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POSICIONAMENTO 1 CONCEITOS E FUNDAMENTOS GERAIS. 1

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Aula de posicionamento de MMSS

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Page 1: Apostilaposicionamento1

POSICIONAMENTO 1

CONCEITOS E FUNDAMENTOS GERAIS.

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O posicionamento radiográfico refere-se ao estudo do posicionamento do paciente para demonstrar radiograficamente ou visualizar partes específicas do corpo nos filmes.

É essencial que cada pessoa que planeja trabalhar como técnico/radiologista compreenda claramente o emprego correto da terminologia de posicionamento.

Esses termos são usados de acordo com a terminologia de posicionamento e incidência conforme aprovada e publicada pelo American Registry of Radiologic Technologists (ARRT).

Além disso, esses termos são compatíveis com aqueles usados no Canadá, de acordo com a Canadian Association of Medical Radiation Technologists (CAMRT)

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O termo radiografia inclui o filme e a imagem.Imagens radiográficas: As imagens radiográficas podem ser obtidas, vistas e armazenadas como cópias físicas (radiografias) ou como imagens digitais, que podem ser manipuladas, vistas e armazena das digitalmente.

Exame ou procedimento radiográfico um técnico/radiologista é mostrado posicionando o paciente para um exame de rotina tem de se preocupar com 5 fatores para ter um bom exame:

1. Posicionamento da parte do corpo e alinhamento do raio central (RC)

2. Seleção de medidas de proteção contra a radiação3. Seleção dos fatores de exposição (técnica radiográfica)

no painel de controle4. Instrução do paciente para respirar e, em seguida,

início da exposição 5. Revelação do filme

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PRINCÍPIOS BASICOS A posição do paciente indica a posição geral

do corpo para a incidência. A posição da parte fornece uma descrição

detalhada e clara de como o corpo do paciente deve ser posicionado em relação ao filme e/ou a mesa.

O RAIO CENTRAL (RC) descreve a localização precisa da incidência dos raios-x, ou seja, por onde o raios-x vai passar no corpo do paciente, onde ele realmente vai radiografar.

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A distância foco filme (DFoFi), é a distância entre ampola de raios-x e o filme (chassi de filme), vai variar conforme o posicionamento.

DFoFi, é a sigla mais comumente usadas na literatura radiológica, mas encontramos também assim DFF ( que também está correta.

DOF (Distancia Objeto Filme): é a distancia entre a estrutura estudada e o filme (chassi).

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COLlMAÇÃO: é onde o campo de raios X recomendada para a incidência em questão, e para evitar irradiar outras partes que não são de interesse do estudo.

RESPIRAÇÃO descreve as necessidades em termos de respiração para a incidência em questão. São mais usados em posicionamentos de tórax e abdomêm.

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Biotipos O posicionamento radiográfico requer o conhecimento

das variações mais comuns na forma do corpo (biotipo).

Essa variação no formato do corpo possui um efeito importante na forma e localização dos órgãos internos.

Portanto, cada técnico/radiologista deve aprender a reconhecer esses. tipos corpóreos e a saber o seu efeito nos órgãos internos, como descrito em cada capítulo referente ao posicionamento desses sistemas orgânico.

Os quatro tipos de corpo mais comuns estão ilustrados nos slides a seguir e suas devidas descrições características.

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Hiperestênico: Conhecido como o mais "atarracado", maciço. A cavidade torácica é larga e profunda de frente para trás, com uma dimensão vertical curta, o que indica um diafragma alto. Isso faz também com que o abdome superior seja também muito largo, alterando a localização de órgãos como vesícula biliar, estômago e cólon, como mostram os desenhos e descrevem capítulos posteriores.

Estênico: Este representa o mais próximo da média, mas ainda é ligeiramente troncudo e freqüentemente o tipo de pessoa mais musculosa. Os órgãos torácicos e abdominais são próximos da média em for ma e localização, mas tendem mais ao tipo de constituição corporal compacto e hiperestênico, como se vê nos desenhos abaixo.

