revistarainha abril 2012

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ano 89 nº 1042 abril | 2012 Turma da MIA Páscoa Tempo de Revigorar a Fé ELES FIZERAM A DIFERENÇA Irmãos Grimm TEOLOGIA E COTIDIANO Deus está de volta Turma da MIA A virtude do amor A virtude do amor

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Publicação mensal da Sociedade Vicente Pallotti

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Page 1: RevistaRainha Abril 2012

ano 89 • nº 1042abril | 2012

Turma da MIA

PáscoaTempo de Revigorar a Fé

ElEs fizEram a difErEnça Irmãos Grimm

TEologia E CoTidiano Deus está de volta

Turma da MIA

A virtudedo amorA virtudedo amor

Page 2: RevistaRainha Abril 2012

Publicação mensal da Sociedade Vicente Pallotti Província N. Sra. Conquistadora Padres e Irmãos Palotinos

Redação e CenTRal de aTendimenTo ao assinanTe Av. Assis Brasil, 1768 | 91010-001 Porto Alegre(RS) | Fone: 0800 516633 (51) 3021-5008 | 3021-5010 [email protected] www.pallotti.com.br/rainha

supeRioR pRovinCial Pe. Lino Baggio, SAC

diReToRes Pe. Judinei José Vanzeto, SAC Pe. Jadir Zaro, SAC

pRojeTo gRáFiCo e diagRamação Juarez Rodolpho dos Santos

TuRma da mia Textos: Benedita de Souza Ilustrações: Aline Reis

Revisão Maria Burin Cesca Maria Lúcia Barbará

assessoR de ComuniCação Carlos Alberto Veit

assinaTuRas e expedição Bianca K. B. da Silva, Dênia G. Franz Danelon Juliana S. da Silva

impRessão e aCabamenTo Gráfica Editora Pallotti Rua Ivo Afonso Dias, 297 Fone: (51) 3081-0801 São Leopoldo | RS

os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente a opinião da Revista Rainha dos apóstolos.

expediente

Pe. Judinei José Vanzeto, saC

Somos discípulos missionários do Ressuscitado!

Editorial

A Páscoa é a maior e mais significativa festa cristã. É a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. É a nossa vitória em Cristo para uma vida nova e santa por sua Vida, Paixão, Morte e Ressurreição, pois toda a

sua vida é salvadora pela entrega total e livre em favor da humanidade. Sua presença viva e atuante foi a primeira notícia anunciada pelos discípulos

e discípulas que conviveram com Ele. Hoje, somos nós os anunciadores da Boa-Nova e, através desta edição, vamos juntos proclamar que Cristo Jesus ressuscitou.

O que aconteceu com os medrosos apóstolos após a morte de Jesus? Foram se esconder. Qual a maior prova da Ressurreição do Mestre? Cientificamente, não há provas. O único dado é que não encontraram o corpo há pouco sepul-tado. Um grupo espalhou a notícia que os discípulos dele tinham roubado o corpo. A maior prova, portanto, da Ressurreição de Jesus Cristo é a mudança de vida dos seus amigos e amigas.

O encontro com o Ressuscitado mudou radicalmente a vida deles. As incer-tezas, o medo e as dúvidas desapareceram. A convicção da vitória tomou conta de todos. Algo especial aconteceu. Isso marcou definitivamente seu modo de vida, e passaram a anunciá-Lo. O mesmo acontece hoje, pois a experiência com Cristo traz paz, conversão, vida nova, entusiasmo e alegria, bem como o desejo de levá-Lo ao mundo inteiro.

Esta edição, portanto, é dedicada a todos os discípulos missionários hodier-nos. Que o conteúdo deste mês os auxilie a aprofundar a fé no Ressuscitado para torná-Lo mais conhecido, amado e seguido.

Além disso, para completar as mudanças que ocorreram na revista este ano, apresentamos o Pe. Valdeci Antonio de Almeida, Palotino da Província São Paulo Apóstolo, com sede em São Paulo (SP), que passa a ser nosso cola-borador. A partir deste mês, ele publicará na seção Saber Viver, reflexões que auxiliarão no crescimento e discernimento espiritual. Um dos objetivos dessa colaboração também consiste em aproximar e integrar mais todos os Palotinos e Palotinas da América do Sul através do carisma que nos une.

Que a força do Ressuscitado nos impulsione com alegria ao Seu anúncio!

Feliz e Abençoada Páscoa!

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CARLOS ALBERTO VEITEspecial

PáscoaTempo de Revigorar a Fé

Dez tópicos para

refletirmos sobre

a fé nesta

época tão especial

F ernanda chegou de surpresa. Eu estava sentado na beira da praia, fim de tarde, tomando chimarrão (gaúcho toma chimar-rão até no verão...) quando ela chegou para conversar. Sabia

que ia ser uma longa conversa, mas daquelas de que sempre se tira algum proveito. Depois das saudações iniciais, ela me disse, entre outras coisas, que era uma pessoa de fé. Para provocar, eu indaguei:

– Mas como você prova que tem fé?Ela me olhou com o canto dos olhos e disse, altiva: – Ora, eu acredito em Deus! Eu retruquei: – O demônio também sabe que Deus existe, mas não o segue.Ela foi rápida: – Mas eu leio a Bíblia!E eu: – O demônio sabe a Bíblia de cor! Tanto que tentou Jesus no

deserto (Mt 4,1-11) citando passagens bíblicas.Ela deu um longo suspiro e desabafou: – Então tá, sabidão, o que precisa para ter fé?– Well... vamos refletir um pouco juntos – emendei.

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TÓPICOS ESSENCIAISSem querer ser o dono da verdade, acredito que existem

alguns tópicos essenciais para saber se temos realmente fé ou a que ponto ela anda.Vamos a alguns deles:

01) Situações limites: Como você age quando está tudo bem ou está tudo mal? Al-gumas pessoas quando não conseguem o que querem, culpam a Deus e ensaiam até desistir da fé! Não suportam as adversidades e acham que Deus tem que ser uma espécie de “quebra-galhos” de plan-tão. Parecem a semente que caiu em solo pedregoso (Mt

13, 1-23) e logo o sol a queimou porque não tinha raízes. Fé pobre... ou melhor, pobre fé!

Já outras, quando tudo está mal não tem santo sem vela, vivem rezando, fazendo penitências e mil promessas, mas quando conseguem o que querem parece esquecerem-se de Deus! Presumem que não precisam mais Dele e nem se lembram de agradecer.

Não é à toa que a Bíblia é inspirada por Deus e sempre atual. Não foi isso que aconteceu com os dez leprosos (Lc 17, 11-19) que Jesus curou? Só um voltou para agradecer. Uma pessoa que tem uma fé madura e equilibrada, na alegria e na tristeza sabe louvar a Deus, como está tão bem descrito no Livro de Jó, do Antigo Testamento.

02) Estar sozinho: O que você faz quando está sozinho? É muito fácil mostrar nossa fé na frente dos outros, mas e quando ninguém está nos olhando? Somos merecedores de ser chamados de cristãos?

