Download - Aula 3 Formulacao Do Projecto2
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FORMULACAO DO PROJECTO
• Formulação dissociada da Análise;
• A Análise como parte integrante da Formulação;
• Os sujeitos activos do processo da Formulação;
• A mentalidade tecnológica associada à
Formulação;
• Parâmetros para elaboração de um P.I.
• Dossier Projecto económicamente produtivo
(Estrutura de um projecto): Modelo evolutivo ;
• Os diferentes itens do Fluxo de Caixa do Projecto
Pedro Mendes
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OBJECTIVOS/FINALIDADES DA FORMULACAO
• Fazer o Cash-flow ou fluxo de caixa;
• Com base no Cash-flow, fazer a analise;
• Fazer uma recomendação (implementar ou nao
o projecto);
• Conduz a decisao de eliminar ou passar a fase
de analise, apos sucessivas melhorias e
reciclagens: comerciais, tecnicos, economicos,
gestao. Pedro Mendes
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Formulação dissociada da Análise
P
I
A
F E
A
I
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Formulacao dissociada da Analise
• Corresponde ao Projecto sem analise. Porque?
Não se sabe fazer: não se sabe avaliar os custos
e benefícios
Exigência do financiador : o promotor faz o plano
de receitas e custos e dados de outros estudos. O
financiador reserva-se o direito da analisa-lo
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Formulação Com Analise
P
F/c A E
A A
I I
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Formulacao Com Analise
• Analise e parte integrante da formulação
• Ocorre quando o
promotor/empresa/organização não quer que
seja apenas pessoal interno a analisar mas
também pode incluir pessoal externo (equipe
multidisciplinar)
• P = F/A
I
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Formulacao Com Analise
P
F/c A
A
I
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Formulacao Com Analise
• A 1ª analise e feita pelo pessoal interno da
organização/empresa (Pay Back, VAL, TIR +
gráficos – e a analise interna);
• A 2ª vem a posterior, quando se necessita de
financiamento (Por exemplo do CPI)
O CPI verifica se a analise foi bem feita e incluir
outros aspectos como impacto no PIB, na
geração de divisas.
A analise e complementar (analise da analise),
servindo para conferir ou corrigir a 1ª analise
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OS SUJEITOS ACTIVOS NA
FORMULACÃO DO P.I.
• Equipe multidiscplinar (geologos, arquitectos,
economistas/gestores…
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A MENTALIDADE TECNOLÓGICA
ASSOCIADA À FORMULAÇÃO
• Tem a ver com a falta de capacidade e
conhecimento por parte do proponente
(empresa proprietaria) do projecto, devendo
trazer pessoal externo a organizacao que
possa auxiliar no desenho e analise do mesmo.
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ELABORACAO DO PROJECTO
• Para a elaboração de qualquer projecto de
investimento existem parâmetros que devem
ser profundamente estudados de forma a se
aferir, com o mínimo de erro, da sua viabilidade
ou não.
• Os parâmetros são: MERCADO,
TECNOLOGIA, LOCALIZACAO, DIMENSAO E
ENQUADRAMENTO JURIDICO-LEGAL.
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MERCADO • Analisa-se o Consumo (Procura), a Oferta e o Preco,
investigando o comportamento dos consumidores,
fornecedores, a concorrencia e toda gama de
potenciais restricoes(politicas, juridico-administrativas)
CONSUMO
Analisa-se a procura passada, presente e futura
(previsional) do que se pretende produzir,
investigando fundamentalmente o poder de compra
disponível que depende do Y actual (nível e
distribuição), preços, poupança, divida e
disponibilidade de credito.
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MERCADO
OFERTA
Analisa-se a concorrência quer interna quer externa e ainda de bens substitutos, indagando quais as condições reais de comercialização do bem/serviço.
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MERCADO OFERTA
Investigam-se os seguintes aspectos: Canais de distribuição, rivalidades das empresas na indústria e risco de novas entradas, poder relativo de fornecedores de inputs, poder relativo dos clientes, hábitos culturais, crenças, moda e tendências e ameaça de produtos substitutos.
