abril 2012

12
JURÍDICO CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Saiba como está o andamento das ações Atenção para o prazo da solicitação de devolução MAGISTÉRIO Falta de professores não é sanada MAPEAMENTO Cerca de 80% das escolas visitadas

Upload: sinproca

Post on 01-Apr-2016

213 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Abril 2012

jurídico

contribuição sindical

saiba como está o andamento das ações

atenção para o prazo da solicitação de devolução

MaGistÉrio

Falta de professores não é sanada

MapeaMento

cerca de 80% das escolas visitadas

Page 2: Abril 2012

editorial

condições desumanasO professor canoense está no limite. Está sobrecar-

regado física e emocionalmente. Nosso contato diário com a categoria, na sede do Sindicato e nas visitas às escolas, nos mostra uma realidade muito dura: os profissionais da educação estão tendo que arcar com as consequências de problemas não gerados por eles.

É o caso da falta de professores, que está fazendo com que os que estão nas escolas tenham que se desdobrar, desempenhando variadas funções e assu-mindo turmas enormes, às vezes com cerca de 40 alunos.

Os professores do projeto Mais Educação, projeto que vem aumentando a qualidade de vida nas esco-las, já estão sendo chamados para suprir a falta de profissionais em sala de aula.

Orientadores, bibliotecários e até diretores estão assumindo turmas lotadas, e este déficit não parece ter solução rápida, considerando que não basta fazer concurso e contratar novos educadores.

Estamos chamando a atenção dos administrado-res, já faz tempo, para os problemas ocasionandos pela evasão docente, e que fazem com que muitos concursados sumam logo após assumir, ou simples-mente nem queiram o cargo para qual prestaram con-

curso.Falta, acima de tudo, respeito pelos profissionais

que estão dando sua saúde pela formação dos futuros cidadãos. Falta humildade em admitir seus próprios erros e corrigi-los.

Enquanto isso, sobram problemas para serem so-lucionados por quem está nas escolas, que é onde tudo acontece. À distância, normativas e determina-ções são enviadas aos soldados do fronte para serem cumpridas ‘de qualquer jeito’.

E o professor segue dando ‘um jeitinho’, deixando sua vida e sua saúde em segundo plano para que as crianças que amam, quase como filhos, não fiquem sem aula, sem atenção, sem alimento e, muitas ve-zes, até sem carinho.

O Dia das Mães está chegando e lembramos, mais uma vez, que o professor canoense está cumprin-do com funções que não são apenas pedagógicas. Ele está tapando os furos dos administradores, que tem dinheiro mas não tem atitude, e também das fa-mílias, infelizmente desestruturadas. A estes super- humanos, nosso respeito e a promessa de ainda mais luta por melhores condições de trabalho.

Diretoria do Sinprocan

jurídico

contribuição sindical

saiba como está o andamento das ações

atenção para o prazo da solicitação de devolução

MaGistÉrio

Falta de professores não é sanada

MapeaMento

cerca de 80% das escolas visitadas

Comissão cobra posição do núcleo de gestão

Representantes eleitos

Representantes reunidos

A Comissão que foi escolhida para fazer estudo do plano de Carreira reuniu-se no dia 19 de abril, às 18 horas, na sede do Sinpro-can, para dar seguimento as suas ações. Em novembro de 2011 foi encaminhado ofício ao núcleo de gestão com o levantamento do que foi apontado. Como ainda não houve qual-quer retorno, o grupo decidiu enviar novo ofício para o núcleo de gestão cobrando uma posição. Foi dado um prazo de 15 dias para que haja manifestação. Assim que recebida resposta, a Comissão voltará a se reunir.

Na Assembleia Geral do dia 20 de abril, foram escolhidos os dois representantes titu-lares e o suplente que devem representar o Sindicato no 13º CECUT e no 11º CONCUT, eventos da CUT. Os titulares são César Natal Cemin e Georgina Regina Ricardo dos Santos, e o suplente é Alexandre Rafael da Rosa.

Os representantes do Sinprocan das es-colas de educação infantil e fundamental se reuniram no Sindicato no dia 18 de abril para debater as condições de trabalho.

Page 3: Abril 2012

O mês de abril chega ao final e o caos no ensino canoense continua. A falta de professores nas escolas ainda está sem solução. O Sinpro-can tem trazido à tona a realidade nas escolas canoenses para que a sociedade saiba o que acontece nas suas instituições escolares. Além de seu jornal A Voz do Professor, publi-ca coluna semanal nos dois princi-pais jornais da cidade (ver matéria acima) expondo as lutas da catego-ria e relatando o que acontece em nossos ambientes de trabalho.

A verdade é inconveniente para muitos, desagrada e constrange a maioria dos responsáveis, mas é essencial para que possamos sair do estado em que estamos. A cons-trução de uma cidade com cidadãos preparados passa inevitavelmente pelas escolas.

A Secretaria de Educação já cha-mou os professores que passaram no último concurso e a medida não sa-nou o problema da falta de educado-res. No Ensino Infantil, por exemplo, todos os aprovados já foram chama-dos e ainda há vagas abertas. Nas escolas de Ensino Fundamental, bi-bliotecários, orientadores e até dire-tores estão tendo que ir para sala de aula. Alguns professores estão com turmas de quase 40 alunos. Somam--se a esse alto número os alunos de inclusão, exigindo do professor um nível de dedicação desumano.

Segue evaSão doCenteDe acordo com as visitas realiza-

das nas escolas da rede municipal, o Sinprocan, juntamente com o Con-selho Político Sindical, constituído

pelos representantes das escolas da rede, constatou os seguintes aspec-tos relacionados aos professores e às condições de trabalho vivenciado pela categoria:

Muitos são os motivos que afas-tam os professores das salas de au-las: falta de estrutura básica, de va-lorização e de salários dignos. Estas deficiências, aliadas à consequente sobrecarga que a exoneração em massa e a falta de professores têm proporcionado, eleva os números de professores doentes na rede, aumentando ainda mais a evasão docente e potencializando este ciclo triste.

CoRpo doCente eStá doente

O Sinprocan abordou profissio-nais da área da saúde, que garan-tem que a tensão diária, decorrente do alto grau de exigência impos-to, pode desenvolver doenças que comprometam de tal forma a saú-de física e mental que o profissio-nal corre risco de ficar incapacitado para o trabalho.

No caso dos docentes, soma-se a esse quadro o risco de ter pro-blemas na coluna e na voz, além da Síndrome de Burnout, essa últi-ma caracterizada por uma extrema exaustão física e emocional e com

alta incidência entre os educadores. A depressão, outro problema gra-

ve encontrado, é uma das maiores enfermidades na rede. A Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS) prevê que até 2020 a depressão será a se-gunda maior causa de incapacitação para o trabalho, perdendo apenas para doenças cardíacas.

Além disso, falta assistência para os profissionais da rede. Será que os nossos governantes não percebem, ou não querem ver esta realidade? Será que os órgãos ‘competentes’ não perceberam o desenvolvimen-to das enfermidades na rede? Será que não é feita relação entre os sin-tomas de doenças e o trabalho?

Para que não se esqueça dos mo-tivos que levam a docência à doen-ça, listamos, mais uma vez, os prin-cipais:

- Falta de professores; salas superlotadas; ambientes inade-quados para o trabalho; baixos salários; falta de formação perma-nente; reuniões pedagógicas den-tro da própria escola; desrespeito à carga horária.