É claro que podemos con-siderar normal ter uma ima-gem social, pois todos nós representamos vários papéis

na sociedade, quer nos demos conta ou não. É o que Carl Jung chamaria de persona, ou seja, uma espécie de máscara, de vitrine em que procuramos mostrar o nosso melhor para os outros. No entanto, a diferença entre a nossa personalidade social e a nossa persona-lidade particular não pode ser tanta que nos afaste de Deus. Uma coisa é estar mais à vontade; outra coisa é abandonar a fé.

03) Oração como diálogo: Não tenho nada contra as orações prontas. Elas são essenciais em muitas ocasiões, principalmente quando se está orando em grupo. Como não gostar do Pai-Nosso ou da Ave-Maria, orações tão antigas e tão sábias?

As orações prontas, no entanto, não devem excluir as orações espontâneas, particulares, pessoais. Quem não gosta de conversar com um amigo? Por que não podemos transformar a oração pessoal num diálogo com Deus, nosso melhor amigo? Ele não se importa com a erudição das nossas palavras nem com a nossa falta de palavras.

O que Ele leva em conta é até que ponto nosso coração está junto com o que dizemos ou pensamos. Esse tipo de oração é o que menos cansa e o que mais gratifica e mostra que nossa fé está amadurecida, pois revela intimidade com o Pai.

4) Não deixar a fé na igre-ja: Certas pessoas acham que já fazem muito indo à missa dominical! Deus nos dá 168 horas a cada sema-na; se dedicamos uma hora a Ele será muito? Será que esquecemos que sem a Sua graça nem teríamos nascido ou não viveríamos sequer por um minuto?

Não é sinal de fé fortale-cida deixar a igreja depois da missa de domingo e esquecer a fé lá dentro, vivendo o restante da se-mana como um bárbaro. O importante não é só ter religião, é ser religioso, no sentido de lembrar que toda ocasião é oportuna para manifestarmos nossa fé.

Sabemos que a família, por exemplo, é um lugar privilegiado de vivência do amor humano e divino, sendo como uma igreja doméstica. “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus ha-bita em vós?” (1Cor 3, 16-17). Ter consciência disso nos dá muito mais coerência em nosso agir.

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5) Entusiasmo: Quem tem fé e se descobre herdeiro do Rei-no de Deus pelo seguimento a Jesus Cristo não pode ficar triste por muito tempo. Tem que transbordar de alegria e ter vontade de anunciar isso a todos!

Será que priorizamos o amor a Deus em nossa vida? Quem prioriza esse amor é

como aquele que encontrou um tesouro inigualável, vendeu tudo que tinha e foi lá adquirir esse tesouro (Mt 13,44). Quem tem fé necessariamente quer trazer mais pessoas para sua Igreja, quer repartir a alegria de ter Jesus como Senhor de sua vida. Você age assim?

6) Desapego: Onde está o teu coração? Na hora de dormir, naqueles últimos ins-tantes acordado, você sonha com o quê? “Onde está teu tesouro lá também está teu coração” (Mt 6, 21). Não tem como haver desenvolvimento espiritual sem desapego. Um dia, vamos ter que deixar tudo para partir para a casa

do Pai. Quem tem fé certamente tem desapego das coisas materiais, o que não quer dizer que não deva assumir responsabilidades, mas priorizar o que é do espírito.

7) Aprender mais: Você é adulto e se contenta com o que aprendeu no catecismo da Primeira Comunhão? En-tão a sua fé está meio fraqui-nha, meu amigo!

Gastamos tanto tempo aprendendo bobagens ou sim-plesmente deixando o tempo passar! Por que não procura-mos aprender um pouco mais

sobre Jesus Cristo e sua mensagem? Certamente, há em cada paróquia cursos de Bíblia, grupos de oração, reti-ros, encontros e outros eventos que sempre oferecem uma oportunidade de crescimento espiritual.

Quanto mais e melhor se conhece alguém mais chances temos de amar esse alguém. Não se pode amar quem não se conhece; isso seria mera pai-xão passageira. Você conhece mesmo Jesus Cristo? Conhece o real significado da Páscoa?

8) Comunidade: Quem tem fé faz parte de uma comunidade que compartilha da mesma fé. Nossa fé também tem uma dimensão social, coletiva, que é necessária para formar e fortalecer a Igreja à qual per-tencemos. O seu pároco o conhece?

Quantos conhecem você em sua paróquia? Ou ainda

não participa de nenhuma paróquia? Essa fé guardada em casa, somente individual, não é uma fé amadureci-da. É claro que em muitos momentos é mais cômodo e tentador ficarmos em casa. Jesus, no entanto, nos deu o exemplo para nos desinstalarmos, pois sempre ia levar a mensagem adiante, em outras comunidades, com as quais interagia.

9) Sensibilidade ativa: Uma pessoa que tem fé procura desenvolver sua sensibili-dade em relação a todo ser vivo. Essa sensibilidade não pode estar atenta só aos seus familiares ou amigos. Os que não têm fé também fazem isso. Não podemos esquecer que “Se amais so-mente os que vos amam,

que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isso também os pagãos?” (Mt 5,46-48).

Estar disposto a ajudar a todo ser vivo é como prestar uma reverência a Deus através de toda cria-tura. É claro que temos nossas preferências! É mais agradável ajudar um gatinho do que uma serpente, mas, na medida do possível, deve-se ajudar a todos.

Não adianta ficar apenas na intenção, compa-decido. Um velho ditado já dizia que “o inferno está cheio de boas intenções”! Outra referência que temos nesse sentido é a parábola do bom samaritano (Lc 10, 25-37). Jesus conta essa história para mostrar que o mérito está em quem se compadece do neces-sitado e o ajuda de verdade.

Aliás, uma grande sensibilidade pode nos levar à compaixão e esta, por sua vez, nos levar à sabedoria. Difícil encontrar virtudes maiores do que essas!

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10) Transformação: “Não vos conformeis com este mun-do, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que o agrada e o que é perfeito” (Rm 12,2).

A verdadeira fé é transfor-madora. Não podemos dizer que alguém se converteu se ele continua agindo e pensando

como antes da conversão. “Vós vos despistes do homem velho com os seus vícios e vos revestistes do novo, que se vai restaurando constantemente à imagem daque-le que o criou, até atingir o perfeito conhecimento” (Col 3, 9-10).

Naturalmente, a conversão é um processo. Não nos tornamos santos da noite para o dia, mas não podemos perder de vista a recomendação: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48).

Quem tem uma fé verdadeira nunca se acomoda, pois tem consciência de que é “sal e luz do mundo” (Mt 5, 13-14). Portanto, ele não transforma só a si mesmo, mas se torna agente de transformação na comunidade em que vive.

Após eu ter falado sobre esses dez tópicos, Fernanda levantou-se, pegou sua cadeira e foi saindo de mansi-nho, nem se despediu. Depois foi apressando o passo e eu me dei conta que ela estava, tipo assim, fugindo. Ainda gritei:

– Ei! Eu também ainda não consegui isso tudo! Volta aqui! Vamos tomar outro mate!

