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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TST – AJADM+TÉCNICO ADM PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 06 Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do Superior Tribunal de Justiça; dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; dos Tribunais e Juízes do Trabalho. I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS 3 II. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 44 III. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 66 IV. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS 81 V. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO 96 VI. QUESTÕES DA AULA 111 VII. GABARITO 138 VIII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 139 Olá futuros Analistas e Técnicos Administrativos do TST! Prontos para o SEU salário de R$ 6.611,39 e 4.052,96? Na aula de hoje, estudaremos um assunto FUNDAMENTAL para a sua prova, afinal, o órgão no qual você irá trabalhar pertence a esse poder: o Poder Judiciário. Esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a maioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF. Como sempre, faremos muitos exercícios das mais variadas bancas para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 72 questões comentadas! Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.

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Aula 06

Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do Superior Tribunal de Justiça; dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; dos Tribunais e Juízes do Trabalho.

I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS 3

II. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 44

III. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 66

IV. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS 81

V. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO 96

VI. QUESTÕES DA AULA 111

VII. GABARITO 138

VIII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 139

Olá futuros Analistas e Técnicos Administrativos do TST!

Prontos para o SEU salário de R$ 6.611,39 e 4.052,96?

Na aula de hoje, estudaremos um assunto FUNDAMENTAL para a sua prova, afinal, o órgão no qual você irá trabalhar pertence a esse poder: o Poder Judiciário.

Esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que amaioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF.

Como sempre, faremos muitos exercícios das mais variadas bancas para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 72questões comentadas!

Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.

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Na aula de hoje, teremos APENAS 49 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável!

Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.

Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email [email protected].

Vamos então à nossa aula!

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I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Meu caro Analista / Técnico Administrativo do TST, você deve se lembrar do princípio da separação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição. Vamos revisar:

Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Esse princípio é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos. Além disso, tais poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si.

Ainda relembrando: o Brasil é um Estado Democrático de direito, ou seja, o Estado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que obedecer às leis (de direito). Pois bem, a independência do Poder Judiciário é a base do Estado de Direito, uma vez que ele efetua o controle dos atos dos outros poderes e faz com que a Constituição seja efetivamente cumprida, tanto pelo Estado quanto pelos particulares.

A nossa Constituição trouxe ainda uma série de direitos fundamentais ligados ao Poder Judiciário, como o Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV), o princípio do juiz natural (art. 5º XXXVII), a duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII), o Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII), a presunção da inocência (art. 5º, LVII), dentre outros.

2. SISTEMAS DE JULGAMENTO DE CONFLITOS

Observe que existem dois sistemas diferentes em relação a quem tem a competência para realizar o julgamento dos conflitos. O sistema inglês,adotado pelo Brasil, é o sistema que prevê a unicidade de jurisdição.Dessa forma, somente o Poder Judiciário tem a capacidade de fazer a coisa julgada e os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente nesse âmbito.

Observe bem que um particular pode exigir seus direitos em âmbito administrativo, exercendo, por exemplo, seu direito de petição. No entanto, as decisões proferidas pelo Estado em âmbito administrativo poderão ser

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reformadas pelo Poder Judiciário. Assim, somente o Judiciário faz coisa julgada.

O outro sistema de resolução de conflitos é o sistema francês, também chamado de contencioso administrativo. Nesse modelo, existem duas jurisdições: a comum, feita pelo Poder Judiciário e a administrativa, feita em âmbito administrativo. Nesse modelo, as decisões proferidas em âmbito administrativo possuem força de coisa julgada administrativa.

Lembre-se: o modelo adotado pelo Brasil é o modelo inglês, onde somente o Judiciário faz coisa julgada.

3. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO

O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma função típica e também funções atípicas. A função típica do Judiciário é a função jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às controvérsias a ele submetidas.

Por outro lado, o Judiciário exerce, como funções atípicas, a função administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a função legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos Internos).

Esquematizando:

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PODER JUDICIÁRIO Observações Gerais

O Poder Judiciário independente é a base do Estado de Direito

Vários direitos fundamentais são - Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV) relacionados ao Poder Judiciário - Princípio do Juiz Natural (art. 5º XXXVII)

- Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII) - Presunção da inocência (art. 5º, LVII) - Duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII) - Outros

Sistema - Inglês - Adotado pelo Brasil- Unicidade de jurisdição - Os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente em âmbito administrativo.

- Francês ou contencioso administrativo: Há coisa julgada administrativa

Funções do - Típica - Função jurisdicional (ou de julgamento)Judiciário - Dizer e aplicar o Direito às controvérsias a ele submetidas

- Atípica -Administrativa: Quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.

- Legislativa - Quando produz normas gerais, aplicáveis no seu âmbito - Ex: Regimentos Internos dos Tribunais (equiparam-se às Leis Ordinárias)

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4. ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO

O art. 92 da Constituição Federal estabelece quais são os órgãos do Poder Judiciário. Observe:

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I - o Supremo Tribunal Federal;

I-A o Conselho Nacional de Justiça;

II - o Superior Tribunal de Justiça;

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais e Juízes Militares;

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Antes de explicar como funciona a estrutura do Judiciário, observe-a atentamente e depois, na medida em que eu for explicando, retorne ao quadro a seguir e visualize bem onde está cada órgão.

Supremo Tribunal Federal

STF

Superior Tribunal de

Justiça STJ

Tribunal de Justiça

Estadual TJEst

Juiz Estadual, do

DF e Territórios

Tribunal Regional

Federal TRF

Juiz Federal

- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,que não possui competências jurisdicionais.

No topo do Poder Judiciário, está o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é o “Guardião da Constituição” e é ele quem possui a última palavra no que se refere à interpretação constitucional. (volte agora e localize o STF no organograma).

Tribunal Superior

Eleitoral TSE

Tribunal Regional

Eleitoral TRE

Juízes e Juntas

Eleitorais

Tribunal Superior do

Trabalho TST

Tribunal Regional do

Trabalho TRT

Juiz do Trabalho

Tribunais de Convergência

Tribunais de Superposição

Tribunais Superiores

Superior Tribunal Militar

STM

2º grau

1º grau Juízes Militares

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Logo abaixo do STF, estão os quatro Tribunais Superiores: Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). (volte agora e localize os Tribunais Superiores no organograma).

O Poder Judiciário, para fins didáticos, se divide em duas esferas: federal eestadual. A esfera federal possui competências expressamenteenumeradas na Constituição, enquanto as competências da esfera estadualsão residuais.

A esfera federal se subdivide ainda em justiça comum, que julga as causas consideradas ordinárias, e justiça especializada, que julga as causas relativas à justiça do trabalho, eleitoral e militar.

Na esfera federal, existem os chamados Tribunais de Superposição. Esses Tribunais são aqueles onde, embora não pertençam a nenhuma justiça,suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto da justiça comum quanto da especializada). O Brasil possui dois tribunais de superposição: o STF, que julga questões relativas à Constituição Federal, e o STJ, que julga questões relativas às leis,assegurando a uniformização na interpretação da legislação federal. Importante lembrar que o STJ não realiza o controle abstrato de constitucionalidade, realizando somente o controle difuso. (volte agora ao quadro e identifique os Tribunais de Superposição).

Existem, além dos tribunais de superposição, os Tribunais de Convergência.Eles possuem esse nome porque as causas processadas pelos juízos inferiores convergem para esses Tribunais. Os tribunais de convergência brasileiros são os seguintes: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). Observe que o STF e o STJ são, ao mesmo tempo, tribunais de convergência e de superposição. (volte agora e observe como os juízos inferiores convergem para os juízos superiores: os juízes e tribunais eleitorais convergem para o TSE, os juízes e tribunais do trabalho convergem para o TRE, e assim por diante).

Passando agora para o degrau mais inferior do organograma (e pulando os Tribunais de 2º grau), estão os juízes de primeiro grau ou primeira instância. Esses juízes são órgãos singulares (isso mesmo! Um juiz é um

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ÓRGÃO do Poder Judiciário!) e julgam monocraticamente, ou seja, apenas uma pessoa julga. É nos juízes de primeiro grau onde começa a grande maioria dos processos do judiciário. Assim, existem os juízes estaduais de primeiro grau, os juízes federais de primeiro grau e assim por diante. (volteagora e identifique os juízes de primeiro grau).

Logo acima dos juízes de primeiro grau, estão os Tribunais de segundo grau ou segunda instância. Esses Tribunais, situados imediatamente acima dos juízos singulares, funcionam como instância recursal destes. Assim, caso alguém “não fique satisfeito” com a sentença que o juiz de primeiro grau proferiu, ele pode recorrer ao tribunal de segunda instância para que sua sentença seja reapreciada por este.

Além de funcionarem como instância recursal, os tribunais também possuem competências originárias, ou seja, existem alguns tipos de processo que já se iniciam no âmbito do tribunal, jamais passando pelo juiz singular. Portanto, os Tribunais possuem competências originárias e recursais. (Volte agora e observe os tribunais de segundo grau).

Uma informação que você deve sempre ter em mente é que, diferentemente dos juízos singulares, onde apenas uma pessoa julga, todos os tribunais são órgãos colegiados, ou seja, existem várias pessoas julgando de maneira conjunta.

Os membros dos tribunais possuem nomes diferentes, a depender do tribunal que atuam. Os julgadores dos Tribunais de Justiça Estaduais, por exemplo, são chamados de desembargadores. Os desembargadores são “juízes que foram promovidos” a membros dos Tribunais de Justiça. Já os membros dos Tribunais Superiores e do STF são, em regra, chamados de Ministros. Por exemplo, um membro do STJ se chama Ministro do STJ, enquanto um membro do STF se chama Ministro do STF.

Voltando à estrutura do Poder Judiciário, existe ainda o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse órgão não está integrando o organograma acima porque ele não possui função jurisdicional, ou seja, o CNJ não pode julgar causas no Judiciário (não pode dizer o direito), sendo um órgão eminentemente administrativo.

“Mas então para que serve o CNJ?” Esse órgão tem a incumbência de realizar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do

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cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Dessa forma, o CNJ é um órgão de controle INTERNO do Poder Judiciário (e não de controle externo!).

Lembre-se que o órgão máximo do judiciário brasileiro é o Supremo Tribunal Federal e que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF ou seus ministros. Além disso, o CNJ teve sua constitucionalidade questionada e o STF entendeu que sua criação não viola a Constituição (ADI 3.367/DF).

Uma derradeira informação importante sobre o CNJ: ele é um órgão do Poder Judiciário como um todo e os Estados não podem criar órgãos estaduais de controle interno ou externo do Poder Judiciário (ADI 3.367). Observe a súmula 649 do STF:

“É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades.”

Por fim, o STF e os Tribunais Superiores possuem jurisdição em todo o território nacional (lembre-se que o CNJ não possui jurisdição) e estes e o CNJ (STF+Tribunais Superiores+CNJ) têm sede na Capital Federal.

Saindo da esfera federal e indo para a outra esfera: a esfera estadual. Esta possui competências não enumeradas expressamente pela Constituição.Assim, o que não está previsto na CF como federal será de competência estadual, sendo, por isso, chamada de residual. Além disso, os Tribunais de Justiça Estaduais (TJEst) podem realizar tanto o controle difuso deconstitucionalidade (frente à CF e à Constituição Estadual) quanto o controle concentrado de constitucionalidade (somente frente à Constituição Estadual).

Deve-se lembrar o fato de que não existe judiciário municipal e que não existem mais Tribunais de Alçada, sendo que seus membros passaram a integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a antiguidade e a classe de origem.

Explicando melhor: os Tribunais de Alçada ERAM tribunais de 2ª instância, que julgavam processos em grau de recurso e que tinham por finalidade auxiliar o Tribunal de Justiça de determinado Estado da Federação no julgamento dos processos. Além disso, cada Tribunal de Alçada tinha sua competência própria

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e delimitada, ou seja, havia um rol de ações que somente aquele Tribunal de Alçada poderia julgar.

No entanto, como dito, esses tribunais foram extintos e seus membros passaram a fazer parte dos Tribunais de Justiça Estaduais, respeitadas a antiguidade e a classe de origem.

Esquematizando:

Estrutura do Poder Judiciário

- Supremo Tribunal Federal (STF)

- Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

- Superior Tribunal de Justiça (STJ)

- Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais;

- Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs)

- Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs)

- Tribunais e Juízes Militares

- Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst)

Supremo Tribunal Federal

STF

Superior Tribunal de

Justiça STJ

Tribunal de Justiça

Estadual TJEst

Juiz Estadual, do

DF e Territórios

Tribunal Regional

Federal TRF

Juiz Federal

- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,que não possui competências jurisdicionais

Tribunal Superior

Eleitoral TSE

Tribunal Regional

Eleitoral TRE

Juízes e Juntas

Eleitorais

Órg

ãos

do

Pod

er

Jud

iciá

rio

(art

. 92)

Tribunais de Superposição

Tribunais Superiores

2º grau

1º grau

Tribunais de Convergência

Tribunal Superior do

Trabalho TST

Superior Tribunal Militar

STM

Tribunal Regional do

Trabalho TRT

Juízes MilitaresJuiz do Trabalho

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- Tribunais Superiores - STJ - STF Tem jurisdição em todo

o território nacional- TST

Tem sede na Capital Federal- TSE- STM

- CNJ: Não possui jurisdição

- Competências enumeradas expressamente na CF

• Comum

• Especializada - Justiça do Trabalho - Justiça Eleitoral - Justiça Militar

• Tribunais de - Embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões seSuperposição sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto

da justiça comum quanto da especializada)

- STF: questões relativas à CF

- STJ - Questões relativas às leis- Assegurar a uniformização na interpretação da

legislação federal - Não realiza o controle abstrato de constitucionalidade - Somente realiza o DIFUSO

• Tribunais de - As causas processadas pelos juízos inferiores convergem Convergência para esses Tribunais

- STF - STJ - TST - TSE - STM

- Competências residuais

- Os TJ estaduais podem realizar o controle - Difuso (frente à CF e a CEst) - Concentrado (só frente a CEst)

- Não existe judiciário municipal - Não existem mais Tribunais de Alçada: seus membros passaram a integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a antiguidade e a classe de origem

Federal

Estadual

Esf

eras

doJu

dic

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5. O QUINTO CONSTITUCIONAL E OS ÓRGÃOS ESPECIAIS

Futuros Analistas e Técnicos Administrativos do TST, ainda quanto à organização e estrutura do Poder Judiciário, a Constituição Federal contém duas importantes previsões: o quinto constitucional e os órgãos especiais.

a) O QUINTO CONSTITUCIONAL é uma regra que assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos tribunais. Assim, alguns tribunais não são compostos apenas de “juízes promovidos” (ou desembargadores, lembra-se?), sendo que um quinto dos membros desses órgãos serão advogados ou membros do Ministério Público.

Requisitos: para poderem fazer parte da composição dos tribunais pelo quinto constitucional, os membros do Ministério Público precisam ter mais de 10 anos de carreira e os advogados precisam de notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade.

Tribunais onde se aplica o quinto constitucional: o quinto constitucional não se aplica a todos os tribunais, aplicando-se aos Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho.

Procedimento: o procedimento para que um advogado ou membro do Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem simples:

1- Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP ou da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla.

2- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo.

3- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias.

b) A outra importante previsão constitucional acerca da estrutura e organização do Poder Judiciário é a possibilidade dos tribunais criarem um ÓRGÃO ESPECIAL.

Acompanhe o raciocínio:

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1- Um tribunal é a reunião dos seus membros. Por exemplo, o STF é a reunião de todos os seus 11 Ministros, o STJ é a reunião de todos os seus 33 Ministros, e assim por diante.

2- Quando todos os membros de um tribunal se reúnem ao mesmo tempo, eles estarão reunidos em Plenário, também chamado de Tribunal Pleno, ou simplesmente Pleno. (Ex: o Pleno do STF é a reunião dos seus 11 Ministros, o Pleno do STJ é a reunião dos seus 33 Ministros etc.).

3- Para facilitar os trabalhos e acelerar a prestação jurisdicional, o tribunal pode se subdividir em órgãos fracionários (Câmaras e Turmas). Por exemplo, o STF se divide em duas turmas, cada uma com cinco Ministros.

Esses órgãos fracionários é que julgam a maioria dos processos, ficando a cargo do Pleno apenas as atribuições mais importantes.

4- Em tribunais pequenos, como o STF, o Pleno funciona com agilidade. Agora imagine o Tribunal de Justiça de São Paulo, que possui mais de trezentos desembargadores! Nesse caso, o Plenário é um órgão muito grande e pouco ágil.

Dessa forma, para acelerar ainda mais a atividade jurisdicional e administrativa dos tribunais que possuam mais de 25 julgadores,PODE (facultativo) ser criado um órgão intermediário, entre o Pleno e os órgãos fracionários, chamado de ÓRGÃO ESPECIAL. Esse órgão especial deverá possuir entre 11 e 25 membros e terá atribuiçõesjurisdicionais e também administrativas.

Por fim, metade das vagas nos órgãos especiais serão providas por eleição do Tribunal Pleno e a outra metade por antiguidade.

