apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

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Page 1: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52
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Tanto o sketch dos Gato Fedorento como a canção de Mafalda Veiga abordam o tema da velhice.

Em «No chão, não: no velhão!», cria-se uma situação absurda, que tem de ser vista como irónica. Portanto, a mensagem — se é que tem de haver alguma — será de crítica ao abandono a que a sociedade e as famílias votam os velhos.

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A letra de «Velho» parece menos preocupada com a perspectiva sociológica. Embora o velho surja ainda à margem da vida social, o poema detém-se sobretudo na psicologia. Por um lado, a solidão do «protagonista» resulta, em parte, do seu próprio fechamento em si mesmo («a recordar fragmentos do passado»; «parado e atento à raiva do silêncio»).

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Por outro, mais do que para sobre eles se exercer um juízo de reprovação, os não-velhos são referidos no texto da canção enquanto objetos cujas reações devem ser analisadas: «fogem de ti», é certo, mas o mais importante é explicar que o fazem para «não ver a imagem da solidão que irão viver».

Page 5: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

• coaxar

• tiquetaque

• navegar (na net)• nega (‘nota negativa’)

• ESJGF

• pizza

• ovni• portunhol

• CEE

• scanear

etc.

Page 6: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

Extensão semântica

Empréstimo

Amálgama

Sigla

Acrónimo

Onomatopeia

Truncação

Cunhagem

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Extensão semântica

chumbo

navegar

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Empréstimo

scanear (do inglês)

pizza (do italiano)

Page 9: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

estrangeirismo

galicismo (francesismo)

anglicismo

germanismo

italianismo

castelhanismo

...

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Amálgama

portunhol (português + espanhol)

motel (motor + hotel)

Page 11: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

Sigla

ESJGF

CEE [cê-é-é]

Page 12: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

Acrónimo

ovni (objeto voador não identificado)

CRE [kré]

Page 13: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

Onomatopeia

tiquetaque

coaxar

Page 14: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

Truncação

otorrino (otorrinolaringologista)

nega (negativa)

zoo (zoológico)

Page 15: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

Cunhagem

besidróglio

Page 16: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

TPC — Resolver, ou estudar, as pp. 42-44 do Caderno de Atividades.

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Page 18: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

feni

adjetivo

«Eu hoje estou completamente feni».

Page 19: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

poete [poe:te]

adjetivo

«Fiquei mesmo poete».

Page 20: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

[não consigo grafar]

adjetivo

«Agora é que eu fiquei mesmo [?]»

Page 21: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

brenaca

nome

«Vá para o brenaca»

Page 22: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

baúte aúba

nome nome

«Pegue no baúte e enfie-o no aúba»

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As palavras propostas por Juvenal Barbosa aproveitam pouco o léxico já existente. Poderiam esses neologismos seguir os processos descritos na p. 316 do manual, mas isso não acontece. O Dr. Juvenal usa sobretudo a cunhagem, um processo também de neologia, mas bastante raro.

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Ainda por cima, as palavras cunhadas costumam ser criadas segundo os padrões da língua em que se vão integrar, o que não sucede com duas das palavras de Juvenal (a que nem conseguimos grafar e a que tem um alongamento numa das vogais).

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Se houvesse em outras línguas palavras tão específicas como pretende, o linguista-afinal-físico-químico poderia importá-las (seriam empréstimos, mais ou menos adaptados ao padrão português — e, na fase em que estivessem a ser introduzidos, chamar-lhes-íamos, quase pejorativamente, estrangeirismos).

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Se preferisse as amálgamas — designadas também palavras entrecruzadas —, Juvenal poderia juntar o início de «irritação» e o final de «peúgo», formando o adjectivo «irritugo», que serviria para ‘irritado com as meias que descaem no calcanhar’.

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Para o impropério com que termina o diálogo — «Vai para o brenaca» — era aceitável um acrónimo ou uma sigla (às vezes, eufemística e ironicamente substituem-se as ordinarices por iniciais).

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Uma das criações de Juvenal, o adjectivo correspondente à frustração por não haver sumo no frigorífico, talvez se possa considerar uma onomatopeia, na medida em que parece basear-se num som ligado à surpresa desagradável de não haver o que se procura.

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Poderia ainda Juvenal ter recorrido à extensão semântica (passamos a usar uma palavra num contexto tão diferente do original, que, na verdade, se trata também de um neologismo). «Estou frito {pensa tu num adjectivo}» é um exemplo de adjectivo que, por metáfora, daria satisfatoriamente a noção de ‘estar frustrado por não encontrar leite’.

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• «Receita para fazer um(a) ... [adolescente (rapaz) / adolescente (rapariga) / bêbado / empresário rico / político / top model / futebolista / surfista / médico / mendigo / burocrata / metrossexual / rasta / vizinha / culturista / aldeão / {podes escolher alguma outra personagem-tipo de que te lembres}]»

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• «[Moloch] cujos olhos são mil janelas cegas» | metáfora

Page 33: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

• «cujo amor é pedra e petróleo sem fim» | metáfora

Page 34: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

• «ficaram apenas com a sua insanidade e as suas mãos e um júri anulado» | polissíndeto

Page 35: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

• «a quem foi dado um vazio concreto de insulina, Metrazol, eletricidade, hidroterapia, psicoterapia, terapia ocupacional, pingue-pongue e amnésia» | enumeração

Page 36: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

• «cujas fábricas sonham e morrem no nevoeiro» | personificação

Page 37: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 52

TPC — Resolver, ou estudar, as pp. 42-44 do Caderno de Atividades.