apostila cálculo iii 2012
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Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 1
UNIVERSIDADE DE ITAÚNA
ENGENHARIA MECÂNICA
CÁLCULO III
Professora Maria Cristina Monteiro Castanheira
2012
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 2
SEQUÊNCIAS Uma sequência infinita é uma sucessão interminável de números, chamados termos. Entende-se que os termos têm uma ordem definida, isto é, há um primeiro termo a1, um segundo termos a2, um terceiro termo a3 e assim por diante. Sequências infinitas
K,9
4,
7
3,
5
2,
3
1
a1, a2, a3, a4, a5, ... a1 = primeiro termo an = n-ésimo termo Notação: { a1, a2, a3, ..., an} → {an} ou { }∞
=1nna Exemplos:
a) ∞
=
+ 11 nn
n
b) { }∞
=− 03 nn Limite de uma sequência Uma vez que sequências são funções, podemos indagar sobre os seus limites. Porém, como a sequência {an} está somente definida para valores inteiros de n, o único limite que faz sentido é o de an quando n → +∞. Na figura abaixo temos os gráficos de quatro sequências, cada uma das quais comporta-se diferentemente quando n → +∞.
Os termos na sequencia crescem Os termos na sequencia sem limitação. oscilam entre -1 e 1.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Os termos na sequencia crescem em Os termos da sequencia tendem direção a um “valor limite” de 1. a um“valor limite” de 1, mas o fazem de forma oscilatória. Proposição 1 (Unicidade do limite) O limite de uma sucessão quando existe é único. Definição: Se uma sequência {an} tem um limite, diz que a sequência é convergente e dizemos que na converge a esse limite. Se a sucessão não é convergente, diz que é divergente. Teorema: Se Lxf
x=
∞→)(lim , e f está definida para todo inteiro positivo, então também
Lnfn
=∞→
)(lim quando n é qualquer inteiro positivo.
Exemplo: Determinar se a sequência
+12
42
2
n
n é convergente ou divergente.
Seja f(x) = 12
42
2
+x
x e investigamos )(lim xf
x ∞→.
21
2
4lim
12
4lim
2
2
2
=+
=+ ∞→∞→
xx
xxx
Por tanto, a sequência é convergente e 12
42
2
+n
n converge a 2 pelo Teorema.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Proposição 2 Não se altera o limite de uma sucessão convergente modificando um número finito de termos da sucessão. Proposição 3 Se os termos de uma sucessão são todos iguais a uma certa constante, então a sucessão tem por limite essa constante. Leis do Limite para Sequência Se { }na e { }nb forem sequências convergentes e c for constante, então:
• ( ) nn
nn
nnn
baba∞→∞→∞→
+=+ limlimlim
• ( ) nn
nn
nnn
baba∞→∞→∞→
−=− limlimlim
• nn
nn
acca∞→∞→
⋅= limlim
• ccn
=∞→
lim
• ( ) nn
nn
nnn
baba∞→∞→∞→
⋅=⋅ limlimlim
• n
n
nn
n
n
n b
a
b
a
∞→
∞→
∞→=
lim
limlim , se lim bn ≠ 0
• [ ]pn
n
pn
naa
∞→∞→= limlim , se p > 0 e an > 0
Uma sucessão diz-se propriamente divergente se tende para mais infinito ou para menos infinito. Uma sucessão diz-se oscilante se não for convergente nem propriamente divergente. Em resumo, as sucessões classificam-se do seguinte modo:
• convergentes (limite finito); propriamente divergentes (limite + ∞ ou - ∞) • divergentes oscilantes (nos restantes casos).
Exercícios
1) Calcule os 5 primeiros termos da sequência an = 2an-1 – 1 sendo n > 1 e a1 = - 1.
2) Em cada um dos itens abaixo, encontre uma fórmula plausível para a
sequência cujos termos iniciais são dados.
a) K,4
1,
3
1,
2
1,1
b) K,16
1,
8
1,
4
1,
2
1
c) K,16,9,4,1
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d) 1, 3, 5, 7, 9, ...
e) K,8
1,
6
1,
4
1,
2
1
f) K,5
4,
4
3,
3
2,
2
1
g) K,13
19,
2
3,
7
11,
4
7,3
h) K,1,1,1,1,1,1 −−−
i) K,5
18,
4
14,
3
10,3
3) Determinar se a sequência é convergente ou divergente. Se for convergente,
encontrar seu limite.
a)
+ 1n
n C → 1
b)
+ 12n
n C →
2
1
c) ( )
n
nln C → 0
d)
n2
1 C → 0
e) { - 2n³ + 1} D
SÉRIES INFINITAS Consideremos uma sequência
a1, a2, a3, ..., an, ... A partir dela formamos a sequência
S1, S2, S3, ..., Sn, ... do seguinte modo:
S1 = a1, S2 = a1 + a2, S3 = a1 + a2 + a3, e em geral
Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an = ∑=
n
kka
1
A sequência {Sn} recebe o nome de série (associada à sequência {an}) e é representada por
a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an + ... ou por
∑=
n
kka
1
Ou então mais simplesmente por
∑ ka .
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Os números ak são chamados termos da série, e os números S1, S2, S3, ..., somas parciais de ordem 1, 2, 3, ..., da série, respectivamente.
Convergência e divergência de séries A soma de infinitos termos de uma série podem ou não convergir para um determinado valor S. Vejamos os exemplos.
• Seria impossível encontrar uma soma finita para a série
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + ... + n + ...
pois adicionando-se os termos obteremos as somas cumulativas 1, 3, 6, 10, 15, 21. Assim dizemos que esta série é uma série divergente .
• Adicionando-se os termos da série
LL ++++++++n2
1
64
1
32
1
16
1
8
1
4
1
2
1
E denotando por Sn a soma dos n primeiros números da série, teremos
S1 = 5,02
1 =
S2 = 75,04
1
2
1 =+
S3 = 875,08
1
4
1
2
1 =++
S4 = 9375,016
1
8
1
4
1
2
1 =+++
M
S10 = 99902344,01024
1
4
1
2
1 ≅+++ L
M
S16 = 99998474,02
1
4
1
2
116
≅+++ L
Observe que à medida que somamos mais e mais termos, as somas parciais ficam cada vez mais próximas de 1. Assim podemos escrever que
∑∞
=
=++++++++=1
12
1
64
1
32
1
16
1
8
1
4
1
2
1
2
1
nnn
LL
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Sendo esta portanto uma série convergente . Uma série ∑∞
=1nna diz-se convergente
se a sucessão das somas parciais, Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an, converge para um número real S. Definição: Se S é um número tal que SSn
n=
+∞→lim , então a série ∑ na é dita
convergente, e S é chamado de soma da série. Designaremos usualmente S por
∑+∞
=1nna .
Se não existir nenhum número S tal que SSnn
=+∞→
lim , então a série ∑ na será dita
divergente. Se +∞=+∞→ n
nSlim , então diremos que a série diverge para +∞ e
escreveremos +∞=∑+∞
=1nnS . Da mesma forma, se −∞=
+∞→ nn
Slim , então diremos que a
série diverge para -∞ e escreveremos −∞=∑+∞
=1nnS .
Exemplo: Dada a série infinita ( )∑∑+∞
=
+∞
= +=
11 1
1
nnn nn
u encontrar os quatro primeiros
elementos da sequência de somas parciais {Sn} e encontrar uma fórmula para Sn em termos de n.
S1 = 2
1
2.1
1 =
S2 = 3
2
3.2
1
2
1 =+
S3 = 4
3
4.3
1
3
2 =+
S4 = 5
4
5.4
1
4
3 =+
Por frações parciais vemos que ( ) 1
11
1
1
+−=
+=
kkkkuk
Por tanto, 1
11
+−=
nnun e nn uuuuS ++++= L321
Assim, 11
11
+=
+−=
n
n
nSn
Note que o método de solução do exemplo acima se aplica somente a um caso especial. Em geral, não é possível obter uma expressão geral para Sn. Se uma série infinita tem uma soma S, dizemos também que a série converge a S.
{Sn} =
+ 1n
n
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11
1
1lim
1limlim =
+=
+=
∞→∞→∞→
nn
nS
nnn
n
Assim, concluímos que a série infinita tem uma soma igual a 1. Podemos escrever:
( ) ( ) 11
1
20
1
12
1
6
1
2
1
1
1
1
=++
+++++=+∑
∞
=
LLnnnnn
Teorema: Se a série infinita ∑+∞
=1nna é convergente, então 0lim =
+∞→ nn
a .
A recíproca do Teorema não é válida: 0lim =
+∞→ nn
S não implica que ∑ nS converge.
Teorema: Se 0lim ≠+∞→ n
xa , então a série ∑
+∞
=1nna é divergente.
Exemplo: Demonstrar que as séries seguintes são divergentes.
a) L++++=+∑+∞
= 16
17
9
10
4
52
1
12
2
n n
n
011
11
lim1
limlim2
2
2
≠=+
=+=∞→∞→∞→
nn
na
nnn
n
Por tanto, a série é divergente pelo Teorema.
b) ( ) L+−+−=−++∞
=∑ 333331
1
1
n
n
( ) 31limlim 1+
∞→∞→−= n
nn
na , que não existe.
Por tanto, a série é divergente pelo Teorema. Atenção:
À série ∑∞
=1nna temos associados duas sucessões:
• (an), a partir da qual definimos a série; • (Sn), a sucessão das suas somas parciais.
A natureza da série é determinada pela convergência ou não da sucessão das suas somas parciais.
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O fato de (an) ser convergente não garante que ∑∞
=1nna seja convergente.
SÉRIES IMPORTANTES
SÉRIE GEOMÉTRICA Considere a sequência 1−nar , que consiste nos termos a, ar, ar², ar³, ... A série
∑ −1nar é chamada de série geométrica de razão r e primeiro termo a. Sua n-ésima
soma parcial Sn é dada por Sn = a + ar + ar² + ar³ + ... + arn-1 Multiplique por r: rSn = ar + ar² + ar3 + ar4 + ... + arn Subtraia: Sn – rSn = a - arn Portanto, (1 – r)Sn = a(1 – rn)
Sn = ( )
r
ra n
−−
1
1
E o seu termo geral é dado por na = a.rn-1. O termo representado pela letra r é chamado razão da sucessão.
Quando r < 1, demonstra-se que r
aSn
n −=
+∞→ 1lim 1 e que nesse caso, a série se diz
convergente. Tudo agora depende da razão r.
• Se 1<r , então 0lim =+∞→
n
nr (pelo Teorema de convergência) e, portanto
r
aSn
n −=
+∞→ 1lim 1 .
• Se 1>r , então ∞=
+∞→
n
nrlim (pelo Teorema da divergência) e, portanto,
∞=+∞→ n
nSlim . (Uma exceção trivial ocorre quando a = 0. Em tal caso, todos os
termos são 0, a série converge e a sua soma é 0.)
• Se r = 1, Sn = a + a + a + a + a + ... e, portanto a série não converge. Teorema: Dada a série geométrica ∑ −1nar :
(a) Se 1<r , a série converge e tem por soma .1
1
r
a
−
(b) Se 1>r e a ≠ 0, a série diverge para ∞.
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Exemplo: Considere a série geométrica ∑−
1
2
1n
com razão r = 2
1 e primeiro termo
a1 = 1:
L++++8
1
4
1
2
11
Pelo Teorema, a série converge e tem por soma 2
2
11
2
11
1 ==−
. Portanto
∑+∞
=
−
=
1
1
22
1
n
n
.
Podemos multiplicar a série ∑ nS por uma constante c para obter uma nova série
∑ ncS , e podemos somar duas séries ∑ nS e ∑ nT para obter uma nova série
( )∑ + nn TS .
Teorema: Se c ≠ 0, então ∑ ncS , converge se e somente se ∑ nS converge. Além
disso, no caso da convergência,
∑∑+∞
=
+∞
=
=11 n
nn
n SccS
Teorema: Suponha que as duas séries ∑ nS e ∑ nT sejam ambas convergentes.
Então a sua soma ( )∑ + nn TS é também convergente e
( )∑ ∑∑+∞
=
+∞
=
+∞
=
+=+1 11n n
nn
nnn TSTS
Exercícios
1) Use a notação de somatório para escrever a série fornecida de forma compacta.
a) L,81
1,
27
1,
9
1,
3
1
b) L,5
4,
4
3,
3
2,
2
1
c) K,8
7,
6
5,
4
3,
2
1
2) Encontre a quarta soma parcial S4 da série dada:
a) ∑∞
=1 2
1
nn
16
15
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b) ( )
∑∞
=
−1
1
n
n
n
12
7−
3) Determine se a série geométrica dada converge, e, se assim o for, encontre
sua soma.
a) ∑∞
=
0 5
4
n
n
C → 5
b) ∑∞
=0 3
2
nn
C → 3
c) ∑∞
=
1 2
3
n
n
D
d) ( )∑
∞
= −2 4
3
nn
C → 20
3
e) ( )∑∞
=1
9,05n
n C → 45
f) ∑∞
=+
124
3
nn
n
C → 16
3
g) ∑∞
=−
+
01
1
5
4
nn
n
C → 100
h) ∑∞
=
−
1
1
3
25
n
n
C → 15
i) ∑∞
=
+−
1
183n
nn D
4) Estude a natureza das seguintes séries.
a) ∑+∞
=0 2
3
nn
C → 6
b) n
n∑
∞
=
0 2
3 D
c) ∑+∞
=
−
0
12 32n
nn D
5) Calcule a soma, se existir, para cada série.
a) L++++125
8
25
4
5
21 C →
3
5
b) 1 + 2 + 4 + 8 + ... D
c) L+++++16
1
8
1
4
1
2
11 C → 2
d) L++−+−27
2
9
2
3
226 C →
2
9
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e) L+−+−27
40
9
20
3
105 C → 3
CRITÉRIOS DE CONVERGÊNCIA
Teste da Razão (D’Alembert)
Seja ∑∞
=1nna uma série de termos positivos e tal que 0lim =
∞→ nn
a .
Se λ=+
∞→n
n
n a
a 1lim . Em relação ao valor de λ, podemos ter:
• Se λ < 1, a série é convergente. • Se λ > 1, a série é divergente. • Se λ = 1, o critério não se aplica.
Exemplos:
1) L++++64
11
16
8
4
52
Solução: Escrevemos a série usando a notação de somatório, a fim de encontrar o elemento an.
∑∞
=−
−1
14
13
nn
n
Nesse caso temos 14
13−
−=nn
na
Em seguida calculamos o n
na
∞→lim .
∞∞=−
−∞→ 14
13lim
nn
n, pela Regra de L’Hôpital temos:
04ln4.1
3lim
1=
−∞→ nn
Sendo 0lim =∞→ n
na , a série tem chance de ser convergente.
Calculamos n
n
a
a 1+ .
( )412
23
4
1
13
1
4
23
13
4
4
133
4
13
4
113 1
1111
−+=⋅
−⋅+=
−÷−+=−÷−+=
−
−−++
n
n
n
n
n
nnn
a
an
n
nnnn
n
Calculamos o n
n
n a
a 1lim +
∞→ a fim de encontrar λ.
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___________________________________________________________________ 13
4
1
12
3
12
3lim
12
3lim
412
23limlim 1 ====
−+=
∞→∞→∞→
+
∞→ nnnn
n
n n
n
n
n
a
a
Sendo λ = 4
1 < 1, concluímos pelo Teste da razão que a série é convergente .
