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ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 Caderno de Relato de Sonhos ANEXO 3 Consentimento Informado Anexo 3.1 Instruções dadas à Emília Anexo 3.2 - Guião de Elicitação de Sonhos Anexo 3.3 Guião de Auxílio ao Registo de sonhos Anexo 3.4 - Guião de Elicitação de Sonhos Lúcidos ANEXO 4 Instruções de Análise dos Sonhos ANEXO 5 Instrumento de Medida de Integração (Integration Measure) ANEXO 6 Tabela de Análise dos sonhos ANEXO 7 Figuras de Apoio à Revisão Literatura ANEXO 8 Tabela E - Emoções nos Sonhos ANEXO 9 Figuras com Ligações entre Categorias da Análise das Imagens Contextuais Anexo 9.1 Figura com todas as Ligações entre Categorias e Subcategorias Anexo 9.2 Figuras Simplificas de Ligações entre Categorias e Subcategorias

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ANEXOS

ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante

ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos

ANEXO 3 – Consentimento Informado

Anexo 3.1 – Instruções dadas à Emília

Anexo 3.2 - Guião de Elicitação de Sonhos

Anexo 3.3 – Guião de Auxílio ao Registo de sonhos

Anexo 3.4 - Guião de Elicitação de Sonhos Lúcidos

ANEXO 4 – Instruções de Análise dos Sonhos

ANEXO 5 –Instrumento de Medida de Integração (Integration Measure)

ANEXO 6 – Tabela de Análise dos sonhos

ANEXO 7 – Figuras de Apoio à Revisão Literatura

ANEXO 8 – Tabela E - Emoções nos Sonhos

ANEXO 9 – Figuras com Ligações entre Categorias da Análise das Imagens

Contextuais

Anexo 9.1 – Figura com todas as Ligações entre Categorias e Subcategorias

Anexo 9.2 – Figuras Simplificas de Ligações entre Categorias e Subcategorias

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ANEXO 1

Pedido de Colaboração para Recrutamento da

Participante

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RECRUTAMENTO DE PARTICIPANTE PARA ESTUDO

SOBRE SONHOS

No seguimento da dissertação de mestrado realizada no último ano do curso de Mestrado

Integrado em Psicologia, do Núcleo de Psicologia Clinica Cognitiva Comportamental,

com o título “Estudo de caso sobre sonhos na perturbação dissociativa de identidade e

condições facilitadoras do processo de integração”, venho pedir a vossa colaboração

voluntária para ceder ao recrutamento de um paciente com Perturbação de Identidade

Dissociativa.

O estudo tem como objetivo estudar os sonhos destes pacientes e entender se existem

componentes de integração das identidades, além de recolher dados sobre outros

fenómenos interessantes como os sonhos lúcidos. Todos os dados recolhidos serão

confidenciais e utilizados apenas no estudo, não se recolhendo mais do que os dados

necessários como género e idade, e não se explorará outro aspeto para além dos sonhos e

as suas significações.

Toda a recolha de dados será executada através do Basecamp.

Mantenho-me disponível para responder a qualquer questão adicional e deixo o meu e-

mail abaixo. Apelo à vossa compreensão e entendimento da dificuldade em encontrar um

sujeito para este estudo e que me disponho a responder a qualquer dúvida ou insegurança

que tenham relativamente à recolha de dados. Os dados que poderão surgir têm inúmeras

potencialidades para psicoterapia, e disponho-me a partilhar informação sobre isso caso

tenha suscitado curiosidade (mesmo que não possam participar).

A recolha será feita online na plataforma Basecamp e terá a orientação do Professor

Doutor Nuno Conceição.

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Aguardo por uma resposta, melhores cumprimentos,

Miguel Rodrigues

[email protected]

Orientador: Prof. Drº Nuno Conceição

[email protected]

Page 5: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

ANEXO 2

Caderno de Relato de Sonhos

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S1 - 22 de Janeiro de 2014

P: Sim, já não me lembrava de… já não me lembro do que vinha antes e tal mas pronto

aqui

T: Quico desapareceu estavas a aonde

P: Estávamos os dois já não me lembro do que a gente vem, e fomos os dois para uma

praia estranhíssima, quase daqueles filmes que se vê de sereias ou raio

T: uhm, uhm

P: E a praia era assim pequenina muito pequenininha depois era s o mar é que grande e

era assim, era assim e estávamos os dois aqui, só havia espaço para nós os dois, e o

resto, tipo… era de noite e estava a dizer que era de dia mas era de noite, mas a gente

tinha vindo…coiso… ele estava todo vestido todo assim com um ar um bocado

vagabundo ali… e deixei-o aqui e fui mergulhar e andei, andei, andei, cheguei aqui a

ver aquela praia de costas e senti aquela coisa não fui… dei aqui a volta… não sei muito

bem o que aconteceu aqui se mergulhei, se andei um bocadinho...voltei quando voltei o

Luís Pedro que era um amigo de infância…. Lá de queijas estava de repente assim com

água pela cintura havia no meio da rocha uma estante de banda desenhada, ele lia muita

banda desenhada, ele estava a comprar uma para mim e eu pensei mas para quê?

“Gostas destas” todo atrapalhado assim com um ar quero tanto, tanto de agradar assim

com um ar

T: de enjoo?

P: sim assim com um ar assim “ ai mas o que é que eu posso fazer” assim com um ar

todo, todo atrapalhado, “ e eu tipo: porque estás assim sou só eu” e ele “ ah, não sei que

vou comprar para mim “ e eu nem sei se aceitei ou não porque achei aquilo tão cómico,

porque havias tu de estar, porque ele estava mesmo, coiso, depois deixei-o lá e voltei

para a toalha, e eu la encontro todas as coisas do francisco,

T: e ele já não estava lá…?

P: carteira dinheiro, ali um molho dinheiro as chaves tudo e não sei o quê tudo, e ele

não estava lá depois aparece a mana, coiso… que é que a gente pensa, ninguém fala mas

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toda a gente pensa que ele se tentou suicidar, porque deixou tudo ali, chaves… e não sei

o quê… e a ali á procura e eu também á procura dele, e eu sempre “ não, não, não, não

isto não aconteceu” mas o espaço era aqui percebes, não aqui nem para aqui e para ali,

eu tinha vindo de um sitio qualquer que já não ia, eu tipo chegava aqui e não entrava em

lado nenhum, daqui para aqui era de noite e escuro, depois ele volta com ar todo

vagabundo todo bêbado

T: ainda vestido como estava?

P: sim

T: o vagabundo vem do quê?

P: isso era bêbado parecia aquilo vestido com as pessoas que não tem casa (risos), todo

sujo e com aquelas assim

T: mas ele ao início estava todo bem vestidinho

P: não já estava assim, agora estava todo bêbado, para além disso, e depois.)Algo que

não percebo).A mana fartou-se gritar com ele e desapareceu,

T: ela gritou e desapareceu?

P: sim foi-se embora chateada. E faz-me assim para abraçar e eu fui um pouco parva a

dizer que aquilo picava, e estava um pouco chateada estava assim a e pôr os meus

sentimentos para um lado para o outro como se eu tivesse de ser outra coisa qualquer

T: como é que é isso, como é que é isso de estar, estavas a sentir coisas

P: mas que não era suposto sentir naquele momento

T: ah então estavas a empacota-las naquele momento

P: para suposto sentir

T:no sentido de disponibilizar para o que era suposto

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P: e depois ele tipo coiso, e faz assim. Para falar comigo, e eu sinto qualquer

coisa…uma náusea pavorosa, uma cena pastosa de (nojo) … e acho que foi aí que eu

acordei

T: desses sentimentos que estava a empacotar esses sentimentos que estavas a

empacotar será o quê?

P: o nojo será tipo primeiro a coisa do pânico “ ele matou-se” depois foi a cena da raiva,

“ que é que este gajo está a fazer neste coiso, tipo desaparece e agora aparece neste

estado” e o querer bazar e coiso, pronto e zanga e isso, e depois quando ele me pôs os

braços por cima percebi que era suposto haver ali alguma coisa e…senti nojo.

T: e o que empacotas aí é o nojo?

P: sim.

T: para te disponibilizares para a dita coisa

P: mas essa coisa que tu dizes de empacotar não percebo isso essas coisas assim

T: ou de outra maneira

P: O que eu estou dizer é afastar o que sempre senti que fazer é afastar para um lado que

eu não sei o que é

T: uma espécie de switch não?

P: não sei, ouve o que eu te estou a dizer

T: eu oiço

P: então com se eu fosse assim este sou eu e eu não sei o que é que aqui eu mando para

aqui eu mando para aqui mas eu não sei para onde vai

T: muito bem

P: e eu sou esta aqui, quando dizes empacotar.me o eu penso que parece está aqui

presente

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T: é tirar daquele concentrado que estás a ser naquele momento para outra ordem a qual

deixas de ter consciência

P: sim, às vezes pode fazer qualquer coisa, como por exemplo durante muitos anos o

sexo essas coisas todas, ou certas proximidades, e pronto, sempre foi assim nunca senti

que empacotassem, foi tipo, estar a tirar assim para ter livre este campo

T: uhm uhm

P: e foi no sábado este sonho eu acordei, alias para veres eu ia almoçar a casa da rosa,

cheguei lá às 16h acordei às 9h

T:é engraçado essa tua formulação, se eu pudesse só star um minutinho só quando tu

estás esse exemplo e uma bola ou círculo central que tu estás a ser antes tu sentes

coisas…Reativas, ao potencial de estímulos que está acontecer á tua volta, tipo a tua

raiva é perfeitamente valida em função, e reativa em função ao que está a acontecer,

então tu afastas, ou seja, entende, não quero estar aqui sozinho nisto, mas é, tanto isto

nem é bem um switch, tal como estávamos habituados a pensar… A tua descrição está

clara, eu não consigo é arrumá-la, algures da ideia de switch, eu enquanto switch estou

aqui e EU vou para ali, aqui não, mas eu estou aqui estava com umas coisas e atiro

coisas para fora

P:eu acho que se quiser ver as coisas dessa forma, há várias não é?

T: uhm um

P: ou se calhar para ser mais confortável para mim, imagina uma casa redonda ou seja o

que for, há um edifício, com várias divisões e cada divisão, tem tipo, aqui vão os

amarelos aqui vão os vermelhos aqui vão os azuis, e aqui no centro vão, os rosas,

portanto se um vermelho chega aqui ao rosa...Pumba… vai para a sala do vermelho, se

o amarelo chega aqui, -mas é uma coisa automática, que sempre me lembro de o fazer,

mas que…pronto, que só relativamente pouco tempo é que consigo olhar para isto e

perceber como é que é porque era uma coisa muito automática, e depois o vermelho,

quando está no centro, ou mesmo eu tento, o vermelho trata com o vermelho, o amarelo

trata com o amarelo, não?

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T: sim? eu também quero só, eu também cheguei a ver a possibilidade se está a

vermelho aqui e se está a ver estímulos par ao vermelho eu vou para a divisão vermelho

P: não, mas ali naquele momento é preciso estar o cor-de-rosa, percebes? Então se

aparece uma coisa vermelha vai para ao vermelho, porque o cor-de-rosa não vai

funcionar com o vermelho, e o vermelho não podia funcionar ali porque…por exemplo

T: se pensarmos em termos de nomes…

P: ok vou dar um exemplo, assim, por exemplo… Uhm… numa situação …deixa-me

está bem?.. Num passado em que tivesse proximidade física, que eu não queria, mas

tinha que aguentar, Por exemplo aquelas coisas, uhm. Estamos todos a ver televisão ou

estamos todos numa festa de anos, o meu pai aproximava-se ou fazia ou tocava ou

aproximava mais que eu desejava, então ali tinha de estar o quê? O cor-de-rosa? Mas

Imagina que tivesse uma camila vinha o vermelho imagina que o vermelho seria raiva,

raiva, Camila, não podia ativar a camila, ou de uma sala de estar em família, ou numa

festa de aniversário, ia ativar raiva e sexo ali não podia ser...não é…

T: mandavas…

P: mandava para permanecer ali, a pessoa mais dócil que pudesse estar ali, que pudesse

aguentar com aquilo, entendes?

T: entendo perfeitamente não é? Por exemplo no exemplo do sonho é que …

P: é como seu eu precisasse naquele momento do sonho, de ser…

T: a camila….»?

P: não…

T: uhm uhm

P: no sonho...eu precisava de ser a camila? Achas? Realmente era a vontade que era

espancar alguém espancar o dito-cujo mas por algum motivo que eu não conheço eu

precisava de ser contentora e disponível

T:também sexualmente? Ou não?

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P: sim…está sempre implícito

T: mas isso não é mais camila necessariamente?

P: Achas que a camila é contentor? E meiguinha? Porque ali ele estava todo bêbado se

houvesse sexo era mais para a frente. Mas naquele momento não era mais para frente,

era ali…precisava de aguentar o bafo e aguentar as conversas arrastadas e aguentar o

peso do seu corpo e aguentar aquela proximidade e o cheiro e essas coisas todas que só

dá vontade é de “amandar” uma pera, portanto não, não podia ser a camila ali

T: mas então é outra qualquer não é?

