apostila contab trib fiscal 2

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Voc sabia que os tributos tiveram sua origem na Antigidade?Em nosso pas, os tributos fazem parte de uma tarefa complexa e onerosa para as empresas e, conseqentemente, constituem um desao para os pros-sionaiscontbeis.Poressemotivo,oelevadomontantedetributospagos pelas pessoas jurdicas requer um adequado e constante gerenciamento dos gastos ao longo de todo o ano calendrio. Atualmente, o controle dos tributos incidentes sobre as atividades tarefa indispensvel e muito importante dentro das empresas.Dentrodessaperspectiva,surgiuaContabilidadeTributria,ramoda Contabilidade que tem por objetivo o controle e o planejamento dos tributos gerados pelas operaes e pelos resultados empresariais. Assim, a existncia de um sistema de informaes contbeis convel em conjunto com os conhe-cimentos e a atualizao da legislao tributria so essenciais para que o prossional contbil possa acompanhar a evoluo dos tributos que incidem sobre as atividades de uma empresa.Nestadisciplina,portanto,vocvaiconhecerosprocedimentosde apuraodolucrodasempresasemgeral,pelolucroreal,pelolucro presumidooupelolucroarbitrado;osaspectoseasregrasrelacionadas s empresas que se enquadram pelo sistema de tributao SIMPLES. Esses conhecimentosopreparoparaatuarcomticaeecincianacontabili-dade tributria das empresas.Vale lembrar que, em funo do grande nmero de mudanas na legis-laotributria,ocontedodestecadernopoderseralteradoaqualquer momento. Fique atento e bons estudos!Prof. Edilene Naciara PereiraEMENTAImposto de renda e contribuio social. Empresas tributadas pelo lucro real,presumidoearbitrado.SIMPLES.Pessoasjurdicasisentaseimunes. Tributos incidentes nas operaes de compra e venda. Tributos incidentes sobre a folha de pagamento. Imposto de renda pessoa fsica.OBJETIVOCompreender as modalidades de tributao das pessoas jurdicas,tanalisando sua base legal, para atender adequadamente s exign-cias scais.CONTEDO PROGRAMTICOImposto de renda e contribuio social tEmpresas tributadas pelo lucro real, presumido e arbitrado tSIMPLES tPessoas Jurdicas isentas e imunes tTributos incidentes nas operaes de compra e venda tTributos incidentes sobre a folha de pagamento tImposto de renda pessoa fsica tUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000109BIBLIOGRAFIA BSICAANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Manual do imposto de renda das pessoas jur-dicas. So Paulo: Atlas, 2000.HIGUCHI, Hiromi; HIGUCHI, Celso Hiroyuki. Imposto de renda das empresas:interpretao prtica. 28. ed. So Paulo: Atlas, 2004.LATORRACA,Nilton.Direitotributrio:impostoderendadasempresas.So Paulo: Atlas, 2000.SCHMIDT, Paulo; SANTOS, Jos Luiz dos; FERNANDES, Luciane Alves. Impostode Renda das Empresas com base no Lucro Presumido, Arbitrado e no Simples:interpretao e prtica. So Paulo: Atlas, 2006.SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL. Imposto de Renda Pessoa Fsica. Disponvel em: . Acesso em: 20 mar. 2008.YOUNG, Lucia Helena Briski. Imposto de renda pessoa jurdica. Curitiba: Juru, 2001.BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTARBRASIL. Lei n. 5.172/66, de 25 de outubro de 1966.______. Regulamento do Imposto de Renda (RIR). Decreto n. 3.000, de 26 de maro de 1999.IUDCIBUS, Srgio de; MARION, Jos Carlos. Contabilidade comercial. 6.ed. So Paulo: Atlas, 2006.OLIVEIRA, Luis Martins de et al. Manual de contabilidade tributria. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2003.OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade tributria. So Paulo: Saraiva, 2005.PADOVEZE, Lus Clvis. Introduo contabilidade: com abordagem para no contadores. So Paulo: Thompson, 2006.AULA 1 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000111Esperamos que, ao nal desta aula, voc seja capaz de:conhecer os principais conceitos e formas de tributao do imposto detrenda e da contribuio social.Para voc acompanhar esta primeira aula, voc deve conhecer os conceitos fundamentaisdecontabilidadeestudadosnasdisciplinasdeContabilidade Introdutria I e II. Ter que dominar as principais caractersticas das contas patri-moniais e de resultado no que se refere classicao e funo na estrutura patrimonial. Dever distinguir, principalmente, a diferena entre receitas, custos e despesas, contas utilizadas para a apurao do resultado do exerccio.Nesta primeira aula, voc conhecer as principais formas de apurao de lucros nas empresas em geral e identicar as denies bsicas de Imposto de Renda e contribuio social.Conforme Oliveira e outros (2003, p. 33), pode-se entender a contabilidade tributria como:especializaodacontabilidadequetemcomoprincipaisobjetivosotestudo da teoria e a aplicao prtica dos princpios e normas bsicas da legislao tributria;ramo da contabilidade responsvel pelo gerenciamento dos tributos inci- tdentes nas diversas atividades de uma empresa, ou grupo de empresas, adaptando ao dia-a-dia empresarial as obrigaes tributrias, de forma a no expor a entidade s possveis sanes scais e legais.Imposto de Renda e Contribuio SocialAULA 1 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1124 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSQuadro 1: Funes e atividades da contabilidade tributriaESCRITURAO ECONTROLEORIENTAO PLANEJAMENTO TRIBUTRIOEscriturao scal das atividades do dia-a-dia da empresa e dos livros scais.Apurao dos tributos a recolher, preenchimento das guias de recolhi-mento e remessa para o Departamento de Contas a Pagar.Controle sobre os prazos para os recolhimentos.Assessoria para o correto registro contbil das provi-ses relativas aos tributos a recolher.Orientao, treina-mento e constante superviso dos funcio-nrios do setor de impostos.Orientao scal para as demais unidades da empresa (liais, fbricas, departamentos) ou das empresas contro-ladas e coligadas, visando padronizar procedimentos.Estudo das diversas alternativas legais para a reduo da carga scal, tais como:T t odas as operaes em que for possvel o crdito tributrio, principalmente em relao aos chamados impostos no cumu-lativos ICMS e IPI;Todas as situaes em que fortpossvel o diferimento (poster-gao) dos recolhimentos dos impostos, permitindo melhor gerenciamento do uxo de caixa;Todas as despesas e provisestpermitidas pelo sco como dedutveis de receita.Fonte: Oliveira e outros (2003).&ODVVLFDomRGRVWULEXWRVGHDFRUGRFRPR&yGLJR7ULEXWiULRNacionalO Sistema Tributrio Nacional classica os tributos nas seguintes categorias (IUDCIBUS; MARION, 2006, p. 339):1. Impostos:tributodecartergenrico,exigidosemcontraprestaoe sem indicao prvia sobre sua destinao.2. Taxas: tributo relacionado com a prestao de algum servio pblico, como taxas municipais de lixo, etc.3. Contribuies sociais: tributos destinados coleta de recursos para nan-ciar atividades do Poder Pblico especicadas em lei.4. Contribuies de melhoria: tributo sobre valorizao de imveis particu-lares em decorrncia de obras pblicas realizadas.5. Emprstimos compulsrios: tributo qualicado pela promessa de restituio.ConformeOliveiraeoutros(2003,p.21),oCdigoTributrioNacional conceituatributodaseguinteforma:todaprestaopecuniriacompulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano por ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plena-mente vinculada.Vocpodeperceber,portanto,aimportnciade,primeiramente,identi-carmos as principais formas de tributao encontradas na nossa legislao.AULA 1 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000113O art. 96 da Lei n. 5.172/66, de 25 de outubro de 1966, prev que:Art.96.Aexpressolegislaotributriacompreendeasleis, ostratadoseasconvenesinternacionais,osdecretoseas normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre os tributos e relaes jurdicas a eles pertinentes.1.2 Imposto de renda e contribuio social: generalidades e conceituaoPara conseguirmos entender a correta aplicao da legislao tributria nas empresas, devemos compreender alguns conceitos de determinados elementos queencontraremosespecicadosnosprocedimentosnecessriosdeapurao do imposto de renda e contribuio social.Oliveira e outros (2003) nos apresentam os seguintes conceitos:objetorepresentaasobrigaesqueosujeitopassivo(contribuinte)tdeve cumprir, segundo as determinaes legais;fato gerador da obrigao principal a situao denida em Lei comotnecessriaesucienteparasuaocorrncia.Deformamaissimples, conceitua-secomoofatoquegeraaobrigaodepagarotributo. Exemplo: o fato gerador da obrigao scal com o Imposto de Renda a obteno da renda e proventos de qualquer natureza, por pessoas fsicas ou jurdicas;contribuinte quem tem relao pessoal e direta com a situao quetconstitui o respectivo fato gerador;basedeclculoovalorsobreoqualseaplicaopercentual(outalquota) com a nalidade de apurar o montante a ser recolhido;alquota o percentual denido em lei que, aplicado sobre a base detclculo, determina o montante do tributo a ser recolhido;exercciosocialtrata-sededeterminadoespaodetempononaltdo qual os contribuintes pessoas jurdicas so obrigados a apurar seus resultados e preparar as demonstraes contbeis, para efeitos comer-ciais, tributrios e societrios. Deve ter a durao de um ano;Ano-calendrio o perodo de 12 meses consecutivos, compreendidotdo dia 1 de janeiro ao dia 31 de dezembro, sendo que a legislao doImpostodeRendautilizatalexpressoparaidenticaroanode ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria;Perodo-base a expresso que designa o perodo de incidncia dotimposto de renda das pessoas jurdicas, ou seja, o perodo de apurao da base de clculo.AULA 1 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1144 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNS1.3 Conceitos de Imposto de RendaOliveira e outros (2003, p.172) afirmam que o fundamento ou hip-tesedaincidnciadoimpostosobrearendaconsistenaaquisioda disponibilidadeeconmicaoujurdicaderenda(produtodocapital,do trabalho ou da combinao de ambos) e de proventos de qualquer natureza (acrscimos patrimoniais).Latorraca citado por Oliveira e outros (2003, p.173) explica queo conceito de renda, que abrange os proventos, compreende o produto do capital, do trabalho ou da combinao de ambos; e os acrscimos patrimoniais no compreendidos no item anterior. Assim,aobrigaotributriasurgequandoapessoajurdica adquire disponibilidade jurdica ou econmica de renda, isto , quando se constata um acrscimo patrimonial.Oliveira e outros (2003, p.173) mencionam ainda o art. 44 do Cdigo Tributrio Nacional, que assim dispe: a base de clculo do imposto o montante real, presumido ou arbitrado, das rendas e proventos tributveis. Emdecorrncia,surgiramosconceitosde:lucroreal,lucropresumidoe lucro arbitrado.O perodo-base de apurao denitiva do Imposto de Renda das pessoas jurdicas pode ser:trimestral, com base no lucro real, presumido ou arbitrado; tanual,combasenolucroreal,nocasodeopopelospagamentostmensais por estimativa;emocasiesespeccas,noscasosdereestruturaessocietriast(incorporao, fuso ou ciso de empresas), incio ou encerramento de atividades.1.4 Conceitos de contribuio socialDentreostributosaosquaisestosujeitasasempresas,encontra-sea ContribuioSocialsobreoLucroLquido-CSLL.AessaContribuioSocial aplicam-se as mesmas normas de apurao e de pagamento estabelecidas para o imposto sobre a renda das pessoas jurdicas IRPJ e, no que couberem, as referentes administrao, ao lanamento, consulta, cobrana, s penali-dades, s garantias e ao processo administrativo, mantidas a base de clculo e as alquotas previstas