5- Você observou o termo “possibilidade”? Pois bem, a criação dos órgãos especiais é facultativa.

6- Observe o organograma abaixo:

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Plenário

1ª Câmara 2ª Câmara 1ª Turma 2ª Turma 3ª Turma

ÓrgãoEspecial

Esquematizando:

- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos Tribunais

- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade

Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas classes

- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice

- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias

- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). Valendo somente para - TST

- TRT - TRF - TJEst

Órgão Especial - Facultativo- Em tribunais com mais de 25 julgadores - Número de membros do órgão especial - Mín 11

- Máx 25 - Provimento - ½ por antiguidade

- ½ por eleição do tribunal pleno

- Atribuições - Administrativas - Jurisdicionais - Delegadas do Tribunal Pleno

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6. GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO PODER JUDICIÁRIO

A Constituição prevê algumas garantias ao Poder Judiciário para preservar sua independência funcional. Essas garantias não são privilégios ou benefícios exagerados, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência para o exercício de suas funções.

Primeiro, são crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II). Dessa forma, não pode o Presidente da República limitar ou ferir a independência do Judiciário, sob pena de cometer crime de responsabilidade.

Segundo, a Constituição Federal proíbe que as garantias do Judiciário sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 62, § 1º, I, "c" + 68, § 1º, I). Esse mecanismo evita que o Presidente da República cometa abusos ao regular as garantias do Poder Judiciário.

Por fim, a CF prevê a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário (art. 99). Por AUTONOMIA FINANCEIRA, entende-se o fato do Judiciário elaborar as sua própria proposta orçamentária, obviamente, respeitada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, é o próprio Judiciário quem decide como e quando gastar os seus recursos, evitando-se a interferência dos demais poderes.

O encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito:

• Na União: pelos Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais.

• Nos Estados e DFT: pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os demais poderes na LDO.

Além disso, se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

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Já a AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é garantida pelo poder que o Judiciário tem de se auto-organizar. Dessa forma, os demais poderes não podem interferir na organização e estrutura do Poder Judiciário. Assim, a Constituição garante que os tribunais podem:

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízosque lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;

e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargosnecessários à administração da Justiça, exceto os de confiança;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

Ainda como pilar da autonomia administrativa, o Judiciário pode propor que o Legislativo elabore leis sobre sua organização. Assim, compete ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo (art. 96):

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

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- Não são privilégios, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência para o exercício de suas funções

i. São crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II)

ii. Proibição que as garantias do Judiciário sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 62, § 1º , I, "c" + 68, § 1º ,I)

iii.

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- Tribunais elaboram suas próprias propostas orçamentárias- Respeitando a LDO- Encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito:

• União: Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais• Estados e DFT: Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais

- Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivoconsiderará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO

- Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins de consolidação da proposta orçamentária anual

I - Os Tribunais podem: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;

e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à administração da Just., exceto os de confiança;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

II - O STF aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

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7. ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DO PODER JUDICIÁRIO

Além da autonomia administrativa e financeira e das demais garantias institucionais, o Poder Judiciário possui também uma forma peculiar de organizar a carreira dos membros dos tribunais e dos juízes.

Primeiramente, a Constituição estabelece que o Estatuto da Magistraturaseja uma Lei Complementar de iniciativa do STF e organize a carreira do Judiciário. Além disso, a referida lei deverá observar alguns princípios:

Cargo inicial: O cargo inicial de ingresso na carreira do Poder Judiciário será o de juiz substituto e deve ser provido mediante concurso público de provas e títulos. Além disso, a Ordem dos Advogados do Brasil deve participar em todas as fases do concurso e os candidatos devem comprovar, para tomarem posse, três anos de atividade jurídica. Por fim, ao nomear os aprovados para os cargos de juiz substituto, o tribunal deve obedecer rigorosamente à ordem de classificação no concurso.

Promoção: Uma vez tomado posse e exercendo a profissão, os juízes podem ser promovidos. Assim, a promoção dos juízes será de entrância para entrância e alternadamente, por antiguidade e merecimento,atendidas algumas normas.

Meu caro Analista / Técnico Administrativo do TST, antes de estudarmos as normas para promoção dos juízes, vamos a algumas explicações:

Os juízos de primeira instância são divididos em comarcas, que são os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. As comarcas são escalonadas em entrâncias, assim, o juiz de direito toma posse nas entrâncias iniciais e vai progredindo de entrância em entrância até chegar à entrância final, que é o último degrau da primeira instância (não confundir instância com entrância!). Foi isso então que a Constituição quis dizer: o juiz será promovido de entrância para entrância: das iniciais até as finais.

Como exemplo, observe esse trecho, retirado do site www.wikipedia.org.br, explicando como está organizado o Poder Judiciário do Estado do Rio grande do Norte:

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O poder judiciário é uma unidade cuja principal função é avaliar, controlar, executar e planejar todos os trabalhos de administração integrantes do sistema.[85] Atualmente o diretor geral é Cláudio José Marinho da Lima. A sede está localizada na Praça 7 de setembro, em Natal.[85] Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio de Comarcas, termo jurídico que designa uma divisão territorial específica, que indica os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. No Rio Grande do Norte, existem três tipos de comarca: as de primeira, segunda e terceira entrância. Dos sessenta e cinco municípios do estado com comarcas, trinta são de primeira entrância (são eles: Afonso Bezerra, Almino Afonso, Arez, Baraúna, Campo Grande, Cruzeta,Extremoz, Florânia, Governador Dix-Sept Rosado, Ipanguaçu, .......), vinte e cinco de segunda (instaladas nos municípios de Acari, Alexandria, Angicos, Apodi, Areia Branca,Canguaretama, Caraúbas, Goianinha, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lajes, Luís Gomes,Macaíba, ......) e dez de terceira, este último com comarcas em Assu, Caicó, Ceará-Mirim,Currais Novos, João Câmara, Macau, Mossoró, Natal, Nova Cruz e Pau dos Ferros.

Ademais, como critérios de promoção, devem ser observados a antiguidade e o merecimento.

o Normas para a promoção:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusaro juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

Acesso aos tribunais de segundo grau: Os juízes serão promovidos até os tribunais de segunda instância (e se tornarão desembargadores)

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por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância;

Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento (falaremos sobre o vitaliciamento um pouco mais tarde).

Aposentadoria e pensão: a aposentadoria e pensão dos membros do judiciário seguem a regra dos servidores públicos.

Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal. Isso garante uma melhor prestação do Judiciário, uma vez que evita que os juízes titulares morem em uma comarca e trabalhem em outra (morem em uma cidade e trabalhem em outra cidade, por exemplo).

Remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: deverá ser fundado em decisão por voto da maioriaabsoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada ampla defesa.

Publicidade e motivação das decisões dos tribunais: via de regra, todas as decisões do Judiciário, tanto as administrativas quanto as jurisdicionais, são fundamentadas e públicas. Assim, todos os julgamentos são públicos, podendo ser acompanhados por qualquer pessoa. Excepcionalmente, a lei poderá limitar a publicidade para preservar o direito à intimidade.

Além disso, as decisões administrativas dos tribunais serão sempre motivadas e em sessão pública, sendo que as decisões disciplinares são tomadas pela maioria absoluta de seus membros.

Atividade jurisdicional ininterrupta: o Poder Judiciário deve exercer sua atividade jurisdicional (de dizer o direito) de forma contínua e sem interrupções. Assim, são vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau e, nos dias em que não houver expediente forense normal, deve haver juízes em plantão permanente. Observe que essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores! Se aplicando somente aos de segundo grau.

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Número de juízes: deve ser proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população. Essa previsão serve para garantir a qualidade e a rapidez da prestação jurisdicional.

Delegação aos servidores: os servidores (analistas e técnicos dos tribunais) receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os trabalhos, o juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de Secretaria, por exemplo) alguns atos sem caráter decisório.

Distribuição de processos: também para garantir a agilidade da prestação jurisdicional, a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. Isso significa que os processos chegarão nas mãos dos julgadores assim que derem entrada no tribunal.

Subsídio: o valor máximo do subsídio de qualquer magistrado deve sempre respeitar o valor do subsídio dos Ministros do STF (o teto da Administração Pública). Além disso, existem algumas “regrinhas”:

o O subsídio dos magistrados é sempre fixado ou alterado por leiespecífica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada caso;

o É garantida a revisão geral anual dos valores, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

o É garantida a irredutibilidade dos subsídios, para que o Judiciário não sofra pressões dos outros poderes. Deve-se ressaltar que essa irredutibilidade é nominal e não real, ou seja, a irredutibilidade protege somente contra a redução do valor em si, não protegendo o “salário do juiz” da inflação, por exemplo.

o Teto do subsídio Ministros dos Tribunais Superiores: 95%do subsídio dos Ministros do STF.

o Subsídio dos demais magistrados: deve ser fixado em lei e será, no máximo, 95% do subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores.

Além disso, os valores dos subsídios serão escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da

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estrutura judiciária nacional, sendo que a diferença entre a federal e a estadual será de, no mínimo 5% e no máximo 10%.

Esquematizando:

Organização da carreira do Poder Judiciário

Estatuto da Magistratura: LC de iniciativa do STF

Ingresso na carreira - Cargo inicial: juiz substituto- Mediante concurso público de provas e títulos - Participação da OAB em todas as fases - 3 anos de atividade jurídica - Obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação

Promoção - De entrância para entrância, - Alternadamente, por antiguidade e merecimento - Atendidas as seguintes normas:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do - desempenho merecimento - critérios objetivos - produtividade

- presteza no exercício da jurisdição- pela frequência - aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

Acesso aos tribunais de segundo grau: por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância;

Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento

Aposentadoria e pensão: segue a regra dos servidores públicos

Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal

Ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: decisãopor voto da MA - do respectivo tribunal ou

- do CNJ o Assegurada ampla defesa

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Publicidade e motivação - Regra - Todas as decisões são fundamentadasdas decisões - Todos os julgamentos são públicos

- Exceção: A lei poderá limitar a publicidade para preservar o direito à intimidade

- Decisões administrativas - Motivadas dos tribunais - Sessão pública

- As disciplinares são tomadas pela MA de seus membros

Atividade jurisdicional - Vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grauininterrupta - Não se aplica aos Tribunais Superiores!

- Somente aos de segundo grau

- Dias em que não houver expediente forense normal: juízes em plantão permanente

Número de juízes : proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população

Delegação aos servidores: os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório

Distribuição de processos: será imediata, em todos os graus de jurisdição

Subsídio - Sempre observado o teto dos Ministros do STF

- Fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada caso

- Revisão geral anual - Sempre na mesma data - Sem distinção de índices

- Irredutibilidade dos subsídios (Nominal e não real)

- Ministros dos Tribunais Superiores: 95% dos Ministros do STF

- Demais magistrados - Fixado em lei

- No máximo 95% dos Ministros dos Tribunais Superiores

- Escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional

- Diferença entre a federal e a estadual - Mín 5% - Máx 10%

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8. GARANTIAS DOS MAGISTRADOS

A Constituição prevê ainda três garantias aos membros do poder judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.

A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim, nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade.

Vale lembrar que os magistrados não possuem vitaliciedade durante o estágio probatório e, durante esse período, a perda do cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz está vinculado.

Outra observação importante é que os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento daposse, não precisando cumprir o estágio probatório.

Existe uma exceção à vitaliciedade, onde o magistrado pode perder seu cargo por uma decisão de um órgão estranho ao judiciário: os Ministros do STF e os Conselheiros do CNJ poderão perder seus cargos caso sejam condenados pelo Senado Federal nos crime de responsabilidade.

Já a Inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade). Assim, a regra é que os magistrados somente podem ser removidos a pedido e nunca de ofício.

No entanto, excepcionalmente, existem duas hipóteses de remoção contra a vontade do magistrado:

1- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa (art. 95, II).

2- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III).

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Por fim, a irredutibilidade de subsídio garante que os magistrados não poderão ter seus “salários” reduzidos e objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o exercício das funções. Vale lembrar que airredutibilidade é nominal e não real.

Esquematizando:

- Adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos

- Durante o estágio - Não há vitaliciedade probatório - A perda do cargo dependerá de deliberação do

tribunal a que o juiz está vinculado

a) Vitaliciedade - Uma vez adquirida, magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado

- Nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade

- Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da POSSE

- Exceção à vitaliciedade: os Ministros do STF e Conselheiros do CNJ serão julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade, podendo perder seus cargos.

- Assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade)

• Salvo a) Por interesse públicob) Inamovibilidade - Por decisão - Respectivo tribunal ou

da MA do - CNJ - Assegurada ampla defesa

b) determinação do CNJ, a título de sançãoadministrativa, assegurada a ampla defesa

- CF, art. 103-B, § 4º, III + art. 95, II

c) Irredutibilidade de subsídio: Objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o exercício das funções.

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- A irredutibilidade é nominal; não é irredutibilidade real

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9. VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO JUDICIÁRIO

A Constituição Federal, além de estabelecer a estrutura do Poder Judiciário, suas garantias e organização da carreira de seus membros, prevê também algumas vedações aos membros do Poder Judiciário. Essas vedações têm a finalidade de assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura.

As vedações são as seguintes:

i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvouma de magistério. Apesar do texto constitucional dizer “uma de magistério”, o Supremo decidiu que o magistrados pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade.

ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.

iii. Dedicar-se à atividade político-partidária. O magistrado não pode sequer filiar-se a partido político, devendo, afastar-se definitivamente da magistratura, mediante aposentadoria ou exoneração, caso decida pela atividade político-partidária. (TSE, Resolução Nº 19.978 (25.9.97). Consulta N° 353 – DF, Relator: Ministro Costa Leite).

iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições,ressalvadas exceções previstas em lei.

v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,antes de decorrido três anos do afastamento do cargo. Essa vedação, chamada de “quarentena”, evita o tráfico de influência dentro do mesmo juízo, impedindo que um magistrado que se aposente atue como advogado no juízo ou tribunal do qual se afastou (pelo período de 3 anos contado de sua aposentadoria).

Esquematizando:

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ário - Tem por intuito assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura

i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério

- Pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade

ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo

iii. Dedicar-se à atividade político-partidária

- Para se filiar a partido político, tem que se aposentar ou pedir exoneração.

iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas exceções previstas em lei

v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo

- Evita o tráfico de influência

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EXERCÍCIOS

1. (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário) Sobre o Poder Judiciário é correto afirmar:

a) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura.

b) Um sexto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais será composto de membros do Ministério Público e de advogados, indicados em lista quíntupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

c) Os juízes gozam de vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Supremo Tribunal Federal.

d) Somente pelo voto de um terço de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

e) A União, o Distrito Federal, os Territórios e os Estados criarão a justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos indicados pelo Congresso Nacional, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos.

Gabarito: A.

Item A – CERTO. O Estatuto da Magistratura, lei complementar que organiza a carreira dos membros do Judiciário, é de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, conforme o art. 93 da Constituição.

Item B – ERRADO. A questão tentou nos confundir trocando os números! Essa proporção de advogados e membros do MP será de umquinto (é o famoso quinto constitucional, disposto no art. 94), indicados em listas sêxtuplas. Lembre-se de que o quinto constitucional se aplica aos seguintes tribunais: Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho.

Item C – ERRADO. Dois erros aqui: Os juízes adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício e podem perder o cargo, durante o estágio

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probatório, por deliberação do tribunal a que estiverem vinculados (e não do STF, como afirma a questão).

Item D – ERRADO. O item aborda a conhecida “reserva de plenário”. Para se declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público em tribunais, é necessário o voto da maioria absoluta do plenário ou do órgão especial.

Não confunda órgão especial com órgão fracionário! Órgãos especiais podem (é facultativo) ser criados por tribunais com mais de 25 membros, tendo atribuições jurisdicionais e também administrativas delegadas do Pleno. O órgão fracionário é uma subdivisão do Tribunal no intuito de acelerar a prestação da justiça, e não tem competência para declarar inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público.

Item E – ERRADO. Os juízes de paz são eleitos pelo povo, conforme o art. 98, II.

2. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) Aos Juízes é vedado o exercício da advocacia no a) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por exoneração.

b) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo por exoneração.

c) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dez anos do afastamento do cargo por exoneração.

d) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo por aposentadoria.

e) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro anos do afastamento do cargo por aposentadoria.

Gabarito: A. Nessa questão, só precisávamos saber por quanto tempo os juízes afastados do cargo ou aposentados ficam impedidos de advogar em seu tribunal ou juízo de origem. Conforme o art. 95, parágrafo único, V, o tempo é de três anos. Isso é uma espécie de “quarentena” estabelecida pela CF88.

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3. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete, no âmbito da União, a) ao Presidente da República, com aprovação do Supremo Tribunal Federal.

b) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal com aprovação do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral.

c) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais.

d) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação do Presidente da República.

e) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, com aprovação da Ordem dos Advogados do Brasil.

