aula 41 - direito administrativo - aula 06

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Direito Administrativo para iniciantes (Aula n 6 23/12/10)Prezado(a) aluno(a), Nessa sexta e ltima aula sero abordados os seguintes temas: Poderes administrativos: poderes vinculado, discricionrio, regulamentar, hierrquico, disciplinar e de polcia; uso e abuso do poder; Normas constitucionais concernentes aos servidores pblicos (art. 37 a 41 da CF).

Quaisquer dvidas, permaneo disposio no frum. Desejo-lhe uma tima aula!

Armando Mercadante [email protected]

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PONTO 12 Poderes administrativosO tema poderes administrativos engana, pois nos resumos e nas apostilas so colocados de forma bem simples, passando uma falsa impresso para o aluno. Voc no faz idia, ou de repente j faz, da quantidade de pegadinhas que essa matria possui. Por isso, vamos aos trabalhos ... Poderes administrativos so os instrumentos que a ordem jurdica disponibiliza para a Administrao Pblica alcanar suas finalidades.(PROCURADOR DO ESTADO DO CEAR/2004/CESPE) Os poderes administrativos so instrumentais, sendo utilizados pela administrao pblica para cumprir suas finalidades.

De acordo com a doutrina os poderes so: regulamentar (normativo); hierrquico; disciplinar; de polcia. Alguns autores listam os poderes vinculado e o discricionrio, outros no os consideram como poderes autnomos, mas sim como caractersticas dos demais poderes (por ex: o poder de polcia, em regra, discricionrio). Mas considero importante estudar como poderes autnomos, pois se cair na prova voc estar preparado(a).

Poder vinculadoNo exerccio do poder vinculado o agente pblico no tem liberdade para agir, pois a lei no lhe confere escolhas. No h anlise de convenincia e de oportunidade quando da prtica do ato. O auditor tributrio do DF (voc!), por exemplo, a aplicar uma multa por descumprimento de obrigao acessria, no faz uma anlise subjetiva para agir (ser que conveniente e/ou oportuno para o Poder Pblico multar o infrator?). A lei determina que ele aplique a punio e no h outro caminho a seguir, sob pena de cometer infrao disciplinar.(ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) O poder vinculado pode ser utilizado tambm nos atos discricionrios da Administrao Pblica. (errada) (AGENTE DA POLCIA FEDERAL/1997/CESPE) Considere que Cndido seja fiscal do instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA), usando na explorao ilegal de madeiras, e que, pelas normas aplicveis a seu trabalho, Cndido seja obrigado apreender a madeira ilegalmente extrada que encontrar no trabalho de fiscalizao e a aplicar multa aos responsveis pela e pelo transporte do madeirame. Assim, estes so exemplos de atos resultantes do poder discricionrio que Cndido detm. (Gabarito: errada)256

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Observe que no exerccio do poder vinculado a lei j determina previamente como deve agir o agente pblico, no cabendo a este realizar escolhas.(CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Nos atos praticados em razo do poder vinculado, a atuao subjetiva do administrador fica restrita ao ato de julgar se a situao de fato est ou no amoldada aos contornos legais. (Gabarito: correta)

Exemplos: licena para construir; aposentadorias (quaisquer delas: compulsria, voluntria ou por invalidez); exonerao de servidor reprovado no estgio probatrio. Em todas essas situaes, presentes os requisitos para conceder a licena, a aposentadoria ou exonerar o servidor, outras no podero ser as condutas da autoridade administrativa.(ESAF/AFTN/89) Poder vinculado aquele que o direito a) atribui ao Poder Pblico para aplicar penalidades s infraes funcionais de seus servidores e demais pessoas sujeitas disciplina dos rgos e servios da Administrao (poder disciplinar) b) confere ao Executivo para distribuir e escalonar as funes de seus rgos, ordenar e rever a atuao de seus agentes, estabelecendo a relao de subordinao entre os servidores de seu quadro de pessoal (poder hierrquico) c) confere Administrao Pblica de modo explcito ou implcito, para a prtica de atos administrativos, com liberdade na escolha de sua convenincia, oportunidade e contedo (poder discricionrio) d) positivo confere Administrao Pblica para a prtica de ato de sua competncia, determinando os elementos e requisitos necessrios sua formao e) incumbe s autoridades administrativas para explicitar a lei na sua correta execuo ou expedir decretos autnomos sobre matria de sua competncia, ainda no disciplinada por lei (poder regulamentar)

Poder discricionrio:Em que pese tambm existir subordinao do agente pblico lei, esta lhe confere certa margem de liberdade. Calcado num juzo de mrito (oportunidade e convenincia), o agente pblico poder fazer escolhas, dentre as opes indicadas pela legislao, elegendo aquela que na sua viso melhor atende ao interesse pblico. Exemplos: autorizao para fechamento de rua; nomeao para cargo em comisso (tambm a exonerao); gradao da pena de suspenso (de 1 a 90 dias, de acordo com a Lei 8.112/90). Abordando o mrito administrativo, a ESAF elaborou a seguinte questo:(ESAF/CGU/2004) O mrito administrativo, na atuao do administrador pblico, cujo controle jurisdicional sofre restries, condiz em particular com o exerccio regular do seu poder a) disciplinar; b) hierrquico; c) de polcia; d) discricionrio; e) vinculado (ANALISTA MPU/2004) Os poderes vinculado e discricionrio, simultaneamente, podem ser exercidos pela autoridade administrativa, na prtica de um determinado ato, ressalvado que esse ltimo se restringe convenincia e oportunidade, bem como quanto257

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTESa) ao contedo; b) forma; c) finalidade; d) competncia; e) ao modo.

Por fim, interessante ressaltar que os atos praticados no exerccio do poder discricionrio, apesar de estarem sujeitos anlise subjetiva do administrador pblico (oportunidade + convenincia), podem ser apreciados quanto legalidade pelo Poder Judicirio. Muita ateno nesse ponto, pois tema muito cobrado pelas bancas. A discricionariedade no impede que o Judicirio aprecie o ato praticado, pois a anlise no incidir sobre a oportunidade e convenincia (critrios exclusivos de quem praticou o ato), mas sim sobre a sua legalidade. Veja as questes abaixo cujas assertivas esto incorretas:(ANALISTA JUDICIRIO/TRE/AL/2004/CESPE) Caso determinado ato administrativo seja praticado com base no exerccio do poder discricionrio, no competir ao Poder Judicirio reexamin-lo nem lhe decretar nulidade, salvo se padecer de vcio de forma. (JUIZ SUBSTITUTO/TJSE/2004/CESPE) No possvel a apreciao judicial de ato da administrao pblica, praticado no exerccio de seu poder discricionrio, porque tal apreciao implica anlise do mrito administrativo. (OAB/CESPE/2006.3) O poder discricionrio no comporta nenhuma possibilidade de controle por parte do Poder Judicirio.

Antes de encerrar, separei uma questo da ESAF para voc treinar exemplos de poder vinculado e discricionrio. Apesar de o enunciado fazer referncia a atos administrativos o raciocnio idntico para poderes:(ASSISTENTE JURDICO/AGU/1999) Assinale a letra que contenha a ordem que expresse a correlao correta: 1 ato vinculado 2 ato discricionrio ( ) aposentadoria compulsria por implemento de idade ( ) gradao de penalidade em processo administrativo ( ) nomeao de servidor para cargo em comisso ( ) exonerao de servidor em estgio probatrio ( ) concesso de alvar para atividade comercial a) 2/1/1/2/2; b) 1/2/2/1/1; c) 2/2/2/1/1; d) 1/2/1/2/1; e) 1/1/2/2/2

Poder regulamentarO poder regulamentar tambm denominado de poder normativo. O nome desse poder serve de auxlio para identificao de sua funo: regulamentar as leis. Da eu pergunto: para que regulamentar as leis? Resposta: para viabilizar a sua execuo! Portanto, por meio do poder regulamentar a Administrao Pblica edita normas complementares s leis viabilizando a sua execuo.(ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) O poder regulamentar, atribudo ao chefe do Poder Executivo, compreende a edio de normas complementares lei, para sua fiel execuo. (correta)258

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(DPE/PI/DEFENSOR/2009) Em razo da impossibilidade de que as leis prevejam todas as contingncias que possam surgir na sua execuo, em especial nas diversas situaes que a administrao encontrar para cumprir as suas tarefas e optar pela melhor soluo, necessria a utilizao do poder administrativo denominado poder a) hierrquico; b) de polcia; c) vinculado; d) regulamentar; e) disciplinar. (PROCURADOR DA AGU/2001) Quando o presidente da Repblica expede um decreto para tornar efetiva uma lei, ele exerce poder regulamentar. (correta) (OAB/CESPE/2006.3) A possibilidade de o chefe do Poder Executivo emitir decretos regulamentares com vistas a regular uma lei penal deriva do poder de polcia. (errada) (FCC/2010/AL-SP/Agente Tcnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar atribudo Administrao pblica o poder de editar atos normativos para ordenar a atuao dos diversos rgos e agentes dotados das competncias especificadas em lei. (errada) (FCC/2010/TRE-AC/Analista Judicirio/rea Judiciria) Sobre os poderes administrativos, considere: I. Poder que a lei confere Administrao Pblica para a prtica de ato de sua competncia, determinando os elementos e requisitos necessrios sua formalizao. II. Poder que o Direito concede Administrao Pblica, de modo implcito ou explcito, para a prtica de atos administrativos com liberdade de escolha de sua convenincia, oportunidade e contedo. III. Faculdade de que dispem os Chefes de Executivo de explicar a lei para a sua correta execuo, ou de expedir decretos autnomos sobre matria de sua competncia ainda no disciplinada por lei. Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos poderes a) subordinado, discricionrio e hierrquico. b) discricionrio, arbitrrio e disciplinar. c) vinculado, disciplinar e de polcia. d) hierrquico, de polcia e regulamentar. e) vinculado, discricionrio e regulamentar.

