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    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSMPE/RJ - TCNICO ADMINISTRATIVO

    DIREITO ADMINISTRATIVO

    Ol pessoal,

    Bom dia! Vamos dando seqncia aos nossos estudos, de modo a nos

    encaminharmos para a reta final. Isso no quer dizer que vamos nosacomodar ou perder o foco. preciso concentrao absoluta, ou seja,devemos manter nossas energias e pensamento voltados para nossameta, nosso sonho.

    Bem, nesta aula, fiz uma inverso no cronograma, de modo quevamos tratar da AULA 04. 7. Servios Pblicos; 8. Controle da

    Administrao Pblica.

    Assim, a nossa ltima aula ser destinada ao seguinte ponto:

    AULA 05. 5. Recursos Administrativos: espcies;prazos; processos administrativos; espcies; achamada prescrio Administrativa; 6. AgentesPblicos - Regimes Jurdicos;

    Ento, vamos parte terica para enfrentarmos depois as questes.Vamos nessa.

    TEORIA: SERVIOS PBLICOS E CONTROLE ADMINISTRATIVO

    1. SERVIO PBLICO

    Estabelece a Constituio Federal, em seu artigo 175, que incumbeao Poder Pblico, na forma da lei, diretamente ou sob regime de

    concesso ou permisso, sempre atravs de licitao, a prestao deservios pblicos.

    V-se, pois, a difcil tarefa em definir o que seja servio pblico, jque nem mesmo a Constituio ou as Leis o fizeram.

    Com efeito, vamos perceber que a expresso servio pblico pode serconcebida sob vrias acepes. Em sentido geral, pode-se dizer queservio pblico qualquer atividade prestada pelo Estado, ou, sob

    outro ngulo, servio pblico poderia ser compreendido como

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    atividades prestadas no sentido de satisfazer os anseios dacoletividade.

    Segundo o Prof. Carvalho Filho a expresso servio pblico admitedois sentidos. Um subjetivo que se considera o rgo do Estadoresponsvel pela execuo do servio. E, outro, objetivo, que dizrespeito atividade prestada pelo Estado.

    No entanto, h trs correntes distintas que consideram serviopblico segundo os critrios orgnicos, formal e material.

    Para ocritrio orgnicoservio pblico aquele prestado por rgopblico do prprio Estado. Pelo critrio formal, define-se tomandopor referncia o regime jurdico. E, finalmente, pelo critriomaterialque diz respeito natureza da atividade.

    Roberto Dromi esclarece que os servios pblicos, numainterpretao positiva, podem ser vistos sob trs vertentes. Aprimeira, uma compreenso mxima (sentido amplssimo), serviopblico corresponderia a toda atividade do Estado cujo desempenho

    deva ser garantido e regulado por este.

    Essa corrente baseada na escola do servio pblico, cujorepresentante mximo Leon Duguit, para a qual a expressoservio pblico englobaria todas as atividades prestadas pelo Estado,inclusive as atividades legislativas e judiciais.

    Em sentido mdio (sentido amplo), os servios pblicosrepresentariam toda e qualquer atividade da Administrao Pblica

    (coincidiria com a escola da Administrao Pblica).

    E, enfim, numa compreenso mnima, ou restrita (sentido estrito),servio pblico seria uma importante, mas no nica ou exclusivaatividade prestada pela administrao pblica.

    Nesse sentido, a par dessas concepes, o Prof. Celso AntnioBandeira de Mello conceitua servio pblico como "toda atividade deoferecimento de utilidade ou comodidade material destinada

    satisfao da coletividade em geral, mas fruvel singularmente pelos

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    administrados, que o Estado assume como pertinente a seus deverese presta por si mesmo ou por quem lhe faa s vezes, sob um regimede Direito Pblico - portanto, consagrador de prerrogativas de

    supremacia e de restries especiais -, institudo em favor dosinteresses definidos como pblicos no sistema normativo".

    Hely Lopes, de forma mais simples, conceitua servio pblico comosendo "todo aquele prestado pela Administrao ou por seusdelegados, sob normas e controles estatais, para satisfazernecessidades essenciais ou secundrias da coletividade ou simplesconvenincias do Estado".

    A profa. Di Pietro define servio pblico como "toda atividade materialque a lei atribui ao Estado para que a exera diretamente ou pormeio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamentes necessidades coletivas, sob regime jurdico total ou parcialmentepblico".

    E o prof. Carvalho Filho entende que "toda atividade prestada peloEstado ou por seus delegados, basicamente sob regime de direito

    pblico, com vistas satisfao de necessidades essenciais esecundrias da coletividade".

    V-se, portanto, que no h uma preciso acerca do conceito deservio pblico, noo que, inclusive sofreu severas crticas, demaneira que se cogitou mesmo que se tivesse em decadncia.

    Por exemplo, na Frana, com a denominada crise da noo de serviopblico, ante ao carter relativo de seus elementos, conforme tese

    defendida por Louis Corail, chegou-se a pretender que seabandonasse tal expresso.

    Isso porque o Estado comeou a ampliar o rol de atividades que seintitulavam servios pblicos, passando, inclusive, a englobaratividades industriais, afetando-se o elemento material. E, tambm,pelo fato de o Estado no dispor de meios para prestar ele mesmotodos os servios, tendo que deleg-los aos particulares, afetando-seo elemento o formal.

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    No Brasil, pode-se dizer, no fomos afetados por tal crise, na medidaem que para ns, servios pblicos so todos aqueles definidos por leicomo dessa natureza.

    Assim, podemos definir servio pblico como toda atividadedesempenhada pela Administrao Pblica, direta ouindiretamente, visando satisfao dos anseios dosadministrados, sob o regime jurdico de direito pblico edefinida em lei como tal.

    A ttulo de exemplo, veja que a prpria Constituio definiu algumasatividades como servio pblico, tal como loteria, transporte coletivo,dentre outros.

    Portanto, no se pode exatamente dizer o que servio pblico,variando de Estado para Estado, de sociedade para sociedade,conforme o tempo, devendo, sobretudo, verificar o que a lei define atal respeito.

    Nesse sentido, vale citar o Prof. Hely Lopes, para quem"oconceito de

    servio pblico no uniforme na doutrina, que ora nos oferece uma nooorgnica, s considerando com tal o que prestados por rgos pblicos;

    ora nos apresenta uma conceituao formal, tendente a identific-lo por

    caractersticas extrnsecas; ora nos expe um conceito material, visando a

    defini-lo por seu objeto. Realmente, o conceito de servio pblico varivel

    e flutua ao sabor das necessidades e contingncias polticas, econmicas,

    sociais e culturais de cada comunidade, em cada momento histrico, como

    acentuam os modernos publicistas".

    A propsito, h duas outras correntes que tentam caracterizar o queseria o servio pblico levando em considerao atividade, sendo osessencialistas e os formalistas (legalistas).

    Para a corrente essencialista, uma atividade para ser consideradaservio pblico deve ter a natureza, essncia, de servio pblico, ouseja, a atividade definida como servio pblico segundo a suaessencialidade coletividade.

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    Assim, haveria um ncleo mnimo de atividades que dada a suanatureza, essencialidade, se caracterizaria como servio pblico.

    Para os formalistas no seria possvel identificar esse ncleo deatividades essenciais a fim de caracterizar os servios pblicos. Porisso, para essa corrente, servio pblico seria toda e qualqueratividade que a Constituio ou as leis definam como tal.

    PRINCPIOS

    Observamos que os servios pblicos se sujeitam, ainda queparcialmente, a regime jurdico de direito pblico, o que significasubmisso a regime especial, que se traduz em uma srie delimitaes e poderes, bem como na observncia de diversosprincpios, dos quais podemos citar o seguinte:

    Princpio da supremacia do interesse pblico: trata-se deprincpio geral do Direito Administrativo, segundo o qual o interessepblico deve preponderar em relao ao interesse particular, de modoque os servios pblicos visam satisfazer os anseios da coletividade,

    ressalvando-se as limitaes impostas pela prpria Constituio.

    Princpio da adaptabilidade ou mutabilidade: os serviospblicos devem acompanhar a modernizao, a fim de se manterematualizados. Assim, permitida mudanas no regime de execuo(regime jurdico) a fim de adapt-lo ao interesse pblico.

    Princpio da impessoalidade: na prestao dos servios pblicosno pode haver discriminao entre os usurios/beneficirios.

    Princpio da igualdade dos usurios: estabelece que direito dousurio ter tratamento isonmico em relao ao acesso, assim comona prestao dos servios pblicos, desde que atendidas s condieslegalmente estabelecidas.

    Princpio da universalidade: corolrio do princpio da igualdade,estabelece que os servios pblicos devem ser prestadosindistintamente, de forma a abranger o maior nmero de

    beneficirios que seja possvel.

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    A propsito, o ilustre prof. Carvalho Filho cita o princpio dageneralidade, que compreenderia a universalidade, impessoalidade

    e a igualdade, ao salientar que "significa, de um lado, que os serviospblicos devem ser prestados com a maior amplitude possvel" e "deserem eles prestados sem discriminaes entre os beneficirios,

    quando tenham estes as mesmas condies tcnicas e jurdicas para

    a fruio. Cuida-se de aplicao do princpio da isonomia ou, mais

    especificamente, da impessoalidade (art. 37, CF)".

    Princpio da continuidade: os servios pblicos no podem sofrerlapso de continuidade, quer dizer que no podem ser interrompidos.

    importante dizer que a Lei n 8.987/95 (Lei de concesses epermisses de servio pblico) excepciona esse princpio nos casos dea) emergncia; b) prvio aviso (I - por motivos tcnicos; II -por falta de pagamento).

    Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justia tem entendimento deque no possvel o corte de energia por dbitos pretritos,

    ressalvando-se, no entanto, o corte por falta de pagamento (dbitoatual), quando tais servios so prestados por concessionrio e soremunerados por tarifa, conforme o seguinte:

    ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO

    REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CORTE NO

    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELTRICA. ART. 535, II, DO

    CPC NO VIOLADO. AUSNCIA DE OMISSO NO ACRDO

    HOSTILIZADO. ENERGIA ELTRICA. INTERRUPO DO

    FORNECIMENTO PELA CONCESSIONRIA.IMPOSSIBILIDADE. INADIMPLNCIA DO CONSUMIDOR.

    DBITO SOB DISCUSSO JUDICIAL. DISSDIO

    JURISPRUDENCIAL NO COMPROVADO. SUPORTE FTICO

    DESSEMELHANTE.

    1. Cuida-se, na origem, de agravo de instrumento com

    pedido de efeito suspensivo interposto por CEAL - Companhia

    Energtica de Alagoas contra deciso que, nos autos de ao

    declaratria negativa ajuizada por Exata Empreendimentos e

    Participaes Ltda, deferiu a antecipao de tutela requerida,

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    determinando a ento agravante no suspender o

    fornecimento de energia eltrica na unidade consumidora da

    agravada, impedindo, ainda, a incluso do nome desta no rol

    de devedores inadimplentes.

    2. No se vislumbra afronta aos arts. 165, 459, e 535, II, do

    Cdigo de Processo Civil, uma vez que o Tribunal local,

    mesmo sem ter examinado individualmente cada um dos

    argumentos apresentados pela vencida, adotou, entretanto,

    fundamentao suficiente para decidir de modo integral a

    questo controvertida.

    3. Deve ser rejeitada a alegada violao ao art. 535 do CPC,

    uma vez que o acrdo recorrido est devidamente

    fundamentado. A jurisprudncia desta Corte unssona no

    sentido de que o julgador no est adstrito a responder a

    todos os argumentos das partes, desde que fundamente sua

    deciso. Precedente: AgRg no Ag 1124027, Rel. Ministro

    Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 16/9/2009.

    4. A Primeira Seo desta Corte firmou o entendimento

    de que a empresa concessionria do servio poder

    suspender o fornecimento de energia desde que

    precedido de aviso prvio, no caso de inadimplementoda conta. Precedentes: REsp 460.271/SP, Rel. Ministra

    Eliana Calmon, DJU 21.2.2005; REsp 591.692/RJ, Rel.

    Ministro Teori Albino Zavascki, DJU 14.3.2005; REsp

    615.705/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, DJU 13.12.2004.

    5. Tal orientao no se aplica ao caso dos autos, tendo em

    vista que o Tribunal a quo no reconheceu a inadimplncia

    da recorrida, j que as partes discutem, na via judicial, a

    existncia e o valor da dvida.

    6. O dissdio pretoriano no restou configurado ante aausncia de similitude ftica e jurdica entre os casos

    confrontados, o que inviabiliza o conhecimento da

    divergncia, porquanto desatendidos os requisitos dos arts.

    541, pargrafo nico, do CPC, e 255 do Regimento Interno

    do Superior Tribunal de Justia.

    7. Agravo regimental no provido.

    (AgRg no REsp 854.204/AL, Rel. Ministro BENEDITO

    GONALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/11/2010, DJe

    18/11/2010)

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    AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE

    CONHECIDO E NESTA PARTE IMPROVIDO. CORTE DE

    ENERGIA ELTRICA. DBITO PRETRITO. PRECEDENTES DO

    STJ.

    - Conforme entendimento firmado neste Superior

    Tribunal de Justia, ilegtimo o corte de fornecimento

    de energia eltrica quando a inadimplncia do

    consumidor decorrer de dbitos pretritos.

    Subsistentes os fundamentos do decisrio agravado, nega-se

    provimento ao agravo regimental.

    (AgRg no REsp 1145884/RS, Rel. Ministro CESAR ASFOR

    ROCHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/11/2010, DJe

    17/11/2010)

    Princpio da transparncia: os servios pblicos devem primar pelapublicidade, devem ser explcitos, devendo ser levados aoconhecimento pblico at para efeito de controle.

    Princpio da motivao: na prestao dos servios pblicos asdecises devem ser sempre fundamentadas, apresentando osfundamentos de fato e de direito.

    Princpio da modicidade das tarifas: significa dizer que osservios pblicos no so prestados visando ao lucro, mas visando asatisfao dos anseios da coletividade, devendo considerar quelesque no tm condies materiais, por isso, deve sem de baixo custo,cujo intuito , primordialmente, de apenas custear os gastos

    efetuados.

    Princpio do controle: dever do Estado, como titular dos serviospblicos, exercer permanentemente a fiscalizao sob sua prestao,visando sempre a melhoria de sua prestao.

    A Lei n 8.987/95 ao definir o que seria servio adequado positivoualguns desses princpios no seu art. 6, 1 ao expressar queservioadequado o que satisfaz as condies de regularidade,

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    continuidade, eficincia, segurana, atualidade, generalidade, cortesia

    na sua prestao e modicidades das tarifas.

    CLASSIFICAO

    Os servios pblicos podem ser classificados sob diversos aspectos.Nesse sentido, sobressai a lio de Hely Lopes Meirelles ao discorrerque se pode classificar os servios pblicos levando-se em conta aessencialidade, a adequao e os destinatrios dos servios.

    Com base nisso, podemos classific-los em: pblicos e de utilidadepblico; prprios e imprprios do Estado; administrativos eindustriais; "uti universi" e "uti singuli".

    Assim, quanto essencialidade,temos:

    a) servios pblicos essenciais: so os considerados essenciais coletividade e ao prprio Estado, prestados exclusivamente por este,por estarem ligados intimamente com suas atribuies.

    Tais servios so considerados privativos do Poder Pblico, nopodendo ser delegados. Ex. segurana pblica, defesa nacional etc.

    A propsito, o prof. Celso Ribeiro Bastos entende que tais atividades,ligadas soberania nacional, no so servios pblicos, sendo atos denatureza poltica.

    b) servios de utilidade pblica (no-essenciais): so os que,muito embora no sejam essenciais, so convenientes para a

    sociedade, visa melhoria de vida do indivduo na coletividade.

    O Poder Pblico pode prest-los diretamente ou por terceiros(delegados), mediante remunerao (preo pblico), sendo que aregulamentao e o controle so exercidos pelo Estado. Porm, aprestao se d por conta e risco dos delegatrios. Exemplos:fornecimento de energia eltrica, telefone, de transporte coletivo.

    No tocante ao fornecimento de energia h entendimento no sentido

    de caracteriz-lo como servio essencial (STJ).

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    Quanto ao titular dos servios, podem ser considerados serviospblicos prprios aqueles que so da titularidade do Estado,

    podendo ser prestados por este direta ou indiretamente, e serviospblicos imprprios aqueles que no so da titularidade do Estado,muito embora possam ser prestados por este.

    Maria Silvia Zanella Di Pietro (pgs. 120/121), na linha dopensamento de Cretella Jnior (pg. 312), entende que os serviospblicos prprios podem ser prestados indiretamente, ou seja, pormeio de concesso ou permisso, enquanto os servios pblicosimprprios no so assumidos, nem executados pelo Estado, masapenas por ele autorizado, regulamentado e fiscalizado.

    Assim, recebem o nome de servios pblicos porque atendem aosinteresses gerais, o que para alguns so servios pblicosautorizados, apenas.

    Quanto aosdestinatrios, temos:

    a) servios pblicos gerais (uti universi): so os serviospblicos prestados coletividade em geral, sem ter usuriodeterminado, especfico, por isso no podem ser mensurados deforma individualizada. Ex. iluminao pblica, educao, sade.

    Tais servios so remunerados mediante impostos ou contribuies,tal como os servios de asfaltamento, Iluminao Pblica,urbanizao etc.

    Nesse sentido, vale citar a Smula 670-STF: Os servios deiluminao pblica no pode ser remunerado mediante taxa.

    b) servios pblicos especficos (uti singuli) - so os que tmusurios determinados, individualizveis, so tambm servios postos disposio de qualquer usurio, contudo, pode-se mensurar quantocada um se beneficia ou utiliza dos servios.

    Nesta hiptese, podemos ter servios pblicos compulsrios, ou seja,

    aqueles que no podem ser recusados pelo destinatrio, eis que

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    estabelecidos de forma coativa, os quais podero ser gratuitos ouremunerados.

    Quando remunerados, ser utilizada a taxa de servio, espcietributria (art. 77, CTN).

    Ou sero facultativos, isto , so aqueles postos disposio dousurio, de modo que somente pelo efetivo uso que haver acontraprestao remuneratria (pagamento de tarifa, que espciede preo pblico), tal como exemplo dos transportes coletivo.

    Quanto aoobjetotemos:

    a) Servios pblicos administrativos so os servios denominadosmeio, ou seja, aqueles destinados a atender as demandas internas daAdministrao ou preparatrios de outros servios a serem prestados.(Ex: imprensa oficial)

    b) servios comerciais ou industriais so os servios exercidospela Administrao visando a satisfao das necessidades coletivas

    de ordem econmica ou industrial. (Ex: atividade bancria)

    c) servio pblico social so servios voltados ao atendimento denecessidades sociais da coletividade, tal como educao, sade etc.