P^: sim

T: pois mas o que é engraçado é uma coisa é eu trazer uma coisa para ao pé de mim

outra coisa é eu afastar-me de coisa

P: não acredito que só agora é que estás a apanhar isso porque já falei disso muitas

vezes não devo ter sido nada clara, tenho a certeza absoluta que já disse isso muitas

vezes, do atirar para o lado, que aliás que foi uma das coisas que já falei também foi…

que isto é um limbo, das coisas que acho que custa-me muito lembro-me, de várias, e

houve coisas que nunca esqueci, não é, o que mais me custava nem era, acho que o mais

doloroso, ou pelo menos se calhar porque não as senti, aquelas situações mais brutas ou

violentas ou extremadas, foram aquelas de suposto amor e carinho, essas é que me

rebentaram toda, porque querer fechar umas pernas, e ter de as aguentar abertas, sem

ninguém estar a força-las, ou de querer fugir sem ninguém me estar a agarrar e querer

ficar, isso nunca poderia ser… e eu lembro-me de contar isto, e vir tudo assim e

empurrar para o lado virem-me náusea e tirá-la daqui, e o pânico e tirá-lo dali tirá-lo

dali, para poder ficar, porque não dá. Não há autocontrolo, a minha opinião não há

autocontrolo no mundo que consiga aguentar aquilo sem se queixar… sem por estar

ali,” isto é muit’a bom, eu não quero nada fugir, isto não está a ser nada desagradável,

acho que isto é tudo normal”

T: “Então posso ser só ler uma sequencia simples “ a criança está a brincar com o pai, e

de repente o pai, a brincadeira estica-se” afasta-se a criança e vem a camila? Afasta-se a

Pipa vem a camila por exemplo?

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P: não…

T: então, onde…?

P; antes de haver algum tipo de switch de vir a Camila

T: ah o que estamos a falar aqui é de outro fenómeno que não switch mas continua a

existir switch, notas que é sito que está acontecer...ou isto é um reconceptualização?

P: não! Não não é nada! O que eu estou a dizer é que... (exalação longa), então imagina,

se há varias identidades que, têm vários tipos de funções, então… imagina que a função

da camila…vamos dizer sexo. Ok? Mas antes do sexo, por exemplo enquanto criança,

há a ternura o amor, e essas coisas todas,

T: A pipa adorava o pai por exemplo

P: porque é que a pipa adorava o pai?

T: Porque era o centro das atenções…

P:E não só! Porque toda a náusea e o nojo e o medo e o,” isto é errado e eu não quero

estar aqui”…`*pxium* iam para outro lado qualquer porque não pertenciam, porque a

Pipa não poderia aguentar isso

T: e quem é que faz esse esse * ptxium?*

P: não sei! É automático! Acho eu, não sei

T: ok...ok e é pré-switch?

P: não é pré switch, é: “se aquele se aquele uhm”

T: Então mas isto é novo…

P: calma, calma! Não interrompas, se está aqui uma Pipa, e ela não consegue lidar com

certas coisas, mas é preciso que seja a Pipa, então não vai fazer um switch não é, vai

deixar aquelas coisas para outro lado, até que seja a hora de fazer o switch então faz, e

depois aí, é o que é…agora…percebes. Cada macaco no seu galho, não há ali flutuações

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não há nada, se aparece é uma cena automática, não sei quem é que faz quem é que não

faz quem é que pensa quem é não pensa

T: portanto isto não substitui o switch é um processo diferente

P:É normal sei lá é normal sei la como se houvessem uns ímanes *vum! Vum*sei la

cada coisa vai para o seu lado, só que nem sempre os switchs fazem sentido

T: sim, sim, não, estava preocupado de repente de não ter percebido o fenómeno de

switch p: sim tu é que não percebias

P: Mas acho que percebi, só que este é outro fenómeno, de arrumações internas de

gestão da vida quotidiana, e são complementares, mas é preciso os dois numa

determinada sequencia, e outras vezes só e possível um e outras vezes só é possível

outro, não é?

P: Sim… ou é preciso um outro em que seja preciso um outro

T: Uhm uhm pois muito bem muito bem

P: Assim falado até irrita um bocado parece “muit’a” estupido

T: Não é super criativo é super ingenioso

P: Acho que isso é mais espanhol é engenhoso acho eu ou não?

T: Não de genial

P: tu és genial, acho que ingenioso é mais espanhol

T: pois talvez, então e depois tu no sonho, tu *zuc zuc zuc*

P: e estou lá eu e depois acordo

T: e o que é que está no teu corpo situações remanescentes

P: peso, náusea e… aquela náusea

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T: que eram equivalentes aquelas que te vimos afastar

P: uhm uhm

T: bonito…de falar… viva os sonhos!

P: e não só todos aqueles sonhos que eu tinha de náusea, principalmente na

adolescência, era horrível, tinha sonhos tao parvos como “ ah estou a lavar os dentes, ai

isto é da minha irmã!” passava o dia com náusea estou a comer um bolo com chantilly

“”ahhh * blleerggh*”

T: como como?

P: epah a náusea era tao intensa, psicológica eu sabia que aquilo era psicológico, que eu

de repente me lembrava ah isto era do meu sonho, e aquilo passava, passado um bocado

instalava-se, tinha sonhos todas as noites ou quase todas as noites que me traziam uma

náusea pavorosa, e detesto essa, a má disposição, epah para mim é difícil…

T: e imagino que o nojo e náusea fossem muito alvo, queres dar um nome a este

processo que não é um switch?

P: não sei..

T: só porque já que o podemos referir algures no futuro, nas nossas sessões não te

ocorre nada?

P: (risos)…desculpa

T: eu agora queria usar uma expressão para ser breve, porque a náusea e o nojo sendo

emoções que por definição que e é humano sentir quando estamos a sentir invadidos, e

face a objetos externos e internos e de gestos deve ter sido uma das emoções muito alvo

deste processo, de chega! afasta! Vai para outro lado!

P: Realmente preciso de trabalhar melhor as minhas comunicações porque eu já

fogo…porque eu tinha dito isso muitas vezes, e já disse realmente mas no final então…

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T: uhm… só ainda voltando ao sonho, tu no sonho tens consciência que estás a sonhar?

É lúcido o sonho, nalgum aspeto? Hoje em dia ou antes este que aconteceu há dois dias,

não foi? Uhm.

P: sim não, não, acho que não tenho consciência… quase nunca

T: portanto estás a ouvir aquilo mesmo

P: a não ser que sejam recorrentes aí é que eu, como eu tinha pesadelos recorrentes, ai já

não me lembrava dessa que horror, os pesadelos recorrentes eu até já conseguia

transformar os sonhos… porque eram tão, tão recorrentes...fogo nem sei como é

possível

T: talvez aqui possa ser interessante nós apanharmos, e era, e era aliviante poder

transformar o sonho…?

P: seria se o tivesse feito?

T: nesses conseguias recorrente até que às tantas conseguias transformar os sonhos,

devolviam te algum alivio, algum descanso imagino eu…?

P: Não, mas eu não consigo transformações eu acordava.

T: Ou isso ou paravas o pesadelo

P:sim, mas depois com as coisas que me começou a acontecer

T: eu estou a perguntar se era bom se não, não é porque se não, podemos tentar também,

porque tu às vezes relatas que não descansas durante a noite

P: sim, só que… só que… eu neste caso, se fossem recorrentes… ou sempre o mesmo

eu acho que isso faria sentido neste caso acho que é um bocado… tem que sair… nesse

caso

T: tem que sair…?

P: sim…nesse caso o que me aconteceu nessa altura e fora…, era quando eu conseguia

tipo parar o sonho ou obrigava-me a acordar comecei a sonhar que acordava chegava a

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acordar tipo, três quatro vezes até acordar mesmo… eu sonhava que acordava, sonhava

que acordava, sonhava que acordava, e um dos, indicadores que estava a dormir, depois

comecei a distinguir que era a luz que não acendia do quarto, não sei porque começou

assim, porque estava um negro, uma escuridão um negro, e nos pesadelos em que eu

acordava dizia “que isto era um sonho, eu vou acordar!” depois acordava e acendia a luz

e não acendia…e depois sabes o que acontecia? Ficava a sentir assim uma mão

T: E ajudava-te saber que era um sonho?

P: e depois comecei a saber, isto é um sonho, então fazia assim, para acender a luz, a luz

não acendia sentia uma mão aqui, e eu. “Uhm?” Mas eu não me conseguia mexer, ah eu

sei que isto é um sonho mas ficava ali, eu sei que isto é um sonho mas ficava ali tipo no

meu quarto. Estou-me a arrepiar toda só de me lembrar isto era pavoroso, toda todas as

noites, e houve uma altura que eu senti uma mão, “ah eu sei que isto é só um sonho”, e

tirá-la assim, e assim de repente tinha assim uma montanha de mãos na cara

T: Xiça!

P: e gritava, gritava, gritava!

T: eu imagino que ainda assim este mesmo pesadelo que estavas a recordar agora é mais

tolerável com consciência que é um sonho, do que se tivesses a vive-lo sem essa

consciência não é? Essa película de distanciamento ajuda não é?

P: mas a nível do horror e do terror não tem nada a haver

T: pois é muito grande sim

P: nada a haver

T: a minha questão é por exemplo nesse do quico se algum, ou noutros parecidos que tu

sentes que o que estás a pôr para o lado é náusea ou nojo que deve ser um processo

muito recorrente apesar de o sonho não ser recorrente, se ajudaria reconhecer, “ok isto é

mais um dos meus sonhos que eu ponho coisas para o lado “

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P: Não sei porque no meu sonho, apesar de tudo, estava muito consciente do que estava

a fazer, eu sabia que me estava a pôr aquilo para o lado para me poder disponibilizar

para aquilo

T: a minha questão é se estás a sofrer muito ou se consegues...

P: é o que te estou a dizer não estava a sofrer tanto, agora estou me a sentir pior estás a

ver, eu sabia eu no meu sonho eu não me sentia encurralada, eu senti que eu precisava

de estar ali mas também não senti que se eu não tivesse que a coisa ia correr mal, sei lá

foi o sentir-me a por aquilo para o lado não sei o quê, e senti-me, mas também que

houve sítios que eu não fui que houve coisas que eu não fiz, que estava tudo “coiso”, eu

gostei daquela sensação de, “ ai não! eu posso dar a volta não preciso de passar por aqui

outra vez” gostei disso

T: havia um certo empessoamento

P: Não. Não é bem isso, havia uma certa possibilidade!

T: alternativa…

P: sim, pode não ser assim!

T: algum controlo…

P: não senti tão, tem de ser assim ou tem de ser assado, a coisas assim muito… e agora

não devia ter falado nisto, não devia ter falado nisto, não devia ter falado nisto…

S2- 29 de Janeiro de 2015

Sonhei que tinha viajado para a América do Sul (Brasil ou afim) com ex colegas da

faculdade

Fui sozinha a um café comer mas apesar de falarmos todos português, não nos

entendíamos

Meio enojada lá consegui escolher algo para comer

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Atendi o tlm, o dono do estabelecimento perguntou quem era e eu respondo "o meu

namorado " mas apenas pq não encontrei outra forma de o dizer

Ao sair, olho para trás e vejo o suposto namorado ao longe, quando ainda estávamos ao

tlm

Tinha me feito uma surpresa. O meu coração acelerou de entusiasmo e alegria ao ver

aquele Brad Pitt a aproximar-se, mal podia acreditar que ele queria estar perto de mim!

Voltámos para o hotel onde uma das colegas ainda dormia, fui chamá-los e tentar

acordá-la. Estavam tão sérios e metidos para dentro...

Olhei para ele e reparo que, afinal, é muito mais velho, o cabelo desgrenhado, mal

cortado e oleoso, a pele pouco cuidada, a barba por fazer, as roupas de má qualidade...

afasto toda a náusea e outras coisas difíceis que sinto e decido focar me no entusiasmo e

pseudo paixão. Há uma criança no chão, um menino despido

Sinto me tão animada que decido beijar o pseudo namorado, apesar de me sentir tão

suja. Não queria desapontá-lo nem afastá-lo com a minha boca suja mas decidi arriscar

mesmo assim

Atirei me para cima dele, ele caiu a rir e, quando estou em cima dela, percebo que tou

nua.

O menino está a olhar para nós (os outros permanecem apáticos) e eu sinto um baque

"onde está a minha filha?" mas decido ignorar.

Beijo-o na boca mesmo a sentir que posso sujá-lo, ele parece divertido, então eu tento

esmerar-me

Sinto me atrapalhada, a tentar perceber o que se faz ou não faz com a língua. A minha

nudez faz me sentir estranha

Sinto nojo daqueles beijos, muita náusea, aquela outra boca podia até ser um buraco

negro, um portal, uma mini gruta com humidade e bafio e teias e bichos...

Page 19: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

Sinto que a criança também ta nua e que há algo que não ta bem, que não era suposto

acontecer

Não sei se me toca mas fico muito consciente do meu corpo nu e das sensações fortes

que o percorrem e o fazem tremer de qualquer coisa intensa

Afasto todo o nojo e náusea e sensação de algo estar muito errado e todas as coisas

difíceis e concentro me no beijo e na intensidade e na hipersensibilidade em toda eu

Acordei lentamente, como que a sair dum pântano

Com dores tão fortes

Principalmente na cabeça

E isto foi entre as 7:30 e as 8:00

S3-04 de Fevereiro de 2015

Em todo o sonho tinha de correr, com a Daniela pela mão, para fazer algo que parecia

inacessível (chegar a um determinado local, apanhar um determinado transporte,

encontrar o elevador de um prédio, encontrar o wc de um apartamento, pessoas que,

mesmo depois de as encontrar, se mostram inacessíveis...).

