resultado, mas que – na redação anterior – eram registrados diretamente no PL, como Reservas de Capital.

Pelo que foi acima exposto, o saldo de reserva para contingências é uma exceção à regra geral e, portanto, poderá ultrapassar o valor do capital social. Mesmo sendo atingido esse limite, a assembléia não fica

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obrigada a deliberar sobre a aplicação do excesso no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos. Assim, verifica-se que a assertiva está errada.

COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A pela Medida Provisória n° 449, de 2008.

Ocorre que o limite de valor para constituição de reservas de lucro, bem como as respectivas exceções, não foi objeto de alteração. Assim, continuam válidas as considerações acima.

GABARITO

93 E

3.3.13 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de lucro Enunciado

75. O saldo da reserva de lucros a realizar poderá ser utilizado para pagamento da participação de debenturistas quando o resultado do exercício do período for insuficiente para quitar essa obrigação.

Resolução e comentários

Errado, a participação de debenturistas é calculada com base no resultado do exercício (arts. 189 e 190 da Lei das S/A), sendo que a reserva de lucros a realizar é utilizada no cálculo do dividendo mínimo obrigatório (arts. 197, 201 e 202 da Lei das S/A). Ora, esses são dois conceitos que não se confundem.

Assim, percebe-se que a assertiva está errada.

COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A pela Medida Provisória n° 449, de 2008.

Ocorre que os critérios de cálculo das participações de debenturistas no resultado não foram alterados. Assim, continuam válidas as considerações acima.

Gabarito

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75 E

3.3.14 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de capital

Enunciado

79. A reserva de capital constituída com recursos advindos da venda de partes beneficiárias pode ser destinada ao resgate desses títulos.

Resolução e comentários

Correto, esse é o conteúdo do art. 200 da Lei das S/A. A seguir, por motivos didáticos, vamos discorrer sobre o título em questão e analisar o enunciado.

Partes beneficiárias consistem em títulos privativos de sociedades por ações, conforme definido no art. 46 da Lei das S/A, a seguir transcrito em parte:

Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias".

§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais (artigo 190).

Pelos termos acima apresentados, percebe-se que as Partes beneficiárias são títulos estranhos ao capital social, o qual confere a seu titular apenas direito de participação nos lucros. Partes Beneficiárias não se confundem com ações porque não dão, a seus titulares, direito a uma parcela do patrimônio da companhia, nem a participar de sua administração. Ainda, Partes Beneficiárias não se confundem com debêntures porque não dão a seus titulares direitos creditórios contra a companhia.

Portanto, ao titular de partes beneficiárias somente é deferido um eventual direito de participação nos lucros da companhia. A palavra eventual (textualmente constante do art. 46 da Lei das S/A) é elucidativa. Não há qualquer obrigação da empresa para com os detentores das partes beneficiárias porque sua eventual participação nos futuros lucros da companhia está condicionada (condição é evento futuro e incerto) à existência de futuros lucros – o que pode (teoricamente) nunca ocorrer.

A título informativo, cabe colocar que, de acordo com o art. 47 da Lei das S/A, a seguir transcrito em parte, as companhias abertas não podem emitir partes beneficiárias:

Art. 47. ...

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Parágrafo único. É vedado às companhias abertas emitir partes beneficiárias.

A participação atribuída às partes beneficiárias (a serem entregues aos titulares ou para formação de reserva para resgate do título – reaquisição e retirada de circulação) não pode ultrapassar 10% dos lucros, nos termos do art. 46 § 2o da Lei das S/A, abaixo:

Art. 46. ...

§ 2º A participação atribuída às partes beneficiárias, inclusive para formação de reserva para resgate, se houver, não ultrapassará 0,1 (um décimo) dos lucros.

O estatuto deve determinar o prazo de duração das partes beneficiárias e, se estipular resgate do título, deve prever a formação de reserva com essa finalidade, nos termos do art. 48 Lei das S/A, abaixo:

Art. 48. O estatuto fixará o prazo de duração das partes beneficiárias e, sempre que estipular resgate, deverá criar reserva especial para esse fim.

§ 1º O prazo de duração das partes beneficiárias atribuídas gratuitamente, salvo as destinadas a sociedades ou fundações beneficentes dos empregados da companhia, não poderá ultrapassar 10 (dez) anos.

§ 2º O estatuto poderá prever a conversão das partes beneficiárias em ações, mediante capitalização de reserva criada para esse fim.

§ 3º No caso de liquidação da companhia, solvido o passivo exigível, os titulares das partes beneficiárias terão direito de preferência sobre o que restar do ativo até a importância da reserva para resgate ou conversão.

Há autores que entendem que não seria tecnicamente correta a constituição de uma reserva para resgate das partes beneficiárias, mas sim a constituição de uma provisão (no passivo). Neste curso, seguindo a letra da Lei das S/A, consideraremos a formação de uma reserva, que será uma reserva de lucro, estatutária4.

As partes beneficiárias, assim como as ações e as debêntures, devem ser nominativas – não sendo possível a emissão deste título ao portador, desde o advento da Lei n° 8.021, de 1990.

As partes beneficiárias podem ser alternativamente: (1) atribuídas a fundadores ou outras figuras relevantes para a companhia ou (2) alienadas, nas condições determinadas pelo estatuto ou pela assembléia-geral; nos termos do caput do art. 47 da Lei das S/A, a seguir:

4 As reservas de lucro serão estudadas a seguir neste ponto.

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Art. 47. As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições determinadas pelo estatuto ou pela assembléia-geral, ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como remuneração de serviços prestados à companhia.

No caso de alienação gratuita de partes beneficiárias, não há o que se falar em lançamento contábil, visto que não há entrada de qualquer bem ou direito no patrimônio, nem o nascimento de qualquer obrigação (afinal, conforme esclarecido acima, a futura participação no lucro será eventual – sob condição da ocorrência do referido lucro). Já, no caso de alienação onerosa, há registro a ser realizado, posto que ingressará dinheiro em caixa (ou outro bem qualquer – no ativo).

Conforme visto acima, o art. 48 da Lei das S/A dispõe que e estatuto, caso estipule resgate das partes beneficiárias, determinará a criação de reserva (de lucro) para esse fim. Adicionalmente, o art. 200 da Lei das S/A permite que a reserva constituída com o produto da venda das partes beneficiárias seja destinada ao resgate dos títulos, conforme a seguir:

Art. 200. ...

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

A interpretação sistemática dos dispositivos acima revela que o resgate pode ser realizado, alternativamente, mediante a utilização da reserva de lucro constituída para o resgate do título ou mediante a utilização da própria reserva de capital decorrente da alienação do título. A seguir, encontram-se apresentados os lançamentos de resgate de partes beneficiárias das duas possíveis formas:

1) utilização de reserva de lucro para resgate das partes beneficiárias

i. constituição da reserva de lucro (estatutária)

D = Lucros ou Prejuízos acumulados (LPA - atual conta PA) 1 - C = a Reserva de lucros - estatutária 50.000,00

ii. resgate das partes beneficiárias

D = Reserva de lucros - estatutária 2 - C = a Caixa 50.000,00

2) utilização da reserva de capital para resgate das partes beneficiárias

D = Reserva de capital - alienação de partes beneficiárias 1 - C = a Caixa 50.000,00

Ainda, de acordo com o disposto no § 2o do art. 48 da Lei das S/A, o estatuto pode prever a conversão das partes beneficiárias em ações,

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mediante capitalização da reserva criada para esse fim. Ora, a conversão em ações é uma forma indireta de resgate e, portanto, ela poderá se dar tanto pela utilização da reserva de lucro criada com o fim de resgate do título, quando pela utilização da reserva de capital decorrente da alienação do título. A seguir, encontram-se apresentados os lançamentos de conversão de partes beneficiárias em ações das duas possíveis formas:

1) utilização de reserva de lucro para resgate das partes beneficiárias

i. constituição da reserva de lucro (estatutária)

D = Lucros ou Prejuízos acumulados (LPA - atual conta PA) 1 - C = a Reserva de lucros - estatutária 50.000,00

ii. resgate das partes beneficiárias

D = Reserva de lucros - estatutária 2 - C = a Capital Social Subscrito 50.000,00

2) utilização da reserva de capital para resgate das partes beneficiárias

D = Reserva de capital - alienação de partes beneficiárias 1 - C = a Capital Social Subscrito 50.000,00

COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A pela Medida Provisória n° 449, de 2008.

