aula 08 - direito administrativo iniciantes - aula 01

Upload: danilo-ribeiro

Post on 17-Oct-2015

25 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    16

    www.pontodosconcursos.com.br

    DDiir reei it to o AAd dmmi inni issttrra atti iv vo o ppa ar ra a iin niic ciia annt tees s (Aula n 1 15/10/10)

    Prezado(a) aluno(a),

    Nesse primeiro encontro sero abordados os seguintes temas:

    Regime jurdico administrativo; Princpios do Direito Administrativo.

    Desejo-lhe uma tima aula!

    Armando Mercadante

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    17

    www.pontodosconcursos.com.br

    PPOONNTTO O 22 RReeggiimme e j juurrddiicco o a addmmiinniissttrraattivoiv o

    importante que voc saiba que esse tema de grande importncia para acompreenso do presente curso, pois o regime jurdico administrativo quediferencia o Direito Administrativo das demais disciplinas do Direito,conferindo-lhe autonomia.

    Voc deve se lembrar da aula demonstrativa quando falei sobre as disciplinasdo Direito, dentre elas o Direito Administrativo, tendo destacado que cadadisciplina possui caractersticas prprias que lhe conferem autonomia.

    Se no se lembra... sem problemas..., pois reproduzirei abaixo o trecho da aulademonstrativa no qual o tema foi abordado:

    Aqui eu chamo a sua ateno para um fato: na realidade, o Direito um s.Trata-se de uma cincia que objeto de estudos. Porm, para fins didticos, dividido em diversas disciplinas que possuem temas especficos (DireitoAdministrativo, Direito Constitucional, Direito Civil...).

    Ento, no Direito Penal, por exemplo, voc estudar o crime de homicdio, matriaque no ser analisada no Direito Administrativo. Por outro lado, nesta disciplina,voc estudar licitaes, o que no ser visto no Direito Comercial.

    Se voc entrar numa livraria no setor de livros jurdicos perceber que asprateleiras so divididas por assuntos: Direito do Trabalho, Direito Eleitoral, DireitoCivil, Direito Tributrio etc...

    Essa diviso justificada, conforme dito acima, porque cada uma dessasdisciplinas possui caractersticas prprias que lhe do autonomia.

    Dentre essas caractersticas prprias das disciplinas do Direito, no queconcerne ao Direito Administrativo, destaca-se o regime jurdico administrativo.

    Observe... o Direito Administrativo corresponde a um conjuntosistematizado (organizado) de princpios e de regras que lhe doidentidade (autonomia), compondo o denominado regime jurdicoadministrativo.

    Se achou a frase complicada e no compreendeu, pense que o DireitoAdministrativo possui princpios e regras prprias, que caracterizam oregime jurdico administrativo.

    Para melhor compreenso, voc deve gravar que o regime jurdicoadministrativo o conjunto de princpios e de regras que do identidade(ou se preferir, que formam) ao Direito Administrativo.

    Lembra do conceito de Direito Administrativo?

    Direito Administrativo o ramo autnomo do direito pblico que tem comoobjetivo preservar o interesse pblico, regulando, por meio de suas normase seus princpios, as relaes internas da Administrao Pblica,

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    18

    www.pontodosconcursos.com.br

    envolvendo seus agentes, rgos e bens, bem como as relaes entresestes e a coletividade.

    Dessa forma, as relaes internas da Administrao Pblica envolvendo seusagentes, rgos e bens, bem como as relaes entre estes e a coletividade,deve se pautar no regime jurdico administrativo.

    Portanto, quando voc for nomeado para o cargo pblico pretendido e iniciar oexerccio de suas funes, a prtica dos seus atos dever se pautar no regimejurdico administrativo, com observncia dos princpios e das regras do DireitoAdministrativo.

    A questo de concurso abaixo reproduzida ilustra essa situao:

    (AFRF 2005 ESAF) O regime jurdico-administrativo deve pautar a elaborao de atosnormativos administrativos, bem como a execuo de atos administrativos e ainda a suarespectiva interpretao. (correta)

    De acordo com essa assertiva, quando o agente pblico elabora atosnormativos (ex: um decreto), ou executa atos administrativos (ex: interditandoum estabelecimento comercial que funciona sem alvar), bem como quandointerpreta os atos administrativos para concluir qual atitude tomar (ex: se aplicauma suspenso de 5 dias ou de 10 dias no servidor que cometeu infrao),deve realizar todas essas condutas pautando-se no regime jurdicoadministrativo.

    A essa altura, voc j absorveu a idia de que Administrao Pblica, por meiode seus agentes pblicos, pratica atos adotando como referncia o regimejurdico administrativo.

    Contudo, eis uma nova informao para seus estudos: o que eu afirmei nopargrafo anterior regra que comporta excees, ou seja, existemsituaes em que a Administrao Pblica pratica atos adotando comoreferncia no o regime jurdico administrativo (regime jurdico de direitopblico), mas sim o regime jurdico de Direito Privado, que se baseia emnormas de Direito Privado (Direito Civil, Direito Comercial, etc...).

    Por isso, fundamental que voc compreenda que a Administrao Pblicaconvive com dois regimes jurdicos distintos: pblico e privado (privatstico).

    Vamos l...

    A Administrao Pblica, com o objetivo de satisfazer os interesses dacoletividade (fornecimento de gua potvel, de energia eltrica, etc.), envolve-se em diversas relaes jurdicas com os particulares e com os seus prpriosagentes pblicos, impondo obrigaes (dever dos particulares de requereralvar para construir), conferindo direitos (direitos dos particulares utilizaodos servios pblicos), contratando servios (contratao de empresa parareformar a sede de determinada prefeitura), obras (contratao de empresapara construir uma ponte) ou compras (compra de medicamentos para

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    19

    www.pontodosconcursos.com.br

    fornecimento populao), provendo (preenchendo) seus cargos, enfim,praticando inmeras aes que ora sero regidas pelo direito pblico ora predominantemente pelo direito privado.

    Quando forem regidas pelo direito pblico, estar presente o regime jurdicoadministrativo, tambm chamado de regime jurdico de direito pblico; quandoregidas pelo direito privado, o regime adotado ser o regime jurdico de direitoprivado.

    J caiu em prova de concurso qual o significa da expresso regime jurdicoda Administrao Pblica utilizada em sentido amplo. A resposta simples: tal expresso representa os regimes de direito pblico e de direitoprivado a que a Administrao Pblica pode se submeter.

    (ATRFB-2009/ESAF) A expresso regime jurdico da Administrao Pblica utilizadapara designar, em sentido amplo, os regimes de direito pblico e de direito privado a quepode submeter-se a Administrao Pblica. (correta)

    Portanto, se voc quiser se referir aos dois regimes jurdicos a que est sujeitaa Administrao Pblica, use a expresso regime jurdico da AdministraoPblica. Caso queira individualizar, utilize regime jurdico administrativo(regime jurdico de direito pblico) ou regime jurdico de direito privado.

    Importante ainda destacar que a expresso Administrao Pblica estsendo utilizada em sentido amplo, abrangendo no apenas o PoderExecutivo, mas tambm os Poderes Legislativo e Judicirio no exercciode funo administrativa1.

    (ESAF/INSPETOR/CVM/2001/ESAF) O regime jurdico administrativo aplica-seexclusivamente no mbito do Poder Executivo. (adaptada) (errada)

    Pense agora que voc recebeu um telefonema do assessor do prefeito da suacidade manifestando a pretenso de alugar a sua casa para que o Municpioinstale um posto de sade.

    Como voc na vspera havia recebido a notcia de sua nomeao emdecorrncia de concurso (essa hora vai chegar!!!), interessou-se pelaoportunidade e iniciou as negociaes.

    1 Provavelmente nas aulas de Direito Constitucional voc aprender a teoria de Montesquieu acerca daseparao dos Poderes (Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio). Estes possuem funes tpicas Executivo, funo administrativa; Legislativo, funo legislativa; Judicirio, funo jurisdicional -, mas nashipteses permitidas na CF desempenham funes atpicas, ou seja, um Poder desempenha funo deoutro Poder, como ocorre quando o Presidente da Repblica, cuja funo tpica a administrativa, editauma medida provisria, que manifestao da funo legislativa. Todos os Poderes exercem funoadministrativa (tpica do Executivo). Nessa hiptese, voc poder usar a expresso Administrao Pblicapara abranger todos os Poderes desempenhando funo administrativa (exs: realizando licitaes econcursos pblicos, instaurando processo administrativo disciplinar para punir servidores etc.).

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    20

    www.pontodosconcursos.com.br

    Pergunto: poderia a Administrao Pblica impor o preo do aluguel quepretende pagar e as demais condies contratuais, colocando-se em posiode superioridade diante de voc, particular?

    Daqui ouvi que voc respondeu claro que no! Corretssima a sua resposta,pois nessa relao Municpio e particular estaro formalmente em nvel de igualdade, podendo voc, proprietrio do imvel, recusar valor inferior suapretenso.