Hipoestênico: Este representa o mais próximo da média porém é mais esbelto e às vezes o tipo corpóreo de maior estatura. A vesícula biliar e o estômago estão mais baixos e próximos da linha média, bem como o cólon, que se localiza em algum lugar no abdome inferior.

Astênico: Este é o extremo do tipo corpóreo delgado com uma cavidade torácica mais estreita e pouco profunda, porém com uma grande dimensão vertical indicando um diafragma mais baixo. O abdome superior também é mais estreito na porção superior e mais largo nas dimensões inferiores, o que posiciona os órgãos abdominais em andares mais inferiores.

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TERMOS COMNUS DE INCIDÊNCIAS

INCIDÊNCIA: Incidência é um termo de posicionamento que descreve a direção ou trajetória do RC da fonte de raios-X quando estes atravessam o paciente, projetando uma imagem no filme.

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Incidência postero-anterior (PA)

É a incidência do RC de trás para a frente.

A combinação desses dois termos, posterior e anterior, em uma única palavra é abreviada como PA.

O RC penetra na superfície posterior e sai na superfície anterior (incidência em PA).

Obtém-se uma PA verdadeira quando não há rotação intencional precisando o RC estar perpendicular ao plano coronal do corpo e paralelo ao plano sagital,

A menos que algum termo que qualifique como oblíqua ou em rotação seja usado para indicar em contrário

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Incidência ântero-posterior (AP) É uma incidência do RC de

frente para trás, o oposto de PA.

A combinação desses dois termos, anterior e posterior, em uma única palavra descreve a direção do RC, que penetra na superfície anterior e sai pela superfície posterior (incidência em AP)

Obtém-se uma AP verdadeira quando não há rotação intencional, a menos que algum termo que qualifique seja também usado indicando que seja uma incidência oblíqua.

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Incidências oblíquas AP ou PA

É uma incidência em AP ou em PA dos membros superiores ou inferiores que seja oblíqua ou rodada, não sendo uma AP ou PA verdadeira.

Por esse motivo, é preciso haver um adjetivo indicando para que lado está rodada, como rotação medial ou lateral (de AP ou PA, conforme a posição anatômica)

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Incidências médio-lateral e látero-medial Uma incidência lateral

descrita segundo a trajetória do RC.

Dois exemplos são as incidências médio-lateral do tornozelo e látero-medial do punho.

A determinação do lado medial ou lateral é novamente baseada na posição anatômica do paciente.

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POSIÇÕES DO CORPO

Em radiologia, o termo posição é usado de duas formas, a primeira como uma posição geral do corpo, como descrito a seguir, e a segunda como uma posição específica do corpo

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Posições gerais do corpo

As oito posições gerais do corpo mais comumente usadas em radiologia são:

1. Decúbito dorsal2. Deitado de costas, com a face anterior do corpo para

cima3. Decúbito ventral4. Deitado de frente, com a face anterior do corpo para

baixo (a cabeça pode estar virada para um lado). 5. Ereta.6. Na posição vertical, em pé 7. Ou sentado com o tronco ereto. 8. Decúbito (reclinado)

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Deitado em qualquer posição (decúbito)

Decúbito Dorsal: Deitado sobre o dorso

Decúbito Ventral: Deitado sobre o abdome

Decúbito Lateral: Deitado de lado (lateral esquerda ou direita)

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TRENDELENBURG Uma posição de decúbito na qual a cabeça

fica em um nível mais baixo do que os pés

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Posição de Fowlert É uma posição de decúbito em que o corpo é

inclinado de forma que a cabeça esteja em um nível superior ao dos pés

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Posição de Sim (posição de semidecúbito ventral

É uma posição de decúbito oblíquo em que o paciente se deita sobre o lado anterior esquerdo com a perna esquerda esticada e o joelho direito parcialmente fletido

A posição de Sim modificada é usada para a inserção deum tubo retaI para enema baritado

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Posição de Litotomia É uma posição de decúbito dorsal na qual os

joelhos e o quadril ficam fletidos e a coxa abduzida e rodada externamente, apoiada pelo suporte para os tornozelos.

