caderno de processo civil

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Caderno de Processo Civil - Mackenzie - 7º Semestre - Execução e Cumprimento de Sentença.

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Cumprimento de sentena

1. Ttulos executivos judiciais2. Execuo provisria - execuo definitiva3. ProcedimentoIncio --> Trnsito em julgado / Intimao do devedorInrcia do credorPagamento parcial| ---------------| --------------| -----------------|------------------|-------------------------|

incio. Penhora. Impugnao Atos. Satisfao Extino De bens Expropriatorios. Do crdito (Adjudicao/ alienao)

Liquidao de sentena: fase no ocasional, no necessria, que precede a execuo de sentena.

Incio do cumprimento de sentena:No h consenso na doutrina sobre o consenso do cumprimento de sentena - h quem diga que se inicia no trnsito em julgado e h quem diga que se inicia com a intimao do devedor.

Se, a partir do incio do cumprimento da sentena, houver aquiescncia do devedor em cumprir a obrigao, ocorre a extino.Normalmente, o que ocorre que o devedor no satisfaz a obrigao.Logo, h penhora de bens do devedor, pelo valor da obrigao + 10%. Esses 10% so astreintes ou multa moratria ( no h consenso doutrinrio sobre a natureza destes 10%).Uma vez realizada a penhora de bens, o devedor pode se defender por intermdio de impugnao. As matrias de impugnao saao limitadas.Se a impugnao for acolhida, o processo extinto.Se a impugnao for rejeitada ( via deciso interlocutria), segue-se com a fase de cumprimento.Os atos expropritorios - adjudicao de bens ( o bem penhorado entregue em espcie ao credor. Se for de valor maior do que o da dvida, o credor devolve em dinheiro. Se for de valor menor, se faz nova penhora) ou alienao dos bens do devedor ( se o credor no quiser ficar com a casa penhorada, vende-se o bem para entregar o dinheiro ao credor. A alienao pode se dar por iniciativa particular - corretor de imveis- ou por iniciativa pblica - hasta pblica -.)A fase seguinte a da satisfao do credor, que pode ocorrer mediante a lavratura de carta de adjudicao ou de mandado de busca e apreenso, se houve adjudicao, ou mediante pagamento do credor, se houve alienao.Neste momento, pode ocorrer um incidente: concurso de credores. Em que medida pode ocorrer este incidente? Quando houver vrias execues contra o mesmo devedor ou quando h penhora do mesmo bem. Nada impede que o mesmo bem seja penhorado em vrios processos de execuo.Se h vrias penhoras sobre um mesmo bem, o pagamento feito via concursal ( concurso de credores).Uma vez satisfeito o crdito, h extino do processo.

O cumprimento de sentena tem por base um ttulo executivo judicial -> art. 475, N, CPC

So ttulos executivos:Inciso I: Sentena condenatoria em processo civilA maioria dos cumprimentos de sentena se faz sobre o ttulo executivo: sentena condenatoria proveniente de um processo de conhecimento. ( inciso I, art. 475, N, CPC).A redao do inciso I equivocada, pois a sentena que reconhece tais obrigaes pode ser meramente declaratoria, no necessita ser obrigatoriamente condenatoria.O cumprimento de sentena se faz, tambm, sobre sentena declaratoria.

Inciso II: sentena condenatoria transitada em julgado no processo criminal.Na medida em que o juiz reconhece um delito de ordem material ou formal, implicitamente reconhece a existncia de um ilcito civil.Todo ilcito penal tambm um ilcito civil. Exemplo: condenao por roubo ilcito civil, visto que houve desfalque patrimonial.A sentena que o juiz criminal proferiu um ttulo executivo judicial. Entretanto, a sentena proveniente do juiz penal somente imps pena, visto que ele no tem jurisdio para colocar a reparao dos danos. Fica para esfera civil permitir que a vtima do crime busque a reparao do dano causado, em cima do condenado.O juiz criminal no pode fixar o valor de indenizao, logo h necessariamente uma liquidao de sentena, para apurar o valor da condenao. necessrio intimar o ru sobre o incio da liquidao de sentena.

Inciso III: sentena homologatorias de transaoAs partes transacionam sobre o objeto em litgio. Quando h transao, o juiz profere sentena de extino com resoluo do mrito, fundamenta no inciso III, art.269.Esta sentena homologatoria ttulo executivo. ttulo judicial o acordo homologatorio de transao ainda que incida sobre matria no posta em juzo.Exemplo: processo entre X e Y, por conta da dvida Z. H, tambm entre X e Y, mais duas dvidas: A e B. Nada impede que na transao sobre a dvida Z, X e Y resolvam a questo das dvidas A e B, estabelecendo o valor do pagamento das dividas. Logo, possvel executar as dvidas A e B, ainda que estejam fora dos limites da lide original ( dvida Z).

Inciso IV: setena arbitral.Critica: Equipara-se uma deciso no proferida pelo poder judicirio com as decises proferidas pelo poder judicirio.Em termos de defesa do ru, o cumprimento de sentena arbitral mais gravoso do que em uma sentena judicial. Isto porque o ru no teve oportunidade de impugnao, retirando sua amplitude de defesa.

Inciso V: acordo extrajudicial homologado judicialmenteProcedimento judicial especfico para homologao de acordo: as partes formalizam acordo extrajudicialmente , em conjunto, pedem para o juiz homologar o acordo. O juiz observa se no h quaisquer nulidades e o homologa. Est sentena homologatoria de acordo = sentena do 293 (??)

Inciso VI: sentena estrangeira, desde que homologada pelo STJA competncia do STJ para homologar sentena estrangeira.

Inciso VII: formal e certido de partilha.No processo de inventrio, se procede partilha de bens,que documentada no formal de partilha. O formal de partilha ttulo executivo contra, exclusivamente, as pessoas ali mencionadas (herdeiros).

A lei permite duas espcies de execuo/ cumprimento de sentena:

Execuo provisriaExecuo definitivaQuando possvel a execuo definitiva?Quando ocorreu o trnsito em julgado da sentena condenatoria.

Quando ocorre a execuo provisria?Quando estiverem esgotados os recursos com efeito suspensivo. Exemplo: apelao sobre sentena que confirmou antecipao de tutela. Neste caso, a apelao s no efeito devolutivo. Neste caso, pode-se inaugurar a execuo provisria.A execuo provisria ocorre quando h entraves no percurso processual. Exemplo de entraves: execuo provisria ocorre por conta e risco do credor, ou seja, se eventualmente houver prejuzo para o devedor, neste mesmo processo se liquidara o prejuzo e o devedor se torna credor, cobrando do outrora credor o prejuzo sofrido. Os atos expropritorios somente ocorrem mediante cauo, os que geralmente faz com que a execuo provisria no passe da impugnao.Art.475, O, + 475, I, pp.1, CPC

A competncia para o cumprimento de sentena: 475, P, CPC.A sentena proferida no processo civil executada perante o mesmo juzo que a proferiu. O juzo que a proferiu prevento.Nos demais casos, a competncia proferida pelas regras de competncia ( competncia material e territorial). Competncia relativa -> territorial. Competncia absoluta -> material e pessoa.

Alterao de competncia por iniciativa e opo do credor: pode acontecer que o credor queira o cumprimento de setena no local dos bens do devedor ou do domiclio do ru.Regra: lugar do juiz que proferiu a sentenaExceo: se o credor quiser, pode que a execuo prossiga onde esto os bens do devedor ou no domiclio do ru, para facilitar a execuo.O credor deve requerer a alterao de competncia perante o juzo da execuo.

Quando tem incio o cumprimento da sentena?Art. 475, J tem redao lacunosa, logo no est claro o momento do incio.Toda vez que se fixa um prazo na lei, deve-se determinar o termo a quo. A lei no definiu o prazo a quo.A lei no disse a partir de quando flui o prazo. Logo, h duas interpretaes:- o prazo de 15 dias conta a partir do trnsito em julgado da deciso condenatoria ( o devedor deve se virar para pagar o credor, ele que faa os clculos de quanto lhe devido, etc. No efetuado o pagamento, inicia-se o cumprimento de sentena.- o prazo de 15 dias conta a partir do requerimento, pelo credor, da intimao do devedor para pagar o valor.

Se o credor ficar inerte por 6 meses e no pedir o cumprimento de sentena, o processo arquivado.

