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Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck CLIPPING – 30/06/2016 Acesse: www.cncafe.com.br Procafé: chuva e frio prejudicam lavouras de café Fundação Procafé 30/06/2016 Por J.B. Matiello, J.E. Paiva, S.R. Almeida, Rodrigo N. Paiva, Iran B. Ferreira e Marcelo Jordão Filho, engenheiros agrônomos da Fundação Procafé Em final de maio e inicio de junho foram registradas chuvas anormais na principal região cafeeira de café arábica do país, no Sul de Minas e na Mogiana – SP. O exemplo da Estação em Varginha mostra chuvas totais de cerca de 90 mm, com precipitações distribuídas em 11 dias, quase seguidamente. A massa fria, que trouxe a chuva, provocou aumento na umidade e queda de temperatura, fatores que provocaram, em conjunto, efeitos prejudiciais às lavouras de café, aqui sendo destacadas as principais observações de campo realizadas. 1 – Aceleração na maturação dos frutos Os quais passaram, mais rapidamente, de maduros para secos, reduzindo a possibilidade de preparo de cafés CD. Ao nosso ver, esse fenômeno foi provocado pelo ataque de fungos saprófitas na casca, facilitado pela umidade. Ocorre que, neste ano, já havia, antes da chuva, aparecido uma anormalidade, de causa provável fisiológica, onde a casca dos frutos mostrava muitas manchas marrons, que formavam inúmeras lesões, as quais podem ter agravado o ataque dos fungos saprófitas, causadores de morte e apodrecimento de tecidos e, em consequência, aumentando a produção de etileno na casca. 2 – Fermentação em frutos Com a umidade constante, os frutos, ao passarem de maduros a passa/secos, foram mais atacados por fungos causadores de fermentações indesejáveis, como Penicillium, Fusarium e Aspergillus, que levam à depreciação da bebida. Este aspecto foi mais grave em regiões mais problemática para qualidade, como as de menor altitude na região. 3 – Queda maior de frutos ao chão Provocada pela umidade das chuvas e associação com os ventos. Os frutos, úmidos e no estágio de secos, ficam mais pesados e seu pedúnculo mais fraco, caindo caem em maior quantidade. Esse efeito foi maior em variedades de maturação precoce, como o Mundo Novo. 4 – Ativação dos frutos verdes A retomada da umidade no solo, depois de cerca de 40 dias sem chuva, parece ter ativado o crescimento dos frutos verdes, observando-se, no geral, que boa parte cresceu mais, engrossando a sua casca. Por outro lado, alguns que se encontravam com lesões e, especialmente, pela produção de etileno nos frutos próximos, secos, houve uma aceleração da sua maturação. Isso e, mais, um ataque de Colletotrichum oportunista, especialmente, em frutos já lesionados, por outras doenças ou pragas (Cochonilhas e ácaros) provocaram a

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CLIPPING – 30/06/2016

Acesse: www.cncafe.com.br Procafé: chuva e frio prejudicam lavouras de café Fundação Procafé 30/06/2016 Por J.B. Matiello, J.E. Paiva, S.R. Almeida, Rodrigo N. Paiva, Iran B. Ferreira e Marcelo Jordão Filho, engenheiros agrônomos da Fundação Procafé

Em final de maio e inicio de junho foram registradas chuvas anormais na principal região cafeeira de café arábica do país, no Sul de Minas e na Mogiana – SP. O exemplo da Estação em Varginha mostra

chuvas totais de cerca de 90 mm, com precipitações distribuídas em 11 dias, quase seguidamente. A massa fria, que trouxe a chuva, provocou aumento na umidade e queda de temperatura, fatores que provocaram, em conjunto, efeitos prejudiciais às lavouras de café, aqui sendo destacadas as principais observações de campo realizadas. 1 – Aceleração na maturação dos frutos Os quais passaram, mais rapidamente, de maduros para secos, reduzindo a possibilidade de preparo de cafés CD. Ao nosso ver, esse fenômeno foi provocado pelo ataque de fungos saprófitas na casca, facilitado pela umidade. Ocorre que, neste ano, já havia, antes da chuva, aparecido uma anormalidade, de causa provável fisiológica, onde a casca dos frutos mostrava muitas manchas marrons, que formavam inúmeras lesões, as quais podem ter agravado o ataque dos fungos saprófitas, causadores de morte e apodrecimento de tecidos e, em consequência, aumentando a produção de etileno na casca. 2 – Fermentação em frutos Com a umidade constante, os frutos, ao passarem de maduros a passa/secos, foram mais atacados por fungos causadores de fermentações indesejáveis, como Penicillium, Fusarium e Aspergillus, que levam à depreciação da bebida. Este aspecto foi mais grave em regiões mais problemática para qualidade, como as de menor altitude na região. 3 – Queda maior de frutos ao chão Provocada pela umidade das chuvas e associação com os ventos. Os frutos, úmidos e no estágio de secos, ficam mais pesados e seu pedúnculo mais fraco, caindo caem em maior quantidade. Esse efeito foi maior em variedades de maturação precoce, como o Mundo Novo. 4 – Ativação dos frutos verdes A retomada da umidade no solo, depois de cerca de 40 dias sem chuva, parece ter ativado o crescimento dos frutos verdes, observando-se, no geral, que boa parte cresceu mais, engrossando a sua casca. Por outro lado, alguns que se encontravam com lesões e, especialmente, pela produção de etileno nos frutos próximos, secos, houve uma aceleração da sua maturação. Isso e, mais, um ataque de Colletotrichum oportunista, especialmente, em frutos já lesionados, por outras doenças ou pragas (Cochonilhas e ácaros) provocaram a

