apostila cálculo i

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1 FACULDADE DO CENTRO LESTE UCL BÁSICO DAS ENGENHARIAS CÁLCULO I Serra 2014 Este trabalho contém uma compilação de textos de diversos autores, tendo sido elaborado com o objetivo exclusivo de ser um apoio didático para o aluno em sala de aula. Prof. Walquiria Torezani

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Revisão de Funções

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Page 1: Apostila Cálculo I

1

FACULDADE DO CENTRO LESTE – UCL

BÁSICO DAS ENGENHARIAS

CÁLCULO I

Serra 2014

Este trabalho contém uma compilação de

textos de diversos autores, tendo sido elaborado

com o objetivo exclusivo de ser um apoio didático

para o aluno em sala de aula.

Prof. Walquiria Torezani

Page 2: Apostila Cálculo I

2

Sumário

1. FUNÇÕES E SUAS PROPRIEDADES .................................................................... 3 1.1. Por que estudar as Funções .................................................................................. 3 1.2. Conceito de Função ............................................................................................... 3 1.3. Algumas Características das Funções ................................................................. 5 1.4. Funções Compostas ............................................................................................. 15 1.5. Funções Inversas ................................................................................................. 17

1.6. Algumas Funções Básicas ................................................................................... 21 1.7. Funções Definidas Por Partes e Funções Modulares ....................................... 27 1.8. Função Exponencial ............................................................................................ 36 1.9. A Função Logarítmica ........................................................................................ 38 1.10. Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas ................................ 41

1.11. Transformações das funções trigonométricas .............................................. 57

1.12. Identidades Trigonométricas ......................................................................... 61

Page 3: Apostila Cálculo I

3

1. FUNÇÕES E SUAS PROPRIEDADES

1.1. Por que estudar as Funções

O conceito de função é um dos mais importantes da Matemática e ocupa lugar de destaque

em vários de seus ramos, bem como em outras áreas do conhecimento. É muito comum

expressar fenômenos físicos, biológicos, sociais e os problemas de engenharia, dentre

outros, por meio de funções.

As funções são consideradas o elemento chave para a modelagem matemática que nada

mais é do que descrever os problemas do mundo real em termos matemáticos. A noção de

função é fundamental para todo o nosso trabalho em cálculo.

Este capítulo abre caminho para o cálculo discutindo as ideias básicas relacionadas às

funções e seus gráficos, bem como as formas de combiná-los e transformá-los.

Uma função pode ser representada por uma equação, uma tabela numérica, um gráfico ou

verbalmente. O gráfico de uma função é uma maneira particularmente útil de visualizar

suas propriedades e comportamento geral.

Vamos estudar aqui os principais tipos de funções que ocorrem no cálculo e descrever o

modo de usá-las como modelos matemáticos do nosso cotidiano. Daremos ênfase especial

para as funções exponenciais, trigonométricas e suas inversas.

1.2. Conceito de Função

As funções surgem quando relacionamos duas grandezas variáveis, isto é quando uma

grandeza depende de outra. Vejamos alguns exemplos:

A temperatura de ebulição da água depende da altitude – o ponto de ebulição

diminui quando a altitude aumenta.

Os juros pagos sobre um investimento dependem do tempo que o dinheiro

permanece investido.

A distância que um objeto percorre a uma velocidade constante, a partir de um

ponto inicial, ao longo de uma trajetória reta, depende do tempo transcorrido.

Em todos os casos, o valor de uma variável, que podemos chamar de y, depende do valor

de outra, que podemos denominar de x. Uma vez que o valor de y é completamente

determinado pelo valor de x, dizemos que y é uma função de x.

Definição – Uma função de um conjunto A em um conjunto B é uma lei que associa a cada

elemento x de A um e somente um elemento y de B.

Usamos as seguintes notações:

)(

:

xfx

BAf

ou

)(xfx

BA f

ou

yx

BAf

: tal que xfy

Page 4: Apostila Cálculo I

4

O conjunto A é chamado domínio da função e o conjunto A é chamado contradomínio da

função. Como a definição não obriga que todos os elementos de B sejam atingidos pela

função, o conjunto dos elementos atingidos chama-se imagem de A pela função f, ou

simplesmente imagem da função.

A variável x que representa os elementos do conjunto A é chamada de variável

independente e a variável y = f(x) que representam os elementos do conjunto B é chamada

de variável dependente, pois seus valores dependem dos valores de x.

No nosso curso A e B serão sempre conjuntos de números reais.

Representações de Funções

É possível representar uma função de quatro maneiras:

Verbalmente – descrevendo-a com palavras.

Dizemos que a área A de um círculo é função do seu raio r.

Dado um círculo de raio r sua área A é calculada multiplicando-se pelo quadrado

do seu raio 2r .

Numericamente – por meio de tabela de valores

Podemos representar a função que expressa a área A de um círculo como função do

seu raio r através da seguinte tabela:

Algebricamente – Utilizando-se uma fórmula explícita )(xfy

A mais útil dentre as representações da área A de um círculo em função de seu raio

r é provavelmente a fórmula:

2rrA Apesar de ser possível, como visto acima, elaborar uma tabela de valores, bem

como esboçar seu gráfico.

Visualmente - através de gráficos ou diagrama de Venn – Euler

Como o raio do círculo deve ser positivo, o domínio da função rA é dado por:

[,0]0/ rIRrD , assim seu gráfico é parte de uma parábola.

r 1 cm 2 cm 3 cm

...

A 2cm 24 cm 29 cm ...

Page 5: Apostila Cálculo I

5

Usando o Diagrama de Venn – Euler a tabela que montamos anteriormente podemos

representar a função rA da seguinte maneira:

A B

Cada flecha conecta um elemento de A com um único elemento de B. A flecha indica, por

exemplo, que 2 está associado a 4 . Podemos escrever ainda que 42 A .

1.3. Algumas Características das Funções

Domínio

Usualmente definimos uma função f enunciando uma fórmula para calcular o valor de

xf para cada valor de x dado. Quando o domínio de uma função não é especificado no

problema, tomamos como domínio todos os valores reais de x para os quais existe a

imagem xfy .

Se x está no domínio de f, dizemos que f é definida em x, ou que xf existe, caso

contrário dizemos que xf não existe ou que f não está definida em x.

Exemplo 1 - Dada a função 2)( xxf , determine, se possível:

a) 27f b) 2f c) 1f

Vamos calcular cada um desses valores:

a) 52522727 f

b) 00222 f

c) R1211 f

Observe que x não pode assumir certos valore, por exemplo, para x = 1 temos que 1f

não é um número real e portanto, nem todo número real pertence ao domínio dessa função.

Para determinar o domínio de uma função é preciso obedecer duas regras básicas da

matemática, que chamaremos de “Condições de Existência”. Essas regras são válidas

sempre que estivermos tratando de números reais.

Em uma fração o denominador deve ser sempre diferente de zero.

0bcom

b

a

Em uma raiz de índice par o radicando deve ser sempre maior ou igual a zero.