O Sinprocan continuará exer-cendo seu papel de cobrar melho-res condições de trabalho para os professores, e tomará todas as me-didas possíveis, em todos os níveis de atuação, para buscar isto. Neste mês as visitas às escolas terminarão (ver páginas 6 e 7) e, de posse de material colhido nestes encontros, será preparada a nova pauta de rei-vindicações da categoria. Participe! Queremos todos os colegas ao nos-so lado. Neste momento, a união é fundamental.

S.o.S. eduCaÇão

Passada metade do semestre escolar, déficit de educadores ainda não foi solucionado e problema deverá continuar

A voz do professor - abril/2012 - 3

Falta de professores ainda sem solução

caos na educação

bibliotecas fechadasA falta de professores e de infraestrutura tem ocasionado o fechamento de

diversas bibliotecas da rede. Em pelo menos uma, a biblioteca foi desativada para que a sala fosse utilizada para outra função. Em muitas outras, os res-ponsáveis pelo local estão tendo que suprir a falta de professores em salas de aula. O Sinprocan denuncia e alerta às autoridades que o fechamento de bibliotecas em escolas contraria totalmente os princípios pedagógicos de se buscar uma educação de qualidade.

inForMação

coluna a Voz do professorA partir de maio, o Sinprocan amplia suas ferramentas de informação aos asso-

ciados e à sociedade. Além do jornal A Voz do Professor, do site www.sinprocan.org.br e do envio de e-mails, o Sinprocan amplia a participação da sua coluna também denominada A Voz do Professor na imprensa da cidade. Além da publi-cação já tradicional no jornal O Timoneiro nas sextas-feiras, a coluna também passa a ser publicada nas segundas-feiras no jornal Diário de Canoas, dia em que o jornal é enviado às escolas. Participe pelo e-mail [email protected].

Page 4: Abril 2012

4 - abril/2012 - A voz do professor

perFil

léa da cruz FagundesGaúcha, com 58 anos de magistério, a coordenadora do Laboratório de

Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul dedica-se há mais de 20 anos à informática educacio-nal. Psicóloga com mestrado e doutorado com ênfase em informática e conferencista internacional requisitada, Léa Fagundes preside atualmente a Fundação Pensamento Digital, organização não governamental que dis-semina a computação entre populações carentes. Fonte: Nova Escola.

inclusão diGital nas escolas

a pioneira no uso da informáticaA gaúcha Léa da Cruz Fagundes coordena o Laboratório de Estudos Congnitivos do Instituto de Psicologia da UFRGSA sala de informática do Laboratório de

Estudos Cognitivos da Universidade Fede-ral do Rio Grande do Sul (UFRGS) abriga, entre vários computadores de última gera-ção, alguns equipamentos sucateados. Em-bora não sejam tão antigos, esses micros parecem pré-históricos perto dos demais. A comparação entre as máquinas ajuda a perceber a rapidez vertiginosa com que a tecnologia se renova.

Precursora do uso da informática em sala de aula no Brasil, a presidenta da Fun-dação Pensamento Digital, de Porto Alegre, tem alcançado resultados animadores com as experiências que desenvolve em comu-nidades carentes do estado. Elas mostram que crianças pobres, alunas de escolas pú-blicas em que não se depositam muitas ex-pectativas, têm o mesmo desempenho que as mais favorecidas quando integradas no ciberespaço.

Segundo a especialista, o caminho mais curto e eficaz para introduzir nossas esco-las no mundo conectado passa pela curio-sidade, pelo intercâmbio de idéias e pela cooperação mútua entre todos os agentes envolvidos no processo. Sem receitas pre-estabelecidas e os ranços da velha estru-tura hierárquica que rege as relações entre professores e estudantes.

Léa defende a disseminação de softwa-res livres, sem custo e de fácil acesso pela internet. Consultora de programas federais que visam ampliar a inclusão digital nas escolas brasileiras, a professora pede mais seriedade à classe política: “Os projetos são iniciados e interrompidos periodicamente, pois as sucessivas administrações não se preocupam em dar suporte e continuidade a eles”.

o que a senhora diria a um profes-sor que nunca usou um computador e precisa incorporar essa ferramenta em sua rotina de trabalho?

Que não tenha medo de errar nem ver-gonha de dizer “não sei” quando estiver em frente a um micro. O computador não é um simples recurso pedagógico, mas um equi-pamento que pode se travestir em muitos outros e ajudar a construir mundos simbóli-cos. O professor só vai descobrir isso quan-do se deixar conduzir pela curiosidade, pelo prazer de inventar e de explorar as novida-des, como fazem as crianças.

Como deve ser uma capacitação que ajude o professor a se adaptar a essas novas exigências?

É fundamental que a capacitação ofe-reça ao professor experiências de aprendi-

zagem com as mesmas características das que ele terá de proporcionar aos alunos, futuros cidadãos da sociedade conectada. Isso pede que os responsáveis pela forma-ção se apropriem de recursos tecnológicos e reformulem espaços, tempos e organi-zações curriculares. Nunca devem ser or-ganizados cursos de introdução à microin-formática, com apostilas e tutoriais. Esse modelo reforça concepções que precisam ser mudadas, como a de um curso com dados formalizados para consultar e me-morizar. Em uma experiência desse tipo, o professor se vê como o profissional que transmite aos estudantes o que sabe. Se ele não entende de computação, como vai ensinar? Aprender é libertar-se das rotinas e cultivar o poder de pensar!

Que competências os educadores devem adquirir para utilizar com su-cesso os recursos da informática?

Os professores em formação necessi-tam desenvolver competências de formular questões, equacionar problemas, lidar com a incerteza, testar hipóteses, planejar, de-senvolver e documentar seus projetos de pesquisa. A prática e a reflexão sobre a própria prática são fundamentais para que os educadores possam dispor de amplas e variadas perspectivas pedagógicas em rela-ção aos diferentes usos da informática na escola.

onde o professor pode buscar in-formações sobre inclusão digital?

Ele pode visitar sites e participar de grupos de discussão. Consultar revistas es-pecializadas e cadernos especiais dos jor-nais também ajuda muito. Outro caminho é buscar conhecimentos mais específicos com estudantes de escolas técnicas ou de cursos de graduação em informática e ouvir os próprios alunos.

É comum encontrar estudantes que têm mais familiaridade com a in-formática do que o professor. Como tirar proveito disso?

Transformando o jovem em um par-ceiro do adulto. Quando isso acontece, a relação educativa deixa de ser hierárquica e autoritária e passa a ser de reciprocida-de e ajuda mútua. O educador não deve temer que o estudante o desrespeite. Ao contrário, o adolescente vai se sentir prestigiado por partilhar sua experiência e reconhecer a honestidade do professor que solicita sua ajuda. Esse fato é deter-minante para a criação de um mundo co-nectado.

a senhora coordena programas li-gados à inclusão digital em escolas públicas. Que lições tirou dessa expe-riência?

Na década de 1980, descobri que o com-putador é um recurso “para pensar com”, e que os alunos aprendem mais quando en-sinam à máquina. Em escolas municipais de Novo Hamburgo, crianças programaram processadores de texto quando ainda não existiam os aplicativos do Windows, pro-duziram textos de diferentes tipos, criaram protótipos em robótica e desenvolveram projetos gráficos. Hoje, encontro esses me-ninos em cursos de ciência da computação, mecatrônica, engenharia e outras áreas. Na Escola Parque, que atendia meninos de rua em Brasília, a informática refletiu na formação da garotada, melhorando sua auto-estima e evidenciando o desempenho de pessoas socialmente integradas. Alguns desses garotos foram contratados como professores e outros como técnicos.

os alunos da rede pública têm o mesmo desempenho no uso da infor-mática que os de escolas particulares e bem equipadas?