Se o devedor admite que deve valor diferente do que est sendo cobrado,deve proceder ao pagamento parcial da dvida (sobre o valor que acha que deve),sob pena de no poder alegar excesso de execuo.O redor j pode levantar este valor depositado, pois o valor incontroverso. A execuo prosseguir sobre o valor que est em discusso.Caso a impugnao seja rejeitada, a multa de 10% incidir sobre o restante da dvida! e no sobre o valor que j foi pago.

Aula 2

Cumprimento de Sentena

- penhora de bens- impugnao - art.475- L- meios expropritorios- pagamento ao credor

|----incio----penhora-----impugnao sem efeito suspensivo----- expropriao de bens(venda por iniciativa/ hasta pblica)----- pagamento ao credor (simples/ concursal)----- extino do processo-----|

Aula passada:Inrcia do credor -> se no movimento o cumprimento de sentena no prazo de 6 meses, arquivam-se os autos e a extino ocorrer com a prescrio da obrigao.

Pagamento parcial -> se o credor entender que h excesso na execuo, deve pagar parcialmente e discutir o resto da dvida. Se no fizer isso, incidira multa sobre o valor integral.

Aula de hoje:Iniciou-se o cumprimento de sentena, ou com o trnsito em julgado ou com o requerimento do credor -> h divergncia sobre o incio.Admitindo -se que o credor no se manifestou no prazo de 15 do incio do cumprimento de sentena, o ato seguinte a penhora de bens.

Penhora um ato processual complexo, pois se aperfeioa quando todas as fases estiverem cumpridas.A penhora de bens ato de apreenso judicial, isto , h vinculao de determinado bem a determinado processo.A apreenso judicial envolve, necessariamente, um depsito do bem apreendido. Somente haver penhora de houver efetiva nomeao de um depositrio para o bem. O depositrio quem se obriga a conservar o bem, vinculado ao processo.O depositrio pode ser : credor, devedor, terceiro.A penhora envolve a avaliao do bem penhorado, ou seja, se o bem est ajustado economicamente ao valor do processo. possivel reforar, reduzir ou manter a penhora.O devedor deve ser intimado de que sobre o bem pende determinada constrio judicial. A penhora somente existir se todos os atos esto reunidos em um termo de penhora ou reunidos num auto de penhora.A penhora necessariamente ser documentada.

faculdade do credor indicar bens passveis de penhora.

Decorrendo o prazo para o devedor fazer o pagamento da obrigao, no o fazendo, neste momento o juiz determinar a lavratura de um termo de penhora. J existe bem indicado penhora, na inicial, pelo credor. Logo, o prprio cartrio lavra o termo de penhora, declarando que o bem est sujeito apreenso judicial. Neste termo, se indica quem o depositrio do bem; ademais, j tem uma avaliao estimativa do valor do bem. O devedor intimado deste termo. A intimao se faz na pessoa do advogado do devedor, que j deve estar constitudo nos autos.Se o advogado renunciou antes da concretizao da penhora, a intimao ser feita pessoalmente ao devedor. Esta intimao na pessoa do executado no necessariamente ser por oficial de justia, podendo ser feita via correios.Se o credor no indicou bem nenhum a ser penhorado, o oficial de justia, portando um mandado de penhora e avaliao, far uma penhora livre sobre os bens que encontrar.Lavrara um auto de penhora, contendo: quem o depositrio, qual o bem e a avaliao. Devolve o mandado cumprido para o cartrio e o cartrio intimara o devedor.

Sistema BACEN JUD: pedido do credor para que a penhora se faa sobre os ativos fincaneiros do devedor. Bloqueiam-se os ativos financeiros, transferindo-os para uma conta judicial. O juiz declarara os ativos penhorados, determinando a intimao do devedor acerca da penhora do valor.O sistema BACEN JUD um caminho para a penhora de valores.

Sistema RENAJUD, ARISP, BACEN JUD -> modos que permitem a concretizao da penhora.

Uma vez penhorado o bem e intimado o devedor da penhora, ele tem 15 dias para apresentar a sua impugnao ao cumprimento de sentena.A impugnao depende , necessariamente, da penhora.Pp.1,475-J: prazo de 15 dias da impugnao.

A lei que reformou o processo de execuo, permitiu que o devedor oferecesse, no processo de execuo, embargos ao devedor - do qual a impugnao um sucedneo- fossem ofertados mesmo sem penhora. Dai surgiu interpretao ( mas para o prof est errado) que a impugnao pode ser ofertada mesmo antes da penhora. O raciocnio desta tese que o 475-r diz que aplica-se subsidiariamente a lei 11.782(lei que reformou o processo de execuo) ao processo de execuo.Para o professor, no h isso. A impugnao sempre depender de penhora, que uma condio de procedibilidade.

A impugnao forma de defesa restrita. Os embargos de devedor so uma ao desconstitutiva. a impugnao tem carter de defesa, apenas. defesa restrita pois s pode versar sobre as matrias do 475-L. Se ela no versar sobre uma destas matrias, pode ser rejeitada liminarmente. A matria que se pode arguir:- falha na citao no processo de conhecimento.- inexigibilidade do ttulo ( atrelada ideia da ausncia do trnsito em julgado ou da impossibilidade da execuo provisria, devido existncia de recurso, ainda que s no efeito devolutivo). Eventualmente, pode ocorrer nas obrigaes alternativas.- penhora incorreta ou avaliao errnea. A penhora incorreta aquela que no obedece as formalidades. Pode ser uma penhora excessiva, por exemplo. A avaliao errnea, por exemplo, incide sobre bem Impenhoravel.- ilegitimidade das partes. Supe-se que todo o processo de conhecimento foi anulado, pois se as partes so ilegtimas..... Outro exemplo que o fiador foi chamado antes do afianado para responder pela execuo.- excesso de execuo: pretender o que no devido ou quanto no devido. Para alegar excesso de execuo, deve-se especificar o que excessivo e deve-se pagar aquilo que incontroverso.

A impugnao, em regra, no tem efeito suspensivo -> 475, MEntretanto, poder ter efeito suspensivo, quando:- o juiz entender que os fundamentos da impugnao so relevantes e o procedimento possa acarretar manifesto prejuzo ao devedor.

Quando no tiver efeito suspensivo, a impugnao vai ser objeto de discusso em autos suplementares, at ser objeto de deciso. Como ela no tem efeito suspensivo, no travara os demais atos do cumprimento de sentena. Logo, se materializar em autos diferentes dos autos originais.Quando tiver efeito suspensivo, os demais atos do cumprimento de sentena, no podero ocorrer. Logo, ser processada nos autos principais.

Da impugnao, o credor se manifestar ( para observar o contraditrio). Pode haver necessidade de produo de prova ( percia).

A deciso sobre a impugnao pode ser:- interlocutria, ser interlocutria quando rejeitar impugnao.- se o juiz acolhe a impugnao, por exemplo, reconhecendo a ilegitimidade de parte, estar proferindo sentena. Em alguns casos de acolhimento de impugnao, importar uma sentena. Exemplo: se um juiz reconhecer a nulidade de citao, ser uma deciso interlocutria, pois o juiz no colocar fim ao processo.Exemplo: se o juiz acolhe o excesso de execuo, haver extino do processo, isto porque condio do excesso de execuo haver tido um depsito parcial do valor

Se o juiz rejeitar a impugnao, levanta-se o valor.Se esto penhorados bens, a expropriao ocorre sob a forma de adjudicao .

Hasta pblica - licitao feita no mbito do judicirio.

Adjudicao- se o credor quiser a adjudicao, basta expedir uma carta de adjudicao.Se o credor no quiser, vende-se o bem faz-se o pagamento, que pode ser simples ou concursal.Ser concursal se houver credors com garantia real sobre o bem.-

Aula 3

PROVA -

Processo de execuo

Teoria geral do processo de execuo

Processo de execuo -> uma relao jurdica prpria - no uma fase processual - com a finalidade de satisfao de determinada obrigao.

Natureza jurdica -> ao. um processo que se forma a partir do momento em que o credor , em razo de inadimplemento, busca o Estado para que promova a execuo do devedor. um processo de carter satisfativo. No se busca criar uma norma jurdica, j h uma norma jurdica pr constituda e foi Inadimplida. O estado intervm no processo de execuo substituindo a vontade do devedor. O estado utiliza mecanismos que levam ao adimplemento da obrigao.

No se busca, no judicirio, a criao de norma especfica ao caso concreto, visto que est norma j existe e foi descumprida.

Princpios da Execuo:Tais princpios tambm se aplicam ao cumprimento de sentena.