na legislao da CSLL.AContribuioSocialsobreoLucroLquido(CSLL)foiinstitudapelaLei n.7.689,de15dedezembrode1988;trata-sedeumacontribuiode competncia da Unio. uma das fontes de recursos previstas no art. 195 da Constituio Federal de 1988 (OLIVEIRA e outros, 2003).AULA 1 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP0001151.5 Formas de tributao do Imposto de Renda e da contribuio social sobre o lucro1.5.1 Lucro realOliveiraeoutros(2003,p.174)expemqueolucrorealcorresponde ao lucro lquido do perodo apurado na escriturao comercial, denominado lucro contbil, ajustado pelas adies excluses e compensaes autorizadas pela legislao do imposto de renda. O lucro real apurado com base na escriturao mercantil das organizaes, o que compreende a adoo de um conjunto de procedimentos corriqueiros no ambiente prossional do contabi-lista, como segue:rigorosa observncia aos princpios fundamentais de contabilidade; tconstituio das provises necessrias; tcompleta escriturao contbil e scal; tescrituraodeumconjuntodelivrosscaisecontbeis,incluindootRegistro do Inventrio e o Lalur;preparao das demonstraes contbeis, etc. tConforme Iudcibus e Marion (2006, p. 353), o regime base de tributao pelolucrorealtrimestral,pormoscoadmiteorecolhimentomensalpor estimativa, apurando-se os resultados mensais e consolidando-os no m do exer-ccio; este tem sido o procedimento mais utilizado pelas empresas tributadas por essa modalidade.De acordo com o art. 246 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR), esto obrigadas apurao do lucro real as pessoas jurdicas que se enquadram nas seguintes categorias (Lei n. 9.718, de 1998, art. 14):I. cuja receita total, no ano-calendrio anterior, seja superior ao limite de vinte e quatro milhes de reais, ou proporcional ao nmero de meses do perodo, quando inferior a doze meses;II. cujasatividadessejamdebancoscomerciais,bancosde investimentos,bancosdedesenvolvimento,caixasecon-micas,sociedadesdecrdito,nanciamentoeinvestimento, sociedadesdecrditoimobilirio,sociedadescorretorasde ttulos, valores mobilirios e cmbio, distribuidoras de ttulos evaloresmobilirios,empresasdearrendamentomercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao e entidades de previdncia privada aberta;III. que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;IV. que, autorizadas pela legislao tributria, usufruam de bene-fcios scais relativos iseno ou reduo do imposto;AULA 1 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1164 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSV. que,nodecorrerdoano-calendrio,tenhamefetuadopaga-mento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 222;VI. que explorem as atividades de prestao cumulativa e contnua de servios de assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo e riscos, administrao de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditrios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring);Pargrafo nico. As pessoas jurdicas no enquadradas nos incisos deste artigo podero apurar seus resultados tributveis com base nas disposies deste Subttulo.1.5.2 Lucro presumidoOliveiraeoutros(2003,p.174)explicamqueolucropresumidouma forma simplicada de apurao da base de clculo dos tributos com o imposto de renda e a contribuio social, restrita aos contribuintes que no esto obri-gados ao regime de tributao com base no lucro real.O art. 516 do Regulamento do Imposto de Renda esclarece que esto autori-zadas a optar pelo lucro presumido as pessoas jurdicas cuja receita bruta total, no ano-calendrio anterior, tenha sido igual ou inferior a vinte e quatro milhes de reais, ou a dois milhes de reais, multiplicado pelo nmero de meses de atividade no ano-calendrio anterior, quando inferior a doze meses (Lei n. 9.718, de 1998, art. 13).1 A opo pela tributao com base no lucro presumido ser denitiva em relao a todo o ano-calendrio (Lei n 9.718, de 1998, art. 13, 1).2 Relativamenteaoslimitesestabelecidosnesteartigo,a receita bruta auferida no ano anterior ser considerada segundo o regime de competncia ou caixa, observado o critrio adotado pela pessoa jurdica, caso tenha, naquele ano, optado pela tribu-tao com base no lucro presumido (Lei n 9.718, de 1998, art. 13, 2).3 A pessoa jurdica que no esteja obrigada tributao pelo lucro real (art. 246), poder optar pela tributao com base no lucro presumido.4 Aopodequetrataesteartigosermanifestadacomo pagamento da primeira ou nica quota do imposto devido corres-pondente ao primeiro perodo de apurao de cada ano-calen-drio (Lei n 9.430, de 1996, art. 26, 1).5 O imposto com base no lucro presumido ser determinado porperodosdeapuraotrimestrais,encerradosnosdias31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendrio, observado o disposto neste Subttulo (Lei n9.430, de 1996, arts. 1 e 25).1.5.3 Lucro arbitradoOlucroarbitradoumrecursoutilizadopelasautoridadesscais,quase sempre como ltima alternativa, quando houver ausncia absoluta de conana na AULA 1 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000117escriturao contbil do contribuinte, devido falta ou insucincia de elementos concretos que permitam a identicao ou vericao da base de clculo utili-zada na tributao pelo lucro real ou presumido (OLIVEIRA e outros, 2003).Ao concluirmos esta aula, voc deve comear a compreender a importncia deumacorretacontabilidadeintrodutrianasempresas,poissomuitasas formasdeapuraodoimpostoderendaedacontribuiosocialsobreo lucro.Apartirdeagora,ostermoslucroreal,presumidoearbitradoestaro presentes na sua prosso.Nestaprimeiraaula,vocconheceuasprincipaisformasde apuraode lucros nas empresas em geral e aprendeu a identicar as denies bsicas de imposto de renda e de contribuio social. Conheceu a importncia de se manter uma Contabilidade tributria bem estruturada nas empresas.Voc conheceu ainda a classicao dos tributos de acordo com o Cdigo Tributrio Nacional e, tambm, os termos necessrios para a correta interpre-tao da tributao em nosso pas. Os conceitos iniciais de imposto de renda e de contribuio social so requisitos bsicos para o entendimento da disci-plina.Paraencerrar,vocpdeidenticarasformasdeapuraodelucro nas empresas em geral.1. Analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa correta:I. O objeto, segundo as determinaes da lei, representa as obrigaes que o contribuinte deve cumprir.II. O fato gerador a relao pessoal e direta com a situao que constitui o respectivo fato gerador.III. Alquota o valor sobre o qual se aplica o percentual do tributo com a nalidade de apurar o montante a ser recolhido.IV. Basedeclculoopercentualdenidoemlei,aplicadosobrea alquota.Podemos armar que:a) somente as alternativas I e II esto corretas;b) somente a alternativa I est correta;c) todas as alternativas esto corretas;d) nenhuma das alternativas est correta.AULA 1 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1184 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNS2. Umaempresaobtevenoano-calendrioanteriorumareceitade R$ 20.000.000,00, com atividades de arrendamento mercantil. Pergunta-se: podeessaempresatributarpelolucropresumidonoatualano-calendrio? Justique sua resposta.O objetivo desta aula, conhecer os principais conceitos e formas de tribu-tao do imposto de renda e da contribuio social, pde ser avaliado pelas atividades um e dois.Na atividadeum,aopocorretaa(b).Essaalternativaacorreta, porqueidenticaocorretoconceitodeobjeto.Assimasopes(a), (c) e(d)noestocorretas,porqueoconceitoapresentadodefatogerador,na verdade, o conceito de contribuinte. O conceito de alquota o da base de clculo e vice-versa.Na atividadedois,podemosarmarqueessaempresanopoder optarpelolucropresumido,porque,apesardenoterreceitasuperioraR$ 24.000.000,00, que uma das obrigaes para a tributao no lucro real, ela desenvolve as atividades de arrendamento mercantil, que, por sua vez, uma atividade obrigada tributao pelo lucro real.BRASIL. Lei n. 5.172/66, de 25 de outubro de 1966.______. Regulamento do Imposto de Renda (RIR). Decreto n. 3.000, de 26 de maro de 1999.IUDCIBUS, Srgio de; MARION, Jos Carlos. Contabilidade comercial. 6. ed. So Paulo: Atlas, 2006.OLIVEIRA, Luis Martins de et al. Manual de contabilidade tributria. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2003.Em nossa segunda aula, vamos conhecer as formas de tributao do lucro real, que pode ser trimestral, anual, presumido ou arbitrado.AnotaesAULA 2 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000119Esperamos que, ao nal desta aula, voc seja capaz de:compreender a forma de tributao das empresas tributadas pelo lucrotreal e real trimestral.Para acompanhar esta segunda aula, alm de voc conhecer os conceitos fundamentaisdecontabilidadeestudadosnasdisciplinasdeContabilidade Introdutria I e II, deve compreender as caractersticas das empresas tributadas pelo lucro real estudadas na aula um.Durante o desenvolvimento desta aula, voc ir adquirir os conhecimentos necessrios para identicar as formas de tributao pelo lucro real e pelo lucro real trimestral.2.1 Lucro real2.1.1 Conceito de lucro realLucro real o lucro lquido do exerccio, ajustado pelas adies e excluses ou pelas compensaes prescritas ou autorizadas pela legislao tributria (Art. 6 do Decreto-Lei n. 1.598/77).(+) Lucro ou prejuzo contbil(+) Adies exigidas por lei(-) Excluses exigidas por lei(=) Lucro real antes da compensao de prejuzos scais anteriores(-) Compensao de prejuzos scais(=) Lucro real a tributarEmpresas Tributadas pelo Lucro Real e Real TrimestralAULA 2 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1204 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSOimpostoderendadeversercalculadoapartirdaalquotade15% (quinzeporcento)sobreolucrorealapurado,eestsujeitaaoadicionalde 10% a parcela do lucro mensal que exceder a R$ 20.000,00.Explicandomelhor:aalquotade15%(quinzeporcento)deimpostode renda aplicada ao lucro apurado de, no mximo, R$ 20.000,00. O valor do lucro que for maior do que R$ 20.000,00 ter uma alquota adicional de 10% de imposto de renda.2.1.2 Formas de apurao do lucro real importante destacar que as empresas que optarem pela entrega da decla-rao de imposto de renda anual pelo lucro real podero, sem exceo, optar por recolher no decorrer do ano-calendrio:o IRPJ e a Contribuio Social Mensal pelo mtodo da estimativa; to IRPJ e a Contribuio Socialpelo lucro real trimestral. tDevem-se vericar tambm as seguintes observaes de acordo com a legis-lao vigente.Artigo2daLein.9.430/96:Aopopelaformadepagamentotmensal por estimativa ser irretratvel para todo o ano-calendrio.Pargrafo nico do artigo 3 da Lei n. 9430/96: A opo pelo IRPJtMensal Estimado ser manifestada com o pagamento do imposto corres-pondente ao ms de janeiro ou de incio de atividade, que tem cdigo de DARF (Documento de Arrecadao de Receitas Federais) especco para recolhimento.Artigo 3 da Lei n. 9430/96: vedado empresa alterar a forma detpagamento de IR Mensal Estimado para IR Trimestral Real, e vice-versa, no decorrer do ano-calendrio.vedadoempresarecolherIRMensalEstimadoequererentregartadeclaraopelolucropresumido,sendonessecasoobrigatriaa entrega pelo lucro real, mesmo que a empresa no esteja sujeita obriga-toriamente ao lucro real.2.1.3 Adies ao lucro ou prejuzo contbilDeacordocomoart.249doRIR,nadeterminaodolucrorealsero adicionados ao lucro lquido do perodo de apurao (Decreto-Lei n. 1.598, de 1977, art. 6, 2):os custos, despesas, encargos, perdas, provises, participaes e quais- I.queroutrosvaloresdeduzidosnaapuraodolucrolquidoque,de