fim de semana artesp - edição 57
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EDIÇÃO 57 – 03 DE JUNHO DE 2016
ASSESSORIA DE IMPRENSA
RAMAL 2105
24.05.2016
Sancionada lei que obriga farol baixo na estrada durante o
dia
O presidente em exercício Michel Temer sancionou
a lei que torna obrigatório rodar em estradas com
o farol baixo aceso durante o dia. A mudança no
Código Brasileiro de Trânsito (CTB) foi publicada
no Diário Oficial da União desta terça-feira (24) e,
segundo o Ministério das Cidades, começa a valer
em 45 dias, em 8 de julho, que é o prazo para os
cidadãos se adaptarem às novas regras.
Temer vetou o artigo que dizia que a medida
entrava em vigor na data da publicação por considerar que "sempre que a norma
possua grande repercussão, deverá ter sua vigência iniciada em prazo que
permita sua divulgação e conhecimento". O veto será submetido ao Congresso.
Até então, o uso de farol só era exigido para todos os veículos durante a noite e
em túneis, independentemente do horário do dia. Para as motos, o uso das luzes
já era obrigatório durante o dia e a noite.
De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a medida será
válida para qualquer tipo de rodovia, incluindo as que passam por trechos
urbanos e também em túneis com iluminação pública.
Multa e 4 pontos na CNH
O descumprimento será considerado infração média, com multa de R$ 85,13 e 4
pontos na carteira de habilitação. O valor subirá em novembro deste ano, assim
como o de outras multas.
Valor das multas subirá
Antes de ser afastada para o julgamento do impeachment, Dilma Rousseff
sancionou, em abril, medidas que endurecem as punições para infrações de
trânsito. O valor das multas subirá entre 52% e 66% em novembro deste ano.
Além disso, a punição para o motorista que for flagrado falando ou "manuseando"
o telefone passará de média para gravíssima.
Veja os novos valores:
Infração leve
- De R$ 53,20 para R$ 88,38 (aumento de 66%)
Infração média
- De R$ 85,13 para R$ 130,16 (aumento de 52%)
Infração grave
- De R$ 127,69 para R$ 195,23 (aumento de 52%)
Infração gravíssima
- De R$ 191,54 para R$ 293,47 (aumento de 53%)
24.05.2016
Em meio a tumulto, federalização de trechos rodoviários é
aprovada na Câmara
MP que reincorpora trechos federais à União foi aprovada na madrugada desta
terça, 24
Em sessão tumultuada, e que ficou obstruída mais de quatro horas por protestos
de deputados que fazem oposição ao presidente interino Michel Temer, o Plenário
da Câmara Federal aprovou, na madrugada desta terça-feira, 24, a Medida
Provisória 708/15, que autoriza a União a reincorporar trechos de rodovias
transferidos aos estados e ao distrito federal. Matéria ainda precisa passar pelo
Senado.
Entre as novidades no projeto de lei de conversão aprovado está a inclusão de
uma lista com os trechos que serão retomados. Dos 14,5 mil quilômetros
transferidos há 14 anos para 15 estados, pouco mais de 10 mil km serão
devolvidos para a União, sendo a maior parte em Minas Gerais – 2,8 mil km;
seguida dos 1,8 mil km no Rio Grande do Sul; e 1,3 mil km na Bahia.
Os trechos deverão atender aos critérios definidos na Lei 12.379/11. Entre eles
estão: promover a integração regional, interestadual e internacional; ligar capitais
de estados entre si ou ao Distrito Federal; atender a fluxos de transporte de
grande relevância econômica; e promover ligações indispensáveis à segurança
nacional.
Por meio de um termo que será assinado entre os envolvidos, a reincorporação
será irreversível e todas as despesas realizadas pelos estados nas rodovias
federais devolvidas à União serão de sua responsabilidade. Estados e DF terão
ainda de renunciar a qualquer ação judicial contra a União que reivindique
ressarcimento ou indenização por despesas anteriores.
Três destaques foram aprovados no PLC, que retiram trechos da BR-010 em
Tocantins do anexo de rodovias a serem incorporados. Objetivo é permitir que a
capital do estado, Palmas, tenha acesso a uma rodovia federal por meio da
federalização de outros trechos não previstos originalmente no texto aprovado na
comissão.
Obras e privatização
A reincorporação de determinados trechos se justifica devido ao programa de
concessões de rodovias federais e ao fato de existirem obras nessas rodovias que
terão contratações de empreendimentos até 31 de dezembro de 2018.
Outro motivo listado pelo Ministério dos Transportes para a edição da MP é o fato
de terem sido transferidas rodovias ou trechos delas em área de fronteira,
contrariando a Lei 6.634/79. O texto prevê que a faixa paralela de 150 km nas
fronteiras é de segurança nacional. Enquadram-se nesta situação trechos nos
estados de Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Amazonas, que
deveriam estar sob o domínio federal.
Sessão tumultuada
A sessão teve obstrução do PT e do Psol, o que atrasou em 4 horas o início da
votação da MP. Deputados marcaram oposição ao governo interino e divulgaram
diálogos entre o ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, exonerado nesta
terça, e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que um suposto
acordo para conter a Operação Lava Jato teria sido discutido.
“O Brasil ficou estarrecido com as conversas que revelam um esquema criminoso
por trás dos votos do impeachment. Por isso, fica difícil tratar de outros temas”,
disse o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
O líder do Psol, deputado Ivan Valente, também agiu em defesa da obstrução. “O
Psol não quer que se votem as questões aqui antes que se discuta o que ocorreu
hoje. Parece que aqui tem uma paz dos cemitérios. O grande ministro forte já se
afastou do governo pelas gravações mostrando que ele obstruía a Operação Lava
Jato, já que era denunciado por corrupção. O Psol quer fazer oposição a isso”,
disse.
A atitude foi criticada pelo líder do governo, André Moura (PSC-SE).
“Estranhamente agora, o PT, de forma incoerente, obstrui uma medida provisória
que nasceu no governo Dilma”, criticou.
O clima esquentou quando o deputado Giacobo (PR-PR), que presidia a sessão,
cortou o microfone de Edmilson Rodrigues (Psol-PA) porque ele não soube
responder se discutia a favor ou contra a MP e usava o tempo para marcar
oposição ao governo Temer.
Houve gritaria e Edmilson pulou da tribuna até a Mesa Diretora para reivindicar
seu tempo de fala.
01.06.2016
PIB em queda: setor de transporte e logística registra
retração no 1º trimestre
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro caiu
5,4% no período de janeiro a março de 2016 em
relação aos primeiros três meses de 2015,
divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), nesta quarta-feira (1º).
Esse é o oitavo resultado negativo nessa base de
comparação. Já em relação ao trimestre
imediatamente anterior (outubro, novembro e
dezembro de 2015), a diminuição foi de 0,3%.
Entre os fatores que contribuíram para o desempenho está a queda nos serviços
de transporte, armazenagem e correio, de 7,4% no primeiro trimestre deste ano,
frente ao mesmo período do ano passado. Conforme o IBGE, esse resultado do
setor foi puxado, principalmente, pela contração das atividades de transporte e
armazenamento de cargas.
Outros setores
Por ser atividade meio, o setor de transporte e logística foi diretamente
impactado pela forte redução em outros setores da economia.
A indústria recuou 7,3% em relação aos primeiros três meses de 2015. A queda
mais expressiva foi na de transformação, de 10,5%. Isso porque foram produzidos
menos veículos, equipamentos, máquinas, móveis, produtos metalúrgicos, de
metal, de borracha e material plástico. Já a indústria extrativa mineral caiu 9,6%,
puxada pelo resultado das atividades de extração de minérios ferrosos e de
petróleo e gás.
A agropecuária também teve desempenho negativo, de 3,7%, por causa da menor
produtividade de culturas relevantes no primeiro trimestre do ano.
O valor adicionado de serviços (no qual estão contabilizados os de transporte,
armazenagem e correios) diminuiu 3,7% na comparação com o mesmo período do
ano anterior, com destaque para a contração de 10,7% do comércio.
Famílias consomem menos
Os números também demonstram que os brasileiros estão consumindo menos,
efeito da inflação crescente, dos juros altos, da redução de crédito, do
desemprego e da diminuição da renda.
Conforme o IBGE, no primeiro trimestre do ano, a despesa de consumo das
famílias caiu 6,3%. Foi o quinto trimestre seguido que todos os componentes da
demanda interna apresentaram resultado negativo.
23.05.2016
Concessões podem render R$ 110,4 bilhões
BRASÍLIA - O governo do presidente em exercício Michel Temer tem em mãos um
levantamento preliminar de uma centena de novas concessões e 40 renovações de
contratos da área de transportes que estão maturados para serem deslanchados
nos próximos dois anos, caso o afastamento definitivo de Dilma Rousseff seja
aprovado pelo Senado. O panorama feito pelas agências reguladoras aponta
investimentos da ordem de R$ 110,4 bilhões em aeroportos, rodovias, portos e
ferrovias.
Essas concessões que estão na gaveta vão ser embaladas pelo programa Crescer,
que deve ser lançado pela secretaria do Programa de Parceria de Investimentos
(PPI), comandado por Moreira Franco. Vão ser incluídos também projetos da área
de energia e de petróleo. A meta da secretaria é fazer ajustes nos projetos que já
estavam sendo estruturados pela equipe da presidente afastada Dilma Rousseff –
que chegou a divulgar boa parte deles dentro do
Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado
no meio de 2015 – para torná-los mais atraentes a
investidores.
Entre as modificações que devem ser feitas está a
flexibilidade nas taxas de retorno, sempre puxadas
para baixo pela equipe de Dilma, e a ausência
obrigatória das estatais Infraero e Valec nos leilões
de aeroportos e ferrovias, por exemplo. Alguns
projetos que estavam sendo estruturados para serem leilões comuns devem virar
Parceria Público-Privada (PPP).
Moreira Franco já teve as primeiras reuniões esta semana com investidores e a
cúpula do ministério dos Transportes. Também se reuniu várias vezes com os
representantes do movimento empresarial Brasil Competitivo. O governo tem
urgência em implementar o programa para barrar a queda do emprego. “Estamos
construindo um programa com clareza dos instrumentos regulatórios”, diz
Moreira. Segundo ele, o esforço é aumentar a concorrência para que agentes
financeiros e bancos sejam acionados para participarem do financiamento do
longo prazo dos empreendimentos.
Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, um dos retrocessos mais
relevantes, nos últimos anos, no Brasil foi a instabilidade de regras, que
influenciou negativamente os investimentos. “É preciso primeiro ter previsão de
que o investimento será recompensado. E segundo, de que isso de fato vai
acontecer”, avalia Meirelles, informando que já recebeu relatórios de empresas
globais e ligações de investidores informando que estão reativando planos de
investimentos que estavam arquivados. “Intervencionismo na economia e
incerteza inflacionaria foram retrocessos importantes que temos condições de
recuperar”, prevê.
Rodovias. Em rodovias, o governo Temer prevê a concessão de 19 novos trechos,
sendo que quatro deles já estariam prontos para fazer parte do primeiro lote dos
leilões, com investimentos estimados em R$ 18,3 bilhões.