0acoma

Exemplo 2 - Determine o domínio das funções abaixo:

Page 6: Apostila Cálculo I

6

a) 252 xxy b) 3

2

xy c) 2 xy d)

x

xy

4

5 e)

5

3

x

xy

a) Neste caso, não há qualquer restrição, portanto D = R.

b) Aqui devemos respeitar a primeira condição de existência:

303 xx

Logo: 3 RD

c) Aqui devemos respeitar a segunda condição de existência:

202 xx

Graficamente temos que:

Logo: [,2[ D

d) Este é um caso típico onde devemos satisfazer as duas condições de existência,

pois temos uma raiz quadrada no denominador de uma fração:

404 xx

Graficamente temos que:

Logo: [4,] D

e) Aqui também usaremos as duas condições de existência; a primeira para o

denominador da fração e a segunda para o numerador que é uma raiz quadrada:

3x03-x

e

505

xx

Graficamente temos que:

Logo: 5[,3[ D

Imagem

Dada uma função y = f(x) de A em B, definimos a imagem de f como o conjunto de todos

os elementos By que estão relacionados com algum x de A. Isto é,

AxxfyByf algum para /Im

Page 7: Apostila Cálculo I

7

Exemplo - Determine a imagem de cada uma das funções abaixo:

[,2[Im f IRf Im

2.0Im f 2[,0]Im f

Interceptos da Função

Dada uma função y = xf , os valores de x para os quais 0xf são chamados de raízes

da função ou interceptos - x. No gráfico cartesiano da função, as raízes são abscissas dos

pontos onde o gráfico corta o eixo horizontal.

No gráfico abaixo temos que 01 xf , 02 xf e 03 xf . Assim 321 e , xxx são as

raízes da função.

O valor de 0f é chamado de interceptos – y pois é a ordenado do ponto onde o gráfico

corta o eixo vertical.

Função Injetora e Função Sobrejetora

Page 8: Apostila Cálculo I

8

Uma função BAf : é dita injetora se para quaisquer elementos distintos do conjunto

21 xxA correspondem elementos distintos do conjunto 21 yyB .

Isto é,

2121 xfxfxx

Uma função é considerada injetora no diagrama de Venn se cada elemento de B for

atingido por, no máximo, uma flecha.

Exemplo - Observe cada uma das funções abaixo descrita através de seus diagramas de

Venn:

f(x) não é Injetora f(x) é injetora

Em relação ao seu gráfico uma função é considerada injetora se qualquer reta horizontal

intercepta o gráfico, no máximo, uma vez.

Exemplo - Observe os gráficos abaixo:

f(x) não é injetora f(x) é injetora

Uma função BAf : é dita sobrejetora se seu conjunto imagem é igual ao conjunto B.

Bf )Im( .

Para o diagrama de Vem de uma função representar uma função sobrejetora é preciso que

todos os elementos B sejam atingidos por pelo menos uma flecha.

Exemplo - Observe o diagrama de Vem das funções representadas abaixo:

Page 9: Apostila Cálculo I

9

f(x) é sobrejetora f(x) não é sobrejetora

Em relação ao seu gráfico uma função somente será sobrejetora se a projeção do gráfico

sobre o eixo Oy for seu contradomínio.

Exemplo - A função IRIRf : dada por 2xxf cujo gráfico está representado

abaixo não é sobrejetora, pois sua imagem é o conjunto IR+.

Uma função BAf : é dita bijetora se for injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Para o diagrama de Vem de uma função representar uma função bijetora é preciso que

todos os elementos B sejam atingidos por uma única flecha.

f(x) é bijetora f(x) não é bijetora

É fácil ver que as funções que são crescentes ou decrescentes em todo o seu domínio são

funções bijetoras.

Exemplo - As funções esboçadas abaixo são funções bijetoras.

Page 10: Apostila Cálculo I

10

2

:

xxf

IRIRf

xxf

IRIRf

2/1

*

log

:

Dependendo do domínio A e do contradomínio B escolhido, a função f: A → B

determinada pela mesma sentença aberta poderá ser somente sobrejetora, somente injetora,

bijetora, ou nem sobrejetora, nem injetora.

Exemplo - Considere a função determinada por 2xxf .

a) Considerando A = IR+ e B = IR, f(x) é somente injetora.

b) Considerando A = IR e B = IR+, f(x) é somente sobrejetora.

c) Considerando A = IR+ e B = IR+, f(x) bijetora.

Page 11: Apostila Cálculo I

11

d) Considerando A = IR e B = IR, f(x) não é injetora nem sobrejetora.

Função Crescente e Decrescente

Uma função y = f(x) é crescente se, atribuindo a x valores crescentes, se obtém para y

valores também crescentes. Isto é:

2121 xfxfxx

Exemplo 1 - Os gráficos abaixo descrevem funções crescentes. Observe que, embora as

três funções sejam crescentes, não crescem da mesma forma:

Uma função y = f(x) é decrescente se, atribuindo a x valores crescentes, se obtém para y

valores decrescentes. Isto é:

2121 xfxfxx

Exemplo 2 - Os gráficos abaixo descrevem funções decrescentes. Observe que, embora as

três funções sejam decrescentes, não decrescem da mesma forma:

Page 12: Apostila Cálculo I

12

Uma função y = f(x) é constante se, atribuindo a x valores crescentes, y permanece

invariável. Isto é,

21 xfxf para todo fDxx 21,

Exemplo 3 - O gráfico abaixo descreve uma função constante:

Uma função que seja crescente ou constante num intervalo é chamada não decrescente

naquele intervalo; se uma função for constante ou decrescente num intervalo ela é

chamada não crescente naquele intervalo.

Exemplo 4 - Os gráficos abaixo descrevem uma função não decrescente e uma função não

crescente:

Não decrescente Não crescente

Uma maneira simples de determinar os intervalos de crescimento ou decrescimento de

uma função é aplicar o seguinte teste:

“Da esquerda para a direita siga o traçado do gráfico da função com o dedo. Nos

intervalos em que seu dedo sobe a função é crescente e nos intervalos em que ela desce a

função é decrescente. Se seu dedo seguir na horizontal, a função é constante.”

Page 13: Apostila Cálculo I

13

Exemplo 5 - Usando o teste acima, determine os intervalos de crescimento e

decrescimento da função f(x) ilustrada abaixo:

Resolução:

Observando o gráfico vemos que:

f(x) é decrescente nos intervalos [2, 4], [7, 9] e [12, 15]

f(x) é constante no intervalo [4,7]

f(x) é crescente nos intervalos [9,12], [15,18]

Máximos e Mínimos de uma Função

Já vimos que uma função pode não ser crescente (ou decrescente) em todo o seu domínio,

tendo intervalos em que cresce e intervalos em que decresce. Quando isso ocorre a função

apresenta máximos ou mínimos locais, conforme o caso.

Dizemos que 0xf é um máximo local (máximo relativo) de uma função xfy se

xfxf 0 para qualquer outro x do domínio de f que estejam em um intervalo aberto

[,] ba contendo 0x . Em outras palavras 0xf está “no topo de uma montanha”, pois em 0x

a função passa de crescente para decrescente.

Da mesma forma, 0xf é um mínimo local (ou mínimo relativo) de uma função xfy

se xfxf 0 para qualquer outro x do domínio de f que estejam em um intervalo aberto

[,] ba contendo 0x . Em outras palavras 0xf está “no fundo de um poço”, pois em 0x a

função passa de decrescente para crescente.