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MERCADO
PRECO
Investigar o preço dos concorrentes e
seleccionar o método de definição do preço.
Recorre-se aos seguintes métodos: Adição da
margem de lucro ao custo unitário, preço que
garante o retorno do investimento e a partir da
percepção do valor do bem dado pelo cliente;
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MERCADO
• Os estudos de mercado permitirão determinar o volume de vendas (quota de mercado) e o nível de receitas.
• O estudo, deverá permitir o estabelecimento de previsões sobre a evolução da procura.
• O objectivo de uma análise de mercado é avaliar a existência de uma real oportunidade de negócio.
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MERCADO
• O mercado alvo não é aquele que se gosta: é aquele que pode consumir o produto que é oferecido.
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TECNOLOGIA
• Sabendo o que e para quem produzir faltara definir como produzir;
• Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento do que pode ser produzido).
• A escolha da tecnologia dever-se-á pautar pela eficiência dos rendimentos de produção pela minimização dos custos de exploração futuros;
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TECNOLOGIA
• Depende, a escolha de tecnologia, da disponibilidade dos factores de produção: terra e/ou recursos naturais, trabalho, capital.
• Uma determinada tecnologia utiliza uma determinada combinação dos factores produtivos para a produção de bens e serviços. Quanto à intensidade da utilização dos factores produtivos, a agricultura e a indústria podem ser de capital intensivo (utilizam mais intensivamente o capital) e trabalho intensivo, que utilizam intensivamento o trabalho ou mão-de-obra.
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TECNOLOGIA
• CAPITAL INTENSIVO
Forma de produção em que a proporção de capital
empregado é muito elevada em relação aos demais
insumos ou factores de produção. Neste sentido, mede-se
a intensidade de emprego de capital por pessoa
empregada.
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TECNOLOGIA
Tecnologia e economia • Existe um equilíbrio muito ténue entre as vantagens e as desvantagens que
o avanço da tecnologia traz para a sociedade. A principal vantagem é
reflectida na produção industrial: a tecnologia torna a produção mais rápida
e maior e, sendo assim, o resultado final é um produto mais barato e com
maior qualidade.
• As desvantagens que a tecnologia traz são de tal forma preocupantes que
quase superam as vantagens, uma delas é a poluição que, se não for
controlada a tempo, evolui para um quadro irreversível. Outra desvantagem
é quanto ao desemprego gerado pelo uso intensivo das máquinas na
indústria, na agricultura e no comércio. A este tipo de desemprego, no qual
o trabalho do homem é substituído pelo trabalho das máquinas,
denominamos desemprego estrutural. Um dos países que mais sofrem com
este problema é o Japão, sendo que um dos principais motivos para o
crescimento da economia deste país ter freado a partir da década de 90 foi,
justamente, o desemprego estrutural.
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LOCALIZACAO • Exercício Multidisciplinar!!!
• Determinada pelos custos dos inputs e outputs
e por considerações de ordem social
(estabilidade político económica, hábitos
culturais, habitação, educação, burocracia,
corrupção, rendimento per capita…) e política
(aspectos legais - numero de trabalhadores
nacionais e estrangeiros, sobre o meio
ambiente e fiscais – benefícios fiscais ).
• Por mais que tenha seu “terreno” estudar a
localização óptima do empreendimento!?!
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LOCALIZACAO
• Vias e meios de comunicação, capacidade e
proximidade de pontos de escoamento, clima e
outras características geográficas, direitos de
uso e aproveitamento da terra, regularização
de terrenos e indemnizações as famílias
residentes no local, existência de matérias
primas, água, fontes de energia ou
combustíveis e restrições legais sobre o meio
ambiente.
• Sunk Costs (Ex: “transportar o edifício”)
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LOCALIZAÇÃO (Continuação)
• VANTAGENS COMPARATIVAS - junto a fonte de matéria prima ou em função de infra-estruturas, recursos naturais(Existencia do principal recurso do projecto.
• Fabrica de processamento de tomate em Chilembene, junto a matéria prima(tomate).
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LOCALIZAÇÃO (Continuação)
• VANTAGENS COMPARATIVAS
• Varias zonas nacionais ricas não recebem investimentos avultados devido a falta de suporte(infra-estruturas e serviços complementares).