Gabarito: C. A resposta está no art. 99, que trata das questões administrativas e financeiras do Poder Judiciário. No âmbito da União, o STF e os Tribunais Superiores (STJ, TSE, STM e TST), com a aprovação dos respectivos tribunais, encaminharão a proposta do orçamento ao Presidente da República (responsável por apresentar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional).

4. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Ao assegurar a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias.

b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais interessados.

d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo

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procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. A Constituição afirma que os limites serão estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO (art. 99, § 1º).

Item B – CERTO. De acordo com o art. 99, §2º, II.

Item C – ERRADO. o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais (art. 99, §2º, I).

Item D – ERRADO. Quem faz esse ajuste é o Poder Executivo, visto que é ele quem consolida a proposta que será enviada para aprovação do Legislativo. A situação em questão é trazida pelo §4º do artigo 99.

Item E – ERRADO. Pequena (ou grande) maldade da banca, que suprimiu uma exceção que o §5º do art. 99 traz. Segue a íntegra do dispositivo: “Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais”

5. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) Em matéria de garantias aos juízes, considere:I. A que consiste na permanência na comarca em que é titular, salvo por motivo de interesse público.

II. A que implica na sua permanência no cargo, salvo entre outras situações, por sentença judicial transitada em julgado, exoneração a pedido ou aposentadoria.

As hipóteses dizem respeito, respectivamente,

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a) à indisponibilidade e ao juízo natural.

b) à vitaliciedade e a inamovibilidade.

c) ao juízo natural e a inamovibilidade.

d) à inamovibilidade e a vitaliciedade.

e) à vitaliciedade e a segurança jurídica.

Gabarito: D. A Constituição prevê três garantias aos membros do poder judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.

A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

Já a inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade). Cuidado, existem duas exceções!

3- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa (art. 95, II).

4- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III).

6. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) A Constituição da República estabelece igualmente para membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que a) os integrantes das carreiras deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do Tribunal.

b) a vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício da função, dependendo a perda do cargo, inclusive nesse período, de sentença judicial transitada em julgado.

c) o exercício da advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastaram é vedado antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

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d) o exercício de atividade político-partidária é proibido, salvo exceções previstas em lei.

e) o ato de remoção por interesse público será fundado em decisão do órgão colegiado competente, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa.

Gabarito: C.

Item A – ERRADO. Está correto para os membros do Judiciário, mas para os membros do Ministério Público, quem autoriza é o chefe da Instituição, conforme §2º do art. 129.

Item B – ERRADO. Tanto para os membros do Judiciário quanto do Ministério Público, a vitaliciedade somente é adquirida após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo (após a vitaliciedade) senão por sentença judicial transitada em julgado. Nos dois primeiros anos de exercício (antes da vitaliciedade), poderá o juiz perder o cargo pordeliberação do tribunal ao qual está vinculado, conforme o art. 95, I.

Item C – CERTO. A Constituição veda expressamente que o juiz/membro do MP exerçam a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastaram, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. As garantias e vedações relacionadas aos juízes e membros do MP são constantemente cobradas pela FCC!

Item D – ERRADO. Essa vedação é absoluta (não admite exceção),conforme art. 95, parágrafo único da CF88.

Item E – ERRADO. O equívoco está no quórum. No art. 93, VIII, lemos: “o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absolutado respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa”.

7. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A Fazenda Pública Federal, em virtude de sentenças judiciais transitadas em julgado, deve para Carlos, Plínio, Marcos, Flávio e Pompeu, cujos créditos são respectivamente decorrentes de salário, de pensão, de restituição de imposto, de indenização por morte e de indenização por invalidez. Segundo a Constituição Federal

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brasileira, no caso, os pagamentos desses débitos serão realizados exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e, em tese, NÃO terá preferência, sobre os demais, o crédito de a) Pompeu.

b) Carlos.

c) Marcos.

d) Plínio.

e) Flávio.

Gabarito: C. No §1º do art. 100, temos as situações em que alguns débitos judiciais da Fazenda Pública (precatórios) serão pagos com preferência sobre os demais. Entre eles, não se encontra o caso da restituição de imposto.

8. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem cronológica de apresentação dos precatórios,a) sem qualquer exceção, e não gozam de qualquer preferência os portadores de doença grave e idosos, que apenas têm direito à prioridade de tramitação do processo nas fases de conhecimento e de execução.

b) mas os débitos de natureza alimentícia e aqueles de que são credores pessoas com 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data da expedição do precatório, ou portadores de doenças graves, definidos na forma da lei, gozam de preferências autorizadas pela Constituição Federal.

c) excluindo-se dessa regra os pagamentos de obrigações definidas em lei, como de pequeno valor, o qual será idêntico para todas as pessoas jurídicas públicas.

d) excluindo-se dessa regra apenas os titulares que forem completando 60 (sessenta) anos de idade, os quais, imediatamente, de ofício ou a seu requerimento, passarão a gozar de preferência prevista na Constituição Federal.

e) excluindo-se dessa regra somente os débitos de natureza alimentícia considerados de pequeno valor, o qual poderá ser variável para as diversas pessoas jurídicas públicas.

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Gabarito: B. A alternativa B é a única que traz corretamente as hipóteses de exceções à regra da ordem cronológica da apresentação dos precatórios conforme o artigo 100, §§ 1º e 2º.

9. (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) Conforme prevê a Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, EXCETO se a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal.

c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal.

d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no exterior.

e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço.

Gabarito: A. Essa questão virou um clássico da FCC. Não há, na Constituição Federal, nenhuma previsão de procedimentos em relação a gastos de recepção e homenagens a chefes de missão estrangeira e chefes de Poderes. A alternativa A é a única de acordo com a CF88. Veja o art. 99, §5º: “Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.”

10. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No que concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre outras, a seguinte norma:

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a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.

c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento.

d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.

e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento.

Gabarito: E.

Item A – ERRADO. A primeira parte está certa, o juiz que retiver autos em seu poder além do prazo estipulado não será promovido. Mas ele não pode devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

Item B – ERRADO. O corretor seria “a primeira quinta parte” da lista de antiguidade.

Item C – ERRADO. A Constituição cita “FREQUÊNCIA E APROVEITAMENTO em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento” como critério para aferição do merecimento.

Item D – ERRADO. O juiz mais antigo só será preterido pelo voto fundamentado de dois terços dos membros do tribunal, assegurada a ampla defesa.

Item E – CERTO. É o que nos traz o art. 93, II, “a”. Se um juiz aparecer três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, terá direito líquido e certo à promoção.

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11. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Hércules, Presidente do Tribunal de Justiça, visando beneficiar seu filho Abrão, burlou a ordem cronológica e retardou a liquidação regular do precatório de Otávio. Nesse caso, Hércules incorreu em a) ilícito administrativo e responderá perante a Assembleia Legislativa do respectivo Estado.

b) ilícito administrativo e responderá perante a Corregedoria do respectivo Tribunal.

c) crime comum e responderá perante o Órgão Especial do respectivo Tribunal.

d) crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

e) crime comum e responderá perante a Assembleia Legislativa do respectivo Estado.

Gabarito: D. Compreende ao disposto no §7º do art. 100. “O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça”.

12. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados, dentre outros, os seguintes princípios: a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria simples do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa.

b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de atos da administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

c) ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público em todas as fases.

d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria relativa de seus membros.

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e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, pressupõe um ano de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. O quórum correto é a maioria absoluta. Lembre-se de que ele pode ser removido pelo seu tribunal de origem ou pelo Conselho Nacional de Justiça.

Item B – CERTO. De acordo com o art. 93, XIV, os atos de administração e de mero expediente poderão ser delegados a servidores, não precisando ser feitos por magistrados.

Item C – ERRADO. O Ministério Público não participa da realização de concursos, somente a OAB.

Item D – ERRADO. O correto seria maioria absoluta, de acordo com o art. 93, X.

Item E – ERRADO. O erro está no tempo de exercício na respectiva entrância, que deve ser de dois anos, segundo o art. 93, II, alínea “b”.

13. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário) Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que,a) no primeiro grau, só será adquirida após três anos de exercício.

b) no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício.

c) será sempre adquirida após cinco anos de exercício, independente do grau.

d) será sempre adquirida após três anos de exercício, independente do grau.

e) no primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício.

Gabarito: B. A vitaliciedade é adquirida no primeiro grau, após dois anos de exercício, conforme o art. 95, I. Lembre-se de que os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional"adquirem vitaliciedade no momento da posse, não precisando cumprir o estágio probatório.

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14. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça é um órgão a) do Poder Legislativo.

b) do Poder Judiciário.

c) do Poder Executivo.

d) independente de qualquer órgão.

e) vinculado ao Poder Legislativo e subordinado ao Executivo.

Gabarito: B. O Conselho Nacional de Justiça foi criado pela Emenda Constitucional 45, de 2004, também chamada de “reforma do judiciário”. Tal emenda, entre diversas alterações, inseriu no texto constitucional o CNJ como órgão do Poder Judiciário (art. 92, I-A).

15. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário) No tocante ao Poder Judiciário, o Estatuto da Magistratura é disposto por Lei a) ordinária, de iniciativa do Senado Federal.

b) ordinária, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

c) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.

d) ordinária, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça.

e) complementar, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

Gabarito: C. O Estatuto da Magistratura é a lei que, dentre outros, organiza a carreira do Judiciário brasileiro. Segundo o art. 93, a iniciativa desta lei complementar é do Supremo Tribunal Federal.

16. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) O Estatuto da Magistratura será disposto por meio de lei a) ordinária, de iniciativa do Superior Tribunal de Justiça.

b) delegada, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

c) ordinária, de iniciativa do Presidente da República.

d) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.

e) ordinária, de iniciativa do Senado Federal.

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Gabarito: D. Segundo o art. 93 da Constituição Federal, o estatuto da magistratura é uma lei complementar e sua iniciativa caberá ao Supremo Tribunal Federal.

17. (FCC - 2010 - SJCDH-BA - Agente Penitenciário) Para o efeito de cumprimento do quinto constitucional, o Tribunal competente, ao receber as indicações, formará uma lista tríplice e a enviará, para escolha e nomeação, ao a) Poder Executivo.

b) Senado Federal.

c) Congresso Nacional.

d) Supremo Tribunal Federal.

e) Conselho Nacional de Justiça.

Gabarito: A. O procedimento para que um advogado ou membro do Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem simples:

1- Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP ou da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla.

2- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo.

3- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias.

18. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário) Quanto ao Poder Judiciário, considere:I. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de treze membros com mandato de dois anos, vedada a recondução.

II. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

III. Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, além de outras, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

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IV. O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população.

V. É vedado aos servidores a percepção de delegação para a prática de atos de administração ou atos de mero expediente, ainda que sem caráter decisório.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e V.

b) I, II e III.

c) II, III e IV.

d) III, IV e V.

e) III e V.

Gabarito: C.

Item I – ERRADO. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de quinze membros, conforme o art. 103-B da Constituição Federal.

Item II – CERTO. Trata-se da literalidade do art. 103, §1º da Constituição. O PGR deve ser ouvido em TODAS as ações do STF.

Item III – CERTO. A carta rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. É similar à carta precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A carta rogatória tem por objetivo a realização de atos e diligências processuais no exterior, como, por exemplo, audição de testemunhas. O exequatur significa “execute-se” ou “cumpra-se” e é dado pelo STJ. Assim, se algum país envia uma carta rogatória ao Brasil, quem dá a ordem de cumprimento é o STJ.

Item IV – CERTO. É o que nos traz o art. 93, XIII. Com isso, a CF procura a prestação jurisdicional proporcional às demandas locais.

Item V – ERRADO. Atos administrativos e atos de mero expediente sem caráter decisório poderão ser delegados a servidores do Judiciário, para que os magistrados possam exercer sua atividade-fim (prestar a justiça) com maior eficiência.

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19. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) Em 4 de junho de 2010, foi promulgada a Lei Complementar no 135, que, alterando parcialmente legislação preexistente, estabeleceu hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em março de 2011, por maioria de votos, deu provimento a recurso extraordinário, interposto em face de decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que indeferira o registro de candidatura do recorrente ao cargo de deputado estadual nas eleições de 2010, para o fim de reconhecer que as alterações efetuadas pela lei em questão não se aplicariam às eleições gerais daquele ano. A esse respeito, considere as seguintes afirmações:

I. O Supremo Tribunal Federal invadiu competência do Tribunal Superior Eleitoral, cujas decisões em matéria de direito eleitoral são irrecorríveis, por expressa determinação constitucional.

II. A decisão do Supremo Tribunal Federal não poderia ter gerado efeitos sobre as eleições gerais já realizadas, em decorrência do princípio constitucional da irretroatividade em face do ato jurídico perfeito e da coisa julgada.

III. A decisão do Supremo Tribunal Federal fez prevalecer o princípio constitucional da anterioridade eleitoral, segundo o qual a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I.

c) II.

d) III.

e) II e III.

Gabarito: D.

Item I – ERRADO. Como pode o STF fazer algo contra a Constituição???

Item II – ERRADO. A questão não trouxe nada sobre coisa julgada (aliás, se o STF estava julgando, ainda não há coisa julgada). Além

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disso, em regra, não pode haver ato jurídico perfeito baseado em lei ou interpretação inconstitucional. Dessa forma, como não há ato jurídico perfeito e nem coisa julgada, as decisões do Poder Judiciário podem sim retroagir.

Item III – CERTO. Lei que altere o processo eleitoral entrará em vigor na data da sua publicação, mas não afetará eleições que ocorram em até um ano da data da sua vigência. É o que afirma o art. 16 da CF88. Foi o caso da Lei da Ficha Limpa, trazida pela questão. Como ela foi aprovada a menos de um ano das eleições de 2010, não se aplicaram nessas eleições as novas situações de inelegibilidade por ela trazidas.

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II. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Meus futuros Analistas e Técnicos Administrativos do TST, vocês devem saber que o Supremo Tribunal Federal é o maior tribunal do Poder Judiciário brasileiro. É ele o guardião da Constituição, ou seja, o STF possui a última palavra no que se refere à interpretação constitucional.

O Tribunal Maior, como também é chamado, é composto por 11 membros,chamados de Ministros. Os Ministros do STF são nomeados pelo Presidente da República após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal e tomam posse por ato do Presidente do Supremo Tribunal Federal. Como visto, os Ministros do STF adquirem a vitaliciedade no momento da posse, não se submetendo ao estágio probatório.

Uma observação importante é que o Presidente da República é livre para escolher os Ministros do STF, desde que observados os seguintes requisitos previstos na Constituição:

i. Idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato (não pode ser naturalizado)

iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos

iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

v. Os Ministros (são indicados pelo Presidente da República) devem ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

Observe que a Constituição não prevê que os Ministros do STF sejam membros da carreira judiciária ou do MP. Aliás, não se precisa nem ser bacharel em Direito.

Resumindo: Para que alguém se torne Ministro do STF, o seguinte procedimento deve ser seguido:

1) O Presidente da República indica seu nome, obedecidos os requisitos constitucionais;

2) O nome indicado pelo Presidente da República deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal.

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3) Nomeação pelo Presidente da República

4) Posse por ato do Presidente do STF.

O Supremo Tribunal Federal atua de duas formas: através do Plenário e de suas duas Turmas. O Plenário, como já estudado, é a reunião de todos os seus 11 Ministros e as Turmas possuem 5 Ministros cada uma. O Presidente do Supremo Tribunal Federal não atua nas Turmas, somente no Pleno.

O quórum de instalação da sessão no Supremo é de oito Ministros.Assim, para que um julgamento se inicie, é necessária a presença de pelo menos oito Ministros.

Quanto ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, este é eleito diretamentepelos seus pares para um mandato de dois anos, vedada a reeleição.

Esquematizando:

Do Supremo Tribunal Federal (STF)

- Guardião da Constituição

- Composição - 11 membros- Nomeados pelo Presidente - O Presidente é livre para escolher,

da República observados os requisitos constitucionais

- O PR nomeia, mas quem dá a posse é o PSTF

- Adquire a vitaliciedade no momento da POSSE

- Requisitos i. Idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato

iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos

iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

- Não precisa ser membro da carreira judiciária ou MP

- Não precisa nem ser bacharel em Direito

v. Aprovação da MA do Senado Federal

- Atuação - Plenário - 2 Turmas - Cada uma com 5 Ministros

- O PSTF não integra nenhuma das turmas, atuando somente nas sessões plenárias

- Quórum de instalação de sessão: 8 membros

- Presidente do STF - Eleito diretamente pelos Ministros do STF - Mandato de 2 anos- Vedado reeleição

STF

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2. COMPETÊNCIAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

As competências do STF estão elencadas nos artigos 102 e 103 da Constituição Federal e podem ser originárias ou recursais.

As competências originárias são aquelas onde o processo (a ação) nasce no Supremo. Assim, a ação é processada e julgada somente pela Corte Constitucional, em uma única instância.

O rol das competências originárias do STF é exaustivo (numerus clausus), ou seja, não pode ser ampliado, a não ser por Emenda Constitucional.

