aula 3 formulacao do projecto2

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16/03/2012 1 FORMULACAO DO PROJECTO Formulação dissociada da Análise; A Análise como parte integrante da Formulação; Os sujeitos activos do processo da Formulação; A mentalidade tecnológica associada à Formulação; Parâmetros para elaboração de um P.I. Dossier Projecto económicamente produtivo (Estrutura de um projecto): Modelo evolutivo ; Os diferentes itens do Fluxo de Caixa do Projecto Pedro Mendes

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Page 1: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 1

FORMULACAO DO PROJECTO

• Formulação dissociada da Análise;

• A Análise como parte integrante da Formulação;

• Os sujeitos activos do processo da Formulação;

• A mentalidade tecnológica associada à

Formulação;

• Parâmetros para elaboração de um P.I.

• Dossier Projecto económicamente produtivo

(Estrutura de um projecto): Modelo evolutivo ;

• Os diferentes itens do Fluxo de Caixa do Projecto

Pedro Mendes

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OBJECTIVOS/FINALIDADES DA FORMULACAO

• Fazer o Cash-flow ou fluxo de caixa;

• Com base no Cash-flow, fazer a analise;

• Fazer uma recomendação (implementar ou nao

o projecto);

• Conduz a decisao de eliminar ou passar a fase

de analise, apos sucessivas melhorias e

reciclagens: comerciais, tecnicos, economicos,

gestao. Pedro Mendes

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Formulação dissociada da Análise

P

I

A

F E

A

I

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Formulacao dissociada da Analise

• Corresponde ao Projecto sem analise. Porque?

Não se sabe fazer: não se sabe avaliar os custos

e benefícios

Exigência do financiador : o promotor faz o plano

de receitas e custos e dados de outros estudos. O

financiador reserva-se o direito da analisa-lo

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Formulação Com Analise

P

F/c A E

A A

I I

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16/03/2012 6

Formulacao Com Analise

• Analise e parte integrante da formulação

• Ocorre quando o

promotor/empresa/organização não quer que

seja apenas pessoal interno a analisar mas

também pode incluir pessoal externo (equipe

multidisciplinar)

• P = F/A

I

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16/03/2012 7

Formulacao Com Analise

P

F/c A

A

I

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16/03/2012 8

Formulacao Com Analise

• A 1ª analise e feita pelo pessoal interno da

organização/empresa (Pay Back, VAL, TIR +

gráficos – e a analise interna);

• A 2ª vem a posterior, quando se necessita de

financiamento (Por exemplo do CPI)

O CPI verifica se a analise foi bem feita e incluir

outros aspectos como impacto no PIB, na

geração de divisas.

A analise e complementar (analise da analise),

servindo para conferir ou corrigir a 1ª analise

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OS SUJEITOS ACTIVOS NA

FORMULACÃO DO P.I.

• Equipe multidiscplinar (geologos, arquitectos,

economistas/gestores…

Page 10: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

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A MENTALIDADE TECNOLÓGICA

ASSOCIADA À FORMULAÇÃO

• Tem a ver com a falta de capacidade e

conhecimento por parte do proponente

(empresa proprietaria) do projecto, devendo

trazer pessoal externo a organizacao que

possa auxiliar no desenho e analise do mesmo.

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ELABORACAO DO PROJECTO

• Para a elaboração de qualquer projecto de

investimento existem parâmetros que devem

ser profundamente estudados de forma a se

aferir, com o mínimo de erro, da sua viabilidade

ou não.

• Os parâmetros são: MERCADO,

TECNOLOGIA, LOCALIZACAO, DIMENSAO E

ENQUADRAMENTO JURIDICO-LEGAL.

Page 12: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 12

MERCADO • Analisa-se o Consumo (Procura), a Oferta e o Preco,

investigando o comportamento dos consumidores,

fornecedores, a concorrencia e toda gama de

potenciais restricoes(politicas, juridico-administrativas)

CONSUMO

Analisa-se a procura passada, presente e futura

(previsional) do que se pretende produzir,

investigando fundamentalmente o poder de compra

disponível que depende do Y actual (nível e

distribuição), preços, poupança, divida e

disponibilidade de credito.

Page 13: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 13

MERCADO

OFERTA

Analisa-se a concorrência quer interna quer externa e ainda de bens substitutos, indagando quais as condições reais de comercialização do bem/serviço.