    Pela ausncia da supremacia do Poder Pblico, a relao indicadacaracterizar-se- como de direito privado, o que no significa que o Estadono atue visando aos interesses coletivos. Sim, visa-os, tanto que a intenoera alugar o imvel para instalao de um posto de sade, mas o regimejurdico em questo no ser de direito pblico (regime jurdico administrativo),mas sim predominantemente privado (ou predominantemente privatstico importante conhecer sinnimos para as provas de concursos).

    Voc deve estar se indagando: por que esse predominantemente na frente doprivatstico? Respondo... porque o Estado, nas relaes regidas pelo direitoprivado, no se abdica totalmente do regime pblico, uma vez que no sedespojar de alguns de seus privilgios e de seus deveres, como, por exemplo,prescrio qinqenal (prescrio de 5 anos), prerrogativas processuais (nopargrafo abaixo tem exemplo), realizao de concurso pblico e de licitaes.

    Em resumo, quando o Poder Pblico atua com base no regime jurdico dedireito pblico, ele utiliza exclusivamente os princpios e regras desseregime; por outro lado, quando atua com base no regime jurdico de direitoprivado, ele tambm utilizar princpios e regras do regime jurdico de direito pblico.

    Se por exemplo, aps voc alugar o imvel, houver alguma divergncia quegere um processo judicial. Enquanto seu prazo para fazer um recurso deapelao ser de 15 dias, o prazo do municpio ser de 30 dias. Ou seja,apesar de a relao ser regida pelo direito privado (contrato de locao),haver incidncia de normas de direito pblico. Nesse exemplo, o privilgioprocessual conferido pelo Cdigo de Processo Civil (prazo em qudruplo paracontestar e em dobro para recorrer para as pessoas jurdicas de direitopblico).

    Veja outro exemplo: a Caixa Econmica Federal uma pessoa jurdica dedireito privado integrante da administrao pblica indireta ( uma empresapblica - esse tema ser estudado no momento oportuno), que por serexploradora de atividade econmica regida pelo regime jurdico de direitoprivado, conforme art. 173, 1, II, CF, mesmo regime que rege as relaes dapadaria que fica na esquina da rua de sua casa. Pergunto: para trabalhar naCEF tem que fazer concurso pblico? Sim! J pergunto rindo... e na padariada esquina de sua casa? bvio que no! Eis a diferena: enquanto a padaria regida exclusivamente pelo direito privado, a CEF, na condio deAdministrao Pblica, regida predominantemente pelo direito privado.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    21

    www.pontodosconcursos.com.br

    Haver, portanto, predominncia de incidncia das regras do direito privado.As bancas costumam dizer: regime jurdico de direito privado derrogado(alterado parcialmente) por normas de direito pblico.

    Por outro lado, a Constituio da Repblica e as leis indicaram o regimejurdico administrativo (regime jurdico de direito pblico) como norteadorda maioria das relaes em que o Poder Pblico parte, colocando-o emposio de supremacia diante do particular.

    Vai fixando: regime jurdico de direito privado sem supremacia; regime jurdico de direito pblico com supremacia.

    Esse regime abrange apenas as pessoas jurdicas de direito pblico2 (Unio,Estados, DF, Municpios, autarquias e fundaes pblicas de direito pblico).

    (ESAF/INSPETOR/CVM/2001/ESAF) O regime jurdico administrativo abrangeexclusivamente as pessoas jurdicas de direito pblico. (adaptada) (correta)

    Contudo, tome muito cuidado na prova, pois o fato de uma das partes darelao jurdica ser pessoa jurdica de direito pblico no suficientepara a configurao do regime jurdico administrativo. Se algum diz paravoc que assinou um contrato com o Municpio de So Paulo, por exemplo,ainda no existem elementos suficientes para voc afirmar que esse contratoser regido pelo regime jurdico administrativo.

    Para a caracterizao deste regime indispensvel a posio desupremacia do Poder Pblico. No contrato citado acima, se o Municpio deSo Paulo se colocar em posio de supremacia, haver incidncia do regimejurdico administrativo. Como exemplo, um contrato firmado entre o Municpiode So Paulo e uma construtora para construo de casas populares.

    Se a superioridade no estiver presente, estaremos diante do regime jurdicode direito privado, o que ocorrer num contrato firmado entre determinadoparticular e o Municpio do Rio de Janeiro, por meio do qual o ente pblicoadquire um imvel. Nesse caso, no haver superioridade, no sendo arelao marcada pela verticalidade, mas sim pela horizontalidade (igualdade)das partes envolvidas.

    H uma situao, e ateno para essa questo nas provas, em que, apesar deno haver relao de verticalidade entre as partes, ainda assim haverincidncia do regime jurdico de direito pblico: quando as partes envolvidas

    2 As pessoas dividem-se em naturais (ou fsicas ex: voc) e jurdicas (ex: empresas, como o Pontodos Concursos). As jurdicas tambm se dividem em pessoas jurdicas de direito privado (ex: de novoo Ponto dos Concursos) e pessoas jurdicas de direito pblico (ex: Unio). Ocorre que dentro daAdministrao Pblica existem pessoas jurdicas de direito pblico e de direito privado. As de direitopblico so: Unio, Estados, DF, Municpios, autarquias (INSS, BACEN) e fundaes pblicas dedireito pblico (FUNAI, FUNASA); j as de direito privado so: fundaes pblicas de direito privado,empresas pblicas (CEF, CORREIOS), sociedades de economia mista (Banco do Brasil,PETROBRS).

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    22

    www.pontodosconcursos.com.br

    forem entidades pblicas estatais (exs: Unio, Estados, DF e Municpios),conforme questo abaixo:

    (AFRF 2005 ESAF) As relaes entre entidades pblicas estatais, ainda que demesmo nvel hierrquico, vinculam-se ao regime jurdico-administrativo, a despeito desua horizontalidade. (correta)

    Vamos entender...

    Numa relao entre a Unio e o estado de Minas Gerais no haversupremacia (verticalidade) entre um ente sobre o outro, porm, mesmo nohavendo supremacia, ou seja, a despeito da horizontalidade da relao, oregime jurdico ser o administrativo (de direito pblico).

    Prosseguindo...

    O regime jurdico administrativo, que marcado pela verticalidade3 dasrelaes, impede que a Administrao Pblica no enxergue limites. Longedisto, pois como bem sintetizou Maria Sylvia Di Pietro4, o regime administrativoresume-se em duas palavras: restries e prerrogativas, expresses estasassociadas, respectivamente, liberdade do indivduo (as restries soimpostas ao Poder Pblico para respeitar as liberdades individuais) e autoridade da Administrao (conferindo Administrao prerrogativas paraimpor aos particulares a vontade da coletividade).

    (ESAF/INSPETOR/CVM/2001/ESAF) O regime jurdico administrativo caracteriza-sepela verticalidade e unilateralidade da relao jurdica entre Estado e administrado.(adaptada) (correta)

    As prerrogativas, que so desconhecidas no direito privado face posio deigualdade das partes envolvidas (lembre-se do contrato de locao de sua casapara o municpio), permitem Administrao impor unilateralmente a suavontade em prol do interesse coletivo (princpio da supremacia dointeresse pblico sobre o privado). Todavia, a Administrao no ser livrepara agir, pois enquanto os particulares fazem o que a lei no probe, o agentepblico (voc daqui a alguns meses) s faz o que a lei determina (princpio dalegalidade5).

    Pense na desapropriao...

    3 Quando o regime jurdico for de direito privado, a relao ser horizontal, pois no haver supremaciado Poder Pblico; sendo de direito pblico, por haver supremacia, a relao ser vertical.

    4 Direito Administrativo, pag. 55.

    5 Da leitura do Direito Administrativo de Maria Sylvia Di Pietro, deduz-se que a autora considera que oregime jurdico administrativo ampara-se, principalmente, nos princpios da legalidade e da supremaciado interesse pblico sobre o privado. Essa questo interessante, pois Celso Antnio Bandeira deMello j indica como pedras de toque desse regime os princpios da supremacia do interesse pblico eo da indisponibilidade do interesse pblico. Portanto, ateno com o enunciado da questo de provapara identificar qual posio a banca quer.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    23

    www.pontodosconcursos.com.br

    Veja quanta fora tem a Administrao Pblica para atender ao interessepblico, a ponto de retirar a propriedade do particular valendo-se de suasprerrogativas. Contudo, s poder desapropriar nas hipteses previstas na lei,ou seja, para contrabalancear com as prerrogativas existem as sujeies.

    Dessa convivncia entre prerrogativas e sujeies, surgiu na doutrina aexpresso dever-poder. Referida expresso reflete com fidelidade a atuaodo agente pblico. Enquanto atua como servo da lei, apenas fazendo o queela permite, sempre voltado consecuo dos interesses da coletividade,possui, ao mesmo tempo, prerrogativas que lhe servem como poderososinstrumentos para garantir a consecuo de seus objetivos.

    (ESAF/INSPETOR/CVM/2001/ESAF) O regime jurdico administrativo impecondicionamentos ao exerccio do poder discricionrio da Administrao. (adaptada)(correta)

    O mestre Celso Antnio Bandeira de Mello6, ao abordar o tema, indica doisprincpios como as pedras de toque (alicerces) do regime jurdicoadministrativo: a) supremacia do interesse pblico sobre o privado; b)indisponibilidade, pela Administrao, dos interesses pblicos.