    Alm dessas classificaes, interessante citar o prof. Carvalho Filho,que apresenta os servios pblicos classificados em: a) delegveis eindelegveis; b) administrativos e de utilidade pblica; c) coletivos esingulares; d) sociais e econmicos.

    Osdelegveisso aqueles que em razo de sua natureza podem serexercido pelo Estado ou este poder permite que particulares osexera em colaborao com o poder pblico (transporte coletivo,fornecimento de energia eltrica). E, indelegveis os que somentepodem ser prestados pelo Estado (defesa nacional, segurana pblicaetc).

    Administrativos so aqueles exercidos para sua melhor organizao

    do Estado (imprensa oficial etc). Os de utilidade pblica so

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    aqueles destinados aos indivduos para sua fruio direta (postosmdicos, fornecimento de energia, gs etc).

    Coletivos (uti universi) so os destinados coletividadeindistintamente, de acordo com as prioridades e opes definidas pelaAdministrao Pblica e em conformidade com seus recursos, ouseja, no so prestados a pessoas determinadas (ex. pavimentaode ruas, iluminao pblica). E, singulares (uti singuli) soprestados a pessoas ou grupos determinado de pessoas, ou seja, individualizado, mensurvel quanto cada indivduo utilizado (ex.energia domiciliar, telefonia etc).

    Alm disso, servios sociais so aqueles destinadas a atender aosanseios sociais bsicos, ou seja, servios relevantes ou assistenciais eprotetivos (hospitais, educacional, saneamento etc). E econmicosrepresentam atividades de carter industrial ou comercial (atividadebancria).

    PRESTAO DO SERVIO

    Sabemos que os servios pblicos podem ser prestados diretamentepelo Estado ou indiretamente. Assim, quando o Estado os prestadiretamente, denominados de prestao direta ou centralizada,ocorre quando a prpria Administrao direta ou entidade sua(Administrao indireta), criada especificamente para isso, osexecuta.

    Os servios sero prestados indiretamente, prestao indireta oudescentralizada do servio, quando o Estado permite que terceiros

    o execute (delegao).

    importante, portanto, no confundir Administrao Pblica indiretacom a prestao indireta de servios pblicos. Esta ocorre quandoterceiro executa o servio pblico que da titularidade de um ente ouentidade administrativa.

    Lembre-se que, quando a Administrao transfere a titularidade dosservios entidade criada para tal fim, d-se a outorga (servio

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    pblico outorgado), por isso que se trata de prestao direta namedida em que o titular quem est prestando o servio.

    Percebam que h outorga quando o Estado cria uma entidade ea ela transfere, por lei, determinado servio pblico.

    Por outro lado, quando a execuo do servio, ou seja, a prestao transferida ao terceiro, por meio de contrato ou ato unilateral daAdministrao, tem-se a delegao de servio pblico, quesignifica a transferncia temporria do servio pblico a quemno seu titular. (art. 2, Lei n 9.074/95), o que se denominadelegao de servio pblico.

    DELEGAO

    No tocante delegao de servio pblico, a doutrina no unssonaquanto s suas formas, ou espcies. Para alguns como Celso AntnioBandeira de Mello, h duas espcies, a concesso e a permisso, paraoutros, como Maria Sylvia e Hely Lopes, h trs espcies, aconcesso, a permisso e a autorizao.

    Para efeitos didticos, adotaremos a posio dominante, no sentidode que a delegao de servios pblicos pode se realizadautilizando-se os institutos da concesso, permisso eautorizao. Outrossim, modernamente, alguns autores vm citandoo arrendamento e a franquia como espcie de contratos quetransferem a prestao de servios pblicos a particulares(arrecadao de correio, loterias etc), todavia, dado o objetivo dessecurso, no entraremos em tal seara.

    Com efeito, no tocante concesso de servios pblicos, verificamosa existncia de duas espcies, a chamada concesso comum e aconcesso especial.

    A concesso comum est prevista na Lei n 8.987/95 (Lei deConcesses e Permisses) que prev duas modalidades: concessode servios pblicos (art. 2, II); concesso de serviospblicos precedida de obra pblica (art.2, III).

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    Aconcesso de servio pblico (art. 2, inc. II) a delegao daprestao de servios pblicos, feita pelo poder concedente, por meiode contrato, tendo lei que autorize, mediante licitao, na modalidade

    concorrncia pessoa jurdica ou consrcio de empresas quedemonstrem capacidade para prest-lo, por sua conta e risco e emnome prprio, com prazo determinado.

    A concesso de servio pblico precedido de obra pblica (art.2, inc. III) consiste na construo, total ou parcial, conservao,reforma, ampliao ou melhoramento de quaisquer obras deinteresse pblico, delegada pelo poder concedente, mediantelicitao, na modalidade concorrncia, pessoa jurdica ou consrciode empresas que demonstrem capacidade para a sua realizao, porsua conta e risco, de forma que o investimento da concessionria sejaremunerado e amortizado mediante a explorao do servio ou daobra, por prazo determinado.

    A concesso especial foi criada pela Lei n 11.079/04 (Lei dasParcerias Pblico-Privadas), prevendo, tambm, duas hipteses,sendo a concesso patrocinada (art.2, 1) e a concesso

    administrativa (art.2, 2).

    A concesso patrocinada a concesso comum, ou seja, deservios pblicos ou de obras pblicas, quando envolver, alm datarifa cobrada dos usurios, contraprestao do parceiro pblico aoparceiro privado (art. 2, 1).

    A concesso administrativa o contrato de prestao de serviode que a Administrao seja usuria direta ou indiretamente, ainda

    que envolva a execuo de obra ou fornecimento e instalao de bens(art. 2, 2).

    H tambm a delegao por meio da permisso de serviopblico, prevista na Lei n 8.987/95, em seu art.2, inc. IV,definindo-a como a delegao, a ttulo precrio, mediante licitao,da prestao de servios pblicos, feita pelo poder concedente pessoa fsica ou jurdica que demonstre capacidade para seudesempenho, por sua conta e risco.

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    bom saber, e eu j reprovei num concurso por causa disso (risos),que a doutrina divergente acerca da natureza jurdica da permisso,especialmente no que diz respeito sua formalizao, se realizada

    por contrato ou ato unilateral.

    Contudo, a Lei de concesses estabelece que se trata decontrato deadeso, nos termos do art. 40, em que pese ser instituto precrio, W m

    discricionrio e intuitu personae.

    Por isso, a permisso pode ser unilateralmente revogada, aqualquer tempo, pela Administrao, sem que se deva pagar aopermissionrio qualquer indenizao exceto quando se tratar depermisso condicionada que aquela em que o Poder Pblico seautolimita na faculdade discricionria de revog-la a qualquer tempo,fixando o prazo de sua vigncia ( denominada permissocontratual).

    Para facilitar nossa vida, apresento o seguinte resumo:

    Concesso Permisso

    Carter mais estvel Carter mais precrio

    Exige autorizao legislativa No exige autorizao legislativa, em regra

    Licitao s por concorr ncia Licitao por qualquer modalidade

    S pessoas jurdic as ou consrc io de empre sas Para pessoas fsicas ou jurdic as

    Finalmente, devemos considerar ainda a autorizao de serviopblico, instituto que se coloca ao lado da concesso e da permissode servios pblicos, destinando-se aos servios mais simples, dealcance limitado, ou a trabalhos de emergncia, seguindo no que

    couber a Lei n 8.987/95. Ex. servio de txi, servios dedespachante, servios de segurana particular.

    A autorizao tem a caracterstica de ser ato precrio, discricionrio,conferida no interesse do particular e intuitu personae, podendo servinculada quando lei estabelece requisitos para a concesso oudiscricionria quando, muito embora se tenha requisito, caber administrao avaliar a convenincia ou oportunidade de editar o ato.

    EXTINO

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    A extino da delegao do servio pblico instituto no qual se petermo prestao por terceiro. Assim, conforme prev o art. 35 da

    Lei n 8.987/95, h diversas formas, tal como: advento ou termo(concluso natural), por encampao, caducidade, resciso, anulaoe falncia ou extino da pessoa jurdica (empresa concessionria) oufalecimento ou incapacidade da pessoa fsica (titular de empresaindividual).

    Como ressaltado, extino termo genrico utilizado para indicar odesfazimento do contrato de concesso durante o prazo de execuoou pelo decurso desse prazo. Assim, adota-se o termo rescisocontratual.

    A resciso do contrato poder ocorrer por ato unilateral do poderconcedente nos casos de encampao, caducidade e anulao,por deciso judicial (anulao) ou por acordo entre as partes(resciso consensual).

    Em regra a resciso ir ocorrer pelo decurso do prazo contratual

    (advento do termo contratual), tal como prev a Lei n 9.074/95 aofixar prazos de trinta e cinco anos para concesso de gerao deenergia eltrica; trinta anos para a concesso de distribuio,podendo ocorrer uma prorrogao.

    A Encampao ou resgate o trmino do contrato antes do prazo,feito pelo poder pblico, de forma unilateral, por razes de interessepblico. Tendo em vista a convenincia do interesse pblico e porrazes supervenientes o concessionrio retoma a prestao dos

    servios, conforme art. 37 da Lei n 8.987/95, que assim dispe:

    Art. 37. Considera-se encampao a retomada do servio

    pelo poder concedente durante o prazo da concesso, por

    motivo de interesse pblico, mediante lei autorizativa

    especfica e aps prvio pagamento da indenizao, na forma

    do artigo anterior.