Notas:

No início do sonho a presença da minha mãe era muito marcada e foi diluindo à medida

que me afastava do cenário inicial.

A meio do sonho, já de dia, estou a atravessar uma estrada com a minha filha (apesar de

saber que não era ela) e um autocarro começa a avançar na sua direcção, devagar. Eu

começo aos gritos para ela se desviar mas ela parece não me ouvir e eu, por algum

motivo, pareço achar/sentir que não posso mexer-me dali. O motorista bate-lhe, apesar

de estar a vê-la, eu grito com ele, depois com ela, ela começa a avançar para mim

devagar, ele volta a bater-lhe devagar, eu grito tanto mas tanto com ela, furiosa por ela

não se despachar, e envergonhada por estarmos a passar por aquilo, como se o motorista

estivesse no seu direito! Ela não me responde mas eu percebo que a minha fúria não é

com ela, nem mesmo com o motorista que avançava para cima dela a olhar para mim

Page 20: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

com desprezo (ou seria outra coisa?), a minha maior zanga e fúria e raiva e mágoa e

vergonha era não perceber porque é que eu não tinha salvo a menina.

S4- 14/02/2015

Estamos num encontro numa casa muito grande e escura, há uma grande animação e

juntam-se pessoas variadas que conheço ou conheci ao longo da minha vida. Estou

numa divisão da casa com um ex-namorado Fernando a conversar com uma conhecida

que tem uma postura muito fechada e crítica e mal humorada; o pai dela aparece, fala

connosco e vai-me dando beijos no braço ou no ombro muito naturalmente. Sinto-me

surpreendida e também especial, com um maravilhoso sentimento de pertença. Ele e a

filha saem e eu o Fernando envolvemo-nos num pseudo sexo em que me vou sentindo

no controlo e também nojo e repulsa. Não me afasto porque é suposto fazermos aquilo

(é automático e inquestionável). A casa não tem portas, eles voltam e olham para nós - a

filha sempre com ar crítico e horrorizado, o pai com ar natural. Aqui há uma parte que

não me recordo mas sei que paramos e que andamos pelas ruas da minha antiga casa de

família, de mota, sempre com um ambiente sombrio.

Voltando à casa, vou para a cozinha ajudar a Rosa a fazer comida para toda aquela

gente, faço uma espécie de brigadeiros para as crianças mas é algo diferente e que me

deixa nauseada. Pergunto se é mesmo suposto ser assim, ela diz que sim, e eu continuo

a mexer naquela coisa nojenta com uma textura agressiva, a rir e a conversar enquanto

tento esconder a náusea de mim mesma. Volta a haver algo que não recordo bem mas

sei que vou parar a um casebre no meio de um deserto de pó, onde vivia um homem de

cabelo comprido, nojento, com uma rapariga que era a gémea desaparecida da Vânia e,

apesar de não me lembrar, sei que me safei do raptor da gémea.

Novamente na casa, a Rosa pinta o cabelo da gémea encontrada para ficar igual ao da

Vânia (tanto esta como a gémea permanecem em silêncio). Há um grande rebuliço

dentro da casa, as crianças correm e gritam, muito irrequietas, os adultos entram nas

camas uns dos outros, a náusea aumenta, acompanhada de sensação de aperto e sufoco,

como se cada vez conseguisse mexer-me menos.

Page 21: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

Vamos apanhar um comboio, somos muitos, a estação está cheia apesar de ser de noite e

a minha criança (não sei se filha ou filho) foge. Corremos atrás dela (eu e mais alguns

que não sei especificar) e agarro-a mas os outros apanham o comboio sem nós.

Voltamos à casa mas a entrada está sempre a mudar, o próprio prédio (antes era uma

moradia mas agora é um prédio sofisticado com piscina no último andar) está sempre a

mudar, o elevador fica completamente doido e, subindo pelas escadas, também não

encontro o andar certo devido às mudanças constantes da própria construção. Volto a

chegar ao telhado, sozinha, e desta vez, sai um homem do escuro com uma arma

apontada a gritar comigo por estar a invadir a sua propriedade. Eu corro e tremo e choro

muito (de desgosto, principalmente). Novamente há algo que não me lembro.

Estamos (eu, o raptor e não reconheço os outros) num quarto que parece iluminar-se a si

mesmo. Aceito algo (não sei o que é, uma condição, talvez) para não morrer, assim

como outros dois a tremer de medo. Outros poucos não aceitam, erguem a cabeça

orgulhosos e uma mulher de lenço (de outra etnia ou religião, é algo claro no sonho, e

parece-me a única vestida) é degolada por ele mas não morre de imediato. Fico

horrorizada, não sei se quero ajudá-la ou se quero que ela morra rápido. Ela, meio a

sorrir, saca de um canivete e corta os pulsos. O raptor manda-me matar os outros da

mesma forma, caso contrário serei eu a morrer degolada. Quero convencê-los a mudar

de ideias porque não quero morrer mas não quero ser responsável pelas suas mortes nem

quero viver à custa das suas vidas! Tremo violentamente, nua, de arma branca na mão,

não quero estar ali. Acordo dobrada sobre mim, de braços e pernas cruzadas.

S5 - 16/02/2015

Sonhei muito mas já só me lembro que estava numa casa rústica e sombria com várias

pessoas, e chega uma ex colega de trabalho que já não vejo há alguns anos e senta-se

numa poltrona, numa posição um pouco de destaque. Levanto-me para ir buscar

qualquer coisa e ela repreende-me com voz sonante, pergunta-me quem me autorizou a

fazê-lo. Brinco, envergonhada, mas ela é muito dura e implacável e eu obedeço, mesmo

não querendo. Faz-me sentir tão envergonhada, ao mesmo tempo que quero pertencer

ali. Não sei se obedeço por querer pertencer ou se por não ter alternativa. Há algo que

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não recordo e depois estamos as duas a passear entre as árvores, durante o dia, mas eu

não a vejo, como se a sua voz viesse da minha cabeça, distinta dos meus pensamentos.

Quer contar-me coisas sobre a sua vida e pergunta-me por onde quero que ela comece;

ouve a minha resposta e elogia-me pela intuição e perspicácia. Continuo a andar

enquanto a ouço até que a encontro numa zona sem árvores, de frente para mim, só que

ela afinal é um velho alto e desengonçado, que olha para mim, parado no meio das

lápides de um cemitério que eu nem sabia que ali estava.

Acordei várias vezes, mais de 10 principalmente nas duas últimas horas e, apesar de só

me lembrar deste bocado, tenho quase a certeza que ia sempre ter ao mesmo sonho.

Uma das vezes pensei que ia vomitar, acordei muito zonza e nauseada e a sentir-me

muito pastosa e pesada... julguei até que estava doente, mas não.

S6- 04/03/2015

Este sonho foi imenso mas retive apenas umas partes. Estava num barco (parecia de

guerra, antigo, ou pelo menos ferrugento e muito usado) com várias pessoas, incluindo

os meus pais e irmãos. Há dois grupos distintos de pessoas: as que mandam e maltratam

(limpas e bem vestidas) e as que são usadas (sujas e quase despidas). Fazia parte do

segundo grupo, a única da minha família. Há uma parte em que estou a falar com a

minha irmã, às escondidas, não me lembro do que se trata mas penso que ela tenta

ajudar-me a escapar ou, pelo menos, a tentar amenizar a dor e a violência infligidas

sobre mim, partilhando, talvez, a ilusão de que o meu comportamento pudesse

influenciar o nível do "uso" que faziam de mim.

Percorro o barco escondida e, entre salinhas e corredores mal iluminados, finalmente

consigo escapar até à praia lamacenta onde o barco encalhou, quase sem saber como.

Enquanto corro até às rochas mais próximas vejo muitos de "nós" despidos e sujos,

escondidos, paralisados de medo. Ninguém me ajuda, nem sequer uma palavra é

proferida. Não paro de correr pois já deram pela minha falta, escondo-me atrás de uma

rocha e sustenho a respiração. Ouço os passos ao meu redor, reconheço as pernas da

líder porque ela anda sempre de saltos pretos e saia cinzenta, ela pára perto de mim e eu

olho para os outros fugitivos, aterrorizada, mas ninguém faz nada, também eles tolhidos

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de medo. Olho para ela e percebo que estou totalmente camuflada, envolvida no escuro,

e permaneço imóvel até ela se ir embora com todos os perseguidores. Tento olhar para o

horizonte e vejo apenas rochas enormes; não percebo porque é que os outros fugitivos

ficam ali, enrolados, escondidos, comunicando entre eles sem palavras, sempre

vigilantes, focados no barco à sua frente em vez de partir à conquista da liberdade.

Tento subir e ver o que há do outro lado e não me lembro do que acontece, apenas que

volto ao barco para salvar não sei quem ou o quê.

Já no barco, decido confrontar abertamente os meus pais. Encontro-os, eles estão em pé

e viram-se para mim, surpresos, jovens e muitíssimo bem apresentados mas, apesar de

estar muito suja e quase nua, ofegante, de cabelo selvagem, pareço mais alta e possante

do que eles. Olho-os de frente, tremo mas a minha voz sai segura e valente quando digo

"Vou-me embora. Não aguento mais. Não quero mais. Não aguento mais."

S7- 6/03/2015

Não queria escrever sobre este sonho porque esqueci a maior parte mas, durante o dia,

tenho sentido uma tristeza tão grande e intensa que custa a respirar, um súbito peso /

sensação de encurralamento tão agudos e que sei que transbordaram do sonho, que

resolvi partilhar:

estou a entrar esbaforida para um parque subterrâneo vinda de uma profundeza ainda

maior, acompanhada pela S. (íamos fazer um programa qualquer) e, envergonhada pelos

meus sintomas - sensação de desmaio, falta de força, opressão, peso no peito e em toda

eu, como se me movesse em areias movediças, etc. - digo-lhe que estou com sintomas

de ansiedade (não sei porque assumo isso) e peço-lhe para irmos comprar valeriana

forte na farmácia ao nível da rua. Há um homem mais velho que se move perto de nós

(de mim), de gabardina comprida e chapéu, que não sei quem é ou o que faz mas que

está ligado a mim e interage comigo de forma sub-reptícia (nao sei o que ou como, mas

sei que comunica comigo). Chego à farmácia, quero pedir mas quase nem consigo falar

ou lembrar me do nome do produto. Daqui não sei mais.

Numa casa mal iluminada, com várias divisões abertas, estamos (eu e mais uns quantos

que não vejo mas sinto) a fazer artesanato quase despidos, independentes uns dos

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outros. A S. permanece vestida, em silêncio, no papel de observadora, e já não sei do

homem. A maioria das divisões permanece na escuridão. Não sei o que estou a fazer,

construí algo a partir de um outro material (quase reaproveitamento de lixo!),

fica bastante bom e original, muito aquém do trabalho dos outros, e eu sinto-me

orgulhosa de mim mesma, mas nada surpresa por ser a melhor. Entretanto olho para a L.

que se encontra parada em frente ao seu trabalho, muito tranquila, de vestido e de mãos

atrás das costas, numa divisão mais bem iluminada (auto-iluminada). O seu pai

permanece por perto, muito nervoso, mas não interfere, como se uma simples palavra

sua ou até mesmo a proximidade pudesse estragar o "quadro". Observo o seu trabalho e

sinto-me invadida por uns ciúmes cruelmente dolorosos... a L. tem 7 anos e tudo o que

faz parece ser sem esforço. Não quero que se notem os meus ciúmes, pela vergonha por

sentir tal coisa e pela fragilidade que o ciúme expõe, então respiro e digo "que simples,

não sei como não pensei nisso antes".

S8- 9/03/2015

Do sonho da noite passada já quase não me lembro de nada (costumo escrevê-los

durante a manhã mas hoje não me foi possível) mas tirei algumas notas ao acordar que,

juntamente com as sensações pós-sonhos poderão ser úteis. Ou talvez não.

Terremoto.

Perseguição assassina - sempre de noite, fugia de quem me queria matar pelo meio de

casa destruídas. Acho que eu corria enquanto eles me perseguiam de mota. Sinto uma

tristeza tão profunda que nem me importo com as grossas farpas de tábuas partidas a

rasgarem-me a carne. Quase não vejo o que me rodeia por estar tão virada para dentro.

Ida para a casa dos crimes, medo - chego a esta casa, não sei se por acaso ou se era o

destino pretendido, obscura e com vários níveis e divisões abertas. Há várias pessoas,

nesta casa cometem-se assassínios e sinto-me invadida por um medo tão grande que

tudo à minha volta parece ampliado e tenho a sensação de que o meu olhar se foca de

forma extraordinária em zonas ou objectos específicos de cada vez, de tal forma que a

visão periférica parece esbatida; sinto o coração a bater forte nas costelas e a respiração

acelerada parece fazer demasiado barulho como se os meus sentidos estivessem

anormalmente aguçados. Estas sensações são-me muito familiares.