Fazem parte a BR-476/153/282/480, do Paraná a Santa Catarina, para escoar a
produção de grãos, aves e suínos; BR-364, com o objetivo de conectar a região
produtora de grãos do sul de Goiás ao Triângulo Mineiro; BR-364/060, entre Mato
Grosso e Goiás, para escoar a produção do Centro-Oeste para os portos; e BR-163,
entre Mato Grosso e Pará, para o escoamento de grãos. Também está na lista
outras nove renovações, que poderão gerar R$ 15 bilhões em outorgas e
investimentos. Entre elas, a Nova Dutra, Fernão Dias e Nova Subida para
Petrópolis.
Além dos leilões dos quatro aeroportos – Salvador, Porto Alegre, Fortaleza,
Florianópolis – que já estava engatilhados, com investimentos estimados em R$ 6
bilhões, o governo Temer prevê que dará tempo de conceder à iniciativa privada o
terminal de Cuiabá. O edital para que as empresas estruturem a operação já foi
aberto.
Em relação aos portos, são estimados R$ 37,4 bilhões em investimentos com 50
novos arrendamentos, 63 novos terminais de uso privado e 24 renovações
antecipadas. O primeiro leilão da era Temer será o do terminal de passageiro de
Salvador, que será realizado amanhã na sede da agência reguladora do setor
(Antaq). Estão previstos quase R$ 7 milhões em investimentos pela empresa ou
consórcio que arrematar o leilão. Em seguida, virão os terminais de passageiro de
Recife, Natal e Fortaleza.
Estão sendo programadas cinco novas concessões em ferrovias e seis projetos de
renovação, que somariam R$ 33,7 bilhões.
02.06.2016
Foco do BNDES deve ser em privatizações e concessões
RIO - O foco na privatização de serviços de infraestrutura, com mais recursos
privados e menos dinheiro público para crédito subsidiado, deu o tom da posse
de Maria Silvia Bastos Marques como presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Diretora do banco no início dos
anos 1990, ela voltou sob respaldo do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
falando em privatização e negando que vá fazer uma “devassa” nos empréstimos
dos últimos anos.
“A sociedade questiona a alocação de recursos públicos escassos”, afirmou Maria
Silvia, no discurso de posse. Aplicações do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT) e aportes do Tesouro Nacional são as principais fontes de baixo custo do
BNDES, que assim empresta com taxas subsidiadas, inferiores à Selic, a taxa
básica de juros, hoje em 14,25%.
Sem recursos públicos, Maria Silvia ressaltou que o BNDES precisa escolher
prioridades. Isso significa, explicou depois em entrevista coletiva, oferecer menos
crédito subsidiado a grandes empresas com acesso ao mercado financeiro e
ajudar a desenvolver fontes privadas de financiamento.
Com o desafio de atrair recursos privados para as concessões de infraestrutura,
Maria Silvia incluiu um novo cargo na remodelada diretoria apresentada ontem.
Um assessor, ligado diretamente à Presidência, trabalhará com concessões,
parcerias público-privadas (PPPs) e privatizações, em coordenação com a
secretaria executiva do Programa de Parceria em Investimentos (PPI), comandada
por Moreira Franco.
Na posse, Maria Silvia reconheceu que não há mais muitas estatais para privatizar
e que o foco é mesmo nas concessões.
Meirelles, que viajou ao Rio especialmente para acompanhar a posse, reforçou o
tom. “O BNDES deve atuar de forma decisiva em algo que é crucial, que é o
processo de concessões e a retomada das privatizações”. A menção não passou
em branco para o ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Franco, presente à
posse. “Muito interessante ouvir a palavra privatização pronunciada nesta casa de
forma tão enfática”, disse.
Maria Silvia também evitou polêmicas. Ressaltou que a devolução de R$ 100
bilhões da dívida do BNDES com a União, ao longo de três anos, como anunciado
semana passada, não afetará a capacidade de emprestar diante da demanda atual
e só será feita com respaldo dos órgãos de controle.
Disse ainda que sua única condição para assumir o cargo foi ter autonomia para
montar a diretoria. Entre os nomes conhecidos estão Solange Paiva, ex-presidente
da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que será chefe de gabinete; Marilene
Ramos, recém-saída da presidência do Ibama, que cuidará da área de
Infraestrutura; e Eliane Lustosa, ex-diretora do Petros, fundo de pensão dos
funcionários da Petrobrás.
ANTT recebe sugestões para mudança de esquema
operacional de linhas de ônibus interestaduais
ADAMO BAZANI
A ANTT – Agência Nacional
de Transportes Terrestres
deve alterar o esquema
operacional e as regras
para prestação de serviço
regular de transporte por
ônibus interestaduais e
internacionais.
A modificação ocorre por
causa da Resolução 4770,
de julho de 2015, que
altera a forma de concessão das linhas acima de 75 quilômetros de extensão.
Agora, a exemplo da aviação civil, as empresas oferecem propostas individuais
para cada ligação e não mais em grupos ou lotes, como a ANTT tentava licitar
desde 2008.
Para as novas regras, a agência abriu audiência pública que vai até o próximo dia
24 de junho.
As sugestões podem ser enviadas pelo site da ANTT ou então numa sessão
presencial no próximo dia 8, das 14h às 18h, no auditório do edifício-sede: SCES
Trecho 3, Lote 10 – Polo 8 do Projeto Orla – Brasília/DF.
Em nota, a ANTT diz que a resolução exige novas regras:
Em julho de 2015, entrou em vigor a Resolução 4.770, que normatiza a prestação
do serviço regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional
de passageiros, sob o regime de autorização. Antes, as empresas operavam com
permissão (exigência de licitação) ou por autorização especial (delegação
temporária).
A resolução dispõe que as prestadoras de serviço deverão apresentar à ANTT o seu
esquema operacional de serviço, que é um conjunto de atributos característicos da
operação de transporte de uma determinada linha, inclusive de sua infraestrutura
de apoio e das rodovias utilizadas em seu percurso. Há resoluções da Agência que
definem o que deve compor o esquema operacional e que apresentam as regras
para as várias situações de modificação da prestação do serviço. Com a mudança
do regime de delegação dos serviços, essas regras precisam ser revisadas.
01.06.2016
Frota aumentou 184,2% no Brasil
Nos últimos 15 anos, as rodovias pavimentadas cresceram 23,2% no Brasil, uma
média de apenas 1,5% ao ano. Enquanto em 2001 o país possuía 170,9 mil
quilômetros com pavimento (9,8% do total), em 2015 este número chegou a 210,6
mil quilômetros (12,2% do total). O crescimento foi somente de 39,7 mil
quilômetros para um tipo de transporte que corresponde a mais de 60% das
movimentações de carga e a mais de 90% dos deslocamentos de passageiros. O
investimento em infraestrutura foi baixo, enquanto a frota de veículos aumentou
184,2% no período.
De acordo com o Anuário CNT do Transporte, divulgado pela Confederação
Nacional do Transporte, os estados com maior malha pavimentada em 2015 eram
Minas Gerais (25.823,9 km), São Paulo (24.976,6 km), Paraná (19.574,1 km), Bahia
(15.910,7 km) e Goiás (12.760,6 km). Já aqueles com a menor malha pavimentada
eram Amazonas (2.157 km), Acre (1.498,2 km), Roraima (1.462,8 km), Distrito
Federal (908,0 km) e Amapá (528,1 km).
Segundo a última Pesquisa CNT de Rodovias, de 2015, 48,6% do pavimento da
extensão avaliada apresenta algum tipo de problema, tendo classificação regular,
ruim ou péssimo. Já em relação às condições gerais dos trechos pesquisados (que
incluem também sinalização e geometria), o percentual de rodovias avaliadas com
algum tipo de problema foi de 57,3%. A CNT avalia toda a malha federal
pavimentada e os principais trechos das malhas estaduais também pavimentadas.
Dados do Anuário demonstram, ainda, que a quantidade de motocicletas no país
cresceu expressivamente em 15 anos: 402,2%. Em números absolutos, no ano
passado, foram registradas 20,2 milhões de unidades e, em 2001, quatro milhões.
O aumento é significativo, uma vez que representa o triplo do incremento dos
automóveis registrados no período, 134,6%. No Brasil havia 49,8 milhões de
automóveis em 2015, contra 21,2 milhões em 2001.
Durante os 15 anos, o número de ônibus cresceu 115,5%, enquanto o de
caminhões teve acréscimo de 81,7%. Ainda segundo o Anuário, o número total de
veículos no Brasil chegou a 90,7 milhões em 2015 ante 31,9 milhões em 2001,
incremento de 184,2%. Os dados incluem automóveis, bondes, caminhões,
caminhões trator, caminhonetes, camionetas, chassis plataforma, ciclomotores,
micro-ônibus, motocicletas, ônibus, quadriciclos, reboques, semirreboques,
sidecars, tratores esteira, tratores rodas, triciclos, utilitários e outros.
A região com mais veículos é a Sudeste. Em seguida aparece o Sul e o Nordeste.
31.05.2016
Cai número de empresas de ônibus rodoviários e diminui
quantidade de passageiros nos transportes urbanos. Idade
média da frota de ônibus urbanos sobe
ADAMO BAZANI
Nos últimos 19 anos, as empresas de ônibus urbanos têm perdido passageiros de
forma quase sucessiva, mas com momentos de recuperação.
É o que mostra o Anuário do Transporte da CNT Confederação Nacional do
Transporte divulgado nesta segunda-feira, 30 de maio de 2016, ao qual o Blog
Ponto de Ônibus teve acesso.
De acordo com o levantamento, com base em diversas fontes oficiais, que
comparou os meses de abril e outubro, entre 1995 e 2014, houve períodos de
queda consecutivos. Também houve alguns anos com crescimento, mas
insuficiente.
Em abril de 1995, por exemplo, foram transportados 476,7 milhões de
passageiros. Já em semelhante mês de 2014 foram 363,8 milhões de pessoas.
Um dos motivos para isso é o aumento dos incentivos para o transporte
individual.
De acordo com o mesmo anuário, nos últimos 15 anos, houve aumento expressivo
de frota de carros e, principalmente, de motos.
Acompanhe a nota:
Dados do Anuário demonstram, ainda, que a quantidade de motocicletas no país
cresceu expressivamente em 15 anos: 402,2%. Em números absolutos, no ano
passado, foram registradas 20,2 milhões de unidades e, em 2001, quatro milhões.
O aumento é significativo, uma vez que representa o triplo do incremento dos
automóveis registrados no período, 134,6%. No Brasil, havia 49,8 milhões de
automóveis, em 2015, contra 21,2 milhões, em 2001.
Durante os 15 anos, o número de ônibus cresceu 115,5%, enquanto o de caminhões
teve acréscimo de 81,7%. Ainda segundo o Anuário, o número total de veículos no
Brasil chegou a 90,7 milhões em 2015 ante 31,9 milhões em 2001, incremento de
184,2%. Os dados incluem automóveis, bondes, caminhões, caminhões trator,
caminhonetes, camionetas, chassis plataforma, ciclomotores, micro-ônibus,
motocicletas, ônibus, quadriciclos, reboques, semirreboques, sidecars, tratores
esteira, tratores rodas, triciclos, utilitários e outros.
Os números também indicam que a região com mais veículos é a Sudeste, com 44,4
milhões de unidades. Em seguida, aparece o Sul, com 18,0 milhões; seguido do
Nordeste, com 15,2 milhões; do Centro-Oeste, com 8,4 milhões e, por último, o
Norte, com 4,6 milhões. 107 mil urbanos – 2014
A frota de ônibus urbanos no Brasil chegou em 2014 a 107 mil veículos.