Se 0x é tal que 0xf é o maior valor que a função assume em todo o seu domínio, então

0x é dito ponto de máximo absoluto de f.

Analogamente, se 0xf é o menor valor que a função assume em todo o seu domínio,

então 0x é dito ponto de mínimo absoluto de f.

Page 14: Apostila Cálculo I

14

Exemplo - Determine os pontos de máximos e mínimos locais e absolutos da função cujo

gráfico está ilustrado abaixo:

Supondo que o domínio dessa função é o intervalo de zero a quinze temos:

Máximos locais: 2,47,1 f , 97 f e 5,35,12 f .

Mínimos locais: 24 f e 210 f .

Máximo absoluto: 97 f .

Mínimo absoluto: 315 f .

Funções Pares e Ímpares

Uma função f é par se xfxf para todo fDx .

Exemplo - São funções pares:

2xxf 34 xxf 2

22

2

x

xxf

Os gráficos das funções pares são simétricos em relação ao eixo y.

Exemplo - Observe o gráfico de 2xy :

Page 15: Apostila Cálculo I

15

Uma função f é ímpar se xfxf para todo fDx .

Exemplo - São funções ímpares:

3xxf xxxf 35 42

3

x

xxf

Os gráficos das funções ímpares são simétricos em relação à origem.

Exemplo - Observe o gráfico de 3xy :

Algumas funções não são nem pares nem ímpares.

Por exemplo, 152 xxxf não é nem par nem ímpar, pois calculando xf temos:

1515 22 xxxxxf

Logo, xfxf e xfxf .

1.4. Funções Compostas

Considere as funções BAg : e CBf : . Chama-se função composta das funções f e

g a função CAh : definida por:

xgfxgfxh

Page 16: Apostila Cálculo I

16

A imagem de um determinado elemento x de A através da função composta gf é

definida em duas partes:

A transformação do elemento x de A no elemento g(x) de B.

A transformação do elemento g(x) de B no elemento xgfxgf de C.

O contradomínio de g é idêntico ao domínio de f, porém, para existir gf é preciso que

fDg Im .

Podemos dizer então, que o domínio de gf é o conjunto de todos os gDx para os

quais IRxgf .

IRxgfDxD ggf /

Exemplo 1 - Dadas as funções 32 xxf e xxg 5 , pede-se determinar xfg e

xgf .

151032532 xxgxfgxfg

3103525 xxxfxgfxgf .

Este exemplo nos mostra que de modo geral fggf , ou seja, a operação de

"composição de funções " não é comutativa.

Exemplo 2 – Dadas as funções 162 xxf e xxg , determine:

a) xgf e o seu domínio.

b) xfg e o seu domínio.

Inicialmente note que IRD f e [,0[ Dg

a) 1616162

xxxxfxgfxgf

Se considerássemos apenas a expressão final poderíamos a ser levados a crer que o

domínio de gf fosse IR. Entretanto, por definição, o domínio de gf é o conjunto de

todos os [,0[ x tal que g(x) está em IR.

Page 17: Apostila Cálculo I

17

Assim, [,0[ gfD

b) 1616 22 xxgxfgxfg

Por definição o domínio de fg é conjunto de todos os x em IR tal que f(x) está em

[,0[ .

Logo devemos determinar os valores de x para os quais 40162 xx .

Assim, [,4[]4,] fgD

Forma Funcional Composta

Se f e g são funções tais que xguufy e

Então, substituindo o valor de u em ufy , temos xgfy .

Para certos problemas no cálculo, costumamos inverter este procedimento, ou seja, dado

xhy para alguma função h, determinamos uma forma funcional composta

xguufy e tal que xgfxh .

Exemplo - Expresse 528

xy sob a forma de uma função composta.

Fazendo uy

52xu

8

temos que 8uufy onde 52 xu

O método usado para resolver este exemplo pode ser aplicado a outras funções.

Em geral suponha xhy . Para escolher a expressão interior xgu em uma forma

funcional composta, faça a seguinte pergunta:

“Se estivesse usando uma calculadora que parte de xhy seria calculada primeiro?”

Isso conduz em geral a uma escolha adequada de xgu . Após escolher u, recorra a

xh para determinar uhy .

Exemplo - Observe a tabela abaixo que ilustra a escolha de algumas formas funcionais

compostas:

Função Escolha de xgu Escolha de ufy

15253 xxy 152 3 xxu 5uy

24 xy 24 xu uy

13

2

xy

13 xu

2

uy

1.5. Funções Inversas

Se f é uma função bijetora com domínio A e contradomínio B, então para cada By ,

existe um único número Ax tal que xfy . Podemos então pensar na existência de

Page 18: Apostila Cálculo I

18

uma função que a partir da imagem xfy determine o número x que a gerou, ou seja,

uma função g tal que xyg . Essa função g que faz o caminho de volta da função f, é

chamada de função inversa de f e recebe a notação 1f .

Propriedades das funções inversas

1. O domínio da função f é a imagem da função 1f e o domínio da função 1f é a

imagem de f.

2. Considerando que a função f leva o elemento a na imagem afb e que a função

inversa 1f traz a imagem de volta ao elemento a, abf 1 , então vale:

xxff 1 Para todo x em A e

xxff 1 Para todo x em B.

3. Podemos mostrar também que:

xfxf 11 e

111 fggf

4. Se o par ordenado ba, pertencer ao gráfico de f então o par ab, pertencerá ao

gráfico de 1f e isso representado no plano cartesiano nos proporcionará uma simetria dos

pontos de f e 1f em relação à reta xy .

Logo os gráficos de f e 1f são simétricos em relação à reta xy .

Diretrizes para determinar 1f .

1 – Verifique se f pode ser definida com domínio e contradomínio nos quais ela é bijetora.

2 – Resolva a equação xfy em relação à x em termos de y, obtendo uma equação da

forma yfx 1 .

Page 19: Apostila Cálculo I

19

3 – Troque y por x na função encontrada em (2) para obter a função xfy 1 que será a

função inversa de f.

4 – Verifique se valem as condições xxff 1 e xxff 1 para todo x nos

domínios de f e 1f .

Exemplo 1 - Seja 53 xxf . Para determinar a função inversa de f devemos seguir os

quatro passos dados pelas diretrizes acima:

1 - É fácil ver que o domínio e a imagem de f é todo o conjunto dos números reais, logo

IRIRf : é uma função bijetora. (observe seu gráfico)

2 - Considere então a equação:

Isolando x nesta equação temos:

3

55353

yxyxxy

3 – Trocando x por y obtemos a função:

3

51 x

xf

4 – Verificando as condições para e existência da inversa:

xxx

xfxff

xxxx

fxff

3

3

3

55353

5553

5.3

3

5

11

1

Fazendo os gráficos de f e de 1f em um mesmo plano cartesiano podemos observar que

de fato são simétricos em relação à reta xy .

53 xy

Page 20: Apostila Cálculo I

20

Exemplo 2 - Seja 32 xxf para 0x . Determine a função inversa de f.

Vamos seguir os quatro passos dados pelas diretrizes acima.

1 – Observando o gráfico de f vemos que se [,0[ fD e [,3[Im f então,

[,3[[,0[: f é bijetora.