Sim. A tese de doutorado que defendi em 1986 me permitiu comprovar o fun-cionamento dos mecanismos cognitivos durante a construção de conhecimentos. Nos anos 1990 iniciei as experiências de conexão e confirmei uma das minhas hipó-teses: as crianças pobres consideradas de pouca inteligência pelas escolas, quando se conectam e se comunicam no ciberespaço, apresentam as mesmas possibilidades de desenvolvimento que os alunos bem aten-didos e saudáveis.

a educação brasileira pode vencer a exclusão digital?

Há excelentes condições para que isso aconteça. No Brasil já temos mais de 20 anos de estudos e experiências sobre a in-trodução de novas tecnologias digitais na escola pública. Esses dados estão disponí-veis. O Ministério da Educação vem criando projetos nacionais com apoio da maioria dos estados, como o Programa Nacional de Informática Educativa (Proninfe) e o Pro-grama Nacional de Informática na Educa-ção (Proinfo). Muitas organizações sociais e comunitárias também colaboram nesse processo.

o que mais emperra o uso sistemá-tico da informática nas escolas públi-cas?

A falta de continuidade dos programas

existentes nas sucessivas administrações. Não se pode esperar que educadores e gestores tomem a iniciativa se o estado e a administração da educação não garantem a infra-estrutura nem sustentam técnica, fi-nanceira e politicamente o processo de ino-vação tecnológica.

Como o computador pode contri-buir para a melhoria da educação?

Inclusão digital não é só o amplo aces-so à tecnologia, mas a apropriação dela na resolução de problemas. Veja a questão dos baixos índices de alfabetização e de le-tramento, por exemplo. Uma solução para melhorá-los seria levar os alunos a sentir o poder de se comunicar rapidamente em grandes distâncias, ter idéias, expressá-las como autores e publicar seus escritos no mundo virtual.

nossas escolas estão preparadas para utilizar plenamente os recursos computacionais?

A escola formal tem privilegiado essa concepção: é preciso preparar a pessoa para que ela aprenda. Mas o ser humano está sempre se desenvolvendo. Assim, as instituições também estão constantemente em processo. Por isso, a escola não precisa se preparar. Ela começa a praticar a inclu-são digital quando incorpora em sua prática a idéia de que se educa aprendendo, quan-do usa os recursos tecnológicos experimen-tando, praticando a comunicação coopera-tiva, conectando-se. Mas algumas coisas ainda são necessárias. Conseguir alguns computadores é só o começo. Depois é pre-ciso conectá-los à internet e desencadear um movimento interno de buscas e outro, externo, de trocas. Cabe ao professor, no entanto, acreditar que se aprende fazendo e sair da passividade da espera por cursos e por iniciativas da hierarquia administrativa.

Qual é sua avaliação sobre a proli-feração de centros de educação a dis-tância?

Nestes tempos de transição vamos con-viver com projetos honestos e desonestos, alguns bem orientados e outros totalmente equivocados. O pior dos males é a voraci-dade do mercado explorador da educação a distância. Espero que a própria mídia tecno-lógica dissemine informações para o público interessado ter condições de analisar esses centros. É importante discriminar os cursos consistentes dos que “vendem ensino”, ou seja, que reproduzem o ensino da trans-missão, fora de contexto, em que o aluno memoriza sem compreender.

“Não tenha medo de errar nem vergonha

de dizer ‘não sei’ quando estiver em frente a um micro.”

Page 5: Abril 2012

A voz do professor - abril/2012 - 5

proFessor diGital

À espera do professor digitalO projeto Professor Digital foi sancionado pelo Prefeito em 9 de dezembro de 2010 e até agora não saiu do papel

Site da Prefeitura noticia Prefeito sancionando lei do Professor Digital

O programa Professor Digital foi lan-çado pelo governo do Estado em 2010 para que professores da rede estadual pudessem adquirir computadores portá-teis (notebooks) com financiamento pelo Banrisul em até 24 vezes sem juros. O educador pôde escolher entre seis mo-delos de computador. A iniciativa prevê a inclusão digital dos professores para que possam agregar qualidade ao ensino.

Atento à qualidade de vida no traba-lho dos professores municipais e também ao nível de qualidade do ensino de Cano-as, o Sinprocan sugeriu que o programa fosse adotado, para que os professores da rede municipal pudessem fazer par-te de programa similar ou idêntico, com acesso à compra de computadores com crédito facilitado. A Prefeitura sinalizou com a intenção de viabilizar tal iniciativa, e enviou projeto à Câmara de Vereado-res pedindo autorização para abrir o con-vênio com o Banrisul.

Os vereadores aprovaram o projeto. Na manhã do dia 9 de dezembro de 2010 o Prefeito Jairo Jorge e o então secretário de Educação Paulo Ritter sancionavam a lei que instituía o Programa Professor Di-gital. Disse, na ocasião, o Prefeito, se-gundo o site da Prefeitura: “Com isso,

queremos garantir aos nossos educado-res o acesso a equipamentos de informá-tica para que possam desenvolver suas atividades com ainda mais qualidade. O programa permite o parcelamento em até 24 vezes e os juros ficam a cargo da prefeitura”. Paulo Ritter afirmou: “Esta iniciativa consolida uma visão articulada para a garantia da qualidade de ensino em nosso município”.

Porém, esta ‘visão articulada’ não fru-tificou, e o que vemos no ensino de nos-so município é a queda na qualidade de ensino. Depois da assinatura e a exposi-ção do ato pela assessoria de imprensa da Prefeitura e da mídia, nunca mais o programa Professor Digital voltou a ser pautado. Ele simplesmente foi esqueci-do, deixado de lado, engavetado.

Mas, por que? Até agora, nem a Prefeitura - que deveria ter implantado o programa - nem os vereadores - que aprovaram um projeto e nunca se deram o trabalho de cobrar sua execução – dão uma resposta ao Magistério canoense. Mais uma vez os professores foram usa-dos para a realização de propaganda?

O Sinprocan, que tomou a iniciativa para que o programa fosse implantado na cidade, está desde então cobrando a

implantação do Professor Digital, em to-dos os seus veículos de comunicação, e não deixará este projeto morrer, já que foi aprovado pelos vereadores e sancio-nado pelo Prefeito. O que será que falta para sua implementação?

Lembramos, ainda, a todos os de-tentores de cargos eletivos e que, pro-vavelmente, tentarão suas reeleições,

que a inclusão digital tão divulgada em seus planos de governos só será efeti-va quando os professores fizerem parte dela. Enquanto os professores não tive-rem acessibilidade às tecnologias, nos-sos cidadãos continuarão alijados destas ferramentas que já se tornaram básicas no desenvolvimento humano e social. Estamos de olho!

Page 6: Abril 2012

sin

dic

ato

6 - abril/2012 - A voz do professor

dIa eSCoLa02/05 Gal. Osório03/05 Carmen Ferreira03/05 Max Adolfo Oderich04/05 Gonçalves Dias04/05 Vó Picucha07/05 João Paulo I

08/05 Gov.Walter P.de Barcellos08/05 Tijolinho09/05 João Palma da Silva10/05 Guajuviras11/05 Jacob Longoni11/05 Pintando o Sete14/05 Irmão Pedro

calendário de Visitas restantes

MapeaMento

80% das escolas visitadasAté o final da primeira quinzena de maio todas as escolas municipais de ensino infantil e fundamental deverão ter sido visitadasO mapeamento das necessidades dos professores

municipais de Canoas está chegando ao final. Desde o início do ano letivo, a diretoria do Sinprocan está visitando todas as escolas de ensino infantil e funda-mental, em todos os seus turnos de trabalho, para conversar com os professores.