Page 14: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

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MERCADO OFERTA

Investigam-se os seguintes aspectos: Canais de distribuição, rivalidades das empresas na indústria e risco de novas entradas, poder relativo de fornecedores de inputs, poder relativo dos clientes, hábitos culturais, crenças, moda e tendências e ameaça de produtos substitutos.

Page 15: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

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MERCADO

PRECO

Investigar o preço dos concorrentes e

seleccionar o método de definição do preço.

Recorre-se aos seguintes métodos: Adição da

margem de lucro ao custo unitário, preço que

garante o retorno do investimento e a partir da

percepção do valor do bem dado pelo cliente;

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MERCADO

• Os estudos de mercado permitirão determinar o volume de vendas (quota de mercado) e o nível de receitas.

• O estudo, deverá permitir o estabelecimento de previsões sobre a evolução da procura.

• O objectivo de uma análise de mercado é avaliar a existência de uma real oportunidade de negócio.

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MERCADO

• O mercado alvo não é aquele que se gosta: é aquele que pode consumir o produto que é oferecido.

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TECNOLOGIA

• Sabendo o que e para quem produzir faltara definir como produzir;

• Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento do que pode ser produzido).

• A escolha da tecnologia dever-se-á pautar pela eficiência dos rendimentos de produção pela minimização dos custos de exploração futuros;

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TECNOLOGIA

• Depende, a escolha de tecnologia, da disponibilidade dos factores de produção: terra e/ou recursos naturais, trabalho, capital.

• Uma determinada tecnologia utiliza uma determinada combinação dos factores produtivos para a produção de bens e serviços. Quanto à intensidade da utilização dos factores produtivos, a agricultura e a indústria podem ser de capital intensivo (utilizam mais intensivamente o capital) e trabalho intensivo, que utilizam intensivamento o trabalho ou mão-de-obra.

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16/03/2012 20

TECNOLOGIA

• CAPITAL INTENSIVO

Forma de produção em que a proporção de capital

empregado é muito elevada em relação aos demais

insumos ou factores de produção. Neste sentido, mede-se

a intensidade de emprego de capital por pessoa

empregada.

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TECNOLOGIA

Tecnologia e economia • Existe um equilíbrio muito ténue entre as vantagens e as desvantagens que

o avanço da tecnologia traz para a sociedade. A principal vantagem é

reflectida na produção industrial: a tecnologia torna a produção mais rápida

e maior e, sendo assim, o resultado final é um produto mais barato e com

maior qualidade.

• As desvantagens que a tecnologia traz são de tal forma preocupantes que

quase superam as vantagens, uma delas é a poluição que, se não for

controlada a tempo, evolui para um quadro irreversível. Outra desvantagem

é quanto ao desemprego gerado pelo uso intensivo das máquinas na

indústria, na agricultura e no comércio. A este tipo de desemprego, no qual

o trabalho do homem é substituído pelo trabalho das máquinas,

denominamos desemprego estrutural. Um dos países que mais sofrem com

este problema é o Japão, sendo que um dos principais motivos para o

crescimento da economia deste país ter freado a partir da década de 90 foi,

justamente, o desemprego estrutural.

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LOCALIZACAO • Exercício Multidisciplinar!!!

• Determinada pelos custos dos inputs e outputs

e por considerações de ordem social

(estabilidade político económica, hábitos

culturais, habitação, educação, burocracia,

corrupção, rendimento per capita…) e política

(aspectos legais - numero de trabalhadores

nacionais e estrangeiros, sobre o meio

ambiente e fiscais – benefícios fiscais ).

• Por mais que tenha seu “terreno” estudar a

localização óptima do empreendimento!?!

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LOCALIZACAO

• Vias e meios de comunicação, capacidade e

proximidade de pontos de escoamento, clima e

outras características geográficas, direitos de

uso e aproveitamento da terra, regularização

de terrenos e indemnizações as famílias

residentes no local, existência de matérias

primas, água, fontes de energia ou

combustíveis e restrições legais sobre o meio

ambiente.

• Sunk Costs (Ex: “transportar o edifício”)

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LOCALIZAÇÃO (Continuação)

• VANTAGENS COMPARATIVAS - junto a fonte de matéria prima ou em função de infra-estruturas, recursos naturais(Existencia do principal recurso do projecto.