acordocomesteDecreto,nosejamdedutveisnadeterminaodo lucro real;AULA 2 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000121os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores no inclu- II.dosnaapuraodolucrolquidoque,deacordocomesteDecreto, devam ser computados na determinao do lucro real.Pargrafo nico. Incluem-se nas adies de que trata este artigo:ressalvadas as disposies especiais deste Decreto, as quantias tiradasI.dos lucros ou de quaisquer fundos ainda no tributados para aumento do capital, para distribuio de quaisquer interesses ou destinadas a reservas, quaisquer que sejam as designaes que tiverem, inclusive lucros suspensos (lucros retidos ou lucros suspensos; o mesmo de lucro acumulado - PL; a parcela do lucro ainda sem destinao) e lucros acumulados(Decreto-Lein.5.844,de1943,art.43.1,alneas f, g e i);os pagamentos efetuados sociedade civil de que trata o 3 do art.II.146 quando esta for controlada (quando a investidora titular de direitos que lhe assegurem, de modo permanente, preponderncia nas delibera-es sociais e poder de eleger a maioria dos administradores), direta ou indiretamente, por pessoas fsicas que sejam diretores, gerentes, contro-ladores da pessoa jurdica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cnjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas (Decreto-Lei n. 2.397, de 21 de dezembro de 1987, art. 4);osencargosdedepreciao,apropriadoscontabilmente,correspon- III.dentesaobemjintegralmentedepreciadoemvirtudedegozode incentivos scais previstos neste Decreto;asperdasincorridasemoperaesiniciadaseencerradasnomesmoIV.dia (day-trade), realizadas em mercado de renda xa ou varivel (Lei n. 8.981, de 1995, art. 76, 3);as despesas com alimentao de scios, acionistas e administradores, V.ressalvadoodispostonaalneaadoincisoIIdoart.622(Lein. 9.249, de 1995, art. 13, inciso IV);as contribuies no compulsrias, exceto as destinadas a custear segurosVI.e planos de sade, e benefcios complementares assemelhados aos da previdncia social, institudos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurdica (Lei n. 9.249, de 1995, art. 13, inciso V);as doaes, exceto as referidas nos arts. 365 e 371, caput (Lei n. 9.249,VII.de 1995, art. 13, inciso VI);as despesas com brindes (Lei n. 9.249, de 1995, art. 13, inciso VII); VIII.o valor da contribuio social sobre o lucro lquido, registrado como custoIX.ou despesa operacional (Lei n. 9.316, de 22 de novembro de 1996, art. 1, caput e pargrafo nico);AULA 2 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1224 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSas perdas apuradas nas operaes realizadas nos mercados de rendaX.varivel e de swap (entende-se como swap um contrato de troca de inde-xadores,quefuncionacomoproteo,permitindoconseqentemente aosparticipantesdomercadoseprotegeremdosriscosinerentesaos ativosqueoperam),queexcederemosganhosauferidosnasmesmas operaes (Lei n. 8.981, de 1995, art. 76, 4);o valor da parcela da Contribuio para o Financiamento da SeguridadeXI.Social COFINS, compensada com a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido,deacordocomoart.8daLein.9.718,de1998(Lein. 9.718, de 1998, art. 8, 4).2.1.4 Excluses ao lucro ou prejuzo contbil: compreenso de prejuzos VFDLVOart.250doRegulamentodoImpostodeRendaarmaque,nadeter-minaodolucroreal,poderoserexcludosdolucrolquidodoperodode apurao (Decreto-Lei n. 1.598, de 1977, art. 6, 3):os valores cuja deduo seja autorizada por este Decreto e que noI.tenhamsidocomputadosnaapuraodolucrolquidodoperodo de apurao;os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores includos naII.apurao do lucro lquido que, de acordo com este Decreto, no sejam computados no lucro real;oprejuzoscalapuradoemperodosdeapuraoanteriores,limi- III.tada a compensao a trinta por cento do lucro lquido ajustado pelas adieseexclusesprevistasnesteDecreto,desdequeapessoajur-dica mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislao scal, comprobatrios do prejuzo scal utilizado para compensao, obser-vado o disposto nos arts. 509 a 515 (Lei n. 9.065, de 1995, art. 15 e pargrafo nico).Obs.: S podem ser compensados prejuzos de mesma natureza.Pargrafo nico. Tambm podero ser excludos:osrendimentoseganhosdecapitalnastransfernciasdeimveisa)desapropriadosparansdereformaagrria,quandoauferidos pelo desapropriado (CF, art. 184, 5);os dividendos anuais mnimos distribudos pelo Fundo Nacional deb)Desenvolvimento (Decreto-Lei n. 2.288, de 1986, art. 5, e Decre-to-Lei n. 2.383, de 1987, art. 1);os juros produzidos pelos Bnus do Tesouro Nacional BTN e pelasc)Notas do Tesouro Nacional NTN, emitidos para troca voluntria AULA 2 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000123por Bnus da Dvida Externa Brasileira, objeto de permuta por dvida externa do setor pblico, registrada no Banco Central do Brasil, bem como os referentes aos Bnus emitidos pelo Banco Central do Brasil, para os ns previstos no art. 8 do Decreto-Lei n. 1.312, de 15 de fevereiro de 1974, com a redao dada pelo Decreto-Lei n. 2.105, de 24 de janeiro de 1984 (Lei n. 7.777, de 19 de junho de 1989, arts. 7 e 8, e Medida Provisria n. 1.697, de 1998, art. 4);os juros reais produzidos por Notas do Tesouro Nacional NTN,d)emitidas para troca compulsria no mbito do Programa Nacional de Privatizao PND, controlados na parte 8 do LALUR, os quais devero ser computados na determinao do lucro real no perodo do seu recebimento (Lei n. 8.981, de 1995, art. 100);aparceladasperdasadicionadasconformeodispostonoincisoe)Xdopargrafonicodoart.249,aqualpoder,nosperodos deapuraosubseqentes,serexcludadolucrorealatolimite correspondente diferena positiva entre os ganhos e perdas decor-rentes das operaes realizadas nos mercados de renda varivel e operaes de swap (Lei n. 8.981, de 1995, art. 76, 5).2.2 Apurao do imposto de renda sobre o lucro real trimestralAspessoasjurdicassujeitasaoImpostodeRenda(alquotade15%)e Contribuio Social com base no lucro real, que no optarem pela tributao pelo lucro real estimado, devem apurar o imposto trimestralmente, em perodos de apurao encerrados em 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, respectivamente.Exemplo: Uma empresa apresentava no terceiro trimestre de 2007 a seguin-te situao.Vendas de mercadorias: R$ 300.000. tGanhos na venda de imobilizado: R$ 20.000. tDespesas administrativas: R$ 70.000. tCMV (custo da mercadoria vendida): R$ 100.000. tImpostos sobre vendas: R$ 10.000. tDividendos recebidos: R$ 20.000. tBaseando-senestasinformaes,deve-seapuraroresultadocontbileo resultado scal do perodo, sabendo-se que dentro das despesas existem:depreciao de um veculo utilizado na produo:R$ 3.000; tdespesas com brindes: R$ 2.000; tdespesas com plano de sade a todos os funcionrios: R$ 2.000; tAULA 2 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1244 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSmultas punitivas: R$ 2.000. tExistem ainda prejuzos scais de perodos anteriores no valor de R$ 60.000. Assim, vamos calcular e contabilizar o IRPJ do trimestre.RESULTADO CONTBIL RESULTADO FISCAL(+) Vendas de mercadorias(+) Ganhos na venda do imobilizado(+) Dividendos recebidos(-) Impostos sobre vendas(-) CMV(-) Despesas administrativas300.00020.00020.000(10.000)(100.000)(70.000)Lucro contbil(+) AdiesMultas punitivas*(-) ExclusesDividendos recebidos**(=) Resultado antes da compen-sao de prejuzos scaisCompensao de prejuzos scais***160.0002.000(20.000)142.000(42.600)Lucro contbil 160.000 Lucro scal a tributar 99.400* As multas punitivas no dedutveis para apurao do resultado scal.** Dividendos recebidos no so tributados no resultado scal.*** Apesar de termos um saldo de prejuzos scais anteriores de R$ 60.000, spoderemosexcluirdolucroscalat30%(trintaporcento)desselucro. Assim,R$42.600X30%=R$42.600(valorexcludonadeterminaodo lucro scal).Percebemos, neste caso, a importncia da correta apurao do lucro real, queaquiapresentouummenorlucroatributare,conseqentemente,menor imposto a pagar.2.3 Apurao da contribuio social sobre o lucro real trimestralA mesma base de clculo para apurao do imposto de renda a partir do lucrorealtrimestralservircomobasedeclculoparaaapuraodacontri-buio social sobre o lucro com alquota de 8% (oito por cento).2.4 Clculo do imposto de renda e contribuio social sobre o lucro real trimestralIMPOSTO DE RENDA CONTRIBUIO SOCIALLucro scal a tributarImposto de renda (alquota de15%)(+) Adicional do imposto de renda*99.40014.9103.940Lucro scal a tributarContribuio social sobre o lucro (alquota de 9%)99.4008.946Imposto de renda a pagar 18.850Contribuio social sobre o lucro a pagar8.946*A alquota de 15% de imposto de renda refere-se a um lucro mdio mensal de R$ 20.000. Assim, R$ 20.000 X 3 meses (trimestre) = R$ 60.000. Como o lucro AULA 2 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000125apurado foi de R$ 99.400, ultrapassou o limite em R$ 39.400 (R$ 99.400 60.000), sendo aplicado um adicional de imposto de renda de R$ 3.940 (R$ 39.400 X 10%).Conclumos,nestaaula,portanto,queasempresasqueutilizarematribu-tao pelo lucro real podero optar pela apurao trimestral ou anual do imposto de renda e da contribuio. Lembrando sempre que, independente da forma de tributao, as excluses e adies ao lucro contbil devem ser observadas para esta apurao de lucro.Nestasegundaaula,vocaprendeucomoaplicaraformadetributao das empresas tributadas pelo lucro real e real trimestral. Aprendeu a identicar fatos que devem ser adicionados ou excludos na apurao do lucro real trimes-tral. Voc aprendeu tambm que a mesma base de clculo para apurao do imposto de renda por meio do lucro real trimestral servir como base de clculo para a apurao da contribuio social sobre o lucro.1. Umaempresapossuiem31/12/2007umsaldodeprejuzoscala Compensar de R$ 20.000, Sabendo-se que o seu lucro scal a tributar nesta datadeR$100.000,podemosexcluirdolucroumacompensaode prejuzo scal de:a) R$ 30.000d) R$ 2.000b) R$ 20.000 e) R$ 3.000c) R$ 6.0002. Uma empresa obteve, no terceiro trimestre de 2007, um lucro contbil de R$ 50.000. Entre os valores utilizados na apurao deste lucro, encontramos:despesas indedutveis: R$ 5.000; treceitas no-tributveis: R$ 10.000. tSabendo-se que a empresa possui um saldo de prejuzo scal a compensar de R$ 10.000, calcule e contabilize o IRPJ e a contribuio social pelo lucro real (scal) trimestral.Oobjetivodestaaula,compreenderaformadetributaodasempresas tributadas pelo lucro real e real trimestral, pde ser avaliado pelas atividades apresentadas anteriormente.AULA 2 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1264 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSNa atividade um, a compensao de prejuzo scal que pode ser excluda do lucro scal de R$ 20.000, porque, lembrando que a empresa pode compensar at 30% do seu lucro scal, nesse caso seria R$ 30.000 ($100.000 X 30%). Porm o saldo de prejuzo scal existente de R$ 20.000, assim ela s poder compensar esses R$ 20.000. A resposta correta a letra (b).Na atividadedois,jpossumosoresultadocontbilqueR$50.000. Baseando-nos nas informaes devemos apurar o resultado scal, com o seguinte raciocnio.RESULTADO FISCALLucro contbil(+) AdiesDespesas indedutveis(-) ExclusesReceitas no tributveis(=) Resultado antes da compensao de prejuzos scaisCompensao de prejuzos scais*50.0005.000(10.000)45.000(10.000)Lucro scal a tributar 35.000*ApesardetermosumprejuzoscaldoperododeR$42.000(nessecaso poderamos compensar