Nessa outra questo, cuja assertiva est correta, o CESPE desqualifica determinada resoluo como exemplo de poder regulamentar, pois a mesma no foi editada como norma complementar a uma lei preexistente.(TCNICO JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA/TRE/AL/2004) - Considere que o TRE/AL editou resoluo alterando o seu regimento interno. Essa resoluo no pode ser considerada um ato que configure exerccio de poder regulamentar. (correta)

Como exemplos de normas complementares (atos normativos secundrios): decretos, regulamentos, portarias e resolues. Atentar para a necessidade de analisar o contexto para confirmar se tais normas foram utilizadas como instrumentos do poder regulamentar. Lembre-se da questo acima indicada. muito importante que voc saiba que o papel do poder regulamentar complementar, significando que o ato normativo editado s poder abordar matrias previstas na lei regulamentada.(ESCRIVO DA PF/2002/CESPE) Uma das competncias do chefe do Poder Executivo federal a expedio de decretos, com a finalidade de regulamentar as leis no seio da Administrao Pblica; essa competncia no d ao presidente da Repblica, porm, o poder de baixar decretos tratando amplamente de matrias ainda no disciplinadas por259

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTESlei, ou seja, no pode ele, na vigente ordem constitucional, editar os chamados decretos autnomos. (correta) (TRE-MT/TCNICO JUDICIRIO/CESPE/2010) Poder regulamentar a prerrogativa conferida administrao pblica de editar atos de carter geral que visam complementar ou alterar a lei, em face de eventuais lacunas e incongruncias. (errada)

Guarde o que vou lhe dizer agora: somente por lei possvel inovar (criar direitos e obrigaes), significando que por meio do poder regulamentar no h inovao! Decretos, regulamentos, portarias e etc. no so instrumentos hbeis para criao de direitos ou obrigaes. Essa regra simples conseqncia da aplicao do princpio da legalidade em nosso ordenamento jurdico. Concorda? Nas questes abaixo, apenas a primeira e a ltima assertivas esto corretas:(JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/TRF/5 REGIO/2004) - Se uma lei estatuir que, para o gozo de determinado direito por ela criado, o cidado precisa fazer prova documental de certos fatos autoridade administrativa, poder o chefe do Poder Executivo, no exerccio vlido do poder regulamentar, estipular que documentos sero aceitos como prova, desde que no crie obrigao nova para os cidados. (Gabarito: correta) (CESPE/1996) No exerccio do poder regulamentar, o administrador poder expedir decreto regulamentado por inteiro a matria no constante da lei regulamentada. (CESPE/1996) Cabe ao decreto, especificando os comandos da lei regulamentada, criar novos direitos e obrigaes, desde que respeite o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada. (CESPE/1996) O decreto, observando o princpio da supremacia do interesse pblico, pode prever a perda da propriedade privada por infraes cometidas por particular. (OAB/CESPE - 2008.2) No exerccio do poder regulamentar, a administrao no pode criar direitos, obrigaes, proibies, medidas punitivas, devendo limitar-se a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida.

Analise agora a questo abaixo:(TJ/PI/JUIZ/2007/CESPE) O poder normativo, no mbito da administrao pblica, privativo do chefe do Poder Executivo. (errada)

Veja o que diz o art. 84 (Comete privativamente ao Presidente da Repblica:), em seu inciso IV: sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo. Pergunto-lhe: o exerccio do poder normativo limita-se expedio de decretos e regulamentos? Voc j viu comigo que no, outros atos so manifestaes do poder regulamentar, tais como resolues, portarias, instrues e etc...(OAB/CESPE/2006.3) O poder regulamentar exercido apenas por meio de decreto. (errada)

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES Outra pergunta: todos esses atos citados so de competncia privativa do chefe do Poder Executivo? No, apenas os decretos e regulamentos (leia de novo o art. 84, IV e confirme essa resposta). Portanto, o exerccio do poder normativo no privativo do Chefe do Poder Executivo, podendo ser exercido por outras autoridades administrativas.(TRF1/JUIZ/2009/CESPE) Compete privativamente ao presidente da Repblica expedir instrues para a execuo de leis, decretos e regulamentos. (errada)

Linhas acima destaquei a natureza complementar do poder regulamentar, dando nfase necessidade de observncia da matria tratada pela lei regulamentada. Ou seja, a Administrao Pblica no pode por meio do poder normativo regular matria diferente da prevista na lei regulamentada. Quanto a esse tema, voc no precisar ter dvidas na sua prova, pois STF e STJ possuem posio pacfica que o papel do poder regulamentar no inovador, ou seja, por meio do poder regulamentar no possvel criar direitos ou obrigaes. O STJ homenageia o princpio da legalidade mantendo a sua posio quanto impossibilidade de a Administrao Pblica regulamentar, por meio de atos normativos secundrios, situaes no pr-definidas em lei, tais atos so veculos para explicitao do modo de execuo das leis regulamentadas, conforme disposto no art. 84, IV, CF. A posio sustentada pelo STF idntica, o que se pode confirmar do julgamento da ADI 3232-TO (DJe 02/10/08), de relatoria do Min. Cezar Peluso, por meio da qual o Pleno declarou a inconstitucionalidade do art. 5, da Lei 1.124/00, do Estado do Tocantins, que autorizava o Chefe do Poder Executivo criar cargos pblicos por meio de decreto, fixando-lhes competncias, denominaes e atribuies. Inclusive, a Constituio Federal, em seu art. 49, V, confere competncia exclusiva ao Congresso Nacional para sustar atos normativos expedidos pelo Poder Executivo que extrapolem os limites do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa. Esse inciso V do art. 49 famoso em provas de concursos pblicos:(CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Se o Presidente da Repblica exorbitar no exerccio do poder regulamentar, o Congresso Nacional poder sustar os atos que caracterizarem o excesso de poder. (correta) (CESPE/DELEGADO PF/2002) O Congresso Nacional tem competncia para controlar o poder regulamentar do presidente da Repblica. (correta) (FCC/2010/TRE/RS/ANALISTA JUDICIRIO) Quando o Poder Executivo exorbita do seu poder regulamentar pode ter seus atos sustados pelo Congresso Nacional. (correta)261

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES Ateno, pois as bancas, como pegadinha, substituem a palavra sustar por anular ou revogar. Outra pegadinha consiste em trocar Congresso Nacional por Cmara dos Deputados, Senado Federal ou Tribunal de Contas da Unio. Fique ligado(a) nisso!!!(PROCURADOR DO ESTADO DO CEAR/2004/CESPE) Caso o Poder Executivo exorbite na utilizao de seu poder regulamentar, o Poder Legislativo poder anular o ato normativo editado. (Gabarito: errado) (AUGEM/2008/AUDITOR/CESPE) A CF autoriza o TCU a sustar atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder de regulamentao. (Gabarito: errada Congresso Nacional)

At esse momento estudamos os decretos executivos, utilizados pela Administrao Pblica para esclarecer o contedo das leis viabilizando a sua execuo. Diferentemente do executivo, o decreto autnomo inovador, pois seu papel no explicitar o contedo das leis, mas sim servir como instrumento para criao do Direito (criao de direitos e obrigaes). Alguns pases adotam esses dois decretos, o que no ocorre no Brasil desde a promulgao da Constituio Federal de 1988, apesar de existir forte corrente doutrinria sustentando que a emenda constitucional n 32, ao alterar a redao do art. 84, VI, da CF, restabeleceu no Brasil os decretos autnomos, uma vez que possibilitou ao Chefe do Poder Executivo, por meio de decreto, dispor sobre: organizao e funcionamento da administrao federal, quando no implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos; extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos.(CESPE/AUDITOR INSS/2003) Em razo do princpio da legalidade, a Constituio da Repblica no admite que o Presidente da Repblica disponha, mediante decreto, acerca da extino de funes ou cargos pblicos. (errada)

Leia novamente as duas situaes acima e me responda: em alguma delas h criao de direito ou deveres?! Veja a primeira regra: possvel organizar a administrao federal desde que no haja aumento de despesa ou criao/extino de rgos pblicos. Quer dizer, organizo sem criar direitos ou obrigaes! Da mesma forma, cargos e funo, se vagos, podem ser extintos, ou seja, a extino no afetar o direito de ningum! Em ambas as hipteses no h inovao, caracterstica principal do decreto autnomo. Na realidade, a melhor posio doutrinria a que defende a inexistncia de decretos e regulamentos autnomos no Brasil, mesmo aps a EC262

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES 32/01, pois referidos atos normativos, para se caracterizarem como tal, devem ser instrumentos de criao de direitos e de obrigaes.(MPE/RN/CESPE/2009) O decreto autnomo , em regra, admitido no ordenamento jurdico brasileiro, desde que no viole direitos fundamentais. (errada)

Definitivamente, com o respeito dos que pensam de forma diferente, a figura do decreto autnomo no encontra guarida no nosso ordenamento jurdico ptrio, por resistncia imposta pelo princpio constitucional da reserva legal (art. 5, II, da CF). Destaco que a posio que prevalece nos concursos pblicos pela inexistncia de decretos autnomos criadores de direitos e de obrigaes. O que se pode admitir a utilizao da expresso decreto autnomo no como referncia aos decretos autnomos existentes anteriormente CF/88, mas sim para diferenciar os decretos previstos no art. 84 VI dos executivos, pois esses existem para possibilitar a execuo de uma lei preexistente, enquanto aqueles no regulamentam nenhuma lei, tendo existncia independente (autnoma). Basta voc pensar: um decreto que extingue um cargo vago est regulamentando qual lei? Nenhuma, da atribuir o adjetivo autnomo para enfatizar essa sua caracterstica.(MPE/RN/CESPE/2009) O decreto, no ordenamento jurdico brasileiro, no pode inovar na ordem jurdica, visto que tem natureza secundria, e deve sempre regulamentar uma lei. (errada)

Enquanto os decretos executivos buscam sua validade na lei regulamentada, os decretos autnomos do art. 84, VI, buscam sua validade diretamente da CF.

HierrquicoSempre que estiver estudando ou fazendo provas lembre-se do que vou dizer agora: aparecendo a expresso hierarquia pense em Administrao Pblica. A organizao administrativa tem como pressupostos a distribuio de competncias (distribuio de atribuies entre os diversos rgos, cargos e funes que compem a Administrao Pblica) e a hierarquia (relao de coordenao e subordinao existente entre os rgos/agentes administrativos). J estudamos que a expresso administrao pblica em sentido amplo abrange os trs Poderes do Estado quando no exerccio de funo administrativa.263

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES Por isso existe hierarquia tanto no Poder Executivo, como nos Poderes Legislativo e Judicirio. Mas fao questo de destacar que no existe hierarquia entre os Poderes! Da mesma forma, no h hierarquia nos Poderes Legislativo e Judicirio quando exercem suas funes tpicas (funes prprias, respectivamente, legislar e julgar conflitos com definitividade). A hierarquia inerente Administrao Pblica, podendo se fazer presente nos citados Poderes quando seus agentes estejam no exerccio de funo administrativa.(PGE/PE/PROCURADOR/2009/CESPE) O poder disciplinar, que confere administrao pblica a tarefa de apurar a prtica de infraes e de aplicar penalidades aos servidores pblicos, no tem aplicao no mbito do Poder Judicirio e do MP, por no haver hierarquia quanto ao exerccio das funes institucionais de seus membros e quanto ao aspecto funcional da relao de trabalho. (Gabarito: errada o poder disciplinar, que decorrncia do poder hierrquico, tem aplicao quando os rgos dos Poderes exercem funo administrativa)

