alinhar a grh com a estratégia organizacional
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ALINHAR A
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
COM A
ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
LEIRIA, 22 DE NOVEMBRO DE 2013
AQUILINO FELIZARDO
Aquilino Felizardo 22.11.2013 2
1º Parte
Do raciocínio estratégico ao processo de planeamento estratégico
- fundamentos da ação estratégica
- pensamento estratégico
- gestão estratégica
- planeamento estratégico
2ª Parte Integração da GRH na estratégia organizacional
- os RH como ativo estratégico e fonte de vantagem competitiva
- competências dos RH
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Fundamentos da ação estratégica
• De acordo com o princípio basilar da dialética do antagonismo, sem inimigo, real ou potencial,
não existe campo de aplicação para o pensamento estratégico
• Este inimigo – adversário, concorrente – toma iniciativas, reage às nossas iniciativas, procura
impor-nos a sua vontade, sendo uma fonte constante de ameaças
• Daqui decorre que a finalidade essencial da ação estratégica é marcada pela necessidade
imperiosa de obter superioridade relativamente a um opositor
• Neste contexto, o princípio estratégico crucial consiste em identificar, desenvolver e aplicar as
competências específicas e distintivas que permitam fazer melhor que qualquer antagonista
• O verdadeiro objetivo do estratego é procurar obter uma situação estratégica vantajosa
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Pensamento estratégico
• Incorpora as contribuições do pensamento estratégico de raiz militar
• Uma leitura sobre estratégia militar permite-nos identificar conceitos e princípios que se
aplicam (com as adequadas adaptações circunstanciais) ao contexto empresarial
• O que diferencia a estratégia militar da empresarial é o uso da força física: não se disparam
canhões nem se bombardeiam as posições do inimigo
«o teatro de operações deixa de ser o campo de
batalha para passar a ser o mercado;
a organização empresarial assume o estatuto de
unidade estratégica antes atribuído ao exército em campanha;
os concorrentes vestem a pele do inimigo que urge derrotar»
Francisco Abreu (2002)
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Pensamento estratégico (cont.)
Estratégias militares / estratégias empresariais
Meio militar Meio empresarial
Objetivos Conquista e controlo de territórios Conquista e controlo de mercados
Análises Estrutura da indústria Organização e liderança Condições do terreno Estrutura do comando
Estudo do mercado Pontos fortes e pontos fracos Condições climatéricas Estrutura organizacional
Resultados
Estratégia militar Plano de campanha
Estratégia empresarial Plano estratégico
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Gestão estratégica
• A Revolução Industrial viu na estratégia uma forma de adaptar as forças do mercado e de
afetar o ambiente competitivo
• A II Guerra Mundial contribuiu para o estímulo do pensamento estratégico no domínio da
gestão com a intensificação do problema da alocação de recursos escassos.
• A Harvard Business School foi das primeiras escolas a promover a ideia de que os gestores
deveriam ser treinados a pensar de forma estratégica em vez de agirem como
administradores funcionais
• Gestão corrente não é gestão estratégica
«Se a gestão corrente permite realizar
(executar), a gestão estratégica coloca a
empresa em posição de realizar (executar)»
Igor Ansoff (1988)
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Afinal …
Qual é o principal objetivo da gestão estratégica?
EMPRESA ENVOLVENTE
VANTAGENS COMPETITIVAS
COMPETÊNCIAS FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO
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Planeamento estratégico
• Nos anos 60, o planeamento estratégico era definido como o processo para determinar os
objetivos principais, as políticas e as estratégias que iriam governar a aquisição, os usos e a
disposição dos recursos para alcançar esses objetivos
• Atualmente, o planeamento estratégico é definido como o desenvolvimento de planos a
longo prazo para a gestão efetiva de oportunidades e ameaças presentes no meio envolvente,
face às forças e fraquezas da organização
• Neste sentido, trata-se de uma ferramenta fundamental para garantir a sua continuidade no
mercado, fornecendo meios que lhe permitam uma correta adaptação às mudanças do
ambiente externo
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Algumas características
Perguntas básicas: Em que negócio estamos e em que negócios deveríamos estar? Quem são os nossos clientes e que deveriam ser?