R$ 12.600 = R$ 42.000 X 30%), o saldo mximo de compensaodeprejuzosdeR$10.000.Assim,spoderemosexcluirdo lucro scal o valor de R$ 10.000.Clculo do imposto de renda e da contribuio social sobre o lucro scal.IMPOSTO DE RENDA CONTRIBUIO SOCIALLucro scal a tributarImposto de renda (alquota de 15%)(+) Adicional do imposto de renda**35.0005.250______Lucro scal a tributarContribuio social sobre o lucro (alquota de 9%)35.0003.150Imposto de renda a pagar 5.250Contribuio social sobre o lucro a pagar3.150**No temos adicional do imposto de renda, porque esse adicional seria referente a um lucro mdio mensal de R$ 20.000. Assim, no nosso exemplo, o lucro mdio de R$ 11.667 (R$ 35.000 : 3 meses = R$ 11.667).Naterceiraaula,vamostrabalharcomaapuraodoimpostoderenda pelo lucro real anual.AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000127Esperamos que, ao nal desta aula, voc seja capaz de:compreender a forma de tributao das empresas tributadas pelo lucrotreal anual.Paraacompanharestaterceiraaula,almdevocconhecerosconceitos fundamentaisdecontabilidadeestudadosnasdisciplinasdeContabilidade Introdutria I e II, deve compreender as caractersticas das empresas tributadas pelo lucro real em geral e real trimestral estudadas na aula dois.Durante o desenvolvimento desta aula, voc ir adquirir os conhecimentos necessrios para identicar as formas de tributao pelo lucro real e pelo lucro real anual.3.1 Lucro real anualDevemoscompreenderquelucrorealanualaapurao,nonaldo exercciosocialencerradoem31dedezembro,dolucrorealdasempresas, seguindoosmesmoscritriosapresentadosnaauladoisapropsitodolucro real trimestral.As empresas que optarem por esse tipo de apurao de imposto de renda e contribuio social seguiro os mesmos passos apresentados na apresentao do lucro real trimestral, porm anualmente.Entretanto, a apurao do lucro e, conseqentemente, o recolhimento do impostoderendaedacontribuiosocialsobreolucronopoderoser realizados somente no nal do exerccio social. As empresas que optarem por Empresas Tributadas pelo Lucro Real AnualAULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1284 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSessetipodeapuraodeverorealizarorecolhimentomensaldoIRPJeda contribuio social pela estimativa, observando os procedimentos que veremos a seguir.3.2 Apurao do imposto de renda anual pela estimativa mensalComo, ento, faremos o clculo do imposto de renda estimado mensal?Paraapuraodoimpostoderendaestimadomensal,devemosaplicar opercentualdeestimativamensalsobreareceitabruta,determinadopelo Regulamento do Imposto de Renda, de acordo com a atividade desenvolvida. Observe o quadro a seguir.Quadro 1: Percentuais aplicveis sobre a receita brutaESPCIES DE ATIVIDADES GERADORAS DA RECEITAPERCENTUAISAPLICVEISSOBRE A RECEITARevendaparaconsumodecombustvelderivadodepetrleo,tlcool etlico carburante e gs natural1,6%Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combus- ttveis para consumo)Transporte de cargas tServios hospitalares tAtividade rural tIndustrializao com materiais fornecidos pelo encomendante tAtividades imobilirias tQualquer outra atividade (exceto prestao de servios), parata qual no esteja previsto percentual especcoConstruo por empreitada, quando houver emprego de mate- triais prprios, em qualquer quantidade8%Servios de transporte (exceto o de cargas) tServios (exceto hospitalares, de transporte e de sociedadestcivis de prosses regulamentadas) prestados com exclusivi-dadeporempresascomreceitabrutaanualnosuperiora R$ 120.000,00 (*)Instituies nanceiras e entidades a elas equiparadas t16%Servios em geral, para os quais no esteja previsto percentualtespecco, inclusive os prestados por sociedades civis de pros-ses regulamentadas32%Intermediao de negcios tAdministrao, locao ou cesso de bens imveis, mveis etdireitos de qualquer naturezaFactoring tConstruoporempreitada,quandohouverempregounica- tmente de mo-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais32%(*) Se a receita bruta ultrapassar o limite anual de R$ 120.000,00, a empresa car sujeita ao percentual normal de 32%, retroativamente ao ms de janeiro do AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000129ano em curso, impondo-se o pagamento das diferenas de imposto, apuradas em cada ms, at o ltimo dia til do ms subseqente ao da vericao do excesso, sem acrscimo (art. 3, 2 a 6, da IN SRF n. 93/97).Nota no caso de explorao de atividades diversicadas, ser aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual.3.3 Conceito de receita brutaA receita bruta, sobre a qual se aplicam os percentuais constantes apresen-tados anteriormente, conforme a atividade geradora, constituda pelo produto da venda de mercadorias ou produtos, pelo preo dos servios prestados e pelo resultado auferido nas operaes de conta alheia, como, por exemplo, comis-ses auferidas na venda de terceiros.3.3.1 Excluses da receita brutaNo momento em que for realizada a apurao do lucro mensal estimado, voc dever excluir da receita bruta os seguintes valores:a) as vendas canceladas;b) osdescontosincondicionaisconcedidos(constantesdanotascalde venda dos bens ou da fatura de servios e no dependentes de evento posterior emisso desses documentos);c) o IPI incidente sobre as vendas e o ICMS devido pelo contribuinte subs-tituto, no regime de substituio tributria.Notas1. O ICMS incidente sobre as vendas e o ISS incidente sobre os servios integram a receita bruta e no podem dela ser excludos.2. Nasvendasaprazo,ocustodonanciamento,contidonovalordos bens ou servios ou destacado na nota scal, integra a receita bruta para efeito da tributao com base no lucro presumido e do pagamento do imposto sobre a renda mensal calculado por estimativa (ADN n. 7/93).3. Nas empresas que tenham por objeto social (declarado em seus atos constitutivos) a compra e a venda de veculos automotores, nas vendas de veculos usados, adquiridos para revenda ou recebidos como parte do preo de venda de veculos novos ou usados, ser computada como receita a diferena entre o valor pelo qual o veculo usado houver sido alienado,constantedanotascaldevenda,eoseucustodeaqui-sio, constante da nota scal de entrada, o qual deve corresponder ao preo ajustado entre as partes (art. 5 da Lei n. 9.716/98 e IN SRF n. 152/98).AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1304 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNS4. As receitas provenientes de atividades incentivadas no comporo a base de clculo do imposto na proporo do benefcio a que a pessoa jurdica, submetida ao regime de tributao com base no lucro real, zer jus.5. Aspessoasjurdicasqueexplorarematividadesimobiliriasrelativas ao loteamento de terrenos, incorporao imobiliria, construo de prdios destinados venda, bem como venda de imveis construdos ouadquiridospararevenda,deveroconsiderarcomoreceitabruta omontanteefetivamenterecebido,relativosunidadesimobilirias vendidas. Sobre o valor das receitas recebidas em cada ms, calcula-se o lucro estimado aplicando-se o percentual de 8%.6. Nos casos de contratos com prazo de execuo superior a um ano, de construo por empreitada ou de fornecimento, a preo predeterminado, debensouserviosaseremproduzidos,sercomputadanareceita brutapartedopreototaldaempreitada,oudosbensouserviosa serem fornecidos, determinada mediante a aplicao, sobre esse preo total, da percentagem do contrato ou da produo executada em cada ms, nos termos da IN SRF n. 21/79. Observa-se o seguinte:a) no caso de construes ou fornecimentos contratados com base em preo unitrio de quantidades de bens ou servios produzidos em prazo inferior a um ano, a receita dever ser includa na base de clculo do Imposto de Renda mensal e da Contribuio Social sobre o Lucro no ms em que for completada cada unidade;b) em qualquer caso, a receita decorrente de fornecimento de bens e serviosparapessoajurdicadedireitopblicoouempresassob seu controle, empresas pblicas, sociedades de economia mista ou sua subsidiria, ser reconhecida no ms do recebimento. Quando os crditos decorrentes desses contratos forem quitados pelo Poder Pblicocomttulosdesuaemisso,inclusivecomCerticadosde Securitizao emitidos especicamente para essa nalidade, para efeitodeclculodoimpostomensalcombasenapresunode lucros, a receita ser considerada recebida somente por ocasio do resgate ou da alienao dos ttulos.7. Noclculodolucroestimadodosbancoscomerciais,bancosde investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econmicas, socie-dades de crdito, nanciamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio,sociedadescorretorasdettulos,valoresmobiliriose cmbio,distribuidorasdettulosevaloresmobilirios,empresasde arrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao e entidades de previdncia privada aberta, aplica-seopercentualde16%(dezesseisporcento)sobreareceita bruta auferida, ajustada pelas dedues previstas no 8 do art. 3 da IN SRF n. 93/97. Devem integrar a receita bruta dessas entidades os valores referidos no 9 do art. 3 da IN SRF n. 93/97.AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP0001313.3.2 Ganhos de capital e demais receitas e resultadosVocdeverobservaraindaquedeverosersomadosaolucroestimado mensal, para efeito da determinao da base de clculo do imposto, os ganhos de capital e demais receitas no componentes da receita bruta mensal, exceto:a) rendimentos produzidos por aplicaes nanceiras de renda xa, subme-tidos incidncia do IRRF;b) ganhos lquidos auferidos em operaes nanceiras de renda varivel, submetidos tributao mensal separadamente;c) lucrosedividendosrecebidosdeparticipaessocietriasavaliadas pelo custo de aquisio;d) resultadopositivodaavaliaodeinvestimentospelaequivalncia patrimonial;e) recuperaes de crditos que no representem ingresso de novas receitas;f) reverso de saldo de provises anteriormente constitudas;g) juros remuneratrios do capital prprio.Nota as variaes monetrias ativas devem ser computadas na base de clculo do imposto mensal, observando-se que, a partir de 1 de janeiro de 2000, as variaes cambiais ativas, decorrentes de atualizao monetria de direitos de crdito e obrigaes expressas em moeda estrangeira, sero consideradas no momento da liquidao da operao correspondente (art. 30 da MP n. 1.858-11/99).3.4 Empresa com Iucro inacionrio a tributarA pessoa jurdica que tiver saldo de lucro inacionrio e no tiver optado pela realizao antecipada com reduo da alquota do imposto dever adicionar base de clculo do imposto mensal 1/120 do saldo do lucro inacionrio a tributar existente em 31.12.95 e corrigido monetariamente at essa data.3.5 Clculo do impostoParacalcularmosoimpostomensalestimado,deveremosaplicaro seguinte raciocnio:a) aplicar a alquota normal de 15%, sobre a base de clculo determinada, de acordo com as normas estabelecidas e apresentadas anteriormente;b) aplicar a alquota adicional de 10%, sobre a parcela da base de clculo mensal que exceder a R$ 20.000,00.3.5.1 Dedues do imposto devidoDepois de calcularmos a alquota normal de 15% sobre o lucro mensal esti-mado e o adicional de 10% sobre o excedente, quando for o caso, deveremosAULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1324 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSobservar alguns valores que podero ser deduzidos do valor do imposto apurado no ms, listados a seguir:a) os incentivos scais relativos ao Programa de Alimentao do Trabalhador (PAT), Vale-transporte (apenas saldo de excesso apurado no ano-calendrio de 1997), doaes e