1. PRINCPIO REALA Execuo sempre real. Toda execuo tem carter real, somente atingindo os bens do devedor, e nunca a sua pessoa.Exceo : prestao alimentcia. Est modalidade executiva pode atingir a pessoa do executado por intermdio da priso civil . Entretanto, a priso civil cabvel uma nica vez e somente em relao dvida alimentar propriamente dita.

2. PRINCPIO DA SUFICINCIAA execuo se faz sobre bens suficientes para adimplemento da obrigao. A penhora (constrio de bens) no pode ser excessiva, sob pena de reduo. A constrio ocorre sobre bens presentes e futuros do devedor.

3. PRINCPIO DA UTILIDADEno se procede ( fica suspensa) a execuo se os bens do devedor no forem suficientes at para o pagamento das despesas do processo.Nesta situao, como ocorre? A execuo se processa de outra forma -> execuo contra devedor insolvente.

4. PRINCPIO DA MENOR GRAVOSIDADEQuando por mais de um meio se puder obter a satisfao da obrigao, deve o juiz da execuo procurar o menos gravoso para o executado.

5. PRIMCIPIO DA ESPECIFICIDADESe a obrigao de fazer, deve-se buscar a obteno da obrigao que foi Inadimplida.cada modalidade de obrigao tem uma execuo prpria.

6. PRINCPIO DAtoda execuo ocorre por conta do executado. Todas as despesas da execuo so imputadas ao executado. Mas o autor adianta as custas iniciais e , enventualmente, outras custas. Entretanto, depois o executado assume este nus.

7. PRINCPIO DA DIGNIDADE HUMANAA execuo deve respeitar a dignidade humana, na medida em que prev hipteses de Impenhorabilidade -> rol taxativo estabelecido na lei. O motivo disto para proporcionar ao ser humano o mnimo necessrio sua existncia.

8. PRINCPIO DA DISPONIBILIDADEPode o credor desistir no todo ou em parte da execuo, sem a anuncia do devedor. Pode renunciar ao crdito, renunciar ao processo de execuo, etc.

9. PRINCPIO DA OFICIALIDADEA execuo somente pode ser promovida pelo Estado. Mesmo a sentena arbitral, s exeqvel pelo judicirio

Ttulos executivos extrajudiciaisSomente sobre ttulos executivos extrajudiciais se funda o processo de execuo.So normas jurdicas pr estabelecidas.Rol de ttulos executivos extrajudiciais -> art. 585, CPC -> rol exemplificativo.

Art, 585, CPC

Inciso I:Ttulos cambiarios -> so naturalmente passveis de execuo. Todo ttulo cambiarios goza da possibilidade de se buscar a satisfao do ttulo dele contido independente da fase cognitiva do judicirio. inerente cartularidade dos ttulos cambiarios.

Demais incisos :Atos jurdicos diversos que proporcionam a execuo sem fase cognitiva prvia,

Inciso I

-> letra de cmbio: sacador, sacado e beneficirio. Existe relao jurdica entre estas figuras, que motiva est operao. O sacador credor do sacado e devedor do beneficirio. Ao invs de fazer o pagamento diretamente ao beneficirio, ele aproveita que o sacado que lhe deve e pede que o sacado pague ao beneficirio, em seu lugar.Na LC, o exequente o beneficirio. O executado o sacado ( quando o sacado acetou o ttulo, ele aceitou pagar a obrigao).Se o sacado s aceitou a ordem de pagamento, pois havia um avalista, quem ser o executado ser o sacado e o avalista. O exequente ser o beneficirio.Se o ttulo foi passvel de trs transferncias, por endosso. O exequente o ultimo que endossou e o executado s o sacado o seu avalista. Isto porque a responsabilidade regressiva depende do protesto necessrio. Logo, para que os demais endossantes no sero responsabilizados, necessrio protesto.

-> Nota promissria:Emitente -> devedor.Beneficirio-> credor

Se o emitente tem avalista, os executados sero o emitente e o avalista.

-> Cheque ordem de pagamento. Com o emitente ( devedor) e o beneficirioCom endosso e aval,Endosso -> para que os endossantes anteriores tenham responsabilidade, precisa do endosso.Aval -> vai se responsabilizar pelo pagamento.

-> Duplicata ttulo representativo feita numa venda e compra feita a prazo.Sacador -> credor.Sacado -> devedor.Admite aval e endosso.

Art. 15, lei 5474 ( Lei das duplicatas).Requisito prprio para uma duplicata no aceita ser passvel de execuo:- comprovante de entrega de mercadoria ou prestao de servios- comprovante da efetiva prestao de servios

PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS

H vrios procedimentos executivos, em razo da modalidade da obrigao.

Procedimento para a execuo das obrigaes de dar coisa fungvel, infungvel, etc:Se no for possvel, convertido em execuo monetria.

Procedimento para execuo das obrigaes de fazer ou no fazer:Imposio de astreinte, para obrigar e constranger o devedor a fazer/ no fazer. No sendo possvel, converte-se em $

Procedimento para execuo de obrigao de pagar:Mais comum.

Procedimento para execuo contra devedor insolvente:Devedor que no tem patrimnio para pagar a obrigao. Este procedimento executivo semelhante falncia. So arrecadados os bens, h concurso universal de credores para repartir os bens -> h um quadro geral de credores semalhante ao da falncia.

Procedimento para execuo de obrigao alimentar:Para constranger o devedor a pagar, pode cair a execuo na sua pessoa.

Procedimento para execuo contra a fazenda pblica:Os bens do devedor so penhorados para satisfao da obrigao. Mas como bens pblicos so impenhoraveis, ou h expedio de precatrio ou RPV (requisio de pequeno valor).

H outras formas de execuo, mas esto fora do CPC.

Vamos examinar a modalidade executiva - execuo por quantia certo contra devedor

H a petio inicial. Logo, h a Citao do devedor para pagar ou ofertar bens penhora. Uma vez citado, pode oferecer embargos do devedor. Ainda que tenha oferecido embargos do devedor, esta ao no tem efeito suspensivo. Se no pagoul se faz a avaliao e penhora dos bens. Passa-se para atos expropritorios (arrematao ou adjudicao dos bens). Se faz o pagamento ao credor ( simples ou concursal). Extingue-se o processo de execuo.

Embargos do devedor no meio de defesa, mas sim uma ao desconstitutiva (quer desconstituir o processo de execuo ou ttulo executivo), conexa ao processo de execuo.H uma inicial, contestao, rplica, etc...

Aula 4

PRESSUPOSTOS E CONDIES DO PROCESSO DE EXECUO

Processo de execuo -> satisfao de ttulo executivo extrajudicial.

Condies e proessupostos do processo de execuo --> mesmas caractersticas do processo de conhecimento, resguardas as peculiaridades.

I. Condies da Ao:Devem Concorrer como condio da ao:1) Legitimidade de partes;2) Possibilidade Jurdica do Pedido;3) Interesse processual -> adequao e necessidade.

1) Legitimao --> em regra, legitimado aquele que consta no ttulo executivo como credor e como devedor. Exceo: ttulos cambiarios tem figuras diferenciadas, como endosso, aval --> avalista, favorecido do endosso! etc.2) possibilidade jurdica do ttulo executivo -> a existncia de ttulo executivo extrajudicial que esteja revestido de atributos. As vezes, formalmente h algo que se assemelhe a um ttulo executivo extrajudicial, mas aquele documento no tem os atributos necessrios para o processo de execuo. Quais so os atributos ? Liquidez, Certeza e Exigibilidade. I) Liquidez = constar do prprio ttulo executivo o quantum debater, ou seja, o ttulo deve conter, sem possibilidade de recursos externos, o quanto devido. O nico elemento que possvel de ser exterior ao ttulo para implementa-lo o acrscimo de juros e o acrscimo de correo monetria, visto que so clculos simples. Contrato de abertura de crdito em conta corrente depende, para que se saiba do valor da obrigao, de extratos e outros elementos exteriores ao ttulo, logo no pode fundamentar uma execuo.3) Interesse processual consiste em adequao e necessidade. A necessidade coicide com o inadimplemento da obrigao. A obrigao sujeita a condio no permite a execuo, por faltar necessidade. A adequao consiste na existncia de ttulo executivo que contenha o atributo da certeza, ou seja, que permita que se possa dele extrair o que devido. O prprio ttulo deve traduzir que tipo de obrigao aquela que se sujeitar a execuo. Exemplo: se o ttulo no descreve qual a natureza da obrigao assumida pela parte, se obrigao de fazer/dar/etc, se pode afirmar que falta certeza, maculando atributo necessrio ao ttulo executivo extrajudicial.Pode ser que o ttulo contenha obrigaes alternativas, isto no fere a certeza, desde que o ttulo defina quem escolhe qual obrigao dever ser adimplida. Tampouco fere a certeza do ttulo a existncia de obrigaes recprocas.