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Laterais e Oblíquas

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Posição lateral Refere-se ao lado, ou à visão lateral. São as posições laterais específicas como a parte restrita ao

filme, ou à parte do corpo onde o RC incide. Uma posição lateral verdadeira estará sempre a 90° ou perpendicular ou em ângulo reto à verdadeira incidência AP ou PA. Se não for uma lateral erdadeira, será uma posição oblíqua.

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Posição oblíqua É uma posição angulada em que nem o plano

sagital nem o plano coronaldo corpo são perpendiculares ou em ângulo reto com o filme As posições oblíquas do tórax, abdome ou pelve são descritas pelaparte restrita ao filme, ou à parte do corpo onde o RC incide.

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Posições oblíquas posteriores esquerda e direita (OPE e

OPD) Descreve uma posição oblíqua específica em que o

aspecto Posterior esquerdo ou direito do corpo é restrito ao filme.

O feixe de raios X sai na face direita ou esquerda do corpo Observação: Essas também poderiam ser denominadas incidências oblíquas AP porque o RC penetra na superfície anterior e sai posteriormente.

Isso, entretanto, não é uma descrição completa e também exige uma discriminação específica da posição, como posição OPD ou OPE.

Todavia, as oblíquas de membros inferiores e superiores são corretamente descritas como oblíquas AP ou PA, mas precisam de uma descrição adicional como rotação medial ou lateral

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Posições oblíquas anteriores direita e esquerda (OAD e OAE)

Referem-se àquelas posições oblíquas em que o aspecto anterior direito ou esquerdo do corpo é restrito ao filme e pode ser na posição ereta ou nas posições gerais de decúbito.

Observação: Essas também podem ser descritas como incidências oblíquas em PA se uma especificação da posição for adicionada, como posição em OAD ou OAE.

Não é correto o uso desses termos oblíquos ou abreviações OAE, OPD, OAD ou OAE sozinhos como incidências porque eles não descrevem a direção ou caminho do RC

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Decúbito A palavra decúbito significa literalmente "deitado",

ou a posição presumida como estando deitado. Essa posição do corpo, que significa aparado em uma superfície horizontal, é designada segundo a superfície onde o corpo se encontra deitado.

Isso portanto refere-se ao paciente deitado em uma das seguintes superfícies do corpo: costas (dorsal), frente (ventral) ou lado (lateral esquerda ou direita). No posicionamento radiográfico, o decúbito é sempre usado com uma fonte horizontal de raios X.

As posições em decúbito são fundamentais para a detecção de níveis hidroaéreos ou ar livre nas cavidades do corpo, como tórax ou abdome, onde o ar se mobiliza para a porção superior da cavidade. 

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Posição de decúbito lateral direito ou esquerdo (incidência AP ou PA).

Nessa posição, o paciente deita-se de lado e a fonte de raios X é posicionada horizontalmente de anterior para posterior (AP) ou de posterior para anterior (PA).

A posição AP ou PA entre parênteses é importante como especificação do termo para denotar a direção do RC.

Isso é designado de acordo com o lado dependente (o lado na posição inferior).

Observação: Isso é semelhante à posição de decúbito lateral, exceto pela fonte emissora de raios X, que é direcionada horizontalmente, tornando-a uma posição de decúbito lateral (incidência AP ou PA).

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Posição de decúbito dorsal (lateral esquerda ou direita) Nessa posição, o paciente está deitado de costas sobre uma superfície com o feixe de raios X direcionado horizontalmente, saindo do corpo do lado mais próximo do filme.

A posição é denominada de acordo com a superfície sobre a qual o paciente está deitado (dorsal ou ventral) e pelo lado mais próximo do filme (direito ou esquerdo).