• Mozal = energia e proximidade com o porto de Maputo
• A Legislação e o Sistema Judicial: incentivos fiscais
• Nota: não basta a existência do recurso…
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LOCALIZAÇÃO (Continuação)
• VANTAGENS COMPETITIVAS – envolvem o
grau de especialização numa óptica de
complementaridade de indústrias. Torna-se
possível aceder a vários recursos reduzindo os
custos operacionais.
• Criam-se externalidades positivas através de
ligações a montante (para tras) e a jusante
(para frente) . Existem empresas e instituições
que suportam determinado sector.
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LOCALIZACAO (Continuacao)
• Quanto maior for a proximidade entre produtor
e consumidor, menores serão os custos de
distribuição.
• Por outro lado, o objectivo da minimização de
custos de produção leva a procurar localizar os
investimentos próximo das fontes de energia,
das matérias primas e de mão de obra
competente, barata e abundante.
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LOCALIZACAO (Continuacao)
• A melhor localização será aquela que com
menores custos consegue realizar maior
volume de vendas.
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DIMENSAO DO PROJECTO • Os indicadores de dimensão de um P.I. mais
utilizados são:
• Capacidade física anual de produção;
• O numero total de trabalhadores;
• As despesas totais de investimento; e
• O volume anual de vendas em unidades fisicas.
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DIMENSAO DO PROJECTO • A dimensão de um P.I. está geralmente
relacionada com o objectivo de satisfação do
mercado.
• Quanto maior for a procura a satisfazer, maior
terá de ser a dimensão dos investimentos.
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DIMENSAO DO PROJECTO
A dimensão de um P.I. pode ser:
• TEORICA;
• REAL; e
• ECONOMICA
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TEORICA
• É medida em função da capacidade física
de produção normal por ano em termos
de dias de produção, reflectindo a
capacidade instalada.
• Podemos considerar a informação
fornecida pelo agente/vendedor ou
produtor de um equipamento: 264 dias
por ano e 8 horas por dia.
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REAL
• Resulta da correcção da dimensão
teórica, expurgando as quebras de
produção, perdas de tempo resultantes de
paragens técnicas como manutenção,
avarias, cortes de energia electrica,
baixas de produtividade, falta de inputs,
feriados, tolerância…
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ECONOMICA OU OPTIMA
• É aquela que permite a maximização dos
resultados anuais de exploração (para o
retorno do investimento) ou da diferença
benefícios-custos.
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ENQUADRAMENTO JURIDICO-LEGAL
• E necessário que a empresa proprietária do
projecto, caso não exista como pessoa jurídica,
seja constituída, por forma a identificar-se o
investidor.
• As diferentes formas jurídicas estao associadas
a diferentes níveis de capital mínimo
necessário e a diferentes possibilidades de
financiamento.
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ESTRUTURA DO DOSSIER DE AVALIAÇÃO
DE UM PROJECTO DE INVESTIMENTO
• Estrutura (Missing)
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Cash Flow/Capitais Propriosvs Alheios
• A diferença ou saldo global entre o somatório
dos benefícios traduzidos em valores de
entradas de caixa e o somatório dos custos de
investimento e de exploração traduzidos em
valores de saída de caixa, isto é, o saldo dos
fluxos de entrada e saída de caixa,
respectivamente decorrentes do projecto,
chama-se cash-flow.
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Itens do Fluxo de Caixa do projecto
O horizonte temporal do projecto e
seu estabelecimento ( n)
O Horizonte Temporal do Projecto (n) é o
número de anos estabelecido como de
referência para a duração do projecto, no qual
são estimados os valores de todas as
componentes que constituem o modelo do
Cash Flow.
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Itens do Fluxo de Caixa do projecto
O horizonte temporal do projecto e seu estabelecimento ( n)
O HTP pode estar já pré-estabelecido pelas
instituições que concedem o financiamento,
observando-o, aquele que pretender obter
financiamento através dessa instituição
financeira. Exemplo, para o caso do Banco
Mundial, o n é igual a 5 anos (na prática, este
período pode beneficiar de uma prorrogação,
normalmente de 6 a 24 meses, sempre que
haja justificações para o efeito.