    A Caducidade ou decadncia forma de extino do contrato,

    antes de seu termo, pelo poder pblico, de forma unilateral,

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    inexecuo total ou parcial do ajuste por parte da concessionria,conforme art. 38, assim expresso:

    Art. 38. A inexecuo total ou parcial do contrato acarretar, a

    critrio do poder concedente, a declarao de caducidade da

    concesso ou a aplicao das sanes contratuais, respeitadas as

    disposies deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas

    entre as partes.

    A caducidade, em regra, no gera direito indenizao. oconcessionrio, no entanto, quem responder a processoadministrativo pelos prejuzos causados.

    Esse instituto somente pode ser invocado pela Administrao, nocabendo ao concessionrio invoc-lo sob o a tese da exceptio nonadimplenti contractus (exceo do contrato no cumprido).

    A anulao a invalidao do contrato, antes do trmino do prazo,por razes de ilegalidade, ou seja, por vcio na concesso ou noprprio ajuste. Pode operar por fora de ato da prpria Administrao

    ou por deciso judicial.

    possvel, ainda, que a concesso seja extinta em razo defalnciaouextino da empresa,bem como em virtude defalecimento ouincapacidade do concessionrio (empresa individual).

    Nos casos de resciso normal, por decurso de prazo, ocorre areverso que a incorporao pelo poder concedente dos bensafetos ao servio pblico e de propriedade do concessionrio, para

    manter a continuidade do servio.

    Art. 35

    1 Extinta a concesso, retornam ao poder concedente

    todos os bens reversveis, direitos e privilgios transferidos

    ao concessionrio conforme previsto no edital e estabelecido

    no contrato.

    Tais bens sero indenizados se no tiverem sido amortizados pelo

    perodo de concesso ante as tarifas fixadas.

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    2. CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA

    A Administrao Pblica, como um todo, submete-se a diversasespcies de controle, a iniciar do prprio controle que exerce sobre simesma, denominado controle interno ou controle administrativo.

    Afora o controle interno, h o controle externo exercido por rgoscuja natureza no de exerccio da funo administrativa, so oscontroles exercidos pelo legislativo e pelo judicirio.

    Conforme a Profa. Di Pietro, a finalidade do controle a de assegurarque a Administrao atue em consonncia com os princpios que lheso impostos pelo ordenamento jurdico, como os da legalidade,moralidade, finalidade pblica, publicidade, motivao,impessoalidade; em determinadas circunstncias, abrange tambm ocontrole chamado de mrito e que diz respeito aos aspectosdiscricionrios da atuao administrativa.

    Nesse sentido, o Prof. Carvalho Filho define controle da Administrao

    Pblica como o conjunto de mecanismos jurdicos eadministrativos por meio dos quais se exerce o poder defiscalizao e de reviso da atividade administrativa emqualquer das esferas de Poder.

    importante perceber que tambm foi conferido ao cidado comum opoder de realizar o controle da Administrao, na medida em quequalquer um do povo pode representar no caso de irregularidades,consoante os termos do art. 74, 2, da Constituio Federal, ao

    estabelecer que q u a lq u e r c i d ad o , p a r t i d o p o l t i c o , ass oc i aoo u s in d i ca t o p a r t e l e g t i m a p a r a , n a f o r m a d a l e i d e n u n c i a r

    i r r e g u l a r i d a d e o u i l e g a l id a d e s p e r a n t e o T r i b u n a l d e C o n t a s d a

    U n io .

    O art. 37, 3, CF/88, introduzido pela EC 19/98, trouxe previsoacerca da participao do usurio na Administrao Pblica, tendocomo formas as reclamaes no tocante execuo dosservios, sua manuteno e avaliao peridica, assim como o

    acesso destes aos registros administrativos, bem como a

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    possibilidade de representao contra o exerccio negligenteou abusivo do cargo, emprego ou funo pblica.

    Desse modo, pode-se definir o controle como sendo o poder defiscalizao e correo que exercem os rgos Judicirio, Legislativo eAdministrativo, alm do cidado sobre a Administrao Pblica, com ointuito de preservar a conformidade da atuao administrativa com osprincpios e orientaes emanadas do ordenamento jurdico.

    ESPCIES

    Diante disso, podemos dizer que o controle da administrao podeser de vrias espcies.Com efeito, quanto ao rgo que o exerce o controle pode seradministrativo, judicial ou legislativo. Quanto ao momentopode ser prvio, concomitante ou posterior. Finalmente,quanto origem ele pode ser interno ou externo.

    O controle interno exercido por rgo integrante da prpriaAdministrao fiscalizadora e controladora. todo controle realizado

    pelo prprio rgo em relao a seus atos e aos atos de seusagentes. Tambm denominado controle hierrquico, em razo daexistncia de subordinao interna.

    Significa dizer que o controle interno ou administrativo realizadopela prpria Administrao, cujo fundamento o princpio daautotutela, segundo o qual a Administrao pode anular seus atosquando eivados de vcio de legalidade ou revog-los por motivo deconvenincia ou oportunidade.

    Alm de outros princpios implcitos, podemos dizer que o controleinterno est previsto expressamente na Constituio, conforme art.74, ao estabelecer que os Poderes mantero de forma integrada,sistema de controle interno.

    Referido controle pode ocorrer por provocao dos interessados (art.5, Lei n 9.784/99), como consectrio do direito de petio (art. 5,XXXIV, "a") ou de ofcio pela Administrao.

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    Tambm considerado controle administrativo o que a Administraodireta realiza sobre a Administrao indireta, chamado de controle detutela, que se faz sob os aspectos de finalidade, ou seja, se a

    entidade est cumprindo suas finalidades estatutrias.

    Por isso, tal controle tambm chamado de superviso ministerial oucontrole de resultado. exemplo desse controle o recurso hierrquicoimprprio.

    Assim, a Constituio Federal estabelece as premissas do sistema deControle Interno que basicamente ter competncias assemelhadasquelas exercidas pelo Tribunal de Contas na medida em que vaiatuar em seu auxlio, conforme se depreende do art. 74 que assimdispe:

    Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio

    mantero, de forma integrada, sistema de controle interno

    com a finalidade de:

    I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano

    plurianual, a execuo dos programas de governo e dos

    oramentos da Unio;II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto

    eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e

    patrimonial nos rgos e entidades da administrao federal,

    bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades

    de direito privado;

    III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e

    garantias, bem como dos direitos e haveres da Unio;

    IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso

    institucional. 1 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem

    conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela

    daro cincia ao Tribunal de Contas da Unio, sob pena de

    responsabilidade solidria.

    Como destacado, o exerccio desse controle pode ser deflagrado porprovocao ou por iniciativa da prpria Administrao (ex officio) e realizado pelos rgos que compe os entes administrativos.

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    De todo modo, podemos verificar que o controle interno possuicompetncias bem similares quelas conferidas ao controle externorealizado pelo TCU no tocante ao objeto do controle das matrias

    sindicadas. Todavia, sendo diversas somente a forma deexteriorizao e as conseqncias do exerccio desse controle.

    Por outro lado, externo o controle realizado por um dos Poderessobre o outro. Esse controle exercido pelos rgos de cpulaestranhos Administrao Pblica, verificando-se no caso o controle

    judicial e o controle legislativo, consubstanciados no preceitoconstitucional segundo o qual os poderes so harmnicos eindependentes entre si, no entanto, cabendo a cada poder fiscalizar ooutro, conforme a teoria dos pesos e contrapesos.

    Como disse, a Constituio estabeleceu um trplice controle daAdministrao Pblica, sendo: a) Controle administrativo(autocontrole ou controle interno); b) Controle legislativo(parlamentar); c) Controle Judicial (Sistema de Unidade deJurisdio).

    O controle legislativo engloba o controle poltico e o controlefinanceiro. O controle poltico, exercido pelo Congresso Nacional,compreende os aspectos de legalidade e convenincia pblica. Entreas previses constitucionais (arts. 49 a 52) esto:

    a) fiscalizao de atos do Poder Executivo, includos os da

    Administrao indireta (art. 49, X);

    b) sustao de atos e contratos do Executivo (art. 71, 1);

    c) convocao de Ministros e requerimento de informaes;

    recebimento de peties, queixas e representaes dosadministrados e convocao de qualquer autoridade ou

    pessoa para depor;

    d) Comisses Parlamentares de Inqurito (art. 58, 3) -

    atividades investigatrias; Autorizaes ou aprovaes do

    Congresso necessrias para atos concretos do Executivo;

    (art. 49, incisos I, XII, XIII, XVI e XVII);

    e) poderes controladores privativos dos Senadores (art. 52,

    III a IX);

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    f) jul gam ento anual d as contas prestadas pelo Presid ente da

    Repblica (art. 49, IX);

    g) suspenso e destituio ("impeachment") do Presidente

    da Repblica ou de Ministros (arts. 85 a 86) (crimes de

    responsabilidade).

    O controle financeiro (arts. 70 a 75 da CF/88) ser exercido peloCongresso Nacional, mediante controle externo, com o auxlio doTribunal de Contas da Unio (TCU), e pelo sistema de controle internode cada Poder.

    Esse controle compreende a fiscalizao contbil, financeira,oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades daadministrao direta e indireta e envolve aspectos de legalidade,legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia dereceitas (art. 70, CF/88)

    Em matria financeira, seja em sede de controle interno, sejacontrole externo, importe a dico da LC n 101/00 - Lei deResponsabilidade Fiscal.

    Com efeito, entre as funes de controle exercidas pelo TCU (art.71), esto as atividades de fiscalizao financeira, consulta,informao, julgamento, ouvidoria e o poder sancionatrio.