2) Considere a assim chamada série harmônica ∑ +++++= L5
1
4
1
3
1
2
11
1
n.
∑∞
=1
1
n n
nan
1=
011
lim =∞
=∞→ nn
111
11
1
1
1
+=⋅
+=+=+
n
nn
nn
na
a
n
n
101
11
1
11
1
1lim
1lim
1limlim 1 =
+=
∞+
=+
=+
=+
=∞→∞→∞→
+
∞→
nnn
nn
n
n
n
a
annn
n
n
n
Sendo λ = 1, o Teste da razão não se aplica.
As séries da forma ℜ∈∑+∞
=αα ,
1
1n n são chamadas séries de Dirichlet . A série
harmônica é uma série de Dirichlet em que α = 1. Mostra-se que as séries de Dirichlet são convergentes para α > 1 e divergentes para α ≤ 1. Exercícios 1) Examine o comportamento de cada uma das séries seguintes, através do Critério de D’Alembert.
a) L+
⋅+
⋅+
⋅+432
4
34
4
33
4
32
4
3 Convergente
b) L++++432 2
6
2
5
2
4
2
3 Convergente
c) L++++4
4
3
3
2
2
2.4
3
2.3
3
2.2
3
2
3 Divergente
d) ( )∑ +12.7.5.3
!
n
n
L Convergente
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e) ∑∞
=1 3nn
n Convergente
f) ∑∞
=1 3
!
nn
n Divergente
Teste da raiz (Critério de Cauchy) Definição: Se ∑ na é uma série de termos não negativos tal que λ=
∞→n
nn
alim (com
λ finito ou infinito), então:
• se λ < 1, ∑ na é convergente;
• se λ > 1, ∑ na é divergente;
• se λ = 1, nada se pode concluir.
Exemplo: Seja a série de termos não negativos ∑+∞
=
+1
2
53
2
n
n
n
n .
Solução:
Calculamos o n
n
n n
n2
53
2lim
+∞→
n
n
n n
n2
53
2lim
+∞→ =
2
53
2lim
+∞→ n
nn
=
2
53
2
lim
+∞→
nn
nn
n
n =
2
53
2lim
+∞→
n
n =
= 2
03
2
+=
9
4
Como λ = 9
4 < 1. A série é convergente.
Exercícios 1) Examine o comportamento de cada uma das séries seguintes através do critério de Cauchy.
a) ∑
+
n
n
n
7
2
Divergente
b) ∑
+
n
n
n
12 Convergente
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c) 2
1 53
12n
n n
n∑
∞
=
+−
Convergente
d) ∑∞
=
+1
2
11
n
n
n Divergente
Teste da Integral TEOREMA: Seja ∑ na uma série com termos positivos e seja f(x) a função que
resulta quando k for substituído por x no termo geral da série. Se f é decrescente e contínua no intervalo [a, +∞), então
∑∞
=1kna e ∫
+∞
adxxf )(
Ambas convergem ou ambas divergem. Exemplos: 1) Use o teste da integral para determinar se as seguintes séries convergem ou divergem.
a) ∑∞
=1
1
k k
Solução: Já sabemos que esta é uma série harmônica divergente, assim o teste da integral providenciará uma outra maneira simples de estabelecer a divergência. Se
substituirmos k por x no termo geral k
1, obtemos a função f(x) =
x
1, a qual é
decrescente e contínua para x ≥ 1. Uma vez que
[ ] +∞=+== ∫∫ +∞→+∞→
∞+1lnlnlim
1lim
111
ndxx
dxx
n
nn
a integral diverge e, consequentemente, a série também.
b) ∑∞
=12
1
k k
Solução:
Se substituirmos k por x no termo geral 2
1
k, obtemos a função f(x) =
2
1
x, a qual é
decrescente e contínua para x ≥ 1. Tendo em vista que
11
1lim1
limlim1
11 1 22
=
−=
−==+∞→+∞→
∞+
+∞→∫ ∫ nxx
dxdx
x n
n
n
n
n
a integral converge e, consequentemente, a série converge pelo teste da integral com a = 1.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Observação: Não concluamos erroneamente que a soma da série é 1, porque o valor da integral correspondente é 1. Exercícios Aplique o teste da integral para determinar a convergência das séries.
a) ∑∞
= +1 25
1
k k Divergente
b) ∑∞
=13
1
k k
2
1 Convergente
c) ∑∞
=1
1
k k Divergente
d) ∑∞
= +12 1k k
k Divergente
e) ∑∞
=
+1
2 1
k k
k Divergente
f) L+++7
1
5
1
3
1 Divergente
g) ∑∞
=2 ln.
1
k kk Divergente
SÉRIES DE FUNÇÃO Definição: Chamamos série de função a toda série em que o termo geral é uma função de uma variável.
∑=+++++n
x
n
xxxx LL
32
sen x + sen 2x + sen 3x + ... + = ∑ nxsen
Numa série de função, para cada valor real de x obtém-se uma série numérica que pode ser convergente ou divergente. O conjunto de valores de x para os quais uma série de função é convergente é denominado raio de convergência ou domínio de convergência dessa série. Uma série de função pode convergir para alguns valores de x e divergir para outros. O número R é chamado de raio de convergência da série e o conjunto de todos os números para os quais a série converge é chamado de intervalo de convergência . Assim, o intervalo de convergência de uma série de potência consiste no intervalo – R < x < R.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 17
Exemplo: Seja a série ∑ nx uma série de função.
Se x = 1 ⇒ ∑ nx = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + ... a série é divergente.
Se x = 2
1 ⇒ ∑ ++++= L
16
1
8
1
4
1
2
1nx a série é convergente.
Dizemos então que x = 2
1 pertence ao domínio de convergência da série.
Para se calcular o domínio de convergência de uma série de função aplicamos o critério de D’Alembert ou de Cauchy, conforme o caso, e tomamos o valor absoluto do limite encontrado em valor absoluto, como se a série fosse convergente (menor que 1) e a seguir, após resolver a inequação resultante, fazemos os testes para os extremos do intervalo encontrado. Exemplo: Determinar o intervalo de convergência da série ∑ nx .
Aplicando o critério de Cauchy: xxn n
n=
∞→lim
111 <<−⇒< xx
Fazemos um “teste” com os extremos do intervalo. Para x = - 1 ⇒ ∑ x = -1 + 1 – 1 + 1 – 1 + ... é uma série divergente.
Para x = 1 ⇒ ∑ nx = 1 + 1 + 1 + 1 + ... é uma série divergente.
Portanto, o domínio de convergência dessa série é o intervalo ] [1,1− Exercícios 1) Determine o domínio de convergência de cada uma das séries seguintes:
a) ( )∑ nx3
−3
1,
3
1
b) ∑ ⋅ nxn2 ] [1,1−
c) ∑ +1n
xn
[ [1,1−
d) ∑ n
nxn
2
. ] [2,2−
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 18
SÉRIES DE POTÊNCIAS
Em matemática, uma série de potências (de uma variável) é uma série infinita da forma
onde an representa o coeficiente do n-ésimo termo, c é uma constante, e x varia em torno de c (por esta razão, algumas vezes a série é dita centrada em c). Esta série geralmente surge como uma série de Taylor de uma função.
Em muitas situações, c é igual a zero, que em uma série de Taylor é um caso particular denominado série de Maclaurin. Nesses casos, a série de potências toma a seguinte forma simplificada
Essas séries de potências aparecem primariamente em análise, mas também ocorre em combinatória (sob o nome de funções geradoras) e em engenharia elétrica (sob o nome de Transformada Z).
Domínio de convergência
Para se calcular o domínio de convergência dessas séries, fazemos uma mudança de variáveis, chamando x – p de uma outra variável, e procedemos como nas séries de função. Exemplo: Determine o domínio de convergência da série ( )∑ − nx 3
x – 3 = t ⇒ ( )∑ ∑=− nn tx 3
Aplicando o critério de Cauchy: ttn n
n=
∞→lim
111 <<−⇒< tt
Fazemos um “teste” com os extremos do intervalo.
Para x = - 1 ⇒ n
t∑ = -1 + 1 – 1 + 1 – 1 + ... é uma série divergente.
Para x = 1 ⇒ ∑ nt = 1 + 1 + 1 + 1 + ... é uma série divergente.
Então, o domínio de convergência dessa série é o intervalo ] [1,1− Portanto, - 1 < t < 1 ⇒ - 1 < x – 3 < 1 ⇒ 2 < x < 4. Daí, o domínio de convergência dessa série será ] [4,2 .
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 19
Exercícios 1) Determine o domínio de convergência de cada uma das séries seguintes:
a) ( )
∑−
2
2
n
x n
[ ]3,1
b) ( ) ( )n
x nn 1
11 −⋅− −
∑ ] ]2,0
c) ( )
∑+n
nxn
2
22
] [0,4−
INTEGRAÇÃO EM SÉRIES
Séries de Taylor e de MacLaurin Na seção anterior pudemos encontrar representações para uma classe restrita de funções. Aqui um problema mais geral será investigado: como podemos encontrar a representação em série de potências para uma certa função? Se f(x) tiver uma representação em séries de potências, então a série será da forma
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) L+⋅+⋅+⋅+=!3
0'''!2
0"!1
0'032 x
fx
fx
ffxf
A série acima é chamada de série de MacLaurin da função, no caso mais geral onde a expansão é feita ao redor de x = a é chamada de série de Taylor da função. Podemos escrever resumidamente: Série de Taylor de uma função
( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) L+−+−+−+=−=∑∞
=
32
0 !3
'''
!2
"
!1
'
!ax
afax
afax
afafax
n
afxf n
n
n
Série de MacLaurin de uma função
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )L+⋅+⋅+⋅+==∑
∞
=
32
0 !3
0'''
!2
0"
!1
0'0
!
0x
fx
fx
ffx
n
fxf
n
nn
Exemplo: Considere a função f(x) = sen x , determine a fórmula de MacLaurin para n = 5. Resolução: Como n = 5, é necessário encontrar as cinco primeiras derivadas da função f(x) = sen x.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 20
f (x) = sen x f(0) = sen 0 = 0 f ' (x) = cos x f ' (0) = cos 0 = 1 f ' '(x) = − sen x f ' ' (0) = - sen 0 = 0 f ' ' ' (x) = - cos x f ' ' ' (0) = - cos 0 = - 1 f(4)(x) = sen x f(4)(0) = sen 0 = 0 f(5)(x) = cos x f(5)(0) = cos 0 = 1 Então a fórmula de MacLaurin para a função f(x) = sen x é:
L+⋅+⋅+⋅−+⋅+⋅+=!5
1!4
0!3
)1(!2
010)(5432 xxxx
xxf
( ) L+++−++=!5
0!3
0053 xx
xxf
( ) L++−=1206
53 xxxxf
Na figura abaixo é apresentado o gráfico correspondente as funções senoidal f(x) = sen x e a sua função polinomial equivalente representada pela equação acima.
FUNÇÃO SENOIDAL E FUNÇÃO POLINOMIAL EQUIVALENTE
A grande utilidade de se desenvolver uma função em série de MacLaurin é que transformamos essa função em uma função polinomial que muitas vezes facilita o seu estudo. Exercícios 1) Desenvolver em série de MacLaurin as funções dadas pelas equações seguintes:
a) f(x) = cos x L−+−=242
1)(42 xx
xf
b) f(x) = ln (1+ x) ( ) L−+−=32
32 xxxxf
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 21
c) f(x) = ex ( ) L+++++=2462
1432 xxx
xxf
d) f(x) = sen 2x ( ) L+−+−=5040
128
120
32
6
82
753 xxxxxf
e) f(x) = x−1
1 f(x) = 1 + x + x² + x³ + …
SÉRIE DE FOURIER Os fenômenos periódicos aparecem nas mais variadas situações: ondas de som, movimento da Terra, batimento cardíaco, ... Frequentemente uma função periódica pode ser representada por meio de funções periódicas simples, nomeadamente, cosseno e seno, sob a forma de uma série chamada série de Fourier da função. Funções periódicas Uma função f é dita periódica se existe um número real positivo P, denominado período de f, tal que
f(x) = f(x + P), para todo x no domínio de f. Segue da equação f(x) = f(x + P) que se f é periódica de período P então para qualquer n inteiro positivo temos
f(x) = f(x + nP),
ou seja, qualquer múltiplo inteiro positivo nP do período P também é um período de f. O menor valor de P que satisfaz a equação f(x) = f(x + P) é chamado período fundamental de f. As funções sen(x) e cos(x), são ambas periódicas de período fundamental P = 2π.
A função constante f(x) = c tem como período qualquer número real P > 0.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 22
As duas proposições a seguir nos dão duas propriedades importantes das funções periódicas. Proposição 1.1: Seja f uma função periódica de período P, então:
(i) f(ax), a ≠ 0, é periódica de período a
P;
(ii)
a
xf , a ≠ 0, é periódica de período aP.
Proposição 1.2: Sejam f1 e f2 duas funções periódicas de mesmo período P, α1 e α2 duas constantes reais quaisquer. A função h definida por
h(x) = α1f1(x) + α2f2(x), também é periódica de período P. Em outras palavras, uma combinação linear de funções periódicas de mesmo período também é periódica, com mesmo período das funções combinadas. Como as funções sen(x) e cos(x) possuem ambas período 2π, pela Proposição 1.1 observamos que:
(i) sen(2x) e cos(2x) possuem período 2
2π = π;
(ii) sen
2
x e cos
2
x possuem período 2 . 2π = 4π;
(iii) sen(2πx) e cos(2πx) possuem período ππ
2
2 = 1;
(iv) sen
P
xπ2 e cos
P
xπ2 possuem período
ππ
2
2P = P
Simetria ondulatória Definição (Função par): Um função f: R → R é dita par se
f(x) = f(- x), ∀x no domínio de f. Geometricamente, se f é par seu gráfico é simétrico em relação ao eixo y. Observe que f(a) = f(- a). Alguns exemplos de funções pares são f(x) = c, f(x) = x , f(x) = x²,
f(x) = xn para n par. Um outro exemplo importante de função par é f(x) = cos(x).
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Definição (Função ímpar): Um função f: R → R é dita ímpar se
f(- x) = - f(x), ∀x no domínio de f. Geometricamente, se f é ímpar seu gráfico é simétrico em relação à origem. Observe que f(- a) = - f(a). Alguns exemplos de funções ímpares são f(x) = x, f(x) = x³, f(x) = xn para n ímpar. Um outro exemplo importante de função ímpar é f(x) = sen(x).
Propriedades das funções pares e ímpares A soma (diferença) e o produto (quociente) de funções pares e ímpares possuem propriedades importantes, as quais listaremos a seguir. (S1) A soma (diferença) de duas funções pares é par. (S2) A soma (diferença) de duas funções ímpares é ímpar. (S3) A soma (diferença) de uma função par e uma função ímpar não é nem par nem ímpar. (P1) O produto (quociente) de duas funções pares é par. (P2) O produto (quociente) de duas funções ímpares é par. (P3) O produto (quociente) de uma função par e uma função ímpar é ímpar. (1) Se y = f(x) é uma função ímpar contínua em um intervalo [- a, a], a integral
( )∫− =a
adxxf 0 .
