apostila cálculo 1-sebastião
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MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
CÁLCULO 1 – AULA 01
CAP. 1– FUNÇÕES:
1.1– RELAÇÕES:
Consideremos os conjuntos 4,3,2,1=A e 8,7,6,5,4,3,2,1=B . Vamos determinar o Produto
Cartesiano AXB , que é o conjunto dos pares ordenados ( )yx, , onde Ax∈ e
By∈ : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 8,4,7,4,6,4,...,3,1,2,1,1,1=AXB .
Podemos perceber que este conjunto possui 32 pares ordenados.
Vamos, agora, fazer uma correspondência entre os elementos Ax∈ e By∈ , de acordo com
uma lei de formação qualquer, por exemplo, y é o dobro de x .
Num diagrama de flechas:
Conjunto Partida Contra-Domínio
Podemos expressar o resultado obtido por um conjunto de pares ordenados relacionados pela
lei xy 2= . Este conjunto é: ( ) ( ) ( ) ( ) 8,4,6,3,4,2,2,1
A este conjunto damos o nome de RELAÇÃO e representamos pela letra R:
( ) ( ) ( ) ( ) 8,4,6,3,4,2,2,1=R
Uma forma mais prática de representar esta Relação é: ( ) xyAXByxR 2/, =∈= .
A Relação acima pode ser ainda representada graficamente num sistema de coordenadas
cartesianas, onde convenciona-se representar y no eixo vertical (ordenada) e x no eixo
horizontal (abscissa).
1
2
3 4
1 2
4
6
8
3
5
7
A B
y = 2x
x y
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By∈
Vamos admitir, agora, que esta relação xy 2= seja definida no Produto Cartesiano ℜℜX , isto
é, o Produto AXB , onde ℜ=A e ℜ=B , sendo ℜo Conjunto dos Números Reais.
Assim, ( ) xyXyxR 2/, =ℜℜ∈= .
Neste caso, a representação geométrica da Relação é a reta:
OBSERVAÇÃO:
Quando a Relação é definida no Produto Cartesiano ℜℜX não é necessário representa-la na
forma de Conjuntos ( ) xyXyxR 2/, =ℜℜ∈= . Uma vez que o Conjunto Partida e o Contra-
domínio estão bem definidos, basta indicar a Relação apenas pela Lei de Correspondência, ou
seja, xy 2= .
1
1
2
2
3
3
4
4
5
6
7
8
0 Ax∈
1
1
2
2
3
3
4
4
5
6
7
8
ℜ∈y
ℜ∈x
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1.2 – FUNÇÃO: DEFINIÇÃO:
Sejam A e B conjuntos não vazios. Uma relação f de A em B recebe o nome de Função
se, e somente se, para todo elemento Ax∈ existir um e somente um elemento By∈ tal que o par
ordenado ( )yx, satisfaça a relação f .
Simbolicamente, escrevemos: ( ) ( ) xfyAXByxf =∈= /, , onde:
• ( )xfy = é a lei de correspondência entre as variáveis x e y ;
• x é a variável independente;
• y é a variável dependente.
EXEMPLOS:
01) A relação xy 5= é uma função definida de ℜ=A em ℜ=B pois, para cada valor real da
variável independente x podemos obter um e somente um valor real para a variável
dependente y , tais que xy 5= .
02) A relação 2xy = é uma função definida de ℜ=A em +ℜ=B .
03) A relação xy =2 NÃO é função, pois xy ±= , ou seja, para um único valor de x existem dois valores diferentes para y .
x y
ℜ ℜ
xy 5=
- 1
1
- 2
2
1
4
ℜ
x y
2xy =
ℜ
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1.3 – DOMÍNIO:
Seja a função f definida de ℜ⊂A em ℜ⊂B pela lei ( )xfy = .
Chama-se de Domínio da função f ao conjunto ( )fD dos elementos Ax∈ para os quais
existem os elementos By∈ , tais que cada par ordenado ( )yx, satisfaça a lei ( )xfy = .
Para se determinar, algebricamente, o Domínio ( )fD de uma função, basta verificar as suas
condições de existência. Verifique, nos exemplos a seguir, como isto pode ser feito.
EXEMPLOS:
Determinar o Domínio ( )fD das funções definidas pelas sentenças a seguir no campo dos
números reais:
01) xy =
Para que ℜ∈x , devemos ter 0≥x . Portanto ou
02) 216 xy −=
Devemos ter 016 2 ≥− x , isto é, o Domínio desta função é o conjunto de valores de x que
verificam uma inequação de segundo grau, cujas raízes são 4−=x e 4=x .
Fazendo o estudo de sinais no eixo dos números reais teremos:
Portanto:
4 2
ℜ ℜ
- 2
- 4 4
- - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + x
m/a m/a c/a
( ) 44/ ≤≤−ℜ∈= xxfD
( ) +ℜ=fD
( ) 0/ ≥ℜ∈= xxfD
xy =2
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03) ( )4log 2 −= xy
Devemos ter 042 >−x . Tal como no exemplo anterior, devemos resolver uma inequação de
segundo grau cujas raízes são 2−=x e 2=x .
Fazendo o estudo de sinais, obtemos:
Portanto:
04) xxy −−= 4.3
Chamando ( )( )
−=
−=
xxh
xxg
4
3 teremos ( ) ( ) ( )xhxgxf .= .
Para que ( )xf exista, é necessário que ( )xg e ( )xh sejam definidas simultaneamente. Sendo
assim, o Domínio de ( )xf será a interseção dos Domínios de ( )xg e ( )xh .
a) Domínio de ( )xg :
Devemos ter 303 ≥⇒≥− xx
b) Domínio de ( )xh :
Devemos ter 404 ≤⇒≥− xx
Portanto
05) 3−
=x
xy
Chamando ( )( )
−=
=
3xxh
xxg teremos ( ) ( )
( )xhxg
xf = .
Novamente, para que ( )xf exista, é necessário que ( )xg e ( )xh sejam definidas
simultaneamente. E, tal como aconteceu no exemplo anterior, o Domínio de ( )xf será a
interseção dos Domínios de ( )xg e ( )xh .
- 2 2 x
m/a m/a c/a
+ + + + + + + + + + + + + + - - - - - - - - -
( ) 43/ ≤≤ℜ∈= xxfD
( ) 22/ >−<ℜ∈= xouxxfD
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a) Domínio de ( )xg :
Devemos ter 0≥x
b) Domínio de ( )xh ;
Devemos ter 303 >⇒>− xx
Portanto
06) 3−
=x
xy
Devemos ter 03≥
−xx
e 3≠x .
Para resolvermos esta equação, devemos fazer o estudo de sinais do numerador e do
denominador e fazer a interseção. Assim:
Portanto:
OBSERVAÇÃO:
As funções estudadas nos exemplos 05 e 06 parecem iguais, mas não são. Observe que elas
possuem Domínios diferentes. Quando se fala que “a raiz do quociente é igual ao quociente das
raízes do numerador e do denominador” estamos nos referindo a uma Propriedade Operatória.
Isto quer dizer que essa propriedade só é válida se ambas as raízes existirem simultaneamente.
Não foi isto que aconteceu no nosso caso.
Só podemos afirmar que duas funções são iguais quando possuírem:
• o mesmo Domínio;
• a mesma Imagem;
• o mesmo gráfico.
x 0
x 3
x 0 3
- - - - - - - + + + + + + + + + + + + + + + +
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + +
+ + + + + - - - - - - - - - - + + + + + + +
( ) 3/ >ℜ∈= xxfD
( ) 30/ >≤ℜ∈= xouxxfD
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1.4 – IMAGEM:
Chama-se de Imagem de uma função f definida de ℜ⊂A em ℜ⊂B pela lei ( )xfy = ao
conjunto ( )fIm dos elementos By∈ para os quais existem os elementos Ax∈ , tais que os pares
ordenados ( )yx, pertençam à função.
A Imagem é um subconjunto do Contra-domínio.
A melhor estratégia para se descobrir a Imagem de uma função é obter o seu Domínio,
esboçar o seu gráfico e, aí sim, identificar no gráfico obtido a Imagem. Este raciocínio se justifica
pelo fato de que a Imagem de uma função é conseqüência imediata do seu domínio.
Entretanto, para o caso de algumas funções elementares, pode-se tentar obter a Imagem
algebricamente. Para isto, devemos explicitar x como função de y e estudar as condições de
existência da função obtida.
EXEMPLOS:
Determinar a Imagem ( )fIm das funções definidas pelas sentenças a seguir no campo dos
números reais:
01) 12 += xy
Isolando a variável x :
112 −±=⇒−= yxyx
Devemos ter: 101 ≥⇒≥− yy
Portanto:
ℜ⊂A ℜ⊂B
( )xfy =
( )fIm ( )fD
x y
( ) 1/Im ≥ℜ∈= yyf
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02) 24 xy −= Isolando a variável x :
22222 444 yxyxxy −±=⇒−=⇒−=
Devemos ter:
≥
≥−
0
04 2
y
y
Estudando-se os sinais e fazendo a interseção, obtemos:
OBSERVAÇÃO:
A determinação da Imagem ( )fIm de uma função se torna mais simples após fazermos o
esboço do gráfico da função. Isto será estudado na próxima aula.
( ) 20/Im ≤≤ℜ∈= yyf
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CÁLCULO 1 – AULA 02
CAP. 1– FUNÇÕES:
1.5 – GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO:
O gráfico de uma função f é o conjunto de todos os pontos ( )yx, do plano cartesiano xy tais
que ( )fDx∈ , ( )fy Im∈ e ( )xfy = .
OBSERVAÇÃO:
De acordo com a definição, a necessidade de que uma função f associe um e somente um
valor de y para cada valor particular de x corresponde à condição geométrica de que dois pontos
distintos do gráfico de uma função não podem possuir a mesma abscissa. As figuras abaixo
mostram exemplos de gráficos de relações que não correspondem a funções.
y
x
( )fIm
( )fD
( )xfy =
x = abscissa y = ordenada
1x
1y
2y
x
y
Não é função
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EXEMPLOS
A seguir são esboçados alguns gráficos de algumas funções elementares com os respectivos
Domínios e Imagens:
01) 1
2 += xy ou ( ) 12 += xxf .
02) 24 xy −= ou ( ) 2
4 xxf −=
x
y
Não é função
y
x 0
1
12 += xy
( )( ) 1/Im ≥ℜ∈=
ℜ=
yyf
fD
y
x 2− 2
24 xy −=
2
( ) ( ) 20/Im
22/
≤≤ℜ∈=
≤≤−ℜ∈=
yyf
xxfD
0
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03) xy = ou ( ) xxf =
04) x
y1
= ou ( )x
xf1
= .
0
y
x
xy
1= ( )
( ) *
*
Im ℜ=
ℜ=
f
fD
y
x 0
xy =
( )
( ) +
+
ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
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CÁLCULO 1 – AULA 03
1.6 - TIPOS DE FUNÇÕES:
1.6.1 – FUNÇÃO PAR:
Uma função f definida pela lei ( )xfy = é chamada de Função Par se, e somente se,
tivermos:
( ) ( )xfxf =− para todo ( )fDx∈
A conseqüência desta definição é que o gráfico de uma função par possui uma simetria em
relação ao eixo y (eixo das ordenadas).
EXEMPLOS:
01) ( ) 24 xxf −= é uma função Par, pois ( ) ( ) ( )xfxxxf =−=−−=− 2244 .
02) ( )2
1
xxf = é uma função Par, pois ( )
( )( )xf
xxxf ==
−=−
22
11.
y
x
y
x x− 0
( ) ( ) fyxfyx ∈−⇒∈ ,,
y
x 2 2−
4
0
( ) 24 xxf −= ( )( ) 4/Im ≤ℜ∈=
ℜ=
yyf
fD
y
x 0
( )2
1
xxf = ( )
( ) *
*
Im +ℜ=
ℜ=
f
fD
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1.6.2 – FUNÇÃO ÍMPAR:
Uma função f definida pela lei ( )xfy = é chamada de Função Ímpar se, e somente se,
tivermos:
( ) ( )xfxf −=− para todo ( )fDx∈
A conseqüência desta definição é que o gráfico de uma função ímpar possui uma simetria em
relação à origem dos eixos coordenados.
EXEMPLOS:
01) ( ) xxf 2= é uma função Ímpar, pois ( ) ( ) ( )xfxxxf −=−=−=− 2.2 .
02) ( ) 3xxf = é uma função Ímpar, pois ( ) ( ) ( )xfxxxf −=−=−=− 33 .
y
y
y−
x x
x−
0
( ) ( ) fyxfyx ∈−−⇒∈ ,,
y
x 0
( ) xxf 2= ( )( ) ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
y
x 0
( ) 3xxf = ( )( ) ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
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OBSERVAÇÃO:
O fato de havermos definido funções pares ou ímpares não significa, necessariamente, que
toda função deva ter uma dessas classificações. Existem funções que não são pares e nem
ímpares.
EXEMPLO: A função f definida por ( ) xxxf −= 2 não é par e nem ímpar, pois:
( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )
−≠−
≠−⇒+=−−−=−
xfxf
xfxfxxxxxf 22
1.6.3 – FUNÇÃO POLINOMIAL:
É toda função f definida da forma ( ) n
nnn AxAxAxAxf ++++= −− ...2
2
1
10, onde
ℜ∈nAAAA ,...,,, 210 são os coeficientes e ℵ∈n representa o grau da função polinomial.
CASOS PARTICULARES:
A) Função Constante: É toda função f definida por uma equação da forma ( ) kxf = , onde
ℜ∈k . O seu gráfico é uma reta paralela ao eixo das abscissas.
y
x 0
( ) xxxf −= 2
1 41
( )
( )
≥ℜ∈=
ℜ=
4
1/Im yyf
fD
y
x
k
0
ky =
( )( ) kf
fD
=
ℜ=
Im
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B) Função Linear: É toda função f definida por uma equação do tipo ( ) baxxf += , onde
ℜ∈ba, .
Nesta função a é chamado de Coeficiente Angular e b é chamado de Coeficiente Linear.
O seu gráfico é uma reta.
C) Função Identidade: É a função f definida por ( ) xxf = . O seu gráfico é a bissetriz dos
quadrantes ímpares do sistema de coordenadas cartesianas.
D) Função Quadrática: É toda função f definida pela equação cbxaxy ++= 2 , com *ℜ∈a e
ℜ∈cb, . O Domínio ( )fD de qualquer Função Quadrática é o conjunto dos Reais e o seu gráfico
é uma parábola que pode ter a concavidade voltada para cima ou para baixo, dependendo do
sinal do coeficiente a .
y
x 0
( ) baxxf += ( )( ) ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
y y
x x 0
0
0>a0<a
y
x 0
( ) xxf = ( )( ) ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
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Observação:
O ponto de ordenada máxima da parábola (quando 0>a ) ou o ponto de ordenada mínima
(quando 0<a ) é chamado de Vértice dessa parábola e as suas coordenadas podem ser
determinadas tomando-se: a
bxV
2−= e
ayV
4
∆−= , sendo acb 42 −=∆ o Discriminante da
equação 02 =++ cbxax .
1.6.4 – FUNÇÃO RACIONAL:
É toda função definida da forma ( ) ( )( )xQxP
xf = , com ( ) 0≠xQ , onde ( )xP e ( )xQ são funções
polinomiais.
EXEMPLOS:
01) ( )1
12 ++
+=
xx
xxf
02) ( )32
42
3
++
−=
xx
xxf
03) ( ) 52 += xxf
1.6.5 – FUNÇÕES ALGÉBRICAS:
São funções que podem ser obtidas através de um número finito de operações algébricas
elementares, isto é, adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação.
EXEMPLOS:
01) ( ) 2xxxf +=
02) ( ) 753 2 +−= xxxf
03) ( )xx
xxf
+
−=4 3
1
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1.6.6 – FUNÇÕES TRANSCEDENTES:
Chamamos de Transcedente a toda função que não á algébrica, isto é, toda função que não
possa ser definida usando somente as operações algébricas elementares. São transcedentes as
funções:
• Exponenciais;
• Logarítmicas;
• Trigonométricas;
• Hiperbólicas.
EXEMPLOS: 01) ( ) xxf 2=
02) ( ) xxf log=
03) ( ) xxf sen=
04) ( ) 43cos2 −+−= xxxxf
1.6.7 – FUNÇÕES MODULARES:
São funções definidas com o uso do Módulo. De maneira geral, poderemos definir essas
funções na forma ( )xfy = , lembrando que ( ) ( ) ( )( ) ( )
<−
≥=
0,
0,
xfsexf
xfsexfxf .
EXEMPLOS:
01) ( ) xxf =
De acordo com a definição teremos ( )
<−
≥=
0,
0,
xsex
xsexxf
y
x 0
( ) xxf =
( )( ) +ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
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02) ( ) ( ) ( )
−<−−
−≥+=⇒
<+−−
≥++=⇒+=
3,3
3,3
03,3
03,33
xsex
xsexxf
xsex
xsexxfxxf
03) ( ) 652 +−= xxxf
( ) ( )
<<−+−
≥≤+−=⇒
<+−−+−
≥+−+−=
32,65
32,65
065,65
065,65
2
2
22
22
xsexx
xouxsexxxf
xxsexx
xxsexxxf
1.6.8 – FUNÇÃO PERIÓDICA:
Dizemos que uma função f é periódica se existir um número positivo T tal que:
( ) ( )xfTxf =± para todo ( )fDx∈
Ao menor valor de T que satisfaz esta condição damos o nome de Período da função f .
Os exemplos mais conhecidos de funções periódicas são as funções trigonométricas, que
serão estudadas futuramente.
y
x 3− 0
( ) 3+= xxf
( )( ) +ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
y
x 0 2 3
( ) 652 +−= xxxf ( )( ) +ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
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EXEMPLO: ( ) ( ) ( )xfxfexse
xsexxf =±
<<
≤≤= 2
21,1
10,
y
x 4− 3− 2− 1− 0 1 2 3 4
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CÁLCULO 1 – AULA 04
1.6 – TIPOS DE FUNÇÕES:
1.6.7 – FUNÇÃO INJETORA:
Uma função f , definida de A em B pela lei ( )xfy = , é chamada Injetora quando:
( ) ( )212121
,, xfxfxxseAxx ≠⇒≠∈∀
EXEMPLO:
A função ( ) xxf 5= é Injetora, pois 212121
55,, xxxxsexx ≠⇒≠∀ .
1.6.8 – FUNÇÃO SOBREJETORA:
Uma função f , definida de A em B pela lei ( )xfy = , é chamada Sobrejetora se:
( )xfyAxBy =∈∃∈∀ /,
Isto significa dizer que não sobram elementos no conjunto B, ou seja, a Imagem da função é o
próprio conjunto B.
A B
Ax∈ By∈
( )xfy =
A B
Ax∈ By∈
( )xfy =
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EXEMPLO:
A função f definida de ℜ=A em +ℜ=B por 2xy = é Sobrejetora, pois todo +ℜ∈y tem
correspondente ℜ∈x .
1.6.9 – FUNÇÃO BIJETORA:
Chamamos de Bijetora às funções que são Injetoras e Sobrejetoras, simultaneamente.
EXEMPLO:
A função f , definida de ℜ em ℜ pela lei 14 += xy , é Bijetora.
1.6.10 – FUNÇÃO INVERSA:
Se uma função f definida de A em B pela equação ( )xfy = é Bijetora, então podemos definir
de B em A a função 1−f que é a Inversa da função f .
EXEMPLO:
A função Inversa de xy 2= é a função 2
xy =
OBSERVAÇÕES:
O1: Se uma função f admite uma função Inversa 1−f , então:
( ) ( )1Im−⊃ ffD
( ) ( )1Im−⊃ fDf
O2: Para se determinar a função Inversa 1−f de uma função ( )xfy = , caso ela exista, deve-se
proceder da seguinte maneira:
• na sentença ( )xfy = trocar y por x e x por y ;
• em seguida, expressar y como função de x .
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EXEMPLO: Obter a função Inversa de 35 −= xy .
Trocando as variáveis: 35 −= yx
Isolando a variável y : 5
3
5+=x
y , que é a função Inversa da função dada.
O3: Os gráficos de f e 1−f são simétricos em relação à reta xy = .
De fato, se o ponto ( )ba, pertence ao gráfico de f , então o ponto ( )ab, pertence a 1−f , e
vice-versa.
EXEMPLOS:
01) Seja a função f definida pela lei 2xy = , com 0≥x .
Trocando x por y : xyyx ±=⇒= 2
Porém 0≥y , logo xy = é a função inversa de 2xy = para 0≥x .
.
y
x
xy =
a
a
b
b ( )ba,
( )ab,
0
y
x
xy =
2xy =
xy = ( ) ( )( ) ( ) +
−
+
−
ℜ==
ℜ==
1
1
Im
Im
fDf
ffD
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02) Sejam, agora, as funções ( ) 3xxf = e ( ) 31 xxf =− .
1.6.11 – FUNÇÃO COMPOSTA:
Dados os conjuntos não vazios A, B e C, uma função f definida de A em B por ( )tfy = e
uma função g definida de B em C por ( )xgt = , chama-se de Função Composta à função definida
pela lei ( )[ ]xgfy = , definida de A em C.
Observe os diagramas abaixo:
EXEMPLOS:
01) Seja a função f definida por 32 += xy .
Chamando 32 += xt , teremos ty = .
Portanto, ( )tfy = e ( )xgt = , ou seja, ( )[ ]xgfy = é uma função composta.
y
x 0 1
1
1−
1−
xy =
3xy =
3 xy = ( ) ( )( ) ( ) ℜ==
ℜ==
−
−
1
1
Im
Im
fDf
ffD
A
B
C ( )tfy = ( )xgt =
( )[ ]xgfy =
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02) Seja a função definida pela lei ( )83sen3 +−= xxy .
Fazendo 833 +−= xxt , teremos ty sen= .
Portanto, ( )tfy = e ( )xgt = , isto é, ( )[ ]xgfy = é uma função composta.
03) Seja a função definida pela lei ( )xtgy 2= .
Fazendo xu = e ut 2= , teremos tgty = .
Portanto, ( )tfy = , ( )ugt = e ( )xhu = , isto é, ( )[ ] xhgfy = é um função composta.
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1.7 – FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARITMICAS:
1.7.1 – FUNÇÃO EXPONENCIAL:
A Função Exponencial é definida por uma equação que tem a forma xay = , com *
+ℜ∈a e
1≠a , isto é, a base a é um número Real positivo e diferente da unidade.
Curiosamente, o gráfico da Função Exponencial pode ser representado de duas formas, de
acordo com o valor da base.
a) Para 1>a , o gráfico da Função Exponencial tem a forma abaixo:
b) Para 10 << a , o gráfico da Função Exponencial tem a seguinte forma:
OBSERVAÇÃO:
Aplicam-se para as Funções Exponenciais as mesmas propriedades fundamentais da
Potenciação.
y
x
( )1>= aay x
0
1
( )
( ) *Im +ℜ=
ℜ=
f
fD
x
y
0
1 ( )10 <<= aay x
( )
( ) *Im +ℜ=
ℜ=
f
fD
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Exemplos:
01) Produto de Potências de mesma base: xxxx 22 22
33.3 +=
02) Quociente de Potências de mesma base: xxx
x
x
222
2 23
2
3
== −
03) Potência de potência: ( ) xx 331010 =
1.7.2 – FUNÇÃO LOGARÍTMICA:
Define-se uma Função Logarítmica pela equação logx
ay = , onde *
+ℜ∈a e 1≠a é a base e
0>x . A Função Logarítmica é a função Inversa da Exponencial xay = .
Como a Função Exponencial pode ter duas formas geométricas de representação, que
dependem do valor da base a , então a Função Logarítmica terá igualmente duas formas de
gráficos, de acordo com o valor da base. Vejamos um esboço desses gráficos:
a) Para 1>a o gráfico da Função Logarítmica tem a seguinte forma:
b) Para 10 << a o gráfico da Função Logarítmica tem a forma abaixo:
y
x 0 1
( )1log >= ayx
a
( )
( ) ℜ=
ℜ= +
f
fD
Im
*
y
x 0 1
( )10log <<= ayx
a ( )
( ) ℜ=
ℜ= +
f
fD
Im
*
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OBSERVAÇÃO:
Uma vez que definimos a Função Logarítmica, é importante que façamos uma revisão das
Propriedades Operatórias de Logaritmos. Essas propriedades, com certeza, serão úteis em
problemas envolvendo este tipo de função.
PROPRIEDADE 1: Adição de Logaritmos: logloglogMN
a
N
a
M
a=+
PROPRIEDADE 2: Subtração de Logaritmos: logloglog N
M
a
N
a
M
a=−
PROPRIEDADE 3: Logaritmo de Potência: 0,loglog >= MparakM
a
M
a
k
PROPRIEDADE 4: Mudança de Base: 10,
log
loglog ≠>= bebpara
a
b
M
bM
a.
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CÁLCULO 1 – AULA 06
1.8 – FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS:
Apresentamos abaixo, a título de revisão os gráficos das Funções Trigonométricas, com os
respectivos Domínios, as Imagens e os respectivos Períodos.
A– FUNÇÃO SENO: B– FUNÇÃO COSSENO:
y
x
períodoT =
0 π π2 π− π2−
xy sen=
( )( )
π211/Im
=
≤≤−ℜ∈=
ℜ=
T
yyf
fD
1
1−
2
π
2
3π
2
5π
2
π−
2
3π−
2
5π−
y
x 0
1
1− períodoT =
xy cos=
π2−
2
3π−
π−
2
π−
2
π
π 2
3π
π2
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O Domínio, a Imagem e o Período da função cosseno são idênticos ao da função seno. C– FUNÇÃO TANGENTE: D– FUNÇÃO COTANGENTE:
y
x
períodoT =
tgxy =
0
2
π
π
2
3π
2
π−
π−
2
3π−
( ) ( )
( )π
π
=
ℜ=
Ζ∈
+−ℜ=
T
f
kkfD
Im
)(2.12
y
x 0
2
π
π 2
3π
π2
gxy cot=
2
π−
π−
2
3π−
π2−
períodoT =
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E – FUNÇÃO SECANTE: F – FUNÇÃO COSSECANTE:
( ) [ ] ( )( )π
π
=
ℜ=
Ζ∈−ℜ=
T
f
kkfD
Im
xy sec=
períodoT =
y
x 0
1
1−
2
π
π
2
3π
2
π− π−
2
3π−
( ) ( ) ( )
( ) ( ] [ )π
π
2
,11,Im
2.12
=
∞−∞−=
Ζ∈
+−ℜ=
T
f
kkfD
U
y
x
períodoT =
0
1−
1
xy seccos=
2
π
π 2
3π
π2
2
π−
π−
2
3π−
π2−
( ) ( )( ) ( ] [ )
π
π
2
,11,Im
=
∞−∞−=
Ζ∈−ℜ=
T
f
kkfD
U
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1.9 – FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS:
Como as Funções Trigonométricas são todas periódicas, então nenhuma delas é Bijetora.
Portanto, dentro do Domínio de cada uma, nenhuma delas tem função inversa.
Entretanto, podemos definir as funções inversas das trigonométricas, se restringirmos os seus
Domínios, para que elas se tornem Bijetoras nesses intervalos. Vejamos essas funções.
A– FUNÇÃO INVERSA DO SENO: B– FUNÇÃO INVERSA DO COSSENO:
y
x 1− 1
2
π−
0
2
π
xy arcsen=
( )
( )
≤≤−ℜ∈=
≤≤−ℜ∈=
22/Im
11/
ππyyf
xxfD
y
x 1− 0 1
xy arccos=
2
π
π
( ) ( ) π≤≤ℜ∈=
≤≤−ℜ∈=
yyf
xxfD
0/Im
11/
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C– FUNÇÃO INVERSA DA TANGENTE: D– FUNÇÃO INVERSA DA COTANGENTE: E– FUNÇÃO INVERSA DA SECANTE:
y
x
arctgxy =
0
2
π
2
π−
( )
( )
−=
ℜ=
2,2
Imππ
f
fD
y
x
gxarcy cot=
0
2
π
π
( )( ) ( )π,0Im =
ℜ=
f
fD
y
x
xarcy sec=
1− 0 1
2
π
π
( ) ( ] [ )
( )
=
∞−∞−=
πππ,22
,0Im
,11,
U
U
f
fD
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F– FUNÇÃO INVERSA DA COSSECANTE:
y
x 0
1−
1
xy secarccos=
2
π−
2
π
( ) ( ] [ )
( )
−=
∞−∞−=
2,00,
2Im
,11,
ππU
U
f
fD
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CÁLCULO 1 – AULA 07
1.10 – TRANSLAÇÃO DE GRÁFICOS:
O estudo da translação de gráficos é importante, pois nos permite obter gráficos de outras
funções semelhantes a funções conhecidas, a partir dos gráficos também conhecidos.
A translação pode ser Vertical, horizontal ou simultânea (vertical e horizontal).
Vamos estudar cada uma separadamente.
1.10.1 – TRANSLAÇÃO VERTICAL:
Para que possamos entender como interpretar a translação vertical do gráfico de uma função,
vamos fazer um exemplo envolvendo funções elementares.
Vamos, então, traçar, no mesmo sistema de coordenadas cartesianas, os gráficos das funções
quadráticas definidas por 2xy = , 12 −= xy e 12 += xy .
Percebemos que os gráficos das funções definidas por 12 += xy e 12 −= xy nada mais são
do que o resultado da translação do gráfico de 2xy = de uma unidade para cima e para baixo,
respectivamente.
Observamos também que, com a translação vertical, o Domínio se manteve o mesmo para as
três funções, porém a Imagem dessas funções foi alterada.
12 += xy
2xy =
12 −= xy
y
x
1
0
1−
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Podemos, então, generalizar a translação vertical de k unidades ( )Ζ∈k de uma função
definida por ( )xfy = para ( ) kxfy += .
1.10.2 – TRANSLAÇÃO HORIZONTAL:
Tal como fizemos na translação Vertical, vamos também tomar um exemplo para mostrar a
translação horizontal.
Vamos construir, no mesmo sistema de coordenadas cartesianas, os gráficos das funções
quadráticas definidas pelas equações 2xy = , ( )21−= xy e ( )21+= xy .
Observamos que os gráficos das funções definidas por ( )21−= xy e ( )21+= xy nada mais são
do que os resultados da translação horizontal do gráfico de 2xy = de uma unidade para a direita e
para a esquerda, respectivamente.
Podemos, então, generalizar a translação horizontal de k unidades ( )Ζ∈k de uma função
definida por ( )xfy = para ( )kxfy += .
( ) ( ) ( )xffunçãodaunidadeskdeverticaltranslaçãokkxf ⇒Ζ∈+
2xy =
( )21+= xy
( )21−= xy
y
x 1− 0 1
( ) ( ) ( )xffunçãodaunidadeskdehorizontaltranslaçãokkxf ⇒Ζ∈+
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EXEMPLOS:
01) x
yemunidadesdeverticaltranslaçãox
yxx
xy
x
xy
12
12
1212=⇒+=⇒+=⇒
+= .
02) ( ) xycurvanaunidadedehorizontaltranslaçãoxy log11log =⇒−=
03) ⇒+−
= 32
1
xy Neste exemplo, temos uma translação horizontal de 2 unidades para a direita
e uma translação vertical de 3 unidades para cima no gráfico da função x
y1
= .
x
xy
12 +=
y
x
2
2
1−
0
( )( ) 2Im
*
−ℜ=
ℜ=
f
fD
y
x 0 1 2
( )1log −= xy
( ) ( )( ) ℜ=
∞=
f
fD
Im
,1
y
x
32
1+
−=x
y
3
2 0
( ) ( ) 3Im
2
−ℜ=
−ℜ=
f
fD
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CÁLCULO 1 – AULA 08
1.11 – FUNÇÕES HIPERBÓLICAS:
1.11.1 – INTRODUÇÃO:
O estudo de Funções Hiperbólicas visa a simplificar e resolver uma infinidade de problemas
matemáticos e físicos que envolvem combinações de Funções Exponenciais de base Natural.
Chamamos de exponencial ou logaritmo de base natural àqueles cuja base é o número
irracional e, chamado de Número Neperiano e aproximadamente igual a 2,718.
Assim: ⇒xe exponencial de base natural
⇒xelog logaritmo de base natural
Teremos oportunidade de conhecer e definir este número irracional com todos os detalhes no
próximo capítulo, quando tratarmos de Limites.
Por enquanto, é suficiente aceitarmos a definição dada a este número e realizarmos
operações com ele, com faríamos com qualquer outro número irracional.
Teremos oportunidade de verificar, futuramente, que o Número Neperiano representa para o
Cálculo uma importância igual ou até maior que alguns números irracionais conhecidos (e
essenciais) como são os números π , 2 , 3 , etc.
1.11.2 – ORIGEM DAS FUNÇÕES HIPERBÓLICAS:
Consideremos a circunferência de raio unitário e centro na origem dos eixos coordenados,
cuja equação é 122 =+ yx .
y
x
122 =+ yx
0
y
x
α
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Da Trigonometria sabemos que, para um determinado ângulo α, temos:
αcos=x ⇒abscissa da circunferência
⇒= αseny ordenada da circunferência
Vemos que estas expressões satisfazem a equação da circunferência 122 =+ yx .
Vamos considerar, agora, a Hipérbole Eqüilátera 122 =− yx , cujo gráfico é mostrado abaixo:
Podemos mostrar que as expressões 2
αα −+=
eex e
2
αα −−=
eey , com ℜ∈α , satisfazem a
equação desta hipérbole eqüilátera.
Substituindo as expressões acima na equação, teremos:
14
4
4
2
4
2
22
222222
==+−
−++
=
−−
+ −−−− αααααααα eeeeeeee
Portanto, podemos afirmar que:
2
αα −+=
eex é abscissa da hipérbole eqüilátera 122 =− yx ;
2
αα −−=
eey é ordenada da hipérbole eqüilátera 122 =− yx .
Por analogia com a Trigonometria, estas expressões recebem nomes apropriados, que são:
2
αα −+=
eex ⇒ Cosseno Hiperbólico de α ⇒ αcosh=x
y
x 0 x
y
xy =
xy −=
122 =− yx
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2
αα −−=
eey ⇒ Seno Hiperbólico de α ⇒ αsenh=y
αα
αα
−
−
+−
=ee
ee
x
y ⇒ Tangente Hiperbólica de α ⇒ αtgh
x
y=
αα
αα
−
−
−
+=
ee
ee
y
x ⇒ Cotangente Hiperbólica de α ⇒ αgh
y
xcot=
αα −+=
eex
21 ⇒ Secante Hiperbólica de α ⇒ αh
xsec
1=
αα −−=
eey
21 ⇒ Cossecante Hiperbólica de α ⇒ αh
yseccos
1=
O número Real α é chamado de argumento hiperbólico.
1.11.3 – FUNÇÃO SENO HIPERBÓLICO: Definição:
Gráfico:
Paridade: Função Ímpar ⇒ ( ) xx senhsenh −=−
2senh
xx eexy
−−==
y
x 0
xy senh=
( )( ) ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
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1.11.4 – FUNÇÃO COSSENO HIPERBÓLICO:
Definição:
Gráfico:
Paridade: Função Par ⇒ ( ) xx coshcosh =−
1.11.5 – FUNÇÃO TANGENTE HIPERBÓLICA:
Definição:
Gráfico:
2cosh
xx eexy
−+==
y
x 0
1
xy cosh= ( )( ) [ )∞=
ℜ=
,1Im f
fD
xx
xx
ee
eetghxy
−
−
+
−==
y
x
1
0
1−
tghxy =
( )( ) ( )1,1Im −=
ℜ=
f
fD
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Paridade: Função Ímpar ⇒ ( ) tghxxtgh −=−
1.11.6 – FUNÇÃO COTANGENTE HIPERBÓLICA:
Definição:
Gráfico:
Paridade: Função Ímpar ⇒ ( ) ghxxgh cotcot −=−
1.11.7 – FUNÇÃO SECANTE HIPERBÓLICA:
Definição:
Gráfico:
xx
xx
ee
eeghxy
−
−
−
+== cot
y
x
1
0
1−
ghxy cot=
( )( ) ( ) ( )∞−∞−=
ℜ=
,11,Im
*
Uf
fD
xx eehxy
−+==
2sec
y
x 0
1
hxy sec= ( )( ) ( ]1,0Im =
ℜ=
f
fD
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Paridade: Função Par ⇒ ( ) hxxh secsec =−
1.11.8 – FUNÇÃO COSSECANTE HIPERBÓLICA:
Definição:
Gráfico:
Paridade: Função Ímpar ⇒ ( ) hxxh seccosseccos −=−
xx eehxy
−−==
2seccos
y
x 0
hxy seccos=
( )( ) *
*
Im ℜ=
ℜ=
f
fD
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CÁLCULO 1 – AULA 09
1.12 – RELAÇOES ENTRE AS FUNÇÕES HIPERBÓLICAS:
Demonstramos a seguir três tipos de relações entre as Funções Hiperbólicas. Teremos a
oportunidade de ver que essas relações são muito parecidas com as relações que já conhecemos
entre as funções trigonométricas.
1.12.1 – RELAÇÃO FUNDAMENTAL: Demonstração:
Vimos que 2
coshxx ee
x−+
= e 2
senhxx ee
x−−
= .
Portanto:
22
22
22senhcosh
−−
+=−
−− xxxx eeeexx
4
22senhcosh
222222
xxxx eeeexx
−− −+−++=−
14
4senhcosh 22 ==− xx
1.12.2 – RELAÇÕES DERIVADAS:
Demonstração:
Dividindo a Relação Fundamental 1senhcosh 22 =− xx por x2cosh , obtemos:
1senhcosh 22 =− xx
1sec 22 =+ xtghxh 1seccoscot 22 =− xhxgh
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1secsec1cosh
1
cosh
senh
cosh
cosh 2222
22
2
2
2
=+⇒=−⇒=− xtghxhxhxtghxx
x
x
x
Dividindo a Relação Fundamental 1senhcosh 22 =− xx por x2senh , obtemos:
1seccoscotseccos1cotsenh
1
senh
senh
senh
cosh 2222
22
2
2
2
=−⇒=−⇒=− xhxghxhxghxx
x
x
x
1.12.3 – RELAÇÕES COM A EXPONENCIAL:
Demonstração:
Usando as definições das Funções Hiperbólicas, temos:
xxxxxxxxxx
eeeeeeeeee
xx ==−++
=−
++
=+−−−−
2
2
222senhcosh
xxxxxxxxxx
eeeeeeeeee
xx −−−−−−
==+−+
=−
−+
=−2
2
222senhcosh
APLICAÇÕES:
01) Sendo 0<x e hxx sec3cosh = , achar todas as Funções Hiperbólicas de x .
SOLUÇÃO:
3cosh3coshcosh
3cosh 2 ±=⇒=⇒= xx
xx
Porém, ℜ∈∀> xx ,1cosh . Portanto:
Da Relação Fundamental: 1senhcosh 22 =− xx
Portanto: ( ) 2senh2senh13senh1senh3 2222
±=⇒=⇒−=⇒=− xxxx
Como 0senh0 <⇒< xx . Logo:
xexx =+ senhcosh xexx −=− senhcosh
3cosh =x
2senh −=x
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Para obter as demais funções hiperbólicas basta usar as suas definições, ou seja:
3
2
cosh
senh −==
x
xtghx . Racionalizando:
2
3
senh
coshcot
−==
x
xghx . Racionalizando:
3
1
cosh
1sec ==
xhx . Racionalizando:
2
1
senh
1seccos
−==
xhx . Racionalizando:
02) Provar que ( ) abbaba cosh.senhcosh.senhsenh +=+
SOLUÇÃO:
Usando a definição do seno hiperbólico:
( )2
..
2senh
babababa eeeeeeba
−−−−+ −=
−=+
Aplicando as relações com a exponencial:
( ) ( )( ) ( )( )2
senhcosh.senhcoshsenhcosh.senhcoshsenh
bbaabbaaba
−−−++=+
Mas: ( )( ) bababababbaa senh.senhcosh.senhsenh.coshcosh.coshsenhcosh.senhcosh +++=++
e: ( )( ) bababababbaa senh.senhcosh.senhsenh.coshcosh.coshsenhcosh.senhcosh +−−=−−
Portanto: ( )2
cosh.senh2senh.cosh2senh
bababa
+=+ ⇒ ( ) abbaba cosh.senhcosh.senhsenh +=+
3
6−=tghx
2
6cot −=ghx
3
3sec =hx
2
2seccos −=hx
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03) Provar que ( ) bababa senh.senhcosh.coshcosh +=+
SOLUÇÃO:
Usando a definição do cosseno hiperbólico:
( )2
..
2cosh
babababa eeeeeeba
−−−−+ +=
+=+
Aplicando as relações com a exponencial:
( ) ( )( ) ( )( )2
senhcosh.senhcoshsenhcosh.senhcoshcosh
bbaabbaaba
−−+++=+
Mas: ( )( ) bababababbaa senh.senhcosh.senhsenh.coshcosh.coshsenhcosh.senhcosh +++=++
e: ( )( ) bababababbaa senh.senhcosh.senhsenh.coshcosh.coshsenhcosh.senhcosh +−−=−−
Portanto: ( )2
senh.senh2cosh.cosh2cosh
bababa
+=+ ⇒ ( ) bababa senh.senhcosh.coshcosh +=+
04) Provar que xxx cosh.senh22senh =
SOLUÇÃO:
Do exercício 02, vimos que ( ) abbaba cosh.senhcosh.senhsenh +=+ .
Fazendo xba == , teremos:
( ) xxxxxx cosh.senhcosh.senhsenh +=+
xxx cosh.senh22senh =
05) Provar que xxx 22 senhcosh2cosh +=
SOLUÇÃO:
Do exercício 03, vimos que ( ) bababa senh.senhcosh.coshcosh +=+ .
Fazendo xba == , teremos:
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( ) xxxxxx senh.senhcosh.coshcosh +=+
xxx 22 senhcosh2cosh +=
06) Sendo 3senhcosh =+ xx , achar x , xsenh e xcosh .
SOLUÇÃO:
Das relações com a exponencial: xexx =+ senhcosh
Portanto: log3
3e
x xe =⇒=
Observação:
O logaritmo cuja base é o Número Neperiano e é chamado de Logaritmo Natural ou Logaritmo
Neperiano, e é indicado por eln .
Então:
2
313
322senh
13ln3ln3ln3ln −=
−=
−=
−=
−−− eeeeeex
xx
⇒
2
313
322cosh
13ln3ln3ln3ln +=
+=
+=
+=
−−− eeeeeex
xx
⇒
3ln=x
3
4senh =x
3
5cosh =x
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CÁLCULO 1 – AULA 10
1.13 – FUNÇÕES HIPERBÓLICAS INVERSAS:
Estudaremos nesta aula as Funções Hiperbólicas Inversas. Como as Funções Hiperbólicas
são definidas por combinações de exponenciais, veremos que cada Função Hiperbólica Inversa
terá a sua definição dada por uma expressão logarítmica.
1.13.1 – FUNÇÃO INVERSA DO SENO HIPERBÓLICO:
A – Notação: xy senharg= ou xy 1senh −= , onde arg = argumento.
B – Definição:
Se xy senharg= , então yx senh=
Assim, por definição: 2
yy eex
−−= .
Resolvendo esta equação exponencial na variável y :
xe
exeey
yyy 21
2 =−⇒=− −
Multiplicando por ye , obtemos:
0122 =−− yy xee , que é uma equação de 2o grau cuja variável é ye .