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser

    exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual

    compete:

    I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da

    Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em

    sessenta dias a contar de seu recebimento;

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis por

    dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e

    indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas

    pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a

    perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao

    errio pblico;

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de

    admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e

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    indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder

    Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em

    comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas

    e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o

    fundamento legal do ato concessrio;

    IV - realizar, por iniciativa prpria, da Cmara dos Deputados, do

    Senado Federal, de Comisso tcnica ou de inqurito, inspees e

    auditorias de natureza contbil, financeira, oramentria,

    operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes

    Legislativo, Executivo e Judicirio, e demais entidades referidas no

    inciso II;

    V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de

    cujo capital social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos

    termos do tratado constitutivo;

    VI - fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pela

    Unio mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos

    congneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio;

    VII - prestar as informaes solicitadas pelo Congresso Nacional,

    por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas

    Comisses, sobre a fiscalizao contbil, financeira, oramentria,

    operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias einspees realizadas;

    VIII - aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa

    ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei, que

    estabelecer, entre outras cominaes, multa proporcional ao dano

    causado ao errio;

    IX - assinar prazo para que o rgo ou entidade adote as

    providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada

    ilegalidade;

    X - sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado,

    comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado

    Federal;

    XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou

    abusos apurados.

    1 - No caso de contrato, o ato de sustao ser adotado

    diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitar, de imediato,

    ao Poder Executivo as medidas cabveis.

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    2 - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de

    noventa dias, no efetivar as medidas previstas no pargrafo

    anterior, o Tribunal decidir a respeito.

    3 - As decises do Tribunal de que resulte imputao de dbito

    ou multa tero eficcia de ttulo executivo.

    4 - O Tribunal encaminhar ao Congresso Nacional, trimestral e

    anualmente, relatrio de suas atividades.

    No tocante ao controle judicial, importante destacar que "no Brasil,ao contrrio do que ocorre em inmeros pases europeus, vigora osistema de jurisdio nica, de sorte que assiste exclusivamenteao poder Judicirio decidir, com fora de definitividade, toda equalquer contenda sobre a adequada aplicao a um caso concreto,sejam quais forem os litigantes ou a ndole da relao jurdicacontrovertida", conforme lio do Prof. Bandeira de Mello.

    O fundamento da adoo do sistema de unidade de jurisdio peloBrasil est disposto no art. 5, inc. XXXV, da CF/88 ao estabelecerque "a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio lesoou ameaa a direito", conhecido como princpio da inafastabilidade,

    inevitabilidade, de jurisdio.

    A natureza do controle judicial sobre atos da Administrao exclusivamente de legalidade. vedado ao Judicirio, como tmdecidido os Tribunais, apreciar os critrios de mrito (convenincia eoportunidade) do ato administrativo, privativos do administrador.

    Esse controle compreende a anlise da legitimidade doscomportamentos da Administrao Pblica, com a seguinte

    abrangncia: anula condutas ilegtimas da Administrao Pblica;obriga a Administrao a cumprir as condutas devidas; condena aAdministrao a indenizar os prejudicados.

    Neste aspecto, possvel a utilizao de qualquer instrumento judicial(ao) para efeito de controle da Administrao. No entanto, deve-sedar destaque especial para as denominadas aes constitucionais degarantia ou remdios constitucionais, tal como:

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    Habeas corpus (art. 5, LXVIII: conceder-se- "habeas-corpus" sempreque algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua

    liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder),

    Habeas data (art. 5, LXXII: conceder-se- "habeas-data": a) paraassegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante,

    constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de

    carter pblico; b) para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por

    processo sigiloso, judicial ou administrativo),

    Mandado de segurana (art. 5, LXIX: conceder-se- mandado de

    segurana para proteger direito lquido e certo, no amparado por "habeas-corpus"

    ou "habeas-data", quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for

    autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do

    Poder Pblico),

    Mandado de injuno (art. 5, LXXI: conceder-se- mandado deinjuno sempre que a falta de norma regulamentadora torne invivel o exerccio

    dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes

    nacionalidade, soberania e cidadania),

    Ao popular (art. 5, LXXIII: qualquer cidado parte legtima parapropor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de

    entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente

    e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f,

    isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia),

    Ao civil pblica (art. 129, III: [...] ao civil pblica, para a proteodo patrimnio pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e

    coletivos;)

    Vale citar, ainda, as aes do controle de constitucionalidade: aodireta de inconstitucionalidade (ADI genrica), ao direta deinconstitucionalidade por omisso (ADO), ao declaratria deconstitucionalidade (ADC), argio de descumprimento de preceitofundamental (ADPF).

    H ainda o controle prvio ou preventivo ocorre antes do ato de

    modo a impedir que venha a ser praticado, eis que ser considerado

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    ilegal ou contrrio ao interesse pblico. Concomitante o controleexercido no mesmo momento em que o ato se realiza. posteriorquando realizado aps a prtica do ato.

    Existe, ademais, o controle de legalidade ou de mrito, conforme severifica a concordncia do ato com o ordenamento jurdico, ou seja,quanto legalidade do ato. De mrito diz respeito aos aspectos deconvenincia e oportunidade do ato.

    Visto isso, vamos s questes.

    Comentrio:

    A assertiva I est errada. A Constituio enumera alguns serviospblicos. Porm, nem todos os servios pblicos esto catalogados naConstituio, h outros que so previstos em lei.

    A assertiva II est errada. Como destacado os servios podem serprestados diretamente pelo Estado (administrao direta) ou por suasentidades (administrao indireta). Pode, ainda, ser prestado de por

    terceiros (delegao).

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    QUESTES COMENTADAS

    1. (TCNICO JUDICIRIO - JUDICIRIA - TJ/AP - FCC/2009)Analise as seguintes afirmaes:I. Os servios pblicos no Brasil so aqueles expressa enominalmente listados na Constituio Federal.II. Os servios pblicos caracterizam-se por deveremnecessariamente ser prestados de modo direto pelo Estado.III. Toda atividade prestada por entidades estatais considerada pela

    Constituio Federal como servio pblico.Considerando tais afirmaes,a) est correto o que se afirma somente em I.b) est correto o que se afirma somente em II.c) est correto o que se afirma somente em III.d) est correto o que se afirma somente em I e II.e) est INCORRETO o que se afirma em I, em II e em III.

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    A assertiva III est errada. Nem toda a atividade prestada porentidades estatais considerada servios pblicos. J sabemos, porexemplo, que empresas pblicas e sociedades de economia mista

    podem explorar atividade econmica, o que no se enquadra comoservio pblico.

    Gabarito: "E".

    Comentrio:

    Ento, podemos concluir que Constituio no adota um conceito

    amplo de servios pblicos. Mas, de igual forma, tambm no h umrol de atividades, taxativas, elencadas como servios pblicos.

    O importante de se destacar que os servios podem ser prestadosdiretamente pelo Estado (Administrao direta ou indireta) ouindiretamente, por meio dos delegatrios (concessionrios,permissionrios ou autorizatrios).

    Cuidado, pois, o prof. Carvalho Filho entende que a execuo serdireta quando prestado pelas pessoas polticas (administrao direita)

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    2. (DEFENSOR PBLICO - DPE/MT - FCC/2009) Em relao aosentido de servio pblico que se pode extrair do regime

    constitucional hoje vigente no Brasil, pode-se corretamenteafirmar que um sentidoa) unvoco, na medida em que a Constituio contm um rol expressoe taxativo dos deveres do Estado, dizendo-os "servios pblicos".b) mais restrito do que certas formulaes doutrinrias, face dicotomia constitucional estabelecida entre servios pblicos eatividades econmicas exploradas pelo Estado.c) amplo, posto que as atividades estatais em geral, como regra,comportam execuo por delegao, mediante concesso ou

    permisso.d) restrito, vez que apenas pode ser considerado servio pblicoaquele prestado diretamente pelo Estado.e) restrito, vez que apenas pode ser considerado servio pblicoaquele prestado mediante concesso ou permisso.

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    e ser indireta quando prestados por terceiros distintos do Estado, ouseja, tanto pelas entidades administrativas (delegao legal)quanto por particulares (delegao negocial).

    Assim, vamos s alternativas:

    A alternativa "a" errada, primeiro porque no h sentido unvoco(ou seja, um s sentido). Ademais, a Constituio no contm rol deatividades que enumere como servios pblicos.

    A alternativa "c" errada, pois no se insere na concepo ampla,muito embora possam os servios pblicos serem delegados.

    As alternativas "d" e "e" esto erradas, pois os servios pblicospodem ser prestados diretamente ou indiretamente pelo Estado.

    Assim, a alternativa "b" a correta, ou seja, o conceito de serviopblico mais restrito do que certas formulaes doutrinrias,face dicotomia constitucional estabelecida entre serviospblicos e atividades econmicas exploradas pelo Estado.

    Gabarito: "B"

    Comentrio:

    A Lei n 8.987/95 ao definir o que seriaservio adequado positivoualguns dos princpios inerentes aos servios pblicos, conforme art.6, 1, ao expressar que servio adequado o que satisfaz ascondies de regularidade, continuidade, eficincia, segurana,

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    3. (ANALISTA JUDICIRIO - JUDICIRIO - TRT 14a REGIO -FCC/2011) NO constitui princpio inerente ao regime jurdicodos servios pblicos:a) imutabilidade.b) modicidade.

    c) cortesia.d) generalidade.e) continuidade.

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    atualidade, generalidade, cortesia na sua prestao emodicidades das tarifas.