(2) Se y = f(x) é uma função par contínua em um intervalo [- a, a], a integral
( ) ( ) .20
dxxfdxxfa
a
a
∫ ∫−=
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 24
Determinação dos Coeficientes de Fourier Dada uma função f periódica de período P nosso objetivo é determinar os Coeficientes de Fourier para esta função em particular. Seja uma função f(x) definida no intervalo de – L a L. A constante L é uma número positivo que será chamada de
semiperíodo, onde 2
PL = .
A série de Fourier de uma função f(x) definida no intervalo – L < x < L é
( ) ∑∞
=
++=1
0 cos2 n
nn L
xnsenb
L
xna
axf
ππ
onde:
( )∫−=L
Ldxxf
La
10
( )∫−=L
Ln dxL
xnxf
La
πcos
1
( ) dxL
xnsenxf
Lb
L
Ln
π∫−= 1
Exemplo:
Esboçar o gráfico da função ( )( )
∈∀+<≤
<≤−−=
Rxxf
x
x
xf
,2
0,1
0,1
ππ
π , determinar seu período e
desenvolver em série de Fourier. Resolução: Construindo o gráfico da função: x y x y - π - 1 0 1 ( 0 - 1 ) ( π 1 )
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 25
Período da função: f(x) = f(x + 2π) nos informa que f é periódica de período P = 2π.
L = ππ ==2
2
2
P
Cálculo de a0:
( )∫−=L
Ldxxf
La
10
∫∫− +−=π
π ππ 0
0
0 11
11
dxdxa
]]0
0
0
11 π
π ππxxa ⋅+−⋅=
−
ππ
ππ
⋅+−⋅= 110a
00 =a Cálculo de an:
( )∫−=L
Ln dxL
xnxf
La
πcos
1
dxxnxn
an ∫∫ ⋅+⋅−=−
π
π ππ
πππ
π 0
0cos1
1cos1
1
]]0
0 11 π
π ππ n
nxsen
n
nxsenan ⋅+−⋅=
−
0=na Cálculo de bn:
( )∫−=L
Ln dxL
xnsenxf
Lb
π1
dxxn
sendxxn
senbn ∫∫ ⋅+⋅−=−
π
π ππ
πππ
π 0
01
11
1
]]0
0 cos1cos1 π
π ππ n
nx
n
nxbn −⋅+⋅=
− pois sendo o cosseno par, cos (nπ) = cos (- nπ)
+−+
−=nn
n
n
n
nbn
1cos1cos11 ππ
ππ
ππ
π n
n
nbn
cos22 −=
−==
ímparnn
parnn
1cos
1cos
ππ
01.22 =−=
ππ nnbn n par
( )πππ nnn
bn
41.22 =−−= n ímpar
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 26
Montando a série:
( ) ∑∞
=
++=1
0 cos2 n
nn L
xnsenb
L
xna
axf
ππ
( ) ∑∞
=
⋅+⋅+=ímparn
xnsen
n
xnxf
ππ
πππ 4
cos02
0
( ) nxsenn
xfímparn
⋅= ∑∞
= π4
( ) ∑∞
=
=ímparn
nxsenn
xf14
π
Formulário Resumimos aqui alguns resultados e algumas primitivas correntemente utilizadas quando trabalhamos com Séries de Fourier. Sugerimos ao leitor verificar a veracidade de cada um destes resultados quando utilizá-los pela primeira vez.
(1) ( ) ( ) Ζ∈∀
−=−= n
ímparénse
parénsen n ,
,1
,11cos π
(2) ( ) Ζ∈∀= nnsen ,0π
(3) ( ) ( ) ( )xnsenn
xnn
xdxxnsenx π
ππ
ππ
22
1cos +−=∫
(4) ( ) ( ) ( )xnn
xnsenn
xdxxnx π
ππ
ππ cos
1cos
22+=∫
(5) ( ) ( ) ( ) ( )xnsenn
xnn
xxnsen
n
xxnx π
ππ
ππ
ππ
3322
22 2
cos2
cos −+=∫
Exercícios propostos 01) Esboçar o gráfico de cada uma das funções dadas pelas seguintes equações e determinar o período de cada uma:
a) ( )
<<−−<<
=053
503
xse
xsexf
b) ( )
≤<−−≤<
=012
101
xse
xsexf
c) ( )
<<≤≤
=ππ
π20
0
xse
xsexsenxf
d) ( ) { 112 <≤−= xsexxf
e) ( ) π402
1 ≤≤= xsexsenxf
02) Desenvolver em série de Fourier as funções dadas pelas seguintes equações:
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 27
a) ( )( )
∈∀+<<
<<−=
Rxxf
xse
xse
xf
,2
01
00
ππ
π ( ) ∑
∞
=
+=ímparn
nxsenn
xf12
2
1
π
b) ( ) ( )
∈∀+≤≤−
=Rxxf
xsexxf
,2πππ
( ) ( )∑
∞
=
+−=1
112
n
n
nxsenn
xf
c) ( )( )
∈∀+<≤
≤<−=
Rxxf
xsex
xse
xf
,2
0
00
ππ
π ( ) ( )
∑ ∑∞
=
∞
=
+−+−=ímparn n
n
nxsenn
nxn
xf1
1
2
1cos
12
4 ππ
d) ( ) ( )
∈∀+<<−
=Rxxf
xsexxf
,2
11 ( ) ( )
∑∞
=
+−=1
112
n
n
xnsenn
xf ππ
e) ( )( )
∈∀+<<
<<=
Rxxf
xse
xse
xf
,2
20
01
πππ
π ( ) ∑
∞
=
+=ímparn
nxsenn
xf12
2
1
π
UNIVERSIDADE DE ITAÚNA
ENGENHARIA MECÂNICA
CÁLCULO III
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 28
Professora Maria Cristina Monteiro Castanheira
Matéria da 1ª Prova
SEQUÊNCIAS Uma sequência infinita é uma sucessão interminável de números, chamados termos. Entende-se que os termos têm uma ordem definida, isto é, há um primeiro termo a1, um segundo termos a2, um terceiro termo a3 e assim por diante. Sequências infinitas
K,9
4,
7
3,
5
2,
3
1
a1, a2, a3, a4, a5, ... a1 = primeiro termo an = n-ésimo termo Notação: { a1, a2, a3, ..., an} → {an} ou { }∞
=1nna Exemplos:
a) ∞
=
+ 11 nn
n
b) { }∞
=− 03 nn Limite de uma sequência Uma vez que sequências são funções, podemos indagar sobre os seus limites. Porém, como a sequência {an} está somente definida para valores inteiros de n, o único limite que faz sentido é o de an quando n → +∞. Na figura abaixo temos os
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 29
gráficos de quatro sequências, cada uma das quais comporta-se diferentemente quando n → +∞.
Os termos na sequencia crescem Os termos na sequencia sem limitação. oscilam entre -1 e 1.
Os termos na sequencia crescem em Os termos da sequencia tendem direção a um “valor limite” de 1. a um“valor limite” de 1, mas o fazem de forma oscilatória. Proposição 1 (Unicidade do limite) O limite de uma sucessão quando existe é único. Definição: Se uma sequência {an} tem um limite, diz que a sequência é convergente e dizemos que na converge a esse limite. Se a sucessão não é convergente, diz que é divergente.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 30
Teorema: Se Lxfx
=∞→
)(lim , e f está definida para todo inteiro positivo, então também
Lnfn
=∞→
)(lim quando n é qualquer inteiro positivo.
Exemplo: Determinar se a sequência
+12
42
2
n
n é convergente ou divergente.
Seja f(x) = 12
42
2
+x
x e investigamos )(lim xf
x ∞→.
21
2
4lim
12
4lim
2
2
2
=+
=+ ∞→∞→
xx
xxx
Por tanto, a sequência é convergente e 12
42
2
+n
n converge a 2 pelo Teorema.
Proposição 2 Não se altera o limite de uma sucessão convergente modificando um número finito de termos da sucessão. Proposição 3 Se os termos de uma sucessão são todos iguais a uma certa constante, então a sucessão tem por limite essa constante. Leis do Limite para Sequência Se { }na e { }nb forem sequências convergentes e c for constante, então:
• ( ) nn
nn
nnn
baba∞→∞→∞→
+=+ limlimlim
• ( ) nn
nn
nnn
baba∞→∞→∞→
−=− limlimlim
• nn
nn
acca∞→∞→
⋅= limlim
• ccn
=∞→
lim
• ( ) nn
nn
nnn
baba∞→∞→∞→
⋅=⋅ limlimlim
• n
n
nn
n
n
n b
a
b
a
∞→
∞→
∞→=
lim
limlim , se lim bn ≠ 0
• [ ]pn
n
pn
naa
∞→∞→= limlim , se p > 0 e an > 0
Uma sucessão diz-se propriamente divergente se tende para mais infinito ou para menos infinito. Uma sucessão diz-se oscilante se não for convergente nem propriamente divergente. Em resumo, as sucessões classificam-se do seguinte modo:
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 31
• convergentes (limite finito); propriamente divergentes (limite + ∞ ou - ∞) • divergentes oscilantes (nos restantes casos).
Exercícios
4) Calcule os 5 primeiros termos da sequência an = 2an-1 – 1 sendo n > 1 e a1 = - 1.
5) Em cada um dos itens abaixo, encontre uma fórmula plausível para a
sequência cujos termos iniciais são dados.
a) K,4
1,
3
1,
2
1,1
b) K,16
1,
8
1,
4
1,
2
1
c) K,16,9,4,1 d) 1, 3, 5, 7, 9, ...
e) K,8
1,
6
1,
4
1,
2
1
f) K,5
4,
4
3,
3
2,
2
1
g) K,13
19,
2
3,
7
11,
4
7,3
h) K,1,1,1,1,1,1 −−−
i) K,5
18,
4
14,
3
10,3
6) Determinar se a sequência é convergente ou divergente. Se for convergente,
encontrar seu limite.
a)
+ 1n
n C → 1
b)
+ 12n
n C →
2
1
c) ( )
n
nln C → 0
d)
n2
1 C → 0
e) { - 2n³ + 1} D
SÉRIES INFINITAS
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 32
Consideremos uma sequência
a1, a2, a3, ..., an, ... A partir dela formamos a sequência
S1, S2, S3, ..., Sn, ... do seguinte modo:
S1 = a1, S2 = a1 + a2, S3 = a1 + a2 + a3, e em geral
Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an = ∑=
n
kka
1
A sequência {Sn} recebe o nome de série (associada à sequência {an}) e é representada por
a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an + ... ou por
∑=
n
kka
1
Ou então mais simplesmente por
∑ ka .
Os números ak são chamados termos da série, e os números S1, S2, S3, ..., somas parciais de ordem 1, 2, 3, ..., da série, respectivamente.
Convergência e divergência de séries A soma de infinitos termos de uma série podem ou não convergir para um determinado valor S. Vejamos os exemplos.
• Seria impossível encontrar uma soma finita para a série
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + ... + n + ...
pois adicionando-se os termos obteremos as somas cumulativas 1, 3, 6, 10, 15, 21. Assim dizemos que esta série é uma série divergente .
• Adicionando-se os termos da série
LL ++++++++n2
1
64
1
32
1
16
1
8
1
4
1
2
1
E denotando por Sn a soma dos n primeiros números da série, teremos
S1 = 5,02
1 =
S2 = 75,04
1
2
1 =+
S3 = 875,08
1
4
1
2
1 =++
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 33
S4 = 9375,016
1
8
1
4
1
2
1 =+++
M
S10 = 99902344,01024
1
4
1
2
1 ≅+++ L
M
S16 = 99998474,02
1
4
1
2
116
≅+++ L
Observe que à medida que somamos mais e mais termos, as somas parciais ficam cada vez mais próximas de 1. Assim podemos escrever que
∑∞
=
=++++++++=1
12
1
64
1
32
1
16
1
8
1
4
1
2
1
2
1
nnn
LL
Sendo esta portanto uma série convergente . Uma série ∑∞
=1nna diz-se convergente
se a sucessão das somas parciais, Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an, converge para um número real S. Definição: Se S é um número tal que SSn
n=
+∞→lim , então a série ∑ na é dita
convergente, e S é chamado de soma da série. Designaremos usualmente S por
∑+∞
=1nna .
Se não existir nenhum número S tal que SSnn
=+∞→
lim , então a série ∑ na será dita
divergente. Se +∞=+∞→ n
nSlim , então diremos que a série diverge para +∞ e
escreveremos +∞=∑+∞
=1nnS . Da mesma forma, se −∞=
+∞→ nn
Slim , então diremos que a
série diverge para -∞ e escreveremos −∞=∑+∞
=1nnS .
Exemplo: Dada a série infinita ( )∑∑+∞
=
+∞
= +=
11 1
1
nnn nn
u encontrar os quatro primeiros
elementos da sequência de somas parciais {Sn} e encontrar uma fórmula para Sn em termos de n.
S1 = 2
1
2.1
1 =
S2 = 3
2
3.2
1
2
1 =+
S3 = 4
3
4.3
1
3
2 =+
S4 = 5
4
5.4
1
4
3 =+
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 34
Por frações parciais vemos que ( ) 1
11
1
1
+−=
+=
kkkkuk
Por tanto, 1
11
+−=
nnun e nn uuuuS ++++= L321
Assim, 11
11
+=
+−=
n
n
nSn
Note que o método de solução do exemplo acima se aplica somente a um caso especial. Em geral, não é possível obter uma expressão geral para Sn. Se uma série infinita tem uma soma S, dizemos também que a série converge a S.
{Sn} =
+ 1n
n
11
1
1lim
1limlim =
+=
+=
∞→∞→∞→
nn
nS
nnn
n
Assim, concluímos que a série infinita tem uma soma igual a 1. Podemos escrever:
( ) ( ) 11
1
20
1
12
1
6
1
2
1
1
1
1
=++
+++++=+∑
∞
=
LLnnnnn
Teorema: Se a série infinita ∑+∞
=1nna é convergente, então 0lim =
+∞→ nn
a .
A recíproca do Teorema não é válida: 0lim =
+∞→ nn
S não implica que ∑ nS converge.
Teorema: Se 0lim ≠+∞→ n
xa , então a série ∑
+∞
=1nna é divergente.
Exemplo: Demonstrar que as séries seguintes são divergentes.
a) L++++=+∑+∞
= 16
17
9
10
4
52
1
12
2
n n
n
011
11
lim1
limlim2
2
2
≠=+
=+=∞→∞→∞→
nn
na
nnn
n
Por tanto, a série é divergente pelo Teorema.
b) ( ) L+−+−=−++∞
=∑ 333331
1
1
n
n
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 35
( ) 31limlim 1+
∞→∞→−= n
nn
na , que não existe.
Por tanto, a série é divergente pelo Teorema. Atenção:
À série ∑∞
=1nna temos associados duas sucessões:
• (an), a partir da qual definimos a série; • (Sn), a sucessão das suas somas parciais.
A natureza da série é determinada pela convergência ou não da sucessão das suas somas parciais.
O fato de (an) ser convergente não garante que ∑∞
=1nna seja convergente.