A idade média desta frota de ônibus urbanos tem voltado a crescer. Em 1995, a
média foi de 4,4 anos. Em 1997, já era de quatro anos.
No entanto, começou haver crescimento chegando a 5,7 anos em 2012.
Novamente houve baixa até que a partir de 2011, a idade média dos ônibus
urbanos voltou a crescer chegando a 4,7 anos.
RODOVIÁRIOS:
Sobre os transportes por ônibus rodoviários o anuário mostra que a quantidade
das empresas de transportes interestaduais e internacionais tem diminuído. Neste
caso, o levantamento é entre o período de 2001 e 2013.
Em 2001, eram 214 empresas de ônibus. Em 2013, o número foi para 195
empresas de ônibus que operam linhas regulares interestaduais e internacionais.
Se o número de empresa de ônibus caiu, a quantidade de veículos aumentou. Em
2011, eram 13.419 ônibus para estas linhas. Em 2013, foram 19.923 ônibus.
A demanda de passageiros de ônibus rodoviários interestaduais e internacionais
chegou 93,5 milhões de pessoas. Quase a metade disso, em linhas interestaduais
com trajetos superior a 75 quilômetros de extensão. Em segundo lugar, aparece
transporte interestadual inferior a 75 quilômetros de extensão – semiurbano,
depois transporte internacional inferior a 75 quilômetros de extensão –
semiurbano e transporte internacional superior a 75 quilômetros.
RODOVIAS:
O levantamento também faz um Raio-X das estradas.
Houve crescimento das rodovias pavimentadas em 23,2%.
Acompanhe a nota:
Nos últimos 15 anos, as rodovias pavimentadas cresceram 23,2% no Brasil, uma
média de apenas 1,5% ao ano. Enquanto em 2001, o país possuía 170,9 mil
quilômetros com pavimento (9,8% do total), em 2015, esse número chegou a 210,6
mil quilômetros (12,2% do total). O crescimento foi somente de 39,7 mil
quilômetros, para um tipo de transporte que corresponde a mais de 60% das
movimentações de carga e a mais de 90% dos deslocamentos de passageiros. O
investimento em infraestrutura foi baixo, enquanto a frota de veículos aumentou
184,2% no período.
De acordo com o Anuário CNT do Transporte, divulgado nesta segunda-feira (30)
pela Confederação Nacional do Transporte, os estados com maior malha
pavimentada em 2015 são Minas Gerais (25.823,9 km), São Paulo (24.976,6 km),
Paraná (19.574,1 km), Bahia (15.910,7 km) e Goiás (12.760,6 km). Já aqueles que
têm menor malha pavimentada são Amazonas (2.157,0 km), Acre (1.498,2 km),
Roraima (1.462,8 km), Distrito Federal (908,0 km) e Amapá (528,1 km).
Segundo a última Pesquisa CNT de Rodovias, e 2015, 48,6% do pavimento da
extensão avaliada apresenta algum tipo de problema, tendo classificação regular,
ruim ou péssimo. Já em relação às condições gerais dos trechos pesquisados (que
incluem também sinalização e geometria), o percentual de rodovias avaliadas com
algum tipo de problema foi de 57,3%. A CNT avalia toda malha federal
pavimentada e os principais trechos das malhas estaduais também
pavimentadas.
FERROVIAS:
Segundo a pesquisa da CNT , a produção de locomotivas chegou a 129 unidades
em 2015, alta de 61,3% ante as 80 produzidas em 2014. Foi o melhor resultado
em 15 anos.
A produção de vagões, no entanto, caiu 0,4% indo de 4.703 unidades em 2014
para 4.683 em 2015.
A produção de vagões/carros de passageiros caiu 13,9%, passando de 374
unidades em 2014 para 322 unidades em 2015.
Sobre o transporte de cargas por ferrovias, entre 2006 e 2015, foi registrada alta
de 39,2% – passando de 238,3 bilhões de toneladas por quilômetro útil – TKUs em
2006 para 331,7 bilhões de TKUs em 2015.
01.06.2016
Produção de carros recua e indústria encolhe em abril,
dizem economistas
A forte queda da produção de veículos em abril deve ter levado o setor industrial
a voltar a registrar recuo da produção no mês, após alta de 1,4% em março. Para
economistas, apesar da estabilização da confiança dos empresários do setor, a
produção continua a mostrar sinais de baixo dinamismo, afetada sobretudo pela
queda da demanda interna.
De acordo com a média das estimativas de 25 instituições financeiras e
consultorias ouvidas pelo Valor Data, a produção industrial deve ter caído 0,9%
em abril, ofuscando assim parte da alta de 1,4% observada em março, sempre na
comparação com o mês imediatamente anterior, feitos os ajustes sazonais.
As projeções para a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), a ser
divulgada amanhã pelo IBGE, vão de queda de 0,1% até retração de 1,5% na
passagem mensal. Em relação a abril de 2015, a produção deve ter diminuído
8,7%, queda um pouco menos intensa do que o recuo de 11,4% observado em
março, na mesma base de comparação. Ainda assim, esse será o vigésimo sexto
mês de retração na comparação anual.
Para Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria, ainda há
dificuldades para enxergar um cenário de melhora para o setor industrial, mesmo
com a alta da confiança nos últimos meses. "O quadro de demanda interna é
muito fraco e isso tem limitado a reação de alguns setores", diz.
Bacciotti projeta retração de 0,6% da produção industrial entre março e abril,
feitos os ajustes sazonais, principalmente por causa da queda da produção de
veículos no período.
Na passagem mensal, a queda foi de 10%, segundo dados da Fenabrave, entidade
que reúne as montadoras do país, na série dessazonalizada pela consultoria.
"Tem certa poluição nessa estatística por causa da formação de estoques, mas, em
grande medida, ainda é resultado de demanda interna muito fraca", pondera. Na
tentativa de normalizar a situação dos estoques, muitas empresas do ramo estão
fechando turnos ou reduzindo as jornadas de trabalho.
Segundo Bacciotti, a expectativa é de alguma melhora das vendas em maio, mas
ainda insuficiente para reverter a trajetória de deterioração do setor automotivo.
O restante dos indicadores antecedentes, nota o Bradesco, mostraram tendência
divergente, o que ainda evidencia trajetória de fraqueza da indústria. O banco
projeta queda de 1,1% da produção no mês. Em relatório, o departamento de
pesquisa econômica do banco aponta que o fluxo de veículos pesados em
rodovias pedagiadas aumentou 0,9% no período, enquanto a carga do Sistema
Integrado de Energia (SIN) cresceu 4,9% na comparação com abril de 2015 e 0,5%
em relação a março.
Na ponta negativa, as vendas de cimento, por exemplo, caíram 2,1% na passagem
mensal, com ajuste sazonal, de acordo com dados do Sindicato Nacional da
Indústria de Cimento (Snic). "A divergência dos dados, portanto, ainda reforça o
cenário de fraco desempenho da indústria neste ano", afirma o banco.
Para Bacciotti, o setor manufatureiro deve encerrar o ano com queda de 6%, e o
risco ainda é de piora ainda maior do setor. Para ele, a produção deve até ter
alguma recuperação nos próximos meses, por causa da base de comparação
deprimida e baseada também em vendas para o setor externo, com diminuição do
custo de trabalho e dólar mais favorável para exportações. "Mas esse movimento é
muito gradual e os setores com maior abertura comercial, como veículos e
máquinas e equipamentos, ainda são aqueles que mais sofrem com a conjuntura
interna".
Para o Itaú, que projeta queda de 1,3% da indústria no mês, a expectativa é de
estabilização do setor ao longo deste trimestre.
MONTADORAS COMEÇAM A CONTROLAR SANGRIA FINANCEIRA
O ciclo de reestruturação na indústria automobilística - feito para dar
sustentabilidade ao negócio enquanto o setor atravessa um período classificado
por alguns de seus executivos como "dramático" e "catastrófico" - começa a
abrandar o prejuízo das empresas, embora ainda não tenha sido capaz de
restaurar definitivamente as finanças das subsidiárias e tampouco acabar com a
dependência ao capital dos controladores.
Balanços referentes ao desempenho no primeiro trimestre divulgados há um mês
por duas das montadoras mais antigas no país - General Motors (GM) e Fiat, agora
Fiat Chrysler Automobiles (FCA) - deram sinais de que 2016 poderá ser um
exercício de menor "sangria" em negócios no Brasil e mercados vizinhos.
Na noite de segunda-feira, durante a apresentação da nova geração do Cruze, o
presidente da GM na América do Sul, Barry Engle, disse que a marca caminha a
uma situação de "break-even" - ou seja, o ponto em que as organizações deixam
de perder dinheiro - e transmitiu uma visão positiva ao projetar que o negócio
poderá ser novamente rentável a partir de 2017, quando espera-se que o mercado
saia do estado de letargia. "Se alcançarmos o 'break-even' no pior momento, com a
indústria melhor, voltaremos a ganhar dinheiro." No grupo americano, o prejuízo
das operações na América do Sul, de US$ 67 milhões entre janeiro e março, foi
reduzido a menos de um terço do que era um ano atrás: US$ 214 milhões. Sem
descontar despesas com a dívida.
Na FCA, houve, na mesma base comparativa, reversão do prejuízo de € 65
milhões para lucro de € 11 milhões, no primeiro passo da meta da multinacional
ítalo-americana de voltar a ter neste ano rentabilidade, ainda que mínima, na
América Latina, divisão em que não engloba o México.
Em geral, os resultados refletiram a estratégia de defender margens e compensar
a queda vertical de volumes observada no Brasil com reajustes de preços e
modelos de segmentos mais caros e rentáveis, caso dos dois grandes lançamentos
feitos pela FCA: o utilitário esportivo Renegade e a picape Toro. No primeiro
trimestre, além da crise no Brasil, destaque negativo nos comentários das
demonstrações financeiras, as montadoras tiveram que remar contra o efeito
cambial negativo vindo da desvalorização do peso na Argentina.
Desde que o mercado começou a ruir, os fabricantes de veículos renegociaram
acordos coletivos, revertendo reajustes salariais superiores à inflação, reduziram
jornadas de trabalho - bem como os salários -, desativaram turnos de produção e
eliminaram mais de 31 mil postos de emprego, marca acumulada desde novembro
de 2013. Seja por indicações dadas em balanços regionais, seja por declarações
feitas por dirigentes de grupos que não divulgam ou ainda não divulgaram
resultados das filiais, há sinais de que o redimensionamento das operações vem
conseguindo, ao menos, conter a escalada das perdas. Ainda há dependência do
socorro de empréstimos liberados pelas matrizes, porém menos do que no ano
passado, segundo mostram dados do Banco Central, que colocam na conta os
aportes feitos na indústria de autopeças, onde a reorganização das empresas
envolveu também o fechamento de fábricas.
É prematuro, no entanto, dizer que produzir automóveis no Brasil está prestes a
ser novamente um negócio rentável, o que leva a uma situação igualmente
indefinida sobre o fim da fase de cortes nas operações. Há motivos para não ser
tão otimista: parte da mão de obra excedente nas linhas de produção vem sendo
carregada por conta de um subsídio do governo com prazo para acabar - daí vem
a cobrança que começa a ser feita pelas montadoras para "perenizar" o programa
de proteção ao emprego -, o mercado não esboça sinais de reação e as empresas
mostram estágios heterogêneos de recuperação financeira. Enquanto Fiat e GM
melhoraram seus números, a Ford informou que as perdas com operações na
América do Sul saíram de US$ 189 milhões para US$ 256 milhões do primeiro
trimestre de 2015 para igual período de 2016, ratificando as previsões da
empresa por prejuízos maiores na região neste ano.