Mas ela já tinha ido... eu com minha boca grande!

A IMPORTÂNCIAPodemos aproveitar essas reflexões

para revigorarmos nossa fé neste tempo pascal. Afinal, a Páscoa é a data máxi-ma do calendário cristão. Para todos os que sofrem e, portanto, experimentam o seu próprio calvário, há sempre a esperança e a certeza da Ressurreição.

Não importa quantos presentes ou chocolates ganhemos ou não. A grande Boa-Nova que os cristãos podem anun-ciar a todos no Domingo de Páscoa é que Deus deu ao mundo o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo.

Esse Cristo, tão desprezado por tantos, morreu pelos nossos pecados e venceu a morte, ressuscitando ao ter-ceiro dia. Isso é tão importante que São Paulo disse: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e também é vã a nossa fé” (1Cor 15,14). A Ressurreição de Cristo é a essência da Páscoa! Ven-cendo o pecado e a morte, Cristo ma-nifestou mais uma vez a sua divindade, mostrou-nos o caminho da salvação e nos abriu as portas da eternidade. Que alegrias maiores poderíamos querer?

O autor, colaborador desta Revista, é professor, jornalista e psicólogo clínico | [email protected]

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Page 7: RevistaRainha Abril 2012

anojubilaR

50º aniveRsáRio daCanoniZação de

são viCenTe palloTTi

Fundador da União do Apostolado Católico – UAC

(Padres, Irmãos, Irmãs e Leigos)

20 de janeiro de 1963 a 20 de janeiro de 2013

São Vicente Pallotti

TEsTEmunha do amor infiniTo

PE. ângELO LôndERO, SACMomento Palotino

No dia 21 de abril de 1995,

por ocasião do bicentenário do

nascimento de Vicente Pallotti,

João Paulo II dirigiu uma

mensagem a toda a Família

Palotina. Reproduzimos aqui

o texto dessa belíssima mensagem.

celebração do bicentenário do nascimento de São Vicente Pallotti (1795-1995), Sacerdote romano e Fundador da União do Apostolado Católico,

oferece-me a oportunidade de expressar uma cordial saudação a toda a benemérita Família Palotina, junto com o desejo de que tal evento assinale um tempo de ação de graças a Deus pelo dom feito à Igreja que, testemunha da fé cristã, viveu em plenitude o amor evangélico.

É belo constatar que a celebração acontece num momento em que a cristandade inteira está se preparando para o terceiro milênio do nascimento do Salvador, o que confere à celebração do bicentenário um particular significado. Por isso, o agradecimento elevar-se-á ao Senhor, como afirmei na minha Carta Apostólica Tertio Millennio Adveniente, também por todos os “frutos de santidade, amadurecidos na vida de tantos homens e mulheres que, em cada geração e época da história, souberam acolher sem reservas o dom da Redenção” (n. 32).

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Page 8: RevistaRainha Abril 2012

Com tal espírito, uno-me à oração de louvor da grande Família Palotina – Sacerdotes, Irmãos, Irmãs e Fiéis Leigos – e exprimo a minha satisfação pelas iniciativas promovidas com a finalidade de despertar o carisma peculiar deixado como herança pelo venerado Fundador. Que esse dom do Espírito seja estímulo para cada um renovar a vida espiritual e para unir os esforços apostólicos com o fim de testemunhar ao mundo a presença do Deus vivo, o Amor infinito.

A mensagem que desejo entregar aos caríssimos Irmãos e Irmãs da União do Apostolado Católico é a mesma que repetiria nestes nossos tempos São Vicente Pallotti: conservai a fé cristã, anunciai-a com palavras e obras, ajudai aos outros a crer que Deus é o Pai misericordioso de todos os homens, que Jesus Cristo é o Salvador no qual somos regenerados para a vida nova, que o Espírito Santo é a força da nossa vida; que a fé “age por meio da caridade” (Gl 5,6).

Com alegria, confio novamente esse carisma de fundação a toda a Família Palotina, para que seja fonte de inspiração em resposta às necessidades hodiernas da Igreja e do mundo. A atualidade desta mensagem aparece evidente no limiar do terceiro milênio; de fato, num mundo que corre o risco de descristianizar-se, qual contribuição mais significativa poderiam oferecer os membros da União do Apostolado Católico que a de se empenharem vivamente na nova evangelização? É neces-sário, portanto, que cada um se interrogue sobre a eficácia do próprio compromisso de reavivar a fé numa sociedade na qual a indiferença religiosa “leva tantos homens (...) a viverem como se Deus não existisse ou a contentarem-se com uma religiosidade vaga, incapaz de se confrontar com o problema da verdade e com o dever da coerência”.

A Igreja, hoje, tem necessidade de testemunhas coerentes e anunciadores credíveis da fé, a fim de que os cristãos façam

experiência da vida em Cristo e saibam discernir as realidades divinas e humanas segundo o Espírito de Deus. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica, “para viver, crescer e perseverar na fé até o fim, devemos alimentá-la com a Palavra de Deus, devemos implorar ao Senhor que a aumente; ela deve agir através da caridade (Gl 5,6), ser carregada pela esperança e estar enraizada na fé da Igreja” (n. 162). De tudo isso estava bem convicto São Vicente quando dizia que “a religião (...) deve ser defendida pelos seus seguidores com o exemplo e com a retidão das palavras, demonstrando ainda sua racionabilidade”. Mas para anunciar o Evangelho com o testemunho da vida e da palavra é necessária uma profunda formação cristã, alimentada e sustentada pelo contínuo contato com Cristo por meio da oração, da celebração litúrgica, da vida fraterna, da prática da caridade e da reflexão teológica.

Um aspecto do anúncio da fé merece ainda atenção. São Vicente Pallotti foi grande incentivador do empenho dos fiéis em favor da missão ad gentes. Um desafio da nova evangeli-zação é fazer chegar o Evangelho de Cristo onde ainda não é conhecido. Neste nosso tempo, não se pode esquecer o apelo do Fundador: “certamente nada pode favorecer mais a glória de Deus e o bem espiritual do próximo do que as missões naqueles lugares onde ainda não chegou a luz do Evangelho e onde a vastidão do território e a falta de operários deixa os novos fiéis quase no abandono”. Sei muito bem quanto os Palotinos estão empenhados na ação missionária; saibam eles que a Igreja lhes é profundamente grata por tão precioso serviço.