SÉRIES IMPORTANTES
SÉRIE GEOMÉTRICA Considere a sequência 1−nar , que consiste nos termos a, ar, ar², ar³, ... A série
∑ −1nar é chamada de série geométrica de razão r e primeiro termo a. Sua n-ésima
soma parcial Sn é dada por Sn = a + ar + ar² + ar³ + ... + arn-1 Multiplique por r: rSn = ar + ar² + ar3 + ar4 + ... + arn Subtraia: Sn – rSn = a - arn Portanto, (1 – r)Sn = a(1 – rn)
Sn = ( )
r
ra n
−−
1
1
E o seu termo geral é dado por na = a.rn-1. O termo representado pela letra r é chamado razão da sucessão.
Quando r < 1, demonstra-se que r
aSn
n −=
+∞→ 1lim 1 e que nesse caso, a série se diz
convergente. Tudo agora depende da razão r.
• Se 1<r , então 0lim =+∞→
n
nr (pelo Teorema de convergência) e, portanto
r
aSn
n −=
+∞→ 1lim 1 .
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 36
• Se 1>r , então ∞=+∞→
n
nrlim (pelo Teorema da divergência) e, portanto,
∞=+∞→ n
nSlim . (Uma exceção trivial ocorre quando a = 0. Em tal caso, todos os
termos são 0, a série converge e a sua soma é 0.)
• Se r = 1, Sn = a + a + a + a + a + ... e, portanto a série não converge. Teorema: Dada a série geométrica ∑ −1nar :
(c) Se 1<r , a série converge e tem por soma .1
1
r
a
−
(d) Se 1>r e a ≠ 0, a série diverge para ∞.
Exemplo: Considere a série geométrica ∑−
1
2
1n
com razão r = 2
1 e primeiro termo
a1 = 1:
L++++8
1
4
1
2
11
Pelo Teorema, a série converge e tem por soma 2
2
11
2
11
1 ==−
. Portanto
∑+∞
=
−
=
1
1
22
1
n
n
.
Podemos multiplicar a série ∑ nS por uma constante c para obter uma nova série
∑ ncS , e podemos somar duas séries ∑ nS e ∑ nT para obter uma nova série
( )∑ + nn TS .
Teorema: Se c ≠ 0, então ∑ ncS , converge se e somente se ∑ nS converge. Além
disso, no caso da convergência,
∑∑+∞
=
+∞
=
=11 n
nn
n SccS
Teorema: Suponha que as duas séries ∑ nS e ∑ nT sejam ambas convergentes.
Então a sua soma ( )∑ + nn TS é também convergente e
( )∑ ∑∑+∞
=
+∞
=
+∞
=
+=+1 11n n
nn
nnn TSTS
Exercícios
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 37
6) Use a notação de somatório para escrever a série fornecida de forma compacta.
a) L,81
1,
27
1,
9
1,
3
1
b) L,5
4,
4
3,
3
2,
2
1
c) K,8
7,
6
5,
4
3,
2
1
7) Encontre a quarta soma parcial S4 da série dada:
a) ∑∞
=1 2
1
nn
16
15
b) ( )
∑∞
=
−1
1
n
n
n
12
7−
8) Determine se a série geométrica dada converge, e, se assim o for, encontre
sua soma.
a) ∑∞
=
0 5
4
n
n
C → 5
b) ∑∞
=0 3
2
nn
C → 3
c) ∑∞
=
1 2
3
n
n
D
d) ( )∑
∞
= −2 4
3
nn
C → 20
3
e) ( )∑∞
=1
9,05n
n C → 45
f) ∑∞
=+
124
3
nn
n
C → 16
3
g) ∑∞
=−
+
01
1
5
4
nn
n
C → 100
h) ∑∞
=
−
1
1
3
25
n
n
C → 15
i) ∑∞
=
+−
1
183n
nn D
9) Estude a natureza das seguintes séries.
a) ∑+∞
=0 2
3
nn
C → 6
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 38
b) n
n∑
∞
=
0 2
3 D
c) ∑+∞
=
−
0
12 32n
nn D
10) Calcule a soma, se existir, para cada série.
a) L++++125
8
25
4
5
21 C →
3
5
b) 1 + 2 + 4 + 8 + ... D
c) L+++++16
1
8
1
4
1
2
11 C → 2
d) L++−+−27
2
9
2
3
226 C →
2
9
e) L+−+−27
40
9
20
3
105 C → 3
CRITÉRIOS DE CONVERGÊNCIA
Teste da Razão (D’Alembert)
Seja ∑∞
=1nna uma série de termos positivos e tal que 0lim =
∞→ nn
a .
Se λ=+
∞→n
n
n a
a 1lim . Em relação ao valor de λ, podemos ter:
• Se λ < 1, a série é convergente. • Se λ > 1, a série é divergente. • Se λ = 1, o critério não se aplica.
Exemplos:
1) L++++64
11
16
8
4
52
Solução: Escrevemos a série usando a notação de somatório, a fim de encontrar o elemento an.
∑∞
=−
−1
14
13
nn
n
Nesse caso temos 14
13−
−=nn
na
Em seguida calculamos o n
na
∞→lim .
∞∞=−
−∞→ 14
13lim
nn
n, pela Regra de L’Hôpital temos:
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 39
04ln4.1
3lim
1=
−∞→ nn
Sendo 0lim =∞→ n
na , a série tem chance de ser convergente.
Calculamos n
n
a
a 1+ .
( )412
23
4
1
13
1
4
23
13
4
4
133
4
13
4
113 1
1111
−+=⋅
−⋅+=
−÷−+=−÷−+=
−
−−++
n
n
n
n
n
nnn
a
an
n
nnnn
n
Calculamos o n
n
n a
a 1lim +
∞→ a fim de encontrar λ.
4
1
12
3
12
3lim
12
3lim
412
23limlim 1 ====
−+=
∞→∞→∞→
+
∞→ nnnn
n
n n
n
n
n
a
a
Sendo λ = 4
1 < 1, concluímos pelo Teste da razão que a série é convergente .
2) Considere a assim chamada série harmônica ∑ +++++= L5
1
4
1
3
1
2
11
1
n.
∑∞
=1
1
n n
nan
1=
011
lim =∞
=∞→ nn
111
11
1
1
1
+=⋅
+=+=+
n
nn
nn
na
a
n
n
101
11
1
11
1
1lim
1lim
1limlim 1 =
+=
∞+
=+
=+
=+
=∞→∞→∞→
+
∞→
nnn
nn
n
n
n
a
annn
n
n
n
Sendo λ = 1, o Teste da razão não se aplica.
As séries da forma ℜ∈∑+∞
=αα ,
1
1n n são chamadas séries de Dirichlet . A série
harmônica é uma série de Dirichlet em que α = 1. Mostra-se que as séries de Dirichlet são convergentes para α > 1 e divergentes para α ≤ 1. Exercícios
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 40
1) Examine o comportamento de cada uma das séries seguintes, através do Critério de D’Alembert.
a) L+
⋅+
⋅+
⋅+432
4
34
4
33
4
32
4
3 Convergente
b) L++++432 2
6
2
5
2
4
2
3 Convergente
c) L++++4
4
3
3
2
2
2.4
3
2.3
3
2.2
3
2
3 Divergente
d) ( )∑ +12.7.5.3
!
n
n
L Convergente
e) ∑∞
=1 3nn
n Convergente
f) ∑∞
=1 3
!
nn
n Divergente
Teste da raiz (Critério de Cauchy) Definição: Se ∑ na é uma série de termos não negativos tal que λ=
∞→n
nn
alim (com
λ finito ou infinito), então:
• se λ < 1, ∑ na é convergente;
• se λ > 1, ∑ na é divergente;
• se λ = 1, nada se pode concluir.
Exemplo: Seja a série de termos não negativos ∑+∞
=
+1
2
53
2
n
n
n
n .
Solução:
Calculamos o n
n
n n
n2
53
2lim
+∞→
n
n
n n
n2
53
2lim
+∞→ =
2
53
2lim
+∞→ n
nn
=
2
53
2
lim
+∞→
nn
nn
n
n =
2
53
2lim
+∞→
n
n =
= 2
03
2
+=
9
4
Como λ = 9
4 < 1. A série é convergente.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 41
Exercícios 1) Examine o comportamento de cada uma das séries seguintes através do critério de Cauchy.
a) ∑
+
n
n
n
7
2
Divergente
b) ∑
+
n
n
n
12 Convergente
c) 2
1 53
12n
n n
n∑
∞
=
+−
Convergente
d) ∑∞
=
+1
2
11
n
n
n Divergente
Teste da Integral TEOREMA: Seja ∑ na uma série com termos positivos e seja f(x) a função que
resulta quando k for substituído por x no termo geral da série. Se f é decrescente e contínua no intervalo [a, +∞), então
∑∞
=1kna e ∫
+∞
adxxf )(
Ambas convergem ou ambas divergem. Exemplos: 1) Use o teste da integral para determinar se as seguintes séries convergem ou divergem.
a) ∑∞
=1
1
k k
Solução: Já sabemos que esta é uma série harmônica divergente, assim o teste da integral providenciará uma outra maneira simples de estabelecer a divergência. Se
substituirmos k por x no termo geral k
1, obtemos a função f(x) =
x
1, a qual é
decrescente e contínua para x ≥ 1. Uma vez que
[ ] +∞=+== ∫∫ +∞→+∞→
∞+1lnlnlim
1lim
111
ndxx
dxx
n
nn
a integral diverge e, consequentemente, a série também.
b) ∑∞
=12
1
k k
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 42
Solução:
Se substituirmos k por x no termo geral 2
1
k, obtemos a função f(x) =
2
1
x, a qual é
decrescente e contínua para x ≥ 1. Tendo em vista que
11
1lim1
limlim1
11 1 22
=
−=
−==+∞→+∞→
∞+
+∞→∫ ∫ nxx
dxdx
x n
n
n
n
n
a integral converge e, consequentemente, a série converge pelo teste da integral com a = 1. Observação: Não concluamos erroneamente que a soma da série é 1, porque o valor da integral correspondente é 1. Exercícios Aplique o teste da integral para determinar a convergência das séries.
a) ∑∞
= +1 25
1
k k Divergente
b) ∑∞
=13
1
k k
2
1 Convergente
c) ∑∞
=1
1
k k Divergente
d) ∑∞
= +12 1k k
k Divergente
e) ∑∞
=
+1
2 1
k k
k Divergente
f) L+++7
1
5
1
3
1 Divergente
g) ∑∞
=2 ln.
1
k kk Divergente
SÉRIES DE FUNÇÃO Definição: Chamamos série de função a toda série em que o termo geral é uma função de uma variável.
∑=+++++n
x
n
xxxx LL
32
sen x + sen 2x + sen 3x + ... + = ∑ nxsen
Numa série de função, para cada valor real de x obtém-se uma série numérica que pode ser convergente ou divergente.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 43
O conjunto de valores de x para os quais uma série de função é convergente é denominado raio de convergência ou domínio de convergência dessa série. Uma série de função pode convergir para alguns valores de x e divergir para outros. O número R é chamado de raio de convergência da série e o conjunto de todos os números para os quais a série converge é chamado de intervalo de convergência . Assim, o intervalo de convergência de uma série de potência consiste no intervalo – R < x < R.
Exemplo: Seja a série ∑ nx uma série de função.
Se x = 1 ⇒ ∑ nx = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + ... a série é divergente.
Se x = 2
1 ⇒ ∑ ++++= L
16
1
8
1
4
1
2
1nx a série é convergente.
Dizemos então que x = 2
1 pertence ao domínio de convergência da série.
Para se calcular o domínio de convergência de uma série de função aplicamos o critério de D’Alembert ou de Cauchy, conforme o caso, e tomamos o valor absoluto do limite encontrado em valor absoluto, como se a série fosse convergente (menor que 1) e a seguir, após resolver a inequação resultante, fazemos os testes para os extremos do intervalo encontrado. Exemplo: Determinar o intervalo de convergência da série ∑ nx .
Aplicando o critério de Cauchy: xxn n
n=
∞→lim
111 <<−⇒< xx
Fazemos um “teste” com os extremos do intervalo. Para x = - 1 ⇒ ∑ x = -1 + 1 – 1 + 1 – 1 + ... é uma série divergente.
Para x = 1 ⇒ ∑ nx = 1 + 1 + 1 + 1 + ... é uma série divergente.
Portanto, o domínio de convergência dessa série é o intervalo ] [1,1− Exercícios 1) Determine o domínio de convergência de cada uma das séries seguintes:
a) ( )∑ nx3
−3
1,
3
1
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 44
b) ∑ ⋅ nxn2 ] [1,1−
c) ∑ +1n
xn
[ [1,1−
d) ∑ n
nxn
2
. ] [2,2−
SÉRIES DE POTÊNCIAS
Em matemática, uma série de potências (de uma variável) é uma série infinita da forma
onde an representa o coeficiente do n-ésimo termo, c é uma constante, e x varia em torno de c (por esta razão, algumas vezes a série é dita centrada em c). Esta série geralmente surge como uma série de Taylor de uma função.
Em muitas situações, c é igual a zero, que em uma série de Taylor é um caso particular denominado série de Maclaurin. Nesses casos, a série de potências toma a seguinte forma simplificada
Essas séries de potências aparecem primariamente em análise, mas também ocorre em combinatória (sob o nome de funções geradoras) e em engenharia elétrica (sob o nome de Transformada Z).
Domínio de convergência
Para se calcular o domínio de convergência dessas séries, fazemos uma mudança de variáveis, chamando x – p de uma outra variável, e procedemos como nas séries de função. Exemplo: Determine o domínio de convergência da série ( )∑ − nx 3
x – 3 = t ⇒ ( )∑ ∑=− nn tx 3
Aplicando o critério de Cauchy: ttn n
n=
∞→lim
111 <<−⇒< tt
Fazemos um “teste” com os extremos do intervalo.
Para x = - 1 ⇒ n
t∑ = -1 + 1 – 1 + 1 – 1 + ... é uma série divergente.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 45
Para x = 1 ⇒ ∑ nt = 1 + 1 + 1 + 1 + ... é uma série divergente.
Então, o domínio de convergência dessa série é o intervalo ] [1,1− Portanto, - 1 < t < 1 ⇒ - 1 < x – 3 < 1 ⇒ 2 < x < 4. Daí, o domínio de convergência dessa série será ] [4,2 . Exercícios 1) Determine o domínio de convergência de cada uma das séries seguintes:
a) ( )
∑−
2
2
n
x n
[ ]3,1
b) ( ) ( )n
x nn 1
11 −⋅− −
∑ ] ]2,0
c) ( )
∑+n
nxn
2
22
] [0,4−
INTEGRAÇÃO EM SÉRIES
Séries de Taylor e de MacLaurin Na seção anterior pudemos encontrar representações para uma classe restrita de funções. Aqui um problema mais geral será investigado: como podemos encontrar a representação em série de potências para uma certa função? Se f(x) tiver uma representação em séries de potências, então a série será da forma
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) L+⋅+⋅+⋅+=!3
0'''!2
0"!1
0'032 x
fx
fx
ffxf
A série acima é chamada de série de MacLaurin da função, no caso mais geral onde a expansão é feita ao redor de x = a é chamada de série de Taylor da função. Podemos escrever resumidamente: Série de Taylor de uma função
( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) L+−+−+−+=−=∑∞
=
32
0 !3
'''
!2
"
!1
'
!ax
afax
afax
afafax
n
afxf n
n
n
Série de MacLaurin de uma função
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )L+⋅+⋅+⋅+==∑
∞
=
32
0 !3
0'''
!2
0"
!1
0'0
!