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Observação: É semelhante à posição de decúbito dorsal, exceto pelo fato de que o feixe de raios X está direcionado horizontalmente e sai pelo lado do corpo, indicando que essa é uma posição lateral de decúbito dorsal.

 Posição de decúbito ventral (lateral direito ou esquerdo): nessa posição, o paciente está deitado na superfície ventral (anterior), com os raios X direcionados horizontalmente, saindo do lado mais próximo ao filme.

A posição é designada de acordo com a superfície na qual o paciente está deitado (ventral ou dorsal) e com o lado mais próximo ao filme (direito ou esquerdo).

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Incidências especiais A seguir veremos alguns termos adicionais

comumente usados para descrever incidências. Esses termos, como mostram suas definições, também se referem à trajetória ou incidência do RC e são portanto incidências, em vez de posições.

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Incidência axial

O termo axial refere-se ao eixo longo de uma estrutura ou parte (em torno da qual o corpo gira ou é disposto).

O termo súpero-inferior ou cefalocaudal descreve uma posição axial verdadeira em que o RC é direcionado ao longo do eixo axial ou à linha central do corpo humano da cabeça (superior ou cefálica) aos pés (inferior ou caudal).

Aplicação especial - Axial AP ou PA: No posicionamento radiográfico, o termo axial é usado para descrever qualquer ângulo do RC maior que 10 graus ao longo do eixo longitudinal do corpo.

Deve se notar, entretanto, que em um sentido real uma incidência axial deve ser direcionada ao longo ou paralela ao eixo longitudinal do corpo ou da parte.

O termo semi-axial descreve mais precisamente qualquer ângulo ao longo do eixo que não seja verdadeiramente ao longo ou paralelo do eixo longitudinal.

Entretanto, em nome de outras referências, o termo incidência axial será usado ao longo do texto para descrever tanto a incidência axial como a semi-axial como definido acima e ilustrado nas figuras a seguir:

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Incidências axiais ínfero-superior e súpero-inferior As incidências infere-superiores são

freqüentemente feitas para os ombros e o quadril, onde o RC penetra abaixo ou inferiormente e sai acima ou superiormente (Fig. 1.67). O contrário a isso é a incidência súpero-inferior, como na incidência especial para os ossos nasais (Fig. 1.65).

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Incidência tangencial Significa tocando a curva ou a superfície em

apenas um ponto. Esse termo especial de incidência é usado para

descrever a incidência que simplesmente toca uma parte do corpo para projetá-Ia em seu perfil e distante de outras estruturas do corpo:

Exemplos: A seguir, temos três exemplos ou aplicações do termo incidência tangencial como definido acima:

Incidência do arco zigomático (Fig. 1.68). Incidência para trauma de crânio a fim de demonstrar uma fratura depressiva (Fig. 1.69).Incidência especial da patela (Fig. 1.70).

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Incidência axial AP - posição lordótica Esse é um tipo específico de incidência AP de

tórax para Demonstrar os ápices pulmonares. É também comumente chamado de incidência ápico-Iordótica. Nesse caso, é o eixo longitudinal do corpo que está angulado, em vez do RC.

O termo lordótico vem de lordose, um termo que denota a curvatura das colunas cervical e lombar. (Ver Figs. 1.84 e 1.85.).

Quando o paciente assume essa posição (Fig. 1.71), a curvatura lombar lordótica está exagerada, tornando esse termo descritivo para essa incidência especial de tórax. 

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Incidência transtorácica lateral (posição lateral direita)

É uma incidência lateral através do tórax Requer um termo específico de

posicionamento (posição lateral direita ou esquerda) para se indicar qual o ombro. Observação: Essa é uma adaptação especial do termo incidência, significando que o RC passa através do tórax mesmo que não seja incluída a sua entrada nem seu local de saída. Na prática, é uma incidência lateral de ombro comum e é referida como lateral transtorácica de ombro direito ou esqu

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Incidências dorsoplantar e plantodorsal

Esses são termos secundários para as incidências AP e PA do pé.