II. Pressuspostos processuaisOs mesmos pressupostos processuais do processo de conhecimento so exigveis no processo de execuo.-> Pressuspostos processuais subjetivos-> Pressupostos processuais objetivos extrnsecos e intrnsecos .

OBS:Partes e Terceiros no processo de execuo:Originariamente, esto legitimados para execuo (Arts. 566 e 568, CPC);- credor ( polo ativo)- quem credor? Quem assim est reconhecido no ttulo executivo.- devedor ('polo passivo) - quem devedor? Quem assim est reconhecido no ttulo executivo.Entretanto, h legitimidade para terceiros:--> legitimidade por derivao: quando a execuo ainda no foi proposta e o crdito/ dvida transmitiu-se para terceiros. Ocorre tanto no polo ativo quanto no passivo. Hipteses de derivao: art.567, CPC. A) Esplio/ Herdeiros/ Sucessores ( at a partilha, quem deriva o credor/ devedor o esplio. Aps a partilha, quem deriva so os herdeiros ou sucessores por testamento); B) Cesso civil ( instituto diferente do endosso); C) Subrogacao na qualidade de credor ( semelhana com a cesso civil. A hiptese mais comum de Subrogacao quando o terceiro que no devedor tem que responder com seus bens pela execuo. Exemplo: bens do scio respondendo pela dvida da Sociedade; neste caso, o scio se torna credor, por Subrogacao, da sociedade, de sorte que pode promover execuo em face da sociedade. D) Assuno de dvida; E) Fiador judicial no polo passivo ( se algum arrematar a prazo algum bem, durante a execuo, esta oferta fica condicionada a alguma garantia. Um exemplo de garantia a fiana judicial. Logo, se o arrematante no paga, a execuo prossegue em face do fiador judicial, que acaba assumindo a responsabilidade pelo valor da execuo; F) O responsvel tributrio de administrador,de scio, de quem adqiquiriu bem sujeito tributao, etc (art. 128, CTN)--> legitimidade por sucesso: j existe processo de execuo em andamento e, por algum evento, substitui-se ou o polo ativo ou o polo passivo da execuo. Hipteses de sucesso : A) Esplio/ Herdeiros/ Sucessores ( vide explicao acima); B) Cesso civil (vide explicao acima); C) Subrogacao na qualidade de credor ; D) Assuno de dvida; E) Fiana judicial; F) Responsvel tributrio.

Como regra, a responsabilidade patrimonial da execuo do devedor -> art. 591, CPC.A responsabilidade patrimonial no necessariamente atinge somente os bens do devedor, podendo atingir bens de terceiros.O terceiro que atingido pela execuo se torna um credor subrogado ( se torna um credor do executado). No um devedor! Tanto que sua forma de defesa embargosm de terceiro, e no embargos do devedor.

Inciso I: responde pelas dvidas da sociedade os bens dos scios, na medida da lei. Situaes: a) desconsiderao da personalidade jurdica; B) at o montante do capital subscrito; etc -> ver Arts. 50, 990, 991, p.nico, 999- VIII, 1023, 1039, 1045, 1052, 1091 e 1095

Inciso IV: bens do cnjuge, independentemente do regime de bens de casamento, nas hipteses legais. Vide Arts.1663, pp.1; 1667, 1644, 1666, 1668- III, 1659- IV.

Inciso V: fraude execuo.

Lousa - copiar

Explicao

Aula passada: faltou falar da fraude execuo (592, CPC)

Bens de terceiro respondem pela execuo. Estes terceiros no se tornam devedores, somente respondem por seus bens, por fora de disposio legal. Tanto assim que os terceiros se subrogam na qualidade de credor perante o devedor.Por isso , legitimidade passiva para a execuo diferente de ser devedor.

Fraude execuo:Fraude execuo diferente de fraude credores.

Fraude execuo :- alienao/ oneracao de bens quando sobre eles pender disputa fundada em direito real ou persecutria. Exemplo: a venda de um bem hipotecado pode ser alienado, mas a alienao se constitura em fraude execuo, sendo que o adquirente responder pelas dvidas.- alienao/ interao de bens quando ao tempo desta alienao/ oneracao corria contra o devedor demanda capaz de lev-lo insolvncia. Exemplo: em 2002, X moveu contra Y ao de indenizao no valor de 200.000,00 Y foi citado em 2003. Aps a citao, Y alienou um bem, mas o tereiro adquirente est de boa f. Esse imvel era o nico bem de valor que Y possua. Quando Y vendeu o imvel, ele no tinha sido condenado, somente tinha sido citado. Em 2014, inicia-se o cumprimento de sentena ( Y foi condenado). Y no paga e deve-se penhorar os bens do devedor. Em 2014, Y no tem mais bem, mas ele teve um bem suficiente para pagar a dvida at 2003. Por disposio do 593, CPC, a alienao do imvel considerada inexistente e ineficaz, pois ao tempo da alienao, corria contra Y uma ao capaz de reduzi-lo insolvncia. O imvel que j est adquirido por Z ( de boa f) vai responder pela dvida, sendo que o juiz, de forma incidental, vai declarar o negcio jurdico da alienao do imvel, mandando penhorar e avaliar o bem, para que o bem passe a responder pela execuo. Z vai perder seu bem, mas vai se subrogar na qualidade de credor de Y, sendo que neste mesmo processo pode buscar recuperar o seu bem.A fraude execuo tem extenso somente em relao alienao originria, ento, se o imvel comprado com Z j tiver sido vendido para W, a jurisprudncia entende que no da pra pegar o imvel de W.-->resultado: ineficcia do negcio, sendo que o bem alienado/onerado passa a responder pela dvida e o proprietrio do bem passa a se subrogar como credor.

Fraude contra credores:Trata-se de negcio simulado, havendo necessariamente m f no vendedor e no comprador.Passam-se os bens para terceiros com a finalidade de os bens no responderem por eventual dvida, que sequer vencida.Exemplo: se desfazer do patrimnio, para no pagar dvida que pode vir a surgir no futuro.A ao pauliana ( provar que houve simulao, que credor e devedor estavam aliciados) para anular o negcio jurdico.Para ingressar com a ao pauliana a dvida no precisa estar vencida.--> resultado: anulabilidade do negcio.

Smula 375, STJ : no smula vinculante, s Interpretariva. Para o professor, smula que contrria a lei."O reconhecimento de fraude execuo depende o registro da penhora do bem alienado ou demonstrao de ma f do comprador".Crticas Smula:No exemplo acima, se o bem foi alienado em 2003 ( quando devedor ainda estava sendo citado), quando sequer existia a execuo, como registrar a penhora? No da para fazer penhora sem execuo.A m f do comprador causa de anulao do negcio jurdico (hiptese de fraude contra credores), e no de ineficcia do negcio, como ocorre na fraude execuo. No importa a boa ou m f do comprador, mas o fato de que o devedor no reservou dinheiro suficiente para o pagamento da eventual dividia.A Smula mesclou ambos os institutos, confundido-os. H decises judiciais aplicando a smula e essas decises acabam tirando a fora do instituto da fraude execuo.A lei vai num sentido e a smula vai no sentido diametralmente oposto.

-------- aqui acaba a teoria geral do processo de execuo ----------------

Procedimentos executivos existentes:Existem vrios, mas s vamos estudar um:

- Execuo de quantia certa contra devedor solvente ( execuo de valor/ pecuniria).

obrigao que consiste em dvida/ pendncia patrimonial do devedor para o credor.