0x
fx
fx
ffx
n
fxf
n
nn
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 46
Exemplo: Considere a função f(x) = sen x , determine a fórmula de MacLaurin para n = 5. Resolução: Como n = 5, é necessário encontrar as cinco primeiras derivadas da função f(x) = sen x. f (x) = sen x f(0) = sen 0 = 0 f ' (x) = cos x f ' (0) = cos 0 = 1 f ' '(x) = − sen x f ' ' (0) = - sen 0 = 0 f ' ' ' (x) = - cos x f ' ' ' (0) = - cos 0 = - 1 f(4)(x) = sen x f(4)(0) = sen 0 = 0 f(5)(x) = cos x f(5)(0) = cos 0 = 1 Então a fórmula de MacLaurin para a função f(x) = sen x é:
L+⋅+⋅+⋅−+⋅+⋅+=!5
1!4
0!3
)1(!2
010)(5432 xxxx
xxf
( ) L+++−++=!5
0!3
0053 xx
xxf
( ) L++−=1206
53 xxxxf
Na figura abaixo é apresentado o gráfico correspondente as funções senoidal f(x) = sen x e a sua função polinomial equivalente representada pela equação acima.
FUNÇÃO SENOIDAL E FUNÇÃO POLINOMIAL EQUIVALENTE
A grande utilidade de se desenvolver uma função em série de MacLaurin é que transformamos essa função em uma função polinomial que muitas vezes facilita o seu estudo.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 47
Exercícios 1) Desenvolver em série de MacLaurin as funções dadas pelas equações seguintes:
a) f(x) = cos x L−+−=242
1)(42 xx
xf
b) f(x) = ln (1+ x) ( ) L−+−=32
32 xxxxf
c) f(x) = ex ( ) L+++++=2462
1432 xxx
xxf
d) f(x) = sen 2x ( ) L+−+−=5040
128
120
32
6
82
753 xxxxxf
e) f(x) = x−1
1 f(x) = 1 + x + x² + x³ + …
SÉRIE DE FOURIER Os fenômenos periódicos aparecem nas mais variadas situações: ondas de som, movimento da Terra, batimento cardíaco, ... Frequentemente uma função periódica pode ser representada por meio de funções periódicas simples, nomeadamente, cosseno e seno, sob a forma de uma série chamada série de Fourier da função. Funções periódicas Uma função f é dita periódica se existe um número real positivo P, denominado período de f, tal que
f(x) = f(x + P), para todo x no domínio de f. Segue da equação f(x) = f(x + P) que se f é periódica de período P então para qualquer n inteiro positivo temos
f(x) = f(x + nP),
ou seja, qualquer múltiplo inteiro positivo nP do período P também é um período de f. O menor valor de P que satisfaz a equação f(x) = f(x + P) é chamado período fundamental de f. As funções sen(x) e cos(x), são ambas periódicas de período fundamental P = 2π.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 48
A função constante f(x) = c tem como período qualquer número real P > 0. As duas proposições a seguir nos dão duas propriedades importantes das funções periódicas. Proposição 1.1: Seja f uma função periódica de período P, então:
(iii) f(ax), a ≠ 0, é periódica de período a
P;
(iv)
a
xf , a ≠ 0, é periódica de período aP.
Proposição 1.2: Sejam f1 e f2 duas funções periódicas de mesmo período P, α1 e α2 duas constantes reais quaisquer. A função h definida por
h(x) = α1f1(x) + α2f2(x), também é periódica de período P. Em outras palavras, uma combinação linear de funções periódicas de mesmo período também é periódica, com mesmo período das funções combinadas. Como as funções sen(x) e cos(x) possuem ambas período 2π, pela Proposição 1.1 observamos que:
(v) sen(2x) e cos(2x) possuem período 2
2π = π;
(vi) sen
2
x e cos
2
x possuem período 2 . 2π = 4π;
(vii) sen(2πx) e cos(2πx) possuem período ππ
2
2 = 1;
(viii) sen
P
xπ2 e cos
P
xπ2 possuem período
ππ
2
2P = P
Simetria ondulatória Definição (Função par): Um função f: R → R é dita par se
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 49
f(x) = f(- x), ∀x no domínio de f. Geometricamente, se f é par seu gráfico é simétrico em relação ao eixo y. Observe que f(a) = f(- a). Alguns exemplos de funções pares são f(x) = c, f(x) = x , f(x) = x²,
f(x) = xn para n par. Um outro exemplo importante de função par é f(x) = cos(x).
Definição (Função ímpar): Um função f: R → R é dita ímpar se
f(- x) = - f(x), ∀x no domínio de f. Geometricamente, se f é ímpar seu gráfico é simétrico em relação à origem. Observe que f(- a) = - f(a). Alguns exemplos de funções ímpares são f(x) = x, f(x) = x³, f(x) = xn para n ímpar. Um outro exemplo importante de função ímpar é f(x) = sen(x).
Propriedades das funções pares e ímpares A soma (diferença) e o produto (quociente) de funções pares e ímpares possuem propriedades importantes, as quais listaremos a seguir. (S1) A soma (diferença) de duas funções pares é par. (S2) A soma (diferença) de duas funções ímpares é ímpar. (S3) A soma (diferença) de uma função par e uma função ímpar não é nem par nem ímpar. (P1) O produto (quociente) de duas funções pares é par. (P2) O produto (quociente) de duas funções ímpares é par. (P3) O produto (quociente) de uma função par e uma função ímpar é ímpar.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 50
(1) Se y = f(x) é uma função ímpar contínua em um intervalo [- a, a], a integral
( )∫− =a
adxxf 0 .
(2) Se y = f(x) é uma função par contínua em um intervalo [- a, a], a integral
( ) ( ) .20
dxxfdxxfa
a
a
∫ ∫−=
Determinação dos Coeficientes de Fourier Dada uma função f periódica de período P nosso objetivo é determinar os Coeficientes de Fourier para esta função em particular. Seja uma função f(x) definida no intervalo de – L a L. A constante L é uma número positivo que será chamada de
semiperíodo, onde 2
PL = .
A série de Fourier de uma função f(x) definida no intervalo – L < x < L é
( ) ∑∞
=
++=1
0 cos2 n
nn L
xnsenb
L
xna
axf
ππ
onde:
( )∫−=L
Ldxxf
La
10
( )∫−=L
Ln dxL
xnxf
La
πcos
1
( ) dxL
xnsenxf
Lb
L
Ln
π∫−= 1
Exemplo:
Esboçar o gráfico da função ( )( )
∈∀+<≤
<≤−−=
Rxxf
x
x
xf
,2
0,1
0,1
ππ
π , determinar seu período e
desenvolver em série de Fourier. Resolução: Construindo o gráfico da função: x y x y - π - 1 0 1 ( 0 - 1 ) ( π 1 )
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 51
Período da função: f(x) = f(x + 2π) nos informa que f é periódica de período P = 2π.
L = ππ ==2
2
2
P
Cálculo de a0:
( )∫−=L
Ldxxf
La
10
∫∫− +−=π
π ππ 0
0
0 11
11
dxdxa
]]0
0
0
11 π
π ππxxa ⋅+−⋅=
−
ππ
ππ
⋅+−⋅= 110a
00 =a Cálculo de an:
( )∫−=L
Ln dxL
xnxf
La
πcos
1
dxxnxn
an ∫∫ ⋅+⋅−=−
π
π ππ
πππ
π 0
0cos1
1cos1
1
]]0
0 11 π
π ππ n
nxsen
n
nxsenan ⋅+−⋅=
−
0=na Cálculo de bn:
( )∫−=L
Ln dxL
xnsenxf
Lb
π1
dxxn
sendxxn
senbn ∫∫ ⋅+⋅−=−
π
π ππ
πππ
π 0
01
11
1
]]0
0 cos1cos1 π
π ππ n
nx
n
nxbn −⋅+⋅=
− pois sendo o cosseno par, cos (nπ) = cos (- nπ)
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 52
+−+
−=nn
n
n
n
nbn
1cos1cos11 ππ
ππ
ππ
π n
n
nbn
cos22 −=
−==
ímparnn
parnn
1cos
1cos
ππ
01.22 =−=
ππ nnbn n par
( )πππ nnn
bn
41.22 =−−= n ímpar
Montando a série:
( ) ∑∞
=
++=1
0 cos2 n
nn L
xnsenb
L
xna
axf
ππ
( ) ∑∞
=
⋅+⋅+=ímparn
xnsen
n
xnxf
ππ
πππ 4
cos02
0
( ) nxsenn
xfímparn
⋅= ∑∞
= π4
( ) ∑∞
=
=ímparn
nxsenn
xf14
π
Formulário Resumimos aqui alguns resultados e algumas primitivas correntemente utilizadas quando trabalhamos com Séries de Fourier. Sugerimos ao leitor verificar a veracidade de cada um destes resultados quando utilizá-los pela primeira vez.
(1) ( ) ( ) Ζ∈∀
−=−= n
ímparénse
parénsen n ,
,1
,11cos π
(2) ( ) Ζ∈∀= nnsen ,0π
(3) ( ) ( ) ( )xnsenn
xnn
xdxxnsenx π
ππ
ππ
22
1cos +−=∫
(4) ( ) ( ) ( )xnn
xnsenn
xdxxnx π
ππ
ππ cos
1cos
22+=∫
(5) ( ) ( ) ( ) ( )xnsenn
xnn
xxnsen
n
xxnx π
ππ
ππ
ππ
3322
22 2
cos2
cos −+=∫
Exercícios propostos 01) Esboçar o gráfico de cada uma das funções dadas pelas seguintes equações e determinar o período de cada uma:
a) ( )
<<−−<<
=053
503
xse
xsexf
b) ( )
≤<−−≤<
=012
101
xse
xsexf
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 53
c) ( )
<<≤≤
=ππ
π20
0
xse
xsexsenxf
d) ( ) { 112 <≤−= xsexxf
e) ( ) π402
1 ≤≤= xsexsenxf
02) Desenvolver em série de Fourier as funções dadas pelas seguintes equações:
a) ( )( )
∈∀+<<
<<−=
Rxxf
xse
xse
xf
,2
01
00
ππ
π ( ) ∑
∞
=
+=ímparn
nxsenn
xf12
2
1
π
b) ( ) ( )
∈∀+≤≤−
=Rxxf
xsexxf
,2πππ
( ) ( )∑
∞
=
+−=1
112
n
n
nxsenn
xf
c) ( )( )
∈∀+<≤
≤<−=
Rxxf
xsex
xse
xf
,2
0
00
ππ
π ( ) ( )
∑ ∑∞
=
∞
=
+−+−=ímparn n
n
nxsenn
nxn
xf1
1
2
1cos
12
4 ππ
d) ( ) ( )
∈∀+<<−
=Rxxf
xsexxf
,2
11 ( ) ( )
∑∞
=
+−=1
112
n
n
xnsenn
xf ππ
e) ( )( )
∈∀+<<
<<=
Rxxf
xse
xse
xf
,2
20
01
πππ
π ( ) ∑
∞
=
+=ímparn
nxsenn
xf12
2
1
π
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
1. Conceitos fundamentais em equações diferenciais Tratam-se de equações envolvendo uma função incógnita e suas derivadas, além de variáveis independentes. Exemplo: 9y(x)y’(x) + 4x = 0 x é a variável independente y(x) é a função incógnita 1.1 Definição de Equação Diferencial Ordinária Uma Equação Diferencial Ordinária (EDO) é uma equação da forma
( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) 0,,",',, =xyxyxyxyxF nK
Envolvendo uma função incógnita y = y(x) e suas derivadas ou suas diferencias. x é a variável independente, y é a variável dependente e o símbolo y(k) denota a derivada de ordem k da função y = y(x). Exemplos:
1. y” + 3y’ + 6y = sen(x) 2. (y”)³ + 3y’ + 6y = tan(x)
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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3. y” + 3y y’ = ex 4. y’ = f(x, y)
1.2 Ordem e grau Chama-se ordem de uma equação diferencial à ordem da derivada de maior ordem. Grau é o maior expoente da derivada de maior ordem. Exemplos: 1. y” + 3y’ + 6y = sin(x) tem ordem 2 e grau 1. 2. (y”)3 + 3(y’)10 + 6y = tan(x) tem ordem 2 e grau 3. 3. y” + 3y y’ = ex tem ordem 2 e grau 1. 4. y’’’ – 5xy’ = ex + 1 tem ordem 3 e grau 1. 1.3 Equação Diferencial Ordinária Linear de ordem n Uma equação diferencial linear de ordem n é da forma
a0(x) y(n) + a1(x) y(n−1) + a2(x) y(n−2) + ... + an(x) y = b(x) onde as funções b = b(x) e ak = ak(x) (k = 0, 1, 2, ..., n), são funções conhecidas sendo a0 = a0(x) não identicamente nula e todas estas funções devem depender somente da variável x. A função (incógnita) desconhecida é y = y(x). Em virtude das informações da seção anterior, é possível definir o operador diferencial linear
L = a0(x) D(n) + a1(x) D(n−1) + a2(x) D(n−2) + ... + an(x) I e assim a equação diferencial acima terá a forma simplificada
L(y) = b(x) e este é o motivo pelo qual, a equação diferencial acima recebe o nome de linear. 1.4 Solução de uma Equação Diferencial Uma solução para uma função que quando substituída na equação diferencial a transforma numa identidade. As soluções podem ser: solução geral, particular ou singular. Exemplos:
1) Equação diferencial ordinária: dx
dy= 3x2 - 4x + 1
dy = (3x2 - 4x + 1) dx dy = 3 x2dx - 4 xdx + dx + C
y = x3 - 2x2 + x + C (solução geral ) Uma solução particular pode ser obtida da geral através, por exemplo, da condição y(-1) = 3 3 = -1 - 2 - 1 + C C = 7 y = x3 - 2x2 + x + 7 (solução particular )
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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A solução y = x³ - 2x² + x + C é uma solução geral para a equação dx
dy= 3x2
- 4x + 1. Se por algum motivo atribuímos algum valor específico para C, obtemos uma solução particular. Observação: Em qualquer dos dois casos, a prova pode ser feita derivando a solução e, com isso, voltando à equação dada.