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Contin.
• Para os casos de Projectos Directamente
Produtivos (de novas empresas ou de
empresas já existentes), a fixação do n, dum
modo geral, dependera :
Da natureza e complexidade do projecto;
Da obsolescência do equipamento e da
evolução tecnológica: definir um horizonte
temporal elevado pode trazer repercussões
negativas para a rentabilidade esperada do
projecto, como projectado no Cash Flow;
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Contin.
• O risco na projecção dos elementos do Fluxo.
Como os cálculos são feitos no momento
presente, para o momento futuro, quanto maior
for n, maior será o risco de se registarem
falhas de cumprimento das projecções feitas.
• Por exemplo, as receitas de vendas estimadas
para o 9° ano de um projecto, encerram um
maior risco de falhar, comparativamente às
receitas estimadas para o 2° ano do projecto;
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Contin.
Aspectos fiscais ou legais sobre a fixação da vida útil do equipamento;
A rentabilidade do projecto: um projecto altamente rentável ( que permite recuperar o investimento em 2 anos, por exemplo ), não fará muito sentido formulá-lo para 10 anos pois, os fluxos mais importantes serão os dos primeiros 2 anos e, eventualmente, dos anos próximos aos 2 primeiros;
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Contin.
• Portanto, não há um período previamente
fixado, havendo que compatibilizar todas as
variáveis que possam entrar em jogo, e
cruzadas com a maior ou menor rentabilidade
do projecto, que justifiquem a compressão ou o
alargamento do tempo.
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O INVESTIMENTO ( I )
• O calculo do valor do investimento (sua estimativa) é de extrema importância, também, por ter reflexos directos na viabilidade do projecto. Uma subvalorização pode trazer problemas de défice na fase da execução do investimento e uma sobrevalorização pode trazer um excesso que pode provocar alguns prejuízos para a empresa (não aplicação dos recursos em excesso noutros fins e contracção de dividas acima do desejado).
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O INVESTIMENTO (I)
• Investimento Total = Investimento em capital Fixo(Corporeo + Incorpóreo) + Investimento em Fundo de Maneio(Capital Circulante/Capital de Giro Operacional/Capital de Trabalho = Working Capital) + Imprevistos
Convenção de Registo
• Estabelece que todo o investimento realizado ao longo do primeiro ano, para fins de registo é como se ele tivesse ocorrido no momento zero (0)...
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O calculo das Receitas/Proveitos
• As receitas de vendas serão calculadas com base na relação Preço de Venda x Quantidades Vendidas;
• A Receita total(Proveitos totais=Vendas + Variacao da producao +) será a soma das receitas parciais de venda, de cada produto e em cada canal e segmento de mercado, de
acordo com o plano;
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O calculo das Receitas(Cont.)
• De novo, as receitas estimadas, terão maior risco de falhar, para os anos mais afastados do
Horizonte Temporal
• Vendas = Producao + Stock inicial – Stock Final ou
• Producao = Vendas + Stock Final - Stock inicial
• Producao = Vendas + Δstock de produtos acabados
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Contin.
Na projecção das receitas, anota-se a necessidade de
se evitar a sua sobrevalorização. Para melhorar a
imagem de um projecto, do ponto de vista de
rentabilidade, é usual o empolamento das receitas. Na
fase da implementação, podem surgir problemas de
tesouraria difíceis de compatibilizar com as
expectativas geradas.
Convenção de Registo – Diferentemente do investimento as receitas tem um
tratamento oposto. As receitas que ocorrem no primeiro ano
são registadas no fim do período.
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O CALCULO DOS CUSTOS • Os custos podem ser estimados através do custo
unitário padrão. Conhecido o custo padrão de
produzir uma única unidade, determinam-se os custos
totais, multiplicando-se pelas quantidades planificadas
• Outra forma pode ser através da listagem de todas as
despesas necessárias para a produção. Feita a lista,
determinam-se as quantidades que serão necessárias
para produzir a lista planificada dos produtos e
extraem-se os custos totais.