• Fabrica de processamento de tomate em Chilembene, junto a matéria prima(tomate).

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LOCALIZAÇÃO (Continuação)

• VANTAGENS COMPARATIVAS

• Varias zonas nacionais ricas não recebem investimentos avultados devido a falta de suporte(infra-estruturas e serviços complementares).

• Mozal = energia e proximidade com o porto de Maputo

• A Legislação e o Sistema Judicial: incentivos fiscais

• Nota: não basta a existência do recurso…

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LOCALIZAÇÃO (Continuação)

• VANTAGENS COMPETITIVAS – envolvem o

grau de especialização numa óptica de

complementaridade de indústrias. Torna-se

possível aceder a vários recursos reduzindo os

custos operacionais.

• Criam-se externalidades positivas através de

ligações a montante (para tras) e a jusante

(para frente) . Existem empresas e instituições

que suportam determinado sector.

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LOCALIZACAO (Continuacao)

• Quanto maior for a proximidade entre produtor

e consumidor, menores serão os custos de

distribuição.

• Por outro lado, o objectivo da minimização de

custos de produção leva a procurar localizar os

investimentos próximo das fontes de energia,

das matérias primas e de mão de obra

competente, barata e abundante.

Page 28: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

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LOCALIZACAO (Continuacao)

• A melhor localização será aquela que com

menores custos consegue realizar maior

volume de vendas.

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DIMENSAO DO PROJECTO • Os indicadores de dimensão de um P.I. mais

utilizados são:

• Capacidade física anual de produção;

• O numero total de trabalhadores;

• As despesas totais de investimento; e

• O volume anual de vendas em unidades fisicas.

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DIMENSAO DO PROJECTO • A dimensão de um P.I. está geralmente

relacionada com o objectivo de satisfação do

mercado.

• Quanto maior for a procura a satisfazer, maior

terá de ser a dimensão dos investimentos.

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DIMENSAO DO PROJECTO

A dimensão de um P.I. pode ser:

• TEORICA;

• REAL; e

• ECONOMICA

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TEORICA

• É medida em função da capacidade física

de produção normal por ano em termos

de dias de produção, reflectindo a

capacidade instalada.

• Podemos considerar a informação

fornecida pelo agente/vendedor ou

produtor de um equipamento: 264 dias

por ano e 8 horas por dia.

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16/03/2012 33

REAL

• Resulta da correcção da dimensão

teórica, expurgando as quebras de

produção, perdas de tempo resultantes de

paragens técnicas como manutenção,

avarias, cortes de energia electrica,

baixas de produtividade, falta de inputs,

feriados, tolerância…

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ECONOMICA OU OPTIMA

• É aquela que permite a maximização dos

resultados anuais de exploração (para o

retorno do investimento) ou da diferença

benefícios-custos.

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ENQUADRAMENTO JURIDICO-LEGAL

• E necessário que a empresa proprietária do

projecto, caso não exista como pessoa jurídica,

seja constituída, por forma a identificar-se o

investidor.

• As diferentes formas jurídicas estao associadas

a diferentes níveis de capital mínimo

necessário e a diferentes possibilidades de

financiamento.

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ESTRUTURA DO DOSSIER DE AVALIAÇÃO

DE UM PROJECTO DE INVESTIMENTO

• Estrutura (Missing)

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Cash Flow/Capitais Propriosvs Alheios

• A diferença ou saldo global entre o somatório

dos benefícios traduzidos em valores de

entradas de caixa e o somatório dos custos de

investimento e de exploração traduzidos em

valores de saída de caixa, isto é, o saldo dos

fluxos de entrada e saída de caixa,

respectivamente decorrentes do projecto,

chama-se cash-flow.

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Itens do Fluxo de Caixa do projecto

O horizonte temporal do projecto e

seu estabelecimento ( n)

O Horizonte Temporal do Projecto (n) é o

número de anos estabelecido como de

referência para a duração do projecto, no qual

são estimados os valores de todas as

componentes que constituem o modelo do

Cash Flow.

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Itens do Fluxo de Caixa do projecto

O horizonte temporal do projecto e seu estabelecimento ( n)

O HTP pode estar já pré-estabelecido pelas

instituições que concedem o financiamento,

observando-o, aquele que pretender obter

financiamento através dessa instituição

financeira. Exemplo, para o caso do Banco

Mundial, o n é igual a 5 anos (na prática, este

período pode beneficiar de uma prorrogação,

normalmente de 6 a 24 meses, sempre que

haja justificações para o efeito.