    (ESAF/Analista MPU/2004) Um dos princpios informativos do Direito Administrativo,que o distingue dos demais ramos, no disciplinamento das relaes jurdicas, sob suaincidncia, o da a) comutatividade na soluo dos interesses em questo. b) subordinao do interesse pblico ao privado. c) supremacia do interesse pblico sobre o privado. d) predominncia da liberdade decisria. e) correlao absoluta entre direitos e obrigaes.

    (ESAF/AFRF/2003) O estudo do regime jurdico-administrativo tem em Celso AntnioBandeira de Mello o seu principal autor e formulador. Para o citado jurista, o regimejurdico-administrativo construdo, fundamentalmente, sobre dois princpios bsicos,dos quais os demais decorrem. Para ele, estes princpios so: a) indisponibilidade do interesse pblico pela Administrao e supremacia dointeresse pblico sobre o particular. b) legalidade e supremacia do interesse pblico. c) igualdade dos administrados em face da Administrao e controle jurisdicional dosatos administrativos. d) obrigatoriedade do desempenho da atividade pblica e finalidade pblica dos atos daAdministrao. e) legalidade e finalidade.

    (Auditor Fiscal da Receita Federal 2003/ESAF) O regime jurdico-administrativo construdo, fundamentalmente, sobre dois princpios bsicos, dos quais os demaisdecorrem. Estes princpios so a indisponibilidade do interesse pblico pelaAdministrao e a supremacia do interesse pblico sobre o particular. (correta)

    (AFRF 2005 ESAF) Por decorrncia do regime jurdico-administrativo no se tolera queo Poder Pblico celebre acordos judiciais, ainda que benficos, sem a expressaautorizao legislativa. (correta, por fora do princpio da indisponibilidade do interessepblico, pois o agente pblico s pode dispor do interesse pblico se autorizado por lei)

    6 Curso de Direito Administrativo, pag. 52.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    24

    www.pontodosconcursos.com.br

    A ttulo de exemplos, listarei algumas prerrogativas do Poder Pblico, quepodem aparecer na sua prova como manifestao do regime jurdicoadministrativo. Antes, porm, destaco que a maioria das expresses aindano so conhecidas por voc, caso esteja iniciando agora seus estudos.Contudo, no se preocupe, pois no decorrer do curso sero devidamenteestudadas. Eis as prerrogativas: desapropriao, aplicao de sanesadministrativas (ex: multa de trnsito), requisio administrativa no caso deiminente perigo pblico (art. 5, XXV, CF), atributos dos atos administrativos(presuno de legitimidade e de veracidade, imperatividade,autoexecutoriedade), imposio de medidas decorrentes do poder depolcia (multa de trnsito), tombamento, clusulas exorbitantes doscontratos administrativos (ex: possibilidade de resciso unilateral), prazosdilatados em juzo, processo especial de execuo fiscal (Lei 6.830/80)etc..

    (ESAF/INSPETOR/CVM/2001/ESAF) O regime jurdico administrativo ampara apresuno de legitimidade dos atos administrativos. (adaptada) (correta)

    (AFRF 2005 ESAF) A aplicao do regime jurdico-administrativo autoriza que o PoderPblico execute aes de coero sobre os administrados sem a necessidade deautorizao judicial. (correta - autoexecutoriedade)

    (POL. E ADMIN. TRIBUTRIA/ESAF/2000) No mbito do regime jurdico-administrativo, no considerada prerrogativa da Administrao Pblica: a) poder de expropriar b) realizar concurso pblico para seleo de pessoal (trata-se de sujeio) c) alterar unilateralmente os contratos administrativos d) instituir servido e) impor medidas de polcia

    (FISCAL DO TRABALHO/2003/ESAF) O regime jurdico administrativo consiste emum conjunto de princpios e regras que balizam o exerccio das atividades daAdministrao Pblica, tendo por objetivo a realizao do interesse pblico. Vriosinstitutos jurdicos integram este regime. Assinale, entre as situaes abaixo,aquela que no decorre da aplicao de tal regime. a) Clusulas exorbitantes dos contratos administrativos. b) Autoexecutoriedade do ato de polcia administrativa. c) Veto presidencial a proposio de lei. (no manifestao do regime jurdicoadministrativo por no ser funo administrativa, mas sim ato poltico, ato de governo) d) Natureza estatutria do regime jurdico prevalente do servio pblico. e) Concesso de imisso provisria na posse em processo expropriatrio.

    (ESAF/AFC/2000) A prevalncia do interesse pblico sobre o privado,caracterstica essencial do regime jurdico-administrativo, est presente nashipteses abaixo, exceto: a) desapropriao por interesse social. b) manuteno da equao financeira no contrato administrativo. (especificamenteessa clusula nos contratos administrativos protege o particular contratado, nocolocando a Administrao Pblica em posio de supremacia) c) ato de poder de polcia administrativa restritivo de direito. d) remoo de ofcio de servidor pblico. e) encampao de servio pblico concedido a particular

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    25

    www.pontodosconcursos.com.br

    Nesse momento, chego ao fim do primeiro ponto na expectativa de que vocno esteja arrependido(a) de ter comprado esse curso (rs...).

    Qualquer dvida, lembre-se que estarei disposio no frum. para usarmesmo, independentemente do nmero de dvidas!!!!

    Agora, respire fundo..., pense na estabilidade financeira que um cargo pblicolhe proporcionar, e vamos para o prximo ponto...

    PPOONNTTO O 33 PPrri innc cp piio os s d do o DDi irre eiit to o AAd dmmi inni issttrra atti ivvo o

    Agora entramos num tema que no perde um concurso pblico, o que naturalpela sua importncia.

    A primeira lio que eu passo para meus alunos, quando do estudo dosprincpios, diz respeito existncia de princpios expressos e de princpiosimplcitos (ou reconhecidos).

    Responda a seguinte pergunta: o princpio da proporcionalidade um princpioexpresso? Voc no tem como respond-la!

    No se pode perguntar se determinado princpio expresso ou implcito semindicar a referncia, ou seja, expresso ou implcito onde? A banca tem quedemonstrar na pergunta se quer saber se o princpio expresso ou implcito naCF, numa lei X ou no ordenamento jurdico. Somente essas refernciasaparecero na sua prova.

    Detalhe importante: quando perguntar se tal princpio expresso noordenamento jurdico, bastar que um princpio conste expressamente emuma lei para ele ser expresso, uma vez que a expresso ordenamentojurdico abrange todas as leis existentes no pas.

    Ento vou reformular a pergunta: o princpio da proporcionalidade expressona Constituio Federal? Resposta: no, pois ele no consta explicitamente naCF. Trata-se de princpio implcito na CF. Na verdade, todos os princpios dedireito administrativo que no sejam expressos na CF, sero implcitosrelativamente a ela.

    Agora, se eu pergunto se o princpio da proporcionalidade expresso na Lei 9.784/99 (lei de processo administrativo), a resposta sim, pois constaexpressamente em seu art. 2.

    Dessa forma, muito cuidado no dia da prova relativamente a questesenvolvendo princpios implcitos e expressos.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    26

    www.pontodosconcursos.com.br

    Os princpios expressos na CF relativamente Administrao Pblica constamdo art. 37: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade eeficincia.

    Quanto aos princpios implcitos na CF, a lista varia de autor para autor, masvou indicar os principais: supremacia do interesse pblico sobre o privado,indisponibilidade do interesse pblico, proporcionalidade, razoabilidade,segurana jurdica, tutela, autotutela, presuno de legitimidade ou deveracidade, especialidade, hierarquia, continuidade do servio publico emotivao.

    Ento, num primeiro momento, vamos aos princpios implcitos na CF:

    SSuprre acup em ci doma ia o i tea d in er ssnt re se bes e p bl cop li ic o

    Juntamente com o princpio da indisponibilidade do interesse pblicopela Administrao, que a seguir ser abordado, considerado um dospilares do regime jurdico administrativo (regime jurdico de direitopblico). Essa questo j foi estudada no ponto anterior.

    Est presente tanto na elaborao das leis como no momento de suaexecuo.

    A atuao da Administrao Pblica no tem em mira o indivduo em si, massim a coletividade. Dessa forma, os interesses privados sucumbem quandoem conflito com os interesses pblicos.

    Bastar imaginar, como exemplo, uma desapropriao, em que o direito doproprietrio superado pelo interesse pblico.

    (ANALISTA/MPU/2004/ESAF) Um dos princpios informativos do DireitoAdministrativo, que o distingue dos demais ramos, no disciplinamento dasrelaes jurdicas, sob sua incidncia, o: a) comutatividade na soluo dos interesses em questo. b) subordinao do interesse pblico ao privado. c) supremacia do interesse pblico sobre o privado. d) predominncia da liberdade decisria. e) correlao absoluta entre direitos e obrigaes.