2 - Considere então a equação:

Isolando x nesta equação temos:

333 22 yxyxxy

3 – Trocando x por y obtemos a função:

31 xxf

4 – Verificando as condições para e existência da inversa:

xxxxfxff

xxxxfxff

22211

21

333

33333

Fazendo os gráficos de f e de 1f em um mesmo plano cartesiano podemos observar que

de fato são simétricos em relação à reta xy .

32 xy

Page 21: Apostila Cálculo I

21

1.6. Algumas Funções Básicas

Função Constante

Função constante é toda função do tipo: cy

Onde IRc é constante.

Características

Domínio – IR

Imagem –

Gráfico – O gráfico de uma função constante é uma reta horizontal na altura de y = c

Função Linear

Função Linear é toda função do tipo:

baxxf

Sendo a e b constantes reais e 0a .

Características

Domínio – IR

Imagem – IR

Gráfico – O gráfico de uma função linear é uma reta e é obtido pelo deslocamento do

gráfico da função xy .

O gráfico de baxy intercepta o eixo x no ponto de abscissa a

bx

Page 22: Apostila Cálculo I

22

A constante b é chamada coeficiente linear e representa no gráfico o ponto onde a reta

intercepta o eixo-y.

A constante a é chamada de coeficiente angular e indica a inclinação ou direção da reta.

Quando 0a , o gráfico corresponde a uma função crescente e quando 0a o gráfico

corresponde a uma função decrescente.

0a 0a

Uma característica muito importante da função linear é que a variação do y é sempre a

mesma quando x varia de 1 unidade por isso o coeficiente angular a também é chamado

de Taxa de Variação da função em relação a x.

Função Quadrática

Função Quadrática é toda função do tipo:

cbxaxxf 2

Em que a, b e c são constantes reais e 0a .

Características

Domínio – IR

Imagem –

0 se ]4

,]

0 se [,4

[

aa

aa

Gráfico – O gráfico desse tipo de função é uma curva chamada parábola e é obtido através

das transformações da função 2xy .

Page 23: Apostila Cálculo I

23

A concavidade da parábola é voltada para cima se 0a e voltada para baixo se 0a .

0a 0a

O ponto V do gráfico acima é chamado Vértice da parábola e suas coordenadas são dadas

por:

vv yxV , Onde

vvv

v

xfya

y

a

bx

ou 4

2

Observe que se 0a , V é um ponto de mínimo da parábola e se 0a , V é um ponto de

máximo da parábola.

A reta vxx é chamada de eixo de simetria da Parábola.

Os eventuais pontos de interseção da parábola com o eixo x são obtidos fazendo 0y .

Isto é, resolvendo a equação 02 cbxax .

Segue dos nossos estudos anteriores que:

0 A parábola corta o eixo x em dois pontos distintos

0 A parábola corta o eixo x em um único ponto (que é o vx )

0 A parábola não corta o eixo x

A interseção com o eixo y é obtida fazendo-se 0x .

Portanto

Page 24: Apostila Cálculo I

24

cycbayx 000 2

Logo a parábola corta o eixo y no ponto cy

Função Potência

Chamamos de Função Potência a toda função do tipo:

nxxf

Onde n é uma constante.

Características

Quando 0n , 1n ou 2n temos situações particulares já estudadas, que são as

funções constantes, lineares e quadráticas, respectivamente. Para outros valores de n, as

características de xf variam dependendo da natureza de n.

Vamos estudar alguns casos.

Caso 1 – Expoente (n) inteiro e positivo

Vejamos algumas dessas funções:

Exemplo 1 - Considere a função xxf

Domínio – IR

Imagem – IR

Simetria – Origem

Paridade – Função ímpar

Exemplo 2 - Considere a função 2xxf

Domínio – IR

Imagem - [;0[ Simetria – Eixo y

Paridade – Função par

Page 25: Apostila Cálculo I

25

Exemplo 3 - Considere a função 3xxf

Domínio – IR

Imagem – IR

Simetria – Origem

Paridade – Função ímpar

A forma geral do gráfico de nxxf depende de n ser par ou ímpar.

Se n for par nxxf será uma função par e seu gráfico é similar ao da parábola 2xy .

Se n for ímpar nxxf será uma função ímpar e seu gráfico é similar ao de 3xy .

Caso 2 – Expoente (n) Racional

A função nxxf onde n é um número racional é uma função raiz.

Vejamos os casos mais comuns:

Exemplo 1 - Considere a função xxxf 2

1

Domínio – ,0

Imagem - ,0

Observe que este gráfico é a parte superior da parábola 2yx .

Para outros valores pares de n, o gráfico de n xy é similar ao gráfico de xy .

Page 26: Apostila Cálculo I

26

Exemplo 2 - Considere a função 33

1

xxxf

Domínio – IR

Imagem – IR

Simetria – Origem

Paridade – Função ímpar

Para outros valores ímpares de n, o gráfico de n xy é similar ao gráfico de 3 xy .

Exemplo 3 - Considere a função 3 2xxf

Domínio – IR

Imagem - [,0[ Simetria – Eixo y

Paridade – Função par

Caso 3 – Expoente (n) Inteiro Negativo

Se n é um inteiro positivo então n

n

xxxf

1 .

Vejamos algumas dessas funções:

Exemplo 1 - Considere a função x

xxf11 Seu gráfico é chamado de Hipérbole e

tem as seguintes características:

Page 27: Apostila Cálculo I

27

Domínio – 0IR

Imagem – 0IR

Simetria – Origem

Paridade – Função ímpar

Se n ímpar o gráfico de nx

xf1

se assemelha ao gráfico de x

xf1

.

Exemplo 2 - Considere a função 2

2 1

xxxf .

Domínio – 0IR

Imagem – [,0]

Simetria – Eixo y

Paridade – Função par

Se n par o gráfico de nx

xf1

se assemelha ao gráfico de 2

1

xxf .

1.7. Funções Definidas Por Partes e Funções Modulares

Funções Definidas por partes

Funções definidas por partes são funções definidas por fórmulas diversas em diferentes

partes do seu domínio.

Exemplo 1 - Esboce o gráfico da função f definida por

1 se1

1 se 1

xx

xxxf

Como fazer o gráfico de f?

Observe que a parte do gráfico de f à esquerda da reta vertical 1x deve coincidir com a

reta xy 1 , enquanto que a parte do gráfico de f à direita da reta vertical 1x deve

coincidir com a reta 1 xy . Neste caso, precisamos de apenas dois pontos de cada lado

da reta 1x para esboçar seu gráfico.

Considere então as tabelas:

Page 28: Apostila Cálculo I

28

1x

1x

x y = 1 - x x y = x - 1

0 1 1 0

1 0 2 1

Logo:

Exemplo 2 - Esboce o gráfico da função definida por

2 se3

2 se 12

x

xxxf

Seguindo os mesmos passos do exemplo anterior podemos construir as seguintes tabelas:

2x

2x

x y = 2x + 1 x y = 3

-3 -5 -2 3

-2 -3 1 3

Assim:

Exemplo 3 - Esboce o gráfico da função definida por

1 se 7

11 se 6

1 se 12

xx

x

xx

xf

Neste caso precisamos construir três tabelas, pois a função tem três leis de formação.