De acordo com Hely Lopes Meirelles1, poder hierrquico o de que dispe o Executivo para distribuir e escalonar as funes de seus rgos, ordenar e rever a atuao de seus agentes, estabelecendo a relao de subordinao entre os servidores do seu quadro de pessoal.(FCC/2010/TRE/RS/ANALISTA JUDICIRIO) Por fora do poder disciplinar o Chefe do Executivo pode distribuir e escalonar as funes dos seus rgos, ordenar e rever a atuao dos seus agentes. (correta)

Apesar de o autor referir-se a Executivo, peo para que voc leia o conceito substituindo essa expresso por Administrao Pblica, pois j vimos que todos os trs Poderes exercem os poderes administrativos. Para facilitar seu estudo, abaixo listarei condutas de agentes pblico que so exemplos de manifestao do poder hierrquicos: edio de atos normativos com efeitos apenas internos disciplinando a atuao dos rgos subordinados (ateno, pois esses atos no se confundem com os regulamentos, uma vez que no obrigam estranhos Administrao Pblica, mas apenas produzem efeitos internos);(ESAF/PFN/1998) No atribuio da Administrao Pblica decorrente do poder hierrquico: a) editar atos regulamentares b) aplicar sanes disciplinares c) avocar e/ou delegar atribuies d) controlar as atividades dos rgos subordinados e) anular atos ilegais praticados por rgos inferiores

dar ordens aos subordinados (s pode dar ordem quem est numa posio hierarquicamente superior);

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Direito Administrativo Brasileiro, pag. 121.264

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES(ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) Incluem-se entre os objetivos fundamentais do poder hierrquico da Administrao Pblica a prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas. (correta) (FCC/2010/AL-SP/Agente Tcnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar atribudo Administrao pblica caracteriza-se como o poder conferido s autoridades administrativas de dar ordens a seus subordinados e de controlar as atividades dos rgos inferiores. (errada)

poder de fiscalizao das atividades desempenhadas pelos rgos e agentes subordinados;(CESPE/BACEN/1997) Do exerccio do poder hierrquico decorrem as faculdades de fiscalizar, rever, delegar, dar ordens e avocar. So caractersticas da fiscalizao hierrquica: a permanncia e a automaticidade. (correta)

exerccio da autotutela (poder de reviso), de ofcio ou mediante provocao, por meio do controle dos atos praticados pelos rgos inferiores, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes e/ou inoportunos.(ESAF/ANALISTA MPU/2004) No mbito do poder hierrquico, insere-se a faculdade de revogarem-se atos de rgos inferiores, considerados inconvenientes, de ofcio ou por provocao. (correta) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL/SECTEC/GO/2010/FUNIVERSA) Na administrao pblica, uma autoridade pode controlar o mrito e a legalidade dos atos praticados por seus subordinados. (correta)

aplicao de sanes nos casos de infraes funcionais (disciplinares);(CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/2000) No exerccio do poder hierrquico, o superior, em certas circunstncias, pode tanto avocar a prtica de determinado ato, quanto, ele prprio, aplicar sanes punitivas a seus subordinados. (Gabarito: correta)

avocao e delegao de competncias;(OAB/CESPE/2006.3) O poder de delegao e o de avocao decorrem do poder hierrquico. (correta)

exonerao de servidores (muito cuidado aqui, pois exonerao no punio, mas sim ato decorrente de hierarquia).

Por fim, no posso deixar de chamar sua ateno para que voc no confunda subordinao administrativa com vinculao administrativa. A vinculao administrativa, que ser estuda oportunamente, resultante da superviso ministerial desempenhada pela Administrao Direta sobre os atos praticados pelas pessoas administrativas integrantes da Administrao Indireta. Tome-se como exemplo a superviso desempenhada pelo Ministrio da Educao (rgo da Unio) sobre as Universidades de265

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES ensino constitudas sob a forma de autarquias ou fundaes (ambas entidades da Administrao Indireta). J a subordinao administrativa est ligada ao poder hierrquico, mais especificamente desconcentrao administrativa. Raciocine da seguinte forma: enquanto a subordinao administrativa vincula-se desconcentrao (distribuio de competncias para os rgos integrantes de uma pessoa jurdica) a vinculao administrativa associa-se descentralizao administrativa (distribuio de competncias entre pessoas diversas).(OAB/CESPE/2008.2) Uma autarquia ou uma empresa pblica estadual est ligada a um estado-membro por uma relao de subordinao decorrente da hierarquia. (errada)

At aqui tudo certo? Mantenha-se firme que est quase terminando... Seja nos estudos dos atos administrativos, dos poderes administrativos ou da Lei 9.784/99. l esto a avocao e a delegao sendo objeto de perguntas das bancas. Para resolver a grande maioria das questes ser suficiente a leitura dos artigos 12 a 15 da Lei 9.784/99.

- Delegao: Portanto, vamos estudar esses artigos, comeando pelo art. 12, que uma fonte de questes de provas:Art. 12. Um rgo administrativo e seu titular podero, se no houver impedimento legal, delegar parte da sua competncia a outros rgos ou titulares, ainda que estes no lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razo de circunstncias de ndole tcnica, social, econmica, jurdica ou territorial. Pargrafo nico. O disposto no caput deste artigo aplica-se delegao de competncia dos rgos colegiados aos respectivos presidentes.

Para comear, a expresso se no houver impedimento legal demonstra que a regra em nosso ordenamento jurdico a possibilidade de delegao, independentemente de autorizao legal expressa. Portanto, o agente pblico poder delegar sua competncia, salvo nas hipteses em que a lei proba.(CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Mesmo em decorrncia e no exerccio do poder hierrquico, o superior no pode delegar quaisquer atribuies a seus subordinados. (Gabarito: correta)

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES Mas a lei clara ao preceituar que a delegao no pode ser total, mas somente parcial. Alm disso, a delegao ato discricionrio, pois a norma faz referncia convenincia da delegao. Agora o importantssimo art. 13...Art. 13. No podem ser objeto de delegao: I - a edio de atos de carter normativo; II - a deciso de recursos administrativos; III - as matrias de competncia exclusiva do rgo ou autoridade.

Considerando-se que a regra delegar, a lei traz as hipteses em que ser proibida a delegao. Muito cuidado com duas pegadinhas de concurso pblico: 1) envolvendo o inciso II: a banca pode substituir a expresso recursos administrativos por impugnao administrativa. Se ela fizer isso a muda de figura, pois as decises de impugnao administrativa podem ser objeto de delegao; 2) envolvendo o inciso III: a banca pode substituir a palavra exclusiva por privativa. A competncia privativa pode ser objeto de delegao. Exemplos de delegao esto no art. 84, pargrafo nico, da CF, que prev a possibilidade de o Presidente da Repblica delegar a competncia para prover cargos pblicos a Ministro de Estado, Advogado Geral da Unio ou Procurador Geral da Repblica. Inclusive, quanto a esse dispositivo constitucional, o STF decidiu que a competncia para prover cargos pblicos (ex: nomeao) abrange tambm a para desprover (ex: demisso), matria inclusive objeto de questo de prova:(TCU/AUDITOR/2007/CESPE) Nos termos da lei federal que dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, a conduta do administrador pblico no sentido de fraudar a licitao e desviar dinheiro pblico sujeita-o pena de demisso, a ser aplicada pelo presidente da Repblica, sendo pacfica a jurisprudncia do STF no sentido da indelegabilidade dessa atribuio. (errada)

Quanto ao prximo artigo, em funo de sua clareza, vou apenas transcrev-lo, sendo desnecessrio fazer comentrios:Art. 14. O ato de delegao e sua revogao devero ser publicados no meio oficial. 1 O ato de delegao especificar as matrias e poderes transferidos, os limites da atuao do delegado, a durao e os objetivos da delegao e o recurso cabvel, podendo conter ressalva de exerccio da atribuio delegada. 2 O ato de delegao revogvel a qualquer tempo pela autoridade delegante. 3 As decises adotadas por delegao devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-o editadas pelo delegado.

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES - Avocao: regulada pelo art. 15 da Lei 9.784/99:Art. 15. Ser permitida, em carter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocao temporria de competncia atribuda a rgo hierarquicamente inferior.

Quanto a esse tema, as bancas exploram demais o fato de a avocao ser excepcional, ou seja, enquanto a delegao regra a avocao exceo. Outra questo importante reside no final do artigo, na expresso rgo hierarquicamente inferior. Significa que rgo hierarquicamente superior que avoca a competncia de rgo hierarquicamente inferior. Eu digo em sala de aula que o superior hierrquico, na avocao, traz para si a competncia. Exemplo de avocao est no art. 103-B, 4, da CF, que prev a possibilidade de avocao pelo Conselho Nacional de Justia de processos disciplinares em curso, instaurados contra membros ou rgos do Poder Judicirio. Da mesma forma que ocorre na delegao, a competncia exclusiva no pode ser objeto de avocao.(ESAF/ANALISTA MPU/2004) A regra quanto avocao de competncias determina a sua possibilidade, desde que a competncia a ser avocada no seja exclusiva do rgo subordinado. (correta)

Poder disciplinarCaiu questo sobre poder disciplinar voc de cara deve pensar em duas coisas: apurao de infraes e aplicao de penalidades.(ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) Aplicar penalidade de cassao aposentadoria decorre do poder disciplinar da Administrao Pblica. (correta) de

(PAPILOSCOPISTA POLICIAL/SECTEC/GO/2010/FUNIVERSA) O ato de uma autoridade administrativa que aplica uma penalidade de advertncia a um servidor subordinado, por inobservncia de certo dever funcional, est inserido no contexto do exerccio regular dos poderes regulamentar e hierrquico. (errada) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL/SECTEC/GO/2010/FUNIVERSA) O poder regulamentar traduz-se na possibilidade de a administrao pblica apurar e punir as infraes praticadas pelos agentes pblicos. (errada)

Portanto, por meio do poder disciplinar a Administrao Pblica apura infraes administrativas. Detectada a infrao, ela aplicar a respectiva penalidade. Aqui eu lhe pergunto: quem pode sofrer essa punio? Guarde a seguinte informao: servidores pblicos e demais pessoas que estejam sob a disciplina administrativa.268

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES(FCC/2010/TCE/RO/AUDITOR) O poder disciplinar inerente Administrao Pblica para o desempenho de suas atividades aplica-se a todos os servidores e administrados sujeitos ao poder de polcia. (errada, pois os administrados sujeitos ao poder de polcia no esto necessariamente sujeitos disciplina administrativa) (FCC/2010/TCE/RO/AUDITOR) O poder disciplinar inerente Administrao Pblica para o desempenho de suas atividades aplica-se aos servidores pblicos hierarquicamente subordinados, bem como queles dotados de autonomia funcional. (correta) (FCC/2010/TCE/RO/AUDITOR) O poder disciplinar inerente Administrao Pblica para o desempenho de suas atividades dirige-se exclusivamente aos servidores pblicos sujeitos ao poder hierrquico estrito da Administrao, no se aplicando a outras pessoas ou aos servidores que possuam independncia funcional. (errada) (FCC/2010/TRE/RS/ANALISTA JUDICIRIO) Poder hierrquico a faculdade de punir as infraes funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas disciplina dos rgos e servios da Administrao. (correta) (FCC/2010/AL-SP/Agente Tcnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar atribudo Administrao pblica autoriza a aplicao de penalidades aos servidores pblicos e demais pessoas sujeitas disciplina administrativa. (correta) (FCC/2010/AL-SP/Agente Tcnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar atribudo Administrao pblica o poder de aplicar, aos agentes pblicos e aos administrados em geral, as penalidades fixadas em lei, observado o devido processo legal. (errada; administrados sujeitos disciplina do Poder Pblico)

