apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 63

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A partir de amanhã trarei computador para irem pondo ficheiros de bibliofilmes.

Evitar partes gagas de trazer em projeto.

Ou de só só ser o ficheiro visível num programa especialíssimo.

Ou de ter havido uma série de problemas técnicos.

Ou prometer que ainda se envia para aqui ou para acolá.

Ler as instruções que pus há muito no blogue (e não ligar demasiado a exemplos).

O filme não tem de — nem deve talvez — seguir a obra lida com olhar ensaístico ou recontando-a. (Era preferível aproveitá-la de maneira criativa.)

Em rigor, deviam ler um livro (preocupam-me as abordagens de poemas, se não houver leitura do livro respetivo...).

Ser rigoroso (por exemplo, nas referências; nas eventuais legendas).

Ficarei bastante aborrecido perante coisas mal acabadas (feitas só para dizer que se entregou). É possível fazer trabalhos inteligentes que não sejam demasiado demorados (essencial aliás é a escrita, a expressão oral, a leitura da obra).

Dedicatória

Para o senhor Aladino Sepúlveda, primeiro «ocupa» da Patagónia.

Personagens

O protagonista, um velho de oitenta e um anos, era o patriarca de uma família numerosa, que sob o teto da sua cabana se acolhia (pelo menos, nas épocas de escassez).

O seu adjuvante (na verdade, segunda personagem, decerto mais que mero figurante) era Cachupín, aparentemente mais estimado pelo velho do que o resto da família, «esses merdosos».

O velho segue um ritual repetido há trinta anos, quando «chega o tempo das vacas magras»: põe na boca fatias de «charque», com que depois constitui um

bolo que dá ao cão a engolir, ordenando-lhe, porém, que não o mastigasse. Uma vez finda esta operação, velho e cão partem; e familiares regressam à cabana.

Narrador

O narrador é não participante (heterodiegético) e, na primeira parte do conto, parece ter focalização omnisciente. Na parte 2, quase parece que o narrador adota uma focalização interna. Isso decorre também da importância que ganha o monólogo do velho, (que é, na verdade, um diálogo em que Cachupín não chega a intervir explicitamente).

Espaço

A ação situa-se na Patagónia argentina. O centro é uma cabana, perdida na estepe, com pergaminhos históricos que serão relevantes na intriga: nela tinham vivido dois bandidos famosos, Butch Cassidy e Sundance Kid.

Quando termina a primeira parte, inicia-se uma viagem, a Esquel, a grande cidade.

O conto irá terminar com o regresso à cabana (que, ver-se-á, é ela mesma parte do enredo).

Resolve os pontos 1.1 (p. 264) e 3 (p. 265)

a V

b F (era o nome dos cinco cães anteriores)

c F (caminhavam de modo seguro, porque conheciam bem o terreno)

d F (uma boleia que os levaria Esquel)

• e1 Passou pelos tempos duros em que a produção de lã terminou porque os ingleses abandonaram a Patagónia e abriram novas fazendas lanares na Austrália

• c2 Lembrava-se da longa caminhada com a família de Las Heras a Cholila, em busca de melhores condições de vida.

• h3 Em Cholila tinha ouvido falar de uma cabana vazia, que tinha sido de bandidos estrangeiros, na qual diziam haver fantasmas.

• j4 Aproximou-se um dia da cabana, que lhe pareceu ter condições muito boas.

• f5 Ocupou a cabana com a sua família.

• a6 Quando procedia a algumas reparações necessárias nas paredes, encontrou uma fenda de rebordos suaves.

• b7 Pensando inicialmente que se trataria de botões de uniformes militares, quando tirou a primeira peça metálica logo percebeu que tinha encontrado um tesouro, fruto de um assalto realizado em 1905 pela Quadrilha Selvagem.

• g8 Não resistiu a correr até à venda de Cholila para vender aquela moeda e passou um mau bocado.

• i9 O vendeiro viu a moeda em cima do balcão e chamou o chefe da polícia, que o levou até ao quartel.

• d10 Apanhou a primeira sova da sua vida e passou vários dias pendurado de cabeça para baixo, enquanto os gendarmes vasculhavam a cabana em busca do tesouro que nunca encontraram.

Personagens

O protagonista, Giacinto, também é o chefe da família. O seu poder sobre os outros provém do dinheiro que guarda, esconde, obsessivamente. Tem como oponentes quase todos os restantes parentes, que crê quererem roubá-lo.

Os outros (no fundo, a personagem coletiva ‘restante família’) conspiram contra ele, mas Giacinto também os ataca, não se chegando a um resultado que favoreça uma das partes.

Diga-se ainda que há uma personagem um pouco à parte do confronto dos dois pólos e, ver-se-á, sua vítima, que é a rapariga que trata das outras crianças. Só talvez ela não seja propriamente uma personagem-tipo (todas as outras o são, já que os seus comportamentos são estilizados no sentido de representarem quase caricaturas).

Narrador

Não há narrador (nem voz off que faça o seu papel). Podemos dizer que, em muitos momentos, há focalização interna em Giacinto, já que seguimos as peripécias através do seu olhar e temos os retratos das personagens filtrados pelas observações, pelos monólogos, do protagonista.

A miúda funciona um pouco como um «narrador de focalização externa». Quando ela surge, o que se nos mostra parece «menos comentado», como observado por alguém que só pudesse ver a superfície e desconhecesse quaisquer outras informações.

Espaço

A ação decorre em Roma (Itália), quase concentrada numa barraca e nos terrenos em redor. É um território que é disputado (o poder do protagonista advém também de ser o seu proprietário). Incrustado na cidade, o espaço em causa não deixa de estar à margem da urbe.

No final, há um regresso ao espaço inicial, um entrincheiramento da família, e até de outros, naquele espaço, cada vez mais inverosímil.

TPC — Os finalistas da Liga dos Campeões e da Liga Europa devem preparar as partes 3 [p. 266: (vencedor de) E; 267: (vencedor de) F] e 4 [p. 269: vencedores de M e N] do conto que estivemos a ler.

O concurso José Gomes Ferreira decorre até 8 de Junho (têm o regulamento em Gaveta de Nuvens).