    (AUDITOR/ES/2005/CESPE) Um dos princpios regentes da atividade administrativaestatal a supremacia do interesse pblico sobre o privado. Segundo esse princpio, huma desigualdade jurdica entre a administrao pblica e o particular administrado, comvistas prevalncia do interesse da coletividade. (correta)

    IInnddiis sppo onni ibbi illi idda ad dee d do o iin ntte erre esss se e p pb blic li co o ppe el la a AAd dmmi inni issttrra a oo

    Trata-se de outro pilar do regime jurdico administrativo, cujo contedo colocaos agentes pblicos como meros gestores do interesse pblico, no lhes

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    27

    www.pontodosconcursos.com.br

    conferindo o poder de disposio (de dispor, no sentido de abdicar) semprvia autorizao legislativa.

    Certamente voc se recorda da questo abaixo que foi reproduzida no pontoanterior:

    (AFRF 2005 ESAF) Por decorrncia do regime jurdico-administrativo no se tolera queo Poder Pblico celebre acordos judiciais, ainda que benficos, sem a expressaautorizao legislativa. (correta)

    Sobre essa assertiva: o Poder Pblico, para fazer acordo em processo judicial,dever abrir mo de parte de seus direitos. Os acordos so dessa forma, poisnecessitam de consentimentos mtuos. Contudo, s ser possvel dispor deinteresses se houver autorizao em lei. No existindo lei autorizando oPoder Pblico a fazer acordos na Justia sobre determinados assuntos, aindaque benficos para o interesse pblicos, os agentes pblicos estaroimpedidos de faz-los. Lembre-se que enquanto os particulares fazem o que alei no probe, o agente pblico s faz o que a lei determina.

    PProppo ciro or io alrc on li adna id da dee

    Com base nesse princpio a atuao do agente pblico deve limitar-se smedidas necessrias para o atendimento do interesse coletivo. fundamental que haja uma proporo entre os meios utilizados e o fimvisado, sob pena de ilegalidade do ato. No se deve demitir um servidor quechegou atrasado uma nica vez. A medida - demisso - totalmentedesproporcional ao fim visado - punio por um nico atraso.

    (ESAF/AFRF/2003) Tratando-se de poder de polcia, sabe-se que podem ocorrerexcessos na sua execuo material, por meio de intensidade da medida maior que anecessria para a compulso do obrigado ou pela extenso da medida ser maior que anecessria para a obteno dos resultados licitamente desejados. Para limitar taisexcessos, impe-se observar, especialmente, o seguinte princpio: a) legalidade; b) finalidade; c) proporcionalidade; d) moralidade; e) contraditrio

    Trata-se de princpio previsto expressamente na Lei 9.784/99 (lei que regula oprocesso administrativo no mbito federal).

    Com base nesse princpio, as sanes aplicadas pelo Poder Pblico devemser proporcionais falta cometida.

    Juntamente com o princpio da razoabilidade, a seguir comentado, instrumento para controle da discricionariedade administrativa.

    A propsito, a discricionariedade administrativa ocorre quando a lei confere ao agente pblico liberdade, dentro de limites por ela traados, para a prticade determinado ato administrativo. Por exemplo, diante de um pedido de portede arma o agente pblico tem a liberdade de deferir ou no,independentemente do preenchimento das condies pelo cidado

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    28

    www.pontodosconcursos.com.br

    interessado. Se fosse um pedido de licena para construir, preenchidos osrequisitos legais, o agente pblico estaria obrigado a deferir o pedido, poisnesse caso o ato vinculado.

    RRazooa ilaz ab li adbi id da dee

    Em sala eu digo que razoabilidade a irm gmea do princpio daproporcionalidade. Digo isso porque no raras vezes a jurisprudncia ptria,inclusive o prprio STF, trata os princpios da proporcionalidade e darazoabilidade como sinnimos, em que pese a doutrina majoritria sustentar aindividualidade destes princpios.

    Justamente por isso, dificilmente voc encontrar (eu no me recordo) umaquesto de prova em que a banca cobre a diferena desses princpios.

    De acordo com esse princpio, o agente pblico deve atuar dentro dospadres normais de aceitabilidade, valendo-se do bom senso no exerccio de suas funes.

    Quando a lei confere-lhe certa margem de discrio (na prtica de atosdiscricionrios), deve o administrador buscar o resultado mais adequado para asituao enfrentada. Isto demonstra a vinculao do princpio da razoabilidade discricionariedade administrativa.

    (ESAF/AFC/SFC/2000) O regime jurdico-administrativo abrange diversos princpios.Entre os princpios abaixo, assinale aquele que se vincula limitao dadiscricionariedade administrativa: a) impessoalidade b) presuno de legitimidade; c) razoabilidade; d) hierarquia; e) segurana jurdica

    Da mesma forma que proporcionalidade, princpio expresso na Lei 9.784/99.

    Imagine se voc for prestar um concurso para tcnico judicirio do TRT/SP,cuja escolaridade exigida qualquer curso superior, e do edital conste aseguinte exigncia: mestrado em finanas pblicas. Pergunto: h bom sensonessa exigncia? Lgico que no, por isso desarrazoada, ou seja, contrriaao princpio da razoabilidade.

    SSeguur neg ra a uran a j r icju d ca di a

    Tambm denominado de princpio da boa-f dos administrados ou daproteo confiana.

    Esse princpio est previsto expressamente na Lei 9.784/99 (art. 2, pargrafonico, XIII, parte final): interpretao da norma administrativa da forma quemelhor garanta o atendimento do fim pblico a que se dirige, vedadaaplicao retroativa de nova interpretao.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    29

    www.pontodosconcursos.com.br

    Para preservar a boa f do administrado, esse princpio veda (probe) que aAdministrao Pblica aplique retroativamente uma nova interpretaosobre situaes praticadas com base em interpretao anterior.

    (ESAF/ESPECIALISTA EM POL. PBL. E GEST. GOV/MPOG/2000) A vedao daaplicao retroativa da nova interpretao da norma administrativa ampara-se noprincpio da a) legalidade; b) proporcionalidade; c) segurana jurdica; d) finalidade; e) razoabilidade

    Alm de estar ligado ao princpio da moralidade, o princpio da seguranajurdica tem como essncia a estabilidade das relaes jurdicas.

    considerado pela doutrina, ao lado do princpio da legalidade, uma das vigasmestras do Estado de Direito.

    Porm, o princpio tem outras aplicaes...

    Com base nesse princpio, admite-se que situaes praticadas emdesconformidade com a lei, portanto ilegais, sejam conservadas ao invs deanuladas. o que a doutrina denomina de convalidao, que ser estudadaem momento oportuno. Nessas hipteses, a manuteno do ato harmoniza-secom o interesse pblico, pois a sua anulao causar mal maior do que mant-lo. Nesse choque entre os princpios da legalidade e o da segurana jurdica,haver prevalncia desse ltimo.

    Pense numa desapropriao de determinado imvel em que a indenizao foidevidamente paga para o proprietrio. O Poder Pblico loteia o imvel econstri casas vendidas a preos populares para dezenas de famlias. Trsanos depois, o Poder Pblico identifica um vcio no processo desapropriatrio.Pergunto para voc: o que melhor atender ao interesse pblico: cancelar adesapropriao e desalojar todas as famlias ou convalidar o ato? Nesseconfronto entre legalidade e segurana jurdica prevalecer, no casoapresentado, esse ltimo princpio.

    Outra hiptese j analisada por STF e STJ acerca desse conflito entre princpioda legalidade e o da segurana jurdica envolve as ascenses funcionaisconcedidas sob a gide da legislao permissiva, ou seja, concedidas emperodo que a legislao permitia. As ascenses foram declaradasinconstitucionais pelo STF, por permitia mudana de cargo sem concursopblico. E o que fazer com os servidores beneficiados pelas ascenses emperodo que no havia manifestao do STF quanto ao tema?

    No meu livro Direito Administrativo - coleo informativos comentados (olha apropaganda...rs...), manifestei-me da seguinte forma ao comentar deciso doSTJ que manteve ascenso questionada:

    A deciso retrata as posies de STJ e STF pela prevalncia do princpio dasegurana jurdica quando em ponderao com o princpio da legalidade noscasos de ascenses funcionais ocorridas sob a gide da legislao permissiva,

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    30

    www.pontodosconcursos.com.br

    ainda que considerada a posterior declarao pelo STF da inconstitucionalidadedesta forma de provimento derivado.

    O princpio tambm est associado aos institutos da prescrio e dadecadncia administrativas, que impedem que situaes jurdicas perduremindefinidamente causando instabilidade

    No art. 54 da Lei 9.784/99, o legislador ordinrio foi inspirado pelo princpio dasegurana jurdica ao tratar do prazo de decadncia para anulao de atosadministrativos: O direito da Administrao de anular os atosadministrativos de que decorram efeitos favorveis para os destinatriosdecai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvocomprovada m-f.

    A doutrina tambm tem associado ao princpio da segurana jurdica assmulas vinculantes do STF, que so estudadas no Direito Constitucional,cujo objetivo afastar controvrsias que gerem grave insegurana jurdica (art.103-A, 1, CF).

    TTuteel a ut la

    Esse princpio est ligado idia de descentralizao administrativa, queser objeto de estudo em momento oportuno.