Essas demais pessoas que estejam sob a disciplina administrativa, em regra, esto vinculadas Administrao Publica por meio de contratos.(ESAF/ANALISTA MPU/2004) O poder disciplinar pode alcanar particulares, desde que vinculados ao Poder Pblico mediante contratos. (correta)

Outro ponto importante para a prova voc saber que a punio penal diferente da punio administrativa, o que no impede de ambas serem aplicadas concomitantemente, desde que o ilcito praticado configure tanto infrao disciplinar como infrao penal.(CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Por terem os mesmos fundamentos e as mesmas finalidades, no so cumulveis as sanes decorrentes do poder punitivo (de natureza penal, regido pelas leis criminais) e do poder disciplinar do Estado. (errada)

Uma constatao interessante: toda infrao criminal funcional corresponde a uma infrao disciplinar, no sendo o contrrio verdadeiro, pois nem toda infrao disciplinar equivale a uma infrao criminal. Raciocine sobre essa frase. Toda vez que o servidor comete um crime ou uma contraveno estar cometendo uma infrao disciplinar; mas nem toda infrao disciplinar constitui crime ou contraveno. De qualquer forma, para aplicao da pena so imprescindveis prvio processo administrativo e motivao do ato punitivo.(CESPE/BACEN/1997) Para a validade da pena, a motivao da punio disciplinar sempre imprescindvel. (correta)269

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Para fechar os comentrios sobre poder disciplinar, vamos analisar uma questo que gera muita discusso: poder disciplinar vinculado ou discricionrio? A doutrina tradicional, encontrando respeitveis vozes contrrias, aponta o poder disciplinar como de exerccio discricionrio quanto escolha ou graduao da penalidade, uma vez que os estatutos funcionais no estabelecem regras rgidas como ocorre no Direito Penal. Contudo, h que se ressaltar a existncia de diversas leis que descrevem objetivamente as infraes administrativas e as suas respectivas penalidades. Como exemplo, adote-se a Lei 8.112/90, em que apenas h espao para discricionariedade na graduao do prazo de suspenso e na anlise da converso desta punio para multa diria (art. 130, 2: Quando houver convenincia para o servio, a penalidade de suspenso poder ser convertida em multa, na base de 50% (cinqenta por cento) por dia de vencimento ou remunerao, ficando o servidor obrigado a permanecer em servio). A Terceira Seo do STJ caminha de forma diferente da doutrina tradicional invertendo a concepo para um poder disciplinar vinculado, desgarrado de juzos de convenincia e oportunidade.(FCC/2010/TCE/RO/AUDITOR) O poder disciplinar inerente Administrao Pblica para o desempenho de suas atividades aplica-se discricionariamente, permitindo a no aplicao de penalidades previstas em lei na hiptese de arrependimento e desde que no tenha havido prejuzo econmico ao errio. (errada)

Portanto, a posio que prevalece na doutrina que, em regra, o poder disciplinar discricionrio, porm, no STJ, a posio majoritria pela sua natureza vinculada!(PROCURADOR FEDERAL AGU/2007/CESPE) O ato disciplinar vinculado, deixando a lei pequenas margens de discricionariedade administrao, que no pode demitir ou aplicar quaisquer penalidades contrrias lei, ou em desconformidade com suas disposies. (correta)

Com outras abordagens foram elaboradas as questes abaixo:(OAB/CESPE/2008.2) O poder disciplinar caracteriza-se pela discricionariedade, podendo a administrao escolher entre punir e no punir a falta praticada pelo servidor. (Gabarito: errada) (CESPE/DELEGADO PF/2002) O poder disciplinar impe ao superior hierrquico o dever de punir o subordinado faltoso. (Gabarito: correta) (CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Uma vez constatado o cometimento de infrao administrativa punvel, o superior no pode, em princpio, deixar de aplicar a sano correspondente, salvo se houver motivo juridicamente relevante para tanto. (Gabarito: correta)

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Poder de polciaFinalmente chegamos no ltimo poder administrativo que ser abordado nessa aula: poder de polcia. Trata-se de atividade desempenhada pelo Estado cujo objetivo limitar direitos individuais, restringindo-os ou condicionando-os, em benefcio do interesse pblico.(PGE/PI/PROCURADOR/2008/CESPE) Segundo reiterada jurisprudncia do STJ, a administrao pblica est impedida de exercer qualquer tipo de controle ou classificao de programas televisivos, sob pena de violar a liberdade de expresso. (Gabarito: errada) (JUIZ/TRT 17/2003/CESPE) O poder de polcia a faculdade que se reconhece Administrao de condicionar e restringir o uso, o gozo e a disposio da propriedade e o exerccio da liberdade dos administrados no interesse pblico ou social. (Gabarito: correta) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL/SECTEC/GO/2010/FUNIVERSA) A atividade do Estado em limitar o exerccio dos direitos individuais em benefcio do interesse pblico trao marcante do poder disciplinar. (errada) (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Tcnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar atribudo Administrao pblica traduz-se no poder da Administrao de impor limitaes s liberdades individuais nos limites preestabelecidos na lei. (errada)

Exemplificando: 1) restries: proibio de estacionar o veculo em determinados locais; limites de velocidade; semforos; 2) condicionamentos: obrigatoriedade de requerer ao Municpio licena para construir; porte de arma; permisso para dirigir.(TJ/DFT/ANALISTA/2008/CESPE) Programa de restrio ao trnsito de veculos automotores, em esquema conhecido como rodzio de carros, ato que se insere na conceituao de poder de polcia, visto ser uma atividade realizada pelo Estado com vistas a coibir ou limitar o exerccio dos direitos individuais em prol do interesse pblico. (Gabarito: correta)

Importante destacar que essa prerrogativa do Poder Pblico de limitar direitos individuais deve ser prevista em lei por conta do princpio da legalidade.(PGE/PE/PROCURADOR/2009/CESPE) O exerccio do poder de polcia prescinde de lei especfica. (Gabarito: errada imprescinde de lei especfica)

Inclusive nesse momento dou uma dica para voc: quando a questo de prova abordar princpios aplicveis a poder de polcia, geralmente as respostas envolvem o princpio da legalidade, impondo a obrigatoriedade de as limitaes de polcia terem origem na lei, e o princpio da proporcionalidade, exigindo que as medidas de polcia sejam proporcionais aos fins visados.(TJ/DFT/Analista/2008/CESPE) Do objeto do poder de polcia exige-se to-somente a licitude. A discusso acerca da proporcionalidade do ato de poder de polcia matria que escapa apreciao de sua legalidade. (Gabarito: errada)271

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A doutrina sustenta que a razo do poder de polcia o interesse social e seu fundamento a supremacia do interesse pblico sobre o interesse privado.(PGE/CE/PROCURADOR/2008/CESPE) Atividade da administrao pblica, expressa em atos normativos ou concretos, de condicionar, com fundamento em sua supremacia geral e na forma da lei, a liberdade e a propriedade dos indivduos, mediante ao ora fiscalizadora, ora preventiva, ora repressiva, impondo coercitivamente aos particulares um dever de absteno (non facere), a fim de conformar-lhes os comportamentos aos interesses sociais consagrados no sistema normativo. Celso Antnio Bandeira de Mello. Curso de direito administrativo. Editora Malheiros. 20. ed., p. 787. A definio objeto do fragmento de texto acima se refere ao poder a) regulamentar. b) discricionrio. c) de polcia. d) hierrquico. e) disciplinar. (PGM/NATAL/PROCURADOR/2008/CESPE) Com o estado de direito, passou-se a afirmar a existncia de uma funo de natureza administrativa cujo objeto a proteo do bem-estar geral, mediante a regulao dos direitos individuais, expressa ou implicitamente reconhecidos no sistema jurdico. Nesse contexto, o poder pblico, alm de impor certas limitaes, emite atos preventivos de controle, aplica penalidades por eventuais infraes e, em determinados contextos, exerce coao direta em face de terceiros para preservar interesses sociais. [Raquel M. U. de Carvalho. Curso de direito administrativo. Salvador: Juspodivum, 2008, p. 327 (com adaptaes)]. O texto acima trata do poder a) discricionrio. b) de polcia. c) regulatrio. d) disciplinar.

No direito brasileiro, o conceito de poder de polcia foi positivado no art. 78 do Cdigo Tributrio Nacional: Considera-se poder de polcia atividade da administrao pblica que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prtica de ato ou absteno de fato, em razo de interesse pblico concernente segurana, higiene, ordem, aos costumes, disciplina da produo e do mercado, ao exerccio de atividades econmicas dependentes de concesso ou autorizao do Poder Pblico, tranqilidade ou ao respeito propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. O mesmo Cdigo Tributrio Nacional, em seu art. 77, prev que o exerccio do poder de polcia constitui fato gerador do tributo taxa. Quanto competncia para exerccio do poder de polcia, lembre-se na prova que pertencer, em princpio, pessoa federativa qual a Constituio Federal conferiu o poder de regular o assunto. Essa distribuio de competncia baseia-se no que a doutrina chama de princpio da predominncia do interesse. Com base nesse critrio, de acordo com Hely Lopes Meirelles2, os assuntos de interesse nacional ficam sujeitos a regulamentao e policiamento da Unio; os de interesse regional sujeitam-se s normas e polcia2

Direito Administrativo Brasileiro, pag. 130.272

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES estadual, e os de interesse local sujeitam-se aos regulamentos cios e ao policiamento administrativo municipal.(CESPE/ TITULAR DE SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO DO TJDFT/2000) Acerca do poder de polcia, juridicamente correto afirmar que a competncia para seu exerccio , em princpio, da entidade poltica competente para legislar acerca da matria, que sua teoria geral a mesma dos atos administrativos e que, no exerccio desse poder, a administrao pblica pode impor restries a direitos e liberdades constitucionalmente assegurados. (correta)

A seguir, destacarei alguns temas que so questes presentes com freqncia em concursos pblicos:

- Polcia administrativa x polcia judiciria: Para simplificar seu estudo elaborei o seguinte quadro: Polcia administrativa Ilcitos administrativos Atua sobre bens, direitos e atividades Preventiva e repressiva Regida pelo Direito Administrativo Polcia judiciria Ilcitos penais Atua sobre pessoais Preventiva e repressiva Regida pelo Direito Processual Penal

(TJ/DFT/ANALISTA/2008/CESPE) No exerccio do poder de polcia, a administrao pblica est autorizada a tomar medidas preventivas e no apenas repressivas. (correta) (ANALISTA JUDICIRIO/STJ/CESPE) A polcia administrativa confunde-se com a polcia judiciria, voltada para a preparao da funo jurisdicional penal. (errada) (JUIZ/TRT 17/2003) A atribuio de polcia administrativa tambm compreende os atos de fiscalizao. (correta) (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SFA/SP/2006) manifestao tpica do poder de polcia da Administrao Pblica a a) priso em flagrante de um criminoso. b)) interdio de estabelecimento comercial por agentes da vigilncia sanitria. c) criao de uma taxa decorrente de ao de fiscalizao. d) aplicao de pena de demisso a servidor pblico. e) vigilncia exercida sobre o patrimnio pblico. (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) A polcia administrativa atua preventiva ou repressivamente.(correta) (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) O poder de polcia abrangente e no se distingue polcia administrativa de polcia judiciria. (errada) (FCC/2010/TRT9R/ANALISTA JUDICIRIO) Polcia administrativa e polcia judiciria no se confundem; a primeira rege-se pelo Direito Administrativo e incide sobre bens, direitos ou atividades; a segunda, pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas.