Page 40: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 40

Contin.

• Para os casos de Projectos Directamente

Produtivos (de novas empresas ou de

empresas já existentes), a fixação do n, dum

modo geral, dependera :

Da natureza e complexidade do projecto;

Da obsolescência do equipamento e da

evolução tecnológica: definir um horizonte

temporal elevado pode trazer repercussões

negativas para a rentabilidade esperada do

projecto, como projectado no Cash Flow;

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Contin.

• O risco na projecção dos elementos do Fluxo.

Como os cálculos são feitos no momento

presente, para o momento futuro, quanto maior

for n, maior será o risco de se registarem

falhas de cumprimento das projecções feitas.

• Por exemplo, as receitas de vendas estimadas

para o 9° ano de um projecto, encerram um

maior risco de falhar, comparativamente às

receitas estimadas para o 2° ano do projecto;

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Contin.

Aspectos fiscais ou legais sobre a fixação da vida útil do equipamento;

A rentabilidade do projecto: um projecto altamente rentável ( que permite recuperar o investimento em 2 anos, por exemplo ), não fará muito sentido formulá-lo para 10 anos pois, os fluxos mais importantes serão os dos primeiros 2 anos e, eventualmente, dos anos próximos aos 2 primeiros;

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16/03/2012 43

Contin.

• Portanto, não há um período previamente

fixado, havendo que compatibilizar todas as

variáveis que possam entrar em jogo, e

cruzadas com a maior ou menor rentabilidade

do projecto, que justifiquem a compressão ou o

alargamento do tempo.

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O INVESTIMENTO ( I )

• O calculo do valor do investimento (sua estimativa) é de extrema importância, também, por ter reflexos directos na viabilidade do projecto. Uma subvalorização pode trazer problemas de défice na fase da execução do investimento e uma sobrevalorização pode trazer um excesso que pode provocar alguns prejuízos para a empresa (não aplicação dos recursos em excesso noutros fins e contracção de dividas acima do desejado).

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O INVESTIMENTO (I)

• Investimento Total = Investimento em capital Fixo(Corporeo + Incorpóreo) + Investimento em Fundo de Maneio(Capital Circulante/Capital de Giro Operacional/Capital de Trabalho = Working Capital) + Imprevistos

Convenção de Registo

• Estabelece que todo o investimento realizado ao longo do primeiro ano, para fins de registo é como se ele tivesse ocorrido no momento zero (0)...

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O calculo das Receitas/Proveitos

• As receitas de vendas serão calculadas com base na relação Preço de Venda x Quantidades Vendidas;

• A Receita total(Proveitos totais=Vendas + Variacao da producao +) será a soma das receitas parciais de venda, de cada produto e em cada canal e segmento de mercado, de

acordo com o plano;

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O calculo das Receitas(Cont.)

• De novo, as receitas estimadas, terão maior risco de falhar, para os anos mais afastados do

Horizonte Temporal

• Vendas = Producao + Stock inicial – Stock Final ou

• Producao = Vendas + Stock Final - Stock inicial

• Producao = Vendas + Δstock de produtos acabados

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16/03/2012 48

Contin.

Na projecção das receitas, anota-se a necessidade de

se evitar a sua sobrevalorização. Para melhorar a

imagem de um projecto, do ponto de vista de

rentabilidade, é usual o empolamento das receitas. Na

fase da implementação, podem surgir problemas de

tesouraria difíceis de compatibilizar com as

expectativas geradas.

Convenção de Registo – Diferentemente do investimento as receitas tem um

tratamento oposto. As receitas que ocorrem no primeiro ano

são registadas no fim do período.

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O CALCULO DOS CUSTOS • Os custos podem ser estimados através do custo

unitário padrão. Conhecido o custo padrão de

produzir uma única unidade, determinam-se os custos

totais, multiplicando-se pelas quantidades planificadas

• Outra forma pode ser através da listagem de todas as

despesas necessárias para a produção. Feita a lista,

determinam-se as quantidades que serão necessárias

para produzir a lista planificada dos produtos e

extraem-se os custos totais.