    O instituto da descentralizao administrativa justifica a criao das pessoasjurdicas integrantes da Administrao Indireta, bem como a prestao deservios pblicos por concessionrias e por permissionrias. Quando umaautarquia, por exemplo INSS, criada, ocorre descentralizao administrativa.O tema ser objeto de estudo no ponto sobre Administrao Indireta.

    O princpio da tutela representa o controle que a Administrao Direta (rgosda Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios) exerce sobre os atospraticados pelas entidades da Administrao Indireta (autarquias, fundaespblicas, empresas pblicas e sociedades de economia mista).

    AAutoot teut tu el a ut la

    Respire fundo e vamos prosseguir... No deixe sua ateno desviar dessaaula. natural depois de algumas pginas lidas ligarmos o piloto automtico.No faa isso! Mantenha sua ateno! Vamos l...

    Baseado no princpio da autotutela a Administrao Pblica tem o dever-poderde rever seus prprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando os atosvlidos por motivos de convenincia e/ou oportunidade.

    Trata-se de princpio que prev um controle interno, pois cada pessoa jurdicada Administrao Pblica exercer o controle de seus prprios atos.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    31

    www.pontodosconcursos.com.br

    Nesse sentido, o INSS - que uma autarquia -, caso constate que houvevazamento dos gabaritos das provas durante a realizao de concurso pblicopara preenchimento de cargos de tcnicos administrativos, poder, exercendoseu poder de autotutela, anular o concurso pblico.

    Existem duas smulas editadas pelo Supremo Tribunal Federal que consagramreferido princpio, que so as de nmeros 346 e 473.

    Smula 346 A Administrao Pblica pode declarar a nulidade dosseus prprios atos.

    Smula 473 - A Administrao pode anular seus prprios atos,quando eivados de vcios que os tornam ilegais, porque deles no seoriginam direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ouoportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, emtodos os casos, a apreciao Judicial.

    PPresre un o de egn o d su lee l it gi imti id mi adda de dee d e e ve e v raer ci ac daad e id de

    De acordo com esse princpio h presuno relativa de que os atos daAdministrao Pblica foram praticados de acordo com o ordenamentojurdico e de que so verdadeiros.

    Essa presuno relativa, pois admite prova em contrrio. Ou seja, oadministrado pode demonstrar por meio de processo administrativo ou judicialque o ato ilegal.

    Como conseqncias desse princpio a doutrina indica: a) as decisesadministrativas so de execuo imediata (autoexecutoriedade), nodependendo de autorizao do Poder Judicirio para serem executadas; b) asdecises administrativas podem criar obrigaes para os particularesindependentemente de concordncia (imperatividade).

    Quando um agente de trnsito aplica uma multa ao condutor infrator, ele nodepende de autorizao judicial para praticar o ato (autoexecutoriedade) e suaconduta constitui unilateralmente o infrator em obrigao, ou seja,independentemente da concordncia (imperatividade).

    EEspeec alsp ci li adia id da dee

    Trata-se de princpio relacionado criao das entidades administrativasintegrantes da administrao indireta: autarquias, fundaes pblicas,empresas pblicas e sociedades de economia mista

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    32

    www.pontodosconcursos.com.br

    HHiie erra arrq quiaui a

    Com base nesse princpio, a Administrao Pblica estrutura seus rgoscriando entre eles uma relao de subordinao e de coordenao. Bastapensar na estrutura da Polcia Federal, por exemplo, formada por Gabinete,Coordenadorias, Diretorias, Corregedorias e etc.

    CContti uion in id denu da e d sead do er io s rv o bvi o p bl cop li ic o

    A idia base desse princpio que a prestao do servio pblico no podeparar (salvo nas hipteses de interrupes previstas na lei), pois a formacomo o Estado desempenha as funes que levaro benefcios para acoletividade.

    MMotiiv ot va o a o

    Esse princpio exige que a Administrao Pblica indique os fundamentos defato e de direito de suas decises, independentemente de serem vinculadas ou discricionrias.

    Finalmente... encerramos os princpios implcitos e sem perder tempo vamosiniciar o estudo dos expressos....

    Sei que cansativo, pois tambm j passei por isso, mas lembre-se de frias,tero constitucional, 13, abonos, gratificaes... tudo isso est esperandovoc, basta ter disciplina e dedicao!

    Creio que nesse momento voc pode levantar para tomar uma aguinha (rs...),recuperar as energias e retornar para cair matando nos princpios expressos.

    LLeeg gaal liid daad de e

    Quanto legalidade no mbito da Administrao Pblica, eu chamo a suaateno para que voc no mais se contente com aquele conceito de quelegalidade simplesmente observncia lei. Essa idia est ultrapassada,pois o respeito legalidade implica na obedincia s leis e tambm aosprincpios. Grave a idia: LEGALIDADE = LEIS + PRINCPIOS.

    Vou dar um exemplo: determinado fiscal entra num supermercado para fazeruma fiscalizao e identifica uma lata de milho verde com a validade vencida.Suponhamos que a lei determine o seguinte: no caso de mercadoria comvalidade vencida o fiscal poder: a) advertir por escrito o estabelecimento; b)aplicar multa; c) interditar o estabelecimento. No meu exemplo o fiscalinterditou o supermercado por causa de uma lata de milho verde vencida.Pergunto: ele agiu de acordo com a lei? Sim, pois a lei prev a hiptese de

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    33

    www.pontodosconcursos.com.br

    interdio. Fao nova pergunta: sua conduta est de acordo com o princpio dalegalidade? No, pois foi uma atividade desproporcional. Ele feriu o princpio daproporcionalidade. Apesar de o ato seguir a lei, ele ser ilegal por ofensa aprincpio.

    Com isto, promove-se uma modificao na compreenso da expressoordenamento jurdico, antes associado apenas s leis, e agora tambm aosprincpios (leis + princpios). Essa noo corresponde ao que alguns autores eo STF denominam de bloco de legalidade.

    Relativamente ao princpio da legalidade, preocupe-se na prova com a suamoderna noo e tambm com aquela comparao que os professores fazemem sala entre a conduta do administrador pblico e a do particular: enquantoos indivduos no campo privado podem fazer tudo o que a lei no probe(autonomia de vontade), o administrador pblico s pode fazer o que elapermite, agindo de acordo com seus comandos (agir secundum legem).

    Isso significa que no existe autonomia de vontade nas relaes firmadas pelaAdministrao Pblica, uma vez que aos agentes pblicos s permitido fazero que a lei determina. Na Administrao Pblica no h liberdade nemvontade pessoal.

    (FCC/05/PROCURADOR MUNICIPAL/PREF. SANTOS/SP) Em tema de legalidade,como um dos princpios norteadores da atividade administrativa, observe o que sesegue: I o administrador pblico est, em toda a sua atividade funcional, sujeito aosmandamentos da lei. II na Administrao Pblica no h liberdade nem vontade pessoal. III na Administrao Pblica lcito fazer tudo o que a lei no probe. IV no exerccio de sua atividade funcional, o administrador est sujeito s exignciasdo bem comum. V a lei para o administrador pblico significa pode fazer assim e para o particulardeve fazer assim. Est INCORRETO o que se afirma APENAS em: a) I e V; b) I e II; c) II e IV; d) III e V; e) III e IV

    Por fim, importante destacar que o princpio da legalidade veda que aAdministrao Pblica, por meio de atos administrativos (exs: portarias,resolues, instrues normativas), crie direitos e obrigaes de qualquerespcie, bem como imponha vedaes aos administrados.

    Essa idia extrada do art. 5, II, da CF, que preceitua que ningum serobrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei.

    (ESAF/APO-SP/2009) A Administrao Pblica pode, por ato administrativo, concederdireitos de qualquer espcie, criar obrigaes ou impor vedaes aos administrados.(errada)

    Deixa eu fazer uma indagao para voc: se houver um conflito entre oprincpio da legalidade e o princpio da supremacia do interesse pblico, qualdeve prevalecer?

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    34

    www.pontodosconcursos.com.br

    Veja a questo abaixo:

    (MIN. PBLICO DO TCU/2004/CESPE) O princpio da legalidade pode ser afastado anteo princpio da supremacia do interesse pblico, especialmente nas hipteses deexerccio de poder de polcia.

    Com essa pergunta vou aproveitar para esclarecer que no existe umprincpio mais importante que outro. O que ocorre que em determinadassituaes haver um conflito entre dois princpios e um vai prevalecer porser, naquela ocasio, o que melhor atende ao interesse pblico.

    Diante dessas situaes, ser preciso fazer a ponderao entre os princpiosem choque para identificar qual deve prevalecer naquele momento. o que adoutrina denomina de critrio da ponderao dos valores.