30.05.2016
ANTT autoriza reajuste na tarifa de pedágio da Ponte Rio-
Niterói
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, hoje (30/5), a 1ª
revisão extraordinária e o reajuste da tarifa básica de pedágio da rodovia BR-
101/RJ (Ponte Rio-Niterói), administrada pela Ecoponte – Concessionária Ponte
Rio-Niterói S.A. As novas tarifas entram em vigor à 0h do dia 1º/6/2016.
A tarifa reajustada, para a categoria 1, passa de R$ 3,70 para R$ 4,00. O objetivo
da revisão tarifária consiste em manter o equilíbrio econômico-financeiro do
contrato e atender à Lei nº 13.103/2015. A alteração foi calculada a partir da
combinação de três itens previstos em contrato: reajuste, revisão e
arredondamento.
Concessão -Com 13,2 quilômetros de extensão, a BR-101/RJ (Ponte Rio- Niterói)
foi concedida para iniciativa privada com o objetivo de exploração da
infraestrutura, pela primeira vez, em 1º de junho de 1995, pelo período de 20
anos. Findo o prazo, o trecho foi leiloado, pela segunda vez, em 18 de março de
2015. A nova concessão, que fez parte da 3ª etapa do programa de concessões
rodoviárias, iniciou em 1º de junho de 2015.
27.05.2016
ANTT autoriza reajuste nas tarifas de pedágio da BR-
101/BA/ES
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, hoje (27/5), a 3ª
revisão ordinária, a 2ª revisão extraordinária, a aplicação do desconto de
reequilíbrio e o reajuste da tarifa básica nas praças de pedágio da rodovia BR-
101/BA/ES, trecho do entroncamento com a BA-698 (acesso a Mucuri/BA) até a
divisa dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, administrada pela ECO 101
Concessionária de Rodovias S/A. As novas tarifas entram em vigor à 0h do dia
30/5/2016.
A tarifa reajustada, para a categoria 1, passa de R$ 3,40 para R$ 3,60 na praça de
pedágio de Pedro Canário (ES); de R$ 4,50 para R$ 4,80 em São Mateus (ES); de R$
4,20 para R$ 4,50 em Aracruz (ES); de R$ 4,10 para R$ 4,30 em Serra (ES); de R$
4,20 para R$ 4,50 em Guarapari (ES); de R$ 3,50 para R$ 3,80 em Itapemirim (ES);
e de R$ 1,90 para R$ 2,10 em Mimoso do Sul (ES).
Concessão -Com 475,9 quilômetros de extensão, a BR-101/BA/ES foi concedida
para iniciativa privada com o objetivo de exploração da infraestrutura, em 17 de
abril de 2013, pelo período de 25 anos. A licitação fez parte da 3ª etapa do
programa de concessões rodoviárias.
23.05.2016
“Quebra de asa”, um perigo nas rodovias
Uma das manobras mais criticadas pelos carreteiros nas estradas é a tal da
“quebra de asa”, que acontece por iniciativa do motorista – uma brincadeira
perigosa e insensata – ou pelo desequilíbrio involuntário do caminhão em razão
de outros fatores, como irregularidade da pista ou da velocidade acima do limite
de segurança. Motoristas que realizam a “quebra de asa” podem responder pelo
crime de direção perigosa, podendo até provocar algum acidente com outro
veículo.
Qualquer pessoa de bom-senso entende que ao balançar a carroceria de um lado
para o outro, contorcer o veículo, seu implemento e tirar os pneus do solo tirando
é uma manobra extremamente perigosa, pois coloca em riso a vida do motorista e
dos demais usuários da rodovia. Além do grande potencial para tirar vidas
humanas, causa prejuízo material com danos no veículo e não raramente a perda
da carga.
As imagens postadas na
Internet mostram o quanto
essa ocorrência é perigosa,
Comentários postados
sobre os inúmeros vídeos
que podem ser vistos na
Internet e normalmente
são acompanhadas de
pesadas críticas de
motoristas de caminhão
que normalmente
destacam a ameaça à
segurança e os danos
causados à carreta.
Alguns deles são a trinca
do pino rei e
desalinhamento, danos à suspensão e desgaste excessivo do ombro dos pneus,
embora o pior mesmo são os acidentes, como tombamento ou capotamento do
caminhão.
31.05.2016
Ministério estuda criação de Agência Nacional de
Segurança Viária
Por ano, 43 mil brasileiros morrem no trânsito
O país pode ter uma agência nacional para tratar da segurança viária. A
instituição do órgão, que deve nortear e indicar parâmetros e referências para
gestão do trânsito, será analisada pelo Ministério das Cidades.
A proposta foi feita pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e foi
entregue por membros da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, da
Câmara dos Deputados, ao ministro Bruno Araújo.
Segundo o Observatório, a Agência é uma necessidade para coordenar e integrar
os demais órgãos de trânsito para adoção de medidas que contribuirão com a
redução de acidentes de trânsito no país. O tema é uma preocupação mundial e,
inclusive, amplamente trabalhado pelos países signatários de tratado com a ONU
que prevê a redução da violência no trânsito na década 2010-2020.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), calcula que o trânsito mata 1,25 milhão
de pessoas por ano. No Brasil, em 2014 (últimos dados oficiais disponíveis), mais
de 43 mil pessoas morreram por conta de acidentes nas vias e rodovias do país.
O Brasil é um dos países recordistas em mortes no trânsito. A taxa de mortes é de
23,4 vítimas fatais para cada 100 mil habitantes. Trata-se do quarto país no
ranking da violência no trânsito no continente americano, atrás somente de
Belize, República Dominicana e Venezuela, a última, com o maior índice, de 45,1
mil óbitos, na mesma base de comparação. As informações são da Agência
Folhapress.
O número de mortos nas estradas, ainda de acordo com a OMS, chegarão a 1
milhão por ano em 14 anos. Essa projeção de acidentes terá reflexos mais
violentos em países em desenvolvimento, o que inclui o Brasil. “Mais de 90% de
mortes no trânsito ocorrem nesses países que detêm 82% da população mundial,
mas apenas 54% de veículos registrados”, destaca a Organização.
A Organização culpa a regulamentação fraca, precariedade das vias, fragilidade
dos veículos e aumento da frota. Os acidentes com veículos figuram a nona causa
de morte no mundo entre pessoas de 15 a 69 anos.
A violência no trânsito é uma das ameaças para o aumento da esperança de vida
em muitos países, apesar de o indicador ter aumentado em cinco anos, a maior
aceleração desde os anos 1960.
23.05.2016
Projeto quer garantir circulação de animais nas estradas e
evitar atropelamentos
O Projeto de Lei 466/2015 quer garantir a segurança de pessoas e animais
silvestres com a adoção de medidas que asseguram a livre circulação dessas
espécies no território nacional, com a redução de acidentes em rodovias e
ferrovias brasileiras. A proposta tramita em regime de urgência na Câmara dos
Deputados e aguarda votação no plenário desde o dia 22 de março.
Segundo levantamento do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas
(CBEE) da Universidade Federal de Lavras, 475 milhões de animais selvagens são
atropelados no Brasil a cada ano. Segundo o coordenador do centro, o professor e
pesquisador Alex Bager , 90% deles são pequenos vertebrados, como sapos,
cobras e aves.
“Eles representam mais de 400 milhões e são igualmente importantes, então
também merecem ser mais bem estudados. O fato de nós não perceberemos
[esses pequenos animais] não implica que isso também não tenha uma tremenda
importância para a conservação da biodiversidade no Brasil”, disse. Os
vertebrados de grande porte, como antas, capivaras, lobos-guarás e onças, somam
5 milhões de animais atropelados.
Para o pesquisador, a aprovação do projeto de lei seria uma das maiores
contribuições para a conservação da biodiversidade do Brasil. “É uma legislação
que estaria atuando em todo território nacional e que geraria algumas obrigações
que, se bem monitoradas e implementadas, vão favorecer tanto a proteção da
biodiversidade quanto a proteção das pessoas.
Segundo Bager, em outros países, são gastos bilhões de dólares todos os anos
com acidentes envolvendo animais selvagens. “Então estamos discutindo um
aspecto que tem importância ambiental, social e econômico. É fundamental que
esse projeto seja aprovado”, disse.
Livre circulação
Entre as medidas previstas no projeto de lei estão a instalação de redutores de
velocidade e refletores e a adoção de medidas de mitigação, como construção de
passagens de fauna aéreas ou subterrâneas, pontes e cercas.
Segundo o coordenador do CBEE, 19 planos de ação para conservação da fauna
desenvolvidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), que contemplam em torno de 35 espécies ameaçadas no Brasil, afirmam
a necessidade de trabalhos e estudos para reduzir a mortalidade por
atropelamento. “Isso em virtude de já se entender que essas espécies são
impactadas sim pela presença de rodovias e ferrovias.”
De acordo com Bager, os felinos de
modo geral são fatalmente
impactados. “Eles caminham muito
e precisam de uma grande área para
conseguir a comida de que eles
necessitam para viver. Como
existem muitas rodovias e
ferrovias, isso obriga que eles
fiquem cruzando as pistas. Assim
como os felinos, animais que
caminham muito como lobo-guará e
anta estão altamente sujeitos a atropelamento”, disse.
Outros impactos
Os atropelamentos são o impacto mais visível nas rodovias, mas, segundo o
pesquisador, existem os chamados efeitos marginais que podem chegar a vários
quilômetros do eixo da rodovia. “Por exemplo, o som. O som do carro
simplesmente passando pela pista gera interferência na capacidade de animais
que tem uma necessidade auditiva para localizar parceiros, comida, para se
identificar na região que está”, explicou.
Segundo Bager, entre os 475 milhões de animais mortos, estão os afetados por
esses efeitos.
Trechos críticos
Entre os trechos de rodovias mais críticos para os animais, o coordenador do
CBEE destaca quatro:
BR-471, no Rio Grande do Sul, no ponto que cruza a Estação Ecológica do Taim: “A
mortalidade de animais lá é assustadora e faz décadas que isso acontece.
BR-101, no norte do Espírito Santo, no trecho que cruza a Reserva Biológica de
Sooretama: “Ela cruza no Brasil inteiro uma infinidade de áreas extremamente
importantes na região costeira, uma delas é essa no Espírito Santo.”
BR-262, em Mato Grosso do Sul, no trecho que divide o Cerrado e o Pantanal:
“Todo o trecho dela que começa em Três Lagoas (MS) é uma carnificina. Lá já
foram implantados alguns redutores de velocidade, algumas medidas, mas ainda
é extremamente importante que se faça alguma coisa. A região é um importante
polo turístico, de Campo Grande para Bonito
BR-163, no trecho que cruza Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: “A rodovia foi
repassada para concessionárias há aproximadamente um ano e, nos próximos
quatro anos, ela tem que se duplicada, depois disso vai ser um problema muito
grande que merece um estudo bem detalhado.
