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8/14/2019 APOSTILA CURSÃO MODULO 1 http://slidepdf.com/reader/full/apostila-cursao-modulo-1 1/102  1 PRINCÍPIOS DE REVELAÇAO NA PALAVRA Todo homem é espírito, alma e corpo. A concepção geral das pessoas é de que o homem é apenas corpo e alma. Todavia, é importante ressaltarmos que o homem é um ser triúno: corpo, alma e espírito. Em I Tessalonicenses 5:2-3  “lemos”: "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo". . Espírito e alma não são a mesma coisa. Caso fossem, qual seria a necessidade de separá- Ios? Pois, em Hebreus 4:12, Paulo nos diz que a Palavra de Deus é viva e eficaz e penetra a ponto de dividir alma e espírito. Alma e espírito, portanto, não é mesma coisa. Mas qual a necessidade de estudarmos sobre esse assunto? Por que precisamos saber que o homem é espírito, alma e corpo? Isso é fundamental sob muitos aspectos. Essa é a base para a compreensão de todo o fundamento da fé. Vejamos algumas razões pelas quais nos é imprescindível aprender não apenas que o homem possui uma dimensão tríplice, mas também a necessidade de sabermos discernir o nosso próprio espírito humano.  Em  primeiro lugar, Deus é espírito. Em João 4:24, lemos: "Porque Deus é espírito..." Ora, para que possamos ter contato com a matéria, precisamos ser matéria. Do mesmo modo, para que possamos ter contato com Deus, que é Espírito, precisamos ser um espírito.  Em segundo lugar, o  próprio conhecimento espiritual é adquirido no espírito.  “Em I Coríntios 2: 14, lemos: ;‟Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. Veja bem que todo conhecimento que tem valor na vida cristã é adquirido espiritualmente.  Em terceiro lugar o novo nascimento é algo que ocorre inteiramente em nosso espírito. "O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito" (Jo.3:6). Quando Adão pecou, ele morreu, e bem assim toda a sua descendência. A morte de  Adão não foi de imediato uma morte física, mas espiritual. O seu espírito morreu para Deus. Não que o homem natural não tenha espírito, mas o seu espírito está morto, incapaz de manter contato com Deus. O novo nascimento é o renascer deste espírito para Deus.  Em quarto lugar.  A adoração  é algo que é feito no espírito. Se falharmos em perceber o nosso espírito, a nossa adoração será comprometida. O máximo que iremos alcançar será um louvor no nível da mente e da alma. Deus é espírito e deve, portanto, ser adorado em espírito (Jo.4:24). .  Em quinto lugar, em todo o Novo Testamento, somos exortados a

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PRINCÍPIOS DEREVELAÇAO NA PALAVRA

Todo homem é espírito, alma e corpo. A concepção geral das pessoas é de que o homem é

apenas corpo e alma. Todavia, é importante ressaltarmos que o homem é um ser triúno: corpo,alma e espírito. Em I Tessalonicenses 5:2-3 “lemos”: 

"O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam

conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo".  .

Espírito e alma não são a mesma coisa. Caso fossem, qual seria a necessidade de separá-Ios? Pois, em Hebreus 4:12, Paulo nos diz que a Palavra de Deus é viva e eficaz e penetra aponto de dividir alma e espírito. Alma e espírito, portanto, não é mesma coisa.

Mas qual a necessidade de estudarmos sobre esse assunto? Por que precisamos saber queo homem é espírito, alma e corpo? Isso é fundamental sob muitos aspectos. Essa é a base para acompreensão de todo o fundamento da fé. Vejamos algumas razões pelas quais nos éimprescindível aprender não apenas que o homem possui uma dimensão tríplice, mas também anecessidade de sabermos discernir o nosso próprio espírito humano.

  Em  primeiro lugar, Deus é espírito. Em João 4:24, lemos: "Porque Deus éespírito..." Ora, para que possamos ter contato com a matéria, precisamos ser matéria. Domesmo modo, para que possamos ter contato com Deus, que é Espírito, precisamos ser umespírito.

  Em segundo lugar, o  próprio conhecimento espiritual é adquirido noespírito. “Em I Coríntios 2: 14, lemos: ;‟Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito deDeus, porque lhe são loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernemespiritualmente”. Veja bem que todo conhecimento que tem valor na vida cristã é adquiridoespiritualmente.

  Em terceiro lugar o novo nascimento é algo que ocorre inteiramente emnosso espírito. "O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito"(Jo.3:6). Quando Adão pecou, ele morreu, e bem assim toda a sua descendência. A morte de

 Adão não foi de imediato uma morte física, mas espiritual. O seu espírito morreu para Deus. Não

que o homem natural não tenha espírito, mas o seu espírito está morto, incapaz de mantercontato com Deus. O novo nascimento é o renascer deste espírito para Deus.  Em quarto lugar. A adoração  é algo que é feito no espírito. Se falharmos em

perceber o nosso espírito, a nossa adoração será comprometida. O máximo que iremos alcançarserá um louvor no nível da mente e da alma. Deus é espírito e deve, portanto, ser adorado emespírito (Jo.4:24). .

 Em quinto lugar, em todo o Novo Testamento, somos exortados a

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andar no espírito.

 “Neste ponto alguém pode questionar:” É, mas aí não se refere ao Espírito deDeus?”Todavia, entendemos que aquele que se une ao Senhor é um só espírito com Deus, fomosunidos a Ele, amalgamados, ligados indissoluvelmente (I Cor. 6: 17)”. O Espírito Santo não habitana alma, e sim em nosso espírito humano recriado. Toda direção que o Espírito nos dá, vem

através do nosso espírito. O nosso espírito é a parte do nosso ser que tem a função de contactara Deus.  Em sexto lugar a palavra de Deus diz que somos seres espirituais. Eu sou um

ser espiritual. Eu sou da natureza de Deus, fui feito à sua imagem e semelhança. Não devemospensar que somos o nosso corpo. Nós somos espíritos, e é por isso que estamos aptos para tercomunhão com Ele para ouvir e falar com Ele. 

  Em I Coríntios 14:14, Paulo diz: "Se eu orar em outra língua, então meu espírito ora..."Veja a forma como ele diz: "se eu orar.. Então meu espírito ora" ; veja que o "EU" e o "espírito"são a mesma coisa, mostrando que Paulo se via como um ser espiritual.

Evidentemente nós não somos apenas espíritos, somos também alma e corpo. EmRomanos 7: 18, Paulo também diz: "Porque eu sei que em mim, isto é na minha carne..." Vejaque ele também diz que ele é matéria. Nós somos um ser triúno. A divisão que ora fazemos éapenas visando facilitar a aprendizagem.

Existe um tipo de oração que é feita no nível do espírito. Como poderei fazer esse tipo deoração, se eu nem mesmo sei que possuo um espírito? A adoração é no espírito e a oraçãotambém. Vemos que a prática normal da vida cristã implica numa compreensão clara de quesomos um ser espiritual, que possui uma alma e habita em um corpo.

Há uma grande diferença entre o conhecimento mental e o conhecimento espiritual. Talveznunca tenhamos questionado por que há tantos filhos de Deus que conhecem a Bíblia e esseconhecimento não os afeta de forma alguma. Esse problema acontece porque conhecem a Bíbliaapenas intelectualmente, ou seja, não têm revelação.

Por todo o Novo Testamento, nós podemos ver que a maior preocupação de Paulo era a deque os crentes tivessem revelação de Deus. Se observarmos atentamente as orações de Paulo,mencionadas nas epístolas, constataremos que o seu alvo de oração era único: Revelação. Paulonão orava pelo crescimento da Igreja. Paulo não orava por novos líderes, nem por algosemelhante. Como seria mudada a nossa prática de igreja se tomássemos como nossas asorações de Paulo! Simplesmente porque quando houver revelação, as pessoas serão

transformadas pela ação da Palavra. A fé se manifestará espontaneamente, e a unção e a vida deDeus irão transbordar.

FUNÇÕES DO ESPÍRITO, DA ALMA E DO CORPO.

Pela Palavra de Deus e pela experiência, podemos ver que o homem possui três partes, e

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que cada uma delas possui a sua função específica. O corpo é a parte material onde estão osnossos sentidos físicos. A sua função básica é manter contato com o mundo material através doscinco sentidos. A alma, por sua vez, é a parte que nos permite contatar a nós mesmos. Diríamosque é a parte que nos permite ter autoconsciência, ou seja, consciência de nós mesmos. A alma éo "eu" e, portanto, o centro da personalidade. O espírito é aquela parte pela qual temos

comunhão com Deus. É o elemento que nos dá consciência de Deus. A alma é o centro dapersonalidade, mas o espírito é a parte mais importante - é o centro do nosso ser. É pelo espíritoque podemos adorar a Deus e receber revelação. Deus habita em nosso espírito.

1) FUNÇÕES DO ESPÍRITO

O espírito humano possui três funções básicas: intuição, cons ciência e comunhão.

  A função da intuição

"E vós possuís a unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimento", I Jo.l:20.

"Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós e não tendesnecessidade de que alguém vos ensine, mas como a sua unção vos ensina a respeito de todas ascoisas, e é verdadeira, e não é falsa. Permanecei nele, como também ela vos ensinou",I Jo.2:27.

 A intuição é a capacidade do espírito humano de conhecer e saber independentemente dequalquer influência exterior. É o conhecimento que chega até nós, sem qualquer ajuda da menteou da emoção, ele chega intuitivamente. As revelações de Deus e todas as ações do EspíritoSanto se tornam conhecidas por nós pela intuição do espírito. A nossa mente simplesmente ajuda

a entender aquilo que o Espírito Santo revela ao nosso espírito.Muitas vezes, surge um sentimento no nosso íntimo nos impelindo a fazer algo ou nos

constrangendo para que não o façamos. Essa sensação interior é a intuição do espírito. Quantasvezes, depois de fazermos alguma coisa. Confessamos: "bem que dentro de mim algo me diziapara eu não fazer" . Todos podemos testemunhar que em muitas circunstâncias passamos porexperiências semelhantes á essa. O nosso espírito está funcionando, nós é que não damoscrédito. A maioria de nós estamos confinados a uma vida exterior, e quase nunca damos crédito àvoz interior no espírito.

 As coisas do espírito têm de ser discernidas pelo nosso espírito (I Co. 2: 14). Jesus sabiano seu espírito o que os outros arrazoavam. Paulo foi constrangido no espírito. Em todas essasreferências, temos a forma como se manifesta a intuição do espírito. Alguém pode me perguntara esta altura: "como vou saber que é intuição do espírito 7" Eu não sei como você vai saber, masvocê vai saber. Alguém poderá lhe perguntar: como você sabe disso 7 E você simplesmente dirá:

 “Eu sei que sei”. É desta forma que percebemos a intuição. É um saber que não tem origem namente e nem no mundo físico.

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Em I Coríntios 5:3, Paulo diz que em seu espírito julgou uma pessoa pecaminosa. Julgar significacondenar ou justificar, estas são ações da consciência.

Muito frequentemente, a consciência condena coisas que a nossa mente aprova. O julgamento da consciência não é segundo o conhecimento mental, mas segundo a direção dopróprio Espírito Santo.

Na Bíblia existem dois caminhos: o caminho tipificado pela árvore da vida e o doconhecimento do bem e do mal. Não somos exortados na Palavra a andarmos segundo, o padrãode certo e errado, mas sim a sermos guiados pelo espírito. Quando você para diante de umcinema, qual é a sua ponderação? "Não é pornográfico, não é errado, não faz mal, portanto, euposso assistir". Tais ponderações não são da consciência. É a mente decidindo,independentemente. A consciência não faz ponderações, apenas decide. Há muitas coisas que anossa consciência recusa, mas a nossa mente aprova. Devemos rejeitar de uma vez por todas ocaminhar segundo a mente e segundo a árvore do conhecimento, devemos ser guiados peloespírito, pelo princípio da vida de Deus em nós, percebido em nossa consciência.

Precisamos ser absolutos com aquilo que Deus condena em nossa consciência. Nuncadevemos tentar explicar o pecado, justificando-o. Sempre que houver uma recusa em nossaconsciência, devemos parar imediatamente. Alguns tentam se justificar dizendo que não têmmuita convicção se determinada coisa é errada ou não. Romanos 14:23 nos diz que tudo o quenão vem da plena certeza e da fé, é pecado.

Só podemos servir a Deus estando com a nossa consciência limpa. Todos nós podemostestificar que a ação da nossa consciência não depende de nosso conhecimento da Bíblia. Muitasvezes, sentíamos que algo era errado e só depois descobríamos aquela proibição na Bíblia. Semque ninguém nos ensinasse, sabíamos que o nosso namoro estava errado, que as nossas finanças

estavam desajustadas. Aquele que é nascido de Deus tem no seu espírito a voz do Espírito Santoa falar pela sua consciência. Ninguém jamais poderá dizer que não sabia. A nossa consciência tema função de testificar conosco a vontade de Deus.

  A Função da comunhão

"Meu espírito exulta em Deus meu salvador”, Lc1: 4 7.

"O que se une ao Senhor é um só espírito com Ele". I Cor. 6: 17.

Comunhão é adorar a Deus. Toda comunhão genuína com Deus é feita no nível do nossoespírito. Deus não é percebido pelos nossos pensamentos, sentimentos e intenções, pois Ele sópode ser conhecido diretamente em nosso espírito. Aqueles que não conseguem perceber o seupróprio espírito, não conseguem também adorar a Deus em espírito. É no nosso espírito que nosunimos ao Senhor e mantemos comunhão com Ele. Tudo o que Deus faz, Ele faz a partir do nossoespírito, sempre de dentro para fora. Esta é uma maneira bem prática de sabermos o que vem deDeus e o que vem do diabo. O diabo sempre começa a agir de fora, pelo corpo, tentando atingirnossa alma. Deus, por sua vez, age de dentro para fora.

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Sempre que formos adorar a Deus, devemos nos voltar para o nosso coração, pois é neleque percebemos o nosso espírito. Não procure exercitar a mente na hora de adorar, exercite oespírito através do coração. É por isso que a adoração com cânticos em línguas é mais eficiente,pois a nossa mente fica infrutífera e podemos exercitar o espírito livremente. Quando o fogo vierqueimando no coração, absorva-o completamente. Quando vier como um rio transbordante,

beba-o completamente. A comunhão é sempre percebida no coração.

COMO EXERCITAR O PRÓPRIO ESPÍRITO

Precisamos separar o nosso espírito de nossa alma (B. 4: 12). Se formos incapazes deseparar a nossa alma do espírito, seremos incapazes de contatar o Senhor e até mesmo de servi-lo.

 A maneira como Deus nos leva a perceber o nosso próprio espírito passa por trêscaminhos: Em primeiro lugar, devemos entender que a alma esconde, encobre o espírito assimcomo os ossos encobrem a medula. Se quisermos ver a medula temos de quebrar os ossos. Por

isso, a alma precisa ser quebrada. Sem quebrantamento é difícil percebermos o nosso espírito.Portanto, a primeira maneira que Deus usa para percebermos o nosso próprio espírito é peloquebrantamento da alma. Nestas circunstâncias nos tomamos sensíveis a Deus em nosso espírito.

Em segundo lugar, a palavra de Deus também tem esse poder de separar alma eespírito. Deus, na verdade, usa o quebrantamento pelas circunstâncias, e o poder da palavra paraseparar a alma e o espírito. Hebreus 4: 12 diz:

Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois

gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir

pensamentos e propósitos do coração.

Uma terceira maneira para percebermos o nosso espírito humano é orando em línguas.Paulo diz em I Coríntios 14: 14 que aquele que ora em línguas tem o próprio espírito orandoenquanto a mente (alma) fica infrutífera. Portanto, se você não ora em línguas busque do Senhoresta experiência, pois através dela você vai crescer no seu próprio espírito.

Paulo diz em Romanos 1:9 que ele serve a Deus no espírito. O mesmo se aplica a cadacristão. Precisamos aprender a exercitar o nosso espírito. A obra de Deus em nosso espírito já foicompletada. É como uma lâmpada que se acendeu. Jesus disse que o Espírito está pronto (Mt.26:41). A obra de Deus em nosso espírito já foi completada. Fomos regenerados, nascemos de

Deus, e Ele agora habita em nosso espírito. A nós cabe apenas exercitá-lo.Observe uma criança que acabou de nascer. Ela é perfeita, mas precisa ainda seraperfeiçoada. Ele tem uma boca perfeita, mas não sabe falar. Ela possui pés perfeitos, mas nãosabe andar ainda. O nosso espírito está pronto, mas precisa ser aperfeiçoado pelo exercitar.

2) FUNÇÕES DA ALMA

 A Palavra de Deus nos mostra clara e inequivocamente que a alma humana é composta por

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três partes: a mente, à vontade e a emoção. A alma é a sede da nossa personalidade, é o nosso “EU‟”. É por esse motivo que, em muitos lugares, a Palavra de Deus chama o homem de "alma". As principais características do homem estão na sua alma, tais como idéias, pensamentos, amor,etc. O que constitui a personalidade do homem são as três faculdades: mente vontade eemoções.

  A função da vontade

"Disponha agora o vosso coração e a vossa alma para buscardes o Senhor Deus" I Cr. 22:19. Buscar é uma função da vontade; vemos que a vontade está na alma. Em Jo 6: 7, lemos...“Aquilo que minha alma recusava em tocar”... Recusar é uma função da vontade escolheria antesser. Escolher também é uma função da vontade. Vemos então, por esses trechos, que a vontadeé uma função da alma.

 A vontade é o instrumento para nossas decisões e indisposições: queremos ou nãoqueremos. Sem ela o homem seria reduzido a um ser autômato. É a vontade do homem quetambém resolve pecar ou servir a Deus. É na nossa alma que está o nosso poder de escolha.

  A função da mente

Provérbios 2:10; 19:2 e 24: 14 sugerem que a alma necessita de conhecimento. Oconhecimento é uma função da mente; logo, a mente é uma função da alma.

"As suas obras são admiráveis e a minha alma o sabe muito bem". Sl. 139: 14. Saber éuma função da mente, e, portanto, também da alma. Lamentações 3: 20 diz que a alma pode selembrar e sabemos que a lembrança é função da mente. Por isso podemos afirmar que a mente éuma função da nossa alma.

 A mente é a função mais importante da alma. Se a nossa mente for obscurecida, nuncapoderemos chegar ao pleno conhecimento da verdade. A nossa mente é renovada para poderexperimentar e entender a vontade de Deus, que é revelada em nosso espírito.

  A Função da Emoção

 A emoção é uma parte importante da experiência humana. As emoções dão cor à nossavida; todavia, jamais podemos nos deixar ser guiados por elas. Isso porque a emoção é umaparte da alma. As emoções se manifestam de muitas formas: amor, ódio, alegria, tristeza, pesar,saudade, desejo, etc.

Em I Sm.I8: 1, Ct.l:7 e S1.42: 1, percebemos que o amor é alguma coisa que surge emnossa alma. Provando, portanto, que dentro da alma, existe uma função como a emoção.

Quanto ao ódio, podemos ver em II Sm.5:8, EZ.36:5 e S1.117: 18 expressões tais como:menosprezo, aborrecimento e desprezo. Essas são expressões de ódio e todas elas procedem daalma. A alma, portanto, tem a função de ter emoções tais como o ódio.

Poderíamos citar ainda a alegria em Is.61: 10 e S1.86:4 como uma emoção da alma e

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ainda a angústia ou o desejo, I Sm.30:6 e 20:4, Ez.24:25 e Jr.44:I4.

Todos os trechos que lemos até agora já servem de base para constatarmos que a alma defato tem três funções: a mente, a vontade e a emoção. Percebemos também que o espírito dohomem tem também três funções ou partes distintas: a consciência, a comunhão e a intuição.

 A TANFORMAÇÃO DA ALMA.

Uma das verdades mais importantes da vida cristã é o fato de que, agora, Deus habita emnós, na pessoa do Espírito Santo. Como já dissemos, Cristo agora é a nossa vida. Se falharmosem entrar em contato constante com o Espírito Santo que habita em nosso espírito, a nossa vida,e, conseqüentemente, o nosso caráter serão seriamente prejudicados. É realmente muitoimportante sermos capazes de distinguir aquilo que vem do espírito. Deus fala é no nossoespírito. Se não soubermos a diferença entre alma e espírito, como podemos discernir a voz e avontade de Deus para nós?

 A Palavra de Deus nos mostra que aqueles que andam segundo o padrão da alma sãochamados carnais. Carnal não é exatamente aquele que anda na prática do pecado. Quem andana prática do pecado, possivelmente nem tenha nascido de novo, pois aquele que é nascido de

Deus não vive na prática do pecado (Jo.3:9). O carnal é aquele que sinceramente tenta fazer avontade de Deus e conhecer a sua vontade, todavia, ele o faz exercitando a alma.

Nesse sentido, os cristãos que vivem segundo o padrão da alma tendem a seguir aquelafunção da alma que lhes é mais peculiar. Por exemplo, pessoas mais emotivas tendem a usar asemoções como critério de vida espiritual. Se sentem calafrios e fortes emoções conseguemfazer a obra de Deus, mas se estas emoções se vão, também seu ânimo se esvai. Há

outros, porém, que recusam esta emotividade da alma e andam segundo o padrão da mente.Estes chegam mesmo a criticar os emotivos como sendo carnais. O que eles não percebem éque andar segundo a mente também é da alma. Estes irmãos tendem a ser extremamentecríticos e naturais na obra de Deus. Geralmente, não aceitam o sobrenatural e querem colocar oEspírito Santo nos seus padrões de mente. Há ainda um terceiro tipo de cristão da alma,são aqueles que andam segundo a empolgação da vontade.  Poderíamos chamá-los decrentes "oba-oba". Sempre estão empolgados para realizar alguma atividade, entretanto, o fogose apaga logo. Não possuem perseverança alguma. Estes crentes chegam mesmo a argumentarem nome de sua pretensa sinceridade: "Se eu não estou com vontade, eu não preciso orar

nem ler a Bíblia, pois, afinal, Deus não quer sacrifício". Parece muito piedoso, mas setratam apenas de desculpas da carne para não servir a Deus. Se andamos segundo a alma,invariavelmente cairemos em um destes três pontos, ou em todos eles. Os que andam na carnenão podem agradar a Deus. (Rm.8:8).

Não devemos pensar que a nossa alma é ruim, isto não é verdade. O erro é caminharmosconfiados na sua capacidade de pensar, entender e sentir. Se andamos pela alma já não andamospor fé. Existe algo, entretanto, que devemos fazer com a alma: devemos transformá-la. Veja que

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o nosso espírito já foi recriado, regenerado. Toda a obra de Deus em nosso espírito já foicompletada. O nosso espírito é como uma lâmpada que se acendeu dentro de nós. Ela está acesae nunca mais se apagará. O novo nascimento aconteceu num instante, mas a nossa alma agoradeve ser transformada. O processo de transformação da alma é algo que dura a vida inteira.

Como a nossa alma deve ser transformada? Pela renovação da mente. A mente é a

primeira função da alma. Se mudamos a mente, estaremos mudando toda a nossa vida. A únicamaneira de mudarmos a nossa mente é conformando-a com a Palavra de Deus.

"E não vos conformeis com este século, mas transforma i-vos pela renovação da vossa

mente...". Rm.12:2

Eu colaboro com o Espírito Santo na minha própria transformação à medida que me enchocom a Palavra de Deus. Com relação ao nosso espírito, devemos exercitá-lo constantemente paramantermos contato com Deus; e com relação à nossa alma, devemos transformá-la, mediante arenovação da nossa mente com a Palavra de Deus.

3) FUNÇÕES DO CORPO

 A Palavra de Deus nos diz que o nosso corpo é apenas a nossa casa terrestre. É o lugaronde moramos neste mundo. A função básica do corpo é ter contato com o mundo físico. Paulonos diz em II Coríntios 5: 1-4 que o nosso corpo é a nossa casa terrestre, mas haverá um dia emque seremos revestidos da nossa habitação celestial. O nosso corpo não tem conserto e nemsalvação. Precisamos receber outro corpo. No céu não teremos uma nova alma, mas teremos umnovo corpo. O nosso espírito foi regenerado, a nossa alma está sendo transformada e o nossocorpo será glorificado. Vemos aqui os aspectos passados, presentes e futuros da nossa salvação.

 Função da sensação

 A função da sensação é a porta do nosso ser. Ela se constitui nos cinco sentidos do corpo.Tudo o que entra em nossa alma, entra através dos cinco sentidos. Se desejarmos obter vitóriasobre o pecado, precisamos disciplinar o nosso corpo para que através dele não entre nada sujoou pecaminoso.

  A Função da locomoção

Evidentemente, é função do nosso corpo se locomover. O nosso corpo é a parte mais

inferior, pois é ele que tem contato com o mundo físico, e para o nosso corpo é impossívelperceber as coisas espirituais.

 Função de instinto

Os instintos são reações do organismo que não dependem do comando da nossa alma. Sãoreações automáticas e em si mesmas não são pecaminosas. Entretanto, elas são a base daconcupiscência da carne. Deus criou os instintos bons, mas por causa do pecado, eles foram

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degenerados e hoje precisamos exercer domínio sobre eles.

Há três grupos de instintos básicos: de sobrevivência, de defesa e sexual. O instinto desobrevivência inclui o comer, o beber e as necessidades fisiológicas. São inatos, ninguém precisaensinar a criança a mamar, ela já nasce sabendo. O pecado transformou esse instinto natural emglutonaria e bebedices. O instinto de defesa inclui os atos reflexos de proteção, como esquivar-se,

esconder-se, proteger-se. O pecado o transformou em brigas, facções, iras e todo tipo deviolência. E o instinto sexual foi corrompido para se transformar em adultério, fornicação,prostituição, sodomia e coisas parecidas. Não devemos permitir que esses instintos naturais, quepermanecem em nós, mesmo depois que somos convertidos, nos controlem. O corpo deve ser umservo e não um Senhor.

 A disciplina do corpoPrecisamos estudar as funções do corpo para compreendermos que o diabo está de fora, e

Deus está dentro de nosso espírito. Sendo assim, tudo o que é do diabo vem de fora para dentro

e tudo o que é de Deus vem de dentro (do nosso espírito) para fora. Veja a maneira como o inimigo age: Ele primeiro procura entrar pelas portas da alma quesão os sentidos do corpo. O processo sempre começa com o inimigo tentando chamar a nossaatenção.

Uma vez que ele tem a nossa atenção, ele tentará despertar algum instinto básico donosso corpo. Como já vimos, os nossos instintos foram corrompidos pelo pecado e tomaram-sealiados do diabo. Quando ele desperta um instinto, nós dizemos que estamos sendo tentados. .

Uma vez que o instinto é despertado, o próximo passo é produzir um desejo. O desejoainda não é pecado se ele for apenas uma forte tentação e ser tentado ainda não é pecado.

O pecado acontece quando o nosso desejo se transforma em intenção. Jesus disse quequalquer um que olhar com intenção impura para uma mulher, já adulterou com ela (Mt. 5:28).Quando compreendemos a forma como o diabo age, fica mais simples alcançar vitória sobre ele.

 Além disso, há algo que a Palavra de Deus diz que devemos fazer com o nosso corpo:"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por

sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". Rm , 12:1

Devemos ofertar o nosso corpo a Deus e trazê-lo debaixo de disciplina. Disciplinar não éusar de ascetismo, mas é simplesmente não fazer a vontade do corpo. O nosso corpo e a nossaalma são a parte do nosso ser natural que é chamada de carne, no Novo Testamento. O carnal,

então, é aquele que vive no nível do natural; ou seja, no nível da alma e do corpo.

 Algumas implicações práticas:

Há uma atitude que devemos ter em relação a cada parte do nosso ser:

a) O espírito deve ser exercitado - Com relação ao nosso espírito, precisamos exercitá-lo. A

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obra de Deus em nosso espírito está pronta, daí dizer-se que o espírito está pronto. Todavia,assim como uma criança nasce perfeita, mas ainda precisa ser aperfeiçoada, também acontece omesmo com o nosso espírito.

b) A alma deve ser transformada - A nossa alma deve ser transformada. Romanos 12: 1 eII Cor 3: 16 nos dizem como isso deve acontecer: pela renovação da mente.

c) O corpo deve ser disciplinado - Por fim, o nosso corpo deve ser disciplinado como éensinado em Romanos 12: 1.

Com relação à salvação podemos dizer:

a) O nosso espírito foi regenerado no passado - a vida de Deus foi colocada dentrodo nosso espírito. É como uma lâmpada que se acendeu. A obra está completa. Por isso, o Senhordisse que o espírito está pronto (Mt. 26:41).

b) A nossa alma está sendo transformada no presente - o alvo de Deus é que estavida que está no espírito possa transbordar para nossa alma a ponto de saturá-la e transformá-la.

c) O nosso corpo será glorificado no futuro -  o ápice da obra de Deus é amanifestação dos filhos de Deus na glória.

Com relação ao propósito de Deus podemos comparar:

a) O corpo aponta para o Egito - do ponto de vista de Deus o corpo é o lugar onde opecado habita e, portanto, não tem remédio. Deveremos receber um corpo glorificado.

b) A alma aponta para o deserto - depois de termos sido salvos, precisamos nos perguntarse estamos vivendo no nível da alma ou do espírito.

 A vida da alma é lugar de aridez e falta de fruto. Viver pela alma é viver no deserto. .c) O espírito aponta para Canaã. A boa terra aponta para Cristo. Deus queria que. Israel

desfrutasse da boa terra assim como deseja que hoje desfrutemos do Senhor Jesus. Sabemos queo Senhor habita em nosso espírito, daí entendemos que é no espírito que devemos desfrutar dele.

 A REVELAÇÃO NO ESPÍRITO

Na vida cristã o ponto mais importante é o conhecimento espiritual, a revelação. Como jámostramos anteriormente, a maior preocupação de Paulo, em todas as suas epístolas, era comrevelação (EL1: 1519, Ef.3: 14-19).

É interessante vermos que Paulo não orava pelo crescimento das igrejas locais. Emnenhum lugar Paulo faz votos pelo crescimento numérico da igreja. Paulo não ora pelo prédioonde os irmãos deveriam se reunir. Paulo tinha uma única oração: por revelação.

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Precisamos entender que o Novo Testamento tem um ponto central. E não digo que nãodevemos orar por coisas como as que já mencionei, elas têm a sua devida importância. Mas nãosão o ponto central.

O ponto central de todo o Novo Testamento é Cristo. Mas não apenas Cristo, mas Cristodentro de nós, em nosso espírito. O que tem valor realmente é conhecermos Cristo, por

revelação, em nosso espírito. Se possuirmos revelação de Cristo, espontaneamente, todas asáreas de nossa vida serão afetadas e transformadas.

É preciso estar claro para você que revelação não é descobrir algo que ninguém conheciana Palavra de Deus. Antes, é saber pelo espírito algo que a nossa mente talvez até já saiba. Ésimplesmente ver do ponto de vista de Deus. É ver como Deus vê. (I Cor. 2:11-12; II Cor. 3:6e4:6; II Cor. 5:16; Jo. 20:11-16; Lc.24:13-16 e 30-31.)

Por que muitas pessoas conhecem a Palavra de Deus e não são transformadas? Porque ohomem natural não entende as coisas do Espírito de Deus. Porque estas coisas se discernemespiritualmente, ou seja, por revelação. Uma coisa é o conhecimento natural e carnal, outra coisa

é o conhecimento espiritual ou revelação. Paulo diz que antes ele conhecia Jesus na carne, masdepois passou a conhecê-lo pelo Espírito.

 Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes

conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. II Cor. 5:16.Quando a revelação de Deus vem, então, há crescimento, há discipulado, há maturidade

cristã, há missões, há novos líderes, tudo o mais é apenas conseqüência de termos as nossasvidas impactadas pela luz do Espírito Santo.

 À medida que nossos olhos espirituais se abrem e entendemos com todos os santos adimensão do seu poder dentro de nós, então, há uma explosão de poder e autoridade. Esta

geração vai descobrir a autoridade que tem e a suprema grandeza do poder de Deus que operadentro de nós. Não adianta saber com a mente, temos que ter revelação no espírito. (Ef. 1: 15- 

19). (Ef.3:14-19).

CONDIÇÕES PARA SE OBTER REVELAÇÃO

Observando a Palavra de Deus podemos dizer que há pelo menos quatro fatores essenciaispara se obter revelação.

O primeiro fator é conhecer a Palavra de Deus.Por definição. Revelação é tomar algo que estava oculto, ou escondido é trazer à tona para

que todos vejam. O que significa isto? Eu simplesmente não vou ter revelação alguma se aPalavra de Deus estiver oculta para mim. Precisamos conhecer a Palavra de Deus antes derecebermos revelação.

Evidentemente, o mero conhecimento mental da Bíblia não tem valor algum. Se tudo o quevocê tem é mero conhecimento mental, então você não tem coisa alguma. É do conhecimento de

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O quarto fator são os olhos abertos.

Suponhamos que já tenhamos aberto o baú, já podemos ver, há luz, mas inesperadamenteos olhos estão fechados.

Não podemos ver algo que está oculto, não podemos ver se não enxergamos, também não

podemos ver se não houver luz, mas mesmo que tenhamos tudo isso, ainda não verá coisaalguma se estivermos com os olhos fechados.

Na Bíblia, os olhos são o nosso coração. Ter os olhos fechados é ter o coração fechado.Muitos de nós têm fechado o coração para aprender com certos irmãos, por isso mesmo Deus ostem resistido e não possuem revelação do Senhor. Devemos ser muito cuidadosos com o nossocoração, pois é por ele que vem todas as coisas de Deus. Tudo passa pelo coração.

Em Apocalipse 3:20, o Senhor Jesus diz para os crentes de Laodicéia que ele está à portabatendo. Esta palavra foi dita para crentes e não para incrédulos. Eles estavam com o coraçãofechado e o Senhor dizia querer entrar. Do mesmo modo, Deus hoje tem batido a porta do nosso

coração para que nós abramos para Ele, para que tenhamos sede Dele, fome de Sua palavra eanseio por Sua presença. Não adianta termos todos os ingredientes se nos faltam os olhosabertos, o coração escancarado para o Senhor.

O quinto fator é ter um coração consagrado a Deus

 A principal questão para se alcançar revelação é tratar com o coração. É no coração que aluz de Deus resplandece (lI Co.4:6). Se o nosso coração estiver com problemas, nãoperceberemos a luz de Deus.

Em Juizes 16:20-21, lemos que Sansão foi derrotado pelos filisteus e estes lhe cegaram osolhos. Por que Sansão foi derrotado? Porque ele era nazireu consagrado ao Senhor, e o sinal dasua consagração era o seu cabelo. Quando o seu cabelo foi cortado, então, a sua consagraçãotambém foi cortada. Todas as vezes que a nossa consagração e obediência a Deus sãoquebradas, uma nuvem escura vem sobre nós. Tomamo-nos como cegos para as coisasespirituais.

O pecado é algo terrível que produz insensibilidade em nosso coração e nos incapacita aouvir e a receber de Deus. O alvo do diabo, como já dissemos. é impedir que vejamos. Ele querque sejamos cegos sobre Deus e Seu propósito. Quando o pecado entra em nossas vidas, o diabotem espaço para nos cegar e, assim, somos impedidos de obter revelação de Deus. A revelação

do Senhor é para aqueles que O obedecem,que têm um coração consagrado, dado e ofertado aDeus.

Existem muitos servos de Deus que não conseguem entender as coisas do espírito como sefossem homens não convertidos. Por que acontece isso? Porque são servos que erram nocoração. Não têm um coração consagrado ao Senhor. Por causa disso, os seus olhos espirituais,os olhos do coração, estão cegados e eles não podem ver as coisas espirituais. Esse não é oúnico, mas talvez seja o principal motivo da cegueira no meio do povo de Deus.

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Por outro lado, aqueles que andam em obediência se tomam cada vez mais' sensíveis eaptos para receberem de Deus em seus espíritos.

O sexto fator é ter um coração ensinável. 

Com relação ao ensino, existem dois tipos de crentes na casa de Deus: Há aqueles que são

portadores de uma doença que eu costumo chamar de complexo de Adão. Eles julgam que nãodevem aprender nada com ninguém, pois Deus vai ensinar tudo para eles. Na sua presunção,estes irmãos jogam fora séculos de história e de mover de Deus, e esperam que Deus comecetudo outra vez com eles.

Por outro lado, há um segundo tipo, que são os piores: aqueles que julgam que já sabemtudo. Quem já sabe tudo não precisa mesmo aprender com ninguém, e nem mesmo precisabuscar revelação. Eles detêm todo o conhecimento da humanidade.

Tais irmãos não devem esperar algo no Senhor, pois Deus os resiste. Tudo isso é soberbae Deus resiste ao soberbo, mas dá graça ao humilde. (I Pe.5:5). Em apocalipse 3: 18, o Senhor

aconselha a igreja de Laodicéia a comprar colírio para que possa ver. Esse ver é algo no espírito.Colocar colírio nos olhos significa buscar um coração ensinável. Quem não se dispõe a aprendercom os outros, também não vai aprender diretamente com o Senhor. Sansão ficou cego por causada falta de consagração; os laodicenses ficaram cegos por causa de um coração soberbo que

 julgou saber todas as coisas.

Revelação é simplesmente desvendar, é revelar algo que estava oculto. Mas não bastaapenas revelar o que está oculto, é preciso que haja luz; caso contrário, não poderei enxergar. Euposso revelar o que está oculto em uma caixa, mas se não houver luz, de nada vai adiantar. Odesvendar é importante, mas a luz é imprescindível, porque se em mim não houver olhos para

enxergar, então tudo foi em vão.

O ministro deve abrir a Palavra e isso acompanhado de muita luz do Senhor, mas se aspessoas estiverem cegas, de nada adiantará. Antes de tudo é preciso que tenhamos olhos paraenxergar. Se não cairemos no mesmo problema dos fariseus: tinham olhos, mas não viam, tinhamouvidos, mas não ouviam.

Eu não devo buscar aprender sozinho aquilo que meu irmão já sabe, pois Deus não vai meensinar. Mas se eu me disponho a aprender com meu irmão, então a luz de Deus virá atravésdele. Se em nossa cidade Deus está se movendo em algum lugar, eu devo me dispor a ir até lápara aprender, pois se eu não o fizer e tentar aprender sozinho, Deus poderá me resistir. Deusresiste ao soberbo.

Que o Senhor nos dê-colírio para que possamos enxergar e alcançar revelação dentro dasua Palavra.

O sétimo fator é ter um coração limpo.

Em Mateus 5:8, Jesus disse que os limpos de coração poderiam ver a Deus. Veja bem que

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esse ver é uma promessa para o futuro, mas também se refere ao tempo presente quandopodemos ver por revelação a Deus (I Cor.2:9-10).

Há muitos que não podem ter revelação pelo simples fato de terem um coração impurodiante de Deus. Não é suficiente ter um coração limpo, precisamos ter um coração puro. Serlimpo significa não ter pecado oculto. Significa a apropriação completa do perdão do sangue de

Jesus. Mas quanto a ter um coração puro não é simplesmente uma questão de pecado. Um copod'água pode ter a água limpa, porém misturada (Ex: água com açúcar), portanto há coraçõeslimpos que não são de modo algum puros.

Ter um coração puro significa ter um coração sem misturas. Se o nosso coração está cheiode coisas profanas, fica difícil enxergarmos as coisas do espírito. Existem muitas coisas que nãosão pecaminosas. Mas que tomam o nosso coração impuro. Por exemplo, uma pessoa que acabade abrir uma loja. Apesar de o seu coração não estar sujo, ele estará cheio de interesse pelocomércio. Durante todo o dia, ele vai estar voltado para as coisas da loja. Se em nosso coraçãohá um interesse pelo Senhor, mas um interesse igualmente grande por outras coisas, o nosso

coração está impuro.Ter um coração puro é ter um coração para Deus. "Quem mais tenho eu ,no céu? Não há

outro em que eu me compraza na terra" (Salmo 73:25). Davi foi chamado de o homem segundo ocoração de Deus por causa do seu prazer inteiramente colocado Nele.

O oitavo fator é ter um coração sem véu

Em II Coríntios 3: 15, lemos: "Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobreo coração deles", Paulo está nos dizendo aqui que há um véu sobre o coração dos judeus que osimpede de enxergar a revelação de Jesus. Que véu é esse? O véu do tradicionalismo. Por que hátantos que não se rendem às evidências do batismo no Espírito Santo? A história comprova ocrescimento das igrejas, os sinais comprovam-No, a maturidade das vidas também. Porque,então, ainda dizem que tudo é mentira? Só pode ser por causa desse véu que está posto sobre oseu coração. Não é Deus quem coloca o véu, somos nós mesmos. Quando nos enrijecemos emum conceito natural e humano, estamos colocando sobre o nosso coração um véu que nosimpede de enxergar novas revelações.

Durante toda a história, esse fato pode ser percebido. Deus sempre usa um homem paratrazer uma revelação, mas esse mesmo homem de novo resiste às novas revelações que Deusquer trazer através de outros. Deus não pára, nós é que nos endurecemos em nossa tradiçãohumana. Se desejamos revelação, devemos abrir mão do tradicionalismo humano.

Ser tradicional é estar fechado para qualquer palavra nova que Deus esteja falando. E,nesse sentido, existem tradicionais que oram baixo e que oram alto. Há tradicionais que oram emlínguas e outros que não oram. Tradicional é aquele que está preso ao passado.

 Veja que um coração correto é básico. Se desejamos revelação, é fundamental nosenchermos com a Palavra de Deus.

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CARACTERÍSTICAS DA REVELAÇÃO. 

O. homem é um ser triúno: possui espírito, alma e corpo. Temos de avançar e aprenderas coisas de Deus pelo nosso espírito e não apenas pela mente. Mas às vezes, quando falamos desaber algo no espírito. Isso parece ter outro sentido para alguns irmãos. A palavra de Deus nosdiz claramente sobre o que devemos ter revelação. Alguns irmãos querem ter revelação de coisassem importância e chegam a ensinar que revelação é descobrir algo que jamais alguém viu oupercebeu.

 A Palavra de Deus tem um ponto central. Todo propósito de Deus na história tem umponto central e esse ponto central é uma pessoa: Jesus Cristo. Mas não apenas Cristo; Cristodentro de nós. É sobre isto que devemos ter revelação. O problema da Igreja é que ela se

dispõe a conhecer muitas coisas que fogem do ponto central de Deus: Cristo.Mas pode ser que muitos conheçam essas verdades e ainda assim não percebam nada

diferente em suas vidas. Como podemos saber se temos ou não revelação? Podemos dizer queexistem quatro sinais ou evidências: quando temos revelação de uma verdade esta revelação vaigerar em nós: (1) vida. (2) fé, (3) mudança de vida e (4) ajuda na hora da tentação.

1) Revelação gera vida

Em João 6:63, Jesus disse: “Estas palavras que vos digo são Espírito e vida.” Quando oSenhor fala conosco na Palavra, isso vai gerar vida dentro do nosso ser. A primeira característicade alguém que recebeu revelação do Senhor é que ela vai expressar vida.

 A letra é morte, mas a palavra que sai da boca de Jesus vem acompanhada do seu sopro eeste é o Espírito. Quando o Senhor fala, então há luz, porque a luz está na vida (João 1:4).Sempre que o Senhor fala, há vida e nos enchemos dela. A revelação da Palavra nos enche devida. Devemos ter a vida a jorrar em nós como uma fonte para saciar os outros. O que todosprocuram é vida.

Na Bíblia, existe um símbolo de vida que é o vinho. Porque o vinho é símbolo de vida?Porque os seus efeitos são semelhantes. Quando alguém se enche de vinho, ele vai se sentir maiscorajoso, mais audacioso, ficará mais sorridente, cheio de alegria, se tomará falante, com muitoânimo e disposição. Até a sua pele vai mudar se tomando mais rosada e os olhos mais brilhantes.

Tudo isso é a vida se manifestando. É verdade que tudo isso é passageiro, pois o vinho é apenasuma figura e não a realidade, uma mera falsificação da suprema realidade de vida que é a pessoado Senhor Jesus.

Quando nos enchemos do Senhor, nós temos todas essas expressões de vida, só que comrealidade. Nos sentimos mais alegres, ousados. capazes de falar e cheios de disposição. É muitoestranho conviver com irmãos que não expressam vida de forma alguma. Sempre que a Palavrade Deus queimar em nossos corações, então a vida se manifestará. Isto é assim porque Jesus é a

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palavra viva. A vontade de Deus é que transbordemos da vida abundante que Jesus é em nós.

É a vida de Deus fluindo em nós que será autoridade em nossa boca. É a vida fluindo emnossas palavras que vai gerar vida nos outros. É a vida que tem o poder de destruir a morte. Nãopodemos explicar a vida, adequadamente, mas podemos percebê-la onde quer que ela semanifeste. O que todos procuram é vida. Não devemos aceitar reuniões sem vida,

aconselhamento sem vida, pregação sem vida. Onde a vida não estiver se manifestando devehaver algum problema espiritual. A letra sozinha mata, mas a Palavra revelada gera vida.

2) Revelação gera fé

 A segunda característica de alguém que alcançou alguma revelação é que ele vai crescerem fé. É como se uma nova luz brilhasse sobre um texto bíblico já conhecido por nós. Quandoisso acontece, nosso coração é despertado numa fé empolgante. Romanos 10: 17 diz que "a fé

vem pelo ouvir a Palavra de Deus". Se não houver despertar da fé, é porque não houverevelação.

 A fé é gerada pela palavra de Deus e a revelação nada mais é que a Palavra viva de Deusem nosso espírito. Se algum conhecimento não gera em nós uma nova medida de fé então esseconhecimento é da mente, é puramente intelectual.

Quando a revelação de Deus vem, o nosso coração se aquece numa fé e disposição nova.Crescer em fé, é crescer em revelação. A revelação é como a luz. Hoje, enxergamos como umavela, amanhã como uma lâmpada de cinqüenta Watts, depois de cem, de mil, até ser como umholofote. Não devemos nos contentar com o nível de revelação e fé que já alcançamos, antesdevemos avançar para níveis novos.

3) Revelação gera mudança

Depois de recebermos revelação do Senhor, nunca mais seremos os mesmos, pois arevelação nos transforma.

Em Mateus 16: 16 nós vemos Pedro fazendo uma grande declaração a Jesus: "Tu és oCristo, o Filho do Deus vivo".  “Sobre esta afirmação de Pedro Jesus disse:” Bem aventurado ésSimão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está no céu.

 ““. E o Senhor depois acrescenta: Também digo que tu és Pedra... Aleluia! Pedro antes era Simão.Simão quer dizer frágil, mas agora foi transformado em Pedro, rocha. Pedra é da mesma natureza

de Jesus. O que transformou Pedro? Jesus disse que foi a revelação que ele recebeu do Pai. Acada nova revelação que recebemos somos transformados de glória em glória até alcançarmos asemelhança de Jesus.

Não precisamos nos esforçar para nos mudar, nos transformar, precisamos apenasconhecer o Senhor por revelação no espírito. Quando isso ocorre, naturalmente somostransformados. Quando alguém diz ter revelação de alguma verdade, mas esta revelação não otransformou de forma alguma, então a sua revelação é questionável. Revelação gera mudança de

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vida.

Se em sua vida não tem havido mudanças, está faltando luz sobre a Palavra.  Algunsreclamam dizendo que estou sempre mudando. Graças a Deus, mudo e continuarei sempremudando. Não sou o mesmo do ano passado e não serei o mesmo no ano que vem. Se tenhouma Palavra queimando em meu coração, a minha vida tem de estar constantemente em

crescimento e transformação.

4) A Revelação nos sustenta na tentação

Quando uma verdade é aprendida só na mente, ela não nos ajuda na hora dos ataques dodiabo, mas quando é algo que queima em nosso coração, podemos lançar mão dela sempre quefor necessário, porque sempre haverá fé para destruir a ação do inimigo. A Palavra que vem doespírito, dentro de nós, destrói as obras do diabo. Toda Palavra que sai do espírito é Palavra deDeus. .

Podemos concluir que a revelação se manifesta pelo menos de quatro maneiras: gerando

vida, gerando fé, transformando a vida e provendo-nos livramento na hora da batalha.

 A revelação é progressiva, é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até serum dia perfeito. (Provérbios 4: 18). Antes, andávamos em trevas, mas agora a cada diarecebemos nova medida da luz de Deus. Hoje vemos obscuramente, mas vem chegando o dia emque o veremos face a face tal qual ele é. (I Coríntios 13: 12).

O Logos e o Rhema

Lendo nossas Bíblias em Português, não conseguimos distinguir dois termos usados no

original que são igualmente traduzidos como "Palavra" em nosso idioma. Esses dois termos sãologos e rhema. Esses termos são traduzidos unicamente como "Palavra" porque são vistos comosinônimos, porém, o Espírito Santo escolheu tais termos para nos mostrar a tremenda diferençaque existe entre a Palavra escrita e a Palavra viva.  Vejamos alguns exemplos bíblicos ondeencontramos os termos logos e rhema:

a) O Logos

Logos é a Palavra escrita. É aquilo que Deus falou e que foi registrado para nossaorientação. Ela contém o que Deus falou anteriormente pelos profetas e por meio do Filho (B.1:

1-2). E esta a Palavra que nós ministramos; não ministramos palavra de homens. Precisamosestar familiarizados com esta Palavra, pois o conhecimento da letra da Bíblia é extremamenteimportante. Vejamos alguns textos em que no original se usa o termo Logos, e qual deve ser anossa atitude para com a palavra escrita.

"Se alguém me ama guardará a minha palavra (lagos)". João 14:23.

"Lembrai-vos da palavra que vos disse (logos)".João 15:20.

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"Santifica-os na verdade, a tua palavra (logos) é a verdade". João 17: 17.

"Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra (logos)". Atos 64.

'“„A palavra (logos) de Deus crescia”. Atos 6:7.

“Retendo a palavra (logos) da vida” . Filipenses2:16.

 “... Criado com as boas palavras (logos) da fé". I Timóteo 4:6.“...Que maneja bem a palavra (logos) da verdade". II timóteo 2: 15.“Prega a palavra (logos)". II Timóteo 4:2.

“Porque a palavra (logos) é viva e eficaz” . Hebreus4:12.

“...Não está experimentado na palavra (logos) da justiça” . Hebreus 5: 13.

 “E sede praticantes der palavra (logos)”. Tiago 1:22.

"A palavra (logos) de Cristo, habite em vós abundantemente (ricamente)". Colossenses 3:

16. A Palavra escrita deve habitar em nós ricamente. Deve estar dentro de nós abundantemente.Devemos ler, meditar e decorar esta Palavra. Devemos estar entre aqueles que o simplesmencionar de um fato das escrituras é o suficiente para que saibamos o seu conteúdo (pelomenos em linhas gerais). Isso é fundamental, pois sem o conhecimento da Palavra escrita, nuncachegaremos à experiência da Palavra viva (Rhema). O logos é o fundamento do rhema. Como jáaprendemos anteriormente, primeiro é o natural, depois o espiritual. Primeiro, devemos ter amente cheia do logos para que o Espírito Santo nos traga o rhema.

"Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes e a palavra (logos) de Deus está em vós e  já

vencestes o maligno".  A característica dos jovens é a força, mas não a força natural, e sim a

espiritual. O jovem aqui em sua luta contra o Diabo, é como o Senhor Jesus, quando foi tentadopor Satanás. O inimigo citou para ele trechos das escrituras, porém, o Senhor o combateu,usando a própria escritura, afirmando: "Está escrito" (Mateus .4:4, 7. 10).

b) O Rhema

 Apesar de ser traduzida à semelhança do Logos, como Palavra naBíblia, o Rhema tem um significado muito diferente de Logos. Enquanto o Logos é a

Palavra falada no passado e que se tornou escrita, o Rhema é a Palavra que Deus está falando

conosco pessoalmente, é aquela palavra que está queimando em nosso coração.  Vejamosalgumas passagens no Novo Testamento em que a palavra Rhema é usada.

Em Mateus 4:4 Jesus respondeu: "Está escrito: Não só de pão viverá o homem mas de

toda palavra (rhema) que procede da boca de Deus". O termo usado aqui no original grego é oRhema. Isso significa que o Logos, a palavra escrita, não pode nos alimentar, somente o Rhemapode nos nutrir em nosso espírito. Tanto o Logos como o Rhema são a Palavra de Deus, mas aprimeira é a Palavra escrita na Bíblia, enquanto a última é a Palavra de Deus falada a nós em umaocasião específica.

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Certa vez, um irmão recebeu a notícia de que seu filho fora atropelado. O irmão, logo abriua Bíblia aleatoriamente e leu em João 11 :4: I/Esta enfermidade não é para morte". O irmão ficouem paz e chegou mesmo a se alegrar. Quando, porém, chegou ao lugar do acidente, descobriuque seu filho morrera instantaneamente. Será que o que está relatado no Evangelho de Joãoentão não é verdade? É a Palavra de Deus, mas é Logos e não rhema.

 “A fé vem pelo ouvir (literal) e o ouvir pela palavra (Rhema) de  Crista”. Romanos 10: 17. Aqui, novamente a Palavra é Rhema e não Logos.Isso nos mostra que o que gera fé não é simplesmente ler a Bíblia, mas é ter a palavra

queimando em nosso coração pelo Espírito Santo.

Todos conhecemos muitos trechos da Bíblia. Certo dia, porém, um texto que já antesconhecíamos e até sabíamos de cor, assume um frescor, uma vida, uma cor diferente. Aquelaverdade começa a nos aquecer. o coração, gerando fé. Deus está falando conosco. Antes,sabíamos genericamente, mas agora Deus falou individualmente conosco. Todo Rhema é baseado

no Logos. Não podemos ter o Logos sem o Rhema.

“As palavras (Rhema) que eu vos digo são espírito e são vida". João 6:63. Somente oRhema é espírito e vida, na verdade, o Logos sozinho não pode dar vida, pode até mesmo matar,porque a letra mata.

Em Lucas 1:38, Maria disse: “ Aqui - está a serva do Senhor; que se cumpra em mimconforme a tua palavra (rhema)". Antes, Maria tinha as palavras do profeta [saías 7: 14: "Eis que

a virgem conceberá e dará luz um filho", mas agora ela tem a Palavra falada especificamente aela: "Você conceberá e dará à luz um filho”l. Foi por ter recebido esta Palavra que Maria concebeue tudo se cumpriu. Deus falou com ela o mesmo texto que estava escrito, mas quando Deusfalou, a Bíblia usa a expressão Rhema ,indicando que é a palavra viva.

Em Lucas 2:29 ,Simeão disse: “Agora, Senhor despedes em paz o teu servo, segundo a tuapalavra". A Palavra aqui é Rhema. Antes de o Senhor Jesus vir, Deus falou a Simeão que ele nãomorreria antes de ver o Cristo do Senhor. Mas, no dia em que Simeão viu o Senhor Jesus, eledisse: "Agora, Senhor despedes em paz o teu servo conforme a tua palavra". Simeão tinha oRhema do Senhor.

BibliografiaCompilado de:Princípios de Revelação - Pr. Aluízio A. Silva. Videira Igreja em Células

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Princípios de revelação na palavra

Tarefas para aprendizagem1-  O homem é composto de quantas partes? Explique cada uma.

2-  Por que devemos perceber nosso próprio espírito?

3-  Quais são as funções básicas do espírito?

4-  Quais as quatro formas de exercitar o próprio espírito?

5-  Quais as funções da alma?

6-  Por que é perigoso viver a vida cristã na alma?

7-  Como podemos transformar a alma?

8-  Quais as funções do corpo? Explique –as .

9-  Por que devemos disciplinar o corpo?

10- Quais são as implicações práticas da divisão em partes do nosso ser?

11- Como as três partes do homem se relacionam com a salvação?

12- Como as três partes do homem se relacionam com o propósito de Deus?

13- Como as três partes se relacionam com a habitação de Deus?

14- Explique a importância da revelação no espírito.

15- Quais as condições para se obter revelação?

16- Em que consiste a verdadeira revelação?

17- Quais são as evidencias de uma revelação verdadeira?

18- Quais os princípios para se obter revelação?

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PARTE II ANDANDO NO ESPÍRITO

 “Se vivemos no espírito, andemos também no espírito” (GI5:26)1I... “Isto que andamospor fé, e não pelo que vemos”. (lI Co.5: 7)

Depois de entendermos a constituição básica do homem, precisamos entender como seprocessa a obra de Deus em nós e como devemos colaborar com Deus. --:

1)  Com relação ao nosso espírito, precisamos exercitá-lo a fim de sermos guiados porDeus.

2) Com relação a nossa alma, ela deve ser transformada pela renovação de nossa mente.3) Com relação ao nosso corpo, ele precisa ser disciplinado.

O nosso espírito já foi regenerado. Quando Adão pecou, ele morreu para Deus e junto todaa raça humana. Sendo assim, a primeira coisa que Deus precisa efetuar no homem é o novonascimento ou a regeneração.

Uma vez que fomos regenerados, a vontade de Deus é nos dirigir através do Espírito Santoque habita em nosso espírito. Simultaneamente, Deus espera que cooperemos com Eleexercitando o nosso espírito para obedecê-lo. Precisamos então: ser guiados por Deus no espíritoe exercitar o nosso espírito para ouvir de Deus.

O Espírito Santo habita dentro de nós. O poder de Deus está em nós. A saúde de Deus estáem nós. A natureza de Deus está em nós. A bondade, a justiça, o amor de Deus, tudo isso residedentro do nosso espírito recriado. Não precisamos buscar estas coisas, precisamos é ter revelaçãode que elas já estão dentro de nós. Nós temos a mente de Cristo, a unção do santo e tudo aquiloque é necessário para uma vida santa e plena já foi colocado dentro de nós, pela pessoa doEspírito Santo. Uma vez que andamos no espírito, todas as realidades do Espírito Santo de Deusque habita em nosso próprio espírito se tomarão realidades em nós.

Todos nós éramos como um enfermo portador de vários tipos de doenças. Depois que omédico fez o diagnóstico, deu-lhe a receita para que tomasse vários tipos de remédios: cada umpara uma doença. a farmacêutico, então. colocou todos os medicamentos dentro de uma únicaseringa. Esse conjunto de medicamentos foi a dose que resolveu todas as suas enfermidades. Amesma coisa Deus fez em nós. Ele injetou em nós uma dose que resolve todas nossasnecessidades, essa dose é o Espírito Santo. Precisamos entender no Espírito que tudo o de quenecessitamos para uma vida com Deus já nos foi dado por meio do Espírito Santo que em nóshabita. Se precisamos de poder, Ele é o poder. Se precisamos de amor, Ele é o amor que foiderramado em nossos corações. Se precisamos de entendimento, todos os tesouros da sabedoria

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estão ocultos Nele. Portanto, todas as coisas já estão completadas em nosso espírito.

O que precisamos aprender hoje é como sermos guiado pelo Espírito e dependermos deleem todas as nossas necessidades. A vida cristã é constituída de duas substituições: a primeira foina Cruz onde O Senhor Jesus morreu em nosso lugar, e a segunda é no nosso dia-a-dia onde oEspírito Santo quer viver em nosso lugar sendo a nossa própria vida.

Para melhor entendermos a vida no Espírito, vamos dividir o nosso estudo em trêsprincípios bem simples: A vida no Espírito implica em três coisas: andar por fé, andar pela cruz eandar no sobrenatural.

PRIMEIRO PRINCÍPIO DO ANDAR NO ESPÍRITO: ANDAR EM FÉ

 A maneira de entendermos o padrão da vida no Espírito é compreendendo como foi oprimeiro pecado. O pecado desviou o homem do padrão de Deus. Conhecer o desvio já nos ajudaa determinar o caminho de volta ao modelo de Deus.

O primeiro pecado: Incredulidade

Se entendermos como surgiu o primeiro pecado do homem, poderemos entender como osoutros surgem, pois o princípio do pecado é o mesmo (Gn.3:1-6). .

O primeiro pecado não foi terrível, do ponto de vista da aparência. Não era obsceno, nãoera pornográfico, não era escandaloso, não era feio de se ver. Adão e Eva apenas comeram da

fruta, nada mais do que isso.O primeiro pecado deu origem a todos os outros, pois o princípio que o governou, governa

todos os outros, embora possam surgir de formas diferentes.

Como é isso? No princípio, o homem andava no espírito. A Bíblia diz que" à tardinha, Deusvinha ter comunhão com o homem, todos os dias". Isso, indiscutivelmente, é uma relaçãoespiritual, pois Deus é Espírito. O homem era um ser guiado pelo espírito naqueles dias. O espíritoé o ponto central na vida do homem. A alma era como um servo, em relação ao espírito. Mas como pecado, aconteceu algo dentro do homem: o seu espírito morreu para Deus e a sua almacresceu, tomando-se o centro do seu ser. O homem passou a ser carne. O propósito de Deus,

desde então, é nos restaurar à posição que Adão desfrutava de comunhão com Ele. E não apenasisso, pois nós hoje temos mais que Adão teve: Deus entrou em nosso espírito humano recriado,tomando-se a nossa vida. Adão nunca comeu da "árvore da vida", nós, porém, hoje, podemoscomer dela, pois a árvore da vida é o Senhor Jesus.

Mas qual foi a essência do primeiro pecado? Podemos dizer que o pecado se manifestoupor três princípios. O  primeiro princípio foi a incredulidade. O primeiro pecado foi o daincredulidade. Eva preferiu acreditar no que o diabo disse a acreditar no que Deus dissera: "se

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comeres, vais morrer". O diabo veio e desmentiu Deus, dizendo: "é certo que não morrereis".

Certa vez, pregando a um homossexual, ele me disse: "é impossível eu deixar de ser o que

sou". E eu lhe respondi: "Isso é o que o diabo diz, mas Deus diz que se você crer, você se tornaráuma nova pessoa, uma nova criatura. O mundo diz: “você nunca pode mudar, pra você não hálibertação, você nasceu assim e vai morrer assim”. Pode até virar crente, mas vai continuar sendo

o que era, pode até nunca falar sobre isso, mas continuará sendo" Isso é o que o mundo e odiabo dizem. Mas Deus diz que se você crer, será nova criatura - é uma questão de ser e nãosimplesmente de fazer. Você é nova criatura. E eu disse àquele homossexual: "diante de você têmduas afirmações: a de Deus e a do diabo. Qual você escolhe?" A base dessa escolha é umaquestão de "em quem vou crer?" Devemos sempre colocar para o homem essa mesma escolha,pois foi nesse ponto que o pecado surgiu: quando Adão e Eva preferiram confiar no diabo aconfiar em Deus. "Seja Deus verdadeiro e mentiroso todo homem". Deus não pode mentir, Ele écompletamente fiel àquilo que diz.

Eva duvidou da Palavra de Deus e aqui começou o problema da carne. E para entrarmos

agora na dimensão do espírito, devemos cumprir a primeira condição: "Andar em espírito implicaem andar em fé". Se não andamos em fé, então não estamos andando no espírito - "andar noespírito é andar em Fé.