    Assim, dentre tais princpios no se verifica o da imutabilidade, atporque possvel a mudana no regime de prestao dos serviospblicos a fim de adequ-lo ao interesse pblico.

    Gabarito: "A".

    Comentrio:

    Conforme o princpio da generalidade, na viso do prof. Carvalho

    Filho, os servios pblicos devem ser prestados indistintamente, semdiscriminao, de modo a abranger o maior nmero de indivduospossvel. Significa dizer que os servios pblicos devem serdestinados maior gama da coletividade, sem se fazerdiscriminaes entre os beneficirios.

    Gabarito: "D".

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    4. (ANALISTA JUDICIRIO - EXECUO DE MANDADOS - TRT

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    a

    REGIO - FCC/2011) O Jurista Jos dos Santos CarvalhoFilho apresenta o seguinte conceito para um dos princpiosdos servios pblicos: Significa de um lado, que os serviospblicos devem ser prestados com a maior amplitude possvel,vale dizer, deve beneficiar o maior nmero de indivduos. Mas preciso dar relevo tambm ao outro sentido, que o deserem eles prestados, sem discriminao entre osbeneficirios, quando tenham estes as mesmas condiestcnicas e jurdicas para a fruio. Trata-se do princpio da

    a) modicidade.b) continuidade.c) eficincia.d) generalidade.e) atualidade.

    5. (TCNICO JUDICIRIO - TRE/TO - FCC/2011) Um dos

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    Comentrio:

    Segundo o princpio da adaptabilidade ou atualidade os servios

    devem acompanhar a modernizao, de modo a se atualizarem,devendo utilizar-se de novas tecnologias visando melhoria eexpanso de sua prestao.

    Gabarito: "B".

    Comentrio:

    Conforme classificao de Hely Lopes Meirelles, temos serviospblicos prprios ou imprprios do Estado.

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    6. (ADVOGADO - PBGS - FCC/2007) Considerando aclassificao dos servios pblicos, correto afirmar que

    servios:a) de gua domiciliar, telefone e energia eltrica domiciliar soconsiderados servios uti universi.b) pblicos e servios de utilidade pblica so expresses sinnimas.c) prprios do Estado so aqueles que dizem respeito s atribuiesdo Poder Pblico e no podem ser objeto de delegao a particulares.d) industriais so prprios do Estado por consubstanciarem atividadeeconmica que s poder ser explorada diretamente pelo PoderPblico quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou

    a relevante interesse coletivo.e) imprprios do Estado somente podem ser prestados porconcessionrios, permissionrios ou autorizatrios.

    princpios concernentes aos servios pblicos denomina-seprincpio da atualidade, que, em sntese, significaa) igualdade entre os usurios dos servios contratados.

    b) modernidade das tcnicas, melhoria e expanso do servio.c) razoabilidade no valor atualizado das tarifas exigidas.d) continuidade na prestao do servio pblico.e) bom tratamento para com o pblico usurio do servio contratado.

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    Prprios so "aqueles que se relacionam intimamente com asatribuies do Poder Pblico", utilizando a Administrao de suasupremacia para execut-los e por esta razo somente so prestados

    por rgos ou entidades pblicas. No so passveis de delegao..

    Imprprios so os que no afetam substancialmente as necessidadesda comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seusmembros, por isso a Administrao pode prest-los por meio de seusrgos ou entidades, ou ainda delegar para os concessionrios,permissionrios ou autorizatrios.

    Podemos, ainda, classific-los em administrativos e indstrias.Essa classificao que se assemelha quele do Carvalho Filho(administrativos e econmicos).

    Os administrativos so destinados s atividades internas ou parapreparar outros servios a serem prestados pela Administrao. Osindustriais so os que produzem renda, por isso prestados pelaAdministrao ou por delegados, considerados imprprios, por setratar de atividade econmica.

    Assim as alternativas "A", "B", "D" e "E" esto erradas pelo seguinte:

    "A" - Fornecimento de gua, telefone e energia eltrica domiciliar soexemplos de servios singulares (uti singuli).

    "B" - servios pblicos so os que a Administrao prestadiretamente por entender serem essenciais e necessrios sobrevivncia da coletividade e do prprio Estado. Os servios de

    utilidade pblica so aqueles que criam comodidade, traduzindo-seem melhoria da qualidade de vida da comunidade, visando facilitar avida do indivduo. Portanto, no so sinnimos.

    "D" - os industriais no so considerados prprios do Estado. Certo,no entanto, que consubstanciam atividade econmica que s poderser explorada diretamente pelo Poder Pblico quando necessria aosimperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo.

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    "E" - Os imprprios podem ser prestados pelo prprio Estado, pormeio de seus rgos ou entidades, ou por meio de delegao aparticulares (concessionrios, permissionrios ou autorizatrios).

    Gabarito: "C".

    Comentrio:

    A assertiva I est correta. Verificamos que a concesso forma dedelegao de servio pblico feita mediante licitao, na modalidadede concorrncia, pessoa jurdica ou consrcio de empresas.

    A assertiva II est errada. Essa uma nuance que diferencia aPermisso da Concesso. Enquanto a concesso forma dedelegao de servio pblico feita por licitao somente pessoa

    jurdica, a permisso poder ser feita pessoa fsica ou jurdica.

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    7. (ADVOGADO TRAINEE - METR/SP - FCC/2008) Sobreconcesso, autorizao e permisso, considere:I. Concesso forma de delegao de servio pblico feita mediantelicitao, na modalidade de concorrncia, pessoa jurdica ou

    consrcio de empresas.II. Permisso forma de delegao de servio pblico feita porlicitao somente pessoa fsica.III. Permisso forma de delegao de servio pblico feita a ttuloprecrio, mediante licitao, pessoa fsica ou jurdica.IV. Autorizao ato administrativo vinculado ou discricionrio, pormeio do qual o Poder Pblico permite ao interessado o exerccio deuma atividade.V. Concesso forma de delegao de servio pblico, a ttulo

    precrio, mediante qualquer modalidade de licitao.Est correto o que consta SOMENTE em:a) I, II e V.b) I, III e IV.c) II e V.d) II, III e IV.e) III, IV e V.

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    A assertiva III est correta. Ento, isso mesmo. A permisso podeser concedida a pessoa fsica ou jurdica.

    A assertiva IV est correta. De fato autorizao ato administrativovinculado ou discricionrio, por meio do qual o Poder Pblico permiteao interessado o exerccio de uma atividade.

    E, finalmente, a assertiva V est errada. A concesso forma dedelegao de servio pblico, formalizada por contrato, portanto, no a ttulo precrio, e ademais, ocorre mediante licitao namodalidade concorrncia.

    Gabarito: "B".

    Comentrio:

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    8. (ANALISTA PROCESSUAL - MPE/RJ - NCE-UFRJ/2007) Emtermos de concesso de servios pblicos, analise asafirmativas a seguir:I - Pode ser realizada com dispensa ou inexigibilidade de licitao.

    II - a delegao, a ttulo precrio, mediante licitao, da prestaode servios pblicos.III - a delegao de sua prestao, feita pelo poder concedente,mediante licitao, na modalidade concorrncia.IV - Nos termos da normativa de regncia, no admitida asubconcesso de servios pblicos.V - A transferncia do controle societrio da concessionria independede aprovao do poder concedente.As afirmativas corretas so somente:

    a) I e III;b) I, II e III;c) II, III e IV;d) IV e V;e) I, II, III, IV e V.

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    A alternativa "I" foi dada como correta pela Banca. Contudo,devemos observar que a concesso deve ser sempre precedida delicitao na modalidade concorrncia.

    Desse modo, no se poder contratar por dispensa ou inexigibilidadede licitao.

    Nesse sentido, o ressalta o Prof. Lucas Furtado que no obstante aLei n 8.666/93 possa ser utilizada subsidiariamente para disciplinar

    as concesses de servios pblicos naquilo que no tenha sido

    regulado pela Lei n 8.987/95, no possvel utilizar as hipteses de

    dispensa ou de inexigibilidade previstas na mencionada Lei n

    8.666/93 para as contrataes de concesses de servio pblico.

    Ento, essa assertiva deveria ter sido considerada errada.

    A assertiva "II" est errada. a delegao, mediante licitao, daprestao de servios pblicos, mas no a ttulo precrio, por setratar de contrato com prazo determinado.

    A assertiva "III" est correta. De fato, a delegao de suaprestao, feita pelo poder concedente, mediante licitao, namodalidade concorrncia.

    A assertiva "IV" est errada. Admite-se a subconcesso de serviospblicos, desde que autorizado pela Administrao e previsto nocontrato, conforme o seguinte:

    Art. 26. admitida a subconcesso, nos termos previstos no

    contrato de concesso, desde que expressamente autorizadapelo poder concedente.

    A assertiva "V" est errada. A transferncia do controle societrio daconcessionria depende de aprovao do poder concedente, sobpena de extino da concesso por caducidade, conforme o seguinte:

    Art. 27. A transferncia de concesso ou do controle

    societrio da concessionria sem prvia anuncia do poder

    concedente implicar a caducidade da concesso.

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    Assim, somente a assertiva "III" estaria correta, de modo quea questo deveria ter sido anulada. Porm, o gabarito oficial

    foi "A".

    Gabarito: "A".

    Comentrio:

    Observe bem: toda vez que se falar em ttulo precrio,descartaremos a concesso.