Ocorre que os critérios de resgate de partes beneficiárias não foram alterados. Assim, continuam válidas as considerações acima.

Gabarito

79 C

3.3.15 MPE/RR – Contador – 2008 – CESPE – reservas de lucro Enunciado

77. No caso de o saldo das reservas de lucros — exceto as de contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar — atingir o limite do capital social, a assembléia deliberará sobre a aplicação do

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excesso na integralização, no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos do período em questão.

Resolução e comentários

Correto. Essa é a nova redação dada pela Lei n° 11.638, de 2007, ao art. 199 da Lei das S/A.

O art. 199 da Lei das S/A trata de assunto de alta importância do ponto de vista societário, qual seja: o limite de valor para as reservas de lucros. Essa limitação, junto com a obrigação de distribuição de dividendos, consiste em elemento de proteção ao minoritário, pois, evitando o crescimento do PL pela retenção dos lucros da empresa, fica reduzida a possibilidade de perdas por variação no percentual de participação dos minoritários (fenômeno conhecido como “diluição dos minoritários”). Pois bem, a idéia é que não estivessem sujeitas ao limite apenas as reservas que não dependessem diretamente da Lei nem da exclusiva vontade da Assembléia Geral de Acionistas. Em outras palavras, não se aplicaria o limite de valor às reservas que estivessem fundamentadas em fato atribuível a terceiros.

Assim, na redação anterior, o limite de valor para as reservas de lucro (que é o valor do capital social) era calculado desconsiderando-se o valor das reservas de (1) Lucros a Realizar e (2) contingências. Isso estava de acordo com a idéia acima defendida, pois, os lucros a realizar e as contingências não dependem da vontade dos acionistas, mas – respectivamente – de transações com terceiros (no primeiro caso) e de fatos externos inevitáveis (no segundo caso).

Na nova redação, manteve-se o mesmo racional, mas – para sua aplicação em consonância com o novo texto da Lei das S/A – foram incluídas as Reservas de Incentivos Fiscais no rol de reservas a serem desconsideradas para cálculo do limite. A seguir, para fins de clareza, encontra-se reproduzido o art. 199 da Lei das S/A, com sua redação anterior riscada e, em seguida, sua redação atual.

Limite do Saldo das Reservas de Lucros

Limite do Saldo das Reservas de Lucro (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social; atingido esse limite, a assembléia deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social, ou na distribuição de dividendos.

Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo

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esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Repare que as Reservas de Incentivos Fiscais são formadas por valores que passaram a transitar pelo resultado, mas que – na redação anterior – eram registrados diretamente no PL, como Reservas de Capital.

Nesse sentido, cumpre referir que:

- com a alteração do art. 182, foi retirada do rol de Reservas de Capital a reserva de “doações e subvenções para investimento”, tal item passou a ser classificado como Receita (pelo regime de competência), compondo o resultado do exercício (lucro ou prejuízo); e

- com a inclusão do art. 195-a da Lei das S/A, a assembléia geral pode destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos.

Ora, é exatamente o valor antes destinado à Reserva de Capital que, com a nova redação, passa a (1) compor o resultado e (2) ser destinado a reservas de lucro.

Repare que, como essa reserva de lucro não é oriunda – em sua origem – da vontade dos acionistas (mas da vontade do governo, que destinou doações ou subvenções à empresa), essa reserva também fica de fora do rol das reservas de lucro consideradas na apuração do limite total permitido às reservas de lucro (valor do capital social).

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que a assertiva está correta.

COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A pela Medida Provisória n° 449, de 2008.

Ocorre que os critérios de limitação de valor para constituição de reservas de lucro, bem como as respectivas exceções, não foi objeto de alteração. Assim, continuam válidas as considerações acima.

Gabarito

77 C

3.3.16 MDIC-Analista de Comércio Exterior – CESPE 2008 - ajustes

de avaliação patrimonial

Ainda com relação a demonstrações contábeis, julgue os itens abaixo.

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ENUNCIADO

52 Os ajustes de avaliação patrimonial, para mais ou para menos, que decorram da avaliação a preço de mercado de elementos do ativo e do passivo, têm de ser incluídos na demonstração do resultado do exercício como resultados não-operacionais, no mesmo exercício em que tais ajustes sejam efetuados, segundo o princípio da oportunidade.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Errado. A afirmação contida no enunciado está em desacordo com o disposto no art. 182, § 3º da Lei das S/A (com a redação dada pela Lei n° 11.638, de 2007), onde são definidos os ajustes de avaliação patrimonial. A seguir, para fins de esclarecimento, encontra-se reproduzido o referido dispositivo:

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 5o do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e § 3o do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado.

Repare, os conceitos acima apresentados são incompatíveis com o texto do enunciado, conforme a seguir esclarecido:

Texto do enunciado:

“Os ajustes de avaliação patrimonial, para mais ou para menos, que decorram da avaliação a preço de mercado de elementos do ativo e do passivo, têm de ser incluídos na demonstração do resultado do exercício como resultados não-operacionais (não, eles devem ser registrados diretamente no PL, como ajustes de avaliação patrimonial), no mesmo exercício em que tais ajustes sejam efetuados, segundo o princípio da oportunidade (não eles somente devem transitar pelo resultado nos termos do regime de competência).”

Pelo que foi acima exposto, conclui-se que a assertiva está errada.

COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A pela Medida Provisória n° 449, de 2008.

O § 3º do art. 182 da Lei das S/A foi novamente alterado, desta vez pela Medida Provisória nº 449, de 2008, nos termos a seguir:

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§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)

Repare que – com a nova redação – a assertiva ficou MAIS ERRADA AINDA, conforme a seguir:

Texto do enunciado:

“Os ajustes de avaliação patrimonial, para mais ou para menos, que decorram da avaliação a preço de mercado (não, a avaliação e a valor justo) de elementos do ativo e do passivo, têm de ser incluídos na demonstração do resultado do exercício como resultados não- operacionais (não, eles devem ser registrados diretamente no PL, como ajustes de avaliação patrimonial), no mesmo exercício em que tais ajustes sejam efetuados, segundo o princípio da oportunidade (não eles somente devem transitar pelo resultado nos termos do regime de competência).”

Pelo que foi acima exposto, conclui-se que a assertiva continua errada.

GABARITO

52 E

3.3.17 Agente Fiscal de Tributos-Teresina – CESPE/2008 -

Doações ENUNCIADO

131. Os bens recebidos em doação integram o ativo da empresa e são representados no balanço patrimonial. Esse é o caso de imóveis recebidos do poder público como incentivo à instalação de novos empreendimentos, que, se recebidos sem custos ou ônus, serão contabilizados por valor simbólico, cuja contrapartida constitui receita não-operacional.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Essa é uma questão capciosa. Ela versa sobre assunto cujo tratamento contábil/societário foi alterado (com o advento da Lei n° 11.638, de 2007, que modificou a redação da Lei das S/A – em especial o § 1o do

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art. 182), conforme a seguir reproduzido – com o texto anterior riscado – seguido do texto atual:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

...

