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ATENDIMENTO EM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Estrutura e organização dos
serviços de urgência e emergência
Quando uma pessoa sofre agravo agudo à
saúde, deve ser acolhido em serviço do SUS
mais próximo de sua ocorrência, seja numa
Unidade de Saúde da Família, pronto
atendimento ou pronto socorro.
Os componentes pré-hospitalar fixo e
móvel, hospitalar e pós-hospitalar fazem parte da
estrutura de atenção às urgências.
Componente pré-hospitalar fixo
• A Portaria do MS nº 2.048 estabelece o acolhimento de clientes com quadros agudos em unidades de saúde de baixa complexidade, como os estabelecimentos da atenção primária, denominados pré-hospitalar fixo.
• Na estrutura física do componente pré-hospitalar fixo, como a unidade básica de saúde, Unidade Saúde da Família, ambulatório de especialidades e serviço de apoio diagnóstico, os casos de urgência devem ser acolhidos em ambiente previamente estabelecido e organizado.
É atribuição da equipe de enfermagem
organizar os materiais médico-hospitalares como:
• laringoscópio com lâminas adulto e infantil;
• cânula endotraqueal, material para realização de
punção venosa, sondas de aspiração e outros.
• Manter disponíveis medicamentos utilizados em caso de
parada cardiorrespiratória (PCR) e insuficiência
respiratória, materiais e equipamentos para
oxigenoterapia, aspiração traqueal ventilação,
desfibrilador externo automático (DEA) e outros deverão
estar disponibilizados.
Os recursos organizados permitem o atendimento e
estabilização do cliente até que seja transferido, de forma
adequada para uma unidade de maior complexidade.
Os profissionais médicos, enfermeiros,
técnicos e auxiliares de enfermagem que atuam
no pré hospitalar fixo são capacitados para
estabilizar e encaminhar adequadamente o
cliente. A criação de protocolos e rotinas e a sua
aplicação auxiliam no tratamento, melhorando os
resultados e contribuindo para melhor
organização do trabalho e salvando vidas.
Serviços de média complexidade ou
intermediária podem funcionar até 24 horas, são
estruturados para acolher pacientes com quadros
agudos ou crônicos agudizados, e funcionam à
noite e finais de semana, diminuindo a
sobrecarga dos hospitais de maior complexidade.
Ex: UPAS
São disponibilizados medicamentos, leitos
de observação de 6 a 24 horas em algumas
unidades e ambulância para o transporte.
Componente pré-hospitalar móvel
Foi estruturado e organizado para prestação de
serviços de saúde à pessoa que necessita de socorro
em locais como domicílios, vias públicas,
estabelecimentos comerciais, entre outros.
Ao pedir ajuda por meio da central de
regulação 192 (Samu) ou 193 (Corpo de Bombeiro), o
socorrista, parentes da vítima ou a própria vítima
recebe orientações do médico regulador que decide
pelo envio de ambulância de suporte básico ou
avançado com equipe habilitada em atendimento a
situações de urgência, caso avalie que seja
necessário disponibilizar esse recurso.
• As equipes de saúde do APH são compostas por médico, enfermeiro, técnico e/ou auxiliar de enfermagem, que recebem habilitação específica para esta atividade.
• É necessário que conheçam suas atribuições, normas e rotinas operacionais, bem como desenvolvam seu trabalho baseado em protocolos de atendimento.
• A educação permanente desses profissionais é primordial para assegurar a qualidade na prestação da assistência. Outros profissionais como telefonista, rádio operador, condutor de ambulância ou de veículos aquáticos e aéreos fazem parte da equipe de APH.
Equipes Suporte Básico de
Vida (SBV)
Suporte Avançado à
Vida (SAV)
Profissionais Auxiliar ou técnico de
enfermagem
Condutor de veículo
Bombeiro militar*
Enfermeiro
Médico
Condutor de veículo
Atribuição Atendimento de baixa
complexidade, não
realizando
procedimentos
invasivos, em casos de
vítimas de menor
gravidade.
Atendimento de
urgência e emergência
de alta complexidade,
realizando
procedimentos não
invasivos e invasivos,
em casos de vítimas
graves.
Atendimento hospitalar
As unidades de emergência hospitalares ou
prontos-socorros oferecem atendimento imediato
e ininterrupto aos pacientes adultos ou crianças
em estado crítico ou potencialmente crítico.
O atendimento hospitalar é definido por
grau de complexidade - tipo I, II e III.
A unidade de emergência é caracterizada
pelo fluxo intenso de pessoas que circulam nessa
área, em razão da rotatividade dos pacientes que
procuram o serviço devido à gravidade das
condições em que se encontram, motivadas por
trauma, afecções não traumáticas, alterações de
comportamento, entre outras.
O atendimento prestado com rapidez pode
ser comprometido por fatores como fadiga, falta
de atenção e desrespeito às normas de
biossegurança, e predispõe o profissional aos
riscos de acidentes e doenças ocupacionais.
Quando trabalhamos em serviços de
urgência e emergência, estamos
inevitavelmente expostos a riscos que podem
comprometer a nossa saúde. Essa é uma
questão importante e que merece toda nossa
atenção. Com a mesma responsabilidade que
cuidamos da saúde do outro devemos zelar
pela própria saúde, utilizando medidas
apropriadas de prevenção aos riscos
ocupacionais.
A equipe multidisciplinar precisa estar preparada emocionalmente para a vivência de situações que impactam os serviços de urgência em relação ao binômio vida e morte. O equilíbrio em lidar com essas situações tem repercussão na vida do paciente e de seus familiares, que se sentirão apoiados e mais seguros em relação ao atendimento que recebem da equipe.
Rotinas organizacionais, operacionais e técnicas devem ser de conhecimento de toda a equipe de trabalho da emergência, para que haja melhor desempenho operacional e alcance da qualidade na assistência do cliente em situação de urgência.
Reduzir o risco de infecções associadas aos
cuidados de saúde é apontado como um componente
importante das metas internacionais de segurança do
paciente. Para o seu alcance, é necessária uma ação
conjunta envolvendo os serviços, a administração e a
equipe de saúde. Todo técnico de enfermagem que
presta cuidados ao paciente tem responsabilidades
em relação à prevenção e controle de infecção
relacionada à assistência a saúde (Iras).