CT = Custo de mão de obra + custo matéria prima +

amortizações + provisões + outros gastos gerais

Page 50: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 50

O CALCULO DOS CUSTOS

Convenção de Registo

• É igual a convenção de registo das receitas, os

custos que ocorrem no período zero (0) o seu

registo é feito no fim do período.

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16/03/2012 51

O TRATAMENTO DAS AMORTIZAÇÕES

• As amortizações, expressão monetária do

desgaste físico dos equipamentos, são parte

integrante dos Custos. Porem, diferentemente

dos outros elementos dos Custos, por exemplo

os Salários, nestes, a empresa devera

desembolsa-los, para fazer os respectivos

pagamentos. Naqueles, a empresa não faz

nenhum desembolso (dai dizer-se que as

amortizações são elemento dos custos que não

significam desembolso de fundos.

Page 52: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 52

O Valor Residual

• É o Valor do capital fixo no último ano do projecto + a Recuperação das Necessidades de Fundo de Maneio.

• O calculo anual das amortizações, deve ser confrontado com o valor total investido no equipamento. Como o normal e o equipamento se apresentar com uma Vida útil superior ao HTP, tem-se que o equipamento será amortizado apenas parcialmente, chegando-se ao fim do projecto com algum valor que não foi amortizado ou seja, o Valor Residual;

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O Valor Residual do equipamento

• É o Valor do capital fixo no ultimo ano

do projecto.

• Mais ou Menos Valias.

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O Capital Circulante

• É a grandeza mínima de Capital que a empresa

precisa para financiar os ciclos iniciais de

produção, para adquirir as matérias primas e

outros materiais, pagar os salários dos

primeiros meses de funcionamento e cobrir

outras despesas de funcionamento(agua,

energia, deslocacoes...);

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16/03/2012 55

O Capital Circulante

• Montante necessario destinado a financiar os

custos de exploracao e de estrutura durante o

periodo que antecede o escoamento da

producao junto dos consumidores, atendendo

ao facto de existir desfazamento na maior parte

das actividades economicas, entre o momento

que inicia o ciclo de producao e o momento em

que o produto é vendido no mercado.

Page 56: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 56

O Capital Circulante

• Feitas as vendas, dos primeiros ciclos de

produção, esse valor é recuperado, na forma

de receitas e, volta a ser empregue para o

financiamento dos ciclos seguintes.

Page 57: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 57

O Capital Circulante

• Mesmo nos anos de laboração havera sempre um gap entre as receitas e despesas devido a creditos concedidos a clientes que levam tempo para a sua cobranca, da mesma forma que se tem creditos recebidos de fornecedores.

• O capital circulante (Fundo de maneio ou Capital de giro operacional) resulta da diferenca entre dois grupos, nomeadamente: Necessidades e Recursos

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16/03/2012 58

O Capital Circulante • No grupo das Necessidades encontram-se a reserva

de seguranca de tesouraria(disponibilidades), montante em dinheiro colocado à parte para efeitos de imprevistos decorrentes da actividade de exploracao diaria, o credito a clientes e o stock medio de materias primas, auxiliares, produtos em vias de fabrico e produtos acabados (existencias) e outros devedores/Outros creditos sobre terceiros, de curto prazo(Estado); e

• No grupo de Recursos temos as fontes alternativas de financiamento que se consubstanciam no credito de fornecedores e outros credores/Outros debitos a terceiros, de curto prazo (Estado).

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16/03/2012 59

O Capital Circulante

• O Capital Circulante (Fundo de Maneio) pode

ser encontrado da diferenca entre o activo

circulante(ac) e o passivo circulante(pc), no

Balanco:

Activo Circulante = Disponibilidades (Caixa e

Bancos) + Clientes + Outros Creditos de curto

prazo)+Stocks(Existencias);

Passivo Circulante = Fornecedores (debitos de

curto prazo) + Outros Credores

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16/03/2012 60

O Capital Circulante

Rubrica Ano 1 Ano 2 Ano 3

A. Necessidades

ACTIVO CIRCULANTE

1. Disponibilidades(Caixa+Bancos)

2. Clientes

3.Existencias

4. Outros Devedores

5. Total Necessidades (1+2+3+4)

B. Recursos

PASSIVO CIRCULANTE

6. Fornecedores

7. Outros Credores

8. Total Recursos (6+7)

Fundo de Maneio/Capital Circulante = 5 -8

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16/03/2012 61

O Capital Circulante

• No ultimo Ciclo de produção (ultimo ano do

nosso HTP) o valor investido na forma de

Capital Circulante é recuperado, como Receita.