Repare que as doações e as subvenções para investimento deixaram de ser classificadas no PL, passando a transitar pelo resultado, em contrapartida de receita, de acordo com o regime de competência.

Até aqui, portanto, a assertiva estaria correta.

Ocorre que – no texto do enunciado – consta a afirmação de que um bem recebido em doação deveria ser reconhecido por um “valor simbólico”. Ora, isso não é verdadeiro, pois, os bens recebidos em doação devem integrar o ativo por seu valor justo (valor que seria utilizado para realizar uma transação entre partes independentes), que não é um valor meramente simbólico, mas o valor de mercado do bem.

Assim, conclui-se que a assertiva está incorreta.

COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A pela Medida Provisória n° 449, de 2008.

Ocorre que o tratamento das doações não foi alterado, assim, conclui-se que a assertiva continua incorreta.

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GABARITO

131 E

3.4 Apuração do valor da Reserva Legal

3.4.1 Analista de Comércio Exterior – 1998 (ESAF)

Enunciado

A firma Chis apresenta o seguinte patrimônio líquido:

Capital Social 30.000,00 Reserva de subvenções p/ investiment 1.300,00 Reserva de ágio na emissão de ações 2.000,00 Reserva legal 2.000,00 Reservas estatutárias 1.000,00

No exercício de 19x1, a empresa apurou um lucro líquido final (após o imposto de renda e as participações), no valor de R$ 76.000,00. considerando-se as limitações impostas pela Lei n° 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), podemos dizer que, para constituir a reserva legal no referido exercício, essa empresa:

a) poderá destinar R$ 3.700,00;

b) deverá destinar R$ 3.700,00;

c) deverá destinar R$ 3.800,00;

d) deverá destinar R$ 4.000,00;

e) poderá destinar R$ 4.000,00.

Resolução e comentários Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

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(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

Essa é uma questão típica de cálculo do valor da Reserva Legal. Para sua resolução, é necessário conhecer o texto do art. 193 da Lei das S/A, a seguir:

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.

Cumpre referir que, no caso da questão:

- o lucro líquido é de 76.000,00;

- o capital social é de 30.000,00;

- a reserva legal anteriormente constituída é de 2.000,00;

- as reservas de capital somam 3.300,00 (subvenções para investimento e ágio na emissão de ações);

- o valor das reservas estatutárias é colocado no enunciado sem função alguma (apenas para confundir o candidato mais incauto).

Nossa proposta didática de resolução da questão é a de utilização dos conceitos de passo, teto e sub-teto, conforme tabela a seguir. Passo

(=)

5%

(*)

Lucro Líquido

5% (*) 76.000,00 (=) 3.800,00 Teto

(=)

20%

(*)

capital social

(-)

Reserva legal (anteriormente constituída)

20% (*) 30.000,00 (-) 2.000,00 (=) 4.000,00

Sub-teto

(=)

30%

(*)

capital social

(-)

Reserva legal (anteriormente constituída)

(-)

Reservas de capital (exceto correção monetária do capital)

30% (*) 30.000,00 (-) 2.000,00 (-) 3.300,00 (=) 3.700,00

Relembrando: (1) o passo é obrigatório até o sub-teto, (2) do sub-teto ao teto ele é facultativo e (3) acima do teto ele é proibido.

Portanto, no caso, a Reserva legal deverá ser obrigatoriamente constituída em um valor de, no mínimo R$ 3.700,00 e no máximo R$ 3.800,00, podendo ser constituída em qualquer valor compreendido entre R$ 3.700,00 e R$ 3.800,00.

Nessas condições, a única alternativa correta é a de letra A.

(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

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Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória nº 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, bem como de outros pronunciamentos técnicos.

A questão é de 1988 e – a partir de 2008 – houve alteração na Lei das S/A, quanto ao rol das reservas de capital, nos termos da nova redação dada pela Lei 11.638, de 2007, aos §§ 1o e 2o do art. 182 da referida Lei das S/A, abaixo reproduzida:

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada);

d) (revogada).

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

Repare que, os prêmios da emissão de debêntures e as doações e as subvenções para investimento não são mais classificadas como reservas de capital.

Apenas para fins didáticos, aplicando a nova regra aos dados da questão, temos que:

- o lucro líquido é de 76.000,00;

- o capital social é de 30.000,00;

- a reserva legal anteriormente constituída é de 2.000,00;

- as reservas de capital somam 2.000,00 (ágio na emissão de ações);

- o valor das reservas estatutárias é colocado no enunciado sem função alguma (apenas para confundir o candidato mais incauto).

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Nossa proposta didática de resolução da questão é a de utilização dos conceitos de passo, teto e sub-teto, conforme tabela a seguir. Passo

(=)

5%

(*)

Lucro Líquido

5% (*) 76.000,00 (=) 3.800,00 Teto

(=)

20%

(*)

capital social (-)

Reserva legal (anteriormente constituída)

20% (*) 30.000,00 (-) 2.000,00 (=) 4.000,00 Sub-teto

(=)

30%

(*)

capital social (-)

Reserva legal (anteriormente constituída) (-)

Reservas de capital (exceto correção monetária do capital)

30% (*) 30.000,00 (-) 2.000,00 (-) 2.000,00 (=) 5.000,00

Relembrando: (1) o passo é obrigatório até o sub-teto, (2) do sub-teto ao teto ele é facultativo, (3) acima do teto ele é proibido e (4) caso o sub-teto seja superior ao teto, ele deve ser descartado.

Portanto, com a nova redação da Lei das S/A, a Reserva legal seria obrigatoriamente constituída em um valor de R$ 3.800,00, correspondente ao passo, que não chega a alcançar o teto.

Pelo que foi exposto, com a nova redação da Lei das S/A, o gabarito da questão seria alterado para letra (C).

Gabarito

A

3.4.2 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ENUNCIADO

34- A empresa Filinto Ltda., no encerramento do exercício, em 31 de dezembro de 2002, em seu balancete de verificação, apurou as seguintes informações:

Valores em R$ Lucro Antes do Imposto de Renda 100.000,00 Imposto de Renda de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 25.000,00 Lucro Líquido do Exercício 75.000,00 Patrimônio Líquido(*) 200.000,00 Capital Social(*) 160.000,00 Reservas de Capital(*) 10.000,00 Reserva Legal(*) 30.000,00 (*) antes da distribuição do resultado do exercício.

Indique o valor da Reserva Legal que deverá ser constituída.

a) R$ 2.000,00

b) R$ 2.250,00

c) R$ 2.750,00

d) R$ 3.250,00

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e) R$ 3.750,00 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A reserva legal está prevista no art. 193 da Lei das S/A, conforme a seguir:

Reserva Legal

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.

§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.

Pelo texto acima, depreende-se que, a cada exercício, 5% do lucro líquido de cada exercício deve ser utilizado para constituição dessa reserva, acumulando-se esses valores no tempo, até que sejam alcançados os limites previstos.

Cumpre referir que, no caso da questão:

- o lucro líquido é de 75.000,00;

- o capital social é de 160.000,00;

- a reserva legal anteriormente constituída é de 30.000,00;

- as reservas de capital somam 10.000,00;

- os demais valores são colocados no enunciado sem função alguma (apenas para confundir o candidato mais incauto).

Nossa proposta didática de resolução da questão é a de utilização dos conceitos de passo, teto e sub-teto, conforme tabela a seguir. Passo

(=)

5%

(*)

Lucro Líquido

5% (*) 75.000,00 (=) 3.750,00 Teto

(=)

20%

(*) capital social

(-)

Reserva legal (anteriormente constituída)

20% (*) 160.000,00 (-) 30.000,00 (=) 2.000,00

Sub-teto

(=)

30%

(*)

capital social

(-)

Reserva legal (anteriormente constituída)

(-)

Reservas de capital (exceto correção monetária do capital)

30% (*) 160.000,00 (-) 30.000,00 (-) 10.000,00 (=) 8.000,00

Relembrando: (1) o passo é obrigatório até o sub-teto, (2) do sub-teto ao teto ele é facultativo e (3) acima do teto ele é proibido.