Encontro a minha irmã nesta casa e ela parece querer ajudar-me, mas não é claro.

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Piolhos.

Acordei cansada e com uma sensação muito vincada de perigo iminente e dei por mim,

várias vezes durante o dia, a parar e/ou suster a respiração para tentar reaver a sensação

de controlo sobre o que me rodeia (p. ex. saber quem está onde a fazer o quê e qual a

probabilidade de se aproximar e em quanto tempo o fará e para quê). Reconheço

também, além de um medo tão grande que me faz tremer por dentro, uma tristeza

esmagadora e dorida, como se palavra alguma lhe fizesse jus, nem lágrima vertida a

pudesse alcançar. Também reconheço culpa associada ao medo, do tipo "coisas más

acontecem às meninas más, e eu queria tanto não ser má mas...".

E é só.

S

S9- 18/03/2015

Olá.

Tenho sonhado imenso mas confesso que tenho preferido ignorar... apesar de hoje já ter

esquecido o sonho no geral, há uma cena que se repetiu várias vezes ao longo da noite

que não consigo deixar de me lembrar:

A menina está deitada de lado no escuro, numa cama desmanchada num quarto

sombrio, que lembra levemente o quarto dos pais. Está nua e, por trás e encostada a ela,

está o irmão, também nu. Vão dormir. A menina sente-se incomodada, não sabe como

foram ali parar mas sente que, de alguma forma, aquilo não parece certo. Tenta desviar-

se, deslocar o seu corpo do dele, mas ele protesta, meio adormecido, e ela força-se a

ficar quieta. Observa as suas respirações... ele não é maior do que ela, ambos têm peles

suaves e nuas mas, por algum motivo, sente-se profundamente enojada pela a carne

tenra (que estranha expressão!) do mano. Ela receia que aquela posição suscite reacções

inpróprias num irmão e afasta ligeiramente o rabinho nu da sua pélvis mas ele,

sonolento, agarra-a e puxa-a de imediato para si. Ela percebe que ele está extrema e

estranhamente relaxado, adormecido, e permanece quieta, confusa, concentrada em

ignorar o turbilhão de sentimentos e emoções e pensamentos que parecem emergir de

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uma porta interdimensional de dentro dela, porque é tudo tão maior do que ela que tem

de vir de outra dimensão, não cabe dentro dela.

O sonho continua noutro momento, noutro local com outras pessoas e eu paro e lembro-

me da cena anterior. Paro e tudo continua a desenrolar-se no sonho, nada pára, só eu

paro. Paro concentrada na lembrança.

A menina pensa, com distanciamento, que quando ele lhe toca, ela empurra para fora de

si mesma todo o nojo, tudo o que é inominável, e consegue sentir algo parecido com

prazer e concentrar-se nisso e fazer o que é suposto. Tudo continua à sua volta, o sonho

continua, e eu apanho o sonho, integro-me, participo. Novamente, a menina está deitada

de lado no escuro, numa cama desmanchada num quarto sombrio, que lembra levemente

o quarto dos pais...

S10- 30/03/ 2015

Esta noite tive dois grandes sonhos, apesar de só me lembrar do fim do primeiro:

O cenário é algo artificial, lembra os cenários de vídeos infantis, bastante luminoso e

colorido. Estamos eu, a minha mãe e o meu irmão, parados no passeio branco, à beira de

uma estrada lisa e cinzenta, com árvores verdes e frondosas do outro lado, e estamos

como que numa pequena discussão, a querer chegar a alguma decisão. O meu irmão está

mais calado, a tentar perceber como / o que a minha mãe está a querer fazer, para agir

em conformidade, e tenho a sensação que ela me está a tentar convencer a fazer algo

sem que eu perceba que é algo que eles querem e precisam muito.

De repente, não sei porquê, ela vai para o meio da estrada e olha para mim. Vejo um

veículo a aproximar-se, parece uma carrinha de gelados, toda branca, e grito para ela

sair da estrada mas ela permanece imóvel, a olhar para mim. Acho que está a dizer-me

coisas mas não percebo. O meu irmão permanece parado, nada diz, nada faz, apenas

olha. Sigo o meu instinto de salvá-la e lanço-me para ela, mas reparo que, por uma

fracção de segundo, questionei-me se deveria fazê-lo, e tomo o meu tempo a admirar a

clareza daquela hesitação tão consciente. Ouço tiros, salto para a sua frente mas não

chego a tempo... agarro-a antes que ela caia no chão e tenho outra fracção de segundo

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em que, de forma também extraordinariamente clara, coloco a hipótese de ela estar a

fingir, para me manipular, o que seria congruente com a inércia do meu irmão.

Concentro-me, seguro-a com força por debaixo dos seus braços e sinto-a a desfalecer.

Não sei se morre ou se apenas desmaia, se é real ou manipulação, mas sinto uma dor de

desgosto e ouço-me gritar agarrada a ela "Mãezinha! Mãezinha!" sem prar enquanto a

carrinha dos gelados se aproxima com os atiradores pendurados nas janelas fixados em

nós.

Acordei a meio da noite, alagada em suor, a sentir uma angústia, um peso, uma opressão

tão intensa que quase sentia o peito, a cabeça e até as entranhas a serem apertados por

dentro. Pensei em escrever o sonho todo mas preferi tentar encontrar algum alívio antes

de readormecer.

S11 - 6/04/2015

Estou em sessão num quarto vasto, muito amplo, de chão e paredes escuras, mas

iluminado pela luz que entra por uma grande janela. As únicas mobílias são uma mesa

redonda, com as respectivas cadeiras, e a minha cama de gavetão. Estamos (eu e o

Nuno) sentados em volta da mesa, os dois de costas para a janela e de frente para a

porta, quando, de repente, a paciente que ia ser atendida a seguir, entra esbaforida, puxa

a cama de baixo e deita-se; diz que vai descansar até à hora da sua sessão. O Nuno

permanece em silêncio à espera que eu continuasse a falar e eu começo a ficar cada vez

mais agitada, não percebo como é que ele aceita naturalmente aquela presença. Vou a

correr para a cozinha e o Nuno vem comigo: choro, imploro que ele mande a outra

paciente esperar lá fora, estou a hiperventilar, sinto o coração a bater forte e só quero

gritar mas o Nuno não percebe o meu desespero e permanece tranquilo, a ignorar a

minha reacção. Volto para a sala a correr e sentamo-nos novamente em silêncio. A

paciente passa para a minha cama, com os lençóis que estou a usar agora, mas virada ao

contrário, com os pés na minha almofada, o que me deixa estarrecida perante tal abuso,

e exijo que me mudem os lençóis. Volto para a cozinha e começo a arrumar a louça na

máquina à bruta; começo a atirar a louça que se parte contra a máquina e o Nuno

chama-me a atenção pelos meus maus modos. Chega uma amiga da paciente, eu e o

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Nuno discutimos e reparo que está uma criança presente (como se fosse a minha filha

mas não é), muito tranquila. Grito, grito, grito, magoo-me, digo ao Nuno (por gestos)

que me vou cortar nos braços com força e raiva, e grito que vou voltar para o que posso

confiar.

Descemos as escadas e o Nuno está preocupado com as câmaras e luzes automáticas

instaladas no andar de cima e nas escadas; depois de algumas confirmações, fica

satisfeito e desce, enquanto que eu subo para perto da criança. Entram homens das

mudanças (embora pareçam mais de obras), numa parte da casa muito escura, e reparo

que estou com roupa de dormir branca, curta e transparente; o encarregado pede lenços

de papel e eu vou buscar à minha mochila, fora do cenário do sonho (na realidade fui ao

meu quarto do presente, onde costumo deixar a minha mochila actual, como se tivesse

saído do sonho por um momento). Tiro um pacote individual de bolachas e reparo que

estou a entrar numa situação que reconheço: coisas bizarras que me fazem sentir cada

vez mais estranha, mas que não identifico, e me levam a estados horríveis e nojentos

dos quais não consigo sair. Ao identificar o bizarro (usar bolachas para assoar o nariz),

troco o pacote de bolachas por um de lenços de papel. Volto ao cenário do sonho,

entrego os lenços e o homem agradece. Fico por perto a observar o trabalho deles e o

homem agradece a minha cordialidade e simpatia; diz que costuma ser gozado ou

maltratado porque é do Porto e fala de forma diferente, mas a sua pronúncia é dos

Açores.

NOTA 1: Reconheço aqui a casa onde cresci, como se fosse a base de todo o cenário.

* Sala da sessão - quarto de hóspedes (que mais tarde passou a ser o do meu irmão)

* Cozinha - quarto do meu irmão (que mais tarde passou a ser o da minha irmã)

* Escadas - escadas que levam da zona dos quartos para a das salas, cozinha,

escritório, WC e também jardim e saída para a rua

* Zona dos homens das mudanças - espaço no corredor comum ao quarto dos meus

pais, ao meu quarto (que era meu e da minha irmã e passou a ser só meu) e ao WC; há

alguma luz que vem das janelas do quarto dos meus pais e do WC mas o meu quarto

está tão escuro que o negro parece ter densidade. Sinto (porque não se vê) destruição

na parte de dentro do quarto, na sua própria estrutura, até as vigas que sustentam as

paredes estão caídas, mas ainda não está no estado final.

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Eu e a criança saímos à rua com uma mulher (provavelmente a amiga da paciente

inicial) e, enquanto passeamos por uma rua decorada com lojas e alguma natureza, por

baixo de um céu azul tão vivo que cheira a férias, ela explica sexo entre mulheres à

criança. Eu caminho mais à frente, penso em mandá-la calar-se mas depois deixo-a

explicar e tirar as dúvidas à criança, incluindo diferenças entre sexo homo e

heterossexual. Acho que voltamos à casa mas já não me lembro.

Concomitantemente, há uma outra cena que não sei se se repete inúmeras vezes ou se

segue ao mesmo tempo que o resto do sonho: estou num autocarro (é mais uma carrinha

do estilo dos anos 70, tipo volkswagen Kombi ou lá como se chama), não sei se a

criança está presente, e há uma grande discussão entre todos pelos lugares. É de dia e,

entre os passageiros, há uma velhota com um chapéu branco enorme que me chama a

atenção (está com uma amiga ou o marido), e também um homem musculado de t-shirt

branca de mangas cavas, de costas, a levantar-se do chão. Não sei se caiu ou se estava

sentado.

NOTA 2: Há algo que não me consigo lembrar desta parte do sonho mas sinto que era

importante.

S12 - 8/04/2015

Hoje tive sonhos intensos e confusos que se desvaneceram ao acordar, mas aconteceu

algo que quero partilhar:

Durante o sonho, experienciava um sintoma antigo de forma totalmente aleatória - de

repente, e sem qualquer possibilidade de defesa, ficava impossibilitada de respirar. O

tórax movia-se mas não entrava nem saía nem um fiozinho de ar (mesmo 0% de ar!)

sem qualquer motivo aparente. Aconteceu inúmeras vezes durante o sonho, e eu

simplesmente esperava que parasse da mesma forma que tinha começado, sem qualquer

conhecimento ou intervenção da minha parte, 100% indefesa e vulnerável. Ficava

concentrada a controlar o pânico, quieta, sabendo que iria chegar o momento em que o

corpo parece ganhar vida própria e quer espernear e fugir. Esperava, esperava e, quando

o momento chegava, usava as forças que me restavam para contrariar o instinto,

ignorando a ânsia desesperada e a dor da ausência de oxigénio. Começava a deixar de

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sentir o corpo dormente e tremente, como se me largasse a mim própria... era como se

começasse a cair lentamente no escuro e, no instante imediatamente antes de

desaparecer no abismo, recomeçava a respirar normalmente, livre, como se o sintoma

nunca tivesse existido. Na última vez o coração batia muito forte e as sensações

estranhas (dormência, desrealização, desequilíbrio) perduraram mesmo depois de

recuperar o fôlego e eu pensei que ia ter um ataque de pânico, mas não. Lentamente, as

sensações começaram a diminuir e senti-me a recuperar um pouco o controlo de mim

mesma mas, no momento a seguir, voltei a não poder respirar.

Acordei literalmente a respirar de alívio mas, sem que eu conseguisse impedir, o

coração começou a bater forte e senti-me esmagada pelas sensações estranhas... também

não foi um ataque de pânico e, passados alguns momentos demasiado longos, comecei a

sentir algum alívio. Readormeci de forma tão pesada que, ao acordar, parecia que tinha

sido drogada... estava meio irritada quando comecei a escrever, porque pensei que já

tinha ultrapassado este tipo de sonhos, mas agora sinto uma estranha vontade de chorar.

Tenho tantas dores no corpo que parece que nem tomei analgésicos, uma náusea que

parece vir do útero, uma estranha sensação de que posso vir a vomitar sangue, um

cansaço surreal...

A diferença entre este e outros sonhos do passado (até há uns meses) é que, nos outros,

acordava sempre de barriga para baixo sem respirar e sem me conseguir mexer, e neste

acordei já a respirar, mas a necessidade de controlo do corpo, o deixar ir, largar-me a

mim própria, etc., eram exactamente iguais ao sonho de hoje, só que acordada. Argh...

quero mesmo que isto pare.

S13 - 21/10/2015

Este sonho é de ontem, esbateu-se muito rapidamente mas deu para registar algumas

notas ao acordar. As cores eram muito vívidas, principalmente no início, como uma

pintura de pop art.