Fornece uma estrutura para um planeamento mais detalhado e para decisões quotidianas
É um processo contínuo e cíclico, que encoraja a participação de todos os membros do staff na tomada da decisão
É um processo orientado para o futuro
Requer uma visão global do propósito central da organização
Proporciona o desenvolvimento de cursos alternativos de ação que antecipam mudanças potenciais na organização ou na sua envolvente
É uma atividade de nível superior, em que a gestão de topo deve estar ativamente envolvida
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Fases do Planeamento Estratégico
Feedback / Aprendizagem
Adaptado de Wheelen & Hunger (2010)
Análise de ambiente
Externo Oportunidades e
Ameaças
Político Económico Social Tecnológico 5 forças de Porter
Interno Forças e
Fraquezas
Estrutura Cultura Recursos
Formulação da Estratégia
Missão
Objetivos
Estratégias
Políticas
Implementação da Estratégia
Programas
Orçamentos
Procedimentos
Controlo
Desempenho
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Diagnóstico Externo “A sobrevivência de qualquer empresa depende, em primeiro lugar, da sua capacidade de interação com o meio envolvente” (Freire, 1997)
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Ambiente Contextual – análise PEST
• Permite detetar as influências externas exercidas sobre uma organização (passado e futuro)
• Identifica tendências e permite criar as condições que no futuro se poderão tornar essenciais
para a continuidade das organizações que, de outro modo, não seriam detetadas
Factores Político-Legais
Legislação
Políticas fiscais
Estabilidade governamental
Factores económicos
Ciclos económicos
Taxas de juro
Inflação
Disponibilidade de capital
Factores Socioculturais
Demografia
Estilo de vida
Consumismo
Níveis de educação
Factores Tecnológicos
Incentivos em I&D tecnológico
Velocidade de transferência tecnológica
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Ambiente Transacional - modelo das 5 Forças Competitivas de Porter
Poder negocial dos FORNECEDORES
Rivalidade entre CONCORRENTES ATUAIS
Pressão de PRODUTOS SUBSTITUTOS
Potencial de NOVAS ENTRADAS
Poder negocial dos CLIENTES
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Diagnóstico Interno
Capacidade estratégica – recursos
• Identificar quais os recursos disponíveis da organização para suportar as estratégias internas e
externas
• Deve incluir todos os recursos necessários para apoiar as estratégias
• Deve ser abrangente de forma a identificar os recursos críticos que suportam as estratégias
organizacionais em contraste com aqueles que são necessários
Recursos físicos Recursos humanos Recursos financeiros Recursos intangíveis
Capacidade de produção
Instalações
Nº de máquinas
Aptidões
Capacidade de adaptação
dos RH
Fontes e aplicações de
capital
Gestão das relações com os
fornecedores de capital
Contactos influentes
Valor da marca
Imagem corporativa
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Capacidade estratégica – competências
• Um desempenho superior pode ser determinado pela forma como os recursos são utilizados
para criarem competências nas diferentes atividades para suportarem excelentes
desempenhos
• As competências centrais são importantes para apoiar a capacidade que a organização terá
para superar a concorrência
• Podem ser compreendidas e analisadas através de dois modelos de análise:
Análise da cadeia de valores
Análise das bases das competências centrais
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Cadeia de valores
Bases das competências centrais
Act
ivid
ade
d
e
sup
ort
e
Infra-estrutura da empresa Margem
Gestão de recursos humanos
Desenvolvimento de tecnologias
Compras de bens e serviços
Logística
de abastecimento
Opera-
ções
Logística
de vendas
Marke-ting e
vendas
Serviços
Actividades primárias
Bases das competências
Eficiência de custos
Valor acrescentado
Gestão das ligações
Capacidade de resistência
Competências organizacionais
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Análise SWOT (novo modelo)
Oportunidades e Tempo
A
B
C
D
E
Curto e médio prazo Médio e longo prazo
Pontos fortes
A
B
C
D
E
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
Pontos fracos
A
B
C
D
E
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
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Formulação da Estratégia
Missão – define o propósito ou a razão da existência da organização
Objetivos – são os resultados finais que se pretendem atingir das atividades planeadas
Estratégias – são os planos para atingir a missão e os objetivos
Políticas – são as orientações gerais para a tomada de decisões
Formulação da Estratégia
Missão
Objetivos
Estratégias
Políticas
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Hierarquia das estratégias
Estratégia
corporativa
A estratégia
do grupo
como um todo
Estratégia de negócio
Táticas para fazer
frente à concorrência
Estratégia funcional
Métodos operacionais para
implementar as táticas
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Implementação da Estratégia
Programas – são as atividades necessárias para a realização do plano
Orçamentos – são o custo dos programas
Procedimentos – são os passos necessários para a realização do trabalho
Implementação da Estratégia
Programas
Orçamentos
Procedimentos
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Avaliação e Controlo
Desempenho – são os resultados provenientes dos diversos indicadores
Balanced Scorecard (BSC)
É um instrumento que integra as medidas derivadas da estratégia, sem negligenciar as medidas financeiras do passado, e que mede o desempenho organizacional sob 4 perspectivas equilibradas
Fornece uma estrutura para traduzir a visão e a estratégia em termos operacionais
Controlo
Desempenho
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BSC
Aprendizagem
e crescimento "Para atingirmos a nossa visão, como deve a
nossa organização aprender e melhorar?"