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES - Formas de atuao do poder de polcia: Abrangendo as atividades dos Poderes Legislativo e Judicirio, o Estado valese dos seguintes meios para exercer seu poder de polcia: a) atos normativos: o Estado impe limitaes administrativas aos direitos individuais por meio das leis e regula a aplicao destas por meio dos decretos, regulamentos, portarias, instrues, resolues e etc.. Significa que tantos os atos normativos primrios (leis) como os secundrios (decretos, portarias...) constituem formas de atuao do poder de polcia. b) atos administrativos e fatos administrativos (operaes materiais): ambos tm como propsito aplicar os comandos das leis aos casos concretos, seja por meio de medidas preventivas, como fiscalizaes, autorizaes e licenas, ou de medidas repressivas, como apreenso de mercadorias e interdies de estabelecimentos comerciais.(JUIZ/TRT17/2003) A manifestao da atribuio de polcia se d por atos normativos e concretos. (correta)

- Sanes de polcia: O exerccio do poder de polcia seria ineficaz se no fosse aparelhado de sanes para os casos de desobedincia. O ordenamento jurdico ptrio exige que referidas sanes sejam aplicadas em consonncia com os princpios da legalidade e da proporcionalidade, exigindo-se que a sano seja previamente prevista em lei e que seja proporcional infrao cometida ou ao dano causado coletividade.(ESAF/AFRF/2003) Tratando-se do poder de polcia, sabe-se que podem ocorrer excessos na sua execuo material, por meio de intensidade da medida maior que a necessria para a compulso do obrigado ou pela extenso da medida ser maior que a necessria para a obteno dos resultados licitamente desejados. Para limitar tais excessos, impe-se observar, especialmente, o seguinte princpio: a) Legalidade b) Finalidade c) Proporcionalidade d) Moralidade e) Contraditrio (SEFAZ/AC/AUDITOR/2009/CESPE) Caso um servidor seja demitido do servio pblico, o Poder Judicirio no poder anular a demisso imposta sob o fundamento de no haver a necessria proporcionalidade entre o fato apurado e a pena aplicada. (errada)

So exemplos de sanes de polcia: interdio de atividade, fechamento de estabelecimento, demolio de construo, embargo administrativo de obra, destruio de objetos, inutilizao de gneros alimentcios, proibio de fabricao ou comrcio de certos produtos e vedao de localizao de indstrias ou de comrcio em determinadas zonas.(ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) A apreenso de mercadoria ilegal em alfndega no pode ser realizada com fundamento no poder de polcia. (errada)

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES(FCC/2010/TRT9R/ANALISTA JUDICIRIO) No desempenho do poder de polcia, a Administrao Pblica no pode determinar medidas sumrias, isto , sem a oitiva do particular; logo, ainda que se trate de situao de urgncia, mister se faz a garantia da plenitude da defesa. (errada)

As aes punitivas decorrentes do exerccio do poder de polcia prescrevem em 5 (cinco) anos, conforme dispe o art. 1 da Lei 9.873/99.(JUIZ FEDERAL 5 REGIO/2009/CESPE) A Lei n. 9.873/1999, que no se aplica s infraes de natureza funcional nem aos processos e procedimentos de natureza tributria, dispe que o prazo prescricional da ao punitiva da administrao pblica, no exerccio do poder de polcia, de cinco anos, contados da data em que o ato tornou-se conhecido. (correta) (FCC/2010/TRT9R/ANALISTA JUDICIRIO) Na esfera federal, prescreve em dez anos a ao punitiva da Administrao, no exerccio do poder de polcia, objetivando apurar infrao (que no constitua crime), contados da data da prtica do ato ou, no caso de infrao permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.

- Atributos do poder de polcia: Falando agora sobre atributos do poder de polcia, eis os indicados pela doutrina: discricionariedade, coercibilidade e autoexecutoriedade.(ANALISTA JUDICIRIO/STJ/CESPE) So atributos do poder discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. (correta) de polcia a

(ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) A discricionariedade, a autoexecutoriedade e a supra legalidade so atributos caractersticos do poder de polcia. (errada)

Ao estudo de cada um deles... a) Discricionariedade: Significa que no exerccio do poder de polcia, o agente pblico, dentro dos limites impostos pela lei, tm liberdade para agir pautado em critrios de convenincia e oportunidade. importante advertir que nem todo ato de polcia discricionrio, pois em determinadas situaes a lei prev qual soluo deve ser adotada pelo agente pblico, no lhe sendo atribuda qualquer opo. Nesses casos, o ato de polcia ser vinculado.(CESPE/PROCURADOR INSS/1998) Considerando a natureza e os efeitos da atuao da polcia administrativa, os atos administrativos praticados nessa esfera so estritamente vinculados. (errada)

Como exemplos, os alvars de licena e de autorizao. Enquanto a licena ato de polcia vinculado (licena para construir), a autorizao ato de polcia discricionrio (autorizao para porte de arma).(JUIZ/TRT17/2003/CESPE) O poder de polcia atividade administrativa, podendo ser vinculada ou discricionria. (correta)275

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(FCC/2010/TRT9R/ANALISTA JUDICIRIO) Nem sempre o poder de polcia ser discricionrio, ou seja, em algumas hipteses, a lei j estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administrao ter que adotar soluo previamente estabelecida, como o caso da autorizao. (errada)

b) Coercibilidade: a caractersticas do ato de polcia de poder ser imposto pelo agente pblico independente da concordncia do particular destinatrio do ato. Equivale imperatividade dos atos administrativos, sendo certo afirmar que todo ato de polcia coercitivo (imperativo), ou seja, obrigatrio para seu destinatrio.

c) Autoexecutoriedade: A Administrao Pblica executa os seus atos de polcia independentemente de prvia manifestao do Poder Judicirio. Significa que a Administrao Pblica pode executar seus atos de polcia sem que seja necessrio ingressar com uma ao junto ao Poder Judicirio para obter a deciso do magistrado.(CESPE/PROCURADOR INSS/1998) Em decorrncia do poder de polcia de que investida, a administrao pblica pode condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais, independentemente de prvia autorizao judicial. (correta) (JUIZ/TRT17/2003/CESPE) O poder de polcia exige que o Poder Pblico utilize sempre, previamente, a via judicial cominatria para executar decises de policiamento administrativo. (errada)

Por meio desse atributo, a Administrao Pblica compele materialmente o administrado (executoriedade), valendo-se de meios diretos de coero (exs: apreenso de mercadorias, interdio de estabelecimentos e disperso de manifestao de grevistas).(CESPE/PROCURADOR INSS/1998) O acatamento do ato de polcia administrativa obrigatrio ao seu destinatrio. Para fazer valer o seu ato, a administrao pode at mesmo empregar fora pblica em face da resistncia do administrado sem que, para isso, dependa de qualquer autorizao judicial. (correta) (CESPE/PROCURADOR INSS/1998) As sanes decorrentes do exerccio do poder de polcia administrativa - por exemplo, a interdio de atividade, o fechamento de estabelecimento, a demolio de construo, a destruio de objetos e a proibio de fabricao de determinados produtos - s podem ser aplicadas aps regular processo judicial, haja vista a dimenso da restrio de direitos individuais implementada. (errada)

Mas tambm h poder de polcia quando a Administrao Pblica compele formalmente o administrado (exigibilidade), utilizando-se de meios276

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES indiretos de coero (exs: multas o Poder Pblico impe ao particular determinada obrigao sob pena de, em caso de descumprimento, pagamento de multa) No caso de ilegalidade da atuao do Poder Pblico, o particular lesado poder buscar reparao por meio de ao competente no Poder Judicirio:(ANALISTA JUDICIRIO/STJ/CESPE) O atributo da autoexecutoriedade do poder de polcia obsta que o particular que teve violados seus direitos pela Administrao busque a reparao na via judicial. (errada) (CESPE/DELEGADO PF/1997) Considere a seguinte situao: Ricardo fiscal sanitrio e, em operao de rotina, constatou que determinado estabelecimento, comercial vendia alimentos imprprios para consumo. Segundo a normatizao aplicvel, competiria ao fiscal apenas apreender o produto e aplicar multa ao responsvel. Ricardo, no entanto, achando que sua ao seria mais eficaz, tambm interditou o estabelecimento. Na situao descrita, a interdio juridicamente invlida. (correta) (CESPE/PROCURADOR INSS/1998) A proporcionalidade entre a restrio imposta pela administrao e o benefcio social que se tem em vista, bem como a correspondncia entre a infrao cometida e a sano aplicada, podem ser questionadas em juzo, mas devero ser esgotadas previamente as vias recursais administrativas, sob pena de o Poder Judicirio proclamar a falta de interesse de agir do administrado. (errada) (CESPE/SEJUS/ES/2009) O exerccio do poder de polcia visa proteo do interesse da coletividade ou do Estado, razo pela qual no se submete ao controle pelo Poder Judicirio. (errada)