O anúncio da fé leva à redescoberta de Deus, que é amor (cf. 1Jo 4,8). Esse foi um tema da contínua e incansável pregação de São Vicente Pallotti, que teve seu fundamento na experiên-cia pessoal de sentir-se amado por Deus, sem condições e sem limites. As suas meditações não cessam de ressoar no coração

ABRIL • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS10

Page 9: RevistaRainha Abril 2012

O autor, colaborador desta Revista, é padre palotino e Mestre em Teologia em Santa Maria (RS)

LEIA MAIS...Acesse nosso site http://www.pallotti.com.br/rainha

no link colunistas/pe. angelo e tenha mais informações sobre este tema.

de seus filhos espirituais. Deus, o Amor infinito, está presente sempre e em todo lugar. Deus, Caridade por essência, criou “o homem à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26): o homem “não é uma imagem pintada em tela nem uma imagem de madeira, de pedra, de metal, mas uma substância viva, racional, espiritual”; Jesus Cristo é a manifestação do amor de Deus, que deu “o seu Filho unigênito” (cf. Jo 3,16) para estabelecer com o homem pecador uma aliança nova; viver em Cristo, portanto, é viver no amor do Pai. E, à luz dessas convicções, o Santo escolheu, como lema, as palavras de São Paulo: “o amor de Cristo nos impele” (2Cor 5,14).

Nesta ocasião, desejo exortar cada um dos Membros da União a contribuir de modo concreto para a realização do desejo do Fundador, expresso com estas palavras: “ao ver os pobres e neles pensar (...) quisera tornar-me comida, bebida, licor, vestuário... quisera ser transformado em luz para os cegos, fala para os mudos, ouvido para os surdos, saúde para os enfermos”. O amor para com os pobres deverá, portanto, constituir uma exigência intrínseca e primária da União. Será, por isso, parti-cular empenho de cada um ajudar aos irmãos abandonados e marginalizados, defender a vida dos jovens, dos anciãos e dos excluídos; promover as ações caritativas destinadas a socorrer o próximo nas suas necessidades corporais e espirituais; como também instruir, aconselhar, consolar, confortar, perdoar e suportar com paciência. Essas são as obras com as quais São Vicente testemunhou a caridade fraterna e contribuiu para a edificação da civilização do amor.

De minha parte, não posso deixar de expressar a satisfação pelo empenho demonstrado em promover e desenvolver essa visão profética que constitui a carta de identidade dos Palotinos na Igreja. No Documento final da XVII Assembleia Geral de 1992, foi reafirmado que “a União do Apostolado Católico,

dom do Espírito Santo, é uma comunhão de fiéis que, unidos com Deus e entre si, segundo o carisma de São Vicente Pallotti, promovem a corresponsabilidade de todos os batizados em reavivar a fé, em reacender a caridade na Igreja e no mundo, e levar todos à unidade em Cristo”. Inspire-se cada um nessa escola para ser sempre mais fervoroso anunciador da fé viva e apóstolo da caridade operosa. Empenhe-se na realização dos fins próprios da União do Apostolado Católico que o Santo Fundador queria promover, estabelecer e propagar, “para que seja perpetuamente na Igreja de Jesus Cristo como uma corneta evangélica que chama todos, que convida todos, que desperta o zelo e a caridade em todos os fiéis”.

Acompanho e confirmo tais pensamentos e votos com a oração, para que Maria Santíssima, Rainha dos Apóstolos, conserve unidos os que pertencem à União com os Apóstolos no Cenáculo. Referindo-se ao evento de Pentecostes, o Santo Fundador escreveu: “Onde quer que me encontre, quero imaginar-me (e procurarei ter sempre de novo este sentimento) estarmos eu e todas as criaturas no Cenáculo de Jerusalém, onde os Apóstolos receberam o Espírito Santo...”. Almejo que todas as comunidades da União do Apostolado Católico sejam verdadeiros “Cenáculos” onde se sinta o vento do Espírito Santo e de onde se difundam sempre mais o fogo do seu Amor e a luz da sua Sabedoria.

“Certamente nada pode favorecer mais a glória de

Deus e o bem espiritual do próximo do que as missões

naqueles lugares onde ainda não chegou a luz do

Evangelho e onde a vastidão do território e a falta de

operários deixa os novos fiéis quase no abandono”.São Vicente Pallotti

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Mundo SustentávelMARISE jALOwITzkI

Somos todos desmatadores, já pensou nisso? Você já calcu-lou o quanto de árvores já cortou em sua vida? Pode não ter sido diretamente, mas indiretamente, com certeza,

você cortou muitas!– Dê uma olhada nos móveis de sua casa e procure avaliar:

quantas árvores foram necessárias para fabricá-los? Mesas, cadeiras, armários, bidês, estantes...

– Se mora em regiões frias e possui lareira, ou se adora o gos-tinho da comida em um fogão a lenha no inverno, QUANTAS árvores foram decepadas para que cada um se sentisse melhor, mais confortável, quentinho e feliz?

– Se você possui escadas de madeira em sua casa ou apar-tamento, já parou para pensar que linda e majestosa árvore foi abatida para que os degraus estejam ali, conduzindo você para o andar de cima?

– Casas inteiras, assoalhos, cercas, chalés, trapiches, caixas, baús, carrinhos, brinquedos...quanta coisa, tudo de madeira!

– E o que dizer do papel? Para presente, embrulhos, papel higiênico, papel toalha, livros, cadernos, folhas avulsas? Envio de currículos?

Na fabricação de papel, a madeira é transformada em polpa. O rendimento é cerca de 50% – mais ou menos metade da árvore são nódulos, lignina e outras substâncias que não servem para fazer papel. Além do que, para a produção do papel, faz-se necessário o uso de energia e água. Para se produzir 1kg de papel são necessários 540 litros de água! O consumo brasileiro, por indivíduo, só de folhas de papel A4, é de 44 kg por ano. São 23.760 litros de água só para as folhas de papel.

Seja em casa ou nas empresas, con-tinuaremos a usar papel, invento que revolucionou o modo de vida do ser humano. Quando falamos em sustentabi-lidade, queremos aprimorar a consciência do não desperdício. Quando, nos idos de 1980, comecei a dar aulas utilizando flip-chart, guardava as folhas usadas de um lado e as trazia novamente no outro dia, para reutilizar do outro lado. Enquanto trabalhava em empresa de economia mista, recebia

Desmatamento:a chacota de alguns colegas que me chamavam “puxa -saco do governo” já que era tudo “de graça”... Mais tar-de, como autônoma, escutava: “mão-de-vaca esta consultora, heim?” De nada adiantava explicar, tanto em uma como em outra situação, que estava evitando o abate de árvores. A gozação continuava. “Se atravessar o rio com um sonrisal na mão, ele chega seco do outro lado, heim?”

Eu ria junto com eles, mas o significado de meu riso era outro: “Crianças!” – eu pensava – “Um dia despertarão!” Agora, parece que o momento do despertar chegou! Pelo menos se está falando mais nisso. Consumo com responsabilidade!

A Pastoral da Ecologia, na organização dos grupos ecológicos de base, propõe quatro pilares de sustentação: o testemunho, o diálogo, a denúncia e o anúncio.

Testemunho: é preciso conhecer para convencer. Só recebe crédito aquele que fala no que acredita.

Diálogo: A boca fala daquilo que o coração está cheio. Compartilhar opiniões, ouvir pareceres, construir

soluções passa pelo respeito e pela tolerância com ideias que podem ser diferentes das nossas.