patrocnios culturais, investimentos em projetos audiovi-suais e doaes a Fundos dos Direitos da Criana e do Adolescente, obser-vados os limites;b) o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas computadas na determinao da base de clculo;Nota (no pode ser deduzido o imposto retido na fonte sobre rendimentos de aplicaes nanceiras de renda xa, nem o imposto pago separadamente sobre ganhos lquidos de operaes nanceiras de renda varivel).c) o imposto de renda pago a maior ou indevidamente em perodos anteriores, observando-se que o imposto pago a maior, apurado em 31 de dezembro, somente poder ser compensado com o imposto a ser pago a partir do ms de abril do ano subseqente.As empresas tributadas pelo lucro real podem optar pela apurao anual, desde que efetuem o recolhimento mensal do IRPJ e da contribuio social pela estimativa, observando os procedimentos descritos a seguir.3.6 Contribuio social sobre o lucro mensal estimadoAs pessoas jurdicas que optarem pelo pagamento do imposto mensal por estimativa devero tambm recolher mensalmente a CSLL nos mesmos critrios, cujo perodo compreendido ser o mesmo para apurao do IRPJ.A CSLL mensal ser apurada com base em um lucro estimado determinado pelo percentual de 12% (doze por cento) da receita bruta auferida no ms, mais os ganhos j apresentados na base de clculo do IRPJ.Exemplo 1: A Cia A apurou as seguintes receitas no ms de outubro:vendas de mercadorias: R$ 50.000. tservios: R$ 20.000. treceitas diversas: R$ 5.000. tPede-se: calcular e contabilizar o IRPJ estimado.IRPJReceita R$ % Valor a pagarVenda de mercadorias 50.000 8% 4.000Servios 20.000 32% 6.400Receitas diversas 5.000 100% 5.000Total 15.40015.400 x 15% = 2.310 (IRPJa pagar)AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000133CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCROReceita R$ % Valor a pagarVenda de mercadorias 50.000 12% 6.000Servios 20.000 12% 2.400Receitas Diversas 5.000 100% 5.000Total 13.40013.400 x 9% = 1.206 (Contribuio Social a pagar)Exemplo 2: Uma empresa recolheu, de 1 de janeiro a 31 de dezembro, um valor de R$ 10.000 de imposto de renda e de R$ 8.000 de contribuio social sobre o lucro.Aps a apurao do lucro scal, apurou um imposto de renda anual devido de R$ 12.000 e uma contribuio social anual de R$ 9.000.Calculando o imposto e a contribuio a recolher, e compensando com os valores recolhidos teremos a seguinte situao.IMPOSTODE RENDACONTRIBUIOSOCIALValor da apurao Anual R$ 12.000 R$ 9.000(-) Recolhimento por Estimativa (R$ 10.000) (R$ 8.000)(=) Valor a Recolher R$ 2.000 R$ 1.0003.7 Balancete de reduo ou suspensoQuando a pessoa jurdica optar pelo lucro real anual, com recolhimento por estimativa, ela tem a opo de reduzir ou suspender o imposto, no ms em que considerar que o recolhimento j foi o suciente para o lucro apurado at essa data.O balancete de reduo ou suspenso deve ser levantado sempre a partir do dia primeiro de janeiro at a data em que se desejar realizar a reduo ou suspenso.Exemplo 3: Uma empresa recolheu os seguintes valores de imposto de renda e contribuio social nos meses de janeiro a julho.MS JAN FEV MARO ABRIL MAIO JUN JUL TOTALIRPJ 1.000 1.200 1.000 2.000 1.500 800 500 8.000ContribuioSocial600 1.000 600 1.200 1.300 600 200 5.500Observe que:se a empresa efetuar o recolhimento mensal por estimativa, no ms detagosto o IRPJ a ser recolhido ser de R$ 1.000, e a contribuio social, de R$ 800;AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1J44 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSo lucro scal apurado de 1 de janeiro a 31 de agosto do corrente ano tde R$ 55.000, assim teremos como clculo de imposto de renda:Imposto de renda sobre o lucro scal (R$ 55.000 x 15%) R$ 8.250Imposto recolhido pela estimativa mensal (R$ 8.000)Imposto a recolher R$ 250para o imposto de renda, podemos levantar ot Balancete de Reduo, pois a empresa poder recolher apenas o imposto devido at 31 de agosto que de R$ 250 e no a estimativa mensal que seria de R$ 1.000;Assim termos como clculo de contribuio social:Contribuio social sobre o lucro scal (R$ 55.000 x 9%) R$ 4.950Contribuio social recolhida pela estimativa mensal (R$ 5.500)Contribuio social a compensar (R$ 550)para a contribuio social, podemos levantar o tBalancete de Suspenso,poisacontribuiosocialrecolhidaat31deagostojsuperior contribuio devida.3.8 Livro de apurao do lucro realAs empresas tributadas pelo lucro real, independentemente do lucro trimestral ou anual, estaro sujeitas escriturao no livro de apurao do lucro real.O livro de apurao do lucro real, tambm conhecido pela sigla Lalur, um livro de escriturao de natureza eminentemente scal, criado pelo Decreto-Lei n. 1.598, de 1977, em obedincia ao 2o do art. 177 da Lei n. 6.404, de 1976, e destinado apurao extra-contbil do lucro real sujeito tributao paraoimpostoderendaemcadaperododeapurao,contendo,ainda, elementosquepoderoafetaroresultadodeperodosdeapuraofuturos (RIR/1999, art. 262).3.8.1 Quem est obrigado escriturao do Lalur?EstoobrigadasescrituraodoLalurtodasaspessoasjurdicascontri-buintesdoimpostoderendacombasenolucroreal,inclusiveaquelasque espontaneamente optarem por esta forma de apurao.3.8.2 Como composto o Lalur?OLalur,cujasfolhassonumeradastipogracamente,terduaspartes, com igual quantidade de folhas, reunidas em um s volume e encadernadas da seguinte forma:parte A t : destinada aos lanamentos de ajuste do lucro lquido do perodo (adies, excluses e compensaes), tendo como fecho a transcrio da demonstrao do lucro real;AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000135parteB t :destinadaexclusivamenteaocontroledosvaloresqueno constem da escriturao comercial, mas que devam inuenciar a deter-minao do lucro real de perodos futuros.Nota: o Lalur destinado a registrar valores que, por sua natureza eminen-tementescal,nodevamconstardaescrituraocomercial.Assim,no pode ser utilizado para suprir decincias da escriturao comercial (regis-trar despesas no constantes da escriturao comercial ou insucientemente registradas) (PN CST n. 96, de 1978; e PN CST n. 11, de 1979).3.8.3 Como ser feita a escriturao do Lalur?Na sua parte A, a escriturao ser em ordem cronolgica, folha aps folha, sem intervalos nem entrelinhas, encerrada perodo a perodo, com a transcrio da demonstrao do lucro real. A escriturao de cada perodo se completa com aassinaturadoresponsvelpelapessoajurdicaedecontabilistalegalmente habilitado.Na sua parte B, utiliza-se uma folha para cada conta ou fato que requeira controle individualizado.Nota:completadaautilizaodaspginasdestinadasaumadaspartesdo livro,aoutraparteserencerradamediantecancelamentodaspginasno utilizadas, prosseguindo a escriturao, integralmente, em livro subseqente.3.8.4 O que dever conter a parte A do Lalur?Na parte A do Lalur, devero ser lanados e apresentados os lanamentos deajustedolucrolquidodoperodo,queserofeitoscomindividuaoe clareza, indicando, quando for o caso, a conta ou subconta em que os valores tenham sido registrados na escriturao comercial (assim como o livro e a data emqueforamefetuadososrespectivoslanamentos),ouosvaloressobreos quais a adio ou a excluso foi calculada, quando se tratar de ajuste que no tenha registro correspondente na escriturao comercial.Nota:olanamentofeitoindevidamenteserestornadomediantelanamento subtrativonaprpriacolunaemquefoilanado,comovalorindicadoentre parnteses, de tal forma que a soma das colunas Adies e Excluses coincida comototalregistradonositensdeAdieseExcluses+Compensaesda demonstrao do lucro real.Aps o ltimo lanamento de ajuste do lucro lquido do perodo, necessaria-mente na data de encerramento desse (seja trimestral ou anual), ser transcrita a demonstrao do lucro real, que dever conter:o lucro ou prejuzo lquido constante da escriturao comercial, apuradoa)no perodo de incidncia;as adies ao lucro lquido, discriminadas item por item, agrupados osb)valores de acordo com sua natureza, e a soma das adies;AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1364 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSas excluses do lucro lquido, discriminadas item por item, agrupados osc)valores de acordo com sua natureza, e a soma das excluses;o subtotal, obtido pela soma algbrica do lucro ou do prejuzo lquidod)do perodo com as adies e excluses;o lucro real do perodo ou o prejuzo do perodo a compensar em per- e)odos subseqentes.3.8.5 O que dever conter a parte B do Lalur?NaparteB,seromantidososregistrosdecontroledevaloresque,pela sua caracterstica, integraro a tributao de perodos subseqentes, quer como adio, quer como excluso ou compensao. Como exemplos (lista no exaus-tiva) podem ser citados:adies: receitas de variaes cambiais diferidas at o momento de suaa)realizao,ressaltando-sequeasreceitasdevariaescambiaisapro-priadasnacontabilidadepeloregimedecompetnciasoinicialmente excludasnoLalure,quandorealizadas,soadicionadas;receitasde desgios de investimentos avaliados por equivalncia patrimonial, diferidos at a realizao daqueles investimentos; valores relativos depreciao acelerada incentivada; lucro inacionrio apurado at 31/12/1995;excluses: custos ou despesas no dedutveis no perodo de apuraob)em decorrncia de disposies legais ou contratuais; despesas de varia-es cambiais diferidas at o momento de sua realizao; despesas degiosamortizadosdeinvestimentosavaliadosporequivalncia patrimonial diferidos at a realizao daqueles investimentos;compensaes: prejuzo scal de perodos de apurao anteriores sejamc)operacionaisounooperacionais,deperodosanuaisoutrimestrais segundo o regime de apurao.Emboranoconstituamvaloresaseremexcludosdolucrolquido,mas dedutveis do imposto devido, devero ser mantidos controles dos valores exce-dentes, a serem utilizados no clculo das dedues nos anos subseqentes, dos incentivos scais com programas de alimentao do trabalhador (RIR/1999, art. 582; e IN SRF n. 28, de 1978).3.8.6 Em que poca devem ser feitos os lanamentos no Lalur?Segundo o regime de tributao adotado pelo contribuinte, os lanamentos sero efetuados conforme consta a seguir.a) Lucro Real Trimestral: na parte A, os ajustes ao lucro lquido do perodo sero feitos no curso do trimestre, ou na data de encerramento desse,no momento da determinao do lucro real. Na parte B, concomitante-mente com os lanamentos de ajustes efetuados na parte A, ou ao nal do perodo de apurao.AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000137b) Lucro Real Anual: se forem levantados balanos ou balancetes para ns de suspenso ou reduo do imposto de renda, as adies, excluses e compensaes computadas na apurao do lucro real, devero constar, discriminadamente,naparteA,paraelaboraodademonstrao dolucrorealdoperodoemcurso,nocabendonenhumregistrona parte B. Ao nal do exerccio, com o levantamento do Lucro real anual, devero ser efetuados todos os ajustes do lucro lquido do perodo na parte A, bem como os lanamentos na parte B.Nestasegundaaula,vocaprendeucomoaplicaraformadetributao das empresas tributadas pelo lucro real anual. Realizou o clculo do pagamento mensal por estimativa estudamos os balancetes de reduo e suspenso.1. Uma empresa recolheu, de 1 de janeiro a 31 de dezembro, um valor de R$ 5.000 de imposto de renda e de R$ 3.000 de contribuio social sobre o lucro. Aps a apurao do lucro scal, apurou um imposto de renda anual devido de R$ 4.500 e uma contribuio social anual de R$ 2.500.Aps o clculo do imposto e da contribuio a recolher devidos no ano e considerando a compensao