Page 29: Apostila Cálculo I

29

1x 11 x 1x

x y = x2 + 1 x y = 6 x y = 7 - x

-2 5 -1 6 1 6

-1 2 1 6 2 5

Assim:

Funções Modulares

Dado um número real x, sempre existe x e seu valor é único. Podemos então, definir uma

função RRf : tal que xxf chamada de Função Modular.

Usando a definição de x temos que:

0 se

0se

xx

xxxf

Observe que a função modular é uma função definida por partes.

Graficamente temos:

Exemplo 1 - Esboce o gráfico da função 3 xxf :

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

Page 30: Apostila Cálculo I

30

3x 3x

x y = - x + 3 x y = x - 3

2 1 3 0

3 0 4 1

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos:

Observe que este é o gráfico de xy deslocado de 3 unidades para a direita.

Exemplo 2 - Esboce o gráfico da função 1 xxf :

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

0x 0x

x y = - x + 1 x y = x + 1

0 1 1 2

-1 2 0 1

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos:

Observe que este é o gráfico de xy deslocado de 1 unidades para cima.

Page 31: Apostila Cálculo I

31

Exemplo 3 - Esboce o gráfico de xxf

Temos que

0 se

0 sex

xx

xxf

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

0x 0x

x y = x x y = - x

0 0 1 -1

-1 -1 0 0

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos:

Observe que este gráfico é a reflexão do gráfico de xy em relação ao eixo x.

Exemplo 4 - Dada a função 32 xxf . Escreva xf como uma função definida

por partes e esboce seu gráfico.

Temos que:

02 se2

02se22

xx

xxx

Isto é,

2 xse 2

2 xse 22

x

xx

Subtraindo 3 a cada uma das expressões temos:

2 se5

2se1

xx

xxxf

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

Page 32: Apostila Cálculo I

32

2x 2x

x y = - x - 5 x y = x - 1

-5 0 -2 -3

-2 -3 1 0

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos:

Observe que este é o gráfico de xy deslocado de 2 unidades para a esquerda e de 3

unidades para baixo.

Exemplo 5 - Esboce o gráfico da função xxf 3 :

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

0x 0x

x y = - 3x x y = 3x

0 0 1 3

-1 3 0 0

Marcando esses pontos no plano cartesiano podemos observar que o gráfico de xxf 3

é o gráfico de xy esticado verticalmente de 3 unidades:

Page 33: Apostila Cálculo I

33

Exemplo 6 - Esboce o gráfico da função 22 xxf .

O gráfico de xfy deve ser feito a partir do gráfico de 22 xy refletindo a parte

negativa deste último em relação ao eixo x.

Observe o gráfico de 22 xy .

Assim podemos escrever xf como uma função definida por partes:

2 se 2

2 se 2

2

2

xx

xxxf

Dessa forma seu gráfico é dado por:

Exemplo 7 - Esboce o gráfico da função x

xxf :

Temos que:

0 se

0se

xx

xxx

Dividindo por x temos que:

0 se

0 se

xx

x

xx

x

x

x

Assim,

Page 34: Apostila Cálculo I

34

0 se 1

0 se 1

x

xxf

Portanto o gráfico de f(x) é uma reta horizontal na altura do 1 se 0x e uma reta

horizontal na altura do – 1 se 0x .

Exemplo 8 - Esboce o gráfico da função 12 xxxf :

Temos que:

2 se 2

2 se 2-2

xx

xxx e

1 se 1

1 se 11

xx

xxx

Para escrever f(x) como uma função definida por partes, iremos usar uma tabela na qual

escreveremos a lei de formação de cada um dos módulos nas diferentes partes de seus

domínios.

1x 21 x 2x

2x 2 x 2 x 2x

1x 1 x 1x 1x

12 xx 12 x 3 12 x

Assim,

-1 xse 12

21- se 3

2 se 1-x2

x

x

x

xf

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

1x 21 x 2x

x y = - 2x + 1 x y = 3 x y = 2x - 1

-2 5 -1 3 2 3

-1 3 2 3 3 5

Page 35: Apostila Cálculo I

35

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos que:

Exemplo 9 - Esboce o gráfico da função 13 xxxf :

Temos que:

3 se 3

3 se 33

xx

xxx e

1 se 1

1 se 11

xx

xxx

Para escrever f(x) como uma função definida por partes, iremos usar uma tabela na qual

escreveremos a lei de formação de cada um dos módulos nas diferentes partes de seus

domínios.

3x 13 x 1x

3x 3 x 3x 3x

1x 1 x 1 x 1x

13 xx 4 22 x 4

Assim,

-3 xse 4

13- se 2x2

1 se 4

x

x

xf

Para esboçar o gráfico de f, vamos usar as seguintes tabelas:

3x 13 x 1x

x y = - 4 x y = 2x + 2 x y = 4

-4 - 4 -3 - 4 1 4

-3 - 4 1 4 2 4

Page 36: Apostila Cálculo I

36

Marcando esses pontos no plano cartesiano temos que:

1.8. Função Exponencial

A Função Exponencial de Base a

Dado um número real a tal que 1 e 0 aa denomina-se função exponencial de base a à

função *: RRf definida por:

xaxf

As restrições 1 e 0 aa dadas na definição são necessárias, pois:

Para 0a e x negativo, não existe xa ;

Para 0a e 2/1x , por exemplo, não é possível calcular xa ;

Para 1a , 1xa para qualquer que seja o valor de x;

Gráfico de xay

O padrão gráfico da função exponencial xay depende fundamentalmente da base a ser

maior ou menor do que 1.

Para 1a temos:

Para 10 a temos:

Page 37: Apostila Cálculo I

37

Características de xay

Em ambos os gráficos quando x cresce uma unidade, o valor da função é multiplicado

pela base a. Este padrão generaliza todas as funções exponenciais e acarreta na fórmula

recursiva:

xafxf 1

Domínio: RD

Imagem: ,0Im

O gráfico de xay é uma figura chamada de Curva Exponencial

O gráfico de xay corta o eixo y no ponto 1,0 .

O gráfico de xay não toca o eixo x.

Para 1a , a função é crescente e chamada de Função de Crescimento Exponencial. A

base a, neste caso, é o seu fator de crescimento.

Para 10 a , a função é decrescente e chamada de Função de Decrescimento

Exponencial. A base a, neste caso, é o seu fator de decrescimento.

O gráfico de

x

ay

1é a reflexão do gráfico de xay em relação ao eixo y.

Exemplo 1 - Os gráficos das funções xxf 2)( e xxg 3)( são:

xy 2 xy 3

Page 38: Apostila Cálculo I

38

Exemplo 2 - Os gráficos das funções

x

xf

2

1)( e

x

xg

3

1)( são:

A Função Exponencial de Base e

Uma função exponencial muito importante na Matemática é aquela cuja base é o número e,

conhecido como a Constante de Euler. Esta função é xexf .

Nós já vimos que para qualquer valor de a, xaxf passa pelo ponto (0,1), entretanto,

cada uma delas passa por esse ponto com uma inclinação diferente. A escolha da base a

influencia na forma com que o gráfico corta o eixo y.

O número e é um número irracional definido como a base da função exponencial cuja

inclinação no ponto (0.1) é 1.

Observe seu gráfico:

Podemos provar que:

....7182818284,2e

1.9. A Função Logarítmica

O Logaritmo de um número

Dados dois números positivos a e b com 1a , definimos o logaritmo de b na base a como

sendo o número c tal que bac .