Denúncia: Consiste em divulgar fa-tos, fundamentados na verdade e coerên-cia, no sentido de promover mudanças positivas, nunca para agitar ou provocar revanchismos. As verdadeiras mudanças ocorrem quando as pessoas estão conven-cidas de que haverá ganhos para todos. Alternativas precisam ser apresentadas junto

com as denúncias. Anúncio: Divulgar os acontecimentos ao maior

número de pessoas, proporcionando aprendizagem. Agir.

Ecologia E Fé

Quantas árvores VOCÊ já cortou em sua vida?

ABRIL • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS12

Page 11: RevistaRainha Abril 2012

A autora, colaboradora desta Revista, é escritora, especialista em Desenvolvimento

Humano | [email protected]

Lixo plástico reciclado viramadeira para exteriores e interiores

Vários padrões de cores possíveis para a madeira plástica.

Sala de estar criada toda em madeira plástica.

Um deck de 100m² feito em madeira natural equivale a

duas árvores de ipê de porte médio. Imagina quanto desmatamento será evitado no momento em que todo o lixo plástico, já espalhado pelo planeta, for devidamente reciclado.

Uma ação efetiva dos governos será incentivar a criação de organi-zações de catadores (terrestres e ma-rítimos) para retirar todo o plástico (que permanece em torno de 150 anos), limpá-lo e reciclá-lo.

E conscientizar as empresas que já exportam o lixo para que enviem suas cargas já separadas – e não como vem acontecendo, que navios repletos de containers de lixo, que deveria ser plástico já selecionado, chegam aos portos brasileiros cheios de contaminações, vermes, bactérias e riscos de doenças.

QUALIDADE JÁ COMPROVADAA madeira plástica já vem sendo

produzida desde 2004 e, ainda assim, é pouco divulgada. Trata-se de um material muito útil, proveniente da reciclagem de materiais plásticos. Substitui a madeira comum em diver-sas aplicações, evita a derrubada de árvores e ainda auxilia na reciclagem de resíduos.

Assemelha-se a tábuas de madei-ra natural vegetal, é produzida em diversas cores e pode ser utilizada em toda construção; são fabricados batentes de portas, assoalhos, tábuas para paredes, pallets, móveis de jar-dim, lixeiras, bancos, decks, píeres, mourões, cercas etc. O material é excelente para uso externo, devido à boa resistência à intempéries.

A madeira plástica não absorve quase nada de umidade, a durabilida-de e resistência são talvez até maiores do que a madeira natural vegetal. É resistente a sol, corrosão, chu-va, poeira e pode ser mantida em contato permanente com o solo. É também imune a pragas, não mofa e não cria fungos. Na questão de segurança, a madeira plástica é in-dicada por não soltar farpas ou ter rachaduras.

No município de Joinville, uma lei foi aprovada pela Câmara de Vereadores tornando obrigatória a utilização da madeira plástica no mobiliário urbano, cavaletes e hastes de placas de sinalização de trânsito no município. (Projeto de lei nº 126/2011)

acessando nosso site,você encontrará endereçosde empresas que já estãoinvestindo nesta ideia!http://www.pallotti.com.br/rainhano link mundo sustentável, leia mais matérias sobre sustentabilidade.

Com satisfação, recebemos mensagens sobre o tema sustentabilidade. Uma delas é do engenheiro agrônomo Antonio Carlos Ferreira da Silva, a qual transcrevemos abaixo:

Li a matéria “Ecologia e Fé” na Revista Rainha dos Apóstolos de janeiro/fevereiro de 2012 e gostei muito!

Gostaria de informar-lhes que tenho um blog há cerca de 1 ano, já com mais de 40.000 acessos, que trata sobre hor-ta orgânica. Como engenheiro agrônomo e pesquisador, desenvolvi várias pesquisas sobre produção orgânica de hortaliças; os resultados deste trabalho estão publicados em livro e em boletim didático. Embora aposentado,

sempre que solicitado tenho feito palestras e cursos nesta área. Atualmente tenho uma coluna no jornal da cidade de Urussanga (SC), onde estou residindo, sobre agricultura orgânica e também atuo como voluntário, incentivando e implantando hortas orgânicas em instituições que cuidam da saúde das pessoas.

O endereço do meu blog é:www.cultivehortaorganica.blogspot.com

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Page 12: RevistaRainha Abril 2012

Catequese, vocação e missãoBEnEdITA dE SOuzA

Aprendendo a ser discípulo e discípula de Jesus (Parte I)

No calendário litúrgico eclesial, estamos vivendo o Ano B – em que

o evangelho proclamado é o de São Marcos, o qual nos traz uma nova

abordagem da mensagem de Deus para o seu povo, a continuação do projeto

que teve início no Gênesis com a criação e que continua com Jesus Cristo,

que, após sua ascensão, deixa aos seus seguidores (segundo São Marcos)

“uma boa notícia”, “a Boa-Nova” ou melhor, o Evangelho.

ABRIL • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS16

Page 13: RevistaRainha Abril 2012

A autora, colaboradora desta Revista, é teóloga e escritora em São Paulo (SP)

Mesmo sendo o menor dos quatro evangelhos, Marcos tem condensado nele um registro dinâ-mico e descritivo do ministério de Jesus Cristo

como o Filho de Deus.Queridos catequistas, notem que, para um melhor

aproveitamento das explicações acerca de São Marcos e seu evangelho aos catequizandos, é proveitoso um conhecimento mais profundo e adequado do contexto vivencial desse evangelista.

A tradição eclesial nos informa que ele (como o após-tolo Paulo) possuía um duplo nome: João Marcos. O primeiro nome vem do hebraico e o segundo, do latim. Essa divergência se explica porque, segundo costume da época, na Palestina, uma pessoa podia ter, além do nome judaico, um nome greco-romano, principalmente se procedia de províncias do Império Romano.

Marcos era judeu de nascimento e primo de Barnabé (Cl 4,10). Escritores antigos afirmam que, em Alexandria, no Egito, João Marcos era chamado de “Galileu”, por essa razão é provável que fosse daquela região, terra de São Pedro e dos outros apóstolos.

Apesar de sua pouca idade, pois possivelmente era muito jovem quando conheceu o apóstolo Paulo, tornou--se seu grande amigo, seguidor e discípulo por alguns anos, acompanhando-o em sua primeira viagem missionária no ano 46, vindo depois de algum tempo a seguir seu próprio destino (At 12,25; 13,5; At 13,13).

Era filho de uma mulher de nome Maria que morava em Jerusalém e era uma seguidora fiel de Jesus Cristo, provavelmente viúva e muito rica, uma cristã de alta posição, em cuja casa os membros da Igreja nascente de Jerusalém se reuniam semanalmente para celebrar a Eucaristia dominical (At 12, 12 ss). Isso acontecia devido à perseguição aos cristãos por parte dos romanos e judeus, impedidos de fazer suas celebrações em locais próprios.