Aplicando a Fórmula de Bhaskara, resulta:
12
122
2
442 222
+±=⇒+±
=⇒+±
= xxexx
exx
e yyy
Como 0>ye e ℜ∈∀>+ xxx ,12 , então 12 ++= xxe y
Isolando a variável y , obtém-se:
( )1ln 2 ++= xxy
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C – Gráfico:
1.13.2 – FUNÇÃO INVERSA DO COSSENO HIPERBÓLICO:
A – Notação: xy cosharg= ou xy 1cosh −=
B – Definição:
Se xy cosharg= , então yx cosh=
Assim, por definição: 2
yy eex
−+= .
Resolvendo esta equação exponencial na variável y :
xe
exeey
yyy 21
2 =+⇒=+ −
Multiplicando por ye , obtemos:
0122 =+− yy xee , que é uma equação de 2o grau cuja variável é ye .
Aplicando a Fórmula de Bhaskara, resulta:
12
122
2
442 222
−±=⇒−±
=⇒−±
= xxexx
exx
e yyy
Uma vez que 0>ye e ℜ∈∀<− xxx ,12 , então devemos ter 1≥x .
Nestas condições, a exponencial ye tanto pode ser definida para 12 −+= xxe y quanto para
12 −−= xxe y .
Porém, como a função cosseno hiperbólico não é bijetora (lembre-se de que ela é par), então
convenciona-se tomar apenas o ramo positivo da função.
y
x 0
xy senharg=
( )( ) ℜ=
ℜ=
f
fD
Im
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Isto equivale a tomarmos:
⇒−+= 12xxe y
C – Gráfico:
1.13.3 – FUNÇÃO INVERSA DA TANGENTE HIPERBÓLICA:
A – Notação: tghxy arg= ou xtghy 1−=
B – Definição:
Se tghxy arg= , então tghyx =
Assim, por definição: yy
yy
ee
eex
−
−
+
−= .
y
y
y
yyyyy
ee
e
xxeeexexe
1−=+⇒−=+ −−
Multiplicando por ye , obtemos:
( )x
xe
x
xexxeexxe yyyyy
−+
=⇒−+
=⇒+=−⇒−=+1
1
1
1111 2222 .
Como 0>ye , devemos ter 1101
1<<−⇒>
−+
xx
x,
( )1ln 2 −+= xxy
y
x 0 1
xy cosharg= ( ) [ )( ) +ℜ=
∞=
f
fD
Im
,1
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Portanto:
C – Gráfico:
1.13.4 – FUNÇÃO INVERSA DA COTANGENTE HIPERBÓLICA:
A – Notação: ghxy cotarg= ou xghy 1cot −=
B – Definição:
Se ghxy cotarg= , então ghyx cot=
Assim, por definição: yy
yy
ee
eex
−
−
−
+= .
y
y
y
yyyyy
ee
e
xxeeexexe
1+=−⇒+=− −−
Multiplicando por ye , obtemos:
( )1
1
1
1111 2222
−+
=⇒−+
=⇒+=−⇒+=−x
xe
x
xexxeexxe yyyyy .
Como 0>ye , devemos ter 1101
1>−<⇒>
−+
xouxx
x.
x
xy
−+
=1
1ln
y
x 1− 0 1
tghxy arg=
( ) ( )( ) ℜ=
−=
f
fD
Im
1,1
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Portanto:
C – Gráfico:
1.13.5 – FUNÇÃO INVERSA DA SECANTE HIPERBÓLICA:
A – Notação: hxy secarg= ou xhy 1sec −=
B – Definição:
Se hxy secarg= , então hyx sec=
Assim, por definição: yy ee
x−+
=2
.
22 =+⇒=+ −y
yyy
e
xxexexe
Multiplicando por ye , obtemos:
022 22 =+−⇒=+ xeexexxe yyyy .
1
1ln
−+
=x
xy
y
x 1− 0 1
ghxy cotarg=
( ) ( ) ( )( ) *Im
,11,
ℜ=
∞⊂−∞−=
f
fD
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Aplicando a Fórmula de Bhaskara, resulta:
x
xe
x
xe
x
xe yyy
222 11
2
122
2
442 −±=⇒
−±=⇒
−±=
Como a função hxy sec= não é bijetora, toma-se o ramo positivo da função, isto é:
⇒≤<−+
= 1011 2
xex
xe y
C – Gráfico:
1.13.6 – FUNÇÃO INVERSA DA COSSECANTE HIPERBÓLICA:
A – Notação: hxy seccosarg= ou xhy 1seccos −=
B – Definição:
Se hxy seccosarg= , então hyx seccos=
Assim, por definição: yy ee
x−−
=2
.
22 =−⇒=− −y
yyy
e
xxexexe
−+=
x
xy
211ln
y
x 0 1
hxy secarg=
( ) ( ]( ) +ℜ=
=
f
fD
Im
1,0
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Multiplicando por ye , obtemos:
022 22 =−−⇒=− xeexexxe yyyy .
Aplicando a Fórmula de Bhaskara, resulta:
x
xe
x
xe
x
xe yyy
222 11
2
122
2
442 +±=⇒
+±=⇒
+±=
Como 0>ye e *2 ,11 ℜ∈∀>+ xx , então:
• para x
xex y
2110
++=⇒>
• para x
xex y
2110
+−=⇒<
Podemos, ainda, escrever:
⇒+
+=x
x
xe y
211
C – Gráfico:
++=
x
x
xy
211ln
y
x 0
hxy seccosarg=
( )( ) *
*
Im ℜ=
ℜ=
f
fD
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CÁLCULO 1 – AULA 11
1.14 – RELAÇÕES ENTRE FUNÇÕES HIPERBÓLICAS E TRIGONOMÉTRICAS:
Nesta aula conheceremos as relações entre as Funções Hiperbólicas e as Funções
Trigonométricas. Veremos que essas relações só poderão ser definidas com a aplicação da
unidade imaginária.
Para chegarmos até as relações, devemos primeiramente conhecer as chamadas Fórmulas de
Euler.
Essas Fórmulas serão obtidas utilizando-se Séries de Potências, que será objeto de estudos
futuros.
O estudo de Série de Potências mostra que as funções xe , xsen e xcos podem ser definidas
como polinômios generalizados da seguinte maneira:
( )...
!1...
!3!2!1!0
13210
+−
+++++=−
n
xxxxxe
nx , onde ...,3,2,1=n
( )...
!1...
!3!21
132
+−
+++++=−
n
xxxxe
nx (A)
( )( )
( )...
!121...
!6!4!2!0cos
121
6420
+−
−++−+−=−
−
n
xxxxxx
nn , onde ...,3,2,1=n
( )( )
( )...
!121...
!6!4!21cos
121
642
+−
−++−+−=−
−
n
xxxxx
nn (B)
( )( )
...!12
1...!7!5!3!1
sen
121
7531
+−
−++−+−=−
−
n
xxxxxx
nn , onde ...,3,2,1=n (C)
Fazendo em (A) ix α= , onde ℜ∈α e 1−=i (unidade imaginária), temos:
...!7!6!5!4!3!2
1
765432
+−−++−−+=αααααα
αα iiiie i
Reagrupando os termos, teremos:
+−+−++−+−= ...!7!5!3
...!6!4!2
1
753642 αααα
αααα ie i (D)
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Substituindo (B) e (C) em (D), resulta:
(E)
Trocando α por α− em (E), obtemos:
( ) ( )ααα −+−=−sencos ie i
mas: ( ) αα coscos =− e ( ) αα sensen −=−
Logo:
(F)
As expressões (E) e (F) acima são chamadas de Fórmulas de Euler.
Fazendo (E) + (F), tem-se:
ααααα ααααcos2sencossencos =+⇒−++=+ −− iiii eeiiee
Então: 2
cos
ii ee αα
α−+
=
Comparando com a definição do cosseno hiperbólico, podemos escrever que:
Fazendo (E) - (F), tem-se:
ααααα ααααsen2sencossencos ieeiiee iiii =−⇒+−+=− −−
Então: 2
sen
ii eei
αα
α−−
=
Comparando com a definição do seno hiperbólico, podemos escrever que:
αααsencos ie i +=
αααsencos ie i −=−
( ) αα coscosh =i
( ) αα sensenh ii =
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Da mesma forma, podemos definir as relações entre as demais funções por:
As expressões obtidas acima mostram as relações entre Funções Hiperbólicas de argumento
imaginário puro com Funções Trigonométricas de argumento real.
Vamos obter agora as relações contrárias, isto é, as relações entre Funções Trigonométricas
de argumento imaginário puro e Funções Hiperbólicas de argumento real.
Vimos que:
αα sensenh ii = (1)
αα coscosh =i (2)
Fazendo xi=α em (1), teremos:
( ) ( )xi
ixixixixiiix −=⇒=−⇒= senh1
sensensenhsen.senh
mas: ( ) xx senhsenh −=− (função ímpar) e ii
−=1
Portanto:
Fazendo xi=α em (2), teremos:
( ) ixxixiix coscoshcos.cosh =−⇒=
mas: ( ) xx coshcosh =− (função par).
Portanto:
Da mesma forma que se fez no caso anterior, obtemos as demais relações, que são:
( ) αα tgiitgh =
( ) αα giigh cotcot −=
( ) αα secsec =ih
( ) αα seccosseccos iih −=
xiix senhsen =
xix coshcos =
itghxixtg = ghxiixg cotcot −= hxix secsec = hxiix seccosseccos −=
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CÁLCULO 1 – AULA 12
CAP. 2 – LIMITES
2.1 – CONCEITO INTUITIVO DE LIMITE :
Nesta aula, iniciaremos o estudo de Limites.
Para começarmos a entender o conceito de Limite de uma função num ponto, vamos agir de
forma intuitiva.
Para isto, vamos considerar, por exemplo, a função definida por ( )2
42
−−
=x
xxf , cujo Domínio é
( ) 2/ ≠ℜ∈= xxfD , isto é, a função é definida para todo valor Real de x , com exceção de 2=x .
Vamos estudar o comportamento da função ( )xf nas proximidades (ou vizinhanças) do ponto
2=x , isto é, vejamos o que acontece com a função quando atribuímos à variável x valores cada
vez mais próximos de 2.
Neste caso, dizemos que vamos fazer x tender a 2.
Temos duas possibilidades:
1a: x tende a 2 por valores inferiores a 2:
Construindo uma tabela, dando valores para x e efetuando os cálculos, temos:
x 1 1,5 1,75 1,9 1,99 1,999 …
( )xf 3 3,5 3,75 3,9 3,99 3,999 …
2a: x tende a 2 por valores superiores a 2:
Construindo uma tabela, dando valores para x e efetuando os cálculos, temos:
x 3 2,5 2,25 2,1 2,01 2,001 …
( )xf 5 4,5 4,25 4,1 4,01 4,001 …
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Analisando os resultados obtidos nas duas tabelas, podemos verificar que:
a) ( ) 01,499,301,299,1 <<⇒<< xfx
( ) 01,0401,0401,0201,02 +<<−⇒+<<− xfx
( ) 01,0401,001,0201,0 <−<−⇒<−<− xfx ou
b) ( ) 001,4999,3001,2999,1 <<⇒<< xfx
( ) 001,04001,04001,02001,02 +<<−⇒+<<− xfx
( ) 001,04001,0001,02001,0 <−<−⇒<−<− xfx ou
Notamos que, quando x tende a 2, ( )xf tende a 4, isto é, quanto mais próximo do valor 2
tomarmos o valor de x , mais próximo de 4 vamos obter o valor de ( )xf .
Observamos também que podemos ter ( )xf tão próximo de 4 quanto quisermos. Para isto,
basta tomar x cada vez mais próximo de 2.
Generalizando, se quisermos que ( )xf esteja próximo do valor 4 de uma distância menor que
0>ε , basta tomar valores de x próximos a 2 de uma distância 0>δ .
Por exemplo,se queremos que ( )xf esteja próximo de 4 de uma distância 001,0<ε , devemos
tomar x próximo a 2 de uma distância 001,0<δ .
ATENÇÃO: Observe que ( )xf não é definida para 2=x . Porém, podemos tomar valores para
x tão próximos de 2 quanto quisermos, obtendo valores para ( )xf tão próximos de 4 quanto
também o quisermos. Mas jamais estamos fazendo 2=x (e nem podemos fazê-lo).
Vamos verificar o que está acontecendo graficamente com esta função nas proximidades (ou
vizinhanças) do ponto 2=x .
( ) 01,0401,02 <−⇒<− xfx
( ) 001,04001,02 <−⇒<− xfx
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2.2 – DEFINIÇÃO DE LIMITE NO PONTO:
Dizemos que o limite de uma função ( )xf quando x tende a a ( ℜ∈a ) é igual a L, e
escrevemos ( ) Lxfax
=→lim se, para um número infinitesimal 0>ε , existir em correspondência um
número infinitesimal 0>δ , sendo ( )εδδ = , tais que:
Observe que “construímos” esta definição no item anterior, quando conceituamos a definição
de Limites de uma forma intuitiva.
Exemplo:
Usando a definição, mostre que ( ) 1747lim3
=−−
xx
.
SOLUÇÃO:
Devemos mostrar que, para qualquer número infinitesimal 0>ε existe um número infinitesimal
0>δ , sendo δ função de ε , tais que ( ) ε<−17xf sempre que δ<− 3x .
y
x 0
ε+4
4
ε−4
δ−2 2 δ+2
( ) 2,22
42
≠+=−−
= xsexx
xxf
( ) ( ) 4Im
2
−ℜ=
−ℜ=
f
fD
( ) δε <−≠<− axeaxquesempreLxf
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Assim: ε<−− 1747x ε<− 217x
( ) ε<− 3.7 x ε<− 3.7 x
ε<− 3.7 x 7
3ε
<−x
Portanto, existe 7
εδ = que satisfaz a definição de limite no ponto.
Então podemos dizer que ( ) 1747lim3
=−→
xx
.
2.3 – PROPRIEDADES DE LIMITES :
Uma vez que conceituamos e definimos o Limite de uma função num ponto, vamos enunciar
as suas propriedades.
É importante observar que essas propriedades se aplicam para limites gerais, isto é, limites
que não tenham indeterminação.
O estudo de limites indeterminados será feito mais adiante.
Sejam, então, as funções ( )xf e ( )xg , e os números reais k, a, L e M.
Vamos, ainda, admitir que ( ) Lxfax
=→lim e lim
ax→
( ) Mxg = .
P1: Teorema da Unicidade e Existência:
O Limite de uma função, quando existe, é único.
Podemos ilustrar esta propriedade graficamente.
y
x 0 a
L
( )xfy =
y
x 0 a
1L
2L
( )xfy =
( ) Lxfax
=→lim
( ) existenãoxfax
lim→
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Observa-se que o Limite no ponto 2=x da função mostrada no gráfico da direita não existe,
pois o comportamento da função é diferente para valores menores e maiores que 2.
Estes Limites serão tratados nas próximas aulas.
P2:
Exemplos:
01) ( ) 3562722 limlimlim3
3
3
3
3
=+=+=+→→→
xxxxxxx
02) ( ) 60401008484 limlimlim5
2
5
2
5
=−=−=−→→→
xxxxxxx
P3:
Exemplo:
322.16.. limlimlim4
2
4
2
4
===→→→
xxxxxxx
P4:
Exemplos:
01) 55lim1
=→x
02) 100100lim50
=−→x
( ) ( )[ ] ( ) ( ) MLxgxfxgxfaxaxax
±=±=±→→→limlimlim
( ) ( )[ ] ( ) ( ) MLxgxfxgxfaxaxax
... limlimlim ==→→→
kkax
=→lim
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P5:
Exemplo:
( ) 7
4
332
2
2
2
2
2
2 lim
limlim =
+=
+→
→
→ x
x
x
x
x
x
x
P6:
Exemplo:
( ) ( ) 1255113
3
2
2
32
2limlim ==
+=+
→→
xxxx
P7:
Exemplo:
883
2
3
2limlim =−==
−→−→
xxxx
P8: Teorema do Confronto:
Sejam f , g e h funções tais que os seus Domínios sejam subconjuntos de ℜe seja ax =
um ponto pertencente a esses subconjuntos.
Se ( ) Lxfax
=→lim , ( ) Lxg
ax
=→lim e se ( ) ( ) ( )xgxhxf ≤≤ nas vizinhanças do ponto ax = , então
podemos afirmar que ( ) Lxhax
=→lim .
( )( )
( )
( )0,
lim
limlim ≠==
→
→
→
MparaM
L
xg
xf
xg
xf
ax
ax
ax
( )[ ] ( ) n
n
ax
n
ax
Lxfxf =
=
→→limlim
( ) ( ) Lxfxfaxax
==→→limlim
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A demonstração deste Teorema pode ser feita usando-se a definição de Limites. Entretanto,
podemos visualizá-lo graficamente.
y
x 0 a
L
f
h
g
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CÁLCULO 1 – AULA 13
2.4 – CONTINUIDADE NUM PONTO :
O conceito de Continuidade, aplicado a funções reais a variáveis reais, é de extrema
importância para o Cálculo.
Devemos estar atentos para os pontos de descontinuidade de uma função, principalmente
quanto ao comportamento da função nas vizinhanças desses pontos.
Por exemplo, serão nesses pontos de descontinuidade que o gráfico da função pode possuir
Assíntotas, que serão estudadas mais adiante.
Definimos a Continuidade de uma função da seguinte maneira:
⇒ Dizemos que uma função f definida pela equação ( )xfy = é contínua num ponto ax = do
seu Domínio se forem verificadas, simultaneamente, as três condições abaixo:
Se pelo menos uma das condições acima não for satisfeita, dizemos que a função é
descontínua no ponto ax = .
EXEMPLOS:
01) Estudar a continuidade da função ( ) 22 −= xxf no ponto 2=x .
SOLUÇÃO:
⇒ ( ) ( ) 222222 =⇒−= ff (existe)
⇒ ( ) ( ) 222222
2
2
2
2
22limlimlimlim =−=−=−=
→→→→ xxxx
xxxf (existe)
(1) existe ( )af , isto é, a função possui valor numérico em ax = ;
(2) existe e é finito o ( )xfax
lim→
;
(3) ( ) ( )afxfax
=→lim
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⇒ como ( ) ( )222
2lim fxx
=−→
, então a função é contínua no ponto 2=x .
Podemos confirmar esta continuidade, pelo esboço do gráfico da função.
02) Verificar se a função definida por ( )
=
≠−
+−=
2,3
2,2
442
xse
xsex
xx
xf é contínua no ponto 2=x .
SOLUÇÃO:
Para 2≠x , podemos fazer ( )
21
2
2
4422
−=−−
=−
+−x
x
x
x
xx
⇒ ( ) 32 =f (existe)
⇒ ( ) ( ) 0222limlim22
=−=−=→→
xxfxx
(existe)
⇒ Como ( ) ( )2lim2
fxfx
≠→
, entendemos que a função é descontínua no ponto 2=x .
Graficamente:
y
x
2−
0 2
2 ( ) 2
2 −= xxf
( )( ) [ )∞−=
ℜ=
,2Im f
fD
y
x 0 2
2−
3
( )xf ( )( ) *
Im ℜ=
ℜ=
f
fD
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03) Verificar a descontinuidade da função ( )
>
≤−=
3,2
3,2
xse
xsexxf no ponto 3=x .
SOLUÇÃO:
⇒ ( ) 1233 =−=f (existe)
⇒ Para ( ) ( ) 12323 limlim33
=−=−=⇒<→→
xxfxxx
⇒ Para ( ) 223 limlim33
==⇒>→→ xx
xfx
Podemos perceber que o comportamento da função para valores de x próximos de 3, mas
menores que 3, é diferente do seu comportamento para valores próximos de 3, mas maiores que
3, isto é, o Limite da função à esquerda de 3 é diferente do Limite à direita.
Então, de acordo com o Teorema da Unicidade, podemos afirmar que a função dada não
possui limite no ponto 3=x .
Portanto, a função é descontínua nesse ponto.
Graficamente:
Os conceitos aqui estudados sobre continuidade e descontinuidade serão muito explorados
nas próximas aulas.
y
x 0
2−
2 3
1
2
( )xf
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2.5 – LIMITES LATERAIS:
Para que possamos conceituar Limites Laterais, vamos considerar o seguinte exemplo:
Estudar a continuidade da função ( )
≥+−
<+=
2,62
2,2
xsex
xsexxf no ponto 2=x .
SOLUÇÃO:
Aplicando as condições de Continuidade num ponto, temos:
a) ( ) ( ) 226222 =⇒+−= fxf (existe);
b) ( ) ????lim2
=→
xfx
⇒ Para ( ) ( ) ( ) 422 limlim22
=+=⇒+=→→
xxfxxfxx
⇒ Para ( ) ( ) ( ) 26262 limlim22
=+−=⇒+−=→→
xxfxxfxx
De acordo com o Teorema da Unicidade, o limite de uma função num ponto, quando existe,
deve ser único.
Então, no nosso exemplo, entendemos que não existe o ( )xfxlim
2→
.
Portanto, a função é descontínua em 2=x .
Graficamente:
A descontinuidade apresentada neste exemplo nos permite enxergar o conceito de Limites
Laterais.
y
x
4
2
2−
0 2
3
( ) 2+= xxf
( ) 62 +−= xxf
( )( ) ( )4,Im ∞−=
ℜ=
f
fD
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Pode-se observar que, quando x tende a 2 por valores inferiores a 2, ( )xf tende a 4.
Neste caso, dizemos que o Limite Lateral à Esquerda de 2=x é igual a 4, e representamos
por: ( ) 4lim2
=−→
xfx
.
Da mesma forma, quando x tende a 2 por valores superiores a 2, ( )xf tende a 2.
Neste caso, dizemos que o Limite Lateral à Direita de 2=x é igual a 2, e representamos
por : ( ) 2lim2
=+→
xfx
.
Concluímos ainda que, para que uma função ( )xf tenha limite num ponto ax = , é necessário
que ela tenha Limites Laterais neste ponto e que eles sejam iguais.
Se ( ) ( )xfxfaxaxlimlim
+− →→
≠ , então não existe ( )xfxlim
→
.
OBSERVAÇÃO:
Para se estudar os Limites Laterais de uma função ( )xf num ponto ax = , podemos
considerar dois pontos, um à esquerda e outro à direita de ax = , situados a uma distância 0>h
deste ponto.
Pode-se estudar os Limites Laterais da função no ponto ax = , fazendo-se:
EXEMPLOS:
01) Calcular os Limites Laterais da função ( )3
92
−−
=x
xxf no ponto 3=x e verificar se o limite
da função existe neste ponto.
SOLUÇÃO:
a) Limite Lateral à Esquerda:
ha − a ha + x
( ) ( )
( ) ( )hafxf
hafxf
hax
hax
+=
−=
→→
→→
+
−
limlim
limlim
0
0
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( ) ( ) ( ) 666969
33
93
3
9limlimlimlimlim
00
2
0
2
0
2
3
=−=−−−
=−
−+−=
−−−−
=−−
→→→→→ −
hh
hh
h
hh
h
h
x
x
hhhhx
b) Limite Lateral à Direita:
( ) ( ) ( ) 666969
33
93
3
9limlimlimlimlim
00
2
0
2
0
2
3
=+=+
=−++
=−+−+
=−−
→→→→→ +
hh
hh
h
hh
h
h
x
x
hhhhx
Como os Limites Laterais existem e são iguais, podemos afirmar que 63
92
3lim =
−−
→ x
x
x
.
Graficamente:
02) Repetir o exercício anterior para a função ( )x
xxf
−−
=2
2 no ponto 2=x .
SOLUÇÃO:
a) Limite Lateral à Esquerda:
( )( )
122
22
22
22
2
2limlimlimlimlim
00002
===+−+−
=−−−−
=−−
→→→→→ − h
h
h
h
h
h
h
h
x
x
hhhhx
b) Limite Lateral à Direita:
( )( )
122
22
22
22
2
2limlimlimlimlim
00002
−=−
=−−
=−−−−
=+−+−
=−−
→→→→→ + h
h
h
h
h
h
h
h
x
x
hhhhx
Como x
x
x
x
xx −−
≠−−
+− →→ 2
2
2
2limlim
22
, então não existe o x
x
x −−
→ 2
2lim
2
.
y
x
6
3
3−
0 3
( )3
92
−−
=x
xxf
( ) ( ) 6Im
3
−ℜ=
−ℜ=
f
fD
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Graficamente:
x
y
1
1−
0
( )x
xxf
−−
=2
2
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CÁLCULO 1 – AULA 14
2.6 – LIMITES ENVOLVENDO INFINITO:
Vamos procurar entender o conceito de Limites Envolvendo Infinito de uma forma intuitiva,
como fizemos com o Limite de uma função num ponto.
Por exemplo, vamos estudar o comportamento da função ( )2
1
xxf = nas proximidades (ou
vizinhanças) do ponto 0=x , isto é, vamos atribuir valores para x cada vez mais próximos de zero
e verificar o que acontece com a função.
Temos duas possibilidades:
1a - x tende a zero pela direita:
x 1 0,5 0,25 0,1 0,01 0,01 •••
f(x) 1 4 16 100 10.000 1.000.000 •••
2a - x tende a zero pela esquerda:
x -1 - 0,5 - 0,25 - 0,1 - 0,01 - 0,001 •••
f(x) 1 4 16 100 10.000 1.000.000 •••
Os resultados obtidos nas tabelas acima indicam que, à medida em que a variável x tende a
zero, a função assume valores cada vez maiores.
Como podemos tomar a variável x tão próxima de zero quanto quisermos, a função tende a
crescer indefinidamente.
Neste caso, expressamos este comportamento da função dizendo que o limite de ( )2
1
xxf = ,
quando x tende a zero, é infinito , e escrevemos:
( ) ∞==
→→2
00
1
limlimx
xfxx
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Graficamente:
Vamos tomar agora a função definida por ( )2
2
−=x
xf , cujo gráfico é apresentado na figura
abaixo:
Observando atentamente o gráfico acima, podemos verificar que:
• quando x tende a 2 pela direita, ( )xf aumenta indefinidamente;
• quando x tende a 2 pela esquerda, ( )xf diminui indefinidamente.
Expressamos estes fatos escrevendo:
∞=−+→ 2
2
lim2 xx
e −∞=−−→ 2
2
lim2 xx
x
y
0
( )2
1
xxf =
x
y
0
1−
2
( )2
2
−=x
xf
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Em geral, podemos dizer que existem quatro possibilidades para limites laterais num ponto
( )ℜ∈= aax que envolvem o infinito.
Para nossa melhor compreensão, vamos visualiza-las graficamente:
1a)
2a)
3a)
x
y
0 a
( )xf
( ) ∞=+→
xfaxlim
y
x 0 a
( )xf
( ) ∞=−
→
xfaxlim
y
x 0 a
( )xf
( ) −∞=+
→
xfaxlim
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4a)
2.7 – LIMITES NO INFINITO:
Tal como foi feito no item anterior, vamos conceituar Limites no Infinito a partir de um exemplo,
isto é, vamos atingir este conceito de uma forma intuitiva.
Para isto, vamos tomar a função definida por ( )x
xf1
= e estudar o seu comportamento quando
a variável x cresce ou decresce indefinidamente.
1o Caso: x cresce indefinidamente:
x 1 5 10 100 1.000 10.000 •••
f(x) 1 0,2 0,1 0,01 0,001 0,0001 •••
2o Caso: x decresce indefinidamente:
x - 1 - 5 - 10 - 100 - 1.000 - 10.000 •••
f(x) - 1 - 0,2 - 0,1 - 0,01 - 0,001 - 0,0001 •••
Em ambos os casos, observamos que ( )xf tende a zero.
Então escrevemos:
e
y
x 0 a
( )xf
( ) −∞=−
→
xfaxlim
( ) 01
limlim ==∞→∞→ x
xfxx
( ) 01
limlim ==−∞→−∞→ x
xfxx
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Graficamente:
Vamos tomar, agora, como exemplo, a função definida por ( ) xxf
1
2= cujo Domínio é
( ) ∗ℜ=fD e estudar o seu comportamento nas vizinhanças do ponto 0=x (usando Limites
Laterais) e no infinito.
a) Limite Lateral à Direita de zero:
Se ∞→→∞→⇒→ ∞+22
10
1
xex
x , portanto ∞=+
→
x
x
1
0
2lim
b) Limite Lateral à Esquerda de zero:
Se 01
2
122
10
1
→∞
→→→−∞→⇒→∞
∞−− xex
x , portanto 02
1
0
lim =−
→
x
x
c) Limite no Infinito:
Se 12201 0
1
→→→⇒∞→ xex
x
Se 12201 0
1
→→→⇒−∞→ xex
x
y
x 0
( )x
xf1
=
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Portanto: 12
1
lim =∞→
x
x
e 12
1
lim =−∞→
x
x
Graficamente:
y
1
0
x
( ) xxf
1
2=
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CÁLCULO 1 – AULA 15
2.8 – ASSÍNTOTAS:
2.8.1 – Definição:
Dizemos que uma reta r é Assíntota da curva de uma função ( )xf se a distância de um ponto
variável ( )yxP , da curva até essa reta tende a zero, à medida em que o ponto tende ao infinito.
A Assíntota pode ser uma reta vertical, horizontal ou oblíqua.
Podemos observar que, quando a curva da função possui uma Assíntota, a curva tende a
essa reta.
A determinação das Assíntotas de uma curva (quando existem), é feita com a aplicação de
limites.
Vejamos como isto é feito.
2.8.2 – Assíntota Vertical:
Dizemos que a reta ax = é Assíntota Vertical da função ( )xf se pelo menos uma das
condições abaixo for verificada:
1a)
y
x
( )xf
0
r
( )yxP ,
( ) ∞=+→
xfaxlim
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2a)
3a)
4a)
OBSERVAÇÃO:
O ponto ax = deve ser um ponto de descontinuidade da função.
EXEMPLO:
Seja a função definida por ( ) tgxxf = para 22
ππ<<− x
Temos: ∞=
−
→
tgx
x
lim2
π
e −∞=+
−→
tgx
x
lim2
π
Portanto, as retas 2
π−=x e
2
π=x são Assíntotas Verticais da função ( ) tgxxf = .
( ) ∞=−→
xfaxlim
( ) −∞=+→
xfaxlim
( ) −∞=−→
xfaxlim
y
x 0
2
π−
2
π
( ) tgxxf =
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2.8.3 – Assíntota Horizontal:
Dizemos que a reta by = , com ℜ∈b , é uma Assíntota Horizontal da função ( )xf se pelo
menos uma das condições abaixo for satisfeita:
1a)
2a)
EXEMPLO:
Seja a função definida por ( ) arctgxxf = .
Temos: 2
limπ
=∞→
arctgxx
e 2
limπ
−=−∞→
arctgxx
.
Portanto, as retas 2
π−=y e
2
π=y são Assíntotas Horizontais da função ( ) arctgxxf = .
2.8.4 – Assíntota Oblíqua:
Caso uma função ( )xf tenha uma Assíntota Oblíqua, essa Assíntota será uma reta cuja
equação tem a forma reduzida baxy += , com ∗ℜ∈a e ℜ∈b , onde:
( ) bxfx
=∞→
lim
( ) bxfx
=−∞→lim
y
x 0
2
π
2
π−
( ) arctgxxf =
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OBSERVAÇÃO:
Caso ( )x
xf
xlim
∞→
seja nulo ou infinito, então não existem Assíntotas Oblíquas.
EXEMPLO:
Determinar a equação da Assíntota Oblíqua da curva da função definida por ( )x
xxxf
122 −+
= .
( )1
121
1222
2
limlimlim =
−+=−+
==∞→∞→∞→ xxx
xx
x
xfa
xxx
( )[ ] 21
21212
limlimlimlim222
=
−=−−+
=
−
−+=−=
∞→∞→∞→∞→ xx
xxxx
x
xxaxxfb
xxxx
Portanto, a reta 2+= xy é uma Assíntota Oblíqua do gráfico da função dada.
Graficamente:
( )x
xfa
xlim
∞→
= ( )[ ]axxfb
x
−=∞→
lim
y
x 0 2−
2
21−−
21+−
2+= xy
( )x
xxxf
122 −+
=
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OBSERVAÇÃO:
Pode-se comprovar também que a reta 0=x (eixo y ) é uma Assíntota Vertical do gráfico
desta função, isto é, ∞=−+
−→ x
xx
x
122
0
lim e −∞=−+
+→ x
xx
x
122
0
lim (VERIFIQUE).
APLICAÇÃO IMPORTANTE DE ASSÍNTOTAS:
O exemplo resolvido a seguir ilustra uma particularidade de certas funções que possuem
Assíntotas.
Consideremos, então, o problema de se determinar todas as Assíntotas do gráfico da função
definida por ( )4
22
2
−
++=
x
xxxf , cujo Domínio é ( ) 2,2−−ℜ=fD , isto é, esta função é descontínua
nos pontos 2−=x e 2=x .
a) Assíntotas Verticais:
Temos: ∞=−
++−−→ 4
22
2
2
limx
xx
x
; −∞=−
+++−→ 4
22
2
2
limx
xx
x
−∞=−
++−→ 4
22
2
2
limx
xx
x
; ∞=−
+++→ 4
22
2
2
limx
xx
x
Portanto, as retas 2−=x e 2=x são Assíntotas Verticais desta função.
b) Assíntota Horizontal:
Temos 14
22
2
lim =−
++
∞→ x
xx
x
e 14
22
2
lim =−
++
−∞→ x
xx
x
Portanto, 1=y é Assíntota Horizontal desta função.
c) Assíntota Oblíqua:
A função dada não possui Assíntota Oblíqua, pois ( )
0lim ==∞→ x
xfa
x
.
De acordo com os resultados obtidos acima, o gráfico desta função,aparentemente, é:
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Entretanto, existe algo errado com o esboço deste gráfico.
O gráfico desenhado acima mostra que as curvas têm simetria com relação ao eixo y .
Esta é uma característica das funções pares e a função estudada não é par.
Portanto, o gráfico acima está errado. O gráfico correto é mostrado abaixo.
y
x 0
1
2− 2 21−
y
x 0
1
2− 2 21− 6−
( )4
22
2
−
++=
x
xxxf
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O que ocorreu com esta função é um caso particular em que a curva intercepta a Assíntota.
Isto pode ocorrer também com relação à Assíntota Oblíqua. Isto é, se a curva possui uma
Assíntota Oblíqua, ela pode interceptar essa Assíntota.
Para verificar se o gráfico de uma determinada função intercepta as Assíntotas Horizontal ou
Oblíqua (quando existirem), basta igualar a equação da curva com a equação da Assíntota.
Se a equação resultante possuir solução Real, é porque existe essa interseção e ela ocorre
exatamente sobre a(s) raiz(es).
No exemplo anterior isto ocorreu no ponto 6−=x pois, para 1=y , temos:
6424214
2 22
2
2
−=⇒−=+⇒−=++⇒=−
++xxxxx
x
xx
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CÁLCULO 1 – AULA 16
2.9 – SÍMBOLOS DE INDETERMINAÇÃO:
Na resolução de Limites, são freqüentes os casos em que aparecem operações que não têm
significado algébrico, isto é, operações que não podem ser realizadas algebricamente.
Essas operações recebem o nome de Símbolos de Indeterminação.
São elas:
EXEMPLOS:
1) 0
0
3
92
3lim =
−−
→ x
x
x
(indeterminado)
2) ∞=→
.01.sen
20
limx
xx
(indeterminado)
3) ∞∞
=+∞→ 1
53
2
limx
x
x
(indeterminado)
4) ( ) ∞−∞=−∞→
322lim xxx
(indeterminado)
5) 0log
1
0
0lim =+→
x
x
x (indeterminado)
6) 0log
1
lim ∞=∞→
x
x
x (indeterminado)
7) ∞
→
= 1log
1
1lim
x
x
x (indeterminado)
Para se resolver um Limite que tenha uma destas indeterminações, é necessário eliminar a
indeterminação.
Isto pode ser feito, dependendo do Limite, com o uso da Fatoração, da aplicação de
Conjugados ou aplicando-se Limites Fundamentais.
∞∞−∞∞∞∞∞
1;;.0;0;;0
0 00e
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EXEMPLOS:
1) 0
0
1
133lim
1
=−
+−+
→ x
xx
x
(indeterminado)
Multiplicando e dividindo por ( )133 +++ xx , que é o conjugado do numerador, temos:
( )( )1331
133
133
133.
1
133
1
133limlimlim
111 +++−
−−+=
+++
+++−
+−+=
−+−+
→→→ xxx
xx
xx
xx
x
xx
x
xx
xxx
( )( )( ) ( ) 2
1
133
2
1331
12
1
133limlimlim
111
−=+++
−=
+++−
−−=
−+−+
→→→ xxxxx
x
x
xx
xxx
2) ( ) ∞−∞=+−−∞→
11lim xxx
(indeterminado)
Multiplicando e dividindo pelo conjugado ( )11 ++− xx , obtemos:
( ) ( )( ) ( ) ( ) 0
11
2
11
11
11
11.11 limlimlim =
++−
−=
++−
−−−=
++−
++−+−−
∞→∞→∞→ xxxx
xx
xx
xxxx
xxx
3) ( )
0
0133
2
lim =−
++−
→ ax
axax
ax
( )0≠a (indeterminado)
Fatorando o numerador e o denominador, encontramos:
( ) ( )( )( )( ) 2222233
2
3
1111limlimlim
a
a
aaxx
x
aaxxax
xax
ax
axax
axaxax
−=
++
−=
++−
−−=
−
++−
→→→
2.10 – LIMITE FUNDAMENTAL TRIGONOMÉTRICO:
O limite da razão x
xsen, quando x tende a zero, é igual à unidade, isto é:
1sen
lim0
=→ x
x
x
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DEMONSTRAÇÃO:
Temos dois casos a considerar:
1o Caso: x pertence ao 1o Quadrante
<<2
0π
x .
Vamos considerar a circunferência trigonométrica, cuja equação é 122 =+ yx .
.
Da figura , observamos que:
tgxxxBDBCAC <<⇒<< sen
Tomando os inversos:
x
x
xxtgxxx sen
cos1
sen
111
sen
1>>⇒<<
Multiplicando por xsen ( 0sen >x no 1o Quadrante):
xx
xcos
sen1 >> ou 1
sencos <<
x
xx (A)
y
x O A B
C
D
122 =+ yx
tgxBD
xBC
xAC
=
=
= sen
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2o Caso: x pertence ao 4o Quadrante
<<− 02
xπ
.
.
Da figura, podemos notar que:
xxtgxACBCBD sen<<⇒<<
Tomando os inversos:
xxx
x
xxtgx sen
11
sen
cos
sen
111>>⇒>>
Multiplicando por xsen ( 0sen <x no 4o Quadrante):
1sen
cos <<x
xx (B)
Percebemos que, tanto no primeiro quanto no segundo caso, as desigualdades são as
mesmas, isto é A = B.
Tomando, agora, o limite para x tendendo a zero, teremos:
1coslim0
=→
xx
e 11lim0
=→x
Portanto, pelo Teorema do Confronto, podemos afirmar que 1sen
lim0
=→ x
x
x
.
EXEMPLOS:
1) 0
0
senlim
0
=→ x
x
x
(indeterminado)
y
x O A B
C
D
122 =+ yx
tgxBD
xBC
xAC
=
=
= sen
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Podemos escrever:
11
1
sen
1
sen
1
senlim
limlim
0
00
====
→
→→
x
x
x
xx
x
x
xx
2) 0
0arcsenlim
0
=→ x
x
x
(indeterminado)
Chamando: txxt senarcsen =⇒=
Se 00 →⇒→ tx
Então:
1sen
arcsenlimlim
00
==→→ t
t
x
x
tx
Observação:
Os limites resolvidos acima também podem ser considerados como fundamentais.
3) 0
0
2
cos
lim2
=−→ x
x
x
π
(indeterminado)
Se 2
2ππ
→⇒→x
z
Da Trigonometria, sabemos que
−= xx2
sencosπ
.
Portanto, podemos escrever:
2
2
2sen
2
1
2
1sen
2
2sen
2
cos
limlimlimlim2222 −
−
=−
−=
−
−=
− →→→→ x
x
x
x
x
x
x
x
x
xxxx
πππππ
Multiplicando o numerador e o denominador por x2
π, teremos:
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( )
−
−
=−
−
=− →→→→
x
x
x
x
xx
x
x
x
x
x
x
xxxx
2
2.
2
2.sen
.2
2.2
2
2sen.
2
2
cos
limlimlimlim2222 π
ππ
π
πππ
Fazendo tx
x=
−2
2.π , podemos observar que, se 2→x , então 0→t .
Assim, podemos escrever:
41.
4
sen.
22
cos
limlimlim022
ππππ
===− →→→ t
t
xx
x
txx
4) 0
0
2
3lim
0
=
→ xtg
x
x
(indeterminado)
=
=
=
→
→
→→→
2sen
2cos.3
2sen
2cos.3
3cos
2sen
3
2
3
lim
limlimlimlim
0
0
000 x
xx
x
xx
x
x
x
xtg
x
x
x
xxx
Dividindo o numerador e o denominador por x3 , temos:
6
1.6
1
1
2
2sen
..6
1
2cos
6
3
2sen.
6
1
2cos
3
2sen
2cos
2
3
lim
lim
lim
lim
lim
limlim
0
0
0
0
0
0
0
==
=
=
=
→
→
→
→
→
→
→
x
x
x
x
x
x
x
x
x
xtg
x
x
x
x
x
x
x
x
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CÁLCULO 1 – AULA 17
2.11 – LIMITE FUNDAMENTAL EXPONENCIAL:
O limite da seqüência x
x
+1
1 , quando ∞→x , é igual ao número irracional e, chamado de
Número Neperiano e aproximadamente igual a 2,718.
DEMONSTRAÇÃO:
Queremos provar que ex
x
x
=
+∞→
11lim .
Para isto, vamos inicialmente desenvolver a expressão ( )nba + aplicando o conceito de
Binômio de Newton.
( ) 011133322211100... ababababababba nn
n
nn
n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
CCCCCC +++++=+ −−−−−
Temos:
( ) !0
1
!!0
!
!0!0
!0==
−=
n
n
n
nC n
( )( )( ) !1!1!1
!1
!1!1
!1 n
n
nn
n
nC n
=−−
=−
=
( )( )( )
( )( )
!2!2
1
!2!2
!21
!2!2
! 22 nnnn
n
nnn
n
nCn
−=
−=
−−−
=−
=
( )( )( )( )
( )( )( )
!3
23
!3
21
!3!3
!321
!3!3
! 233 nnnnnn
n
nnnn
n
nC n
+−=
−−=
−−−−
=−
=
•
•
•
Fazendo 1=a , x
b1
= e xn = , teremos:
•••+
+−+
−+
+
=
+ −−− 3
3232
221
10
1.1.
!3
231.
1.
!21.
1.!1
1.1.!0
111 xxxx
x
x
xxx
x
xx
x
x
xx
•••+
+−+
−++=
+2
231
!3
111
!2
1
!1
1
!0
111
xxxx
x
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
Tomando o limite para ∞→x , resulta:
•••++++++=
+∞→ !5
1
!4
1
!3
1
!2
1
!1
1
!0
111lim
x
x x
Pode-se observar que o resultado do limite é uma soma de infinitos termos, que decrescem
cada vez mais rapidamente.
Esta soma particular recebe o nome de Número Neperiano e é indicada pela letra e.
Assim:
APLICAÇÕES:
1) Prove que ( ) ex x
x
=+→
1
0
1lim
Fazendo x
tt
x11
=⇒=
Se ∞→⇒→ tx 0
Então: ( ) et
x
t
t
x
x
=
+=+∞→→
111 limlim
1
0
2) Prove que ( )ℜ∈=
+∞→
kex
k k
x
x
1lim
Fazendo t
kxt
x
k=⇒=
Se 0→⇒∞→ tx
Então: ( ) ( ) k
k
t
t
t
k
t
x
x
ettx
k=
+=+=
+→→∞→
1
00
111 limlimlim
3) Prove que ( )ℜ∈=
++
∞→
kex
kx
x
11lim
ex
x
x
=
+∞→
11lim
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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eeexxx
k
k
x
x
x
kx
x
===
+
+=
+∞→∞→
+
∞→
1.1.1
1.1
11
1 limlimlim
OBSERVAÇÃO:
Os limites resolvidos acima podem ser considerados também como fundamentais.