Dorsoplantar (DP) descreve a via do RC da superfície dorsal (anterior) para a superfície plantar (posterior) do pé (Fig. 1.73).

A incidência plantodorsal especial para o osso do calcanhar (calcâneo) é chamada de incidência plantodorsal axial (PD) porque o RC angulado penetra a superfície plantar do pé e sai pela superfície dor sal (Fig. 1.74).

Observação: Lembre-se, o termo dorso para o pé refere-se à superfície anterior (Fig. 1.4 1).

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Incidências parietoacantial e acantioparietal

Para a incidência parietoacantial, o RC penetra pelo osso parietal do crânio e sai no acântio (junção entre o nariz e o lábio superior), (Fig. 1.75).

O RC em direção oposta descreve a incidência acantioparietal (Fig. 1.76).

Tais incidências para os ossos da face são também conhecidas como PA de Waters e PA de Waters reversa.

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Incidências submentovértice (SMV) e vértice submentoniana (VSM) Essas incidências são para o crânio e para a

mandíbula.Para a incidência submentovértice (SMV), o RC penetra abaixo do queixo ou mento e sai pelo vértice ou topo do crânio (Fig. 1.77).A incidência vértice submentoniana (VSM) é oposta à última e me nos comum, entrando pelo topo do crânio e saindo abaixo da mandíbula (sem ilustração). 

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TERMOS DE RELAÇÃO

A seguir, foram emparelhados termos de posicionamento e/ou anatômicos descrevendo as relações das partes do corpo com seus significa dos opostos:

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Medial versus lateral:

Em direção versus distante do centro, ou do plano mediano. Na posição anatômica, o aspecto medial de qualquer parte do corpo é à parte "de dentro" mais próxima ao plano mediano e a parte lateral é a mais distante do plano mediano ou linha média do corpo. Exemplos: Na posição anatômica, o polegar está no aspecto lateral da mão. A parte lateral do abdome e do tórax é distante do plano mediano.

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Proximal versus Distal O proximal está próximo da origem ou do

início, e distal está distante do mesmo. Em relação aos membros superiores e inferiores, proximal e distal devem significar as partes mais próximas ou distantes do tronco, da origem ou início do membro.Exemplos: O cotovelo é proximal ao punho. A articulação do dedo mais próxima à palma é chamada de articulação interfalangiana proximal (IFP), e a articulação próxima da parte final do dedo é chamada de articulação interfalangiana distal (lFD).

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Cefálico versus Caudal Cefálico significa em direção, enquanto caudal significa

distante da cabeça. O ângulo cefálico é qualquer ângulo em direção à cabeça

(Figs. 1.79 e 1.81). (Cerólico significa literalmente cabeça ou em direção à cabeça.) O ângulo caudado é qualquer ângulo em direção aos pés ou distante da cabeça (Fig. 1.80). (Caudal ou caudado deriva de cauda, que literalmente significa "rabo".) Na anatomia humana, os termos cefálico e caudado também podem ser descritos como superior (em direção à cabeça) e inferior (em direção aos pés).

Observação: Conforme mostrado nas ilustrações, esses termos são corretamente empregados para descrever a direção do RC para todas as incidências axiais ao longo de toda a extensão do corpo, não apenas incidências da cabeça.

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Interior versus exterior Interior significa estar dentro de algo, próximo

ao centro, e Exterior significa estar situado sobre ou próximo do exterior. O prefixo intra significa estar situado dentro ou na parte de Dentro (por exemplo, intravenoso: estar dentro da veia).

O prefixo inter significa estar situado entre algo (por exemplo, intercostal: localizado entre as costelas). O prefixo isso significa estar fora ou externamente (por exemplo), exocárdico: algo em desenvolvimento ou situado fora do coração). 

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Superficial versus Profundo

Superficial está próximo à superfície da pele; profundo está longe da mesma.