2) Verifique que y = ex² é solução de xydx
dy2=
Solução: 2
2 xexdx
dy =
Portanto,
000..2202222
=⇒=−⇒=−⇒= xx exexxydx
dyxy
dx
dy
Assim, y = ex² é solução. Chama-se solução geral à família de curvas integrais que verifica a equação diferencial e possui constantes arbitrárias. Essas constantes, de acordo com a conveniência, podem ser escritas C, 2C, C2, lnC, Chama-se solução particular de uma equação diferencial à solução obtida a partir da solução geral impondo condições iniciais ou de contorno. Geralmente as condições iniciais serão dadas para o instante inicial, já as condições de contorno aparecem quando nas equações de ordem superior os valores da função e de suas derivadas são dadas em pontos distintos. Exemplos: 1. y(x) = e−x é uma solução particular de y’ + y = 0. 2. y(x) = Ce−x é a solução geral de y’ + y = 0. 3. y(x) = sen(x) é uma solução particular de y’’ + y = 0. 4. y(x) = A sen(x) + B cos(x) é a solução geral de y’’ + y = 0. 5. y(x) = 777 é uma solução particular de y’’ + 3y y’ = 0. Obs.: Quando se resolve uma E.D. de primeira ordem F(x, y, y’) = 0, obtém-se uma família de curvas ou funções G(x, y, c) = 0, contendo um parâmetro arbitrário tal que cada membro da família é solução da E.D.. 1.5 Problema de Valor Inicial (PVI) Um Problema de Valor Inicial (PVI) consiste em uma equação diferencial, juntamente com condições subsidiárias relativas à função incógnita e suas derivadas, tudo dado para um mesmo valor da variável independente. 1.6 Problema de Valor de Contorno
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 56
Um problema de valor de contorno consiste em uma equação diferencial, juntamente com condições subsidiárias relativas à função incógnita e suas derivadas, dados para mais de um valor para a variável independente. Exemplos: 1) Resolver a equação diferencial ordinária (EDO) 5y'' + y' = − 6x , sujeita às condições iniciais y(0) = 2 e y’(0) = 3, ou resolver a EDO 5y'' + y'= − 6x, sujeita às condições de contorno y(0) = 2 e y’(1) = 3. 2) Determine uma solução para o problema de valores de contorno y’’ + 4y = 0;
y
8
π = 0 e y
6
π = 1, considerando a solução geral da equação diferencial como
sendo y(x) = c1 sen 2x + c2 cos 2x. Solução:
+
=
+
=
2
2
2
2
4cos
48 2121 cccsencyπππ
Para satisfazer a condição y
8
π = 0, é necessário que
02
2
2
221 =
+
cc (1)
Além disso,
+
=
+
=
2
1
2
3
3cos
36 2121 cccsencyπππ
Para satisfazer a segunda condição, y
6
π = 1, é necessário que
12
1
2
321 =
+
cc (2)
Solucionando (1) e (2) simultaneamente, obtemos
13
221 −
=−= cc
Substituindo esses valores em y(x), obtemos
( ) ( )xxsenxy 2cos213
2 −−
=
como solução do problema de valores de contorno. Exercícios propostos 1) Classificar quanto ao grau e a ordem das equações: a) y’’’ – 5xy’ = ex + 1
b) pbbdp
db
dp
bd =−+
+
57
105
4
4
75
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 57
c) 12
2
2
+= ydy
xdy
2) Mostre, por substituição, que as seguintes funções são soluções das equações diferenciais dadas: a) y = e2x , y" − 5y' + 6y = 0 b) y = xex , y"− 2y' + y = 0 c) y = c1e
2x + c2e3x , y’’ – 5y’ + 6y = 0
d) y(x) = 2e-x + xe-x , y’’ + 2y’ + y = 0 3) Para cada uma das equações abaixo, determine o valor da constante α, para que a função f(x) = eαx seja uma solução. a) y’ + 2y = 0 R.: α = - 2 b) y’’ – y = 0 R.: α = -1 ou α = 1 c) y’’’ – 3y’’ + 2y’ = 0 R.: α = 0 ou α = 1 ou α = 2
4) Resolva 2xdx
dy = . R.: Cx
y +=3
3
5) Resolva xdx
yd =2
2
. R.: 21
3
6cxc
xy ++=
6) Resolva 2xdx
dy = sujeita à condição inicial y(0) = 1. R.: 13
3
+= xy
7) Supondo y (x) = c1 sen x + c2 cos x, determine c1 e c2 de acordo com as condições dadas: a) y(0) = 1 e y’(0) = 2 R.: c1 = 2, c2 = 1
b) y
2
π = 1 e y’
2
π = 2 R.: c1 = 1, c2 = -2
c) y(0) = 1 e y’
2
π = 1 R.: não admite solução
d) y(0) = 1 e y’(π) = 1 R.: c1 = -1, c2 = 1 8) Determine c1 e c2 de modo que y(x) = c1.e
2x + c2.ex + 2senx satisfaça as
condições y(0) = 1 e y’(0) = 1 R.: c1 = - 2 e c2 = 3 9) Supondo y(x) = c1e
x + c2xex + x2ex; y(1) = 1 e y’(1) = 1 determine c1 e c2 de acordo
com as condições dadas. R.: c1 = e
11+ , c2 = - 2
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 58
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE 1ª ORDEM Neste estudo vamos dividir as equações de 1ª ordem, para um melhor entendimento, em alguns tipos. 1º tipo: Equações Diferenciais de Variáveis Separáv eis A equação de 1ª ordem M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 será de variáveis separáveis se
• M e N forem funções de apenas uma variável ou constantes. • M e N forem produtos de fatores de uma só variável.
Para resolvermos tal tipo de equação diferencial, como o próprio nome já diz, devemos separar as variáveis, isto é, devemos deixar o coeficiente da diferencial dx como sendo uma função exclusiva da variável x e o coeficiente da diferencial dy como sendo uma função exclusiva da variável y, e então integrarmos cada diferencial. Exemplos:
1) Determine a solução geral da equação diferencial dx
dy = 3y cos x
Solução: Primeiramente devemos escrever a EDO na forma de uma diferencial.
dy = 3y cos x dx Vamos determinar um fator integrante1 que separe as variáveis, que será:
FI = y
1
Multiplicando ambos os membros da equação pelo fator integrante, vem:
dxxy
dycos3=
Integrando ambos os membros, temos:
∫ ∫= xdxy
dycos3
ln y = 3 sen x + C y = C1e
3senx 2) Resolva (1 + x) dy – y dx = 0 (1 + x) dy = y dx Dividindo por (1 + x) y ( )( ) ( )yx
ydx
yx
dyx
+=
++
11
1
( )x
dx
y
dy
+=
1
Integrando ambos os membros:
1 Fator integrante é um fator que quando multiplicado em ambos os membros da equação separará as variáveis ou transformará a equação num modelo conhecido.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
___________________________________________________________________ 59
∫ ∫ +=
x
dx
y
dy
1
ln y = ln |(1 + x)| + C y = e ln |(1 + x)| + C y = eC . e ln |(1 + x)| y = C . (1 + x)
3) Resolva o problema de valor inicial y
x
dx
dy −= , y(4) = 3
y
x
dx
dy −=
y dy = - x dx
∫ ∫−= dxxdyy
Cxy +−=22
22
y² = C – x² 2xCy −±=
y(4) = 3 y² = C – x² 3² = C – 4² C = 9 + 16 C = 25
2xCy −±= 225 xy −±=
4) Resolva x e – y sen x dx – y dy = 0 x senx dx – y ey dy = 0 x sen x dx = y ey dy
∫ ∫= dyeydxsenxx y
- x cos x + sen x = y.ey – ey + C Obs.: Não há necessidade de usar duas constantes na integração de uma equação separável pois, c é completamente arbitrária. Em várias instâncias, no decorrer do estudo, não hesitaremos em indexar constantes de uma maneira que possa ser mais conveniente para uma dada equação. Por exemplo, múltiplos de constantes ou combinações de constantes podem ser trocados por uma única constante. Exercícios propostos Resolva a equação diferencial dada por separação de variável:
01) x dx + y dy = 0 2xCy −±=
02) 0=+y
dy
x
dx y =
x
c
03) 0=+ dyx
dx
x
cy ln=
04) 0=+y
dydxx 2
2
.x
ecy−
=
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
60_________________________________________________________________
05) (x² + 1) dx + (y² + y) dy =0 2y³ + 3y² + 2x³ + 6x = c 06) sen x dx + y dy = 0 ; y(0) = - 2 2cos2 +±= xy
07) (x² + 1) dx + y
1 dy = 0 ; y(- 1) = 1 3
4
3
3
−−−=
xx
ey
08) x.ex² dx + (y5 – 1) dy = 0 ; y(0) = 0 y6 – 6y + 3ex² = 3
09) 2x
y
dx
dy = xecy1
.−
=
10) y
ex
dx
dy x
2
.= cexey xx +−±=
11) dx
dy
y
yyx =+−1
2
; y(3) = 1 53
ln3
−=+−+ xx
yy
12) xsendx
dy5= c
xy +−=
5
5cos
13) ( ) 61 +=+ xdx
dyx cxxy +++= 1ln5
14) yxedx
dy 23 += ce
e
x
y=−−
32
1 3
2
15) 2y (x + 1) dy = x dx cxxy ++−±= 1ln
16) dx + e3x dy = 0 ce
yx
+=33
1
17) x
yx
dy
dx
+=
1
22
cxx
y =−+ ln1
3
3
18) x²y’ = y – xy ; y (- 1) = - 1 1
1
.
1+
=xex
y
19) xy’ = 4y y = cx4
20) dydxyx =− 21
+= c
xseny
2
2
2º tipo: Equações Diferenciais Homogêneas Definição: se uma função f satisfaz
f(tx, ty) = tn f(x, y) Para algum número real n, então dizemos que f é uma função homogênea de grau n . Exemplos: 1) f(x, y) = x² - 3xy + 5y² f(tx, ty) = (tx)² - 3(tx)(ty) + 5(ty)²
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
61_________________________________________________________________
= t²x² - 3t²xy + 5t²y² = t²[x² - 3xy + 5y²] = t² f(x, y) A função é homogênea de grau dois
2) f(x, y) = 3 22 yx +
f(tx, ty) = ( )yxftyxtytxt ,32
3 2232
3 2222 =+=+
A função é homogênea de grau 3
2.
3) f(x, y) = 42
+y
x
f(tx, ty) = ( )yxfty
x
ty
tx,4
24
20=+=+
A função é homogênea de grau zero. 4) f(x, y) = x³ + y³ + 1 f(tx, ty) = t³x³ + t³y³ + 1 ≠ t³ f(x, y) A função não é homogênea. Os exemplos 3 e 4, mostram que, uma constante adicionada à função destrói a homogeneidade, a menos que a função seja homogênea de grau zero. Podemos ainda, examinar o grau de cada termo a fim de verificar se uma função é homogênea. Exemplos: 1)
A função é homogênea de grau quatro. 2)
A função não é homogênea, pois os graus dos dois termos são diferentes. Se f(x, y) for uma função homogênea de grau n, note que poderemos escrever
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
62_________________________________________________________________
( ) ( )
=
= 1,,,1,y
xfyyxfe
x
yfxyxf nn
em que
x
yf ,1 e
1,
y
xf são ambas homogêneas de grau zero.
Uma Equação Diferencial Homogênea de primeira ordem é definida em termos das funções homogêneas. Definição: Uma equação diferencial da forma
M(x, y) dx + N(x, y) dy = 0 é chamada de homogênea se ambos os coeficientes M e N são funções homogêneas do mesmo grau. Em outras palavras, M(x, y) dx + N(x, y) dy = 0 é homogênea se
M(tx, ty) = tn M(x, y) e N(tx, ty) = tn N(x, y) Método de Solução Uma equação diferencial homogênea M(x, y) dx + N(x, y) dy = 0 pode ser resolvida por meio de uma substituição algébrica do tipo y = ux ou x = vy . O objetivo de tal substituição é transformar a Equação Diferencial em uma equação diferencial separável. Veremos através dos exemplos a seguir que equação homogênea sempre é levada à forma separável por tal substituição. Exemplos: 1) Resolva (x² + y²) dx + (x² - xy) dy = 0 Solução: Tanto M(x, y) quanto N(x, y) são homogêneas de grau dois. Se fizermos y = ux segue-se que
(x² + u²x²) dx + (x² - ux²) [udx + xdu] = 0 x² dx + u²x² dx + x³ du + ux² dx – ux³ du – u²x² dx = 0
x³ du – ux³ du + x² dx + ux² dx = 0 x³(1 – u) du + x²(1 + u) dx = 0
01
1 =++−
x
dxdu
u
u
01
21 =+
++−
x
dxdu
u
Depois de integrar a última linha, obtemos cxuu lnln1ln2 =+++−
cxx
y
x
ylnln1ln2 =+++−
Usando as propriedades do logaritmo, podemos escrever a solução precedente como
( )x
ycx
x
yx =−++lnlnln
2
2
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
63_________________________________________________________________
( )x
ycx
x
yx =−⋅+lnln
2
2
( )x
y
cx
yx =+ 2
ln
A definição de um logaritmo implica ( ) x
y
ecx
yx =+ 2
( ) xy
cxeyx =+ 2 2) Resolva 2x³y dx + (x4 + y4) dy =0 Solução: Os coeficientes M(x, y) e N(x, y) são homogêneos de grau um. Se x = vy, a equação diferencial torna-se, depois de simplificada.
2v³y³y (y dv + v dy) + (v4y4 + y4) dy = 0 2v³y5 dv + 3v4y4 dy + y4 dy = 0
013
25
4
4
3
=++
dyy
ydv
v
v
A integral do primeiro termo pode ser calculada substituindo t = 3v4 + 1. O resultado é,
06
=+y
dy
t
dt
Integrando, temos
cyv lnln13ln6
1 4 =++
y
cv ln13ln
6
1 4 =+
y
cv ln613ln 4 =+
6
ln
4
4
13
=+⋅ y
c
ey
x
6
6
4
443
y
c
y
yx =+
3x4y² + y6 = c Obs.: A substituição x = vy pode ser usada em qualquer equação diferencial homogênea, mas na prática tentamos x = vy quando a função M(x, y) é mais simples que N(x, y). Também pode acontecer que, depois de fazer uma substituição, encontremos integrais que são difíceis ou impossíveis de serem calculadas; uma outra substituição pode resultar em problemas mais fáceis. Exercícios propostos Resolva as equações seguintes:
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
64_________________________________________________________________
01) x
xy
dx
dy −= y = x
cx ln.
02) x
xy
dx
dy += 2 xcxy −= 2
03) xy
yxy
22 2'
+= 242 xcxy −=
04) xy
yxy
2'
22 += y² = x² - c
x
05) 22
2
xy
xy
dx
dy
−= 3x²y – y³ = c
06) xyx
y
dx
dy
+= cy
y
x =+− ln2
07) (x – y)dx + xdy = 0 y = - x ln x +
cx 08) (y² + yx)dx - x²dy = 0 x + y ln x = cy
09) xy
xy
dx
dy
+−=
( ) cx
yarctgyx =
++ 2ln 22
10) 332 xydx
dyxy −= ; y(1) = 2 y³ + 3x³ ln x =
8x³ 11) xdx + (y – 2x)dy = 0 ( ) ( )yxcyyxyx −+=−− ln
3º tipo: Equações Diferenciais Exatas Definição: Uma equação diferencial da forma
M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 é chamada equação diferencial exata se a expressão M(x, y)dx + N(x, y)dy é uma diferencial exata, ou seja, é uma diferencial total de alguma função f(x, y). Exemplos: 1) Calcule a diferencial total de z = f(x, y) = x² + y².
dydy
dfdx
dx
dfdz +=
ydyxdxdz 22 +=
2) Calcule a diferencial total de ( ) 33
3
1, yxyxf = .