4) Calcular ( )101
lim0
≠>−
→
aeax
ax
x
Podemos verificar que o limite acima possui indeterminação da forma 0
0.
Vamos, então, fazer a substituição: tata xx +=⇒=− 11
Tomando logaritmos na base a em ambos os termos dessa igualdade, teremos:
( ) ( )logloglog
11 t
a
t
a
a
ax
x ++=⇒=
Se 00 →⇒→ tx
Tomando os limites:
( )log
limlim 100
1t
a
t
x
x
t
x
a+
→→
=−
Dividindo o numerador e o denominador por t, resulta:
( ) ( ) ( ) logloglimloglim
lim
loglimlim
11
.1
11
1
1
0
1
0
0
100
e
a
t
at
t
at
t
t
a
t
x
x t
tt
t
t
x
a====
−+
→
+
→
→+
→→
Mas: loglog
log
log
1 a
ee
a
a
a
e
a
== (Propriedade de Mudança de Bases)
O logaritmo de base e é chamado de Logaritmo Natural ou Logaritmo Neperiano e é indicado
pela notação: aa
elnlog = .
Portanto:
ax
a x
x
ln1
lim0
=−
→
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OBSERVAÇÃO:
O limite acima deve ser considerado como fundamental a partir dessa demonstração.
5) Calcule x
x x
x
+−
∞→ 1
1lim
Podemos observar que este limite possui a indeterminação da forma ∞∞
.
Como ele é um limite que envolve Função Exponencial, vamos tentar escreve-lo na forma do
Limite Exponencial Fundamental.
Podemos fazer:
x
x
x
x
x
x
x
x xxx
x
x
x
x
x
+
−=
+
−++
=
+
−+−=
+−
∞→∞→∞→∞→ 1
21
1
2
1
1
1
111
1
1limlimlimlim
Tomando: 12
1
2−−=⇒=
+−
txt
x
Se 0→⇒∞→ tx
Com estas substituições, teremos:
( ) ( ) ( ) 221
0
21
0
12
0
1.1.111
1limlimlimlim
−−−
→
−
→
−−
→∞→
==+
+=+=
+−
eetttx
x
t
t
t
t
t
x
x
2.12 – LIMITE FUNDAMENTAL POLINOMIAL:
Vamos considerar a função polinomial:
( ) m
mmm AxAxAxAxP ++++= −− ...2
2
1
10
onde ℜ∈mAAAA ,...,,, 210 e Ν∈m .
Podemos considerar dois casos:
1o Caso: A variável ( )ℜ∈→ aax
Neste caso:
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( ) )...( 2
2
1
10limlim m
mmm
axax
AxAxAxAxP ++++= −−
→→
( ) ( )aPAaAaAaAxP m
mmm
ax
=++++= −−
→
...2
2
1
10lim
Assim:
Isto é, o limite de um polinômio inteiro e racional na variável x , quando ( )ℜ∈→ aax , é igual
ao valor numérico desse polinômio para ax = .
EXEMPLO:
( ) 1028422.4224 22
2lim =−+=−+=−+
→
xxx
2o Caso: A variável ±∞→x
Neste caso:
( ) )...( 2
2
1
10limlim m
mmm
xx
AxAxAxAxP ++++= −−
±∞→±∞→
A probabilidade desse limite possuir uma indeterminação da forma ∞−∞ é muito grande.
Vamos, então, usar o artifício de colocar em evidência o termo de maior grau do polinômio.
( )
++++=
±∞→±∞→m
mm
xx xA
A
xA
A
xA
AxAxP
0
2
0
2
0
10 ...1limlim
Porém, quando ±∞→x , podemos verificar que:
0;...;0;00
2
0
2
0
1 →→→m
m
xA
A
xA
A
xA
A
Portanto, podemos concluir que:
Isto é, o limite de um polinômio inteiro e racional na variável x , quando ±∞→x , é igual ao
limite quando ±∞→x do seu termo de maior grau.
( ) ( )aPxPax
=→lim
( ) m
xx
xAxP 0limlim±∞→±∞→
=
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EXEMPLOS:
1) ( ) ∞==−+−∞→∞→
323 2432 limlim xxxxxx
2) ( ) ( ) −∞=−=−−∞→∞→
442 3324 limlim xxxxx
3) ( ) −∞==+−−∞→−∞→
545 2532 limlim xxxxxx
4) ( ) ( ) ∞=−=−−−∞→−∞→
55 3324 limlim xxxxx
2.13 – LIMITE FUNDAMENTAL RACIONAL:
Vamos considerar a função racional:
( )( )
n
nnn
m
mmm
BxBxBxB
AxAxAxA
xQ
xP
...
...2
2
1
10
2
2
1
10
+++
++++=
−−
−−
onde: Ν∈Ν∈ℜ∈ℜ∈ nemBBBBAAAA nm ;,...,,,;,...,,, 210210
Podemos considerar dois casos:
1o Caso: A variável ( )ℜ∈→ aax
( )( )
n
nnn
m
mmm
axax BxBxBxB
AxAxAxA
xQ
xP
...
...2
2
1
10
2
2
1
10
limlim +++
++++=
−−
−−
→→
Neste caso:
( )( )
( )( )aQaP
BaBaBaB
AaAaAaA
xQ
xP
n
nnn
m
mmm
ax
=+++
++++=
−−
−−
→ ...
...2
2
1
10
2
2
1
10
lim
Ou seja:
( )( )
( )( )aQaP
xQ
xP
ax
=→lim
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Podemos fazer três observações a respeito deste resultado:
1a) Se ( ) 0=aP e ( ) 0≠aQ , então ( )( )
0lim =→ xQ
xP
ax
;
2a) Se ( ) 0=aP e ( ) 0=aQ , então ( )( ) 0
0lim =→ xQ
xP
ax
(indeterminado)
Neste caso, o limite é resolvido com o uso da fatoração, pois tanto ( )xP quanto ( )xQ são
divisíveis por ( )ax − .
3a) Se ( ) 0≠aP e ( ) 0=aQ , teremos ( )( )
( )0limaP
xQ
xP
ax
=→
.
Neste caso, devemos aplicar Limites Laterais para verificar a existência ou não do limite.
2o Caso: A variável ±∞→x
( )( )
n
nnn
m
mmm
xx BxBxBxB
AxAxAxA
xQ
xP
...
...2
2
1
10
2
2
1
10
limlim +++
++++=
−−
−−
±∞→±∞→
Neste caso, é muito grande a possibilidade de se obter indeterminações das formas
∞−∞∞∞ou .
Repetindo o procedimento adotado para limites de funções polinomiais, vamos colocar em
evidência os termos de maior grau do numerador e do denominador.
Assim:
( )( )
++++
++++
=±∞→±∞→
n
nn
m
mm
xx
xB
B
xB
B
xB
BxB
xA
A
xA
A
xA
AxA
xQ
xP
0
2
0
2
0
10
0
2
0
2
0
10
...1
...1
limlim
Para ±∞→x , teremos:
0;...;0;0;0;...;0;00
2
0
2
0
1
0
2
0
2
0
1 →→→→→→n
n
m
m
xB
B
xB
B
xB
B
xA
A
xA
A
xA
A
Portanto:
( )( ) n
m
xx xB
xA
xQ
xP
0
0
limlim±∞→±∞→
=
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Isto é, o limite de uma função racional no infinito é igual ao limite no infinito do quociente dos
termos de maior grau do numerador e do denominador dessa função.
OBSERVAÇÃO:
Podemos tirar três conclusões a respeito deste resultado:
1a) Se nm = , então ( )( ) 0
0
lim B
A
xQ
xP
x
=±∞→
;
2a) Se nm > , então ( )( )
±∞=±∞→ xQ
xP
xlim ;
3a) Se nm < , então ( )( )
0lim =±∞→ xQ
xP
x
EXEMPLOS:
1) 9
7
144
568
12.22
52.32.2
12
5322
2
2
2
2lim =
+++−
=++
+−=
++
+−
→ xx
xx
x
2) 05
0
32
12
1lim ==
+−
→ x
x
x
3) 0
0
1
13
1lim =
−−
→ x
x
x
(indeterminado)
Usando a fatoração:
( )( ) ( ) 311111
11
1
1 2
1
2
1
3
1limlimlim =++=++=
−++−
=−−
→→→
xxx
xxx
x
x
xxx
4) 0
1
3
25lim
3
−=
−−
→ x
x
x
Neste caso, temos que aplicar Limites Laterais para verificar a existência do limite.
a) Limite Lateral à Direita:
( )−∞=
−−=
−++−
=−−
→→→ + h
h
h
h
x
x
hhx
21
33
3.25
3
25limlimlim
003
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b) Limite Lateral à Esquerda:
( )∞=
−+−
=−−−−
=−−
→→→ − h
h
h
h
x
x
hhx
21
33
3.25
3
25limlimlim
003
Como os limites laterais no ponto 3=x são diferentes, entendemos que não existe o limite.
5) ∞===+−++
∞→∞→∞→
2
3
5
3
45
32
6
12
226limlimlim x
x
x
xx
xx
xxx
6) 05
2
5
2
15
132limlimlim 3
2
3
2
===−+−
−∞→−∞→−∞→ xx
x
x
xx
xxx
7) 3
7
3
7
3
7
352
27limlimlim 9
9
942
59
−=−
=−
=−−
+
∞→∞→∞→ xxx x
x
xxx
xx
8) −∞===++
−∞→−∞→−∞→ 2
3
2
3
52
23 3
6
9
6
9
limlimlimx
x
x
x
x
xxx
9) ( )( )
∞===+
−=
+
−
∞→∞→∞→∞→
10
45
106
105
1023
52
5 3
2
4
.3
4
.3
12
53
12
53limlimlimlim
x
x
x
x
x
x
x
xxxx
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CÁLCULO 1 – AULA 18
CAP. 3 - DERIVADAS
3.1 – INTRODUÇÃO:
O estudo de Derivadas, de maneira geral, trata do problema de se determinar a taxa de
variação de uma grandeza quando outra grandeza, da qual ela depende, sofrer alterações.
A motivação para a descoberta desse conceito veio de problemas físicos simples, como
problemas de cinemática onde se quer, por exemplo, conhecer a velocidade de um objeto em
movimento num determinado instante.
Para se chegar ao conceito de Derivada, é necessário primeiramente que façamos algumas
definições, como faremos a seguir.
3.2 – ACRÉSCIMOS: 3.2.1 – ACRÉSCIMO DE UMA VARIÁVEL:
Chama-se Acréscimo de uma variável x , e representa-se por x∆ , à diferença entre dois
valores particulares 1x e
2x dessa variável.
3.2.2 – ACRÉSCIMO DE UMA FUNÇÃO:
Seja ( )xfy = uma função cujo Domínio é um subconjunto de ℜ .
Se atribuirmos à variável x um acréscimo x∆ , vamos obter em correspondência um
acréscimo para a função ( )xfy = , que indicaremos por y∆ .
x 1x
2x
x∆
12xxx −=∆
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Graficamente:
Temos: ⇒∆=− xxx12
acréscimo da variável
( ) ( ) ⇒∆=− yxfxf12
acréscimo da função
Como: xxx ∆+=12
, podemos escrever:
( ) ( )11xfxxfy −∆+=∆
ou, genericamente:
Esta é a forma generalizada de se escrever o Acréscimo de uma função definida pela lei
( )xfy = para um Acréscimo x∆ na sua variável x .
EXEMPLOS: 01) Achar o Acréscimo da função definida por ( )ℜ∈+= babaxy ,
Temos: ( ) ( )xfxxfy −∆+=∆
No nosso caso:
( ) ( )baxbxxay +−+∆+=∆
baxbxaaxy −−+∆+=∆
xay ∆=∆ (o acréscimo da função é diretamente proporcional ao acréscimo da variável)
02) Encontrar o Acréscimo da função dada por 2xy = .
( ) ( )xfxxfy −∆+=∆
( ) 22xxxy −∆+=∆
y
x 0
( )22xfy =
( )11xfy =
y∆
1x
2x
x∆
( )xfy =
( ) ( )xfxxfy −∆+=∆
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2222 xxxxxy −∆+∆+=∆
( )xxxy ∆+∆=∆ 2 (O acréscimo da função não é proporcional ao acréscimo da variável).
3.3 – TAXA MÉDIA DE VARIAÇÃO:
Chama-se de Taxa Média de Variação (ou Razão Incremental) de uma função ( )xfy = ao
quociente de y∆ por x∆ .
A Taxa Média indica a “velocidade média de variação” de uma função num determinado
intervalo do seu Domínio.
EXEMPLOS:
01) Achar a Taxa Média de Variação da função definida por 85 += xy
Temos: ( ) ( )
x
xfxxf
x
y
∆
−∆+=
∆
∆
No nosso caso: ( ) ( )
x
xxx
x
y
∆
+−+∆+=
∆
∆ 8585
x
xxx
x
y
∆
−−+∆+=
∆
∆ 85855
55
=∆
∆=
∆
∆
x
x
x
y
Conclusão: a velocidade de variação da função é constante em qualquer ponto.
02) Encontre a Taxa Média de Variação da função xxy 32 += no ponto 2=x .
Temos: ( ) ( )
x
xfxxf
x
y
∆
−∆+=
∆
∆
No nosso caso: ( ) ( ) ( )
x
xxxxxx
x
y
∆
+−∆++∆+=
∆
∆ 3322
( ) ( )x
xfxxf
x
yMT
∆
−∆+=
∆
∆=..
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x
xxxxxxxx
x
y
∆
−−∆++∆+∆+=
∆
∆ 3332222
( )32
32+∆+=
∆
∆⇒
∆
+∆+∆=
∆
∆xx
x
y
x
xxx
x
y
No ponto 2=x , teremos: xx
y∆+=
∆
∆7
3.4 – TAXA INSTANTÂNEA:
Consideremos, por exemplo, a função definida por 12 += xy .
Vamos determinar as Taxas Médias de Variação desta função nos seguintes intervalos:
[ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]xe ∆+1;105,1;1;1,1;1;2,1;1;5,1;1;2;1
a) Intervalo [ ]2;1 :
( ) ( )3
1
25
12
12=
−=
−
−=
∆
∆ ff
x
y
b) Intervalo [ ]5,1;1 :
( ) ( )5,2
5,0
225,3
15,1
15,1=
−=
−
−=
∆
∆ ff
x
y
c) Intervalo [ ]2,1;1 :
( ) ( )2,2
2,0
244,2
12,1
12,1=
−=
−
−=
∆
∆ ff
x
y
d) Intervalo [ ]1,1;1 :
( ) ( )1,2
1,0
221,2
11,1
11,1=
−=
−
−=
∆
∆ ff
x
y
e) Intervalo [ ]05,1;1 :
( ) ( )05,2
05,0
21025,2
105,1
105,1=
−=
−
−=
∆
∆ ff
x
y
f) Intervalo [ ]x∆+1;1 :
( ) ( )x
x
xx
x
fxf
x
y∆+=
∆
∆+∆=
−∆+
−∆+=
∆
∆2
2
11
112
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Os resultados obtidos acima parecem nos dizer que a Taxa Média tende a 2 , à medida em
que o acréscimo x∆ tende a zero.
Portanto, o Limite da Taxa Média de Variação desta função, quando o acréscimo x∆ tende a
zero é igual a 2 .
Este resultado é chamado de Taxa Instantânea de Variação.
Então, definimos:
“Taxa Instantânea de uma função ( )xfy = é o limite da Taxa Média de Variação x
y
∆
∆ desta
função quando x∆ tende a zero.”
3.5 – DERIVADA OU FUNÇÃO DERIVADA:
Vamos considerar uma função definida no campo dos Reais pela lei ( )xfy =
.Chama-se de Derivada ou Função Derivada de ( )xfy = ao limite do quociente de y∆ por
x∆ , quando x∆ tende a zero.
A Derivada da função ( )xfy = pode ser indicada por um dos símbolos abaixo:
( ) ( ) ( )[ ].
.
;;;;; xfdx
dxfyxfy
dx
dy′′
Neste curso, nos limitaremos a utilizar apenas uma das três primeiras notações apresentadas
acima.
A Derivada nada mais é do que a Taxa Instantânea genérica, ou seja:
EXEMPLOS:
Usando a definição, encontre as derivadas das seguintes funções:
01) 22xy =
x
yIT
x ∆
∆=
→∆lim
0
..
( ) ( )x
xfxxf
x
y
dx
dy
xx ∆
−∆+=
∆
∆=
→∆→∆limlim
00
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Por definição: ( ) ( )
x
xfxxf
dx
dy
x ∆
−∆+=
→∆lim
0
No nosso caso: ( )
x
xxx
dx
dy
x ∆
−∆+=
→∆
22
0
22lim
x
xxxxx
dx
dy
x ∆
−∆+∆+=
→∆
222
0
2242lim
( )( ) x
dx
dyxx
x
xxx
dx
dy
xx
42424.
limlim00
=⇒∆+=∆
∆+∆=
→∆→∆
Portanto, a Derivada da função ( ) 22xxf = é a função ( ) xxf 4=′ .
02) 3xy =
Por definição: ( ) ( )
x
xfxxf
dx
dy
x ∆
−∆+=
→∆lim
0
No nosso caso: ( )
x
xxx
dx
dy
x ∆
−∆+=
→∆
33
0lim
x
xxxxxxx
dx
dy
x ∆
−∆+∆+∆+=
→∆
33223
0
33lim
( ) ( ) 222
0
22
0
33333.
limlim xdx
dyxxxx
x
xxxxx
dx
dy
xx
=⇒∆+∆+=∆
∆+∆+∆=
→∆→∆
03) ( ) xxf =
Por definição: ( )( ) ( )
x
xfxxfxf
x ∆
−∆+=′
→∆lim
0
No nosso exemplo: ( )x
xxxxf
x ∆
−∆+=′
→∆lim
0
Observamos que o limite acima possui uma indeterminação da forma 0
0. Portanto, vamos
fazer uso do conjugado, isto é, vamos tomar:
( )( ) ( )xxxx
x
xxxx
xxx
xxx
xxx
x
xxxxf
xxx +∆+∆
∆=
+∆+∆
−∆+=
+∆+
+∆+
∆
−∆+=′
→∆→∆→∆limlimlim
000
.
( ) ( )x
xfxxx
xfx 2
11lim
0
=′⇒+∆+
=′→∆
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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04) ( )x
xf1
=
Por definição: ( )( ) ( )
x
xfxxfxf
x ∆
−∆+=′
→∆lim
0
No nosso exemplo: ( )x
xxxxfx ∆
−∆+=′
→∆
11
lim0
( )( )
( )xxxx
x
x
xxx
xxx
xfxx ∆+∆
∆−=
∆
∆+
∆−−
=′→→∆ ..limlim
00
( )( )
( )2
0
11lim
xxf
xxxxf
x
−=′⇒∆+
−=′
→∆
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CÁLCULO 1 – AULA 19
3.6 – DERIVADA NUM PONTO:
Seja ( )xfy = uma função cujo Domínio ( )fD é um subconjunto dos Reais e seja 0x um ponto
desse Domínio.
A derivada desta função no ponto 0x , que indicaremos pelas notações ( )
0xf ′ ou ( )
0xy′ , é
definida por:
OBSERVAÇÕES:
O1: Como conseqüência da definição, podemos verificar que a função ( )xfy = só será
derivável no ponto 0x se:
a) existir ( )0xf , isto é, a função possui valor numérico no ponto
0x ;
b) a função seja definida nas vizinhanças do ponto 0x (para justificar a aplicação do limite
neste ponto);
c) exista e seja finito o ( ) ( )
0
0
lim0
xx
xfxf
xx −
−
→
.
O2: Se ( ) ( )
0
0
lim0
xx
xfxf
xx −
−
→
existir somente para valores inferiores ou superiores a 0x , ou se este
limite possui resultados diferentes à esquerda e à direita de 0x , dizemos que se trata de
Derivadas Laterais e indicamos por:
( ) ( ) ( )⇒
−
−=′
−→−
0
0
0 lim0
xx
xfxfxf
xx
Derivada Lateral à Esquerda de 0x
( ) ( ) ( )0
0
0 lim0
xx
xfxfxf
xx −
−=′
→
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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( ) ( ) ( )⇒
−
−=′
+→+
0
0
0 lim0
xx
xfxfxf
xx
Derivada Lateral à Direita de 0x
O3: Se ( ) ( )00xfxf +− ′=′ então dizemos que a derivada da função ( )xfy = existe no ponto
0x e
é igual a ( )0xf ′ .
O4: A derivada de uma função num ponto (quando existe) nada mais é do que o valor
numérico da função derivada naquele ponto
EXEMPLOS:
Usando a definição, achar as derivadas das funções definidas a seguir nos pontos dados: 01) ( ) 2
3xxf = no ponto 5=x .
1a Solução:
Aplicando a definição de Derivada, temos:
( ) ( ) ( )x
xfxxfxf
x ∆−∆+
=′→∆lim
0
( ) ( )x
xxxxx
x
xxxxf
xx ∆−∆+∆+
=∆
−∆+=′
→∆→∆
222
0
22
0
336333limlim
( ) ( ) ( ) ( ) xxfxxx
xxxxf
xx
63636.
limlim00
=′⇒∆+=∆
∆+∆=′
→∆→∆
No ponto 5=x , teremos: ( ) ( ) 3055.65 =′⇒=′ ff .
2a Solução:
Aplicando a definição de Derivada no Ponto:
( ) ( ) ( )0
0
0 lim0
xx
xfxfxf
xx −
−=′
→
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( ) ( ) ( )5
753
5
55
2
55limlim −
−=
−−
=′→→ x
x
x
fxff
xx
( ) ( ) ( )( )5
5.5.3
5
25.35 limlim
5
2
5 −−+
=−−
=′→→ x
xx
x
xf
xx
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 30555.355.35 lim5
=′⇒+=′⇒+=′→
ffxfx
02) ( ) 1+= xxf no ponto 15=x .
( ) ( ) ( )15
41
15
1515 limlim
1515 −−+
=−−
=′→→ x
x
x
fxff
xx
Aplicando o conjugado do numerador, obtemos:
( )( )( )41.15
15
41
41.
15
4115 limlim
1515 ++−
−=
++
++−
−+=′
→→ xx
x
x
x
x
xf
xx
( ) ( )8
115
41
115 lim
15
=′⇒++
=′→
fx
fx
03) ( ) tgxxf = no ponto 4
π=x .
( )
4
4
4
4
4limlim
44
π
π
π
ππ
ππ −
−=
−
−=
′→→ x
tgtgx
x
fxf
f
xx
−
−
=−
−
=
′→→
4cos.cos.
4
cos.4
sen4
cos.sen
4
4cos
4sen
cos
sen
4limlim
44
ππ
ππ
π
π
π
πππ
xx
xx
x
x
x
f
xx
Da Trigonometria, sabemos que: ( )BAABBA −=− sencos.sencos.sen .
Portanto, pode-se dizer que:
−=
−
4
sencos.4
sen4
cos.senπππ
xxx .
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Assim, podemos escrever:
−
−=
′→→
4cos.cos
1.
4
4sen
4limlim
44
ππ
ππ
ππxx
x
f
xx
Como o primeiro limite é Fundamental e vale 1, então:
24
2
2
1
4cos
1
4cos.cos
1
42
2
4
lim =
′⇒
=
=
=
′→
πππ
ππ
f
x
f
x
04) ( ) 1−= xxf no ponto 1=x .
( ) ( ) ( )1
1
1
111
1
11 limlimlim
111 −
−=
−
−−−=
−−
=′→→→ x
x
x
x
x
fxff
xxx
Porém, de acordo com a definição de Módulo ou Valor Absoluto, podemos escrever:
( )
<−−−=−
≥−−=−
01,11
01,11
xsexx
xsexx ⇒
( )
<−−=−
≥−=−
1,11
1,11
xsexx
xsexx
Como queremos obter a derivada no ponto 1=x , entendemos que devemos calcular as
derivadas laterais neste ponto, isto é:
( ) ( ) ( ) 111
1
1
11 limlimlim
111
−=−=−−−
=−
−=′
→→→−
− xxx x
x
x
xf
( ) 111
1
1
11 limlimlim
111
==−−
=−
−=′
→→→+
+ xxx x
x
x
xf
Como ( ) ( )11 +− ′≠′ ff , entendemos que a função dada não possui derivada no ponto 1=x .
SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS:
Para que você se auto-avalie com relação ao assunto estudado nesta aula, sugerimos que
você tente resolver os exercícios abaixo:
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01) Mostre que a derivada da função ( )1
3
−=x
xf no ponto 4=x é igual a 3
1− .
02) Mostre que a derivada da função ( ) xexf = no ponto 3=x é igual a 3e .
03) Mostre que a função ( ) xxxf 42 −= não possui derivada no ponto 4=x .
3.7 – INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA DERIVADA NO PONTO:
Seja ( )xfy = uma função cujo Domínio ( )fD é um subconjunto dos Reais e seja 0x um ponto
desse Domínio.
Vamos admitir que o gráfico dessa função possua uma reta tangente pelo ponto 0x e que essa
tangente não seja perpendicular ao eixo x e vamos considerar também uma reta secante curva
pelos pontos 0x e x , conforme se pode ver na figura abaixo:
Da figura, temos:
α = inclinação da reta tangente (ângulo que a reta tangente forma com o sentido positivo do
eixo x );
β = inclinação da reta secante (ângulo que a reta secante forma com o sentido positivo do
eixo x );
0xxx −=∆ (Acréscimo da variável);
( ) ( )0xfxfy −=∆ (Acréscimo da função)
y
x 0
( )xf
( )0xf
α β
β
y∆
x∆
0x x
( )xfy =
Reta secante
Reta tangente
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( ) ( )0
0
xx
xfxftg
x
ytg
−
−=⇒
∆∆
= ββ
Tomando limites para 0xx→ nos dois membros dessa igualdade:
( ) ( )0
0
limlim00
xx
xfxftg
xxxx −
−=
→→
β
Porém, quando 0xx→ então αβ → .
Assim, podemos dizer que:
( ) ( )β
αβ
tgxx
xfxf
xxlimlim
0
0
0 →→
=−
−
Mas: ( ) ( ) ( )
0
0
0
lim0
xfxx
xfxf
xx
′=−
−
→
e αβαβ
tgtg =→lim
Portanto, concluímos que:
Isto é, a derivada de uma função num ponto (quando existe) é numericamente igual ao
coeficiente angular da reta tangente à curva dessa função nesse ponto.
A princípio este parece ser um conceito muito elementar.
Porém, em aulas futuras, teremos a oportunidade de observar aplicações importantes deste
resultado.
Para a melhor fixação desse conceito, vamos mostrar algumas aplicações simples do mesmo.
EXEMPLOS:
01) Obter a equação geral da reta tangente à curva da função ( ) xxf = pelo ponto 1=x .
Solução:
No estudo da Geometria Analítica, aprendemos que a equação de uma reta que passa por um
ponto dado ( )00
, yx e tem coeficiente angular conhecido m é dada por:
( )00xxmyy −=−
( ) αtgxf =′0
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No nosso caso: 10=x e ( ) 111
0=== fy
Como a reta procurada é tangente à curva de ( )xf pelo ponto 1=x , devemos ter ( )1fm ′= , ou
seja:
( ) ( ) ( )1
1
1
11 limlim
11 −−
=⇒−−
=′=→→ x
xm
x
fxffm
xx
Como o limite obtido é indeterminado, vamos multiplicar e dividir pelo conjugado do
numerador, isto é:
( )( )( )( ) ( )( )11
1
11
11limlim
11 +−
−=⇒
+−
+−=
→→ xx
xm
xx
xxm
xx
2
1
1
1lim
1
=⇒+
=→
mx
mx
Então, a equação procurada é: ( )12
11 −=− xy
Na forma geral: 012 =+− yx
02) Determine a equação da reta tangente à curva da hipérbole definida pela equação x
y4
−=
pelo ponto 2−=x .
Solução:
A equação procurada tem a forma: ( )( )000
. xxxfyy −′=−
onde: 20
−=x e 22
40 =
−−=y
( ) ( ) ( )( )2
22 lim
2 −−−−
=−′−→ x
fxff
x
( )( )2.
24
2
24
2 limlim22 +
−−=
+
−−=−′
−→−→ xx
x
x
xfxx
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( ) ( )( )
( ) ( ) 122
22.
2.22 limlim
22
=−′⇒−
=−′⇒++−
=−′−→−→
fx
fxx
xf
xx
Portanto, a equação da reta é:
( )2.12 +=− xy
Na forma reduzida: 4+= xy
03) Mostre que a equação da reta tangente à curva da função ( ) gxxf cot= no ponto 3
2π=x é
3
3
9
8
3
4−+−=
πxy .
Solução:
A equação procurada tem a forma: ( )( )000
. xxxfyy −′=−
onde: 3
20
π=x e
3
3
3
2cot
0−=
=π
gy
3
2
3
2sen
3
2cos
sen
cos
3
2
3
2cotcot
3
2limlim
3
2
3
2 π
π
π
π
ππ
ππ −
−
=−
−=
′→→ x
x
x
x
ggx
f
xx
−−
−=
−
−
=
′→→
3
2sen.sen.
3
2
3
2sen
3
2sen.sen.
3
2
3
2cos.sencos.
3
2sen
3
2limlim
3
2
3
2 ππ
π
ππ
πππ
ππxx
x
xx
xx
f
xx
3
4
2
3
1
3
2sen.sen
1.
3
2
3
2sen
3
22
3
2
3
2limlim −=
−=
−−
−=
′→→
ππ
ππ
ππxx
x
f
xx
Portanto, a equação da reta é:
9
8
3
4
3
3
3
2
3
4
3
3 ππ+−=+⇒
−−=
−− xyxy
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Na forma reduzida: 3
3
9
8
3
4−+−=
πxy
OBSERVAÇÃO:
Exercícios como os mostrados acima se tornarão mais fáceis de resolver quando
conhecermos as regras de derivação, pois não precisaremos mais de resolver Limites.
Este assunto será objeto de estudo a partir da próxima aula!
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CÁLCULO 1 – AULA 20
3.8 - REGRAS GERAIS DE DERIVAÇÃO:
Neste item vamos começar a estudar as regras que nos permitem obter as derivadas de todas
as funções da forma ( )xfy = .
Este assunto começará a ser desenvolvido nesta aula e se estenderá para as aulas seguintes.
3.8.1 – FUNÇÃO CONSTANTE:
Seja a função definida por ( ) kxf = , onde ℜ∈k .
Por definição: ( ) ( ) ( )x
xfxxfxf
x ∆−∆+
=′→∆lim
0
No nosso caso: ( ) ( ) 00
limlim00
=∆
=′⇒∆−
=′→∆→∆ x
xfx
kkxf
xx
Portanto:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( ) 01 =′⇒= xfxf
02) ( ) ( ) 07 =′⇒−= xfxf
03) ( ) ( ) 013 =′⇒= xfxf
04) ( ) ( ) 011
3=′⇒
= xftgxfπ
3.8.2 – FUNÇÃO LINEAR:
Seja ( ) baxxf += , onde ℜ∈a e ℜ∈b , isto é uma Função Linear.
Por definição: ( ) ( ) ( )x
xfxxfxf
x ∆−∆+
=′→∆lim
0
( ) ( ) 0,, =′ℜ∈= xfentãokcomkxfSe
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Neste caso: ( ) ( ) ( )x
baxbxxaxf
x ∆+−+∆+
=′→∆lim
0
( ) ( ) ( ) aaxfx
xaxf
x
baxbxaaxxf
xxx
==′⇒∆∆
=′⇒∆
−−+∆+=′
→∆→∆→∆limlimlim
000
Portanto:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( ) 1=′⇒= xfxxf
02) ( ) ( ) 575 −=′⇒+−= xfxxf
03) ( ) ( )3
21
3
2=′⇒−= xfxxf
04) ( ) ( ) loglog5
2
5
2 5. =′⇒+
= xfxxf
π
3.8.3 – FUNÇÃO POTÊNCIA:
Seja a função definida por ( ) nxxf = .
Por definição: ( ) ( ) ( )x
xfxxfxf
x ∆−∆+
=′→∆lim
0
No nosso caso: ( ) ( )x
xxxxf
nn
x ∆−∆+
=′→∆lim
0
Fazendo o desenvolvimento do Produto Notável ( )nxx ∆+ por Binômio de Newton, teremos:
( ) 033322211100... xxxxxxxxxxxx nn
n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
CCCCC ∆++∆+∆+∆+∆=∆+ −−−
( ) ( ) ( )( ) nnnnnnxxx
nnnxx
nnxxnxxx ∆++∆
−−+∆
−+∆+=∆+ −−− .....
!3
21..
!2
1.. 33221
Substituindo no limite:
( )( ) ( )( )
x
xxxxnnn
xxnn
xxnx
xf
nnnnnn
x ∆
−∆++∆−−
+∆−
+∆+=′
−−−
→∆
.....!3
21..
!2
1.. 33221
0lim
( ) ( ) axfentãobeacombaxxfSe =′ℜ∈ℜ∈+= ,,
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( )
( ) ( )( )
x
xxxnnn
xxnn
xnx
xf
nnnn
x ∆
∆++∆−−
+∆−
+∆=′
−−−−
→∆
13221
0
.....!3
21..
!2
1..
lim
( ) ( ) ( )( ) ( ) 113221
0
......!3
21..
!2
1.lim
−−−−−
→∆
=′⇒
∆++∆−−
+∆−
+=′ nnnnn
x
xnxfxxxnnn
xxnn
xnxf
Portanto:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( ) ( ) 7188 8.8 xxfxxfxxf =′⇒=′⇒= −
02) ( ) ( ) 99100 100xxfxxf =′⇒=
03) ( ) ( ) ( ) ( )2
21 1.1
1
xxfxxfxxf
xxf −=′⇒−=′⇒=⇒= −−
04) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )x
xfxxfxxfxxfxxf2
1.2
1.2
12
11
2
1
2
1
=′⇒=′⇒=′⇒=⇒=−−
05) ( ) ( ) ( ) ( )4
43
3
3.3
1
xxfxxfxxf
xxf −=′⇒−=′⇒=⇒= −−
06) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )5
5
11
5
4
5
4
5 4
5
4
5
4
5
4
xxfxxfxxfxxfxxf =′⇒=′⇒=′⇒=⇒=
−−
3.8.4 – FUNÇÃO SOMA:
Seja tvuy −+= , onde ( )xuu = , ( )xvv = e ( )xtt = , isto é, u , v e t são funções de x .
Se atribuirmos à variável x um acréscimo x∆ , obtemos em correspondência acréscimos y∆ ,
u∆ , v∆ e t∆ para as funções y , u , v e t , respectivamente.
Assim, podemos escrever:
( ) ( ) ( )ttvvuuyy ∆+−∆++∆+=∆+
ttvvuuyy ∆−−∆++∆+=∆+
( ) ( )tvutvuyy ∆−∆+∆+−+=∆+
( ) ( ) 1., −=′= nn xnxfentãoxxfSe
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Como tvuy −+= , então: tvuy ∆−∆+∆=∆
Dividindo os dois membros dessa igualdade por x∆ , teremos:
x
t
x
v
x
u
x
y
∆∆
−∆∆
+∆∆
=∆∆
Tomando os limites para 0→∆x :
x
t
x
v
x
u
x
y
xxxx ∆∆
−∆∆
+∆∆
=∆∆
→∆→∆→∆→∆limlimlimlim
0000
Porém, de acordo com a definição de Acréscimos, podemos afirmar que:
Se 0→∆x , então 0→∆y , 0→∆u , 0→∆v e 0→∆t
Isto significa que todos os limites relacionados acima representam derivadas, ou seja:
dx
dt
dx
dv
dx
du
dx
dy−+= ou tvuy ′−′+′=′
Portanto:
Podemos interpretar este resultado afirmando que “a derivada de uma soma algébrica de
funções é igual à soma algébrica das derivadas das parcelas”.
EXEMPLOS:
01) 256367 367 xxxyxxxy +−=′⇒+−=
02) 334 4047 xyxyxy =′⇒−=′⇒−=
03) 2
1
2
11
xxy
xxy −=′⇒+=
3.8.5 – FUNÇÃO PRODUTO:
Seja a função definida por vuy .= , onde ( )xuu = e ( )xvv = , isto é, y é definida por um
produto de funções de x .
Se atribuimos à variável x um acréscimo x∆ , obtemos acréscimos correspondentes y∆ , u∆ e
v∆ para as variáveis y , u e v , respectivamente.
tvuyentãotvuySe ′−′+′=′−+= ,
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Assim, podemos escrever:
( )( )vvuuyy ∆+∆+=∆+ .
vuuvvuuvyy ∆∆+∆+∆+=∆+
Como uvy = , podemos simplificar e escrever:
vuuvvuy ∆∆+∆+∆=∆
Dividindo membro a membro por x∆ , fica:
x
vu
x
uv
x
vu
x
y
∆∆
∆+∆∆
+∆∆
=∆∆
.
Tomando os limites para
→∆
→∆
→∆
⇒→∆
0
0
0
0
v
u
y
x :
x
vu
x
uv
x
vu
x
y
xxxx ∆∆
∆+∆∆
+∆∆
=∆∆
→∆→∆→∆→∆
.limlimlimlim0000
x
vu
x
uv
x
vu
x
y
xxxx ∆∆
∆+∆∆
+∆∆
=∆∆
→∆→∆→∆→∆
... limlimlimlim0000
De acordo com a definição de Derivada, temos como resultado:
vuvuyoudx
duv
dx
dvu
dx
dy ′+′=′+= ..
Portanto:
EXEMPLOS:
01) 3010 .xxy =
Temos: 910 10xuxu =′⇒= e 2930 30xvxv =′⇒=
Então:
vuvuyvuy ′+′=′⇒= .
2910309 30..10 xxxxy +=′
393939 403010 xyxxy =′⇒+=′
( ) ( ) vuvuyentãoxvvexuuondevuySe ′+′=′=== ,,.
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02) ( ) 11 22 +==⇒+= xvexuxxy
( ) 1.1.2 2xxxy ++=′
xxyxxxy 2322 222 +=′⇒++=′
03) xvex
uxx
yx
xy ==⇒=⇒=
1.1
xxx
xy
xxx
xy
2
1
2
1.1
.1
22+−=′⇒+−=′
OBSERVAÇÃO:
Se tivermos um produto de 3 ou mais funções, a regra de derivação é semelhante.
Assim, por exemplo, se tvuy ..= , onde ( )xuu = , ( )xvv = e ( )xtt = , então:
uvtutvvtuy ′+′+′=′
EXEMPLO:
=′⇒=
=′′⇒=
=′⇒=
⇒=56
45
34
654
6
5
4
..
xtxt
xvxv
xuxu
xxxy
545644653 ..6..5..4 xxxxxxxxxy ++=′
14141414 15654 xyxxxy =′⇒++=′
3.8.6 – FUNÇÃO QUOCIENTE:
Seja a função definida pela equação v
uy = , onde ( )xuu = e ( )xvv = .
Atribuindo à variável x um acréscimo x∆ , obtemos acréscimos y∆ , u∆ e v∆ , para as funções
y , u e v , de modo que podemos escrever:
vv
uuyy
∆+∆+
=∆+
v
u
vv
uuyy
vv
uuy −
∆+∆+
=∆⇒−∆+∆+
=∆
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( ) ( )( )vvv
vvuuuvy
∆+∆+−∆+
=∆.
..
( ) ( )vvv
vuuvy
vvv
vuuvuvuvy
∆+∆−∆
=∆⇒∆+
∆−−∆+=∆
..
Dividindo membro a membro por x∆ , teremos:
( ) xvvv
vuuv
x
y
∆∆+∆−∆
=∆∆
..
Podemos ainda escrever esta igualdade na forma:
( )vvv
x
vu
x
uv
x
y
∆+∆∆
−∆∆
=∆∆
.
Tomando os limites para
→∆
→∆
→∆
⇒→∆
0
0
0
0
v
u
y
x
( ) 2
0
00
0
..
.
..
lim
limlimlim
v
dx
dvu
dx
duv
dx
dy
vvv
x
vu
x
uv
x
y
x
xx
x
−=⇒
∆+∆∆
−∆∆
=∆∆
→∆
→∆→∆
→∆
Portanto:
EXEMPLOS:
01)
=′⇒=
=′⇒==
67
1920
7
20
7
20
xvxv
xuxu
x
xy
( )12
14
26
14
2626
27
620719
13137207..20
xyx
x
x
xxy
x
xxxxy =′⇒=
−=′⇒
−=′
02)
=′⇒−=
=′⇒+=
−+
=12
353
2
53
vxv
uxu
x
xy
( ) ( )( ) ( ) ( )222
2
11
2
5363
2
53.12.3
−
−=′⇒
−
−−−=′⇒
−
+−−=′
xy
x
xxy
x
xxy
( ) ( )2
,,v
vuvuyentãoxvvexuuonde
v
uySe
′−′=′===
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3.8.7 – FUNÇÃO COMPOSTA:
Sejam ( )ufy = e ( )xgu = .
Então ( )[ ]xgfy = , isto é, a variável dependente y é escrita como uma função composta da
variável independente x .
Se atribuirmos à variável x um acréscimo x∆ , vamos obter em correspondência um
acréscimo u∆ para a função u e um acréscimo y∆ para a função y .
Nestas condições, podemos escrever:
x
u
u
y
x
y
∆∆
∆∆
=∆∆
.
Tomando os limites para
→∆
→∆⇒→∆
0
00
y
ux
x
u
u
y
x
y
xux ∆∆
∆∆
=∆∆
→∆→∆→∆limlimlim
000
.
Portanto, de acordo com a definição, podemos escrever:
Com isto, concluímos que a derivada da função composta é igual ao produto das derivadas
das funções em relação às suas variáveis imediatas.
Esta regra é conhecida como Regra da Cadeia e é igualmente válida para funções compostas
de três ou mais partes.
Assim, por exemplo, se ( )ufy = , ( )tgu = e ( )xht = , então podemos empregar a Regra da
Cadeia e afirmar que:
Esta regra é considerada a mais importante entre todas as regras de derivação, uma vez que
é ela quem nos permite obter a derivada de certas funções aparentemente complicadas, conforme
teremos oportunidade de comprovar nas próximas aulas.
EXEMPLOS:
01) Encontre dx
dy, sendo 2uy = , 3vu = , 4tv = e 5xt =
dx
du
du
dy
dx
dy.=
dx
dt
dt
du
du
dy
dx
dy..=
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Pela Regra da Cadeia: dx
dt
dt
dv
dv
du
du
dy
dx
dy...=
432 5.4.3.2 xtvudx
dy=
A derivada já está pronta na expressão acima. Entretanto, como entendemos que y é uma
função composta na variável x , então a derivada y′ deve ser também uma função de x .
Para obter essa função, basta substituir as funções na expressão obtida para a derivada, ou
seja:
( ) ( ) 435243 ....120 xxtvdx
dy=
( ) ( ) 4158534 ....120 xxxtdx
dy=
( ) 119415406041540125 120....120....120 xdx
dyxxxx
dx
dyxxxx
dx
dy=⇒=⇒=
02) Achar dx
dy, sabendo que 72 −= uy , 2tu = e 5xt =
Pela Regra da Cadeia: dx
dt
dt
du
du
dy
dx
dy..=
1945104524 20...20...205.2.2 xdx
dyxxx
dx
dyxxt
dx
dyxtu
dx
dy=⇒=⇒=⇒=
3.8.8 – FUNÇÃO INVERSA:
Vamos considerar uma função definida pela lei ( )xfy = , que seja bijetora num intervalo ℜ⊂I
e que seja derivável nesse intervalo.