Em pé, a olhar para a piscina onde pessoas vão depois de...? (não sei se me esqueci ao

acordar ou se no sonho também não consegui perceber).

Tornada responsável por receber as pessoas.

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Obrigação para passar por um buraco nas rochas para chegar a...? Não tão sufocante

como anteriormente.

Conhece criança, com a sua responsável, que chega com o pai. É criança e não é. O pai

é ausente / estranhamente sorridente, como sem noção.

Indisposição como quem comeu algo estranho e ou estragado

Ida embora num barco com filha. Sem lugar. Sobem para 3° andar onde lhes roubam

mais lugares mas sobra uma mesa inclinada com duas cadeiras onde se sentam.

Have fun!

S14 23-10-2015:

Trabalhar mais uns dias em call center

Cliente que mal se ouvia, muito enervado e arrrogante

Dificuldade em fazer o trabalho por motivos vários

Saída

Sandra e criança

Nao comer borboleta!

Má disposição

Mini saia que vestia há muitos anos atrás - será que ainda serve?

Posted on Oct 25

S15- 25/10/2015

Praia mais família e irmã

Desmaia no elevador (ela é eu), pensei que estava a fingir mas afinal nao consegue

levantar-se e ir para o mar, como que paralisada da cintura para baixo, embora me faça

lembrar uma sereia.

Explosão debaixo de agua, agitação com luzes pequenas e pequenos seres na água

negra.

Explosão da rocha no meio do mar com destruição massiva dentro de água

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Pensamento dela: "nao devia ter acontecido pq é importante haver uma rocha para poder

descansar apoiar e respirar"

Zona dentro de um edifício com paredes vermelhas

Há uma criança mal comportada, talvez menino

Tem uma ideia para fazer um desenho e sai mal, fica irritado e acha que o mandei

brincar para a praia enquanto eu fazia o seu trabalho em condições

Abracei-o muito

Pensei que poderia desenhar à vontade, mesmo sentindo que não teria jeito para o fazer,

porque iria o desenho iria, de alguma forma, ficar perfeito, artístico e expressivo

Desenhei uma dentadura em 3D e pedi ajuda ao menino para pôr bonecas entre os

dentes, como se tivessem sido mastigadas por aquela dentadura humana

Ele disse que achava que o tinha expulsado, abracei-o imenso e brincámos um pouco,

com cumplicidade conquistada.

Trabalhámos juntos

Má disposição acentuada que ainda sentia ao acordar.

Marquise apertada com muita gente e uma outra criança diz que sabe tocar e pede para a

ouvir

Detecto os erros, questiono-me como é que a sua professora fez uma coisa dessas e

ajudo-a

A sua mãe aparece e ela afasta-se com ela, e fica a chorar pq pensa que estou a criticá-la

Chamo-a enquanto toco e canto para ela ouvir o que vai conseguir fazer depois de

ajudá-la

Acordo às 6 e pouco meio enjoada, com dores e com a música na cabeça.

S16 30/10/15

Esta é apenas a última parte do sonho que consegui anotar assim que acordei:

Antes de tudo isto parece-me que sonhava com praia e crianças...

Algures agarro o pensamento "Quero namorar mas, quando penso em beijar um homem

desejado, sinto desejo e prazer mas levanta-se uma náusea tão profunda e intensa e

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dominante..."

Banquete com pessoas conhecidas

Uma crítica que me faz sentir que devo justificações etc

As outras pessoas fazem-me sentir que pertenço

A primeira ta a amamentar, come muito e o seu marido foi para o espaço, mas ninguém

liga muito

Vou à cozinha buscar qualquer coisa e reparo que a água que sai da torneira é muito

branca, quase leitosa

Sou bastante sorridente, enérgica, frenética, tremente... tlvz haja ansiedade ainda

irreconhecida

Levo pratos sujos para a cozinha, tenho sede mas a água da torneira é demasiado branca

para arriscar

Um dos homens bebe vodka

Vou buscar uma lata de cerveja, bebo um pouco de repente para ninguém ver (afinal

estava aberta), não sabe a nada

Arrumo no frigorifico perto do banquete e volto à cozinha

Outro homem, importante para mim e para as pessoas do banquete, está em pé em cima

de uma cadeira a tentar tirar uma lâmpada

O chão está escorregadio e a cadeira anda, ele desequilibra-se mas sobe novamente para

cima da cadeira

Pouso o copo no lava-loiças, sempre a tagarelar e rir e volto para perto dele. Prendo o pé

da cadeira com o meu pé para que ela não escorregue

Reparo que ele treme e se sente bastante inseguro, e fico muito surpreendida pois nunca

tinha reparado que ele tivesse vulnerabilidades, sempre o vi tão forte e seguro...

Peço-lhe para descer da cadeira e ele, aliviado, aceita a minha mão como ajuda e

agradece a minha intervenção.

Reparo que não preciso da cadeira e começo a tirar a lâmpada assim mesmo. Tem uma

forma estranha, com ferros velhos torcidos e a ferver

Ele também repara e comenta "Ah, a senhora não precisa da cadeira..."

Eu rio-me e peço-lhe para não me tratar por senhora

Ele continua a falar e queixa-se de algo, eu sorrio e comento algo vago e universal para

não mostrar que não percebi nada do que ele disse. Entretanto, percebo que ele é

fisicamente diferente do que pensava, como se nunca tivesse olhado bem para ele...

Tirei a pseudo lâmpada a ferver e disse que não queimava, apesar de estar ainda a

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magoar um pouco,

Ele tentar pegar nela e eu digo que está a queimar, para o proteger

Surge outro homem (tlvz o único desconhecido do sonho), este com ar duro e forte,

vestido com umas calças de macaco e com ar de trabalhador, e explica "tem de pegar

por este lado"

Continuando a falar, vai tirando a lâmpada da minha mão ao mesmo tempo que

prossegue em explicações pouco interessantes

Dou por mim a vaguear dentro de mim, e a pensar: "Será este o meu máximo?

Sentimento de pertença - ou pelo menos de que me aceitam como (quase) igual - e

alegria mas, por dentro, desconforto e náusea e muita agitação disfarçados?"

S17 - 02/11/2015

Bom dia!

Esta noite dormi particularmente mal; adormeci bem, acordei passado algum tempo e só

consegui voltar a adormecer passadas umas horas (como tem acontecido ultimamente),

mas desta vez continuei a acordar repetidamente com pesadelos até o despertador tocar,

em vez de acordar cedíssimo e não voltar a adormecer. Lembro-me do sonho que tive

quando readormeci a primeira vez:

Não me lembro de onde vinha, mas ia contente de bicicleta pela rua fora, no meio da

cidade, apesar da noite ser escura como breu. Ia de calções e t-shirt na minha bicicleta

de criança, a minha primeira. Ia a cantar a música que ouvia nos fones, contente com a

que tinha calhado pois era de adoração a Deus. Não havia ninguém na rua mas havia

luzes e pressentia-se vida algures. Pedalando e cantarolando, cheguei ao final da rua

onde havia um passeio perpendicular que limitava um mar negro que se confundia com

o céu igual, como se terminasse em parede. Apenas o branco da espuma deixava

perceber a violência muda das ondas. A música nos meus ouvidos transformou-se em

estática, o que achei curioso porque não estava a ouvir rádio, mas não dei importância.

Larguei a bicicleta aos meus pés e, de costas para o mar, olhei para o céu de braços

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abertos e sorriso rasgado, e senti algo engraçado que não reconheci - era como se, de

alguma forma, tivesse percebido que estava a sonhar, apesar de não o ter identificado

claramente. Pensei "O céu é o limite, não há limites, posso fazer o que eu quero!" e

comecei a saltar, divertida, e cada vez saltava mais alto, de olhos nas estrelas e na

galáxia, curiosa com o que iria ver mais no salto seguinte, até que de repente me lembrei

"Eu já sonhei isto!" (lembrei-me dos pesadelos recorrentes que tinha em criança em que

começava a saltar e, de repente, era sugada pelo espaço sem qualquer possibilidade de

controlo) - tentei desesperadamente parar de saltar e agarrar-me ao chão, numa luta bem

mais apessoada do que outrora mas ainda assim pouco justa.

Acordei deitada de lado a sentir-me muitíssimo mal, com a estática a soar muito alta nos

ouvidos. Pensei "Adormeci com os fones?!" e, olhando para o quarto negro iluminado

intermitentemente pelos relâmpagos de uma tempestade brutal, percebo que estou no

quarto onde cresci. A tempestade era quase contínua e ensurdecedora, como se estivesse

instalada à janela do meu quarto, à espreita, à espera... sinto-me tão mal, encolhida, de

lado, a agonizar, e penso que provavelmente estarei a perceber mal o que vejo pois há já

muitos anos que não visito aquele quarto. Quero acender a luz mas não consigo mexer-

me, e também não consigo voltar a dormir por causa da tempestade, apesar de querer

apagar-me para não sentir aquela agonia. Luto contra a sensação de paralisia e, a muito

custo, com as mãos dormentes, pesadas e insensíveis, finalmente consigo agarrar o

interruptor do candeeiro e, desajeitadamente, acendo a luz, mas o quarto permanece às

escuras. Percebo que ainda estou a sonhar e tento acordar. Abro a boca para gritar mas

sai um fiozinho rouco, tento mexer-me mas a agonia e aquela estranha dormência em

todo o corpo dificultam a tarefa. Ouço a minha mãe a tossir do lado de fora do quarto,

os meus pais estão acordados, eles vêm aí, eu quero acordar agora!

Vejo-os na minha mente, parecem serenos, de vestes brancas compridas. É possível que

sejam mais. É impossível, o meu pai está morto! A dormência e a agonia aliviam e abro

os olhos, finalmente acordada. Permaneço na mesma posição, de lado, enquanto as

sensações corporais aliviam e, quando me estico de barriga para cima, percebo que devo

ter estado encolhida em grande tensão durante todo o tempo pois as dores musculares

são mesmo muito acentuadas.

S18- 04/11/2015

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Estou numa sala com outras pessoas (irmãos) mas os sofás são os da casa dos meus

pais. O meu cão (enorme Serra da Estrela) é meigo e atencioso comigo mas há qualquer

coisa que me faz sentir estranha e incomodada e até meio nauseada.

Estou tensa e hipervigilante, com receio de quando ele voltar para a sala, mas percebo

que ele obedece quando o chamo e mando sentar no sofá ao meu lado, apesar de

continuar a sentir-me muito tensa e incomodada (lembro-me desta sensação, muito

idêntica a quando eu estava, por exemplo, a ver TV em casa dos meus pais e o meu pai

se sentava ao meu lado. Mesmo que não falasse nem me tocasse, já não conseguia

concentrar-me na TV, muito tensa e incomodada, só queria ir embora mas sentia que

não podia, tinha que aguentar e disfarçar, e ainda me sentia má e envergonhada por

sentir coisas que não compreendia e que pareciam injustas)

Vou à cozinha, está confusa e húmida dos vapores da comida no fogão, e algo que não

me lembro - apenas o enjoo a subir

Choro ao tlm com Nuno porque ele nao queria ver-me ate falar com minha mãe e

negociar pagamento, queria ser recompensado por ela pelo favor que lhe fazia comigo.

Ele já lhe tinha ligado e tinha um símbolo no tlm que queria que eu ajudasse a perceber

se seria chamada não atendida dela, e eu só queria que ele não me deixasse ali sozinha,

independentemente do resto.

Vou para quarto que é ainda mais podre e escuro e sujo e destruído

Chorava com tanta força e desespero que o Nuno disse que ia ver quanto tempo teria

livre e que, quando os seus minutos livres ao longo dos dias somassem uma boa

quantidade de tempo, iria ver-me

Chorava tanto e com tanta força que fechei a porta velha para nao me ouvirem, tapava a

boca para abafar os sons quase animalescos que saiam de mim

Talvez tivesse percebido mal, talvez ele esteja a dizer que, se acumular tempo livre,

poderá ver-me por mais tempo na próxima sessão. Talvez. O choro acalma.

Vou à cozinha falar com o rapaz (irmão?) que está a cozinhar e a falar ao tlm, e quero

olhar para ele para lhe perguntar algo por gestos. Ele responde tb por gestos enquanto

mexe a colher de pau na panela grande e velha.

O cheiro da sua comida deixa-me enjoada - pedaços de carne estranha, talvez comida de

cão... acho que eram restos de carne crua, pedaços de corpos de animais que não servem

para os humanos comerem, a serem cozidos grotescamente.

Vou ao café tentar comprar um bolo - o caminho é labiríntico para cima, não há

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caminho, só escalada por paredes de terra batida e tábuas velhas. Não há céu, parece

tudo estar dentro de uma enorme caverna. Não há o que quero é acho que escolho outra

coisa doce e tento comer naquele sítio velho, escuro e sujo. Há uma interacção com o

dono do café que não me recordo.

Apanho um táxi mas parece que não estou a sair dali

Acordo a sentir magoada, triste, sozinha e enjoada. Permanece até agora.

Posted on Nov 4, 2015

S19 –07/11/2015

Aprendo a lutar numa sala especial para mim, faz parte do meu treino para agente

(desde há muitos anos que sonho com ser agente secreta, espia, ninja, agente com

poderes, etc)

Fico fechada nessa sala quando deflagra um incêndio e não está a ser possível

destrancar a sala.