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
65_________________________________________________________________
dydy
dfdx
dx
dfdz +=
dyyxdxyxdz 2332 += Critério para uma Diferencial Exata
M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 é uma diferencial exata se
x
N
y
M
∂∂=
∂∂
Sua solução pode ser encontrada através da expressão:
∫ ∫ =
∂∂−+ Cdy
y
PNMdx , onde ∫= MdxP
Exemplos: 1) Resolva (3x² + 2y)dx + (2x + 2y)dy = 0 Solução: Para resolvar a EDO devemos mostrar que esta EDO é exata. Identificamos então:
M(x, y) = 3x² + 2y e N(x, y) = 2x + 2y
e mostramos que x
N
y
M
∂∂==
∂∂
2 , para garantir que a EDO é exata.
Temos que calcular P (somente aqui, consideramos y como constante).
P = ( )∫ ∫ += dxyxMdx 23 2
= x³ + 2xy Calculando a derivada de P em relação a y temos:
xy
P2=
∂∂
Substituindo na fórmula temos:
∫ ∫ =
∂∂−+ Cdy
y
PNMdx , onde ∫= MdxP
( )∫ =−+++ Cdyxyxxyx 22223
x³ + 2xy + y² = C 2) Resolva 2xy dx + (x² - 1)dy = 0 Solução: Para resolvar a EDO devemos mostrar que esta EDO é exata. Identificamos então:
M(x, y) = 2xy e N(x, y) = x² - 1
e mostramos que x
Nx
y
M
∂∂==
∂∂
2 , para garantir que a EDO é exata.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
66_________________________________________________________________
Temos que calcular P (somente aqui, consideramos y como constante).
P = ∫ ∫= dxxyMdx 2
= x²y Calculando a derivada de P em relação a y temos:
2xy
P =∂∂
Substituindo na fórmula temos:
∫ ∫ =
∂∂−+ Cdy
y
PNMdx , onde ∫= MdxP
( )[ ]∫ =−−+ Cdyxxyx 222 1
x²y – y = C
Algumas curvas da família x²y – y = c são mostradas na figura abaixo.
3) Resolva (3x² - 5y²)dx – (10xy + y²)dy = 0 Solução: Temos que representar a EDO em termos de soma: (3x² - 5y²)dx + (-10xy – y²)dy = 0 Para resolvar a EDO devemos mostrar que esta EDO é exata. Identificamos então:
M(x, y) = 3x² - 5y² e N(x, y) = - 10xy – y²
e mostramos que x
Ny
y
M
∂∂=−=
∂∂
10 , para garantir que a EDO é exata.
Temos que calcular P (somente aqui, consideramos y como constante).
P = ( )∫ ∫ −= dxyxMdx 22 53
= x³ - 5xy² Calculando a derivada de P em relação a y temos:
xyy
P10−=
∂∂
Substituindo na fórmula temos:
∫ ∫ =
∂∂−+ Cdy
y
PNMdx , onde ∫= MdxP
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
67_________________________________________________________________
( )[ ]∫ =−−−−+− Cdyxyyxyxyx 10105 223
∫ =−+− Cdyyxyx 223 5
Cy
xyx =−−3
53
23
3x³ - 15xy² - y³ = C Exercícios propostos Resolva as equações seguintes:
01) (2xy + x)dx + (x² + y)dy = 0 cyx
yx =++22
222
02) (y + 2xy³)dx + (1 + 3x²y² + x)dy = 0 xy + x²y³ + y = c 03) yexydx + xexydy = 0 exy = c 04) 3x²y²dx + (2x³y + 4y³)dy = 0 x³y² + y4 = c 05) ydx + xdy = 0 xy = c 06) (y.senx + xy.cosx)dx + (x.senx + 1)dy = 0 xy.senx + y = c 07) (2x – 1)dx + (3y + 7)dy = 0 2x² - 2x + 3y² + 14y = c 08) (5x + 4y) dx + (4x – 8y³) dy = 0 5x² + 8xy – 4y4 = c
09) 262 xyxedx
dyx x +−= 2xex – 2ex – xy + 2x³ = c
10) (x + y)² dx + (2xy + x² - 1)dy = 0 ; y(1) = 1 x³ + 3x²y + 3xy² - 3y = 4 4º tipo: Equações Diferenciais Lineares Definição: Uma equação diferencial da forma
QPyx
y =+∂∂
,
onde P e Q são constantes ou funções de x, é chamada de equação linear de primeira ordem. A resolução dessas equações pode ser obtida pela fórmula:
+∫∫= ∫−
CQdxeeyPdxPdx
.
Exemplos:
1) Resolva 03 =− ydx
dy.
Solução: Temos que definir P e Q. P = - 3 Q = 0 Temos que calcular ∫Pdx.
∫ ∫−= dxPdx 3
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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= - 3x Colocando na fórmula
+∫∫= ∫−
CQdxeeyPdxPdx
.
( ) ( )Cdxeey xx += ∫−−− 0.33
( )∫ += Cdxey x 03 xCey 3=
2) Resolva xexydx
dyx 64 =− .
Solução:
Antes de iniciar a resolução temos que colocar a EDO na forma QPyx
y =+∂∂
xexyxdx
dy 54 =−
Temos que definir P e Q.
P = x
4−
Q = x5ex Temos que calcular ∫Pdx.
∫ ∫−= dxx
Pdx4
= - 4 ln x
Colocando na fórmula
+∫∫= ∫−
CQdxeeyPdxPdx
.
( )Cexeey xxx += ∫− 5ln4ln4 .
( )Cexxxy x += ∫− 544 .
( )∫ += Cxexy x4
( )Cexexy xx +−= 4 445 Cxexexy xx +−=
3) Resolva ydx + 2(x – 2y²)dy = 0 ; y(2) = - 1. Solução:
Antes de iniciar a resolução temos que colocar a EDO na forma QPyx
y =+∂∂
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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042 2
=−+y
yx
dy
dx
042 =−+ yy
x
dy
dx
yy
x
dy
dx4
2 =+
Reestruturação da fórmula (x em função de y)
+∫∫= ∫−
CQdyeexPdyPdy
.
Temos que definir P e Q.
P = y
2
Q = 4y Temos que calcular ∫Pdy.
∫ ∫ == ydyy
Pdy ln22
Colocando na fórmula
+∫∫= ∫−
CQdyeexPdyPdy
.
( )Cdyyeex yy += ∫− 4.ln2ln2
( )∫ += − Cdyyyyx 4.22
( )Cdyyy
x += ∫3
24
1
( )Cyy
x += 42
1
22
y
Cyx +=
Calculando o valor de C na condição y(2) = - 1
( )( )2
2
112
−+−= C
2 = 1 + C C = 1 Determinando a solução da EDO temos:
22 1
yyx +=
xy² - y4 = 1 y²(x – y²) = 1
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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4) Resolva o problema de valor inicial xxydx
dy =+ 2 , y(0) = - 3.
Solução: Temos que definir P e Q. P = 2x Q = x Temos que calcular ∫Pdx.
∫ ∫= xdxPdx 2
= x² Colocando na fórmula
+∫∫= ∫−
CQdxeeyPdxPdx
.
( )∫ += − Cxdxeey xx .22
+= C
e
ey
x
x 2
12
2
22
1xe
Cy +=
Calculando o valor de C na condição y(0) = - 3
02
13
e
C+=−
C+=−2
13
2
7−=C
Determinando a solução da EDO temos:
2
2
7
2
1xe
y−
+=
2
1.
2
7
2
1xe
y −=
2
2
7
2
1xe
y −=
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Exercícios propostos Encontre a solução geral para a equação diferencial dada.
1) xx
y
dx
dy =− y = x² + cx
2) 32' x
x
yy =+
2
4
6 x
cxy +=
3) ydx
dy5= y = ce5x
4) 4123 =+ ydx
dy xcey 4
3
1 −+=
5) xeydx
dy 3=+ xx ceey −+= 3
4
1
6) 223' xyxy =+ 3
3
1 xcey −+=
7) (5x³ + 2y) dx – x dy = 0 y = 5x³ + cx²
8) 205 =+ ydx
dy ; y(0) = 2 y = 4 – 2e-5x
9) x(x – 2)y’ + 2y = 0 ; y(3) = 6 2
2
−=
x
xy
CAMPOS VETORIAIS
Um campo de vetores é uma função que associa um vetor a cada ponto do espaço-2D ou no espaço-3D. Definição: Seja F uma função vetorial definida de uma região D do espaço-2D ou espaço-3D no próprio espaço. A região D juntamente com as grandezas vetoriais, imagem de cada ponto de D pela F, é chamada um campo vetorial. Dizemos também, que F define um campo vetorial sobre D. Exemplos: 1) Consideremos a função vetorial V que associa a cada ponto da atmosfera terrestre D a velocidade do vento neste ponto. V define um campo vetorial em D, chamado campo de velocidade.
2) Consideremos D como o espaço ocupado pela água em um riacho. A função que associa a velocidade de cada partícula de D em certo instante, também define um campo de velocidade em D.
3) A partir da Lei da Gravitação universal de Newton a terra exerce uma força de atração para o seu centro sobre qualquer corpo em sua atmosfera. A função que associa essa força a cada ponto da atmosfera D define um campo vetorial em D chamado campo de força . No caso, esse campo de força é o famoso campo gravitacional da terra.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Representação gráfica de campos vetoriais. A função vetorial dada por F(x, y) = ( M(x,y), N(x, y) ) define um campo vetorial no espaço-2D. Para representá-lo, introduzimos um sistema de coordenadas no plano XOY e selecionamos alguns pontos (x, y) do plano e desenhamos os vetores a eles associados preferencialmente com a origem do vetor no próprio ponto. É conveniente lembrar que os vetores de um campo vetorial são infinitos e que não podemos representar todos. Assim, a seleção dos pontos deve ser tal que nos dê informações sobre o comportamento do campo em geral. Exemplo:
1) Consideremos o campo vetorial F dado por F(x, y) = iy5
1. É uma
representação aproximada da velocidade da água de um canal de acordo com sua profundidade.
2) Consideremos o campo vetorial F dado por F(x, y) = (-y, x) e selecionado alguns pontos temos (x, y) (1, 1) (-1, 1) (-1, -1) (1, -1) (1, 3) (-3, 1) (-1, -3) (3, -1)
F(x, y) (-1, 1) (-1, -1) (1, -1) (1, 1) (-3, 1) (-1, -3) (3, -1) (1, 3)
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Os vetores deste campo vetorial representam um campo de velocidade de uma roda em movimento. Sendo r(x, y) = (x, y) a função vetorial que nos dá o vetor posição do ponto (x, y) do espaço-2D, temos r(x, y) e F(x, y) são ortogonais em cada ponto (x, y), pois
(x, y) . (-y, x) = x (-y) + y x = 0.
Campo de Quadrado Inverso Da Lei da Gravitação Universal de Newton, dois corpos de massas m e M se atraem com uma força F de grandeza | F | = GmM /r2 onde G é uma constante e r é a distância entre os dois corpos. Assim, se o objeto de massa M se encontra na origem de um sistema de coordenadas XYZ e r(x, y, z) é o vetor posição do objeto de massa m, então r = | r | = | e a força F(r) exercida pelo objeto de massa M sobre o outro tem a direção e o sentido do vetor unitário u = -r / |r | . Daí,
F(r) = 2
r
GmMr u =
r
r
r
GmMr
r
r 2− =
3r
GmM− r.
Se m e M são constantes e fazendo –GmM = c obtemos
F(r) = rr
c3
= 2
r
cu.
Um campo vetorial desta forma é chamado um campo de quadrado inverso . Campos vetoriais dessa forma aparecem em problemas eletromagnéticos e gravitacionais. São campos vetoriais importantes, têm terminologia própria e, como vimos, são chamados campos de quadrado inverso.
Campo Gradiente Um exemplo de campo de vetores é o gradiente de uma função f(x, y); em cada ponto (x, y) o vetor grad f(x, y) aponta na direção de taxa de crescimento máxima de f. Se f é uma função escalar (de duas ou mais varáveis), então o gradiente,
f∇ , de f é um campo vetorial chamado campo gradiente de f.
� F(x, y) = ∇ f(x, y) = ( fx (x, y), fy (x, y) ). � F(x, y, z) = ∇ f(x, y, z) = ( fx (x, y, z), fy (x, y, z), fz (x, y, z) ).
Exemplo: 1) Dada a função f(x, y) = x e y + y 2 e x, o campo gradiente de f é dado por
Para c>0 temos
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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∇ f(x,y) = ( fx (x, y), fy (x, y) ) = ( e y + y 2 e x, x e y + 2y e x )
2) Dada a função f(x, y, z) = 3x 2y – z sen x + y 2 cos z, o campo gradiente de f é dado por
F(x, y, z) = ∇ f(x, y, z) = ( fx (x, y, z), fy (x, y, z), fz (x, y, z) ) = = (6xy -z cos x, 3x 2 +2y cos z, - sen x - y 2 sen z).
3) Dada a função f (x, y) = 3x + 2y , o campo gradiente de f é dado por
F(x, y) = ∇ f(x, y) = ( fx (x, y), fy (x, y) )
F(x, y) = (3, 2 )
que está definido por uma função vetorial constante e cuja representação está esboçada ao lado.
DIVERGÊNCIA E ROTACIONAL
O operador diferencial vetorial ∇ no espaço-3D é kz
jy
ix
rrr
∂∂
+∂∂
+∂∂
=∇
Aplicando o operador ∇ sobre uma função escalar f (de três variáveis) obtemos o campo gradiente de f
kz
fj
y
fi
x
ff
rrr
∂∂
+∂∂
+∂
∂=∇
Aplicando o operador ∇ sobre uma função vetorial F podemos obter o rotacional de F ou a divergência de F.
Divergência Definição: Seja a função vetorial F(x, y, z) = M(x, y, z) i + N(x, y, z)j + P(x, y, z)k , onde M, N e P são funções escalares com derivadas parciais em alguma região D. A divergência de F, denotada por div F ou ∇ . F é a função escalar definida por
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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div F = ∇ . F = z
P
y
N
x
M
∂∂
+∂∂
+∂
∂
Exemplo: 1) Se F(x, y, z) = (x 2z, y 2x, y +2z), então
div F (x, y, z) = ∇ . F(x, y, z) = x∂
∂(x 2z) +
y∂∂
( y 2x) + z∂
∂( y +2z) = 2xz +
2yx + 2
Rotacional Definição: Seja a função vetorial F(x, y, z) = M(x, y, z) i + N(x, y, z)j + P(x, y, z)k , onde M, N e P são funções escalares com derivadas parciais em alguma região D. O rotacional de F, denotado por rot F ou ∇ x F é a função vetorial definida por
rot F = ∇ x F =
∂∂
−∂∂
z
N
y
Pi +
∂∂
−∂
∂x
P
z
Mj +
∂∂
−∂∂
y
M
x
Nk.