 Andar no Espírito e andar em fé se misturam na Bíblia. Em Hb 11:6, lemos que "sem fé éimpossível agradar a Deus"; e, em Rm.8:8, lemos que "os que estão na carne não podem agradar

a Deus". Observe estas duas colocações: em Hebreus, os incrédulos não podem agradar a Deuse, em Romanos, os carnais também não podem agradá-lo. Logo, por associação, dizemos que oscarnais são também incrédulos - são a mesma coisa. Carnalidade é sinônimo de incredulidade.

 Aqueles que estão na carne são facilmente percebidos, pois eles são incrédulos, indiferentes einsensíveis.

Fé é sinônimo de vida no espírito. Se alguém anda no espírito, invariavelmente ficará cheiodo Espírito. Uma pessoa que anda no espírito, pode facilmente ser reconhecida, pois naturalmenteexpressará a vida. Quando falo de vida, não estou me referindo à vida prática - retidão,integridade - tudo isso um cristão deve ter; estou falando de algo mais tênue, subjetivo. Refiro-me a algo que não sabemos de onde vem, nem para onde vai. Quando olhamos a pessoa,sentimos algo diferente nela.

O que significa andar em fé

1) Renunciar ao esforço próprio Andar em fé implica em abrirmos mão do que vemos, do nosso esforço próprio e do nosso

entendimento próprio. Isto quer dizer que andar no espírito também implica em renunciarmos aestas três coisas: andar por vista, por esforço próprio e por entendimento próprio. Todo carnalanda pelo esforço próprio. A fé pressupõe dependência de Deus. Se andarmos pela nossa força,não precisamos exercer fé. A principal característica da vida de fé é o descanso. Hebreus 4:3 dizque "os que crêem entram no descanso". Os que andam no espírito andam em descanso. É como

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um barco no meio do mar, não tem que se esforçar, é só deixar-se levar pelo vento. Nós somosos barcos, o vento é o Espírito. Veja que este descanso não é lazer, não é retiro e nem férias.Podemos ir a estes lugares, em todas estas formas de descanso e, mesmo assim nãodescansarmos. O verdadeiro descanso é poder dizer: "Senhor, és tu quem faz não eu. Não sou euquem salva, és tu, Senhor. Não sou eu quem santifica, és tu, Senhor ". Se ficarmos angustiados

cada vez que temos de pregar, e se a ansiedade aumenta a ponto de a vida perder o sabor, éporque tem faltado o descanso "Resta um descanso para o povo de Deus". A obra de Deus não sefaz no cansaço, não se faz na fadiga, não se faz com suor: se faz na dependência do Senhor.

Ezequiel44: 17 dá uma orientação clara àqueles que trabalham no templo: "E será quequando os sacerdotes entrarem pelas portas do átrio interior, usarão vestes de linho, não se porálã sobre eles, quando servirem nas portas do átrio interior, dentro do templo. Tiras de linho lhesestarão sobre as cabeças e calções de linho sobre as coxas, não se cingirão a ponto de lhes virsuor". Na obra de Deus não pode haver suor. Nós somos sacerdotes levitas, encarregados deservir na casa do Senhor e, quando servimos ao Senhor, não pode haver suor. Qual é osignificado do suor? Gênesis 3: 19 fala que o suor é maldição, por causa do pecado. Suor ésímbolo de maldição, mas graças a Deus que, por meio de Jesus Cristo, nos libertou de toda amaldição do pecado. É bom demais servir a Deus. Não temos de suar, não temos de viver nocansaço. “É como diz o cântico: É meu somente meu todo o trabalho, e o teu trabalho édescansar em mim”. Essa é a Palavra de Deus para nós. 

Fico preocupado com pastores e líderes que têm estafa. Estafa não está nos planos deDeus para nós. Estafa é maldição. Observe que aqueles que trabalham em serviço braçal não têmestafa, deitam e dormem o sono do descanso. Mas há pastores e líderes que não dormem à noite,

ficam uma, duas, três, quatro noites acordados, até que lhes vem uma estafa. Não é um cansaçofísico, mas mental, da alma. Aqueles que se achegam para servir no santuário não podem suar ládentro. Não temos mais de suportar a maldição do pecado, pois Jesus já suou o nosso suor paraque Nele tenhamos descanso. O Senhor suou no Getsêmane o suor que nos cabia. Nãoprecisamos nos esforçar até suar, Ele já suou por nós. Não temos o que fazer com suor, pois Ele

 já fez tudo por nós.

 Alguém pode perguntar: "não temos mais nada?” Nada! "Mas e quem vai pregar oEvangelho? "Não somos nós quem pregamos, somente a boca é nossa, o resto é trabalho doSenhor. Muitos ficam se cobrando o tempo todo: "tenho de pregar; preciso pregar". É como umaparanóia, uma obsessão. Deus me livre de dizer que não devemos pregar, não falo disso. Ouça-

me, se andarmos no espírito, passaremos vida. A vida é algo que sai de nós, sem quepercebamos, ou sem que nos esforcemos. Se tivermos vida, os outros perceberão. É aqueleprincípio que diz "a boca fala do que o coração está cheio". Se o nosso coração está cheio da vidade Deus, como um rio de água viva, naturalmente, a boca vai manifestar o que está lá dentro.Não há trabalho nenhum nisso, é uma questão de ser espontâneo e de ter vida fluindo doespírito. Quando você se enche do Senhor no descanso, naturalmente você vai fazer a obra deDeus. A obra do Senhor tem de ser espontânea em sua vida. Tem de ser gostosa de se fazer.

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Tem de ser empolgante ser líder: a idéia de ser pastor tem de ser agradável à mente. É bomtrabalhar para o Senhor. Porque o nosso trabalho é descansar Nele.

 Vemos que o primeiro aspecto de andar em fé é abrir mão do esforço próprio, e entrar nodescanso de Deus. Se andamos em espírito, andamos também em descanso.

2) Não andar por vistaO segundo aspecto importante para frisarmos é "não andar por vista". II Cor. diz:

"andamos por fé e não pelo que vemos".

Tenho sempre comigo uma regra: enquanto o que vejo bate com a Palavra de Deus,

continuo vendo; quando, porém, não bate mais, ignoro o que estou vendo, e fico somente com aPalavra de Deus. Note que é um estilo de vida louco, é loucura para o mundo. Uma das situaçõesem que isso pode ser mais facilmente observado é com relação às enfermidades. Muitas vezes,insistimos em olhar para os sintomas da doença, em vez de olharmos para a Palavra de Deus. Sea Palavra diz que o Senhor já levou as nossas enfermidades na cruz, devemos rejeitá-las, e passar

à verdade da Palavra, independentemente daquilo que estamos vendo ou sentindo. Não é mentirpara nós mesmos dizendo que não estamos doentes, mas é declarar a Palavra, e ignorar ossintomas da doença. Poucos de nós fazemos isso, preferimos andar por vista; isto é, na carne.

 Andar por vista é característica do carnal. Se insistirmos em andar por vista, seremos escravos donatural. As circunstâncias irão facilmente nos desanimar, e tenderemos a ficar prostrados. Se euficasse olhando a forma superficia1 de alguns adorarem a Deus, ficaria desanimado e nem iriamais dirigir o louvor. Se eu ficasse olhando o grande número de crentes infantis, iria desistir defazer a obra de Deus. Se eu ficasse olhando as diferenças pessoais e a postura de alguns líderes,nunca iria crer na unidade da mente e do coração. De maneira que devemos ter um olhar

profético: andamos pelo que cremos que será e não pelo que o diabo quer nos mostrar. Vejo umpovo que adora a Deus, um povo forte que manifesta o reino de Dele, uma liderança ungida, queministra em unidade. Creio e sei que na dimensão do Espírito já é assim, ainda que com os meusolhos naturais não o veja.

O segundo aspecto do andar em fé, então, é não andar segundo a vista.

3) Renunciar ao entendimento próprio

 Vimos que há aqueles que andam pelo esforço próprio, há os que andam por vista, mas hátambém os que andam pelo seu próprio entendimento. A Palavra de Deus diz que no princípio

Deus criou Adão e Eva e os colocou no Jardim do Éden. Lá, havia duas árvores: a árvore da vidae a árvore do conhecimento do bem e do mal. A árvore da vida aponta para a vida de Deus. Jesusé o Caminho, a Verdade e a Vida; "Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens". (Jo.14:6 e1 :4). A luz significa que pela vida, eu posso ter luz, ou seja, posso conhecer a realidade últimadas coisas. A vida de Deus, que agora está em nós, se manifesta como luz em nosso espírito. Éuma sensação de clareza, de entendimento. Deus queria que Adão comesse da árvore da vida evivesse por essa vida. Ele não iria conhecer nada - nem o bem, nem o mal, nem o certo, nem o

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errado - e a vida iria guiá-lo em todas as circunstâncias. Entretanto, sabemos que ele pecou,comendo da árvore do conhecimento, e Adão e Eva passaram a conhecer o bem e o mal. E,desde então, o homem passou a ser dirigido segundo o que é certo ou errado. Mas, ouça-me, sercristão não é uma questão de entender se algo é certo ou errado, se é moral ou imoral e nemmesmo se é ou não uma questão ética. Ser cristão é andar pela árvore da vida, isto é, andar

segundo a vida que está em nós, e que Adão nunca teve. Essa vida é a luz e nos dirige em toda avontade de Deus. Alguns irmãos antes de fazerem alguma coisa perguntam: "será que isso é certo ou é

errado? Será que é pecado ou não?" E pensam que com isso estão agradando a Deus. Isso éandar pelo entendimento e não por fé, na direção da vida do espírito. Porém, a Bíblia diz: "Tudo oque não provém de fé é pecado" (Rm. 14:23). Aqueles que agem assim estão andando segundo aárvore do conhecimento do bem e do mal. Isso pode até parecer piedoso e bem intencionado,mas não provém da dependência e fé em Cristo, é, portanto da carne. Se antes de fazermosalguma coisa dissermos: "isto não é errado, não é pecado, não escandaliza, não ofende e nem fazmal a ninguém, estaremos agindo segundo o entendimento do certo e do errado, e não pela vida.

Querido, você ainda vai descobrir que muitas coisas que não são erradas, que nãoescandalizam e nem são sujas são reprovadas por Deus. Porém, não devemos nos preocupar emproibir ninguém de coisa alguma. Não devemos ser escravos de código de conduta, de códigosmorais e normas de certo e de errado. O importante é aprender a andar no espírito. Podemosseguir piamente um código e ainda assim vivermos na carne. O que importa não é conhecermos oque se pode e o que não pode fazer. O que importa é conhecer a vontade de Deus. Há muitosirmãos que querem tudo prontinho, querem normas e regras sobre regras. Precisamos é ensiná-los a ouvirem o espírito, e, naturalmente, eles vão fazer a vontade de Deus. Se andarmos porentendimento, não dependeremos de fé no Espírito; por isso, os que andam pelo entendimentopróprio não podem agradar a Deus. O que eles fazem não provém da fé, e isso é carne. Quando oSenhor fala, há fé. Quando Ele fala conosco, sempre manifestamos uma convicção e certeza

resolutas. Mas quando Ele não fala, há confusão e dúvida. Nunca façamos nada na base dainseguran ça e incerteza, pois certamente não provém de Deus. As coisas do Espírito são tambémna base da fé, pois andar no Espírito implica em andar por fé. E tudo o que não provém de fé oudependência de Deus é carne.

. Quando estivermos aconselhando uma pessoa, não devemos dar lhe as coisas prontas,devemos antes estimulá-la a usar o seu próprio espírito para que possa discernir a direção deDeus. Só há crescimento quando Deus fala. As palavras humanas podem ser boas, mas somentequando Deus fala há transformação e vida. Só há crescimento quando aprendemos a ouvir aDeus. Muitos discipuladores estimulam seus discípulos a serem seus dependentes. Este não é opropósito de Deus, pois o discipulador deve permitir que o discípulo aprenda a ouvir e a depender

de Deus. Se o discipulador sempre fala qual é a vontade de Deus, o discípulo nunca vai aprendera discerní-la por si mesmo, e isso é lamentável.

Com relação a "andar em fé". três coisas são consideradas como da carne. Carne é andar

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 pela força própria, pela vista e pelo entendimento próprio. Andar em fé é o oposto: andarno descanso de Deus, ignorar a vista e renunciar o próprio entendimento.

 Antes, porém, de avançarmos devemos entender que a direção do Espírito nunca está forada Palavra de Deus. Deus e a sua Palavra se misturam. Assim como eu sou aquilo que eu falo,Deus é aquilo que Ele fala. A Palavra é o seu retrato. Crer Nele é crer na sua Palavra. Se alguém

diz crer em Deus e não crê na Bíblia, está mentindo, pois é impossível crer em Deus e não crer noque Ele diz.Se quisermos "andar no Espírito", devemos andar pela fé na Palavra de Deus. Na prática as

duas coisas se misturam. A necessidade de crescer em fé

Nós podemos crescer na vida espiritual. O crescer espiritual está muito relacionado com ocrescer em fé. Quero compartilhar dois princípios básicos que nos levam a avançar em novosníveis de fé: crescemos em fé conhecendo a Palavra - pelo espírito, por revelação - e crescemosconfessando a Palavra. Uma parte só não resolve, temos de conhecer a Palavra por revelação e

temos de confessá-la com os nossos lábios. A revelação da Palavra

“Para que o Deus de  Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da Glória , vos conceda espírito desabedoria e de revelação, no pleno conhecimento Dele, iluminados os olhos do vosso coração,

para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança

nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos..”. “(Ef. 1: 17 - 18)”. Em primeiro lugar, a revelação surge quando há um coração ensinável. Se me jugo

conhecedor de todas as coisas, quem estará apto para me ensinar?Devemos também ter um coração que se humilha. Não devemos ter uma atitude de

constrangimento em aprender com quem quer que seja. Ouça. Se você com soberba disser: "nãovou aprender com aquele irmão, vou buscar de Deus e aprender sozinho". Deus não vai falar comvocê. Deus resiste ao soberbo mas dá graça aos humildes. Se eu souber que um líder qualquerem Goiânia está fluindo numa área da Palavra, vou lá aprender com ele e Deus vai falar comigo.Mas se eu disser: "eu sou pastor igual a ele, Deus vai falar comigo também." Isso é soberba enunca vou crescer dessa maneira.

No Novo Testamento, encontramos duas expressões que são traduzidas para o portuguêscomo "palavra". São as expressões "Logos" e "Rhema".

Lagos é a palavra escrita, é a letra, é o que está registrado nas Escrituras.

Rhema é a palavra viva revelada pelo Espírito e que queima em nosso coração

 A confissão da Palavra de Deus“Porque com o coração se crê e com a boca se confessa a respeito da salvação". (Romanos

10: 1 O). A nossa fé precisa ser cultivada à maneira de Deus para reforçarmos a fé e abrirmos aboca. Não basta orar com o coração, é preciso também confessar com a boca. Muitas vezes, Deusvem com um entendimento forte na Palavra, a respeito de uma verdade, mas muitas vezes, com

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o tempo, nos esquecemos daquela verdade. Por que isso acontece? Porque deixamos de falarnela. Deixamos de confessá-la, de contar , para os outros, de ensinar e até mesmo de pregá-la.Se fecharmos a boca, com o tempo perderemos aquele entendimento vivo, e tudo se tomaráapenas conhecimento mental. Mas existe um outro lado muito importante, mesmo que ainda nãotenhamos revelação de uma verdade. Se abrirmos a boca e começarmos a confessá-la, logo ela

vai começar a gerar fé em nós. Vemos então que a confissão não apenas preserva a revelaçãorecebida mas também nos abre o espírito para novas revelações.

Mas o que é confessar? Há uma maneira bem simples de memorizarmos o que devemosestar constantemente confessando: Eu devo confessar:

 O que Deus diz que é. O que Deus diz que tem. O que Deus diz que faz. O que Deus diz que sou. O que Deus diz que tenho. O que Deus diz que faço.

 A base da nossa fé é aquilo que Deus diz.  A palavra é o trilho pelo qual nós andamos. Aprenda tudo aquilo que Deus diz que é, e confesse constantemente, você vai perceber que a suafé gradualmente vai se fortificar 8 crescer.

O QUE DEUS DIZ QUE EU SOU:Eu sou nova criatura (I Cor.5: 17).Eu sou templo do Deus vivo. (I Cor. 6: 16).

Eu sou como árvore plantada junto a ribeiros de água, que no devido tempo dá o seu fruto

e tudo quanto faço sou bem sucedido (SI. 1:3).Eu sou forte e ativo porque conheço o meu Deus (Dn.ll :32).

Eu sou mais que vencedor por meio daquele que me amou (Rm.8:37).Eu sou zeloso de boas obras (Tt.2: 14).Eu sou um ganhador de almas e por isso sou sábio (Pv. 11:30). Eu sou feitura Dele,

portanto sou belo (Ef.2: 10).

O QUE DEUS DIZ QUE EU TENHO:O amor de Deus está derramado em meu coração (Rm.5:5). A unção do Santo permanece

em mim (I Jo.2:27).

Deus me tem dado autoridade sobre todo o poder do inimigo e nada me causará dano(Lc.10: 19).

Posso todas as coisas naquele que me fortalece (R.4: 13).Deus me deu espírito de poder, de amor e de moderação (11 T m. 1: 7).Maior é o que está em mim do que aquele que está no mundo ( I Jo.4:4).

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Deus sempre me faz triunfar em Cristo Jesus (11 Cor. 2: 14).Eu tenho sido abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestes, em

Cristo Jesus (Ef.1:3).Eu tenho o poder do Espírito Santo (Mq. 3:8).

O QUE DEUS DIZ QUE EU FAÇO:No nome de Jesus, eu expulso demônios, falo novas línguas, pego em serpentes; se beber

alguma coisa mortífera não me causará dano; imponho as mãos sobre os enfermos e eles sãocurados (Mc.16: 17). Eu venço o diabo pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do meutestemunho (Ap.12:1).

SEGUNDO PRINCÍPIO DO ANDAR NO ESPÍRITO: ANDAR PELA CRUZ

Para gerar incredulidade em Eva, o diabo procurou usar de estratégias. O conhecer suas

estratégias e guerrear contra ele. A primeira área que o inimigo atacou foi a bondade de Deus. Ele disse: "Deus não deve ser

bom, caso contrário, não teria proibido comer da árvore". Nunca devemos permitir que em nossamente haja a mínima insinuação satânica de que Deus não é bom, isso não é verdade. Essa émuitas vezes a forma que o inimigo encontra para gerar incredulidade em nós.

Durante muito tempo, convivi com muitos medos dentro de mim. todos eles relacionadoscom a dúvida sobre a bondade de Deus. Tinha medo de ser pastor porque achava que a vida dasovelhas não estaria em boas mãos; poderia ser que na hora crucial Deus faltasse. Tinha medo atéde orar, pois eu pensava que se orasse muito, Deus resolveria enviar-me para o meio dos índios,

e disso eu tinha medo. Veja que a minha vida foi por muito tempo bloqueada em virtude de euter duvidado da bondade de Deus. E ele é bom, Aleluia !

 A segunda área que ele atacou foi o caráter de Deus. Ele disse que Deus não era reto, poishavia mentido. Certamente, o homem não morreria se comesse da árvore. Ora, se Deus eramentiroso, não valia a pena confiar Nele, daí também surgiu a raiz da incredulidade. Éimpressionante vermos como o povo de Deus tem engolido esses dois ataques do inimigo. Muitosafirmam, categoricamente, que Deus é mau porque foi Ele quem lhes mandou doenças. Muitosprocuram pastores para receberem oração dizendo: "Pastor, ore por mim por que a mão de Deus

me feriu com esta enfermidade. Ora, se foi a mão de Deus que feriu, eu não posso orar; se é a

vontade de Deus, certamente ele não me ouvirá. Penso que as pessoas que têm essa posição nãodeveriam nem mesmo ir ao médico, pois se foi Deus quem mandou, o homem não pode desfazer.E se Deus mandou a doença, ela é uma coisa boa, pois Deus só nos dá coisas boas. Qual o paiteria coragem de mandar câncer para seu filho? Pois se nós sendo humanos não agimos assim,muito menos o Senhor. Deus é mentiroso. Não falamos isso descaradamente, como fez o inimigo,mas aceitamos a sugestão de que nem tudo o que está escrito acontece hoje em dia. A Bíbliarealmente diz que Deus cura, mas hoje Ele não cura mais. Se Deus não cura mais, então Ele é

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mentiroso, pois Deus nunca muda, sempre é o mesmo e, se Ele curou no passado e não o fazmais, a Sua Palavra é falsa, pois mudou com o tempo. Se existe alguma coisa que Deus não façamais em Sua Palavra, ela é indigna de confiança, pois como vou ter certeza de que alguma coisapode ser feita hoje ou não?

Se desejamos andar no espírito, devemos desmentir o diabo e confessar tudo aquilo que

Deus diz que é, tudo aquilo que Ele diz que faz e tudo aquilo que Deus diz que tem: "Eis que assuas mãos não estão encolhidas para não poder abençoar e nem surdos os seus ouvidos, para

não poder ouvir". A vontade de Deus para nós é a saúde, a vida, a prosperidade e a paz.

 A terceira área que o diabo atacou foi a santidade de Deus, dizendo que Deus não queriaque ninguém conhecesse o bem e o mal, que Deus não queria que ninguém fosse como Ele, queDeus queria ser o único. Aquilo que Satanás desejou na sua soberba e aquilo que Adão e Evabuscaram na sua desobediência, Deus agora nos concede, gratuitamente, por meio de JesusCristo. Eles queriam ser como Deus e nós agora nos tomamos Seus filhos, gerados pela Suasemente. Nisto, Deus prova a Sua santidade, pois nos concedeu aquilo que foi acusado de não

querer compartilhar: a Sua natureza divina.Como originou-se o primeiro pecado, certamente, os outros pecados se originam, pois todo

pecado tem no seu centro o egocentrismo. Todo pecado, em sua origem, é o ego em ação. Aindependência é a forma específica de como o ego se manifesta: "eu tenho minhas opiniões,meus desejos, meus alvos, minha identidade". Quando o homem optou por comer da árvore doconhecimento, o seu Ego e a sua alma foi aumentada e passou a ser o centro da personalidadehumana. O propósito de Deus era e é de que o espírito humano fosse o centro, mas o pecadotransformou o homem em algo da alma. O homem se tomou almático. O espírito morreu, o egose tomou o centro; por isso o homem passou a ser egoísta, egocêntrico.

 A melhor maneira de definirmos o pecado é entendermos que é pecado tudo aquilo quetem origem no ego. Tudo aquilo que é feito independente de Deus é pecado. Nesse sentido,qualquer coisa pode ser pecado, desde que feita independentemente de Deus. Pode ser pregar,orar, ou qualquer outra coisa piedosa, se é feita por iniciativa do ego, é carne; e, portanto, épecado aos olhos de Deus, ainda que aos olhos dos homens seja algo normal.

Mas podemos ver também que atrás de todo fruto da carne tem também o ego em ação. Oque é inimizade? É quando o ego não é reconhecido. O que é raiva ? É o ego contrariado. O que éciúme?É o medo de o ego ser suplantado. O que é divisão ?É o ego que sempre está certo enunca abre mão. O que é inveja? É quando o ego não suporta que o outro tenha algo e ele não.

Poderíamos analisar cada pecado e observar que o princípio subjacente a todos eles é a ação doego.

 Assim como todo pecado consiste no egocentrismo, toda virtude consiste no oposto, noaltruísmo. Enquanto o egocentrismo é colocar a si mesmo no centro, altruísmo écolocar o outro no centro. O que é amor? É esquecer-se de si e olhar para o outro. O que éalegria? É viver contente com o que se tem e o que se é. Diante disso, vemos então que, paravivermos uma vida no espírito, não basta andar em fé, temos também de andar em amor. Andar

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em amor é andar em renúncia do ego. É abandonar o egocentrismo e a independência de Deus, énegar-se a si mesmo.

Mas há ainda outras formas de vida egocêntrica. O egocentrismo pode se manifestar naautopreservação. Precisamos saber que autopreservação não é em si mesma pecado; entretanto,pode ser uma atitude egoísta. É assustador quando vemos a atitude de certos crentes se

preservando demasiadamente, não admitindo nenhuma forma de desgaste, de dor ou desofrimento. O remédio de Deus para o ego é a cruz, e a cruz implica de uma forma ou de outra,em alguma espécie de desgaste e perda da comodidade.

 A vida no Espírito é uma conseqüência direta de passarmos pela cruz. Só há cristianismo sevivermos pela cruz. Jesus não apenas morreu numa cruz, Ele viveu uma vida de cruz. Vida decruz consiste em renúncia diária do ego.

Jesus quando ensinou os seus discípulos a orar em Mateus 6:9-13, terminou a oraçãodizendo: ''porque teu é o reino, o poder e a glória". Reino, poder e glória é tudo aquilo que ohomem natural anda buscando.

O que é reino? O reino nos fala de bens, riquezas, respeito e reconhecimento. Todohomem procura essas coisas e até mesmo fica ofendido quando não alcança esse objetivo. Todosquerem construir um reinozinho pessoal pensando com isso encontrar a realização. Mas overedicto de Deus sobre isso é: carne. Se buscarmos um reino para nós mesmos, estamos fora dopadrão de Deus. Veja que não é pecado buscar respeito. Reconhecimento, ou coisas assim, emesmo o dinheiro em si não é pecaminoso, mas se queremos andar no caminho da cruz, temosde abrir mão.

E o que é poder? É aquele desejo íntimo de manda;,..de ter a primazia. Muitas vezes,gostamos de poder dizer: "vá e diga ao fulano que fui eu quem lhe mandou". Isso é realização, éser conhecido na praça. O poder também nos fala de dons e capacidades. Eu posso fazer certascoisas que os outros não podem. Isso me faz sentir feliz e realizado, mas se desejamos andar nocaminho do espírito, temos de ir para a cruz e abandonar esses desejos da carne.

E, por fim, o Senhor entregou a glória. Aqui está um ponto realmente crucial do ego: oelogio e a glória. A vida de cruz consiste em abrir-se mão do reino, do poder e da glória. .

 A primeira maneira que Deus usa para nos levar ao fim de nós mesmos é a revelação. Masquando isso falha, por causa da nossa dureza e insensibilidade ao Espírito, o Senhor se vê forçadoa usar outro recurso: o fracasso, o vexame. Não é da vontade do Senhor que soframos vexame.

Ele vem por causa da nossa dureza e resistência em aprender por meio da revelação do Espírito.Ele vem também porque muitas vezes temos um conceito errado a respeito de nós mesmos.Pensamos que somos humildes quando na verdade não o somos. Pensamos que somosdependentes quando na verdade agimos pelo esforço próprio. Suponhamos que um irmão simplesé convidado para pregar na reunião principal da Igreja, no domingo. Ele certamente vai sentirangústia e até ter uma desinteria, por medo da responsabilidade. Essa é uma reação interessante,porém é apenas uma expressão da carne por medo do vexame. Como o irmão está inseguro, ele

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vai orar bastante, jejuar e meditar na Palavra. Chega o domingo e a sua pregação é impactante.Os líderes ficam admirados e convidam-no para o próximo domingo também. No segundodomingo, ele já não fica tão inseguro, mas ainda assim precisa gastar um tempo em oração,buscando a Deus. Mais uma vez é uma bênção, e a liderança extasiada o convida para mais umoutro domingo. Dessa vez, o nosso irmão já está tão seguro que pensa ser capaz de pregar para

um estádio inteiro. Já não ora e nem medita na Palavra como antes. Ele agora pensa que podeconfiar em si mesmo. Ele sobe no púlpito e prega todo o seu sermão, mas quando olha no relógionão se passaram mais do que dez minutos; então, ele começa a suar copiosamente, sentecalafrios, tonturas, uma pontada no estômago e o seu desejo é sair correndo dali. O terceirodomingo foi um completo vexame. Veja a maneira como Deus fez. Ele levou aquele irmão aperceber que ele não era tão dependente e humilde quanto pensava, mas foi só no terceirodomingo que ele percebeu isso. Não é fácil perceber em nós erro nenhum, mas quando vem ovexame, eles se tomam manifestos.

O que é negar a si mesmo?

 Antes de avançarmos no entendimento do princípio da Cruz na vida de Jesus, necessário sefaz clarear melhor o entendimento do negar-se a si mesmo.

O negar-se a si mesmo não é a completa anulação da vontade . Isso evidentementeé impossível. Trata-se antes de uma renúncia definida quando "minha" vontade quer seguir outradireção diferente da vontade de Deus. Significa que a vontade de Deus deve ser priorizada, e nãoa minha própria.

Negar-se a si mesmo não é tornar-se um alienado. Muitos enfiam as suas cabeçasdentro de um buraco pensando que dessa forma estão se negando. Isso, além de ser perigoso, seconstitui num sintoma de fuga neurótica. E Jesus nunca quis dizer tal coisa.

Negar-se a si mesmo não é vida de ascetismo. Na antiguidade muitos mongesdeixaram suas vidas e paixões. Essa posição coloca, no entanto, a vida cristã como uma dorconstante. A vida seria um peso e dura de ser suportada. Jesus veio para que o homem tivessevida abundante. Não queremos retirar a dor da vida normal, do crescimento sadio, mas nãopodemos fazer da vida uma apologia à dor. Sofrer gratuitamente, para merecer o favor de Deus,é uma teologia errada e não está coerente com o tipo de vida que Jesus viveu e ensinou.

Finalmente, negar-se a si mesmo não é a perda do desejo. Quando o desejo setoma concupiscência, ele passa a ser pecado. E nós já estamos mortos para o pecado e, portanto,

livres do seu domínio. Existem, no entanto, desejos legítimos e bíblicos como o desejo de secasar, ter filhos, pregar o evangelho, salvar vidas, e coisas assim. Vemos, portanto, que aautonegação proposta por Jesus é, antes de tudo, uma renúncia ao domínio da própria vida. Eisso, sem dúvida, em algumas situações, vai implicar em todos os aspectos que mencionamosacima. Haverá momentos de aparente perda da vontade. Da aparente alienação, de um tambémaparente ascetismo, bem como de uma renúncia de um desejo legítimo. Ex, Paulo optou por nãose casar. Mas era uma questão de consciência particular. Isso acontece em função de que a vida

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cristã é, em essência, uma contra-cultura do sistema vigente. Nunca devemos nos esquecer que acruz é loucura para o mundo, mas para nós é o poder de Deus manifesto.

Em Lucas 14:25-33, Jesus propõe aos seus seguidores o padrão para a vida cristã para odiscípulo. Esse padrão nada mais é do que a aplicação da cruz em cada parte do nosso ser. Nessetexto, Jesus dá três ênfases básicas quando por três vezes Ele expressamente disse: "não podem

ser meus discípulos", nos versos 26,27 e 33. As três coisas que Ele mencionou foram osrelacionamentos, o eu e os bens.

 A vontade do Senhor é de que a cruz possa tocar em cada uma dessas áreas . Todas asvezes que Jesus falou de tomar a cruz, Ele falou também sobre negar a si mesmo. Na verdade, osdois conceitos caminham juntos: negar a si mesmo é tomar a cruz. A cruz nada mais é do que avontade de Deus. e não há como faze! a vontade de Deus sem negar a nossa própria vontade.