Nem todo ato de polcia possui o atributo da autoexecutoriedade, como ocorre na cobrana de valores (por ex.: multas), em que a Administrao Pblica deve ajuizar a ao competente para efetuar a cobrana coercitiva do devedor.(JUIZ/TRT9/2003/CESPE) Sendo atributo do poder de policia a autoexecutoriedade, pode a Administrao Pblica, em todas as medidas por ela adotadas, pr em execuo as suas decises, com os prprios meios, sem precisar recorrer previamente ao Poder Judicirio e sem se submeter ao controle deste. (errada) (ESAF/ANALISTA MPU/2004) O poder de polcia administrativa pode se dar em diversas gradaes, finalizando, em todas as situaes, com a autoexecutoriedade, pela qual o administrado materialmente compelido a cumprir a determinao administrativa. (errada) (CESPE/ESCRIVO DE POLCIA/PA/2009) Quanto ao poder de polcia no direito administrativo brasileiro, assinale a opo correta. a) Em sentido amplo, o poder de polcia pode ser entendido como a atividade da administrao que engloba a polcia administrativa e a judiciria. A segunda tem como caracterstica principal a preveno, por objeto a propriedade e a liberdade e regese pelas normas administrativas. A primeira notadamente repressiva, tem por objeto as pessoas e rege-se por normas processuais penais. (houve inverso das caractersticas) b) O poder de polcia no pode ser delegado a particulares. Isso significa que a administrao no pode sequer contratar empresa para a instalao de equipamentos que auxiliem nas atividades materiais de constatao de infraes. (pense nos radares colocados nas rodovias e ruas das cidades, que so fornecidas por empresas particulares que venceram processo licitatrio)277

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTESc) So atributos do poder de polcia a autoexecutoriedade, a imperatividade e a presuno de legitimidade. (no que os atos de polcia no possuam essa presuno de legitimidade, mas pelo fato de a doutrina no indic-la como atributo; quanto imperatividade, no h problema em substitu-la por coercibilidade) d) O poder de polcia tambm pode-se manifestar por meio da edio de atos normativos. (RESPOSTA CORRETA) e) A administrao pode cobrar e executar, na via administrativa, o valor das multas aplicadas aos administrados, uma vez que o poder de polcia tem como atributo a autoexecutoriedade (a execuo das multas deve ocorrer por meio do Pode Judicirio)

- Delegao do poder de polcia: Quando o ente federativo (administrao direta) exerce o seu poder de polcia, editando leis e atos administrativos, diz-se que h exerccio de poder de polcia originrio. Quando pessoas administrativas integrantes da administrao indireta exercem poder de polcia que lhes foi delegado pela administrao direta resta caracterizado exerccio de poder de polcia delegado. posio majoritria na doutrina e na jurisprudncia que o poder de polcia no pode ser delegado a particulares.(ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, o poder de polcia no atividade exclusiva do Estado, podendo, por isso, ser delegado a entidades privadas. (errada)

Tem-se admitido nos casos de exerccio do poder de polcia fiscalizatrio a atribuio a pessoas privadas, por meio de contratos, da exclusiva tarefa de operacionalizar equipamentos para constatao de fatos, como ocorre com os radares nas rodovias e nos equipamentos de triagens colocados em aeroportos para identificao de objetos ilcitos. Nessas situaes no h delegao de poder de polcia, mas apenas atribuio ao particular da tarefa de constatar os fatos atravs de maquinas e equipamentos. E se a pessoa jurdica de direito privado for integrante da administrao indireta, ser possvel a delegao do poder de polcia? Questo muito controvertida, que vem dividindo a doutrina. Atualmente, por conta de recente deciso da Segunda Turma do STJ proferida no julgamento do REsp 817.534, ganha maiores relevos a posio que rejeita a delegao do poder de polcia sancionador para os particulares integrantes da administrao indireta. No julgamento do referido recurso, a Segunda Turma decidiu pela possibilidade de a BHTrans, sociedade de economia mista do municpio de Belo Horizonte, exercer atos relativos fiscalizao no trnsito da capital mineira, sem, contudo, poder aplicar multas.278

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES De acom com a referida deciso, o poder de polcia o dever estatal de limitar o exerccio da propriedade e da liberdade em favor do interesse pblico. Suas atividades dividem-se em quatro grupos: legislao, consentimento, fiscalizao e sano.(FCC/2010/TRT9R/ANALISTA JUDICIRIO) Os meios de atuao do poder de polcia compreendem somente duas categorias: atos administrativos preventivos, como, por exemplo, vistoria e fiscalizao, e atos administrativos repressivos, como interdio de atividade e apreenso de mercadorias deterioradas. (errada)

Segundo o relator do julgamento Min. Mauro Campbell Marques -, as atividades de consentimento e fiscalizao podem ser delegadas, pois compatveis com a personalidade das sociedades de economia mista. Entretanto, para o ministro, deve permanecer a vedao imposio de sanes por parte da BHTrans.

Para fechar poderes administrativos, seguem algumas smulas relacionadas ao tema: - Smula vinculante n 5 A falta de defesa tcnica por advogado no processo administrativo disciplinar no ofende a Constituio.

- Smula do STF n 645 competente o municpio para fixar o horrio de funcionamento de estabelecimento comercial. - Smula do STF n 646 Ofende o princpio da livre concorrncia lei municipal que impede a instalao de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada rea. - Smula do STJ n 19 A fixao do horrio bancrio, para atendimento ao pblico, da competncia da Unio. - Smula do STJ n 127 ilegal condicionar a renovao da licena de veculo ao pagamento de multa, da qual o infrator no foi notificado.

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Uso e abuso do poder- Uso do poder: der so do Est presente quando o agente pblico, no exerccio de suas funes, utiliza-se das prerrogativas (poderes administrativos) que lhe foram conferidas observando os limites traados pelo ordenamento jurdico. Da ser importante destacar que os poderes administrativos so conferidos aos agentes pblicos para utilizao obrigatria, no tendo os mesmos liberdade para renunci-los ou simplesmente no exerc-los. Ao mesmo tempo que tais prerrogativas constituem-se em poderes, o seu exerccio obrigatrio (desde que benfico coletividade), traduzindo-se no que a doutrina denomina de poder-dever. Hely Lopes Meirelles3 leciona que se para o particular o poder de agir uma faculdade, para o administrador pblico uma obrigao de atuar, desde que se apresente o ensejo de exercit-lo em benefcio da comunidade.

- Abuso do poder: Abuso do poder Quanto a esse tema, basta pensar da seguinte forma: o agente pblico que qualquer pessoa fsica que exera funo pblica, tal como um auditor tributrio do DF ou um jurado do Tribunal do Jri - para exercer suas funes utilizar de alguns poderes conferidos pela lei. importante ter em mente que o exerccio da funo pblica est relacionado ao atendimento do interesse da coletividade. Portanto, um policial federal exerce funo pblica, da mesma forma que um jurado do Tribunal do Jri, com o propsito de satisfazer os interesses da coletividade. No exerccio das funes pblicas pode ocorrer, infelizmente, dos agentes pblicos utilizarem de seus poderes desrespeitando as leis, a prpria Constituio Federal ou os princpios administrativos. Quando isso ocorrer, estaremos diante do abuso de poder. Portanto, voc deve marcar na prova que um ato praticado com abuso de poder ilegal, passvel de ser anulado. S que o abuso de poder divide-se em duas espcies: excesso de poder e desvio de finalidade (tambm chamado de desvio de poder).

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Direito Administrativo Brasileiro, pag. 105.280

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES Como o abuso de poder ilegal, por motivos bvios, suas espcies excesso de poder e desvio de finalidade tambm sero ilegais, passveis de anulao, conforme j dito linhas acima. Resta saber qual a diferena entre estas duas espcies. Vamos l... Vou dar um exemplo bem absurdo para facilitar a sua compreenso: imagine uma operao da Polcia Federal no combate sonegao fiscal. Em determinada diligncia, um policial federal, ao constatar que os empregados da empresa sonegadora no possuem carteira de trabalho, lavra um auto de infrao multando a empresa por essa prtica. Pergunto para voc: policial federal tem competncia para multar empresa por manter empregados sem assinatura de carteira de trabalho? Daqui ouvi sua resposta. Obviamente que no! Portanto, ao praticar um ato sem competncia o agente agiu alm dos seus poderes, ou seja, agiu com excesso de poder. Age com excesso de poder o agente pblico que extrapola seus poderes na prtica de determinado ato. Quer dizer, age sem ter competncia para aquele determinado ato.(Delegado Federal/CESPE/2004) O abuso de poder, na modalidade de desvio de poder, caracteriza-se pela prtica de ato fora dos limites da competncia administrativa do agente. (errada)

J no desvio de finalidade (desvio de poder), o agente pblico tem competncia para a prtica do ato, mas ao execut-lo no atende finalidade prevista na lei. Outro exemplo, este no to absurdo, pelo contrrio, muito comum. Determinado municpio, por fora de lei, recebe verba do Governo Federal que deve ser aplicada em aes voltadas para a educao. Porm, o Prefeito, por considerar que a educao do municpio vai muito bem obrigado aplica o dinheiro em postos de sade e em hospitais. Perceba que a inteno do prefeito foi muito boa. Mas pergunto: a lei determinava que o dinheiro fosse aplicado em qual rea? Educao, no ? Como ele aplicou na sade no atendeu finalidade da lei, agindo, portanto, com desvio de finalidade.(PAPILOSCOPISTA POLICIAL/SECTEC/GO/2010/FUNIVERSA) Se uma autoridade remove um servidor apenas por motivo de desavenas pessoais entre eles, alegando, contudo, convenincia da administrao, fica caracterizado o excesso de poder. (errada)

O mesmo ocorre quando uma remove um servidor como forma de punio. Ora, em regra a lei tem como finalidade da remoo suprir a carncia de servidores em determinado rgo pblico e no utiliz-la como meio de punio. Se nesse exemplo a autoridade administrativa tiver competncia para remover o servidor, no poderemos falar em excesso de poder. Agora, pelo fato de o ato no ter atendido finalidade prevista na lei suprir carncia de servidores -, poderemos enquadrar a situao como desvio de finalidade. Ento, para seu estudo, use o seguinte jogo de palavras:281

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EXCESSO DE PODER EXTRAPOLAR COMPETNCIA DESVIO DE PODER NO OBSERVAR A FINALIDADE DA LEI

(FCC/2010/MPE-RN/Agente Administrativo) Sobre o poder da autoridade, analise: I. A autoridade, embora competente para praticar o ato, vai alm do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. II. A autoridade, embora atuando nos limites de sua competncia, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse pblico. Tais espcies configuram, tcnica e respectivamente, a) desvio de finalidade e uso de gesto de poder. b) desvio de poder e excesso de poder. c) abuso de poder e uso regular do poder. d) uso de gesto do poder e excesso de poder. e) excesso de poder e desvio de finalidade.

Com essas consideraes, encerro essa aula, apresentando na sequncia as questes que foram apresentadas durante a aula.