    Imagine a seguinte situao: a autoridade administrativa toma conhecimento deum ilcito praticado por servidor, ilcito esse passvel de demisso, e no dincio ao processo administrativo disciplinar dentro do prazo de cinco anos.Ocorrer a prescrio da pretenso punitiva e o Poder Pblico no mais poderdemitir o servidor por causa daquele fato. Em que pese a lei determinar que oservidor seja demitido - princpio da legalidade -, prevalecer o princpio dasegurana jurdica, que justifica a existncia do instituto da prescrio. Querdizer, nessa situao, o princpio da segurana jurdica prevaleceu sobre oprincpio da legalidade por melhor atender ao interesse pblico. Agora, quando o tema poder de polcia, que implica na limitao de direitosindividuais em prol da coletividade (ex: proibio de avanar sinal vermelho notrnsito; proibio de estacionar em determinados locais; obrigatoriedade douso de sinto de segurana), no h como afastar o princpio da legalidaderelativamente s restries impostas aos particulares, por uma simplesrazo: limitaes a direito individual s podem ser impostas por lei.

    Assim sendo, est errada a assertiva constante da prova do MIN. PBLICODO TCU/2004/CESPE, acima reproduzida, pois diante do exerccio do poderde polcia, em especial, no possvel afastar o princpio da legalidade.

    IImmp pees ssso oaal liid daad dee.

    Voc deve analisar esse princpio associando-o aos seguintes aspectos:

    finalidade da lei; ao princpio da isonomia; vedao de promoo pessoal pelos agentes pblicos; ao princpio da imputao volitiva.

    (FCC/2009/TRT 7 REGIO/ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA) Oprincpio da impessoalidade tem dois sentidos: um relacionado finalidade, no sentidode que ao administrador se impe que s pratique o ato para o seu fim legal; outro, nosentido de excluir a promoo pessoal das autoridades ou servidores pblicos sobre

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    35

    www.pontodosconcursos.com.br

    suas realizaes administrativas. (Gabarito: correta o fato de a banca apenas terindicado dois aspectos no torna a questo errada)

    Analisaremos cada um desses aspectos:

    - Associado finalidade da lei:

    Se eu lhe perguntar qual a finalidade da lei, qual ser sua resposta? Vocno errar se responder a preservao do interesse pblico.

    Dessa forma, quando o agente pblico exerce sua funo, ele utiliza de seuspoderes como instrumentos destinados ao atendimento dos interessespblicos.

    (CESPE/2004/TCNICO JUDICIARIO/TRT 10 REGIO) Considerando que Adriano foirecentemente nomeado para cargo pblico de provimento em comisso no Ministrio doTrabalho e Emprego, julgue o seguinte item: Violaria o princpio administrativo daimpessoalidade o fato de, no exerccio do cargo, Adriano dar precedncia aos interessesdo partido a que filiado, em detrimento do interesse pblico (adaptada). (correta)

    (FCC/2008/MPE-RS/ASSESSOR/REA ADMINISTRAO) Pelo princpio da finalidade,impe-se Administrao Pblica a prtica, e to s essa, de atos voltados para ointeresse pblico. (correta)

    (FCC/2010/TRE-AM/TCNICO JUDICIRIO/ENFERMAGEM) O administrador pblicoest, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e s exignciasdo bem comum. (correta)

    (FUNDEP/2005/TJ-MG/TCNICO JUDICIRIO) O princpio da impessoalidade deve serrespeitado nas relaes da Administrao Pblica com os administrados e, tambm, como prprio administrador pblico. (correta)

    Justamente por conta desse raciocnio que existem autores e bancas queequiparam o princpio da impessoalidade ao princpio da finalidade.

    Aqui vai um macete de prova: quando no enunciado a banca fizer referncia finalidade da lei pode estar certo que a resposta ser princpio daimpessoalidade. Quer exemplos? Veja as questes abaixo:

    (FCC/2009/TJ-PA/ANALISTA JUDICIRIO/OFICIAL DE JUSTIA) Princpio daimpessoalidade tambm conhecido como princpio da finalidade. (correta)

    (CESPE/UnB/TRE/PA/2006) A administrao pblica resume-se em um nico objetivo: obem comum da coletividade administrada. No desempenho dos encargosadministrativos, o agente do poder pblico no tem a liberdade de procurar outroobjetivo, ou de dar fim diverso do prescrito em lei para a atividade.Hely Lopes Meirelles. Direito administrativo brasileiro. Editora Malheiros, 2004, p. 86.Altair, servidor de um rgo federal, decidiu tornar a sua atuao diferenciada dospadres adotados no setor. Ele decidiu personalizar o atendimento aos usurios. Noentanto, Altair, apesar da boa vontade, estava infringindo um dos princpios bsicos daadministrao pblica. Considerando o tema abordado no texto e a situao hipotticaacima, assinale a opo correspondente ao princpio infringido por Altair. a) princpio da legalidade b) princpio da moralidade c) princpio da finalidade d) princpio da razoabilidade e) princpio da publicidade

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    36

    www.pontodosconcursos.com.br

    (ESAF/ANALISTA COMPRAS RECIFE/2003) A finalidade, como elemento essencial devalidade do ato administrativo, corresponde na prtica e mais propriamente observncia do princpio fundamental de a) economicidade; b) legalidade; c) moralidade; d) impessoalidade;

    (FCC/2004/TRE-PE/TCNICO JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA) A ConstituioFederal no se referiu expressamente ao princpio da finalidade, mas o admitiu sob adenominao de princpio da: a) impessoalidade; b) publicidade; c) presuno de legitimidade; d) legalidade; e) moralidade.

    Inclusive, j foi objeto de concurso pblico questo indagando dos candidatosse o princpio da impessoalidade previsto expressamente na Lei 9.784/99,que regula o processo administrativo federal. Perguntou-se isso porque no art.27 dessa lei h meno expressa ao princpio da finalidade. Diante dessaquesto, a melhor resposta a que o princpio da impessoalidade no foiprevisto expressamente na referida norma, porm nela est representadopelo princpio da finalidade. Alm disso, ele est contido implicitamente noart. 2, pargrafo nico, cujo texto o seguinte: objetividade no atendimentodo interesse pblico, vedada a promoo pessoal de agentes ou autoridades.

    Outra demonstrao da presena implcita desse princpio na referida leidecorre das normas contidas nos arts. 18 a 21, que contm regras sobreimpedimento e suspeio nos processos administrativos federais.

    Abaixo reproduzirei esses artigos cuja leitura importante para seu estudo,pois essa lei provavelmente estar prevista no programa do seu concurso:

    Art. 18. impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I - tenha interesse direto ou indireto na matria; II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante,ou se tais situaes ocorrem quanto ao cnjuge, companheiro ou parente e afins at oterceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivocnjuge ou companheiro.

    Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato autoridade competente, abstendo-se de atuar. Pargrafo nico. A omisso do dever de comunicar o impedimento constitui faltagrave, para efeitos disciplinares.

    Art. 20. Pode ser argida a suspeio de autoridade ou servidor que tenha amizadentima ou inimizade notria com algum dos interessados ou com os respectivoscnjuges, companheiros, parentes e afins at o terceiro grau.

    Art. 21. O indeferimento de alegao de suspeio poder ser objeto de recurso, semefeito suspensivo.

    , 7 Art. 2 A Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos princpios da legalidade, finalidademotivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica,interesse pblico e eficincia.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    37

    www.pontodosconcursos.com.br

    Dessa forma, o agente pblico deve perseguir a finalidade expressa ouimplcita (virtual) na lei, no promovendo perseguies ou favorecimentosaos administrados e aos prprios integrantes do quadro de pessoal doEstado.

    - Associado ao princpio da isonomia:

    O segundo aspecto que voc deve considerar no seu estudo sobre princpio daimpessoalidade diz respeito sua associao ao princpio da isonomia(igualdade). A Administrao Pblica, agindo de forma impessoal, devetratar com igualdade os administrados que se encontrem na mesmasituao jurdica.

    (FCC/TRE/MG/ANAL. JUDICIRIO/2005) A obrigao atribuda ao Poder Pblico demanter uma posio neutra em relao aos administrados, no podendo atuar comobjetivo de prejudicar ou favorecer determinada pessoa, decorre do princpio da: a) moralidade; b) impessoalidade; c) legalidade; d) motivao; e) imperatividade

    (DELEGADO DE POLCIA CIVIL-DF/2009/FUNIVERSA) O princpio constitucional daimpessoalidade tem ntima relao com o da igualdade. (correta)

    (CESPE/2009/ANATEL/ANALISTA ADMINISTRATIVO) O presidente de um tribunal dejustia estadual tem disponvel no oramento do tribunal a quantia de R$ 2.000.000,00para pagamento de verbas atrasadas dos juzes de direito e desembargadores. Cadajuiz e desembargador faz jus, em mdia, a R$ 130.000,00. Ocorre que o presidente daCorte determinou, por portaria publicada no Dirio Oficial, o pagamento das verbasapenas aos desembargadores, devendo os juzes de direito aguardar novadisponibilizao de verba oramentria para o pagamento do que lhes devido. Opresidente fundamentou sua deciso de pagamento inicial em razo de osdesembargadores estarem em nvel hierrquico superior ao dos juzes. Irresignados,alguns juzes pretendem ingressar com ao popular contra o ato que determinou opagamento das verbas aos desembargadores. Considerando a situao hipottica acimaapresentada, julgue os itens subsequentes, acerca do controle e dos princpiosfundamentais da administrao pblica. A deciso do presidente do tribunal de justiaviolou o princpio da impessoalidade, na medida em que esse princpio objetiva aigualdade de tratamento que o administrador deve dispensar aos administrados que seencontrarem em idntica situao jurdica. (correta)

    Voc deve se lembrar do seu professor do cursinho de Administrativo ouConstitucional dizendo em sala de aula que a essncia da igualdade tratardesigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades. Issoocorre, por exemplo, com a reserva de vagas para portadores de necessidadesespeciais nos concursos pblicos.