Possivelmente foi para essa residência que o apóstolo Paulo se dirigiu quando saiu da prisão para celebrarem juntos. O jovem João Marcos estava presente nesse mo-mento. Assim, a partir daquele dia nascia uma grande amizade entre os dois.

Ainda segundo antiga tradição, essa casa da viúva Maria, mãe de São Marcos, era a mesma onde foi cele-

brada a Última Ceia, ou seja, o Cenáculo. De família de grandes posses, Maria era a proprietária do Getsemani, ou Jardim das Oliveiras, sendo o próprio Marcos o rapaz que ele descreve em seu Evangelho, fugindo com tanta pressa por ocasião da prisão de Jesus que deixou a roupa nas mãos dos soldados (Mc 14, 51-52); isso deixa dúvidas se Marcos conheceu ou não a Jesus pessoalmente.

Após a separação do apóstolo Paulo, João Marcos passou a ter como companheiro de missão seu primo Barnabé, indo evangelizar em Chipre (At 15,36-39). Algum tempo depois, quando Paulo estava na prisão, Marcos retornou ao seu convívio (Cl 4,10) diante do chamado de seu amigo. Paulo em sua carta a Timóteo citou Marcos como um de seus “colaboradores”, pedindo sua ajuda para trazê-lo à sua presença, pois lhe seria muito útil no ministério em Roma (2Tm 4,11).

A tradição da Igreja nos conta que Marcos também foi secretário e intérprete de São Pedro. Esse apóstolo fazia questão que o jovem evangelista o acompanhasse na missão. Eram tão íntimos que o apóstolo o chamou em sua primeira carta de “meu filho” (1Pd 5,13). Alguns afirmam até que grande parte do Evangelho de São Marcos é o resumo da Catequese, dos discursos e dos sermões de São Pedro. Por isso, nos parece verdadeira a hipótese de que João Marcos, além de admirador e amigo do apóstolo, tenha se tornado mais tarde seu se-cretário e intérprete.

Tendo uma primeira impressão sobre a pessoa de São Marcos, sua família, seus objetivos, sua missão e as decisões que tomou para transformar tudo o que apren-deu dos apóstolos São Pedro e São Paulo, por pesquisas e entrevistas, o evangelista vai mostrar (por escrito) pela primeira vez a “boa notícia” que Jesus Cristo como Filho de Deus nos deixou. Meus queridos catequistas, até o próximo mês, quando conheceremos a segunda parte deste texto.

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Page 14: RevistaRainha Abril 2012

Coisas da VidaPE. ROMEu uLLRICh, SAC

Você consegue imaginar a vida

sem festas? Seria uma monotonia,

uma loucura, um desastre,

o fim. Procure calcular o tamanho

do estresse se o viver estivesse

atrelado unicamente

à produção e ao consumo.

T ente imaginar uma pessoa sem tempo para parar! Graças aos motivos festivos, o sentido da vida das pessoas se divide entre antes, durante e depois das festas. São elas

que ditam o ritmo da vida humana e ficam no seu imaginativo. Concluída uma, já pensam na seguinte. Entre uma e outra acontece a produção, pois os gastos também fazem parte.

Mário Szczerbicki e Edi Schwabe, unidos pelo matrimônio, também uniram duas tradições de forte influência católica: a polonesa, com expressão máxima no saudoso Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, e a alemã, com o atual Papa Bento XVI, Joseph Ratzinger. De cepas tradicionais receberam o respeito

Viva às festas

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Page 15: RevistaRainha Abril 2012

O autor, colaborador desta Revista, é padre palotino em Cascavel (PR)

pela família, a devoção pelo domingo e a participação na co-munidade eclesial. Em sua caminhada, já vivenciaram muitas festas que deram razão ao seu viver. Destacam o nascimento dos filhos Tatiane, Fabiane e Carlos Eduardo e da neta Thayse, filha de Tatiane e Edson, os sacramentos de inserção na Igreja Católica, o matrimônio, as bodas, os aniversários, os feriados, os domingos, as horas gratuitas de sentar juntos, o prazer de perder horas com o outro, as refeições, as confraternizações, o diálogo, o silêncio, as datas religiosas.

Para eles, as festas são momentos privilegiados de vivência e de renovação dos compromissos com a vida, missão e resposta à vocação recebida: “Nós nos reunimos com prazer e com alegria. É um momento favorável ao descanso, à descontração, ao reconforto, à renovação das energias, ao rejuvenescimento. Nossos filhos e a neta vão aprendendo com o nosso exemplo. Sempre enaltecemos o valor de estar junto, de sentar à mesa para as refeições, de dialogar e de viver unidos. O ser pessoa nos é mais simpático do que a busca desenfreada pelo ter. Jamais direcionamos nossos encontros somente para o comer e o beber. Para nós, eles não podem ser a razão mais importante para nos reunirmos. Cultivamos, por isso, o momento espiritual, a escuta da Palavra, o silêncio, a troca de ideias, a oração em família. O ensinamento religioso e a escala de valores são a bagagem mais preciosa que podemos repassar aos que Deus nos confiou”.

A missão de colaborar como casal e família na edificação do Reino requer um testemunho convicto, uma presença constante e uma ação concreta da existência de Deus em sua vida. Nessa dimensão, a festa das festas, a Páscoa, para eles traduz o centro e a razão de sua fé. Como normalmente as mulheres falam mais do que os homens, Edi deu ênfase à extraordinária ação de Deus

com a humanidade. “O ato bondoso do nosso Pai, ao nos enviar seu Filho para que alcançássemos a redenção e a recompensa eterna é tão grande que não cabe no nosso imaginário. Graças à fé recebida e praticada, seguimos os passos de Jesus. Para mim é, sem dúvida, a maior expressão divina que a humanidade pode experimentar”. E continua: “Lá em casa, eu e meu marido primamos em viver profundamente a festa pascal. Primeiro, buscamos o perdão dos nossos pecados através do sacramento da reconciliação para poder participar de forma ativa e efetiva do Mistério Pascal de Nosso Senhor. Aprendemos também dos pais que não há Páscoa sem Sexta-feira Santa. O sofrimento nos ajuda a alcançar o caminho da libertação e o unimos ao sofrimento de Nosso Senhor. A Quaresma, os encontros em grupos de família, o jejum, a penitência e a esmola são práticas que nos ajudam na conversão, que é graça do Senhor. O ápice é a Vigília Pascal ou a Missa da Ressurreição. Em segundo lugar, ou numa segunda dimensão, mantemos também o costume da ceia pascal em família, os ovinhos pintados e cheios de amen-doim com açúcar e o coelhinho de páscoa para as crianças. São elas que com sua simplicidade nos ensinam a não perdermos a beleza de bem preparar todas as festas”.