CT = Custo de mão de obra + custo matéria prima +
amortizações + provisões + outros gastos gerais
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O CALCULO DOS CUSTOS
Convenção de Registo
• É igual a convenção de registo das receitas, os
custos que ocorrem no período zero (0) o seu
registo é feito no fim do período.
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O TRATAMENTO DAS AMORTIZAÇÕES
• As amortizações, expressão monetária do
desgaste físico dos equipamentos, são parte
integrante dos Custos. Porem, diferentemente
dos outros elementos dos Custos, por exemplo
os Salários, nestes, a empresa devera
desembolsa-los, para fazer os respectivos
pagamentos. Naqueles, a empresa não faz
nenhum desembolso (dai dizer-se que as
amortizações são elemento dos custos que não
significam desembolso de fundos.
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O Valor Residual
• É o Valor do capital fixo no último ano do projecto + a Recuperação das Necessidades de Fundo de Maneio.
• O calculo anual das amortizações, deve ser confrontado com o valor total investido no equipamento. Como o normal e o equipamento se apresentar com uma Vida útil superior ao HTP, tem-se que o equipamento será amortizado apenas parcialmente, chegando-se ao fim do projecto com algum valor que não foi amortizado ou seja, o Valor Residual;
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O Valor Residual do equipamento
• É o Valor do capital fixo no ultimo ano
do projecto.
• Mais ou Menos Valias.
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O Capital Circulante
• É a grandeza mínima de Capital que a empresa
precisa para financiar os ciclos iniciais de
produção, para adquirir as matérias primas e
outros materiais, pagar os salários dos
primeiros meses de funcionamento e cobrir
outras despesas de funcionamento(agua,
energia, deslocacoes...);
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O Capital Circulante
• Montante necessario destinado a financiar os
custos de exploracao e de estrutura durante o
periodo que antecede o escoamento da
producao junto dos consumidores, atendendo
ao facto de existir desfazamento na maior parte
das actividades economicas, entre o momento
que inicia o ciclo de producao e o momento em
que o produto é vendido no mercado.
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O Capital Circulante
• Feitas as vendas, dos primeiros ciclos de
produção, esse valor é recuperado, na forma
de receitas e, volta a ser empregue para o
financiamento dos ciclos seguintes.
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O Capital Circulante
• Mesmo nos anos de laboração havera sempre um gap entre as receitas e despesas devido a creditos concedidos a clientes que levam tempo para a sua cobranca, da mesma forma que se tem creditos recebidos de fornecedores.
• O capital circulante (Fundo de maneio ou Capital de giro operacional) resulta da diferenca entre dois grupos, nomeadamente: Necessidades e Recursos
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O Capital Circulante • No grupo das Necessidades encontram-se a reserva
de seguranca de tesouraria(disponibilidades), montante em dinheiro colocado à parte para efeitos de imprevistos decorrentes da actividade de exploracao diaria, o credito a clientes e o stock medio de materias primas, auxiliares, produtos em vias de fabrico e produtos acabados (existencias) e outros devedores/Outros creditos sobre terceiros, de curto prazo(Estado); e
• No grupo de Recursos temos as fontes alternativas de financiamento que se consubstanciam no credito de fornecedores e outros credores/Outros debitos a terceiros, de curto prazo (Estado).
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O Capital Circulante
• O Capital Circulante (Fundo de Maneio) pode
ser encontrado da diferenca entre o activo
circulante(ac) e o passivo circulante(pc), no
Balanco:
Activo Circulante = Disponibilidades (Caixa e
Bancos) + Clientes + Outros Creditos de curto
prazo)+Stocks(Existencias);
Passivo Circulante = Fornecedores (debitos de
curto prazo) + Outros Credores
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O Capital Circulante
Rubrica Ano 1 Ano 2 Ano 3
A. Necessidades
ACTIVO CIRCULANTE
1. Disponibilidades(Caixa+Bancos)
2. Clientes
3.Existencias
4. Outros Devedores
5. Total Necessidades (1+2+3+4)
B. Recursos
PASSIVO CIRCULANTE
6. Fornecedores
7. Outros Credores
8. Total Recursos (6+7)
Fundo de Maneio/Capital Circulante = 5 -8
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O Capital Circulante
• No ultimo Ciclo de produção (ultimo ano do
nosso HTP) o valor investido na forma de
Capital Circulante é recuperado, como Receita.