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No caso, o subteto é maior do que o teto e, assim, ele deve ser desconsiderado. Portanto, o passo é obrigatório até o valor do teto e proibido a partir dele.

Nessa situação, a Reserva legal deverá ser obrigatoriamente constituída em um valor de, no mínimo R$ 2.000,00 e no máximo R$ 2.000,00.

Nessas condições, a única alternativa correta é a de letra A.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, bem como de outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

GABARITO

34 – A

3.4.3 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC) ENUNCIADO

Instruções: Considere os componentes da Demonstração de Resultados do Exercício de 31/12/2005 da empresa Equipamentos Modernos S.A., para responder às questões de números 3 e 4.

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Receita Operacional Bruta de Vendas................................................................. 1.600.000,00Descontos Incondicionais Concedidos ............................................................... 40.000,00Devolução de Vendas ......................................................................................... 60.000,00ICMS sobre Vendas ............................................................................................ 270.000,00Demais Impostos Incidentes sobre Vendas......................................................... 138.750,00Custo das Mercadorias Vendidas – CMV ........................................................... 391.250,00Despesas Operacionais (Vendas e Administrativas) .......................................... 300.000,00Descontos Financeiros Obtidos .......................................................................... 36.000,00Descontos Financeiros Concedidos ................................................................... 16.000,00Variações Monetárias Ativas .............................................................................. 64.000,00Resultado Positivo em Participações Societárias ............................................... 220.000,00Reversão de Provisões ...................................................................................... 40.000,00Ganho de Capital na Venda de Bens Permanentes . .......................................... 65.250,00PIS Despesa Operacional .................................................................................. 1.650,00COFINS Despesa Operacional ........................................................................... 7.600,00Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido..................................... 120.000,00Provisão para o Imposto de Renda .................................................................... 180.000,00

4. Sabendo-se que:

- não havia saldo nas contas de Reservas de Capital;

- valor do capital social integralizado é de R$ 1.000.000,00;

- a conta Reserva Legal, antes da destinação do resultado apurado no exercício apresentava um saldo credor de R$ 185.000,00.

O valor a ser destinado à constituição da reserva legal no referido exercício social, segundo as disposições legais vigentes, é, em R$, de

(A) 10.750,00

(B) 15.000,00

(C) 25.000,00

(D) 25.250,00

(E) 28.750,00 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A resolução da presente questão demanda: (1) a resolução da questão anterior, com a correta apuração do lucro líquido do período e (2) o conhecimento da regra de apuração da reserva legal a ser constituída no período.

De acordo com a tabela apresentada a seguir, o lucro líquido do período foi de R$ 500.000,00.

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Ite m Receita Bruta de vendas

(-) deduções Descontos incondicionais abatimentos vendas canceladas devoluções tributos sobre a venda

Valor de s crição no e nunciado 1.600.000,00 Receit a Operacional Brut a de Vendas

(40.000,00) Descont os Incondicionais Concedidos

(60.000,00) Devolução de Vendas

ICM S (270.000,00) ICMS sobre Vendas PIS Cofins (138.750,00) Demais Impost os Incident es sobre Vendas ISS

(=) Receita Líquida de Vendas (-) Custo das M ercadorias Vendidas

(=) Lucro Bruto (-) Desp esas Op eracionais

comerciais administrativas financeira outras outras

(-) Resultados negativos em p art. Societ. (-) Variações monetárias p assivas (+) Receitas Financeiras (+) Resultados p ositivos em p art. Societ. (+) Variações monetárias ativas (+) Outras receitas op eracionais

(=) Lucro operacional (+) receitas não op eracionais (outras receitas) (-) desp esas não op eracionais (outras desp esas)

(=) Lucro antes dos tributos (-) Provisão p ara CSLL (-) Provisão p ara CSLL e IR

(=) Lucro após os tributos (-) p articip ações no lucro

debenturistas emp regados administradores p artes beneficiárias contribuições p ara p rev. Priv. Dos emp reg.

(=) Lucro Líquido

1.091.250,00 (391.250,00) Cust o das Mercadorias Vendidas – CMV

700.000,00

(300.000,00) Despesas Operacionais (Vendas e Administ rat ivas)

(16.000,00) Descont os Financeiros Concedidos

(1.650,00) P IS Despesa Operacional (7.600,00) COFINS Despesa Operacional

36.000,00 Descont os Financeiros Obt idos 220.000,00 Result ado P osit ivo em P art icipações Societ árias

64.000,00 Variações Monet árias At ivas 40.000,00 Reversão de P rovisões

734.750,00 65.250,00 Ganho de Capit al na Venda de Bens P ermanent es

800.000,00

(120.000,00) P rovisão para Cont ribuição Social sobre o Lucro Líquido (180.000,00) P rovisão para o Impost o de Renda

500.000,00

500.000,00

A reserva legal, por sua vez, está prevista no art. 193 da Lei das S/A, conforme a seguir:

Reserva Legal

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido

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do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.

§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.

Pelo texto acima, depreende-se que, a cada exercício, 5% do lucro líquido de cada exercício deve ser utilizado para constituição dessa reserva, acumulando-se esses valores no tempo, até que sejam alcançados os limites previstos.

Em nossas aulas teóricas sobre o tema, foi proposto (para facilitar – didaticamente – o cálculo da reserva a ser constituída) o seguinte procedimento. Passo (=) 5% (*) Lucro Líquido Teto

(=)

20%

(*) capital social

(-)

Reserva legal (anteriormente constituída)

Sub-teto

(=)

30%

(*) capital social

(-)

Reserva legal (anteriormente constituída) (-)

Reservas de capital (exceto correção monetária do capital)

Para a maioria dos autores , capital s ocial s ignifica "Capital s ocial realizado, s omado à Res erva de Correção monetária do capital".

Na questão em tela, temos que o capital é de R$ 1.000.000,00, as reservas de capital são de R$ 0,00 e a Reserva Legal anteriormente constituída é de 185.000,00. Portanto, basta aplicar esses valores à tabela acima proposta, conforme a seguir. Passo

(=)

5%

(*)

Lucro Líquido

5% (*) 500.000,00 (=) 25.000,00 Teto

(=)

20%

(*)

capital social

(-)

Reserva legal (anteriormente constituída)

20% (*) 1.000.000,00 (-) 185.000,00 (=) 15.000,00

Sub-teto

(=)

30%

(*)

capital social

(-)

Reserva legal (anteriormente constituída)

(-)

Reservas de capital (exceto correção monetária do capital)

30% (*) 1.000.000,00 (-) 185.000,00 (-) - (=) 115.000,00

Analisando os resultados acima, temos que:

a) o passo é de R$ 25.000,00, ou seja, o lucro do período permite constituição de reserva de lucro em até R$ 25.000,00.

b) O teto é de R$ 15.000,00, ou seja, o capital não permite constituição de reserva superior a R$ 15.000,00.

c) O subteto é de R$ 115.000,00, ou seja, o subteto é maior do que o teto e, portanto, não tem utilidade (assim, o subteto deve ser ignorado)

Ora, havendo lucro que permite constituição da reserva em até R$ 25.000,00 e havendo um limite de R$ 15.000,00 para sua constituição,

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conclui-se que a reserva DEVERÁ OBRIGATORIAMENTE SER CONSTITUÍDA NO PERÍODO EM R$ 15.000,00, conforme alternativa (B).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, bem como de outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que, exceto pela alteração de nomenclatura (receitas e despesas não-operacionais outras despesas e outras receitas) a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (B).