    (FCC/2002/TRE-CE/TCNICO JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA) Uma daspossveis aplicaes do princpio da impessoalidade impedir que determinadaspessoas recebam tratamento favorecido em concursos pblicos, em razo de deficinciafsica. (errada)

    (FCC/TRE/MG/ANAL. JUDICIRIO/2005) A obrigao atribuda ao Poder Pblico demanter uma posio neutra em relao aos administrados, no podendo atuar comobjetivo de prejudicar ou favorecer determinada pessoa, decorre do princpio da: a) moralidade; b) impessoalidade; c) legalidade; d) motivao; e) imperatividade

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    38

    www.pontodosconcursos.com.br

    A realizao de licitaes e de concursos pblicos so tambm expresses doprincpio da impessoalidade associado isonomia, pois oportunidades iguaisso conferidas a todos aqueles que preencherem os requisitos previstos na leie no edital.

    (FCC/2002/TRE-CE/TCNICO JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA) Uma daspossveis aplicaes do princpio da impessoalidade considerar inconstitucionais oscritrios de ttulos em concursos para provimento de cargos pblicos. (errada)

    (CESPE/AFPS) Uma vez que a licitao permite a disputa de vrias pessoas quesatisfaam a critrios da lei e do edital, correto afirmar que, com isso, esto sendoobservados os princpios constitucionais da isonomia, da legalidade e da impessoalidadeda administrao pblica. (correta)

    - Associado vedao de promoes pessoais pelos agentes pblicos:

    O princpio tambm deve ser analisado como uma proibio aos agentespblicos para que se valham de seus cargos, empregos ou funes parapromoo pessoal ou de terceiros.

    Essa regra est prevista no art. 37, 1, da CF/88, cujo contedo determina que

    A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgospblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, delano podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizempromoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    Portanto, determinada obra no deve ser associada ao agente pblico, massim pessoa jurdica. Por exemplo: obra realizada pelo Estado de MinasGerais e no obra realizada pelo Governo Fulano de tal.

    (CESPE/2009/SECONT-ES/AUDITOR DO ESTADO/TECNOLOGIA DA INFORMAO)Como decorrncia do princpio da impessoalidade, a CF probe a presena de nomes,smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidorespblicos em publicidade de atos, programas, obras, servios e campanhas de rgospblicos. (correta)

    (FCC/2002/TRE-CE/TCNICO JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA) Uma daspossveis aplicaes do princpio da impessoalidade proibir que constem, na publicidadedas obras e servios pblicos, nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoopessoal de autoridades. (correta)

    (CESPE/2009/TRT17/ANALISTA JUDICIRIO/REA JUDICIRIA/EXECUO DEMANDADOS) As sociedades de economia mista e as empresas pblicas que prestamservios pblicos esto sujeitas ao princpio da publicidade tanto quanto os rgos quecompem a administrao direta, razo pela qual vedado, nas suas campanhaspublicitrias, mencionar nomes e veicular smbolos ou imagens que possam caracterizarpromoo pessoal de autoridade ou servidor dessas entidades. (errada)

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    39

    www.pontodosconcursos.com.br

    No se deve deduzir dessa regra que os agentes pblicos no podem seidentificar na prtica dos atos administrativos. Pelo contrrio, pois direito dosadministrados exigir a identificao funcional das autoridades administrativas,sendo dever destes se identificarem. O que no pode ocorrer o agentepblico buscar sua promoo pessoal (tirar proveito da situao) atravs davinculao de seu nome a servios, programas, obras e etc.

    (FCC/2002/TRE-CE/TCNICO JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA) Uma daspossveis aplicaes do princpio da impessoalidade impedir que servidores pblicos seidentifiquem pessoalmente como autores dos atos administrativos que praticam. (errada)

    preciso ter cuidado em provas com esse art. 37, 1, CF, pois no raro asbancas reproduzem este dispositivo constitucional associando-o ao princpio dapublicidade. Trata-se de pegadinha, pois referida regra no d nfase obrigatoriedade de divulgao o que seria princpio da publicidade -, mas sim vedao da divulgao com o propsito de promover imagem de autoridadese servidores pblicos, o que constitui ofensa ao princpio da impessoalidade.

    Aplicando o princpio sob essa tica, o STF manifestou-se pelaconstitucionalidade do inciso V do artigo 20 da Constituio do Cear que vedaao Estado e aos Municpios atribuir nome de pessoa viva a avenida,praa, rua, logradouro, ponte, reservatrio de gua, viaduto, praa deesporte, biblioteca, hospital, maternidade, edifcio pblico, auditrios,cidades e salas de aula. Na viso do ministro relator deste julgado, o preceitovisa impedir o culto e a promoo pessoal de pessoas vivas, tenham ou nopassagem pela Administrao. Destacou em seu voto que proibio similar estipulada, no mbito federal, pela Lei n. 6.454/77 (ADI 307, voto do Min. ErosGrau, julgamento em 13-2-08, DJE de 20-6-08).

    - Associado ao princpio da imputao volitiva:

    Por fim, o princpio da impessoalidade est atrelado Teoria do rgo, queoportunamente ser estudada.

    Tal teoria, que se baseia no princpio da imputao volitiva, preceitua que osatos praticados pelos agentes pblicos so imputados (atribudos) pessoajurdica em nome da qual atua.

    (FGV/2008/TCM-RJ/PROCURADOR) A assertiva "que os atos e provimentosadministrativos so imputveis no ao funcionrio que os pratica, mas ao rgo ouentidade administrativa em nome do qual age o funcionrio" encontra respaldo,essencialmente no princpio da impessoalidade (adaptada) (correta)

    (FCC/2010/CASA CIVIL/SP/EXECUTIVO PBLICO) O princpio ou regra daAdministrao Pblica que determina que os atos realizados pela Administrao Pblica,ou por ela delegados, so imputveis no ao funcionrio que os pratica, mas ao rgoou entidade administrativa em nome do qual age o funcionrio o da impessoalidade.(correta)

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    40

    www.pontodosconcursos.com.br

    Dessa forma, os agentes pblicos so instrumentos para manifestao davontade da Administrao Pblica. Com base nessa teoria, se um servidorpblico causar prejuzo a um particular, como por exemplo, agredindo-ofisicamente a ponto de causar-lhe leses, a ao judicial pleiteando areparao civil (gastos com uma cirurgia plstica, por exemplo) ser propostacontra o ente pblico em nome da qual agiu o servidor agressor. Se nesseexemplo o servidor for lotado na autarquia INSS, ser contra esta entidade quea vtima das leses propor a ao indenizatria. Posteriormente, se o INSSsuportar algum prejuzo, ajuizar ao regressiva contra o agente causador dosdanos.

    (FCC/2002/TRE-CE/TCNICO JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA) Uma daspossveis aplicaes do princpio da impessoalidade considerar que o servidor age emnome da Administrao, de modo que a Administrao se responsabiliza pelos atos doservidor, e este no possui responsabilidade. (errada)

    Ainda aplicando o princpio da imputao volitiva, merece destaque a validadedos atos praticados por funcionrios de fato (agentes de fato), que soaqueles irregularmente investidos na funo pblica (ex: servidor queingressou sem o obrigatrio concurso pblico), mas cuja situao temaparncia de legalidade.

    Atribui-se validade aos seus atos sob o fundamento de que forampraticados pela pessoa jurdica e com o propsito de proteger a boa-fdos administrados.

    Imaginem um servidor que foi nomeado sem concurso pblico e ao longo dosanos praticou diversos atos. H uma irregularidade em sua investidura(ausncia de concurso), o que, com base na teoria do rgo, no invalidar osseus atos se praticados de acordo com o ordenamento jurdico, pois, conformej dito, consideram-se praticados pela pessoa jurdica a qual integra.

    (PGE/PE/PROCURADOR/2009/CESPE) De acordo com o princpio da impessoalidade, possvel reconhecer a validade de atos praticados por funcionrio pblicoirregularmente investido no cargo ou funo, sob o fundamento de que tais atosconfiguram atuao do rgo e no do agente pblico. (correta)

    MMoor raal liid daad dee

    Vamos agora ver mais um princpio, dessa vez o da moralidade. Questesenvolvendo esse princpio geralmente so bem fceis.

    O princpio da moralidade exige que o agente pblico atue de forma tica,observando a moral administrativa (moral jurdica composta de regras deboa administrao), que difere da moral comum.

    Enquanto a moral comum vincula o indivduo em sua conduta externa,preocupando-se em diferenciar o bem do mal, a moral administrativa estassociada disciplina interna da Administrao.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    41

    www.pontodosconcursos.com.br

    O princpio da moralidade tambm se aplica ao particular que se relaciona coma Administrao Pblica.