Isto é:

bacb c

a log

x

y

2

1

x

y

3

1

Page 39: Apostila Cálculo I

39

Exemplo: Temos que:

1) 813 pois 481log 4

3

2) 322

1 pois 532log

5

2

1

3) 55 pois 25log2

5

4) 18 pois 01log 0

8

5) 162 pois 416log 4

2

6) 10010 pois 2100log 2

10

Observações

1) Quando a base for 10, temos os chamados logaritmos decimais e neste caso,

omitimos a base na notação de logaritmos:

xx loglog10

2) Quando a base for o número e, temos os logaritmos naturais ou Neperianos e

neste caso, escrevemos:

xxe lnlog

Propriedades dos Logaritmos

Propriedades Básicas Propriedades Operatórias

1) 01log a P1) NMNM aaa loglog.log

2) 1log aa P2) NMNM aaa loglog/log

3) ya y

a log P3) MbM a

b

a loglog

4) xaxa

log P4)

a

MM

b

b

alog

loglog

Função Logarítmica

Dado um número positivo a com 1a , a função logarítmica de base a é a função

IRIRf

*: definida por:

xxf alog

Page 40: Apostila Cálculo I

40

Gráfico de y = loga x

O padrão gráfico da função exponencial xy alog depende fundamentalmente da base

a ser maior ou menor do que 1.

Para 1a temos:

Para 10 a temos:

Características do Gráfico de y = loga x

Domínio: ,0D

Imagem: IRIm

O gráfico de xy alog corta o eixo x no ponto 0,1 .

O gráfico de xy alog não toca o eixo y.

O eixo y 0x é uma Assíntota Vertical do gráfico de xy alog .

Para 1a , a função é crescente.

Para 10 a , a função é decrescente.

O gráfico de xy alog é a reflexão do gráfico de xay em relação à reta xy .

Page 41: Apostila Cálculo I

41

Exemplo 1 - Os gráficos das funções xxf 2log)( e xxg 3log)( são:

x xf

1/2 -1

1 0

2 1

x xg

1/3 -1

1 0

3 1

Exemplo 2 - Os gráficos das funções xxf2

1log)( e xxg3

1log)( são:

x xf

1/2 1

1 0

2 -1

x xg

1/3 1

1 0

3 -1

1.10. Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas

O Ciclo Trigonométrico

Ciclo Trigonométrico ou Circunferência Trigonométrica é a circunferência orientada que

possui as seguintes características:

i) Raio igual a 1;

ii) Centro na origem dos eixos coordenados x e y;

iii) O ponto 0.1A como a origem dos arcos orientados.

Os eixos coordenados dividem o círculo trigonométrico em quatro arcos congruentes,

chamados de quadrantes.

xf

xg

xf

xg

Page 42: Apostila Cálculo I

42

Observe a tabela a seguir que relaciona ângulos e quadrantes:

Variação dos

Arcos º900 º180º90 º270º180 º360º270

Quadrante

Correspondente 1º Q 2º Q 3º Q 4º Q

São definidas no ciclo trigonométrico seis funções circulares básicas: seno, cosseno,

tangente, cotangente, secante e cossecante.

Vamos conhecer cada uma dessas funções.

Função Seno, Função Cosseno e Suas Inversas

Considere no ciclo trigonométrico um ponto yxP , gerado pelo arco que mede rad .

Definimos:

ysen

cos

x

Podemos mostrar que:

1cossen 22

De fato, do ciclo trigonométrico extraímos o seguinte triângulo:

Aplicando Pitágoras obtemos:

1cossen 22

Exemplo 1 - Seja um ângulo do 1º quadrante cujo cosseno vale 4

3. Determine o valor de

sen .

Usando a relação acima temos que:

Page 43: Apostila Cálculo I

43

4

7

16

7

16

911

4

3sen 2

2

2

sensen

Mas sendo um ângulo do 1º quadrante, temos que sen é positivo.

Logo,

4

7sen .

Exemplo 2 – Calcule xcos , sabendo que 5cos43 xxsen e 2

0

x .

Devemos resolver o seguinte sistema de equações:

1cos

5cos43

22 xxsen

xxsen

Isolando xsen na primeira equação temos:

3

cos5 xxsen

Substituindo na segunda equação:

016cos40cos251cos

3

cos5 22

2

xxx

x

Fazendo xy cos temos a equação 0164025 2 yy

Resolvendo esta equação quadrática obtemos 5

4y .

Assim,

5

4cos x .

Veremos a seguir os valores do seno e do cosseno de alguns arcos notáveis:

Page 44: Apostila Cálculo I

44

Características da Função Seno

Segue diretamente da definição de sen que a função ttf sen tem as seguintes

características:

Domínio: IR

Imagem: 1,1

Período: tsen2tsen pois 2

ímpar função uma é seno função a tsensen t

Sinal, Crescimento e Decrescimento:

Observando os valores do seno dos arcos representados na figura acima vemos que:

ttf sen é positiva no 1º e 2º quadrantes

ttf sen é negativa no 3º e 4º quadrantes

ttf sen é crescente no 1º e 4º quadrantes

ttf sen é decrescente no 2º e 3º quadrantes

Gráfico:

x xsen

0 0

2/ 1

0

2/3 -1

2 0

Características da Função Cosseno

Segue diretamente da definição de cos que a função ttf cos tem as seguintes

características:

Domínio: IR

Imagem: 1,1

Período: tcos2tos pois 2 c

par função uma é cosseno função a tcostcos

Sinal, Crescimento e Decrescimento:

Page 45: Apostila Cálculo I

45

ttf cos é positiva no 1º e 4º

quadrantes

ttf cos é negativa no 2º e 3º

quadrantes

ttf cos é crescente no 3º e 4º

quadrantes

ttf cos é decrescente no 1º e 2º

quadrantes

Gráfico:

x xcos

0 1

2/ 0

-1

2/3 0

2 1

Função Arco Seno

Sabemos que a função seno em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função

,xseny restrita ao intervalo 22

x é bijetora e portanto é invertível neste

intervalo.

Observe seu gráfico:

Definimos a função arco seno por:

xy ysenxarcsen e 22

y .

Page 46: Apostila Cálculo I

46

Exemplo 1 – Encontre exatamente o valor de:

a) 2

3

6cos

2

1arcsencos

b) 2

1arcsen,2

senarcsen

c) 32

3arcsen,

4tan

2

3arcsen

Características da Função Arco Seno

Domínio: 1,1

Imagem:

2,

2

ímpar função uma é seno arco função a arcsenarcsen xx

A Função Arco Seno é sempre crescente

Sinal:

10 se 0arcsen

01 se 0arcsen

xx

xx

Gráfico:

Função Arco Cosseno

Sabemos que a função cosseno em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função

,xcosy restrita ao intervalo x0 é bijetora e portanto é invertível neste

intervalo.

Observe seu gráfico:

Page 47: Apostila Cálculo I

47

Definimos a função arco cosseno por:

xy ycosxcosarc e y0 .