Sistema Urubu
O CBEE desenvolveu o Sistema Urubu, lançado em 2014 e que já conta com mais
de 17 mil parceiros responsáveis por registrar e enviar informações sobre
atropelamentos de animais silvestres em todo o país. As fotos e coordenadas
recolhidas por meio de um aplicativo para celular são validadas por especialistas
e direcionadas a um banco de dados.
O aplicativo está disponível para os sistemas Android e iOS.
03.06.2016
Inadimplente, Rio não consegue chancela para financiar
obras do metrô
-BRASÍLIA E RIO- Às vésperas dos Jogos Olímpicos, o Estado do Rio está impedido
de receber um empréstimo de R$ 989 milhões junto ao BNDES para a
continuidade das obras da linha 4 do metrô, devido a uma restrição causada por
um calote de parte de sua dívida externa. O estado pediu o aval da União para
tomar o crédito no dia 3 de maio. A autorização é uma exigência legal, pois o
Tesouro Nacional entra na operação como garantidor. O processo, no entanto, foi
travado. Segundo integrantes do governo ouvidos pelo GLOBO, o motivo é uma
previsão da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com o artigo 40 da
lei, estados inadimplentes não podem obter garantias para novas operações de
crédito.
O texto diz que o ente da federação que teve uma dívida honrada pela União deve
ter o acesso a novos créditos ou financiamentos suspenso até que o débito seja
liquidado. E foi exatamente o que ocorreu com o Rio. Na semana passada, o
estado deixou de pagar uma parcela de R$ 8 milhões de um contrato com a
agência francesa de fomento. O compromisso teve de ser pago pelo Tesouro
Nacional. Há ainda uma parcela atrasada com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID).
Pela legislação, a única saída para o Rio seria liquidar seus débitos, o que pode
ocorrer caso o estado consiga um novo empréstimo da União, opção que tem sido
considerada pela equipe econômica.
NO TETO DA LEI FISCAL
O sinal verde do Tesouro é o único entrave para a liberação dos recursos. No dia 9
de maio, o BNDES aprovou a operação, dividida em dois contratos de R$ 494,6
milhões. O banco de fomento informou que a contratação do empréstimo
depende da autorização do órgão federal.
A última movimentação do processo foi registrada em 23 de maio, segundo dados
do sistema do Tesouro que acompanha as operações de crédito dos estados. Os
técnicos indicaram que a transação está “pendente de correções ou ajustes”.
Procurada, a Secretaria de Fazenda do Rio disse que ainda não foi informada da
restrição para a liberação dos recursos.
No último dia 25, o Rio publicou relatório de gestão fiscal dos primeiros quatro
meses do ano, que indicava que a relação entre o montante da dívida e a receita
corrente líquida havia superado 200%. Pela LRF, estados não podem se endividar
mais quando superam esse teto.
Na terça-feira, o estado recalculou esse número, trazendo o endividamento do Rio
de volta ao patamar permitido pela LRF.A mudança, considerada no novo
relatório, significou um abatimento de R$ 4,6 bilhões no montante da dívida,
levando a proporção entre dívida e receita para 191,6%, abaixo do teto da LRF.
31.05.2016
Grupo de transportes que atua no ABC responde a 200
processos
A região do ABC Paulista é a única da Grande São Paulo que não foi licitada para
que empresas atuem no transporte público, informou o Bom Dia São Paulo desta
terça-feira (31). O dono do principal grupo que atende a região deve quase R$ 1
bilhão à Receita Federal.
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), administrada pelo
governo do estado de São Paulo, é responsável pelo transporte de passageiros
entre as 39 cidades da Grande São Paulo, divididas em cinco lotes.
O único lote que não foi licitado o ABCD, formado por sete cidades. São 280 mil
passageiros por dia e muitas reclamações por conta das más condições dos
veículos.
O principal grupo de transportes que atua na área é de um empresário que
responde a mais de 200 processos na justiça. As empresas de Baltazar José de
Souza operam sem licitação desde 1988.
Ele é dono de 7 das 16 empresas permissionárias que atendem a região e foi
condenado a 4 anos de prisão por crimes financeiros e tributários. Em 2015, o
Supremo Tribunal Federal entendeu que houve abuso no direito de recorrer e
determinou o cumprimento imediato da pena, mas Souza conseguiu um habeas
corpus para não ser preso depois de parcelar os débitos.
O Ministério Público acompanha o caso há pelo menos dois anos. A EMTU foi
orientada a realizar uma licitação e, pressionada pela possibilidade de sofrer uma
ação civil pública, apresentou um esboço do edital, que deve ser publicado em
agosto deste ano.
A empresa afirma que já tentou licitar o trecho cinco vezes, mas não houve
interessados. As empresas que atendem a região continuam operando graças a
uma decisão judicial, mas em condições precárias, de acordo com os passageiros
ouvidos pela reportagem.
“É correto dizer que o trabalho prestado por essas empresas deixa muito a
desejar e prejudica o cidadão. Agora elas são fiscalizadas. Hoje nós temos aqui no
primeiro trimestre quase 30 veículos presos”, diz Joaquim Lopes da Silva Júnior,
diretor presidente da EMTU. Ele disse ainda que foram aplicadas multas de R$ 235
mil no grupo de Souza.
03.06.2016
ANTT publica comunicado sobre seguro facultativo
complementar de viagem
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, no Diário Oficial
da União de hoje (3/6), o Comunicado Supas/ANTT nº 2/2016, que informa sobre
a oferta de seguro facultativo complementar de viagem.
Com a decisão proferida nos autos da Ação Civil Pública nº 00128018-
51.2000.403.6100/SP, proposta pelo Ministério Público Federal contra a União
Federal, perante a 6ª Vara de Justiça Federal de São Paulo, a ANTT não poderá
mais regulamentar a comercialização de seguros facultativos, sendo esta
normatização exclusiva da Superintendência de Seguros Privados (Susep),
vinculada ao Ministério da Fazenda.
A agência reguladora informa ainda que não há impedimento, por parte dela,
quanto à oferta do seguro aos usuários de serviços de transporte rodoviário
interestadual e internacional de passageiros, no entanto, as empresas que
prestam o serviço de transporte estão proibidas de realizar essa oferta, devendo
ser feita por empresas terceirizadas que gerenciam os seguros, caso seja de
interesse.
03.06.2016
Publicado estudo de viabilidade do trem Brasília-Goiânia
Estudo publicado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), nessa
quinta-feira (2), destaca que a implantação do transporte ferroviário regional e
semiurbano de passageiros no trecho Brasília (DF), Anápolis (GO) e Goiânia (GO) e
do transporte de cargas entre Brasília e Goiânia é economicamente atrativa. Mas,
para que seja viabilizado, o projeto precisará ser desenvolvido por meio de uma
PPP (Parceria Público-Privada). O levantamento analisa a viabilidade técnica,
econômica, socioambiental e jurídico-legal, necessários à outorga da exploração
do serviço.
Os documentos destacam alternativas de traçado e de localização das estações
e tecnologias que poderão ser aplicadas. Segundo os estudos, a previsão é que, no
primeiro ano de operação, mais de 40 milhões de passageiros sejam
transportados.
A proposta trata de um Trem de Alto Desempenho, em que os comboios possam
trafegar a uma média de 160 km/h. Uma viagem entre Brasília e Goiânia, por
exemplo, poderia ser feita em 95 minutos e o bilhete custaria cerca de R$ 80. A
demanda estimada, para 2020, é de 1.365 passageiros em horas críticas, previstas
para os finais de semana. Em 2050, o número deve chegar a 2.576.
No transporte semiurbano por trens, o destaque é dado ao trecho Brasília-Águas
Lindas de Goiás, em que a demanda pode passar de sete mil passageiros por hora
nos horários de pico, ainda em 2020, e de 14 mil em 2050. Os trens, nesse trecho,
fariam um percursos de 43 quilômetros em até 28 minutos.
Para o transporte de cargas, o estudo salienta que uma linha férrea no eixo
Goiânia–Anápolis–Brasília deverá impactar todas as relações e interações dos
agentes de transportes e dos modais existentes no Brasil. Mas a demanda maior
deve partir de municípios goianos e mineiros.
“O transporte ferroviário regional e semiurbano de passageiros é economicamente
atrativo, assim como o investimento no transporte ferroviário de cargas no trecho
Brasília – Anápolis, se implantado de forma adicional ao transporte de
passageiros. Já do ponto de vista financeiro, o transporte regional de passageiros
é o mais lucrativo entre as alternativas analisadas, ainda que seu resultado não
seja suficiente para atrair a iniciativa privada na ausência de participação
pública”, diz o estudo.
O custo de implantação da linha, calculado no ano passado, estava estimado em
R$ 7,05 bilhões sem material rodante e de R$ 7,85 bilhões com material rodante.
03.06.2016
ANTT publica comunicado sobre seguro facultativo
complementar de viagem
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, no Diário Oficial
da União de hoje (3/6), o Comunicado Supas/ANTT nº 2/2016, que informa sobre
a oferta de seguro facultativo complementar de viagem.
Com a decisão proferida nos autos da Ação Civil Pública nº 00128018-
51.2000.403.6100/SP, proposta pelo Ministério Público Federal contra a União
Federal, perante a 6ª Vara de Justiça Federal de São Paulo, a ANTT não poderá
mais regulamentar a comercialização de seguros facultativos, sendo esta
normatização exclusiva da Superintendência de Seguros Privados (Susep),
vinculada ao Ministério da Fazenda.
A agência reguladora informa ainda que não há impedimento, por parte dela,
quanto à oferta do seguro aos usuários de serviços de transporte rodoviário
interestadual e internacional de passageiros, no entanto, as empresas que
prestam o serviço de transporte estão proibidas de realizar essa oferta, devendo
ser feita por empresas terceirizadas que gerenciam os seguros, caso seja de
interesse.
30.05.2016
Guarujá lança edital para concessão de aeroporto
metropolitano
A Prefeitura de Guarujá, no litoral de São
Paulo, lançou nesta segunda-feira (30) o
edital para concessão do Aeroporto Civil
Metropolitano da cidade. O
empreendimento funcionará dentro da
Base Aérea de Santos, que fica no distrito
de Vicente de Carvalho.
O edital de concessão, construção e
exploração do aeroporto deve ser
publicado no Diário Oficial do Município
nos próximos dias. Em até 90 dias, a
concorrência deve ser concluída e a administração prevê cerca de 18 meses para
construção.
A prefeita Maria Antonieta de Brito considerou o dia histórico. "Está acontecendo
no momento certo. Hoje, minha secretaria de Desenvolvimento Econômico, em
um esforço coletivo da prefeitura, entregaram esse sonho para que daqui há três
meses, nós poderemos ter uma empresa construindo e operando nosso
aeroporto", afirma.
O processo que liberava o aeroporto para iniciativa privada foi aprovado pela
Câmara de Guarujá em dezembro do ano passado. Antes, a Secretaria de Aviação
Civil (SAC) já havia autorizado que o local operasse para voos comerciais.
De acordo com a administração municipal, as obras devem gerar 700 novos
empregos, além de 1500 vagas diretas e indiretas na cidade durante a fase de
operação.
Em um primeiro momento, serão permitidos voos regionais, com rotas para
Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Distrito Federal. A previsão inicial é de
que 130 mil passageiros sejam transportados no primeiro ano, com projeção de 1
milhão, a partir do quinto ano de funcionamento.