Antes de estudarmos as competências do STF, saiba que o Procurador-Geral da República, o “chefe do Ministério Público da União”, atua em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

Estudaremos as competências originárias um pouco mais a frente. Por enquanto, quero dar a você uma visão mais geral, antes de entrar na parte específica, combinado?

Já as competências recursais são aquelas onde o processo tem origem em outro órgão do Poder Judiciário e chega ao Supremo por meio de um recurso. Os dois tipos de recursos recebidos pelo STF são o recurso ordinário e o recurso extraordinário.

O recurso ordinário, ou comum, está previsto no art. 102, II da Constituição e somente é cabível nas seguintes hipóteses:

1) O crime político

2) O "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.

Observe que essa última hipótese possui três requisitos:

a) As ações devem ter sido decididas em única instância;

b) As ações devem ter sido decididas pelos Tribunais Superioresem sua competência originária. Assim, se a ação tiver sido

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decidida pelos Tribunais Superiores em sua competência recursal, não caberá o Recurso Ordinário ao Supremo.

c) A decisão deve ter sido denegatória (deve ter negado o pedido), com ou sem julgamento do mérito.

O recurso extraordinário (RE), por sua vez está previsto no art. 102, III da Constituição Federal. Observe bem essa nomenclatura: não é recurso especial, nem comum, nem ordinário – é recurso extraordinário!

Recurso Especial – STJ

Recurso Extraordinário: STF

É cabível esse recurso nas causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo da Constituição: sempre que alguma decisão contrariar a CF, caberá o RE para que o STF reforme a decisão recorrida e a Constituição seja cumprida.

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal:sempre que uma sentença declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, caberá também o RE para que o STF proteja o ordenamento jurídico, analisando se o ato normativo declarado inconstitucional realmente feria a Constituição. Assim, o STF possui sempre a última palavra no que se refere à declaração de inconstitucionalidade.

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição: por local, entenda Estadual ou municipal, ok?Dessa forma, caberá Recurso Extraordinário sempre que uma decisão de um tribunal declarar que a lei ou ato do governo local são VÁLIDOS frente a CF. É cabível o recurso, pois se pode estar deixando de cumprir a Constituição corretamente.

Por outro lado, caso a decisão fosse pela inconstitucionalidade da lei ou ato local, não seria motivo de RE porque teríamos a certeza que a CF estaria sendo cumprida.

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d) julgar válida LEI local contestada em face de lei federal:nesse caso, o Supremo estará protegendo a federação. Antigamente, essa competência era do STJ.

Observe que se a decisão “Julgar válido ATO de governo localcontestado em face de lei federal” é caso de Recurso Especial no STJ e não de Recurso Extraordinário.

O recurso extraordinário possui ainda alguns requisitos:

a) Prequestionamento da matéria: A controvérsia constitucional deve ter sido debatida e decidida por órgão do Judiciário;

b) Ofensa DIRETA à CF: assim, não cabe o RE se a ofensa for reflexa; e

c) Repercussão geral das questões constitucionais: O STF somente pode negar o RE por ausência de repercussão geral pelo votode 2/3 dos membros

Por fim, é preciso saber que é cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por Turma Recursal de Juizado Especial cível ou criminal (Súmula 640 STF) e também para apreciar a validade de direito pré-constitucional, tanto em confronto com a CF88 quanto com constituições passadas.

Esquematizando:

Fique atento!

- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.

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- As competências do STF estão enumeradas nos arts. 102 e 103 da CF

- O PGR atua em todos os processos de competência do STF

a) Originária - Quando o STF processa e julga, originariamente, a matéria, em única instância - O processo "nasce" no STF - Rol exaustivo (numerus clausus)

- Pode ser ampliado por Emenda Constitucional- CF, art. 102, I e 103

- Quando o STF aprecia a matéria a ele chegada mediante recurso ordinário ou extraordinário

i. Recurso Ordinário 1) O crime político CF, art. 102, II 2) O HC, o MS, o HD e o MI decididos em instância

única pelos TS, se denegatória a decisão

b) Recursal - Decisão dos TS

- Em competência ORIGINÁRIA dos TS

- Se for recursal, não é do STF

- Se a decisão for denegatória (com ou sem julgamento do mérito)

ii. Recurso - As causas decididas em única ou última instância,Extraordinário quando a decisão recorrida:

(RE) 1) Contrariar dispositivo da Constituição Federal

CF, art. 102, III 2) Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal

3) Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal

4) Julgar válida LEI local contestada em face de lei federal OBS: Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal é caso de Recurso Especial no STJ

- Requisitos - Prequestionamento da matéria do RE - A controvérsia constitucional deve ter sido

debatida e decidida por órgão do Judiciário - Ofensa Direta à CF (Não cabe RE se a ofensa for reflexa) - Repercussão geral das questões constitucionais

- O STF somente pode negar o RE por ausência de repercussão geral pelo voto de 2/3 dos membros

- Cabe - Contra decisão proferida por juiz de primeiro grau RE nas causas de alçada, ou por Turma Recursal de

Juizado Especial cível ou criminal (Súmula 640 STF)

- Para apreciar a validade de direito pré-constitucional, tanto em confronto com a CF88 quanto CFs passadas

Competências

doSTF

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3. COMPETÊNCIAS ORIGINÁRIAS DO STF

Agora que você já tem uma visão geral das competências do STF e já sabe quais são as competências recursais, estudaremos as competências originárias da Corte Constitucional. As competências do STF (tanto as originárias quanto as recursais) são as competências de tribunais mais cobradas em provas e, geralmente, quando são cobradas, é exigido o texto literal da Constituição. Mesmo assim, comentarei as competências uma a uma para garantirmos a nossa nota máxima na prova de Direito Constitucional! Isso será trabalhoso, mas vai valer a pena! Pense agora no seu cargo deAnalista / Técnico Administrativo do TST e no seu salário deR$ 6.611,39 e 4.052,96 e vamos lá!

Papel de guardião da Constituição

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

Observe que a Constituição confere expressamente a guarda da Constituição ao Supremo Tribunal Federal.

I - processar e julgar, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estaduale a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;

§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

Nesses três dispositivos, a Constituição confere ao STF a competência para realizar o controle abstrato de constitucionalidade por meio das três ações elencadas: a ação direta de inconstitucionalidade (ADIN ou ADI), a ação declaratória de constitucionalidade (ADECON ou ADC) e a arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF).

Além disso, observe que a ADI pode ter como objeto leis ou atos normativos federais ou estaduais. Já a ADC pode ter como objeto apenas leis ou atos normativos federais e, por último, a ADPF pode ter como objeto leis ou atos normativos federais, estaduais ou municipais.

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Julgamento de remédios constitucionais

O Supremo Tribunal Federal também é competente para julgar alguns remédios constitucionais, a depender da autoridade coatora ou do paciente. Observe:

d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;

q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;

Julgamento de autoridades

Antes de começarmos a estudar essas competências, você deve saber que as autoridades podem cometer dois tipos de crime:

Crimes comuns: são crimes que podem ser cometidos por qualquer outra pessoa, como o homicídio, roubo etc. Saiba que somente o Judiciário julga crimes comuns.

Crimes de responsabilidade: são os crimes cometidos em razão do cargo que ocupam (ex. atentar contra o livre exercício do Poder Judiciário é crime de responsabilidade do Presidente). Podem julgar esse tipo de crime (em âmbito federal) o Judiciário e também oSenado Federal, quando se tratar de autoridades da alta cúpula do Governo.

Vamos ao texto da CF. Ao ler as duas próximas alíneas, observe que a Constituição trata de três níveis de autoridades:

1) Autoridades de alta cúpula (Presidente da República, PGR, Ministros do STF...);

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2) Autoridades imediatamente abaixo da alta cúpula (ministros de Estado, Membros do TCU e dos Tribunais Superiores...) e

3) Autoridades do terceiro escalão (membros dos Tribunais de Contas estaduais e do MPU que oficiem perante os tribunais...).

Assim, perceba que, GERALMENTE (existem exceções), as autoridades da altacúpula são julgadas nos crimes de responsabilidade perante o SenadoFederal e nos crimes comuns perante o STF. Já as autoridades imediatamente abaixo da alta cúpula são julgadas nos crimes comuns e deresponsabilidade pelo STF. As autoridades do terceiro escalão, por sua vez, são julgadas nos crimes comuns e de responsabilidade pelo STJ.

Agora sim, vamos ao texto da CF:

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;

Uma observação importante é que o STF somente julga o Presidente da República nos crimes comuns enquanto ele permanecer no cargo. Dessa forma, findo o mandato, os autos serão remetidos para o juízo de primeiro grau.

Os crimes de responsabilidade do Presidente da República, por sua vez, são julgados pelo Senado Federal. Ademais, o Supremo Tribunal Federal não poderá modificar a decisão do Senado Federal em processo de apuração de crime de responsabilidade do presidente da República, sendo a decisão do órgão parlamentar definitiva.

O STF pode anular o julgamento por ilegalidade ou intervir para que os acusados tenham o direito a ampla defesa e contraditório, por exemplo, mas não podem mudar o resultado do julgamento de “culpado” para “inocente”.

Por fim, da leitura dos dispositivos anteriores, combinada com o art. 105, com o art. 52 e outros dispositivos da Constituição, chegamos ao seguinte quadro:

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Competências para julgamento de autoridades

Autoridade Crime comum Crime de

responsabilidade Presidente da República STF Senado Federal

Vice-Presidente da República STF Senado Federal

Parlamentares Federais STF Respectiva Casa Legislativa

Ministros do STF STF Senado Federal

Procurador-Geral da República STF Senado Federal

Membros do CNJ e CNMP Depende da origem do cargo Senado Federal

Ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas

STF Não conexos com PR e VP: STF Conexos com PR e VP: Senado

AGU STF Senado Federal

Presidente do Bacen STF Não conexos com PR e VP: STF Conexos com PR e VP: Senado

Tribunais Superiores (STJ, STM, TSE ,TST) STF STF

Chefe de missão diplomática de caráter permanente

STF STF

TCU STF STF

TRT, TRE, TCE e TCM STJ STJ

Juiz de TRF (desembargadores federais) STJ STJ

Juízes federais TRF TRF

Governador de Estado STJ Na forma da Lei 1.079/50

Vice-Governador de Estado Depende da CEst (em regra, TJEst) Depende de Lei federal

Deputados estaduais Depende da CEst (em regra, TJEst) Assembleia Legislativa

PGJ TJEst Assembleia Legislativa

Membros do MPE TJEst TJEst

Tribunal de Justiça Militar e juízes de direito TJEst TJEst

Desembargadores STJ STJ

Prefeitos De Competência da Justiça

estadual: TJ Nos demais casos: TRF ou TRE

Próprios: Câmara dos Vereadores Impróprios: TJEst

Fonte: Direito Constitucional Descomplicado 7ª edição.

Julgamento de ações contra o CNJ e CNMP

r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público;

Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ ou o CNMP. No entanto, existe uma observação importante acerca desse inciso. Olhando o art. 102, I, r da CF, tem-se a impressão que o STF é competente para julgar Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, nesse caso, osujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um ÓRGÃO do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO).

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O STF ainda diz que: “Por óbvio, essa não é a interpretação quando se cuide de mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data contra atos do CNJ. Nessas hipóteses, o pólo passivo é ocupado diretamente por aquele Conselho ou pelo seu presidente, como autoridade impetrada, ainda que a União figure como parte. Isso diante da chamada personalidade judiciária que é conferida aos órgãos das pessoas político-administrativas para defesa de seus atos e prerrogativas nessas ações constitucionais mandamentais.”

Julgamento de conflitos para proteção da federação

A Constituição prevê que o STF é competente para julgar os conflitos que colocam a federação em risco. Observe que a CF não se preocupa com os municípios, mas somente com a União, os Estados, o DF e os Territórios:

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

Conflitos Quem julga?

Estado estrangeiro ou organismo internacional contra

União, Estado, DF ou Território

STF

Municípios ou pessoas residentes no país

Juízes federais, cabendo recurso para o STJ

União contra

Estados/DF

Se colocar em risco o pacto federativo: STF

Estados/DF contraSe não colocar em risco o pacto federativo: Justiça

Federal

Conflito de competências deTribunais Superiores contra

Qualquer Tribunal STF

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Demais competências

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;

Quando um Estado estrangeiro solicita que o Brasil extradite uma pessoa estrangeira, o órgão competente será o STF. Recentemente essa competência ficou bastante evidente, no julgamento do caso Cesare Battisti.

j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;

A revisão criminal é a ação própria para desconstituir a coisa julgada no âmbito penal e a ação rescisória é a ação que desconstitui a coisa julgada no âmbito civil. A regra é que as ações rescisórias e as revisões criminais contra decisões de um tribunal são julgadas pelo próprio tribunal e o Supremo segue essa regra.

l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

Sempre que o STF profere alguma decisão e esta não é cumprida, cabe uma ação chamada reclamação, que serve para que a decisão seja efetivamente cumprida e seja assegurada a autoridade do STF.

n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;

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EXERCÍCIOS

20. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Tales, Ministro de Estado, e Igor, chefe de missão diplomática de caráter permanente, cometeram, respectivamente, infração penal comum e crime de responsabilidade. Nesses casos serão processados e julgados

a) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal.

b) originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.

c) por meio de recurso extraordinário pelo Supremo Tribunal Federal.

d) por meio de recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

e) por meio de recurso ordinário pelo Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: A. As Competências do STF são assunto muito comum nas provas da FCC. No art. 102 da Constituição, podemos encontrar as competências originárias (o STF é o primeiro órgão a conhecer do assunto) e recursais (via recurso ordinário e extraordinário) do Supremo. Esse artigo é muito importante para a sua prova! Segundo ele, o STF julga os Ministros de Estado por crime comum, assim como os chefes de missão diplomática de caráter permanente (seja por crime comum ou de responsabilidade). Segue uma tabela para você fixar as competências para julgamentos de autoridades:

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Competências para julgamento de autoridades

Autoridade Crime comum Crime de

responsabilidade Presidente da República STF Senado Federal

Vice-Presidente da República STF Senado Federal

Parlamentares Federais STF Respectiva Casa Legislativa

Ministros do STF STF Senado Federal

Procurador-Geral da República STF Senado Federal

Membros do CNJ e CNMP Depende da origem do cargo Senado Federal

Ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas

STF Não conexos com PR e VP: STF Conexos com PR e VP: Senado

AGU STF Senado Federal

Presidente do Bacen STF Não conexos com PR e VP: STF Conexos com PR e VP: Senado

Tribunais Superiores (STJ, STM, TSE ,TST) STF STF

Chefe de missão diplomática de caráter permanente

STF STF

TCU STF STF

TRT, TRE, TCE e TCM STJ STJ

Juiz de TRF (desembargadores federais) STJ STJ

Juízes federais TRF TRF

Governador de Estado STJ Na forma da Lei 1.079/50

Vice-Governador de Estado Depende da CEst (em regra, TJEst) Depende de Lei federal

Deputados estaduais Depende da CEst (em regra, TJEst) Assembleia Legislativa

PGJ TJEst Assembleia Legislativa

Membros do MPE TJEst TJEst

Tribunal de Justiça Militar e juízes de direito TJEst TJEst

Desembargadores STJ STJ

Prefeitos De Competência da Justiça

estadual: TJ Nos demais casos: TRF ou TRE

Próprios: Câmara dos Vereadores Impróprios: TJEst

21. (FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente,

a) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

b) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

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c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

d) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República.

e) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, sendo vedada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais.

Gabarito: D.

Item A – ERRADO. Essa competência realmente era do Supremo Tribunal Federal, mas a Emenda Constitucional 45/2004 transferiu-a para o STJ!

Item B – ERRADO. Os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União são competência do STJ (art. 105, I, "g").

Item C – ERRADO. As causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País são da competência dos juízes federais, conforme art. 109, II, “c”.

Item D – CERTO. Conforme o art. 102, I, “b”.

Item E – ERRADO. A execução da sentença nas causas de sua competência originária é privativa do STF, mas ele pode delegar atribuições para a prática de atos processuais, conforme o art. 102, I, “m”.

22. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) As ações contra o Conselho Nacional de Justiça e as ações contra o Conselho Nacional do Ministério Público serão julgadas originariamente pelo

a) Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal Regional Federal competente, respectivamente.

b) Superior Tribunal de Justiça.

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c) Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça, respectivamente.

d) Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, respectivamente.

e) Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: E. Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ ou o CNMP.No entanto, existe uma observação importante. Na leitura do art. 102, I, “r” da CF, tem-se a impressão de que o STF é competente para julgar Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o próprio STF já decidiu que, nesse caso, o sujeito passivo é a União e não o CNJ, pois este é um órgão do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO).