QUESTES REPRODUZIDAS NESSA AULAAs questes abaixo foram citadas durante essa aula. Voc deve julg-las e ao final avaliar o seu aproveitamento:01) (PROCURADOR DO ESTADO DO CEAR/2004/CESPE) Os poderes administrativos so instrumentais, sendo utilizados pela administrao pblica para cumprir suas finalidades. 02) (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) O poder vinculado pode ser utilizado tambm nos atos discricionrios da Administrao Pblica. 03) (AGENTE DA POLCIA FEDERAL/1997/CESPE) Considere que Cndido seja fiscal do instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA), usando na explorao ilegal de madeiras, e que, pelas normas aplicveis a seu trabalho, Cndido seja obrigado apreender a madeira ilegalmente extrada que encontrar no trabalho de fiscalizao e a aplicar multa aos responsveis pela e pelo transporte do madeirame. Assim, estes so exemplos de atos resultantes do poder discricionrio que Cndido detm. 04) (CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Nos atos praticados em razo do poder vinculado, a atuao subjetiva do administrador fica restrita ao ato de julgar se a situao de fato est ou no amoldada aos contornos legais. 05) (ESAF/AFTN/89) Poder vinculado aquele que o direito a) atribui ao Poder Pblico para aplicar penalidades s infraes funcionais de seus servidores e demais pessoas sujeitas disciplina dos rgos e servios da Administrao b) confere ao Executivo para distribuir e escalonar as funes de seus rgos, ordenar e rever a atuao de seus agentes, estabelecendo a relao de subordinao entre os servidores de seu quadro de pessoal c) confere Administrao Pblica de modo explcito ou implcito, para a prtica de atos administrativos, com liberdade na escolha de sua convenincia, oportunidade e contedo282

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTESd) positivo confere Administrao Pblica para a prtica de ato de sua competncia, determinando os elementos e requisitos necessrios sua formao e) incumbe s autoridades administrativas para explicitar a lei na sua correta execuo ou expedir decretos autnomos sobre matria de sua competncia, ainda no disciplinada por lei 06) (ESAF/CGU/2004) O mrito administrativo, na atuao do administrador pblico, cujo controle jurisdicional sofre restries, condiz em particular com o exerccio regular do seu poder a) disciplinar; b) hierrquico; c) de polcia; d) discricionrio; e) vinculado 07) (ANALISTA MPU/2004) Os poderes vinculado e discricionrio, simultaneamente, podem ser exercidos pela autoridade administrativa, na prtica de um determinado ato, ressalvado que esse ltimo se restringe convenincia e oportunidade, bem como quanto a) ao contedo; b) forma; c) finalidade; d) competncia; e) ao modo. 08) (ANALISTA JUDICIRIO/TRE/AL/2004/CESPE) Caso determinado ato administrativo seja praticado com base no exerccio do poder discricionrio, no competir ao Poder Judicirio reexamin-lo nem lhe decretar nulidade, salvo se padecer de vcio de forma. 09) (JUIZ SUBSTITUTO/TJSE/2004/CESPE) No possvel a apreciao judicial de ato da administrao pblica, praticado no exerccio de seu poder discricionrio, porque tal apreciao implica anlise do mrito administrativo. 10) (OAB/CESPE/2006.3) O poder discricionrio no comporta nenhuma possibilidade de controle por parte do Poder Judicirio. 11) (ASSISTENTE JURDICO/AGU/1999) Assinale a letra que contenha a ordem que expresse a correlao correta: 1 ato vinculado 2 ato discricionrio ( ) aposentadoria compulsria por implemento de idade ( ) gradao de penalidade em processo administrativo ( ) nomeao de servidor para cargo em comisso ( ) exonerao de servidor em estgio probatrio ( ) concesso de alvar para atividade comercial a) 2/1/1/2/2; b) 1/2/2/1/1; c) 2/2/2/1/1; d) 1/2/1/2/1; e) 1/1/2/2/2 12) (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) O poder regulamentar, atribudo ao chefe do Poder Executivo, compreende a edio de normas complementares lei, para sua fiel execuo. 13) (DPE/PI/DEFENSOR/2009) Em razo da impossibilidade de que as leis prevejam todas as contingncias que possam surgir na sua execuo, em especial nas diversas situaes que a administrao encontrar para cumprir as suas tarefas e optar pela melhor soluo, necessria a utilizao do poder administrativo denominado poder a) hierrquico; b) de polcia; c) vinculado; d) regulamentar; e) disciplinar. 14) (PROCURADOR DA AGU/2001) Quando o presidente da Repblica expede um decreto para tornar efetiva uma lei, ele exerce poder regulamentar. 15) (OAB/CESPE/2006.3) A possibilidade de o chefe do Poder Executivo emitir decretos regulamentares com vistas a regular uma lei penal deriva do poder de polcia. 16) (TCNICO JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA/TRE/AL/2004) - Considere que o TRE/AL editou resoluo alterando o seu regimento interno. Essa resoluo no pode ser considerada um ato que configure exerccio de poder regulamentar. 17) (ESCRIVO DA PF/2002/CESPE) Uma das competncias do chefe do Poder Executivo federal a expedio de decretos, com a finalidade de regulamentar as leis no seio da Administrao Pblica; essa competncia no d ao presidente da Repblica, porm, o poder283

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTESde baixar decretos tratando amplamente de matrias ainda no disciplinadas por lei, ou seja, no pode ele, na vigente ordem constitucional, editar os chamados decretos autnomos. 18) (TRE-MT/TCNICO JUDICIRIO/CESPE/2010) Poder regulamentar a prerrogativa conferida administrao pblica de editar atos de carter geral que visam complementar ou alterar a lei, em face de eventuais lacunas e incongruncias. 19) (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/TRF/5 REGIO/2004) - Se uma lei estatuir que, para o gozo de determinado direito por ela criado, o cidado precisa fazer prova documental de certos fatos autoridade administrativa, poder o chefe do Poder Executivo, no exerccio vlido do poder regulamentar, estipular que documentos sero aceitos como prova, desde que no crie obrigao nova para os cidados. 20) (CESPE/1996) No exerccio do poder regulamentar, o administrador poder expedir decreto regulamentado por inteiro a matria no constante da lei regulamentada. 21) (CESPE/1996) Cabe ao decreto, especificando os comandos da lei regulamentada, criar novos direitos e obrigaes, desde que respeite o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada. 22) (CESPE/1996) O decreto, observando o princpio da supremacia do interesse pblico, pode prever a perda da propriedade privada por infraes cometidas por particular. 23) (OAB/CESPE - 2008.2) No exerccio do poder regulamentar, a administrao no pode criar direitos, obrigaes, proibies, medidas punitivas, devendo limitar-se a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida. 24) (TJ/PI/JUIZ/2007/CESPE) O poder normativo, no mbito da administrao pblica, privativo do chefe do Poder Executivo. 25) (OAB/CESPE/2006.3) O poder regulamentar exercido apenas por meio de decreto. 26) (TRF1/JUIZ/2009/CESPE) Compete privativamente ao presidente da Repblica expedir instrues para a execuo de leis, decretos e regulamentos. 27) (CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Se o Presidente da Repblica exorbitar no exerccio do poder regulamentar, o Congresso Nacional poder sustar os atos que caracterizarem o excesso de poder. 28) (CESPE/DELEGADO PF/2002) O Congresso Nacional tem competncia para controlar o poder regulamentar do presidente da Repblica. 29) (PROCURADOR DO ESTADO DO CEAR/2004/CESPE) Caso o Poder Executivo exorbite na utilizao de seu poder regulamentar, o Poder Legislativo poder anular o ato normativo editado. 30) (AUGEM/2008/AUDITOR/CESPE) A CF autoriza o TCU a sustar atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder de regulamentao. 31) (CESPE/AUDITOR INSS/2003) Em razo do princpio da legalidade, a Constituio da Repblica no admite que o Presidente da Repblica disponha, mediante decreto, acerca da extino de funes ou cargos pblicos. 32) (MPE/RN/CESPE/2009) O decreto autnomo , em regra, admitido no ordenamento jurdico brasileiro, desde que no viole direitos fundamentais. 33) (MPE/RN/CESPE/2009) O decreto, no ordenamento jurdico brasileiro, no pode inovar na ordem jurdica, visto que tem natureza secundria, e deve sempre regulamentar uma lei.284

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34) (PGE/PE/PROCURADOR/2009/CESPE) O poder disciplinar, que confere administrao pblica a tarefa de apurar a prtica de infraes e de aplicar penalidades aos servidores pblicos, no tem aplicao no mbito do Poder Judicirio e do MP, por no haver hierarquia quanto ao exerccio das funes institucionais de seus membros e quanto ao aspecto funcional da relao de trabalho. 35) (ESAF/PFN/1998) No atribuio da Administrao Pblica decorrente do poder hierrquico: a) editar atos regulamentares b) aplicar sanes disciplinares c) avocar e/ou delegar atribuies d) controlar as atividades dos rgos subordinados e) anular atos ilegais praticados por rgos inferiores 36) (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) Incluem-se entre os objetivos fundamentais do poder hierrquico da Administrao Pblica a prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas. 37) (CESPE/BACEN/1997) Do exerccio do poder hierrquico decorrem as faculdades de fiscalizar, rever, delegar, dar ordens e avocar. So caractersticas da fiscalizao hierrquica: a permanncia e a automaticidade. 38) (ESAF/ANALISTA MPU/2004) No mbito do poder hierrquico, insere-se a faculdade de revogarem-se atos de rgos inferiores, considerados inconvenientes, de ofcio ou por provocao. 39) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL/SECTEC/GO/2010/FUNIVERSA) Na administrao pblica, uma autoridade pode controlar o mrito e a legalidade dos atos praticados por seus subordinados. 40) (CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/2000) No exerccio do poder hierrquico, o superior, em certas circunstncias, pode tanto avocar a prtica de determinado ato, quanto, ele prprio, aplicar sanes punitivas a seus subordinados. 41) (OAB/CESPE/2006.3) O poder de delegao e o de avocao decorrem do poder hierrquico. 42) (OAB/CESPE/2008.2) Uma autarquia ou uma empresa pblica estadual est ligada a um estado-membro por uma relao de subordinao decorrente da hierarquia. 43) (CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Mesmo em decorrncia e no exerccio do poder hierrquico, o superior no pode delegar quaisquer atribuies a seus subordinados. 44) (TCU/AUDITOR/2007/CESPE) Nos termos da lei federal que dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, a conduta do administrador pblico no sentido de fraudar a licitao e desviar dinheiro pblico sujeita-o pena de demisso, a ser aplicada pelo presidente da Repblica, sendo pacfica a jurisprudncia do STF no sentido da indelegabilidade dessa atribuio. 45) (ESAF/ANALISTA MPU/2004) A regra quanto avocao de competncias determina a sua possibilidade, desde que a competncia a ser avocada no seja exclusiva do rgo subordinado. 46) (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) Aplicar penalidade aposentadoria decorre do poder disciplinar da Administrao Pblica. de cassao de

47) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL/SECTEC/GO/2010/FUNIVERSA) O ato de uma autoridade administrativa que aplica uma penalidade de advertncia a um servidor subordinado, por285