1) A Cruz toca os nossos relacionamentos. (Vv. 26)

"Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e

irmãs a ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo" Lucas 14:26.O primeiro ponto diz respeito à minha necessidade de ser aceito sempre pelos outros, de

ser honrado, ser respeitado, ser amado. E pelo lado negativo se relaciona com o medo de serrejeitado ou esquecido. Negar a si mesmo implica então numa renúncia ao amor e à aceitaçãoincondicional dos outros. Não que eu não queira mais ser amado, mas que não buscarei seramado a qualquer preço. Se para ser amado eu tiver que rejeitar Jesus, colocar em segundoplano a fé, ou mesmo abrir mão da verdade. Então eu prefiro não ser amado.

Todos nós temos uma grande preocupação com a nossa reputação, com a maneira como

os outros nos vêm. Quando tomamos a cruz nós temos de esquecer a opinião do mundo a nossorespeito. Mesmo que nos chamem de louco, fanático ou estúpido, isto não mais nos ferirá.

Mesmo na vida da Igreja nós precisamos amar mais a Deus do que buscar ser aceito pelosirmãos. Assim como Deus requereu de Maria gerar Jesus sendo virgem, Ele pode requerer de nósalgo que pode nos trazer constrangimentos e lutas.

Pense em como foi difícil para Maria aceitar ser usada por Deus desta forma, ela poderiaser até apedrejada como adúltera. Mas ela ignorou a aceitação do mundo. Hoje Deus pode nospedir que façamos coisas na vida da Igreja que serão mal interpretadas e até rejeitadas pormuitos.

Precisamos ser livres de todos. Não buscar a aprovação, nem o elogio, o reconhecimentoou a aceitação mesmo de irmãos. Oferecemos nosso amor, nossos elogios e nossa aceitação'incondicional, mas não esperamos ser retribuídos. É necessário que cada um de nós deixe a cruzser aplicada em nossos relacionamentos.

2) A cruz toca o nosso "Eu" (VV 27)

"E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo" Lucas

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14: 27.

Isso é fundamental para qualquer cristão que conhece a vontade específica de Deus parasua vida. Tomar a Cruz nos fala de tomar a vontade de Deus em detrimento da minha. Há umatendência natural de evitarmos a dor e buscarmos o prazer. Entretanto, muitas vezes, a vontadede Deus implicará em dor, e eu devo me apossar dela em detrimento de meu desejo de prazer e

de conforto. A cruz nos fala de abrir mão de direitos, de reconhecimentos, de oportunidades eassim por diante. Jesus, já sob a sombra da cruz disse: Não a minha vontade, mas a Tua...

 Várias vezes na vida e no ministério de nosso Senhor, Satanás ofereceu um caminho fácilpara o poder sem a cruz. As tentações para escapar da cruz foram muitas. Mesmo na hora emque ele tragava o amargo cálice do calvário, a tentação de descer da Cruz foi agudíssima. Não énecessário dizer que Cristo tinha o poder de fazê-lo se ele assim o quisesse. Só não podemosdizer o mesmo a nosso respeito. Quantas vezes nos temos descido da cruz e perdido o poder e aautoridade.

Mas o que é descer da cruz? Você deve estar se perguntando. Descer da cruz é qualquer

atitude para salvar o "eu". É qualquer tomada de um caminho fácil no que diz respeito aprincípios espirituais. Quero ser ainda mais exato e explícito. Todos os esforços para defender,escusar, proteger, vindicar ou salvar o ego é com efeito uma descida da cruz. Auto-compaixão édescer da cruz. Significa que a pessoa pensa ter sido injustiçada e sente pena de si mesmaporque nada pode fazer a respeito." Eu que sou tão maravilhosa ser tratada desta forma". Pensaconsigo mesma. Ressentimento é descer da cruz. Significa que a pessoa foi injustiçada e se irritaporque nada pode fazer a respeito, "logo eu que sou tão isso e tão aquilo. Alguém como eu nuncapoderia sofrer dessa maneira." Você consegue perceber o ego aqui? A recusa em se assumir aculpa é descer da cruz. Todos são culpados, menos eu, ou pelo menos todos são mais culpados

do que eu. A auto-vindicação é descer da cruz.Igrejas inteiras têm sido destruídas porque alguém não abriu mão da vingança.

Quando outros nos entendem mal, os esforços indevidos para explicar nossas ações são a mesmacoisa. A auto-justificação é descer da cruz.

Mas a maior de todas as formas de descermos da cruz é quando oferecemos a cruz para onosso irmão. Mas porque sempre eu é que tenho de tomar a cruz? Já viram como uma ovelhamorre? Não se ouve nem um gemido. Mas já observaram um porco sendo imolado?

Temos visto esse tipo de coisa mesmo na vida de pastores. Muitas vezes, tenho passado

por irmãos pela rua e, por uma terrível distração, não os vejo nem os cumprimento.Naturalmente, esses irmãos ficam ofendidos e vêm ter comigo. Numa situação dessas eu poderiadizer ao irmão: "toma a cruz, pare de pensar que o mundo gira em torno de você. Em vez debuscar ser amado procure amar, se não o cumprimento cumprimente você a mim. " Tal respostaparece ser lógica, mas é uma repugnante descida da cruz.

 A minha atitude deve ser pedir perdão ao irmão e sarar as suas feridas. Eu devo tomar aminha cruz e nunca oferecê-la ao meu irmão. A cruz é um tipo de principio que não podemos

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ensinar por preceito, apenas por demonstração.

3) A Cruz toca os nossos bens (Vv 33)

"Assim pois todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meudiscípulo".

Eu devo renunciar ao desejo de viver para mim mesmo e, ainda mais, devo abrir mão dosmeus próprios bens. Para muitos, o abrir mão de bens é bem mais difícil que abrir mão até de simesmo. Sabemos que Jesus andou por esse caminho (I Pe 2:21) para que nós andássemos porele também. Renúncia é morte e sem a morte, o cristianismo perde o sentido. Não existecristianismo sem cruz, existe religião. O ego deve perder o seu lugar de centralidade, cedendolugar a vontade de Deus. Jesus não apenas morreu na cruz, mas toda a sua vida foi uma vida deCruz.

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 A cruz está intimamente relacionada com o nosso estilo de vida. A prosperidade é deverasparte do evangelho, mas é apenas uma parte. A ênfase principal está sem dúvida em um modode vida generoso e sacrificial. A cruz nos torna sensíveis às necessidades do mundo ao nossoredor.

Muitos crêem no versículo que diz que Cristo se fez pobre para que pela sua pobreza nostornássemos ricos (II Cor. 9), mas se esquecem da ordem de Jesus para que não acumulemospara nós tesouros sobre a terra. Parece contraditório, mas o paradoxo desaparece quandoentendemos que Deus nos dá para que demos de volta a"Ele. Prosperidade é ter um pouco maisque o necessário.

Deixemos que a cruz trate com a maneira como lidamos com o nosso dinheiro. O Senhorprecisa ter controle completo sobre a nossa conta corrente. Não podemos permitir sermosarrastados pela corrente do pensamento materialista que prende a nossa geração. Somos umpovo próspero mas um povo generoso. Somos um povo próspero que teve os bens tratados pela

cruz.

 A cruz na Prática

Tomar a cruz significa simplesmente tomar a vontade de Deus. A cruz é, na verdade, a Suavontade. Tudo o que não for a Sua vontade não será uma cruz. Nesse sentido, podemos dizerque a doença, por exemplo, não pode ser uma cruz já que Cristo Jesus carregou com elas naCruz, ( I Pe.2:24) e não podemos dizer que seja da vontade de Deus a enfermidade. Do mesmomodo, podemos afirmar que a pobreza não é cruz já que fomos libertos das maldições da lei (Gl.

3: 13). A cruz experimentada por Cristo foi decididamente a vontade de Deus e não algum tipo deataque do diabo como doença ou miséria.

 A cruz é o lugar onde vencemos o diabo. Muitos pensam que guerra espiritual é umaquestão de meramente repreender demônios. Ficam todo o tempo repreendendo demôniosdentro de casa e até repreendem algum suposto demônio na cara do marido. Jesus repreendeudemônios durante todo o seu ministério na terra, mas ele somente venceu o diabo na Cruz. ACruz é a vitória definitiva. Não estou dizendo que é errado repreender demônios na vida daspessoas, pois Jesus fez isso com Pedro. Só estou afirmando que não há vitória sem a Cruz.Gostaria de mostrar algumas manifestações práticas do princípio da Cruz.

1) Disposição para sofrer o dano

"O só existir entre vós demanda já é completa derrota para vós outros. Porque não sofreis,

antes, a injustiça? Porque não sofreis ,antes, o dano? I Corfntios 6: 7.

Esta pergunta de Paulo não parece de uma obviedade gritante? Espera ai, Paulo! Ele fazalgo de errado comigo e eu é que vou ter de ficar com o prejuízo: sofrer o dano?

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É exatamente isso. Isto é cruz. Esta é uma situação onde não vai adiantar muito ficarrepreendendo demônios. Para eu ter vitória, eu vou ter de tomar a Cruz. Esta é a vontade deDeus: que eu negue a mim mesmo e tome a Cruz.

Mas e se eu quiser reinvindicar os meus direitos? Bem, se você tem direitos é correto lutarpor eles até no Supremo Tribunal. Nada de pecaminoso em se lutar pelos próprios direitos. Não é

moralmente errado, mas onde fica a vitória? O pisar na cabeça do Diabo é somente quandoalguém toma a Cruz que o ele é de fato derrotado.

Existem dois princípios de vida: o princípio da cruz e o princípio da razão. Sequisermos ter razão já descemos da cruz, se tomamos a Cruz já não importa quem tem razão.

2) Não agradar a nós mesmos

"Ora nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos

a nós mesmos". Romanos 15: 1.

Quando Jesus foi pra cruz, Ele não foi porque queria ter uma experiência diferente. Nãobuscava um êxtase espiritual e nem estava buscando elogios. Na verdade, Jesus não queria ir praCruz. Ele foi para obedecer a vontade do Pai. Todavia, o Pai não o obrigou, Ele foiespontaneamente. Nós precisamos agradar o nosso irmão mesmo que isso implique emdesagradar-nos.

Muitos hoje pensam que ser crente é buscar uma nova experiência, ter um seguro contracalamidades ou ter uma vida de felicidade. Não, cristianismo tem como centro a Cruz. Por isso, apergunta chave não é se é pecado ou não, se sou obrigado ou não, mas sim: qual é a vontade de

Deus. Percebe por que muitos casamentos nunca prosperam? Porque não querem agradar ooutro ao preço do desconforto pessoal. Quando de forma definida nos dispomos a não nosagradar, nós vemos a vida de Deus fluindo, a igreja de fato sendo edificada e as portas do infernosendo aniquiladas. Há um caminho de vitória. Não é um caminho fácil e nem agradável, mas avitória ao final é certa.

3) Considerar o outro superior a si mesmo

"Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os

outros superiores a si mesmo" Filipenses 2:3.Considerar os outros como superiores a nós mesmos parece algo tão fora de moda. Parece

contradizer a moderna teologia da auto-estima. Todavia, essa é a forma como a Igreja é edificadapela cruz. Mais uma vez temos de dizer que cruz é sofrer o dano, é não agradar a nós mesmos, éconsiderar o outro como superior a nós mesmos.

Para cada situação que nos sobrevir existem dois caminhos: o caminho largo e o estreito.Em um problema de casamento, por exemplo, o divórcio e a separação são caminhos largos.

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Todos nós sabemos onde vai desembocar o caminho largo. A cruz por outro lado é o caminhoestreito. Numa situação de crise sempre tome o caminho estreito da cruz.. Pois somente nestecaminho há vitória completa

O exemplo de Deus

Sabemos que na cruz Deus resolveu todo o problema do homem: o problema da

condenação, do poder do pecado e do poder para se viver a sua vontade. E impossível que se falede maturidade sem se referir à Cruz de Cristo. Queremos nos deter no momento, apenas noaspecto que está relacionado à renúncia de si mesmo no dia-a-dia.

Jesus não apenas morreu numa Cruz, ele viveu uma vida de Cruz. Toda a vida de Jesus foicaracterizada por uma renúncia completa do próprio Eu. Ele viveu a sua vida pelo princípio daCruz. O princípio da Cruz é uma completa dependência de Deus. Não interessa mais se algo ébom ou se é mau, se é correto ou pecaminoso. O que interessa saber é se trata da vontade deDeus. O princípio da Cruz é o processo da maturidade. Percebe-se, pela vida de Jesus, que oprocesso de Deus para tratar com o nosso Ego segue um certo padrão, uma ordem. Se falharmos

em um aspecto, Deus vai repeti-lo até que sejamos aprovados. Na escola de Deus ninguém pulacartilha ou compra nota.

Em João 5: 19,5:30,8:28, vemos Jesus testificando claramente a sua posição de completadependência do Pai. Isso é o princípio da Cruz em operação.

1. Aprendeu a submeter-se

 A primeira grande tensão na vida do discípulo é a autoridade. Sem dúvida, essa foitambém a primeira lição de Jesus. Seria ingenuidade pensar que Jesus não precisou aprender

coisa alguma. Em Hb. 5:8, vemos que Jesus aprendeu a obediência. E a primeira lição foisubmissão. Lucas nos diz (Lc. 2:41-51) que Jesus não apenas obedecia a seus pais, mas sesubmetia a José e a Maria de coração. Ele sabia quem era e de onde tinha vindo, mas ainda sesubmetia a seus pais que eram muito limitados no entendimento. Jesus, aos doze anos, jádiscutia com doutores, mas mesmo assim, não se exaltou sobre seus pais, antes lhes erasubmisso. Parece-nos que Maria, ainda que fosse uma santa mulher de Deus, não era umapessoa de grande entendimento. Maria e José eram extremamente pobres e sem certosprivilégios e oportunidades. Em muitas situações a encontramos incomodando

I Jesus. É muito fácil nos submetermos a quem sabe mais do que nós, mas como é difícilser submisso a quem sabe menos. Isso exige renúncia do nosso orgulho, do desejo de serreconhecido e do desejo de se achar alguma coisa. No processo do discipulado essa é a primeiralição que se deve aprender. O discipulador deve confrontar o discípulo para que este aprenda asubmissão.

2. Teve um coração ensinável

Estar aberto para aprender com quem quer que seja é algo muito dolorido. Sabemos que

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Jesus saiu para ser batizado por João diante dos olhos de todos. Isso era muito arriscado, poispoderia ser que mais tarde algum fariseu se dirigisse a ele dizendo: acaso não estivemos juntosnas aulas de batismo de João? E isso certamente deve ter acontecido, pois Jesus usa algumasilustrações feitas por João Batista (Comparar Mt 3:10 com 7:16-20) no sermão da montanha.Deve ser bastante constrangedor se colocar ao lado de pecadores para ser batizado alguém que

nunca tenha pecado, como foi o caso de Jesus. A segunda lição, pois, de todo aquele que querser discípulo, é ter um coração ensinável. É estar aberto para aprender com quem quer que seja,mesmo que isso muitas vezes seja extremamente constrangedor. Ninguém se diminui pôr ouvir eaprender algo com quem sabe menos.

3. Não agiu no entendimento e esforço próprios

Não é função nossa criar métodos próprios. Deus tem uma obra para ser edificada e nãopensemos que Ele é um construtor inepto, que não possui ao menos uma planta baixa. Pelanarração de João 5:19,5:30 e 8:28, podemos ver que Jesus somente fazia o que Deus mandava.

Não havia lugar para o "eu acho ou eu penso", mas somente para o que Deus queria realizar. Nóssomos construtores e executamos a planta que Deus projetou. Vem chegando o momento ondetudo que fugir do projeto de Deus será desmanchado. Deus não aceita anexos humanos à suaobra. Muitos de nós queremos fazer de nossas vidas o que bem queremos e isso denota falta deentendimento sobre o princípio da Cruz: "Não mais eu vivo, mas Cristo vive" - O comando nãomais me pertence, mas tudo está sobre o controle Divino.

4. Abriu mão do amor próprio

 Aquilo que guardamos mais fundo em nós mesmos é o nosso amor próprio - O medo de

sermos prejudicados, feridos, magoados e coisas assim que nos apavoram muito. Pedroingenuamente (Mt 16:21-34) incitou Jesus a que tivesse dó de si mesmo, julgando com isso estarfazendo um ato de amor. Jesus, no entanto, foi severo, como raramente o vemos na Bíblia, eexatamente em função de ter sido tocado numa das áreas mais sensíveis do homem: o amorpróprio. É propósito de Deus que alcancemos o nível em que abramos mão até mesmo da própriavida. "Quem amar a sua vida, perdê-la-á...". O discípulo passa a viver para agradar ao seuSenhor. O direito que temos é o de amá-lo.

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5.  Aborreceu a glória humanaJesus poderia ter sido coroado Rei de Israel (Jo 12: 12-28), mas ele preferiu a vergonha da

Cruz porque esta era a vontade de Deus. Não pensemos que não foi tentador para Jesus aquelaposição. Certamente o foi. Ele, no entanto, por conhecer a vontade de Deus, não se deixou levar

pela aparente glória humana. A grande questão da vida diz respeito ao desejo de ser reconhecido,visto e admirado. Se não abrirmos mão disso, seremos como os fariseus que faziam obras com ofim de "serem vistos pelos homens". Daí a reprimenda severa de Jesus contra eles.

6. Sendo Senhor serviu aos discípulos"O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir. Nós somos chamados a

servir aos santos, sem distinção e isso implica em levarmos nosso interesse em sermos servidos àcruz. Nosso ego deseja que todos estejam à.nossa disposição sempre, a cada momento, e depreferência, que nos tratem com toda atenção e educação. Mas o Espírito nos desafia a negarmosisso e fazer aquilo que esperávamos fosse feito a nós. Devemos servir com um coração perfeito eisso só acontece se renunciarmos a toda expectativa de retribuição à servitude. Toda expectativade lucro deve ser renunciada. Só assim serviremos com alegria. O resto, o que vem depois disso,depende do Deus que nos vê em secreto.

 Andar pela Cruz é andar em Amor

 Vemos que andar no Espírito implica andar em fé, mas não apenas isso implica tambémandar pela cruz, ou seja, andar em amor. Só podemos amar ao próximo se esquecermos de nósmesmos. Esquecer-se de si é renunciar ao ego. Observe a definição do amor em I Coríntios 13. A

prática do amor é simplesmente uma postura de tomar a cruz.Permita-me exemplificar mostrando apenas alguns pontos de I Coríntios 13 :4-7 :O amor é  paciente, é benigno;

o amor não arde em ciúmes,

não se ufana, não se ensoberbece

não se conduz inconvenientemente,

não procura os seus interesses.

não se exaspera, não se ressente do mal;

não se alegra com a injustiça, mas regozija

se com a verdade;tudo sofre,

tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Observe que a palavra de Deus diz que o amor não se ressente, ou seja, não se melindraou fica ofendido. O padrão de Deus não é o perdão. é não ficar ofendido. O perdão é a nossasegunda chance.

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 A questão do ficar ofendido é um grande problema que aflige a igreja do Senhor. O ficarofendido é a maior expressão do ego em ação. Quando ficamos ofendidos é que surge a ira, oódio, a discórdia, a divisão, a facção, a gritaria, as brigas e coisas semelhantes. Alguns podemdizer, será que não temos nem o direito de ficar ofendido? Mas eu digo, ficar ofendido é ficar como orgulho ferido, e orgulho ferido é ego machucado.

Observe ainda que Paulo diz que o amor tudo crê. Que significa isso? Sempre que o meuirmão pecar contra mim e se arrepender ,eu vou crer nele. Diz ainda que o amor tudo espera. Ouseja, quem ama sempre espera o melhor e não premedita o mau.

Mas o mais difícil é dizer que o amor tudo sofre e tudo suporta. As implicações dissopodem ser vistas na cruz. Por amor o Senhor suportou tudo, até a vergonha da cruz e, no final,pediu que o Pai perdoasse porque não sabiam o que faziam. O amor é a expressão da cruz.

TERCEIRO PRINCÍPIO DO ANDAR NO ESPÍRITO: ANDAR NO SOBRENATURAL

 Andar no Espírito é também andar no sobrenatural. O sobrenatural não significa o

extraordinário. Significa que o meio é espiritual e não natural. Deus quer nos libertar tanto dopecado como do natural. O primeiro pecado levou o homem para o nível terreno do corpo.

Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore

desejável para dar entendimento, tomou lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele

comeu. Gn. 3:6

Observe que Eva foi primeiramente tentada a comer porque a árvore era boa para se

comer (Gn 3:6). Tudo começou no corpo. Na verdade, esse é um critério para sabermos se algovem de Deus ou não. As coisas de Deus sempre procedem do espírito para atingir a alma. Ascoisas do Diabo sempre começam no corpo e na carne, para depois atingir a alma. Tudo começouno corpo, por isso dizemos que para se andar no Espírito, precisamos andar no nível dosobrenatural em disciplina do corpo. As coisas do mundo do Espírito somente podem serexperimentadas pelo espírito humano recriado. O homem é um ser triúno: espírito, alma e corpo.O pecado de Eva começou exatamente no corpo. Por ela ter abandonado o nível do espírito, opecado teve espaço. Se desejamos servir a Deus. devemos fazê-la pelo Espírito, pela vida deDeus. E para que o Espírito flua precisamos disciplinar o nosso corpo.

O nosso espírito foi regenerado, a nossa alma está sendo transformada e o nosso corpodeve ser disciplinado.

Não há possibilidade de haver vida cristã sem renovação da mente, e da alma. Masigualmente verdadeiro é dizermos que é impossível haver vida cristã sem disciplina do corpo. Éimportante sermos radicais neste ponto: é impossível vida no espírito sem disciplina do corpo.

Mas antes de falarmos sobre esse ponto é bom fazermos uma distinção: disciplina não é

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igual a lei. Nós já fomos libertos da lei. Em Romanos 6: 14, descobrimos que não temos mais deser libertos da lei, nós já fomos libertos dela. “Porque o pecado não terá domínio sobre vós

porque não estais debaixo da lei e sim da graça", É importante frisarmos esse entendimento paraque não transformemos a disciplina do corpo em legalismo e nem tampouco em ascetismo. Adisciplina não é para comprarmos bênção de Deus e muito menos para sermos aceitos diante

dele. Somos aceitos por causa do sangue do Cordeiro. Aleluia ! A disciplina é para nós mesmos.não para Deus.É lamentável que muitos irmãos transformem em leis a oração. a leitura da Palavra e o

 jejum. Quando não oram se sentem distantes de Deus; quando não lêem a Palavra, imaginamque Deus agora está longe deles, que Deus os rejeitou. Nada pode ser mais lamentável do queisso. O amor de Deus por nós é o mesmo nos dias em que oramos, bem como nos dias em quenão oramos. A oração não é uma lei, é uma necessidade, uma disciplina. Não muda a nossaherança e os nossos privilégios em Cristo, mas nos ajuda a perceber as coisas do espírito commais clareza. A disciplina é para nós mesmos e não para sermos aceitos diante de Deus. Oacesso diante de Deus é exclusivamente pelo sangue de Jesus.

O que é a lei? Lei é tudo aquilo que eu tenho de fazer para Deus com o fim de ser aceito

por ele. Eu já fui liberto da lei. Não tenho mais de fazer coisa alguma com o fim de ser aceito,pois, por meio da obra da cruz, tenho livre e perfeito acesso. Fui justificado, perdoado, purificado.reconciliado, santificado, liberto e salvo. Nada pode me separar do amor e da presença de Deus,o caminho foi aberto. O legalismo é uma das piores heresias de nosso tempo. Há muitos quequerem ser salvos mediante algum mérito próprio, somos realmente contra eles. Há, porém,muitos em nosso meio que buscam a santificação por esforço próprio . Toda a obra é realizadapor Deus: desde a regeneração até a glorificação na volta do Senhor.

Mas o que é a graça ?Graça é aquilo que Deus faz por mim. Lei é o que eu faço, graça éo que Ele faz. Estamos debaixo da graça, ou seja, estou debaixo daquilo que Deus faz por mim.Isso significa que eu não vou viver na prática do pecado porque o que está nele é a divinasemente, o Espírito Santo. O legalismo é tão terrível porque ele anula a graça de Cristo. Quandoeu digo que sou eu que tenho de fazer, estou anulando aquilo que Ele já realizou por mim.Quando eu começo de novo a criar leis, estou escravizando alguém que é livre em Cristo. Nesseponto, volto a frisar que disciplina não é lei. Disciplina é levar o corpo e a mente afazerem a vontade do Espírito. Eu sou um ser espiritual, a minha vontade real está no meuespírito. O meu espírito sempre quer ter comunhão com Deus, o corpo é que procura impedir. Eu

devo disciplinar meu corpo para que o que está no meu espírito possa ser realizado. Com essaverdade em mente, vamos avançar no nosso estudo.

O PONTO CENTRAL É A VIDA

No Novo Testamento, temos a concretização do propósito de Deus. O Senhor Jesus disseque nos iria enviar o Consolador, o Espírito Santo de Deus. Hoje nós somos o templo definitivo doDeus vivo. Nós somos o tabernáculo de Deus na terra. O tabernáculo possuía três partes: o átrio,

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e) Por meios extraordinários

 A forma básica como Deus planeja conduzir os seus filhos é pelo impulso do espírito. OEspírito Santo que é residente em nosso espírito fala ao nosso espírito humano a vontade deDeus. Toda via, a Palavra de Deus nos mostra que existem formas extraordinárias de Deus. Não éa forma habitual, mas igualmente importante. Gostaria de mencionar pelo menos quatro formas:

 Sonhos

É indiscutível que Deus fala conosco por meio de sonhos. Foi assim com José, comDaniel, com José marido de Maria e com Paulo. Deus é o mesmo e Ele quer continuar a nosorientar e edificar através dos sonhos. Entretanto, alguns princípios devem ficar claros. O primeiroé que se você não sabe o significado do seu sonho, não saia por ai procurando alguém parainterpretá-la. Se Deus quer falar com você, Ele o fará por meios claros e compreensíveis. Se vocênão sabe o significado de um sonho, esqueça-o.

 Profecia

Quando falarmos sobre como checar as direções do Espírito, entraremos em maioresdetalhes sobre profecia, por hora basta dizer que não devemos rejeitar profecias. É uma formaclaramente bíblica de Deus falar conosco.

 As profecias são confirmações e não direções novas de Del.ls. Se Deus nunca falou no seuespírito sobre ser missionário na Índia, não vá pra lá porque um profeta disse. -:

Jamais vá consultar um profeta. Deus sabe o seu nome, o seu endereço e o seu telefone.Se um profeta tiver algo realmente de Deus pra você, Deus o mandará onde você está. A práticade consultar profetas é um herança mundana do hábito de consultar cartomantes. Muitos profetastêm sido instrumentos de espíritos de adivinhação por causa da pressão de terem de dar uma

palavra para alguém que vem consultá-los.  Voz audível de Deus

Não busque experiências espirituais. Não peça para ver ou ouvir coisa alguma. Essa ânsiapor experiências novas e diferentes pode ser uma brecha para espíritos de engano. .

 Ministério dos anjos

Gálatas 1:8 diz que, "ainda que um anjo vindo do céu vos pregue o evangelho que vá alémdo que vos temos pregado, seja anátema." Deus pode enviar um anjo para falar com você, masesse anjo deve confirmar a Palavra de Deus e o evangelho, caso contrário, trata-se de umdemônio disfarçado de anjo de luz.

COMO CONFIRMAR AS SUAS DIREÇÕES

1. Convicção Interior

 A direção do Espírito, geralmente, vem a nós através de uma testificação interior em nossoespírito. Em raras ocasiões, pode haver uma voz audível ou, até mesmo, uma aparição angélica,mas isto é uma exceção e não a regra. Precisamos. portanto, ser capazes de provarmos a nós

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mesmos que a impressão ou voz interior que estamos sentindo é na verdade o Senhor.Já que Deus fala ao nosso espírito, ou seja. ao nosso homem interior, é essencial que

desenvolvamos as faculdades do nosso espírito ao nível mais elevado possível. Idealmente, Deusquer que desenvolvamos uma qualidade de maturidade espiritual tal que possamos reconhecer aSua voz imediatamente, e que sejamos tão humildes e confiantes que seja realmente o Senhor,

para que possamos agir baseados na Sua Palavra. Não tenha suspeitas do Seu Espírito. Aprenda ater confiança na sua habilidade de discernir adequadamente.

2. A Palavra de Deus Escrita

 A Bíblia é o nosso guia mais confiável e possivelmente o mais simples de se usar. A vozinterior em nosso espírito é uma experiência um tanto quanto subjetiva e insegura. Ela pode serinfluenciada por nossas emoções ou desejos pessoais. Precisamos, portanto, submeterexperiências assim a um julgamento objetivo e seguro. A Bíblia é exatamente a fonte certa para

este julgamento. Ela não é emocionalmente influenciada ou preconcebida. Ela não tem nenhumenvolvimento pessoal. Portanto, ela é bem mais confiável. Entretanto,

I precisamos abordá-la com uma abertura e honestidade de coração,pois também podemos “fazer” com que a bíblia diga o que queremos que ela diga. É preciso que haja uma integridadede coração em nossa abordagem. Muitas vezes, as pessoas propositadamente procuram por umapassagem bíblica que apóie o que elas querem crer. Isto é conhecido como “torce” as Escrituras eé danos á fé e a um julgamento correto.

Quando você sentir uma certa direção ou impressão no seu espírito e você não estivercerto de que é a voz do Senhor, submeta em oração esta impressão a Deus. Peça-Lhe que Ele a

confirme ou a negue através da Sua Palavra. Inevitavelmente, depois que você tiver feito isto, umversículo ou passagem bíblica que se relaciona com o assunto em consideração chamará a suaatenção. É realmente impressionante em quantas circunstâncias e assuntos diferentes Deus podefazer com que a Sua Palavra se aplique. Em geral, de formas incomuns, Deus dá liberalmente Suadireção através da Sua Palavra.

O Espírito de Deus nunca discorda da Sua Palavra. O Espírito Santo nunca lhe diria parafazer algo que é condenado pela Bíblia. Ele nunca o conduziria contrariamente aos clarosprincípios expressos na Bíblia.

3. A Paz de Deus"E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, dom ine em vossos

corações" (CI3:15).

 A palavra traduzida por "domine" neste versículo é a palavra "juiz" ou "árbitro" no original.Paulo está então dizendo: "Deixe que a paz de Deus seja o árbitro em seu coração." Imagine um

 jogo de futebol. Enquanto tudo está indo de acordo com as regras e não há nenhuma falta ou

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infração, o apito do árbitro está em silêncio. Entretanto, quando há uma infração das regras,ouve-se o apito, e é preciso que o jogo pare imediatamente. Os jogadores, então, olham para oárbitro para descobrirem o que aconteceu de errado e qual éa sua decisão na situação. Assim queele esclarecer as coisas, o jogo pode prosseguir novamente. É assim também com a paz de Deusem nossos corações. Quando as coisas estão fluindo suavemente no propósito de Deus, há uma

paz interior profunda em nosso~ corações. Esta paz deveria sempre estar lá. Paulo diz que somoschamados a.uma paz assim. Se por acaso perdemos esta paz, então precisaremos olhar para oEspírito Santo para descobrirmos o erro. Por que perdi a minha:paz? Ele nos mostrará,rapidamente, onde estamos errados e como corrigir a situação. Quando fizermos isto, pedindoperdão a Deus e voltando ao caminho certo, outra vez a nossa paz será restaurada.

4. .Buscando Um Aconselhamento Maduro

"E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo" (C13: 15).