Nestes encontros a diretoria é ouvida e, principal-mente, escuta o que os colegas têm a dizer. Segundo o presidente do Sinprocan, professor Jari Rosa de Olivei-ra, o resultado destes bate-papos têm sido de grande importância e está servindo de base para os futuros planos de ações do Sindicato.

“Estamos vendo, diretamente nas escolas, as ver-dadeiras condições de trabalho do professor canoen-se, que está vivendo um momento de muita pressão, vinda de todos os lados, e que está fazendo com que nosso Magistério adoeça. São muitos os problemas e é nosso papel cobrar por soluções”, diz Jari.

eMeF CeaRá

eMeF duQue de CaXIaS

eMeF FaRRoupILHa

eMeF dR. RuI CIRne LIMa

eMeF pReFeIto edgaR da FontouRa

eMeI gILda SCHIavon

eMeF davId CanaBaRRo

eMeF eRna WÜRtH

eMeF ÍCaRo

Page 7: Abril 2012

eMeI vÓ BaBaLI

eMeF CeL. pInto BandeIRa

eMeF pauLo vI

eMeF nanCY panSeRa

eMeF eng. ILdo MenegHettI

eMeI vÓ IneZInHa eMeI vÓ SaRa

eMeF RIo de JaneIRo eMeF RIo gRande do SuL

eMeI pÉ de MoLeQue eMeF peRnaMBuCo

eMeF neLSon paIM teRRa eMeF odette YoLanda oLIveIRa FReItaS

eMeF MIn. RuBeM CaRLoS LudWIg eMeF MonteIRo LoBato

Page 8: Abril 2012

a importância da rotina com conteúdo pedagógico na educação Infantil

o Quê?A importância da rotina com conteúdo pedagógi-

co na Educação Infantil

QuandoTenho vivido um momento muito produtivo e

gratificante nesses primeiros meses do ano letivo ao trabalhar uma rotina com conteúdo pedagógico com minha turma de Jardim A, o que tem trazido um rico crescimento de novas experiências para as crianças, que têm vivenciado divertidas situações de aprendizado.

CoMo?Momentos, tais, em que a rotina e o conteúdo

pedagógico são trabalhados de forma diversificada, criativa, divertida e lúdica, através de atividades inovadas como: chamadinha de nomes dos alunos, bingo dos nomes, associações de letras, figuras e nomes dos alunos, diversas atividades de leitura e escrita para a fixação do aprendizado das letras, bingo de letras, dados do alfabeto e das figuras geométricas e cores, painéis de visualização, fichas de leitura, bingo de rótulos, rótulos, jogos pedagó-

gicos, atividades psicomotoras e outras.

poR Quê?Venho salientar este assunto devido à sua total

importância na Educação Infantil, momento em que a criança tem a oportunidade de se autodisciplinar, criar hábitos, desenvolver o raciocínio lógico e a criatividade, estimular a curiosidade e a iniciativa, trabalhar projetos e se apaixonar pelo aprendiza-do de forma alegre e cativante; e como forma de ressaltar também a qualidade dos profissionais de minha escola, que acreditam no potencial e na im-portância da criança, bem como no da educação infantil, embora, às vezes, não seja vista com bons olhos pela sociedade que a compara com depósi-to, ajuntamento ou aglomeração infantil. Apesar de “apesares”, façamos o nosso trabalho com amor, dedicação, responsabilidade e respeito, apostando em nossos alunos e no que acreditamos, porque poderiam ser nossos filhos!

Eu acredito na Educação Infantil!

onde?E.M.E.I. Olga Machado Ronchetti.

aRtIgo lilYane GuiMarães MandÚ corrÊaprofessora representante do Sinprocan

8 - abril/2012 - A voz do professor

teatroalunos da eMeF thiago Würth encenam um Homem de nazaré

O Grupo Pode ter Inço no Jardim e o Grupo de Teatro Würth, da EMEF Pro-fessor Thiago Würth, começaram seu circuito de apresentações com o novo trabalho denominado “A Encenação do nascimento, vida e paixão de um Homem de Nazaré chamado de Jesus Cristo que depois de agonizar e mor-

rer, ressuscitou, segundo Ele, para nos salvar.”

Segundo os participantes, a encena-ção tem a intenção de mostrar os mo-mentos mais importantes do cristianis-mo, segundo a Bíblia. A montagem se caracteriza por sua proposta de Teatro Popular, Teatro de Rua, das vias públi-

cas, passarelas, ruídos urbanos, olha-res dos curiosos e dos mendigos. Com profundo cunho social e de reflexão as passagens bíblicas são encenadas, respeitando outros tipos de credos e religiões, e alertando que o amor e o perdão têm que ser comum a todos os seres humanos.

A encenação aconteceu em frente à Antiga Estação Férrea de Canoas no dia 25 de abril, e será reapresentada em outras duas datas: 1º de maio, no Parque Eduardo Gomes durante a Fes-ta do Trabalhador, às 13h40min; e 11 de maio, na escola Professor Thiago Würth, às 19h30min. (fotos ao lado)

eMeF erna Würth recebe feira do livro e peça de teatro

O mês de abril teve grande movimenta-ção cultural na EMEF Erna Würth, no bairro Guajuviras. No dia 25 o pátio da escola virou palco para a peça infantil “O Lançador de Fo-guetes”, do grupo Pernas pro Ar (foto acima).

Dirigida por Luciano Wieser, a peça conta a história de um lançador de foguetes que está à procura do lugar ideal, que concentre o es-paço físico e a energia do público, elementos essenciais para a excelência de sua experi-ência cientifica. Deslocando-se com destreza pela rua, através de seu triciclo recheado de elementos cênicos, o personagem utiliza ma-labares circenses e as engenhocas astrológi-cas para medir as distâncias, calcular o vento e sentir as energias. Através de uma trilha sonora empolgante e curiosa, lança seus fo-guetes ao ar, levando o público a sorrir, vi-brar e se emocionar com as possibilidades de transformação.

Antes, no dia 20, a escola recebeu uma feira do livro, com direito à contação de his-tórias e apresentações musicais em todas as salas de aula. (foto abaixo).

Page 9: Abril 2012

a invisibilidade da escola pública

Até parece que todos, gestores e professores, não querem a mesma coisa: a melhoria da qualidade de ensino e o sucesso das práticas pedagógicas