Como se trata do último ano do projecto, o

pressuposto é que não haverá mais produção.

Logo, o valor do Capital Circulante, no ultimo

ano do projecto constitui uma Receita que deve

ser contabilizada.

Page 62: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 62

O Capital Circulante

• O valor residual pode igualmente resultar da

recuperação das necessidades de fundo de

maneio necessário ao investimento. Os stocks

podem ser liquidados, os créditos recuperados,

as dívidas de curto prazo regularizadas,

permitindo obter uma entrada de dinheiro

apreciável.

• Esta soma, isenta de impostos, é adicionada ao

último cash flow do investimento.

Page 63: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 63

O Resultado Antes do Imposto(RAI) • O projecto, no sentido em que estará constituído

como empresa, é objecto do pagamento do imposto,

numa taxa estabelecida pela autoridade fiscal;

• O imposto a pagar em cada ano, será determinado

tendo em conta o seguinte:

• RAI obtém-se pela Relação Receitas Totais - Custos

Totais;

• RAI = RT(PROVEITOS) - CT

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16/03/2012 64

O Imposto

• RAI x a taxa do imposto estabelecida.

Resultado Pós Imposto

= RAI - imposto

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16/03/2012 65

Margem de Auto Financiamento (MAF)

• MAF = RPI+ Amortizações( ate ao penultimo

ano)

• No ultimo ano: MAF = RPI+ Amortizações + P

+ Valor Residual(Capital Fixo + Fundo de

Maneio)

• Decisões de financiamento afectam os

resultados antes de imposto e o imposto a

pagar mas não o Fluxo de Caixa.

Page 66: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 66

O Cash Flow • Finalmente, temos o resumo das operações que nos

mostram o balanço entre os recebimentos e os

pagamentos

• Da Margem de Auto-Financiamento ( capacidade que

o projecto tem de se auto financiar, ou de cobrir o

investimento ), verificamos em que medida o

Investimento é coberto, em cada ano do nosso HTP;

• A relação MAF - Investimento fornece-nos o Cash

Flow.

Page 67: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 67

DEMONSTRACAO DE RESULTADOS

PREVISIONAIS

2011 2012 2013 2014 2015

Anos 1 2 3 4 5

Vendas

Custos Totais

Matéria prima

Salarios

FST

Amortizacoes

Provisoes

Outros

RO

RAI

MATERIA COLECTAVEL

Impostos

Resultado Líquido

Page 68: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 68

MAPA DE FLUXO DE CAIXA

ORDEM DESCRICAO 0 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8

1 INVESTIMENTO

2 RECEITAS

3 CUSTOS TOTAIS

4 AMORTIZACOES

5 NECESSIDADE EM CAPITAL CIRCULANTE6 INVESTIMENTO EM CAPITAL CIRCULANTE7 VALOR RESIDUAL

8 RESULTADO ANTES DO IMPOSTO9 IMPOSTO

10 RESULTADO POS IMPOSTO

11 MARGEM DE AUTO FINANCIAMENTO12 FLUXO DE CAIXA

FLUXO DE CAIXA ACUMULADO VAL

Fluxo de caixa a 5%

Fluxo de caixa a 10%

Fluxo de caixa a 15%

Fluxo de caixa a 20%

Fluxo de caixa a 25%

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16/03/2012 69

0 1 2 3 4 5

VENDAS

VARIACAO DA PRODUCAO

PROVEITOS

CUSTOS

MATÉRIA-PRIMA

MÃO-DE-OBRA

FORNECIMENTOS E SERVICOS DE TERCEIROS

OUTROS CUSTOS

AMORTIZACOES

PROVISOES

RESULTADOS OPERACIONAIS

RAI

MATERIA COLECTAVEL

IMPOSTO

RESULTADO POS IMPOSTO (RL)

AMORTIZACOES

PROVISOES

CASH-FLOW DE EXPLORACAO (MLP ou MAF)