Como se trata do último ano do projecto, o
pressuposto é que não haverá mais produção.
Logo, o valor do Capital Circulante, no ultimo
ano do projecto constitui uma Receita que deve
ser contabilizada.
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O Capital Circulante
• O valor residual pode igualmente resultar da
recuperação das necessidades de fundo de
maneio necessário ao investimento. Os stocks
podem ser liquidados, os créditos recuperados,
as dívidas de curto prazo regularizadas,
permitindo obter uma entrada de dinheiro
apreciável.
• Esta soma, isenta de impostos, é adicionada ao
último cash flow do investimento.
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O Resultado Antes do Imposto(RAI) • O projecto, no sentido em que estará constituído
como empresa, é objecto do pagamento do imposto,
numa taxa estabelecida pela autoridade fiscal;
• O imposto a pagar em cada ano, será determinado
tendo em conta o seguinte:
• RAI obtém-se pela Relação Receitas Totais - Custos
Totais;
• RAI = RT(PROVEITOS) - CT
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O Imposto
• RAI x a taxa do imposto estabelecida.
Resultado Pós Imposto
= RAI - imposto
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Margem de Auto Financiamento (MAF)
• MAF = RPI+ Amortizações( ate ao penultimo
ano)
• No ultimo ano: MAF = RPI+ Amortizações + P
+ Valor Residual(Capital Fixo + Fundo de
Maneio)
• Decisões de financiamento afectam os
resultados antes de imposto e o imposto a
pagar mas não o Fluxo de Caixa.
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O Cash Flow • Finalmente, temos o resumo das operações que nos
mostram o balanço entre os recebimentos e os
pagamentos
• Da Margem de Auto-Financiamento ( capacidade que
o projecto tem de se auto financiar, ou de cobrir o
investimento ), verificamos em que medida o
Investimento é coberto, em cada ano do nosso HTP;
• A relação MAF - Investimento fornece-nos o Cash
Flow.
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DEMONSTRACAO DE RESULTADOS
PREVISIONAIS
2011 2012 2013 2014 2015
Anos 1 2 3 4 5
Vendas
Custos Totais
Matéria prima
Salarios
FST
Amortizacoes
Provisoes
Outros
RO
RAI
MATERIA COLECTAVEL
Impostos
Resultado Líquido
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MAPA DE FLUXO DE CAIXA
ORDEM DESCRICAO 0 P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
1 INVESTIMENTO
2 RECEITAS
3 CUSTOS TOTAIS
4 AMORTIZACOES
5 NECESSIDADE EM CAPITAL CIRCULANTE6 INVESTIMENTO EM CAPITAL CIRCULANTE7 VALOR RESIDUAL
8 RESULTADO ANTES DO IMPOSTO9 IMPOSTO
10 RESULTADO POS IMPOSTO
11 MARGEM DE AUTO FINANCIAMENTO12 FLUXO DE CAIXA
FLUXO DE CAIXA ACUMULADO VAL
Fluxo de caixa a 5%
Fluxo de caixa a 10%
Fluxo de caixa a 15%
Fluxo de caixa a 20%
Fluxo de caixa a 25%
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0 1 2 3 4 5
VENDAS
VARIACAO DA PRODUCAO
PROVEITOS
CUSTOS
MATÉRIA-PRIMA
MÃO-DE-OBRA
FORNECIMENTOS E SERVICOS DE TERCEIROS
OUTROS CUSTOS
AMORTIZACOES
PROVISOES
RESULTADOS OPERACIONAIS
RAI
MATERIA COLECTAVEL
IMPOSTO
RESULTADO POS IMPOSTO (RL)
AMORTIZACOES
PROVISOES
CASH-FLOW DE EXPLORACAO (MLP ou MAF)
INVESTIMENTO
CAPITAL FIXO
CAPITAL CIRCULANTE
VALOR RESIDUAL
CAPITAL FIXO
CAPITAL CIRCULANTE
CASH-FLOW DO PROJECTO SIMPLES
CASH-FLOW DO PROJECTO ACUMULADO
COEFICIENTE DE ACTUALIZACAO
CASH-FLOW DO PROJECTO ACTUALIZADO
CASH-FLOW DO PROJECTO ACTUALIZADO E ACUMULADO
MLP = Meios Libertos do Projecto
MAF = Margem de Autofinanciamento
MAPA DE CASH FLOW
ANOS
DESCRICAO