Nestas condições, podemos afirmar que:
x
yy
x ∆∆
=′→∆lim
0
existe e é finito para todo Ix∈ .
Como, por hipótese, a nossa função ( )xfy = é bijetora no intervalo I , podemos definir nesse
intervalo a sua função inversa, isto é:
Se ( )xfy = , então ( )yfx 1−= (Inversa)
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Portanto, de acordo com a definição de derivada, podemos também escrever:
y
xx
y ∆∆
=′→∆lim
0
(lembrando que, se 00 →∆⇒→∆ yx )
Podemos, ainda, escrever:
x
yx
x
yx
x
y
∆∆
=′⇒
∆∆
=′
→∆
→∆lim
lim
0
0
11
Finalmente, percebemos que:
Conclusão: A derivada da função inversa é igual ao inverso da derivada da função.
Tanto quanto a regra da função composta, estudada anteriormente, a regra da função inversa
será de grande aplicação para obter as derivadas de certos tipos de funções, como as
trigonométricas, por exemplo.
EXEMPLO:
Seja xy = , com 0>x , isto é, ( )xfy = .
Então, podemos escrever 2yx = , ou seja, ( )yfx 1−= (função inversa).
Neste caso: yx 2=′
Como x
y′
=′1
, então: x
yy
y2
1
2
1=′⇒=′
OBSERVAÇÃO: Este resultado está comprovado, pois já foi obtido anteriormente.
xyou
yx
′=′
′=′
11
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CÁLCULO 1 – AULA 21
3.8.9 – FUNÇÃO POTÊNCIA:
Na aula anterior aprendemos a regra para se derivar funções da forma nxy = , cuja derivada é
1. −=′ nxny .
Agora, que já conhecemos a regra da Função Composta, vamos aprender a derivar funções
potência da forma ( )[ ]nxfy = , onde ( )xf é uma função qualquer.
Fazendo nuy = e ( )xfu = , percebemos que y é uma função composta da variável x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: 1. −= nundu
dy e ( )xfdx
du ′=
Portanto: ( )xfundx
dy n ′= − .. 1 , ou seja:
EXEMPLOS:
01) ( )10023 3845 −+−= xxxy
( ) ( )8815.3845.100 29923 +−−+−= xxxxxdx
dy
Este exemplo mostra, com bastante clareza, a importância e praticidade desta regra.
Observe que a derivada foi obtida rapidamente e, principalmente, na forma fatorada.
Caso esta regra não existisse, teríamos primeiramente que desenvolver o produto notável, isto
é, elevar o polinômio à centésima potência, dando origem a um polinômio de grau 300, e só
depois o derivarmos para obter um polinômio de grau 299.
Além do trabalho de se desenvolver o polinômio, teríamos ainda o trabalho de deriva-lo e
fatorá-lo.
( )[ ] ( )xfxfndx
dy n ′= −..1
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02) 5
52
23
+−
=x
xy
Fazendo 52
23
+−
=x
xu , teremos 5uy =
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: ( ) ( )
( ) ( )2252
19
52
23.252.3
+=
+
−−+=
xx
xx
dx
du e 45udu
dy=
Portanto: ( )
4
2 52
23.
52
95
+−
+=
x
x
xdx
dy
3.8.10 – FUNÇÃO EXPONENCIAL:
Seja a função exponencial definida por xay = , onde 0>a e 1≠a .
Por definição, sabemos que: ( ) ( )
x
xfxxf
dx
dy
x ∆−∆+
=→∆lim
0
Então: ( )x
aa
dx
dy
x
aa
dx
dy xx
x
xxx
x ∆−
=⇒∆−
=∆
→∆
∆+
→∆
1.limlim
00
x
aa
dx
dy x
x
x
x ∆−
=∆
→∆→∆
1.limlim
00
O primeiro limite é imediato e o segundo é um limite fundamental exponencial.
Portanto:
Esta regra, aplicada para exponenciais da forma xay = , pode ser estendida para funções
exponenciais da forma ( )xfay = , isto é, na forma composta.
Se aplicarmos a estas funções a Regra da Cadeia, veremos que a derivada será quase a
mesma que acabamos de mostrar.
Basta trocar x por ( )xf e multiplicar o resultado por ( )xf ′ , ou seja:
aadx
dyentãoaeacomaySe xx ln.,10, =≠>=
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EXEMPLOS:
01) 3ln.33 xx
dx
dyy =⇒=
02) xxx edx
dyee
dx
dyey =⇒=⇒= ln.
Observe que, quando a base for Número Neperiano e, a constante irracional aln é 1.
03) xdx
dy
xdx
dyy
xxx
2
5ln.5
2
1.5ln.55 =⇒=⇒=
04) 3322
.2 −− =⇒= xx exdx
dyey
3.8.11 – FUNÇÃO LOGARÍTMICA:
Como já aprendemos a derivar funções exponenciais e funções inversas, podemos obter a
derivada das funções logarítmicas aplicando essas regras, uma vez que as funções logarítmicas
são inversas das exponenciais.
Seja, então a função logarítmica definida pela equação: logx
ay = , onde 10,0 ≠>> aeax .
Nestas condições, podemos dizer que yax = (função inversa).
Aprendemos também que, para duas funções inversas: x
y′
=′1
.
No nosso caso: ax
yaa
yaaxy
y
ln.
1
ln.
1ln. =′⇒=′⇒=′
Porém: logln
1
ln
ln
ln
1 e
aaa
e
a=⇒= (pela Propriedade de mudança de bases em logaritmos)
( ) ( ) ( )xfaadx
dyentãoaySe xfxf ′== .ln.,
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Portanto:
Observe que loge
a é uma constante irracional e que se tornará igual a 1 quando a base do
logaritmo for a base Natural e, ou seja, 1log =e
e.
Uma vez que a regra está demonstrada para logx
ay = , podemos utilizar a Regra da Cadeia e
estende-la para funções da forma ( )
logxf
ay = , isto é:
EXEMPLOS:
01) loglog33
1 ex
xyy =′⇒=
02) x
yx
yxye
e
11ln log =′⇒=′⇒=
03) logloglog555 2
1.
2
1
eex
xy
x
xyy =′⇒=′⇒=
04) ( )1
121ln
2
2
+−
−=′⇒+−=
xx
xyxxy
loglog1
,e
a
x
a xyentãoySe =′=
( ) ( )( ) loglog .,
e
a
xf
a xf
xfyentãoySe
′=′=
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CÁLCULO 1 – AULA 22
3.8.12 – FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS:
A) FUNÇÃO SENO:
Seja a função definida por xy sen= .
Por definição: ( ) ( )
x
xfxxf
dx
dy
x ∆−∆+
=→∆lim
0
No nosso caso: ( )
x
xxx
dx
dy
x ∆−∆+
=→∆
sensenlim
0
Porém, da Trigonometria, sabe-se que:
+
−=−
2cos.
2sen.2sensen
BABABA (transformação de diferença em produto)
Então: ( )
∆+
∆=−∆+2
2cos.
2sen.2sensen
xxxxxx
Substituindo no limite:
x
xxx
dx
dy
x ∆
∆+
∆
=→∆
2
2cos.
2sen.2
lim0
Dividindo o numerador e o denominador por 2, podemos escrever:
∆+∆
∆
=→∆→∆ 2
2cos.
2
2sen
limlim00
xx
x
x
dx
dy
xx
Como o primeiro limite é fundamental e igual a 1, concluímos que:
xdx
dyentãoxySe cos,sen ==
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Pela regra da função composta, podemos estender esta regra, ou seja:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( )2cos.22sen22 −=′⇒−= xxyxy
02) ( ) ( )xyxy 7cos77sen =′⇒=
03) ( ) ( )xxx eeyey cos.sen =′⇒=
B) FUNÇÃO COSSENO:
Seja a função definida por xy cos= .
Sabemos, por definição, que: ( ) ( )
x
xfxxf
dx
dy
x ∆−∆+
=→∆lim
0
No nosso caso: ( ) ( )
x
xxx
dx
dy
x ∆−∆+
=→∆
coscoslim
0
Da Trigonometria, mostra-se a seguinte identidade:
−
+−=−
2sen.
2sen.2coscos
BABABA
Assim: ( )
−∆+
+∆+−=−∆+
2sen.
2sen2coscos
xxxxxxxxx
Substituindo no limite:
x
xxx
dx
dy
x ∆
∆
∆+−
=→∆
2sen.
2
2sen2
lim0
Dividindo o numerador e o denominador por 2 e separando os limites, teremos:
( )[ ] ( ) ( )[ ]xfxfdx
dyentãoxfySe cos.,sen ′==
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∆+−
∆
∆
=→∆→∆ 2
2sen2.
2
2sen
limlim00
xx
x
x
dx
dy
xx
Como o primeiro limite é fundamental e vale 1, portanto:
Estendendo esta regra para funções compostas da forma ( )[ ]xfy cos= , teremos:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( )baxadx
dybaxy +−=⇒+= sencos
02) ( ) ( )22lnsen.2
1lncos xxx
xyxxy +
+−=′⇒+=
03) ( ) ( )xxyxy sensen.cossencos −=′⇒=
C) FUNÇÃO TANGENTE:
Se tgxy = , então podemos escrever x
xy
cos
sen= .
Assim, podemos derivar a tangente como uma função quociente, ou seja:
( )x
xx
xx
x
xxxx
dx
dy 2
22
22
2sec
cos
1
cos
sencos
cos
sen.sencos.cos==
+=
−−=
Portanto:
xdx
dyentãoxySe sen,cos −==
( )[ ] ( ) ( )[ ]xfxfyentãoxfySe sen.,cos ′−=′=
xdx
dyentãotgxySe 2
sec, ==
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Estendendo esta regra para funções compostas da forma ( )[ ]xftgy = , temos:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( )xxx ytgy 2sec;2ln.222=′⇒=
02) ( ) ( )7267sec.7 xxyxtgy =′⇒=
03) ( ) ( )xx
yxtgy lnsec1
ln2=′⇒=
D) FUNÇÃO COTANGENTE:
Se gxy cot= , então podemos escrever: x
xy
sen
cos= .
Derivando pela regra da função quociente, resulta:
xxx
xx
x
xxxx
dx
dy 2
22
22
2seccos
sen
1
sen
cossen
sen
cos.cossen.sen−=−=
+−=
−−=
Portanto:
Podemos estender esta regra para funções compostas da forma ( )[ ]xfgy cot= .
Assim:
( )[ ] ( ) ( )[ ]xfxfdx
dyentãoxftgySe 2
sec., ′==
xdx
dyentãogxySe 2
seccos,cot −==
( )[ ] ( ) ( )[ ]xfxfdx
dyentãoxfgySe 2
seccos.,cot ′−==
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EXEMPLOS:
01) ( ) ( )xx
yxgy 2seccos
2
1cot −=′⇒=
02) ( ) ( )53seccos353cot2 +−=′⇒+= xyxgy
03) ( ) ( )xxyxgy senseccos.cossencot2−=′⇒=
E) FUNÇÃO SECANTE:
Se xy sec= , então x
ycos
1= .
Derivando pela regra da função quociente:
( )tgxx
x
x
xx
x
x
xx
dx
dy.sec
cos
sen.
cos
1
cos
sen
cos
sen.1cos.022
===−−
=
Portanto:
Estendendo esta regra para funções da forma ( )[ ]xfy sec= , teremos:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( ) ( )xtgxxyxy sen.sensec.cossensec =′⇒=
02) ( ) ( ) ( )xxxx etgeeyey .sec.sec =′⇒=
tgxxdx
dyentãoxySe .sec,sec ==
( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )[ ]xftgxfxfdx
dyentãoxfySe .sec.,sec ′==
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03) ( ) ( ) ( )mmmm xtgxxmyxy .sec..sec1−=′⇒=
F) FUNÇÃO COSSECANTE:
Se xy seccos= , então x
ysen
1= .
Pela regra da função quociente:
gxxx
x
xx
x
x
xx
dx
dycot.seccos
sen
cos.
sen
1
sen
cos
sen
cos.1sen.022
−=−=−=−
=
Portanto:
Estendendo esta regra para funções compostas da forma ( )[ ]xfy seccos= , teremos:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( ) ( ) ( )13cot.13seccos.3213seccos222 +−=−−−=′⇒+−= xxgxxxyxxy
02) ( ) ( ) ( )tgxgtgxxytgxy cot.seccos.secseccos2−=′⇒=
3.8.13 – FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS:
Para obtermos as derivadas das Funções Trigonométricas Inversas, vamos recordar a Aula 7,
quando definimos essas funções adequadamente, em intervalos onde elas fossem bijetoras e
vamos aplicar a todas elas a Regra da Função Inversa.
gxxdx
dyentãoxySe cot.seccos,seccos −==
( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )[ ]xfgxfxfdx
dyentãoxfySe cot.seccos,seccos ′−==
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A) FUNÇÃO INVERSA DO SENO:
Se xy arcsen= , então yx sen= .
Logo: yx cos=′ e x
y′
=′1
(Regra da Função Inversa)
Assim: 22
1
1
sen1
1
xyy
−=
−=′
Portanto:
Para ( )[ ]xfy arcsen= , teremos:
EXEMPLOS:
01) ( )( ) 6
2
23
2
3
1
3
1
3arcsen
x
x
x
xyxy
−=
−=′⇒=
02) ( )( ) x
x
x
xx
e
e
e
eyey
2211
arcsen−
=−
=′⇒=
B) FUNÇÃO INVERSA DO COSSENO:
Se xy arccos= , então yx cos= .
yx sen−=′ e x
y′
=′1
21
1,arcsen
xyentãoxySe
−=′=
( )[ ] ( )( )[ ]21
,arcsen
xf
xfyentãoxfySe
−
′=′=
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Assim: 22
1
1
cos1
1
sen
1
xyyy
−−=
−−=
−=′
Portanto:
Estendendo para funções da forma ( )[ ]xfy arccos= , resulta:
EXEMPLOS:
01) ( )( )2251
525arccos
−−−=′⇒−=
xyxy
02) ( )( ) x
x
x
xx yy
2231
3ln3
31
3ln33arccos
−−=
−−=′⇒=
C) FUNÇÃO INVERSA DA TANGENTE:
Se arctgxy = , então tgyx = .
Neste caso: yx 2sec=′ e
xy
′=′1
Assim: 222
1
1
1
1
sec
1
xytgyy
+=
+==′
Portanto:
21
1,arccos
xyentãoxySe
−−=′=
( )[ ] ( )( )[ ]21
,arccos
xf
xfyentãoxfySe
−
′−=′=
21
1,
xyentãoarctgxySe
+=′=
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Estendendo esta regra para funções compostas da forma ( )[ ]xfarctgy = :
EXEMPLOS:
01) ( )( ) 14
6
27
6
7
1
7
1
7
x
xy
x
xyxarctgy
+=′⇒
+=′⇒=
02) ( )x
xx yarctgy
221
2ln22
+=′⇒=
D) FUNÇÃO INVERSA DA COTANGENTE:
Se gxarcy cot= , então gyx cot=
Neste caso: yx 2seccos−=′ e
xy
′=′1
Assim: 222
1
1
cot1
1
seccos
1
xygyy
+−=
+−=
−=′
Portanto:
Estendendo esta regra para função composta:
EXEMPLOS:
01) ( )( ) 22
811
9
91
99cot
xy
xyxgarcy
+−=′⇒
+−=′⇒=
( )[ ] ( )( )[ ]21
,xf
xfyentãoxfarctgySe
+
′=′=
21
1,cot
xyentãogxarcySe
+−=′=
( )[ ] ( )( )[ ]21
,cotxf
xfyentãoxfgarcySe
+
′−=′=
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02) ( )x
xyxgarcy
2sen1
cossencot
+−=′⇒=
E) FUNÇÃO INVERSA DA SECANTE:
Se xarcy sec= , então yx sec= .
Temos: tgyyx .sec=′ e x
y′
=′1
1
1
1sec.sec
1
.sec
1
22 −=
−==′
xxyytgyyy
Portanto:
Estendendo esta regra para função composta:
EXEMPLOS:
01) ( )( ) 12
1
1.
2
1
sec2 −
=′⇒−
=′⇒=xx
y
xx
xyxarcy
02) ( )( ) 1
1
1
sec22 −
=′⇒−
=′⇒=xxx
xx
ey
ee
eyearcy
F) FUNÇÃO INVERSA DA COSSECANTE:
Se xy secarccos= , então yx seccos= .
Neste caso: gyyx cot.seccos−=′ e x
y′
=′1
1
1,sec
2 −=′=
xxyentãoxarcySe
( )[ ] ( )( ) ( )[ ] 1
,sec2 −
′=′=
xfxf
xfyentãoxfarcySe
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Logo: 1
1
1seccosseccos
1
cot.seccos
1
22 −−=
−−=
−=′
xxyygyyy
Portanto:
Estendendo a regra para função composta, teremos:
EXEMPLOS:
01) ( )( ) 1
5
1
5secarccos
10255
4
5
−−=′⇒
−−=′⇒=
xxy
xx
xyxy
02) ( )( ) 15
5ln
155
5ln55secarccos
22 −−=′⇒
−−=′⇒=
xxx
xx yyy
3.8.14 – FUNÇÕES HIPERBÓLICAS:
Como as Funções Hiperbólicas são todas definidas usando exponenciais de base natural,
podemos obter as suas derivadas a partir da definição de cada uma delas.
A) FUNÇÃO SENO HIPERBÓLICO:
Se xy senh= então, por definição, 2
xx eey
−−= .
A derivada será: ( )
xeeee
dx
dy xxxx
cosh22
=+
=−−
=−−
1
1,secarccos
2 −−=′=
xxyentãoxySe
( )[ ] ( )( ) ( )[ ] 1
,secarccos2 −
′−=′=
xfxf
xfyentãoxfySe
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Portanto:
No caso da função composta, teremos:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( ) ( )xxxxxyxxxy 52cosh.54352senh23223 +−+−=′⇒+−=
02) ( ) ( )xxx eeyey cosh.senh =′⇒=
B) FUNÇÃO COSSENO HIPERBÓLICO:
Se xy cosh= então, por definição, 2
xx eey
−+= .
A derivada será: ( )
xeeee
dx
dy xxxx
senh22
=−
=−+
=−−
Portanto:
No caso da função composta, teremos:
xdx
dyentãoxySe cosh,senh ==
( )[ ] ( ) ( )[ ]xfxfdx
dyentãoxfySe cosh,senh ′==
xdx
dyentãoxySe senh,cosh ==
( )[ ] ( ) ( )[ ]xfxfdx
dyentãoxfySe senh,cosh ′==
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EXEMPLOS:
01) ( ) ( )xx
yxy senh2
1cosh =′⇒=
02) ( ) ( )xxyxy sensenh.cossencosh =′⇒=
C) FUNÇÃO TANGENTE HIPERBÓLICA:
Se tghxy = então, por definição, x
xy
cosh
senh= .
A derivada será: xhxx
xx
dx
dy 2
22
22
seccosh
1
cosh
senhcosh==
−=
Portanto:
No caso da função composta, teremos:
EXEMPLOS:
01)
−=′⇒
=x
hx
yx
tghy1
sec11 2
2
02) ( ) ( )xxx hytghy 2sec.2ln.222=′⇒=
xhdx
dyentãotghxySe 2
sec, ==
( )[ ] ( ) ( )[ ]xfhxfdx
dyentãoxftghySe 2
sec, ′==
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D) FUNÇÃO COTANGENTE HIPERBÓLICA:
Se ghxy cot= então, por definição, x
xy
senh
cosh= .
A derivada será: xhxx
xx
dx
dy 2
22
22
seccossenh
1
senh
coshsenh−=
−=
−=
Portanto:
No caso da função composta, teremos:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( )xhx
yxghy lnseccos1
lncot2−=′⇒=
02) ( ) ( )tgxhxytgxghy 22seccos.seccot −=′⇒=
E) FUNÇÃO SECANTE HIPERBÓLICA:
Se hxy sec= então, por definição, x
ycosh
1= .
A derivada será: tghxhxx
x
xxx
x
x
xx
dx
dy.sec
cosh
senh.
cosh
1
cosh.cosh
senh
cosh
senh.1cosh.02
−=−=−
=−
=
Portanto:
xhdx
dyentãoghxySe 2
seccos,cot −==
( )[ ] ( ) ( )[ ]xfhxfdx
dyentãoxfghySe 2
seccos,cot ′−==
tghxhxdx
dyentãohxySe .sec,sec −==
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No caso da função composta, teremos:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( ) ( )5545.sec.5sec xtghxhxyxhy −=′⇒=
02) ( ) ( ) ( )xxxx tghhyhy 10.10sec.10ln1010sec −=′⇒=
F) FUNÇÃO COSECANTE HIPERBÓLICA:
Se hxy seccos= então, por definição, x
ysenh
1= .
A derivada será: ghxhxx
x
xxx
x
x
xx
dx
dycot.seccos
senh
cosh.
senh
1
senh.senh
cosh
senh
cosh.1senh.02
−=−=−
=−
=
Portanto:
No caso da função composta, teremos:
EXEMPLOS:
01) ( ) ( ) ( )baxghbaxhaybaxhy ++−=′⇒+= cot.seccos.seccos
02) ( ) ( ) ( )xghxhxyxhy coscot.cosseccos.sencosseccos =′⇒=
( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )[ ]xftghxfhxfdx
dyentãoxfhySe .sec,sec ′−==
ghxhxdx
dyentãohxySe cot.seccos,seccos −==
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CÁLCULO 1 – AULA 23
APLICAÇÕES:
Agora que já estudamos todas as regras de derivação de funções da forma ( )xfy = , e já
termos feito exemplos específicos para cada uma delas em particular, achamos importante fazer
esta aula apenas com exercícios resolvidos.
01) Achar a derivada y′ nas seguintes funções:
a) ( )xy arcsencos=
Fazendo xu arcsen= , temos uy cos=
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
( )222
11
1.arcsensen
1
1.sen
x
x
dx
dy
xx
xu
dx
dy
−−=⇒
−−=
−−=
b) 2
2
.
x
exy−
=
( )xeyex
xxey
xxx
21..2
..1 222
222
−=′⇒
−+=′−−−
c) x
xy
−
+=1
1
( ) ( )( )21
1.2
11.
2
1
x
xx
xx
y−
+
−−−
=′
( ) ( )22
1.
1
1
2
1
2
1
2
1
2
1
xxy
x
xxy
−=′⇒
−
++−=′
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d) 3 43 2 x
b
x
ay −=
3
4
3
2
..−−
−= xbxay
13
41
3
2
..3
4..
3
2 −−−−
−−−=′ xbxay
3 73 5
3
7
3
5
3
4
3
2..
3
4..
3
2
x
b
x
ayxbxay +−=′⇒+−=′
−−
e) ( )
( )[ ] 23
2
235sen
5sen
1 −=⇒= xy
xy
( )[ ] ( )212
32
5cos.10.5sen2
3xxxy
−−−=′
( )[ ] ( ) ( )( )25
22
2
52
5sen
5cos.155cos.10.5sen
2
3
x
xxyxxxy −=′⇒−=′
−
02) Se
=6
3 xtgy
π, calcule ( )2y′
6.
6sec.
6.3
22 πππ
=′xx
tgy
Para 2=x , teremos:
( )6.
3sec.
3.32
22 πππ
=′ tgy
Da Trigonometria, sabemos que: 33=
πtg e 2
3sec =
π
Então: ( ) ( ) ( ) ππ
626.2.3.322
2
=′⇒=′ yy
03) Se ( )
++=2
arcsen1lnx
xy , calcule o valor de ( )1y′ .
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224
1
1
1
41
2
1
1
1
xxy
xxy
−+
+=′⇒
−
++
=′
No ponto 1=x , teremos:
( ) ( ) ( )6
3231
3
3
2
11
3
1
2
11
+=′⇒+=′⇒+=′ yyy
04) Prove que, se x
xy
2cos1
2cos1
−+
= , então x
xy
3sen
cos2−=′ .
( ) ( )( )22cos1
2sen2.2cos12cos1.2sen2
x
xxxxy
−
+−−−=′
( )22cos1
2cos.2sen22sen22cos.2sen22sen2
x
xxxxxxy
−
−−+−=′
( ) x
xy
x
xxy
xx
xy
34222 sen
cos2
sen.4
cos.sen2.4
sencos1
2sen4−=′⇒−=′⇒
+−−=′
05) Sendo ty sen= , tu cos= e
=u
x1
arccos e ( )xfy = , achar y′ .
Temos y como uma função composta da variável x .
Neste caso, devemos ter ( )tfy = , ( )ugt = e ( )xhu = .
Portanto, devemos reescrever as expressões dadas, isto é:
ty sen= ; ut arccos= e xx
uxu
seccos
1cos
1==⇒=
Pela Regra da Cadeia:
dx
du
du
dt
dt
dy
dx
dy..=
Assim: x
tgxx
dx
dytgxx
ut
dx
dy
2
2
2sec1
.sec.sec.
1
1.cos
−−=⇒
−−=
Atenção: Observe que, embora tenhamos determinado uma expressão para a derivada desta
função composta, ela não existe no campo dos Reais, uma vez que xtgx 22sec1 −=− . No entanto,
o exercício é didaticamente válido, como uma aplicação de funções compostas.
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CÁLCULO 1 – AULA 24
3.9 – DERIVADA DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS:
Dizemos que uma função é Implícita ou é definida implicitamente quando ela é representada
por uma equação da forma ( ) 0, =yxf .
EXEMPLOS:
01) 023 2 =+ xyx
02) ( ) ( ) 0sencoscot 232 =+− yxyxyg
03) 133 =− yx
04) 1cossenlnln 2 −=+−+ xyxyx
05) ( )6
arcsenπ
=+ yx
Uma função dada na forma implícita ( ) 0, =yxf geralmente está representando numa única
equação duas ou mais funções explícitas da forma ( )xfy = .
Algumas funções implícitas podem ser escritas na forma explícita, mas a maioria não.
Neste item queremos obter a derivada y′ de uma função implícita, independentemente do fato
de podermos ou não escreve-la na forma explícita.
Para isto, procedemos da seguinte maneira:
a) usando as regras de derivação conhecidas derivamos a equação com relação a x e a y ,
simultaneamente;
b) quando derivarmos com relação a y devemos multiplicar o resultado por y′ ;
c) como y′ irá aparecer como um fator comum, então o colocamos em evidência e o
isolamos.
Desta forma teremos obtido a expressão da derivada da função implícita, que será outra
função implícita.
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Esta derivada é válida para todas as funções explícitas que essa função implícita está
representando.
EXEMPLOS:
Achar a derivada y′ nas funções dadas na forma implícita:
01) 122 =+ yx
Derivando implicitamente:
0.22 =′+ yyx
Isolando y′ , temos: y
xy
y
xy −=′⇒
−=′2
2
Observação:
A equação 122 =+ yx representa no plano cartesiano uma circunferência de centro na Origem
e raio unitário. Portanto, esta equação não representa uma função e sim uma relação.
Entretanto, interpretando essa relação como uma função dada na forma implícita, foi possível
encontrar uma expressão para a sua derivada.
Usando o conceito da Interpretação Geométrica da Derivada, observe que a expressão obtida
para a derivada de 122 =+ yx é válida para qualquer ponto ( )yx, da circunferência,
independentemente do quadrante ao qual pertença esse ponto.
Este exemplo ilustra o fato de que, mesmo quando a função implícita representar várias
funções, é possível obter uma única expressão para as derivadas de todas essas funções.
02) 253 2 =− xyx
Derivando implicitamente:
( ) 0..1.56 =′+− yxyx
yxyxyxyx 5650556 −=′⇒=′−−
Isolando y′ , obtemos: x
yxy
5
56 −=′
03) 0333 =−+ axyyx
Derivando implicitamente:
( ) 03.33 22 =′+−′+ yxyayyx
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033.33 22 =′−−′+ yaxayyyx
( ) ( )22 33 xayaxyy −=−′
Isolando y′ , resulta: axy
xayy
−
−=′
2
2
04) ( ) yyxarctg =+
Podemos escrever: tgyyx =+
Derivando implicitamente:
yyy ′=′+ .sec1 2
( ) 11sec2 =−′ yy
Isolando y′ , teremos: ygyytg
yy
y 2
22cot
1
1sec
1=′⇒=′⇒
−=′
05) xey xy =+ln
Derivando implicitamente:
( ) 1.1
=′++′ yxyeyy
xy
1.. =′++′ xyxy eyxeyy
y
Multiplicando por y :
yeyxyeyy xyxy =′++′ ..2
( ) xyxy eyyexyy ..1 2−=+′
Isolando y′ , obtemos: xy
xy
exy
eyyy
.1
.2
+
−=′
06) Mostre que a equação da reta tangente ao gráfico da função 28y2xyx 22 =++ no ponto
)3,2(P é 08y2x =−+ .
A equação da reta tangente à curva da função ( )xfy = no ponto ( )00 , yx é dada por:
( )( )000 . xxxyyy −′=− , onde 20 =x e 30 =y .
Falta-nos apenas o valor da derivada ( ) ( )20 yxy ′=′ .
Como a função foi dada na forma implícita, vamos deriva-la implicitamente.
Assim: 042 =′+′++ yyyxyx
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( ) yxyxy −−=+′ 24
Isolando y′ , obtemos yx
yxy
4
2
+
−−=′
No ponto ( ) ( )2
1
14
7
122
3423,2 −=
−=
+−−
=′⇒ yP
Então, a reta tangente será: ( )22
13 −−=− xy , ou, na forma geral: 082 =−+ yx
3.10 – DERIVADA DA FUNÇÃO EXPONENCIAL GERAL:
Dizemos que uma função é Exponencial Geral quando ela se apresenta sob a forma vuy = ,
onde ( )xuu = e ( )xvv = , isto é, uma função exponencial particular onde tanto a base como o
expoente são funções da variável x
EXEMPLOS:
01) xxy =
02) xxy sen=
03) ( ) xtgxy
cosh=
Como não se trata de uma função potência e muito menos de uma função exponencial
comum, devemos dar um tratamento especial para essa classe de funções.
Este tratamento consiste em transformar a função dada com o uso de logaritmos e, depois,
deriva-la implicitamente.
De modo geral:
Se vuy = , podemos tomar logaritmos e obter:
uvyuy v ln.lnlnln =⇒= (que é uma função implícita)
Derivando implicitamente:
u
uvuvy
y
′+′=′ .ln..
1
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′+′=′u
vuuvyy ln.
Como vuy = , podemos escrever:
EXEMPLOS:
01) xx xyxy
1
=⇒=
Tomando logaritmos:
xx
yxy x ln.1
lnlnln
1
=⇒=
Derivando implicitamente:
xxx
xy
y
1.1
ln.1
.1
2+−=′
( ) ( )xx
xyx
x
yy
x
ln1.ln1.22
−=′⇒−=′
02) xxy ln=
Tomando logaritmos:
xxyxy x ln.lnlnlnln ln =⇒=
Derivando implicitamente:
xx
xx
yy
ln.1
ln.1
.1
+=′
xx
xyx
x
yy
x
ln.2
ln2 ln
=′⇒=′
03) ( )xxy sen=
Tomando logaritmos:
( ) ( )xxyxyx
senln.lnsenlnln =⇒=
Derivando implicitamente:
( )x
xxxy
y sen
cos.senln.1.
1+=′
′+′=′u
vuuvuy v ln.
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( )
+=′x
xxxyy
sen
cossenln.
( ) ( )[ ]gxxxxyx
cot.senln.sen +=′
3.11 – DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR:
Consideremos que a função definida por ( )xfy = seja Contínua num intervalo ℜ⊂I e
derivável num intervalo II ⊂1 .
Então, nesse intervalo 1I , podemos definir a função ( )xfy ′=′ , isto é, a função derivada
primeira de y em relação a x ou derivada de primeira ordem.
Se ( )xfy ′=′ for derivável num intervalo 12 II ⊂ , podemos definir em
2I a função ( )xfy ′′=′′ ,
isto é, a função derivada segunda de y em relação a x ou derivada de segunda ordem.
Se tomarmos intervalos 23 II ⊂ , 34 II ⊂ , etc., podemos definir as derivadas:
( ) ⇒′′′=′′′ xfy derivada terceira ou de terceira ordem;
( ) ⇒= xfy IVIV derivada quarta ou de quarta ordem;
M
( ) ( )( ) ⇒= xfy nn derivada enésima ou de enésima ordem.
Estas derivadas, chamadas de Derivadas de Ordem Superior ou Derivadas Sucessivas,
podem ainda ser denotadas por:
Cada derivada de ordem superior é obtida derivando-se a derivada anterior, isso é:
( )
==
==′′′
==′′
−
−
1
1
2
2
3
3
2
2
n
n
n
nn
dx
yd
dx
d
dx
ydy
dx
yd
dx
d
dx
ydy
dx
dy
dx
d
dx
ydy
M
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- a derivada de segunda ordem é a derivada da derivada de primeira ordem;
- a derivada de terceira ordem é a derivada da derivada de segunda ordem;
- a derivada de quarta ordem é a derivada da derivada de terceira ordem;
e assim, sucessivamente.
EXEMPLOS:
01) Obter todas as derivadas da função definida por 15234 2345 ++−+−= xxxxxy .
11081220 234 +−+−= xxxxdx
dy (derivada de primeira ordem)
10163680 23
2
2
−+−= xxxdx
yd (derivada de segunda ordem)
1672240 2
3
3
+−= xxdx
yd (derivada de terceira ordem)
724804
4
−= xdx
yd (derivada de quarta ordem)
4805
5
=dx
yd (derivada de quinta ordem)
06
6
=dx
yd (derivada de sexta ordem)
07
7
=dx
yd (derivada de sétima ordem)
De maneira geral, podemos então afirmar que 0=n
n
dx
yd, para todo 6≥Ν∈ nen
02) Achar todas as derivadas da função definida pela equação 10, ≠>= aeacomay x .
aay x ln.=′
( )2ln.ln.ln. aayaaay xx =′′⇒=′′
( ) ( )32ln.ln.ln. aayaaay xx =′′′⇒=′′′
Por indução, podemos dizer que: ( ) ( )nxn aay ln.= .
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03) Obtenha uma expressão que represente a enésima derivada da função x
y1
= .
22
!11
xxdx
dy−=−=
( )332
2
4
2
2
2 !222.1.0
xxdx
yd
x
xx
dx
yd==⇒
−−=
443
3
6
23
3
3 !363.2.0
xxdx
yd
x
xx
dx
yd−=−=⇒
−=
( )554
4
8
34
4
4 !4244.6.0
xxdx
yd
x
xx
dx
yd==⇒
−−=
Podemos, então, induzir que ( ) Ν∈−=+
ncomx
n
dx
ydn
n
n
n
,!
.11
.
04) Mostre que a função xey x cos.−= verifica a equação 044
4
=+ ydx
yd
( )xxeexxedx
dy xxx sencos..sencos. +−=−−= −−−
( ) ( ) xedx
ydxxexxe
dx
yd xxx sen.2cossen.sencos.2
2
2
2−−− =⇒+−−+=
( )xxedx
ydxexe
dx
yd xxx sencos.2cos.2sen.23
3
3
3
−=⇒+−= −−−
( ) ( ) xedx
ydxxexxe
dx
yd xxx cos.4cossen.2sencos.24
4
4
4−−− −=⇒−−+−−=
Substituindo na equação 044
4
=+ ydx
yd, temos:
0cos.4cos.4 =+− −− xexe xx
Observação: A equação do exercício é chamada de Equação Diferencial e a função dada,
que a verifica, é uma das soluções dessa Equação Diferencial. Este assunto será objeto de estudo
em outro curso de Cálculo que você terá futuramente.
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05) Se ( )3xfy = e ( ) 3 xxf =′ , achar ( )4y ′′ .
Temos: ( ) 23 3. xxfy ′=′ , pois y é uma função composta de x .
Como ( ) 3 xxf =′ , então ( ) ( )xxfxxf 33 33 ′⇒=′
Portanto: 232 93.3 xyxyxxy =′′⇒=′⇒=′
Para 4=x , teremos: ( ) ( ) 14444.94 2 =′′⇒=′′ yy
06) Se 022222 =++++ yxxyyx , encontre y ′′ no ponto ( )3,1 −P .
Derivando implicitamente:
0.22.22.22 =′++′++′+ yyxyyyx (1)
Derivando mais uma vez implicitamente, temos:
02.222.2.22 =′′+′′+′+′+′′+′′+ yyxyyyyyy (2)
Substituindo o ponto P em (1):
10222662 −=′⇒=′++′+−′− PPPP yyyy
Levando na equação (2) :
( ) 0224.6222 =′′+′′+′+′′−′+ PPPPP yyyyy
Calculando, temos:
004222 =′′⇒=−′′−+ PP yy
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CÁLCULO 1 – AULA 25
3.12 – DIFERENCIAL DE UMA FUNÇÃO: DEFINIÇÃO:
Consideremos uma função definida por ( )xfy = e derivável no seu Domínio.
Por definição, sabemos que:
( )x
yxf
x ∆∆
=′→∆lim
0
Podemos tirar o limite, escrevendo:
( ) ε±′=∆∆
xfx
y , onde 0→ε
Multiplicando membro a membro por x∆ , temos:
( ) xxxfy ∆±∆′=∆ .. ε
Como 0→∆x e 0→ε , então o produto x∆.ε tende a zero muito mais rapidamente do que os
fatores ε e x∆ isoladamente.
Logo, a parte principal do Acréscimo y∆ deve-se à primeira parcela ( ) xxf ∆′ . .
A esta parte principal damos o nome de Diferencial da função, e indicamos por dy .
Assim: ( ) xxfdy ∆′= .
Porém, como x é a variável independente, podemos chamar dxx =∆ .
Portanto, a Diferencial dy é definida por:
CONCLUSÃO: A Diferencial dy de uma função ( )xfy = é igual ao produto da sua derivada
( )xf ′ pela diferencial dx da variável x .
OBSERVAÇÃO: Não devemos confundir a Diferencial dy com o Acréscimo y∆ de uma
função ( )xfy = . Na verdade, eles são valores aproximados e, sempre que necessário, podemos
utilizar a Diferencial como uma aproximação do Acréscimo, isto é, ydy ∆≅ .
Para ilustrar esta observação, vamos considerar o seguinte exemplo:
( )dxxfdy .′=
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“Sendo 27 cm3 o volume de uma caixa cúbica, de quanto devemos aumentar a aresta para
que a mesma atinja, aproximadamente, 30 cm3?”
1a Solução - Usando acréscimos:
Supondo que a aresta do cubo tenha medida x , temos 3xV = (volume)
Portanto: ( )3xxVV ∆+=∆+
3223.3.3 xxxxxxVV ∆+∆+∆+=∆+
322.3.3 xxxxxV ∆+∆+∆=∆
Tomando cmx 3= e 332730 cmV =−=∆ , temos:
03.27.9.9.2732332 =−∆+∆+∆⇒∆+∆+∆= xxxxxx
A equação obtida é do terceiro grau, cuja solução não é elementar.
Se resolvermos numericamente esta equação, vamos obter, à custa de muito trabalho, o
seguinte resultado:
2a Solução - Usando diferenciais:
( ) ( ) dxxdVdxxfdVxfVxV .3.23 =⇒′=⇒=⇒=
Tomando cmx 3= e 33 cmdV = , teremos:
cmdxdx9
1.9.33 =⇒= ⇒
cm3
cm3
cm3
cmx 107,0=∆
cmdx 11,0≅
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3.13 – PROPRIEDADES DA DIFERENCIAL:
Para enunciar as propriedades das Diferenciais, vamos considerar ℜ∈k , ( )xuu = e ( )xvv = ,
isto é, u e v são duas funções de x .
EXEMPLOS:
Achar as diferenciais das seguintes funções:
01) xxtgxy ++= 3
dxx
xxdy .2
13sec
22
++=
02) xexy += ln
dxex
dy x.
1
+=
03) xxy sen.2=
( ) dxxxxxdy .cos.sen.22+=
[ ] 0:1
=kdP
[ ] dukkudP ..:2
=
[ ] dvduvudP +=+:3
[ ] dvuduvvudP ...:4
+=
25
..:
v
dvuduv
v
udP
−=
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04) 53223 =+ xyyx
Diferenciando implicitamente:
03346322 =+++ xdyydxydyxdxyx
( ) ( ) ( )( ) dxyxx
yyxdydxyyxxyxdy .
34
232334
2
22
223
+
+−=⇒+−=+
3.14 – INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA DIFERENCIAL:
Seja ( )xfy = uma função definida e derivável num intervalo dos Reais, cujo gráfico é o da
figura abaixo:
Vamos considerar, ainda, uma reta tangente à curva no ponto ( )00
, yx , formando um ângulo α
com o sentido positivo do eixo das abscissas.
0
y
x
( )xfy =
y
x α
0y
reta tangente
0x 0
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Se atribuirmos à variável x um acréscimo xdx ∆= , com 0→∆x , em correspondência vamos
obter um acréscimo dy para y .
Do triângulo ABC, temos:
AB
BCtg =α
Mas: xdxAB ∆==
Logo: dx
BCtg =α
Porém, da Interpretação Geométrica da Derivada, sabemos que ( )xftg ′=α para todo x do
Domínio da função ( )xf onde ela é derivável.
Assim:
( ) ( ) dxxfBCdx
BCxf .′=⇒=′
Como, por definição, ( )xfdy ′= , teremos dyBC = .
CONCLUSÃO:
Numa função ( )xfy = , quando atribuímos à variável x um acréscimo dxx =∆ , vamos obter
em correspondência um acréscimo dy na ordenada da reta tangente à curva desta função em
cada ponto do seu Domínio.
0
y
x α
0x
0y
xx ∆+0
yy ∆+0
α A
B
C
x∆
dx
dy
y∆
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3.15 – DERIVADA DE FUNÇÕES PARAMÉTRICAS:
Chamamos de Paramétrica a toda função definida de modo que as variáveis independente ( )x
e dependente ( )y são escritas em função de uma terceira variável chamada de Parâmetro.
Vamos admitir, então, que a função ( )xfy = seja definida na forma paramétrica da seguinte
maneira: ( )( )
=
=
thx
tgy , onde t é o parâmetro, isto é, tanto x quanto y são funções de t .
As diferenciais dy e dx são, respectivamente:
( )dttgdy .′= e ( )dtthdx .′=
Dividindo dy por dx , teremos:
( )( )
( )( )thtg
dtth
dttg
dx
dy
′′
=′′
=.
. ⇒
Da mesma forma, se dividirmos dx por dy , obtemos:
( )( )
( )( )tgth
dttg
dtth
dy
dx
′′
=′′
=.
. ⇒
CONCLUSÃO:
Para derivar uma Função Paramétrica, basta derivar as variáveis dependente e independente
com relação ao parâmetro e dividir uma derivada pela outra.
EXEMPLOS:
01) Calcular dx
dy, sendo
=
+=
tx
tty
1
2
, com 0≠t .
dtdxdt
dy
dx
dy= ⇒
23
2
21
12tt
t
t
dx
dy−−=
−
+=
dtdxdt
dy
dx
dy=
dtdydt
dx
dy
dx=
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02) Calcule dy
dx, sabendo que
=
=
tbx
tay
2
2
cos
sen, onde *ℜ∈a e *ℜ∈b
dtdydt
dx
dy
dx= ⇒
( )a
b
dy
dx
tta
ttb
tta
ttb
dy
dx−=⇒
−=
−=
cossen2
cossen2
cos.sen2.
sen.cos2.