O evento de lançamento do edital acontecerá nesta segunda-feira, no teatro
Procópio Ferreira, que fica na avenida Dom Pedro I, 350, no bairro Tejereba.
Outorga saiu em 2013
Em dezembro de 2013, o então vice-presidente da República, hoje presidente em
exercício, Michel Temer (PMDB), e o então ministro da Aviação Civil, Wellington
Moreira Franco, assinaram a outorga do aeroporto de Guarujá.
02.06.2016
Transporte aéreo internacional de cargas cresce 72,1% em
11 anos
Dados disponíveis no Anuário CNT
do Transporte mostram que o
transporte aéreo internacional de
cargas com origem ou destino no
Brasil cresceu 72,1% em 11 anos.
Enquanto que em 2004 transportava-
se 460,2 milhões de toneladas, em
2014 foram transportadas 792,3
milhões.
A maior parte desse transporte (78%)
foi realizada pelas empresas
internacionais, com 618,1 milhões de toneladas movimentadas. As aéreas
nacionais foram responsáveis pelo transporte de 22% dessa carga (174, 2 milhões
de toneladas).
No mercado doméstico, também houve incremento da carga paga transportada.
Enquanto em 2004 as empresas nacionais movimentaram 273,2 milhões de
toneladas, em 2014, foram 410,5 milhões de toneladas, acréscimo de 50,3%.
Número de passageiros por ano ultrapassa 100 milhões
Nos últimos anos, o acesso ao modal aeroviário no Brasil aumentou
expressivamente. Em 2004, o número total de passageiros pagos transportados
por ano era de 41,2 milhões e, em 2014, chegou a 117,2 milhões, aumento de
184,3%. O maior incremento, de 199,9%, ocorreu nos voos domésticos, que
passaram de 32,1 milhões de passageiros em 2004 para 95,9 milhões em 2014.
Nos voos internacionais, os números, nesse período, saltaram de 9,1 milhões para
21,3 milhões (132,8% de crescimento).
Entretanto, com a crise na economia, tem ocorrido queda na movimentação do
transporte aéreo no Brasil. Em 2014, o transporte doméstico realizou 942 mil
voos, 0,5% abaixo de 2013 (946,7 mil voos). E, em 2013, a queda foi de 4,5% na
comparação com 2012 (990,8 mil voos). Já os voos internacionais registraram
ligeiro aumento nesses três anos.
Em 2014, foram 148,9 mil voos, 3% de aumento em relação a 2013 (144,6 mil). E
2013 já havia registrado aumento de 3,4% frente a 2012 (139,8 mil). No total, em
2014, as empresas brasileiras e estrangeiras realizaram 1,1 milhão de voos no
Brasil.
Anuário CNT do Transporte
O Anuário CNT do Transporte pode ser acessado, na íntegra, na internet. São mais
de 800 tabelas sobre todos os modais disponíveis em
anuariodotransporte.cnt.org.br.
03.06.2016
América Latina é o mercado onde o Uber mais cresceu em
2016
A Uber Technologies Inc., nome completo da empresa dona do aplicativo de
carona compartilhada, triplicou o número de viagens pedidas na América Latina
durante os quatro primeiros meses de 2016. Isso faz da região o mercado da
companhia que mais cresce no mundo.
Segundo o gerente regional da Uber para a América Latina, Rodrigo Arevalo, a
convergência entre o crescimento do uso de smartphones e a má qualidade do
transporte público em várias das cidades da região impulsionou a demanda pelo
Uber do México à Argentina, com lucros desse último país ajudando a financiar a
expansão do aplicativo. Na Europa, o cenário é bem diferente já que o transporte
público por lá é mais eficiente.
E o Brasil está destinado a tirar a coroa do México como o país com mais usuários
do Uber em toda a região, que tem cerca de 600 milhões de habitantes, neste ano.
A aposta é que isso aconteça, segundo Arevalo, porque os motoristas brasileiros
estariam ansiosos por complementar a renda colaborando com o aplicativo em
meio à recessão vivida no país. A empresa também coloca suas fichas no recém-
chegado UberPool – o serviço de carona compartilhada do Uber que começou a
operar no Brasil no último mês de abril e consiste em um usuário pedindo um
carro e dividindo-o com outros usuários desconhecidos que estejam indo para o
mesmo lugar – no potencial, em especial, desse serviço no Rio de Janeiro, a
cidade-sede da Olimpíada.
“Nós estamos apenas na ponta do iceberg”, disse Arevalo em uma entrevista em
Cartagena, na Colômbia, na semana passada. “Há muito o que se fazer ainda em
termos de acesso [ao Uber], para que estejamos disponíveis para toda a população
e sejamos parte de uma solução para os congestionamentos.”
Quatro das dez cidades mais congestionadas no mundo em 2015 são da América
Latina, de acordo com um ranking global compilado pela TomTom, empresa líder
global em navegação, produtos de trânsito e mapas, por meio de satélites. A
Cidade do México está no topo da lista, que também inclui Rio Janeiro, Salvador e
Recife, no Brasil.
A Cidade do México é onde o Uber fez sua primeira viagem na América Latina, em
1.º de julho de 2013. Hoje, a companhia opera em 45 cidades em dez países da
região, tendo mais de 2 milhões de usuários por semana.
Como em Bogotá e outras cidades da região, a chegada do Uber em Buenos Aires
há sete semanas enfrentou protestos de taxistas e estradas bloqueadas. Ao
mesmo tempo, o aceitamento por parte dos usuários e motoristas na capital
argentina foi mais rápido do que em qualquer outro lugar da América Latina.
Panorama geral
A companhia com sede em São Francisco, nos Estados Unidos, pretende investir
US$ 1 bilhão na China, onde enfrenta forte concorrência de uma empresa local, a
Didi Chuxing. E o valor não é difícil de ser cumprido, já que, segundo Arevalo, a
companhia tem, somente com seus 30 maiores mercados globais, US$ 1 bilhão de
lucro todos os anos. “ A América Latina é parte da solução (....) Se a região gerar
lucro e sustentar o seu crescimento acelerado de uma maneira vantajosa, esse
lucro vai nos ajudar a investir de forma mais agressiva onde nós temos nossas
maiores apostas [no futuro], como a China”.
No começo de maio, a Toyota revelou planos de investir na Uber, seguindo o
caminho da Volkswagen e da General Motors que investiram nos concorrentes
Gett e Lyft, respectivamente. Outros investidores, porém, deverão esperar um IPO
do Uber, cuja data vem sendo alvo de muita especulação no mercado financeiro.
“Eu não diria que nós temos planos no futuro próximo de fazer um IPO”, disse
Arevalo, ressaltando que a decisão será tomada pelo co-fundador e CEO da
Uber,Travis Kalanick, e pelo conselho da companhia.
O próximo alvo da Uber na América Latina é Porto Rico. A companhia também está
de olho na Venezuela, mas o ambiente de incertezas econômicas e políticas por lá
atualmente impedem qualquer chegada do aplicativo no curto prazo. “ É uma
oportunidade imensa. O acesso incipiente à tecnologia e a situação difícil de
segurança e economia não facilita nosso entendimento do mercado venezuelano.
Nós estamos tentando [entender]. Nossa meta é estar em todo o lugar e, em algum
momento, nós também chegaremos lá”, disse Arevalo.
02.06.2016
Antaq aprova norma que regula exploração de áreas
portuárias
A Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) publicou, no Diário Oficial
da União desta quinta-feira (2), a norma que estabelece as regras para licitação e
exploração de áreas portuárias delimitadas pela poligonal do porto organizado.
Conforme a resolução normativa, a exploração de áreas e instalações portuárias
operacionais está condicionada ao compromisso, por parte das arrendatárias,
bem como dos titulares de outros contratos, de prestação de serviço adequado
aos usuários.
Elas deverão, entre outras coisas: adotar procedimentos que evitem atrasos
operacionais, perda, dano ou extravio de mercadorias; fixar valores condizentes
com a complexidade e com os custos dos serviços; utilizar pessoal capacitado;
estabelecer metas e indicadores para verificar o cumprimento do contrato;
quando envolver a movimentação de passageiros, deverão obedecer aos
requisitos mínimos fixados pela Antaq.
23.05.2016
Check-in de viagens de ônibus pode ser feito pela internet
Uma novidade vai facilitar a vida de passageiros de ônibus interestaduais. De
acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o check-in
poderá ser feito pela internet.
O projeto apresentado pela empresa Netviagem ao órgão, em Brasília-DF, consiste
no uso de uma central de emissão online para a venda de passagens e automação
no controle de check-in e embarque direto dos passageiros. A partir do novo
benefício, o usuário pode imprimir o cupom de embarque em casa e ir direto para
o ônibus, sem precisar procurar o guichê da companhia para retirar a passagem.
Em todo o Brasil, somente 5% das passagens rodoviárias são vendidas pela
internet. Já o modal aéreo tem 90% dos bilhetes vendidos de forma eletrônica. A
equiparação entre o transporte rodoviário e aéreo é uma antiga reivindicação dos
passageiros, demanda que foi analisada e regulada pela ANTT.
“A ANTT incentiva a adoção de novas tecnologias de automação para a excelência
do transporte terrestre de passageiros, de forma a assegurar a prestação de
serviços adequados aos usuários. A novidade está em conformidade com as
resoluções da ANTT e com as normas do Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz)”, afirma o órgão.
Passagem de graça
Em março, a Resolução nº 5.063/16, que estabelece a gratuidade para o jovem de
baixa renda em viagens interestaduais no transporte rodoviário e ferroviário, foi
regulamentada pela ANTT. A concessão do benefício, no entanto, é condicionada
à emissão da identificação do beneficiário pela Secretaria Nacional da Juventude.
Agora as prestadoras deverão reservar duas vagas gratuitas e outras duas com
desconto de 50% em cada veículo ou comboio ferroviário de serviço convencional.
O benefício não inclui tarifas de pedágio, de embarque nos terminais ou despesas
com alimentação.
A gratuidade será concedida mediante a apresentação da Identidade Jovem,
documento que atesta que o portador é um jovem de baixa renda. A passagem só
será emitida com o documento dentro do prazo de validade e a apresentação de
documento de identidade com foto. A Identidade Jovem é emitida para jovens
entre 15 e 29 anos, de família que recebe até dois salários mínimos e está inscrita
no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal).
O jovem deverá solicitar o “Bilhete de Viagem do Jovem” no mínimo três horas
antes da partida do ponto inicial da linha. Poderá solicitar, quando possível, a
emissão do bilhete de retorno. Depois desse prazo, as prestadoras colocarão
esses bilhetes à venda, mas enquanto não forem vendidos, continuarão
disponíveis para os beneficiários. A mesma regra se aplica aos assentos com
desconto.
01.06.2016
Depois de 69 anos, Suíça abre caminho entre Norte e Sul
da Europa
GENEBRA - Uma das maiores obras de engenharia civil do mundo será inaugurada
nesta quarta-feira, 1º, na Suíça, encurtando o caminho entre o Norte e o Sul da
Europa. O maior e mais profundo túnel ferroviário do mundo será aberto sob os
Alpes, completando uma obra que custou US$ 12 bilhões e que foi originalmente
concebida há 69 anos.