A vida é presente de Deus: amada, querida e provida para que todos sejam bem-sucedidos neste mundo e bem-aventura-dos no outro. Torna-se, portanto, necessário que seja valorizada e que se cuide bem dela. Em sua trajetória, alimente-se de substâncias que agreguem valores ao seu viver e, com alegre esperança, dê seu viva às festas.

o casal mário szczerbicki

e edi schwabe,com seus filhos

Tatiane, Fabiane e Carlos eduardo

e com sua neta Thayse, filha

de Tatiane e edson.

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Page 16: RevistaRainha Abril 2012

O Evangelhoem sua Vida

Ano B • ABril 2012

COORDENAçãO: Pe. Edgar Xavier Ertl, SAC

37O EVANgELHO EM SUA VIDA ABRIL • 2012

01 de abril de 2012

domingo de Ramos

1ª leitura: Is 50,4-7

Salmo: Sl 21(22),8-9.17-18a.19-20.23-24 (R/. 2a)

2ª leitura: Fl 2,6-11

Evangelho: Mc 14,1–15,47

Vermelho | II Semana do Saltério

Com a celebração de Domingo de Ramos, inicia-se a Semana Santa, a Semana Maior, quando poderemos acompanhar a Paixão, Morte

e Ressurreição de Cristo, sua entrega total e livre pela humanidade inteira. Acompanhemos com fé as liturgias desta Semana Santa.

1ª leitura: Nesta passagem, o profe-ta Isaías apresenta a missão do Servo Sofredor. Este tre-cho é chamado de “terceiro poema do Servo de Javé”. Nele, o profeta mostra que o Servo é convidado a ser o anunciador da Palavra de Deus, levando o conforto a todos os desanima-dos. É na Palavra que o Servo encontra o consolo e o confor-to que ele anuncia. Não são suas palavras que são anunciadas, mas a Palavra de Deus, a qual o chama a estar com os ouvidos sempre atentos, tendo ouvidos de discípulo. Isaías deixa claro que o Servo é fiel e obediente ao Senhor Javé. Essa fidelidade implica também muitos sofrimentos, tais como: deixar que arranquem sua barba e não desviar o rosto de bofe-tões e cusparadas. Por fim, o profeta Isaías ressalta que a confiança do Servo em Deus não o faz desanimar, sendo capaz de endurecer o rosto como pedra, mostrando não levar em conta qualquer modo de ofensa em vista da opção assumida pelo Reino de Deus.

Evangelho: Marcos é o primeiro evangelista a relatar a história de Jesus tendo como alguns dos traços específicos de seu relato a identidade e o messianismo de Cristo. Nes-te relato da Paixão, Jesus aparece como o Messias, o Filho de Deus. A cena da mulher que unge a cabeça de Jesus declara que ela reconhece Nele o Messias, o Ungido de

Texto: Pe. Fabio Junior Batistella, SAC

Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?

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38O EVANgELHO EM SUA VIDA ABRIL • 2012

Deus, o enviado do Pai. O sinédrio o rejeita e o condena à morte. Sua morte não foi um acontecimento casual, mas foi planejada pelos líderes religiosos e políticos. Tal trama teve êxito, pois Judas, um dos seus discípulos, entregou-o para ser morto. Diante dessa passagem bíblica, constata-mos que Marcos nos convida a percebermos Jesus como o Messias-Rei. No entanto, seu reinado não é semelhante aos padrões de poder e autoridade da época e de nossos dias. Jesus se diferencia em tudo dos reis de seu tempo. Os reis da época costumavam apresentar-se ao povo ro-deados de seus súditos e envoltos de muitas joias. Jesus apresentou-se ao lado de dois ladrões. Jesus quer em tudo mostrar que sua realeza é diferente e que não veio para ser aplaudido e bajulado, mas para resgatar os condenados e discriminados da nossa sociedade. Portanto, tomando contato com o Evangelho de Marcos, o proposto para o ano litúrgico B, percebemos que o evangelista retrata uma sociedade que não prima pela justiça e os direitos, mas pela morte do povo. Foi nesse contexto que Jesus apresentou-se como o Messias, o Filho de Deus, o Ungido do Pai que veio para libertar o povo das tantas injustiças. Em síntese, Ele é o Messias da cruz.

2ª leitura: Este trecho bíblico é conhecido como o “hino cristológico aos Filipenses”. Nele, o Apóstolo Pau-lo mostra como tema central o esvaziamento de Jesus. O Filho de Deus não se apegou à sua condição divina; esvaziando-se se fez homem, humilhou-se e foi obediente até a morte e morte de cruz. Aqui é importante deixar bem claro: Jesus em nenhum momento deixou de ser Deus, de ter a mesma natureza do Pai. Ele, por sua vez, sendo Deus, obediente à vontade do Pai fez-se homem, tornando-se semelhante a nós em tudo, menos no pecado. Jesus, consciente e livre, despoja-se de todos os benefícios, honras, status sociais, poderes e inclusive do que tem de mais precioso, sua própria vida, para revelar o Reino de

Deus. O preço da encarnação foi a cruz. Nas Cartas de Paulo fica evidente que Jesus Cristo, o Messias, o Ungido de Deus, é o crucificado. O ressuscitado do Domingo de Páscoa é o crucificado da Sexta-Feira Santa. Diante de um Deus que se fez homem para redimir nossa humanidade ferida e marcada pelo pecado, cabe a nós buscarmos ser, em todas as nossas ações, mais humanos. Uma das carac-terísticas da Igreja é ser perita em humanidade. Somente poderemos ser testemunhas do crucificado-ressuscitado se antes formos verdadeiramente humanos.

Para RefletirQual o meu projeto de vida? Os meus projetos, da

minha comunidade, da Igreja são semelhantes ao pro-posto por Jesus, o Servo Sofredor? Qual o sentido da cruz na minha vida, na vida comunitária ou na atual socieda-de? O Deus revelado por Jesus apresenta sua verdadeira

identidade esvaziando-se de todos os privilégios deste mundo. Seu privilégio foi ser fiel ao Pai até o fim, até a morte de cruz. Deu-nos vida por sua morte.

Reconhecer Jesus como Messias crucificado-ressuscita-do é a vocação de cada cristão que se propõe seguir a Cristo pelo caminho da cruz. Sem esquecer a cruz, o cristão é chamado a estar com os olhos fixos naquele que dá sentido à cruz.

Leituras da semanaSeg.: Is 42,1-7 | Sl 26(27),1.2.3.13.14 (R/. 1a) | Jo 12,1-

11. Ter.: Is 49,1-6 | Sl 70(71),1-2.3-4a.5-6ab.15.17 (R/.15) Jo 13,21-33.36-38. Qua.: Is 50,4-9a | Sl 68(69),8-10.21bcd-22.31 e 33-34 (R/. 14cb) | Mt 26,14-25. Qui.: Ex 12,1-8,11-14 Sl 115(116B),12-13.15-16bc.17-18 (R/. cf. 1Cor 10,16) | 1Cor 11,23-26 | Jo 13,1-15.