Podemos escrever a expressão do rotacional de F na forma de um determinante,
rot F = ∇ x F =
PNMzyx
kji
∂∂
∂∂
∂∂
rrr
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Exemplo: 1) Se F(x, y, z) = (x 2z, y 2x, y +2z), então
rot F (x, y, z) = ∇ x F (x, y, z) =
zyxyzxzyx
kji
222 +∂∂
∂∂
∂∂
rrr
=
∂∂
−∂+∂
z
xy
y
zy )()2( 2
i
+
∂+∂
−∂
∂x
zy
z
zx )2()( 2
j +
∂∂
−∂
∂y
zx
x
xy )()( 22
k. = i + x2 j + y2 k
Obs: O rotacional só pode ser calculado para campos vetoriais do espaço-3D. Exercícios propostos 1) Cada campo de vetores nas figuras (I)-(IV) representa a força sobre uma partícula em diferentes pontos do espaço como resultado de outra partícula na origem. Associe os campos de vetores com as descrições abaixo. a) Uma força repulsiva cuja norma decresce quando a distância cresce, como a força entre partículas elétricas de mesmo sinal. b) Uma força repulsiva cuja norma cresce quando a distância cresce. c) Uma força atrativa cuja norma decresce quando a distância cresce, como a gravidade. d) Uma força atrativa cuja norma cresce quando a distância cresce.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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2) Esboce cada campo vetorial F de R².
a) ( ) jiyxF 32, +=
b) ( ) jyyxF =,
c) ( ) jxixyxF += 2,
d) ( ) ( )jiyxF +=2
1,
3) Encontrar o gradiente dos campos escalares: a) f(x, y, z) = 2(x² + y²) – z² 4xi + 4yj – 2zk b) g(x, y) = x + ey i + eyj c) f(x, y) = 2x² + y² em P(2, -1) 8i – 2j 4) Calcule a divergência e o rotacional de cada um dos campos vetoriais seguintes.
a) ( ) kyzjixzyxF +−= 2,, 2 2x + y , zi
b) ( ) kyzjxyixzzyxF 2243 52,, ++= z³ + 8x²y³ + 10zy , 5z²i + 3xz²j + 4xy4k
c) ( ) kxyjzxizyzyxF 45223 387,, −−= 0 , (40x²z4 – 12xy³)i + (14y³z + 3y4)j – (16xz5 + 21y²z²)k
d) ( ) ( ) ( ) ( )kxzjzyisenyxzyxF 2cos,, ++= seny + cosz + 2xz , (ysenz)i + (-z²)j + (-xcosy)k
e) ( ) ( ) kzyjeiyxsenzyxF zyx 322,, +−= 2xycos(x²y) – xzexyz + 3y²z² , (2yz³ + xyexyz)i + (-yzexyz – x²)k
4) Sendo ( ) ( ) ( ) ( )kxyzjyeisenyezyxF yx ++= cos,, , calcule o rot ( )F . xzi – yzj – (excosy)k
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS
Em matemática, uma equação paramétrica é uma forma de representar uma curva (ou, em geral, uma superfície) como a imagem de uma função, normalmente dada por uma regra explícita. Em geral, as equações paramétricas não são únicas. Uma mesma curva pode ser representada por uma variedade de formas paramétricas. O parâmetro de uma curva é quase sempre simbolizado por t, porque em muitos fenômenos físicos o tempo é a variável usual de parâmetro (a forma paramétrica é um modo conveniente para indicar a trajetória de uma partícula em relação ao tempo). Superfícies são representadas por dois parâmetros e são comuns os símbolos u e v para eles. Equação paramétrica da reta Vamos supor que uma reta r é paralela a um vetor V = (a, b, c) não nulo e que passa por um ponto P0 = (x0, y0, z0). Um ponto P = (x, y, z) pertence a reta r se,
e somente se, o vetor →PP0 é paralelo ao vetor V, isto é, se o vetor
→PP0 é um
múltiplo escalar de V, ou seja,
VtPP =→
0 (1) para algum real t. De (1), vem
VtPP =− 0
ou VtPP += 0 (2)
ou, em coordenadas
),,(),,(),,( 000 cbatzyxzyx += (3) pela condição de igualdade, obtém-se
+=+=+=
ctzz
btyy
atxx
0
0
0
para todo ∈t R (4)
As equações são de uma reta r que passa por um ponto P0 = (x0, y0, z0) e é paralela ao vetor V = (a, b, c). As equações (4) são chamadas equações paramétricas da reta r. O vetor V = (a, b, c) é chamado vetor diretor da reta r.
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O parâmetro t pode ser interpretado como o instante de tempo, se o ponto P = (x, y, z) descreve o movimento de uma partícula em movimento retilíneo uniforme com vetor velocidade V = (a, b, c). Observe que para t = 1, P = (x, y, z) = (x0 + a, y0 + b, z0 + c), para t = 2, P = (x, y, z) = (x0 + 2a, y0 + 2b, z0 + 2c) e assim por diante. As equações (4), podem ser reescritas como ),,(),,( 000 ctzbtyatxzyx +++= . Observação: Não faz sentido dizer que o vetor está contido na reta. Por um lado, a reta é um conjunto de pontos e por outro um vetor não tem posição fixa.
Exemplos: 1) A reta r que passa por )4,1,1( −A e tem direção de )2,3,2(=V , tem equações paramétricas, de acordo com (4):
r:
+=+−=+=
tz
ty
tx
24
31
21
para todo ∈t R.
Se desejarmos obter pontos de r, basta atribuir valores para t. Por exemplo,
para 1=t , obtém-se r:
+=+−=+=
tz
ty
tx
24
31
21
e, portanto, rP ∈)6,2,3(1 .
De forma análoga, para 2=t , obtém-se o ponto )8,5,5(2P ; para 3=t , obtém-se o ponto )10,8,7(3P ; para 0=t , obtém-se o próprio ponto )4,1,1( −A e assim por diante. Se t assumir todos os valores reais, teremos todos os infinitos pontos da reta. A figura mostra os pontos obtidos com seus correspondentes parâmetros.
Fig. – reta paralela ao vetor ),,( cbaV =
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2) Vamos encontrar as equações paramétricas da reta r que passa pelos pontos P1 = (2, 4, - 1) e P2 = (5, 0, 7). O vetor
)8,4,3())1(7,40,25(21 −=−−−−=→PP
é paralelo a r e o ponto P1 = (2, 4, - 1) pertence a r. Portanto, as equações paramétricas de r são
+−=−=+=
tz
ty
tx
81
44
32
para todo ∈t R
Equações paramétricas da Circunferência
• Seja uma circunferência de raio r e centro na origem (0,0) conforme indicado na Figura 01. A equação convencional para a curva é:
x2 + y2 = r2
Dividindo tudo por r²,
2
2
2
2
2
2
r
r
r
y
r
x =+
122
=
+
r
y
r
x
Considera-se a relação trigonométrica: sen2 t + cos2 t = 1
Conclui-se então que uma forma paramétrica da circunferência é:
sentr
y
tr
x
=
= cos ⇒
==
sentry
trx cos
onde o ângulo central t é o parâmetro utilizado, variando entre e radianos.
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Fig 01
• Seja uma circunferência de raio r e centro (x0, y0) conforme indicado na Figura 02. A equação convencional para a curva é: (x − x0)
2 + (y − y0)2 = r2
Dividindo tudo por r², [(x − x0) / r]
2 + [(y − y0) / r]2 = 1
Considera-se a relação trigonométrica: sen2 t + cos2 t = 1
Conclui-se então que uma forma paramétrica da circunferência é: x = x0 + r cos t
y = y0 + r sen t
Fig 02
onde o ângulo central t é o parâmetro utilizado, variando entre e radianos.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Exemplo: 01) A circunferência de centro no ponto (1,2) e raio 3 pode ser representado pelas equações paramétricas x = 1 + 3cos t y = 2 + 3 sen t onde fica implícito que t percorre o conjunto dos números reais Equações paramétricas da Elipse Para uma elipse de semi-eixos a e b e centro em (x0, y0), a relação fundamental é:
12
0
2
0 =
−+
−b
yy
a
xx
Procedendo de forma similar à da circunferência, x = x0 + a sin t y = y0 + b cos t Equações paramétricas da Hipérbole No caso de uma hipérbole , a equação básica é:
Usa-se a relação trigonométrica: cosec2 t − cot2 t = 1 Portanto, uma forma paramétrica é: x = x0 + a cosec t y = y0 + b cot t Equações paramétricas da Parábola Examina-se agora o caso de uma parábola (Figura abaixo) na forma: y = − ax2 + b Por substituição de valores pode-se facilmente concluir que o vértice (x = 0)
está em (0, b) e a parte direita cruza o eixo x (y = 0) em
0,
a
b.
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Considera-se um parâmetro t tal que x = c t Onde c é uma constante. Substituindo em y = − ax2 + b para determinar y em função de t, y = − a c2 t2 + b
Fig 03
Analisa-se um significado físico para esse caso particular: se t é tempo, x e y são as coordenadas de posição de uma partícula que se move ao longo da parábola. Considera-se apenas a parte com x e y positivos, isto é, no primeiro quadrante. A velocidade horizontal (ao longo do eixo x) é dada pela derivação:
Portanto, a aceleração horizontal é nula. E a velocidade vertical pode ser computada:
Nota-se que a velocidade vertical não é constante e varia linearmente com o tempo. A aceleração vertical é dada por:
Resumindo, a partícula se move com velocidade horizontal constante igual a (v0x) e aceleração vertical constante igual a (− 2 a c2). Desprezando a
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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resistência do ar, é o caso de um corpo lançado horizontalmente com velocidade v0x de uma altura b e sujeito à aceleração da gravidade g tal que: 2 a v0x
2 = g E a distância horizontal percorrida pelo corpo é
Equações paramétricas da Hélice Seja outro exemplo, desta vez de curva no espaço: uma hélice pode ser definida como o lugar geométrico de um ponto que, em relação a um eixo, executa um movimento de rotação uniforme na direção radial e um movimento de translação uniforme na direção axial (ver Figura 04).
Fig 04
A partir dessa definição, a equação paramétrica da hélice pode ser facilmente deduzida: x = a cos t y = a sen t z = b t Onde: a = raio da hélice
b = π2
h
h = passo da hélice
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Exercícios propostos 1) Determinar equações paramétricas da reta que passa por:
a) A(4, -1, 3) e tem a direção de 3i – 2j; b) A(3, -1, 3) e B(3, 3, 4).
2) Seja o triângulo de vértices A(-1, 4, -2), B(3, -3, 6) e C(2, -1, 4). Escrever equações paramétricas da reta que passa pelo ponto médio do lado AB e pelo vértice oposto C.
R.:
+=
−−=
+=
tz
ty
tx
242
31
2
3) Faça a parametrização da circunferência de centro na origem e raio 3. 4) Faça a parametrização da circunferência de centro no ponto (1,–2), e raio 2. 5) (USP) Se M é o ponto médio do segmento AB e P é o ponto médio do segmento OM, determinar a equação paramétrica da circunferência de centro P e raio OP.
INTEGRAIS DE LINHA
As integrais ao longo de curvas aparecem numa variedade de problemas. Um desses problemas pode ser enunciado como segue: Um problema de área: Sejam C uma curva suave entre dois pontos do plano xy e f(x, y) contínua e não-negativa em C. Determine a área do “lençol” varrido pelo segmento de reta vertical que se estende para cima do ponto (x, y) com altura f(x, y) e move-se ao longo de C de uma extremidade à outra.
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Quando tomamos uma “tira” da curva, que vai de Pk-1,temos: A área dessa “tira” quando ela for bem estreita, se equivale a:
( )kkSk yxfAK
,×∆≅ . A área do “lençol”, portanto, é um valor aproximado da
soma das áreas de todas as “tiras” obtidas. Se aumentarmos o número de partições, as tiras se tornam cada vez mais estreitas, e portanto, a soma das áreas das tiras se tornam cada vez mais próximas da área real do “lençol”.
Assim, ( )∑=∞→
∆×=n
nSkk
nK
yxfA1
,lim . Esse limite é chamado integral de linha da
função f ao longo da curva C. Denotamos ( ) ( )∑∫=∞→
∆×=n
nSkk
nC kk K
yxfdsyxf1
,, lim =
área CÁLCULO DE INTEGRAIS DE LINHA Calcular uma integral de linha através da definição não é uma tarefa fácil. No entanto, mostraremos que podemos calcular uma integral de linha através de uma integral definida comum, estudada em cursos anteriores. Seja uma curva C apresentada em suas equações paramétricas C(t) = (x(t), y(t)) com t variando no intervalo que vai de a até b. Assim, a ≤ t ≤ b. Suponhamos que os pontos Pk-1 e Pk correspondam aos parâmetros tk-1 e tk, respectivamente.
Para pequenos valores de
KS∆ eles se aproximam de segmentos de reta e,
pelo Teorema de Pitágoras, teremos:
( ) ( )K
K
K
K
K
KKK tt
y
t
xyxS ∆×
∆∆
+
∆∆
=∆+∆≈∆22
22
Cálculo III 3º Período de Engenharia Mecânica
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Portanto, ( ) ( ) ( )( )K
K
K
K
K
tt
y
t
xn
nC
tytxfdsyxf ∆×
∆∆
+
∆∆
×= ∑∫=
22
1
,lim, .
Para valores muito pequenos, podemos então escrever:
( ) ( ) ( )( ) dtdt
dy
dt
dxtytxfdsyxf
C
b
a
22
,,
+
×=∫ ∫
Observação: Quando calculamos uma integral de linha no espaço R³, procedemos do mesmo modo, apenas acrescentando a coordenada z. Exemplos: 1) Calcule a integral de linha ( )dsxy
C∫ + 21 sabendo que a curva C é o segmento
de reta que vai de (0, 0) a (1, 2). Solução: O segmento de reta representado pelas equações paramétricas é: x= t, y = 2t (0 ≤ t ≤ 1)
( ) dtt 5411
0
3∫ +=
[ ]1045 tt +=
52=
2) Calcule a integral de linha ∫C drF. , onde ( ) 22, yxyxF += e C é a
circunferência de centro na origem e raio 1. Solução: A equação paramétrica da circunferência é: x = cost e y = sent 0 ≤ t ≤ 2π
( ) ( ) dttsenttsentdsyxC
222
0
2222 cos.cos +−+=+∫ ∫π
dt1.12
0∫=π
] π20t=
π2= Exercícios propostos 1) Calcule cada uma das integrais de linha seguintes:
a) ∫ +Cds
x1
1 ( )
=3
2,
2
3
tttC 0 ≤ t ≤ 3 R.: 2
( ) ( )( )( ) ( ) ( ) dtttdsxyC
221
0
22 21211 ++=+ ∫∫
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b) dsyC∫ + 21
1 C(t) = (1 + 2t, t) 0 ≤ t ≤ 1 R.:
4
5 π
c) ∫C dsyzx23 C(t) =
3
2,,
32 t
tt 0 ≤ t ≤ 1 R.: 20
13
2) Calcule a integral de linha ∫C drF. , onde ( )222
,,zyx
zyxzyxF
++++= e C é o
caminho parametrizado por r(t) = (t, t, t), 1 ≤ t ≤ e. R.: 3 3) Calcule a integral de linha ( )dszxy
C∫ + 3 de (1, 0, 0) a (-1, 0, π) ao longo da
hélice C que é representada pelas equações paramétricas
x = cos t, y = sen t, z = t (0 ≤ t ≤ π). R.: 4
2 4π
4) Calcule a integral de linha ∫C drF. , onde F(x, y, z) = x – 3y² + z e C é o
segmento de reta que une a origem ao ponto (1, 1, 1). R.: 0 5) Calcule a integral de linha ( )dsx
C∫ + 21 sabendo que a curva C é a
circunferência de centro na origem e raio 1. R.: 3π 6) Calcule a integral de linha ∫C drF. , onde F(x, y, z) = 2x – y + z e C é o
segmento de reta que liga A (1, 2, 3) a B(2, 0, 1) R.: 12