Não somente devemos possuir uma paz pessoal interior como uma indicação de que tudoestá bem, mas também podemos, se necessário, submeter as nossas impressões aodiscernimento de outros membros do Corpo. Isto pode ser feito dentre crentes nascidos de novo,aos quais você se uniu numa comunidade cristã. Coloque o assunto diante do grupo, e se houveruma resposta de paz unânime, então você pode ficar certo de que Deus está confirmando adireção que você recebeu.

 A Bíblia diz: "... na multidão de conselheiros há segurança" (Pv 11 :4).

"Onde não há conselhos os projetos saem vãos, mas com a multidão de conselheiros seconfirmarão"(Pv 15:22).

Eu gostaria de enfatizar o ponto de que é um aconselhamento maduro que devemosbuscar. Procure um aconselhamento de pessoas espiritualmente maduras que tenham umacredibilidade provada com relação à sabedoria. Pedir conselhos a pessoas espiritualmenteimaturas somente lhe trará mais confusão e incerteza. Vá a pessoas cujas vidas provêm que elasacharam a vontade de Deus, pessoas que obviamente estão tendo êxito na vida cristã porque elasforam capazes de ouvir a voz de Deus dirigindo-as nas circunstâncias de suas próprias vidas.

5.  As Circunstâncias e a Providência DivinaQuando Deus lhe diz para fazer alguma coisa, você pode contar que Ele começará a abrir

as portas para que você possa faze-la. Se Ele estiver guiando você numa determinada área, entãoas Suas providências começarão a surgir a você naquela área. Há um pequeno pensamento queeu aprendi e que me tem sido extremamente útil quando quero obter direções do Senhor. asaber: "Comece a andar e você receberá uma direção." Creio que um apoio bíblico para esteconceito seria em Gênesis, no tocante ao servo de Isaque. o qual havia sido enviado para buscar

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uma esposa para o seu mestre. Ele falou: " ... quanto a mim, o Senhor me guiou no caminho àcasa dos irmãos de meu Senhor" (Gn 24:27). Em outras palavras, uma vez que ele havia partidoem sua jornada, Deus lhe deu a direção. Davi diz: "Os passos de um homem bom sãoconfirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho" (SI 37: 23). Se você ficar sentadoesperando por uma revelação, talvez você fique assim para sempre. Se você começar a se mover

e estiver indo na direção errada. o Senhor lhe dirá. O Espírito Santo está dentro de todos oscristãos e Ele deseja muito guiar-nos nos caminhos e propósitos de Deus. Portanto, assim quecomeçarmos a nos mover com um desejo sincero em nossos corações de andarmos nos caminhosde Deus, o Espírito nos dará direções. Ao começar a se mover em harmonia com a vontade deDeus, as circunstâncias e providências surgirão diante de você, dando-lhe uma certeza econfiança interior.

6. Confirmação Profética

 Às vezes: uma declaração profética pode ser dada a alguém para confirmar algo que já foi

recebido do Espírito. Usei a palavra" confirmação" , deliberadamente, porque isto é exatamente oque as declarações proféticas deveriam fazer. Elas deveriam servir para confirmar algo quealguém já recebeu de Deus em seu espírito.

Deveríamos sempre ser cautelosos com relação a profecias aparentes que tendem a iniciaralguma coisa, ao invés de simplesmente confirmá-la. Se Deus quiser falar-lhe algo, Ele falará comvocê primeiramente. dentro do seu próprio espírito. Mas tarde ele poderá confirmar-lo através deuma declaração profética, qual servirá para confirmar e estabelecer o que Ele já lhe disse.

Nunca faça nada simplesmente porque alguém “profetizou” que você deveria fazer.Obtenha a sua própria direção pessoal de Deus e depois, se uma profecia substanciar aquilo que

você já recebeu, então tudo bem. As declarações proféticas certamente não são infalíveis o elemento humano envolvido nadeclaração das profecias faz com que elas sejam falíveis O Espírito, o qual as origina, é perfeito,mas as pessoas que as declaram são imperfeitas.

Muitos cristãos reverenciam as profecias como se o Próprio Deus estivesse falando do céu.Entretanto, não é Deus quem está falando diretamente. São os homens falando em nome deDeus. Se estas pessoas estiverem realmente no Espírito, então tudo bem. Suas palavrasedificarão, exortarão e consolarão a igreja (1 Co 14:3). Às vezes, infelizmente, as expressõesproféticas podem estar vindo do coração das próprias pessoas ou talvez, estejam sendo coloridase influenciadas pela inserção de alguns de seus próprios pensamentos.

Por causa disto, toda declaração profética deveria ser julgada para se saber se ela érealmente uma palavra do Senhor antes que ela seja recebida, e, certamente, antes que ela sejapraticada (1 Co 14:29).

1)  Deveria ser julgada, em primeiro lugar, pela Palavra de Deus. A Bíblia é infalível e,portanto, um juiz perfeitamente objetivo. Se uma declaração profética não estiver em perfeitaharmonia com os princípios expressos na Bíblia, ela será imediatamente duvidosa. Não importa

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quão religiosa ou espiritual uma declaração profética pareça. Ela deve concordar inteiramentecom a Palavra. Ainda que a profecia possa estar cheia de frases como "Eu, o Senhor, digo a ti,meu servo," isto, com certeza, não é nenhuma garantia de precisão ou veracidade. A Bíblia é onosso guia final, totalmente preciso e infalível. Sempre confie mais na Bíblia do que em qualquerprofecia.

2)  As profecias deveriam ser julgadas pelo que Deus já lhe mostrou em seu próprioespírito. Se elas não testificam e não confirmam o que você já recebeu do Senhor, então, nãoaceite nenhuma profecia pessoal. Certamente, a princípio você não deveria agir baseado nelas.Talvez você possa orar intensamente com relação a elas, submetendo-as a Deus e buscando aSua sabedoria e direção na questão.

3)  Se um grupo de crentes estiver presente.quando a profecia for dada, então um julgamento da comunidade poderá sé!: dado a respeito da profecia. Qual é a opinião geral arespeito dela? Os c~rentes do grupo concordam que esta é verdadeiramente uma palavra deDeus? Ou eles estão unidos em seu julgamento de. que esta palavra não vem do Senhor e de-

veria, portanto, ser tratada com muito cuidado?Muitas vidas inocentes têm sido arruinadas por terem agido muito prontamente com

relação a "profecias pessoais."

Bibliografia

 Andando no Espírito - Pr. Aluízio A. Silva. Videira - Igreja em Células.Revista Atos - Publicação de World Map. Edição de 1990.

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Andando no espírito

Tarefas para aprendizagem1-  Qual a vontade de Deus para nós depois que fomos regenerados?

2- 

De quais substituições é constituída a vida cristã?

3-  Explique porque a incredulidade foi o primeiro pecado?

4-  Quais são as três formas do pecado se manifestar para com Deus?

5-  Explique o que significa “ andar em fé”.  

6-  De que forma podemos andar pela cruz?

7-  Em pontos a cruz nos toca?

8-  Como se aplica a cruz no nosso dia- a- dia?

9-  Como é o exemplo deixado por Jesus?

10- Por que devemos andar no sobre natural?

11- O que acontece se falharmos em perceber a voz do Senhor e a Sua direção?

12- Como podemos ser guiados pelo Espírito?

13- Que cuidados devemos ter ao buscar direção espiritual?

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DISCIPLINA III

TRANSFORMAÇAO DA ALMA

 A MENTE: UM CAMPO DE BATALHA

De acordo com a Bíblia, a mente do homem é incomum or se constituir um campo debatalha onde satanás e seus maus espíritos contendem contra a verdade e contra o crente. Amente e o espírito do homem são como uma cidadela que os maus espíritos anseiam porcapturar. O campo aberto onde a batalha se trava para a conquista da cidadela é a mente dohomem.

Em 2 Co.10:3-5, o Apóstolo Paulo compara os argumentos e raciocínios do homem a umafortaleza do inimigo. Ele descreve a mente como que possuída pelo inimigo que deve ser

quebrada então pela batalha travada. Muitos pensamentos rebeldes estão armazenados nestasfortalezas e precisam ser levados cativos à obediência de Cristo. Tudo isso mostra claramente quea mente do homem é o cenário da batalha onde os maus espíritos entram em conflito com Deus.

Podemos ver como os poderes das trevas se relacionam principalmente com a mente do homeme como ela é de uma forma peculiar susceptível aos ataques de Satanás. Com respeito às outrasfunções da alma - vontade e emoção -, Satanás não tem como fazer nada, a menos que tenhaganho algum terreno neles. Mas com respeito à mente, ele pode operar livremente sem primeiropersuadir o homem ou garantir o seu convite.

 Antes da regeneração, o intelecto do homem o impede de compreender a Deus. É

necessário que Seu grandíssimo poder destrua os argumentos do homem. Esta é uma obra quedeve ocorrer na hora do novo nascimento, e acontece na forma de arrependimento. Mas mesmodepois do arrependimento, a mente do crente não é totalmente liberada do toque de Satanás -ele vai continuar agindo. Em 2 Co.l1:3 Paulo reconhece que o deus desse mundo segue a mentedos não crentes e engana a mente dos que crêem. Hoje, muitas vezes Satanás se disfarça comoum anjo de luz, a fim de conduzir os santos, propagando um evangelho diferente do evangelhoda graça de Deus. Na verdade, são poucos os que poderiam imaginar que o diabo poderia darbons pensamentos aos homens!

É possível que um filho de Deus tenha uma nova vida e um novo coração e ainda não teruma nova cabeça. Quão frequentemente as intenções do coração são inteiramente puras, mas ospensamentos na cabeça são confusos. Se a mente do cristão não é renovada, sua vida estádestinada a ser desequilibrada e estreita. O povo de Deus precisa saber que, se desejam viveruma vida plena. sua mente deve ser renovada. A Bíblia declara enfaticamente que devemos" sertransformados pela renovação da nossa mente" (Rm12: 2).

 A mente sob o ataque dos espíritos maus

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O cristão pode descobrir que é incapaz de regular sua vida mental e fazer com que elaobedeça o propósito da sua vontade. Pergunte a si mesmo: Quem controla a minha mente? Eumesmo? Se assim for por que não posso controlá-la agora? É Deus quem dirige minha mente? Senão sou eu nem Deus quem regula a vida mental, quem então está no controle? Obviamente sãoos poderes das trevas. Por isso, sempre que o filho de Deus observa que não tem mais

capacidade para governar a mente, ele deve perceber logo que é o inimigo quem a está dirigindo.Um fato que devemos sempre manter em mente é este: o homem possui vontade livre. A

intenção de Deus é que o homem tenha controle de si mesmo. Ele tem autoridade para regularcada uma de suas capacidades naturais; por isso, todos os seus procedimentos mentais devemestar sujeitos ao poder da sua vontade. O cristão deve perguntar a si mesmo: Esses são meus.pensamentos? Sou eu quem está pensando? Se não sou eu, então deve ser o espírito malignoque é capaz de operar na mente do homem. Essa pessoa deve saber que, neste caso, ela nãoteve a intenção de pensar e ainda assim pensamentos brotaram em sua cabeça. Sua conclusãodeve ser que estes pensamentos não são seus, e sim do espírito maligno. Mas como saber se um

pensamento é seu ou de um espírito maligno? O cristão deve observar como ele surgiu. Se suafaculdade mental está tranqüila e serena, funcionando normal e naturalmente e, de repente, umpensamento desordenado e sem qualquer ligação com suas atuais circunstâncias brota, muitoprovavelmente é uma ação dos maus espíritos. Eles estão tentando injetar seus pensamentos nacabeça do crente para assim levá-lo a aceitá-los como seu. Se o filho de Deus não deu origem àidéia, mas pelo contrário, se opõe a ela, e mesmo assim ela continua em sua cabeça, podeconcluir que tal pensamento vem do inimigo. Cada pensamento que o homem escolhe nãopensar, e cada um que se opõe à vontade do homem, não vem dele e sim do exterior. É muitoimportante saber que os poderes das trevas operam não apenas do lado de fora, mas do lado de

dentro do homem também. Isto quer dizer que eles podem se comprimir na vida de pensamentodo homem e operar dali. Os espíritos malignos possuem uma capacidade de comunicação que ohomem não possui. Eles podem trabalhar inicialmente na mente do homem e depois alcançar suaemoção e vontade. A Bíblia mostra claramente que os poderes das trevas tanto podem comunicaridéias ao homem como tirá-las dele: o diabo já havia colocado no coração de Judas Iscariotes,filho de Simão, que o traísse (Jo. 13:2) e "Logo vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra" (Lc.8: 12).

 As causas do ataque dos maus espíritos

Sempre que alguém oferece oportunidade aos maus espíritos, ele não pode mais seguirsua própria vontade, mas deve ser obediente à vontade do outro. Ao ceder terreno a eles em suamente, imediatamente sua soberania sobre ela é perdida. Devido a essa afinidade entre'a mente eos maus espíritos, o cristão sempre abre caminho para eles. O terreno ganho concede autoridadea essas potestades para operarem sem impedimento na mente do crente. Mas a mente dohomem pertence ao homem e sem a sua permissão, o inimigo não tem poder para usá-la.

É no campo das idéias e do pensamento que o cristão fornece território aos maus espíritos,

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e dali é que eles operam. Falando de modo geral, são seis os tipos de terrenos que podem sercedidos ao inimigo. Vamos examinar cada um deles.

a) Uma mente não renovada

Se a mente do cristão não é renovada depois do seu espírito ser regenerado, ele expõegrande território às maquinações do espírito maligno. Sabedores de que essa mente não

renovada constitui sua melhor oficina de trabalho, as forças do inimigo empregam todo artifíciopara manter o crente na ignorância ou então impedindo-o de buscar a renovação da sua mente.

b) Uma mente incorreta

Todos os pecados fornecem território ao adversário. Se um filho de Deus alimenta opecado em seu coração, ele está emprestando sua mente aos espíritos satânicos para uso deles.Todos os pensamentos impuros, orgulhosos, sem bondade e injustos fornecem bases deatividades a esses espíritos.

c) Interpretar mal a verdade de Deus

Se os seguidores de Deus compreendem ou interpretam erradamente como sendo naturalou causado por eles mesmos, aquilo que os maus espíritos causaram em seus corpos,circunstâncias ou trabalhos, eles estão cedendo terreno precioso a eles para suas abomináveisrealizações. Uma mentira abraçada foi o terreno para mais atividades pelos elementos satânicos.Por outro lado, muitos cristãos interpretam mal as verdades de Deus. Os maus espíritos planejamde acordo com o entendimento errado do crente, e este julga que essas coisas são de Deus,ignorando que elas são apenas uma imitação dos maus espíritos e fundamentadas no seu malentendimento.

d) Aceitação de sugestões.

Os espíritos malignos colocam seu pensamento na forma de profecia, depois a plantam namente do crente para ver se ele vai aceitá-la ou rejeitá-la Se a mente dele não oferecer objeçãoe, pelo contrário, até mesmo aprovar esta profecia, os espíritos da impiedade conquistaram umlugar para realizar o que propuseram. O cumprimento das palavras dos advinhos é baseadainteiramente nesse princípio. Os demônios injetam palavras com respeito ao corpo do cristão, taiscomo predizer sua fraqueza ou doença. Se o crente absorve este pensamento, ficará de fatodoente e fraco.

e) Uma mente vazia

Deus criou o homem com uma mente para ser usada. Uma mente vívida é um obstáculo à

obra dos demônios. Um dos seus maiores alvos, é conduzir a mente da pessoa a um estado vazio,pois enquanto a cabeça estiver vazia, ele não pode pensar. O cristão deve exercitar sua mente,pois assim barra a ação maligna.

f) Uma mente passiva

 A diferença entre uma mente passiva e uma vazia é que a mente vazia não é usada, e apassiva fica à espera de alguma força exterior para ativá-lo. Passividade é se abster de mover porsi mesmo e deixar que elementos exteriores façam isso. A passividade reduz o homem a uma

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máquina. A passividade oferece aos espíritos malignos oportunidade de ocupar também a vontadee o corpo do crente. Se alguém permitir que a sua cabeça pare de pensar, pesquisar, decidir e deexaminar sua experiência e ação à luz da Bíblia, ele está praticamente convidando Satanás ainvadir sua mente e enganá-lo. Em seu desejo de seguir a direção do Espírito Santo, muitos dosfilhos de Deus sentem que não precisam de medir, investigar e julgar à luz da Bíblia todos os

pensamentos que aparentemente vêm de Deus.Passividade

 A causa da passividade é a ignorância do cristão. O caminho normal da condução de Deusé na intuição do espírito e não na mente. O crente deve seguir a revelação da sua intuição, e nãoo pensamento em sua mente. É pela intuição que chegamos a conhecer a vontade de Deus, mastambém precisamos da mente para inspecionar nosso sentimento interior a fim de determinar seele vem da intuição ou se é uma imitação das nossas emoções. Sabemos pela intuição, mastiramos a prova pela mente. A cabeça não deve nunca guiar ou conduzir, masinquestionavelmente, ela precisa testar a autenticidade da direção. Tal ensinamento concorda

com as Escrituras (Ef. 5: 17,10).Um crente pode escorregar para a passividade, quando espera que Deus coloque Sua

vontade em seu pensamento e cegamente segue toda condução sobrenatural sem empregar suainteligência para examinar se ela vem de Deus. A conseqüência de tal ignorância é a invasão doinimigo. Os adivinhadores, os agoureiros, os médiuns, os necromantes dizem que a fim de ficarempossessos por aquilo que chamam de "deuses" (que na realidade são demônios), a vontade delesnão deve oferecer qualquer resistência, a mente deve ser reduzida a um branco total Os mausespíritos ficam vibrando quando encontram. A distinção básica entre as condições de operação doEspírito Santo e dos maus espíritos podem ser resumidas desse modo:

a) Todas as revelações e visões sobrenaturais que exigem a suspensão total da função damente ou que só são obtidas pelo cessar do seu funcionamento não são de Deus.

b) Todas as visões que têm sua origem no Espírito Santo são concedidas quando a mentedo crente está plenamente ativa - a ação de demônio segue um caminho oposto

c) Tudo o que flui de Deus concorda com a natureza de Deus e a Bíblia.

 Vamos apresentar agora mais três diferenças entre a ação de Deus e a dos demônios. .

a)  O pensamento dos demônios sempre invade vindo do lado de fora, entrandoprincipalmente pela mente.

b) O pensamento deles força, empurra e compele o homem a agir imediatamente - nuncaconcede tempo para pensar, considerar ou examinar.

c) Os demônios confundem e paralisam a mente do homem para que não mais possampensar.

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OS FENÔMENOS DE UMA MENTE PASSIVA Vamos apresentar rapidamente os fenômenos de uma mente sob o ataque dos maus

espíritos.Pensamentos relâmpagos

Depois que a mente de alguém afunda na passividade, ele receberá muitos pensamentos

injetados pelo lado de fora, noções impuras, blasfemas e confusas. Tudo isso passa por suamente em sucessão. Embora ela decida rejeitá-las, não tem poder para fazê-la cessar ou paraalterar a inclinação do seu pensamento. Algumas vezes, essas idéias reluzem no cérebro dealguém como um relâmpago.

Imagens

O adversário também pode projetar imagens boas ou impuras na mente do crente. Issoacontece porque seu poder de imaginação declinou para a passividade. Ele não pode controlarseus poderes imaginativos, mas permitiu o controle deles pelos maus espíritos.

SonhosOs sonhos podem ser naturais e sobrenaturais. Alguns são inspirados por Deus e ainda

outros por Satanás. Os poderes malignos podem criar imagens durante o dia, e sonhos durante anoite. À noite o cérebro não é tão ativo como de dia, sendo desse modo, mais passivo e maispropenso a ser manipulado pelo diabo. Tais sonhos fazem com que se levante pela manhãseguinte com a cabeça pesada e um espírito melancólico. Os sonhos e as visões de Deuscapacitam o homem a ser normal, tranqüilo, cheio de raciocínio e consciente. Os sonhosinspirados por Satanás são grotescos, impetuosos, fantásticos, tolos e tomam a pessoa arrogante,atordoada, confusa e irracional.

InsôniaEste é um mal comum dos santos. Ao deitarem à noite, muitos experimentam

pensamentos sem fim brotando em suas mentes. Continuam pensando no seu dia de trabalho ourelembrando experiências passadas, ou mesmo enchendo suas mentes com uma mistura deassuntos. Eles pensam de antemão nas obrigações da manhã seguinte, tais como o que devemfazer e qual seria o melhor plano. Seus cérebros giram incessantemente. Essas pessoas queremrealmente dormir, mas não conseguem parar de pensar. No curso normal dos acontecimentos, osono renova o espírito das pessoas, Mas quando se passa noites e noites de insônia, o crentechegará a ter pavor do sono, da cama e da noite.

EsquecimentoDevido ao ataque do diabo, muitos santos são destituídos do seu poder de memória e

sofrem de esquecimento. Eles esquecem até mesmo o que disseram e fizeram. Não podemlocalizar objetos que guardaram naquele mesmo dia. Outro fenômeno pode ser observado: ocrente pode normalmente possuir uma boa memória, mas em vários momentos críticos ela falhasem explicação. Tudo isso é ação de demônios.

Falta de concentração

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 Alguns, por ação de espíritos malignos, parecem não ter qualquer poder de concentraçãoquando tentam pensar enquanto outros são melhores. mas seus pensamentos voam paraqualquer lugar depois de uns poucos momentos de concentração num determinado assunto,principalmente durante a oração e a leitura da Bíblia. Há irmãos que não têm consciência do queestão lendo e não conseguem prestar atenção aos cultos. Espíritos malignos tentam evitar que

ouçam o que seria útil, não fazendo cessar a operação de suas mentes, mas forçando-os a pensarem outras coisas. Por essa razão, muitos cristãos não conseguem ouvir o que os outros lhesdizem. Antes que o outro termine, ele já está interrompendo impacientemente, pois os mausespíritos o inspiraram com inúmeros pensamentos.

Inatividade

Num último estágio, a mente do crente perde sua capacidade de pensar e cai quase queinteiramente nas mãos dos maus espíritos. A pessoa torna-se incapaz de pensar, pois nãoconsegue iniciar qualquer pensamento, pois milhares deles passam por sua mente a cada instante

e ele não tem como faze-los cessar. O crente escravizado desenvolverá um ponto de vistadesordenado e desequilibrado. Um pequeno monte aos seus olhos parece uma montanha. Essapessoa foge de situações e pessoas que o forcem a pensar. Todo o seu tempo é dissipado, gastosem pensamento, imaginação, raciocínio ou consciência.

 Vacilação

São cristãos que não têm firmeza de caráter e que trocam de posição interminavelmente.Todavia, na realidade, são os espíritos iníquos que mudam seus pensamentos e alteram suasopiniões. De manhã decidem fazer algo, e à tarde já mudaram de idéia.

Tagarelice

Geralmente, crentes assaltados por Satanás são muito tagarelas, visto que suas cabeçasestão explodindo com pensamentos, suas bocas não podem estar sem grande abundância depalavras. A mente que não pode ouvir os outros, mas exige que os outros a ouçam é uma mentedoente. Muitos cristãos são como máquinas falantes operadas por forças externas. Quantos nãopodem refrear suas línguas da fofoca, dos gracejos e da difamação! Parece que as idéias tão logosurgem em suas mentes e antes que haja oportunidade para considerá-las, já se transformaramem palavras - a língua fica fora do controle da mente e da vontade. Tudo isso é causa da

passividade da mente. O cristão deve compreender que todas as suas declarações devem ser oresultado do seu próprio pensar.

Obstinação

Uma pessoa passiva se recusa categoricamente a ouvir qualquer raciocínio ou evidência,após ter tomado uma decisão. Não está disposto a ouvir os outros, pois julga que nunca podemsaber o que ele sabe! Esse tipo de pessoa aceita todas as vozes sobrenaturais como sendo de

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Depois de identificar. em qual dessas áreas ele cedeu território aos maus espíritos, ele deve partirimediatamente para a recuperação do terreno perdido. A mente não renovada deve ser renovada;a mentira aceita deve ser localizada e renunciada; e a passividade deve ser transformada em açãolivre.

 A mente renovadaDeus não deseja uma mudança na mente de Seus filhos apenas na ocasião da conversão.

 A mente deve ser renovada constante e completamente, visto que qualquer resíduo da suacarnalidade é hostil a Deus. Rm 8:7,2 Co.10:5; Rm. 6:11,12 e Efésios4, são versículos que nosadvertem quanto ao domínio de Satanás em algumas áreas de nossas vidas e introduzem a cruzcomo o instrumento para a renovação da mente. A salvação que Deus comunica através da cruzinclui não apenas uma nova vida, mas a renovação de cada função da nossa alma também. Asalvação que está profundamente arraigada em nosso ser deve ser gradualmente" desenvolvida" .Precisa ficar claro para nós que a renovação é obra de Deus, mas o despojar - o negar, o

abandonar - o seu velho pensamento é o que você deve fazer.Depois de reconhecer a velhice da sua mente e desejar despojá-la pela cruz, o cristão deve

agora praticar a negação diária de todos os pensamentos carnais. De outro modo, a renovaçãoserá impossível. Em 2 Co.10.5, aprendemos que devemos trazer todos os pensamentos cativos àobediência de Cristo. Devemos examinar o pensamento para determinar se: (1) ele vem da suamente velha, ou (2) se ele emana do terreno cedido, e se (3) oferecerá novo terreno aos mausespíritos, ou se (4) ele brota de uma mente normal e renovada.

Mentiras renunciadas

Quando o salvo se coloca debaixo da luz de Deus, ele descobre que freqüentem ente nopassado as mentiras dos maus espíritos foram por ele aceitas, levando a uma situação depassividade. Exercitando-se, o filho de Deus descobrirá que muitas aflições, fraquezas, doenças eoutros fenômenos em sua vida hoje, aconteceram porque ele aceitou direta ou indiretamente asmentiras nele plantadas pelos demônios no passado. Para se assegurar a liberdade, o cristão deveexperimentar a luz de Deus, que é a verdade de Deus. Visto que ele anteriormente perdeuterreno por crer nas mentiras, agora deve recuperar este terreno negando todas as mentiras.Deve orar buscando luz de Deus para conhecer toda a verdade. Pela oração e pela escolha davontade, ele deve resistir a toda mentira satânica.

 A passividade destruída

Precisamos entender uma lei básica no reino espiritual: nada que pertença ao homem podeser realizado sem o consentimento da sua vontade. É devido à ignorância que o filho de Deusaceita o engano dos maus espíritos e dá permissão a eles para operarem em sua vida. Agora,para retomar o terreno, deve retirar o consentimento dado aos demônios, insistindo no fato deque ele é seu próprio senhor e não vai tolerar que o inimigo manipule qualquer parte do seu ser.

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Nesse processo de retomada, o crente deve tomar a iniciativa em cada ação e nãodepender de ninguém mais. Ele deve tomar sua própria decisão sem esperar passivamente pelooutros ou por circunstâncias. Orando e vigiando deve avançar passo a passo. Deve exercitar suamente e pensar no que deve fazer, falar ou se tornar. O crente deve entender que este processopode demorar. Cada sugestão do inimigo dada ao crente deve ser enfrentada com a verdade da

Bíblia. Responda às dúvidas com os textos da fé, reaja ao desespero com as palavras deesperança, responda ao temor com palavras de paz. A vitória é obtida pelo manejo da Espada doEspírito.

 A PASSIVIDADE E SEUS PERIGOS"O meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento". ( Os. 4:6). Os cristãos de

hoje geralmente carecem de dois tipos de conhecimento: (1) conhecimento das condições atravésdas quais os maus espíritos operam; (2) conhecimento do princípio da vida espiritual.

 A lei da causa e efeito

Para cada uma das coisas que Deus criou existe uma lei. Os maus espíritos tambémoperam segundo leis definidas. Ora, se alguém oferecer as condições para a operação dos mausespíritos, então, certamente o terreno foi cedido para que eles operem nele. Esta é a lei da causae efeito - aquele que preenche os requisitos para a operação dos maus espíritos será prejudicadopor eles. O fogo queima tudo o que for colocado nele; a água afoga todos os que forem imersosnela, e os maus espíritos atacam todos (até mesmo os filhos de Deus) que concedem terreno aeles. Os demônios começam a penetrar em qualquer homem, tão logo obtenham uma base deapoio nele.

Falando de modo simples, o terreno que o crente fornece aos demônios é o pecado. Todopecado fornece território a eles. Existem dois tipos de pecado: o positivo e o negativo. O positivosão aqueles que a pessoa comete: suas mãos realizam más ações, seus olhos contemplam cenasmalignas, seus ouvidos ouvem notícias ímpias e sua boca pronuncia palavras impuras. Mas aPalavra de Deus diz que também a omissão (leia-se pecado negativo) também é pecado (Tg. 4:17).

O pecado de omissão que concede terreno aos demônios é a passividade do crente. A nãoutilização e a má utilização de qualquer parte do nosso ser é um pecado aos olhos de Deus.

Todas as nossas habilidades e dons devem ser devidamente utilizados. Quando isto não acontece,está sendo oferecido ao diabo ocasião para que elas sejam exercitadas por ele.

Os Perigos.

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Eis a ordem do processo que muitos crente cumprem até caírem nas mãos dos demônios:(1) ignorância, (2) engano, (3) passividade, (4) entrincheiramento. Depois de seguir todos estespassos, o engano aprofunda mais, resultando num cerco de proporções alarmantes. A pessoanesse estado prefere ser guiada pela circunstância do que ser livre para escolher uma outra,porque fazer uma escolha é muito cansativo para ele. Em tal condição de inércia, decidir uma

questão pequena se torna uma tarefa tremenda. A vítima busca ajuda em toda parte. Sente-sebastante atrapalhado por não saber como lidar com seus negócios diários. Parece ter grandedificuldade em compreender o que as pessoas lhe dizem. Lembrar de algo lhe é extremamentedoloroso. Este crente fica à espera de uma ajuda, um impulsionar exterior. Estamos sugerindoque tal crente passivo não gosta de trabalhar? De modo nenhum! Porque quando é impulsionadopor uma força externa, ele é capaz de trabalhar, mas tão logo termina a compulsão, ele pára bemno meio de seu trabalho, sentindo-se sem forças pra prosseguir. Este crente não conclui suastarefas.

Porque sua vontade já é passiva e sem capacidade de operar, os maus espíritos

geralmente o conduzirão a uma situação em que o exercício da vontade é necessário, a fim deembaraçá-lo e sujeitá-lo ao escárnio. Eles instigam muitas dificuldades para que o santo fiqueesgotado. Quão lamentável que ele não tenha força para protestar e resistir. As potestadeslevaram vantagem porque sua vítima caiu da ignorância para o engano, do engano para apassividade ,e da passividade para os sofrimentos de um profundo cerco. Mesmo assim, ele aindanão discerniu que tal situação não foi dada por Deus e por isso continua em sua aceitaçãopassiva. "Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, soisservos desse mesmo a quem obedeceis..." (Rm. 6:6) Se nós oferecemos a Deus apenas de boca,e na prática real estamos nos sujeitando aos maus espíritos, não podemos escapar de sermos

seus escravos.

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O ENGANO DO CRENTE

Os crentes que caem nas garras dos maus espíritos não são apenas os mais

profanos, degenerados e pecaminosos, pelo contrário, muitas vezes são cristãostotalmente entregues e espiritualmente mais avançados do que os crentes comuns.Eles caem na passividade por não conhecerem como cooperar com Deus. Estãocheios de boas intenções, mas honestidade não é a condição para não serenganado e sim, o conhecimento. Como ele pode esperar que Deus o proteja porsuas boas intenções quando ele está cumprindo os pré-requisitos para a operaçãodos maus espíritos?