O túnel do Gotardo é um plano central da estratégia da Suíça de preservar o meio
ambiente nos Alpes, transferindo todo o transporte de mercadorias das estradas
para os trens, numa das rotas mais intensas entre o porto de Roterdam e o Sul do
continente, ligando com o porto de Gênova.
Mas para isso, os engenheiros tiveram de abrir um túnel que supera o de Seikan
no Japão, com 53,9 quilômetros, e o do Canal da Mancha, com 50,5 quilômetros.
Para atravessar os Alpes em 57 quilômetros, foram necessários 2,4 mil operários
e 15 anos de escavação.
A velha linha ferroviária do Gotardo abriu em 1882 e logo se transformou em uma
das principais rotas de comércio da Europa. Hoje, 26 milhões de toneladas de
mercadorias são transportadas pelos Alpes.
O projeto é muito mais antigo que a própria construção da UE. Em 1947, o
engenheiro suíço Carl Gruner apresentou a ideia e apontou que ele poderia ser
realizado até o ano 2000. Ele errou em apenas 16 anos.
Em 1963, uma comissão foi criada para começar a estudar as diversas opções e,
numa votação em 1992, a população deu o sinal verde para as obras que seriam
iniciadas em 1995. A escavação em sí teria começo apenas em 2002, tanto da
parte Norte quanto Sul. Depois de remover 28 milhões de toneladas de pedras, os
túneis foram completados em março de 2011.
Desde então, o trabalho se concentrou em colocar os trilhos, equipamentos de
segurança e toda a infra-estrutura para equipar dois túneis paralelos, separados
por apenas 40 metros. Essa estrutura permite que trens possam circular
simultaneamente em ambas as direções. Além disso, o plano inclui quatro outros
túneis de segurança.
Os trens que sairão da cidade de Erstfeld, no cantão de Uri, até a cidade de Bodio,
no Ticino, transportarão 40 milhões de toneladas por ano de bens. Para os
passageiros, isso reduz em 45 minutos o trajeto entre Zurique e Lugano. Com
redução de custos para o transporte de bens, os suíços esperam trazer ganhos
reais para a competitividade europeia.
Diplomacia. Mas o túnel também tem um objetivo político. Fora da UE, a Suíça
quer dar uma prova aos líderes europeus que está disposta a avançar nas relações
com Bruxelas e a presença de Angela Merkel, François Hollande e Matteo Renzi no
evento de hoje é um sinal de que o país no centro da Europa pode ter um papel na
integração. " Esse pode ser um bom momento para debater os desafios na relação
entre a Suíça e a Europa", declarou Didier Burkhalter, ministro de Relações
Exteriores em Berna.
Nos últimos anos, a Suíça tem retardado uma série de acordos com a UE,
principalmente no que se refere à imigração e ao fluxo de pessoas.
Em 1992, a população suíça rejeitou em uma votação entrar na UE. No lugar da
adesão, o país negociou uma série de acordos com o bloco e, na prática,
harmonizou muitas de suas leis com as de Bruxelas.
Mas a relação entrou em uma fase crítica em 2014, quando a população aprovou
outra decisão para frear o livre fluxo de pessoas e estabelecer cotas até mesmo
para europeus. Em resposta, Bruxelas ameaça agora frear uma série de
entendimentos comerciais e Berna espera relançar o debate.
Para políticos suíços, o fato de o país ter pago sozinho a construção da nova obra
de infra-estrutura pela Europa poderia ser um trunfo para convencer Bruxelas a
não penalizar a economia alpina.
Para o evento, 1,2 mil convidados de todo o mundo estarão aos pés dos Alpes e
apenas para a festa e promoção foram gastos US$ 20 milhões. Ainda assim, num
gesto de desagrado, a liderança da Comissão Europeia deixou claro que não vai à
inauguração de uma das maiores obras do século.
03.06.2016
O Apple Car vem aí
No início da semana, um grupo de analistas do banco Morgan Stanley que passara
dias debruçado sobre as planilhas da Apple publicou um achado e tanto. Entre
2012 e 2015, a verba da empresa para desenvolvimento de novas tecnologias
triplicou. Saltou de US$ 3,6 bilhões para quase US$ 9 bilhões. E, ainda assim, nada
de extraordinário saiu de seus laboratórios neste período. Nem cheiro. No
máximo o Apple Watch, um produto de nicho vagamente interessante. Este padrão
de gastos em novos produtos não é nada comum no Vale do Silício. É comum,
porém, noutra indústria. Em 2015, a Ford investiu US$ 7 bilhões. A Toyota, US$ 9
bilhões. A APPLE ESTÁ MESMO desenvolvendo um automóvel.
O boato já vem de algum tempo e com boas razões. No ano passado, a Apple
contratou Doug Betts, um executivo que passou 25 anos entre Nissan, Toyota e
Fiat Chrysler. O que faz na Apple? Exerce uma função operacional não
especificada, segundo seu perfil no LinkedIn. No mesmo ano, contratou o
engenheiro suíço Paul Furgale, cujo último trabalho havia sido desenvolver carros
autômatos. Pelo menos 50 engenheiros que trabalham hoje na Apple vieram da
Tesla, a inovadora empresa do Vale que constrói carros elétricos. Elon Musk, CEO
da Tesla, já se queixou publicamente da agressividade dos pacotes de bônus
oferecidos a seus empregados. Outra empresa atacada é a sul-coreana Samsung.
Lá, a Apple busca gente especializada em baterias.
Não bastasse, a empresa comprou um largo percentual da Didi Chuxing,
equivalente chinesa da Uber.
As peças todas juntas indicavam, claramente, que havia interesse no mercado
automobilístico, mas não necessariamente na construção de um veículo. Poderia
ser software, integração de celular, computadores de bordo. A novidade é o alto
gasto, o que aponta para um Apple Car.
Não será, evidentemente, a primeira empresa do Vale com este tipo de interesse.
Afinal, a própria Tesla já está na terceira geração de automóveis. E a Google tem
pronta a tecnologia de seu carro autômato. No início de maio, assinou um acordo
com a Fiat Chrysler para o lançamento futuro de uma minivan que dirige por
conta própria. Neste mesmo passo, o presidente da Ford vem dando entrevistas
dizendo que sua indústria está preparada para o desembarque do Vale. A
concorrência vai aumentar.
Quando o Vale começar a fazer automóveis, as mudanças serão radicais. Porque
os dois novos conceitos trazidos pelo digital, quando vistos em conjunto,
representam uma drástica mudança de comportamento. Trata-se do modelo Uber,
de chamar um carro pelo celular, e dos robôs.
Poderemos chamar o carro, pelo celular, a hora que precisarmos dele. E, se
pudermos fazer isso, qual o sentido de comprar um automóvel? A principal
aposta dos analistas é que deixaremos de ter nossos próprios veículos para
simplesmente contratar o serviço de uma empresa. A Uber do futuro talvez tenha
um modelo parecido com o do telefone celular. Paga-se uma quantia por mês por
um pacote de quilômetros. Quem passar daquele número, paga mais.
Há inúmeras vantagens nesse modelo. O número de acidentes diminui, carros
autômatos são muito mais seguros. Carro é coisa muito cara, cujo valor deprecia
rápido. Essa perda desaparece. O problema de onde estacionar some. Num
cenário com só carros robôs na rua, a velocidade tende à constância, e os
engarrafamentos se resolvem. Além do que, é perfeitamente possível usar um
carro pequenino para o trabalho e pedir um com bagageiro grande para o
veraneio do fim de semana.
Mesmo em Detroit, onde está a indústria tradicional, não são poucas as mentes
pensando nesse modelo para o futuro. É mais um negócio que o digital botará de
pernas para o ar.
02.06.2016
Austrália planeja semáforos para alertar viciados em
celular
Um semáforo no nível do solo para alertar pessoas que estão distraídas nos
celulares ao atravessar a rua, está sendo desenvolvido pelo governo do estado de
Nova Gales do Sul, na Austrália. As informações são do site do jornal The
Telegraph.
A iniciativa, que custa em torno de US$ 250 mil será testada entre cinco e seis
meses em diversas vias movimentadas de algumas cidades.
O diretor de Segurança Rodoviária, Bernard Carlon, explicou a medida. “Os
pedestres são menos protegidos em um acidente, e, portanto, estão mais
propensos a ficarem seriamente feridos ou até mesmo mortos. Por isso
precisamos criar um sistema que os mantenha seguros, isso inclui situações em
que não estão prestando atenção por causa do celular. As luzes serão destinadas
àqueles que estão desatentos por conta do aparelho móvel. Isso vai servir como
outra camada de aviso”.
Mortes de pedestres estão aumentando no país e a distração por causa dos
aparelhos móveis são um dos principais motivos. Em 2015, 61 pessoas morreram
nas estradas australianas. Esse número é 49% maior do que o de 2014.
03.06.2016
Meta sustentável
O Brasil assumiu o compromisso internacional, no âmbito do Acordo de Paris, de
reduzir suas emissões de gases de efeito-estufa em 43% até 2030, a partir de
metas como assegurar um percentual de 45% de energias renováveis na matriz,
zerar o desmatamento ilegal na Amazônia e recuperar 12 milhões de hectares de
floresta.
As metas assumidas pela presidente afastada Dilma Rousseff foram herdadas pelo
governo interino de Michel Temer, mas a atual gestão ainda não deu sinais claros
de que pretende colocar a economia nos trilhos com uma estratégia de
desenvolvimento baseada na economia de baixo carbono. Para especialistas
ouvidos pelo Valor, o país tem desperdiçado a chance, governo após governo, de
fomentar a recuperação econômica com base na inovação voltada à
sustentabilidade.
Foi assim quando o governo federal concedeu isenção de impostos à indústria
automobilística sem demandar contrapartidas ambientais das montadoras,
durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o que gerou problemas de trânsito
e poluição decorrentes do excesso de veículos. Outro exemplo foi a decisão de
reduzir o percentual do álcool, um combustível renovável, na gasolina brasileira,
na gestão Rousseff. "Os compromissos que foram assumidos pelo Brasil em Paris
trazem a oportunidade de solucionar a crise econômica e, ao mesmo tempo,
enfrentar os desafios climáticos. Seria usar o verde para sair do vermelho", diz
Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima.
Segundo Rittl, não falta conhecimento para subsidiar o governo na tomada de
decisões rumo a uma economia mais verde, pois estudos recentes têm mostrado
que é possível aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro com as medidas
para redução das emissões de carbono. Um desses estudos é o "Implicações
Econômicas e Sociais: Cenários de Mitigação de Gases de Efeito-Estufa" (IES-Brasil),
conduzido pela Coppe/UFRJ e apresentado ao governo no ano passado pelo
Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, que aponta que adoção de medidas
ambiciosas de redução das emissões poderá gerar um incremento de até R$ 609
bilhões no PIB em relação ao projetado para o período 2015-2030.
O estímulo à economia seria alcançado por meio de ações de mitigação das
emissões, como o aumento no uso de combustíveis renováveis, investimentos no
setor de transportes e na agricultura de baixo carbono. No cenário mais otimista
traçado pelo estudo, se adotadas essas estratégias mais sustentáveis, as emissões
chegariam a 2030 em cerca de 1,0 bilhão de toneladas de CO2
, 25% menos que o
registrado em 1990 e 49% menor do que em 2005.