A execuo um processo, logo comea com uma petio inicial. Aps, h a citao ( integrar o ru na relao jurdica processual), sendo que o ru pode pagar a dvida em 3 dias ( se pagar, o processo extinto. Tem benefcios: pode abater metade dos honorrios advocaticios + parcelar a dvida em 6 vezes) ou no pagar. Se o ru no pagar, pode opor embargos do devedor ( defesa).Os embargos no tem como condio de procedibilidade a penhora,ou seja, pode embargar sem garantir o juzo. Os embargos, em regra, no tem efeito suspensivo, correndo paralelamente execuo.O ru inerte, haver penhora ( bens para garantir a execuo) e avaliao dos bens. Aps a penhora, h expropriao de bens ( tirar os bens do devedor, para entregar ao devedor - a entrega pode ser em espcie ( imvel adjudicado ao credor, por exemplo) ou a entrega pode ser mediante a entrega do $$$ ( o bem alienado, que pode ser alienado particularmente ou alienado por hasta pblica). Aps a arrematao do $$, paga-se o credor. O pagamento na modalidade simples ou concursal. A simples ocorre quando o bem s est penhorado nesta execuo. A concursal quando o bem est penhorado em mais de uma execuo ou quando h algum credor em situao privilegiada.Aps pagamento ao credor, extingue-se a execuo.

Inicial:

A inicial da execuo deve observar os requisitos do 282 e 283, 614 e 615, CPC.- endereamento correto ( competncia)- qualificao das partes- causa de pedir ( o prprio ttulo executivo).- pedido ( para citar o ru, para que proceda o pagamento da dvida em 3 dias, sob pena de penhora de bens).- valor da causa ( valor da obrigao na data da propositura da ao ). O credor deve atualizar a dvida e deve demonstrar a atualizao (planilha).- requerimento por provas ( se faz por mera formalidade, pois no se busca formar conhecimento do juiz, somente satisfazer direito pr constitudo)- documento obrigatrio que deve acompanhar a inicial --> ttulo executivo original. No serve cpia.OBS:Pode ser que a obrigao esteja subordinada a uma condio. Neste caso, deve o autor da inicial demonstrar que a condio se verificou.Se estiver subordinada a termo, no precisa fazer prova, pois o termo verificado quando h o vencimento da dvida.Se forem obrigaes recprocas, na inicial, o credor deve demonstrar que j cumpriu a sua parte.

Uma vez proposta a execuo, os efeitos so os mesmos da propositura do processo de conhecimento -> 219 + 617, CPC.- induz litispendencia;- constitui o devedor em mora;- torna a coisa litigiosa;- interrompe a prescrio.A prescrio considera-se interrompida na data da propositura da ao, desde que a citao ocorra em 30 dias subseqentes.

possvel ao credor obter certido da ao executiva, requerendo junto aos registros pblicos a averbao da distribuio da execuo nas matrculas dos imveis. Com isto, terceiros tomam conhecimento que a execuo existe. uma advertncia aos futuros compradores dos imveis.

Processo de Execuo

Citao

- Para pagamento em 3 dias- Por oficial de Justia ou Edital- Smula 196, STJ ( hora certa)- inadimplemento: penhora de bens indicado pelo credor/ penhora livre- Penhora sobre bens indicado pelo devedor (art. 601)- Mandado nico em 2 vias- Arresto de bens - conhecimento

Penhora- Individualizacao de bens a serem expropriados- Ordem: art.655- Imveis : registros- Termo nos autos- Bens impenhoraveis:Art. 649Lei 8.009/90Gravados ( salvo para pagar impostos)Recursos pblicos recebidos por instituio Privada para aplicao da sade ou assistncia social.Fundos partidriosPoupana at 40 salrios mnimosSubstituio: art.6562 penhoraFormas especficas de penhoraEstabelecimento empresarialRenda

Objeto da Citao na execuo--> somente para pagamento da dvida em 3 dias. O prprio mandado de citao j contm intimao para o devedor para que, querendo, apresente embargos do devedor, no prazo de 15 dias.Neste momento, em que se faz a citao, possvel, no curso de 15 dias, mesmo antes da penhora, que o devedor oferte sua defesaA citao em processo de execuo s se faz por oficial de justia ou edital. No existe outra forma de citao no processo de execuo, segundo o CPC. No admissvel citao por carta ou qualquer outro meio. Entretanto, o STJ editou a Smula 196, que, a pretexto, de regular outra coisa, acabou formalizNdo o entendimento de que possvel a citao por hora certa na execuo. A Smula quis garantir ao revel na execuo a possibilidade de ser atendido por curador especial, com a finalidade de promover os embargos do devedor. S que, voluntariamente ou no, a smula terminou por falar em citao por hora certa.Se ocorrer o inadimplemento da obrigao fixada no mandado de citao, sero penhorados os bens indicados pelo credor e onde o credor indicou os bens a penhora? Na inicial do processo de execuo.Ou a penhora se far livremente ( sobre os bens que o oficial de justia encontrar) ou se far pelos bens indicados pelo devedor, neste ultimo caso, o devedor intimado a indicar, especificamente, bens penhora. O devedor tem 5 dias para esclarecer quais bens vai indicar a penhora.Art. 601 estabelece penalidade: considera recalcitrante aquele que no indica bens, prtica de ato atentatrio dignidade da justia. S ocorre ato atentatrio se comprovado que o devedor se omitiu a indicar bens penhora. Se o devedor no possui patrimnio para suportar a dvida, no haver ato atentatrio dignidade da justia.

Se houver adimplemento da obrigao, qual sero as consequncias?Quando o juiz determina a citao do devedor, manda intima-lo para o prazo de 15 para ofertar embargos, alm de fixar o valor da verba honorria devida ao advogado do credor (10% sobre o valor da dvida).Se o devedor comparece e paga, h duplo benefcio ao devedor.1) reduo , pela metade, da verba honorria.2) parcelamento da dvida em at 6 meses, desde que d, de entrada, 30% do valor total.Estes benefcios no dependem da aquiescncia do credor, pois ato potestativo do devedor.

O inadimplemento gera penhora.O adimplemento gera desconto + facilidades.

O mandado de citao na execuo nico, mas expedido em duas vias. Antes, a oferta de embargo dependida da penhora de bens. Agora, no.O oficial de justia deve citar e, se for o caso, penhorar bens.Com a primeira via, o oficial cita o devedor, intimando-o do prazo de embargos (15 dias). Est primeira via juntada aos autos. A partir da juntada, conta-se o prazo de 15 dias, prazo preclusivo. Dentro deste prazo de 15 dias, os trs primeiros dias so para o pagamento da dvida.Aps o prazo de 3 dias a contar da efetivao da citao, o oficial retorna ao devedor, para constatar a realizao ou no do pagamento. Se o devedor demonstra que pagou, o oficial devolve a segunda via aos autos, extinguindo o processo. Se o devedor no pagou, o oficial j realiza a penhora e a avaliao.

Se a citao ocorrer por edital, haver instaurao de incidente processual. Isto porque quando o oficial foi procurar o ru para cita-lo, no encontrando-o pessoalmente.Se o oficial no encontrar o ru, mas encontrar bens pertencentes ao ru ( imvel, etc.), compete ao oficial de justia, independentemente de determinao judicial, promover o arresto dos bens que forem encontrados.O arresto medida de natureza cautelar incidental. No processo cautelar.O arresto determina que, provisoriamente, os bens encontrados se vinculam ao processo, de forma cautelar.Arrestados os bens do devedor, estes se vinculam satisfao da dvida. Nos dez dias posteriores lavratura do arresto ( que passvel de registro no DETRAN, no cartrio de imveis, etc.), o oficial de justia deve procurar o devedor em trs oportunidades diferentes. No encontrando-o, o oficial cita-o por edital. O edital tem prazo de 30 dias, findo o prazo, o devedor deve promover o pagamento da obrigao. Se ele pagar dentro de 30 dias, gozar dos dois benefcios. Se ele no pagar, o arresto se converte em penhora.O edital s se faz possvel quando existente prvio arresto de bens.

Portanto:Cita o ru para pagar em 3 dias, se no encontrar, penhora.Cita o ru para pagar em 3 dias, se no encontrar, mas encontrar bens dele, faz arresto nos bens.

Efeitos da citao na execuo:Art.219Torna prevento o juzoTorna litigiosa a coisaConstitui o devedor em moraInduz litispendenciaInterrompe a prescrio -a prescrio retroage data de propositura da ao, desde que a citao se tornou vivel nos 30 dias subseqentes propositura da ao. O autor deve ter entregue os meios prprios para a citao, para que o Judicirio consiga efetivar a citao. Se o judicirio no conseguiu efetivar a citao em 30 dias, por atraso, no culpa do autor.

A execuo tem que ser aparelhada com o ttulo original. Mas, com o processo digital, como faz?No h normas sobre isso.Mas pode ser examinada a via original em cartrio.

