apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 23

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(F) O narrador mora numa aldeia.

O sítio onde moro em Lisboa é uma aldeia.

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(F) O narrador vive numa zona comercial, moderna, sofisticada.

Tem merceariazinhas, lojecas, cabeleireiros pequenos, uma constelação de restaurantezitos, sapateiros, costureiros, capelistas.

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(V) «Ainda bem que as vacas não voam» é desabafo dito a propósito de haver muitos pombos na zona em que vive o narrador.

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(F) Os vizinhos tratam-no por «Senhor Doutor + 3.ª pessoa» ou por «o António + 3.ª pessoa».Senhor Doutor / Senhor António

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(V) O narrador crê que os vizinhos conhecerão vagamente a sua profissão.

Ignoro se sabem o que faço, julgo que têm uma ideia vaga.

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(F) O narrador considera-se «carpinteiro», porque é mesmo essa a sua profissão na ficção criada na crónica.

É carpinteiro da palavra, da língua.

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(F) Sempre que sai cruza-se logo com um grupo de prostitutas.

Reformados. (Prostitutas e travestis, à noite)

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(V) «Uma fininha melancolia entra devagar em nós» inclui citação do poeta cabo-verdiano Jorge Barbosa.

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(F) Em frente da casa do narrador não há prédios, apenas casas térreas.

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(F) Durante o tempo narrado na crónica, o narrador esteve no dentista.

Uma impressão num dente mas a perspectiva da broca («Ora cá temos uma cariezinha») desagrada-me.

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(V) O narrador vive só, o que às vezes lhe custa.

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(V) O pai do narrador já morreu.Onde pára o meu pai que, de certeza, se foi embora do cemitério para a companhia dos seus cachimbos, dos seus livros?

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(F) No enterro do avô do narrador houve música de Mozart.Bach

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(V) O narrador chama-se António por homenagem aos dois avôs.

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(F) Repentinamente, o narrador recorda-se dos seus tempos de adolescente e de treinos no Futebol Benfica.

Treino de hóquei no Benfica.

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(V) «Poiso a caneta, olho as minhas mãos» é uma frase que remete para o próprio acto de enunciação desta crónica.

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(F) A pomba branca que o narrador imagina poder fazer surgir se juntar as mãos fá-lo recordar-se dos cocós de pombo que há nas redondezas.

Como os ilusionistas do circo na época em que eu menino.

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Denotação[Bean] O meu emprego é olhar os quadros.

['olhar']

Conotação[outros] O meu emprego é olhar os

quadros. ['estudar']

Ver também p. 314 de Expressões.

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O recorte à esquerda permite-nos ver que o trocadilho com «banco» nos anúncios do Banif aproveita duas aceções de «banco»: a segunda no verbete, ‘instituição financeira’, e a primeira, ‘móvel para as pessoas se sentarem’ (embora, num dicionário mais completo, decerto figurasse ainda o sentido específico de ‘banco de suplentes’). Estamos, portanto, no domínio do campo semântico de uma única palavra. Estamos perante um fenómeno de polissemia.

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Já «canto» (‘ângulo’) e «canto» (‘ato de cantar’) — à direita — não são aceções de uma mesma palavra. São duas palavras diferentes, como se conclui do facto de estarem em verbetes próprios e confirma o terem étimos diferentes (canthu- e cantu-). São palavras homónimas. São exemplos do fenómeno de homonímia.

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A relação que há entre os dois verbos «mofar» cujos verbetes (do Dicionário da Língua Portuguesa, Porto, Porto Editora, 2011) te apresento é de homonímia. São palavras homónimas, como se infere de terem origem diferente: o étimo de «mofar» é o germânico «muffen» (‘estar mal-humorado’), enquanto «mofar» virá de «mofo» + «ar».

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A estas palavras, que, tendo étimos diferentes, vieram a coincidir (mas apenas na aparência gráfica e fonética), chamamos também, numa perspectiva histórica, palavras convergentes.

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Este processo nada tem que ver com o da polissemia: aí, temos uma mesma palavra original a ganhar vários sentidos (várias aceções), num fenómeno de enriquecimento semântico (seja por extensão do sentido inicial, seja por redução).

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Quanto a «mofo» e «bafio», são palavras polissémicas, mesmo se os sentidos de «bafio» não estão numerados. Aliás, têm uma acepção comum a ambas, ‘bolor’, e uma outra em que o significado dado remete precisamente para o outro elemento do par de aqui se trata. Há depois uma aceção popular, coloquial, de «mofo», correspondente a ‘coisa grátis, borla’, mas já distante das outras.

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Ou seja, a diferença que no sketch se queria encontrar não está dicionarizada. A diferença percecionada pelos dois amigos dever-se-ia a uma conotação de ordem puramente subjectiva.

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Nos verbetes de «maniatar» e de «bloquear» reconhecemos a aceção em que o político usava as duas palavras; a acepção n.º 1 de «maniatar» e a n.º 4 de «bloquear». No entanto, as pessoas que ouvem o discurso parecem atribuir a «maniatar» conotação diferente da que dão a «bloquear».

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Esse matiz mais ofensivo talvez esteja contemplado na aceção n.º 3 do verbete, marcada com a abreviatura que assinala sentido figurado, ‘tolher a liberdade’.

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Porém, também pode ser que a aversão a «maniatar» se relacione com o facto de esta palavra, na aceção 2, incluir expressões do campo lexical da ‘polícia’: «deter», «prender». A multidão interpretaria «maniatar» nesse sentido, sinónimo de «algemar».

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Paronímia (palavras parónimas)

verãovirão

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Homografia (palavras homógrafas)

pega [é]pega [ê]

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Homofonia (palavras homófonas)

cemsem

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O trecho de filme que vamos ver, A invenção da mentira, mostra-nos como a máxima da qualidade e o princípio da cortesia não são, muitas vezes, compatíveis.

Numa sociedade como a ficcionada no filme, em que a expressão obedecesse sempre a um princípio de veracidade (‘tudo o que se diz deve corresponder à verdade, deve cumprir as máxima de qualidade’), constante-mente se gerariam situações de grande indelicadeza.

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TPC

Continua a rever a gramática. No mesmo estilo que recomendei para a parte sobre ‘Relações semânticas’, vai experimentando o Caderno de Actividades, pp. 38-41 (‘polissemia’); e, no manual, vê a p. 314 (‘significação lexical’).

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