Consideraremos alguns detalhes e conceitos errôneos que os cristãosgeralmente aceitam.

Uma noção errada com respeito à morte juntamente com Cristo Gl. 2:20 falada nossa morte com Cristo. Alguns interpretam tais palavras como que indicandoauto-anulação. O que eles consideram ser o ápice da vida espiritual é uma perda depersonalidade, ausência de vontade e de autocontrole. O argumento deles é: "Vistoque fui crucificado com Cristo, então o eu não mais existe. Já que o Eu morreu,então, eu devo praticar a morte, isto é, não devo abrigar qualquer pensamento,desejo ou sentimento. Porque Cristo está vivo dentro de mim, Ele pensará ousentirá em meu lugar". Infelizmente, estas pessoas ignoram o restante do versículo:"...a vida que agora Eu vivo na carne" .

Paulo, depois de ter passado pela cruz, ainda declara de si mesmo: "...agora9EU) vivo”! 

 A cruz não aniquila o nosso "Eu". O verdadeiro sentido da nossa aceitação damorte juntamente com Cristo é que estamos mortos para o pecado e queentregamos nossa vida da alma à morte. Deus nos convida a negar o desejo deviver pelo nosso poder natural e a viver por Ele, dependendo de Sua vitalidademomento a momento. Tal andar com Deus requer o exercício diário da nossavontade, de uma maneira ativa, consciente e em fé, para a negação da nossaprópria energia natural e a apropriação da energia divina. As conseqüências do mau

entendimento dessa verdade são: (1) o crente pára de ser ativo, (2) Deus não podeusá-lo porque violou Seu princípio de operação e (3) os maus espíritos agarram aoportunidade para invadi-lo, visto que, involuntariamente, preencheu os requisitospara sua operação. Quando dizemos que alguém deve estar "sem ego", queremosdizer sem qualquer atividade do ego, e não sem a existência do ego.

Existem vários conceitos errados relacionados com a vida espiritual. Eisalguns.

1 -  falar - Mt.1 0:20 "Porque não sois vós quem haveis de falar, mas o

Espírito de vosso Pai é quem fala através de vós". Alguns imaginam que enquantoestiverem entregando uma mensagem numa reunião, não devem empregar sua

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mente e vontade, mas devem apenas oferecer suas bocas passivamente a Deus,deixando que Ele fale através deles. Este texto não quer dizer isto.

2 - Direção - "E vossos ouvidos ouvirão uma voz atrás de vós, dizendo: Esteé o caminho; andai nele". (ls. 30:21). Os santos não percebem que este versículo se

refere especificamente à experiência do povo terreno de Deus, os judeus, durante oreino milenar, quando não haverá imitação satânica. Desconhecendo isso, elesentendem que a direção sobrenatural numa voz é a mais elevada forma de direção.Não escutam sua consciência nem seguem sua intuição. Esperam simplesmente deuma forma passiva pela voz sobrenatural. Neste momento, os demônios acham umterreno fértil para agir.

3 - Memória - "Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará emmeu nome, ele vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vostenho dito" (Jo.14:26). Os cristãos não entendem que este versículo significa que oConsolador iluminará suas mentes a fim de que possam lembrar aquilo que oSenhor falou. Eles, pelo contrário, pensam que a instrução é para que não usem suamemória, porque Deus trará todas as coisas à sua mente. .

4 -  Amor - "O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo EspíritoSanto que nos foi dado". (Rm. 5:5). Os crentes entendem que eles mesmos nãodevem amar, mas sim deixar que o Espírito Santo dispense o amor de Deus a eles.Oram pedindo a Deus que ame através deles. Por isso, param de exercitar suafaculdade da afeição, permitindo que sua função afunde numa paralisia total. Os

maus espíritos, então, substituem o homem. E, uma vez que abandonou o uso dasua vontade para controlar sua afeição, eles colocam no homem o amor falsificadodeles. Daí em diante, este homem se comporta como madeira ou pedra, frio emorto para todas as afeições. Isso explica porque muitos cristãos são dificilmenteacessíveis. Mc. 12:30 diz que devemos amar com todo o nosso ser. Nós (o Eu)devemos amar.

5 - Humildade - "Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos comalguns, que se louvam a si mesmos". (2 Co. 10: 12). Os crentes entendem mal estetexto e pensam que é um convite para se ocultarem até serem deixados sem auto-

estima, coisa que Deus, inquestionavelmente, nos permite ter. Muitos exemplos deauto-humilhação são um disfarce para a passividade. Em conseqüência disso, (a) ocrente apaga a si mesmo; (b) Deus não o enche; e (c) os maus espíritos utilizamsua passividade para tomá-lo inútil.

6- Sofrimentos e fraquezas

O cristão entende que deve andar no caminho da cruz e sofrer por causa deCristo. Ele também está disposto a ser fraco e ser fortalecido pelo poder de Deus.

Estas são atitudes louváveis, mas que podem ser utilizadas pelo inimigo se nãoforem bem compreendidas. Sofrer na mão do inimigo e ao mesmo tempo crer que

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seu sofrimento procede de Deus, apenas concede ao inimigo o direito de prolongaro ataque. Ele pensa ser um mártir - por sofrer pela Igreja - mas na verdade é umavítima. Devemos checar a fonte do sofrimento. Não devemos aceitarautomaticamente todos os sofrimentos como sendo de Deus.

Quanto à fraqueza, Paulo estava apenas re]atando para nós a suaexperiência de como a graça de Deus o fortaleceu em sua fragilidade, visando arealização do propósito de Deus. Não devemos entender que Paulo estivessepersuadindo um crente forte a escolher propositadamente a fraqueza, a fim de queDeus possa fortalecê-lo depois. Ele está simplesmente mostrando ao crente fraco ocaminho para a força.

Escolher a fraqueza e o sofrimento, sem os critérios necessários, é preencheras condições para a operação dos maus espíritos.

O ponto vital

O princípio envolvido em todos os casos que citamos ou não, é que o diabonão falha em agir sempre que houver passividade da vontade ou o preenchimentodas suas condições de operação. Para se livrar dessa situação, todos os que tenhamsido vítimas dos maus espíritos devem se perguntar: "preenchi as condições para aoperação dos maus espíritos?". Isto o livrará de muitos acontecimentos falsos esofrimentos desnecessários. Outra coisa que precisamos entender é que os mausespíritos se utilizam da verdade, por isso, devemos entender o princípio básico dequalquer ensinamento bíblico, para que o diabo não se utilize da própria palavra,

distorcendo-a, para nos confundir e aprisionar.

 A VEREDA PARA A LIBERDADE

E possível que um crente consagrado seja enganado com respeito àpassividade por alguns anos, sem jamais ser despertado para sua perigosacondição. A apresentação do verdadeiro significado da consagração a estes se tornade importância vital. O conhecimento da verdade é vital para a libertação dapassividade.

O conhecimento da verdade

O primeiro passo para a liberdade é conhecer a verdade de todas as coisas: averdade com respeito à cooperação com Deus, a operação dos maus espíritos,consagração e manifestações sobrenaturais. O filho de Deus deve conhecer averdade quanto à fonte e à natureza das experiências que possa ter estadoprovando.

 Advertimos nossos leitores sobre o perigo da experiência sobrenatural. Não

estamos dizendo que todas estas experiências são ruins e devem ser abandonadas -nada disso, pois a Bíblia está cheia de experiências sobrenaturais. Nosso propósito é

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lembrar que pode haver mais de uma fonte por detrás dos fenômenossobrenaturais. Será facilmente enganado, especialmente aquele crente que nãomorreu para sua vida emocional, mas busca ansiosamente acontecimentossensacionais.

Preste atenção! Quando a experiência sobrenatural tem como autor o EspíritoSanto, suas mentes ainda estão em condições de tomarem parte. Não é exigido quesejam total ou parcialmente passivos, antes de obterem ta! experiência. Mas, se aexperiência tem como autor demônios, então, as vítimas devem ser levadas àpassividade, suas mentes esvaziadas e suas ações realizadas sob compulsãoexterna. Devemos sempre lembrar que o espírito dos profetas estão sujeitos aosprofetas. (I Co. 14:32). Qualquer espírito que exige que o profeta se submeta a elenão é de Deus.

 A aceitação da verdade é o primeiro passo para a liberdade. Pode ser

vergonhoso para o crente reconhecer que foi usado e enganado pelos mausespíritos, mas é necessário reconhecer a verdade. A dúvida é o prelúdio para averdade. Isso não quer dizer duvidar do Espírito Santo, de Deus ou da Sua Palavra,mas sim da experiência passada de alguém. Tal dúvida é tanto necessária quantobíblica, pois Deus nos mandar "provar os espíritos" (I Jo. 4: 1).

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DISCIPLINA IV

O PLANO

DE REDENÇAO

 A NOVA ALIANÇA

OS ANTECEDENTES DA NOVA ALIANÇA

Deus planejou colocar o homem na terra, a fim de que este fosse o seureflexo, manifestando sua vida, sua natureza de sua glória. Deus desejava que ohomem O recebesse como sua vida dentro de seu espírito. Deus diz em Gênesis 1:26 "Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança". E assim,o homem criado por Deus andava na terra expressando a natureza de quem ocriara para isto. Infelizmente, este homem traiu o propósito de Deus, não o recebeuem seu espírito e deu ao Diabo a posse daquilo que lhe havia sido entregue. Deu aterra e a si mesmo. Vendeu-se à escravidão do pecado e tornou-se escravo doDiabo. Deus, entretanto, não se deu por vencido, e estabeleceu um plano. Esteplano divino é expresso em Gênesis 3: 15, neste sentido:

"Tu fizeste uma aliança com o homem, diz

Deus ao Diabo, e pelo engano entraste na terra. Mas Eu te digo que usarei amulheres colocarei dentro dela a minha semente, não a semente do homem,

porquanto a semente do homem foi corrompida. Colocarei a minha semente dentro

da mulher e esta semente me fará vir à luz um homem, porque eu dei a terra aos

filhos dos homens. Essa semente fará uma aliança de sangue com o homem equebrará o teu poder.

Passam-se dois mil anos, Deus começa a por em andamento seu Plano quevirá através de uma aliança de sangue Virá por um pacto, um testamento.

O primeiro sangue derramado na Bíblia foi no Éden. Foi Deus mesmo quemimolou o primeiro cordeiro e derramou o seu sangue sobre a terra. Essederramamento de sangue fez-se necessário porque entre Deus e Adão havia umaaliança e, quando uma aliança é quebrada, a morte deve vir sobre a parte infiel. Ocordeiro morreu no lugar do homem e a sua pele cobriu a nudez deste. Por toda aBíblia, vemos este sangue. Só no livro de Apocalipse, por vinte e oito vezes Jesus échamado de Cordeiro de Deus, o cordeiro que verteu sangue.

O Que é Uma Aliança de Sangue?

 A vida está no sangue e este é vida. Onde há derramamento de sangue,houve morte, houve derramamento de vida.  A aliança de sangue celebrada há

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muito tempo pelos povos antigos nasceu no coração de Deus. É um contrato entreduas pessoas, tão sagrado, tão sério. que jamais poderá ser quebrado, sob pena demorte. Por este contrato, togas as coisas se tornam em comum. O que é seu, torna- 

se meu, e o que é me..u, torna-se seu. Meus bens são seus, seus bens são meus,

minhas dívidas são suas, suas dívidas são minhas. Eu não tenho mais que pedir,posso lançar mão de tua o que é seu como se fosse meu e você pode lançar mãode tudo que é meu como sendo seu. Todos os povos antigos conhecem a afiança desangue. Ainda hoje, entre os africanos e os orientais, a aliança de sangue estápresente. O Diabo sabe do poder que há atrás de uma aliança de sangue e, por issomesmo a usa também. O ocultismo, a maçonaria e toda sorte de cultos satânicos aconhecem e a praticam. Entretanto, a aliança de sangue nasceu de Deus. Váriaseram as cerimônias em que os hebreus seguiam quando faziam uma aliança desangue com alguém. Uma delas era a troca de túnica: A roupa simbolizava a vida e

quando se tirava a túnica-e'a dava a alguém, isso significava que se estava dando aprópria Vida. Outra cerimonia era a troca do cinto que servia para ajustar a arma. Ocinto simboliza, nesse contexto, segurança. Quando se trocavam os cintos. Queriadizer: dou-te a minha segurança e a minha defesa. Quem luta contra mim.

Outro cerimônia era cortar o cordeiro em partes. Morto era o animal e umametade era colocada defronte da outra e ambos caminhavam por entre as partesformando a figura de um oito deitado, que significa o infinito. O significado é este:Eu morri, tu morreste, começamos uma nova vida como parceiros de aliança. Outracerimônia era o corte da mão ou do pulso. Após os cortes, juntavam-se estes

significando: Nossas vidas misturam-se, porque a vida está no sangue.

 Ainda outra era o partir do pão juntos e o beber do cálice. Isso acontece atéo dia de hoje. Quando duas pessoas comem juntas, isto significa: Minha vida estáentretanto na tua, tua vida está entretanto na minha. Somos irmãos de aliança.Outro cerimonial era a troca de nomes. Eu passo a receber seu nome e você recebeo meu, significando: Tenho agora direito a tudo quanto seu nome tem direito e vocêtem direito a tudo quanto o meu nome tem direito. As vezes, plantavam uma árvorecomo memorial ou trocavam ovelhas para gerarem frutos com esse fim. Na

presença do memorial, os termos da aliança eram escritos. Em todas elas haviabênçãos decorrentes da fidelidade à aliança, ou então maldições decorrentes daquebra da aliança.

Só Um Filho do Homem Pode Agir Legalmente na Terra

Quando Deus veio ao encontro do homem, Ele não veio pelo engano, comoSatanás, mas veio com a aliança de sangue. A palavra "aliança", no hebráicosignifica cortar com derramamento de sangue e andar por entre as partes. O NovoTestamento também é uma aliança de sangue.

Deus tinha o plano de trazer a sua semente à terra, com o fim de retomar aterra das mãos do Diabo e derrotá-lo. Deus deu a terra aos filhos dos homens,

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conforme o Salmo 115. Mas esse homem quebra a aliança e faz toda a terra e todaa sua descendência culpada. Mas, por a terra é dos homens, somente um homempoderia ser instrumento legitimo de redenção. Entretanto todos os homens sobre aterra estavam desqualificados para se tornarem esse instrumento. Se um homem foi

instrumento de queda, um homem deveria ser instrumento a;redenção. Não dadescendência de Abrão, porque a semente desta está contaminada pelo pecado e,como cada semente produz de acordo com a sua espécie, toda a descendência de Adão é contaminada.

Deus, então, sem violar Sua palavra e sua aliança, concebe, então, um planopara entrar legalmente na terra. Se a terra era dos homens, só um homem na terrapoderia. ser instrumento e canal da ação de Deus no planeta. Deus, então, faz-sehomem e sem violar nada, entra pela porta. A porta é o nascimento de mulher. EmJoão, capítulo dez, Jesus fala de duas formas de se agir na terra: como o ladrão de

ovelhas que pula a cerca ou como pastor que entra pela porta. O aprisco é a terra,as ovelhas são os filhos dos homens e a porta de entrada na terra, é o nascimentode mulher. Satanás não nasceu aqui, ele não é homem, nem filho do homem, subiuilegalmente, tomou emprestado o corpo da serpente.

 A aliança do Novo Testamento começa com Abraão, e Deus, através dessaaliança, abre uma forma legal de agir na terra. Deus tem em vista sua semente;tudo quanto fizer terá em mente essa sua semente: O Cristo.

 A Nova Aliança Procede da Aliança AbraâmicaNo capítulo doze de Gênesis, o Senhor diz a Abrão:

" Sai da tua terra e da tua parentela e vai para a terra que eu te mostrarei.

 Abençoarte-ei e tu serás uma bênção. Em ti serão benditas todas as famílias daterra", 

Quando Deus chama Abrão, Ele não tem em vista a descendência físicadeste, mas tem em vista a sua própria semente que viria através da descendênciade Abrão. É o que diz Gálatas 3: 15 e 16:

"... Uma aliança, uma vez confirmada, ainda que humana, ninguém lhe

revoga ou acrescenta coisa alguma, ora, as promessas foram feitas a  Abrão e ao

seu descendente. Não diz: e aos descendentes, como se falando de muitos, porémcomo de um só: e o teu descendente, que é Cristo ".

Quando Deus vê Abrão, Ele vê a sua semente. Ele vê o homem queesmagará a cabeça da serpente. E, ao entrar em aliança com Abrão, Ele praticatodos os rituais que mencionei acima. Não dá a Abrão uma túnica, mas um escudo.

O Senhor chega a Abrão e diz: " Eu sou o teu escudo" (Gn. 15: 1). Quem lutacontra ti, luta contra mim, tu estás oculto em mim. Quando chega a hora de partir

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os animais, Deus lhe pede que tome três animais da terra e duas aves do céu (Gn.15:9). Abrão não espera nenhum detalhe porque sabe que é uma aliança. Parte osanimais ao meio e coloca as suas metades, uma defronte da outra, mas as aves nãoas parte. Não as parte porque são símbolos da Trindade do céu e Deus não pode

morrer. Por que são somente duas aves? Porque a terceira, que é Jesus, desceriado céu, tomaria o lugar do homem e morreria. Abrão então aguarda que Deusvenha caminhar por entre as partes. mas aves de rapina vêm sobre os animaisimolados, tentando roubar-lhes as carnes. É um símbolo de Satanás que querdestruir a aliança antes que ela aconteça. Entretanto, Deus fez cair pesado sonosobre Abrão (Gn. 15: 12 ) querendo dizer com isto que a aliança nada tinha a verdiretamente com o homem Abrão, e que este não conseguiria enxotar as aves derapina. Enquanto Abrão dormia, Deus mesmo estava estabelecendo a aliança equando acorda, vê que caminhando por entre as partes estavam duas pessoas, um

fogareiro fumegante e uma tocha de fogo. O primeiro era Deus Pai. Era assim quese apresentava no Sinai. O segundo é Jesus. Este toma o lugar de Abrão para fazeruma aliança com Deus Pai. Deus não podia caminhar por entre as partes com Abrão, porque numa aliança de sangue tudo se tor na comum a ambos, e Abrão erapecador e Deus não pode misturar-se com o pecado. Entretanto, o plano de Deusera trazer sua semente, que seria um homem. Assim, esta semente, o Cristo deDeus toma o lugar de Abrão e faz com que esta aliança seja entre Deus e o homem,ao mesmo tempo que é entre Deus e Deus. O Senhor determina que Abrãocircuncide-se na carne do seu prepúcio como sinal perpétuo de aliança entre Deus e

suas gerações. A marca da aliança ficava no _órgão reprodutor porque a aliança eracom Abrão e a sua descendência, até<:negar a semente a quem as promessasforam feitas e em quem todas as famílias-d.a terra seriam abençoadas.

O nome de Abrão foi mudado por Deus, que retirou parte do seu próprionome, colocando-o no meio do nome de Abrão. No hebraico, o nome de Deus écomposto por quatro letras, é o impronunciável YHVH. "H" correspondente ao " H "do nosso alfabeto. tem um som forte e aspirado sem voz que equivale mais oumenos a um sopro. Diz respeito à vida que Deus tem em si mesmo. No Éden, Elesoprou de si mesmo criando o espírito eterno do homem. Agora na aliança com

 Abrão Deus sopra novamente a si mesmo para dentro do nome de Abrão. No meiodo nome de Abrão, Deus coloca o seu sopro, Seu Espírito, sua vida e seu próprionome. Deus também acrescenta o nome de AbrHão ao Seu próprio nome passandoa chamar-se "Deus de AbrHão". Este é seu sobrenome, que pela aliança, significa:"Tudo o que é de  AbrHão é meu". E AbrHão significa: "Tudo o que é de Deus émeu". Esta é a aliança de sangue. Na nossa tradução do hebraico a letra (Alef ) quetem som de "H" é traduzida como "A". Assim, Abrão torna-se Abraão.

Nada agora Deus pode negar a Abraão. Ambos são cabeça de aliança. O

Senhor, finalmente, tem na terra uma boca e um corpo. Ele entra por legalidade naterra via aliança de sangue. Os filhos de Abraão serão filhos de Deus e, é a partir

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disto que os propósitos dele se desenrolaram sobre a terra. Deus tem homens noplaneta. É por isso que Deus, quando planeja destruir Sodoma, pergunta a simesmo: " posso ocultar o que vou fazer a Abraão? De modo algum! Nada faço naterra sem falar com meu parceiro de aliança. E foi Abraão quem traçou os limites,

não foi Deus:- Tu não destruirás o justo com o ímpio. Se houver cinqüenta justos?- Se houver cinqüenta justos, não destruirei a cidade.- Mas se faltar cinco? Se houver quarenta e cinco justos?- Ok, não destruirei.- Talvez quarenta ou trinta?- Não destruirei.- Só mais uma vez...dez!- Ok, por amor dos dez não destruirei Sodoma.

Quem estabeleceu os limites foi Abraão. Quando entendermos a realidade daaliança que Deus tem conosco e a nossa autoridade decorrente dela, não haverálimites para a intercessão.

Quando o Senhor decretou o juízo sobre Sodoma e Gomorra, a Bíblia diz:"Lembrou-se de Abraão e tirou a Lá. l' Não foi por causa de Ló, foi por causa dohomem da aliança. Deus é fiel à sua .aliança.

 Abraão terá tudo o que quiser de Deus, mas perant-? as cortes celestiais,perante Satanás, seus príncipes e potestades poderia levantar-se uma dúvida.

Satanás poderia questionar a validade da aliança: Será que Deus teria tudo de Abraão? Se Deus não tivesse tudo do parceiro, essa aliança seria unilateral. Aí é quevem a tremenda prova da aliança em Gênesis 22. Deus vem a Abraão e faz umpedido. Ele dera ao seu servo um filho gerado de uma promessa, gerado pelapalavra. A palavra é Espírito, é semente, é vida, a palavra produz exatamente o quediz. Quando Sara, esposa de Abraão tinha 89 anos, e ele 99 anos,o útero delaestava amortecido e envelhecido, veio o anjo com a palavra que é semente e disse:

"Dentro de um ano, tu darás à luz um filho". Essa palavra enviada por Deuspenetrou no útero morto de Sara, e fê-lo reviver. A promessa cria vida e o filho

vem: É o filho único, amado. Tudo o que Deus faz tem em vista Sua semente. Umdia, ele mandará um anjo a uma filha de Abraão. Seu útero será virgem, mas o anjotrará uma palavra e dirá: "Darás à luz um filho". Esta palavra entrará no útero davirgem e vai fazê-lo conceber trazendo à terra o filho da promessa. A promessa sematerializará. A palavra far-se-á carne e habitará entre nós. Será a semente deDeus na terra, não de Abraão, porque a sua semente está corrompida. A aliançapermitirá a Deus fazer isto de acordo com suas regras. Tudo será legal. Deus entãodiz: " Abraão, dá-me TEU FILHO, TEU ÚNICO FILHO, a quem amas, em sacrifício.Ele não hesita porque é homem de aliança e, por este pacto, seu parceiro Deus, não

precisa pedir, Ele ordena e está feito. Há uma expectativa na terra, nas regiõescelestiais. Anjos e demônios ficam em suspense, aguardam... Será a ratificação da

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aliança. Terá Deus do Homem tudo o que quiser?

 Abraão não hesita e toma seu filho, seu único filho e por TRÊS DIAS vai rumoao monte do sacrifício. Por aqueles três dias Isaque, que é um tipo de Cristo, estavacomo morto, estava debaixo de um decreto de morte. Cada vez que Abraão o via, o

via morto no altar, imolado. Ao chegar ao pé do monte, Abraão diz aos seus servos:ficai aqui enquanto eu e o rapaz vamos adorar, e depois de adorarmos voltaremospara vós.Eu poderia perguntar a Abraão:

- Tu estás delirando? Estás mentindo? Vais imolar o teu filho? -Vou!- Como Voltará com ele?- Não sei, mas vou voltar. Deus disse: " Em [saque será chamada a tua

descendência". Morto não gera e Deus não pode mentir. O que Ele vai fazer nãotenho idéia, mas que volto com meu filho vivo, volto! Eu farei ó que Deus ordenou eEle fará o que me prometeu.

O autor dos Hebreus declara que quando Abraão foi posto à prova, nãohesitou em dar o seu único filho, porque sabia que Deus era poderoso até pararessuscitá-lo dentre os mortos, de onde o recobrou, embora não tivesse um únicotestemunho na história de que um morto houvesse ressuscitado. A palavra diz sobre Abraão: "Creu Abraão em Deus e isso lhe foi imputado para  justiça". a sentido nooriginal disso é: Abraão entregou-se a Deus com tudo o que era e que viesse a ser.

No monte do sacrifício, ergueu a mão para imolar o filho e naquele momentode morte, doloroso e desesperador, antes de descer a faca no peito do seu únicofilho, este lhe fez uma pergunta: " Onde está o cordeiro? .. Abraão ergue os olhos

ao céu e, como profeta, como cabeça de aliança, pode dizer agora o que ele querde Deus. Assim, ele decreta, declara, pede. e profetiza: "Deus proverá para simesmo o cordeiro, meu filho ".  Ao dizer esta frase, estava tanto respondendo apergunta de Isaque, profeticamente, quanto dizendo que o cordeiro que Deusproveria para si, seria também seu filho: Cristo Jesus.

Soou a voz da terra até o trono de Deus. a homem da aliança decreta:Chegará o momento em que Deus proverá seu próprio cordeiro, Filho de mulher,gerado pela semente de Deus, pela palavra de Deus. a filho de Deus será o seucordeiro. Estou dando o meu filho, Deus dará o seu. Abraão, então coloca o nomedaquele monte: Jeová Jiréh, o Senhor proverá. Proverá o quê? a cordeiro, Filho de Abraão e Filho de Deus. Ao descer a mão sobre o menino, brada a voz do céu: Abraão, não faça mal ao menino, porque agora sei que temes a Deus. No tribunaleterno, nas cortes celestiais, no reino do espírito, está comprovado: Deus tem tudoo que quiser de Abraão. Deus tem tudo do homem: está consumado! A aliança estáratificada para sempre e nela os propósitos de Deus estarão estabelecidos e os deSatanás irremediavelmente frustrados.

 Abraão olha e vê um carneiro. Não confunda este carneiro com o cordeiro. Abraão teve um substituto para o seu filho, mas Deus não terá para o Seu. Bradousegunda vez a voz do Senhor e disse: "Jurei por mim mesmo, diz o Senhor..." Que é

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isso? a juramento da aliança. Em toda aliança há os termos da aliança, osparticipantes dela, o selo, as promessas e o juramento. a escritor dos Hebreusdeclara: "Quando Deus quis confirmar J promessa com juramento, não havendo

ninguém superior a si por quem jurar, jurou por si mesmo". Que significa isto? Era o

decreto de Deus: cumpro a aliança ou morro. Como Deus não pode morrer, aaliança não pode ser quebrada.Deus então diz em juramento a seu servo: " Porquanto não me legaste o teu

filho, teu único filho, ouvindo a minha voz... " A palavra POR QUANTO quer dizer:em função do que fizera Abraão, Deus agora tinha o caminho livre para fazer o quequisesse. " Vou te abençoar, multiplicarei a tua descendência como as estrelas docéu e a areia do mar e o TEU DESCENDENTE possuirá a portado seu adversário"(Gn 13:14 a 18; 17:68 e 24:60).

Deus tem em vista o Cristo e quando diz a tua descendência, a tua semente,

está vendo Cristo sendo gerado através da descendência de Abraao."Vou trazer a terra o meu filho, amado, teu descendente, gerado das tuas

entranhas através de uma virgem que sairá dos teus lombos. Este meu filhoesmagará Satanás e se colocará à porta do inferno como Senhor da vida e da mortee nEle todas as famílias da terra serão abençoadas porquanto tu, Abraão,ouviste aminha voz.

No decorrer da história dos filhos de Abraão, os profetas começam aanunciar: há um filho que vem. Deus usa os profetas para" falar a palavra", porque

nada o Senhor faz na terra sem que antes seja ordenado por um homem.Isaías declara: "Este será o sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho e

o seu nome será Emanuel, que significa" Deus conosco", o governo, o principadoestará sobre os seus ombros. Ele vai reinar sobre a terra. Um filho nos nasceu, ummenino se nos deu. Um homem há de vir. Os dias se passam, os profetas silenciam-se e, por cerca de 400 anos, não vemos mais ninguém. Entretanto, todos os anos,fielmente, os judeus se reuniam para comemorar o cordeiro. Essa é acomemoração. do que chamamos páscoa.

Quando finalmente Jesus cumpre sua missão, ao levantar o cálice,diz: ".Este

é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança". Aleluia! Ele veio para estender a todosos homens a possibilidade de entrarem em aliança de sangue com Deus. A Novaaliança abre esta oportunidade para você e para mim.

 A PLENA SALVAÇÃO DE DEUS 1 - O Plano de DeusNesta seção abordaremos sobre a plena salvação de Deus. Qual é o seu

significado? Por que precisamos ser salvos? Salvos de quê e para quê? Por quedeseja Deus salvar-nos e como? O que devemos fazer para sermos salvos? Há umalonga lista de questões a considerar. Procuraremos respondê-las aqui de formasucinta para que você possa conhecer mais sobre a salvação de Deus.

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O Propósito Eterno de Deus

O que é o propósito eterno de Deus? O propósito eterno de Deus é ter umgrupo de pessoas à Sua imagem e semelhança. Deus deseja que o homem sejaenchido com Ele mesmo como vida a fim de expressá-Lo e tenha o Seu domínio

para representá-Lo. Este é um propósito eterno porque fora planejado por Deusantes do início do tempo e jamais mudará.

O Inimigo de Deus Antes, porém, que Deus pudesse realizar seu propósito, Satanás,o Seu inimigo, entrou em cena, enganou o homem e injetou nele a sua

própria natureza pecaminosa. Com isso, o homem caiu em uma situaçãolamentável, praticando atos pecaminosos e ainda possuindo uma naturezapecaminosa que o arruinou para o grande propósito de Deus.

 A Salvação de Deus

Todavia, Deus não pode ser derrotado! Apesar da queda do homem e do Seuplano ter sido frustrado, ele ainda o amava e não podia ser demovido do Seupropósito. Daí, Deus agiu para salvar o homem a fim de realizar o Seu propósitoeterno. Tal ação é a Sua plena salvação.

 A Filiação

O alvo de Deus é a "filiação". Na Bíblia, esta palavra significa duas coisasprincipais: maturidade em Deus e a posição para herdar tudo o que Deus é e tem.Não significa somente ser filho. Uma criança tem a vida de seu pai, mas por nãoestar totalmente crescida, não pode herdar tudo o que seu pai tem para lhe dar. Elaestará apta para receber a herança quando crescer e estiver madura. Desemelhante modo, Deus nos escolheu para sermos Seus. filhos, cheios de sua vida,crescidos e maduros. Você pode possuir a vida do Pai, que o toma Seu filho. Mas avontade de Deus não é para ser apenas Seu filho, mas para ser Seu filho totalmentemaduro. Somente nessas condições estará qualificado para herdar tudo que Ele é e

fez por você. Após a queda do homem, toda a raça humana se tomou pecadora, filhos do

diabo (João 8:44). Mas Deus nos escolheu para sermos Seus filhos. Quemaravilhoso! Apesar de não parecermos tanto com Ele, a Sua escolha nos dá aconfiança de que um dia seremos os muitos filhos de Deus totalmente crescidos,cheios da Sua vida para expressá-Lo e cheios do Seu domínio para representá-Lo.Isto é a igreja hoje, o Corpo de Cristo, e será . a Nova Jerusalém no futuro.