01 - Clacir Dapont Orth, Elaine Koppe Merker, Leandra Lemos Willers, Luciana Ferasso;02 - Nara Maria Fagundes Ribeiro, Sandra Barbosa Gonsalves;03 - Clanete Maria de Oliveira Farias, Maribel Pulgatti; 04 - Cristina Silva Rodrigues, Gislaine Ferreira Gomes, Liliane Veiga da Silva, Márcia Nunes Fraga, Sandra Regina Gomes Cunha;05 - Gerson Scheffel Flores, Jacqueline Mendonça Fernandes, Maria Angelica Gonçalves, Teresinha Maria Soletti, Vanda Maria Manfroi;06 - Rosaura Maria Koslovski Garcia;07 - Margarete Conceição G. Borges, Nádia Groch, Roséli Frölich Pujol Lima;08 - Ana Flávia da Silva Andrioli, Denise Zanini, Loivadiolete Souza da Silva, Maribel Berti Gawlinski, Mírian Rosane Hardt Carvalho;09 - Adão Bittencourt, Raquel da Silva Ferreira, Roseli da Silva, Tânia Regina Bôa Nova Machado;10 - Simone Regina Cordella Andrade, Zenita Ramos Rodrigues;11 - Eliete Kindermann Marchiori, Mara Regina Aze-vedo Görgen, Maria Helena Gomes de Andrade;12 - Eliane Margareth Braga Schmeling, Guiomar Beatriz Flores, Luciana Martins Hugo;13 - Elisete Izabel Aliatti, Maria di Fátima Aguiar Madeira, Marlene Margarete M. Vieira;14 - Claúdia Doralina Vasconcelos Moraes, Marga-rete Ramos Costa, Patrícia Tellier, Tânia Cristina Silva Rocha;15 - Anne Isabel Teixeira, Celi Renate Adam Filho;16 - Fabiana Apellaniz Vanti, Leila da Silveira, Lisiane Teresinha de Abreu;17 - Maria Luiza Balbinot, Teresinha de F. da Silva Perpétua;18 - Aline M de Oliveira Weber;19 - Geni Velasques Adorne, Jeanine de Fátima Dornelles;20 - Ivone Maria Kaspary Muzykant, Jania Maria Maciel Facchinello, Michele Raupp Tamusiunas;21 - Janaí de Freitas Pedroso, Miriam de Moura Reis, Sandra Liz Cartana Pacheco;22 - Adriana de Lima Nunes, Adriane Turossi, Rita Virgínia Bitencourt, Zita Maria Guilardi da Silva;23 - Alexandre Ausani Huff, Carla Korny Nunes, Flávio Paulo Zeni, Susiane Barros de Oliveira;24 - Lisete Amélia Cezar da Silva, Maria Esther dos Santos Nunes, Neusa M. Fontoura Domingues, Silma-ra Coelho Vianna;25 - Alba Valéria Brito do Rego, Lisandra Pilar Ferrei-ra May;26 - Angélica Edite S. de Souza, Maria Cristina Lou-reiro Guilardi, Mônica da Silva Gallon;27 - Adriana Martini Blumenthal, Eliane Ruppenthal, Jussara F. C. Lewandowski, Roselaine Tavares dos Anjos, Tania Traub Fries;28 - Arlete Stegues Kurtz, Maria Elizete Pereira Faccin;29 - Armênia Arend, Eliete Terezinha Höher Dorne-les, Maira Maria Leghi Proença, Rita de Cássia Cascais de Oliveira;30 - Gessi Bitelo da Silva, Lisete Teresinha de Souza Ramos, Marilena Boldt Pinto, Rosalba Tavares; 31 - Marlise Teixeira Piachiski, Olaine Brasil Crogite.

MaIo

No ano de 2012 completo 30 anos de efetivo exercício do Magis-tério. Não fosse minha árdua jorna-da de trabalho de 60 horas, sequer pensaria em me aposentar. O Magis-tério pode não ser um sacerdócio, mas é uma profissão para pessoas com vocação e prazer em ensinar e aprender. Um grupo seleto no qual, sem falsa modéstia, eu penso fazer parte. Mas outra questão que me motiva a pedir minha aposentaria – em um dos turnos de trabalho – é a invisibilidade da escola pública que percebo, infelizmente, cada vez mais toma conta da sociedade em geral. Quando falo em invisibilidade da escola pública quero dizer sua desvalorização e, consequentemen-

te, a de seus professores e, em via de regra, a de seus alunos.

Qualquer profissional, de qual-quer área de atuação, opina sobre questões da escola e da educação. O professor é o único responsabili-zado pelos índices baixos de alfa-betização, de aprovação, pela vio-lência da sociedade, pela falta de valores de nossos jovens, até pe-los acidentes de trânsito ou, ainda, pela corrupção de alguns setores da sociedade e, se duvidar, pela previ-são do tempo que não deu certo! Os alunos também são subestimados em detrimento dos que estudam em escolas particulares. Há pouco tempo li num jornal local uma dis-cussão entre professores de uma

aRtIgo cárMen cristina pereiraeducadora do Município de Canoas e Ms. em geografia/uFRgS

Universidade que debatiam sobre a queda do nível dos alunos com a chegada dos cotistas. Como se não tivessem o direito de lá estar. As políticas públicas são pensadas e construídas sem um debate mais profundo com os educadores. Até parece que todos, gestores e pro-fessores, não querem a mesma coisa: a melhoria da qualidade de ensino e o sucesso das práticas pedagógicas.

Partidos políticos, que no pas-sado traziam a esperança de reno-vação e de abertura democrática com direito a valorização do magis-tério, hoje repetem práticas antes por eles apontadas como condená-veis. O que é gasto em propagan-da poderia tornar visíveis práticas pedagógicas bem sucedidas que se encontram perdidas em espa-ços pontuais escolares, sequer vi-sitados por secretários, diretores, supervisores, assessores e assim por diante... Resta a carência de valorização. Resta a indignação, às vezes, em expressões ásperas, mas compreensíveis, de uma clas-se que não vê saída para os impas-ses que se apresentam.

O comportamento cada vez mais engessado dos governan-tes e de seus representantes em educação pode comprometer de forma irreparável toda uma gera-ção de crianças e adolescentes. As mudanças impostas às esco-las não poderiam subjugar seus atores principais. A parte que me cabe nesse momento é de resigna-ção pelo que não pode ser muda-do, mas de alerta pelo que ainda pode ser restaurado. Em 2012 têm eleições. Talvez seja hora de rever meus conceitos.

A voz do professor - abril/2012 - 9

encenação um Homem de nazaré

Page 10: Abril 2012

10 - abril/2012 - A voz do professor

uniVersidades Federais

sistema de cotas é constitucionalO STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu no dia

26 de abril, por unanimidade, que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional. A questão foi analisada em sede de uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas da UnB (Universi-dade de Brasília), que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos.

O ministro Ayres Britto disse durante o voto que os erros de uma geração podem ser revistos pela ge-ração seguinte e é isto que está sendo feito. Em um voto de quase duas horas, o ministro relator Ricardo Lewandowski (foto) afirmou que o sistema de cotas em universidades cria um tratamento desigual com o objetivo de promover, no futuro, a igualdade.

jurídico

ações judiciais coletivasAcompanhe como está o andamento processual das ações judiciais coletivas propostas pelo Sinprocan

Como é do conhecimento da catego-ria, o sindicato ingressou na Justiça com as seguintes medidas judiciais:

pISo da CategoRIaA presente ação foi proposta no dia

29/09/2011, está tramitando perante a Se-gunda Vara Cível da Comarca de Canoas, pro-cesso nº 008/1110018182-8.

A ação foi contestada pelo Município de Canoas, sendo informado no processo que “nenhum professor” recebe uma remune-ração inferior ao piso e que atualmente o valor pago como piso da categoria é de R$ 1.812,56, alegou que paga valor superior ao que é estabelecido na Lei do Piso.

Diante das alegações da municipalidade, apresentamos réplica à contestação, demons-trando que as informações prestadas pelo demandado, em contestação, são equivocada e tendenciosa, visando induzir o magistrado que preside o feito em erro, pois atualmente o valor pago a título de piso da categoria, cor-respondente ao salário do professor não gra-duado, classe 1, corresponde a R$ 1.361,82, portanto inferior ao valor dito como sendo o piso da categoria.

Como forma de provar a nossa tese e de-monstrar a “má fé” da administração pública municipal, anexamos no processo o contra-cheque de três professores que recebem valor inferior ao piso.

O processo atualmente encontra-se em fase de instrução, momento em que as partes apresentam as provas de que dispõem e re-querem diligências.

LICenÇa pRêMIoA presente ação foi proposta no dia

31/10/2011, está tramitando perante a Pri-meira Vara Cível da Comarca de Canoas, pro-cesso nº 008/1.11.19854-2.