03) Calcule 2
2
dx
yd, sendo
=
=
θ
θθ
θ
sen.
cos.
ey
ex
θθθθ
θθθθ
θ
θθθ
θθ
sencos
cossen
sen.cos.
cos.sen.
−+
=⇒−
+=⇒=
dx
dy
ee
ee
dx
dy
ddxd
dy
dx
dy
Temos:
−+
=⇒
=θθθθ
sencos
cossen2
2
2
2
dx
d
dx
yd
dx
dy
dx
d
dx
yd
Porém, não podemos derivar com relação à variável x uma função definida na variável θ , que
é o parâmetro.
Portanto, para obtermos a derivada de segunda ordem, devemos fazer:
dx
d
dx
dy
d
d
dx
yd θθ
.2
2
=
Como
θ
θ
d
dxdx
d 1= , podemos escrever:
Igualmente, faríamos:
E assim, sucessivamente.
No nosso caso: θθθθ
θθθ θθ
sen.cos.
1.
sencos
cossen2
2
eed
d
dx
yd
−
−+
=
( ) ( )( ) ( )θθθθ
θθθθθ
sencos.
1.
sencos
cossensencos2
22
2
2
−−
++−=
edx
yd
( )32222
2
2
sencos.
coscos.sen2sensencos.sen2cos
θθθθθθθθθθ
θ −
++++−=
edx
yd
θθ
d
dxdx
dy
d
d
dx
yd 1.
2
2
=
θθ
d
dxdx
yd
d
d
dx
yd 1.
2
2
3
3
=
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Simplificando: ( )32
2
sencos.
2
θθθ −=edx
yd .
04) Calcule 2
2
dy
xd, sabendo que
−=
−=
ty
ttx
cos1
sen.
t
t
dy
dx
dtdydt
dx
dy
dx
sen
cos1−=⇒=
dt
dyt
t
dt
d
dy
xd
dy
dt
dy
dx
dt
d
dy
xd 1.
sen
cos1.
2
2
2
2
−=⇒
=
( )tt
ttt
dy
xd
sen
1.
sen
cos1.cossen2
2
2
2 −−=
t
t
dy
xd
t
ttt
dy
xd32
2
3
22
2
2
sen
cos1
sen
coscossen −=⇒
+−=
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CÁLCULO 1 – AULA 26
3.16 – REGRA DE L’HÔPITAL:
A Regra de L’Hôpital é uma aplicação imediata de derivadas na resolução de limites que
tenham indeterminações das formas 0
0 ou
∞∞
, conforme teremos oportunidade de demonstrar
nesta aula.
3.16.1 – Indeterminação da forma 0/0:
Sejam as funções ( )xf e ( )xg , deriváveis num intervalo ℜ⊂I e seja Ix ∈0
um ponto para o
qual se tem ( ) ( ) 000== xgxf .
Neste caso: ( )( )
( )( ) 0
0
0
0
lim0
==→ xg
xf
xg
xf
xx
(indeterminado)
Como, por hipótese, ( ) ( ) 000== xgxf , podemos escrever:
( )( )
( ) ( )( ) ( )
0
0
limlim00
xgxg
xfxf
xg
xf
xxxx −
−=
→→
Dividindo o numerador e o denominador por ( )0xx − , resulta:
( )( )
( ) ( )
( ) ( )0
0
0
0
limlim00
xx
xgxg
xx
xfxf
xg
xf
xxxx
−
−−
−
=→→
Separando os limites, teremos:
( )( )
( ) ( )
( ) ( )0
0
0
0
lim
lim
lim
0
0
0
xx
xgxg
xx
xfxf
xg
xf
xx
xx
xx
−
−−
−
=
→
→
→
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Como, por definição: ( ) ( ) ( )
0
0
0
lim0
xfxx
xfxf
xx
′=−
−
→
e ( ) ( ) ( )
0
0
0
lim0
xgxx
xgxg
xx
′=−
−
→
, podemos
concluir que:
EXEMPLOS:
01) 0
0sen
lim0
=→ x
x
x
(indeterminado)
Pela Regra de L’Hôpital:
11
1
1
0cos
1
cossen
limlim00
====→→
x
x
x
xx
02) 0
0
20
16
2
2
4
lim =−+
−
→ xx
x
x
(indeterminado)
Pela Regra de L’Hôpital:
9
8
12
2
20
16
limlim4
2
2
4
=+
=−+
−
→→ x
x
xx
x
xx
03) 0
0
lim =−−
→ ax
ax nn
ax
(indeterminado)
Pela Regra de L’Hôpital:
1
1
.1
.
limlim−
−
→→
==−− n
n
ax
nn
ax
anxn
ax
ax
04) 0
0
senlim
0
=− −
→ x
ee xx
x
(indeterminado)
Pela Regra de L’Hôpital:
21
11
cossenlimlim
00
=+
=+
=− −
→
−
→ x
ee
x
ee xx
x
xx
x
( )( )
( )( )
( )( )0
0
limlim00
xg
xf
xg
xf
xg
xf
xxxx ′
′=
′′
=→→
Regra de L’Hôpital
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3.16.2 – Indeterminação da forma 00/00:
Sejam as funções ( )xf e ( )xg , deriváveis num intervalo ℜ⊂I .
Vamos admitir ainda que ( ) ∞→0xf e que ( ) ∞→
0xg .
Neste caso: ( )( ) ∞
∞=
→ xg
xf
xxlim
0
(indeterminado)
Podemos, ainda, escrever:
( )( )
( )
( )0
0
1
1
limlim00
==→→
xf
xg
xg
xf
xxxx
(indeterminado)
Como há uma indeterminação da forma 0
0 no segundo limite, então podemos aplicar a ele a
Regra de L’Hôpital, ou seja:
( )( )
( ) ( )( )[ ]
( ) ( )( )[ ]
( )( )
( )( )[ ]( )( )[ ]2
2
2
2
limlimlimlim0000
.1.0
.1.0
xf
xf
xg
xg
xg
xf
xf
xfxf
xg
xgxg
xg
xf
xxxxxxxx′
−
′−
=⇒′−
′−
=→→→→
( )( )
( )[ ]( )[ ]
( )( )xfxg
xg
xf
xg
xf
xxxx ′′
=→→
.2
2
limlim00
( )( )
( )( )
( )( )
( )( )xfxg
xg
xf
xg
xf
xg
xf
xxxxxxxx ′′
=→→→→limlimlimlim
0000
..
( )( )
( )( )xgxf
xf
xg xx
xx
limlim
0
0
1
→
→
=
′′
Portanto, podemos escrever:
Isto é, a Regra de L’Hôpital é a mesma para os dois tipos de indeterminação.
( )( )
( )( )
( )( )0
0
limlim00
xg
xf
xg
xf
xg
xf
xxxx ′
′=
′′
=→→
Regra de L’Hôpital
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EXEMPLOS:
01) ( ) ∞
∞=
+∞→ 1ln
ln
limx
x
x
(indeterminado)
Pela Regra de L’Hôpital:
( )1
11
1
1
1
1
1ln
ln
limlimlimlim =
+=+
=
+
=+ ∞→∞→∞→∞→ xx
x
x
x
x
x
xxxx
02) ∞∞
=++
∞→3
32623
limx
xx
x
(indeterminado)
Pela Regra de L’Hôpital:
222
3
66623
limlimlim 2
2
3
32
=
+=+
=++
∞→∞→∞→ xx
xx
x
xx
xxx
03) Resolver x x
x
a+∞→
1lim , com 10 ≠> aea e 1≥x .
Temos: ( ) 0
1
11 limlim ∞=+=+∞→∞→
xx
x
x x
x
aa (indeterminado)
Percebemos que o limite em questão é indeterminado, porém não das formas 0
0 ou
∞∞
. Então,
aparentemente, não podemos aplicar a este limite a Regra de L’Hôpital.
No entanto, vamos tentar fazer uma modificação neste limite.
Chamando: ( )xxay1
1+= e tomando logaritmos nos dois membros, teremos:
( ) ( ) ( )x
aya
xyay
xx
xx +
=⇒+=⇒+=1ln
ln1ln.1
ln1lnln
1
Tomando limites para ∞→x :
( )∞∞
=+
=∞→∞→ x
ay
x
xx
1lnln limlim (indeterminado)
Aplicando a Regra de L’Hôpital no segundo limite, resulta:
∞∞
=+
=∞→∞→
x
x
xx a
aay
1
lnln limlim (indeterminado)
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Aplicando novamente L’Hôpital:
( )aaa
aa
aay x x
xx
x
xx
=+⇒==
∞→∞→∞→
1lnln
lnln limlimlim
2
OBSERVAÇÃO:
Uma vez que definimos a Regra de L’Hôpital, você pode voltar ao capítulo anterior e resolver
novamente os limites que foram propostos usando esta regra.
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CÁLCULO 1 – AULA 27
3.17 – CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO DE FUNÇÕES:
3.17.1 – Funções Crescentes e Decrescentes:
Neste item procuraremos empregar o conceito de derivadas para identificar funções
crescentes ou decrescentes.
Porém, é necessário primeiramente definir Função Crescente e Função Decrescente.
Seja a função definida pela lei ( )xfy = , que seja contínua num intervalo ℜ⊂I e seja 0x um
ponto desse intervalo.
Então definimos:
A – Função Crescente:
Para todo ( ) ( )( ) ( )
>⇒>
<⇒<∈
00
00:
xfxfxxse
xfxfxxseIx , então dizemos que a função é crescente neste
intervalo.
Graficamente:
y
x 0 x 0
x x
( )xf
( )0xf
( )xf
( )xfy =
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B – Função Decrescente:
Para todo ( ) ( )( ) ( )
<⇒>
>⇒<∈
00
00:
xfxfxxse
xfxfxxseIx , então dizemos que a função é decrescente neste
intervalo.
Graficamente:
3.17.2 – Intervalos de Crescimento e Decrescimento de Funções:
Podemos identificar os intervalos de crescimento e decrescimento de uma função definida
pela lei ( )xfy = simplesmente analisando os sinais de sua derivada ( )xf ′ .
Seja ( )xfy = uma função crescente num intervalo ℜ⊂I e vamos tomar retas tangentes à
curva dessa função em pontos variados deste intervalo.
y
x 0 x 0
x x
( )xf
( )0xf
( )xf
( )xfy =
y
x 0
α α α
( )xfy =
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Neste caso, percebemos que
∈2,0π
α e 0>αtg .
Vamos, agora, repetir este procedimento, considerando que a função ( )xfy = seja
decrescente num intervalo ℜ⊂I .
Neste caso, percebemos que
∈ ππ
α ,2
e 0<αtg .
De acordo com a Interpretação Geométrica da Derivada, ( ) αtgxf =′ para todo ponto x do
Domínio da função onde ela é derivável.
Portanto, para um intervalo ℜ⊂I onde a função é contínua, podemos concluir que:
Assim, para identificarmos os intervalos de crescimento ou decrescimento de uma função
( )xf , basta estudarmos os sinais de sua derivada ( )xf ′ .
EXEMPLOS:
01) Identificar os intervalos de crescimento e decrescimento da função ( ) 762
5
3
23
−+−= xxx
xf .
y
0 x
α α α
( )xfy =
( ) ( )( ) ( ) IemedecrescentéxfentãoIemxfSe
IemcrescenteéxfentãoIemxfSe
,0
,0
<′
>′
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Temos: ( ) 652 +−=′ xxxf
Como a derivada é um polinômio de 2o grau e devemos estudar os seus sinais, vamos
primeiramente achar as suas raízes.
Para 0652 =+− xx temos 2=x ou 3=x .
Estudo de Sinais:
Concluímos que:
• ( )xf é crescente para 2<x ou 3>x ;
• ( )xf é decrescente para 32 << x .
02) Estudar os intervalos de crescimento e decrescimento da função ( ) 1249223 +−−= xxxxf .
Temos: ( ) 241862 −−=′ xxxf
Resolvendo a equação ( ) 0=′ xf , temos as raízes: 1−=x e 4=x .
Estudo de Sinais:
Concluímos que:
• ( )xf é crescente para 1−<x ou 4>x ;
• ( )xf é decrescente para 41 <<− x .
03) Estude a função ( )3
3
−+
=x
xxf quanto ao seu crescimento ou decrescimento.
Temos: ( ) ( ) ( )( )
( )( )22
3
6
3
3.13.1
−
−=′⇒
−
+−−=′
xxf
x
xxxf
Estudo de Sinais:
+++++++−−−−−−−−−++++++
2 3 x ( )xf ′
+++++++−−−−−−−−−++++++
1− 4 x ( )xf ′
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
+++++++++++++ +++++++++++
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
3
3
x
x
x
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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Percebemos que a derivada ( )xf ′ é negativa para todos os pontos do Domínio desta função.
Portanto, a função dada é estritamente decrescente (ou monótona) no seu domínio.
3.18 – MÁXIMOS E MÍNIMOS RELATIVOS:
3.18.1 – Definições:
Seja ( )xfy = uma função contínua num intervalo ℜ⊂I e seja Ix ∈0
.
Então definimos:
A – Máximo Relativo:
A função ( )xfy = tem Máximo Relativo no ponto 0x se ( ) ( )
0xfxf < para todo x nas
vizinhanças de 0x .
Graficamente:
0x = ponto de Máximo Relativo
( )0xf = Máximo Relativo
y
x 0 x
0x x
( )0xf
( )xf
( )xfy =
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B – Mínimo Relativo:
A função ( )xfy = tem Mínimo Relativo no ponto 0x se ( ) ( )
0xfxf > para todo x nas
vizinhanças de 0x .
Graficamente:
0x = ponto de Mínimo Relativo
( )0xf = Mínimo Relativo
Observação:
Os pontos de Máximo ou Mínimo Relativos são chamados de extremantes e os valores
Máximo e Mínimo Relativos são chamados de extremos.
0x = Extremante
( )0xf = Extremo
EXEMPLO: 7249223 +−−= xxxy
y
0 x 0x x
( )0xf
( )xf
x
( )xfy =
y
x 0 1−
20
4
105−
7249223 +−−= xxxy
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Conclusões:
1−=x ⇒ Ponto de Máximo Relativo 20=y ⇒ Máximo Relativo
4=x ⇒ Ponto de Mínimo Relativo 105−=y ⇒ Mínimo Relativo
3.18.2 – Teorema de Fermat:
O Teorema de Fermat é importante para o estudo de Máximos e Mínimos Relativos, porque
ele é o primeiro passo que se deve dar para a determinação dos extremantes de uma função,
quando eles existem.
Este Teorema afirma que:
“Se 0x é extremante de uma função ( )xf e se existe ( )
0xf ′ , então ( ) 0
0=′ xf .”
Demonstração:
Conforme é do nosso conhecimento, todo Teorema é composto de Hipóteses e Teses. As
Hipóteses são as afirmações que são feitas e consideradas verdadeiras. Tese é aquilo que se
quer provar a partir das Hipóteses.
No nosso caso, as Hipóteses são:
• 0x é extremante da função ( )xf (ponto de Máximo ou Mínimo Relativo);
• ( )0xf ′ existe
Nestas condições, a Tese a ser provada é que ( ) 00=′ xf .
Vamos admitir que ( )0xf ′ fosse diferente de zero.
Desta forma, temos dois casos a considerar:
1o Caso: ( ) 00>′ xf
Se ( ) 00>′ xf então, por definição, a função ( )xfy = é crescente nas vizinhanças de
0x .
Neste caso, podemos admitir dois valores 1x e
2x nas vizinhanças do ponto
0x , de modo que
se tenha: ( ) ( ) ( )201201xfxfxfxxx <<⇒<< .
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Como ( ) ( )01xfxf < e ( ) ( )
02xfxf > então não podemos afirmar que
0x seja extremante da
função ( )xfy = .
Logo, ( )0xf ′ não pode se maior que zero.
2o Caso: ( ) 00<′ xf
Se ( ) 00<′ xf então, por definição, a função ( )xfy = é decrescente nas vizinhanças de
0x .
Neste caso, podemos admitir dois valores 1x e
2x nas vizinhanças do ponto
0x , de modo que
se tenha: ( ) ( ) ( )201201xfxfxfxxx >>⇒<< .
Como ( ) ( )01xfxf > e ( ) ( )
02xfxf < então não podemos afirmar que
0x seja extremante da
função ( )xfy = .
Logo, ( )0xf ′ não pode se menor que zero.
Concluímos, finalmente, que ( )0xf ′ só pode ser igual a zero.
EXEMPLO:
Na aula anterior mostramos que a função definida por ( ) 7249223 +−−= xxxxf tinha como
extremantes os valores 1−=x (ponto de Máximo Relativo) e 4=x (ponto de Mínimo Relativo).
Temos: ( ) 241862 −−=′ xxxf
Para ( ) ( ) 012418611 =−′⇒−+=−′⇒−= ffx
Para ( ) ( ) 0424729644 =′⇒−−=′⇒= ffx
Observações:
O1: O Teorema de Fermat afirma que uma condição necessária para que 0x seja extremante
de uma função ( )xf é que ( ) 00=′ xf .
Porém, esta condição não é suficiente, ou seja, o fato de se ter ( ) 00=′ xf não implica,
necessariamente, que 0x é um extremante da função.
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Consideremos, por exemplo, a função ( ) 3xxf = .
Temos: ( ) 23xxf =′
Para ( ) 000 =′⇒= fx
Observamos que a derivada é nula quando 0=x .
Entretanto, para ( ) 00 >′⇒< xfx e para ( ) 00 >′⇒> xfx .
Isto significa que a função é crescente nas vizinhanças do ponto 0=x , o que caracteriza
que este ponto não pode ser extremante da função.
Graficamente:
Percebemos que a função é estritamente crescente, portanto não possui Máximo e nem
Mínimo Relativos.
O ponto 0=x , neste caso em particular, recebe o nome de Ponto de Inflexão Horizontal da
função, isto é, ponto em que a curva muda de concavidade.
O2: Os pontos em que se tem ( ) 0=′ xf são chamados de Pontos Críticos da função e são os
possíveis pontos de Máximo ou Mínimo Relativos dessa função.
y
0 x
( ) 3xxf =
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CÁLCULO 1 – AULA 28
3.18.3 – DETERMINAÇÃO DOS EXTREMANTES: 1a REGRA:
A determinação dos extremantes de uma função, quando existem, pode ser feita de duas
maneiras, ou pelo uso de duas regras distintas. Vejamos primeira delas.
Seja ( )xfy = uma função contínua e derivável num intervalo ℜ⊂I e seja Ix ∈0
.
Vamos admitir, ainda, que ( ) 00=′ xf .
Neste caso, 0x é um Ponto Crítico da função e um provável Extremante (Ponto de Máximo ou
Mínimo Relativo) dessa função.
Vamos estudar os sinais da derivada ( )xf ′ nas vizinhanças do ponto 0x , nos casos em que
esse ponto seja de Máximo ou de Mínimo Relativo:
A) MÁXIMO RELATIVO:
B) MÍNIMO RELATIVO:
y
x 0x
( )xfy =
y
x 0x
( )xfy =
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Analisando as figuras acima, percebemos que:
• se 0x é Ponto de Máximo Relativo, então
( )( )
><′
<>′
0
0
0
0
xxparaxf
xxparaxf. Em outras palavras, a
função ( )xf é Crescente à esquerda de 0x e Decrescente à direita de
0x .
• se 0x é Ponto de Mínimo Relativo, então
( )( )
>>′
<<′
0
0
0
0
xxparaxf
xxparaxf. Em outras palavras, a
função ( )xf é Decrescente à esquerda de 0x e Crescente à direita de
0x .
Com estas observações, podemos definir a 1a Regra para a determinação de extremantes da
seguinte forma:
1o Passo: identificar os Pontos Críticos 0x , isto é, resolver a equação ( ) 0=′ xf ;
2o Passo: estudar os sinais de ( )xf ′ à esquerda e à direita de 0x , e concluir:
• se ( )xf ′ mudar de sinais ⊕ para Θ ao passar por 0x , então
0x será Ponto de Máximo
Relativo da função;
• se ( )xf ′ mudar de sinais Θ para ⊕ ao passar por 0x , então
0x será Ponto de Mínimo
Relativo da função;
• se ( )xf ′ não mudar de sinais ao passar por 0x , então
0x será Ponto de Inflexão
Horizontal da função;
EXEMPLOS:
01) Determinar os extremos da função ( )x
xxf1
4 += .
a) Pontos Críticos:
Devemos ter ( ) 0=′ xf
( ) ( )2
2
2
1414
x
xxf
xxf
−=′⇒−=′
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Assim: 2
1
4
1014
22 ±=⇒=⇒=− xxx
Portanto, são Pontos Críticos: 2
1=x e
2
1−=x
b) Estudo dos sinais da derivada:
Como a derivada ( )xf ′ é um quociente de funções, então devemos estudar os sinais do
numerador e do denominador e fazer a interseção.
Conclusões:
• 2
1−=x é ponto de Máximo Relativo ( )−→+
• Para 2
1−=x , temos 4
2
1−=
−f (Máximo Relativo)
• 2
1=x é ponto de Mínimo Relativo ( )+→−
• Para 2
1=x , temos 4
2
1=
f (Mínimo Relativo)
Observação: No ponto 0=x , embora não exista a derivada, temos uma Inflexão Vertical.
02) A derivada da função ( )xfy = é: ( ) ( )( ) ( ) ( )4324.3.2.1 −−−−=′ xxxxxf .
Determinar os extremantes e os pontos de inflexão horizontal dessa função.
a) Pontos Críticos:
Devemos ter ( ) 0=′ xf
++++++−−−−−−−−+++++
+++++++++++++++++++++++
+−−+
2
1−
2
1
0
2
1−
0
2
1
x
x
x
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No nosso caso: ( )( ) ( ) ( ) 04.3.2.1432 =−−−− xxxx .
Os pontos Críticos serão: 1=x , 2=x , 3=x e 4=x
b) Estudo dos sinais da derivada:
Como a derivada ( )xf ′ é um produto de funções, então devemos estudar os sinais de cada
fator e fazer a interseção.
Conclusões:
• 1=x é ponto de Máximo Relativo ( )−→+
• 2=x é ponto de Inflexão ( )−→−
• 3=x é ponto de Mínimo Relativo ( )+→−
• 4=x é ponto de Inflexão ( )+→+
03) Determinar os pontos de Máximo Relativo, Mínimo Relativo e Inflexão Horizontal da função
definida por 3 326 xxy −= .
a) Pontos Críticos:
Devemos ter ( ) 0=′ xf ou 0=dx
dy
No nosso caso: ( )31
326 xxy −=
++++++++++++++++++++++++−−−−−−
+++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++−−−−−−−−−−−−−−−−−
++++++++++++++++++++++++++++++
+ _ _ + +
1
2
3
4
1 2 3 4
x
x
x
x
x
1−x
( )22−x
( )33−x
( )44−x
( )xf ′
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( ) ( )( )3
232
2
23
232
6
4312.6.
3
1
xx
xx
dx
dyxxxx
dx
dy
−
−=⇒−−=
−
Para 0=dx
dy, teremos 04
2 =− xx .
Portanto, os Pontos Críticos serão: 0=x e 4=x
Porém, observamos que a derivada não é definida quando o denominador é igual a zero, isto
é, devemos ter: 600632 ≠≠⇒≠− xexxx .
Ainda assim, vamos fazer o estudo dos sinais de dx
dy.
b) Estudo dos sinais da derivada:
Conclusões:
Percebemos que, embora a derivada não seja definida para 0=x , o Domínio da função é
Real, isto é, a função é definida em 0=x .
Observamos também que a derivada muda de sinais ao passar por 0=x .
Neste caso, podemos afirmar que 0=x é extremante.
Assim:
• 0=x é ponto de Mínimo Relativo ( )+→− ;
• 4=x é ponto de Máximo Relativo ( )−→+ ;
• 6=x é ponto de Inflexão.
.Num
.Den
dx
dy
x
x
x
0
0
0
4
4
6
6
−−−−−−−−−−−++++++++−−−−−−−−
++++++++++++++++++++++++++++
+ _ _ _
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Graficamente:
3.18.4 – DETERMINAÇÃO DOS EXTREMANTES: 2a REGRA:
A segunda regra para a identificação dos extremantes de uma função, ao invés de estudar os
sinais da derivada primeira, estuda o sinal da derivada segunda nos Pontos Críticos.
Sejam ( )xf , ( )xf ′ e ( )xf ′′ funções contínuas e deriváveis num intervalo ℜ⊂I e seja o ponto
Ix ∈0
.
Podemos demonstrar que:
A) Se 0x é Ponto Crítico da função, isto é, se ( ) 0
0=′ xf e ( ) 0
0>′′ xf , então
0x é ponto de
Mínimo Relativo;
B) Se 0x é Ponto Crítico da função, isto é, se ( ) 0
0=′ xf e ( ) 0
0<′′ xf , então
0x é ponto de
Máximo Relativo;
DEMONSTRAÇÃO:
PARTE A:
Se ( ) 00>′′ xf , então existe uma vizinhança de
0x na qual a função é crescente.
y
x 0 4 6
2+−= xy
3 326 xxy −=
.Máx
.Mín
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Neste caso: ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )
>′⇒′>′⇒>
<′⇒′<′⇒<
0
0
00
00
xfxfxfxxse
xfxfxfxxse.
Isto significa que ( )xf ′ muda de sinais Θ para ⊕ ao passar por 0x .
Então, 0x é Ponto de Mínimo Relativo da função ( )xf .
PARTE B:
Se ( ) 00<′′ xf , então existe uma vizinhança de
0x na qual a função é decrescente.
Neste caso: ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )
<′⇒′<′⇒>
>′⇒′>′⇒<
0
0
00
00
xfxfxfxxse
xfxfxfxxse.
Isto significa que ( )xf ′ muda de sinais ⊕ para Θ ao passar por 0x .
Então, 0x é Ponto de Máximo Relativo da função ( )xf .
EXEMPLOS:
01) Determinar os extremos da função ( )x
xxf1
4 += .
a) Pontos Críticos:
Devemos ter ( ) 0=′ xf
( ) ( )2
2
2
1414
x
xxf
xxf
−=′⇒−=′
Assim: 2
1
4
1014
22 ±=⇒=⇒=− xxx
Portanto, são Pontos Críticos: 2
1=x e
2
1−=x
b) Sinal da Derivada Segunda:
Temos: ( )3
2
xxf =′′ .
•
•
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• Para 2
1−=x , obtemos 16
8
1
2
2
1−=
−=
−′′f . Portanto 2
1−=x é Ponto de Máximo
Relativo da função.
• Para 2
1=x , obtemos 16
8
1
2
2
1==
′′f . Portanto 2
1=x é Ponto de Mínimo Relativo da
função.
02) Encontrar os extremantes da função ( ) 133 +−= xxxf
a) Pontos Críticos:
Devemos ter ( ) 0=′ xf .
Temos: ( ) 1103333222 ±=⇒=⇒=−⇒−=′ xxxxxf
Portanto, os pontos críticos são 1−=x e 1=x .
b) Sinal da Derivada Segunda:
Temos: ( ) xxf 6=′′ .
• Para 1−=x , tem-se ( ) 61 −=−′′f (menor que zero). Portanto, 1−=x é Ponto de Máximo
Relativo da função.
• Para 1=x , tem-se ( ) 61 =′′f (maior que zero). Portanto, 1=x é Ponto de Mínimo Relativo
da função.
03) Determinar valores para a e b, de modo que a função ( ) baxxxf ++= 232 tenha Máximo
Relativo no ponto ( )2,1−P .
Devemos ter ( ) 01 =−′f , ou seja, 1−=x deve ser Ponto Crítico.
( ) ( ) ( ) ( ) 32601.21.612622 =⇒−=⇒−+−=−′⇒+=′ aaafaxxxf
No ponto ( )2,1−P , temos: ( ) ( ) 11.31.2223 =⇒+−+−= bb
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Verificação:
Para 3=a e 1=b temos ( ) ( ) xxxfxxxf 66132223 +=′⇒++=
a) Pontos Críticos:
Fazendo ( ) 0=′ xf , resulta: 100662 −==⇒=+ xouxxx (Pontos Críticos)
Por outro lado: ( ) 612 +=′′ xxf
Para 1−=x , temos ( ) 61 −=−′′f .
Como ( ) 01 <−′′f , então 1−=x é Ponto de Máximo Relativo da função.
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CÁLCULO 1 – AULA 29
3.19 – APLICAÇÕES GEOMÉTRICAS DE MÁXIMOS E MÍNIMOS:
Nas aulas anteriores aprendemos como determinar os pontos de Máximo e Mínimo Relativos
de uma função ( )xfy = .
Neste item, faremos algumas aplicações desses conceitos na resolução de problemas
geométricos. A resolução destes problemas pode ser muito útil no futuro.
Para resolve-los, procedemos da seguinte maneira:
• identificamos primeiramente a grandeza existente no problema, da qual queremos
conhecer o Máximo ou o Mínimo;
• escrevemos esta grandeza em função de uma das outras grandezas envolvidas no
problema. Em outras palavras, devemos obter uma função da forma ( )xfy = ;
• obtemos os Pontos Críticos, isto é, resolvemos a equação ( ) 0=′ xf ;
• aplicamos a 1a ou a 2a Regra para identificar cada Ponto Crítico obtido.
OBSERVAÇÃO:
A maioria das aplicações práticas trata de problemas bem determinados, isto é, problemas
onde só faz sentido a existência de um Máximo ou de um Mínimo.
Nesses casos, a simples determinação dos Pontos Críticos já é suficiente para a resolução do
nosso problema.
EXEMPLOS:
01) Deseja-se construir um reservatório cilíndrico com tampa para armazenar um volume de
3250 mπ . Quais devem ser o raio e a altura desse reservatório para que o consumo de
material usado na sua construção seja mínimo?
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Do enunciado do problema, podemos interpretar que a grandeza da qual se deseja conhecer o
mínimo é a Área Total do reservatório cilíndrico.
O reservatório do problema tem a forma da figura abaixo:
Volume: hRV 2π= (1)
Área Total: RhRS ππ 22 2 += (2)
Como queremos determinar o Mínimo da área total S , então devemos escrever esta grandeza
em função de uma das outras grandezas do problema, no caso R ou h .
De (1), temos: 2R
Vh
π=
Em (2): R
VRS
R
VRRS
22.22 2
2
2 +=⇒+= ππ
ππ
Na expressão acima, obtivemos a grandeza S (área total) em função do raio R , isto é,
encontramos a função ( )RfS =
Para a determinação dos Pontos Críticos, devemos fazer 0=dR
dS.
2
3
2
2424
R
VR
dR
dS
R
VR
dR
dS −=⇒−=
ππ
Para 0=dR
dS, resulta 3
33
22024
πππ
VR
VRVR =⇒=⇒=−
O valor obtido acima é o único Ponto Crítico da função. Portanto, ele já corresponde ao Ponto
de Mínimo procurado. Isto porque o problema em questão é bem determinado, ou seja, não faz
sentido procurar neste problema o máximo relativo.
R
h
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Entretanto, podemos comprovar esta conclusão verificando se o Ponto Crítico obtido
corresponde a Máximo ou Mínimo Relativo, usando a primeira ou a segunda regra.
Vamos usar, neste caso, a segunda regra, isto é, vamos estudar o sinal da derivada segunda
no Ponto Crítico.
Temos: 32
2 44
R
V
dR
Sd+= π
Para ππ
π
π
ππ
128
4
2
44
2 2
2
2
2
2
2
3 =⇒+=⇒+=⇒=dR
Sd
V
V
dR
Sd
V
V
dR
SdVR
Como 02
2
>dR
Sd, o valor 3
2πV
R = corresponde ao ponto de Mínimo da função.
Assim, teremos mhR
VhemRR 10
25
2505125
2
2502
33 =⇒===⇒==ππ
πππ
02) Dentre todos os retângulos de mesmo perímetro, qual é o de maior área?
Consideremos um retângulo de base x e altura y , como o da figura abaixo:
Temos:
xyS = (área) (1)
yxP 22 += (perímetro) (2)
De (2): xP
y −=2
Em (1): 2
22. x
PxSx
PxS −=⇒
−= , isto é, ( )xfS =
Devemos ter: 0=dx
dS e x
P
dx
dS2
2−=
x
y
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Portanto: 4
022
Pxx
P=⇒=− (Ponto Crítico)
Tal como ocorreu no problema anterior, a simples determinação do Ponto Crítico já é
suficiente para respondermos ao problema. Ou seja, o valor 4
Px = já corresponde ao Máximo
Relativo.
Entretanto, vamos fazer a verificação usando a 2a regra, isto é, vamos estudar o sinal da
segunda derivada no Ponto Crítico.
Temos: 022
2
2
2
<⇒−=dx
Sd
dx
Sd para todo valor de x .
Então, 4
Px = é Ponto de Máximo Relativo da função.
Para 4
Px = , tem-se
442
Py
PPy =⇒−= .
Portanto, nas condições impostas pelo problema, concluímos que o retângulo de área máxima
é o quadrado de lados medindo 4
P.
03) Qual é a altura do cilindro circular reto de maior volume que pode ser inscrito numa esfera de
raio mR 3= ?
Temos: ⇒= 3R Raio da esfera
r = raio do cilindro
h= altura do cilindro
R
r2
h R2
r2
h
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⇒= hrV 2π Volume do cilindro (1)
Do triângulo retângulo:
4341244
2222222 hrhrhrR −=⇒+=⇒+= (2)
Substituindo (2) em (1):
( )hfVh
hVh
hV =⇒−=⇒
−=
43
43
32 πππ
Devemos ter 0=dh
dV.
4
312
4
33
22 hh
dh
dV ππππ
−=−=
mhhh 240312 22 =⇒=⇒=− ππ
O único Ponto Crítico compatível com o problema é 2=h . Portanto, esta deve ser a altura do
cilindro inscrito na esfera e que tenha volume máximo.
Para verificar, podemos utilizar a segunda regra, isto é, estudar o sinal da derivada segunda
no Ponto Crítico.
Temos: 2
3
4
62
2 hh
dh
Vd ππ−=−=
Para mh 2= , encontramos: π32
2
−=dh
Vd.
Portanto, como a derivada segunda no Ponto Crítico é negativa, este ponto é de Máximo
Relativo.
3.20 – OUTRAS APLICAÇÕES DE MÁXIMOS E MÍNIMOS:
No item anterior aprendemos como determinar os pontos de Máximo e Mínimo Relativos
aplicados a problemas geométricos.
Neste item faremos aplicações desses conceitos a problemas físicos e outros problemas em
geral, sempre adotando o mesmo procedimento que usamos para problemas geométricos.
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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Ou seja, inicialmente escrevemos a grandeza da qual queremos conhecer o Máximo ou o
Mínimo Relativo em função de qualquer outra grandeza do problema e depois resolvemos
normalmente, como fazemos com uma função.
EXEMPLOS:
01) O Momento Fletor M de uma viga, à distância x de uma extremidade, é dado pela equação
( )xlqxM −=2
1, onde q é a carga por unidade de comprimento e l é o comprimento da viga.
Achar o Momento Fletor Máximo dessa viga.
Como q e l são constantes, temos ( )xfM = .
Para a determinação do Momento Fletor Máximo, devemos obter primeiramente o(s) ponto(s)
crítico(s) da função, isto é, as raízes da equação 0=dx
dM.
Temos: qxql
dx
dMqxqlxM −=⇒−=
222
2
Portanto: 22
02
lx
qlqxqx
ql=⇒=⇒=−
O Ponto Crítico obtido é 2
lx = que, provavelmente, é o valor procurado.
Entretanto, podemos verificar estudando o sinal da derivada segunda.
Assim: qdx
Md−=
2
2
, ou seja, a derivada segunda é negativa para todo valor de x .
Portanto, o valor encontrado como Ponto Crítico é de Máximo Relativo.
O Momento Fletor máximo será:
82.2.
2
1 2qlM
ll
lqM máxmáx =⇒
−=.
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02) A potência W transmitida por uma correia é dada pela fórmula
−=
g
PvTvkW
2
, onde 0>k é
um coeficiente de proporcionalidade, T a temperatura máxima admissível pra a correia, P o
peso por unidade de comprimento, g a aceleração da gravidade e v a velocidade.
Achar a velocidade que corresponde à potência máxima.
Temos: g
kPvkTvW
2
−=
g
kPvkT
dv
dW 2−=
Pontos Críticos:
Devemos ter: 0=dv
dW
Assim: P
gTvkT
g
kPv
g
kPvkT
2
20
2=⇒=⇒=−
Para verificar se P
gTv
2= realmente é Ponto de Máximo, vamos estudar o sinal de
2
2
dv
Wd neste
ponto.
Temos: g
kP
dv
Wd 22
2
−=
Como a derivada segunda é negativa para qualquer valor de v , então o valor obtido P
gTv
2= é
a velocidade que corresponde à potência máxima.
03) Dadas 10=n pilhas de f.e.m. (Força Eletromotriz) 2,1=e volts e resistência interna Ω= 2r ,
dispô-las em agrupamento misto, de modo que ligando-as a uma resistência externa de
Ω= 5R a corrente seja máxima.
OBS: num agrupamento misto, a corrente é dada pela fórmula
Rn
rx
exI
+
=2
, onde x é o número
de elementos em série.
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Como o problema nos forneceu os valores de nRre ,,, , então temos ( )xfI = , isto é, a
corrente I é função apenas do número de elementos em série x .
Queremos determinar exatamente o valor de x para que a corrente seja máxima.
Portanto, devemos ter 0=dx
dI.
Temos: 25
6
502
12
510
2
2,1222 +
=⇒+
=⇒
+
=x
xI
x
xI
x
xI
( )( ) ( )22
2
22
2
25
6150
25
2.6256
+
−=⇒
+
−+=
x
x
dx
dI
x
xxx
dx
dI
Para 0=dx
dI, resulta:
−=
=⇒=⇒=−
)(5
52506150 22
convémnãox
xxx
Portanto, 5=x é Ponto Crítico.
Para verificar se este ponto corresponde a Máximo ou Mínimo Relativo, vamos aplicar a Regra
da Derivada Segunda.
( ) ( ) ( )( )42
2222
2
2
25
2.25.2.615025.12
+
+−−+−=
x
xxxxx
dx
Id
Dividindo o numerador e o denominador por ( )252 +x , encontramos:
( ) ( )( )32
22
2
2
25
6150.425.12
+
−−+−=
x
xxxx
dx
Id
( ) ( )32
3
2
2
32
33
2
2
25
90012
25
2460030012
+
−=⇒
+
+−−−=
x
xx
dx
Id
x
xxxx
dx
Id
Para 5=x , obtemos:
( ) 125
3
125000
3000
125000
45001500
2525
5.900125.122
2
32
2 −=
−=
−=⇒
+
−=
dx
Id
dx
Id
Como 02
2
<dx
Id, então 5=x elementos em série produzirão corrente máxima.
Esta máxima corrente será: ampéresIII máxmáxmáx 6,050
30
255
5.62
=⇒=⇒+
=
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04) Sabe-se que a intensidade de iluminação varia na razão inversa do quadrado da distância da
fonte luminosa. Duas lâmpadas de 64 e 125 watts, respectivamente, estão a 180 cm uma da
outra. Achar o ponto entre as duas lâmpadas em que a iluminação é mínima.
Chamando de I a intensidade de iluminação no ponto P , e obedecendo às condições dadas
pelo enunciado do problema, teremos ( )22180
12564
x
k
x
kI
−+= , onde teconsk tan= e 0>k .
Para obter o(s) ponto(s) crítico(s) devemos ter 0=dx
dI.
( ) ( )( )( )4
2
4
2
180
1.180.2.125180.02.64.0
x
xkx
x
xkx
dx
dI
−
−−−−+
−=
( )33180
250128
x
k
x
k
dx
dI
−+
−=
Para ( ) k
k
x
x
x
k
x
k
dx
dI
128
250180
180
2501280
3
33=
−⇒
−=⇒=
807209547204
5180
4
5
64
12518033
=⇒=⇒=−⇒=−
⇒
==
−xxxx
x
x
x
x
Portanto, 80=x representa o Ponto Crítico para este problema.
Vamos verificar se ele realmente é ponto de Mínimo, aplicando a Regra da Derivada Segunda
( )442
2
180
750384
x
k
x
k
dx
Id
−+= (VERIFIQUE)
Para 80=x , temos 02
2
>dx
Id.
Portanto, o ponto em que a iluminação é mínima está situado a mx 80= da lâmpada de
potência menor.
641 =F P 1252 =F
x−180 x
180
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CÁLCULO 1 – AULA 30
3.21 - CONCAVIDADE DE UMA FUNÇÃO:
3.21.1 – Definições:
Consideremos o gráfico de uma função ( )xfy = , contínua e derivável num intervalo aberto
( ) ℜ⊂ba, . Então definimos:
A) a curva de ( )xfy = tem a concavidade voltada para baixo nesse intervalo se todos os seus
pontos se encontram abaixo da reta tangente traçada por qualquer ponto ( )bax ,0 ∈ .
Graficamente:
Se ( )
=
=
gentedaordenaday
curvadaordenadaxf
tan , então ( ) 0<− yxf
B) a curva tem a concavidade voltada para cima nesse intervalo se todos os seus pontos se
encontram acima da reta tangente traçada por qualquer ponto ( )bax ,0 ∈ .
y
x 0 a
0x x b
y
( )xf
( )xfy =
tangente
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Graficamente:
Se ( )
=
=
gentedaordenaday
curvadaordenadaxf
tan , então ( ) 0>− yxf
3.21.2 – Teorema:
Vamos admitir que a derivada segunda ( )xf ′′ seja definida no intervalo ( )ba, . Neste caso:
A) se ( ) 0>′′ xf , então a curva tem a concavidade voltada para cima nesse intervalo;
B) se ( ) 0<′′ xf , então a curva tem a concavidade voltada para baixo nesse intervalo.
DEMONSTRAÇÃO DA PARTE (A):
Demonstraremos apenas a parte (A) do Teorema, uma vez que a demonstração da parte (B) é
semelhante.
Seja ( )bax ,0 ∈ .
A reta tangente à curva pelo ponto 0x é dada pela equação:
( ) ( )( )000 . xxxfxfy −′=− ou ( ) ( )( )000 . xxxfxfy −′+=
Da figura imediatamente anterior, observamos que a cada ponto ( )bax ,∈ podemos associar a
diferença entre as ordenadas da curva e da reta tangente, isto é, ( )xf e y , respectivamente.
Chamando esta diferença de ( )xF , temos:
( ) ( ) yxfxF −= ou ( ) ( ) ( ) ( )( )000 . xxxfxfxfxF −′−−=
y
x
( )xf
y
a 0x x b
tangente
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Esta função ( )xF é tal que:
(a) ( ) ( ) 000 =−= yxfxF , pois em 0xx = temos ( ) yxf =0
;
(b) ( ) 00 =′ xF , pois ( ) ( ) ( )00 xfxfxF ′−−′=′ ;
Para ( ) ( ) ( ) 00000 =′−′=′⇒= xfxfxFxx
(c) ( ) 00 >′′ xF , pois ( ) ( )xfxF ′′=′′ e, por hipótese, ( ) 0>′′ xf .
Podemos então concluir que a função ( )xF tem um Mínimo Relativo em 0xx = .
Logo: ( ) 0>xF para todo ( ) 0, xxebax ≠∈ .
Como ( ) ( ) yxfxF −= , então ( ) 0>− yxf e, por definição, a curva tem a concavidade voltada
para cima no intervalo ( )ba, .
3.22 – Pontos de Inflexão:
Dizemos que um ponto ( )00 , yxP é Ponto de Inflexão da função ( )xfy = se, neste ponto, a
curva da função muda de concavidade.
No ponto de Inflexão a reta tangente intercepta a curva da função.