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTESinobservncia de certo dever funcional, est inserido no contexto do exerccio regular dos poderes regulamentar e hierrquico. 48) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL/SECTEC/GO/2010/FUNIVERSA) O poder regulamentar traduz-se na possibilidade de a administrao pblica apurar e punir as infraes praticadas pelos agentes pblicos. 49) (ESAF/ANALISTA MPU/2004) O poder disciplinar pode alcanar particulares, desde que vinculados ao Poder Pblico mediante contratos. 50) (CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Por terem os mesmos fundamentos e as mesmas finalidades, no so cumulveis as sanes decorrentes do poder punitivo (de natureza penal, regido pelas leis criminais) e do poder disciplinar do Estado. 51) (CESPE/BACEN/1997) Para a validade da pena, a motivao da punio disciplinar sempre imprescindvel. 52) (PROCURADOR FEDERAL AGU/2007/CESPE) O ato disciplinar vinculado, deixando a lei pequenas margens de discricionariedade administrao, que no pode demitir ou aplicar quaisquer penalidades contrrias lei, ou em desconformidade com suas disposies. 53) (OAB/CESPE/2008.2) O poder disciplinar caracteriza-se pela discricionariedade, podendo a administrao escolher entre punir e no punir a falta praticada pelo servidor. 54) (CESPE/DELEGADO PF/2002) O poder disciplinar impe ao superior hierrquico o dever de punir o subordinado faltoso. 55) (CESPE/PAPILOSCOPISTA PF/1997) Uma vez constatado o cometimento de infrao administrativa punvel, o superior no pode, em princpio, deixar de aplicar a sano correspondente, salvo se houver motivo juridicamente relevante para tanto. 56) (PGE/PI/PROCURADOR/2008/CESPE) Segundo reiterada jurisprudncia do STJ, a administrao pblica est impedida de exercer qualquer tipo de controle ou classificao de programas televisivos, sob pena de violar a liberdade de expresso. 57) (JUIZ/TRT 17/2003/CESPE) O poder de polcia a faculdade que se reconhece Administrao de condicionar e restringir o uso, o gozo e a disposio da propriedade e o exerccio da liberdade dos administrados no interesse pblico ou social. 58) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL/SECTEC/GO/2010/FUNIVERSA) A atividade do Estado em limitar o exerccio dos direitos individuais em benefcio do interesse pblico trao marcante do poder disciplinar. 59) (TJ/DFT/ANALISTA/2008/CESPE) Programa de restrio ao trnsito de veculos automotores, em esquema conhecido como rodzio de carros, ato que se insere na conceituao de poder de polcia, visto ser uma atividade realizada pelo Estado com vistas a coibir ou limitar o exerccio dos direitos individuais em prol do interesse pblico. 60) (PGE/PE/PROCURADOR/2009/CESPE) O exerccio do poder de polcia prescinde de lei especfica. 61) (TJ/DFT/Analista/2008/CESPE) Do objeto do poder de polcia exige-se to-somente a licitude. A discusso acerca da proporcionalidade do ato de poder de polcia matria que escapa apreciao de sua legalidade. 62) (PGE/CE/PROCURADOR/2008/CESPE) Atividade da administrao pblica, expressa em atos normativos ou concretos, de condicionar, com fundamento em sua supremacia geral e na286

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTESforma da lei, a liberdade e a propriedade dos indivduos, mediante ao ora fiscalizadora, ora preventiva, ora repressiva, impondo coercitivamente aos particulares um dever de absteno (non facere), a fim de conformar-lhes os comportamentos aos interesses sociais consagrados no sistema normativo. Celso Antnio Bandeira de Mello. Curso de direito administrativo. Editora Malheiros. 20. ed., p. 787. A definio objeto do fragmento de texto acima se refere ao poder a) regulamentar. b) discricionrio. c) de polcia. d) hierrquico. e) disciplinar. 63) (PGM/NATAL/PROCURADOR/2008/CESPE) Com o estado de direito, passou-se a afirmar a existncia de uma funo de natureza administrativa cujo objeto a proteo do bem-estar geral, mediante a regulao dos direitos individuais, expressa ou implicitamente reconhecidos no sistema jurdico. Nesse contexto, o poder pblico, alm de impor certas limitaes, emite atos preventivos de controle, aplica penalidades por eventuais infraes e, em determinados contextos, exerce coao direta em face de terceiros para preservar interesses sociais. [Raquel M. U. de Carvalho. Curso de direito administrativo. Salvador: Juspodivum, 2008, p. 327 (com adaptaes)]. O texto acima trata do poder a) discricionrio. b) de polcia. c) regulatrio. d) disciplinar. 64) (CESPE/ TITULAR DE SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO DO TJDFT/2000) Acerca do poder de polcia, juridicamente correto afirmar que a competncia para seu exerccio , em princpio, da entidade poltica competente para legislar acerca da matria, que sua teoria geral a mesma dos atos administrativos e que, no exerccio desse poder, a administrao pblica pode impor restries a direitos e liberdades constitucionalmente assegurados. 65) (TJ/DFT/ANALISTA/2008/CESPE) No exerccio do poder de polcia, a administrao pblica est autorizada a tomar medidas preventivas e no apenas repressivas. 66) (ANALISTA JUDICIRIO/STJ/CESPE) A polcia administrativa confunde-se com a polcia judiciria, voltada para a preparao da funo jurisdicional penal. 67) (JUIZ/TRT 17/2003) A atribuio de polcia administrativa tambm compreende os atos de fiscalizao. 68) (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SFA/SP/2006) manifestao tpica do poder de polcia da Administrao Pblica a a) priso em flagrante de um criminoso. b)) interdio de estabelecimento comercial por agentes da vigilncia sanitria. c) criao de uma taxa decorrente de ao de fiscalizao. d) aplicao de pena de demisso a servidor pblico. e) vigilncia exercida sobre o patrimnio pblico. 69) (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) A polcia administrativa atua preventiva ou repressivamente. 70) (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) O poder de polcia abrangente e no se distingue polcia administrativa de polcia judiciria. 71) (JUIZ/TRT17/2003) A manifestao da atribuio de polcia se d por atos normativos e concretos. 72) (ESAF/AFRF/2003) Tratando-se do poder de polcia, sabe-se que podem ocorrer excessos na sua execuo material, por meio de intensidade da medida maior que a necessria para a compulso do obrigado ou pela extenso da medida ser maior que a necessria para a obteno dos resultados licitamente desejados. Para limitar tais excessos, impe-se observar, especialmente, o seguinte princpio: a) Legalidade b) Finalidade c) Proporcionalidade d) Moralidade e) Contraditrio

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES73) (SEFAZ/AC/AUDITOR/2009/CESPE) Caso um servidor seja demitido do servio pblico, o Poder Judicirio no poder anular a demisso imposta sob o fundamento de no haver a necessria proporcionalidade entre o fato apurado e a pena aplicada. 74) (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) A apreenso de mercadoria ilegal em alfndega no pode ser realizada com fundamento no poder de polcia. 75) (JUIZ FEDERAL 5 REGIO/2009/CESPE) A Lei n. 9.873/1999, que no se aplica s infraes de natureza funcional nem aos processos e procedimentos de natureza tributria, dispe que o prazo prescricional da ao punitiva da administrao pblica, no exerccio do poder de polcia, de cinco anos, contados da data em que o ato tornou-se conhecido. 76) (ANALISTA JUDICIRIO/STJ/CESPE) So atributos discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. do poder de polcia a

77) (ADASA/ADVOGADO/2009/FUNIVERSA) A discricionariedade, a autoexecutoriedade e a supra legalidade so atributos caractersticos do poder de polcia. 78) (CESPE/PROCURADOR INSS/1998) Considerando a natureza e os efeitos da atuao da polcia administrativa, os atos administrativos praticados nessa esfera so estritamente vinculados. 79) (JUIZ/TRT17/2003/CESPE) O poder de polcia atividade administrativa, podendo ser vinculada ou discricionria. 80) (CESPE/PROCURADOR INSS/1998) Em decorrncia do poder de polcia de que investida, a administrao pblica pode condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais, independentemente de prvia autorizao judicial. 81) (JUIZ/TRT17/2003/CESPE) O poder de polcia exige que o Poder Pblico utilize sempre, previamente, a via judicial cominatria para executar decises de policiamento administrativo. 82) (CESPE/PROCURADOR INSS/1998) O acatamento do ato de polcia administrativa obrigatrio ao seu destinatrio. Para fazer valer o seu ato, a administrao pode at mesmo empregar fora pblica em face da resistncia do administrado sem que, para isso, dependa de qualquer autorizao judicial. 83) (CESPE/PROCURADOR INSS/1998) As sanes decorrentes do exerccio do poder de polcia administrativa - por exemplo, a interdio de atividade, o fechamento de estabelecimento, a demolio de construo, a destruio de objetos e a proibio de fabricao de determinados produtos - s podem ser aplicadas aps regular processo judicial, haja vista a dimenso da restrio de direitos individuais implementada. 84) (ANALISTA JUDICIRIO/STJ/CESPE) O atributo da autoexecutoriedade do poder de polcia obsta que o particular que teve violados seus direitos pela Administrao busque a reparao na via judicial. 85) (CESPE/DELEGADO PF/1997) Considere a seguinte situao: Ricardo fiscal sanitrio e, em operao de rotina, constatou que determinado estabelecimento, comercial vendia alimentos imprprios para consumo. Segundo a normatizao aplicvel, competiria ao fiscal apenas apreender o produto e aplicar multa ao responsvel. Ricardo, no entanto, achando que sua ao seria mais eficaz, tambm interditou o estabelecimento. Na situao descrita, a interdio juridicamente invlida. 86) (CESPE/PROCURADOR INSS/1998) A proporcionalidade entre a restrio imposta pela administrao e o benefcio social que se tem em vista, bem como a correspondncia entre a infrao cometida e a sano aplicada, podem ser questionadas em juzo, mas devero ser288

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CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTESesgotadas previamente as vias recursais administrativas, sob pena de o Poder Judicirio proclamar a falta de interesse de agir do administrado. 87) (CESPE/SEJUS/ES/2009) O exerccio do poder de polcia visa proteo do interesse da coletividade ou do Estado, razo pela qual no se submete ao controle pelo Poder Judicirio. 88) (JUIZ/TRT9/2003/CESPE) Sendo atributo do poder de policia a autoexecutoriedade, pode a Administrao Pblica, em todas as medidas por ela adotadas, pr em execuo as suas decises, com os prprios meios, sem precisar recorrer previamente ao Poder Judicirio e sem se submeter ao controle deste. 89) (ESAF/ANALISTA MPU/2004) O poder de polcia administrativa pode se dar em diversas gradaes, finalizando, em todas as situaes, com a autoexecutoriedade, pela qual o administrado materialmente compelido a cumprir a determinao administrativa. 90) (CESPE/ESCRIVO DE POLCIA/PA/2009) Quanto ao poder de polcia no direito administrativo brasileiro, assi