A ação foi contestada pelo Município de Canoas, alegando que as novas regras esta-belecidas para normatizar a conversão em pecúnia da licença prêmio é legal, justa e mo-ralmente admissível.

O sindicato está pugnando pela inconstitu-cionalidade da referida norma, pois a mesma passou a regrar uma situação pretérita, da qual os professores desconheciam. Também está questionando o fato de o estatuto do servidor assegurar o direito dos professores poderem gozar de licença saúde e justificar suas faltas mediante atestado médico e que isso não pode ser prejudicial à conversão em pecúnia da licença prêmio, pois está assegu-rado em lei.

Atualmente o processo está na fase de instrução processual.

Além da Ação que visa a declaração de inconstitucionalidade, também estão tra-mitando outros dois processos que tratam da mesma matéria. Mandado de Seguran-ça nº 008/1.11.0006178-4, que tramita pe-rante a Segunda Vara Cível, proposto em

13/04/2011 e Mandado de Segurança nº 008/1.11.0006177-6, que tramita perante a Primeira Vara Cível, proposto em 13/04/2012, ambos na Comarca de Canoas. Os processos encontram-se em grau de recurso no Tribunal de Justiça.

pRoFeSSoR (a) BIBLIoteCáRIo (a)A presente ação foi proposta no dia

25/08/2011, está tramitando perante a Tercei-ra Vara Cível da Comarca de Canoas, processo nº 008/1.11.0016104-5. Nesta ação estamos buscando o reconhecimento do direito dos professores que atuam nas bibliotecas das escolas de educação básica poderem se apo-sentar com a mesma redução de cinco anos no tempo de contribuição e na idade (aposen-tadoria especial).

A ação foi contestada pelo Município de Canoas, alegando que não pode reconhecer esse direito, pois segue orientação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que entende que só tem direito a aposentadoria especial os professores regentes e os integrantes da equipe diretiva.

Na réplica à contestação propugnamos pela tese de que a atividade desenvolvida pe-los professores que se encontram no desem-penho de tais funções são eminentemente pedagógica e que fazem parte do processo de ensino e aprendizagem realizado nas escolas.

Atualmente o processo está na fase de instrução, sendo produzidas provas.

pRoFeSSoR (a) SuBStItuto (a)A presente ação foi proposta no dia

26/09/2011, está tramitando perante a Tercei-ra Vara Cível da Comarca de Canoas, processo

nº 008/1110016672-1. Nesta ação estamos buscando o reconhecimento do direito dos professores que atuam como substitutos nas escolas de educação básica de se aposentar com a mesma redução de cinco anos no tem-po de contribuição e na idade (aposentadoria especial).

A ação foi contestada pelo Município de Canoas, alegando que não pode reconhecer esse direito, pois segue orientação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que entende que só tem direito a aposentadoria especial os professores regentes e os integrantes da equipe diretiva.

Na réplica à contestação propugnamos pela tese de que a atividade desenvolvida pe-los professores que se encontram no desem-penho de tais funções são eminentemente pedagógica e que fazem parte do processo de ensino e aprendizagem realizado nas escolas.

Sobre este mesmo tema já temos uma sentença favorável em relação ao processo de uma professora da rede, já divulgado neste jornal e que está sendo tutelado pela assesso-ria jurídica do SINPROCAN.

Atualmente o processo está em fase de instrução processual.

pRoFeSSoR (a) atuante eM LaBInA presente ação foi proposta no dia

31/08/2011, está tramitando perante a Pri-meira Vara Cível da Comarca de Canoas, pro-cesso nº 008/1.11.0016444-3. Nesta ação es-tamos buscando o reconhecimento do direito dos professores que atuam nos laboratórios de informática nas escolas de educação bási-ca de se aposentarem com a mesma redução de cinco anos no tempo de contribuição e na

idade (aposentadoria especial). A ação foi contestada pelo Município de

Canoas, alegando que não pode reconhecer esse direito, pois segue orientação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que entende que só tem direito a aposentadoria especial os professores regentes e os integrantes da equipe diretiva.

Na réplica à contestação propugnamos pela tese de que a atividade desenvolvida pe-los professores que se encontram no desem-penho de tais funções são eminentemente pe-dagógicas e que fazem parte do processo de ensino e aprendizagem realizado nas escolas.

Atualmente o processo está em fase de instrução, sendo produzidas as provas.

teRÇo de FÉRIaSA presente ação foi proposta no dia

11/10/2011, está tramitando perante a Quar-ta Vara Cível da Comarca de Canoas, processo nº 008/1.11.018817-2. Nesta ação estamos buscando o pagamento do Terço de Férias sobre o recesso da categoria, pois os profes-sores só estão recebendo o abono constitu-cional sobre 30 dias, quando deveriam estar recebendo sobre os 60 dias (30 dias de férias mais 30 dias de recesso).

A ação foi contestada pelo Município de Canoas, alegando que os professores só tem direito a 30 dias de férias e, por conseguinte só podem receber o terço de férias sobre 30 dias.

Na réplica à contestação propugnamos pelo pagamento do terço de férias sobre fé-rias e recesso.

Atualmente o processo está na fase de instrução processual.

CLaSSe “C”A presente ação foi proposta no dia

31/10/2011, está tramitando perante a Se-gunda Vara Cível da Comarca de Canoas, processo nº 008/1.11.0019854-2. Nesta ação estamos buscando o reconhecimento do direi-to de que todos os professores que já esta-vam na última classe “C”, prevista no plano de carreira revogado, sejam inseridos na classe “10”, prevista no plano de carreira vigente.

A ação foi contestada pelo Município de Canoas, alegando que os professores não tem direito adquirido em se manter na última clas-se e está sujeito a mudanças durante a vida funcional.

Na réplica à contestação, propugnamos pela ilegalidade da sistemática adotada no novo plano de carreira que não propiciou con-dições, requisitos, para que houvesse a pos-sibilidade de enquadramento ou reenquadra-mento na classe “10”.

Atualmente está na fase de instrução pro-cessual.

antão alberto Fariasassessor Jurídico do SInpRoCan

Page 11: Abril 2012

A voz do professor - abril/2012 - 11

uniVersidades Federais

nobel de economia é a favor das cotasPensar nas consequências das cotas ao longo

do tempo, segundo as circunstâncias históricas do próprio país de ocorrência. Este é, para o indiano Amartya Sen, Nobel de Economia em 1998, um bom critério para se avaliar a validade de ações afirma-tivas como a que reserva vagas para determinados grupos étnicos nas universidades.

Para Amartya Sen, as ações afirmativas se consoli-dam em longo prazo. Fazendo a ressalva de que seu país de origem, a Índia, tem uma realidade socioe-conômica própria e bastante diversa da brasileira, ele lembrou a importância que teve por lá a política de cotas. “Sem as cotas, não teríamos na Índia ci-rurgiões e magistrados vindos de baixo”, ressaltou.

jurídico

ações judiciais individuaisAcompanhe como está o andamento processual das ações judiciais individuais ingressadas pelo Sinprocan

Como é do conhecimento da ca-tegoria, o sindicato ingressou na Justiça com diversas medidas judiciais coletivas e também disponibilizou a sua assessoria jurídica para que os professores interes-sados pudessem ingressar com medidas judiciais individuais.