Exemplo 1 – Encontre exatamente o valor de:

d) 2

1

3

2cos

2

1cosarccos

e) 3

2

2

1cosarc,

3

2coscosarc

f) 00tan,1cosarctan

Características da Função Arco Cosseno

Domínio: 1,1

Imagem: ,0

Se 0x então, 2

cosarcarcsen

xx

A Função Arco Cosseno é sempre decrescente e sempre positiva

Gráfico:

Page 48: Apostila Cálculo I

48

Função Tangente

Considere no ciclo trigonométrico um ponto yxP , gerado pelo arco que mede rad e a

reta vertical t que passa pelo ponto 0,1A .

Prolongando a semirreta OP encontraremos o ponto ',' yxQ intersecção de OP com a

reta t.

Definimos 'tan y

Vejamos a seguir alguns valores da tangente de alguns arcos notáveis:

Podemos mostrar que:

cos

tansen

Page 49: Apostila Cálculo I

49

De fato,

Da definição de tangente no ciclo trigonométrico extraímos os triângulos OAQ e OHP.

Usando semelhança de triângulos temos que:

costan

cos1

tan

sen

sen

OH

PH

OA

QA

Características da função Tangente

Segue diretamente da definição de tan que a função ttf tan tem as seguintes

características:

Domínio

A função tangente está definida nos pontos em que a função cosseno não se anula.

Portanto,

ZkktIRtD onde 2

/

Imagem: IR

Período: ttantan pois t

impar função uma é tangentefunção a ttanttan

Sinal, Crescimento e Decrescimento:

ttf tan é positiva no 1º e 3º

quadrantes

ttf tan é negativa no 2º e 4º

quadrantes

ttf tan é sempre crescente.

Page 50: Apostila Cálculo I

50

Gráfico:

x xtan

0 0

2/

0

2/3

2 0

Observe que as retas do tipo Zkkx com 2

são Assíntotas Verticais do gráfico de

xy tan .

Função Arco Tangente

Sabemos que a função tangente em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função

,xtany restrita ao intervalo 22

y é bijetora e portanto é invertível neste

intervalo.

Definimos a função arco tangente por:

xy ytanxtanarc e 22

y .

Características da Função Arco Tangente

Domínio: IR

Imagem:

2,

2

ímpar função uma é tangentearco função a tanarctanarc xx

A Função Arco Tangente é sempre crescente

Sinal:

0 se 0arcsen2

0 xse 02

tanarc0

xx

x

Gráfico:

Page 51: Apostila Cálculo I

51

Função Cotangente

Considere no ciclo trigonométrico um ponto yxP , gerado pelo arco que mede rad e a

reta horizontal t que passa pelo ponto 1,0B .

Prolongando a semirreta OP encontraremos o ponto ',' yxQ intersecção de OP com a

reta t.

Definimos 'cot x

Podemos mostrar que:

sen

coscot

De fato,

Da definição da função cotangente no ciclo trigonométrico extraímos os triângulos OBQ e

OHP:

Usando semelhança de triângulos temos que:

sensenPH

OH

OB

QB coscot

cos

1

cot

Podemos escrever ainda

tan

1cot

De fato,

Sabemos que

cos

tansen

.

Assim,

cot

cos

cos

1

tan

1

sensen

Page 52: Apostila Cálculo I

52

Característica da Função Cotangente

Usando a identidade

tan

1cot , podemos concluir que a função ttf cot tem as

seguintes características:

Domínio

A função cotangente está definida nos pontos em que a função seno não se anula.

Portanto,

ZkktIRtD onde /

Imagem: IR

Período: tcottot pois c

impar função uma é cotangente função a tcottcot

Sinal, Crescimento e Decrescimento:

ttf cot é positiva no 1º e 3º

quadrantes

ttf cot é negativa no 2º e 4º

quadrantes

Além disso, ttf cot é sempre

decrescente.

Gráfico:

x xcot

0

2/ 0

2/3 0

2

Observe que as retas do tipo Zkkx com são Assíntotas Verticais do gráfico de

xy cot .

Função Arco Cotangente

Sabemos que a função cotangente em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função

,xcoty restrita ao intervalo x0 é bijetora e portanto é invertível neste intervalo.

Page 53: Apostila Cálculo I

53

Definimos a função arco cotangente por:

xy ycotxcotarc e y0 .

Características da Função Arco Cotangente

Domínio: IR

Imagem: ,0

xx tanarc2

cotarc

A Função Arco Cotangente é sempre decrescente e sempre positiva

Gráfico:

Função Secante e Função Cossecante

Considere no ciclo trigonométrico um ponto yxP , gerado pelo arco que mede rad e a

reta t que é tangente ao círculo trigonométrico no ponto P.

Sejam os pontos 0,mxM e nyN ,0 intersecção da reta t com os eixos x e y

respectivamente.

Definimos:

mxsec

nycsc

Podemos mostrar que:

cos

1sec e

sen

1csc

De fato,

Da definição de secante e cossecante no circulo trigonométrico extraímos os triângulos

OPM, OPN e OHP:

Page 54: Apostila Cálculo I

54

Usando a relação de semelhança entre os triângulos OPM e OHP temos:

cos

1sec

cos

1

1

sec

OH

OP

OP

OM

Usando a relação de semelhança entre os triângulos OPN e OHP temos:

sensenPH

OP

OP

ON 1csc

1

1

csc

Características da Função Secante

Usando a identidade

cos

1sec , podemos concluir que a função ttf sec tem as

seguintes características:

Domínio

A função secante não está definida nos pontos onde o cosseno se anula. Portanto:

ZkktIRtD onde 2

/

Imagem: ,11,

Período: tsec2tec pois 2 s

par função uma é secante função a tsectsec

Sinal, Crescimento e Decrescimento:

ttf sec é positiva no 1º e 4º

quadrantes

ttf sec é negativa no 2º e 3º

quadrantes

ttf sec é crescente no 1º e 2º

quadrantes

ttf sec é decrescente no 3º e 4º

quadrantes

Page 55: Apostila Cálculo I

55

Gráfico:

x xsec

0 1

2/

-1

2/3

2 1

Observe que as retas do tipo Zkkx com 2

são Assíntotas Verticais do gráfico de

xy sec .

Características da Função Cossecante

Usando a identidade

sen

1csc , podemos concluir que a função ttf csc tem as

seguintes características:

Domínio

A função cossecante não está definida nos pontos onde o seno se anula. Portanto:

ZkktIRtD onde /

Imagem: ,11,

Período: tcsc2teccsc pois 2 s

impar função uma é cossecante função a tcsctcsc

Sinal, Crescimento e Decrescimento:

ttf csc é positiva no 1º e 2º

quadrantes

ttf csc é negativa no 3º e 4º

quadrantes

ttf csc é decrescente no 1º e 4º

quadrantes

ttf csc é crescente no 2º e 3º

quadrantes

Page 56: Apostila Cálculo I

56

Gráfico:

x xcsc

0

2/ 1

2/3 -1

2

Observe que as retas do tipo Zkkx com são Assíntotas Verticais do gráfico de

xy csc .

Função Arco Secante

Sabemos que a função secante em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função

,xsecy restrita ao intervalo x0 com 2

x é bijetora e portanto é invertível

neste intervalo.

Definimos a função arco secante por:

xy ysecxsecarc com y0 e 2

y

Características da Função Arco Secante

Domínio: ,11,

Imagem:

2

,0

xx

1cosarcsecarc

A Função Arco secante é sempre crescente e positiva em seu domínio.