    Com efeito, conforme vimos, a permisso a delegao, a ttuloprecrio, mediante licitao, da prestao de servios pblicos, feitapelo poder concedente pessoa fsica ou jurdica que demonstrecapacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

    importante destacarmos que muito embora a permisso sejaconferida a ttulo precrio, sendo discricionria e intuitu

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    9. (ANALISTA JUDICIRIO - EXECUO DE MANDADOS -TJ/AP - FCC/2009) A delegao, a ttulo precrio, mediantelicitao, da prestao de servios pblicos, feita pelo poder

    concedente pessoa fsica ou jurdica que demonstrecapacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. Essadefinio legal refere-se figura daa) permisso de servio pblico, considerada pela lei como atoadministrativo unilateral, sendo, todavia, incompatvel com o atualregime constitucional.b) concesso de servio pblico, considerada pela lei como contrato,sendo, todavia, incompatvel com o atual regime constitucional.c) permisso de servio pblico, considerada pela lei como contrato,

    sendo compatvel com o atual regime constitucional.d) permisso de servio pblico, considerada pela lei como atoadministrativo unilateral, sendo compatvel com o atual regimeconstitucional.e) concesso de servio pblico, considerada pela lei como contrato,sendo compatvel com o atual regime constitucional.

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    personae, formalizada por meio de contrato de adeso, nostermos do art. 40.

    Portanto, em que pese controvrsia doutrinria, devemos assumirque no se trata de ato, mas de contrato de adeso, consoante versao citado art. 40 da Lei n 8.987/95

    Art. 40. A permisso de servio pblico ser

    formalizada mediante contrato de adeso, que

    observar os termos desta Lei, das demais normas

    pertinentes e do edital de licitao, inclusive quanto

    precariedade e revogabilidade unilateral do contrato

    pelo poder concedente.

    Assim, as alternativas "b" e "e" esto erradas, por no se tratar deconcesso. E, as alternativas "a" e "d" esto erradas, por no setratar de ato administrativo.

    Portanto, a alternativa "c", ou seja, permisso de servio pblico,considerada pela lei como contrato, sendo compatvel com o atual

    regime constitucional, que est correta.

    Gabarito: "C".

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    10. (ANALISTA JUDICIRIO - JUDICIRIA - TRT 4a REGIO- FCC/2011) Entende-se por permisso de servio pblico aa) expedio de ato unilateral, discricionrio e precrio, em favor depessoa jurdica ou fsica que comprove formalmente perante o poder

    concedente, a sua plena capacidade para a prestao do servio.b) transferncia atravs de contrato por prazo determinado e prvialicitao, na modalidade concorrncia, celebrado pelo poderconcedente com a pessoa jurdica ou consrcio de empresas, quetenha demonstrado capacidade para a sua prestao, por sua conta er i c r oI IbLU.

    c) outorga mediante ato unilateral e precrio, expedido pelo poderpblico pessoa fsica ou jurdica que tenha demonstrado no decorrerdo procedimento licitatrio, capacidade para a prestao do servio,por sua conta e risco.

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    Comentrio:

    De acordo com o art. 2, inc. IV, da Lei n 8.987/95, permisso deservio pblico a delegao, a ttulo precrio, mediante licitao, daprestao de servios pblicos, feita pelo poder concedente pessoafsica ou jurdica que demonstre capacidade para seu desempenho,por sua conta e risco.

    V-se, portanto, que se confere a execuo do servio a ttuloprecrio, isto pode ser revogada a qualquer momento, sendo,portanto, discricionria e em razo da pessoa (intuitu personae).

    Gabarito: "E".

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    d) contratao mediante ato administrativo discricionrio e precrio,sem necessidade de realizao do certame licitatrio, de pessoa

    jurdica que comprove plena capacidade para a execuo do servio.

    e) delegao a ttulo precrio, mediante contrato de adeso e prvialicitao, objetivando a prestao de servio pblico, formalizadoentre o poder pblico e a pessoa fsica ou jurdica que tenhademonstrado, no procedimento licitatrio, capacidade para a suaprestao.

    11. (ANALISTA ADMINISTRATIVO - MPE/RJ - NCE-UFRJ/2007) Toda permisso de servio pblico pressupe aprestao de servio adequado ao pleno atendimento dosusurios, conforme estabelecido nas normas pertinentes e norespectivo contrato. Nos termos da norma regedora das

    concesses e permisses de servios pblicos, servioadequado se caracteriza por:a) compreender a modernidade das tcnicas, dos equipamentos e dasinstalaes e a sua conservao, bem como a melhoria e a expansodo servio;b) representar um nmero suficiente de obras e equipamentos para aprestao do servio pblico, bem como a necessria prestao decontas sociedade;

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    Comentrio:

    Nos termos do art. 6 da Lei n 8.987/95, toda concesso oupermisso pressupe a prestao de servio adequado ao plenoatendimento dos usurios, conforme estabelecido nesta Lei, nasnormas pertinentes e no respectivo contrato.Assim, de acordo com o 1 do referido artigo, servio adequado oque satisfaz as condies de regularidade, continuidade, eficincia,segurana, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestao emodicidade das tarifas.

    Gabarito: "C".

    Comentrio:

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    c) satisfazer as condies de regularidade, continuidade, eficincia,segurana, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestao emodicidade das tarifas;

    d) agilizar o atendimento dos usurios, prestando todas asinformaes necessrias utilizao adequada dos serviospermitidos;e) garantir a adequao dos meios aos fins necessrios prestaodos servios pblicos permitidos.

    12. (ANALISTA JUDICIRIO - JUDICIRIO - TRT 14aREGIO - FCC/2011) A permisso de servio pblicoa) tem por objeto a execuo de servio pblico, razo pela qual atitularidade do servio fica com o permissionrio.b) formalizada mediante contrato de adeso, precrio e revogvelunilateralmente pelo poder concedente.

    c) pressupe que o servio seja executado pelo permissionrio,todavia, a responsabilidade por sua execuo pertence a ele e aopoder concedente.d) no pode ser alterada a qualquer momento pela Administrao.e) independe de licitao, ao contrrio do que ocorre na concesso deservio pblico.

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    A alternativa "a" est errada. A permisso tem por objeto a execuode servio pblico. Contudo, o permissionrio no recebe atitularidade do servio.

    A alternativa "b" est correta. De fato, a permisso formalizadamediante contrato de adeso, precrio e revogvel unilateralmentepelo poder concedente.

    A alternativa "c" est errada. A permisso pressupe que o servioseja executado pelo permissionrio. No entanto, o permissionrioexecuta os servios por sua conta e risco.

    A alternativa "d" est errada. A permisso pode ser alterada aqualquer momento pela Administrao.

    A alternativa "e" est errada. A permissodepende de licitao, aocontrrio do que ocorre na concesso de servio pblico.

    Gabarito: "B".

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    13. (ANALISTA JUDICIRIO - EXECUO DE MANDADOS -TRT 23a REGIO - FCC/2011) No que se refere autorizaode servio pblico, correto afirmar:a) Trata-se de ato precrio, podendo, portanto, ser revogado aqualquer momento, por motivo de interesse pblico.b) Trata-se de ato unilateral, sempre vinculado, pelo qual o PoderPblico delega a execuo de um servio pblico de sua titularidade,para que o particular o execute predominantemente em seu prprio

    benefcio.c) O servio executado em nome do autorizatrio, por sua conta erisco, sem fiscalizao do Poder Pblico.d) Trata-se de ato unilateral, discricionrio, porm no precrio, peloqual o Poder Pblico delega a execuo de um servio pblico, paraque o particular o execute predominantemente em benefcio do PoderPblico.e) Trata-se de ato que depende de licitao, pois h viabilidade decompetio.

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    Comentrio:

    Como j observado, a autorizao trata-se de ato precrio, podendo,

    portanto, ser revogado a qualquer momento, por motivo de interessepblico.

    Assim, a alternativa "b" est errada, pois a autorizao poder servinculada. Porm, em regra, discricionria.

    A alternativa "c" est errada, porque h sempre fiscalizao do PoderPblico.

    A alternativa "d" est errada, na medida em que ato precrio, e aatividade vai ser exercida em benefcio do autorizado.

    A alternativa "e" est errada, pois no depende, em regra, delicitao.

    Gabarito: "A".

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    14. (AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS - SEFAZ/PB- FCC/2006) A interveno na concesso de servio pblico mecanismo pelo quala) o poder concedente assume a administrao da empresaconcessionria, afastando seus administradores com o objetivo deassegurar a regularidade da prestao do servio pblico.b) o poder concedente, verificando irregularidades na execuocontratual, rescinde o contrato de concesso e retoma a titularidade

    da prestao do servio.c) a Unio Federal assume a titularidade de servio pblico prestadopelos Estados ou pelos Municpios, por motivos de interesse pblicoou segurana nacional.d) o concessionrio solicita ao poder concedente a reviso declusulas contratuais, com o objetivo de manter o equilbrioeconmico-financeiro da concesso.e) o poder concedente assume a administrao do servio pblico,com o objetivo de assegurar a regularidade e a adequao daprestao do servio pblico.

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    Comentrio:

    A interveno instrumento pelo qual o poder concedente assume aadministrao do servio pblico concedido a fim de assegurar a suaadequada ou o cumprimento regular das clusulas contratuais oulegais, conforme estabelece o art. 32 da Lei n 8.987/95, que assimdispe:

    Art. 32. O poder concedente poder intervir na

    concesso, com o fim de assegurar a adequao na

    prestao do servio, bem como o fiel cumprimento das

    normas contratuais, regulamentares e legais

    pertinentes.

    Pargrafo nico. A interveno far-se- por decreto do

    poder concedente, que conter a designao do

    interventor, o prazo da interveno e os objetivos e

    limites da medida.