Feita a citao, passa-se penhora.A penhora ato complexo, de individualizao de bens a serem expropriados. ato complexo porque s se considera realizado se todas as fases nele contidas estiverem presentes:-! ato documental- Exige-se a individualizao dos bens a serem expropriedados- Depende de avaliao dos bens ( atribuir contedo econmico)- Nomeao de depositrio aos bens. O depositrio quem fica incumbida da guarda e conservao dos bens penhorados, para que no momento da expropriao estejam ntegros.- Intimao do devedor de que a constrio recaiu sobre um bem. A intimao feita, em geral, quando o oficial de justia retorna para verificar se o devedor pagou ou no. Se, por acaso, o devedor j tiver constitudo advogado para ofertar embargos do devedor, a intimao da penhora no precisa ser feita na penhora do devedor, podendo tambm ser feita na pessoa do advogado constitudo.

Se no houver tudo isso acima, no h penhora.

Art. 655:Ordem legal para a realizao da penhora.Prefere-se, para fins de penhora, Bens de maior liquidez, em detrimento dos bens de menor liquidez.No ordem absoluta, podendo ser frustrada a requerimento do credor ou quando se constatar que a execuo se proceder de forma menos onerosa para o devedor.

Art.649:O que no pode ser penhorado?Em geral, os bens so impenhoraveis para garantia da dignidade humana.- Bem de Famlia- recursos que o governo passa para ONGS- fundos partidrios- poupana at 40% salrios mnimos. Trata-se da reserva financeira, esteja ela onde estiver, sob a forma de conta corrente, na conta poupana, etc.- bens gravados co clusulas de Impenhorabilidade, inalienabilidade, etc.

A substituio de penhora sempre possvel, por dinheiro.A segunda penhora possvel quando:- anulou-se a primeira penhora ( penhora irregular, que incidiu sobre bem Impenhoravel, etc.)- quando o bem penhorado for de valor insuficiente para quitar a dvida

Formas especficas de penhora:- penhora de renda gerada por um bem ( exemplo: penhorar o aluguel de um imvel).- penhora de estabelecimento empresarial ( exemplo: penhorar renda gerada por estabelecimento empresarial).

Aula 7

Penhora:

- Individualizao de bens a serem expropriados- Suficincia- Ato complexo: apreenso , depsito, avaliao, intimao do devedor- Ordem: art.655- Formalidades adicionais- Impenhorabilidade: art. 649- Penhora no rosto dos autos:Aliena o crditoSubroga-seAguarda final do litgio- Subordinao da penhora: art. 655- 2 penhora

Atos expropritorios:- Adjudicao- alienao:Hasta pblica

- Adjudicao :- Credor, credor hipotecrio, credores concorrentes, cnjuges, descendentes ou ascendentes- pelo valor de avaliao- concurso- prazo- auto/ mandado de entrega

Explicao:

Penhora de bens = ato judicial por fora do qual os bens a serem expropriados so individualizados. A penhora a individualizao dos bens a serem expropriados. Uma vez ocorrida a penhora, o ato seguinte ser a expropriao.

Quais bens sero penhorados?Tantos bens quanto bastem para que seja suficientes, no sentido de pagamento do crdito ( princpio da suficincia -> somente penhora bens necessrios para o pagamento da obrigao).

A penhora ato complexo, assim somente haver penhora quando uma srie de atos se aperfeioarem. Quais so estes atos que permite afirmar a existncia de penhora ?

Apreenso judicial dos bens do devedor ( bens suficientes para pagar a obrigao) --> aqueles bens que foram alcanados pela execuo passaro a ficar vinculados garantia e ao pagamento de determinada obrigao especfica. A apreenso judicial no deve ser levada ao p da letra, no sentido de retirar o bem da esfera de disponibilidade do devedor. A apreenso se opera de forma indireta, ou seja, uma vez individualizado o bem, ele j est apreendido. Isto porque trata-se de apreenso ficto, ficando indiretamente afetado em termos de disponibilidade. Como se trata de ato de apreenso judicial, necessrio que, enquanto a apreenso no se torne alienao, o bem fique sob a guarda de algum.Guarda dos bens --> A existncia de penhora depende, alm da individualizao, da guarda dos bens. Por isso, para haver penhora, necessariamente h depsito do bem. Em regra, o depositrio ser o prprio devedor. Entretanto, h certos bens que podem ficar sob a guarda do credor, principalmente os bens de fcil extravio. O depositrio assumir compromisso legal de manter integro o bem, at a fase expropritoria. Se o depositrio se desfaz do bem, ser considerado depositrio infiel. No estado de SP, inexiste depositrio pblico.Avaliao dos bens penhorados --> Para que a penhora se considere aperfeioada, depende, ainda, da avaliao do bem penhorado. Quem faz a avaliao de bens penhorados? Em regra, o oficial de justia. O oficial far a avaliao por estimativa. A avaliao poder ser feita por intermdio de perito, quando a avaliao depender de conhecimentos tcnicos especficos que um oficial de justia no tem.Intimao do devedor sobre penhora --> S haver a penhora se o devedor for, previamente, cientificado de que aqueles bens esto vinculados execuo ( penhora). O devedor deve ser intimado da penhora. A intimao da penhora deve ser feita, preferencialmente, na pessoa do advogado do devedor constitudo nos autos. Mas pode acontecer de o devedor ter sido citado e no acompanhar a execuo, deixando de constituir advogado. Neste caso, a penhora se far na prpria pessoa do devedor. Portanto, a intimao da penhora no ser, sempre, pessoal.Inexistindo algum destes atos, no h penhora --> penhora irregular, incompleta, etc..

Materializao da penhora: faculdade do credor, na inicial, a indicao dos bens a serem penhorados.Na hiptese de o credor indicar os bens X do devedor na inicial, citado o devedor no cumprir a obrigao, a penhora deste imvel X constar num termo de penhora dos autos.Termo de penhora dos autos --> reunio dos 4 atos que formam a penhora, constando que o bem que garante a execuo o bem X, ademais constar o depositrio, bem como a intimao do devedor.

Mas, se o credor no indicou bens, devendo a penhora ser feita livremente ( sobre os bens que o oficial encontrar ), esta penhora estar consubstanciada num auto de penhora e avaliao, a ser lavrado pelo oficial de justia.

Se o credor no indiciou bens e o oficial no encontrou bens? Neste aso, o devedor ser intimado para indicar bens passveis de penhora e indicar, tambm, sua localizao. O devedor no estar indicando bens a penhora, somente esclarecendo a situao.

Inexistindo bens a serem penhorados, h duas opes:- credor desiste desta execuo, e entra com execuo contra devedor insolvente- execuo fica suspensa.

Se o devedor se omitir, em todo este procedimento, deixando de esclarecer onde estos seus bens, estar comentando ato atentatrio justia ( multa + proibio de falar nos autos at que indique onde esto seus bens).

Art.655:Ordem de preferncia para a penhora.Os bens de mais fcil liquidez precedem os de mais difcil liquidao. Logo, em primeiro lugar, estar o $. Aps, estaro os bens mveis. Na seqncia, os bens imveis, e etc.Esta disposio existe em benefcio do credor. Logo, se o credor quiser inverter esta ordem, no h problema. Costumeiramente, ocorre est inverso, pois os credores preferem penhorar imveis, que so de mais fcil localizao.

Para penhorar dinheiro, h o sistema da penhora online. A penhora online decorre do credor ter indicado, na inicial, que quer ver penhorados os ativos financeiros do devedor. Como , por conta do sigilo bancrio, o credor no tem como precisar os ativos financeiros, o juiz quebra o sigilo bancrio ( por meio do bacenjud), verifica os ativos e bloqueando os ativos que bastem ao pagamento. Uma vez bloqueados, estes ativos sero remetidos a uma conta judicial, sendo que este valor ser declarado penhorado, por termo nos autos. Aps a penhora , o devedor ser intimado.Se o credor no pedir a penhora de ativos na inicial, no estar impedido de requerer isto depois.Para a validade da penhora contra terceiros, sempre que os bens penhorveis forem passveis de registro pblico, necessrio o registro da penhora no cartrio competente, caso contrrio a penhora no ser vlida contra terceiros.

Smula 375, STJ -> condiciona a validade da penhora ao prvio registro no cartrio de registro de imveis ou em outro cartrio competente.Para o professor, esta smula s se aplica execuo de ttulos extrajudiciais.