INVESTIMENTO

CAPITAL FIXO

CAPITAL CIRCULANTE

VALOR RESIDUAL

CAPITAL FIXO

CAPITAL CIRCULANTE

CASH-FLOW DO PROJECTO SIMPLES

CASH-FLOW DO PROJECTO ACUMULADO

COEFICIENTE DE ACTUALIZACAO

CASH-FLOW DO PROJECTO ACTUALIZADO

CASH-FLOW DO PROJECTO ACTUALIZADO E ACUMULADO

MLP = Meios Libertos do Projecto

MAF = Margem de Autofinanciamento

MAPA DE CASH FLOW

ANOS

DESCRICAO

Page 70: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 70

Fontes de erros na formulação do CF

• O estudo do mercado e/ou estudo tecnico são insuficientes e pouco esclarecedores;

• Os custos do investimento estão subestimados;

• Esquecimento de estimar o fundo de maneio

Page 71: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 71

Fontes de erros na formulação do CF

• Os custos de exploração estão subestimados;

• Subestimação de formação do pessoal;

• Os benefícios estão sobrestimados;

• Há ausência de variantes

• O regime de manuseamento e previsões adoptado é fiscalmente ilegal

Page 72: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 72

Fontes de erros na formulação do CF

Os erros mais comuns são:

• O estudo do mercado e/ou estudo técnico são insuficientes e pouco esclarecedores;

• O faseamento das diferentes fases do projecto é incorrecto com consequências ao nível dos cash flow;

• Os custos do investimento estão subestimados;

• Os custos de exploração estão subestimados ( não se incluem custos de transporte, os custos de formação do pessoal, etc.);

• Os benefícios estão sobrestimados;

• Há ausência de variantes

• O regime de manuseamento e previsões adoptado é fiscalmente ilegal

Page 73: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 73

SINERGIAS vs CANIBALIZACAO e

CUSTO DE OPORTUNIDADE CUSTO DE OPORTUNIDADE:

Corresponde ao valor adveniente da melhor

aplicação alternativa de um recurso que se

pretende desviar para o projecto.

Ex: Terreno de um individuo não ocupado, que

tem comprador a vista por US$ 10.000, que vai

ser usado num projecto promovido pelo individuo.

- O valor de 10.000 deve ser considerado como

custo (Cash-out-flow) mesmo que não haja

desembolso (diferença entre analise de

investimento e contabilidade).

Page 74: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 74

CUSTO DE OPORTUNIDADE (Cont.)

O terreno pode estar a produzir alimentos

gerando um ganho para o promotor que se vai

perder por causa do projecto ou gera uma renda

fixa durante determinado tempo (temos que

considerar como Cash-out-Flow o Valor

Actualizado dessa renda).

Existindo duas ou mais alternativas temos que

considerar o maior valor perdido nas

alternativas(melhor oportunidade perdida pelo

proprietário).

Page 75: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 75

CUSTO DE OPORTUNIDADE (Cont.)

Ex2: Armazém que gera Cash-Flow anual de

US$ 30.000/ano por 5 anos. Projecto: Produção

de farinha de mandioca (Rhale). O armazém é

transformado em fábrica(parte relativa a

construções no plano de investimento) +

aquisição de equipamento por US$ 40.000.

Espera-se que o novo negocio gere Cash-Flows

de US$ 40.000 durante os próximos 5 anos. Se

custo de capital é de 10%, analise a viabilidade

do negocio.

Page 76: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 76

CUSTO DE OPORTUNIDADE (Cont.)

Ex2: Custo de Oportunidade do armazém:

Custo = 113.723,6

Investimento Total = 113.723,6 + 40.000 = 153.723,6

Cah-Flow do projecto Actualizado =

151.631,47- 153.723,6 = -2092,13. O senso comum omitiria 113.723,6

%10530000 Custo

47,631.15140000 %105 Valor

Page 77: Aula 3 Formulacao Do Projecto2

16/03/2012 77

CANIBALIZACAO OU SINERGIA DE

PRODUTOS CANIBALIZACAO: Situação em que a

introdução de um novo produto por um projecto

acarreta a redução de vendas de produtos já

existentes na empresa. Os Cash-Flows relativos

à redução de vendas devem ser considerados no

novo projecto.

SINERGIAS: Quando o produto do projecto

complementa os já existentes. Descartáveis e

napinhos; calcas jeans e camisetes; pastelaria e

internet café…