23. (FCC - 2012 - TRE-PR - Técnico Judiciário) Em 15 de dezembro de 2011, foi publicado no Diário Oficial da União Decreto por meio do qual a Presidente da República “resolve nomear Rosa Maria Weber Candiota da Rosa para exercer o cargo de Ministra do Supremo Tribunal Federal, na vaga decorrente da aposentadoria da Ministra Ellen Gracie Northfleet”. A esse respeito, diante do procedimento estabelecido na Constituição, relativamente à composição do Supremo Tribunal Federal, considere as seguintes afirmações:

I. A nomeação da Ministra para o Supremo Tribunal Federal pressupõe o preenchimento de requisitos estabelecidos pela Constituição, relativos à sua idade, saber jurídico e reputação.

II. O ato da Presidente da República acima referido dá início a um procedimento complexo, previsto para a nomeação de membros do Supremo Tribunal Federal.

III. A nomeação da Ministra para exercer cargo no Supremo Tribunal Federal deve ter sido precedida de aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) I e III, apenas.

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d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

Gabarito: C.

Item I – CERTO. Idade, saber jurídico e reputação são realmente alguns dos requisitos para se ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. Vamos revisá-los:

i. Idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato (não pode ser naturalizado)

iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos

iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

v. Os Ministros (são indicados pelo Presidente da República) devem ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

Item II – ERRADO. A nomeação não dá início ao procedimento previsto para a escolha de um membro do STF. Na verdade, a nomeação é um dos últimos passos na sequência de eventos. Vejamos as etapas deste procedimento:

1) O Presidente da República indica seu nome, obedecidos os requisitos constitucionais;

2) O nome indicado pelo Presidente da República deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal.

3) Nomeação pelo Presidente da República

4) Posse por ato do Presidente do STF.

Item III – CERTO. O Senado Federal deverá aprovar a indicação do Presidente da República pela maioria absoluta de seus membros. É a conhecida “sabatina” do Senado.

24. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) Ricardo, Ministro de Estado, residente e domiciliado no Distrito Federal, foi denunciado por crime de estelionato, pela emissão de cheque sem fundos numa imobiliária na Cidade de Manaus, Estado do Amazonas, para a compra de um imóvel para o seu uso particular à beira do Rio Amazonas. Ricardo, nos termos da Constituição Federal, será processado e julgado

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a) originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.

b) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal.

c) em âmbito administrativo pela Presidência da República, cujo processo será decidido pelo Presidente da República.

d) pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, competente em razão do local da prática do crime.

e) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal competente em razão do domicilio do Ministro.

Gabarito: B. Nos crimes comuns, como o estelionato, os Ministros de Estado serão julgados pelo STF. Isso também vale para os crimes de responsabilidade, desde que não sejam conexos com crimes de responsabilidade do Presidente e Vice-Presidente da República. Se tivermos esta última situação, o Ministro será levado a julgamento no Senado Federal.

25. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente,

a) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

b) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal.

c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

d) os habeas corpus quando o coator for Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

e) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

Gabarito: A.

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Item A – CERTO. Como guardião da Constituição, o STF é o órgão competente para julgar tanto a ação direta de inconstitucionalidade quanto seus pedidos de medida cautelar.

Item B – ERRADO. Governadores, nos crimes comuns, tem foro no STJ.O mesmo tribunal processará e julgará os desembargadores de tribunais estaduais nos crimes comuns e de responsabilidade.

Item C e D – ERRADOS. Quando essas autoridades forem coatoras, o habeas corpus, habeas data e mandado de segurança serão julgados pelo STJ, conforme art. 105, I.

Item E – ERRADO. Os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União são competência do STJ (art. 105, I, "g").

26. (FCC/AJAA-TRE-TO/2011) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de nove Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Errado. O STF é composto por 11 Ministros e não 9, como afirma a questão. Os demais requisitos estão corretos. Vamos relembrar os requisitos para que alguém se torne Ministro do Supremo:

i. Idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato (não pode ser naturalizado)

iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos

iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

v. Os Ministros (são indicados pelo Presidente da República) devem ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

27. (FCC/AJAA-TRE-TO/2011) O Supremo Tribunal Federal é composto por Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria relativa do Congresso Nacional.

Errado. Conforme parágrafo único do artigo 101 da Constituição: “Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioriaabsoluta do SENADO FEDERAL.”

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28. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

Errado. As ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público são de competência originária do STF e não recursal, conforme art. 102, I, r.

29. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

Errado. Tanto as ações diretas de inconstitucionalidade quanto os pedidos de cautelar nessas ações são de competência originária do STF, conforme art. 102, I, “a” e “p”.

30. (FCC/TRE-SE/Técnico Judiciário/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, os membros dos Tribunais Regionais Federais.

Errado. Quem julga os membros dos TRFs, tanto nos crimes comuns quanto nos de responsabilidade é o STJ.

31. (FCC/TRE-SE/Técnico Judiciário/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, o Procurador-Geral da República.

Certo. O PGR é julgado pelo STF nas infrações penais comuns e pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

32. (FCC/TRF4/Analista Administrativo/2010) É correto afirmar que os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos e, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o

(A) Tribunal Regional Eleitoral.

(B) Superior Tribunal de Justiça.

(C) Tribunal Superior Eleitoral.

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(D) Supremo Tribunal Federal.

(E) Tribunal Regional Federal.

Gabarito D. Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar os parlamentares federais nos crimes comuns. Observe que os deputados federais e senadores são julgados pelas respectivas Casas Legislativas, no caso dos crimes de responsabilidade.

33. (FCC/TRT 2ª Região/Técnico Judiciário/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente, as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

Certo. A Constituição prevê que o STF é competente para julgar os conflitos que colocam a federação em risco. Observe que a CF não se preocupa com os municípios, mas somente com a União, os Estados, o DF e os Territórios. Lembre-se do quadro:

Conflitos Quem julga?

Estado estrangeiro ou organismo internacional contra

União, Estado, DF ou Território

STF

Municípios ou pessoas residentes no país

Juízes federais, cabendo recurso para o STJ

União contra

Estados/DF

Se colocar em risco o pacto federativo: STF

Estados/DF contraSe não colocar em risco o pacto federativo: Justiça

Federal

Conflito de competências deTribunais Superiores contra

Qualquer Tribunal STF

34. (FCC/Prefeitura Recife/Procurador Judicial/2008) De acordo com a Constituição Federal, compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal julgar as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

Certo. Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ ou o CNMP. No entanto, existe uma observação importante acerca desse inciso. Olhando o art. 102, I, “r” da CF, parece que o STF é competente para julgar Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, nesse caso, o sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois

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este é um ÓRGÃO do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO). Assim, o STF não julga ação civil pública contra atos do CNJ.

35. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário o crime político.

Certo. A competência originária para julgar os crimes políticos é dos juízes federais, conforme art. 109, IV. No entanto, caso haja recurso, não será o TRF quem o julgará e sim o Supremo Tribunal Federal, conforme art. 102, II, “b”.

36. (FCC/AJAA-TRE-TO/2011) O Supremo Tribunal Federal é composto por Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

Errado. Conforme parágrafo único do artigo 101 da Constituição: “Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal e não do Congresso Nacional.”

37. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

Errado. A extradição é uma competência originária do STF prevista no art. 102, I, “g” e não uma competência recursal.

38. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado e o Distrito Federal.

Errado. O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado e o Distrito Federal é uma competência originária do STF prevista no art. 102, I, “e” e não uma competência recursal.

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III.DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)

1. OBSERVAÇÕES GERAIS

Meu caro Analista / Técnico Administrativo do TST, o próximo tribunal estudado por nós será o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Este tribunal é o guardião do ordenamento jurídico federal, enquanto o STF é o guardião da Constituição Federal.

O STJ é composto de no mínimo 33 Ministros, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal.

Ademais, a composição do STJ deve seguir à seguinte regra:

1/3 dos membros devem ser escolhidos entre juízes dos Tribunais Regionais Federais. Os juízes dos TRFs são os membros dos TRFs, tribunais de segundo grau. Assim, apesar do nome “juiz”, eles são os “desembargadores federais”.

1/3 dos membros devem ser escolhidos entre os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e DF.

Nos dois primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista tríplicelivremente e a envia ao Presidente da República, que escolherá um dos nomes da lista tríplice.

1/3 dos membros são divididos da seguinte forma: o 1/6 de advogadoso 1/6 de membros do Ministério Público Federal, Estadual, do

Distrito Federal e Territórios

Para a escolha desse último terço, cada instituição representativa das respectivas classes prepara lista sêxtupla e a envia ao STJ,que elabora lista tríplice e envia ao Presidente da República,que escolherá dentre os nomes da lista tríplice.

Em todos os casos anteriores, o Senado Federal deve aprovar o nome do escolhido pela maioria absoluta dos votos e, após a sabatina do Senado, o Ministro será nomeado pelo Presidente da República.

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Observe que, ao contrário do STF, os Ministros do STJ devem ser bacharéis em Direito, uma vez que serão ou magistrados, ou advogados ou membros do MP.

Os requisitos para ser nomeado Ministro do Superior Tribunal de Justiça são:

i. Ter idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato ou naturalizado (enquanto o STF é somente NATO)

iii. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

iv. Ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal

Além disso, funcionarão junto ao STJ:

i. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

ii. O Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

Esquematizando:

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-LINE – DIR

Do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

- É o guardião do ordenamento jurídico federal (o STF é o guardião da CF)

- No mín 33 Ministros - Nomeados pelo Presidente da República - Após aprovação da MA do Senado Federal

- Deve seguir i. 1/3 de juízes dos TRFs

ii. 1/3 de desembargadores dos TJEst - Composição - Nos 2 primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista

tríplice livremente e a envia ao Presidente da República, que escolherá um.

iii. 1/3 divididos - 1/6 de advogados entre - 1/6 de membros do MP Federal, estaduais e

do DF - Nesse caso, cada instituição prepara lista sêxtupla e a envia ao STJ, que elabora lista tríplice e envia ao PR

- Ao contrário do STF, os ministros do STJ devem ser bacharéis em Direito,uma vez que serão ou magistrados, ou advogados ou membros do MP

- Requisitos - Brasileiro nato ou naturalizado (enquanto o STF é somente NATO) - Entre 35 e 65 anos - Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada - Ser aprovado pela MA do Senado Federal

- Após aprovação do Senado Federal, o Ministro será nomeado pelo Presidente da República

- Funcionarão - A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados,junto ao STJ cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para

o ingresso e promoção na carreira;

- o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

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2. COMPETÊNCIAS DO STJ

As competências do Superior Tribunal de Justiça estão elencadas no artigo 105 da Constituição e, assim como as do Supremo Tribunal Federal, podem ser originárias, quando o processo “nasce” no STJ, ou recursais, quando o processo se origina em outros juízos e chega ao STJ por via de recurso.

Para concursos, as competências mais importantes são as do Supremo Tribunal Federal, sendo que as do STJ caem bem menos em prova e, quando são cobradas, as bancas normalmente exigem o texto literal da Constituição. Assim, comentarei apenas algumas das competências e transcreverei as restantes, para que você ganhe familiaridade com o texto constitucional.

(atenção: você deve ler todas para a prova e não apenas as que eu comentar! Pense no seu cargo maravilhoso de Analista / Técnico Administrativo do TST e no seu salário maravilhoso de 6.611,39 e 4.052,96 e manda brasa!).

Competências originárias do STJ

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, ORIGINARIAMENTE:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

Observe que o Superior Tribunal de Justiça julga nos crimes comuns e de responsabilidade as autoridades do terceiro escalão.

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

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Lembre-se: quanto aos Ministros de Estado e Comandantes das forças armadas: se forem coatores: competência do STJ. Se forem pacientes: competência do STF.

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

Lembre-se que a regra é que o próprio Tribunal julgue as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados.

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

Da mesma forma que cabe reclamação ao Supremo para garantir que sua autoridade seja obedecida, cabe também reclamação ao STJ, para garantir que a autoridade do STJ seja obedecida.

g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

Um breve comentário quanto à última atribuição: até a Emenda Constitucional nº 45/2004, conhecida como a Reforma do Judiciário essa atribuição era do STF. No entanto, com a referida Emenda, ela foi transferida para o Superior Tribunal de Justiça.

Explicando melhor: A carta rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. Ela é similar à carta precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A carta rogatória tem por objetivo a realização de atos e diligências processuais no exterior, como, por exemplo, audição de testemunhas.

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Assim, se um juiz do exterior quer ouvir uma testemunha que está no Brasil, por exemplo, ele manda uma carta rogatória ao Brasil para que este faça a oitiva dessa testemunha.

O exequatur significa “execute-se” ou “cumpra-se” e é dado pelo STJ. Assim, se algum país envia uma carta rogatória ao Brasil, quem dá a ordem de cumprimento é o STJ.

Atenção: o STJ não cumpre as cartas rogatórias, ele DÁ A ORDEM para que elas sejam cumpridas! Após o exequatur, a rogatória será remetida do juiz federal do Estado em que deva ser cumprida (CF art. 109, X). Após executada, o juiz federal devolve a rogatória ao STJ e este a encaminha de volta ao país de origem.

O mesmo ocorre com as sentenças proferidas no estrangeiro: o STJ homologa essas sentenças, mas quem as executa são os juízes federais (art. 109, X).

Competências recursais do STJ

O STF aprecia dois tipos de recursos: o recurso ordinário, ou comum e o recurso especial (muito cuidado para não confundir com o recurso extraordinário do STF!).

Recurso Especial – STJ

Recurso Extraordinário: STF

O recurso ordinário do STJ está previsto no artigo 105, II da Constituição Federal:

II - julgar, em RECURSO ORDINÁRIO:

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

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c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

Já o recurso especial está previsto no artigo 105, III da Constituição Federal:

III - julgar, em RECURSO ESPECIAL, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

Observe que “Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal” é caso de Recurso Extraordinário no STF

Contrariar ou negar vigência: STJ Declarar a inconstitucionalidade: STF

b) Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal;

Observe que “julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF”é caso de Recurso Extraordinário no STF.

Além disso: “julgar válida LEI local contestada em face de lei federal” é tambémcaso de Recurso Extraordinário no STF.

Fique atento!

- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.

c) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Esquematizando:

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- Estão enumeradas no art. 105 da CF

- Quando o STJ é acionado diretamente, nas ações em que cabe a ele o primeiro julgamento

- CF, art. 105, I

- Processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do DF, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos TJEst, os membros dos TC dos Estados e do DF, os dos TRFs, dos TREs e TRTs, os membros dos Conselhos ou TC dos Municípios e os do MPU que oficiem perante tribunais;

b) os MS e os HD contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio STJ;

c) os HC, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvada a competência do STF, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do STF e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

- Quando o STJ aprecia recursos ordinários ou especiais

i. Recurso 1) Os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos TRFs Ordinário ou pelos TJs, quando a decisão é denegatória

2) Os mandados de segurança decididos em única instância pelos TRFs e pelos TJs, quando denegatória a decisão

3) As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País - CF, art. 105, II

ii. Recurso - Quando a decisão recorrida, em única ou última instância:

Especial 1) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência(RESP) - Se for “Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal”

será Recurso Extraordinário no STF

2) Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal - Se for “julgar válida LEI local contestada em face de lei federal”

será Recurso Extraordinário no STF

3) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal

- Somente cabe RESP em face de decisões proferidas por Tribunal de SEGUNDO GRAU: TRF ou TJ

- Não cabe RESP contra decisão proferida pelas Turmas Recursais, (órgãos de segundo grau dos juizados especiais) (Súmula 203 do STJ)

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EXERCÍCIOS

39. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário) O processo e o julgamento das infrações penais comuns atribuídas aos membros dos Tribunais Regionais Eleitorais competem

a) ao Tribunal Superior Eleitoral.

b) ao Supremo Tribunal Federal.

c) aos Tribunais Regionais Federais.

d) ao Superior Tribunal de Justiça.

e) aos Juízes Federais da respectiva área de jurisdição.

Gabarito: D. Diversas autoridades possuem foro de julgamento no STJ, entre elas, os membros de TREs, conforme art. 105, I, “a”.

40. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário) Nos termos da Constituição da República, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente,

a) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados.

b) os desembargadores dos Tribunais Regionais Eleitorais, nos crimes comuns e de responsabilidade.

c) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros.

d) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

e) os conflitos de competência entre Tribunais Superiores, ou entre estes e outro tribunal.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. Isso é competência do STF, conforme art. 102, I, “n”.

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Item B – CERTO. Os desembargadores dos TREs serão processados e julgados no STJ em ambos os crimes, de acordo com o art. 105, I, “a”.

Item C – ERRADO. A Constituição prevê que o STF é competente para julgar os conflitos que colocam a federação em risco (veja art. 102, I, “f”). Observe que a CF não se preocupa com os municípios, mas somente com a União, os Estados, o DF e os Territórios.

Item D – ERRADO. Essa competência é originária dos Juízes Federais (art. 109, II), cabendo recurso ao STJ.

Item E – ERRADO. Os conflitos entre Tribunais Superiores ou destes com outros tribunais serão competência do STF. Entre demais tribunais (inferiores), a competência é realmente do STJ.

41. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Analise a seguinte situação hipotética: Xisto, membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, é acusado de cometer crime, em tese, de responsabilidade e, portanto, será processado e julgado originariamente

a) pelo Supremo Tribunal Federal.

b) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

c) pelo Superior Tribunal de Justiça.

d) pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

e) pela Câmara dos Deputados.