O governo federal tem em suas mãos também análises sobre os modelos de
taxação de carbono que vêm sendo aplicados em várias partes do mundo, que
poderiam subsidiar uma política fiscal voltada a penalizar os setores mais sujos
da economia. "No entanto, a agenda de desenvolvimento que está norteando o
governo interino é conservadora e vê a questão ambiental como um entrave",
afirma Rittl. Ele cita os documentos "Agenda Brasil", conjunto de 27 saídas para a
crise proposta por Renan Calheiros e "Uma Ponte para o Futuro", que são as
propostas do PMDB para guiar o atual governo.
No primeiro caso, a menção ao meio ambiente aparece apenas no sentido de
tornar mais ágeis as licenças ambientais, especialmente em áreas costeiras e
obras consideradas estruturantes, e ainda é proposta a revisão dos marcos
jurídicos que regulam áreas indígenas, para tornar as reservas "compatíveis" com
atividades produtivas. Já o conjunto de propostas do PMDB sequer menciona a
sustentabilidade, mas reforça a importância do pré-sal para a retomada do
crescimento.
No Congresso Nacional, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65,
recentemente aprovada em comissão no Senado, pretende flexibilizar a legislação
de licenciamento ambiental com a premissa de acelerar os trâmites burocráticos e
tem sido apontada como um retrocesso por ambientalistas, especialistas em
direito e pelo Ministério Público.
O economista Ricardo Abramovay, professor titular do departamento de economia
da FEA-USP, vê riscos também no movimento de reprimarização da economia
brasileira, com a ênfase na produção e exportação de commodities agrícolas e de
mineração, incapaz de promover e financiar uma economia mais sustentável.
"Infelizmente, o Brasil ainda acredita que a retomada do crescimento é pela velha
economia", diz Abramovay.
Segundo ele, a saída da crise que o país tem buscado é pela via de reduzir os
custos de produção de commodities sem, contudo, investir para agregar valor
sustentável aos produtos brasileiros. "Continuamos apostando nos setores que
foram importantes no passado: grandes hidrelétricas, petróleo, commodities. E
sem enxergar que estamos nos distanciando da fronteira global da inovação",
completa.
Apesar desse cenário, na avaliação do economista, há sinais positivos vindo de
importantes segmentos do setor privado, que, motivados pelas oportunidades da
economia de baixo carbono, estão se organizando para fomentar essa agenda. Os
exemplos estão nas áreas de energias renováveis (principalmente solar e eólica),
eficiência energética, reflorestamento e agricultura sustentável. As metas do
compromisso brasileiro firmado no Acordo de Paris evidenciam esse potencial -
como expandir as fontes renováveis para pelo menos 23% da matriz e obter
ganhos de eficiência de 10% no setor elétrico.
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que está mobilizando os
segmentos de florestas plantadas, biocombustíveis e madeira certificada, é outro
exemplo. Com 130 membros, entre empresas e ONGs, a coalizão têm se reunido
para discutir como será possível tornar viável economicamente o plantio dos 12
milhões de hectares de florestas previsto no compromisso brasileiro. "A mudança
climática vai trazer vencedores e perdedores, e podemos estar entre os
primeiros", diz José Luciano Penido, presidente do Conselho de Administração da
Fibria Celulose, uma das empresas da coalizão.
Mesmo com o engajamento de alguns setores, ainda sobram incertezas em relação
a como o Brasil vai financiar suas estratégias de adaptação às mudanças
climáticas. Em maio, o Ministério do Meio Ambiente lançou o Plano Nacional de
Adaptação à Mudança do Clima (PNA), instrumento que traz diretrizes e
recomendações para gestão e redução dos riscos associados às mudanças
climáticas em onze áreas de interesse nacional: agricultura; cidades; recursos
hídricos; populações vulneráveis; segurança alimentar; biodiversidade e
ecossistemas; gestão de riscos aos desastres; indústria e mineração;
infraestrutura; saúde e zonas costeiras.
O plano foi construído com a participação técnica de 18 órgãos do governo
federal, da comunidade científica, de populações tradicionais e do setor privado.
Traz metas de quatro anos de prazo para execução para cada setor - na área de
saúde, por exemplo, está previsto o compromisso do Ministério da Saúde de
ampliar para 85% o percentual de municípios atendidos pelo Programa Nacional
de Qualidade da Água para Consumo Humano, até 2019.
A questão de onde sairão os recursos necessários para enfrentar a adaptação, no
entanto, não está clara no documento. Uma das possibilidades, prevista pela Lei
12.114/09, é a utilização de recursos do Fundo Clima ou do Fundo Amazônia,
ambos operados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) - o primeiro com recursos oriundos dos royalties do petróleo e o segundo
com repasses de governos como o da Noruega. "Nesse cenário de incertezas
políticas e econômicas, será preciso buscar fontes de recursos públicos, privados
e de cooperação internacional para tirar a adaptação do papel", diz Guarany
Osório, coordenador do programa Política e Economia Ambiental do Centro de
Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVCes).
Velocidade de acordos está aquém das necessidades
Por Vívian Soares / Para o Valor, de Genebra
Os desafios globais do meio ambiente não escolhem patamar de desenvolvimento
econômico - países ricos e pobres hoje enfrentam as consequências de má gestão
dos recursos naturais, priorização de fontes não-renováveis de energia e demora
na implementação de políticas públicas adequadas. Apesar de esperançosos com
a contribuição do Acordo de Paris em relação a metas globais de redução de
emissões de gases-estufa, especialistas do setor afirmam que os contratempos
vão além: poluição da água, produção de alimentos para acompanhar o
crescimento demográfico e falta de conscientização dos atores políticos são
alguns dos problemas que afetam, direta ou indiretamente, a todos os países.
"Existe um problema de ambição e outro de velocidade. É uma vitória do ponto de
vista da ambição quando conseguimos fechar um acordo como o de Paris, com
192 países, depois de 20 anos de insucesso. Mas a velocidade dos acordos não
acompanha o que precisa ser feito - mesmo se cumpridas, as promessas já não
são suficientes", afirma Marcio Astrini, coordenador de políticas públicas do
Greenpeace.
Um dos problemas que afeta todos os países, segundo ele, está ligado à energia e
à relação entre governos e empresas que atuam com combustíveis fósseis. "Os
lobbies das companhias de geração e distribuição constituem um poder muito
grande sobre as políticas públicas, o que barrou por muito tempo a evolução de
modelos de energia renovável", diz.
A despeito disso, o desenvolvimento das tecnologias em produção de energia
limpa tornou essas soluções mais baratas e vantajosas para o consumidor,
criando um cenário em que "mesmo poderes constituídos não podem mais brigar
com essa realidade". Trata-se, agora, de uma questão de velocidade: quando os
combustíveis fósseis serão substituídos por geração limpa de energia, e se isso
acontecerá rápido o suficiente.
A produção de energia não-renovável está no cerne das discussões do Acordo de
Paris - e, apesar da unanimidade sobre a necessidade de mudanças na matriz
energética, ainda não existe concordância sobre a eficácia dessas medidas para a
prevenção de uma catástrofe mundial. "É uma espécie de experimento global. As
evidências são difíceis de ignorar e apontam para um cenário disruptivo severo,
mas ainda estamos tentando entender o cenário que vamos enfrentar com a
quantidade de gases na atmosfera", afirma Gabriel Labbate, executivo sênior do
escritório regional do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma).
Segundo Labbate, outro problema crítico é a produção de alimentos em um
cenário de crescimento demográfico. "Até 2050, teremos mais de 2 bilhões de
pessoas a mais no planeta até que a população se estabilize. O grande desafio é
como produzir alimentos suficientes para atender às necessidades dessas pessoas
a um custo ambiental aceitável", diz. Uma das soluções, segundo ele, é melhorar a
produtividade e a distribuição de alimentos, por meio de programas de consumo
e produção sustentáveis.
A preocupação direta é com as populações pobres - a distribuição de renda entre
países está no centro do debate de programas como o "Economia Verde", lançado
há oito anos pelo Pnuma. "Para eliminar a pobreza sem causar uma crise no meio
ambiente, só por meio do estímulo à produtividade, igualdade e eficiência", diz
Labbate.
Na América Latina, energia e produção de alimentos também são problemas que,
somados aos desafios de saneamento, contaminação da água e do solo e gestão
das florestas, agravam o status de vulnerabilidade da região. Rachel Biderman,
diretora do World Resources Institute (WRI) para o Brasil, afirma que, no
subcontinente, o acesso à água potável ainda é um caso crítico - tanto nas áreas
rurais vítimas de contaminação por agrotóxicos ou fenômenos de desertificação,
quanto nas grandes cidades que sofrem com problemas de abastecimento e
saneamento. "O Brasil é tido como exemplo de legislação ambiental e é modelo
para outros países da região, mas não estamos preparados para as mudanças
climáticas e há pouca compreensão da sociedade para os riscos que elas
representam", diz.
As conquistas das legislações ambientais na América Latina, porém, vêm sofrendo
alguns retrocessos, na opinião de Rachel -seja pela falta de cumprimento das leis
ou pela fragilidade das instituições que devem garantir seu funcionamento. A
falta de consciência de atores políticos e civis é, segundo Marcio Astrini, um
motivador para que instituições como o Greenpeace optem por atuações mais
estratégicas. É preciso, por exemplo, ir além de campanhas pontuais de
preservação da floresta e promover o combate às "causas profundas" dos
problemas ambientais, como corrupção, desigualdade social e pobreza. "Há um
entendimento de que essas são consequências dos desafios de meio ambiente,
mas o que vemos é que os sistemas de corrupção e lobby globais, por exemplo,
impedem o avanço de uma agenda positiva", diz.
26.05.2016
Energia para ônibus que vem do ar
ADAMO BAZANI
O ar-condicionado e o sistema
de iluminação interna de ônibus
operando conjuntamente podem
aumentar entre 10% e 30% o
consumo de combustível e, no
caso de alguns modelos de
ônibus elétricos, reduzir a
autonomia das baterias que
geram força para movimentação
dos veículos.
Assim, fontes de energias
independentes para esses
equipamentos são estudadas
para permitir que os veículos de transporte coletivo tenham operação mais
econômica e mais eficiente.
Uma das alternativas pode vir do ar.
O gerente de tecnologia da informação, Mário Milanésio Neto, formado pelo
Centro Universitário Fundação Santo André, patenteou um projeto que pode ser
um dos caminhos para o mercado ter ônibus mais econômicos e com maior
autonomia.
Trata-se de um sistema de geração de energia móvel. O equipamento, que também
pode ser instalado no teto de carros e caminhões, capita o movimento do ar
durante a circulação do veículo. O ar movimenta pequenas turbinas que podem
carregar alternadores gerando assim energia elétrica.
O sistema é feito com gabinete de fibra de vidro, que é mais leve, e também
possui células fotovoltaicas que aproveitam a energia solar.
Há baterias armazenadoras e materiais isolantes.
O tamanho do equipamento varia de acordo com o porte do veículo.
A patente já está registrada no INPI — Instituto Nacional da Propriedade
Industrial, faltando agora incentivos e parcerias para que o invento seja
produzido em escala.
03.06.2016
Festival brasileiro abre final temporada internacional de
festivais de filmes sobre violência de trânsito
03/06/2016 10:00 - ANTP
AGENDA 2016
JUNHO
XI Seminário Nacional Metroferroviário
14 de junho - Rio de Janeiro
64ª Reunião do Fórum Paulista de Secretários e
Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana
30 de junho- São Paulo
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