Vejo-me do lado de fora da sala, espero tranquilamente ser retirada de lá, sem pânico

Há um taxista sensível que chora com o canto da sua cliente, uma senhora negra e

gordinha com um vestido branco

Alguém (eu ou ela que me treinou), com indignação ou zanga ou tristeza ou motivo para

treinar / ser agente / lutar, relata que ouviu o seu pai fechado naquela sala a afogar-se

quando a mesma foi inundada com eles lá trancados

Retiro e conto dinheiro de 3 molhos que não diminuem, são 5 notas de cada molho que

fazem 25 (contas que só fazem sentido no sonho!)

Os molhos de notas são papéis cortados e rasgados, já utilizados (recibos, etc) mas na

minha mão serão bastante dinheiro. Eram só para mim e já era a segunda vez que lá ia

buscar

Acordo com este pensamento: "Não quero ter trabalho a escrever o guião para este

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sonho", como se a história estivesse activamente a ser escrita e construída por mim à

medida que sonhava.

S20- 17/11/2015

Um bom começo de Ana? :)

Hoje sonhei que nascia.

À minha espera estavam três pessoas (uma mulher e dois homens, penso eu) altas, de

bata branca, no que parecia ser um laboratório do século XIX, rudimentar, escuro, com

botijas enormes... esperavam por mim parados e afastados, porque já era crescida para

sair sozinha. E eu estava a nascer.

Ao mesmo tempo que me senti forte e decidida, o ambiente fazia-me sentir estranha,

principalmente ao acordar. Ainda sinto uma náusea esquisita e oprimente ao recordar o

trio e o laboratório do sonho, ao mesmo tempo que também agarro algum entusiasmo

nos meus movimentos seguros e decididos até ao nascimento. Acho que nunca tinha

visto um nascimento a partir do lado de dentro.

S21 - 28/11/2015

Possibilidade de começar num novo emprego mas é necessário comprar soutien e

camisa brancas.

Fugir de mota com ele e ela

Avisam me que pode ser perigoso

Quando "acordo" eu e ele estamos enfarruscados e despenteados, e ela está pequena

com um só olho, enorme e dilatado - lembro-me de um mocho. Há um policia, percebo

que tb estive assim mas o efeito já passou. Colaboro com o policia, percebo que ela me

faz lembrar um minion. Já vamos a sair e percebo que o policia ta a ser mt desadequado

cmg, sinto me envergonhada e desprevenida e nao quero que me confundam com ele

S22- 1/12/2015

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Hoje sonhei imenso, acordei várias vezes com o coração aos pulos, a tremer mais do

que pensei ser possível, ofegante e hipervigilante. Sei que eram sonhos com histórias

complexas mas não me lembro de nada à excepção de um grande pormenor: bati na cara

de uma criança, vária vezes, irritadíssima, e ela lá continuava tagarela, como se não lhe

doesse. Bati tanto na sua cara tão querida que finalmente ela deu sinal de dor. Acho que

ia começar a chorar.

Acordei como já descrevi e precisei de quase 30mn para me restabelecer. Tenho sentido

algum peso no peito e uma tristeza que reconheço daqui. Por vezes também comecei a

tremer, hiperviligante, ao longo do dia, sem motivo aparente.

S23- 04/12/2015

Sonhei que era confrontada com o facto que deveria entregar um trabalho mais cedo,

incompleto, para não correr o risco de não entregar a tempo. Senti-me surpreendida e

sem saber se deveria sentir-me aliviada ou preocupada, protegida ou desqualificada...

Acontecem coisas que já não me lembro e entretanto espreito por uma das divisões da

casa vazia e vejo dois homens, um pequeno e um grande, que contava coisas ao mais

pequeno, ambos com aspecto simples e algo rude. Às tantas o grande aproxima-se do

pequeno, inclina-se e abre a boca toda (como se fosse berrar ou perguntar como estava o

seu hálito) mas, surpreendentemente, saiu uma árvore em ponto pequeno.

Percebi que esse homem materializava coisas e animais e vegetações de outras

dimensões onde tinha estado e estava a contar isso ao outro. Mais tarde vejo o homem a

construir uma floresta em miniatura com essas materializações.

Depois lembro-me de um pequeno macaco, amoroso. Segui-o até outra dimensão para o

resgatar mas também por curiosidade. Não senti medo. Havia construções de bambu,

andei de cabeça para baixo, havia um quê de bosque encantado.

Acordei a sentir que não me lembrava de uma parte muito importante do sonho (e ainda

não me lembro). Senti uma tristeza mansa e surpreendi-me por não me sentir pior.

S24 – 11/12/2015

Parte de baixo da casa com aspecto abandonado, com caixas e caixotes

Pseudo namorado que entretanto tem de sair

Mãe, imã...?

Vários homens entram (pelo teto, a única forma de lá chegar) com armas - por vezes

parece espingarda, outras vezes metralhadora

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Consegui agarrar na arma de um dos homens e ficar em vantagem. Frente a frente, os

dois a agarrar na arma virada para ele, ele achou que eu não teria coragem mas eu

disparei sem hesitar

Antes de disparar percebi que não sentia problemas de consciência, tentei apontar para a

sua cabeça. Sem remorso; era ele ou nós.

Subimos. Reparo numa marca no meu peito inchada e negra do coice da arma quando

disparei

Parte de cima da casa, mais pessoas, muito confuso. Tratei de muitos assuntos meus e

de outro, pessoalmente ou no pc

Chega homem da EDP (?) com uma conta de 100€ que nao tinha sido paga

relativamente aos passes, cujo valor era de 180€. chamei-o e tratei com ele nas escadas

(casa dos meus pais). Depois da conversa ele ficou do meu lado e tudo correrá bem

Entra outro grupo, uma delas vem ter cmg por questões idênticas

Saímos. Há muita neve e frio e a casa é isolada. A paisagem é toda branca e o céu limpo

mostra um sol distante

Falo com ela em privado e resolvo

Na rua atiro-lhe c neve à cara cada vez que ela quer falar

Rimo-nos dela. As outras que estão com ela querem defendê-la mas estão limitadas

Ela ri-se e fica do nosso lado, mesmo atrapalhada e embaraçada. O chão vai se abrindo,

surgem rachas com margens desniveladas por todo o lado

Em todo o sonho vou tocando na marca dorida no meu peito, confirmando que ela está

lá.

Acordei com uma sensação estranha que não consigo definir, apesar de ainda estar

presente. Está relacionada com a marca no peito, e também com o início do sonho que

mal lembro, da parte de baixo da casa onde há um tipo de vida com um pseudo-

namorado

S25 – 28/12/2015

Sonhei que estava grávida. Tive dores de parto e tive a bebé sozinha, à frente de várias

pessoas. Pareceu-me que ela poderia ter uma deficiência (metade do cérebro ou cabeça

demasiado pequena em relação ao corpo), mas era muito sorridente. Não estava

preparada e deitei-a num berço improvisado, enquanto fui fazer coisas, arranjar coisas

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para a bebé. Quando voltei, ela pareceu-me normal, grande. Sempre sorridente, apesar

de estar ali deitada sozinha.

S26 – 19/02/2016

Estávamos a ter uma reunião com o meu orientador da faculdade (eu e mais 2 ou 3) na

casa de banho da minha casa de família, a do piso de baixo. Eu estendo o meu braço

para mostrar / entregar algo ao professor e reparo que ele está a olhar para o meu pulso.

Depreendo que ele está a olhar para a minha tatuagem mas, quando a vejo, percebo que

algo está muito errado. A minha tatuagem está apenas pela metade. Irritadíssima

percebo que o meu pulso foi cortado e a pele sobreposta, de forma a tapar metade da

tatuagem - levanto o olhar, vejo o meu ex-namorado da adolescência em pé, junto à

porta. "Foste tu!" - exclamo, perplexa e zangada. Ele, de mãos nos bolsos e encostado à

ombreira, confirma que foi ele com uma expressão curiosa (ao início parece indiferença

mas depois é mais tipo "não percebo porque é que estás surpreendida!"). Volto a olhar

para o pulso e tento voltar a pôr a pele no lugar mas, quando a puxo para trás, vejo que

há uma outra pele interna (parece um pedaço de carne) que está cosida com linha preta.

"São os pontos internos" penso eu. "Ao fim de todos estes anos ainda aqui estão, não

foram absorvidos pelo organismo". O meu pulso aberto deita pouco sangue, como que

contido pelos pontos na "outra carne". Sinto o olhar do meu professor, olho para ele e

vejo-o a observar o meu braço, inexpressivo. Olho novamente e o corte é junto à dobra

do cotovelo, igualzinho. Não sei se eram dois cortes distintos ou se o primeiro passou

para o segundo local.

(NOTA: ambas as cicatrizes existem na realidade, assim como a tatuagem no pulso.)

S27 – 19/02/2016

Estamos num satélite em órbita à volta da Terra e temos de saltar para uma piscina.

Quem não saltasse no momento certo, ficaria para sempre à deriva no espaço.

Mergulhei. Estão todos com roupa de praia menos eu, que estou só de cuecas. Temos de

ter cuidado porque constantemente caem pessoas dentro da piscina (do céu, de pontes

longínquas que nem ficam por cima, etc). "Deve ser muito chato" diz-me uma mulher,

referindo-se ao facto de eu estar constantemente a tentar esconder a minha nudez. "Nem

por isso" digo eu, corajosa, a tentar ficar suficientemente submersa. Sinto uma dor nas

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maminhas idêntica à que se sente na puberdade, quando começam a crescer, sempre que

a água lhes toca. Não deixo que a dor transpareça.

Estou lá em cima, lá dentro. Há um homem, talvez equipado com um fato espacial. Fico

sozinha numa espécie de quarto com muitas entradas em arco, sem portas... descubro

que um pano que surgiu preso à minha cintura era, afinal, a parte de cima de um biquini.

Ponho à minha frente e vejo que me serve. Animada, vou contar ao homem. Não sei se

cheguei a vesti-lo.

S28 -19/02/2016

Sonhei muito e acordei várias vezes, estes são apenas alguns fragmentos que consegui

segurar.

Numa das vezes acordei, abri os olhos e vi, na penumbra, o meu quarto de infância.

Pensei "Ah, estou a sonhar!" e abri os olhos, desta vez realmente acordada.

S29- 20/02/2016

A irmã era a namorada, mas sem contacto físico (havia algo nela, talvez uma doença

tipo virose, que não o permitia). Algures o pensamento "isto é mesmo muito errado" voa

enquanto passam na ponte do rio Jamor (perto da casa dos pais) - quando finalmente

puderam beijar-se: nojo tão intenso que ardia na boca e na garganta apenas perante a

ideia de tal proximidade, ainda por cima o lábio da irmã tinha algo pastoso e branco e

acre; quando já não pôde evitar, permitiu um beijo ao de leve, enquanto engolia o

vómito.

Loja de roupa e objectos escolares, enorme, com vários níveis! Afinal eram as minhas

coisas ali guardadas, não era loja. O pai ainda existia.

Enviei sms a uma pessoa próxima e recebo de volta algo do género "despacha-te pq a

minha namorada está com contracções de 3 em 3 minutos". "Nem me contaste que

estava grávida..." disse eu, apanhada de surpresa. "Só contei a pessoas próximas" disse

ele. "Sou próxima o suficiente para pôres a tua pila na minha boca, mas não sou

próxima para me contares que estão grávidos?"

S30- 24/02/2016

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Sexo com amigo - será que era o irmão? (acho que a hipótese me ocorre ainda no sonho

ou ao acordar, faço a ligação entre o enjoo sentido e a hipótese). Orgasmos que não

param mesmo quando estamos separados e a descansar. Reparo que ele não "terminou";

ele age com naturalidade e desprendimento, como quem esteve a satisfazer uma

necessidade exclusivamente minha. Comenta que nem se mexeu, foi tudo eu.

Noutro quarto, Sandra tem sexo com um amigo do noivo. Interrompo, pergunto se tem a

certeza que quer fazer isso ao seu noivo, ela justifica com "medo de proximidade" ou

coisa parecida. Mudam de quarto. Volto ao meu quarto onde ele permanece nu e

tranquilo, a ler qualquer coisa. Desligado.

A casa é antiga, paredes de madeira, escura, com vários quartos pequenos e corredores

estreitos, apesar do tecto alto. Os lençóis são sempre brancos.

...

Nao sei se ainda é o mesmo sonho mas lembro-me de uma casa enorme, escura,

antiquíssima, cheia de passagens secretas que explorava com algumas pessoas (talvez

um grupo de amigas). Mais orgasmos, desta vez sozinha, apesar de não haver

privacidade.

S31 25/02/2016

Olá Miguel,

nos últimos meses tenho sonhado que acordo, por vezes várias vezes dentro do mesmo

sonho - sonho que acordo e, quando me apercebo que ainda estou a dormir, acordo mas

ainda estou a sonhar, até que acordo novamente, etc. Como se repetiu muito (e já tinha

passado por isto na adolescência, daí ser mais fácil), comecei a reconhecer sinais dentro

do sonho que me permitiam saber que estava a sonhar e, assim, tentar acordar.