Gabarito: C. Membros dos Tribunais de Contas dos Estados serão processados e julgados pelo STJ nos crimes comuns e de responsabilidade, conforme art. 105, I, “a”.

42. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) A causa decidida, em última instância, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, quando a decisão recorrida contrariar lei federal, será julgada pelo

a) Supremo Tribunal Federal em recurso extraordinário.

b) Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário.

c) Superior Tribunal de Justiça em recurso especial.

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d) Supremo Tribunal Federal em recurso ordinário.

e) Tribunal Regional Federal competente.

Gabarito: C. Bela questão! Além de nos cobrar quem realiza a guarda do ordenamento jurídico federal, o item exige conhecimento sobre competências em recursos ordinários e especiais.

Assim como o STF é o chamado “o guardião da Constituição”, julgando a constitucionalidade, o STJ pode ser conhecido como “o guardião das Leis Federais”, julgando a legalidade. É ele quem tem a última palavra a respeito da aplicação das Leis Federais no país. Quando outros tribunais proferirem decisões que contrariem Lei Federal, caberá recurso ao STJ, guardião dessas leis. E esse recurso, será ordinário ou especial?

O recurso ordinário do STJ está previsto no artigo 105, II da Constituição Federal:

II - julgar, em RECURSO ORDINÁRIO:

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

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Já o recurso especial está previsto no artigo 105, III da Constituição Federal:

III - julgar, em RECURSO ESPECIAL, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

Observe que “Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal” é caso de Recurso Extraordinário no STF

Contrariar ou negar vigência: STJ Declarar a inconstitucionalidade: STF

b) Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal;

Observe que “julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF”é caso de Recurso Extraordinário no STF.

Além disso: “julgar válida LEI local contestada em face de lei federal” é tambémcaso de Recurso Extraordinário no STF.

c) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

43. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) Segundo a Constituição Federal, a competência para homologar sentenças estrangeiras é do

a) Chefe do Poder Executivo.

b) Superior Tribunal de Justiça.

c) Conselho Nacional de Justiça.

d) Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

Gabarito: B. De acordo com o art. 105, I, ”i”, essa competência é do Superior Tribunal de Justiça. Quando um Tribunal estrangeiro profere uma sentença, ela não é válida no Brasil. Para que isso ocorra, ela deve ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.

44. (FCC - 2012 - TJ-PE - Técnico Judiciário) A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados funciona junto ao

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a) Ministério da Educação.

b) Conselho Nacional de Justiça.

c) Conselho da Justiça Federal.

d) Ministério da Justiça.

e) Superior Tribunal de Justiça.

Gabarito: E. Conforme o art. 105, par. único, funcionará junto ao STJ a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.

45. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) Ticio, jurista de notável saber jurídico, Desembargador do Poder Judiciário de um determinado Estado da Federação será nomeado pelo Presidente da República para compor o Superior Tribunal de Justiça se a sua escolha for aprovada pela maioria absoluta

a) do Senado Federal e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

b) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada pelo Supremo Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.

c) da Câmara dos Deputados e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

d) do Senado Federal e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada pelo Supremo Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.

e) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

Gabarito: A. Lembre-se do esquema:

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-LINE – DIR

- No mín 33 Ministros - Nomeados pelo Presidente da República - Após aprovação da MA do Senado Federal

- Deve seguir i. 1/3 de juízes dos TRFs

ii. 1/3 de desembargadores dos TJEst - STJ: Composição - Nos 2 primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista

tríplice livremente e a envia ao Presidente da República, que escolherá um.

iii. 1/3 divididos - 1/6 de advogados entre - 1/6 de membros do MP Federal, estaduais e

do DF - Nesse caso, cada instituição prepara lista sêxtupla e a envia ao STJ, que elabora lista tríplice e envia ao PR

- Ao contrário do STF, os ministros do STJ devem ser bacharéis em Direito,uma vez que serão ou magistrados, ou advogados ou membros do MP

46. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Maximiliano, Governador de Estado, foi acusado da prática de crime comum e preso, desejando ingressar com habeas corpus para ser libertado, cujo remédio constitucional será processado e julgado originariamente pelo

a) Tribunal Regional Eleitoral competente do seu Estado de origem.

b) Supremo Tribunal Federal.

c) Superior Tribunal de Justiça.

d) Tribunal de Justiça competente do seu Estado de origem.

e) Tribunal Superior Eleitoral.

Gabarito: C. Quando o paciente do Habeas Corpus for governador de Estado, o Tribunal responsável pelo julgamento será o STJ (art. 105, I, “c”).

47. (FCC/TRE-SE/Técnico Judiciário/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, os membros dos Tribunais Regionais Federais.

Errado. Quem julga os membros dos TRFs, tanto nos crimes comuns quanto nos de responsabilidade é o STJ e não o STF.

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48. (FCC/Analista Judiciário – Execução de Mandados/TRF 4ª Região/2004) Aos juízes federais caberá, dentre outras atribuições, processar e julgar a execução de carta rogatória, após o exequatur.

Certo. Quem dá o exequatur é o STJ, mas quem executa as cartas rogatórias são os juízes federais. Da mesma forma, quem homologa as sentenças estrangeiras é o STJ, mas quem as executa também são os juízes federais (art. 109, X).

49. (FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Conforme alteração trazida pela Emenda Constitucional no 45, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, o Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o próprio Tribunal Regional Federal.

Errado. O responsável por solicitar ao STJ o deslocamento do processo para a justiça federal dos crimes com grave violação de direitos humanos é o Procurador-Geral da República, conforme art. 109, §5º.

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IV. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS

1. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

A Constituição estabelece que são órgãos da Justiça Federal: os Tribunais Regionais Federais (TRFs) e os Juízes Federais (lembre-se que o juiz é um órgão!).

Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes,recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente.

As competências dos Tribunais Regionais Federais, assim como as dos outros tribunais, podem ser divididas em originárias (quando o processo nasce no tribunal) e recursais (quando o processo nasce em outro órgão do Judiciário e chegam ao tribunal por meio de recurso).

Compete ao TRF processar e julgar, originariamente:

a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União,ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;

Lembre-se de a regra é que o próprio tribunal julga as revisões criminais e ações rescisórias dos seus julgados.

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c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;

d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;

e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;

f) nos crimes da competência da Justiça Federal, as autoridades estaduais e municipais com foro especial por prerrogativa de função, ou seja, deputados estaduais, prefeitos e secretários de estado – nos crimes de competência da justiça federal (HC 80.612/PR e Súmula 702 STF).

Compete ainda, ao TRF processar e julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. Assim, via de regra, os recursos das causas decididas pelos juízes federais são julgados pelo TRF, no entanto, existem duas exceções:

1) No caso das causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País, o recurso será para o STJ e não para o TRF (art. 105, II, “c”).

2) Os crimes políticos são julgados pelos juízes federais. No entanto, caso haja recurso, ele não será julgado pelo TRF e sim pelo STF (art. 102, II, “b”)

Sobre os TRFs, a Constituição Federal ainda nos traz três previsões:

1. A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede.

2. Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

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3. Os TRFs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Esquematizando:

o Composição - no mín 7 juízes - Recrutados, quando possível, na respectiva região - Nomeados pelo Presidente da República - Requisitos - Ser brasileiro

- Ter mais de 30 e menos de 65 anos

I – 1/5 dentre - Advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional

- Membros do MPF com mais de 10 anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de 5 anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente.

o Competências a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Just.Originárias Militar e da Just. do Trabalho, nos crimes comuns e de resp.,(processar e e os membros do MPU, ressalvada a competência da Just. Eleitoral;

julgar) b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;c) os MS e os HD contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;d) os HC, quando a autoridade coatora for juiz federal;e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;f) Nos crimes da competência da Justiça Federal, as autoridades estaduais e municipais com foro especial por prerrogativa de função(deputados estaduais, prefeitos e secretários de estado – nos crimes de competência da justiça federal) (HC 80.612/PR + Súmula 702 STF)

o Competências Recursais: as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição

o Informações gerais - Instalarão a justiça itinerante- Poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

o Jurisdição e sede: disciplinadas por lei

o Remoção ou permuta de juízes dos TRFs: disciplinadas por lei

o Justiça itinerante: com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

o Funcionamento descentralizado: os TRFs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso à justiça

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2. DOS JUÍZES FEDERAIS

As competências dos juízes federais estão elencadas no artigo 109 da Constituição e são as seguintes:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Observe que as Sociedades de Economia Mista não foram elencadas pela CF, não sendo, portanto, de competência da justiça federal.

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

Lembre-se que o recurso ordinário vai para o STJ e não para o TRF.

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

No caso dos crimes políticos, o recurso ordinário vai para o STF e não para o TRF.

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º do art. 109 da CF;

Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, caso o Procurador-Geral da República solicite ao STJ, pode ocorrer o deslocamento de um

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processo para a justiça federal. Caso ocorra esse deslocamento, quem julgará o processo será um juiz federal. Falaremos desse deslocamento um pouco a frente.

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordemeconômico-financeira;

Observe que os crimes contra a organização do trabalho são julgados pela justiça federal e não pela justiça do trabalho!

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, aexecução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

Lembre-se de que quem concede o exequatur ou homologa as sentenças estrangeiras é o STJ! Por outro lado, quem executa a sentença estrangeira ou a carta rogatória são os juízes federais.

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

Os juízes federais somente julgam as disputas indígenas nos casos em que a controvérsia envolver direitos ou interesses indígenas típicos e específicos. No caso de crimes ocorridos em reservas indígenas, praticados por ou contra índios, sem vínculo com a etnicidade, a competência será da justiça comum.*

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3. DO FORO DAS AÇÕES DE INTERESSE DA UNIÃO

As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária ondetiver domicílio a outra parte. Já as causas intentadas contra a Uniãopoderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

Além disso, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

Nesse caso, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. Ademais este benefício concedido pela Constituição aos segurados e beneficiários não impede que os mesmos entrem com a ação nas varas federais da capital do estado-membro.

Por fim, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. O deslocamento dos crimes da justiça estadual para a federal é chamado de federalização dos crimes contra os direitos humanos.

4. DAS VARAS E SEÇÕES JUDICIÁRIAS

Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.

No caso dos Territórios Federais, caso sejam criados, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

Esquematizando:

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- Causas em que a União for autora: serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.

- Causas intentadas contra a União - Domicílio do autor - Onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda - Onde esteja situada a coisa - No Distrito Federal.

o Foro - Causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado:Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

- O recurso será sempre para o TRF - O segurado pode optar por ajuizar a ação nas varas federais da capital do estado-membro

- Se houver grave violação dos direitos humanos: o PGR, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o SuperiorTribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal

o Seção judiciária - Cada Estado + o DF constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo a lei.

- Nos Territórios, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

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EXERCÍCIOS

50. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo,

a) sete juízes.

b) vinte juízes.

c) quinze juízes.

d) doze juízes.

e) dez juízes.

Gabarito: A. De acordo com o art. 107 da Constituição, os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes,recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

51. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os juízes federais

a) julgam as causas em que a União é interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente, inclusive as de falência e de acidentes de trabalho.

b) gozam das garantias da estabilidade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, após um ano de efetivo exercício.

c) podem exercer advocacia no juízo do qual tenham se afastado em virtude de aposentadoria, desde que decorridos três anos do afastamento.

d) julgam os mandados de segurança contra ato de Ministro de Estado e dos Tribunais de Contas da União.

e) podem exercer atividade político-partidária, nas hipóteses previstas em lei.

Gabarito: C.

Item A – ERRADO. Falência e acidentes de trabalho são exceçõesprevistas no art. 109, I, que define as competências dos Juízes Federais.

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Item B – ERRADO. A assertiva contém dois erros: Os juízes gozam das garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio. Além disso, a vitaliciedade é adquirida após dois anos de efetivo exercício.

Item C – CERTO. Esta é a condição para o Juiz aposentado ou exonerado: Só poderá advogar junto ao seu tribunal de origem após o decurso de três anos do seu afastamento. Esse prazo é denominado “quarentena”.

Item D – ERRADO. Os mandados de segurança contra ato de Ministros de Estado serão julgados pelo STJ, conforme art. 105, I, “b”. Em relação a ato do TCU, quem julga o MS é o STF (art. 102, I, “d”).

Item E – ERRADO. Não há exceções para essa proibição! A Constituição proíbe a atividade político-partidária para os juízes.

52. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no máximo, sete juízes nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional dentre brasileiros natos com mais de trinta e menos de sessenta anos de idade.

Errado. Conforme o artigo 107, Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. Além disso, não é necessário que o brasileiro seja nato.

53. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário) Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais será composto por membros do Ministério Público com mais de

a) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista elaborada pelos órgãos de representação das respectivas classes, contendo dois nomes de seus integrantes.

b) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

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c) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profi sional, indicados em lista tríplice pelos órgãos de representação das respectivas classes.

d) sete anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de sete anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

e) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Gabarito: E. Essa é a famosa regra do quinto Constitucional, que se aplica aos TRFs, Tribunais Estaduais, TST e TRTs. A alternativa E é a única que traz corretamente o disposto no art. 94 da Constituição, que estipula esta regra. Vamos revisar:

Quinto constitucional Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público

participem da composição dos Tribunais

1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros do MP

com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório saber jurídico,

reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade

Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas

classes

O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice

O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias

Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). Valendo

somente para TSTTRTTRFTJEst

54. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Dentre outras, NÃO é competência dos juízes federais, processar e julgar

a) contravenções penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas.

b) causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País.

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c) mandado de segurança e habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados casos de competência dos tribunais federais.

d) disputa sobre direitos indígenas.

e) causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização.

Gabarito: A. Olha a pegadinha! O próprio inciso IV do art. 109 exclui as contravenções da competência dos Juízes Federais. Neste caso, eles processam e julgam somente as infrações. Todas as outras alternativas estão de acordo com este mesmo artigo da Constituição Federal.

55. (FCC - 2009 - TJ-AP - Analista Judiciário) Aos juízes federais compete julgar, dentre outras,

a) as causas de falência em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal sejam interessadas.

b) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

c) as causas relativas à grave violação de direitos humanos, com o objetivo de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte.

d) todas as causas em que forem partes, de um lado, autarquia federal de previdência e, de outro, o segurado ou beneficiário.

e) os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, desde que o início da execução e o resultado tenham ocorrido no Brasil.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. Falência é uma das exceções previstas no art. 109, I, que define as competências dos Juízes Federais.

Item B – CERTO. Causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País serão de competência dos Juízes Federais. Lembre-se de que o recurso vai ao STJ!

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Item C – ERRADO. Somente em caso de deslocamento da ação para a esfera federal será a violação de direitos humanos julgada por Juiz Federal. Esse deslocamento deverá ser provocado pelo Procurador-Geral da República junto ao STJ.

Item D – ERRADO. O art. 109, § 3º nos diz que: “Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal”. Dessa forma, os juízes federais não julgam todas as causas em que forem partes, de um lado, autarquia federal de previdência e, de outro, o segurado ou beneficiário.

Item E – Vamos ver a redação correta da Constituição sobre esse assunto? O art. 109 afirma que compete aos juízes federais julgar: “V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente”.

56. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no

a) máximo, sete juízes nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional dentre brasileiros natos com mais de trinta e menos de sessenta anos de idade.

b) mínimo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade.

c) mínimo, cinco juízes nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça dentre brasileiros natos ou naturalizados, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta anos de idade.

d) mínimo, sete juízes nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

e) máximo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Conselho Nacional de Justiça dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade.

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Gabarito: D. De acordo com o art. 107 da Constituição, os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

57. (FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Conforme alteração trazida pela Emenda Constitucional no 45, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, o

a) Presidente do Supremo Tribunal Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o Superior Tribunal de Justiça.

b) Procurador-Geral da República, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.

c) Presidente do Superior Tribunal de Justiça, poderá suscitar, perante o Tribunal Regional Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o Supremo Tribunal Federal.

d) Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o Tribunal Regional Federal.

e) Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o próprio Tribunal Regional Federal.

Gabarito: B. Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. O deslocamento dos crimes da justiça estadual para a federal é chamado de federalização dos crimes contra os direitos humanos.

58. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os

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a) membros dos Tribunais de Contas do Estado e do Distrito Federal.

b) Juízes do Trabalho da área de sua jurisdição.

c) Governadores dos Estados.

d) Desembargadores dos Tribunais de Justiça.

e) membros dos Tribunais de Contas do Município.

Gabarito: B. Segundo o art. 108, I, “a”, “compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.” As demais competências são do STJ.

59. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

Certo. Conforme o artigo 107, Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

60. (FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Conforme alteração trazida pela Emenda Constitucional no 45, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, o Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o Tribunal Regional Federal.

Errado. O responsável por solicitar ao STJ o deslocamento do processo para a justiça federal dos crimes com grave violação de direitos humanos é o Procurador-Geral da República, conforme art. 109, §5º.