GABARITO

B

3.5 Emissão de debêntures - lançamento

3.5.1 AFRF 2005 Enunciado

35-A empresa Capita Tudo S.A. decide modificar sua estrutura de capitais, hoje dependente de recursos de curto prazo, utilizando recursos capitados por meio de debêntures conversíveis em ações. No ato da emissão das debêntures mediante recebimento dos recursos, o lançamento de registro a ser efetuado é:

a) Débito Crédito Bancos Debêntures Exigível a Longo Prazo b) Débito Crédito Bancos Capital Social c) Débito Crédito Debêntures Realizável a Longo Prazo Bancos d) Débito Crédito Bancos Debêntures Realizável a Longo Prazo e) Débito Crédito Capital Social Bancos

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Resolução e comentários

A colocação de debêntures corresponde à assunção de dívida de longo prazo. Assim, temos a aplicação de valores em disponibilidades, com origem em obrigações de longo prazo. O lançamento é o seguinte:

D = bancos ou caixa

C = a debêntures (no PELP)

Esse lançamento está de acordo com a alternativa A.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, bem como de outros pronunciamentos técnicos.

A modificação ocorrida alterou a denominação do antigo Passivo Exigível a Longo Prazo, que passa a ser denominado Passivo não-circulante. A menos desta alteração de nomenclatura, a modificação não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (A).

Gabarito

A

3.5.2 Analista Judiciário STF – CESPE (2008) – Debêntures ENUNCIADO

85. O capital circulante líquido não será afetado pelo registro do deságio na emissão de debêntures com resgate de longo prazo, mas será aumentado pela contrapartida de debêntures emitidas.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A presente questão, em que pese ser posterior à alteração da Lei das S/A pela Lei n° 11.638, de 2008, é anterior à edição da Medida Provisória n° 449, de 2008, que também alterou a Lei das S/A. Ocorre que a Medida Provisória não tratou do conceito de CCL nem de

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debêntures e, portanto, não cabem (aos comentários de resolução desta questão) notas de atualização.

Antes da resolução da questão propriamente dita, cabe a colocação de que seu enunciado permite mais de uma interpretação, sendo, portanto, a questão passível de recurso. Para fins didáticos, entretanto, realizaremos os comentários atinentes à questão, para sedimentar os conhecimentos sobre o tema.

A resolução da presente questão demanda o conhecimento dos seguintes conceitos: (a) capital circulante líquido – CCL e (b) lançamentos contábeis relativos a debêntures.

I – conceitos iniciais

(a) definição de capital circulante líquido – CCL

O Capital Circulante Líquido – CCL – é definido como a diferença entre o Ativo Circulante (AC) e o Passivo Circulante (PC)5, conforme a seguir representado:

5 O CCL, conceituado como a diferença de valores entre o AC e o PC, é utilizado para evidenciar a “folga de curto prazo” – aquilo que sobra para a entidade, considerando seus recursos realizáveis no curto prazo, depois do pagamento das obrigações de curto prazo. Importante lembrar que este é um conceito eminentemente financeiro, pois o fato de haver CCL positivo (folga de curto prazo) não significa, necessariamente, que a empresa seja lucrativa, ou vice-versa.

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CCL (=) AC (-) PC

Ativo Passivo AC PC ==> AC - PC = CCL

------------------------------ ------------------------------ A. NC PNC

-------------- ARLP -------------- Patrimônio Líquido INV CAP -------------- -------------- IM OB RES CAP -------------- -------------- INTANG RES REAV/AJUSTES AV PAT

-------------- RES LUCRO -------------- Prej Acum

Desp esas Receitas

(b) lançamentos contábeis relativos à debêntures

Debêntures são títulos de crédito, privativos de sociedade anônima, que conferem a seus titulares um direito de crédito contra a companhia emitente, podendo assegurar aos credores, também, variações monetárias/cambiais, juros, participação no lucro e, ainda, possibilidade de conversão em ação. As debêntures são emitidas pela sociedade Anônima como forma de obtenção de empréstimo direto perante o público (ao contrário dos empréstimos normais, geralmente contratados com instituições financeiras e que apresentam – via de regra - taxas de juros mais altas e prazos mais exíguos).

O debenturista não é sócio, mas credor da empresa. Portanto as debêntures representam dívidas da empresa para com terceiros, divida essa que pode adicionalmente vir a conferir a seu titular direito de participação nos resultados e juros calculados sobre o valor de face dos títulos e ainda a possibilidade de conversão em ações.

As debêntures são títulos negociáveis normalmente de longo prazo, em que a companhia outorga aos credores garantias (propriedades, bens, aval do emitente, etc.). Em que pese o fato das debêntures, ao contrário das ações, não serem títulos de participação, mas sim de crédito, trata-se de crédito que pode ter muito longo prazo, inclusive prazo incerto, conforme se depreende da leitura do art. 55 § 3o da Lei das S/A:

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§ 3º A companhia poderá emitir debêntures cujo vencimento somente ocorra nos casos de inadimplemento da obrigação de pagar juros e dissolução da companhia, ou de outras condições previstas no título.

Repare que, no caso acima, a companhia pode emitir debêntures que não tenha data certa de vencimento. Mesmo sem a determinação do prazo de exigência, essa situação já enseja o reconhecimento do passivo exigível, posto que seu pagamento não está pendente de condição (evento futuro e incerto) mas sim de termo incerto (evento futuro e certo, porém não determinado no tempo). Com efeito, para entendimento do que está aí dito, é necessário conhecer os conceitos de termo e condição. (1) condição é evento futuro e incerto - uma coisa que, no futuro, pode ocorrer ou não - ex: ser aprovado no próximo concurso. (2) termo é evento futuro e certo - uma coisa que eu tenho certeza que vai acontecer - o conceito de termo se divide em "termo certo" e "termo incerto": (a) termo certo = algo que sei que vai acontecer e quando vai acontecer (ex.: o próximo dia de natal - 25/12) e (b) termo incerto = algo que sei que vai acontecer, mas que não sei quando vai acontecer (ex.: o dia da minha morte).

A deliberação sobre a emissão de debêntures é de competência privativa da Assembléia de acionistas, não podendo o valor total das emissões ultrapassar o capital social da companhia, salvo exceção em lei.

Para colocação das debêntures no mercado é necessária a realização de alguns gastos (contratação de instituição para coordenar o processo de divulgação e captação de recursos). Esses gastos devem ser registrados contabilmente como despesas antecipadas, que deverão ser apropriadas ao resultado proporcionalmente ao prazo de vencimento das debêntures.

Como remuneração, as debêntures – geralmente – concedem (1) juros (fixos ou variáveis), pagos periodicamente, (2) atualização monetária e – eventualmente – participação nos resultados. Cabe referir que a atualização monetária é, via de regra, agregada ao valor da obrigação inicial, para pagamento na data do resgate; ao contrário, os juros e as participações no resultado são pagos periodicamente. Assim, no plano de contas, além da conta Debêntures a pagar, deve figurar, também, as contas “Juros sobre debêntures a pagar” e “Participações sobre debêntures a pagar”.

De uma forma didática, metafórica e bem humorada, podemos apresentar as debêntures como sendo “Promissórias metidas a besta”. Equivalem a promissórias porque representam dívidas contraídas pela empresa por recebimento de valores de terceiros; e são metidas a besta porque apresentam características especiais (que as diferenciam das promissórias):

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- são emitidas apenas por sociedades anônimas (enquanto notas promissórias podem ser emitidas por qualquer pessoa);

- podem dar direito a juros, variações monetárias e participação no resultado da Sociedade Anônima (remuneração não prevista para notas promissórias);

- podem, desde seu lançamento, prever sua conversão em ações (o que não é característico de notas promissórias).