dos valores recolhidos mensalmente pela esti-mativa, podemos armar que:a empresa tem um saldo de imposto de renda a recolher de R$ 5.000 ea)de contribuio social de R$ 3.000;a empresa ter um saldo de imposto de renda a compensar de R$ 500b)e de contribuio social de R$ 500;os valores recolhidos por estimativa no podero ser compensados nac)apurao dos valores a recolher.2. A Cia ABC apurou as seguintes receitas no ms de novembro:vendas de mercadorias: R$ 80.000; tservios em geral: R$ 30.000; tvenda de combustveis: R$ 20.000; tvendas canceladas: R$ 3.000; tganho na venda de imobilizado: R$ 10.000. tPede-se: calcular e contabilizar o IRPJ e a contribuio social sobre o lucro mensal pela estimativa.AULA J - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1384 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSEstaaulatevecomoobjetivocompreenderaformadetributaodas empresastributadaspelolucrorealanual.Assim,asatividadesapresentadas puderam avaliar o assunto estudado.Na atividade um, a resposta correta a alternativa (b). A empresa ter um saldo de imposto de renda a compensar de R$ 500 e de contribuio social de R$ 500, porque se ela recolheu durante todo o ano imposto de renda no valor de R$ 5.000 e o valor devido foi R$ 4.500, ela ter um saldo a compensar, para o prximo perodo, de R$ 500.Comacontribuiosocialacontecedamesmaforma:seelarecolheu durantetodooanoumacontribuiosocialdeR$3.000eovalordevido foi de R$ 2.500, ela ter um saldo a compensar, para o prximo perodo, de R$ 500.Na atividade dois, deveremos apresentar o seguinte clculo.IRPJReceita R$ % Valor a pagarVenda de mercadorias 80.000(-) Vendas canceladas(3.000) 8% 6.160Servios em geral 30.000 32% 6.400Vendas de combustveis 20.000 1,6% 320Ganho na venda do imobilizado 10.000 100% 10.000Total 22.88022.880 x 15% = 3.432 (IRPJ a pagar)CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCROReceita R$ % Valor a pagarVenda de mercadorias 80.000(-) Vendas canceladas(3.000) 12% 9.240Servios em geral 30.000 12% 3.600Vendas de combustveis 20.000 12% 2.400Ganho na venda do imobilizado 10.000 100% 10.000Total 25.24025.240 x 9% = 2.271,60 (Contribuio Social a pagar)Na prxima aula, vamos calcular o imposto de renda e a contribuio social com a apurao do imposto de renda pelo lucro presumido e arbitrado.AULA 4 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000139Esperamos que, ao nal desta aula, voc seja capaz de:compreender a forma de tributao das empresas tributadas pelo lucrotpresumido e arbitrado.Paraacompanharestaquartaaula,vocdeverconhecerosconceitos fundamentaiseasformasdeclculodasempresastributadaspelolucroreal estudadas nas aulas um, dois e trs.Comodesenvolvimentodestaaula,vociradquirirosconhecimentos necessrios para identicar as formas de tributao pelo lucro presumido e arbi-trado, de forma a comparar essa forma de tributao com o lucro real.DeacordocomOliveira(2005),aapuraotrimestraldoIRPJcombase nolucropresumidoconstituiumaformadetributaosimplicadaaserexer-cidapelasempresasdemodestoportedesdequenoestejamobrigadas,no ano calendrio, complexa apurao trimestral do IRPJ baseada no lucro real, que pressupe uma escriturao contbil capaz de apurar o resultado scal do trimestre, antes do ltimo dia til do ms subseqente.4.1 Opo pelo lucro presumidoA opo pela tributao com base no lucro presumido dever ser manifes-tada com o pagamento da primeira quota ou quota nica do imposto apurado no primeiro trimestre do ano-calendrio, observado o seguinte:a) a pessoa jurdica que iniciar atividade a partir do segundo trimestre poder manifestar a opo com o pagamento da primeira quota ou quota nica do imposto relativo ao perodo de apurao do incio de atividade;Empresas Tributadas pelo Lucro Presumido e ArbitradoAULA 4 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1404 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSb) a partir de 1999, a opo pela tributao com base no lucro presumido ser denitiva em relao a todo o ano-calendrio.De acordo com o art. 527 do RIR/2004, a pessoa jurdica que optar pela tributao com base no lucro presumido dever manter:escriturao contbil nos termos da legislao comercial; a)livro de registro de inventrio, no qual devero constar registrados osb)estoques existentes no trmino do ano-calendrio;em boa guarda e ordem, enquanto no tiver decorrido o prazo decaden- c)cial (que no tenha prescrito) e no forem passar do prazo as eventuais aes que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escriturao obrigat-rios por legislao scal especca, bem como os documentose demais papis que serviram de base para a escriturao comercial e scal.4.2 Determinao do lucro presumidoO lucro presumido ser determinado mediante a aplicao, sobre a receita bruta de vendas de mercadorias e/ou de prestao de servios, percebida em cada trimestre, dos percentuais constantes da tabela utilizada para clculo do IRPJ por estimativa.Nota:aspessoasjurdicasqueexploramatividadesimobilirias(comprae venda,loteamento,incorporaoeconstruodeimveis)nopodemoptar pelo lucro presumido enquanto no concluirem as operaes imobilirias para as quais haja registro de custo orado. Desde que no haja esse impedimento, podem optar pelo lucro presumido, observando-se o seguinte:a) considera-sereceitabrutaomontanteefetivamenterecebidoemcada perodo de apurao, relativo s unidades imobilirias vendidas;b) determina-se o lucro presumido aplicando-se, sobre o valor das receitas recebidas no perodo, o percentual de 8%.Quadro 1: Percentuais aplicveis sobre a receita brutaESPCIES DE ATIVIDADES GERADORAS DA RECEITAPERCENTUAISAPLICVEISSOBRE A RECEITARevenda, para consumo, de combustvel derivado de petrleo,tlcool etlico carburante e gs natural1,6%Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combus- ttveis para consumo)Transporte de cargas tServios hospitalares tAtividade rural t8%AULA 4 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000141ESPCIES DE ATIVIDADES GERADORAS DA RECEITAPERCENTUAISAPLICVEISSOBRE A RECEITAIndustrializao com materiais fornecidos pelo encomendante tAtividades imobilirias tQualquer outra atividade (exceto prestao de servios) parata qual no esteja previsto percentual especcoConstruo por empreitada, quando houver emprego de mate- triais prprios, em qualquer quantidade8%Servios de transporte (exceto o de cargas) tServios (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civistdeprossesregulamentadas)prestadoscomexclusividadepor empresas com receita bruta anual no superior a R$120.000,00 (*)Instituies nanceiras e entidades a elas equiparadas t16%Serviosemgeralparaosquaisnoestejaprevistopercen- ttual especco, inclusive os prestados por sociedades civis de prosses regulamentadas32%Intermediao de negcios tAdministrao, locao ou cesso de bens imveis, mveis etdireitos de qualquer naturezaFactoring tConstruoporempreitada,quandohouverempregounica- tmente de mo-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais32%(*) Se a receita bruta ultrapassar o limite anual de R$ 120.000,00, a empresa car sujeita ao percentual normal de 32%, retroativamente ao ms de janeiro do ano em curso, impondo-se o pagamento das diferenas de imposto, apuradas em cada ms, at o ltimo dia til do ms subseqente ao da vericao do excesso, sem acrscimo (art. 3, 2 a 6, da IN SRF n. 93/97).Nota:nocasodeexploraodeatividadesdiversicadas,seraplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual.4.3 Acrscimo dos ganhos de capital e demais receitas ou resultadosAo valor determinado de acordo com os procedimentos anteriores devero seradicionadososganhosdecapitaledemaisreceitasouresultados,perce-bidos no trimestre e que no zeram parte do valor total da receita bruta mensal de vendas e prestao de servios, inclusive:a) rendimentos de aplicaes nanceiras de renda xa e ganhos lquidos de aplicaes nanceiras de renda varivel;b) juros remuneratrios do capital prprio pagos por outra pessoa jurdica da qual a empresa seja scia ou acionista;c) variaes monetrias ativas.AULA 4 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1424 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNS4.4 Clculo do imposto trimestralOimpostoderendacalculadopelolucropresumidodeversernaforma trimestral e ser calculado mediante a aplicao:a) da alquota normal de 15% sobre a totalidade da base de clculo (lucro real, presumido ou arbitrado);b) da alquota adicional de 10% sobre a parcela da base de clculo que exceder ao limite de R$ 60.000,00 ou, no caso de incio de atividades, aolimitecorrespondentemultiplicaodessevalorpelonmerode meses do perodo de apurao.4.4.1 Dedues do imposto trimestralNa apurao do imposto de renda presumido trimestral podero ser dedu-zidos os seguintes valores:a) o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas computadas na determinao da sua base de clculo;b) o saldo de imposto pago a maior ou indevidamente em perodos anteriores.4.5 Contribuio social no lucro presumidoAspessoasjurdicassubmetidastributaodoIRPJcombasenolucro presumidocamsujeitastambmapuraotrimestraldacontribuiosocial sobre o lucro.A forma de clculo corresponder mesma forma de clculo pela estimativa.Exemplo: Uma empresa possui as seguintes receitas no segundo trimestre do ano em curso.Vendas de mercadorias R$ 50.000 Servios em geral R$ 20.000Receitas nanceiras R$ 3.000 Ganho na venda do imobilizado R$ 5.000Baseando-senessesdados,vamoscalcularoIRPJeacontribuiosocial pelo lucro presumido.IRPJReceita R$ % Base de clculoVenda de mercadorias 50.000 8% 4.000Servios em geral 20.000 32% 6.400Receitas nanceiras 3.000 100% 5.000Ganho na venda do imobilizado 5.000 100% 5.000Total 20.40020.400 x 15% = 3.060 (IRPJ a pagar)AULA 4 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP00014JCONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCROReceita R$ % Base de clculoVenda de mercadorias 50.000 12% 6.000Servios em geral 20.000 12% 2.400Receitas nanceiras 3.000 100% 5.000Ganho na venda do imobilizado 5.000 100% 5.000Total 18.40018.400 x 9% = 1.656 (contribuio social a pagar)4.6 Tributao com base no lucro arbitradoDeacordocomOliveira(2005),dentreasformasprevistasnalegislao para determinar trimestralmente o lucro a ser tributado pelo IRPJ, consta aquela em que o lucro ser arbitrado pelo sco, por meio de procedimentos de ofcio, ou pelo prprio contribuinte (auto-arbitramento).4.6.1 Quais as hipteses de arbitramento do lucro previstas na legislao tributria?O imposto de renda devido trimestralmente ser determinado com base nos critrios do lucro arbitrado quando (RIR/1999, art. 530):aescrituraoaqueestiverobrigadoocontribuinterevelarevidentes1.indcios de fraudes ou contiver vcios, erros ou decincias que a tornem imprestvel para identicar a efetiva movimentao nanceira, inclusive bancria, ou para determinar o lucro real;ocontribuintedeixardeapresentarautoridadetributriaoslivrose2.documentos da escriturao comercial e scal, ou deixar de apresentar olivrocaixa,noqualdeverestarescrituradatodaamovimentao nanceira, inclusive bancria, quando optar pelo lucro presumido e no mantiver escriturao contbil regular;o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido; 3.o comissrio ou representante da pessoa jurdica estrangeira deixar de4.escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior;o contribuinte no mantiver, em boa ordem e segundo as normas cont- 5.beis recomendadas, o livro razo ou as chas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou subconta, os lanamentos efetuados no dirio;ocontribuintenomantiverescrituraonaformadasleiscomerciais6.e scais, ou deixar de elaborar as demonstraes nanceiras exigidas pela legislao scal, nos casos em que o mesmo se encontre obrigado ao lucro real.AULA 4 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1444 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSNota:aspessoasjurdicas,cujasliais,sucursaisoucontroladasnoexteriorno dispuserem de sistema contbil que permita a apurao de seus resultados, tero os lucros decorrentes de suas atividades no exterior determinados, por arbitramento, segundo as disposies da legislao brasileira (IN SRF n. 213, de 2002, art. 5o).Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, quando conhecida, so os mesmos aplicveis para o clculo da estimativa mensal e do lucro presu-mido,acrescidosde20%,excetoquantoaoxadoparaasinstituiesnan-ceiras (RIR/1999, arts. 532 e 533):Quadro 2: Alquotas lucro arbitradoATIVIDADES PERCENTUAISAtividades em geral (RIR/1999, art. 532) 9,6%Revenda de combustveis 1,92%Servios de transporte (exceto transporte de carga)19,2%Servios de transporte de cargas 9,6%Servios em geral (exceto servios hospitalares)38,4%Servios hospitalares9,6%Intermediao de negcios 38,4%Administrao, locao ou cesso de bens e direitos de qualquer natureza (inclusive imveis)38,4%Factoring 38,4%Bancos, instituies nanceiras e assemelhados 45%Nesta quarta aula, voc aprendeu como aplicar a forma de tributao das empresas tributadas pelo lucro presumido e arbitrado.Voc pde observar que a base de clculo para apurao do imposto de renda por meio do lucro presumido diferente da base de clculo para a contri-buio social sobre o lucro.Aprendeu tambm que o lucro arbitrado aplicado quando a escriturao aqueestiverobrigadoocontribuinterevelarevidentesindciosdefraudesou contiver vcios, erros ou decincias que a tornem imprestvel para identicar aefetivamovimentaonanceiraeque,poressemotivo,abasedeclculo tambm maior do que a do lucro presumido.1. Assinale (V) ou (F) nas assertivas que seguem e assinale a alternativa com a ordem de respostas corretas, com relao s empresas tributadas pelo lucro arbitrado.AULA 4 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000145OarbitramentodolucroocorrequandoaescrituraoaqueestiverI.obrigadoocontribuinterevelarevidentesindciosdefraudesou contiver erros.O arbitramento do lucro ocorre quando o contribuinte deixar de apre- II.sentarautoridadetributriaoslivrosedocumentosdaescriturao comercial e scal.O arbitramento do lucro ocorre quando o contribuinte optar pelo lucroIII.presumido.O arbitramento do lucro ocorre quando o contribuinte mantiver em boaIV.ordem e segundo as normas contbeis recomendadas o Livro Razo ou aschasutilizadaspararesumir,totalizar,porcontaousubconta,os lanamentos efetuados no dirio.a) V, F, V, F c) F, F, V, V e) V, F, F, Fb) V, V, F, F d) V, V, V, V2. Uma empresa possui as seguintes receitas no terceiro trimestre do ano em curso.Vendas de mercadorias R$ 200.000 Vendas canceladas R$ 10.000Servios em geral R$ 150.000 Receitas nanceiras R$ 3.000Descontos obtidos R$ 5.000Ganhos na venda de imobilizadosR$ 10.000Pede-se: calcular o IRPJ e a contribuio social pelo lucro presumido.O objetivo desta aula compreender a forma de tributao das empresas tributadas pelo lucro presumido e arbitrado pde ser avaliado pelas atividades apresentadas anteriormente.Na atividadeum,aalternativacorretaaletra(b),poisaprimeirae segunda armativas so verdadeiras e a terceira e quarta armativas so falsas. Issoporque,ondesearmaqueoarbitramentodolucroocorrequandoo contribuinte mantiver em boa ordem e segundo as normas contbeis recomen-dadas o livro razo ou as chas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou sub-conta, os lanamentos efetuados no dirio, o correto seria quando o contribuinte no mantiver.Tambm, na armativa o contribuinte optar pelo lucropresumido,ocorretoseriaocontribuinteoptarindevidamentepelo lucro presumido.Na atividade dois, baseando-se nas informaes, devemos calcular o IRPJ e a contribuio social sobre o lucro, seguindo o seguinte raciocnio.AULA 4 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1464 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSIRPJReceita R$ % Base de clculoVenda de mercadorias(-) Vendas canceladas200.000(10.000)190.000 8% 15.200Servios em geral 150.000 32% 48.000Descontos obtidos 5.000 100% 5.000Receitas nanceiras 3.000 100% 3.000Ganho na venda do imobilizado 10.000 100% 10.000Total 81. 20081.200 x 15% = 12.18021.200 x 10% = 2.120 *14.300 (IRPJ a pagar)*LembrandoqueaalquotadeIRPJde15%paraolucromensalqueno ultrapassar R$ 20.000, assim o mximo permitido neste exerccio seria de R$ 60.000.Assim,temosquecalcularoadicionalde10%sobreovalordeR$ 60.000 (R$20.000 mensais X 3 meses), ou seja, R$ 81.200 (-) R$ 60.000 = R$ 21.000.CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCROReceita R$ % Base de clculoVenda de mercadorias(-) Vendas canceladas200.000(10.000)190.000 12% 22.800Servios em geral 150.000 12% 18.000Descontos obtidos 5.000 100% 5.000Receitas nanceiras 3.000 100% 3.000Ganho na venda do imobilizado 10.000 100% 10.000Total 48.80048.800 x 9% = 4.392 (Contribuio social a pagar)BRASIL. Regulamento do Imposto de Renda (RIR). Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999.OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade tributria. So Paulo: Saraiva, 2005.Na quinta aula, vamos trabalhar com a tributao das empresas optantes pelo SIMPLES, bem como o tratamento das empresas imunes e isentas.AULA 5 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000147Esperamos que, ao nal desta aula, voc seja capaz de:entender e o imposto devido por empresas optantes pelo SIMPLES; tconhecer o tratamento legal para as entidades imunes ou isentas. tPara voc acompanhar esta quinta aula, alm de voc conhecer os conceitos fundamentaisdecontabilidadeestudadosnasdisciplinasdeContabilidade Introdutria I e II, deve ter claros os conceitos de receita bruta e receita tributvel estudados nas aulas um a quatro.Durante o desenvolvimento desta aula, voc conhecer os principais proce-dimentos de tributao das empresas optantes pelo SIMPLES e tambm os proce-dimentos tributrios das entidades imunes ou isentas.DeacordocomIudcibus(2006,p.358),objetivandominimizaracarga tributriadepequenosempreendimentos,alegislaofederalcriouagura do SIMPLES (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuies das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) por meio da Lei n. 9.317/96 de 5 dezembro de 1996. De um modo geral, as empresas comerciais e industriais queseenquadramnessestiposdeempreendimentospodemusufruirdeuma tributao simplicada e signicativamente menor do que as demais empresas. O mesmo no ocorre com as empresas prestadoras de servios, cujo enquadra-mento, nesse tipo de tributao, restringe-se a algumas ocupaes.5.1 O que o SIMPLES?OSistemaIntegradodePagamentodeImpostoseContribuiesdas Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES) um regime tributrio SIMPLES e Pessoas Jurdicas Isentas e ImunesAULA 5 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1484 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSdiferenciado, simplicado e favorecido, aplicvel s pessoas jurdicas conside-radas como microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), nos termos denidos na Lei n. 9.317, de 1996, e alteraes posteriores, estabelecidos em cumprimento ao que determina o disposto no art. 179 da Constituio Federal de1988.Constitui-seemumaformasimplicadaeunicadaderecolhimento de tributos, por meio da aplicao de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma nica base de clculo, a receita bruta.Nota O SIMPLES, previsto na Lei n. 9.317, de 1996, deixou de ser aplicado sMEesEPP,sendorevogado,apartirde1dejulhode2007,pelaLei Complementar n. 123, de 2006.5.2 O que o SIMPLES nacional?OSIMPLESnacionalumtratamentotributriofavorecidoediferenciado previsto na Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (tambm conhecido como Lei Geral das Microempresas), que estabelece normas gerais rela-tivas s microempresas e s empresas de pequeno porte no mbito dos Poderes no s da Unio, como tambm dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios.Essa Lei Complementar, no que se refere ao SIMPLES nacional, entrou em vigor em 1 de julho de 2007. A partir de ento, tornaram-se sem efeitos todos os regimes especiais de tributao para microempresas e empresas de pequeno porte prprios da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios.O SIMPLES federal, previsto na Lei n. 9.317, de 1996, portanto, deixou de ser aplicado s ME e s EPP, sendo substitudo pelo SIMPLES nacional, a partir de 1 de julho de 2007.5.3 Como ocorre a opo pelo SIMPLES?AopopeloSIMPLESdar-se-medianteainscriodapessoajurdica, enquadradanacondiodeMEouEPP,noCadastroNacionaldasPessoas Jurdicas(CNPJ).Porocasiodainscrio,seroprestadasinformaespela empresa sobre os impostos dos quais contribuinte (IPI, ICMS E ISS) e sobre o seu porte (ME ou EPP). O documento hbil para formalizar a opo a Ficha Cadastral da Pessoa Jurdica, com utilizao do cdigo de evento prprio.Normativo IN SRF n. 608, de 2006, art.16.5.4 Quem pode optar pelo regime SIMPLES na opo de microempresa (ME)?Pode optar pelo SIMPLES, na condio de ME, a pessoa jurdica que tenha auferido,noano-calendrio,receitabrutaigualouinferioraR$240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).AULA 5 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000149Nota:AntesdapublicaodaLein.11.196,de2005,considerava-seME, para efeito do Simples, a pessoa jurdica que tivesse auferido no ano calendrio receita bruta igual ou inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais).Normativo Lei n. 9.317, de 1996, art. 2; e Lei n. 11.196, de 2005, art. 33.5.5 Quem pode optar pelo regime SIMPLES na opo de empresa de pequeno porte (EPP)?Pode optar pelo SIMPLES na condio de EPP a pessoa jurdica que tenha auferido, no ano-calendrio, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos equarentamilreais)eigualouinferioraR$2.400.000,00(doismilhese quatrocentos mil reais).Notas:AntesdapublicaodaLein.11.196,de2005,considerava-seEPP, paraefeitodoSIMPLES,apessoajurdicaquetivesseauferido,noano-calen-drio, receita bruta superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um milho e duzentos mil reais).A Lei n. 9.964, de 2000 (art. 10), dispe que o tratamento tributrio simpli-cadoefavorecidodasmicroempresasedasempresasdepequenoporte oestabelecidopelaLein.9.317,de1996,ealteraesposteriores,nose aplicando,paraesseefeito,asnormasconstantesdaLein.9.841,de1999 (Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).5.6 Benefcios concedidos pessoa jurdica que optar pelo SIMPLESA pessoa jurdica que optar por se inscrever no SIMPLES ter os seguintes benefcios:a) tributaocomalquotasmaisfavorecidaseprogressivas,deacordo com a receita bruta auferida;b) recolhimento unicado e centralizado de impostos e contribuies fede-rais,comautilizaodeumnicoDARF(DARFSIMPLES),podendo, inclusive,incluirimpostosestaduaisemunicipais,quandoexistirem convnios rmados com essa nalidade;c) clculo simplicado do valor a ser recolhido, apurado com base na apli-cao de alquotas unicadas e progressivas, xadas em lei, incidentes sobre uma nica base, a receita bruta mensal;d) dispensa da obrigatoriedade de escriturao comercial para ns scais, desde que mantenha em boa ordem e guarda, enquanto no decorrido o prazo decadencial e no prescritas eventuais aes, os livros caixa, o