Processos
internos "Para satisfazermos os nossos clientes, em
que processos nos devemos destacar?"
"Para atingirmos a nossa visão, como
devemos olhar para os nossos clientes?"
"Se formos bem sucedidos, como é que os
nossos acionistas nos vêem?"
Estratégia
Financeira
Clientes 5 princípios da estratégia focada na organização Traduzir a estratégia em termos
operacionais Alinhar a organização à
estratégia Mobilizar a mudança através da
liderança Fazer da estratégia um processo
contínuo Motivar para fazer da estratégia
um trabalho de todos
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Integração da GRH na estratégia organizacional
Questão
Porque é que na maioria das organizações os RH não estão alinhados com o PE?
- as organizações olham para os RH como uma função de suporte administrativo
- ignoram a necessidade e oportunidade de alinhar os RH com o PE
- mesmo em circunstâncias em que são incluídos, a sua prestação não vai além de fazer meras previsões
- os gestores, ainda que lhes reconheçam algum valor, olham-no como um custo que tem de ser minimizado
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Solução
- gerir os RH como um ativo estratégico
- medir o desempenho dos RH em termos do seu impacto estratégico
Como
- através de uma perspetiva sobre o que se entende por RH na organização (posicionamento)
- nova compreensão de como os RH criam valor na organização (vantagem competitiva)
Porquê
- porque desempenha um papel fundamental no suporte à gestão
- porque focaliza os trabalhadores na estratégia – entenderem de que forma o seu desempenho contribui para o sucesso organizacional. A estratégia é um trabalho de todos
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Os RH como ativo estratégico e fonte de vantagem competitiva
Dimensões das competências dos RH
Posicionador estratégico
Ator credível
Construtor de capacidades
Agente da mudança
Inovador e integrador
Proponente da tecnologia
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Adaptado de Ulrich, Younger, Brockbank & Ulrich (2012)
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Posicionador estratégico
- pensam e agem de fora para dentro
- entendem as condições gerais do negócio (tendências sociais, tecnológicas, económicas, políticas e ambientais) que afectam a organização
Ator credível
- fazem o que prometem, constroem relações pessoais de confiança e podem ser invocados para cumprirem os compromissos
- têm uma visão global, não apenas sobre as atividades de RH, mas sobre o negócio
- influenciam os outros de forma positiva através de comunicações claras e consistentes
Construtor de capacidades
- funde habilidades individuais numa organização mais eficaz e forte, ajudando a definir e a construir capacidades organizacionais críticas
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Agente da mudança
- asseguram que as ações da organização estão integradas e sustentadas através de processos de mudança, nomeadamente a nível: institucional (mudanças nos padrões); iniciativa (fazer as coisas acontecerem); individuais (que permite a mudança pessoal).
Inovador e integrador
- transformam as áreas exclusivas das práticas de RH (relacionadas com o capital humano) em soluções integradas, em torno da marca da organização
Proponente da tecnologia
- a tecnologia desempenha um papel cada vez mais importante na melhoria da comunicação, tornando o trabalho administrativo mais eficiente, e ligando os funcionários aos clientes.
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Conclusão
A relação entre GRH e a estratégia organizacional é essencial para a competitividade da organização
Como resultado desta parceria, o contributo dos RH torna mais claro e congruente os objetivos estratégicos
Os gestores de RH devem ser capazes de integrarem as práticas de RH nas iniciativas da organização, de forma a garantirem o sucesso da implementação das estratégias
O planeamento dos RH é um meio importante para desenvolver e clarificar a função do negócio da organização e um auxiliar fundamental para identificar as áreas em que se devem destacar para terem mais sucesso
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BIBLIOGRAFIA
Abreu, F. (2002). Fundamentos de Estratégia Militar e Empresarial. Lisboa: Edições Sílabo
Bilhim, J. (2007). Gestão Estratégica de Recursos Humanos, 3ª Ed. Lisboa: ISCSP
Kaplan & Norton (2001). The Strategy-Focused Organization. Boston: Harvard Businees School Press
Mintzberg, H. (1998). A Criação Artesanal da Estratégia. In Montgomery, C. e Porter, M. (org.) Estratégia – a busca da vantagem competitiva. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Campus
Pfeffer, J. & Veiga, J.F. (1999). Putting People First for Organizational Success. Academy of Management Executiv.13 (2)
Porter (2008). The Five Competitive Forces That Shape Strategy. Harvard Business Review. jan
Ulrich, D. (1998). A New Mandate for Human Resources. Harvard Business Review
Wheelen, T. & Hunger, J. (2010). Strategic Management and Business Policy. 13ª Ed. Pearson Education, Icn.
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OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO
AQUILINO FELIZARDO
tlm: 919300180
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