Princpio do respeito dignidade humana: h certos bens considerados impenhoraveis,pois comprometem a existncia digna do exequente. Por exemplo: impenhoraveis os bens que guarnecem a casa, exceto os bens suntuosos.Impenhoraveis os bens que constituem instrumento de trabalho.Art. 649 tem rol amplo de situaes, sendo que existe muita casustica sobre este rol.A questo da poupana at 40 salrios mnimos --> Impenhoravel.Bem de famlia --> Impenhoravel.

Penhora no rosto dos autos:O devedor esta disputando direito em outro processo e o credor est objetivando ficar com estes direitos. Exemplo:Devedor beneficiado como herdeiro em inventrio. Tem expectativa de direito ($$), pois ainda no houve partilha de bens.Nesta hiptese, possvel a penhora nos direitos que esto em disputa no outro processo ( no no processo de execuo).O credor tem trs opes:- Ocorrida a penhora no rosto dos autos, o credor aguarda o final do processo. Sendo o devedor declarado herdeiro e partilhado os bens, o credor poder individualizar os bens a serem objeto da penhora.- O credor pode, ainda, alienar o crdito futuro.-O credor pode,tambm, de subrogar nos direitos do devedor.

A substituio da penhora possvel, por dinheiro.

A segunda penhora possvel quando:- primeira penhora for anulada ( bens penhorados eram impenhoraveis)- primeira penhora insuficiente para o pagamento da execuo

Aula 8

Processo de execuo

Atos de expropriao

1. Adjudicao- dao ou pagamento- mvel ou imvel- Credor ou Credores, credores hipotecrios, cnjuge, ascedente e descendente- pelo valor da avaliao- prazo: da avaliao at antes da arrematao- auto ou mandado de

2. Alieanacao por iniciativa particular- artigo 685- C- iniciativa do credor/ corretores credenciarias- regras gerais: preo mnimo Condio de pagamento Garantias Comisso

3. Alienao judicial- Hasta pblica- 2 praas ( intervalo de 10 a 20 dias)- 1 praa -> avaliao- 2 praa -> preo que no seja vil- precedida de edital - art. 686, CPC- intimao do devedor( cnjuge, se for imvel)- art. 689- A -> internet- auto -> perita e acabada

4. Usufruto de imvel ou de mvel

Pagamento ao credor- Simples: art.709- Concursal: art. 711

Embargos do devedor- ao- 15 dias de citao ( juntada do mandado)- sem efeito suspensivo- Exceo:1) Relevncia2) condio de pagamento3) garantia por penhora/ depsito4) Comisso

Explicao

Superada a penhora e a avaliao de bens, o prximo passo a alienao judicial de bens ou a expropriao de bens do devedor.Com a reforma do CPC, h 3 formas de expropriao de bens:- adjudicao- alienao por iniciativa particular- alienao judicialExiste 4 forma de expropriao de bens ( forma alternativa, pois no se onera o bem, mas seus frutos)- usufruto

Preferencialmente, a expropriao se da por meio da adjudicao. Antes de proceder a quaisquer outras das formas de alienao de bens, deve o juiz consultar o credor se tem interesse na adjudicao. Se sim, nem se passa s formas seguintes. Se no, a se passa para as demais formas de expropriao.

1) adjudicao

Semelhante dao em pagamento, pois a adjudicao importa na transferncia do domnio do bem do devedor para o credor ou para s demais pessoasPode incidir sobre quaisquer bens imveis ou mveis ( includos os direitos - exemplo: aes).

Legitimados para a adjudicao:- Credor da execuo- Se o bem tiver sido penhorado em outras execues, os credores destas execues.- Cnjuge/ Ascendentes / Descendente tem direito remio -> anteriormente, estas pessoas, na mesma condio do arrematante, poderiam pedir a remio dos bens. Isto significa que estas pessoas poderiam obter a propriedade do bem, mediante a reposio de valor igual ao da arrematao. Isto era imoral porque na hasta pblica h duas praas ( primeira praa - deve-se pagar o valor da arrematao, se quiser ficar com o bem. Segunda praa- qualquer valor ofertado, desde no vil), assim estas pessoas esperavam chegar na segunda praa, pra ofertar valor mais baixo que o da arrematao e ficavam com o bem. A nova legislao revogou o instituto da remio, mas ainda esto legitimados estas pessoas para adjudicarem o bem. Consequncia: estas pessoas, se quiserem o bem, pagam, pelo menos, o preo da avaliao. A adjudicao s se faz por preo igual ou maior que o da avaliao do bem. Dai a importncia da avaliao de bens, pois dimensiona a adjudicao.Exemplo: em uma execuo, h credor hipotecrio e h vrios credores que tem penhorado o mesmo bem, sendo que uma das penhoras em execuo trabalhista e a outra uma execuo fiscal. Quem adjudica? Quadro geral de credores.1) Credor trabalhista tem preferncia sobre demais2) Credor fiscal3) Credor com garantia real hipotecria4) Credores no privilegiados, que oferecem, pelo bem, o melhor valor e as melhores condies.Em igualdade de condies com terceiros, esto os cnjuge ( legalmente casado ou com unio estvel)/descendente/ ascedente.

A lei no fixou qual o prazo para pedir a adjudicao.J que a lei no pediu prazo, entende-se que possvel uma vez concluda a penhora ( com a avaliao) at antes da efetivao da venda, por iniciativa privada ou pblica.Logo, se o credor recusou a adjudicao, indo o bem para hasta pblica. Antes de consumada a venda por hasta pblica, o credor pode voltar atrs e requerer a adjudicao.

Os bens objetos de alienao fiduciria so feitos por iniciativa privada.

Credor manifesta que tem interesse na venda por iniciativa particular e se apresenta como aquele que promover a venda. O juiz pode recusar? No. O juiz, em funo do requerimento do credor, fixa regras gerais para que se opere este tipo de negcio. Estabelece, principalmente:I) preo mnimo no inferior avaliao;II) condies de pagamento ( pode ser vista ou parcelado);III) garantias a serem oferecidas para a possibilidade de pagamento parcelado;IV) forma de publicidade ( publicar em jornal de grande circulao, tem que anunciar na internet ou na rdio, etc)V) Comisso do corretor, se a venda for realizada por corretor.VI) prazo de validadeAps a fixao das regras gerais, o incumbido da venda busca compradores. Encontrando comprador, apresenta em juzo a proposta de compra. O juiz homologa a proposta, se de acordo com as regras gerais, determinado a homologao por termo nos autos, isto significa que independe de escritura.Uma vez concludo o negcio, juiz expede carta de alienao.

Se for bem imvel ocupado por devedor ou terceiro que se recuse a sair, isso demanda ao prpria? No. A jurisprudncia permite imisso na posse do bem. Isto vale para a adjudicao ou alienao por iniciativa particularAdjudicao:- bem imvel ( auto)- bem mvel ( mandado de entrega)No bem imvel, no prprio processo de execuo pode haver imisso na posse, sendo o devedor retirado com fora.Esta regra tambm vlida para alienao particular.

A alienao por iniciativa particular no muito usada, devido ao valor que cobrado (no pode fazer por menos que o valor da avaliao)

Hasta Pblica ( Alienao Judicial): uma espcie de licitao judicial -> oferta pelo Judicirio venda de bens do devedor. Quem patrocina est alienao o judicirio, presidida a mesma por um juiz.A alienao necessariamente precedida de editais, com requisitos prprios ( art.685). Inobservado um requisito, o edital nula tal qual a alienao.Hasta pblica se faz em duas praas.Primeiro passo: juiz designa as datas das praas. Estas datas devem obedecer intervalo de 10 - 20 dias, entre a primeira e a segunda praa.Uma vez fixada a data, compete s partes publicar os editais. Normalmente, as partes contratam agncia de publicidade especializada, para evitar nulidade -> exige, publicao na imprensa oficial, em uma imprensa local, etc.Publicado o edital, com pelo menos 5 dias de antecedncia da primeira praa, haver a primeira praa. Nesta praa, pode arrematar pelo valor da avaliao.Na segunda, pode arrematar por preo que no seja vil. A lei no esclarece o que preo vil , logo apenas o caso concreto pode ditar se o valor vil o no.Exemplo: imvel com dvida tributria enorme. Se for oferecido pelo preo normal do imvel + valor das dvidas, far com que inexistam compradores. Logo, pode-se rebaixar uns 30 a 40% da dvida tributria, para tornar o valor atrativo. Isto porque a responsabilidade da dvida do comprador.

A alienao se considera perfeita com a lavratura do auto de alienao judicial. Conclui-se, se for bem mvel, com a expedio de mandado de entrega. Se for bem imvel, com a expedio do auto.