A seguir, apresentamos exemplo de contabilização dos fatos acima descritos.

a) Na emissão da série de debêntures:

D = Bancos (ou caixa) 1 - C = a Debêntures a pagar (PC/PELP) x

b) Na atualização monetária do valor da dívida:

D = Variações monetárias p assivas 2 - C = a Debêntures a p agar (PC/PELP) y

c) Na apropriação dos juros:

D = Despesas com juros (financeiras) 3 - C = a Juros sobre debêntures a pagar z

d) Na destinação dos lucros para debenturistas:

D = Despesa com participação de debenturistas 4 - C = a Participação de debenturistas a pagar w

e) No resgate da série de debêntures:

D = Debêntures a p agar (PC/PELP) 5 - C = a bancos (ou caixa) x + y

Pode ocorrer deságio na emissão de debêntures, quando o título é negociado por preço inferior ao seu valor nominal (inicialmente fixado no documento de emissão do título). Nessa situação, haverá um ingresso de valor em caixa (ou bancos) inferior ao valor da dívida contraída, com uma correspondente perda. Ocorre que esta perda não está imediatamente incorrida, pois somente se concretizará (patrimonialmente) à medida que transcorrer o período de maturação do título (entre sua colocação e seu resgate).

Para registro da perda decorrente da emissão do título com deságio, com vencimento ainda a transcorrer, deve ser registrada uma conta patrimonial (com natureza de ativo) que apresente o valor total correspondente a essa perda e que seja amortizada – como despesa – proporcionalmente ao prazo transcorrido, ou seja, pro rata tempore. Afirmamos que esta conta tem uma natureza de ativo porque – metaforicamente – representa o direito (da empresa) de manter o valor do ingresso em caixa/bancos, recebido quando do lançamento do título,

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pelo tempo compreendido entre seu lançamento e o respectivo vencimento, quando então a dívida deverá ser finalmente paga.

Visto que o deságio na emissão de debêntures corresponde a um “direito”, temos que seu valor deve ser registrado em uma conta de Ativo Circulante (ou Ativo Realizável e Longo Prazo). Autores, entretanto, preferem classificar esta conta como retificadora do Passivo6, o que não altera em nada seu funcionamento, mas apenas o local de sua classificação (do outro lado, mas com o sinal contrário – negativo).

A seguir, apresentamos exemplo de contabilização dos fatos acima descritos, considerando uma série de debêntures com valor nominal de R$ 10.000,00, colocada no mercado pelo valor de R$ 9.000,00 e considerando o prazo de 10 anos para seu resgate.

a) Na emissão da série de debêntures:

D = Diversos 1 - C = a Debêntures a pagar (PC/PELP) 10.000,00

D = Caixa (ou Bancos) 9.000,00D = Deságio na emissão de debêntures 1.000,00

b) na amortização pro rata tempore do deságio (ao final do

primeiro ano):

D = Despesa de amortização de deságio na emissão de debêntures 2 - C = a Deságio na emissão de debêntures 100,00

II – análise da questão

No caso em tela, temos emissão de debêntures de longo prazo com deságio, conforme lançamento a seguir:

D = Diversos 1 - C = a Debêntures a pagar (PELP) X+Y

D = Caixa (ou Bancos) XD = Deságio na emissão de debêntures Y

Realizados os esclarecimentos teóricos necessários, podemos passar à análise do texto do enunciado da questão:

O capital circulante líquido

parte inicial: não será afetado pelo registro do deságio na emissão de debêntures com resgate de longo prazo,

6 De uma forma bem humorada e em oposição ao conceito de conta retificadora do ativo (que denominados de contas do tipo “Travesti”), podemos entender essas contas retificadoras do passivo como sendo contas do tipo “Sapatão”: com natureza de ativo e funcionamento de ativo, mas que ficam registradas no passivo (com o saldo invertido – negativo).

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parte final: mas será aumentado pela contrapartida de debêntures emitidas.

Vamos analisar por partes:

A parte inicial está errada, porque o lançamento de emissão de debêntures com deságio implica débito em conta representativa de disponibilidades, o que resulta em aumento do CCL.

A parte final, entretanto, está correta, porque o lançamento logra aumentar o valor AC (em decorrência do débito na conta caixa, mas não altera o PC.

Uma tentativa de interpretação que permitiria chegar à conclusão do examinador é a seguinte:

Considerando a expressão, constante do enunciado, “registro do deságio na emissão de debêntures com resgate de longo prazo” no sentido de “registro do débito na conta deságio na emissão de debêntures com resgate a longo prazo”, poderíamos concluir que esse registro realmente não tem efeito no CCL (visto que a conta DESÁGIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES é retificadora do PELP). Continuando a interpretação do texto e analisando a parte final do enunciado, temos que a expressão “contrapartida de debêntures emitidas”, que é o débito na conta representativa de disponibilidades, efetivamente aumenta o CCL.

Portanto, seguindo a interpretação apresentada no parágrafo acima, poderíamos concluir que a assertiva estaria correta (conforme gabarito). Entretanto, pelo que foi antes colocado, há interpretação em sentido contrário. Assim, salvo melhor juízo, entendo que a questão poderia ter sido anulada.

GABARITO

85 C

Cabe recurso.

3.5.3 Analista de Transportes Urbanos – 2008/CESPE – Lei das S/A – prêmios na emissão de debêntures

Quanto à contabilização dos eventos patrimoniais e a sua correta evidenciação, segundo a Lei n. 6.404/1976 e a legislação complementar, julgue os próximos itens.

ENUNCIADO

102. Os prêmios obtidos na emissão de debêntures devem ser registrados como receita do exercício e não como reserva de capital.

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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A presente questão, em que pese ser posterior à alteração da Lei das S/A pela Lei n° 11.638, de 2008, é anterior à edição da Medida Provisória n° 449, de 2008, que também alterou a Lei das S/A. Ocorre que a Medida Provisória não modificou o tratamento dado (pela Lei n° 11.638, de 2007) ao prêmio na emissão de debêntures e, portanto, não cabem (aos comentários de resolução desta questão) notas de atualização.

O art. 182 da Lei das S/A, de altíssima importância para a definição da estrutura do Balanço Patrimonial, define a composição do Patrimônio Líquido. Esse artigo foi profundamente alterado pela Lei 11.638, de 2007, conforme a seguir reproduzido, em parte – com o texto anterior riscado – seguido do texto atual:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

Uma primeira – e sensível – alteração foi redução do conjunto de elementos componentes das Reservas de Capital, com a retirada dos itens: (1) “prêmio recebido na emissão de debêntures” e (2) “doações e subvenções para investimento”. Com essa alteração, ambos os itens passam a ser classificados como Receita (pelo regime de competência), compondo o resultado do exercício (lucro ou prejuízo).

A nova redação da Lei das S/A, portanto, extinguiu a possibilidade de registro de reserva de capital por prêmio na emissão de debêntures, assim, quando uma série de debêntures de valor nominal R$100.000,00 fosse lançada no mercado pelo preço de R$ 120.000,00:

a) o lançamento – anteriormente – era o seguinte

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D = Caixa 120.000,00

C = a Diversos

C = a Debêntures a pagar 100.000,00

C = a Reserva de Capital – Prêmio 20.000,00

b) com a nova redação, o lançamento passa a ser o seguinte

D = Caixa 120.000,00

C = a Diversos

C = a Debêntures a pagar 100.000,00

C = a Prêmio da emissão de debêntures 20.000,00 (passivo não-circulante – antigo REF)

Sendo que o REF seria realizado (com apropriação de receitas) no tempo, pelo regime de competência:

D = Prêmio da emissão de debêntures (passivo não- circulante – antigo REF)

C = a Receitas financeiras XXX,XX

Pelo que foi acima referido, verifica-se que o prêmio na emissão de debêntures deve passar a ser reconhecido como receita. Assim, a assertiva estaria correta.