Page 18: RevistaRainha Abril 2012

Galeria

QUER QUE TODOS OS SEUS AMIgOS VEJAM AS SUAS FOTOS?

pallotti.com.br/rainha

Homenagem pelas Bodas de Ouro

Cypriano Alvese Vilma Brescovit Alves

N o dia 07/08/2011, na Paróquia São Vicente Pallotti, em Porto Alegre (RS), comemoram-

se as Bodas de Ouro do casal. Seu casamento ocorreu no dia 30/09/1961. O casal tem 3 filhas: Carla, Cármen e Clodiana.

Parabéns ao casal!

Homenagem ao querido

Padre Antônio Ângelo Dal Piva

Esta foto foi tirada na Igreja Matriz da Paróquia São Sebastião de Campo Novo (RS), no dia 21 de agosto de 2011, após a

celebração.Nela estão o querido Padre Antônio, juntamente com algumas

pessoas da Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Vista Alegre (RS). Neste dia o “Padre Angelin”, como é mais conhecido, ao receber a visita de amigos de uma de suas ex-paróquias, ficou muito feliz e que Deus o abençoe para que continue sendo este ser humano maravilhoso que sempre foi.

Casamento coletivo

A Pastoral Familiar Carazi-nho encerrou a semana

da familia com um casamento coletivo, de acordo com a foto em anexo, onde 14 casais disseram sim, na Paróquia Nossa Senhora da Glória, Carazinho (RS).

O Padre Avelino Pinzeta foi o celebrante da cerimônia, e contou com a colaboração de sete casais da Pastoral.

Isolde e OnofreCarazinho (RS)

Fotos publicadas na seção Galeria de cada mês.

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Page 19: RevistaRainha Abril 2012

Homenagem às Bodas de Ouro do casal

Albino e Cenilda Frizzo

No dia 24/06/2011, o casal comemorou Bodas de Ouro em Humaitá (RS), compartilhando este momento de

alegria e amor com seus filhos, genros, noras, netos, amigos e hoje através da Revista Rainha, que há muitos anos são assinantes.

Queremos abraçá-los e também aplaudi-los, com muita emoção e ternura, pedindo a Deus que os abençoe e lhes conserve a saúde. A esperança nos leva a crer que outros dias lindos acontecerão, pois vocês são frutos da mais bela obra que Deus colocou em nossas vidas.

Homenagem prestada por seus filhos (Ines,Ildo,Marlene e Osmar), genros (Valdemar e Vilson), noras (Ivanete e Diovane) e netos (Josiele, Dielle, Josemar, Josiel, Anderson e Diessica).

Maria Ana Pezoti Bragato

Há anos sou assinante fã da Revista Rainha. Trabalhei nas aulas de Língua Portuguesa, com as 5as séries

A e B, no projeto “Incentivo à Leitura”. Aconselho a assinatura a todos os educadores e educadoras.

Escola Estadual Professor Léo KohlerEnsino Fundamental | Terra Boa (PR)

Notícia do Maranhão para a revista Rainha

No dia 08 de dezembro de 1986 as Irmãs Missionárias do Apostolado Católico Silvia de Almeida, Marylande Lopes

e Maria Avaní Sousa da Silva realizaram seus primeiros votos de consagração à vida religiosa na cidade de Timbiras (MA) e agora em 08 de dezembro celebraram seus 25 anos de vida religiosa. A grande festa aconteceu no dia 10 de dezembro na cidade de Timbiras, na Igreja N. Sra. dos Remédios, celebrada pelo Vigário Geral Jacó Wasensteiner, e contou com a presença das famílias,

de Padres Palotinos, Irmãs da Alemanha e de Roma, representando a Província e Casa Geral, comunidade local , a comunidade de São Raimundo e Santa Teresinha Codó e de Santa Maria do Codipi (PI) e membros da UAC.

Colaboração da notícia: representanteMaria da Conceição Cruz, Codó (MA)

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Page 20: RevistaRainha Abril 2012

Culináriareceitas testadas por cesar buffet

[email protected]

Fone: (51) 3341-4188

INGREDIENTES RECHEIO1/2 kg de matambre 100 g de azeitona sem caroço2 cebolas picadas1 tomate sem sementes picadoPimenta do reinoSalsa e cebolinha a gostoSal a gosto

INGREDIENTES MASSA 2 claras em neve 1 kg de batata cozida 1 colher de fermento em pó 1 xícara de chá de farinha de rosca 2 colheres de queijo ralado Óleo para untar

TorTa de baTaTacom maTambre

Modo de Preparo do RecheioCozinhar o matambre na panela de pressão

junto com uma cebola e água, por mais ou menos 20 min. Desfiar o matambre e fazer um refogado com o restante dos ingredientes.

Foto

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Modo de Preparo da massaFazer um purê com as batatas, e deixar esfriar, juntar as claras e o

fermento. Untar uma fôrma com óleo e farinha de rosca. Acomodar a metade da massa e rechear com o refogado. Cobrir com o restante da massa, polvilhar com farinha de rosca e queijo ralado. Levar ao forno pré-aquecido.

Nota: pode-se variar o recheio (frango, carne moída, legumes, etc...)

INGREDIENTES2 ameixas sem caroço2 maçãs1 pera2 xícaras de água gelada

Modo de PreparoLavar e cortar as ameixas, maçãs e pera,

bater no liquidificador com água.

Sucoregulador

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Page 21: RevistaRainha Abril 2012

INGREDIENTES400g de farinha de trigo125g de açúcar300g de margarina ou manteiga sem salgotas de chocolate ou goiabada (opcional)

Modo de PreparoAmassar bem todos os ingredientes. Enrolar e achatar as bolinhas. Colocar em uma fôrma e assar

em forno moderado até dourar. Pode-se acrescentar no centro de cada biscoito as gotas de chocolate ou goiabada.

biScoiToSrápidoS

INGREDIENTES RECHEIO1 alho50g de castanha do pará100ml de azeite de oliva50g de queijo parmesão2 xícaras de manjericãoSal a gosto

molho peSTo

Modo de PreparoLavar e picar o manjericão e o alho,

colocar com o restante dos ingredientes no liquidificador e bater bem. Servir com massas, carnes ou frango.

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Page 22: RevistaRainha Abril 2012

ArtesanatodÊnIA gARCIA FRAnz

Portacelular

Material: 1 embalagem de plástico vazia 1 folha de papel contact tesoura estilete lixa de unhas ou de construção

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Page 23: RevistaRainha Abril 2012

A autora é colaboradora da Revista Rainha

anos

comemora

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Fone: (55) 3220-4550Av. Presidente Vargas, 115

Bairro Patronato - Santa Maria - RS

01. Lave a embalagem.02. Marque com uma caneta os locais onde você irá cortar.03. Com uma tesoura ou um estilete, corte as linhas previamente traçadas.

04. Lixe as bordas dos lugares que você cortou.05. Forre a embalagem com o papel contact, tendo o cuidado de deixar o papel bem esticado.06. Pronto, agora é só colocar o seu celular para carregar!

Fren

te

Vers

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ABRIL • 2012 RAINHA DOS APÓSTOLOS64