Exemplo: O corte transverso desenhado na Fig. 1.83 mostra que o úmero é profundo quando comparado à pele do braço.

Outro exemplo é um tumor ou lesão superficial, localizado próximo à superfície, comparado a um tumor profundo ou lesão, localizado mais profundamente dentro do corpo ou parte dele.

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Ipsilateral versus Contralateral

Ipsilateral significa estar do mesmo lado do corpo ou de parte dele; contralateral é o lado oposto.

Exemplo: O polegar direito e o há luxação ipsilaterais; o joelho direito e a mão esquerda são contra laterais.

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Termos Descritivos das Curvaturas da Coluna

Lordose e cifose ambos os termos descrevem uma curvatura da frente para trás da coluna.

A lordose é uma convexidade anterior mais comum na região da coluna lombar.

A cifose é uma convexidade posterior, geralmente na região da coluna torácica.

A escoliose é uma curvatura lateral, ou "lado a lado" da coluna.

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Termos Relacionados aos Movimentos

O grupo final de termos relacionados ao posicionamento que todo técnico/radiologista deve saber refere-se à variedade de movimentos. A maioria deles está listada em pares descrevendo movimentos em direções opostas.

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Flexão versus extensão Ao fletir ou estender uma articulação, o ângulo entre as

partes diminuem ou aumentam. Alfexão diminui o ângulo da articulação (ver os

exemplos da Flexão do joelho, do cotovelo e do punho). A extensão aumenta o ângulo conforme as partes do

corpo se flexionam para uma posição retificada. Isso é válido para as articulações do joelho, cotovelo e

punho, como demonstrado.

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Hiperextensão É estender uma articulação além do seu estado natural. Hiperextensão anormal: A hiperextensão do cotovelo ou do

joelho ocorre quando a articulação é estendida além de seu estado retificado ou natural.

Esse não é um movimento natural para essas duas articulações e resulta em lesão ou trauma.

Flexão normal e hiperextensão da coluna: A flexão é o ato de dobrar, e a extensão é o retorno à posição retificada ou natural.

Uma curvatura para trás além de sua posição de neutralidade é a hiperextensão.

Na prática, entretanto, os termos flexão e extensão são comumente empregados para expressar uma flexão extrema e as incidências de hiperextensão da coluna.

Ver: Fig. 1.87

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Híperextensão normal do punho:Um segundo exemplo para o uso especial do termo hiperextensão é no punho, para avaliação do canal ou túnel carpal. Nessa posição, o

punho é hiperestendido além da posição neutra. Esse movimento também é denominado dorsiflexão (ou flexão posterior)

Ver: Fig. 1.88 à esquerda.

Flexão aguda do punho: Uma flexão aguda ou completa do punho é necessária para algumas incidências tangenciais para visualizar a ponte do carpo na face posterior do punho.

Ver: Fig. 1.88 à Direita

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Desvio ulnar versus desvio radial do punho Desvio significa literalmente "para o lado" ou "sair do padrão

ou curso". Desvio ulnar significa virar ou dobrar a mão e o punho a partir de seu estado natural em direção ao lado ulnar, e desvio radial significa voltar o punho para o lado radial.

Observação: Edições passadas deste livro, bem como outras referências sobre posicionamento, definiram esses movimentos do punho como movimentos de flexão radial e ulnar porque eles descrevem os movimentos de flexão específica voltados tanto para a ulna como para o .

Entretanto, a comunidade médica, incluindo os ortopedistas, comumente usa os termos desvio radial e ulnar para os movimentos dos punhos.

Esta edição também alterou essa termino logia para movimentos de desvio ulnar e radial a fim de evitar confusões e assegurar a coerência com outras referências médicas.

Ver: Fig.1.89

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Dorsiflexão versus flexão plantar do pé

Dorsiflexão do pé: diminuir o ângulo (flexão) entre o dorso (topo do pé) e a parte inferior da perna, movendo o pé e os dedos para cima.