    (RECEITA FEDERAL/ESAF/AUDITOR FISCAL/2005) O princpio da moralidadeadministrativa incide apenas em relao s aes do administrador pblico, no sendoaplicvel ao particular que se relaciona com a Administrao Pblica. (Gabarito: errada)

    Grave que a moralidade constitui requisito de validade de todo ato daAdministrao Pblica!

    (CESPE/TCE-PE/2004) Um ato administrativo que ofenda o princpio constitucional damoralidade passvel de anulao e, para que esta ocorra, no indispensvel, emtodos os casos, examinar a inteno do agente pblico. (Gabarito: correta)

    (TCNICO JUDICIRIO/TER-MA/2006/CESPE) A moralidade administrativa noconstitui, a partir da Constituio de 1988, pressuposto de validade de todo ato daadministrao pblica. (Gabarito: errada)

    So diversos os instrumentos de combate imoralidade administrativaprevistos no ordenamento jurdico ptrio, tais como a ao popular, ao civilpblica e a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92), queregulamenta o art. 37, 4, da CF, cuja redao a seguinte:

    Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitospolticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e oressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzoda ao penal cabvel.

    Muita ateno na prova quanto a esse dispositivo constitucional, pois asbancas costumam inverter suspenso dos direitos polticos e perda da funo pblica colocando que os atos de improbidade geram a perda dedireitos polticos (o que no existe no Brasil) e a suspenso da funo pblica.

    Quando eu tratar de nepotismo, destacarei que no preciso editar lei formal(lei ordinria ou lei complementar, por ex.) para regulamentar o tema, uma vezque a sua proibio decorre dos princpios constitucionais. Essa mesmadiscusso existiu quanto ao princpio da moralidade, sustentando o STF queno preciso lei formal para dar eficcia ao princpio da moralidade, podendo,inclusive, a Administrao Pblica disciplinar o assunto por meio de atosnormativos infralegais, tais como decretos e regulamentos. Tome comoexemplo o recente decreto sobre nepotismo (Decreto n 7.203/10) e o Cdigode tica dos Servidores Federais (Decreto n 1.171/94).

    (AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/AUDITORIA DE OBRASPBLICAS/TCU/CESPE/2009) Os princpios constitucionais, assim como as regras, sodotados de fora normativa. Com base nesse entendimento doutrinrio, o SupremoTribunal Federal (STF) tem entendido que o princpio da moralidade, por exemplo,carece de lei formal que regule sua aplicao, no podendo a administraodisciplinar, por meio de atos infralegais, os casos em que reste violado esse princpio,sob pena de desrespeito ao princpio da legalidade. (errada)

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    42

    www.pontodosconcursos.com.br

    Recentemente, houve grande progresso no combate ao nepotismo com aedio da smula vinculante n 13, editada pelo Supremo Tribunal Federal:

    Smula Vinculante n 13 - A nomeao de cnjuge, companheiro ou parenteem linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, daautoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica investido emcargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo emcomisso ou de confiana ou, ainda, de funo gratificada na administraopblica direta e indireta em qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios, compreendido o ajuste mediante designaesrecprocas, viola a Constituio Federal.

    Analise comigo quais so as possveis informaes constantes dessa smulaque podem ser objeto de questo de prova.

    Veja se concorda com as minhas concluses:

    Quem est sujeito ao nepotismo: cnjuge, companheiro e parente at o 3 grau;

    Pegadinha: banca substituir 3 grau por 2 grau.

    Com quem ocorrem os vnculos acima para caracterizao do nepotismo: autoridade nomeante ou servidor da mesma pessoa jurdicainvestido em cargo de direo, chefia ou assessoramento;

    Pegadinha: banca substituir cargo de direo, chefia ou assessoramentopor cargo efetivo, ou acrescentar essa expresso na assertiva, pois nohaver nepotismo se a nomeao for para ocupar cargo efetivo (cujoingresso se d por meio de concurso pblico).

    Nepotismo caracteriza-se em quais cargos/funes : cargos em comisso ou funes de confiana

    Pegadinha: banca substituir cargo em comisso ou funo de confianapor cargo efetivo, conforme j dito acima.

    Em resumo, haver nepotismo nas seguintes hipteses:

    se a autoridade nomear seu cnjuge, companheiro ou parente at o 3 graupara ocupar cargo em comisso ou exercer funo de confiana;

    se o servidor nomeado for cnjuge, companheiro ou parente at o 3 deservidor da mesma pessoa jurdica que ocupe cargo de direo, chefia ouassessoramento;

    se ocorrer nepotismo cruzado, em que a autoridade A nomeia, porexemplo, o cnjuge da autoridade B, e esta nomeia o irmo da autoridade A.So as designaes recprocas citadas na smula.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    43

    www.pontodosconcursos.com.br

    Alm dessas colocaes, existem alguns pontos no constantes da smulavinculante n 13, mas que foram discutidos e decididos pelos Ministros do STF:

    No h nepotismo nas nomeaes para cargos de natureza poltica, taiscomo os cargos de Secretrios de Governo e Ministros de Estado8, salvose for nepotismo cruzado;

    (CESPE/2009/AGU/ADVOGADO) Considere que Plato, governador de estado daFederao, tenha nomeado seu irmo, Aristteles, que possui formao superior na reade engenharia, para o cargo de secretrio de estado de obras. Pressupondo-se queAristteles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeao, conclui-se queesta no vai de encontro ao posicionamento adotado em recente julgado do STF.(correta)

    (ADVOGADO DA UNIO/ADV AGU 2009/CESPE) Com base no princpio da eficinciae em outros fundamentos constitucionais, o STF entende que viola a Constituio anomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,at o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoajurdica investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio decargo em comisso ou de confiana ou, ainda, de funo gratificada na administraopblica direta e indireta em qualquer dos poderes da Unio, dos estados, do DistritoFederal e dos municpios, compreendido o ajuste mediante designaes recprocas.(correta)

    (SEAPA/CESPE/2009/CONHECIMENTOS BSICOS) O nepotismo corresponde aprtica que pode violar o princpio da moralidade administrativa. A esse respeito, deacordo com a jurisprudncia do STF, seria inconstitucional ato discricionrio dogovernador do DF que nomeasse parente de segundo grau para o exerccio do cargo desecretrio de Estado da SEAPA/DF. (errada)

    (IBRAM/CESPE/2009/ANALISTAS DE ATIVIDADES DO MEIO AMBIENTE) Ofende osprincpios constitucionais que regem a administrao pblica, a conduta de um prefeitoque indicou seu filho para cargo em comisso de assessor do secretrio de fazenda domesmo municpio, que efetivamente o nomeou. (correta)

    No h necessidade de que a vedao ao nepotismo seja prevista emlei formal, pois de acordo com o STF a sua proibio decorre diretamentedos princpios contidos no art. 37 da CF, mais precisamente dos princpiosda legalidade, impessoalidade, moralidade e eficincia.

    (CESPE/AGU/2009) Segundo entendimento do STF, a vedao ao nepotismo no exigeedio de lei formal, visto que a proibio extrada diretamente dos princpiosconstitucionais que norteiam a atuao administrativa. (correta)

    (ESAF/CONTADOR RECIFE/2003) A rejeio figura do nepotismo no serviopblico tem seu amparo original no princpio constitucional da: a) moralidade; b) legalidade; c) impessoalidade; d) razoabilidade; e) eficincia

    8 O STF no procedeu enumerao de quais so os cargos considerados polticos para fins denepotismo, o que afastaria as dvidas que tm surgido. De qualquer forma, por enquanto, considereapenas os cargos de Secretrio de Governo e de Ministro de Estado. As eventuais dvidas devero serdirimidas pelo prprio STF, como fez quando foi provocado a decidir se o cargo de Conselheiro doTribunal de Contas poltico, ocasio em que decidiu que no, mas sim cargo administrativo, sujeito,portanto, s regras do nepotismo.

    Materiais gratuitos (ponto dos concursos e estratgia) - https://www.facebook.com/groups/concurseirosunidos/

    Material adquirdo Coletivamente pelos Concurseiros Unidos - www.concurseirosunidos.com.br - [email protected] ou [email protected] Compre DIRETO com o MAIOR e MELHOR rateio de materiais da internet e no de "atravessadores", mais rpido, mais seguro!!!!

    CO

    NCUR

    SEIR

    OS U

    NIDO

    S

    www.

    conc

    urseir

    osun

    idos.c

    om.br

  • CURSOS ONLINE PACOTE DE EXERCCIOS PARA INICIANTES

    44

    www.pontodosconcursos.com.br

    (MINISTRIO DA CINCIA E TECNOLOGIA/FINEP/ANALISTA/ADMINISTRAO DEMATERIAL E LICITAES/CESPE) Exige-se edio de lei formal para coibir a prticado nepotismo, uma vez que a sua vedao no decorre diretamente dos princpioscontidos na Constituio Federal (CF). (errada)

    interessante destacar, para finalizar, que a prtica de nepotismo constitui atode improbidade administrativa por ofensa aos princpios da AdministraoPblica (art. 11 da Lei 8.429/92), cuja caracterizao, conforme vem decidindoo Superior Tribunal de Justia, independe de dano ou de leso materi