Existem proibidos de licitar:DevedorJuiz da causaAuxiliares da justiaEtc.

OBS:Na alienao por iniciativa particular, o devedor no precisa ser intimado segundo a lei.Mas se for bem imvel, necessita Da aquiescncia do cnjuge do devedor, logo o devedor tambm ser intimado.

Usufruto de imvelBasta intimar o inquilino a pagar os alugueis em juzo, e no ao devedor. O total penhorado e entregue ao credor.

Lei estabelece o usufruto de empresa, possibilitando interveno judicial em estabelecimento comercial/ industrial, para que com as operaes desta se extraia o valor necessrio ao pagamento da obrigao.O administrador judicial elabora plano de administrao, estabelecendo uma reserva de valores que se destinaro ao pagamento da dvida. Estes valores vo para conta especfica, destinada quitao da execuo.A lei no veda a penhora de valores do faturamento. Comumente, por ser complicado usufruto de empresa, se usa a penhora de valores do faturamento.

Pagamento do credor -> modalidade simples ou concursal.Simples : credor levanta o dinheiro, extinguindo a execuo.Concursal: quando h mais de um credor. O pagamento ocorre segundo quadro de credores, observando as preferncias ( semelhante falncia). Se houver concurso de credores simples, paga-se aquele que primeiro penhorou ( critrio de anterioridade).

Aula 9

Embargos do devedor

Inicial ----------1-- citao ----------- penhora ---------2 atos de expropriao -----------

-------- pagamento ao credor ---------- extino

1- embargos execuo, em 15 dias2 - embargos de 2 fase

Embargos de execuo

Carter satisfativo -> o juiz exerce pouca atividade de cognio, somente para a soluo de alguns incidentes que eventualmente ocorram na execuo.

Nao se pode imaginar tutela satisfativa sem que se confira oportunidade, a quem est no polo passivo, a algum tipo de defesa. Isto significa que o devedor ( ou quem estiver no polo passivo) pode apresentar defesa.

O devedor (ru) tem estatudas, em lei, duas oportunidades de defender-se:

Embargos do devedor ( gnero do qual so espcies):

- Embargos execuo- Embargos de 2 fase

A defesa ser exercida por intermdio de ao incidental, com a finalidade de descontei o ttulo executivo ou a prpria execuo (processo de execuo).

A defesa, considerada de forma estrita, serve para que o autor no consiga o que quer na ao de execuo. O devedor resiste execuo propondo ao incidental execuo ( autos principais), isto porque os embargos do devedor so considerados aes propriamente ditas.

Devedor, na execuo, citado para o pagamento em trs dias e, simultaneamente, intimado para apresentar defesa, em 15 dias.Aps a citao, comea a fluir prazo de 15 dias para ofertar embargos do devedor. Se no foram opostos no prazo de 15 dias, ocorre decadncia do direito de defender-se ( ao desconstitutiva do processo de execuo/ ttulo executivo).

A defesa destinada autoridade judiciria competente -> juzo da execuo. O juiz da execuo prevento para conhecer dos embargos do devedor.

Incio dos embargos execuo:Como se trata de ao, necessariamente, ela se inaugura por intermdio de inicial, dirigida ao juiz de execuo.A petio inicial dos embargos execuo, em se tratando de processo de conhecimento, deve obedecer os artigos 283, CPC, sob pena de inpcia da inicial.

Causa de pedir nos embargos do devedor:Diferentemente do que ocorre na impugnao, a matria de defesa ampla.Na impugnao, h rol de matrias passveis de serem aduzidas, inclusive pode o juiz rejeitar, liminarmente, a impugnao, caso no obedea ao rol.Nos embargos do devedor, semelhana de uma defesa, pode-se alegar quaisquer matrias que impliquem na modificao ou extino do direito do credor.

Rito processual a ser seguido:Independentemente do valor, os embargos sempre de processaro em rito ordinrio. Nunca ser no rito sumrio.

Defesa do demandado nos embargos:O credor da execuo principal, aqui nos embargos, ser o demandado. O demandado se defender atravs de impugnao aos embargos execuo.Prazo para a impugnao: o mesmo, por uma questo de paridade.So 15 dias.Existe revelia?A ausncia de impugnao aos embargos do devedor no traz como consequncia a pena de confesso --> corrente majoritria.Isto porque o demandado j expressou sua vontade e seu direito nos autos principais, logo,ainda que no impugne os embargos, no ser tido por revel.Permanece, portanto, a obrigao para o devedor nos autos princpais ( demandante nos embargos) de demonstrar os fatos.

Demais caractersticas:Os embargos execuo constituem processo de conhecimento, que segue rito ordinrio. Por isto, aplicam-se as regras gerais do rito ordinrio: pode haver instruo; os embargos sero julgados por sentena, etc,

Efeitos:Como regra, os embargos execuo no suspendem o andamento da execuo principal.Entretanto, pode ter efeito suspensivo, quando:- houver requerimento do devedor ( pois o juiz no pode dar, de ofcio, efeito suspensivo aos embargos)- ser relevante a matria suscitada nos embargos execuo. A matria relevante no precisa ser eminentemente jurdica. A relevncia ser observada, pelo juiz, muito mais nas matrias de fato, do que nas de direito. Exemplo: matria relevante a falsidade de um ttulo executivo.- o processamento da execuo capaz de provocar, ao devedor, dano irreparvel e de difcil reparao- a execuo precisa estar garantida. Como garantir uma execuo? Por cauo ou penhora.

Resoluo dos embargos:Sentena, que passvel de apelao.A sentena que julga improcedentes os embargos de execuo apelvel ( que somente ter efeito devolutivo). No cabe efeito suspensivo, ainda que o efeito suspensivo tenha sido dado nos embargos execuo.

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Outra forma de defesa do devedor so os Embargos de 2 fase:

Natureza:Ao de carter desconstitutivo.

Matria:S se podem alegar questes de natureza processual que anulem o processo, por alguma causa que tenha ocorrido entre a citao e os atos expropritorios.A matria vem regulada no artigo 746, CPC.

Prazo:5 dias, contados do ato expropriatorio ( adjudicao, alienao, etc.)

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Terceiros podem ser atingidos pela execuo ( responsabilidade patrimonial de 3). Como iro se defender estes 3, que no devedor? Por intermdio de embargos de 3.

Os embargos de Terceiro tem natureza de ao descontitutiva, mas no so embargos do devedor.

A defesa de terceiro ocorre via embargos de terceiro, que se constituem em procedimento especial -> artigos 1046 a 1054, CPC.

Prazo: a lei no assinala nenhum prazo, mas devem ser exercidos, necessariamente, antes da expropriao. Uma vez expropriados os bens, fica consumada a alienao/ adjudicao.

O 3 pode fazer uso dos embargos de 2 fase, caso tenha ocorrido naquele espao de tempo, alguma nulidade.

Efeitos:Efeito suspensivo "opi legis", ou seja, por fora da lei. Uma vez opostos os embargos de 3, independentemente de apreciao judicial, no se pode prosseguir com quaisquer atos expropritorios relativos ao bem discutido nos embargos.O que se leva em considerao para a outorga do efeito suspensivo? O fato de um terceiro estar alegando ter sido, injustamente, prejudicado com a execuo.

Exceo de pr executividade:Chama-se objeo de pr executividade, e no exceo de pr executivdade. No tem prazo para ser oferecida.No instituto positivado em lei, mas construdo jurisprudencialmente.Trata-se da alegao, por uma das partes, de matria de ordem pblica, desde que a objeo diga respeito matria de direito, no se sujeitando dilao probatria. outra forma de defesa processual do ru, diferentemente dos embargos.Exemplo: X citado, mas a execuo est prescrita. Ao invs de ofertar embargos execuo, poderia rgo objeo de pr executividade, alegando a prescrio. A prescrio no depende de prova, bastando ver se a execuo foi exercida dentro do prazo prescricional.Caso o sujeito tenha perdido o prazo para embargos execuo, pode ofertar objeo de pede executividade, entretanto, o rol de matrias que podem ser alegadas no ser to amplo quanto o que poderia ter sido alegado nos embargos execuo.Efeitos: no tem efeito suspensivo ou interruptivo de prazo para interposio de recursos.

----------Prova vai at aqui ---------

Tutelas de urgncia

Costumeiramente esto expressas em liminar.Liminar fase procedimental, antes do contraditrio.

1. Antecipao de tutela e tutela cautelar(Prof. No conseguiu terminar a matria ...)

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