Podemos ter três tipos de Inflexão:
A) INFLEXÃO HORIZONTAL:
Neste caso, a reta tangente é paralela ao eixo x .
y
x
( )xfy =
tangente
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B) INFLEXÃO VERTICAL:
Neste caso, a reta tangente é perpendicular ao eixo x .
C) INFLEXÃO OBLÍQUA:
Neste caso, a reta tangente é oblíqua ao eixo x .
Se ( ) 00 =′′ xf ou ( )0xf ′′ não existir e se ( )xf ′′ muda de sinais ao passar por 0x , então 0x será
um Ponto de Inflexão da função.
Além disso, se tivermos ( ) 00 =′ xf então 0x é Ponto de Inflexão Horizontal e se ( ) ∞→′0xf ,
então 0x á Ponto de Inflexão Vertical.
y
x
( )xfy =
tangente
y
x
( )xfy =
tangente
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EXEMPLOS;
01) Determinar os intervalos de concavidade da função ( ) 162 −+−= xxxf .
Temos: ( ) 62 +−=′ xxf e ( ) 2−=′′ xf
Como ( ) 0<′′ xf para todo ℜ∈x , concluímos que a função dada tem a concavidade voltada
para baixo em todo o seu Domínio.
OBSERVAÇÃO: Independentemente de termos estudado os sinais da derivada segunda, já
era sabido que o gráfico desta função tem sempre a concavidade voltada para baixo, uma vez que
se trata de uma função quadrática da forma cbxaxy ++= 2 , com 0<a .
02) Determinar os intervalos de concavidade da função ( ) 2xexf −= .
Temos: ( ) 2
.2xexxf −−=′
( ) ( ) ( ) ( ) ( )2
222 2424..2.22
22
x
xxx
e
xxfxexfexxexf
−=′′⇒−=′′⇒−−−=′′ −−−
Raízes de ( )xf ′′ : 2
2
2
2=−= xex
Estudo dos sinais de ( )xf ′′ :
Conclusões:
• os pontos 2
2
2
2=−= xex são Pontos de Inflexão da função;
++++++++−−−−−−−−−−+++++
+++++++++++++++++++++++
+ _
+
x
x
x
2
2−
2
2
2
2−
2
2
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• para 2
2−<x a curva tem a concavidade voltada para cima;
• para 2
2
2
2<<− x a curva tem a concavidade para baixo;
• para 2
2>x a curva tem a concavidade voltada para cima;
03) Encontre o(s) ponto(s) de inflexão da função ( ) ( ) ( )2.12 +−= xxxf , identifique os seus intervalos
de concavidade e o tipo de inflexão.
Temos: ( ) ( )( ) ( )21.12.1.2 −++−=′ xxxxf
( ) ( ) 33124242 222 −=′⇒+−+−−+=′ xxfxxxxxxf
A derivada segunda será: ( ) xxf 6=′′
Para ( ) 0=′′ xf , temos 0=x , que é o ponto de inflexão.
Para verificar a concavidade, vamos estudar os sinais de ( )xf ′′ .
Conclusões:
• para 0<x a curva tem a concavidade voltada para baixo;
• para 0>x a curva tem a concavidade voltada para cima;
• como ( ) 30 −=′f , isto é, ( )0f ′ existe e é diferente de zero, então a inflexão é oblíqua.
x 0
+++++++++−−−−−−−
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CÁLCULO 1 – AULA 31
CAP. 4 - INTEGRAIS
4.1 – INTRODUÇÃO:
O primeiro e principal objetivo da Integração é obter uma função ( )xf quando se conhece a
sua derivada ( )xf ′ .
EXEMPLOS;
01) Se ( ) 23xxf =′ , então ( ) 3xxf = .
02) Se ( ) xxf cos=′ , então ( ) xxf sen=
03) Se ( )x
xf1
=′ , então ( ) xxf ln=
04) Se ( )x
xexf x
2
1sec2 −+=′ , então ( ) xtgxexf x −+=
4.2 – PRIMITIVAS:
Dizemos que uma função ( )xF , derivável num subconjunto de ℜ , é Primitiva de outra função
( )xf quando ( ) ( )xfxF =′ , ou ( )[ ] ( )xfxFdx
d= .
EXEMPLOS;
01) A função ( ) xxF ln= é uma Primitiva da função ( )x
xf1
= , pois [ ]x
xdx
d 1ln = .
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02) A função ( )5
5xxF = é uma Primitiva da função ( ) 4xxf = , pois 4
45
5
5
5x
xx
dx
d==
.
03) A função ( ) ( )xxF 5sen= é uma Primitiva da função ( ) ( )xxf 5cos5= , pois ( )[ ] ( )xxdx
d5cos55sen = .
04) A função ( ) xxxx
xF 32
7
3
5
4
234
−+−= é uma Primitiva da função ( ) 375 23 −+−= xxxxf , pois
37532
14
3
15
4
43
2
7
3
5
4
2323234
−+−=−+−=
−+− xxx
xxxx
xxx
dx
d.
Não é muito difícil percebermos que uma determinada função ( )xf pode possuir infinitas
Primitivas.
Vamos considerar, por exemplo, a função definida por ( ) xxf cos= .
As suas Primitivas serão:
( ) xxF sen=
( ) 1sen += xxF
( ) 3sen −= xxF
( ) 5logsen += xxF
( )
+=7
3sensen
πxxF
M
( ) ( )ℜ∈+= CCxxF sen
Podemos então, de maneira generalizada, dizer que a família de funções definidas da forma
( ) CxxF += sen representa as infinitas Primitivas da função ( ) xxf cos= , uma vez que
[ ] xCxdx
dcossen =+ , para todo número Real C .
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EXEMPLOS;
01) As infinitas Primitivas da função ( )x
xf1
= constituem a família de funções definidas por
( ) CxxF += ln , onde ℜ∈C , pois ( )[ ] ( )xfxFdx
d= .
02) As infinitas Primitivas da função ( ) 4xxf = constituem a família de funções definidas por
( ) Cx
xF +=5
5
, onde ℜ∈C , pois ( )[ ] ( )xfxFdx
d= .
03) As infinitas Primitivas da função ( ) ( )xxf 5cos5= constituem a família de funções definidas por
( ) ( ) CxxF += 5sen , onde ℜ∈C , pois ( )[ ] ( )xfxFdx
d= .
04) As infinitas Primitivas da função ( ) 375 23 −+−= xxxxf constituem a família de funções
definidas por ( ) Cxxxx
xF +−+−= 32
7
3
5
4
234
, onde ℜ∈C , pois ( )[ ] ( )xfxFdx
d= .
4.3 – INTEGRAL INDEFINIDA:
4.3.1 – DEFINIÇÃO:
Se a função ( )xF é uma Primitiva da função ( )xf , então à expressão ( ) CxF + , com ℜ∈C ,
damos o nome de Integral Indefinida de ( )xf , e indicamos pela notação:
( ) ( )∫ += CxFdxxf .
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Onde:
• ∫ é o Símbolo de Integração;
• ( )xf é o Integrando ou Função Integrando;
• ( )dxxf . é o Elemento de Integração;
• ( )xF é a Primitiva de ( )xf ;
• C é a Constante Arbitrária ou Constante de Integração.
EXEMPLOS;
01) ∫ += Cx
dxx4
43 , pois 3
4
4xC
x
dx
d=
+ .
02) ∫ += Ctgxdxx.sec2 , pois [ ] xCtgxdx
d 2sec=+ .
03) ∫ += Cdxx
x
3ln
3.3 , pois x
xx
Cdx
d3
3ln
3ln.3
3ln
3==
+ .
04) ∫ +=+
Carctgxdxx 21
1, pois [ ]
21
1
xCarctgx
dx
d
+=+ .
05) ( ) ( )∫ +−= C
xdxx
3
3cos.3sen , pois
( ) ( ) ( )xxC
x
dx
d3sen
3
3sen.3
3
3cos=
−−=
+− .
CONCLUSÃO;
Pela definição e pelos exemplos acima apresentados, percebemos que resolver uma Integral
Indefinida significa determinar as infinitas Primitivas da Função Integrando, isto é, obter todas as
funções da forma ( ) CxF + , com ℜ∈C , cujas derivadas sejam iguais a ( )xf .
Portanto, a Integração é uma operação inversa da Derivação.
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Percebemos que, para entender bem a operação de Integração, é necessário conhecermos
suficientemente as regras de derivação.
4.3.2 – PROPRIEDADES DA INTEGRAL INDEFINIDA:
1a PROPRIEDADE:
A derivada de uma Integral Indefinida em relação à variável de integração é igual ao
Integrando, ou seja:
Esta propriedade não necessita de demonstração uma vez que, ao integrarmos e derivarmos
sucessivamente uma determinada função em relação à mesma variável, nada mais estamos
fazendo do que aplicarmos duas operações inversas de mesma grandeza numa única função.
EXEMPLOS;
01) [ ] 55 xdxxdx
d=∫
02) x
xdx
x
x
dx
d sensen=
∫
03) [ ] tt dtdt
d coscos 55 =∫
04) [ ] 0. =∫ dxarctgxdt
d
( )[ ] ( )xfdxxfdx
d=∫ .
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Observe, no exemplo anterior, que estamos derivando com relação à variável t uma função
dada na variável x. Portanto, é equivalente a estarmos derivando uma constante. Daí o fato do
resultado ser igual a zero.
2a PROPRIEDADE:
A Integral Indefinida de uma soma (ou diferença) de funções é igual à soma (ou diferença) das
Integrais Indefinidas das parcelas.
A demonstração desta propriedade também é imediata, uma vez que a derivada de uma soma
(ou diferença) de funções é igual à soma (ou diferença) das derivadas das parcelas. Ou seja, de
acordo com a definição de Integrais Indefinidas, a derivada da família de primitivas é igual ao
Integrando.
Assim:
( )[ ] ( )[ ] ( )[ ] ( ) ( ) ( )xhxgxfdxxhdx
ddxxg
dx
ddxxf
dx
d−+=−+ ∫∫∫ ...
EXEMPLOS;
01) ( ) ( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫ ∫ +++−+=+−=+− 32
2
1
322 3323.323 CxCxCxdxxdxdxxdxxx
( ) ( )∫ +−++−=+− 321
232 3.323 CCCxxxdxxx
Como 1C , 2C e 3C são constantes arbitrárias, podemos chamar CCCC =+− 321 .
Assim, a integral fica:
( )∫ ++−=+− Cxxxdxxx 3.323 232
02) ( )∫ ∫ ∫ ∫++=++ dxxdxxdxedxxxe xx .sen.cos.sencos 22
( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫ ∫−+=−+ dxxhdxxgdxxfdxxhxgxf
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( )∫ +−++=++ Cxxxedxxxe xx 2sen4
1
2
1sen.sencos 2
03) ( )∫ ++−+=
−+ Ctgxxtgxxdxxxx
seclnln.secsec1 2
3a PROPRIEDADE:
O fator constante que eventualmente apareça multiplicando o integrando pode ser tirado do
símbolo de integração.
EXEMPLOS;
01) ( )∫ ∫ +−=+−== CxCxdxxdxx sen3sen.3.cos.3.cos3
02) ∫ ∫ +−=
+−=−=− C
xC
xdxxdxx
6
7
6.7.77
6655
OBSERVAÇÕES;
O1: Observe que, nos exemplos acima, não multiplicamos a constante de integração C pelos
valores 3 e –7. Isto não significa que o resultado estaria errado caso efetuássemos as
multiplicações.
Acontece que, pelo fato da constante de integração ser arbitrária, isto é, qualquer constante
serve, então não há necessidade de multiplicas os valores 3 e –7 pela constante de
integração C.
( ) ( )∫ ∫ ℜ∈= kdxxfkdxxfk ,....
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O2: Esta propriedade, apesar de parecer muito elementar, na verdade não é. Na resolução de
integrais, são muito freqüentes os casos em que necessitamos de um fator constante
multiplicando o integrando.
Isto acontece porque vamos precisar da derivada ( )xf ′ de uma função ( )xf que aparece no
integrando.
Portanto, se houver necessidade de uma constante multiplicando o integrando, podemos
acrescenta-la, desde que multipliquemos a integral pela sua inversa.
Este procedimento é equivalente a enxergarmos a 3a propriedade da seguinte maneira:
EXEMPLOS;
01) ( )∫ ∫ +=+== Cx
Cxdxxdxx66
16
6
1 6655
02) ( ) ( ) ( )( ) ( )∫ ∫ +=+== CxCxdxxdxx 2sen2
12sen
2
1.2cos2
2
1.2cos
03) ∫∫ +−=
+−=−−=
−−−−CeCedxedxe
xxxx
2222 222
12
ATENÇÃO;
Não se preocupe ainda com os resultados apresentados para as integrais acima. Por
enquanto, basta saber verificar se esses resultados estão corretos.
( ) ( )∫ ∫ ℜ∈= *,..1
. kdxxfkk
dxxf
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Para isto, basta derivar os resultados e observar se as derivadas são iguais aos respectivos
integrandos.
Se isto acontecer, as integrais estão corretas.
Você vai começar a resolver propriamente dito as integrais a partir da próxima aula.
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CÁLCULO 1 – AULA 32
4.4 - CÁLCULO DAS INTEGRAIS INDEFINIDAS- DIRETIVAS:
Estudaremos, a partir desse instante, alguns métodos conhecidos por Diretivas, que permitem
resolver as integrais indefinidas mais elementares.
As Diretivas serão regras aplicadas a determinados tipos de funções, cujas integrais serão
chamadas de imediatas, pois a sua solução é direta.
Essas Diretivas serão identificadas pelos nomes das funções envolvidas e deverão ser do
nosso conhecimento para os assuntos futuros.
Quer dizer, qualquer integral que tenhamos que resolver algebricamente daqui por diante
requer o uso de uma ou mais das Diretivas que vamos aprende neste tópico.
Portanto, é necessário que pratiquemos bastante a resolução de integrais imediatas, para que
não tenhamos dificuldades nos assuntos futuros.
ATENÇÃO;
Acostume-se, de agora em diante, a verificar se o resultado que você encontrou para cada
integral que você resolver está correto. Para isto, basta derivar o resultado e ver se ele é igual ao
integrando.
Faça isto, pelo menos até que você adquira bastante treinamento e possa confiar no seu
resultado.
4.4.1 – 1a DIRETIVA – FUNÇÃO CONSTANTE:
∫ ℜ∈+= kCkxdxk ,.
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EXEMPLOS;
01) ∫ ∫ +=+== CxCxdxdx 11
02) ∫ +−=− Cxdx 77
03) ∫ += Cxdx ).7(log.7log
04) ( ) ( )∫ +−=− Cxarctgdxarctg .40.40
4.4.2 – 2a DIRETIVA – FUNÇÃO POTÊNCIA:
DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, Cn
uy
n
++
=+
1
1
e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: ( ) n
n
un
un
du
dy=
+
+=
1
.1 e ( )xf
dx
du′=
Portanto: ( ) ( )[ ] ( )xfxfdx
dyxfu
dx
dy nn ′=⇒′= .. , que é igual ao integrando.
( )[ ] ( ) ( )[ ]∫ −≠+
+=′
+
1,1
..
1
nCn
xfdxxfxf
nn
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
EXEMPLOS;
01) ∫ += Cx
dxx4
.4
3
02) ∫ ∫ +−=+−
==−
− Cx
Cx
dxxdxx 2
23
3 2
1
2.
1
03) ∫ ∫ +=+=++
==
+
CxCx
Cx
dxxdxx 32
31
2
1
2
1
3
2
2
31
2
1..
04) ( )∫ ∫ +== Cx
dxxxdxxx5
sen.cos.sen.cos.sen
544
05) ( )∫ ∫ +== Cx
dxxx
dxx
x
5
ln.ln.
1.
ln 54
4
06) ( ) ( ) ( )∫ ∫ +
+=+
+=+=+ C
xC
xdxxxdxxx
9
31
2
3
31.6
1.31.6
6
131.
322
32
2
122
07) ( )
∫ ∫ +=+
=+
Carctgx
dxarctgxx
dxx
arctgx
2..
1
1.
1
2
22
08) ∫ ∫ +== Cxtg
dxxtgxdxgx
x
2.sec..
cot
sec 22
2
09) ( )∫ ∫ ∫ +−=−−== Cxg
dxxxgdxxxgdxx
xg
4
cot.seccos.cot.seccos.cot.
sen
cot 42323
2
3
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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10) ( )dxxxdxxxdxx
x
xdxtgxx .sen.cos.sen.cos.
cos
sen.
cos
1..sec 22 −−=== ∫∫ ∫ ∫ −−
∫ +=+=+−
−=−
CxCx
Cx
dxtgxx seccos
1
1
cos..sec
1
11) ∫ ∫ ∫ +−=+−
===−
− CxCx
dxxxdxx
x
xdxgxx seccos
1
sen.cos.sen.
sen
cos.
sen
1.cot.seccos
12
4.4.3 – 3a DIRETIVA – FUNÇÃO QUOCIENTE:
DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, Cuy += ln e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: udu
dy 1= e ( )xf
dx
du′=
Portanto: ( ) ( )( )xfxf
dx
dyxf
udx
dy ′=⇒′= .
1, que é igual ao integrando.
EXEMPLOS;
01) ∫ += Cxdxx
ln.1
( )( )
( )[ ]∫ +=′
Cxfdxxf
xfln.
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
02) ( )∫ ∫ +== Cxdxx
x
xx
dxlnln.
ln
1
ln
03) ( )∫ ∫ ++=+
=+
Cxdxx
xdx
x
x 2
2221ln
4
1.
21
4
4
1
21
04) ( )∫ ∫ ++=+
=+
Ctgxdxtgx
xdx
tgx
x35ln
3
1.
35
sec3
3
1.
35
sec 22
05) ( )∫ ∫ ∫ +−=−
−== Cxdxx
xdx
x
xdxtgx cosln.
cos
sen.
cos
sen.
06) ( )∫ ∫ +== Cxdxx
xdxgx senln.
sen
cos.cot
07) ( )∫ ∫ +−−=−
−−=
−Cxdx
xx
dx51ln
5
1.
51
5
5
1
51
08) ( )∫ ∫ ∫ ++=+
=+
=+ −
Cedxe
e
e
dx
e
dx x
x
x
x
x1ln.
111
1
09) ( )
∫ −dx
x
x.
cos21
2sen2
Temos: [ ] ( ) ( )xxxxxxdx
d2sen2cos.sen2.2sen.cos2.2cos21 2 ==−−=−
Então: ( ) ( ) ( )∫∫ +−=
−=
−Cxdx
x
xdx
x
x 2
22cos21ln
2
1.
cos21
2sen2
2
1.
cos21
2sen
10) ∫ +
+dx
xx
x.
ln1
ln1
Temos: [ ] 1ln1.ln.1ln1 +=+=+ xx
xxxxdx
d, que é o numerador do integrando.
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
Portanto, essa integral é imediata e o seu resultado é:
( ) Cxxdxxx
x++=
+
+∫ ln1ln.
ln1
ln1
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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CÁLCULO 1 – AULA 33
4.4 - CÁLCULO DAS INTEGRAIS INDEFINIDAS- DIRETIVAS:
4.4.4 – 4a DIRETIVA – FUNÇÃO EXPONENCIAL:
DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, Ca
ay
u
+=ln
e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: uu
aa
aa
du
dy==
ln
ln. e ( )xf
dx
du′=
Portanto: ( ) ( ) ( )xfadx
dyxfa
dx
dy xfu ′=⇒′= .. , que é igual ao integrando.
EXEMPLOS;
01) ∫ += Cdxx
x
3ln
3.3
02) ∫ +=+=+= CeCe
Ce
edxe x
xxx
1ln.
( ) ( )( )
∫ ≠>+=′ 10,ln
.. aeaCa
adxxfa
xfxf
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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03) ( ) ( )
( )
∫ ∫ +−=−−=−
−−Cdxdx
xxx
3ln
3.2
1.3.2
2
1.3
21
2121
04) ∫∫ +== Cdxx
dxx
xx
x
2ln
2.1.2.
2ln
lnln
05) ∫ ∫ +=+== CeaCe
eadxe
aadxe a
xa
x
a
x
a
x
.ln...
1.
06) ∫ ∫ +−=−−= −−− Cedxexdxex xxx 222
.2
1..2
2
1..
07) ∫ ∫ +== Cedxexdxx
e xxx
sensensen
..cos.sec
4.4.5 – 5a DIRETIVA – FUNÇÃO SENO:
DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, Cuy +−= cos e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: ( ) uudu
dysensen =−−= e ( )xf
dx
du′=
Portanto: ( ) ( )[ ] ( )xfxfdx
dyxfu
dx
dy ′=⇒′= .sen.sen , que é igual ao integrando.
( )[ ] ( ) ( )[ ]∫ +−=′ Cxfdxxfxf cos..sen
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
EXEMPLOS;
01) ∫ +−= Cxdxx cos.sen
02) ( ) ( ) ( )∫ ∫ +−== Cxdxx
xdx
x
xlncos.lnsen.
1.
lnsen
03) ( ) ( ) ( )∫ ∫ +−== Cxdxxxdxx
xsencos.cos.sensen.
sec
sensen
04) ∫ ∫ +
−=
−−−=
− Cx
dxx
dxx
3cos.3.
3sen.
3
13.
3sen
05) ∫ ∫ +−== Cxdxxx
dxx
xcos2.sen.
2
12.
sen
06) ( ) ( ) ( )∫ ∫ +−=
+=
+Carctgxdxarctgx
xdx
x
arctgxcos.sen.
1
1.
1
sen22
07) ( ) ( ) ( ) ( )∫ ∫∫ +=−−== −−−−−−
Cedxeedxeedxee
dx xxxxx
xxcos.sen..sen..
seccos.
4.4.6 – 6a DIRETIVA – FUNÇÃO COSSENO:
DEMONSTRAÇÃO;
( )[ ] ( ) ( )[ ]∫ +=′ Cxfdxxfxf sen..cos
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, Cuy += sen e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: udu
dycos= e ( )xf
dx
du ′=
Portanto: ( ) ( )[ ] ( )xfxfdx
dyxfu
dx
dy ′=⇒′= .cos.cos , que é igual ao integrando.
EXEMPLOS;
01) ∫ += Cxdxx sen.cos
02) ( ) ( ) ( )∫ ∫ ++=+=
+Cxdxx
xdx
x
x3lnsen.3lncos.
1.
3lncos
03) ( ) ( ) ( )∫ ∫ +== Ctgxdxtgxxdxx
tgxsen.cos.sec.
cos
cos 2
2
04) ( ) ( ) ( )∫ ∫ +== Cdxdx xxxxx3sen.
3ln
1.3cos.3ln.3
3ln
1.3cos.3
05) ( ) ( ) ( ) ( )∫ ∫∫ +−−=−−−=−=−
Cxdxxxdxxxdxx
x 222
251sen.
10
1.51cos.10
10
1.51cos..
51sec
.
06) ( ) ( ) ( )∫ ∫ ≠++=+=+ 0,sen.1
.cos.1
.cos aCbaxa
dxbaxaa
dxbax
4.4.7 – 7a DIRETIVA – FUNÇÃO SECANTE:
( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )[ ] ∫ ++=′ Cxftgxfdxxfxf secln..sec
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, [ ] Ctguuy ++= secln e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: ( )
utguu
utguu
tguu
utguu
du
dysec
sec
sec.sec
sec
sec.sec2
=++
=++
= e ( )xfdx
du ′=
Portanto: ( ) ( )[ ] ( )xfxfdx
dyxfu
dx
dy ′=⇒′= .sec.sec , que é igual ao integrando.
EXEMPLOS;
01) ( )∫ ++= Ctgxxdxx secln.sec
02) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]∫ ∫ ++== Cxtgxdxxxdxxx 2222secln.
2
1.sec.2
2
1.sec.
03) ( )
( ) ( ) ( ) ( )[ ]∫ ∫ ∫ +−+−=−=−=−
Cxtgxdxxdxxx
dx8585secln
5
1.85sec.5
5
1.85sec
85cos
04) ∫ ∫ ∫ +
+
−=
−−=
=
C
xtg
xdx
xxdx
x
x
xx
dx 33secln
3
1.
3sec.
3
3
1.
3sec
3cos.
222
05) ( ) ( ) ( )[ ]∫ ++= Ctgxtgtgxdxxtgx secln.sec.sec2
4.4.8 – 8a DIRETIVA – FUNÇÃO COSSECANTE:
( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )[ ] ∫ +−=′ Cxfgxfdxxfxf cotseccosln..seccos
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, [ ] Cguuy +−= cotseccosln e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos:( ) ( )
uguu
guuu
guu
uguu
du
dyseccos
cotseccos
cotseccos.seccos
cotseccos
seccoscot.seccos2
=−
−=
−−−−
= e ( )xfdx
du ′=
Portanto: ( ) ( )[ ] ( )xfxfdx
dyxfu
dx
dy ′=⇒′= .seccos.seccos , que é igual ao integrando.
EXEMPLOS;
01) ( )∫ +−= Cgxxdxx cotseccosln.seccos
02) ∫ ∫ +
−
=
=
C
xg
xdx
xdx
x
3cot
3seccosln3.
3seccos.
3
13.
3seccos
03) ( )
( ) ( )∫ ∫ ∫ −−−=−=−
dxxdxxx
dx.43seccos.4
4
1.43seccos
43sen
( )
( ) ( )[ ]∫ +−−−−=−
Cxgxx
dx43cot43seccosln
4
1
43sen
04) ∫ ∫ ∫
=
=
−dxeedxeedx
e
exxxx
x
x
.seccos..2
12.seccos..
seccos
2222
2
2
∫ +
−
=
−Cegedx
e
exx
x
x
22
2
2
cotseccosln2.
seccos
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
05) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]∫ ∫ +−== Cxgxdxx
xdx
x
xlncotlnseccosln.lnseccos.
1.
lnseccos
4.4.9 – 9a DIRETIVA – FUNÇÃO SEC2f(x):
DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, Ctguy += e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: udu
dy 2sec= e ( )xf
dx
du ′=
Portanto: ( ) ( )[ ] ( )xfxfdx
dyxfu
dx
dy ′=⇒′= .sec.sec22 , que é igual ao integrando.
EXEMPLOS;
01) ∫ += Ctgxdxx.sec2
02) ( ) ( ) ( )∫ ∫ +−=−=− Cxtgdxxdxx πππ 5.5
1.5sec.5
5
1.5sec
22
03) ( ) ( ) ( )∫ ∫ +−=−=− Cxtgdxxxdxxx 7515
1.75sec.15
15
1.75sec.
3322322
( )[ ] ( ) ( )[ ]∫ +=′ Cxftgdxxfxf ..sec2
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
04) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )[ ]∫ ∫ +== Cxtgdxxxdxxx 2sen2
1.2sensec.2cos2
2
1.2sensec.2cos
22
05) ( ) ( ) ( ) ( )
( )( )∫ ∫ ∫==x
dx
x
xx
dx
xgx
dx
3cos
3sen
3cos.3sen
3cot.3sen2
2
22
22
( ) ( )
( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫ +=== Cxtgdxxdxxxgx
dx3.
3
1.3sec.3
3
1;3sec
3cot.3sen
22
22
4.4.10 – 10a DIRETIVA – FUNÇÃO COSSEC2f(x):
DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, Cguy +−= cot e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
Temos: ( ) uudu
dy 22seccosseccos =−−= e ( )xf
dx
du′=
Portanto: ( ) ( )[ ] ( )xfxfdx
dyxfu
dx
dy ′=⇒′= .seccos.seccos22 , que é igual ao integrando.
EXEMPLOS;
01) ∫ +−= Cgxdxx cot.seccos2
02) ( )
( ) ( )∫ ∫ ∫ −−−=−=−
dxxdxxx
dx.1seccos.1seccos
1sen
22
2
( )[ ] ( ) ( )[ ]∫ +−=′ Cxfgdxxfxf cot..seccos2
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
( )( )[ ] ( )∫ +−=+−−−=
−CxgCxg
x
dx1cot1cot
1sen2
03) ( ) ( ) ( )∫ ∫ +−== Cxgdxxdxx ππ
ππ
π cot1
.seccos1
.seccos22
04) ( )
( ) ( )∫ ∫ +−== Cxgdxxxxx
dxlncot.lnseccos.
1
lnsen.
2
2
05) ( )( )
( )( )( )
( )( )∫ ∫ ∫ ∫ −=
−=
−
−−
=−
−dxxdx
xdx
x
x
xdx
xtg
x.83seccos.
83sen
1.
83cos
83sen
83cos
1
.83
83sec 2
2
2
2
2
2
2
( )( )
( ) ( )∫ ∫ +−−=−=−
−Cxgdxxdx
xtg
x83cot.
3
1.83seccos3
3
1.
83
83sec 2
2
2
4.4.11 – 11a DIRETIVA – FUNÇÃO INVERSA DA TANGENTE:
DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, Ca
uarctga
y +
=1
e ( )xfu = , isto é, y é uma função composta de x .
Pela Regra da Cadeia: dx
du
du
dy
dx
dy.=
( )( )[ ]
( )∫ ℜ∈+
=+
′ *
22,.
1. aC
a
xfarctg
adx
xfa
xf
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
Temos:22
2
22
2
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
.1
ua
a
ua
a
a
u
a
a
u
a
adu
dy
+=
+=
+
=
+
= e ( )xfdx
du ′=
Portanto: ( ) ( )( )[ ]2222
.1
xfa
xf
dx
dyxf
uadx
dy
+
′=⇒′
+= , que é igual ao integrando.
EXEMPLOS;
01) ∫ ∫ +=+
=+
=+
CarctgxCx
arctgdxxx
dx
11
1.
1
1
1222
02) ∫ ∫ +
=+
=+
Cx
arctgdxxx
dx
2.2
1.
2
1
4222
03) ( ) ( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫
+=
+=
+dx
x
xdx
x
x
x
xdx.
23
4
4
1.
2343 22222
24
∫ +
=+
=
+C
xarctgC
xarctg
x
xdx
3
2.34
1
3
2.3
1.4
1
43
22
4
04) ( ) ( )∫ ∫ +
=
+=
+C
earctgdx
e
edx
e
e x
x
x
x
x
7.7
1.
7
.7 222
05) ( )∫ ∫ +
−=+
−−=
+C
xarctgdx
x
xdx
x
x
5
cos.5
1.
cos5
sen.
cos25
sen222
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
CÁLCULO 1 – AULA 34
EXERCÍCIOS – DIRETIVAS:
Apresentamos nesta aula a resolução de algumas integrais indefinidas imediatas, isto é,
integrais cujas soluções são obtidas pela simples aplicação das diretivas estudadas nas últimas
aulas.
Um fato importante, que devemos lembrar de agora em diante, é que, qualquer integral que
possua solução analítica, isto é, qualquer integral em que seja possível obter a primitiva do
integrando, só será resolvida mediante o uso de Diretivas.
Aprenderemos nas próximas aulas algumas técnicas e métodos para resolver integrais que
não sejam imediatas. E, mesmo quando estivermos empregando essas técnicas, o nosso objetivo
sempre será transformar a integral dada em uma ou mais integrais que sejam todas imediatas.
Em outras palavras, a solução analítica de uma integral indefinida só é possível com o
emprego das Diretivas.
Portanto, o conhecimento dessas Diretivas e a prática no seu uso, serão fundamentais para o
desenvolvimento deste assunto daqui por diante.
Assim, o nosso conselho é que você, estudante, pratique bastante até adquirir habilidade
suficiente para resolver integrais.
Para finalizar estes comentários, queremos destacar que o uso dessa ferramenta no
desenrolar do curso de Física (ou qualquer outra ciência exata), será quase diário. Daí a
importância de estudarmos detalhadamente o assunto.
Nos exercícios a seguir procuramos apresentar algumas integrais imediatas devidamente
resolvidas.
Sugerimos que, antes de passar aos exercícios propostos, você resolva novamente estas
integrais por sua conta.
EXERCÍCIOS;
01) ( ) ( )∫ ∫∫∫∫∫
−−−−++=++=
++=
+dxxxdxxxdxxdxxxxdx
x
xxdx
x
x....2..21..
21.
12
1
22
1
2
1
22
1
2
1
22
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
( )∫ ∫∫∫ +
++
++
+−=++=
++++−
−C
xxxdxxdxxdxxdx
x
x
12
31
2
1.2
12
1..2..
11
2
31
2
11
2
1
2
3
2
1
2
12
( )∫ +++=+++=
+CxxxC
xxxdx
x
x 532
5
2
3
2
12
5
2
3
42
2
5
2
3.2
2
1.
1
OBSERVAÇÃO;
Na resolução da integral acima, usamos apenas a diretiva da Função Potência, fazendo o
desenvolvimento do numerador aplicando Produtos Notáveis.
02) ( )( )
dxx
xxxxxxdx
x
xxxx.2422363
.12.23 1212122
∫∫++++++++
=++++ −−−−−
( )( )
∫∫−−−− ++++
=++++
dxx
xxxxdx
x
xxxx.
25377.12.23 212122
( )( )
∫ ∫ ∫ ∫ ∫∫ −−−−
++++=++++
dxxdxxdxxdxdxx
dxx
xxxx 32122
2.5.37.7
.12.23
( )( )
Cxx
xxxdxx
xxxx+
−+
−+++=
++++ −−−−
∫ 2.2
1.5
2
37ln7.
12.23 212
122
( )( )
Cxx
xxxdxx
xxxx+−−++=
++++∫
−−
2
2122 15
2
37ln7.
12.23
OBSERVAÇÃO;
A integral acima foi resolvida de maneira parecida com a primeira, só que ela foi
desmembrada em 5 integrais, sendo uma delas de Função Quociente, outra de Função Constante
e 3 delas de Função Potência.
03)
( )( )∫ ∫ ∫ ∫∫∫
−−−−=−=
−=
−=
−dxadxadxaadx
a
adx
a
adx
a
axx
xx
x
x
x
x
x
x
x
...1..1
.1
.1
222
22
2
2
2
1
22
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( )∫ ∫ ∫∫∫−−
−−−=−=−
dxadxadxadxadxa
axxxx
x
x
..2
12..
2
3
3
2...
122
3
22
32
∫ ++=++=−
−
Caa
aa
Ca
a
a
adx
a
a
x
x
xx
x
x 1.
ln
2.
ln3
2
ln.2
ln.3
2.1 3
22
3
2
OBSERVAÇÃO;
Esta integral envolveu especificamente Funções Exponenciais, devidamente arrumadas para
que as integrais resultantes fossem imediatas.
04) ( ) ( )
( )∫ ∫ ∫ +=+
=+
=+
Cxarctgdxx
xdx
x
xdx
x
x 3
232
2
232
2
6
2
.3
1.
1
3
3
1.
1.
1
OBSERVAÇÃO;
A integral acima já era imediata de acordo com a 11a Diretiva. Foi necessário apenas
identificar a função ( ) 3xxf = e a sua derivada ( ) 23xxf =′ .
05) ( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫ ∫ ++
=++
=+−+
=++
dxx
dxx
dxxxx
dx.
35
1.95
1.
34255
1
3410 22222
∫ +
+=
++C
xarctg
xx
dx
3
5.3
1
34102
OBSERVAÇÃO;
Para resolver esta integral fomos obrigados a fatorar uma parte do denominador, a fim de
obter um quadrado perfeito, no caso ( )25+x . Com este procedimento, a integral tornou-se
imediata, novamente envolvendo a 11a Diretiva.
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ATENÇÃO:
Cuidado para não escrever 34
1
10
11
3410
122
++=++ xxxx
, que é um dos erros mais absurdos
cometidos por estudantes mal formados conceitualmente.
06) dxx
xxx.
1
41062
23
∫ +
+−
OBSERVAÇÃO;
Observe que esta integral envolve uma Função Racional, como as integrais 04 e 05 acima.
Entretanto, ao contrário do que aconteceu com aquelas integrais, esta envolve uma Função
Racional Imprópria, isto é, o polinômio do numerador tem o grau maior que o polinômio do
denominador.
Isto significa que existe uma parte inteira na divisão do numerador pelo denominador.
Portanto, para resolvermos a integral, devemos primeiramente efetuar esta divisão, sem nos
preocuparmos se ela será exata ou não.
Lembremo-nos que, na divisão de um polinômio ( )xP por outro polinômio ( )xQ obtemos um
quociente ( )xq e podemos encontrar um resto ( )xR . Neste caso, podemos dizer que:
( )( )
( ) ( )( )xQxR
xqxQ
xP+=
onde ( )xq é um polinômio inteiro e racional na variável x e ( )( )xQxR
é uma Função Racional
Própria, isto é, o grau do polinômio ( )xR é menor que o grau do polinômio ( )xQ .
No nosso exemplo, ao dividirmos o polinômio ( ) xxxxP 4106 23 +−= por ( ) 12+=xxQ , obtemos o
quociente ( ) 106 −= xxq e o resto ( ) 102 +−= xxR (VERIFIQUE!).
Portanto, podemos escrever: 1
102106
1
410622
23
+
+−+−=
+
+−
x
xx
x
xxx.
Integrando membro a membro em relação à variável x , teremos:
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∫ ∫ ∫ ∫ +
+−+−=
+
+−dx
x
xdxdxxdx
x
xxx.
1
10210.6.
1
410622
23
Note que a primeira integral é imediata (Função Potência) e a segunda também é imediata
(Função Constante), mas a terceira ainda não é. Ela parece ser a Diretiva da Função Quociente
ou da Função Inversa da Tangente, mas não é uma coisa nem outra – ainda!
Vamos, então, desmembrar a terceira integral em duas.
Assim:
∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ++
+−−=
+
+−dx
xdx
x
xdxdxxdx
x
xxx.
1
110.
1
2.10.6.
1
41062222
23
Observe que a terceira integral foi desmembrada em duas integrais imediatas: a primeira de
Função Quociente e a segunda é a 11a Diretiva.
Finalmente:
( )∫ +++−−=+
+−Carctgxxxxdx
x
xxx.101ln103.
1
4106 22
2
23
07) ∫ + x
dx
cos1
OBSERVAÇÃO;
Observe que esta não se parece com nenhuma integral daquelas que resolvemos até agora.
O integrando é uma Função Racional Trigonométrica, e este tipo específico de integrais será
objeto de nosso estudo em aulas futuras.
Entretanto, neste caso em particular, podemos tentar obter uma solução para esta integral
usando o artifício de aplicar o conjugado do denominador no nosso integrando.
Assim procedendo, vamos obter:
∫ ∫ ∫ ∫ ∫∫ −=−
=−−
=−−
+=
+dx
x
xdx
xdx
x
xdx
x
xdx
x
x
xx
dx.
sen
cos.
sen
1.
sen
cos1.
cos1
cos1.
cos1
cos1.
cos1
1
cos1 2222
( ) ( )∫ ∫∫ +
−−−=−=
+
−−
Cx
gxdxxxdxxx
dx
1
sencot.cos.sen.seccos
cos1
122
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CxgxCx
gxx
dx++−=++−=
+∫ seccoscotsen
1cot
cos1
08) ( )
∫ +
++dx
x
xx.
1
1ln2
2
OBSERVAÇÃO;
A integral acima parece totalmente estranha aos tipos de integrais que observamos até agora.
Para começar, ela envolve um radical e uma Função Logarítmica, e não existe nenhuma
Diretiva que trate especificamente de funções logarítmicas.
Portanto, esta integral só poderá ser imediata se envolver a Diretiva da Função Potência
(devido ao radical).
Vamos tentar enxergar esta Diretiva, escrevendo a integral de outra maneira:
( ) ( )[ ]∫ ∫
+++=
+
++dx
xxxdx
x
xx.
1
1.1ln.
1
1ln
2
2
1
2
2
2
Esta integral será imediata se tivermos no integrando a derivada ( )xf ′ da função definida por
( ) ( ) ( )
++=++= 2
122 1ln1ln xxxxxf .
Vamos, então, encontrar a derivada desta função ( )xf .
Temos: ( )( )
( ) 1
1
1.1
1
1
11
1
2.1.2
11
222
2
2
2
2
2
12
+=
+++
++=
++
++
=++
++=′
−
xxxx
xx
xx
x
x
xx
xx
xf
Comprovamos, portanto, ser esta uma integral da forma: ( )[ ] ( )∫ ′ dxxfxfn
.. , isto é, uma Diretiva
da Função Potência, onde ( ) ( )
++= 2
12 1ln xxxf ,
2
1=n e ( )
21
1
xxf
+=′ .
Logo: ( ) ( )[ ] ( )[ ]∫ +++=+
++=
+
++CxxC
xxdx
x
xx 32
2
3
2
2
2
1ln3
2
2
3
1ln.
1
1ln
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09) ( ) ( ) ( ) ( )∫ ∫∫ −−−=
−=
−dxxa
xadx
xa
xadx
ax
xa..
2
12.
1.
..
444
( ) ( ) ( ) Cxa
aC
xa
adx
ax
xa+−−=+
−−=
−∫
554
.5
2
5.
2.
OBSERVAÇÃO;
Na resolução da integral acima, usamos a diretiva da Função Potência, fazendo com que
aparecesse no integrando a derivada da função ( ) ( )xaxf −= que é ( )x
xf2
1−=′ .
10) ( ) ( )[ ]∫ ∫ ∫ +
−+
=+
−dxxarctg
xdx
x
xdx
x
xarctgx.2.
41
1.
41.
41
22
1
222
( ) ( )[ ]∫ ∫ ∫ +
−+
=+
−dxxarctg
xdx
x
xdx
x
xarctgx.2.
41
2
2
1.
41
8
8
1.
41
22
1
222
( ) ( ) ( )[ ]
∫ +−+=+
−C
xarctgxdx
x
xarctgx
2
3
2.2
141ln.
8
1.
41
2 2
3
2
2
( ) ( ) ( )[ ]∫ +−+=
+
−Cxarctgxdx
x
xarctgx 32
22
3
141ln.
8
1.
41
2
OBSERVAÇÃO;
A integral dada foi desmembrada em duas: uma diretiva de Função Quociente (a primeira) e
outra diretiva de Função Potência (a segunda).
11) ( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫∫∫∫ −=−=
−= dxxdxdxxdxdx
xdxx .2cos2
2
1.2
1.2
1.2cos
2
1.2
1.
2
2cos1.sen 2
( ) Cxxdxx +−=∫ 2sen4
1
2
1.sen 2
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OBSERVAÇÃO;
Para a resolução desta integral, fizemos uso de uma identidade trigonométrica, que é dada
por: ( )2
2cos1sen 2
xx
−= .
Para a demonstração desta identidade, vamos partir do segundo membro e tentar chegar ao
primeiro:
Sabemos que ( ) xxx 22 sencos2cos −= (1)
Por outro lado, também sabemos que: 1cossen 22 =+ xx (2)
Da relação (2) tiramos: xx 22 sen1cos −=
Substituindo em (1): ( ) xxx 22 sensen12cos −−=
( ) ( ) ( )2
2cos1sen2cos1sen2sen212cos 222 x
xxxxx−
=⇒−=⇒−=
Portanto, com a troca do integrando pela identidade correspondente, obtivemos duas integrais
imediatas: uma de Função Constante e outra da Função Cosseno.
12) ( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫∫∫∫ +=+=
+= dxxdxdxxdxdx
xdxx .2cos2
2
1.2
1.2
1.2cos
2
1.2
1.
2
2cos1.cos2
( ) Cxxdxx ++=∫ 2sen4
1
2
1.cos2
OBSERVAÇÃO;
Para a resolução desta integral, fizemos uso de uma identidade trigonométrica, que é dada
por: ( )2
2cos1cos2
xx
+= , cuja demonstração é semelhante àquela do exemplo anterior.