Gráfico:

Page 57: Apostila Cálculo I

57

Função Arco Cossecante

Sabemos que a função cossecante em todo o seu domínio não é injetora. Mas a função

,xcscy restrita ao intervalo 22

x com 0x é bijetora e portanto é invertível

neste intervalo.

Definimos a função arco cossecante por:

xy ycscxcscarc com 22

y e 0y

Características da Função Arco Cossecante

Domínio: ,11,

Imagem: 02

,2

xx

1senarccscarc

xx secarc2

arccsc

A Função Arco cossecante é sempre decrescente

Sinal:

1 se 0cscarc2

1 xse 02

cscarc0

xx

x

Gráfico:

1.11. Transformações das funções trigonométricas

As regras para deslocamento, ampliação, redução e reflexão do gráfico de uma função

também se ampliam às funções trigonométricas.

Seja f uma função trigonométrica, podemos a partir do gráfico de f construir o gráfico de:

Page 58: Apostila Cálculo I

58

dcxbafy ))((

Onde,

a Promove uma ampliação ou redução vertical e/ou uma reflexão em relação ao eixo x.

b Promove uma ampliação ou redução horizontal e/ou uma reflexão em torno do eixo y.

c Promove um deslocamento horizontal;

d Promove um deslocamento vertical.

Exemplos: Esboce o gráfico, determine o domínio, a imagem e o período de:

1) xy cos1

O gráfico desta função é o gráfico xy cos deslocado uma unidade para cima.

x xcos xcos1

0 1 2

2/ 0 1

-1 0

2/3 0 1

2 1 2

Domínio: IR

Imagem: 2,0

Período: 2

2) xseny 2

O gráfico desta função é o gráfico xseny ampliado verticalmente de 2 unidades e

refletido em relação ao eixo x.

Page 59: Apostila Cálculo I

59

x xsen xsen2

0 1 2

2/ 0 1

-1 0

2/3 0 1

2 1 2

Domínio: IR

Imagem: 2,2

Período: 2

3)

2cos

xy

O gráfico desta função é o gráfico xy cos ampliado horizontalmente de 2 unidades.

x

2

x

2cos

x

0 0 1

2/ 0

2 -1

3 2/3 0

4 2 1

Domínio: IR

Imagem: 1,1

O período, neste caso, foi alterado.

Sabendo que o período do xcos é

2p , fazemos:

422

xx

Logo, o período da nova função é

4p .

Page 60: Apostila Cálculo I

60

4)

2tan

xy

O gráfico desta função é o gráfico xy tan deslocado horizontalmente de 2

x unidades

para a esquerda.

x 2

xx

2tan

x

2/ 0 0

0 2/

2/ 0

2/3

2/3 2 0

Domínio:

ZkkxIRxD onde /

Imagem: IR

Período: .

Assíntotas Verticais: Zkkx onde

Page 61: Apostila Cálculo I

61

5)

221

xseny

x

2

x

2

xsen

22

xsen

221

xsen

2/ 0 0 0 1

2/ 1 2 -1

2/3 0 0 1

2 2/3 -1 -2 3

2/5 2 0 0 1

Domínio: IR

Imagem: 3,1

Período: 2

1.12. Identidades Trigonométricas

Além das identidades trigonométricas básicas já relacionadas, também são válidas, dentre

outras, as seguintes identidades:

1) 22 sec1tan

2) 22 csc1cot

3) bababa sensencoscoscos

4) bababa sensencoscoscos

5) abbaba cossencossensen

6) abbaba cossencossensen

7) aaa cossen22sen

8) aaa 22 sencos2cos

9) aasen 2cos12

12

10) aa 2cos12

1cos2

Page 62: Apostila Cálculo I

62

Exemplo 1 – Sabendo que 12

5tan x e que x é um arco do segundo quadrante, calcule o

valor de xcos .

Vamos utilizar as relações 22 sec1tan e

cos

1sec .

Então temos que:

1

144

25

cos

1

cos

11

12

522

2

Daí,

13

12cos

144

169

cos

12

x

Como x é um arco do segundo quadrante, então 13

12cos x .

Exemplo 2 – Calcule o valor de º75sen .

Podemos escrever º45º30º75 sensen

Assim

4

62º75

2

3.

2

2

2

2.

2

1º75

º30cosº45º45cosº30º45º30º75

sen

sen

sensensensen

Exemplo 3 – Sendo a um ângulo do 1º quadrante e b do 2º quadrante, 5

4cos a e

13

5bsen , calcule ba cos .

Como a está no 1º quadrante, 5

3

25

161 asen .

Como b está no 2º quadrante, 13

12

169

251cos b .

Portanto,

65

33

13

5.

5

3

13

12.

5

4cos

ba

Page 63: Apostila Cálculo I

63

Exemplo 4 – Prove que aasen cos2

aasen

aasenasen

senaasenasen

cos2

1.cos0.2

2cos

2cos

2

Demonstração das identidades trigonométricas

1) 22 sec1tan

Sabemos que 1cos22 sen

Dividindo esta igualdade por 2cos temos:

22

22

2

2

2

sec1tancos

1

cos

cos

cos

sen

2) 22 csc1cot

Sabemos que 1cos22 sen

Dividindo por 2sen temos:

22

22

2

2

2

csc1cot1cos

sensensen

sen

3) bsenasenbaba coscoscos

Sejam a e b arcos do ciclo trigonométrico conforme figura abaixo:

Temos que:

asenaP

basenbaRA

bsenbO

,cos

,cos 0,1

,cosQ 0.0

Page 64: Apostila Cálculo I

64

Os triângulos OPQ e OAR são semelhantes, logo, RAdQPd ,. .

Mas,

22

22

01cos,

e coscos.

basenbaRAd

asenbsenabQPd

Assim,

babsenasenba

basenbaasenbsenab

basenbaasenbsenab

cos222coscos22

01coscoscos

01coscoscos

2222

2222

Portanto,

bsenasenbaba coscoscos

4) bababa sensencoscoscos

bsenasenbababa coscoscoscos

Mas, bsenbb b-sen e coscos

Logo,

bsenasenbaba coscoscos

5) abbaba cossencossensen

É fácil ver que asena

2cos

e aasen cos

2

.

Portanto,

bsenabasenba

bsenasenbaba

bababa

coscossen

2cos

2cossen

2cos

2cossen

6) abbaba cossencossensen

bsenababasenba coscossensen

Mas, bsenbb b-sen e coscos

Logo,

bsenababa coscossensen

7) aaa cossen22sen

Fazendo ba na igualdade (6) temos:

Page 65: Apostila Cálculo I

65

aasenasen

aasenaaaasena

cos22

coscossen2sen

8) aaa 22 sencos2cos

Fazendo ba na igualdade (4) temos:

asenaasen

asenasenaaaaa

22cos2

coscoscos2cos

9) aasen 2cos12

12

Fazendo asena 22 1cos na igualdade (8) temos:

aasen

aasen

asenasenasena

2cos12

1

2cos12

2112cos

2

2

222

10) aa 2cos12

1cos2

Fazendo aasen 22 cos1 na igualdade (8) temos:

aa

aa

aaaa

2cos12

1cos

2cos1cos2

1cos2cos1cos2cos

2

2

222