registro de inventrio e todos os documentos que serviram de base para a escriturao;e) dispensadapessoajurdicadopagamentodascontribuiesinstitu-das pela Unio, destinadas ao SESC, ao SESI, ao SENAI, ao SENAC,AULA 5 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1504 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSao SEBRAE e a seus congneres (entidades com os mesmos objetivos), bem como das relativas ao salrio educao e Contribuio Sindical Patronal (IN SRF n. 608, de 2006, art. 5, 8);f) dispensa da pessoa jurdica da sujeio reteno na fonte de tributos e contribuies, por parte dos rgos da administrao federal direta, das autarquias e das fundaes federais (Lei n. 9.430, de 1996, art. 64; e IN SRF n. 306, de 2003, art. 25, XI);g) iseno dos rendimentos distribudos aos scios e ao titular, na fonte e na declarao de ajuste do benecirio, exceto os que corresponderem a pr-labore, a aluguis e a servios prestados, limitados ao saldo do livro caixa, desde que no ultrapasse a receita bruta.NormativoLein.9.317,de1996,arts.3ao7eart.25;Lein. 9.430, de 1996, art. 64; IN SRF n. 306, de 2003, art. 25, XI e IN SRF n. 608, de 2006, art. 5, 8.5.7 PecoIhimento unicado de tributos peIo sistema SIhPLESApessoajurdicaoptantepelosistemaunicadoSIMPLESterorecolhi-mento simplicado dos seguintes impostos e contribuies:a) imposto sobre a Renda da Pessoa Jurdica (IRPJ);b) contribuio para os Programas de Integrao Social e de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico - PIS/Pasep;c) contribuio social sobre o lucro lquido (CSLL);d) contribuio para nanciamento da seguridade social (Cons);e) imposto sobre produtos industrializados (IPI);f) contribuiesparaaseguridadesocial,acargodapessoajurdica, de que tratam o art. 22 da Lei n. 8.212, de 1991 e o art. 25 da Lei n. 8.870, de 1994.O pagamento do SIMPLES no exclui a incidncia dos seguintes impostos ou contribuies, devidos na qualidade de contribuinte ou responsvel, em relao aos quais ser observada a legislao aplicvel s demais pessoas jurdicas:a) impostosobreoperaesdecrdito,cmbioeseguro,ourelativasa ttulos ou valores mobilirios (IOF);b) imposto sobre importao de produtos estrangeiros (II);c) impostosobreexportaoparaoexteriordeprodutosnacionaisou nacionalizados (IE);d) imposto de renda, relativo aos pagamentos ou crditos efetuados pela pessoajurdicaeaosrendimentosouganhoslquidosauferidosem AULA 5 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000151aplicaes de renda xa ou varivel, e relativo aos ganhos de capital obtidos na alienao (venda, transferncia) de ativos;e) imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR);f) contribuio provisria sobre a movimentao nanceira (CPMF);g) contribuio para o fundo de garantia do tempo de servio (FGTS);h) contribuio para a seguridade social, relativa ao empregado.Normativo IN SRF n. 608, de 2006, art. 5, 2.5.7.1 Incluso do ICMS e do ISS no SIMPLESO ICMS e o ISS sero includos na alquota do SIMPLES quando a unidade federada ou o municpio em que esteja estabelecida a pessoa jurdica venha a ele aderir mediante convnio.Nesse caso, o convnio rmado entrar em vigor a partir do terceiro ms subseqenteaodapublicaodeseuextratonoDirioOcialdaUnio,e alcanar,automticaeimediatamente,apessoajurdicaoptantealiestabe-lecida, relativamente ao ICMS ou ao ISS, ou a ambos, obrigando - a ao paga-mento dos citados tributos de acordo com o SIMPLES, tendo por base, inclusive, a receita bruta auferida naquele ms.5.8 Clculo do SIMPLES MEParadeterminaodopercentualaserutilizado,deveremosidenticar, primeiramente, a faixa de receita bruta acumulada em que se encontra a ME, com o auxlio da tabela um apresentada na seqncia. Nesse caso, a pessoa jurdica dever vericar o total da receita bruta acumulada, dentro do ano-ca-lendrio, at o prprio ms em que est fazendo a apurao. Assim, o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela ME, ser o resultante da aplicao sobre a receita bruta mensal auferida da alquota correspondente.Tabela 1: Percentuais aplicveis s MERECEITA BRUTA ACUMULADA(EM R$)PERCENTUAIS APLICVEIS SOBRE ARECEITA BRUTA MENSALPessoa jurdica no contribuinte do IPIPessoa jurdica contribuinte do IPI*At 60.000,00 3% 3,5%De 60.000,01a 90.000,00 4% 4,5%De 90.000,01 a 120.000,00 5% 5,5%De 120.000,01 a 240.000,00 5,4% 5,9%* No caso de ME contribuinte do IPI, os percentuais referidos na tabela um sero acrescidos de 0,5%.AULA 5 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1524 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNS5.8.1 Alquotas diferenciadasExistem atividades em que sero aplicadas alquotas diferenciadas do sistema SIMPLES. Em estabelecimentos de ensino fundamental, de centros de formao de condutores de veculos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga, de agncias lotricas e de pessoas jurdicas que auram receita bruta decorrente da prestao de servios em montante igual ou superior a 30% (trinta por cento) da receita bruta total acumulada, os percentuais referidos nas tabelas um e dois cam acrescidos de 50% (cinqenta por cento).Tabela 2: Percentuais diferenciados aplicveis s MERECEITA BRUTA ACUMULADA(EM R$)PERCENTUAIS APLICVEIS SOBRE ARECEITA BRUTA MENSALPessoa jurdica no contribuinte do IPIPessoa jurdica contribuinte do IPI*At 60.000,00 4,5% 5,25%De 60.000,01a 90.000,00 6% 6,75%De 90.000,01 a 120.000,00 7,5% 8,25%De 120.000,01 a 240.000,00 8,1% 8,85%*NocasodeMEcontribuintedoIPI,ospercentuaisreferidosnatabelatrs sero acrescidos de 0,75%5.9 Clculo do SIMPLES - EPPNoclculodoSIMPLESEPP,necessrioidenticar,primeiramente,a faixa de receita bruta acumulada em que se encontra a EPP, com o auxlio da Tabela3,aseguir.Nessecaso,apessoajurdicadeververicarototalda receita bruta acumulada, dentro do ano-calendrio, at o prprio ms em que est fazendo a apurao. J o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela EPP,seroresultantedaaplicaosobreareceitabrutamensalauferidada alquota correspondente.Tabela 3: Percentuais aplicveis s EPP (regra geral)RECEITA BRUTA ACUMULADA (EM R$) ALQUOTASAt 240.000,00 5,4%De 240.000,01 a 360.000,00 5,8%De 360.000,01 a 480.000,00 6,2%De 480.000,01 a 600.000,00 6,6%De 600.000,01 a 720.000,00 7%De 720.000,01 a 840.000,00 7,4%De 840.000,01 a 960.000,00 7,8%De 960.000,01 a 1.080.000,00 8,2%De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 8,6%De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9%AULA 5 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000153RECEITA BRUTA ACUMULADA (EM R$) ALQUOTASDe 1.320.000,01 a 1.440.000,00 9,4%De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 9,8%De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,2%De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,6%De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11%De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,4%De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,8%De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 12,2%De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 12,6%Acima de 2.400.000,00 15,12%No caso de EPP contribuinte do IPI, os percentuais referidos na tabela trs sero acrescidos de 0,5%.5.10 Incio efetivo das atividades em data posterior ao registro no CNPJA expresso incio de atividade deve ser entendida como o momento da primeira operao aps a constituio e integralizao do capital, que traga a mutao no patrimnio da pessoa jurdica, sendo irrelevante se essa mutao de ordem qualitativa ou quantitativa. Ocorrendo o incio das atividades segundo esseentendimento,haveraobrigatoriedadedaentregadadeclaraode rendimentos a partir do exerccio nanceiro seguinte.Portanto, irrelevante a data de registro no CNPJ e tambm a data prevista nocontratoounoestatutosocial,parainciodefuncionamentodaempresa. Prevalecesempreadatadoefetivoinciodasatividades.Noprprioano-ca-lendrio da opo, os limites da receita bruta, para ns de clculo do tributo devido,seroproporcionaisaonmerodemesesemqueapessoajurdica houver exercido atividade, desconsideradas as fraes de meses.5.11 Quem no pode optar pelo SIMPLESNo poder optar pelo SIMPLES a pessoa jurdica:a) que,nacondiodeMEouEPP,tenhaauferido,noano-calendrio imediatamenteanteriorqueledaopo,receitabrutasuperioraos limitesestabelecidosparaosrespectivosportes(Lein.9.317,de 1996, art. 2);b) constituda sob a forma de sociedade por aes;c) cuja atividade seja banco comercial, banco de investimentos, banco de desenvolvimento, caixa econmica, sociedade de crdito, de nancia-mentoedeinvestimento,sociedadedecrditoimobilirio,sociedade corretora de ttulos, de valores mobilirios e de cmbio, sociedade de crdito a micro-empreendedor, distribuidora de ttulos e de valores mobi-lirios,empresadearrendamentomercantil,cooperativadecrdito, AULA 5 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPA1544 PEP000 - CNCAS C0NTA8ES - UN7AL/UNTNSempresa de seguros privados e de capitalizao e entidade aberta de previdncia complementar;d) que se dedique compra e venda, ao loteamento, incorporao ou construo de imveis;e) que tenha scio de nacionalidade estrangeira, residente no exterior;f) constituda sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade da admi-nistrao pblica, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;g) que seja lial, sucursal, agncia ou representao, no pas, de pessoa jurdica com sede no exterior;h) cujotitularouscioparticipecommaisde10%(dezporcento)do capital de outra empresa, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite estabelecido para a empresa de pequeno porte;i) de cujo capital participe, como scio, outra pessoa jurdica;j) que realize operaes relativas a: locao ou administrao de imveis; armazenamento e depsito de produtos de terceiros; propaganda e publi-cidade,excludososveculosdecomunicao;factoring;prestaode servio de vigilncia, limpeza, conservao e locao de mo de obra;k) quepresteserviosprossionaisdecorretor,representantecomercial, despachante,ator,empresrio,diretorouprodutordeespetculos, cantor,msico,danarino,mdico,dentista,enfermeiro,veterinrio, engenheiro,arquiteto,fsico,qumico,economista,contador,auditor, consultor, estatstico, administrador, programador, analista de sistema, advogado,psiclogo,professor,jornalista,publicitrio,sicultor,ou assemelhados, e de qualquer outra prosso cujo exerccio dependa de habilitao prossional legalmente exigida;l) que participe do capital de outra pessoa jurdica, ressalvados os investi-mentos provenientes de incentivos scais efetuados antes da vigncia da Lei n. 7.256, de 1984, quando se tratar de ME, ou antes da vigncia da Lei n. 9.317, de 1996, quando se tratar de EPP;m) que tenha dbito inscrito em Dvida Ativa da Unio ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cuja exigibilidade no esteja suspensa;n) cujotitularouscioqueparticipedeseucapitalcommaisde10% (dezporcento),estejainscritoemDvidaAtivadaUniooudo InstitutoNacionaldoSeguroSocial(INSS),cujaexigibilidadeno esteja suspensa;o) quesejaresultantedecisoououtraqualquerformadedesmembra-mento da pessoa jurdica, salvo em relao aos eventos ocorridos antes da vigncia da Lei n. 9.317, de 1996;AULA 5 - C0NTA8L0A0E FSCAL E TP8UTAPAUN7AL/UNTNS - CNCAS C0NTA8ES - 4 PEP000155p) cujotitularousciocomparticipaoemseucapitalsuperiora10% (dezporcento)adquirabensourealizegastosemvalorincompatvel com os rendimentos por ele declarados;q) queexeraaatividadedeindustrializao,porcontaprpriaoupor encomenda, de bebidas, cigarros e demais produtos, classicados nos Captulos22e24daTabeladeIncidnciadoIPI(TIPI),sujeito