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61. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação) É certo que os Tribunais Regionais Federais são competentes para processar e julgar

a) as ações sobre representação sindical.

b) os crimes contra a organização do trabalho.

c) os processos disciplinares, de ofício ou por provocação, dos membros de Tribunais.

d) a arguição de descumprimento de preceito fundamental da Constituição.

e) as causas falimentares em que a União for interessada como autora.

Gabarito: B. Observe que os crimes contra a organização do trabalho são julgados pela justiça federal e não pela justiça do trabalho! (art. 109, VI).

62. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no máximo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Conselho Nacional de Justiça dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade.

Errado. Conforme o artigo 107, Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. Lembre-se da composição dos TRFs:

o Composição - no mín 7 juízes - Recrutados, quando possível, na respectiva região - Nomeados pelo Presidente da República - Requisitos - Ser brasileiro

- Ter mais de 30 e menos de 65 anos

I – 1/5 dentre - Advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional - Membros do MPF com mais de 10 anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de 5 anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente.

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V. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO

Meus caros alunos e futuros Analistas e Técnicos Administrativos do TST, a justiça do trabalho possui três tipos de órgãos, segundo a CF:

1. Tribunal Superior de Trabalho (TST)

2. Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs)

3. Juízes do Trabalho

1. DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST)

Segundo a Constituição Federal, o TST é composto de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (o famoso quinto constitucional).

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho,oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior (TST).

A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. Além disso, funcionarão junto ao TST:

a) Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira

b) Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

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2. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO (TRTs)

A Constituição Federal diz que os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos.

Além disso, a composição dos TRTs observará o seguinte:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (o famoso quinto constitucional).

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

Os TRTs instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

Além disso, eles poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Por fim, nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.

Esquematizando:

Idade mínima do TST: 35 anos

Idade mínima dos TRTs: 30 anos

Idade máxima para os dois: 65 anos

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Dos Tribunais e juízes do Trabalho

Órgãos da Justiça do Trabalho - TST- TRTs - Juízes do Trabalho

- 27 Ministros

- Brasileiros (natos ou naturalizados)

- Idade: Mín 35 e Máx 65 anos

- Nomeação: PR

- Aprovação: MA do SF

- Composição - 1/5: dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MP do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício

- 4/5: dentre juízes dos TRTs, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio TST

- Competência: a lei disporá

- Funcionarão junto ao TST - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira

- Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante

TST

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- No mín 7 juízes

- Recrutados, quando possível, na respectiva região

- Brasileiros (nato ou naturalizado)

- Idade: Min 30 e Max 65 anos (TST é min 35!)

- Nomeação: PR

- Composição - 1/5: dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MP do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício

- 4/5: dentre juízes do trabalho, alternadamente, por antiguidade e merecimento.

- Justiça itinerante - Os TRTs instalarão a justiça itinerante - Realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional - Nos limites territoriais da respectiva jurisdição (fora dos limites não)- Servindo-se de equipamentos públicos e comunitários

- Funcionamento descentralizado: os TRTs poderão funcionar descentralizadamente,constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo

- Varas do Trabalho: a jurisdição será exercida por um juiz singular

TRTs

O quinto constitucional se aplica ao TST e ao TRT!

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3. COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO E DEMAIS OBSERVAÇÕES

Para esse último tema, vamos de esquema!

Competências da Justiça do Trabalho:

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

Não alcança os servidores públicos (justiça federal, se forem da U...)

II as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;

VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

- A justiça do trabalho NÃO JULGA AÇÕES PENAIS! (ADI 3.684/DF)

- Crimes contra a organização do trabalho: justiça FEDERAL!

Demais observações:

- Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

- Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalhodecidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

- Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalhodecidir o conflito.

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EXERCÍCIOS

63. (FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) No que se refere aos Tribunais e Juízes do Trabalho, é correto afirmar:

a) Cabe ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira, bem como exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

b) Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

c) Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

d) São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho, as Juntas de Conciliação e Julgamento e os Juízes do Trabalho.

e) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. A questão estaria perfeita se não tivesse incluído a competência de “regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira”, que é da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, de acordo com o art. 111-A, §2º, I.

Item B – CERTO. É a literalidade do §2º do art. 114.

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Item C – ERRADO. O único erro está no número de membros dos TRTs, que é de, no mínimo, sete, de acordo com o art. 115 da Constituição.

Item D – ERRADO. A Emenda Constitucional nº 45 de 2004 retirou as Juntas de Conciliação e Julgamento da Constituição Federal. Restaram os seguintes órgãos da Justiça do Trabalho (art. 111):

I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juizes do Trabalho.

Item E – ERRADO. Olha a maldade da banca! Os Ministros do TST, assim como diversas outras autoridades, devem ser previamente aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal. Vamos ficar atentos, hein!

64. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) Sobre os Tribunais Regionais do Trabalho,

a) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Senado Federal dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta anos.

b) instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, além dos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

c) funcionarão apenas centralizadamente, sendo vedada a constituição de Câmaras regionais, com o fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo de forma igualitária para, assim, não haver disparidades entre casos de regiões distintas.

d) compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

e) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta anos.

Gabarito: D.

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Itens A e E – ERRADOS. Estão repletos de erros. É mais fácil transcrevermos corretamente o art. 115 da Constituição: “Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos”. Note que não há aprovação do Senado Federal para membros dos TRTs (para o TST existe).

Item B – ERRADO. Os tribunais regionais do trabalho instalarão a justiça itinerante dentro dos limites territoriais da respectiva jurisdição, conforme o art. 115, §1º.

Item C – ERRADO. Exatamente ao contrário. A Constituição prevê o funcionamento descentralizado da justiça do trabalho, com a constituição de câmaras regionais, conforme o art. 115, § 2º.

Item D – CERTO. Perfeitamente de acordo com o art. 115.

65. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação

a) do Ministério Público Federal.

b) por dois terços da Câmara dos Deputados.

c) por dois terços de ambas as Casas do Congresso Nacional.

d) pela maioria absoluta do Senado Federal.

e) do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

Gabarito: D. Questão de graça, pessoal! Quem aprova a indicação dos Ministros do TST, além de diversas outras autoridades? O SenadoFederal, sempre por maioria absoluta.

66. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) Segundo a Constituição Federal, quanto aos Tribunais Regionais do Trabalho, é correto afirmar:

a) Não poderão funcionar centralizadamente.

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b) Poderão funcionar descentralizadamente.

c) O funcionamento descentralizado está autorizado por Lei complementar.

d) O funcionamento centralizado está autorizado por Lei complementar.

e) Os funcionamentos centralizado e descentralizado estão autorizados por meio de lei ordinária.

Gabarito: B. A própria Constituição prevê o funcionamentodescentralizado da justiça do trabalho, com a constituição de câmaras regionais, conforme o art. 115, § 2º.

67. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) Sobre os Tribunais Regionais do Trabalho,

a) são compostos por dois quintos dentre advogados com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de quinze anos de efetivo exercício.

b) compõem-se de no mínimo sete juízes recrutados obrigatoriamente na mesma jurisdição do respectivo Tribunal, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta anos.

c) compõem-se de no mínimo sete juízes recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

d) são compostos por um quinto de Juízes do Trabalho nomeados pelo Presidente da República e quatro quintos de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

e) instalarão a justiça itinerante, com a realização apenas de audiências, sendo que as demais funções serão exercidas obrigatoriamente na sede do Tribunal, sob pena de ferir a segurança jurídica e nulidade dos atos processuais praticados.

Gabarito: C.

Item A – ERRADO. Olha o nosso querido quinto constitucional aparecendo! Lembram-se dele? Vamos ver um esquema para relembrar:

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- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos Tribunais

- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade

Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas classes

- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice

- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias

- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). Valendo somente para - TST

- TRT - TRF- TJEst

Item B – ERRADO. Dois erros no item: não há obrigatoriedade, e sim preferência em relação ao recrutamento de juízes na respectiva região. Além disso, a nomeação é feita pelo Presidente da República.

Item C – CERTO. Lembre-se da diferença na idade mínima entre os juízes de TRT (30 anos) e os Ministros do TST (35 anos). Não há diferença para a idade máxima para nomeação, que é de 65 anos.

Item D – ERRADO. Um quinto dos membros dos TRTs será composto por membros do MP e advogados, conforme regra do quinto constitucional explicada acima. Os demais membros serão nomeados mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

Item E – ERRADO. Segundo o §1º do art. 115, os TRTs instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional.

68. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) Nos termos da Constituição Federal, em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar

a) ação anulatória de contrato de trabalho.

b) ação declaratória de relação jurídica entre empregado e empregador.

c) dissídio individual.

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d) dissídio coletivo.

e) reclamação trabalhista de rescisão indireta do contrato de trabalho.

Gabarito: D. De acordo com o art. 114, § 3º: “Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.”

69. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) Conforme determina a Constituição Federal, ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho, compete exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como

a) entidade separada e independente, cujas decisões serão revisadas na Justiça do Trabalho.

b) órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

c) ente da administração pública direta, cujas decisões não serão revisadas pelo Supremo Tribunal Federal.

d) ente subordinado diretamente ao Supremo Tribunal Federal, que presta contas ao Senado Federal.

e) ente subordinado diretamente ao Supremo Tribunal Federal, que presta contas ao Tribunal de Contas da União.

Gabarito: B. Conforme o art. 111-A, § 2º, II: “o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.”

70. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) No tocante ao Tribunal Superior do Trabalho,

a) vinte e sete Ministros serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior do Trabalho.

b) compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo

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Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados Federais.

c) dois sextos dos Ministros serão escolhidos entre advogados com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de quinze anos de efetivo exercício.

d) a lei disporá sobre a sua competência, sendo que funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.

e) vinte e sete Ministros serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: D. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, de fato, funciona junto ao TST e cabe-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.

Além disso, O TST compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

71. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação

a) da Comissão Nacional de Justiça.

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b) do Procurador Geral da República.

c) pela maioria absoluta do Senado Federal.

d) do Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) do Advogado Geral da União.

Gabarito: C. Questão de graça, pessoal! Quem aprova a indicação dos Ministros do TST, além de diversas outras autoridades? O SenadoFederal, sempre por maioria absoluta.

72. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário) No que se refere aos Tribunais e Juízes do Trabalho, é certo que

a) os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente e constituir Câmaras regionais.

b) o Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de trinta e três Ministros e não tem o quinto constitucional.

c) funcionarão junto aos Tribunais Regionais do Trabalho as Escolas Nacionais de Magistrados do Trabalho.

d) a ação de indenização por danos morais, ainda que decorrente do trabalho, é competência dos juízes federais.

e) nas Vara do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juízo coletivo.

Gabarito: A

Item A – CERTO. Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Item B – ERRADO. O TST é composto por 27 ministros e possui, sim, o quinto constitucional.

Item C – ERRADO. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (é uma só escola!) funcionará junto ao TST.

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Item D – ERRADO. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.

Item E – ERRADO. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.

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Meus caros Analistas e Técnicos Administrativos do TST, chegamos ao final de nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci).

Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

Se você acha que pode ou se você acha que não

pode, de qualquer maneira, você tem razão.

(Henry Ford)

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VI. QUESTÕES DA AULA

Do Poder Judiciário – Disposições gerais

1. (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário) Sobre o Poder Judiciário é correto afirmar:a) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura.

b) Um sexto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais será composto de membros do Ministério Público e de advogados, indicados em lista quíntupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

c) Os juízes gozam de vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Supremo Tribunal Federal.

d) Somente pelo voto de um terço de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

e) A União, o Distrito Federal, os Territórios e os Estados criarão a justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos indicados pelo Congresso Nacional, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos.

2. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) Aos Juízes é vedado o exercício da advocacia no a) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por exoneração.

b) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo por exoneração.

c) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dez anos do afastamento do cargo por exoneração.

d) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo por aposentadoria.

e) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro anos do afastamento do cargo por aposentadoria.

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3. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete, no âmbito da União, a) ao Presidente da República, com aprovação do Supremo Tribunal Federal.

b) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal com aprovação do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral.

c) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais.

d) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação do Presidente da República.

e) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, com aprovação da Ordem dos Advogados do Brasil.

4. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Ao assegurar a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias.

b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais interessados.

d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

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5. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) Em matéria de garantias aos juízes, considere:I. A que consiste na permanência na comarca em que é titular, salvo por motivo de interesse público.

II. A que implica na sua permanência no cargo, salvo entre outras situações, por sentença judicial transitada em julgado, exoneração a pedido ou aposentadoria.

As hipóteses dizem respeito, respectivamente,

a) à indisponibilidade e ao juízo natural.

b) à vitaliciedade e a inamovibilidade.

c) ao juízo natural e a inamovibilidade.

d) à inamovibilidade e a vitaliciedade.

e) à vitaliciedade e a segurança jurídica.

6. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) A Constituição da República estabelece igualmente para membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que a) os integrantes das carreiras deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do Tribunal.

b) a vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício da função, dependendo a perda do cargo, inclusive nesse período, de sentença judicial transitada em julgado.

c) o exercício da advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastaram é vedado antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

d) o exercício de atividade político-partidária é proibido, salvo exceções previstas em lei.

e) o ato de remoção por interesse público será fundado em decisão do órgão colegiado competente, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa.

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7. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A Fazenda Pública Federal, em virtude de sentenças judiciais transitadas em julgado, deve para Carlos, Plínio, Marcos, Flávio e Pompeu, cujos créditos são respectivamente decorrentes de salário, de pensão, de restituição de imposto, de indenização por morte e de indenização por invalidez. Segundo a Constituição Federal brasileira, no caso, os pagamentos desses débitos serão realizados exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e, em tese, NÃO terá preferência, sobre os demais, o crédito de a) Pompeu.

b) Carlos.

c) Marcos.

d) Plínio.

e) Flávio.

8. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem cronológica de apresentação dos precatórios,a) sem qualquer exceção, e não gozam de qualquer preferência os portadores de doença grave e idosos, que apenas têm direito à prioridade de tramitação do processo nas fases de conhecimento e de execução.

b) mas os débitos de natureza alimentícia e aqueles de que são credores pessoas com 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data da expedição do precatório, ou portadores de doenças graves, definidos na forma da lei, gozam de preferências autorizadas pela Constituição Federal.

c) excluindo-se dessa regra os pagamentos de obrigações definidas em lei, como de pequeno valor, o qual será idêntico para todas as pessoas jurídicas públicas.

d) excluindo-se dessa regra apenas os titulares que forem completando 60 (sessenta) anos de idade, os quais, imediatamente, de ofício ou a seu requerimento, passarão a gozar de preferência prevista na Constituição Federal.

e) excluindo-se dessa regra somente os débitos de natureza alimentícia considerados de pequeno valor, o qual poderá ser variável para as diversas pessoas jurídicas públicas.

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9. (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) Conforme prevê a Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, EXCETO se a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal.

c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal.

d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no exterior.

e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço.

10. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No que concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre outras, a seguinte norma: a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.

c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento.

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d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.

e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento.

11. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Hércules, Presidente do Tribunal de Justiça, visando beneficiar seu filho Abrão, burlou a ordem cronológica e retardou a liquidação regular do precatório de Otávio. Nesse caso, Hércules incorreu em a) ilícito administrativo e responderá perante a Assembleia Legislativa do respectivo Estado.

b) ilícito administrativo e responderá perante a Corregedoria do respectivo Tribunal.

c) crime comum e responderá perante o Órgão Especial do respectivo Tribunal.

d) crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

e) crime comum e responderá perante a Assembleia Legislativa do respectivo Estado.

12. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados, dentre outros, os seguintes princípios: a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria simples do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa.

b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de atos da administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

c) ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público em todas as fases.

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d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria relativa de seus membros.

e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, pressupõe um ano de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.

13. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário) Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que,a) no primeiro grau, só será adquirida após três anos de exercício.

b) no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício.

c) será sempre adquirida após cinco anos de exercício, independente do grau.

d) será sempre adquirida após três anos de exercício, independente do grau.

e) no primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício.

14. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça é um órgão a) do Poder Legislativo.

b) do Poder Judiciário.

c) do Poder Executivo.

d) independente de qualquer órgão.

e) vinculado ao Poder Legislativo e subordinado ao Executivo.

15. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário) No tocante ao Poder Judiciário, o Estatuto da Magistratura é disposto por Lei a) ordinária, de iniciativa do Senado Federal.

b) ordinária, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

c) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.

d) ordinária, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça.

e) complementar, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

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16. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) O Estatuto da Magistratura será disposto por meio de lei a) ordinária, de iniciativa do Superior Tribunal de Justiça.

b) delegada, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

c) ordinária, de iniciativa do Presidente da República.

d) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.

e) ordinária, de iniciativa do Senado Federal.

17. (FCC - 2010 - SJCDH-BA - Agente Penitenciário) Para o efeito de cumprimento do quinto constitucional, o Tribunal competente, ao receber as indicações, formará uma lista tríplice e a enviará, para escolha e nomeação, ao a) Poder Executivo.

b) Senado Federal.

c) Congresso Nacional.

d) Supremo Tribunal Federal.

e) Conselho Nacional de Justiça.

18. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário) Quanto ao Poder Judiciário, considere:I. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de treze membros com mandato de dois anos, vedada a recondução.

II. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

III. Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, além de outras, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

IV. O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população.

V. É vedado aos servidores a percepção de delegação para a prática de atos de administração ou atos de mero expediente, ainda que sem caráter decisório.

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Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e V.

b) I, II e III.

c) II, III e IV.

d) III, IV e V.

e) III e V.

19. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) Em 4 de junho de 2010, foi promulgada a Lei Complementar no 135, que, alterando parcialmente legislação preexistente, estabeleceu hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em março de 2011, por maioria de votos, deu provimento a recurso extraordinário, interposto em face de decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que indeferira o registro de candidatura do recorrente ao cargo de deputado estadual nas eleições de 2010, para o fim de reconhecer que as alterações efetuadas pela lei em questão não se aplicariam às eleições gerais daquele ano. A esse respeito, considere as seguintes afirmações:

I. O Supremo Tribunal Federal invadiu competência do Tribunal Superior Eleitoral, cujas decisões em matéria de direito eleitoral são irrecorríveis, por expressa determinação constitucional.

II. A decisão do Supremo Tribunal Federal não poderia ter gerado efeitos sobre as eleições gerais já realizadas, em decorrência do princípio constitucional da irretroatividade em face do ato jurídico perfeito e da coisa julgada.

III. A decisão do Supremo Tribunal Federal fez prevalecer o princípio constitucional da anterioridade eleitoral, segundo o qual a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I.

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c) II.

d) III.

e) II e III.

Do Supremo Tribunal Federal

20. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Tales, Ministro de Estado, e Igor, chefe de missão diplomática de caráter permanente, cometeram, respectivamente, infração penal comum e crime de responsabilidade. Nesses casos serão processados e julgados

a) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal.

b) originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.

c) por meio de recurso extraordinário pelo Supremo Tribunal Federal.

d) por meio de recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

e) por meio de recurso ordinário pelo Supremo Tribunal Federal.

21. (FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente,

a) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

b) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

d) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República.

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e) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, sendo vedada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais.

22. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) As ações contra o Conselho Nacional de Justiça e as ações contra o Conselho Nacional do Ministério Público serão julgadas originariamente pelo

a) Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal Regional Federal competente, respectivamente.

b) Superior Tribunal de Justiça.

c) Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça, respectivamente.

d) Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, respectivamente.

e) Supremo Tribunal Federal.

23. (FCC - 2012 - TRE-PR - Técnico Judiciário) Em 15 de dezembro de 2011, foi publicado no Diário Oficial da União Decreto por meio do qual a Presidente da República “resolve nomear Rosa Maria Weber Candiota da Rosa para exercer o cargo de Ministra do Supremo Tribunal Federal, na vaga decorrente da aposentadoria da Ministra Ellen Gracie Northfleet”. A esse respeito, diante do procedimento estabelecido na Constituição, relativamente à composição do Supremo Tribunal Federal, considere as seguintes afirmações:

I. A nomeação da Ministra para o Supremo Tribunal Federal pressupõe o preenchimento de requisitos estabelecidos pela Constituição, relativos à sua idade, saber jurídico e reputação.

II. O ato da Presidente da República acima referido dá início a um procedimento complexo, previsto para a nomeação de membros do Supremo Tribunal Federal.

III. A nomeação da Ministra para exercer cargo no Supremo Tribunal Federal deve ter sido precedida de aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

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b) II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

24. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) Ricardo, Ministro de Estado, residente e domiciliado no Distrito Federal, foi denunciado por crime de estelionato, pela emissão de cheque sem fundos numa imobiliária na Cidade de Manaus, Estado do Amazonas, para a compra de um imóvel para o seu uso particular à beira do Rio Amazonas. Ricardo, nos termos da Constituição Federal, será processado e julgado

a) originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.

b) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal.

c) em âmbito administrativo pela Presidência da República, cujo processo será decidido pelo Presidente da República.

d) pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, competente em razão do local da prática do crime.

e) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal competente em razão do domicilio do Ministro.

25. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente,

a) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

b) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal.

c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

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d) os habeas corpus quando o coator for Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

e) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

26. (FCC/AJAA-TRE-TO/2011) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de nove Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

27. (FCC/AJAA-TRE-TO/2011) O Supremo Tribunal Federal é composto por Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria relativa do Congresso Nacional.

28. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

29. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

30. (FCC/TRE-SE/Técnico Judiciário/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, os membros dos Tribunais Regionais Federais.

31. (FCC/TRE-SE/Técnico Judiciário/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, o Procurador-Geral da República.

32. (FCC/TRF4/Analista Administrativo/2010) É correto afirmar que os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos e, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o

(A) Tribunal Regional Eleitoral.

(B) Superior Tribunal de Justiça.

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(C) Tribunal Superior Eleitoral.

(D) Supremo Tribunal Federal.

(E) Tribunal Regional Federal.

33. (FCC/TRT 2ª Região/Técnico Judiciário/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente, as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

34. (FCC/Prefeitura Recife/Procurador Judicial/2008) De acordo com a Constituição Federal, compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal julgar as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

35. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário o crime político.

36. (FCC/AJAA-TRE-TO/2011) O Supremo Tribunal Federal é composto por Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

37. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

38. (FCC/TRF4/Técnico/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado e o Distrito Federal.

Do Superior Tribunal de Justiça

39. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário) O processo e o julgamento das infrações penais comuns atribuídas aos membros dos Tribunais Regionais Eleitorais competem

a) ao Tribunal Superior Eleitoral.

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b) ao Supremo Tribunal Federal.

c) aos Tribunais Regionais Federais.

d) ao Superior Tribunal de Justiça.

e) aos Juízes Federais da respectiva área de jurisdição.

40. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário) Nos termos da Constituição da República, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente,

a) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados.

b) os desembargadores dos Tribunais Regionais Eleitorais, nos crimes comuns e de responsabilidade.

c) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros.

d) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

e) os conflitos de competência entre Tribunais Superiores, ou entre estes e outro tribunal.

41. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Analise a seguinte situação hipotética: Xisto, membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, é acusado de cometer crime, em tese, de responsabilidade e, portanto, será processado e julgado originariamente

a) pelo Supremo Tribunal Federal.

b) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

c) pelo Superior Tribunal de Justiça.

d) pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

e) pela Câmara dos Deputados.

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42. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) A causa decidida, em última instância, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, quando a decisão recorrida contrariar lei federal, será julgada pelo

a) Supremo Tribunal Federal em recurso extraordinário.

b) Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário.

c) Superior Tribunal de Justiça em recurso especial.

d) Supremo Tribunal Federal em recurso ordinário.

e) Tribunal Regional Federal competente.

43. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) Segundo a Constituição Federal, a competência para homologar sentenças estrangeiras é do

a) Chefe do Poder Executivo.

b) Superior Tribunal de Justiça.

c) Conselho Nacional de Justiça.

d) Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

44. (FCC - 2012 - TJ-PE - Técnico Judiciário) A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados funciona junto ao

a) Ministério da Educação.

b) Conselho Nacional de Justiça.

c) Conselho da Justiça Federal.

d) Ministério da Justiça.

e) Superior Tribunal de Justiça.

45. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) Ticio, jurista de notável saber jurídico, Desembargador do Poder Judiciário de um determinado Estado da Federação será nomeado pelo Presidente da República para compor o Superior Tribunal de Justiça se a sua escolha for aprovada pela maioria absoluta

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a) do Senado Federal e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

b) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada pelo Supremo Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.

c) da Câmara dos Deputados e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

d) do Senado Federal e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada pelo Supremo Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.

e) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

46. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Maximiliano, Governador de Estado, foi acusado da prática de crime comum e preso, desejando ingressar com habeas corpus para ser libertado, cujo remédio constitucional será processado e julgado originariamente pelo

a) Tribunal Regional Eleitoral competente do seu Estado de origem.

b) Supremo Tribunal Federal.

c) Superior Tribunal de Justiça.

d) Tribunal de Justiça competente do seu Estado de origem.

e) Tribunal Superior Eleitoral.

47. (FCC/TRE-SE/Técnico Judiciário/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, os membros dos Tribunais Regionais Federais.

48. (FCC/Analista Judiciário – Execução de Mandados/TRF 4ª Região/2004) Aos juízes federais caberá, dentre outras atribuições, processar e julgar a execução de carta rogatória, após o exequatur.

49. (FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Conforme alteração trazida pela Emenda Constitucional no 45, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, o Presidente do Tribunal Regional

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Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o próprio Tribunal Regional Federal.

Dos Tribunais Regionais Federais e juízes federais

50. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo,

a) sete juízes.

b) vinte juízes.

c) quinze juízes.

d) doze juízes.

e) dez juízes.

51. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os juízes federais

a) julgam as causas em que a União é interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente, inclusive as de falência e de acidentes de trabalho.

b) gozam das garantias da estabilidade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, após um ano de efetivo exercício.

c) podem exercer advocacia no juízo do qual tenham se afastado em virtude de aposentadoria, desde que decorridos três anos do afastamento.

d) julgam os mandados de segurança contra ato de Ministro de Estado e dos Tribunais de Contas da União.

e) podem exercer atividade político-partidária, nas hipóteses previstas em lei.

52. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no máximo, sete juízes nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional dentre brasileiros natos com mais de trinta e menos de sessenta anos de idade.

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53. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário) Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais será composto por membros do Ministério Público com mais de

a) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista elaborada pelos órgãos de representação das respectivas classes, contendo dois nomes de seus integrantes.

b) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

c) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profi sional, indicados em lista tríplice pelos órgãos de representação das respectivas classes.

d) sete anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de sete anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

e) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

54. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Dentre outras, NÃO é competência dos juízes federais, processar e julgar

a) contravenções penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas.

b) causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País.

c) mandado de segurança e habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados casos de competência dos tribunais federais.

d) disputa sobre direitos indígenas.

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e) causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização.

55. (FCC - 2009 - TJ-AP - Analista Judiciário) Aos juízes federais compete julgar, dentre outras,

a) as causas de falência em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal sejam interessadas.

b) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

c) as causas relativas à grave violação de direitos humanos, com o objetivo de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte.

d) todas as causas em que forem partes, de um lado, autarquia federal de previdência e, de outro, o segurado ou beneficiário.

e) os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, desde que o início da execução e o resultado tenham ocorrido no Brasil.

56. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no

a) máximo, sete juízes nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional dentre brasileiros natos com mais de trinta e menos de sessenta anos de idade.

b) mínimo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade.

c) mínimo, cinco juízes nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça dentre brasileiros natos ou naturalizados, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta anos de idade.

d) mínimo, sete juízes nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

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e) máximo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Conselho Nacional de Justiça dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade.

57. (FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Conforme alteração trazida pela Emenda Constitucional no 45, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, o

a) Presidente do Supremo Tribunal Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o Superior Tribunal de Justiça.

b) Procurador-Geral da República, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.

c) Presidente do Superior Tribunal de Justiça, poderá suscitar, perante o Tribunal Regional Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o Supremo Tribunal Federal.

d) Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o Tribunal Regional Federal.

e) Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o próprio Tribunal Regional Federal.

58. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os

a) membros dos Tribunais de Contas do Estado e do Distrito Federal.

b) Juízes do Trabalho da área de sua jurisdição.

c) Governadores dos Estados.

d) Desembargadores dos Tribunais de Justiça.

e) membros dos Tribunais de Contas do Município.

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59. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

60. (FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Conforme alteração trazida pela Emenda Constitucional no 45, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, o Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para o Tribunal Regional Federal.

61. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação) É certo que os Tribunais Regionais Federais são competentes para processar e julgar

a) as ações sobre representação sindical.

b) os crimes contra a organização do trabalho.

c) os processos disciplinares, de ofício ou por provocação, dos membros de Tribunais.

d) a arguição de descumprimento de preceito fundamental da Constituição.

e) as causas falimentares em que a União for interessada como autora.

62. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no máximo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Conselho Nacional de Justiça dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade.

Dos Trbunais e juízes do trabalho

63. (FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) No que se refere aos Tribunais e Juízes do Trabalho, é correto afirmar:

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a) Cabe ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira, bem como exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

b) Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

c) Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

d) São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho, as Juntas de Conciliação e Julgamento e os Juízes do Trabalho.

e) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

64. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) Sobre os Tribunais Regionais do Trabalho,

a) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Senado Federal dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta anos.

b) instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, além dos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

c) funcionarão apenas centralizadamente, sendo vedada a constituição de Câmaras regionais, com o fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo de forma igualitária para, assim, não haver disparidades entre casos de regiões distintas.

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d) compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

e) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta anos.

65. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação

a) do Ministério Público Federal.

b) por dois terços da Câmara dos Deputados.

c) por dois terços de ambas as Casas do Congresso Nacional.

d) pela maioria absoluta do Senado Federal.

e) do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

66. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) Segundo a Constituição Federal, quanto aos Tribunais Regionais do Trabalho, é correto afirmar:

a) Não poderão funcionar centralizadamente.

b) Poderão funcionar descentralizadamente.

c) O funcionamento descentralizado está autorizado por Lei complementar.

d) O funcionamento centralizado está autorizado por Lei complementar.

e) Os funcionamentos centralizado e descentralizado estão autorizados por meio de lei ordinária.

67. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) Sobre os Tribunais Regionais do Trabalho,

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a) são compostos por dois quintos dentre advogados com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de quinze anos de efetivo exercício.

b) compõem-se de no mínimo sete juízes recrutados obrigatoriamente na mesma jurisdição do respectivo Tribunal, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta anos.

c) compõem-se de no mínimo sete juízes recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

d) são compostos por um quinto de Juízes do Trabalho nomeados pelo Presidente da República e quatro quintos de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

e) instalarão a justiça itinerante, com a realização apenas de audiências, sendo que as demais funções serão exercidas obrigatoriamente na sede do Tribunal, sob pena de ferir a segurança jurídica e nulidade dos atos processuais praticados.

68. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) Nos termos da Constituição Federal, em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar

a) ação anulatória de contrato de trabalho.

b) ação declaratória de relação jurídica entre empregado e empregador.

c) dissídio individual.

d) dissídio coletivo.

e) reclamação trabalhista de rescisão indireta do contrato de trabalho.

69. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) Conforme determina a Constituição Federal, ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho, compete exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como

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a) entidade separada e independente, cujas decisões serão revisadas na Justiça do Trabalho.

b) órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

c) ente da administração pública direta, cujas decisões não serão revisadas pelo Supremo Tribunal Federal.

d) ente subordinado diretamente ao Supremo Tribunal Federal, que presta contas ao Senado Federal.

e) ente subordinado diretamente ao Supremo Tribunal Federal, que presta contas ao Tribunal de Contas da União.

70. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) No tocante ao Tribunal Superior do Trabalho,

a) vinte e sete Ministros serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior do Trabalho.

b) compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados Federais.

c) dois sextos dos Ministros serão escolhidos entre advogados com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de quinze anos de efetivo exercício.

d) a lei disporá sobre a sua competência, sendo que funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.

e) vinte e sete Ministros serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

71. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre

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brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação

a) da Comissão Nacional de Justiça.

b) do Procurador Geral da República.

c) pela maioria absoluta do Senado Federal.

d) do Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) do Advogado Geral da União.

72. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário) No que se refere aos Tribunais e Juízes do Trabalho, é certo que

a) os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente e constituir Câmaras regionais.

b) o Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de trinta e três Ministros e não tem o quinto constitucional.

c) funcionarão junto aos Tribunais Regionais do Trabalho as Escolas Nacionais de Magistrados do Trabalho.

d) a ação de indenização por danos morais, ainda que decorrente do trabalho, é competência dos juízes federais.

e) nas Vara do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juízo coletivo.

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VII. GABARITO

Do Poder Judiciário – Disposições Gerais

1. A 2. A 3. C 4. B 5. D 6. C 7. C 8. B 9. A 10.E

11.D 12.B 13.B 14.B 15.C 16.D 17.A 18.C 19.D

Do Supremo Tribunal Federal

20.A 21.D 22.E 23.C 24.B 25.A 26.E 27.E 28.E 29.E

30.E 31.C 32.D 33.C 34.C 35.C 36.E 37.E 38.E

Do Superior Tribunal de Justiça

39.D 40.B 41.C 42.C 43.B 44.E 45.A 46.C 47.E 48.C

49.E

Dos Tribunais e juízes federais

50.A 51.C 52.E 53.E 54.A 55.B 56.D 57.B 58.B 59.C

60.E 61.B 62.E

Dos Tribunais e juízes do trabalho

63.B 64.D 65.D 66.B 67.C 68.D 69.B 70.D 71.C 72.A

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VIII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. Ed. Impetus

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do Ponto (ebook)

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.fujb.ufrj.br