13) ( ) ( )∫ ∫ ∫ ∫ ∫ −+=−== dxxxdxxdxxxdxxxdxx .sen.cos.sen.cos1.sen.sen.sen.sen 2223
∫ ++−= Cxxdxx 33 cos.3
1cos.sen
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14) ( )∫ ∫ ∫ ∫∫ −=−== dxxxdxxdxxxdxxxdxx .cos.sen.cos.sen1.cos.cos.cos.cos 2223
∫ +−= Cxxdxx 33 sen.3
1sen.cos
15) ( )∫ ∫ ∫ ∫+−
=
−== dx
xxdx
xdxxdxx .
4
2cos2cos21.
2
2cos1.sen.sen
22224
[ ]∫ ∫ ∫ ∫∫ ∫ ∫
++−=+−= dx
xdxxdxdxxdxxdxdxx .
2
4cos1.2cos2
4
1.2cos.2cos21
4
1.sen 24
∫ ∫ ∫ ∫∫
++−= dxxdxdxxdxdxx .4cos2
1.
2
1.2cos2
4
1.sen 4
∫ ∫ ∫ ∫ ∫
++−= dxxdxdxxdxdxx .4cos.44
1.2
1
2
1.2cos2
4
1.sen 4
∫ +
++−= Cxxxxdxx 4sen.8
1
2
12sen
4
1.sen 4
∫ +
+−= Cxxxdxx 4sen.8
12sen
2
3
4
1.sen 4
OBSERVAÇÃO;
Observe que, para resolver esta integral, foi necessário utilizar por duas vezes a mesma
identidade trigonométrica que utilizamos no exemplo 11.
16) ( )∫ ∫ ∫ ∫++
=
+== dx
xxdx
xdxxdxx .
4
2cos2cos21.
2
2cos1.cos.cos
22224
[ ]∫ ∫ ∫ ∫∫ ∫ ∫
+++=++= dx
xdxxdxdxxdxxdxdxx .
2
4cos1.2cos2
4
1.2cos.2cos21
4
1.cos 24
∫ ∫ ∫ ∫∫
+++= dxxdxdxxdxdxx .4cos2
1.
2
1.2cos2
4
1.cos 4
∫ ∫ ∫ ∫ ∫
+++= dxxdxdxxdxdxx .4cos.44
1.2
1
2
1.2cos2
4
1.cos 4
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∫ +
+++= Cxxxxdxx 4sen.8
1
2
12sen
4
1.cos 4
∫ +
++= Cxxxdxx 4sen.8
12sen
2
3
4
1.cos4
17) Uma função f(x) é tal que ( ) 322 x
2
x1
x62)x(f −
+−=′′ . Achar f(x), sabendo que a curva passa
pelo ponto ),1(P π e que a reta tangente à curva pelo ponto P tem coeficiente angular igual
ao da reta 010x9y2 =+− .
Antes de começar a resolver este problema, vamos reconhecer o que foi dado e o que foi
pedido e, principalmente, que caminhos devemos tomar para atingir o nosso objetivo.
Conhecemos a expressão da derivada segunda e podemos obter a derivada primeira através
da integração da derivada segunda.
Ao integrarmos a derivada segunda para obter a derivada primeira, vamos chegar a uma
constante de integração, que aqui vamos chamar de 1C . Para obtermos o valor dessa constante,
vamos usar o fato de que a curva da função passa pelo ponto ),1(P π e tem nesse ponto o
mesmo coeficiente angular da reta 010x9y2 =+− . Em outras palavras, basta tomarmos a
derivada primeira da função no ponto igual ao coeficiente angular da reta dada (Interpretação
Geométrica da Derivada no Ponto).
Uma vez obtida a constante 1C , conhecemos a derivada primeira. Integrando a derivada
primeira vamos obter a nossa função ( )xf .
Assim:
( ) ( )( )
dxxx
xdxxfxf .
2
1
62.
322∫∫
−
+−=′′=′
( ) ( )∫ ∫ ∫ −−−+−=′ dxxdxxxdxxf .2.1.232 322
( ) ( )1
212
2.2
1
1.32 C
xxxxf +
−−
−+
−=′−−
( ) 1
2
21
32 Cx
xxxf ++
++=′ −
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Da reta tangente, temos: 52
9−= xy , cujo coeficiente angular é igual a
2
9.
Portanto, devemos ter a derivada ( )xf ′ no ponto ),1(P π igual a 2
9, ou seja:
0122
3
2
91
2
32
2
9111 =⇒−−−=⇒+++= CCC
Logo, a derivada primeira da função procurada é ( ) 2
21
32 −+
++=′ x
xxxf .
Integrando esta expressão, obtemos:
( ) ( )∫ ∫
++
+=′= − dxxx
xdxxfxf .1
32. 2
2
( ) ∫ ∫ ∫ −++
+= dxxdxx
dxxxf ..1
13.2 2
2
( ) 2
12
1.3 C
xarctgxxxf +
−++=
−
( ) 2
2 13 C
xarctgxxxf +−+=
Como a curva de ( )xf passa pelo ponto ),1(P π , então:
21131 Carctg +−+=π
44.3 22
πππ =⇒−= CC
Finalmente, a função procurada é:
( )4
132 π
+−+=x
arctgxxxf
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CÁLCULO 1 – AULA 35
4.5 - INTEGRAIS DEFINIDAS:
4.5.1 – DIFERENCIAL DA ÁREA SOB UMA CURVA:
Seja ( )xfy = uma função contínua num intervalo [ ]ba, , cujo gráfico é a curva AB , onde
admitimos ( ) Aaf = e ( ) Bbf = .
Vamos considerar agora a área S , limitada pela curva AB , pelo eixo das abscissas e pelas
ordenadas ( ) Aaf = (fixa) e ( )xfy = (variável).
y
x 0
( )xfy =
A
B
a b
( )af
( )bf
x 0
( )xfy =
A
B
a b
( )af
( )bf
x
( )xf
S
y
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Se atribuirmos à variável x um acréscimo x∆ , vamos obter em correspondência um
acréscimo S∆ para a área S , conforme a figura:
Da figura, podemos tirar a seguinte relação:
QNORMNORMNOP SSS <<
xORSxOP ∆<∆<∆ ..
Dividindo por x∆ , teremos:
ORx
SOP <
∆∆
<
Tomando os limites para 0→∆x , obtemos:
( )xfyMNOPx
===→∆lim
0
( )xfyMNORx
===→∆lim
0
Portanto, de acordo com o Teorema do Confronto, podemos afirmar que:
( ) ( ) ⇒=⇒=∆∆
→∆
xfdx
dSxf
x
S
xlim
0
x 0
A
B
a b
( )af
( )bf
x
( )xf
S
y
xx ∆+
S
Q R
M P
N O
S∆
( )dxxfdS .=
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CONCLUSÃO:
A diferencial dS da área sob uma curva, limitada pela curva, pelo eixo das abscissas e por
uma ordenada fixa e outra móvel, é igual ao produto da ordenada variável ( )xf pela diferencial da
variável independente x .
4.5.2– INTEGRAL DEFINIDA – DEFINIÇÃO:
Consideremos a diferencial dS da área S sob a curva de uma função ( )xf :
( )dxxfdS .=
Integrando membro a membro, teremos:
( )∫ ∫= dxxfdS .
( )∫= dxxfS .
( ) CxFS +=
onde ( )xF é a Primitiva de ( )xf .
Se a curva da função ( )xf é definida no intervalo [ ]ba, , temos:
• Para 0=⇒= Sax
Logo: ( ) ( )aFCCaF −=⇒+=0
• Para SSbx =⇒= (área total sob a curva)
Logo: ( ) ( )aFbFS −=
A área S será, então, representada pela notação:
( ) ( ) ( ) ( )aFbFxFdxxfSb
a
b
a−=== ∫ .
e ( )∫b
adxxf . é chamada de Integral Definida de ( )xfy = no intervalo [ ]ba, .
Assim:
( ) ( ) ( ) ( )∫ −==b
a
b
aaFbFxFdxxf .
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onde:
• ( )xf é o Integrando ou Função Integrando;
• ( )xF é a Primitiva de ( )xf ;
• a é o Limite Inferior de Integração;
• b é o Limite Superior de Integração
4.5.3 – PROPRIEDADES DAS INTEGRAIS DEFINIDAS:
P1:
P2:
P3:
P4:
P5:
( )∫ =a
adxxf 0.
( ) ( )∫ ∫ ℜ∈=b
a
b
akparadxxfkdxxfk ,....
( ) ( )∫ ∫−=b
a
a
bdxxfdxxf ..
( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫ ∫−+=−+b
a
b
a
b
a
b
adxxhdxxgdxxfdxxhxgxf ....
( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫ <<+=b
a
c
a
d
cbcaparadxxfdxxfdxxf ,...
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4.5.4 – RESOLUÇÃO DE INTEGRAIS DEFINIDAS:
Para o cálculo de uma Integral Definida da forma ( )∫b
adxxf . , devemos proceder da seguinte
maneira:
• obtemos a Primitiva ( )xF da Função Integrando e desprezamos a constante de
integração;
• substituímos na Primitiva obtida os limites superior e inferior de integração e subtraímos
os resultados nesta ordem.
EXEMPLOS;
01) ∫ ==−=−==5
2
335
2
32
393
117
3
8
3
125
3
2
3
5
3.
xdxx
02) ( )
∫−−
==−=−
−==3
1
443
1
43
204
80
4
1
4
81
4
1
4
3
4.
xdxx
03) ∫ ==−=
−
=
=+
aa
aaarctg
aaarctg
aa
aarctg
aa
xarctg
axa
dx
00
2244
.1
01.10
.1
.1
.1 ππ
04) ( ) ( )∫ ∫ −=+=
+=+=
+
−1
0
1
0
2
1
0
1
0
2
12
2
12
2121
2
1
1.2
1.1.2
2
1
1
.x
xdxxx
x
dxx
05) ( ) ( )∫ ∫ ∫ ∫∫ −+=−==3
0
3
0
3
0
3
0
23
0
223.sen.cos.sen.cos1.sen.sen.sen.sen
π π π ππ
dxxxdxxdxxxdxxxdxx
∫ −++−=+−=3
0
33
3
0
3
3
0
3
3
0cos
3
3cos
0cos3
cos3
coscos.sen
ππ
ππ
πxxdxx
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
∫ =−++−
=−++−=3
0
3
24
5
24
812412
3
1
24
11
2
1.sen
π
dxx
06) ( )
( )∫ ∫ ∫−−=
−=
+−
1
0
1
0
1
0
2
22.2
244dxx
x
dx
xx
dx
( )
∫ =−=−
+−
−=−
−=−−
=+−
−1
0
1
0
1
0
1
22
1
2
11
20
1
21
1
2
1
1
2
44 x
x
xx
dx
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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CÁLCULO 1 – AULA 36
4.6 - INTEGRAÇÃO POR PARTES:
O Método de Integração Por Partes constitui-se numa das técnicas mais importantes e
utilizadas na resolução de integrais que, em geral, não são imediatas.
Ele se fundamenta em interpretar o Integrando como sendo resultado do produto de uma
função pela diferencial de outra função ou, se quisermos simplificar, no produto de duas funções.
Consideremos, então, o produto de duas funções ( )xuu = e ( )xvv = .
A derivada do produto vu. destas funções, com relação à variável x , é dado por:
( )dx
duv
dx
dvuvu
dx
d... +=
A Diferencial deste produto será:
( ) duvdvuvud ... +=
Integrando membro a membro, teremos:
( )∫ ∫ ∫+= duvdvuvud ...
∫ ∫+= duvdvuvu ...
Isolando uma das integrais do segundo membro, resulta:
que é o chamado Método de Integração Por Partes.
Se a integral é Definida no intervalo [ ]ba, , fazemos:
∫ ∫−= duvvudvu ...
∫ ∫−=b
a
b
a
b
aduvvudvu ...
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OBSERVAÇÃO;
Provavelmente, você não deve ter entendido muito bem a definição formulada acima. Talvez
esteja se perguntando: por que Integração Por Partes?
As razões para este nome são que devemos enxergar o integrando como formado por duas
partes: uma função ( )u e uma diferencial ( )dv , e também de que devemos resolver a integral dada
em duas partes.
Nos exemplos resolvidos a seguir você, com certeza, vai conseguir entender o método.
EXEMPLOS;
Resolver as integrais abaixo, usando o Método de Integração por Partes:
01) ∫ dxex x..
Por Partes ∫ ∫−= duvvudvu ... :
fazemos:
=⇒=⇒=
=⇒=
∫ ∫ xxx evdxedvdxedv
dxduxu
..
Observe que não escrevemos a constante de integração quando integramos dv . É assim
mesmo que devemos proceder. A constante de integração C só será escrita no final e, é claro, se
a integral dada for indefinida.
Então: ∫ ∫−= dxeexdxex xxx....
( )∫ +−=+−= CxeCeexdxex xxxx1....
(VERIFIQUE esta solução, derivando o resultado e comparando com o integrando).
OBSERVAÇÃO;
Note que escolhemos uma parte do integrando para chamar de u e a parte restante para
chamar de dv , ou seja, neste exemplo fizemos a escolha xu = e dxedv x.= .
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Com este procedimento, transformamos a integral dada numa diferença entre uma função,
que é vu. , e uma nova integral, que é ∫ duv. .
O que aconteceria se trocássemos as escolhas, isto é, se fizéssemos xeu = e dxxdv .= ? Será
que a integral teria a mesma solução?
Vamos experimentar fazer a troca para ver o que acontece.
Para xeu = , teremos dxedu x.=
Para dxxdv .= , teremos 2
.
2xvdxxdv =⇒= ∫∫
Assim, a integral dada ficaria:
∫ ∫−= dxex
ex
dxex xxx..
2.
2..
22
∫ ∫−= dxexex
dxex xx
x..
2
1
2..
2
2
Ou seja, a segunda integral, além de não ser imediata, como aconteceu na nossa primeira
escolha, ainda traz no integrando uma função mais complexa que aquela dada inicialmente.
Portanto, esta escolha não é uma escolha feliz.
Em outras palavras, partimos de uma integral que não era imediata e chegamos a outra que
também não era imediata.
Percebemos também que a escolha da função u e da diferencial dv é subjetiva, isto é,
podemos fazer a escolha que julgarmos ser mais conveniente para nós em cada caso. Quer dizer,
não existe uma regra que especifique qual o tipo de função devemos chamar de u e qual
devemos chamar de dv para que possamos resolver nossa integral.
Infelizmente, esta escolha deve ser feita por tentativa, mas sempre usando o bom senso e
escolhendo para dv a parte da integral dada que resultará numa segunda integral imediata.
Isto nos leva a concluir que só mesmo a prática é que nos levará a aplicar corretamente e com
sucesso este método.
02) ∫= 2
0.cos.
π
dxxxI
Por Partes: ∫ ∫−= duvvudvu ...
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Fazendo:
=⇒=⇒=
=⇒=
∫∫ xvdxxdvdxxdv
dxduxu
sen.cos.cos
Assim, a nossa integral que chamamos de I , torna-se:
∫−= 2
0
20
.sensen.
ππ
dxxxxI
( ) 12
1001.2
cossen.cossen. 20
20
20
−=−+−=+=+=πππππ
xxxxxxI
03) ∫= dxxxI .ln.
Por Partes: ∫ ∫−= duvvudvu ...
Fazendo:
=⇒=⇒=
=⇒=
∫∫ 2..
.1
ln
2xvdxxdvdxxdv
dxx
duxu
Portanto, a integral torna-se:
∫−= dxx
xx
xI .
1.
2ln.
2
22
Cxxx
Cxxx
dxxxx
I +−=+−=−= ∫ 42
ln
2.2
1
2
ln.
2
1ln.
2
22222
04) ∫= dxxeI x.sen.
Por Partes: ∫ ∫−= duvvudvu ...
Fazendo:
−=⇒=⇒=
=⇒=
∫ ∫ xvdxxdvdxxdv
dxedueu xx
cos.sen.sen
.
∫+−= dxxexeI xx.cos.cos.
Chamando de ∫= dxxeI x.cos.
1, teremos:
1cos. IxeI x +−= (1)
Aplicamos novamente a Integração Por Partes:
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Fazendo:
=⇒=⇒=
=⇒=
∫ ∫ xvdxxdvdxxdv
dxedueu xx
sen.cos.cos
.
Assim, teremos:
∫−= dxxexeI xx.sen.sen.
1
Observe que chegamos novamente à integral dada para ser resolvida.
Este fato nos leva a supor que não conseguimos resolver a integral, mas isto não é verdade.
O que aconteceu (e que pode voltar a acontecer com outras integrais) é que partimos de uma
determinada integral e voltamos a ela novamente. Entretanto, conseguimos resolve-la como era o
nosso objetivo.
Note que podemos escrever:
IxeI x −= sen.1
(2)
Substituindo agora (2) em (1), resulta:
IxexeI xx −+−= sen.cos.
( ) ( ) Cxxe
IxxeIx
x +−=⇒−= cossen.2
cossen2
OBSERVAÇÃO;
Observe que escolhemos chamar xeu = e dxxdv .sen= para começarmos a resolver esta
integral.
Se tivéssemos feito a escolha trocada, ou seja, se tomássemos xu sen= e dxedv x.= ,
resolveríamos do mesmo jeito esta integral (EXPERIMENTE).
05) ∫= dxxI .sec3
Se quisermos resolver esta integral diretamente, devemos encontrar sérias dificuldades.
Vamos, então, fazer: ∫= dxxxI .sec.sec2 .
Por Partes: ∫ ∫−= duvvudvu ...
Fazendo:
=⇒=⇒=
=⇒=
∫∫ tgxvdxxdvdxxdv
dxtgxxduxu
.sec.sec
..secsec
22
Desta forma, teremos:
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∫−= dxxtgxtgxxI ..sec.sec2
Mas: 1sec22 −= xxtg
Logo: ( )∫ −−= dxxxtgxxI .1sec.sec.sec2
∫ ∫+−= dxxdxxtgxxI .sec.sec.sec3
∫+−= dxxItgxxI .sec.sec
( ) CtgxxtgxxI +++= secln.sec2
( )[ ] CtgxxtgxxI +++= secln.sec2
1
06) ∫= dxarctgxI .
Em integrais como esta, que apresentam apenas uma função no integrando, devemos chamar
esta função de u , no caso de aplicarmos este método.
Portanto, pelo Método de Integração Por Partes: ∫ ∫−= duvvudvu ...
Fazendo:
=⇒=⇒=
+=⇒=
∫ ∫ xvdxdvdxdv
dxx
duarctgxu .1
12
Assim, teremos:
∫ +−= dx
x
xarctgxxI .
1.
2
A segunda integral é imediata (Diretiva da Função Quociente). Basta arrumarmos o numerador
do integrando, ou seja:
∫ +−= dx
x
xarctgxxI .
1
2
2
1.
2
( ) CxarctgxxI ++−= 21ln.
2
1.
07) ∫∫ =⇒= dxxxIdxxI .sen.sen.sen2
Embora esta integral já tenha sido resolvida por aplicação de Diretivas, nós também podemos
resolve-la por este método, desde que façamos xxx sen.sensen2 = .
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Por Partes: ∫ ∫−= duvvudvu ...
Fazemos:
−=⇒=⇒=
=⇒=
∫ ∫ xvdxxdvdxxdv
dxxduxu
cos.sen.sen
.cossen
Assim, a integral torna-se:
∫+−= dxxxxI .coscos.sen2
Mas: xx 22sen1cos −=
Logo: ( )∫ −+−= dxxxxI .sen1cos.sen2
∫ ∫−+−= dxxdxxxI .sencos.sen2
IxxxI −+−= cos.sen
( ) CxxxIxxxI +−=⇒−= cos.sen.2
1cos.sen2
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CÁLCULO 1 – AULA 37
4.7 - INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO DE VARIÁVEIS:
Tão importante quanto o Método de Integração por Partes é o Método de Integração por
Substituição de Variáveis.
Em linhas gerais, este Método se propõe a fazer uma troca conveniente na variável de
integração, de modo que a integral se torne mais simples de ser resolvida e, às vezes, até mesmo
imediata.
Genericamente, se temos uma integral da forma ( )∫ dxxf . , podemos fazer a substituição:
( ) ( )dttgdxtgx .′=⇒= .
Com esta substituição, a integral torna-se:
( ) ( )[ ] ( )∫ ∫ ′= dttgtgfdxxf ...
Isto é, uma integral para ser resolvida na variável x passará a ser resolvida na variável t .
OBSERVAÇÃO;
Se a integral é Definida e vamos usar substituição de variáveis para resolve-la, então é
conveniente mudar também os limites de integração, ao fazer a mudança de variável.
Não existe uma regra básica que estabeleça se devemos ou não trocar a variável para
resolver a integral. A princípio, podemos efetuar a mudança de variáveis quando quisermos.
Entretanto, existem certas situações particulares para as quais é aconselhável, ou até mesmo
necessário, que se faça essa substituição de variáveis.
Dessas situações, a mais comum é aquela em que aparecem radicais no integrando. Nesses
casos, a mudança de variáveis servirá exatamente para eliminar esses radicais.
Nesta aula, vamos estudar dois dos quatro casos mais comuns envolvendo essas situações.
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4.7.1 – 1o CASO:
Se o integrando apresenta um radical da forma ( )*22 ℜ∈− axa então é conveniente fazer a
substituição:
Com esta substituição, teremos:
( ) tatatataaxa cos.cos.sen1.sen.222222222 ==−=−=−
ou seja, o radical é eliminado.
EXEMPLOS;
01) ∫ ∫−
=⇒−
= dxx
xI
x
dxxI .
11
.
222
Vemos que esta integral possui um radical da forma 22 xa − , com 1=a .
Podemos, então, fazer: txedttdxtx cos1.cossen.12 =−=⇒= .
Portanto, a integral torna-se:
∫∫ +−=== Ctdttt
dtttI cos.sen
cos
.cos.sen
Voltando para a variável original, teremos: CxI +−−= 21 .
OBSERVAÇÃO;
A integral acima já era imediata. No entanto, isto não invalidou o fato de tê-la resolvido por
substituição de variáveis.
02) ∫ ∫ −=⇒−= dxxIdxxI .4.16222
Novamente, temos um radical da forma 22 xa − , com 4=a .
Fazendo: txedttdxtx cos416.cos.4sen.42 =−=⇒=
Assim, a integral torna-se:
dttadxtax .cossen. =⇒=
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∫∫ == dttdtttI .cos16.cos4.cos42
Lembrando que 2
2cos1cos
2 tt
+= , podemos escrever:
[ ]∫ ∫ ∫+=+
= dttdtdtt
I .2cos8.2
2cos116
+= ∫∫ dttdtI .2cos.22
18
CttICttI +−=⇒+
−= 2sen282sen4
18
CtttICtttI +−=⇒+−= cos.sen48cos.sen2.28
Voltando para a variável x , temos:
4
16coscos416
4arcsen;
4sensen4
22 x
ttxex
tx
ttx−
=⇒=−
==⇒=
Finalmente, a integral torna-se:
Cxxx
ICxxx
I +−
−
=⇒+−
−
=4
16
4arcsen8
4
16.4.4
4arcsen8
22
4.7.2 – 2o CASO:
Se o integrando apresenta um radical da forma ( )*22 ℜ∈+ axa então é conveniente fazer a
substituição:
Com esta substituição, teremos:
( ) tatattgattgaaxa sec.sec.1..222222222 ==+=+=+
ou seja, o radical é eliminado.
EXEMPLOS;
01) ∫ ∫+
=⇒+
=22239 xx
dxI
xx
dxI
dttadxtgtax .sec.2=⇒=
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Temos um radical da forma 22 xa + , com 3=a .
Fazendo: tgtx 3= , teremos dttdx .sec32= e tx sec39
2 =+
Com isto, a integral torna-se:
∫ ∫ ∫ ∫==== dtt
dt
t
ttdt
tgt
tdtttgt
tI .
sen
1
3
1.
cos
sen
cos
1
3
1.
sec
3
1.
sec3.3
sec32
( )∫ +−== CgttdttI cotseccosln3
1.seccos
3
1
Voltando para a variável x , resulta:
xtgtgt
xtgt
31cot
3==⇒=
Mas: x
x
xtgt
991cot1seccos
2
2
2 +=+=+=
Assim: Cx
xI +
−+=
39ln3
12
02) ∫ ∫+
=⇒+
=3
1
3
1
222
.1
.1
dxx
xIdx
x
xI
Fazendo: txdttdxtgtx sec1.sec22 =+⇒=⇒=
Como a integral é definida, vamos mudar também os limites de integração:
Para 1=x , temos 4
1π
=⇒= ttgt
Para 3=x , temos 3
3π
=⇒= ttgt
Portanto, a integral torna-se:
( )dt
tgt
ttgtdtt
tgt
tI .
1.sec.sec.
sec3
4
3
4
2
2∫ ∫+
==π
π
π
π
∫ ∫ ∫∫ +=+= 3
4
3
4
3
4
3
4
..sec.seccos..sec.sec
π
π
π
π
π
π
π
π dttgttdttdttgttdttgt
tI
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( )[ ] 34
seccotseccosln
π
πtgttI +−=
Substituindo os limites de integração:
4sec
3sec
4cot
4seccosln
3cot
3seccosln
ππππππ−+
−−
−= ggI
Porém:
3
32
3
2
2
3
1
3sen
1
3seccos ====
ππ
; 22
22
2
2
2
2
1
4sen
1
4seccos =====
ππ
3
3
3
1
3
1
3cot ===
ππ
tg
g ; 14
cot =πg
2
2
1
1
3cos
1
3sec ===
ππ
; 22
22
2
2
2
2
1
4cos
1
4sec =====
ππ
Logo: ( ) 2212ln3
3
3
32ln −+−−
−=I
( ) 2212ln3
3ln −+−−
=I
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CÁLCULO 1 – AULA 38
4.7 - INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO DE VARIÁVEIS:
4.7.3 – 3o CASO:
Se o integrando apresenta um radical da forma ( )*22 ℜ∈− aax então é conveniente fazer a
substituição:
Com esta substituição, teremos:
( ) tgtattgataataax ..1sec.sec. 222222222 ==−=−=−
ou seja, o radical é eliminado.
EXEMPLOS;
01) ∫ ∫−
=⇒−
=222 11 xx
dxI
xx
dxI
Vemos que esta integral possui um radical da forma 22 ax − , com 1=a .
Podemos, então, fazer: tgtxedttgttdxtx =−=⇒= 1..secsec.1 2 .
Portanto, a integral torna-se:
∫∫ +=== Ctdttgtt
dttgttI .
.sec
..sec
Mas xarcttx secsec =⇒=
Portanto: CxarcI += sec
OBSERVAÇÃO;
A integral acima já era imediata, quer dizer, o integrando é igual à derivada da função inversa
da secante. Entretanto, nada impede que tenhamos resolvido esta integral por substituição de
variáveis, uma vez que o resultado será aquele que já esperávamos.
dttgttadxtax ..secsec. =⇒=
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02) ∫ ∫−
=⇒−
= dxx
xIdx
x
xI
222 2.4
Novamente, temos um radical da forma 22 ax − , com 2=a .
Fazendo: tgtxedttgttdxtx 24..sec.2sec.2 2 =−=⇒=
Assim, a integral torna-se:
( ) ( )∫ ∫ ∫ +−=−=== Cttgtdttdtttgt
dttgtttgtI .2.1sec2.2
sec.2
..sec.2..2 22
Mas: 2
42 −=
xtgt e
=2
secx
arct
Logo: Cx
arcxI +
−−=2
sec242
4.7.4 – 4o CASO – FUNÇÕES IRRACIONAIS:
Se a integral é do tipo ∫
= dxxxxxRI s
r
q
p
n
m
.,...,,, , então fazemos a substituição:
Esta substituição é a mais conveniente, pois ela elimina todos os radicais ao mesmo tempo.
EXEMPLOS;
01) ∫ ∫+
=+
= dx
x
xdx
x
xI .
1
.1 4
3
2
1
4 3
Temos: ( ) 44,2 =MMC
Fazendo, então, a substituição: dttdxtx .4 34 =⇒= .
Logo, a integral torna-se:
sqnMMCkondedttkdxtx kk ,...,,(,.. 1 ==⇒= −
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∫ ∫ +=
+= dt
t
tdtt
t
tI .
14.4.
1 3
53
3
2
Como o integrando é uma função racional imprópria, devemos efetuar a divisão antes de
integrarmos:
Assim: 11 3
22
3
5
+−=
+ t
tt
t
t
Portanto:
+−= ∫ ∫ dtt
tdttI .
1.4
3
22
+−= ∫ ∫ 1
3.3
1.4
3
22
t
tdttI
( ) ( )[ ] CttICtt
I ++−=⇒+
+−= 1ln.
3
41ln.
3
1
34 333
3
Como 4tx = , então 4 xt = e 4 33 xt = .
Finalmente: ( )[ ] CxxI ++−= 1ln.3
4 4 34 3
02) ∫ ∫+
=+
= dx
x
xdx
x
xI .
1
.1
2
1
4
1
4
Temos: ( ) 42,4 =MMC
Fazendo: dttdxtx .4 34 =⇒=
Com esta substituição, a integral torna-se:
∫ ∫ +=
+= dt
t
tdtt
t
tI .
14.4.
1 2
43
2
Novamente, temos no integrando uma função racional imprópria.
Efetuando a divisão, obtemos:
1
11
1 2
2
2
4
++−=
+ tt
t
t
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Portanto:
+
+−= ∫ ∫ ∫ dtt
dtdttI .1
114
2
2
Carctgttt
I +
+−=
34
3
Como 4tx = , então 4 xt = .
Logo: Cxarctgxx
I +
+−= 44
4 3
34
03) Calcule dx3e
1eeI
5ln
0x
xx
∫ +
−=
Para eliminarmos o radical, vamos fazer a substituição:
111 22 +=⇒=−⇒=− tetete xxx
Diferenciando membro a membro, obtemos: dttdxe x .2. =
Como a integral é definida, vamos mudar também os limites de integração:
Para 01110 0 =−=−=⇒= etx
Para 241515ln 5ln ==−=−=⇒= etx
Substituindo na integral, resulta:
∫ ∫ ∫ ∫
+
−=
+−
+
+=
+
−+=
+=
2
0
2
0
2
0
2
0 222
2
2
2
2
2
.4
412.
4
4
4
4.2.
4
44.2
4
.2dt
tdt
tt
tdt
t
t
t
dttI
∫ ∫ −=−=
−=+
−=2
0
2
0
2
0
24
4.44
242.
4
18.2 π
πtarctgtdt
tdtI
04) Calcule ∫− +=
8
1 32 x
dxI
Neste exemplo, observamos que existe um radical dentro do outro. Isto não tem importância
nenhuma. Podemos eliminar os dois radicais simultaneamente com uma única substituição.
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Portanto, vamos fazer:
( )3223233 2222 −=⇒−=⇒=+⇒=+ txtxtxtx
Diferenciando, obtemos: ( ) ( ) dtttdxdtttdx .2.6.2.2.32222 −=⇒−=
Novamente, a integral é definida. Uma vez que fizemos a substituição de variáveis, vamos
fazer também a mudança nos limites de integração:
Para 1112121 3 ==−=−+=⇒−= tx
Para 2422828 3 ==+=+=⇒= tx
( ) ( ) ( )∫ ∫ ∫ +−=−=−
=2
1
2
1
2
1
2422
22
.446.26.2.6
dtttdttt
dtttI
+−−
+−=
+−= 1.4
3
1.4
5
1.62.4
3
2.4
5
2.64
3
4
5.6
35352
1
35
ttt
I
5
2632
5
186248
5
64864
5
1924
3
4
5
1.68
3
32
5
32.6 =−=−+−+−=
+−−
+−=I
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
CÁLCULO 1 – AULA 39
4.8 - INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS POR FRAÇÕES PARCIAIS:
Dizemos que uma função é Racional quando ela se apresenta sob a forma ( )( )xQxP
, onde:
( ) m
mmm AxAxAxAxP ++++= −−...
2
2
1
10 e ( ) n
nnn BxBxBxBxQ ++++= −−...
2
2
1
10 são funções
polinomiais de graus m e n , respectivamente.
Para esta classe de funções, são válidas as seguintes definições:
• Se nm ≥ , dizemos que a Função Racional é Imprópria;
• Se nm < , dizemos que a Função Racional é própria.
Toda Função Racional Imprópria representa uma Função Polinomial (quando a divisão de
( )xP por ( )xQ é exata), ou pode ser decomposta na soma de uma Função Polinomial com uma
Função Racional Própria (quando a divisão não é exata).
Assim, podemos dizer que: ( )( )
( ) ( )( )xQxR
xqxQ
xP+= , onde ( )xq é o quociente e ( )xR o resto desta
divisão.
A integral da Função Polinomial é imediata. Estamos interessados em saber como resolver a
integral da Função Racional Própria.
Para isto, basta lembrar que uma Função Racional Própria pode ser decomposta numa soma
de Frações Parciais.
Vamos considerar 4 casos:
4.8.1 – 1o CASO – FATORES LINEARES DISTINTOS:
A cada fator linear da forma ( )bax + que aparece no denominador da Função Racional Própria
corresponde uma Fração Parcial do tipo bax
A
+, onde ℜ∈A .
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EXEMPLOS;
01) ( )( )
ℜ∈+
+−
=+−
BAx
B
x
A
xx
x,,
2121
02) ( )( )( )
ℜ∈+
+−
++
=+−+
−CBA
x
C
x
B
x
A
xxx
x,,,
53235323
43
Portanto, para resolver uma integral cujo integrando é uma Função Racional como as dos
exemplos acima, basta decompor essa função em frações parciais.
EXERCÍCIOS;
01) ( )( )∫ ∫ +−
=−
= dxxxx
dxI .
22
1
42
Podemos observar que o integrando é uma Função Racional Própria, pois é o quociente de
um polinômio de grau zero por um polinômio de grau 2.
Vemos também que o denominador dessa função é um produto de fatores de primeiro grau
(lineares) diferentes (distintos).
Portanto, por Frações Parciais, podemos escrever:
( )( ) 2222
1
−+
+=
−+ x
B
x
A
xx
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador, temos:
( )( )( ) ( )( )( )22
22
22
1
−+++−
=−+ xx
xBxA
xx
Como os denominadores são iguais, basta igualar os numeradores.
Assim, devemos ter: ( ) ( ) 122 =++− xBxA .
O nosso objetivo, agora, é determinar valores positivos para as constantes A e B que
satisfaçam a equação acima.
Aparentemente temos uma só equação com duas variáveis ( A e B ). Entretanto, não é assim
que devemos olhar para igualdades como esta. Vamos obter os valores destas constantes por
comparação, ou seja, vamos impor a condição de que o primeiro membro desta igualdade (e de
outras que irão aparecer no futuro) seja igual ao segundo membro.
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Temos duas maneiras de fazer isto:
1a MANEIRA:
Um procedimento que podemos usar para obter os valores destas constantes é desenvolver o
primeiro membro e compara-lo com o segundo, termo a termo.
Temos: ( ) ( ) 122 =++− xBxA
Abrindo os parênteses:
122 =++− BBxAAx
Reagrupando os termos semelhantes:
( ) ( ) 122 =−++ ABxBA
Comparando o primeiro com o segundo membro, devemos ter:
=−
=+
122
0
AB
BA
Resolvendo este sistema, obtemos: 4
1−=A e
4
1=B (Confira!)
2a MANEIRA:
Podemos atribuir valores para a variável x de maneira conveniente a eliminar todas as
constantes, menos uma, e assim calcular o valor dessa constante.
No nosso exemplo, temos: ( ) ( ) 122 =++− xBxA .
• Para 2=x , temos ( )4
114122 =⇒=⇒=+ BBB
• Para 2−=x , temos ( )4
114122 −=⇒=−⇒=−− AAA
Encontramos, portanto, os mesmos resultados.
Á princípio, a segunda solução parece ser a mais simples por ser mais prática. Podemos,
então, lançar mão deste procedimento sempre que quisermos.
Entretanto, é bom saber que esta segunda solução só será eficiente quando o denominador
da Função Racional Própria tiver raízes reais. São essas raízes que nós vamos utilizar para obter
os valores das constantes procuradas, com fizemos acima com as raízes 2=x e 2−=x .
Logo: ( )( )
+
−−
=−
++
−=
−+ 2
1
2
1
4
1
2
4
1
2
4
1
22
1
xxxxxx
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Assim: ∫ ∫ ∫ ∫
+
−−
=
+
−−
=−
= dxx
dxx
dxxxx
dxI .
2
1.2
1
4
1.
2
1
2
1
4
1
42
Resolvendo: ( ) ( )[ ] CxxI ++−−= 2ln2ln4
1
ATENÇÃO;
Alguns livros trazem a solução de integrais como esta da forma: Cx
xI +
+−
=4
2ln4
1, isto é,
aplicam uma propriedade de Logaritmos para juntar os dois logaritmos obtidos na integração.
Entretanto, esta solução está ERRADA, uma vez que esta propriedade é operatória, isto é, só
tem validade quando existirem os dois logaritmos.
Por outro lado, quem nos garante que as funções ( ) ( ) ( )[ ]2ln2ln4
1+−−= xxxf e
( )
+−
=2
2ln4
1
x
xxg são iguais?
02) ( )( )( )∫ −+−
−+= dx
xxx
xxI .
413
77852
Novamente, vemos que o denominador apresenta um produto de três fatores de primeiro grau
distintos.
Portanto, por Frações Parciais, podemos escrever:
( )( )( ) 413413
77852
−+
++
−=
−+−−+
x
C
x
B
x
A
xxx
xx
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador, temos:
( )( )( )( )( ) ( )( ) ( )( )
( )( )( )413
134341
413
77852
−+−+−+−−+−+
=−+−
−+xxx
xxCxxBxxA
xxx
xx
Comparando os numeradores:
( )( ) ( )( ) ( )( )13434177852 +−+−−+−+=−+ xxCxxBxxAxx
Percebemos que o denominador possui três raízes reais, que são 3=x , 1−=x e 4=x .
Portanto, podemos usar a segunda maneira para encontrar os valores de A , B e C .
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• Para ( )( ) 2484313773.83.532 =⇒−=−⇒−+=−+⇒= AAAx
• Para ( ) ( ) ( )( ) 420804131771.81.512 −=⇒=−⇒−−−−=−−+−⇒−= BBBx
• Para ( )( ) 75351434774.84.542 =⇒=⇒+−=−+⇒= CCCx
Portanto, podemos escrever:
( )( )( )∫ ∫ ∫ ∫ −+
+−
+−
=−+−
−+= dx
xdx
xdx
xdx
xxx
xxI .
4
7.1
4.3
2.
413
77852
Resolvendo:
( ) ( ) ( ) CxxxI +−++−−= 4ln71ln43ln2
03) ( )( ) dxxxx
xxI .
65.1
5322
2
∫ +−−+−
=
Vemos que o integrando traz uma Função Racional Própria, porém aparecem no denominador
dois fatores: um de primeiro e outro de segundo grau.
O polinômio de segundo grau pode ser fatorado, de modo que podemos escrever a integral na
forma: ( )( )( )∫ −−−
+−= dx
xxx
xxI .
321
5322
.
Por Frações Parciais:
( )( )( ) 321321
5322
−+
−+
−=
−−−+−
x
C
x
B
x
A
xxx
xx
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador:
( )( )( )( )( ) ( )( ) ( )( )
( )( )( )321
213132
321
5322
−−−−−+−−+−−
=−−−
+−xxx
xxCxxBxxA
xxx
xx
Comparando os numeradores, devemos ter:
( )( ) ( )( ) ( )( )2131325322 −−+−−+−−=+− xxCxxBxxAxx
• Para ( )( ) 224312151.31.212 =⇒=⇒−−=+−⇒= AAAx
• Para ( )( ) 77321252.32.222 −=⇒−=⇒−−=+−⇒= BBBx
• Para ( )( ) 7214231353.33.232 =⇒=⇒−−=+−⇒= CCCx
Portanto:
( )( ) ∫∫ ∫∫ −+
−−
+−
=+−−
+−= dx
xdx
xdx
xdx
xxx
xxI .
3
7.2
7.1
2.
65.1
5322
2
Resolvendo estas integrais, resulta:
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( ) ( ) ( ) CxxxI +−+−−−= 3ln72ln71ln2
4.8.2 – 2o CASO – FATORES LINEARES REPETIDOS:
A cada fator linear repetido da forma ( ) ( )Ν∈+ nbaxn que aparece no denominador de uma
Função Racional Própria, corresponde à soma de n Frações Parciais da forma:
( ) ( ) ( )nbax
N
bax
C
bax
B
bax
A
+++
++
++
+...
32 , onde ℜ∈NCBA ,...,,, .
EXEMPLOS;
01) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )32232
2
111221.2
42
++
++
++
−+
−=
+−
++
x
E
x
D
x
C
x
B
x
A
xx
xx
02) ( ) 11.
73323 −+++=
−−
x
D
x
C
x
B
x
A
xx
x
OBSERVAÇÃO;
Observe que, no primeiro exemplo existem dois fatores lineares repetidos, um deles duas
vezes e o outro, três vezes. No segundo exemplo, apenas um fator linear aparece repetido três
vezes e o outro é distinto.
Porém, o mais importante é observar que, no primeiro exemplo, existe no denominador um
polinômio de quinto grau. Quando decompomos em Frações Parciais, aparecem cinco constantes
a serem determinadas. Ao mesmo tempo, no segundo exemplo temos um polinômio de quarto
grau no denominador e, como conseqüência, quatro constantes a serem calculadas.
Isto não foi uma coincidência, ou seja, quando decompomos uma Função racional Própria em
Frações Parciais, o número de constantes a serem calculadas é o mesmo número que mede o
grau do polinômio do denominador.
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EXERCÍCIOS;
01) ( )( )∫ −+
+= dx
xx
xI .
11
532
Percebemos que o integrando traz uma Função Racional Própria e que no denominador
aparecem dois fatores lineares, sendo que um deles está repetido duas vezes.
Por Frações Parciais:
( )( ) ( )2211111
53
−+
−+
+=
−+
+
x
C
x
B
x
A
xx
x
Reduzindo ao mesmo denominador:
( )( )( ) ( )( ) ( )
( )( )22
211
1111
11
53
−+
++−++−=
−+
+
xx
xCxxBxA
xx
x
Comparando os numeradores:
( ) ( )( ) ( )1111532 ++−++−=+ xCxxBxAx
Embora, neste caso, o denominador apresente apenas duas raízes reais, vamos tentar obter
os valores das constantes pela segunda maneira, isto é:
• Para ( ) ( )2
1421151.31
2 =⇒=⇒−−=+−⇒−= AAAx
• Para ( ) 4281151.31 =⇒=⇒+=+⇒= CCCx
• Para ( ) ( )( ) ( )2
14
2
1510.4101010.
2
150.30
2 −=⇒+−=⇒++−++−=+⇒= BBBx
Portanto, a integral torna-se:
( )( ) ( )∫ ∫ ∫∫ −+
−
−+
+=
−+
+= dx
xdx
xdx
xdx
xx
xI .
1
4.1
2
1
.1
2
1
.11
5322
( )∫ ∫ ∫−−+
−−
+= dxxdx
xdx
xI .14.
1
1
2
1.1
1
2
1 2
( ) ( ) Cx
xxI +−
−−−+=1
41ln
2
11ln
2
1
02) Resolver ( )∫ −
−−= dx
ee
eI
xx
x
1
132
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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Neste exercício, observamos que o integrando traz um quociente de funções. Porém, não se
trata de uma Função Racional Polinomial.
Portanto não podemos, ainda, aplicar Frações Parciais.
Vamos, então, fazer uma mudança de variáveis.
Chamando: dtt
dxtxte x .1
ln =⇒=⇒=
Assim: ( ) ( )( )∫ ∫ −+
−−=
−
−−= dt
ttt
tdtttt
tI .
11
13.1.