Flexão plantar do pé: esticar a articulação do calcanhar, movendo o pé e os dedos para baixo a partir da posição normal; flexionar ou diminuir o ângulo voltado para a superfície plantar (posterior) do pé.

Observação: Compare dorsiflexão do punho (Fig. 1.88) com a dorsiflexão do pé (Fig. 1.90).

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Eversão versus inversão

Eversão é um movimento de estresse para fora com O pé através da articulação do calcanhar.

Inversão é um movimento de estresse para dentro aplicado ao pé sem a rotação da perna.

A superfície plantar (sola) do pé é virada ou rodada para fora do plano mediano (a sola aparece em uma direção mais lateral) para a versão e voltado para o plano mediano na inversão (Figs. 1.91 e 1.92).

A perna não roda, e um estresse é aplicado aos aspectos media I e lateral da articulação do calcanhar para a avaliação de uma possível maior abertura do espaço articular (encaixe do calcanhar)

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Valgo versus Varo

O valgo descreve a curvatura da parte para fora ou se distanciando da linha média do corpo. Valgo é usado às vezes para descrever a eversão de estresse (esforço valgo) da articulação do calcanhar.

O varo significa "joelho travado" e descreve a curvatura da parte interna ou voltada para a linha média.

O termo esforço varo é às vezes utilizado para descrever a inversão de estresse aplicada à articulação do calcanhar.

Observação: Os termos valgo e varo são também usados para descrever a perda de alinhamento dos fragmentos ósseos.

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Rotação medial (interna) versus rotação lateral (externa)

A rotação medial é a rotação ou desvio de parte do corpo, movendo o aspecto anterior da parte para dentro, ou para o plano mediano.

A rotação lateral é a rotação anterior voltada para fora, ou para longe da linha média.

Observação: Lembre-se, no posicionamento radiográfico esses termos descrevem o movimento do aspecto anterior da parte a ser rodada.

Assim, nos movimentos do antebraço, o aspecto anterior do antebraço move-se medialmente ou internamente na rotação medial e lateralmente ou externamente na rotação medial e lateral mente ou externamente na rotação lateral.

Outro exemplo são as oblíquas medial e lateral do joelho, em que a parte anterior do joelho é rodada medialmente e lateralmente tanto nas incidências AP como em PA. 

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LIMPO

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Abdução versus Adução

Abdução é o movimento lateral do braço ou perna se distanciando do corpo. Outra aplicação para esse termo é a abdução dos quirodáctilos e dos pododáctilos, o que significa afastáIos entre si.

Adução é o movimento do braço ou perna em direção ao corpo, a fim de aproxima-lo do centro ou da linha média.

A adução dos quirodáctilos e dos pododáctilos significa movê-Ios juntos ou aproxima-los entre si.

Observação: Um auxílio de memória é associar o d de em direção com o “d” de adução.

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Supinação versus Pronação Supinação é o movimento de rotação da mão para a

posição anatômica (a palma para cima em decúbito dorsal ou para a frente na posição ortostática).

Esse movimento gira o rádio e o antebraço lateralmente ao longo de seu eixo.

Pronação é a rotação da mão em uma posição oposta à anatômica (palma voltada para baixo ou para trás).

Observação: Para ajudar a lembrar esses termos, relacione-os aos de cúbito dorsal e ventral.

Decúbito dorsal e supinação significam que a face e a palma da mão estão voltadas para cima, e decúbito ventral ou pronoção significam que a face e a palma estão voltadas para baixo. 

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Protração versus Retração

A protração é o movimento de avanço em relação à posição normal. A retração é o movimento retrógrado ou a condição de levar para trás.

Exemplo: A protração é o movimento de avanço da mandíbula (levar o queixo para a frente) ou de avançar com os ombros.

A retração é o oposto disso, mover a mandíbula para trás ou retrair os ombros, como nas posturas militares.

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Elevação versus Depressão

Elevação é levantar, elevar ou mover uma parte superiormente.