2 - O Objetivo de Deus - A Igreja: O Corpo de Cristo

Todos os filhos de Deus possuem a vida dele. Na verdade, a vida de Deusnão é uma coisa, senão uma Pessoa, o próprio Deus. Ter esta vida é ter uma

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Pessoa viva em nós, o próprio Deus vivo. Quando esses muitos homens individuaissão enchidos pelo único Deus vivo, tomam-se em um único homem, um únicocorpo. Eles se tomam os muitos membros do Corpo de Cristo.

Observe o seu próprio corpo. Ele possui uma única vida. Quando você vai

para a escola, todo o seu ser vai. Quando vai ao trabalho, toda a sua pessoa vai aotrabalho. Tudo quanto fizer, você o faz em unidade porque em você não há duaspessoas, senão uma única.

Com relação a Deus, Ele é um e o Seu propósito é expressado nesta unidade.Quando tantas pessoas individuais O recebem como vida, elas se tomam uma comDeus e são a igreja, o Corpo de Cristo. Na eternidade futura, tais pessoas comporãoa Nova Jerusalém.

 Ao ler Efésios 3: 9-11, você perceberá que a igreja não é algo que aconteceusomente depois que muitos foram salvos. Não, a igreja fora planejada já naeternidade passada. Foi visando a igreja que as pessoas foram salvas. Através danossa salvação em Cristo, a igreja veio à luz para expressar Deus. E ela continuarásendo o alvo eterno e o lugar de habitação de Deus pela eternidade, conforme Apocalipse 21 e 22.

 A igreja, portanto, é composta por pessoas que têm Deus como sua vida eestão sendo edificadas em Cristo. Elas são a expressão de Deus e representamDeus com a Sua autoridade.

3 - A Base da Salvação - A Justiça de Deus

 A base da nossa salvação é a justiça de Deus. Sem a justiça de Deus, nãoteremos uma base sólida para nos. achegarmos a Ele com ousadia a fim derecebermos e desfrutarmos da Sua salvação.

 A Justiça de Deus é Ele Próprio

 A justiça de Deus é o que Deus é com relação à justiça e retidão (Rm 3:21-

22; 1: 17; 10;3; Fp 3:9). Deus é justo e reto. A justiça de Deus é uma Pessoa, nãosimplesmente um atributo divino. O próprio Cristo, como uma Pessoa, foi feito a justiça de Deus para nós (1 Co 1:30).

O Homem Condenado pela Justiça de Deus

Deus disse que se o homem comesse da árvore do conhecimento do bem edo mal certamente morreria (Gn 2: 17). Mas o homem transgrediu a Sua palavra.Então, por causa da Sua justiça, Ele não poderia deixar de condená-la, pois o Seutrono é trono de justiça. Deus deixaria de ser justo se não condenasse o homem,

pois assim Ele não teria mais autoridade para governar, e todo o universodesabaria.

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 A Justiça de Cristo

Deus estava num dilema. Ele amava o homem, mas não podia deixar decondená-lo. Como poderia perdoar o homem que Ele amava, sem violar a Sua

 justiça? A resposta está na dupla justiça de Deus. Esta é a sabedoria deDeus mostrada pela Sua salvação. .

Para que Deus pudesse perdoar-nos, Cristo, o Filho de Deus, tornou-secarne. Conforme registrado em Romanos 8:3, Deus enviou o Seu próprio filho emsemelhança da carne pecaminosa. Por meio da encarnação, o Senhor "vestiu-Se" dasemelhança da carne do pecado e, na carne, identificou-Se com os pecadores. Sóque Nele não havia pecado, somente a semelhança da carne do pecado. Por causada justiça de Deus, o Senhor Jesus morreu na cruz. Ali na cruz, Ele foi feito pecadopor nós (2 Co 5:21) e Deus condenou, na carne, o pecado (Rm 8:3). Ele morreu emnosso favor para realizar a redenção e satisfazer todas as exigências da justiça deDeus. Agora Deus tem a posição justa para perdoar-nos. Na verdade, Ele nãosomente nos pode perdoar, mas por causa da Sua justiça, Ele deve perdoar-nos. Antes de qualquer coisa, Deus nos perdoa não porque nos ama, mas por causa daSua justiça.

 A justiça de Deus nos condena, mas por causa da justiça de Cristo realizadana Sua morte, somos justificados. Isso é maravilhoso! Ao mesmo tempo, a justiçade Deus é mantida e a boca de Satanás é calada. Agora Deus (tampouco Satanás)

não pode condenar aqueles que creram na morte justa de Cristo. Louvamos a Deuspela base sólida da salvação. Pela Sua justiça dupla, vemos o Seu amor, a Sua justiça e a Sua sabedoria.

04 . A RedençãoNeste ponto começaremos a abordar os cinco aspectos objetivos da plena

salvação de Deus que solucionou nossos problemas perante Ele. O primeiro item é aredenção realizada por Cristo pela Sua morte na cruz.

Leiamos Efésios 1: 7: "no qual temos a redenção pelo seu sangue, aremissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça".

O que é a redenção? A redenção é a forma nominal da palavra "redimir"."Redimir" significa comprar de volta aquilo que originalmente era seu, mas que porqualquer motivo você havia perdido.

Nós originalmente pertencíamos ã Deus. Éramos a Sua propriedade. Todavia,fomos perdidos. Deus, porém, não desistiu de nós. Ele pagou um alto preço paranos obter de volta, retomando a nossa posse a um grande custo (1 Co 6:20; 1 Pe1:18-19; 1 Tm 2:6). Isso é a redenção. Todavia, isso não era fácil para Deus, pois ohomem se envolvera com pecado e muitas outras coisas que eram contra a Sua justiça, santidade e glória. A nossa volta a Deus ficou condicionada sob trípliceexigência: a exigência da justiça de Deus, da santidade de Deus e da glória de

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Deus. Era impossível ao homem satisfazer todas essas exigências.~Q:preço era alto.

O PREÇO DE SANGUE.Mas Deus pagou o preço por nós, possuindo-nos a um custo altíssimo. Cristo

morreu na cruz para realizar a eterna redenção por nós (GI3: 13; 1 Pe 2:24; 3: 18;

2 Co 5:21; Hb 10: 12; 9:28). Com o Seu precioso sangue Ele cumpriu a maravilhosaredenção (Hb 9: 12,14; 1 Pe 1: 1819). Ele nos redimiu de volta a Deus e ao Seupropósito. O Seu sangue precioso foi o preço. Nós não podíamos pagar tal preço,Ele pagou por nós, O nosso destino era morrer em pecado, mas agora podemosvoltar a Deus. receber SeI} perdão, a Sua vida e ser enchidos por ele paraexpressá-Lo. Que preciosa redenção!

05 - O Perdão e a Purificação dos Pecados

O Perdão dos Pecados

 Após o homem ter pecado, ele necessitava do perdão de Deus e dapurificação dos pecados. Por termos ofendido a Deus, precisamos do Seu perdão;entretanto, não podemos ser perdoados sem que a justiça de Deus seja satisfeita. Epara satisfazê-la, devemos morrer. Porém, se morrermos, Deus não terá a quemdar a Sua vida para o cumprimento do Seu'propósito eterno. A solução perfeitapara esse problema era que Cristo viesse e morresse por nós. Baseado naSua morte, a exigência da justiça de Deus seria satisfeita e poderíamos receber oSeu perdão.

Perdoar é Esquecer

De acordo com Jeremias 31:34, para Deus, perdoar os nossos pecados éesquecê-los também. Quando perdoamos alguém que nos ofendeu, dificilmente,esquecemos daquilo que ele nos fez. Todavia, Deus é diferente. Quando Ele perdoaos nossos pecados, deles jamais se lembrará. Aleluia! Por causa da morte de Cristoe da nossa fé Nele, podemos ser perdoados por Deus. Para Ele é como se jamaistivéssemos cometido pecado! Só pelo crer, somos perdoados!

 A PurificaçãoQual é a diferença entre o perdão e a purificação? Para saber a resposta,

precisamos primeiro conhecer a diferença entre pecados e injustiça. Pecadosreferem-se a ofensas, e injustiça é a mancha, a mácula na nossa conduta causadapela ofensa. Por exemplo, suponha que você efetuou uma compra de duasmercadorias, mas só pagou uma. Com relação à pessoa de quem você comprou,você cometeu uma ofensa. Mas com relação a você mesmo, na sua conduta há umamancha de injustiça. Por isso, você não será chamado de pecaminoso, mas deinjusto.

De semelhante modo, quando cometemos pecado diante de Deus, com

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relação a Ele, aqueles pecados são ofensas. Mas para nós são manchas de injustiça.Precisamos confessar os nossos pecados. Daí, por um lado, Deus perdoa os nossospecados, as nossas ofensas; por outro lado, Deus lava toda a mancha da nossainjustiça.

"Se confessarmos 0$ nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar ospecados e nos purificar de toda injustiça" (! Jo 1:9). Ver também Zacarias 13:1;Hebreus 1:3; 9:14.

06 - A Justificação"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados

gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus: a quem

Deus propôs, no seu sangue, como propiciarão, mediante a fé, para manifestar asua justiça, por ter Deus,na sua tolerância, deixado impunes os pecados

anteriormente cometidos: tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo

presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus"(Romanos 3:23-26).

Pela Fé A justificação é o ato de Deus aprovar as pessoas de acordo com o Seu

padrão de justiça. A sua justiça é o padrão, não a nossa. Não obstante quão justosnos julgamos ser, a nossa justiça está muito longe do padrão da justiça de Deus. ASua justiça é ilimitada! Você pode ter vivido todos estes anos sendo correto comtodos - pais, filhos e amigos - porém, a sua justiça jamais lhe justificará perante

Deus. A única forma de Deus nos justificar é pela fé. A justificação pela fé significa sermos aprovados segundo o padrão da justiça

de Deus.

Por quê? Porque esta justificação é baseada na redenção de Cristo. Sema redenção de Cristo, Deus jamais poderia nos justificar. A base da justificação é aredenção. Por isso, a Bíblia nos diz que somos justificados pela fé em Cristo, e nãopor obras (Rm 3:28; 5: 1).

07 - A ReconciliaçãoChegamos ao último ponto objetivo da plena salvação de Deus reconciliação.

 A reconciliação é a ação de trazer de volta duas partes à unidade ou harmonia.

"Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso

Senhor Jesus. Cristo... Porque se nós, quando inimigos, fomos reconciliados comDeus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremossalvos pela sua vida; e não isto apenas, mas também nos gloriamos em Deus pornosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem acabamos agora de receber areconciliação"(Rm5:1, 10-11).

Éramos Inimigos de DeusNão éramos somente pecadores, mas também inimigos de Deus.

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 Através da morte redentora de Cristo, Deus justificou-nos pecadores e aindareconciliou-nos Consigo mesmo, sendo nós Seus inimigos. Isso ocorreu quandocremos no Senhor Jesus. Recebemos a justificação e a reconciliação de Deus pelafé. Dessa forma, abriu-se-nos um caminho para entrarmos na esfera da graça para

o gozo de Deus.Na queda, o homem não só pecou contra Deus, mas também tornou-se

inimigo Dele. Para o problema de pecados, o perdão é suficiente; todavia, parasolucionar a inimizade, precisamos ser reconciliados com Deus. A reconciliação ébaseada na redenção de Cristo (Rm 5: 10-11) e foi realizada por meio da justificação de Deus (2 Co 5: 18-19; Rm 5: 1, 11; Cl1 :20a, 22). Assim, areconciliação é o resultado da redenção com a justificação,

O Resultado

Como resultado da reconciliação, hoje temos paz com Deus (Rm 5: 1),podemos nos gloriar em Deus (Rm 5: 11) e podemos ser salvos pela vida do Filhode Deus (Rm 5: 10).

Deus nos reconciliou Consigo mesmo por meio de Cristo. Ele nos deu oministério da reconciliação, confiando-nos a palavra da reconciliação (2 Co 5:18~19). Agora que fomos reconciliados, devemos ser fiéis ao nosso ministérioconfiado por Deus e devemos anunciar esta boa nova aos outros: que Deusreconciliou Consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e

que ainda temos paz com Deus!

08 - Regeneração A plena salvação de Deus tem cinco aspectos subjetivos. Nesta lição,

veremos o primeiro: a regeneração. Regeneração significa que além. da vida recebida ao nascer, recebemos outra 0da: a vida de Deus. Isto é o

que a Bíblia (Jo 3:5-7) quer dizer quando fala de nascer de novo. "Importa-vos

nascer de novo".  A regeneração é o centro da nossa experiência de salvação. É oponto de partida de nossa relação devida com Deus (1 Pe 1 :23).

 A Intenção de Deus

.A intenção de Deus é ter um grupo de pessoas que O recebam como suavida, a fim de que possa-Lo em - em sua imagem e representa-lo com Suaautoridade ( Gn 1 :26). A desobediência de Adão fez com que ele caísse em pecadoe perdesse tal direito de primogenitura. A morte de Cristo resolveu todos osproblemas do homem diante de Deus. Fomos trazidos de volta a Deus de maneiraabsoluta. Enquanto o homem não contém Deus como vida para expressá-Lo, nemDeus nem o homem' podem estar satisfeitos.

O passo seguinte de Deus na Sua plena salvação é entrar no homem

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Rara colocar Sua VI a nele. s e e o passo mais crucial. Mesmo se o homemfor completamente perdoado e reconciliado, ele ainda não poderá expressar a Deussem receber Sua vida.

Nascido de DeusSer um cristão não é uma questão de ser aperfeiçoado. Ser um aperfeiçoado.Ser um cristão é nascer de Deus (Jo : 13), o que significa que, além de nossa vidahumana, recebemos a vida de Deus. Porque todos nascemos do pecado, somostodos pecadores. Como um pecador pode parar de pecar? Isso não é possível.Como dizer para um cachorro parar de latir e começar a miar? O que você faz éregido pela sua vida. Embora Deus tenha perdoado seus pecados, sua naturezapecaminosa fará você pecar novamente. Você precisa de uma outra vida, uma vidasem pecado. A única vida que é sem pecado é a vida de Deus. A regeneração leva

esta vida para dentro de você. Esta é a vida que Adão desprezou quando voltou-seda árvore da vida para a árvore do conhecimento. Hoje, ao crer em Cristo, podemosnascer de Deus e recebê-Lo como vida! Louvado seja o Senhor!

após receber a vida de Deus, a natureza maligna dentro do homem é expulsagradativamente. Homens inferiores e pecaminosos como nós, agora podem crescerna vida de Deus para tornar-se os filhos de Deus a fim de expressá-lo (2Co 3:18).

Três Coisas Maravilhosas

Ezequiel 36:26,27 diz que na regeneração, recebemos três coisas

maravilhosas: Primeira, recebemos um "novo coração", um "coração de carne"para substituir nosso velho" coração de pedra". Segunda, recebemos um "novoespírito". O nosso velho e mortificado espírito é renovado e vivificado pelo Espíritoque dá vida. Terceira, recebemos o Espírito do próprio Deus para habitar em nós.Que salvação maravilhosa recebemos por crermos no Senhor! A regeneração é ocentro e o início desta salvação.

09 - A SantificaçãoPor meio da regeneração, recebemos uma nova vida, um novo coração e um

novo espírito. Isto é, o nosso espírito amortecido por causa da queda do homem, foiagora vivificado pelo Espírito que dá vida (1 Co 15:45). Esse foi o início da nossaexperiência subjetiva da plena salvação de Deus. Um novo começo maravilhoso!

Todavia, há mais coisas para experienciarmos na plena salvação de Deus.Nesta lição, falaremos sobre a santificação. A santificação é o sorver da nossanatureza pecaminosa pelo trabalhar da natureza santa de Deus em nós;

Na Bíblia, a palavra “santificação” significa principalmente “separação”, ser

separado da quilo que é comum ( Lv 10:10). O primeiro aspecto da santificação éposicional. Significa ser separado de uma posição comum no mundo para uma

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posição para Deus, conforme ilustrado em Mateus 23:17, 19. O ouro em qualquerlugar no mundo é comum, mas, uma vez dentro do santuário, ele é santificado;assim como um animal no campo é comum, mas quando a sua posição é mudada,isto é, se ele for colocado sobre o altar, é santificado. Assim, somos santificados

pela fé em Cristo (At 26: 18) e estamos em Cristo (1Co 1:2), pelo sangue de Jesus (hb 13:12) e por termos sido chamados (1 Co 1:2; Rm 1:7).

O outro aspecto da santificação é disposicional, isto é, está relacionado como nosso ser. A santificação posicional é objetiva, ao passo que a disposicional ésubjetiva. O espírito santificador está tornando santo cada parte do nosso ser, e issoocorre pelo trabalho de transformação, dia a dia (Rm 12:2; 2Co 3:18). Isso é umlongo processo, começando pela regeneração (1 Pe 1:2,3; Tt 3:5), prossegue portoda a vida cristã (1 Ts 4:3; Hb 12: 14; Ef 5:26) e será completado na época do

arrebatamento, na maturidade de vida (1 Ts 5:23).

Os Meios de, Santificação

Romanos 5: 10 revela-nos que após termos sido reconciliados, seremossalvos pela Sua vida. Isso se refere à vida de Deus que transforma a nossa naturezacaída por meio de infundir a Sua natureza santa e divina em nós. Portanto, emprimeiro lugar, somos santificados pela vida santa de Deus. Em segundolugar, somos  santificados pela palavra santa (Jô 17:17) e pelo EspíritoSanto (Rm1 :16;lC06:11;2Ts2:13).

Quando nos achegamos à Palavra de Deus, com oração repetitiva tocamosno Espírito Santo, tocamos no próprio Senhor, e isso nos santifica. Se o fizermostodos os dias, permitiremos que o nosso Deus santo nos santifique com a Sua vidasanta. Assim, expressaremos plenamente a Sua santidade.

10 - Transformação

Uma Mudança Interior

Transformação é o resultado da santificação e está relacionada com a alma

do homem. Transformação significa que uma substância é mudada em sua naturezae forma. E uma mudança na natureza interior que causa uma mudança na forma.  .

Um Processo de Metabolismo

Este tipo de mudança é uma mudança a metabólica. Não é simples menteuma alteração exterior, mas uma mudança tanto na constituição interior quanto naforma externa. Essa mudança se dá através do processo de m~o, um elemento

orgânico cheio de vitaminas entra no nosso corpo e produz uma mudança química

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em nosso organismo. Essa reação química muda a constituição do nosso ser. Isso étransformação.

Suponha que uma pessoa seja muito pálida e que alguém, desejando mudarseu aspecto, lhe aplique alguma maquilagem. Isso produz uma mudança exterior,

mas não é uma mudança orgânica em sua vida. Como, então, tal pessoa poderia teruma face corada? Alimentando-se diariamente de comida saudável com oselementos orgânicos necessários. Sendo seu corpo um organismo vivo, quando umasubstância orgânica entra nele, um composto químico é formado organicamentepelo processo de metabolismo. Gradualmente, este processo interior irá mudar acoloração de sua face. Esta mudança não é exterior; é algo que vem de dentro, oresultado de um processo metabólico.

Pela vida de CristoQual é o novo elemento que produz essa mudança interior? É Cristo, o Deus

Triúno, o Espírito Santo. Desde o momento em que fomos regenerados em nossoespírito, o Senhor deseja que essa vida continue se expandindo do nosso espíritopara nossa alma. Assim, nossa mente, emoção e vontade podem ser transformadas.Nosso espírito é regenerado e mudado, mas nossa mente, emoção e vontade nãosão transformadas, e ainda permanecem iguais. Temos Cristo como vida em nossoespírito, mas não O temos em nossa alma. Se não O permitirmos expandir-se paranossa alma, nosso espírito se tomará uma prisão para Ele. Precisamos de Cristoexpanda-se continuamente do nos espírito para nossa alma até que cada parte sejatransformada a à Sua Imagem (Rm 12:2; 2 Co 3: 18). Então, pensaremos como Elepensa, amaremos como Ele ama e escolheremos como Ele escolhe. Teremos asemelhança do Senhor em nossa vida prática, porque nossa alma estará saturadade sua vida.

11 - Conformação"Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para

serem conformes à imagem de seu Filho, afim de que ele seja o primogênito entre

muitos irmãos" (Rm 8:29).

Fomos predestinados por Deus para sermos conformados à imagem deCristo. C isto é o nosso moI e e devemos ser conformados ale. Filipenses 3:10 falade sermos conformados com le na ua morte. A morte de Cristo é como um moldeao qual somos conformados, assim como um bolo é conformado à fôrma. Issosignifica vivermos pela vida de Cristo, e esta vida é uma vida de crucificação,exatamente como a que Ele viveu aqui na terra. Por meio da Sua vida dentro denós, o nosso viver é conformado ao padrão do viver humano de Jesus. Somente por

meio de tal vida o pode de ressurreição é experienciado e expressado.

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Conformados à Imagem de Cristo

Cada tipo de vida possui sua própria forma. A vida de cão possui aforma de cão, e a do pato a sua forma. O crescimento de uma certa vida

produz a sua forma plena. Somos filhos de Deus, temos a Sua vida. Portanto, pelo

crescimento de vida e transformação, somos conformados à imagem de Cristo. Opoder da vida de Deus está no nosso interior nos moldando à imagem do Filho deDeus. Não é pelo imitar exterior que tomamos a forma de Cristo, mas é pelo viverpela vida interior, pelo crescimento de vida e transformação.

O Padrão

O Filho primogênito de Deus é o protótipo é o nosso molde e o nosso padrão.Para que sejamos reproduzi os de acordo com tal molde   e, a necessidade depressão exterior. As vezes, o Senhor nos permite passar por sofrimento eprovações como  que pelo fogo (1 Pe 1:6; 7: 4: 12, 13), para tomarmos mais aforma de Cristo. Portanto, há necessidade do trabalho interno do Espírito e tambémda pressão e temperatura externas.

De Glória em Glória

"E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, aglória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem,

como pelo Senhor, o Espírito" (2 Co 3: 18). 

Quanto mais somos transformados, mais somos conformados, e issoacontece de um nível de glória para outro nível de glória, porque o objetivo de Deusé nos glorificar (Rm 8:30). Quando todo o processo terminar, o nosso corpo dehumilhação será conformado ao corpo da glória de Cristo (Fp 3:21).

12- Glorificação

Glorificação é o último estágio de nossa plena salvação. Ser glorificado éentrar Da glória de Deus para experimentar e desfrutar sem medida a infinita e

eterna vida de Deus em Cristo.

O Propósito de Deus

"Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eternaglória..." (1 Pe 5:1 O).

 Aqui, vemos que o propósito do chamamento de Deus em Cristo é de dar-nostoda a graça, é que desfrutemos a Sua glória eterna. Na eternidade passada, Elenos predestinou segundo Seu pré-conhecimento e, no tempo, nos chamou e

 justificou para que fôssemos glorificados (Rm 8:29,30). Isso ocorrerá na segundavinda de Cristo, quando seremos "manifestados com ele, em glória" (CI3:4) e

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desfrutaremos a "glória dos filhos de Deus" (Rm 8:21). Os nossos sofrimentos hoje

não são dignos de serem comparados com "a glória por vir a ser revelada em nós"(Rm 8: 18), a qual é a própria glória de

Deus (1 Ts 2: 12). Tudo o que nos acontece é devidamente arranjado por

Deus (Rm 8:28-30), com o fim de conduzir Seus muitos filhos à glória (Hb 2: 1 O).

 A Esperança da Glória

Paulo djz que Cristo em nós é a esperança da glória (Cll:27b). Quandoouvimos,;o evangelho e cremos, Cristo vem para dentro de nós como uma sementede vida. Esta semente é nossa esperança da glória no futuro. A metamorfose dalagarta em borboleta é uma ilustração disto. A lagarta não é instantaneamentetransformada em borboleta, mas a beleza da borboleta : está contida na vida da

lagarta. Obedecendo à lei desta vida, a lagarta vai-se i gradualmentetransformando, até atingir seu estágio final, que é a sua "glorificação".

No mesmo princípio, Cristo está em nós para ser nossa esperança da glória.Ele aproveita cada oportunidade para expandir-se de dentro de nós. Um dia nossoser será saturado com a glória divina e seremos, então, levados para dentro daglória de uma maneira completa.

Nosso Desfrute

"Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereismanifestados com ele, em glória" (CI3:4).

Quando Cristo for manifestado, seremos manifestados com Ele em Sua glóriapara a desfrutarmos. Na volta do Senhor, teremos, por um lado, Deus nosconduzindo à Sua glória e, por outro, teremos Cristo sendo manifestado a partir denós, sendo Ele mesmo a glória na qual entraremos. Isso será Cristo glorificado eadmirado em Seus santos (2 Ts 1: 10). No futuro, nosso corpo será saturado daglória de Cristo, manifestando-a e sendo conformado ao Seu corpo glorios6;-5eremos, então, libertos do cativeiro ao qual estamos sujeitos, bem como toda Çi

criação para entrarmos na liberdade da glória dos filhos de Deus. Que maravilhoso éo fato de que nós, através da salvação de Deus, tomamo-nos Seus filhos, cheios deSua vida e glória a fim de expressá-Lo para eternidade!

13  –  Conclusão

Na Eternidade Passada

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Na eternidade passada, Deus estabeleceu um propósito de acordo com obom prazer de Sua vontade. Este propósito é o de ter um grupo de pessoas quetivesse Sua vida, que O expressasse e que exercesse Sua autoridade sobre Satanás.

No TempoNo tempo, Deus criou o homem, que deveria recebê-Lo como vida. MasSatanás enganou o homem, levando-o a desobedecer a Deus, tomando-se umpecador sob a condenação de Deus. Com isso, aparentemente, o propósito de Deusfora frustrado. Mas Ele tomou-se um homem perfeito, Jesus Cristo foi à cruz como oCordeiro de Deus (Jo 1:29), como a serpente de bronze (Jo 3: 14) e como o grão detrigo (Jo 12:24) que precisava morrer para gerar muitos grãos com a Sua vida. ComSua morte, todos os problemas objetivos entre o homem e Deus foram resolvidos.Em Sua ressurreição, o Senhor Jesus tomou-se o Espírito que dá vida (1 Co 15:45;

2 Co 3: 17) para regenerar-nos em nosso espírito (o primeiro estágio da nossasalvação). Durante nossa vida cristã, Ele está salvando nossa alma por meio de Suavida (Rm 12:2; Fp 2:12; 1 Pe 1:9), santificando-nos e transformando-nos (osegundo estágio da plena salvação de Deus). Por fim, em Sua volta, nossos corposserão redimidos e serão conformados ao Seu corpo glorioso (Rm 8: 29). Esta é aglorificação, o último estágio da salvação de Deus.

Na Eternidade Futura

Na eternidade futura, todos os escolhidos e redimidos de Deus, ao longo detodas as eras, serão a Nova Jerusalém. Ali, Deus habitará no homem e o homemem Deus para sempre. Este é o objetivo final e máximo de Deus, o cumprimento deSeu propósito, e Ele terminará toda a Sua obra, estará satisfeito e descansará pelaeternidade (cf. Gn 2:2, 3)!

Podemos assim resumir todo o plano da redenção por meio destes pontosabordados. Uma outra forma de compreendermos o plano de Deus é entendermos oque é a Nova Aliança. Vamos fazer então um breve esboço do plano de Deus e daNova Aliança.

Bibliografia

Compilado de: Valnice Milhomens - Transcrito de pregação ao vivo.

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O plano da redenção

Tarefas de aprendizagem1-  Qual é o proposito é eterno de Deus? Por que ele foi interrompido? O que Deus fez

para restaurá-lo?

2-  Explique porque a igreja é o objetivo de Deus?

3-  Explique por que o homem foi criado como um vaso.

4-  Qual era a necessidade do homem no jardim do Éden?

5-  Como ocorreu a queda do homem?

6-  Que problemas perante Deus o homem teve após a queda?

7-  Que problemas o homem teve em seu interior?

8-  Explique como o amor de Deus se tornou a fonte da salvação.

9-  Explique a justiça de Deus como a base da salvação.

10- Após a queda , que promessas Deus deu ao homem?

11- Quais são os aspectos objetivos da plena salvação?

12- Quais os aspectos subjetivos da plena salvação?

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O CARÁTER DE CRISTO EM NÓS

O caminho para o caráter de Cristo é o caminho da operação da cruz em nós:Não há outra maneira das marcas do caráter de Cristo serem formadas, a não serpela cruz. E a cruz é o quebrantamento da vontade e da força humana pela ação doSenhor. Deus prepara circunstâncias e situações que tratam com nossas vontadespara que possamos ser quebrantados. É através da lei da cruz (Mt. 16:24) quesomos formados em nosso caráter.

. Esta lei opera em nós, moldando-nos e ensinando-nos a vida do Espírito.Não há como conter o processo dos tratamentos do Senhor para formar o carátercristão. Como é bom vivermos e nos relacionarmos com pessoas quebrantadas e

doces cujos corações foram tratados por Deus. A cruz é que opera em nós a belezado Senhor. A cruz é o instrumento de Deus para moldar-nos à semelhança deCristo. A cruz que nos capacita para termos o caráter que suporta o poder de Deus. Antes de Jesus subir, Ele desceu (Ef.4:8-9). Este é o princípio de Deus. Antes deconhecermos o poder e a glória temos que ser tratados pela cruz de Cristo. Quantomais alto Deus for nos levar significa que mais tratamentos precisamos ter emnosso caráter. Existe um princípio aqui: as pressões e tentações aumentam àmedida que subimos em Deus. Por isso, mais base de caráter uma pessoa precisater na guerra contra o mundo espiritual e o pecado. Jesus passou tal pressão que

suou gotas de sangue (Heb.12:4). O caráter do obreiro precisa ter sido formadopela cruz. A maturidade emocional e espiritual vêm pelos tratamentos da cruz deCristo. Os homens de Deus precisam ser homens que vençam os ataques do inimigoem suas mentes e emoções, e isto vem pelo quebrantamento. Não podem serpessoas frágeis que cedem às pressões malignas sobre a carne. O alicerce de umacasa é a parte mais delicada da construção. Da mesma forma, na Igreja, ter líderesfortes, tratados e preparados é a parte mais delicada e mais importante daconstrução. As pressões não vêm somente pelos ataques do inimigo mas tambémpelos princípios que envolvem busca de Deus. Às vezes. quanto mais buscamos ao

Senhor, parece que tanto mais os céus se fecham e se tomam de bronze. É umprincípio que precisamos saber: os que buscam ao Senhor, que muitas vezes orame jejuam sentem muita resistência e aparentemente nada acontece, ou às vezes aspressões e problemas aumentam. Este princípio está ligado ao fato de que nos céusalgo está sendo gerado e por isso estamos pagando o preço.Sempre, antes davisitação de Deus e dos avivamentos, os homens usados sofrem, choram e gemematé que a mão do Senhor esteja livre para operar. Portanto, como obreiros de Deus,necessitamos conhecer estes caminhos, e estarmos preparados para enfrentá-los.

DEFINIÇÃO DE CARÁTERO caráter refletirá os traços da natureza pecaminosa (sendo influenciado pelo

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mundo), ou os traços da natureza divina (sendo influenciado pela Palavra de Deus).Caráter é a soma total de todas as influências positivas ou negativas, aprendidas na

vida de uma pessoa. Se manifestará através dos seus valores, motivações, atitudes,sentimentos e ações.