Contudo, cabe uma crítica ao enunciado, na verdade, o prêmio na emissão de debêntures não deve ser reconhecido como RECEITA DO EXERCÍCIO conforme textualmente colocado no enunciado da questão, mas sim como RECEITA APROPRIADA DURANTE OS EXERCÍCIOS A QUE SE REFERE A SÉRIE DE DEBÊNTURES LANÇADA. Para entender o racional do examinador na elaboração dessa questão, deve-se considerar a expressão “receita do exercício” no sentido de “receita do exercício a que o resultado competir”.

GABARITO

102 C

3.6 Grupos patrimoniais - REF

3.6.1 AFRF 2005 Enunciado

39- A Empresa Café Torrado S.A. fecha contrato de aluguel de imóvel que não utiliza mais em seu processo produtivo por 5 anos. A empresa Antecipa Tudo S.A., a qual pagou antecipadamente o valor de $ 3.500.000,00, aceitou constar do contrato, cláusula prevendo a não-

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devolução de valores em caso de rescisão antecipada. Dessa forma, esses valores devem ser registrados na Empresa Café Torrado S.A., proprietária do imóvel, como

a) Receita de Aluguéis no Grupo de Resultado de Exercícios Futuros.

b) receitas a apropriar no Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo.

c) receitas não-operacionais na Demonstração de Resultados.

d) despesa Antecipada no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo.

e) outras receitas operacionais, na Demonstração de Resultados. Resolução e comentários

Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso – de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da matéria.

(I) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do concurso

A lei das S/A dispõe que serão classificados como resultados de exercícios futuros as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.

Sob o aspecto estritamente contábil, trata-se de um grupo patrimonial bastante restrito que deve abrigar somente receitas já recebidas, mas que, segundo o regime de competência, somente deve ser apropriadas a resultado em exercícios futuros, daí sua denominação, sendo que dessas receitas já devem estar deduzidos os custos e despesas correspondentes incorridos e a incorrer.

Assim, classificam-se neste grupo somente os resultados futuros, mas com duas características importantes:

- em relação aos quais não haja qualquer tipo de obrigação em devolvê-los por parte da empresa;

- nem haja a obrigação de realização de qualquer prestação positiva por parte da empresa.

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Existindo obrigação com terceiros, a classificação correta seria no passivo circulante ou exigível a longo prazo, conforme a data de vencimento.

(II) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros pronunciamentos técnicos.

Entre outras modificações decorrentes da alteração normativa ocorrida, houve a determinação de nova estrutura para o balanço patrimonial:

a) foi introduzido o grupo intangíveis (composto por elementos não corpóreos utilizados na atividade da companhia)

b) foram transferidos para o Ativo não-circulante, os subgrupos pertencentes ao antigo Ativo Permanente (que foi extinto) – assim, passaram a fazer parte do ativo não-circulante os subgrupos (i) Ativo realizável a Longo Prazo, (ii) Ativo Imobilizado, (iii) Ativo Investimentos, (iv) Ativo Intangível.

c) o antigo Passivo Exigível a Longo Prazo foi renomeado para Passivo não-circulante.

d) foram extintos:

- o ativo diferido (passando a ser reconhecidos diretamente no exercício os elementos que não se enquadrassem na definição de intangível), sendo que o saldo existente em 31/12/2008 poderá permanecer no ativo até sua completa amortização.

- os Resultados de Exercícios futuros (passando seus elementos a ser classificados como “receitas diferidas”, no passivo não circulante).

Dessa forma, esses valores devem ser registrados na Empresa Café Torrado S.A., proprietária do imóvel, como “Receitas Diferidas – no passivo não-circulante”.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, não há alternativa correta para a questão.

Gabarito

A

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3.7 Correção Monetária do Balanço

3.7.1 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) ENUNCIADO

06- Se o critério de avaliação dos ativos é o custo histórico corrigido, os valores inscritos nas contas de Caixa e Bancos c/ Movimento:

a) não são considerados itens relevantes

b) são ajustados pela média do último trimestre

c) sofrem correção pelo índice cheio do período

d) são tratados como itens não monetários

e) já estão computados em moeda de final de período RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de uma questão que versa sobre a correção monetária de balanço – procedimento referente ao critério do custo histórico corrigido. Saliente-se que esse procedimento foi proibido (a partir de 1996) pelo art. 4o da Lei 9.249, de 1995, tanto para fins societários quanto fiscais.

Feita essa consideração inicial, para resolver a questão, é necessário um breve comentário sobre o procedimento da correção monetária de balanços e suas implicações nos elementos patrimoniais.

Em obediência à legislação fiscal e societária vigente até 1995, todas as contas representativas de ativo permanente e de patrimônio líquido eram atualizadas (corrigidas monetariamente) através da aplicação de um índice oficial de inflação do período, sendo que:

a) a atualização das contas de ativo permanente (devedoras) tinham como contrapartida uma conta de resultado credora (era registrado crédito na conta de resultado “Correção monetária do balanço”) – conforme exemplo a seguir;

D = Ativo permanente 1 - C = a Correção monetária do balanço x

b) a atualização das contas de patrimônio líquido (credoras) tinham como contrapartida uma conta de resultado devedora (era registrado débito na conta de resultado “Correção monetária do balanço”) – conforme exemplo a seguir.

D = Correção monetária do balanço 2 - C = a Patrimônio Líquido y

Caso o valor do ativo permanente fosse maior do que o valor do patrimônio líquido, o saldo da conta de resultado “Correção monetária do balanço” seria credor e, portanto, essa conta funcionaria como uma

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Correção Monetária do BalançoDébitos Créditos

pela atualização do PL 700,00

- saldo antes da correção 1.000,00 pela atualização do permanante

300,00 credor

Correção Monetária do BalançoDébitos Créditos

antes da correção - pela atualização do PL 1.000,00 devedor 300,00

700,00 pela atualização do permanante

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receita – aumentando o lucro líquido contábil da empresa. Abaixo apresentamos razonete ilustrativo desta situação (considerando um ativo permanente de R$ 10.000,00, um patrimônio líquido de R$ 7.000,00 e um índice de correção de 10%).

si 1 2

sf

Ao contrário, no caso do valor do patrimônio líquido ser superior ao valor do ativo permanente, o saldo da conta de resultado “Correção monetária do balanço” seria devedor e, portanto, essa conta funcionaria como uma despesa – reduzindo o lucro líquido contábil da empresa. Abaixo apresentamos razonete ilustrativo desta situação (considerando um ativo permanente de R$ 7.000,00, um patrimônio líquido de R$ 10.000,00 e um índice de correção de 10%).

si 1 2

sf

Esse ajuste era visto, de uma forma singela, como uma correção para que os itens que permanecessem por muito tempo no patrimônio não tivessem seu valor corroído pela inflação.

Quanto à natureza desse ajuste já houve muita discussão e houve quem, inclusive, afirmasse que se trataria de um lucro fictício, virtual ou não realizado. Dizia-se fictício ou virtual, o ganho, sob a alegação de que a atualização dos valores do ativo permanente não seria um efetivo aumento de patrimônio, mas simplesmente uma atualização da perda que a inflação gerou nesse patrimônio. Argumentava-se subsidiariamente que esse “ganho” não estaria definitivamente incorporado ao patrimônio antes da efetiva venda do ativo permanente corrigido.