LICenÇa pRêMIoDiversos professores que tiveram o direito

negado em converter em pecúnia, parcial ou total, o tempo da licença prêmio, estão ingres-sando na justiça para receberem os valores que são devidos pela administração pública municipal. Todo professor que tiver suprimido o seu direito, pode procurar na justiça o reco-nhecimento de seu direito, uma vez que difi-cilmente será possibilitado gozar a licença em face da precariedade de professores na rede de ensino.

pRoFeSSoR (a) BIBLIoteCáRIo (a)Vários professores que não tiveram compu-

tado o tempo de serviço desenvolvido no âm-bito das bibliotecas das escolas de educação básica estão ingressando na justiça para ob-terem tal reconhecimento. Conforme foi noti-ciado em edições anteriores deste jornal, já há uma decisão judicial (sentença), reconhecendo o direito de uma professora bibliotecária poder se aposentar com a redução de cinco anos na idade e no tempo de contribuição (Aposenta-doria Especial).

O reconhecimento desse direito permitira que as professoras atuantes na biblioteca pu-dessem se aposentar com a idade de 50 anos e 25 anos de contribuição (tempo de serviço) e os professores homens pudessem se aposen-tar aos 55 anos de idade e 30 anos de contri-buição (tempo de serviço).

Atualmente o Município de Canoas e o CA-NOASPREV não reconhecem tal direito, por isso a indicação da via judicial como forma de assegurar a plenitude de tal prerrogativa, pois caso o(a) professor(a) queira continuar trabalhando após ter preenchido os requisitos para aposentadoria, poderá estar recebendo o “abono permanência” e quem sabe galgar mais avanços (triênios).

Todo professor que tiver suprimido o seu direito, pode procurar na justiça o reconheci-mento de seu direito, uma vez que dificilmente será reconhecido na via administrativa.

pRoFeSSoR (a) SuBStItuto (a)Vários professores que não tiveram compu-

tado o tempo de serviço desenvolvido na con-dição de professor substituto nas escolas de educação básica estão ingressando na justiça para obterem tal reconhecimento de forma a assegurar o direito à aposentadoria especial.

Conforme foi noticiado em edições anterio-res deste jornal, ainda não há decisão judicial (sentença), reconhecendo o direito do profes-sor bibliotecário poder se aposentar com a re-dução de cinco anos na idade e no tempo de contribuição (Aposentadoria Especial), porém

estamos confiante que a justiça irá reconhecer tal direito.

O reconhecimento desse direito permitirá que as professoras atuantes na biblioteca pos-sam se aposentar com a idade de 50 anos e 25 anos de contribuição (tempo de serviço) e os professores homens possam se aposentar aos 55 anos de idade e 30 anos de contribuição (tempo de serviço).

Atualmente o Município de Canoas e o CA-NOASPREV não reconhecem tal direito, por isso a indicação da via judicial como forma de assegurar a plenitude de tal prerrogativa, pois caso o(a) professor(a) queira continuar trabalhando após ter preenchido os requisitos para aposentadoria, poderá estar recebendo o “abono permanência” e quem sabe galgar mais avanços (triênios).

Todo professor que tiver suprimido o seu direito, pode procurar na justiça o reconheci-mento de seu direito, uma vez que dificilmente será reconhecido na via administrativa.

pRoFeSSoR (a) atuante eM LaBInVários professores que não tiveram com-

putado o tempo de serviço desenvolvido na condição de professor de LABIN no âmbito das escolas de educação básica estão ingressando na justiça para obterem tal reconhecimento de forma a assegurar o direito à aposentadoria especial. Conforme foi noticiado em edições anteriores deste jornal, ainda não há decisão judicial (sentença), reconhecendo o direito do professor de LABIN poder se aposentar com a redução de cinco anos na idade e no tempo de contribuição (Aposentadoria Especial), porém estamos confiante que a justiça irá reconhecer tal direito.

O reconhecimento desse direito permitirá que as professoras atuantes no LABIN possam se aposentar com a idade de 50 anos e 25 anos de contribuição (tempo de serviço) e os professores homens possam se aposentar aos 55 anos de idade e 30 anos de contribuição (tempo de serviço).

Atualmente o Município de Canoas e o CA-NOASPREV não reconhecem tal direito, por isso a indicação da via judicial como forma de assegurar a plenitude de tal prerrogativa, pois caso o(a) professor(a) queira continuar trabalhando após ter preenchido os requisitos para aposentadoria, poderá estar recebendo o “abono permanência” e quem sabe galgar mais avanços (triênios).

Todo professor que tiver suprimido o seu direito, pode procurar na justiça o reconheci-mento de seu direito, uma vez que dificilmente será reconhecido na via administrativa.

teRÇo de FÉRIaSMuitos professores já ingressaram com

ações na justiça visando obterem o pagamento do Terço de Férias sobre os 30 dias de recesso. Atualmente o Município de Canoas só paga o Terço de Férias sobre 30 dias, muito embora já existam inúmeras decisões (sentenças) que reconhecem tal direito.

Todo professor que tiver suprimido o seu direito, pode procurar na justiça o reconheci-mento de tal direito, uma vez que dificilmente será reconhecido na via administrativa.

CLaSSe “C”Inúmeros professores que já estavam na

classe “C”, alguns que já se aposentaram, ou-tros que estavam na iminência de se aposenta-rem, ingressaram na justiça visando assegurar o direito de ser enquadrado na última classe do plano de carreira vigente, qual seja classe 10.

dIFeRenÇa de FgTambém está sendo questionado na jus-

tiça o valor pago nas FG de supervisores e orientadores que já haviam agregado e que atualmente estão recebendo valores inferiores. A diferença surgiu pelo fato de que no plano de carreira anterior o valor das FG era pago de acordo com a classificação da escola “Clas-se A – B – C”, no entanto o plano de carreira vigente estabelece valor único das FG, inde-pendente da classificação da escola. Portanto tal situação pode ensejar prejuízos financeiros para professores da ativa que já agregaram e especialmente aos professores inativos.

Já estão tramitando diversas ações na jus-tiça que visa o restabelecimento dos direitos do professores.

enQuadRaMento apoSentadoSAtualmente constatamos que muitos pro-

fessores foram prejudicados no reenquadra-mento, pois equivocadamente não foi consi-derada a averbação de certificado/diploma de graduação em período anterior aos cinco anos que precederam o ato de aposentadoria. Al-guns professores já ingressaram com medidas judicial contra o Canoasprev.

Também constatamos que professores que integraram equipe diretiva, quando da conta-gem do tempo de serviço para fins de enqua-dramento pelo Canoasprev, não tiverem esse tempo computado como sendo equivalente ao tempo de regência, com isso implicando a mi-gração para uma classe inferior ao que deveria estar em virtude do novo plano de carreira. Vários professores aposentados já ingressaram com medida judicial para revisar o ato prati-cado pela autarquia municipal, o que poderá implicar significativo ganho nos proventos dos inativos.

Os aposentados que estavam na classe “C” também estão ingressando na justiça para ob-terem o reconhecimento do direito de ser en-quadrado na última classe do plano de carreira vigente, qual seja classe “10”.

Também está sendo questionado na justiça o valor pago nas FG de supervisores e orien-tadores que já haviam agregado e que atual-mente estão recebendo valores inferiores. A diferença surgiu pelo fato de que no plano de carreira anterior o valor das FG era pago de acordo com a classificação da escola “Classe A – B – C”, no entanto o plano de carreira vigente estabelece valor único das FG, independente

da classificação da escola. Portanto tal situa-ção pode ensejar prejuízos financeiros para os professores inativos.

Já estão tramitando na justiça diversas ações que visam o restabelecimento dos direi-tos dos professores.

Salientamos o fato de que muitas vezes o servidor não se dá conta do prejuízo, pois momentaneamente está recebendo a chama-da VPNI, que é um artifício para encobrir as perdas sofridas pela categoria. Na verdade to-dos os professores que estão recebendo esta parcela autônoma (VPNI) tiveram perda sala-rial, porém como não pode haver redução de salário, então foi criada esta sistemática.