1
1322
Podemos perceber, agora, que o novo integrando apresenta uma Função Racional Própria,
onde aparece no denominador um produto de fatores lineares na variável t , sendo um deles
repetido duas vezes.
Vamos resolver esta integral por Frações Parciais e depois voltar à variável original x .
Assim, podemos escrever:
( )( ) 1111
1322 −
++
++=−+
−−t
D
t
C
t
B
t
A
ttt
t
Reduzindo ao mesmo denominador:
( )( )( )( ) ( )( ) ( ) ( )
( )( )11
111111
11
132
22
2 −+
++−+−++−+=
−+
−−
ttt
tDttCtttBttAt
ttt
t
Comparando os numeradores:
( )( ) ( )( ) ( ) ( )1111111322 ++−+−++−+=−− tDttCtttBttAtt
• Para ( )( ) 11101010.30 =⇒−=−⇒−+=−−⇒= BBBt
• Para ( ) 224111.11.312 −=⇒=−⇒+=−−⇒= DDDt
• Para ( ) ( ) ( ) 12211.1.11.312 −=⇒−=⇒−−−=−−−⇒−= CCCt
• Para ( )( ) ( )( ) ( ) ( ) 312.2.212.2.11212.11212.2.12.3222 =⇒+−−−−++−+=−−⇒= AAt
Portanto:
( )∫ ∫ ∫ ∫ ∫ −−
++−
++=−−−
= dtt
dtt
dtt
dtt
dtttt
tI .
1
2.1
1.
1.3
.1.
1
1322
Resolvendo:
( ) ( ) Cttt
tI +−−+−−= 1ln21ln1
ln3
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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Porém xeteetet
et xx
x
x ===⇒=⇒= −lnln
111
Logo: ( ) ( ) CeeexI xxx +−−+−−= −1ln21ln3
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CÁLCULO 1 – AULA 40
4.8 - INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS POR FRAÇÕES PARCIAIS:
4.8.3 – 3o CASO – FATORES DE SEGUNDO GRAU DISTINTOS:
A cada fator de segundo grau irredutível da forma ( )ℜ∈++ cbacbxax ,,2 que aparece no
denominador de uma Função Racional Própria, corresponde uma Fração Parcial da forma:
cbxax
BAx
++
+2
, onde ℜ∈CBA ,, .
OBSERVAÇÃO;
Chamamos um polinômio de segundo grau de IRREDUTÍVEL quando ele não pode ser
fatorado, isto é, quando ele não possui raízes Reais.
EXEMPLOS;
01) ( )( ) 431431
72322
2
++
++
+=
+++
−+
xx
CBx
x
A
xxx
xx
02) ( )( ) 4141
952222 ++
+++
=++
−x
DCx
x
BAx
xx
x
EXERCÍCIOS;
01) ( )( )∫ ++−
+= dx
xxx
xI .
221
22
2
Nesta integral, podemos perceber que o integrando é uma Função Racional Própria e que o
denominador possui um fator linear e um fator de segundo grau que é irredutível, uma vez que o
discriminante do polinômio de segundo grau é negativo, portanto ele não possui raízes reais.
Por Frações Parciais:
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( )( ) 221221
222
2
++
++
−=
++−
+
xx
CBx
x
A
xxx
x
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador:
( )( )( ) ( )( )
( )( )221
122
221
22
2
2
2
++−
−++++=
++−
+
xxx
xCBxxxA
xxx
x
Comparando os numeradores:
( ) ( )( )122222 −++++=+ xCBxxxAx
Embora exista apenas uma raiz real no denominador, que é 1=x , ainda assim podemos
tentar obter os valores das constantes A, B e C pelo segundo método.
Assim:
• Para ( )5
35321.21211
22 =⇒=⇒++=+⇒= AAAx
• Para ( ) ( )5
4
5
621020.20
5
3200
22 −=⇒−=⇒−+++=+⇒= CCCx
• Para ( ) ( ) ( )( ) ( )5
211
5
421.21
5
3211
22 =⇒−−
−−++−+−=+−⇒−= BBx
Portanto:
( )( ) dxxx
x
dxx
dxxxx
xI .
22
5
4
5
2
.1
5
3
.221
222
2
∫ ∫∫ ++
−+
−=
++−
+=
∫ ∫ ++−
+−
= dxxx
xdx
xI .
22
42
5
1.1
1
5
32
A primeira integral já é imediata. Precisamos arrumar a segunda integral pra que ela também
se torne imediata.
Então, vamos fazer:
∫ ∫ ++−+−
+−
= dxxx
xdx
xI .
22
2242
5
1.1
1
5
32
∫ ∫ ∫ ++−
+++
++
−= dx
xxdx
xx
xdx
xI .
22
6
5
1.22
22
5
1.1
1
5
322
Observe, agora, que a segunda integral também já é imediata (Diretiva da Função Quociente).
Quanto à terceira integral, podemos arrumar o integrando de modo a que ela também se torne
imediata (Diretiva do arco tangente).
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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Assim: ( )∫ ∫ ∫ ++
−++
++
−= dx
xdx
xx
xdx
xI .
11
1
5
6.22
22
5
1.1
1
5
3222
Resolvendo estas integrais, obtemos:
( ) ( ) ( ) CxarctgxxxI ++−+++−= 15
622ln
5
11ln
5
3 2
02) ( )( )∫ ++−−
= dxxx
xxI .
94
122
2
Podemos perceber que o integrando acima é uma Função Racional Própria, na qual o
denominador é um produto de dois polinômios de segundo grau irredutíveis.
Por Frações Parciais:
( )( ) 9494
12222
2
++
+++
=++
−−x
DCx
x
BAx
xx
xx
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador, tem-se:
( )( )( )( ) ( )( )
( )( )94
49
94
122
22
22
2
+++++++
=++
−−xx
xDCxxBAx
xx
xx
Comparando os numeradores:
( )( ) ( )( )491222 +++++=−− xDCxxBAxxx
Como não existe nenhuma raiz real no denominador, o processo de atribuir valores para x a
fim de obter os valores de A B, C e D se torna ineficiente.
Neste caso, vamos encontrar os valores destas constantes por comparação, ou seja, vamos
desenvolver o segundo membro e compara-lo com o primeiro.
Assim:
DDxCxCxBBxAxAxxx 4499123232 +++++++=−−
Reduzindo os termos semelhantes:
( ) ( ) ( ) ( )DBxCAxDBxCAxx 49491232 +++++++=−−
Por comparação, devemos ter o seguinte sistema:
( )( )
( )( )
−=+
−=+
=+
=+
4149
3149
21
10
DB
CA
DB
CA
.
Da equação (1): AC −=
Em (3): 5
1
5
115149 =⇒−=⇒−=⇒−=− CAAAA
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Da equação (2): BD −= 1
Em (4): ( ) 215514491149 =⇒−=⇒−=⇒−=−+⇒−=−+ DBBBBBB
Portanto, a integral torna-se:
( )( ) ∫ ∫∫ +
++
+
−−=
++−−
= dxx
x
dxx
x
dxxx
xxI .
9
25
1
.4
15
1
.94
12222
2
∫ ∫ ∫ ∫∫ ∫ ++
++
+−
+−=
++
+++
−= dxx
dxx
xdx
xdx
x
xdx
x
xdx
x
xI .
9
10
5
1.95
1.4
5
5
1.45
1.9
10
5
1.4
5
5
1222222
∫ ∫ ∫ ∫ ++
++
+−
+−= dx
xdx
x
xdx
xdx
x
xI .
3
12.
9
2
2
1.5
1.
2
1.4
2
2
1.5
1222222
Portanto: ( ) ( ) Cx
arctgxx
arctgxI +
+++
−+−=33
29ln
10
1
22
14ln
10
1 22
4.8.4 – 4o CASO – FATORES DE SEGUNDO GRAU REPETIDOS:
A cada fator irredutível do segundo grau, repetido n vezes e da forma ( )ncbxax ++2 , que
aparece no denominador de uma Função Racional Própria, corresponde uma soma de Frações
Parciais do tipo:
( ) ( ) ( )ncbxax
NMx
cbxax
FEx
cbxax
DCx
cbxax
BAx
++
+++
++
++
++
++
++
+232222
... .
EXEMPLOS;
01) ( )( ) ( ) ( )3222232
2
444141
743
+
++
+
++
+
++
−=
+−
+−
x
GFx
x
EDx
x
CBx
x
A
xx
xx
02) ( ) ( ) ( ) ( )2222222222
3
221121
2
+
++
+
++
+
++
+
+=
++
+−
x
HGx
x
FEx
x
DCx
x
BAx
xx
xx
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
EXERCÍCIO;
Resolver a integral ( )∫
++
++= dx
xx
xxI .
32
222
2
Neste exercício, percebemos que o integrando possui uma Função Racional Própria, tendo no
denominador um polinômio de segundo grau irredutível e que está repetido duas vezes.
Portanto, por Frações Parciais, podemos escrever:
( ) ( )22222
2
323232
2
++
++
++
+=
++
++
xx
DCx
xx
BAx
xx
xx
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador:
( )( )( )
( )22
2
22
2
32
32
32
2
++
+++++=
++
++
xx
DCxxxBAx
xx
xx
Igualando os numeradores:
( )( ) DCxxxBAxxx +++++=++ 32222
DCxBBxBxAxAxAxxx +++++++=++ 323222232
Reduzindo os termos semelhantes:
( ) ( ) ( )DBxCBAxBAAxxx +++++++=++ 32322232
Comparando, devemos ter:
0=A
112 =⇒=+ BBA
1123 −=⇒=++ CCBA
123 −=⇒=+ DDB
Portanto: ( )∫ ∫
++
−−+
++= dx
xx
xdx
xxI .
32
1.32
1222
( ) ( )( )( )∫ ∫
−+++−
++= dxxxxdx
xI .32.22
2
1.
21
1 22
22
Resolvendo, obtemos:
( ) Cxx
xarctgI +
+++
+=
322
1
2
1
2
12
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
CÁLCULO 1 – AULA 41
4.9 - INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS TRIGONOMÉTRICAS:
4.9.1 – SUBSTITUIÇÃO UNIVERSAL:
Consideremos a integral ( )∫= dxxxRI .cos,sen , isto é, uma integral cujo integrando é uma
função racional trigonométrica.
Podemos mostrar que a substituição
=2
xtgt , chamada de Universal, transforma I numa
integral de função racional polinomial na variável t .
Para isto, devemos considerar as seguintes identidades trigonométricas:
aaa cos.sen22sen = e aaa 22sencos2cos −=
Para 2
xa = , teremos:
=
2
cos.2
sen.22.2sen
xxx
Podemos, ainda, escrever:
1
2cos.
2sen.2
sen
=
xx
x
Porém, sabemos que:
+
=2
sen2
cos122 xx
.
Assim:
+
=
2sen
2cos
2cos.
2sen.2
sen22 xx
xx
x
Dividindo o numerador e o denominador por
2
cos2 x , resulta:
Da mesma maneira:
+
=
21
2.2
sen2 xtg
xtg
x
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
−
=
2
sen2
cos2.2cos
22 xxx
+
−
=
−
=
2sen
2cos
2sen
2cos
1
2sen
2cos
cos22
2222
xx
xxxx
x
Dividindo o numerador e o denominador por
2
cos2 x , resulta:
Fazendo nestas expressões a substituição
=2
xtgt , teremos:
Se ⇒=⇒
= arctgtxx
tgt 22
Com estas substituições, a integral torna-se:
Isto é, uma integral cujo integrando passa a ser uma Função Racional Polinomial definida na
variável t e que pode ser resolvida por Frações Parciais.
+
−=
21
21
cos2
2
xtg
xtg
x
21
2sen
t
tx
+=
2
2
1
1cos
t
tx
+
−=
21
2
t
dtdx
+=
( )∫ ∫ +
+
−
+==
22
2
21
2.
1
1,
1
2.cos,sen
t
dt
t
t
t
tRdxxxRI
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
OBSERVAÇÃO;
A substituição que acabamos de estudar é chamada de Universal porque ela é capaz de
transformar qualquer integral racional trigonométrica em racional polinomial.
EXEMPLOS;
01) ∫ −+=
xx
dxI
cossen1
Fazendo
=2
xtgt , teremos:
+=
+
−=
+=
2
2
2
2
1
2
1
1cos
1
2sen
t
dtdx
t
tx
t
tx
.
Assim, teremos:
( )∫ ∫ ∫ +=
+=
+
−−
++
+= dttttt
dt
t
t
t
t
t
dt
I .1
1
22
2
1
1
1
21
1
2
2
2
2
2
2
A integral acima pode ser resolvida por Frações Parciais:
( ) 11
1
++=
+ t
B
t
A
tt
( )( )( )11
1
1
+++
=+ tt
BttA
tt
Igualando os numeradores:
( ) BttA ++= 11
• Para 10 =⇒= At
• Para 111 −=⇒=−⇒−= BBt
Então: ( )∫ ∫ ++−=+−
+= Cttdtt
dtt
I 1lnln.1
1.1
Como
=2
xtgt , portanto: C
xtg
xtgI +
+
−
= 12
ln2
ln
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
02) ∫ −=
x
dxI
cos23
Fazendo
=2
xtgt , teremos:
+=
+
−=
2
2
2
1
2
1
1cos
t
dtdx
t
tx
Substituindo na integral, resulta:
( )∫ ∫ ∫ ∫+
=+
=
+
+−++=
+
−−
+= dttt
dt
t
tt
t
dt
t
t
t
dt
I .
15
12
15
2
1
2233
1
2
1
1.23
1
2
222
2
22
2
2
2
2
( )( )∫ +=
+= Ctarctgdt
tI 5
5
2.
15
5
5
2
22
Como
=2
xtgt , então: C
xtgarctgI +
=2
.55
2
03) ∫ ++=
3sen2cos xx
dxI
Fazendo
=2
xtgt , teremos:
+=
+
−=
+=
2
2
2
2
1
2
1
1cos
1
2sen
t
dtdx
t
tx
t
tx
Substituindo na integral, resulta:
∫ ∫ ∫ ∫ ++=
++=
+
+++−+=
++
++
−+= dt
tttt
dt
t
ttt
t
dt
t
t
t
t
t
dt
I .22
1
442
2
1
3341
1
2
31
2.2
1
1
1
2
22
2
22
2
22
2
2
( )( )∫ ++=
++= Ctarctgdt
tI 1.
11
122
Como
=2
xtgt , então: C
xtgarctgI +
+
= 12
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
4.9.2 – CASOS PARTICULARES:
Vimos que a substituição
=2
xtgt sempre permite transformar uma integral racional
trigonométrica em racional polinomial, portanto ela sempre pode ser utilizada.
Entretanto, existem certos casos particulares para os quais podemos fazer uso de outro tipo
de substituição, que também vão transformar a integral dada numa integral racional polinomial. E
com a vantagem de se obter uma integral mais simples de ser resolvida.
Por este motivo, é importante estudarmos esses casos. São eles:
1o CASO;
Se a integral é do tipo ( )∫= dxxxRI .cos.sen , isto é, se o integrando é o produto de uma função
racional em xsen , e se essa função racional está sendo multiplicada pelo xcos , então o mais
conveniente a fazer é usar a substituição dxxdtxt .cossen =⇒= .
Com esta substituição, a integral torna-se: ( )∫= dttRI . , ou seja, uma integral de função
racional polinomial na variável t .
Resumindo:
EXEMPLOS;
01) ∫ ∫ +=
+= dxx
x
xdx
x
xxI .cos.
sen1
sen.
sen1
cos.sen
Fazendo: dxxdtxt .cossen =⇒=
Com estas substituições, a integral torna-se:
∫ ∫ ∫
+
−++
=+−+
=+
= dttt
tdt
t
tdtt
tI .
1
1
1
1.
1
11.
1
( )∫ ∫ ++−=+
−= Cttdtt
dtI 1ln.1
1
( ) ( )∫ ∫=⇒
=
=⇒= dttRI
dxxdt
xtfazemosdxxxRI .
.cos
sen.cos.sen
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
Como xt sen= , então: ( ) CxxI ++−= sen1lnsen
02) ( )∫ ∫ ∫ +
=+
=+
= dxxxx
dxx
x
x
dxx
gxI .cos.
sen1.sen
1.
sen1
sen
cos
.sen1
cot
Fazendo: dxxdtxt .cossen =⇒=
Com estas substituições, a integral torna-se: ( )∫ +
= dttt
I .1
1
Por Frações Parciais, podemos escrever:
( ) ( )( )( )tt
BttA
ttt
B
t
A
tt +++
=+
⇒+
+=+ 1
1
1
1
11
1
Igualando os numeradores: ( ) BttA ++= 11
• Para 10 =⇒= At
• Para 111 −=⇒−=⇒−= BBt
Portanto: ( )∫ ∫ ++−=+−
+= Cttdtt
dtt
I 1lnln.1
1.1
Como xt sen= , então: ( ) ( ) CxxI ++−= sen1lnsenln
2o CASO;
Se a integral é do tipo ( )∫= dxxxRI .sen.cos , isto é, se o integrando é o produto de uma função
racional em xcos , e se essa função racional está sendo multiplicada pelo xsen , então o mais
conveniente a fazer é usar a substituição dxxdtdxxdtxt .sen.sencos =−⇒−=⇒= .
Com esta substituição, a integral torna-se: ( )( )∫ −= dttRI . , ou seja, uma integral de função
racional polinomial na variável t .
Resumindo:
( ) ( )( )∫ ∫ −=⇒
−=
=⇒= dttRI
dxxdt
xtfazemosdxxxRI .
.sen
cos.sen.cos
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
EXEMPLOS;
01) ∫ ∫ +=
+= dxx
x
x
x
dxxxI .sen.
cos1
cos
cos1
.sen.cos2
2
2
2
Fazendo dxxdtxt .sencos =−⇒=
( )∫ ∫ ∫
+−
+
+−=
+
−+−=−
+= dt
tt
tdt
t
tdt
t
tI .
1
1
1
1.
1
11.
122
2
2
2
2
2
∫∫ ++−=+
+−= Carctgttdtt
dtI .1
122
Mas xt cos= , logo: ( ) CxarctgxI ++−= coscos
02) ( )
∫ ∫∫ +=
+=
+= dxx
x
xdx
x
xxdx
x
xI .sen.
cos2
cos2.
cos2
cos.sen.2.
cos2
2sen
Fazendo dxxdtxt .sencos =−⇒=
( )∫ ∫ ∫
+
−++
−=+−+
−=−+
= dttt
tdt
t
tdt
t
tI .
2
2
2
22.
2
222.
22
( )∫∫ +++−=+
+−= Cttdtt
dtI 2ln42.2
142
Mas xt cos= , logo: ( ) CxxI +++−= cos2ln4cos2
3o CASO;
Se a integral é do tipo ( )∫= dxtgxRI . , isto é, se o integrando é uma função racional em tgx ,
então o mais conveniente a fazer é usar a substituição:
21 t
dtdxarctgtxtgxt
+=⇒=⇒= .
Com esta substituição, a integral torna-se: ( )∫ +=
21.
t
dttRI , ou seja, uma integral de função
racional polinomial na variável t .
Resumindo:
( ) ( )∫ ∫ +=⇒
+=
=⇒=
2
21.
1
.t
dttRI
t
dtdx
tgxt
fazemosdxtgxRI
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
EXEMPLOS;
01) ∫ += dx
tgx
tgxI .
1
Fazendo: 2
1 t
dtdxtgxt
+=⇒=
Com estas substituições, a integral torna-se:
( )( )∫ ∫ ++=
++= dt
tt
t
t
dt
t
tI .
1.11.
1 22
Observe que o integrando é uma função racional própria que traz no denominador o produto
de um fator linear por um fator de segundo grau irredutível.
Por Frações Parciais: ( )( ) 22
111.1 t
CBt
t
A
tt
t
+
++
+=
++
( )( )( ) ( )( )
( )( )22
21.1
1.1
1.1 tt
tCBttA
tt
t
++
++++=
++
Igualando os numeradores: ( ) ( )( )tCBttAt ++++= 1.12
• Para 2
1211 −=⇒=−⇒−= AAt
• Para 2
1
2
100 =⇒+−=⇒= CCt
• Para 2
11212111 =⇒=⇒++−=⇒= BBBt
Logo:
∫ ∫ ∫ ∫ ∫∫ ∫ ++
++
+−=
+
++
+−=
+
++
+
−= dt
tdt
t
tdtt
dtt
tdtt
dtt
t
dtt
I .1
1
2
1.
12
1.
1
1
2
1.
1
1
2
1.
1
1
2
1.
1
2
1
2
1
.1
2
1
2222
∫ ∫ ∫ ++
++
+−= dt
tdt
t
tdtt
I .1
1
2
1.
1
2
2
1.2
1.
1
1
2
1222
Resolvendo: ( ) ( ) CarctgtttI +++++−=2
11ln
4
11ln
2
1 2
Como arctgtxtgxt =⇒= , então:
( ) ( ) Cx
xtgtgxI ++++−=2
1ln4
1ln2
1 2
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02) ∫ −=
tgx
dxI
1
Fazendo: 2
1 t
dtdxtgxt
+=⇒=
Com estas substituições, a integral torna-se:
( )( )∫ ∫ +−=
−+= dt
ttt
t
dt
I .11
1
1
12
2
Por Frações Parciais:
( )( ) 221111
1
t
CBt
t
A
tt ++
+−
=+−
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador:
( )( )( ) ( )( )
( )( )22
211
11
11
1
tt
tCBttA
tt +−
−+++=
+−
Igualando os numeradores:
( ) ( )( )tCBttA −+++= 1112
• Para 2
1211 =⇒=⇒= AAt
• Para 2
1
2
110 =⇒+=⇒= CCt
• Para 2
112111 =⇒+−=⇒−= BBt
Logo: ∫ ∫ ∫ ∫ +
++
−=
+
++
−= dt
t
tdtt
dtt
t
dtt
I .1
1
2
1.
1
1
2
1.
1
2
1
2
1
.1
2
1
22
∫ ∫ ∫ ++
++
−−
−= dtt
dtt
tdtt
I .1
1
2
1.
1
2
2
1.2
1.
1
1
2
1222
( ) ( ) CarctgtttI ++++−−=2
11ln
4
11ln
2
1 2
Como tgxt = , então arctgtx = .
Portanto: ( ) ( ) Cx
xtgtgxI ++++−−=2
1ln4
11ln
2
1 2
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
4o CASO;
Se a integral é do tipo ( )∫= dxxxRI .cos,sen22 , isto é, se o integrando for uma função racional
em x2sen e/ou x2cos , podemos mostrar que a substituição tgxt = transforma I numa integral de
função racional polinomial.
Sabemos que:
xtgxx
22
2
1
1
sec
1cos
+== ⇒
xtg
xtgxxtgx
2
2
222
1cos.sen
+== ⇒
Fazendo, nas expressões acima, tgxt = , teremos:
Como tgxt = , então ⇒= arctgtx
Com estas substituições, a integral torna-se:
xtgx
2
2
1
1cos
+=
xtg
xtgx
2
2
2
1sen
+=
2
2
2
1sen
t
tx
+= 2
2
1
1cos
tx
+=
21 t
dtdx
+=
( )∫ ∫ +
++==
222
2
22
1.
1
1,
1.cos,sen
t
dt
tt
tRdxxxRI
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
Isto é, uma integral cujo integrando passa a ser uma Função Racional Polinomial definida na
variável t e que pode ser resolvida por Frações Parciais.
EXEMPLOS;
01) ∫ −=
x
dxI
2sen2
Fazendo tgxt = , obtemos:
+=
+=
2
2
2
2
1
1sen
t
dtdx
t
tx
Com estas substituições, a integral torna-se:
( )∫ ∫ ∫ ∫ +
=
+=
+=
+
−++=
+−
+= Ct
arctgdtt
dtt
t
tt
t
dt
t
t
t
dt
I22
1.
2
1.
2
1
1
22
1
12
12
22
2
22
2
2
2
2
Como tgxt = , então Ctgx
arctgI +
=
2.2
1
02) ∫ +=
x
dxI
2cos31
Fazendo tgxt = , obtemos:
+=
+=
2
2
2
1
1
1cos
t
dtdx
tx
Com estas substituições, a integral torna-se:
∫ ∫ ∫ ∫ +
=+
=+
=
+++
+=
++
+= Ct
arctgdtt
dtt
t
t
t
dt
t
t
dt
I22
1.
2
1.
4
1
1
31
1
1
31
1222
2
2
2
2
2
Como tgxt = , então: Ctgx
arctgI +
=22
1
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
CÁLCULO 1 – AULA 42
4.10 - APLICAÇÕES DAS INTEGRAIS DEFINIDAS:
4.10.1 – TEOREMA FUDAMENTAL DO CÁLCULO INTEGRAL:
Vamos admitir que ( )xfy = seja uma função contínua num intervalo [ ]ba, contido no conjunto
dos Números Reais, de modo que ( ) 0≥xf neste intervalo.
Da definição de Integrais Definidas, vimos que ( )∫=b
adxxfS . , onde S é a área limitada pela
curva da função ( )xfy = , pelo eixo x e pelas ordenadas correspondentes aos pontos a e b .
Vamos dividir o intervalo [ ]ba, em n intervalos de amplitude ( )nixi ,...,3,2,1=∆ e construir
retângulos elementares de base ix∆ e altura ( )ixf , conforme mostrado na figura acima.
A área iS∆ de cada um desses retângulos elementares é dada por ( ) iii SxfS ∆=∆ . .
Chamando de nS a soma das áreas dos n retângulos elementares construídos, teremos:
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) nniin xxfxxfxxfxxfxxfS ∆++∆++∆+∆+∆= ...........332211
Esta soma pode ser representada pela notação: ( )∑=
∆=n
i
iin xxfS1
.
y
x a b 1
x∆ 2x∆
( )xfy =
( )1xf
( )2xf
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
Podemos observar que:
Se SSexn ni →→∆⇒∞→ 0
Portanto, podemos dizer que:
( )∑=∞→∞→
∆==n
i
iin
nn
xxfSS1
.limlim
Porém, como ( )∫=b
adxxfS . , então podemos afirmar que:
CONCLUSÃO:
O resultado que acabamos de obter é o Teorema Fundamental do Cálculo e ele nos mostra
que a Integral Definida nada mais é do que o limite de uma somatória de infinitos termos.
Este Teorema é que nos permite a aplicação de Integrais Definidas na resolução de
problemas geométricos e físicos.
4.10.2 – CÁLCULO DE ÁREAS DE FIGURAS PLANAS:
O cálculo de áreas de figuras planas é uma aplicação imediata do Teorema Fundamental do
Cálculo, que aprendemos na aula anterior.
Para efetuar o cálculo da área solicitada, devemos:
• esboçar os gráficos das funções envolvidas, para identificarmos a área a ser calculada;
• a partir do gráfico, identificarmos os limites de integração;
• integrar entre os limites identificados.
Antes de escolhermos os limites de integração, é conveniente tomar retângulos elementares,
das maneiras como estão mostradas nas figuras abaixo:
( ) ( )∫ ∑=∞→
∆=b
a
n
i
iin
xxfdxxf1
.. lim
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OBSERVAÇÃO:
A escolha do retângulo elementar vai depender da área a ser calculada. Devemos fazer a
escolha que torne o mais simples possível o cálculo da área.
EXEMPLOS:
01) Calcular a área limitada pelas curvas 2xy = , 0=x e 3=x , e pelo eixo das abscissas.
y
x 0 a b
y
S
( )xfy =
∫=b
adxyS .
y
x 0
c
d
S
x
( )ygx =
x∆
y∆
∫=d
cdyxS .
MAT – 001 – CÁLCULO 1
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
A curva 2xy = é uma parábola com vértice na origem e concavidade voltada para cima. A reta
0=x é o próprio eixo das ordenadas e a reta 3=x é uma reta paralela a este eixo.
Então, a área a ser calculada pode ser esboçada da seguinte maneira:
Como a área a ser calculada se situa acima do eixo x , optamos por escolher o retângulo
elementar da forma xy ∆. .
Assim: [ ]∫ ∫ =⇒−====3
0
3
0
333
0
3
2.9
3
0
3
3
3.. AuS
xdxxdxyS
OBSERVAÇÂO: =Au. unidades de área.
02) Achar a área limitada no quarto quadrante pela curva xxy 32 −= e pelo eixo x .
A curva xxy 32 −= representa uma parábola com a concavidade voltada para cima e que
intercepta o eixo x nos pontos 0=x e 3=x , que são as raízes da equação 032 =− xx .
y
0 x
3
y
3=x
2xy =
x∆
y
0
x∆
y−
x
xxy 32 −=
3
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Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
Como a área a ser calculada situa-se toda abaixo do eixo x , escolhemos o retângulo
elementar desta forma, porém considerando-o da forma xy ∆− . , uma vez que a ordenada é
negativa e a área é positiva.
Assim: ( ) ( )∫ ∫ ∫ −=−−=−=3
0
3
0
3
0
22.3.3. dxxxdxxxdxyS
[ ]..2
9090
2
27
32
33
0
32
AuSxx
S =⇒+−−=
−=
03) calcular a área limitada pela parábola 228 yyx −+= , pelo eixo das ordenadas e pelas retas
1−=y e 3=y .
A parábola 228 yyx −+= tem a concavidade voltada para a direita e intercepta o eixo y nos
pontos 2−=y e 4=y , que são as raízes da equação 0282 =−+ yy . Já as retas 1−=y e 3=y
são paralelas ao eixo x .
Como a área a ser calculada situa-se toda à direita do eixo y , optamos por escolher o
retângulo elementar da forma yx ∆. .
Assim: ( )∫ ∫− −−+==
3
1
3
1
2.28. dyyydyxS
[ ]..3
92
3
1919824
38
3
1
32 AuSy
yyS =⇒−−−++=
−+=
−
y
x 0
4
3
1−
2−
y∆
3=y
x
228 yyx −+=
1−=y
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04) Calcular a área plana limitada pela parábola xy 42 = e pela reta 42 −= xy .
A parábola xy 42 = tem o vértice na origem e a concavidade voltada para a direita e a reta
42 −= xy é oblíqua aos eixos coordenados.
Como a área a ser calculada situa-se toda à direita do eixo y , optamos por escolher um
retângulo elementar da forma yx ∆.* , onde parábolareta xxx −=* .
Por outro lado, para identificarmos os limites de integração, é necessário encontrar os pontos
de interseção da reta e da parábola.
Assim, obtivemos os pontos 2−=y e 4=y .
Portanto: ∫ −=4
2
*.dyxS , onde
42
2
2
* yyx −+=
Logo: [ ]∫ −−
=⇒−−++−=
−+=
−+=
4
2
4
2
322
..93
2
3
164814
122
4.
42
2AuS
yy
ydy
yyS
05) Calcular a área de um círculo de raio R .
Como a área do círculo depende apenas do seu raio, vamos tomar esse círculo com o centro
na origem, ou seja, aquele cuja equação é 222 Ryx =+ .
4
x
y
0
2−
y∆
42 −= xy
*x
xy 42 =
4−
2
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Neste caso, os eixos coordenados vão dividir o círculo em quatro partes iguais. Portanto, não
é necessário calcular toda a área de uma vez. Podemos calcular a sua quarta parte e multiplicar
por 4.
Portanto: ∫ ∫∫ −=⇒−==R RR
dxxRSdxxRdxyS
0 0
22
0
22.4..
4
Como a integral obtida não é imediata, vamos resolve-la por substituição de variáveis.
Fazendo: tRx sen= , teremos dttRdx .cos= e tRxR cos22 =− .
• Para 00sensen00 =⇒=⇒=⇒= tttRx
• Para 2
1sensenπ
=⇒=⇒=⇒= tttRRRx
Portanto:
∫ ∫== 2
0
2
0
22.cos4.cos.cos4
π π
dttRdttRtRS
( )∫
+=+
= 2
0
2
0
222sen
4
1
2
14.
2
2cos14
ππ
ttRdtt
RS
[ ]..4.40.
4
10.
4
10.
2
1
2.2
14
222 AuRSRSRS πππ
=⇒=⇒
−+−=
y
0
4
S
R
R x
x∆
222 Ryx =+
y
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CÁLCULO 1 – AULA 43
4.10.3 - CÁLCULO DE VOLUMES DE SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO:
Chamamos de Sólido de Revolução ao sólido obtido pela rotação de uma área plana em
torno de um eixo do seu plano, chamado Eixo de Revolução.
Por exemplo, são Sólidos de Revolução o cilindro reto, o cone reto e a esfera.
Genericamente:
Consideremos uma área plana S , limitada pela curva ( )xfy = , pelo eixo x e pelas ordenadas
( )af e ( )bf no intervalo [ ]ba, .
y
0 x
S
y
0 x
S
a b
ix∆
iy
MAT – 001 – CÁLCULO 1
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Dividindo a área S em n retângulos elementares de base ( )nixi ,...,3,2,1=∆ e altura iy , esses
retângulos terão área elementar iii xyS ∆=∆ . .
Fazendo a rotação desses retângulos em torno do eixo x iremos obter cilindros elementares
de raio iy e altura ix∆ , com volumes elementares iii xyV ∆=∆ ..2π .
O volume nV de todos os n cilindros elementares gerados será ∑ ∑= =
∆=∆=n
i
n
i
iiin xyVV1 1
2..π .
Porém, quando VVexn ni →→∆⇒∞→ 0 (volume total).
Neste caso, podemos dizer que: ∑=∞→∞→
∆==n
i
iin
nn
xyVV1
2..limlim π .
Portanto, pelo Teorema Fundamental, podemos afirmar que:
A integral acima serve para rotação em torno do eixo x ou em torno de um eixo paralelo a ele.
Se quisermos a rotação ao redor do eixo y ou de outro eixo paralelo a y , fazemos:
OBSERVAÇÃO:
Para o cálculo do volume de um sólido de revolução, não é necessário desenhar o sólido.
Procedemos como se estivéssemos calculando áreas de figuras planas. Para isto:
• esboçamos os gráficos das funções envolvidas para identificarmos a área que devemos
fazer a rotação;
• identificamos os limites de integração, conforme o eixo de rotação;
• construímos um retângulo elementar de acordo com o eixo de rotação, porém mantendo a
base desse retângulo sempre sobre o eixo de rotação, ao longo do intervalo de integração;
• aplicamos a integral conveniente para o caso.
∫=b
adxyV .
2π
∫=d
cdyxV .
2π
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EXEMPLOS:
01) Calcular o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo x da área limitada pelas
curvas xy = , 1=x e pelo eixo x .
A curva xy = representa o ramo positivo da parábola 2yx = e a reta 1=x é paralela ao eixo
y. Portanto, a área a ser girada é a da figura abaixo:
Como a rotação é em torno do eixo x , escolhemos o retângulo elementar da forma xy ∆.
Assim:
( ) [ ]∫ ∫ ∫ =⇒
−=====
1
0
1
0
1
0
221
0
22
2..
22
0
2
1.
2.... VuVx
dxxdxxdxyVπ
πππππ
02) Calcular o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo x da área compreendida
pela parábola 2xy = e pela reta 4=y .
A área a ser girada é:
y
xy =
0 1 x∆
y
1=x
x
y
4
0
2xy =
2− 2
4=y
x
1y
x∆
2y
x∆
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Como a rotação se dará em torno do eixo x e como a base do retângulo elementar deve estar
sobre o eixo de rotação ao longo do intervalo de integração, então, neste caso, somos obrigados a
proceder da seguinte maneira:
- giramos a área retangular limitada pelo eixo x e pela reta 4=y entre 2−=x e 2=x ,
obtendo um volume 1V ;
- fazemos a rotação da área compreendida abaixo da parábola e acima do eixo x entre
2−=x e 2=x , obtendo um volume 2V ;
- fazemos 21VVV −= .
Portanto: ∫ ∫− −−=
2
2
2
2
2
2
2
1 .. dxydxyV ππ
( )∫ ∫∫∫− −−−−=−=
2
2
2
2
42
2
2
2
222.16..4 dxxdxdxxdxV ππππ
( ) [ ]..5
256
5
32
5
322216
5.16.
2
2
52
2VuV
xxV
πππππ =⇒
+−+=−=−
−
03) Calcular o volume de uma esfera de raio R .
Para calcularmos o volume da esfera, vamos considerar um círculo com centro na origem,
cuja equação é 222 Ryx =+ .
Se girarmos apenas um quarto desse círculo ao redor de um dos eixos (o eixo x , por
exemplo), vamos obter uma semi-esfera de volume 2
V, isto é, vamos usar a simetria para
resolvermos o nosso problema.
Assim:
y
0
R
R
y
x∆
222 Ryx =+
x
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Neste caso: ( )∫ ∫ −== R R
dxxRdxyV
0 0
222..
2ππ
[ ]..3
40
302
32
33
3
0
32 VuRV
RR
xxRV
R
πππ =⇒
+−−=
−=
04) Achar o volume do sólido gerado pela rotação da área limitada pela parábola xy 82 = e pela
reta 2=x :
a) em torno do eixo x ;
b) em torno do eixo y ;
c) em torno da reta 2=x .
Neste problema temos uma única área que deverá sofrer três rotações diferentes. Então, na
verdade, temos três problemas diferentes.
a) Rotação em torno do eixo x ;
Neste caso:
∫ ∫==2
0
2
0
2.8. dxxdxyV ππ
( ) [ ]..1602.44.22
2
0
2 VuVxV πππ =⇒−==
y
0
4
4−
y
xy 82 =
x∆
2=x
x 2
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b) em torno do eixo y ;
Neste caso, vamos proceder como no exercício 02, isto é, vamos obter o volume através de
duas rotações.
Temos: ∫ ∫ ∫ ∫− − − −
−=−=−=
4
4
4
4
4
4
4
4
22
22
2
2
121.
8.2.. dy
ydydyxdyxVVV ππππ
[ ]..5
128
320.4.
4
4
54
4VuV
yyV
πππ =⇒−=
−−
c) em torno da reta 2=x .
y
4
0
xy 82 =
4−
2x
y∆
y∆ 1x
2=x
x 2
y
4 xy 8
2 =
0
4−
*x y∆
2 x
2=x
parábolareta xxx −=*
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Como a área a ser rotacionada é simétrica em relação ao eixo x , podemos girar apenas a
metade da área, obtendo a metade do volume, isto é:
( )∫ ∫
−==
4
0
4
0
22
2*.
82.
2dy
ydyx
Vππ
∫
+−=
4
0
42
.642
42 dyyy
V π
4
0
53
32064.2
+−=yy
yV π
[ ]..15
256
320
4
3
3216.2
5
VuVVπ
π =⇒
+−=
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CÁLCULO 1 – AULA 44
4.10.4 - CÁLCULO DO COMPRIMENTO DE ARCOS:
Seja l o comprimento de um arco da curva AB da função ( )xfy = , contínua e derivável um
intervalo [ ]ba, contido no conjunto dos Reais.
Vamos dividir o intervalo [ ]ba, em n intervalos de amplitude ( )nixi ,...,3,2,1=∆ , obtendo sobre
o arco AB n pontos ni PPPPP ,...,,...,,,
321.
Consideremos o comprimento elementar il∆ compreendido entre os pontos 1−iP e iP .
Esse comprimento pode ser calculado pela resolução do triângulo retângulo abaixo:
Aplicando o Teorema de Pitágoras, podemos verificar que:
22222
iiiiii yxyx ∆+∆=∆⇒∆+∆=∆ ll
Colocando 2
ix∆ em evidência, teremos:
i
i
ii
i
iii x
x
y
x
yx ∆
∆
∆+=∆⇒
∆
∆+∆=∆ .11.
2
2
2
2ll
y
0
A
B
( )xfy =
x a b
1P
2P
1−iP
iP il∆
ix∆
iy∆
ix∆
il∆
ix∆
iy∆
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O comprimento nl de todos os arcos elementares será: i
n
i i
in
i
in xx
y∆
∆
∆+=∆= ∑∑
==
.11
2
1
ll
Porém, quando ll →→∆→∆⇒∞→ nii eyxn 0,0
Portanto, podemos dizer que: i
n
i i
i
n
n
n
xx
y∆
∆
∆+== ∑
=∞→∞→
.11
2
limlimll .
Assim, de acordo com o Teorema Fundamental, podemos concluir que:
Da mesma forma, se tivermos ( )ygx = , podemos fazer:
EXEMPLOS:
01) Calcular o comprimento de uma circunferência de raio R .
Tal como fizemos com o cálculo da área do círculo e com o volume da esfera, vamos tomar a
circunferência com centro na origem dos eixos coordenados e usar a simetria.
Temos: ∫∫
+=⇒
+=RR
dxdx
dydx
dx
dy
0
2
0
2
.14.14
ll
dxdx
dyb
a.1
2
∫
+=l
dydy
dxd
c.1
2
∫
+=l
y
R
0 R x
4
l
222 Ryx =+
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Derivando implicitamente a função 222 Ryx =+ com relação à variável x , temos:
220.22
xR
x
dx
dy
y
x
dx
dy
dx
dyyx
−−=⇒−=⇒=+
Substituindo na integral:
∫ ∫∫−
=−
+−=
−+=
R RR
dxxR
RdxxR
xxRdx
xR
x
0 0 220 22
222
22
2
.1
4.4.14l
Como a integral obtida não é imediata, podemos usar uma substituição de variáveis.
Fazendo tRxRedttRdxtRx cos.cossen22 =−=⇒=
• Para 00sensen00 =⇒=⇒=⇒= tttRx
• Para 2
1sensenπ
=⇒=⇒=⇒= tttRRRx
Portanto: [ ]..22.4.44.cos.
cos
14 2
0
2
0
2
0CuRRtRdtRdttR
tRR π
ππππ
=⇒==== ∫∫ ll
02) Calcular o comprimento do arco da astróide
=
=
θ
θ3
3
sen
cos
ay
ax .
A função acima foi dada na forma paramétrica. Para esboçarmos o seu gráfico, devemos
atribuir valores para o parâmetro θ e obtendo os pontos ( )yx, .
O gráfico procurado tem a forma abaixo:
y
a
a−
a−
a 0 x
astróide 4
l
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A curva especial acima tem o nome de Astróide porque tem a forma de uma estrela. Observa-
se, também, que a curva é simétrica em relação aos eixos coordenados.
Portanto, podemos calcular apenas a quarta parte do comprimento e multiplicar por 4 o
resultado obtido.
Assim: dxdx
dydx
dx
dy aa
.14.14 0
2
0
2
∫∫
+=⇒
+= ll
Mas: θθθθθ
θ
θ tgdx
dy
a
a
dx
dy
d
dxd
dy
dx
dy−=⇒
−=⇒=
sen.cos3
cos.sen32
2
e θθθ dadx .sen.cos32−=
• Para 2
0coscos003 π
θθθ =⇒=⇒=⇒= ax
• Para 01coscos3 =⇒=⇒=⇒= θθθaaax
Portanto: ( )∫ −+=0
2
22.sen.cos3.14 π θθθθ datgl
∫∫ == 2
0
222
0.sen.cos.
cos
112.sen.cossec.3.4
ππ
θθθθ
θθθθ dadal
( ) [ ]∫ =⇒−=== 2
0
2
0
2
..60162
sen.12.cos.sen12
ππ
θϑθθ Cuaaada ll
03) Calcular o comprimento do arco da curva 3xy = , desde 0=x até 5=x .
Temos: ∫
+=5
0
2
.1 dxdx
dyl
Como: xdx
dyx
dx
dyxy .
2
3.2
32
1
2
3
=⇒=⇒=
Portanto: ∫ ∫∫
+=
+=+=5
0
5
0
2
1
2
1
5
0.
4
91.
4
9.9
4.
4
91.
4
91 dxxdxxdxxl
( ) [ ]Cux .27
33501
4
451.
27
8
4
91.
3
2.9
42
32
35
0
2
3
=⇒
+−
+=⇒
+= lll