Nada mais falso. As afirmações acima (apesar de soarem razoáveis) não resistem à dura realidade: alguns ficaram ricos com a inflação e outros perderam dinheiro com ela. A partir dessas constatações, portanto, passaremos a analisar o fundamento patrimonial desse ajuste (antes previsto na legislação).

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Ao contrário do que alguns – mais desavisados – possam pensar, não se trata de um resultado a ser realizado à medida que for realizado o ativo do contribuinte. De fato, trata-se de resultado já auferido e definitivamente incorporado ao patrimônio do contribuinte em todos seus efeitos – econômicos e financeiros.

Nesse sentido, cito Dante C. Matarazzo que, em seu livro Análise Financeira de Balanços – Ed. Atlas, 3a edição 1995 – páginas 77 a 78, enfrenta com extrema lucidez o problema. O autor inicia sua abordagem do tema apresentando colocações errôneas:

“Tivemos ocasião de registrar, por várias vezes, e em distintas fontes, interpretação incorreta do significado da correção monerária e até decisões errôneas da parte de algumas empresas.

Entre as dúvidas e críticas, sobressaem as seguintes:

a) Sobre o saldo da correção monetária como despesa:

É o saldo da correção monetária efetivamente uma despesa? Onde foi “gasta” essa despesa?

Seria mais adequado mostrar o lucro sem computar o saldo da correção monetária, figurando esta somente na destinação do lucro?

b) Sobre o saldo da correção monetária como receita:

Porque o saldo positivo da correção monetária é computado como receita se não corresponde à entrada de recursos? Onde se acha aplicada essa receita?

O saldo positivo da correção monetária distorce os resultados, levando à apresentação de lucros fictícios.

c) Sobre a correção monetária em geral:

O processo de correção monetária da Lei das S.A. é correto? adequado?

A correção monetária pode transformar uma empresa altamente rentável numa organização contabilmente deficitária ou então chegar a indicar lucro numa empresa parada apenas pela correção de seus bens, somente por um jogo de contas.

Na mesma obra, o autor esclarece que o fundamento da correção monetária da Lei das S/A compreende perdas em ativos monetários ou ganhos em passivos monetários. De uma forma simples e direta, observa-se que ativos monetários (dinheiro, depósitos bancários, contas a receber, etc.), componentes de ativos não permanentes, perdem valor no tempo, com o advento da inflação, resultando inegavelmente em perda para o patrimônio da empresa. Por outro lado, os passivos monetários (contas a pagar e outras obrigações) também perdem seu valor no tempo, com o advento da inflação, resultando em claro ganho para o patrimônio da empresa.

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Ao contrário dos itens monetários do patrimônio, os ativos não monetários (bens) não perdem seu valor no tempo – com a inflação – assim não geram nem ganho nem perda efetiva para o patrimônio da empresa. O Patrimônio Líquido, que é a diferença entre o ativo total e o passivo monetário reflete justamente o efeito dos ganhos e perdas nos ativos e passivos monetários. Exemplificativamente, apresentamos os efeitos da inflação no patrimônio considerando a correção monetária de moeda em valor constante (ensejando ganhos/perdas em itens patrimoniais monetários), conforme a figura abaixo:

patri môni o i nici al ativo passivo

AC 9,00 PC 18,00 --------- PL

AP 20,00 cap 11,00

total 29,00 total 29,00

patrimônio inicial - em moeda de val or constante -consi derando i nfl ação de 50%

ativo passivo AC 6,00 PC 12,00

--------- PL AP 20,00 cap 11,00 total 26,00 total 23,00

despesa receita

perda AC 3,00 ganho PC 6,00 saldo credor 3,00

Obs.saldo credor em moeda do fim do período 4,50 ** Saldo credor em moeda constante = 3,00 (+) 50% de inflação = 4,50 ==> saldo em moeda do final do período

Comparando as perdas e ganhos oriundos de ativos monetários, com o resultado da correção monetária de balanço determinada pela lei das S.A., verifica-se que o resultado é o mesmo, conforme tabela a seguir:

patri môni o i nici al ativo passivo

AC 9,00 PC 18,00 --------- PL

AP 20,00 cap 11,00

total 29,00 total 29,00

patri môni o fi nal - com atual i zação pel a Lei das S/A - consi derando i nfl ação de 50%

ativo passivo AC 9,00 PC 18,00

--------- PL AP 30,00 cap 16,50 total 39,00 total 34,50

despesa receita

perda PL 5,50 ganho AP 10,00 saldo credor 4,50

Obs.saldo credor em moeda do fim do período 4,50

Esta breve explanação esclarece que o procedimento de correção monetária de balanço – previsto pela Lei das S/A – é um procedimento que traz o mesmo resultado da efetiva correção de balanço (que trata de ganhos e perdas em itens monetários do patrimônio), sendo aquele

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de simples realização. Assim, o legislador optou por um procedimento simples e de resultado semelhante (a pequena diferença que pode vir a resultar da aplicação dos dois métodos é devida a se considerar os estoques como itens monetários, na correção monetária de balanço prevista na Lei das S/A). Neste sentido, citamos Dante Matarazzo na obra antes referenciada, páginas 82 e 88:

“A diferença de resultados entre esses dois procedimentos dá-se apenas nos estoques que permanecem na empresa, no encerramento do balanço.

...

Esse procedimento conduz a resultados menos exatos em relação a considerar os estoques como itens não monetários, porém é extraordinariamente mais simples na prática.”

“O método de correção da Lei das S.A. conduz ao mesmo resultado que aquele obtido pelo cálculo de perdas e ganhos com a inflação sobre os itens monetários e se acha, portanto, correto, desde que aceitas as simplificações existentes, como, por exemplo, a não correção de estoques finais.”

No mesmo sentido, Eliseu Martins se manifestou em seu livro Análise da correção monetária das demonstrações financeiras, 2a Ed. São Paulo: Atlas, 1984 p. 57:

“Trocou-se a simplicidade de seu cálculo pela melhor explanação dos itens componentes do resultado, isto é, ao invés de uma correção mais detalhada dos ganhos e perdas dos itens monetários, das receitas e despesas do período, dos estoques etc; preferiu-se um ajuste único, num único saldo. A adoção dessa simplicidade está sendo praticada à custa da não explicação do seu verdadeiro significado, o que tem provocado polêmicas infindáveis sobre sua utilidade e até sua validade.”

Por tudo o que foi exposto, conclui-se que a correção monetária do balanço é um procedimento, anteriormente determinado em lei, que tem por objetivo apurar o quanto a empresa ganhou ou perdeu com a inflação, respectivamente, postergando o pagamento de itens monetários ou demorando para receber itens monetários de seu patrimônio. Adicionalmente, vê-se que a maneira mais prática para apuração desse valor é a atualização de seu ativo permanente e de seu patrimônio líquido (ambos em contrapartida de uma conta de resultado denominada “correção monetária do balanço”).

Concluindo: as disponibilidades (em caixa e bancos), como itens monetários são corroídos pela inflação, não possuem qualquer mecanismo de proteção contra a queda do valor aquisitivo da moeda e, mantendo seu valor de face, acabam gerando perdas financeiras para o

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patrimônio. Assim, é correto afirmar que, se o critério de avaliação dos ativos é o custo histórico corrigido, os valores inscritos nas contas de Caixa e Bancos c/ Movimento já estão computados em moeda de final de período, não cabendo qualquer ajuste relativo a esses elementos patrimoniais, conforme alternativa (E).

NOTA DE ATUALIZAÇÃO.

Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória n° 449, de 2008) e (2) a elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, bem como de outros pronunciamentos técnicos.

Ocorre que a modificação ocorrida não alcançou as definições necessárias à resolução da questão.

Assim, pelo que foi acima exposto, verifica-se que, mesmo com as alterações legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta para a questão continua sendo a de letra (E).

GABARITO

06 - E

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