Todo professor aposentado que foi reen-quadrado, está amparado pelo direito de pa-ridade entre ganhos dos servidores ativos e inativos, logo poderá questionar na justiça os prejuízos sofridos ou que virá a sofrer em virtu-de das implicações decorrentes da aplicação da sistemática do plano de carreira dos servidores ativos.

Outras situações específicas atinentes a cada professor inativo também estão sendo questionadas na esfera judicial.

InSaLuBRIdadeAs professoras da Educação Infantil estão

ingressando com medidas judicial, visando obter o reconhecimento do direito de receber o Adicional de Insalubridade, uma vez que as atividades por elas desempenhadas ensejam contato com agentes biológicos, caracteriza-dores de insalubridade, sendo que em alguns processos já foi nomeado perito judicial para realizar a perícia, para apurar e determinar se há ou não atividade profissional em contato ou exposição aos agentes biológicos.

É importante salientar que em virtude das diferenças das condições de trabalho existente em cada uma das EMEI, neste momento só é viável a propositura de medida judicial indivi-dualizada ou em grupo.

gRatIFICaÇão da eJa No ano de 2011 passou a vigorar o novo

plano de carreira dos professores municipais e com ele foi assegurado o direito aos profes-sores lotados no turno da noite, para desem-penho de atividades junto a EJA, receberem uma gratificação que não é computada para fins de aposentadoria, portanto sem incidência do desconto do FAPEC.

Ocorre que tal gratificação é para ser paga para todos os professores que estão desenvol-vendo atividades com a EJA, seja em sala de aula ou fora, inclusive as equipes diretivas que estão lotadas especificamente para atividades no turno da noite junto a EJA.

Fique atento, pois estes valores deveriam estar sendo pago desde a vigência do plano de carreira.

antão alberto Fariasassessor Jurídico do SInpRoCan

Page 12: Abril 2012

Como todos os sócios já sabem, pois é praxe, o Sinprocan devolve 60% do valor relativo à Contribui-ção Sindical que é descontada por força de Lei Federal, através da qual todos os trabalhadores bra-sileiros “contribuem” anualmente, sempre no mês de março.

Se você quiser receber o valor, deverá fazer a solicitação até o dia 11/05/2012, pedido que deve ser formalizado na sede do sindicato, mediante a entrega da cópia do seu contracheque do mês de março constando o desconto do Sinpro-can, com a indicação do número da conta corrente e agência do Banri-sul em que deveremos efetuar o de-pósito do valor do desconto (60%).

Os colegas que possuem duas matrículas deverão apresentar as cópias dos dois contracheques. Também solicitamos que os colegas indiquem, junto à cópia do contra-cheque o número do CIC (Cadastro Individual do Contribuinte – tam-bém conhecido como CPF). Estes documentos devem ser protocola-dos no sindicato mediante assina-tura de quem efetuar a entrega e por quem recebe os mesmos, para que não haja dúvida na hora da de-volução, que será efetuada até o dia 06/06/2012.

não esqueça, esta data é li-mite (11/5) para efetuar a so-licitação para que o Sindicato possa se organizar e realizar os depósitos.

contribuição sindical

atenção para o prazo para a solicitação da devolução

Nos últimos dias a mídia tem enfocado aspectos rela-cionados a queda dos juros em virtude de medidas ado-tadas pelo Banco Central. Tais medidas são incentivada pelo Governo Federal para forçar uma queda no custo do crédito, a guerra dos juros terá um capítulo próprio no Rio Grande do Sul.

Neste sentido, pretendemos relatar de forma sintética o que está ocorrendo, para auxiliar as pessoas que se en-contram em situação de endividamento e que podem ter neste momento uma oportunidade de renegociarem suas dívidas, sem a necessidade de recorrerem à justiça.

“Enquanto no resto do país Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal tentarão atrair principalmente clientes de instituições financeiras privadas, no Estado o alvo principal deverá ser o Banrisul, dono de cerca de um quarto das agências, dos depósitos e das operações de crédito no mercado gaúcho.

Após o BB ter anunciado na quarta-feira passada a re-dução da taxa para pessoas físicas e pequenas empresas, hoje será a vez da Caixa dar detalhes de seu plano, que inclui o corte do juro do cheque especial para 1,35% ao mês. O diretor de clientes e canais do BB, Hideraldo Lei-tão, observa que no Ri Grande do Sul a fatia de mercado do banco é inferior à média nacional e a intenção é recu-perar este espaço:

- Queremos crescer bastante no Estado. A nossa cam-panha publicitária terá propaganda regionalizada.

Na mira do BB está principalmente o funcionário público. Criada no país no final de 2006, a portabilidade bancária – em que o cliente migra a conta ou a operação de crédito de um banco para outro – também passou a ser uma opção para funcionalismo a partir de Janeiro.

- As grandes folhas de pagamento do setor público ainda estão concentradas no Banrisul – observa o supe-rintendente do Banco do Brasil José Carlos Reis da Silva, que, entretanto, se esforça para não particularizar a dis-puta com o Banco estatal gaúcho.

O presidente do Banrisul, Túlio Zamin, sustenta que o banco já se antecipou ao movimento pelas perspectivas de juros em queda no país. Afirma que no crédito consig-nado, por exemplo, as taxas variam de 1,4% a 2,5% ao mês, “aparentemente coincidindo com alguns anúncios do BB”. O Banrisul, avisa, segue atento à concorrência.

- É uma briga boa. O Banrisul tem de fato uma posição diferenciada. O banco já vinha olhando para os seus pro-dutos com esse cenário de juros declinantes. Se houver espaço para revisar a nossa tabela, vamos olhar – admi-te.”

tRoCa de BanCo eM BuSCa de taXa MenoRCom o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal

como pontas de lança na Guerra do juro, o governo Fede-ral pretende impulsionar a portabilidade bancária.

A operação permite que o cliente migre os financia-mentos de uma instituição para outra – sem ter custos para isso.

Com a possibilidade de mudança o governo avalia que a concorrência deve ficar ainda mais acirrada e forçar os bancos privados a acompanhar a queda dos juros.

A economista Silvia Matos, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acre-dita, no entanto, que mesmo ameaçados de perder um pouco de mercado, as instituições privadas não acompa-nharão por completo o movimento:

- Se isso é vantajoso, porque os bancos privados não fizeram isso antes? A inadimplência está elevada e o com-prometimento da renda também. Outro risco é trazer o mau pagador.

poRtaBILIdade• Se o consumidor encontrar uma taxa de juros

mais baixa no mercado, deve procurar esse banco e fazer uma simulação além de verificar as condições que ofere-ce, sugere Maria Elisa Novais, gerente jurídica do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (idec).

• A partir daí, se o banco com taxas mais baixas concordar com a portabilidade – transferência da dívida -, entrará diretamente em contato com o banco onde o consumidor contraiu primeiramente o empréstimo e am-bos realizarão diretamente a operação, sem envolvimento do consumidor, que não deve pagar nenhum custo pela operação, nem sob a forma de tarifa.”

Matéria de Zero Hora.

aSSeSSoRIaO sindicato dos professores está disponibilizando

a sua assessoria jurídica, para orientar os seus asso-ciados em relação aos contratos bancários que estão impondo sobrecarga de dívidas aos professores, tan-to em relação a empréstimos consignados, limites de cheque especial e empréstimos com débito em conta.

departaMento jurídico

Redução nos juros pode auxiliar a sair do endividamento

Governo Federal dá início a uma guerra de juros e leva mercado a reduzir taxas de juros