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Fontes de erros na formulação do CF
• O estudo do mercado e/ou estudo tecnico são insuficientes e pouco esclarecedores;
• Os custos do investimento estão subestimados;
• Esquecimento de estimar o fundo de maneio
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Fontes de erros na formulação do CF
• Os custos de exploração estão subestimados;
•
• Subestimação de formação do pessoal;
• Os benefícios estão sobrestimados;
• Há ausência de variantes
• O regime de manuseamento e previsões adoptado é fiscalmente ilegal
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Fontes de erros na formulação do CF
Os erros mais comuns são:
• O estudo do mercado e/ou estudo técnico são insuficientes e pouco esclarecedores;
• O faseamento das diferentes fases do projecto é incorrecto com consequências ao nível dos cash flow;
• Os custos do investimento estão subestimados;
• Os custos de exploração estão subestimados ( não se incluem custos de transporte, os custos de formação do pessoal, etc.);
• Os benefícios estão sobrestimados;
• Há ausência de variantes
• O regime de manuseamento e previsões adoptado é fiscalmente ilegal
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SINERGIAS vs CANIBALIZACAO e
CUSTO DE OPORTUNIDADE CUSTO DE OPORTUNIDADE:
Corresponde ao valor adveniente da melhor
aplicação alternativa de um recurso que se
pretende desviar para o projecto.
Ex: Terreno de um individuo não ocupado, que
tem comprador a vista por US$ 10.000, que vai
ser usado num projecto promovido pelo individuo.
- O valor de 10.000 deve ser considerado como
custo (Cash-out-flow) mesmo que não haja
desembolso (diferença entre analise de
investimento e contabilidade).
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CUSTO DE OPORTUNIDADE (Cont.)
O terreno pode estar a produzir alimentos
gerando um ganho para o promotor que se vai
perder por causa do projecto ou gera uma renda
fixa durante determinado tempo (temos que
considerar como Cash-out-Flow o Valor
Actualizado dessa renda).
Existindo duas ou mais alternativas temos que
considerar o maior valor perdido nas
alternativas(melhor oportunidade perdida pelo
proprietário).
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CUSTO DE OPORTUNIDADE (Cont.)
Ex2: Armazém que gera Cash-Flow anual de
US$ 30.000/ano por 5 anos. Projecto: Produção
de farinha de mandioca (Rhale). O armazém é
transformado em fábrica(parte relativa a
construções no plano de investimento) +
aquisição de equipamento por US$ 40.000.
Espera-se que o novo negocio gere Cash-Flows
de US$ 40.000 durante os próximos 5 anos. Se
custo de capital é de 10%, analise a viabilidade
do negocio.
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CUSTO DE OPORTUNIDADE (Cont.)
Ex2: Custo de Oportunidade do armazém:
Custo = 113.723,6
Investimento Total = 113.723,6 + 40.000 = 153.723,6
Cah-Flow do projecto Actualizado =
151.631,47- 153.723,6 = -2092,13. O senso comum omitiria 113.723,6
%10530000 Custo
47,631.15140000 %105 Valor
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CANIBALIZACAO OU SINERGIA DE
PRODUTOS CANIBALIZACAO: Situação em que a
introdução de um novo produto por um projecto
acarreta a redução de vendas de produtos já
existentes na empresa. Os Cash-Flows relativos
à redução de vendas devem ser considerados no
novo projecto.
SINERGIAS: Quando o produto do projecto
complementa os já existentes. Descartáveis e
napinhos; calcas jeans e camisetes; pastelaria e
internet café…