Primeiramente, além de estar no quarto da minha infância, era o facto de acender a luz

mas a luz nunca funcionava (tal como na adolescência); depois, e como os sonhos têm

uma estranha tendência de reagir (como que se possuísse consciência própria e lutasse

de volta), comecei a sonhar que acordava no meu quarto actual, mas também não

conseguia acender a luz (o mesmo sinal de quando sonhava na adolescência). Agora,

quando sonho que acordo, estou no meu quarto actual e a luz do sol espreita pela janela,

pelo que já não preciso de acender a luz, e estou no meu quarto actual, o que dificulta

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perceber que estou a sonhar. Ainda assim, há sempre algo que "trai" a máscara do sonho

e que eu consigo reconhecer que ainda não acordei - um urso de peluche que não existe,

prateleiras com livros onde só existe uma parede, etc.

S32 26/02/2016

Ora essa!

Apontamentos de sonhos de hoje:

Sonho 1 - Pessoa que conheço pouco mas respeito muito. Vamos a algum lado / evento

juntos. Sinto-me entusiasmada pelo programa e principalmente pela companhia.

Sonho 2 - piolhos na menina (há zonas tipo clareiras, quase sem cabelo, mt sujas) e em

mim. Confusão. Nojo. Sensação de "pensei que já tínhamos ultrapassado isto, então

quando será o fim?"

S33 09/06/2016

Olá!

Muito rapidamente, estou a achar muito curioso esta forma de olhar para os conteúdos

oníricos - talvez até me ajude a lidar de forma mais eficaz com alguns difíceis.

Aqui ficam umas notas que consegui segurar antes do sonho se dissipar, espero que

sirvam para algo.

Praia

Pedro

Ir buscar cafés para eles

Nao há pq temos que comprar noutro mas dão "brindes

Vamos novamente e encontramos o andré

As vezes já é de noite e outras vezes ainda é de dia

O caminho leva nos para cima e temos de voltar para trás pq nao da para aceder à praia

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Há mais pessoas, nao sei da Daniela

Procuro a chorar e ninguem ajuda

Encontro e choro

Voltamos à praia e ela responde baixinho e eu bato lhe pq estou desesperada para saber

onde ela andou

Catarina e Pedro dormem

Conto que não pude trazer café mas trouxe outras Coisas

Ela conta que ele alugou dois quartos com chuveiro (o que seria surreal visto que na

realidade estão separados e ele continua com comportamentos abusadores)

Ele acorda e só fala com Ela

NOTA: lembro-me distintamente que "Pedro e Catarina" (amigos que foram casal

durante anos mas que estão separados agora - na realidade só ela é que é amiga, não

tenho qualquer relação com ele) representavam, no sonho, os meus pais.

S34 – 12/06/2016

Novo sonho (é o que consigo por agora)

Criança muitíssimo doente, tinha que fazer tratamentos mt dolorosos

Estava numa casa mal iluminada de Madeira apertada e meio destruída - mãe e irmã

presentes

Destroçada e a soluçar, preparava me para ir ter com o menino para que ele suportasse o

tratamento (há sempre uma sensação de repetição dentro do sonho, como se já tivesse

feito isso varias vezes). Há mais pessoas além delas (homens de fato?)

O menino é chinês o casebre é mais amplo mas mais pobre e eu pego-o ao colo e ajudo-

o. Os pais dele aguardam de mãos dadas, mt tristes

Elevador que anda para a frente e atravessa casas

Numa delas presencio um assassinato

Page 46: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

Noutra já nao me lembro

Volto para trás a correr e percebo que o assassinato ainda nao tinha ocorrido, que era

uma oportunidade de o impedir

Salvei a mulher e o assassino foi baleado e morto por outro homem antes de atirar em

mim

Ilesa, percebo que o pseudo elevador me mostrava coisas terríveis que iam acontecer

antes de acontecerem para que eu as pudesse impedir

Volto para a criança.

Ainda sinto a tristeza com que acordei por causa daquele menino

Page 47: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

ANEXO 3

Consentimento Informado

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Consentimento informado para o paciente

“Sonhos ao serviço da integração na dissociação estrutural de personalidade: Análise

de relatos de sonho num estudo de caso longitudinal.”

Investigador: Miguel Ângelo Duarte Eloy Rodrigues ([email protected])

Orientadores da Investigação: Professor Doutor Nuno Conceição e Professora Doutora

Helena Afonso

Faculdade de Psicologia - Universidade de Lisboa

Na sequência da tese de Mestrado Integrado em Psicologia Clínica e da Saúde – Núcleo

de Psicoterapia Cognitivo-Comportamental e Integrativa, na Faculdade de Psicologia da

Universidade de Lisboa.

O presente estudo tem como objetivo, observar e analisar os relatos sonhos de um sujeito

diagnosticado com Distúrbio Dissociativo de Identidade, em processo de integração, e os

efeitos que os sonhos lúcidos propõem nesse processo. Para isso, proceder-se-á à recolha

de relatos de sonhos semanais em três momentos durante um período de

aproximadamente quatro meses.

Nesse sentido, peço a sua colaboração, em fornecer relatos de sonho de uma forma

rotineira semanal, e no preenchimento de possíveis escalas e questionários que serão

fornecidos ao longo do período da sua recolha.

Toda a recolha de dados e fornecimento de escalas e questionários será efectuada através

da plataforma digital Basecamp, em que só o investigador e o orientador terão acesso, e

onde participará sob um pseudónimo garantindo assim total anonimato e

confidencialidade. A sua participação é totalmente voluntária podendo desistir a qualquer

momento, na eventualidade de querer saber o resultado do estudo poderá contactar o

Investigador através do email fornecido.

Os dados recolhidos serão para uso exclusivo académico na execução desta tese, sendo

que no caso de serem utilizados para possíveis publicações cientificas cumprir-se-á as

Page 49: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

normas de confidencialidade e de protecção de identidade estabelecidas pelo Código

Ético e Deontológico da Comissão Ética da Universidade de Lisboa.

Qualquer questão relativa ao estudo poderá ser esclarecida contactando pelos e-mails

fornecidos ou através da plataforma digital.

Assinatura do/a participante Data

_________________________

Muito obrigado pela sua colaboração

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ANEXO 3.1

Instruções dadas à Emília

Page 51: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

INTRUÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

Objectivo do estudo:

Este estudo tem como objectivo estudar os sonhos de um indivduo com Perturbação de

Identidade Dissociativa e analisar o conteúdo perante a bibliografia decorrente sobre

sonhos e dissociação.

Procedimento para participação:

A sua participação consistirá em partilhar os seus sonhos em registos semanais

através da plataforma virtual Basecamp.

Através de instruções precisas ser-lhe-á e pedido que escreva os seus sonhos em

género de diário e faça a partilha o mais exata possível com a sua memória

A sua conta será criada automaticamente sendo apenas lhe pedido que crie um

email que será acoplado ao BAsecamp para o efeito exclusivo de participação

neste estudo.

À sua conta será removido qualquer informação que a identifique e dado o

pseudónimo de” Emília”

Riscos e Beneficios:

Não existem riscos de participação neste estudo. No entanto, a sua participação é

voluntária e autonoma, apesar de se encorajar os múltiplos contributos ficará à sua

descrição a frequência de participação semanal e grau de partilha pessoal. Todos os dados

recolhidos serão anónimos e confidenciais destinando-se apenas a tratamento pelo

investigador

Resultados do estudo:

Os resultados do estudo propõ-se omo primeira fonte de informação para esta dissertação

e poderão ser potencialmente utulizados para conferencias ou publicações de relevância.

Nunca será partilhada qualquer informação pessoal.

Término do Estudo:

Page 52: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

Este estudo irá decorrer ao longo de um ano letivo.

Obrigado pela sua partilha! Qualquer dúvida poderá partilhar através do baecamp ou

email [email protected]

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ANEXO 3.2.

Guião de Elicitação de Sonhos

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Guia para Elicitação de Sonhos

Quando respondendo a estas questões por favor tente indicar o dia

e hora em que aconteceram, quais eram as personagens envolvidas

( Idades e qual a relação que têm consigo se existir), o espaço, cores,

emoções sentidas e objectos que considere relevante. O contexto

principal do sonho e o seu papel nele.

Por favor descreva o seu sonho mais recente esta semana,

seja um que teve esta noite, ou a algumas noites antes.

Se o sonho permanecer na sua memória de uma forma

intermitente ou recorrente por favor responda à seguinte

pergunta:

Consegue descrever o sonho mais memorável que teve esta

semana? Se sim, qual era? Porque ainda se lembra deste

sonho?

Page 55: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

ANEXO 3.3

Guião de Auxílio ao Registo de sonhos

Page 56: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

GUIA DE AUXÍLIO AO REGISTO DE SONHOS

Este estudo é feito inteiramente da sua partilha de sonhos, para tal, poderá seguir as dicas

aqui deixadas para a ajudar a recordar ou manter um bom registo dos sonhos que teve.

Lembre-se que qualquer dúvida poderá ser partilhada através do Basecamp, ou no email

deixado em baixo.

1- Manter um caderno consigo, para poder fazer anotações rápidas relativas ao sonho.

Se quiser poderá usar o telemóvel ou outro dispositivo.

2- Quando acordar de um sonho mantenha a mesma posição e faça uma recapitulação

geral do que acabou de sonhar na sua mente.

3- Se puder, repita para si antes de dormir que deseja se lembrar dos sonhos.

4 - Escrever a hora do sonho e a emoção, imagem, ou principal objecto associado ao

sonho

5- Escrever o sonho mal se lembre

Alguns sonhos só surgem na memória ao longo do dia, é importante registar no

momento em que se lembra

6- Escreva o sonho como um pequeno relato, como se tivesse a contar a história a

alguém na primeira pessoa, torne a vivência o mais pessoal possível.

7- Se não fôr possível escrever o sonho de imediato, anote pequenas observações que

ajudem a recordar

( ex: “ Sonhei com um cavalo branco”)

Espero que ajude!

Page 57: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

Obrigado pela sua ajuda!

Email: [email protected]

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ANEXO 3.4

Guião de Elicitação de Sonhos Lúcidos

Page 59: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

GUIA DE ELICITAÇÃO DE SONHOS LÚCIDOS

Os sonhos lúcidos são definidos como sonhos que uma pessoa sabe que está a sonhar. Ou seja,

por alguma característica incongruente, alguma sensação, algum aspecto familiar de sonhos

passados, ou um outro aspecto pessoal, o/a sonhador/a fica consciente de que está neste momento

a dormir e todo o ambiente à sua volta é um sonho formado pelo/a próprio/a, ás vezes conseguindo

até adquirir algum controlo. Por exemplo, alterando o ambiente do sonho ou a forma como a

acção decorria, manipulando elementos dos sonhos como pessoas ou objectos, adquirir

características impossíveis no mundo real como voar ou mudar de forma, etc.

Este estudo tem como objectivo entender melhor os sonhos lúcidos, como se manifestam, e como

são experienciados individualmente. Para isso, contamos com a sua participação ao partilhar

quando esta experiência lhe ocorra. Poderá seguir algumas destas directivas para elicitar sonhos

lúcidos ou torná-los mais frequentes. Contamos consigo!

Durante o dia-adia:

1. Reflicta consigo mesmo como é estar acordado/a (O que sente? O Que vê? Como é ser

“EU” neste momento?)

2. Se se lembrar de algum sonho, tente comparar como é a experiência de estar consciente

agora, em relação à consciência que tinha durante o sonho (Como era ser “eu” enquanto

estava no sonho e agora? O que consegue fazer agora que não conseguiu no sonho).

3. Foque-se nas emoções e sensações que tem agora e compare com as que tem da sua

memória do sonho.

Antes de se deitar:

1. Mantenha um pequeno caderno ao seu lado com caneta para efectuar o registo.

2. Execute um pequeno exercício de meditação e foque-se nas sensações e emoções que tem

agora antes de se deitar.

3. Repita para si mesmo/a que deseja ficar consciente durante o sonho.

4. Pense em sonhos que teve e aspectos que gostava de ter mudado, pense como faria mudar

esses aspectos.

5. Pense em aspectos que poderão servir como pistas para o/a ajudar a discernir um sonho

da realidade ( exemplo: Luzes que não acendem é sinal de que estou a ter um sonho!).

Conselhos para caso esteja a ter um sonho lúcido:

1. A excitabilidade é normal, tente manter-se calmo/a e foque-se na experiência.

2. Procure os elementos que o/a fizeram perceber que estava a ter um sonho lúcido.

Ao acordar:

1. Tire pequenas notas se não conseguir fazer o registo todo.

2. Identifique o que a levou o/a ficar consciente durante o sonho.

3. Se existir, indique os elementos mais importantes do sonho.

Obrigado pela sua Partilha!

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ANEXO 4

Instruções de Análise dos Sonhos

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INSTRUÇÕES

Esta tese tem como objectivo analisar o conteúdo dos sonhos de uma paciente com

Distúrbio de Identidade Dissociativa e entender se existem elementos que se

destaquem relativos ao trauma associado ao DID, ou se existem elementos

facilitadores de integração das identidades através dos sonhos. Para isso, recorreu-

se a uma abordagem multi-teórica e multi procedimental para analisar os sonhos

da paciente.