Em Hb.1 :3, o escritor afirma que Cristo é o próprio caráter de Deus. Caráteré como uma marca impressa que distingue a pessoa. O caráter de Deus que foiimpresso em Jesus Cristo precisa ser impresso na Igreja, para que desta forma omundo creia em Deus. Nossa primeira decisão é crer. Devemos ter uma decisão deseguir a Jesus tomando-nos seus discípulos e; por fim, sermos feitos conforme Suaprópria imagem (Rom.8:29 e I Cor. 15:49); identificados, desta forma comocristãos.

Caráter no grego significa IMAGEM. "Heb.1 :3, Afirma que Cristo é o próprioCaráter de Deus, a própria estampa da natureza de Deus, aquele em que Deus

estampou ou imprimiu Seu ser.

Caráter é o sinal identificador da natureza de qualquer ser ou coisa

(dicionário de Psicologia- Cabral e Nick).É o conjunto de aspectos que caracterizam

o Ego. O caráter é formado pela aprendizagem. Todo ser humano a partir do seunascimento começa a receber influências do meio  ambiente onde se encontra. Estasinfluências são assimiladas e com o tempo passam a fazer parte do caráter. Esseprocesso de aprendizagem é feito por identificação, imitação, punição, erecompensa. O propósito é que o homem se tome à imagem do seu filho, o Senhor

Jesus Cristo, Deus-homem. Este propósito não mudou. A queda do homem nãomudou este plano e o propósito não mudou. Desde Adão, passado por Jesus e pelaIgreja o plano de Deus será sempre o mesmo.

Heb.2: 10 "Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas ascousas existem, conduzindo muitos filhos à Glória, aperfeiçoasse por meio desofrimentos o Autor da salvação deles. "

Se a igreja deve atingir esta meta, seus líderes devem mostrar o caminho e

devem ir na frente. O caráter e a personalidade do Senhor Jesus Cristo devem serdesenvolvidos nos líderes da Igreja antes de ser formado no Seu povo.

Forma de Pensar

 A forma de pensar de uma pessoa é percebida pela maneira como elaconstrói a sua escala de valores. O meu caráter é determinado em primeiro lugarpelo aspecto moral, ou seja, aquilo que eu considero correto, errado, permitido,proibido e assim por diante. Se eu aprovo aquilo que definitivamente é errado,

então se pode dizer que o meu caráter é defeituoso, um "Ma! Caráter" .Quando nos convertemos, a primeira coisa que devemos fazer é renovar a

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nossa mente. Renovar, nesse caso, significa mudar a minha maneira de perceber ascoisas e também a minha escala de valores. A vontade de Deus é que tenhamos ocaráter de Cristo, a sua mente (I Cor.2: 16).

Estilo de VidaO estilo de vida de uma pessoa é determinado pelos seus alvos, hábitos e

costumes. Se o meu grande alvo na vida é ganhar dinheiro, eu devo desenvolverum estilo de vida compatível com esse alvo. Devo desenvolver os hábitos ecostumes coerentes com o que quero alcançar. Se eu quero ser atleta e não treino,algo está errado. Se eu quero me desenvolver nos estudos, mas não me aplico a lerem casa também há algo errado. O estilo de vida faz parte do nosso caráter. Aprova disso é que, normalmente, pessoas de uma mesma profissão apresentamcaracterísticas de caráter semelhantes. Não é difícil percebermos isso em

empresários, caminhoneiros, programadores,etc.

Conduta

 A conduta é o conjunto de comportamentos que aprendemos e que sefirmam dentro de nós. Conduta é tudo aquilo que fazemos, falamos, sentimos,

esperamos e desejamos.  A conduta se manifesta na minha relação com outraspessoas. O meu comportamento diante de outras pessoas manifesta o meu caráter,ou seja, a minha forma de pensar e os motivos que vão dentro do coração.

Estes são os três elementos que compõem o nosso caráter. Com certeza, elesnão podem ser observados separadamente. Em tudo aquilo que fazemos,manifestamos estes três aspectos ao mesmo tempo.Todos nós ao nos convertermos já possuímos um caráter formado. Esse caráter foi formado por tudo aquilo querecebemos do nosso meio ambiente. Muito daquilo que' aprendemos está correto,mas existem partes da nossa forma de pensar, do nosso estilo de vida, e da nossaconduta que devem ser transformados.

Todo o nosso crescimento espiritual é demonstrado pelo nosso caráter. Secom o passar do tempo acumulamos muito conhecimento, mas não demonstramos

nenhuma mudança no caráter, isso mostra que o conhecimento foi em vão. Deusestá profundamente interessado em nossa conduta. Jesus e os Apóstolos gastarammuito espaço para tratar de frutos, de comportamento, de conduta, de coração,como vemos:

Mt. 5:48 - portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.

II Cor 13: 9 - porque nos regozijamos quando nós estamos fracos, e vós.

fortes. e isto é o que pedimos, o vosso aperfeiçoamento. 

GI. 4: 19 - Meus filhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até ser

Cristo formado em vós;

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Ef. 1:4 - Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para

sermos santos irrepreensíveis perante Ele;

IITm 3;17 -Afim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente

habilitado para toda boa obra.

11 Pe. 1;3 - Visto como pelo seu Divino poder nos tem sido doadas todas as

cousas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que

nos chamou para sua própria glória e virtude.

Em Rom. 8;29 vemos que o propósito eterno de Deus é ter muitos filhos,mas não apenas isso. Estes filhos devem ser semelhantes a Jesus. Deus quer filhosque manifestem o caráter de Jesus. Quando o homem caiu, o propósito de Deus foiapenas adiado, não foi mudado. A Igreja do Senhor deve atingir esta meta e os

seus líderes devem mostrar o caminho, devem ir à frente do rebanho. O caráter deSenhor Jesus deve ser desenvolvido nos. líderes da Igreja antes de ser formado noseu povo.

Não são poucos os escândalos que têm surgido entre lideres investidos deautoridade sem antes receberem aprovação no caráter. Um líder que apresentadeficiências sérias em seu caráter constitui-se em um grande obstáculo para queDeus possa atuar.

 As deficiências de caráter nas vidas dos membros da igreja se devem, emgrande parte aos próprios líderes. Em certo sentido, a igreja é o retrato da sualiderança. Líderes relapsos geram um povo relapso. Líderes preguiçosos geram umpovo igualmente preguiçoso. Se a liderança é imatura inevitavelmente também opovo' o será. Nunca será demais enfatizarmos o caráter do obreiro, pois istodetermina o sucesso no ministério. Somente um caráter formado e aprovado podesuportar as pressões da obra e as dificuldades do ministério.

CARÁTER E DONSExiste uma distorção que tem assolado a Igreja do Senhor durante os

séculos: a valorização dos dons em detrimento do caráter. Um dom é uma dádiva

de Deus. Deus concede a todos indistintamente. Os dons podem ser: naturais ouespirituais. Os dons naturais são aqueles com os quais nascemos como: inteligência,astúcia, memória, capacidade de tocar, cantar, praticar determinados esportes, etc.Os dons espirituais nos são concedidos pelo Espírito Santo como instrumentos nasua obra: I Cor. 12:7-10. Os dons são muito úteis mas são secundários. Deus colocaem primeiro lugar a vida e o caráter. Todos podem achar que um determinadoirmão que possui uma grande inteligência e capacidade extraordinária dememorização deverá se tomar um grande pregador. Isto é um tremendo equívoco e

não passa de mentalidade mundana. A Igreja de Deus não é edificada com essascoisas. Se tal irmão possuir vida de Deus e ainda não passou pelo processo da Cruz

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não será útil para Deus, apesar do seu dom.Outra pessoa pode ainda pensar que um irmão, por ter um dom de cura e

discernimento de espíritos, venha a ser uma coluna na casa de Deus. Isto tambémé um engano. Os dons são úteis, mas nunca podem ser a base da obra de

edificação da Igreja.Este é o motivo por que existem tantos escândalos: priorizamos mais o domque o caráter. Os dons, sejam espirituais, ou naturais devem passar pela Cruz antesde serem úteis. O ministério é edificado sobre o caráter e não sobre os dons. Deusnão vai enviar ninguém sem antes tratar com o seu caráter. Os dons atraem oshomens, mas o caráter atrai a Deus.

No livro de Êxodo, encontramos um exemplo clássico do equívoco de sepriorizar os dons. A palavra do Senhor diz que o povo de Israel estava sendoescravizado por Faraó. Moisés era o homem que Deus havia escolhido para levar a

cabo o seu propósito. Moisés havia sido criado no palácio de Faraó e recebeu amelhor instrução da época, era um homem excepcionalmente talentoso. O próprioMoisés tinha algum entendimento desse fato e, em certo momento, se dispôs elemesmo a libertar o seu povo da escravidão ( ver Ex. 2: 11-15 ). Moisés se achavacapaz e perfeitamente habilitado porque possuía a instrução Egípcia. Deus, porém,coloca Moisés de molho por quarenta anos no deserto de Midiã até que o seucaráter pudesse ser aprovado por Ele. Do ponto de vista natural Moisés já estavapronto aos quarenta anos quando matou o egípcio; mas, do ponto de vista de Deus,precisa de outros quarenta anos até o ponto de não mais confiar na sua força ou

nos seus talentos. (Ver Ex. 3: 10).Quanto mais um homem confiar em si mesmo, nos seus talentos naturais,.

menos utilidade terá para Deus.

O critério de Deus sempre é escolher o que se acha frágil, incapaz edesqualificado. A glória de Deus se toma manifesta quando pessoas a quem nãoreputávamos qualquer valor se levanta em poder e autoridade. Fica patente queDeus é quem faz e não é um simples uso de talentos especiais.

 A FORMAÇÃO DO CARÁTER

"Porque é Deus quem efetua em vós tanto o querer como o realizar... " (ver

FI. 2: 13). 

Todos nós desejamos ter um caráter aprovado por Deus. Todos nósqueremos agradar a Deus e, por isso ficamos apenas esperando saber as normaspara começarmos a praticá-las.

 A vida cristã não é um mero cumprimento de normas e preceitos, pois não

estamos mais debaixo de domínio da lei. A vida cristã se resume simplesmente em:“Cristo em vós” ou seja, a vida cristã consiste, em poucas palavras, na dependência

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completa do Espírito Santo que habita em nós. É Ele quem muda o nosso querer etambém é Ele quem nos capacita a fazer a sua vontade. Ele é tudo em todos. Jesusé a nossa bondade, a nossa mansidão, a nossa justiça, Ele na verdade é tudo o deque necessitamos. Tudo o de que precisamos já está em nós na pessoa do Espírito

Santo. Seria muito fácil começarmos a nos esforçar para cumprir um conjunto dequalidades, não é essa. porém, a nossa proposta. Desejamos que os irmãos tenhamrevelação do pleno suprimento de Deus para nossas vidas, pois, à medida queentendermos isso, é}S qualidades de caráter naturalmente irão tomando forma. Opleno suprimento de Deus para nós é Cristo Jesus que habita em nós. Seja

Ele a nossa vida. Seja Ele tudo em todos. .Não adianta falarmos de caráter e conduta, se nós ainda não nos

apropriamos do pleno suprimento de Deus para nós: A libertação do velho homemdo poder do pecado, da nossa justificação e regeneração em Cristo, da dependência

completa do Espírito e o andar no Espírito. Precisamos nos apropriar destas grandesrealidades espirituais, mas não apenas isto, precisamos aprender a perceber adireção de Deus em nosso espírito, fazermos separação entre alma e espírito, econhecermos a prática da renúncia diária do EU no princípio da Cruz. Todas essasexperiências devem ser compreendidas no espírito.

Quando enfatizamos muito as qualidades recomendáveis corremos o risco deestabelecermos um amontoado de regrinhas que não estão na Bíblia. Tais como:cinco passos para vencer a ira, dez passos para vencer a lascívia. etc.

Estas coisas não funcionam e nos desviam do centro da vida cristã. Cristo é a

nossa vida ( ver CI. 3:4). A vida do cristão é Cristo. Muitos pensam que podem sersantos se tão somente conseguirem vencer certos tipos de pecados. Outros pensamque sendo humildes e gentis são vitoriosos. Ainda alguns imaginam que orandomais e lendo a Bíblia ,tendo cuidado para jejuar e vigiar, então alcançarão umcaráter Santo. Outros concebem a idéia de que somente matando o Ego terãovitória. Todas estas fórmulas têm a aparência de piedade e sinceridade, mas tudoisso é vão. Não podemos viver a vida cristã usando mil e uma fórmulas para os maisvariados problemas. Na prática não funciona. O que Deus deseja é que entendamosque Cristo é a nossa vida. O perfeito suprimento de Deus para todas as nossas

necessidades.Com este entendimento em vista vamos estudar alguns princípios

fundamentais que aumentarão a compreensão de que Cristo é de fato a nossa vida.

 A FORMAÇÃO DO CARÁTER ATRAVÉS DOS TRATAMENTOS DE DEUS

II Pe.1: 1-11- É a graça de Deus que me capacita a fazer as coisas certas

diante de Deus.  A leitura deste texto nos ajuda na compreensão do processo queDeus usa para desenvolver o caráter de um cristão. Deus, através de Jesus Cristo,

nos provê a Sua própria natureza. As promessas Divinas nos foram outorgadas (ver11 Pe.1:4 ), e o poder de Deus é a nossa garantia de que Ele realizará em nós as

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mudanças necessárias. (ver 11 Pe.1:3).

Somente através de uma atitude diligente podemos alcançar oaperfeiçoamento do nosso caráter, precisamos ter a decisão de sermos semelhantesa Cristo, termos em nós a natureza Divina amadurecida (ver II Pe.1:10e 11).

 A vida cristã é um processo. Precisamos vencê-la passo a passo, cada degraucorresponde a um novo nível alcançado e nova vitória em determinada área, atéalcançarmos o topo da escada.

 A responsabilidade de Deus é prover a todo crente a própria natureza Divinaatravés do arrependimento do pecado e da fé em Jesus Cristo.

 A responsabilidade do homem é aplicar e cumprir esta realidade em sua vida.

Deus tem dado por direito aos crentes tudo o que é necessário para uma vidasanta: autoridade e poder. O cristão tem o que precisa para desenvolver um caráter

maduro, seguindo o Senhor Jesus.

DESCREVENDO O PROCESSO

Todos nascemos em iniqüidades e fomos formados em pecado. Todos temospor nascimento uma natureza caída. que nos acompanhará ou não por toda a vida(ver Rm. 5: 12). A natureza caída do homem não está em harmonia com nenhumadas coisas do Senhor (ver C!. 5: 17.

Deus colocou diante do cristão a meta da perfeição (ver I Pe. 1: 15, Gn.

17:1, Mt. 5:48, Lc. 6:40). Maturidade espiritual é a meta Bíblica para todos os queestão em Cristo Jesus.

Por vezes, a carnalidade do homem não permite que ?.Ie desenvolva seucaráter como as Escrituras ordenam. Esta natureza humana é tratadadefinitivamente pelo Poder da Cruz, mas o Ego é a principal razão pela qual ohomem precisa do tratamento de Deus. Cada cristão precisa do tratamento de Deuspara motivá-lo a prosseguir em direção à perfeição espiritual ( ver Hb. 6:1 e3).

O PROPÓSITO DO TRATAMENTO

O cristão necessita do tratamento de Deus em sua vida porque possui áreasescondidas em sua vida que devem ser reveladas, (ver I Jo. 1 :5-7). Deus desejarevelar estas áreas escondidas de pecados em nós, de maneira a nos ajudar acrescer. As Escrituras afirmam que é Deus quem revela tais secredos (ver! Co. 3: 13e Mt. 10:26 e 27).

Deus revela os nossos pecados ocultos para que não sejamos destruídos,nem os nossos ministérios. Deus revela estas áreas escuras, que estão presentes

dentro de nós, para que renunciemos a elas. Para que isto aconteça, o cristãoprecisa da graça de Deus porque humanamente a tendência é cobrir suas próprias

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falhas e fraquezas. O homem deseja sempre defender-se e esconder os motivos docoração (ver Gn. 3;8).

Deus deu ao cristão o Seu Espírito Santo. É o Espírito quem revela asnecessidades espirituais do homem, sondando o coração do cristão para revelar os

pecados que devem ser abandonados (ver SI. 139:23 e Pv. 21:2). A palavra "revelar" significa retirar a tampa, e a palavra "ocultar" significa

esconder, cobrindo, cobrir a vista, ou encobrir o assunto. Deus tenta retirar acobertura de cima do homem, enquanto o homem faz tudo para retê-la.

Há vários homens nas Escrituras que ilustram o fato de pecados ocultos. Ocomeço de suas vidas contrastou drasticamente com o fim delas. Começaram bem eacabaram tragicamente.

Os homens podem começar bem. Mas, se tiverem pecados ocultos em suas

vidas os quais não confessam e alimentam-se sem arrependimento, estarãodestruindo suas vidas e ministérios.

Em II Sm. 1: 19, Davi lamentando a morte de Saul e Jônatas, chama trêsvezes:" Como caíram os valentes! " Nesta lamentação Davi descreve os "valentes"no início da vida ministerial como:

 Formosos (ver Vs. 19) . Poderosos (ver vs. 19)  Amados e queridos (ver Vs. 23 ) Mais ligeiros do que as águas (ver Vs. 23)

 Mais fortes fortes do que leões (ver Vs. 23)  Vestia como escarlata aos outros (ver Vs 24). Capazes de colocar ornamentos de Deus nos outros (Vs.24).(

Segundo a versão Almeida).

Todo líder precisa lembrar que o propósito dos tratamentos de Deus é revelarseu coração para que ele não caia. Alguns exemplos Bíblicos de homens quecomeçaram bem e terminaram em tragédias, por não entenderem os propósitos dotratamento de Deus em suas vidas.

PROPÓSITO DE DEUS NO TRATAMENTO1. Transformar o Crente à Imagem de Jesus CristoEste processo é relatado em II Cor. 3: 18.

 “E todos nós com o rosto desvendando, contemplando, como por espelho, aglória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem,como Senhor”. 

 A palavra “ transforma” aqui, no Grego, “ metamorphos", significa: mudançacompleta de um formato em outro. É a raiz da palavra científica usada paradescrever o processo de transformação de uma lagarta em borboleta. Este processo

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leva tempo e gasta energia. A lagarta muda de um formato para um outrocompletamente diferente.

O cristão também precisa passar por uma metamorfose a cada dia, o cristãoque segue ao Senhor e responde positivamente tem mais e mais, da sua natureza

restaurada e transformada à imagem do Senhor Jesus.

2.Limpar Toda Sujeira

Deus quer nos tomar puros. Ele está constantemente levando seu povo aofogo através dos seus tratamentos. Em todo o mundo, está havendo muita pressãoe calor sobre o povo de Deus. Este calor está ordenado por Deus para purgar seupovo. A palavra "purgar" significa refinar; tornar puro, mudar pelo calor.

O povo de Deus como o metal é preparado para uso. Toda a sujeira e sobrasextras são trazidas à superfície para serem lançadas fora. Escória é aquilo que é

lançado fora, matéria que dobra, a parte não aproveitável. Deus está nestes diasremovendo todo o excesso e escória dos seus líderes. Ele quer o desenvolvimentodo caráter em todos os seus líderes (Is 1 :22-25, Ez. 22:18-19, Mt. 3:12, II Tm2:21).

3. Deus Quer Limpar As Nossas Vestes

O pisoeiro era um artesão que limpava todas as fibras de um pano, para queo material pudesse se tornar um lindo traje. Freqüentemente, ele estabelecia seunegócio perto de riachos e, depois de lavá-los várias vezes, os estendia sob pedrasachatadas. Depois ele batia os panos crus com um bastão de pisoeiro. Este bastãoera enorme e tinha dentes de ferro que serviam para extrair sujeira dos panos.Conforme ele batia nos panos crus, todos os fragmentos e sujeira subiam asuperfície, e a água os varria. Por este processo, o material era limpo. Após alimpeza, o material estava pronto para o artífice transformá-lo em um magníficotraje.

Malaquias 3: 1-3 diz que Jesus é como "o fogo do ourives e como a potassa

dos lavandeiros...”  e Ele sabe como nos bater sem machucar. Deus tem um bastão

que usa para extrair toda a sujeira da vida dos cristãos. Deus não usa seu bastãosimplesmente para ostentar o poder, mas usa-o para limpar as vestes dos seusfilhos.

4. Deus Quer Produzir Frutos Em Nossas Vidas

Em João 15 temos a parábola da vinha e dos ramos. O agricultor que poda avinha deverá, às vezes, usar a tesoura de podar. Os galhos mortos devem sercortados de maneira a não extrair a seiva necessária dos galhos vivos. Os galhosque não dão frutos são cortados. Mas as varas que dão frutos são podadas para dar

mais frutos. Deus irá podar purgar, refinar e cortar as varas que dão frutos para

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produzirem mais frutos. O propósito de Deus é sempre positivo e redentor. Aquelesque desejarem mais frutos serão os mais podados.

5. Preparar Os Vasos Para Servi-lo

(II Tm 2: 19-20) A partir do momento em que o vaso é formado DO barroaté o momento em que é retirado do forno, ele e submetido a um processo definidode formação. A aplicação das mãos do oleiro sobre o vaso às vezes é dura e firme. A roda do oleiro, o forno e as mãos do oleiro são todas partes 'vitais na preparaçãodo vaso. O propósito de Deus nessa situação é ter o vaso para sua honra ( ver Jer.17: 1-10 ).

 As criaturas indicam que Judas, o apóstolo caído e traidor de Jesus Cristo,enforcou-se no campo do oleiro (ver Mt. 27: 1-10). Neste campo foi encontrado umvaso humano, rejeitado, corrompido e mutilado, vaso para desonra, como tantosoutros.

6. Deus Quer Trazer Crescimento às Nossas Vidas

Em Is. 54:2 o profeta proclama: "amplia o espaço de tua tenda"

Figuradamente isto pode significar que Deus quer ampliar a capacidade daquelesque estão se preparando para liderar Sua Casa, a fim de que recebam mais doSenhor.

II Samue122:37 declara que o Senhor pode alargar os passos dos líderes. Is.

60:5 diz que o coração da pessoa pode ser dilatado a fim de que seu "depósitoespiritual" também aumente.

O propósito do tratamento de Deus é nos alargar de muitas maneiras. Deusdeseja expandir o nosso ministério e a nossa função na casa do. Senhor, assimcomo o nosso caráter.

 Algumas áreas em nossas vidas que podemos dizer Deus quer alargar:

 Nossa Visão - I Cr.4: 1 O

 Nossos Passos - I Sm.22:37 Nossos Corações - Is.60:5 Nossas Fronteiras - Ex.34:24 Nossa Força - I Sm.2: 1 Nossa Habitação - Ez.41:7, Pv.24:3-4, Is. 54:2 Nosso Ministério - II Co.6: 11 e 13,Il Co. 10: 15-16

7. Nos Levar a Uma Busca Intensa da Sua Pessoa

O Senhor trará as pressões e o calor sobre os líderes em períodos específicospara motivá-los a buscá-Lo. A pressão não é para desviá-I os de Deus, mas para

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colocá-los na direção Dele. Muitas vezes, os tempos difíceis e as circunstânciasduras são mal interpretados pelo líder em preparação. Todos estes tratamentos sãopara motivar o homem a se voltar para Deus como a sua única força. Um líder deveaprender a buscar a Deus em tempos defíceis para que aprenda a ajudar os outros

a fazerem o mesmo. Jesus aprendeu pelo que sofreu. É a experiência que noscapacita a conduzir outros.

8. Deus Quer Mais do Seu Espírito Fluindo em Nossas Vidas

 As Escrituras retratam o vinho como indicativo do Espírito de regozijo (Mt.9:17, At.2: 13-16; Ef.5: 18). O tempo da colheita era um tempo de alegria para todoo povo. Após o longo período de espera, era finalmente hora da colheita. Nestetempo toda a família se envolvia na sega.

 As mulheres e as crianças colocavam nas cabeças as uvas colhidas. Levavamestas uvas para grandes tonéis de pedras onde pisadores aguardavam descalços asuvas a serem esmagadas. Os pisadores então iniciavam o processo de andar porcima das uvas maduras, apertando-as para a extração do suco. Enquanto o pisadorfazia isto, ele se segurava na viga de madeira que estava ligada ao mastro nocentro do tonel. A maior parte do seu peso, descansava nesta viga, de maneira anão pisar com demasiada força sobre as uvas. Se ele pisasse forte demais sobre asuvas, ele esmagaria a semente juntamente com a uva. Se isto acontecesse o vinhose tomaria amargo, prestando somente para dar aos animais.

 A aplicação é maravilhosa. Deus é o pisador das uvas que somos nós. Eledeseja que o vinho do Seu Espírito flua das nossas vidas e ministério.Ele nos aperta. Este é um processo duro, doloroso, mas Deus nunca

esmagará nossos espíritos ( a semente da uva) para não nos tomar amargos. Umavida amarga não é boa para ninguém. Deus não deseja líderes amargos. Ele querque o vinho novo e fresco do Seu Espírito flua através de nossas vidas.

9. Através dos Tratamentos Deus Quer Nos Dar Nova Visão

Em II Co.4: 16-18, Paulo enfoca esta realidade. Todas as pressões, aflições e

provas que vêm sobre nós agora são para operar algo eterno. Não devemos olharapenas para o presente, analisando aquele momento. Precisamos encarar o futuro,pensando no fruto eterno que será em nós e através de nós, na vida de outros.Dons são dados, mas o caráter é desenvolvido. O caráter tem valor eterno e iráconosco para a Eternidade (I Co.13:8 e 13).

Nossa Atitude Diante do Tratamento de Deus

Termos o caráter desenvolvido à semelhança do de Jesus Cristo é muito maisimportante do que as aflições que possamos viver nesta vida. Suportando estas

aflições no presente teremos o caráter de Jesus Cristo sendo desenvolvido em nós.

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Nossas atitudes ou reações diante das circunstâncias que Deus usa paratratar conosco definem nossa aceitação do tratamento, ou não. Algumas atitudesque devemos desenvolver quando passamos por provas:

 Oração-(Tg.5:13). . Contrição - (Pe.4: 19)' Reflexão - (Hb.12:3) Louvor-(SI.74;21 Suportar as Circunstâncias - (Mt.10:22 e ICo.10: 13) Gozo - (Mt.5: 12 e Rm.5:3 ) Disposição para Mudança - (II Sm.12: 13)

Resistir geralmente quer dizer "se segurar ou ser indiferente durante ostratamentos". Em Jacó vemos uma atitude certa em resposta aos tratamentos deDeus.

 Através das Escrituras Deus se identifica com três homens. Muitas vezesDeus disse: " Eu sou o Deus de Abraão, de [saque e de Jacó ". Sendo o Deus de Abraão, nos fala que é um Deus que guarda o concerto. Sendo o Deus de Isaquefala do Deus dos milagres, mas quando a Escritura proclama que Ele é o Deus deJacó, fala de Deus como sendo Deus de mudanças, pois mudou o nome de Jacó, ea sua natureza de suplantado r para Israel.

Diante do tratamento de Deus podemos ter duas atitudes:  A de verme - Conforme o próprio jacó foi comprado ( ver Is.41: 14-

16) e até mesmo Jesus (ver SI.22:6).  A de serpente - Representando Satanás.

Estas duas atitudes se contradizem. Alguns líderes respondem a Deus comoum verme, outros como uma serpente.

Nossa Atitude Como Resposta

Devemos aceitar o tratamento de Deus em nossa vida, crendo que " Todas

as coisas cooperam para o nosso bem ", visando um fiel proveito: Oaperfeiçoamento ( maturidade) do nosso caráter.

Todos aqueles poderosos homens de Deus iniciaram seus ministérios com oesplendor do sucesso e terminaram derrotados. Possuíam qualidades positivas noinício de suas vidas e ministérios. Por exemplo: humildade. sabedoria, fé,conhecimento, unção, coração pronto para Deus. Apesar de todas as qualidadessólidas e fortes que porventura possuamos, devemos ter sensibilidade e obediência

ao Senhor, até mesmo durante os tratamentos em nossas vidas.O CARÁTER CRISTÃO E O FRUTO DO ESPÍRITO

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O que queremos dizer com" caráter cristão"7 O caráter de Cristo é ilustradonas Escrituras como sendo o fruto do Espírito:

"O fruto do Espírito é o amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade,fidelidade, mansidão, e auto-controle... Já que vivemos pelo Espírito, andemos

também no espírito" (GI5:22,25 simplificado).Estas lindas qualidades da natureza de Cristo retratam o Seu caráter. Elassão aspectos específicos da Sua vida ou ser. É assim que Jesus é. E devemos nostomar semelhantes a Ele em nossa vida e caminhar cristãos.

Onde quer que Jesus fosse, o fruto da Sua vida era uma bênção. O fruto doSeu Espírito será uma grande bênção para nós também - como para outraspessoas. E, acima de tudo, o fruto do Espírito será uma bênção para o nossoPróprio Pai Celestial.

 Vamos rever uma vez mais o esboço dos frutos do Espírito:

 A. Bênçãos Internas1. Amor - ser amoroso no interior2. Alegria - ser alegre no interior3. Paz - ser tranqüilo no interior

B. Bênçãos Externas1. Paciência - ser paciente com os outros2. Bondade - ser bom para com os outros

3. Benignidade - ser benigno para com os outros

C. Bênçãos Verticais1. Fidelidade - ser fiel a Deus2. Mansidão - ser humilde diante de Deus3. Auto-controle - ser controlado por Deus

Podemos ver facilmente que estas "bênçãos" se entrelaçam entre si. Seformos cheios de amor em nosso interior, seremos amorosos para com os outros e

para com o Senhor. O fruto do Espírito geralmente se estende a todas as trêsdireções, trazendo grandes bênçãos.

 A lista acima inclui muitas das características importantes da vida de Cristo,mas há outras também. Paulo nos dá estes nove frutos como exemplo paraestudarmos. Observe estas outras passagens bíblicas que se referem a frutosespirituais: Romanos 5:3-5, Colossenses 3: 12-15; 1 Timóteo 6: 11; 2 Pedro 1:5-7.

 ALGUMAS PALAVRAS FINAIS DO APÓSTOLO PAULO

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O Apóstolo Paulo sumariza e faz o seu esboço do fruto do Espírito com asseguintes palavras, que são muito significativas:

"Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne com suas paixões edesejos. Já que estamos vivendo pelo poder do Espírito de Cristo, sigamos a direção

do Seu Espírito em todos os aspectos das nossas vidas. .

Porque o que semeia à carne, da carne ceifará a morte e a deterioração, mas

o que semeia ao Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna" (GI5:24, 25;6:8simplificado).

BibliografiaCompilado de: Robert Frost

Revista Atos. World Map

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O Caráter de Cristo em nós

Tarefas de aprendizagem

1-  Explique a lei da cruz e como ela nos prepara para vivermos no Espírito?

2-  Por que o caráter do obreiro precisa ter sido formado pela cruz?

3-  Explique os três elementos básicos que constituem o caráter?

4-  Por que valorizar o dom em detrimento do caráter é uma distorção?

5-  Explique os princípios da formação do caráter.

6-  Qual o propósito do tratamento de Deus em nosso caráter?

7-  Como deve ser nossa atitude diante do tratamento de Deus?

8-  O que quer dizer “caráter cristão”? 

9-  Quais são os frutos do Espírito?

10- Por que os frutos do espírito são sinal de maturidade?

11- Explique três tipos básicos de fruto.