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passagem de uma parte deles de verde a secos. 5 – Antecipação do ataque de Phoma e bacteriose Com a umidade e queda da temperatura houve favorecimento à antecipação do ataque dessas doenças, com efeito sobre a folhagem, a ramagem ponteira e algumas gemas florais iniciais. 6 – Queda severa de folhas A queda de folhas, mesmo em lavouras com boas condições vegetativas, como aquelas podadas no sistema safra zero, foi provocada pelo choque hídrico, pela morte de fungos epífitas sobre a folhagem/ramagem e pelo ataque de doenças. 7 – Emissão de ramificações secundárias em ramos produtivos Por efeito do frio intenso, alguns ramos tiveram as últimas folhas (novinhas) queimadas ou com crescimento paralisado, levando à quebra da dominância apical, com isso surgindo ramificação secundárias abundantes, em muitas lavouras, com transformação de gemas florais em vegetativas. 8 – Florações pequenas extemporâneas Depois do stress hídrico que vinha acontecendo, especialmente regiões mais quentes e em ponteiros das plantas, houve uma pequena abertura de floração, ainda fora de época. Analisados os problemas constatados, em conjunto, os quais ocorreram em maior ou menor grau dependendo das condições das lavouras, pode-se observar que as perdas qualitativas, no tipo, aspecto e bebida do café desta safra, ficam bem evidentes. As perdas quantitativas ainda deverão ser melhor avaliadas, pois dependem do prosseguimento da colheita, da eficiência no recolhimento do café de varrição e, no que se refere à próxima safra, vai depender do nível de enfolhamento remanescente, de forma critica, lá na frente, no período de pré-florada.

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OIC: exportação mundial de café cai 6,8% em maio Agência Estado 30/06/2016 Tomas Okuda

A exportação mundial de café apresentou queda de 6,8% em maio, em comparação com o mesmo mês de 2015. Foram embarcadas 9,316 milhões de sacas de 60 kg em comparação com 9,992 milhões de

sacas em maio de 2015. A informação foi divulgada hoje pela Organização Internacional do Café (OIC). Do total embarcado em maio, 5,951 milhões de sacas foram de café arábica (menos 5,1% ante 2015, ou 6,269 milhões de sacas). A exportação de robusta no mês passado foi de 3,365 milhões de sacas (queda de 9,6%), pois em maio de 2015 foram embarcadas 3,724 milhões de sacas. A exportação mundial nos oito primeiros meses do ano agrícola 2015/16 (outubro de 2015 a maio de 2016) registrou aumento de 1,6% em comparação com o mesmo período anterior, de 74,717 milhões para 75,948 milhões de sacas. CEPEA: colheita do café arábica avança, mas liquidez é baixa Cepea/Esalq USP 30/06/2016

A colheita de café arábica segue firme, favorecida pelo clima, mas a liquidez segue lenta no Brasil. Grande parte dos produtores está se preparando e reservando os grãos para o cumprimento de contratos com entregas já programadas. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 498,35/saca de 60 kg nessa quarta-feira,

29, alta de 1,82% em relação à quarta anterior. Para o robusta, o clima seco no Espírito Santo, além de ter reduzido a produção, facilitou o andamento da colheita, que já se aproxima dos 90%, segundo colaboradores do Cepea. A qualidade da atual temporada 2016/17, porém, foi bastante prejudicada, com alguns agentes renegociando contratos e aceitando até mesmo receber cafés de qualidade inferior. Em Rondônia, a qualidade do grão colhido também é baixa. Entre 22 e 29 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo subiu 0,96%, a R$ 397,58/saca de 60 kg nessa quarta. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)

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Saca de café conilon pode chegar a R$ 400, avalia consultor Canal Rural 30/06/2016 Larissa Pansani A colheita da safra de café conilon já está finalizada e começaram a ser contabilizados os prejuízos causados pela estiagem no Espírito Santo e na Bahia. Durante entrevista para a segunda edição do Mercado & Companhia desta terça, dia 28, o diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, disse que o preço pago hoje pela saca de robusta, que está em torno de R$ 395, patamar historicamente alto para o produto, pode romper os R$ 400 devido à pouca oferta. Bonfá afirmou ainda que a frequência das chuvas nas regiões produtoras de conilon está tão preocupante, que as floradas da próxima safra já foram afetadas. Na opinião do analista, se não chover no segundo semestre, toda a safra pode ficar comprometida. Arábica — Para o café arábica, a situação não é tão alarmante, mas a perda de qualidade pode interferir na entrega dos contratos negociados no mercado futuro. Ele aconselha ao cafeicultor vender o produto disponível no mercado físico, ou então fechar o contrato com a certeza de que pode honrar o combinado. Acordo permite exportação de café e carne aos EUA com menos burocracia Valor Econômico 30/06/2016 Juliano Basile O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Daniel Godinho, especificou os produtos que exigiam certificação sanitária e fitossanitária para serem comercializados com os Estados Unidos e que perderam essa exigência a partir de acordo firmado nessa quarta-feira entre autoridades dos dois países. São eles o café, a carne bovina, o trigo em grãos e preparações alimentícias. Com o acordo, esses produtos poderão ser exportados para os Estados Unidos com mais facilidade e menos procedimentos burocráticos. Godinho esteve reunido nessa quarta-feira com autoridades do Departamento de Comércio dos Estados Unidos para discutir medidas de facilitação comercial. Após o encontro, Godinho voltou a falar sobre câmbio e disse que a queda do dólar em relação ao real não afeta os planos dos exportadores brasileiros. “Nenhum analista e nem nós no governo esperávamos que o dólar regresse para patamares inferiores aos de 2014”, disse. “Mas eu não ouvi reclamações de exportadores sobre esse nível de câmbio”, completou.