Como Inter-avaliador/a o seu papel é ler os relatos de sonho com atenção às

categorias da tabela e preencher como pensar que melhor se adequa. É pedido o

cuidado com o pormenor e que não se sujeite a interpretação, somente à análise da

presença dos elementos e da descrição da sua manifestação.

QUADRO AMEAÇA:

Revonsuo (2000) propôs uma teoria evolutiva, que poderá ter utilidade psicoterapêutica,

a threat simulation theory (TST). Nesta teoria, quando um sujeito passa por uma situação

que ponha em causa a sua integridade física e psicológica, é activado um sistema de

simulação de ameaça que se manifesta durante o sono sobre a forma de sonhos. É durante

os sonhos que a ameaça é apresentada numa simulação vívida e realista cujo objectivo é

fornecer um ambiente onde o sujeito possa treinar a sua resposta para uma situação

semelhante e integrar o evento traumático passado.

- Instruções:

1. Identificar a possível ameaça no sonho

2. Identificar se a ameaça é directa (elemento que pôe em causa a integridade do sonhador

ou de outro elemento no sonho é evidente) ou indirecta ( Atmosfera, elemento não é claro

mas está presente de alguma forma)

Exemplo:

“ Havia um homem a perseguir-me de mota e eu fugia por ruas apertadas”- Ameaça

directa com um homem a representar a ameaça

“ Estava na minha casa de infância mas algo não estava bem estavam todos muito calados

e assustados”- Ameaça indirecta sem elemento claro que ponha em causa a integridade

do sonhador ou de outro elemento”

Page 62: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

QUADRO TEMA\S CENTRAL\AIS NO SONHO:

Uma imagem contextual de um sonho, é uma imagem ou tema do sonho que parece

contextualizar a emoção do sonhador. Está fortemente presente em experiências de

trauma.

Exemplo:

“ Fui assoberbado por uma onda gigante”

Aqui está presente um sentimento de vulnerabilidade ou terror e a imagem principal é a

onda gigante.

.-Instruções

1. Identificar uma grande imagem ou tema central do sonho

2. Resumir ou citar brevemente a imagem

QUADRO EMOÇÃO\ÕES DOMINANTE\S NO SONHO

A emoção que o sonho transmite ajuda a imagética do sonho a tornar-se realidade,

ajudando a imagética do sonho a tornar-se realidade.

- Instruções:

1. Identificar emoções presentes do sonho segundo a lista seguinte:

1. fear, terror 10. disgust, repulsion

2. helplessness, vulnerability, being

trapped, being immobilized

11. power, mastery supremacy

3. anxiety, vigilance 12. awe, wonder, mystery

4. guilt 13. happiness, joy, excitement

5. grief, loss, sadness, abandonment,

disappointment

14. hope

6. despair, hopelessness (giving up 15. peace, restfulness

7. anger, frustration 16. longing

8. disturbing--cognitive dissonance,

disorientation, weirdness

17. relief, safety

Page 63: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

9. shame, inadequacy 18. love (relationship)

QUADRO MARCADORES DE TRANSFORMAÇÃO

- Instruções:

1. Identificar elementos que sugiram mudança interna ou externa na paciente

2. Relatar aspectos do sonho que mostram progressão positiva ou negativa no sonho

3. Demonstrar aspectos que mostram crescimento pessoal do sonhador

QUADRO SONHOS LÚCIDOS:

Os sonhos lúcidos são um estado de consciência durante os sonhos. O sonhador ganha

capacidades de direcionamento da atenção, e de actos de livre volição e controlo dos

sonhos ( Van Eden, 1913)

São essencialmente sonhos em que o sonhador sabe que está a sonhar (Blackgrove , Bell

& Wilkinson,, 2010).

Os sonhos lúcidos ocorrem naturalmente no decurso de maturação do cérebro e são

suscetíveis à autossugestão e treino. (Voss, Frenzel, Koppehele-Gossel, & Hobson, 2012).

Instruções:

1. Identificar a presença de sonhos lúcidos

2. Citar ou resumir a passagem que indique o sonho lúcido

Ao aceitar participar neste estudo, comprometo-me a não fazer uso dos dados fornecidos

para outros propósitos senão os propostos nestas instruções. Comprometo-me também a

garantir a total confidencialidade sobre quaisquer dados da participante desta tese de

mestrado, ou outro tipo de informação de caráctr pessoal que possa obter.

Page 64: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

__________________________________

___/___/_______

Caso tenha dúvidas, pode telefonar ou mandar e-mail para os contactos abaixo,

Obrigado pela sua colaboração,

Miguel Rodrigues,

Telefone: 915051054

E-mail: [email protected]

Page 65: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

ANEXO 5

Instrumento de Medida de Integração (Integration

Measure)

Page 66: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

INTEGRATION MEASURE

IM (Barlow & Chu) Participant

#_____________________

The part or identity that generally occupies the body and manages day-to-day events

should fill out this questionnaire. Check off the best answer to each question. If you

are unsure of an answer or don’t know, just take your best guess. You can also write

on the back of this questionnaire. Thank you.

1. Are you aware of there being other parts/identities within yourself?

______ No, I'm not aware of other parts

______ I sometimes believe that there are other parts

______ I often believe that there are other parts

______ I know there are other parts most of the time

______ I always know there are other parts

Approximately how many parts do you think there are? _____________________

2. Do you think there might be any parts that you don't know about?

______ I don't know

______ No, I know about most or all the parts

______ There might be, but I don't like to think about it

______ I think so, but I’m not sure

______ Yes, I know there are

3. Do the other parts/identities communicate with you?

______ No they don't

______ They occasionally communicate with me

______ They sometimes communicate with me

______ They often communicate with me

How do the parts communicate with you (voices, thoughts, other ways)?

Is there more than one part helping to fill out this questionnaire?

4. How do you feel about other parts/identities communicating with you?

______ I don't want to know about them

______ I usually don't want communication

______ I sometimes feel I might want communication

______ I'm often open to communication

______ I'm comfortable with most or all of their communication

In what way do you perceive other identities/parts, for example, do you hear their

voices, visualize them, or some other ways?

*for items 5-9, scoring information is next to each response

5. Are you able to communicate with other parts/identities in general?

___0___ I don't communicate with any of them

___1___ I occasionally communicate with only a few of them

___2___ I sometimes communicate with some of them

___3___ I often communicate with many of them

___4___ I communicate easily with all of them

Approximately how many parts are you able to communicate at least a little with?

_____

(not analyzed at this time)

Approximately how many parts are you able to communicate very well with? _____

(not analyzed at this time)

In what ways do you communicate with other parts (talking out loud, talking inside,

Page 67: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

thinking, other ways)?

(not analyzed at this time)

6. Do you share co-consciousness with other parts, that is, are you aware of what

they are thinking and/or doing?

___0___ Never, or with none of the parts

___1___ Rarely, or with only a few parts

___2___ Sometimes, or with some parts

___3___ Often, or with many parts

___4___ Always, or with all of the parts

7. When other parts are out (in the body), are you aware of what happens, for

example, watching or listening or both being out at once?

___0___ Never, or with none of the parts

___1___ Rarely, or with only a few parts

___2___ Sometimes, or with some parts

___3___ Often, or with many parts

___4___ Always, or with all of the parts

8. Is there cooperation between you and other parts/identities, for example about the

times/places when other parts come out?

___0___ None, or with none of the parts

___1___ A little, or with only a few parts

___2___ Some, or with some parts

___3___ Quite a bit, or with many parts

___4___ A great deal, or with all of the parts

9. How would you describe how you feel about the other parts/identities?

___0___ I don't want to know anything about them

___1___ I understand a little about a few of them, but can't deal with most of them

___2___ I understand some of them, but have a hard time with others

___3___ I understand many of them, and am trying to learn about others

___4___ I understand and value them

10. Approximately how long have you been working on developing communication

and cooperation between your parts?

11. Overall, how often do you feel you communicate and work together with your

identities/parts?

(Please make a mark somewhere along this line)

|________________________________________________________________|

0% 100%

Page 68: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

ANEXO 6

Tabela de Análise dos Sonhos

Page 69: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

A__ _____/___/_____ A__ ___/___/_____ A_ ___/___/_____ A__ ___/___/_____

AMEAÇA

( Identifique a ameaça se estiver

presente e a sua natureza)

D = Directa

I = Indirecta

D D D D

I I I I

TEMA\S

CENTRAL\AIS NO

SONHO

(Quantos temas Identifica; Cite

ou resuma o tema identificado)

Page 70: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

EMOÇÃO\ÕES

DOMINANTE\S NO

SONHO

(Verificar lista auxiliar)

MARCADORES DE

TRANSFORMAÇÃO

(Elementos de distinção que

refletem o passado que modelam

o futuro e refletem crescimento)

SONHOS LÚCIDOS

(Identifique a sua presença;

Explicite a passagem que o

identifica)

S

I

M

S

I

M

S

I

M

S

I

M

N

Ã

O

N

Ã

O

N

Ã

O

N

Ã

O

Page 71: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

ANEXO 7

Figuras de Apoio à Revisão Literatura

Page 72: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

Figura A.

Estados Comportamentais e actividade cerebral no ser humano durante o Sono ( Hobson,

2002)

Page 73: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

Figura B.

Multidimensionalidade dos eventos traumáticos (Caldwell & Redeker, 2005)

Figura B. Multidimensionalidade dos eventos traumáticos (Caldwell & Redeker, 2005).

Page 74: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

ANEXO 8

Tabela E – Emoções nos Sonhos

Page 75: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

Tabela E. Emoções nos sonhos.

Exposição da Análise das Emoções nos sonhos da Emília pelo Avaliador e Inter-Avaliadores adaptada da tabela do Modelo de Imagens Contextuais

(Hartmann, 1991). Os avaliadores estão codificados por: Avaliador Principal ( AP), Interavaliador 1 ( A1), Intervaliador 2 (A2)

RELATOS DE SONHOS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1

0

1

1

1

2

1

3

1

4

1

5

1

6

1

7

1

8

1

9

2

0

2

1

2

2

2

3

2

4

2

5

2

6

2

7

2

8

2

9

3

0

3

1

3

2

3

3

3

4

EMOÇÕES AVALIAD

ORES

1.Medo, Terror A1 X X X X X X X

A2 X X X X X

A3 X X X X X

2.Desamparo,

Vulnerabilidade,

sentir-se preso/a,

Imobilização

A1 X X X X X X X

A2 X X X X X X X X

A3 X X X X

3.Ansiedade,

Vigiliância

A1 X X X X X X X

A2 X

A3

4.Culpa A1 X X X X

A2

A3

5.Luto, perda,

tristeza,

abandono,

desilusão

A1 X X X X X

A2 X X X

A3 X X

Page 76: ANEXOS ANEXO 1 Pedido de Colaboração para Recrutamento …ANEXOS ANEXO 1 – Pedido de Colaboração para Recrutamento da Participante ANEXO 2 – Caderno de Relato de Sonhos ANEXO

6.Desespero,

Perder a

esperança/desistir

A1 X X

A2 X X X X

A3 X X

7.Raiva,

frustração

A1 X X X X X

A2 X X X X X X X

A3 X X X X X

8.Perturbação,

Dissonância

cognitiva,

desorientação,

estranheza

A1 X X X X X X X X

A2 X X X X X X X X X X X X

A3 X X X X X X X

9.Vergonha,

Inaptidão

A1 X X X

A2 X X X X

A3 X X X X X X X X X X X

10. Nojo, repulsa A1 X X X X X X X X

A2 X X X X X X X X X X X

A3 X X X X X X X X X X X

11.Poder,

Mestria,

superioridade

A1 X X X X X X

A2 X X

A3 X X X X

12.Espanto,

maravilha,

mistério

A1 X X

A2 X X

A3

13.Felicidade,

contentamento,

Excitação

A1 X X

A2 X X X X

A3 X X X X X X X

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14. Esperança A1 X

A2

A3

15.Paz,

repousante

A1 X

A2 X X

A3

16.Desejo de

Pertença

A1 X

A2 X

A3

17.Alivio,

Segurança

A1

A2

A3

18.Amor

(Relação)

A1 X X

A2

A3 X

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ANEXO 9

Figuras com Ligações entre Categorias da Análise das

Imagens Contextuais

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ANEXO 9.1

Figura com todas as Ligações entre Categorias e

Subcategoria

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Figura C.

Imagem completa de todas as ligações entre Categorias e Subcategorias das Imagens Contextuais

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ANEXO 9.2

Figuras Simplificas de Ligações entre Categorias e

Subcategorias

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1

Figura 1.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de escuridão

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Figura 2.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de Sujidade.

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Figura 3.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de Criança.

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Figura 4.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de Envolvimento Romântico e Sexual.

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Figura 5.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de Cenário.

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Figura 6.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens Somáticas.

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Figura 7.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de Dimensão.

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Figura 8.

Imagem Simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de Violência.

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Figura 9.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de Abuso.

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Figura 10.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de Inferiorização.

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Figura 11.

Imagem simplificada das ligações directas e indirectas segundo a perspectiva do tema Imagens de Agentes nos Sonhos.

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Figura 12.

Imagem simplificada das ligações diretas e indiretas segundo a perspetiva do tema Imagens de Família.

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Figura 13.

Imagem simplificada das ligações diretas e indiretas segundo a perspetiva do tema Imagens de Transformação.