    Art. 33. Declarada a interveno, o poder concedente

    dever, no prazo de trinta dias, instaurar procedimento

    administrativo para comprovar as causasdeterminantes da medida e apurar responsabilidades,

    assegurado o direito de ampla defesa.

    1 Se ficar comprovado que a interveno no

    observou os pressupostos legais e regulamentares ser

    declarada sua nulidade, devendo o servio ser

    imediatamente devolvido concessionria, sem

    prejuzo de seu direito indenizao.

    2 O procedimento administrativo a que se refere o

    caput deste artigo dever ser concludo no prazo de atcento e oitenta dias, sob pena de considerar-se invlida

    a interveno.

    Art. 34. Cessada a interveno, se no for extinta a

    concesso, a administrao do servio ser devolvida

    concessionria, precedida de prestao de contas pelo

    interventor, que responder pelos atos praticados

    durante a sua gesto.

    Gabarito: "E".

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    Comentrio:

    Dentre os poderes conferidos ao poder concedente teremos o deencampar a concesso (retomar por razes de interesse pblico),intervir na concesso (assegurar a regular execuo dos servios),declarar a caducidade (retomar os servios por descumprimentocontratual) ou promover alterao unilateral do contrato.

    Todavia, neste ltimo caso, dever restabelecer o equilbrioeconmico financeiro, conforme art. 9, 4, da Lei de Concesses:

    4 Em havendo alterao unilateral do contrato que

    afete o seu inicial equilbrio econmico-financeiro, o

    poder concedente dever restabelec-lo,

    concomitantemente alterao.

    Com efeito, muito embora na encampao tenha o poder pblicopoder para utilizar bens e pessoal a fim de manter a continuidade doservio, no poder decretar a perda desses bens.

    Gabarito: "A".

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    15. (PROCURADOR DE CONTAS - TCE/RR - FCC/2008) Oexerccio dos poderes de fiscalizao e controle, por parte doente pblico concedente, NO inclui a faculdade de:a) decretar o perdimento dos bens do concessionrio vinculados concesso.b) encampar a concesso.c) intervir na concesso.d) declarar a caducidade da concesso.e) promover a alterao unilateral do contrato de concesso, para

    restabelecer seu equilbrio econmico-financeiro.

    16. (DEFENSOR PBLICO - DPE/SP - FCC/2009) Em relao

    aos Servios Pblicos, INCORRETO afirmar:

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    Comentrio:

    Conforme vimos, a alternativa "a" est correta. A concesso deservio pblico exige autorizao legislativa, licitao exclusivamentepela modalidade concorrncia, formalizao de contrato e prazodeterminado, abrangendo somente pessoas jurdicas ou consrcio deempresas.

    A alternativa "c" tambm est correta. A conservao de praas,

    jardins e canteiros de avenidas, em troca de publicidade local dapessoa jurdica prestadora dos respectivos servios, enquadra-se nachamada autorizao de servios pblicos, dispensada licitao eautorizao legislativa.

    A alternativa "d" est correta. Como observamos, a permisso temcarter precrio, sendo formalizada mediante contrato de adeso,tanto com pessoas jurdicas quanto fsicas, admitindo qualquermodalidade de licitao.

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    a) A concesso de servio pblico exige autorizao legislativa,licitao exclusivamente pela modalidade concorrncia, formalizaode contrato e prazo determinado, abrangendo somente pessoas

    jurdicas ou consrcio de empresas.b) O contrato de concesso pela chamada parceria pblico-privadadeve ser precedido de licitao, na modalidade concorrncia, sendoimprescindvel consulta pblica e autorizao legislativa quando setratar da hiptese de concesso patrocinada, por prazo superior a 35

    nocai IUJ.c) A conservao de praas, jardins e canteiros de avenidas, em trocade publicidade local da pessoa jurdica prestadora dos respectivos

    servios, enquadra-se na chamada autorizao de servios pblicos,dispensada licitao e autorizao legislativa.d) A permisso tem carter precrio, mediante contrato de adesotanto com pessoas jurdicas quanto fsicas, admitindo qualquermodalidade de licitao.e) A instituio de um rgo gestor e a criao de um fundoGarantidor de Parcerias Pblico-Privadas so essenciais para asparcerias pblico-privadas em que a Unio figurar como parceira.

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    A alternativa "e" tambm est correta. A instituio de um rgogestor e a criao de um fundo Garantidor de Parcerias Pblico-Privadas so essenciais para as parcerias pblico-privadas em que a

    Unio figurar como parceira, conforme se depreende do art. .

    Art. 14. Ser institudo, por decreto, rgo gestor de

    parcerias pblico-privadas federais, com competncia

    para: (Vide Decreto n 5.385, de 2005)

    Art. 17. O FGP ser criado, administrado, gerido e

    representado judicial e extrajudicialmente por

    instituio financeira controlada, direta ou

    indiretamente, pela Unio, com observncia das

    normas a que se refere o inciso XXII do art. 4o da Lei

    n 4.595, de 31 de dezembro de 1964.

    Assim, a alternativa incorreta a "b" O contrato de concesso pelachamada parceria pblico-privada deve ser precedido de licitao, namodalidade concorrncia, sendo imprescindvel consulta pblica eautorizao legislativa, independentemente do prazo, consoante art.

    10, incs. I e VI da Lei n 11.079/2004:

    Art. 10. A contratao de parceria pblico-privada ser

    precedida de licitao na modalidade de concorrncia,

    estando a abertura do processo licitatrio condicionada

    a:

    I - autorizao da autoridade competente,

    fundamentada em estudo tcnico que demonstre:[...]

    VI - submisso da minuta de edital e de contrato consulta pblica, mediante publicao na imprensa

    oficial, em jornais de grande circulao e por meio

    eletrnico, que dever informar a justificativa para a

    contratao, a identificao do objeto, o prazo de

    durao do contrato, seu valor estimado, fixando-se

    prazo mnimo de 30 (trinta) dias para recebimento de

    sugestes, cujo termo dar-se- pelo menos 7 (sete)

    dias antes da data prevista para a publicao do edital;

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    Gabarito: "B".

    Comentrio:

    Conforme dispe a Lei n 11.079/2004, a contratao de parceriapblico-privada ser precedida de licitao na modalidadeconcorrncia, conforme estabelece o art. 10.

    Nesse sentido, determina a Lei de Parcerias Pblico-Privada que ojulgamento poder adotar alm dos critrios definidos pela Lei deconcesses e permisses, os seguintes:

    a) menor valor da contraprestao a ser paga pela AdministraoPblica;

    b) melhor proposta em razo da combinao do menor valor como de melhor tcnica;

    De resto, as demais alternativas esto incorretos, pelos motivosseguintes:

    A alternativa "b" porque no se trata de procedimento simplificado,de modo que no haveria eliminao de fases. O que a Lei estabelece

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    17. (PROCURADOR DO MINISTRIO PBLICO - TCE/MG -FCC/2007) As licitaes para a contratao de parceriapblico-privada podero adotar, caso conste do respectivoedital:a) critrio de julgamento do menor valor da contraprestao a serpaga pela Administrao Pblica.b) procedimento simplificado com eliminao da fase de habilitao,que pode ser substituda pelo prvio cadastro no rgo pblico

    competente.c) a modalidade da tomada de preos ou convite, se a contratao seenquadrar nas respectivas faixas de valor.d) a inverso das fases de habilitao e de julgamento, com dispensade verificao das condies de habilitao da proposta vencedora.e) critrio de julgamento baseado exclusivamente no valor dosinvestimentos a serem efetuados pelo parceiro privado.

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    a possibilidade de inverso de fases (faculdade) entre a habilitaoe julgamento (art. 13, Lei n 11.079/2005). Importante destacar queaqui temos uma faculdade. Lembre-se que no prego obrigatrio a

    inverso.

    A alternativa "c" pelo fato de que a modalidade de licitao aconcorrncia, independentemente do valor adotado. (art. 10)

    A alternativa "d", pois, conforme destacado, h a inverso das fasesde habilitao e de julgamento. Todavia, no se dispensa averificao das condies de habilitao da proposta vencedora.

    A alternativa "e", na medida em que os critrios de julgamentopodem estar baseados no menor valor da contraprestao ou nessecritrio e melhor tcnica (melhor proposta) ou ainda nos critriosestabelecidos na lei de concesses e permisses: menor valor datarifa; maior oferta de pagamento; e combinaes. Portanto, no estbaseado exclusivamente no valor dos investimentos a seremefetuados pelo parceiro privado.

    Gabarito: "A".

    Comentrio:

    Devemos ter ateno para o fato de que os servios pblicos devemser sempre incumbncia do Estado, que poder execut-los, prest-los, diretamente ou indiretamente, conforme art. 175, daConstituio Federal, assim expresso:

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    18. (ASSISTENTE DE PROMOTORIA DE JUSTIA - MP/RS -FCC/2008) Em matria de servio pblico, correto afirmar:a) sua execuo, em regra, no pode ser objeto de permisso ouautorizao.b) pode ser criado por decreto ou portaria administrativa.c) a sua prestao sempre incumbncia do Estado.

    d) a possibilidade de execuo indireta, independe da natureza doservio.e) servio de utilidade pblica sinnimo de servio pblico.

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    Art. 175. Incumbe ao Poder Pblico, na forma da lei,

    diretamente ou sob regime de concesso ou permisso,

    sempre atravs de licitao, a prestao de servios

    pblicos.

    Obviamente, conforme pudemos verificar, a delegao no permitida para todos o