Depressão é rebaixar, descer ou mover uma parte inferiormente.

Exemplo: Os ombros são elevados quando a pessoa os encolhe, em sinal de indiferença.Deprimir os ombros implica abaixa-las.

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Circundução

Significa mover ao redor em forma de círculo. Esse termo descreve movimentos seqüenciais

de flexão, abdução, extensão e adução, resultando em um movimento semelhante ao de um cone em qualquer articulação que permita esses quatro movimentos (por exemplo, dedos, punho, braço, perna).

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Inclinação versus Rotação

Inclinação é um movimento inclinado em relação ao eixo longitudinal.

Na Fig. 1.99, por exemplo, a parte do corpo está posicionada obliquamente ou inclinada 15° e rodada 1 5° de forma que o RC não fique alinhado ou paralelo ao eixo longitudinl e o eixo longitudinal da cabeça não fique alinhado com o eixo longitudinal do corpo.

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Observação: A inclinação de 15° e a rotação de 15° da cabeça são necessárias para a incidência tangencial da arcozigamático, a fim de distingui-lo de outras estruturas do crânio.

Rotação é virar ou rodar parte do corpo ao redor de seu eixo. A parte do corpo está rodada 3r de uma incidência PA no exemplo da Fig. 1.100.

Observação: Note que nenhuma inclinação ocorre no eixo longitudinal da cabeça, estando ainda alinhada ou paralela ao eixo longitudinal de todo o corpo.

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IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE E DATA No mínimo dois tipos de marcadores devem ser impressos em todas as radiografias. São eles (1) a identificação do paciente e a data e (2) os marcadores do lado anatômico.

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Identificação Do Paciente E Data

Geralmente essa informação do paciente, que inclui informações como nome, data, número do caso e instituição, é feita através de um cartão identificador e então lampejada no filme em um espaço reservado para o bloco de chumbo no porta-filme. Cada chassi ou porta-filme deve ter um marcador em seu exterior indicando a área onde a identificação do paciente, incluindo a data, será fotografada.

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É preciso cuidado para que essa área não cubra a anatomia essencial a ser evidenciada.

Ao longo deste texto, a localização preferida desse marcador de identificação do paciente é mostrada em relação à parte do corpo. Uma regra geral para radiografias de tórax e abdome é colocar os dados de identificação do paciente na margem superior do filme quando for de tórax e na margem inferior quando for de abdome.

Esse marcador deve ser sempre colocado onde for menos provável a cobertura de uma estrutura anatômica essencial.

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MARCADOR DO LADO ANATÔMICO

Um marcador radiopaco à direita (D) ou à esquerda (E) tem de aparecer sempre em todas as radiografias, indicando apropriadamente o lado direito e o lado esquerdo do paciente ou qual membro está sendo radiografado, se o direito ou o esquerdo.

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Outros Marcadores Ou Identificação Alguns outros marcadores ou identificadores podem ser também usa

dos, como as iniciais do técnico/radiologista, que são geralmente posicionadas no marcador à direita ou

à esquerda para identificar o profissional responsável pelo exame. Às vezes, o número da sala de exame pode também ser incluído.

Indicadores de tempo são também comumente usados para anotar os minutos transcorridos em uma série, como 1 min, 5 min, 1 5 min e 20 min, como ocorre na urografia excretora.

Outro importante marcador em todas as posições de decúbito é um marcador de decúbito ou algum tipo de indicador como uma seta que identifique o lado de cima. Um marcador "vertical“ ou "ereto" também tem de ser usado para identificar as posições eretas de tórax e de abdome comparadas com a posição deitada, além de ter uma seta indicando qual o lado voltado para cima.

Os marcadores de inspiração (lNSP) e expiração (EXP) são usados para comparações especiais em incidências em PA do tórax. Marcadores indicando interno (lNT) e externo (EXT) podem ser usados para incidências de rotação, tais como para a porção proximal do úmero e do figura a seguir.

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