a administradora apresenta uma história portuguesa de...

14
Isabel Furtado A administradora do Grupo TMG apresenta uma história portuguesa de sucesso N 0 09 Fevereiro 2013 PERCURSO Nelson Pita MOTELX Patrocínio cultural MSEARCH Novas áreas de negócio

Upload: danglien

Post on 23-Nov-2018

229 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

Isabel Furtado

A administradora do Grupo TMG

apresenta uma história portuguesa

de sucesso

N0 09 Fevereiro 2013

PercursoNelson Pita

MoTeLxPatrocínio cultural

MsearchNovas áreas de negócio

Page 2: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

3Fevereiro 13

PUB

eDITorIaL

Daniel GasparSub-director do Departamento Administrativoe Financeiro do Grupo Multipessoal

Poderá ser, numa primeira análise, a «qua-dratura do círculo»: como manter uma re-lação saudável com um cliente se, sistema-ticamente, temos que incomodá-lo com as datas dos pagamentos?Na verdade, todos nós somos «clientes» e «fornecedores» de alguma coisa. E sabemos perfeitamente o que é estar do lado do «rece-bimento» e do lado do «pagamento».Como gerir então esta relação com um clien-te de uma forma saudável?Simplesmente acordando o que melhor de-fenda as duas partes. Parece simples, e é de facto simples. Por que razão acordar 30 dias quando o cliente liquida a 60? Depois, deve

fazer-se notar a cada cliente que as nossas obrigações são «inelásticas», ou seja, são rígidas – liquidamos obrigações fiscais e re-munerações, com uma envolvência na ordem dos 86% no nosso índice de pagamentos.Com esta receita saudável, de partilha de infor-mação e comunhão de interesses, podemos ter menos dissabores numa área sensível mas plena de oportunidades. É com base nesta re-lação saudável que as empresas têm a possi-bilidade de se entreajudarem nesta fase mais desafiadora da nossa economia, cumprindo e honrando os seus compromissos.

Controlo de tesouraria e relação com os clientes

É com base numa relação saudávelque as empresas têm a possibilidadede se entreajudarem nesta fase mais desafiadora da nossa economia.

Page 3: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

PUB

4 Fevereiro 13

ÍNDIce

03 EditorialDaniel Gaspar

06 ClienteGrupo TMG

10 OpiniãoRenato Póvoas

12 LançamentoNovas áreas na Msearch

14 PercursoNelson Pita

16 Projecto«I still want geeks!»

18 Entrevista«MOTELx»

21 Notícias

22 Out of the OfficeLuís Nogueira

24 OpiniãoAlexandre Gomes

e recrutamento e selecção – identificando o melhor de cada candidato e adaptando-o ao mercado de trabalho e às exi-gências e expectativas dos seus clientes. Simultaneamente disponibiliza soluções de consultoria e formação.

A internacionalização do Grupo Multipessoal é um aspecto fundamental para a sua estratégia de crescimento e posicio-namento. O grupo iniciou a sua entrada em novos mercados em 2008, estando actualmente presente em Angola e Espa-nha, através da Multipessoal Angola e da Upgradem Espanha.

Nº 09 – Fevereiro 2013

PropriedadeGrupo Multipessoal Av. D. João II, Lote 1.17.03, Ed. Central Office, 8º1990-084 LisboaT. 210 342 [email protected]

EdiçãoJust Media

Projecto Gráfico e PaginaçãoDesign e Forma

FotografiaGrupo TMG, «MOTELx», Vítor Gordo – Syncview

O Grupo Multipessoal tem como accionista de referência o Gru-po Espírito Santo, sendo actualmente a empresa portuguesa líder no mercado dos Recursos Humanos. Actua desde 1993 nas áreas de trabalho temporário, outsourcing especializado

Nenhuma parte deste eBook, incluindo textos e fotografias, pode ser reproduzida, por quaisquer meios, sem prévia autorização do Grupo Multipessoal.

06

18

22

Page 4: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

6 7Fevereiro 13 Fevereiro 13

cLIeNTe

Em 1937, a partir da visão de Manuel Gonçalves, foi criada em São Cosme do Vale (Vila Nova de Fa-malicão) a Fábrica da Fiação e Tecidos do Vale de Manuel Gonçalves. É este o projecto que está na origem do Grupo TMG, que congrega mais de 75 anos de sucesso de um projecto genuinamente português. A fábrica viria a ser transformada em 1965 em sociedade anónima e a partir da déca-da de 1970 haveria de constituir-se como a maior empresa têxtil nacional. Isabel Furtado, adminis-tradora do Grupo TMG, diz que «desde o início o que norteia o grupo é a filosofia do fundador: ‘tecnologia e qualidade de mãos dadas’». Neta de Manuel Gonçalves, Isabel Furtado considera que «esta visão estratégica tem sido um factor--chave no desenvolvimento do grupo, através do investimento contínuo em pessoas e equipa-mento tecnológico de ponta, sustentando assim a capacidade competitiva».Inicialmente concentrada na indústria têxtil, a TMG cedo iniciou o processo de diversificação para outras áreas, entre as quais se incluem actualmente sectores tão distintos como interio-res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição de vestuário desportivo (Lightning Bolt), meios aéreos (HeliPortugal), sistemas e soluções para energia, engenharia, ambiente e transportes (Efacec), produção e distribui-ção vinícola (Caves Transmontanas e Casa de Compostela), produção de energia através de cogeração e hídrica e ainda participações na área financeira. Mantendo o seu cariz privado e familiar, o grupo é hoje um dos grandes agentes exportadores nacionais, constituindo, como as-sinala Isabel Furtado, «um símbolo da indústria e do know-how português».

O exemplo da TMG AutomotiveO Grupo TMG, não incluindo as suas participa-das, tem 970 colaboradores. No caso da TMG Automotive, são cerca de 300 pessoas, 30 das quais directamente responsáveis pelas activi-dades de investigação, desenvolvimento e ino-vação. A TMG Automotive exerce a sua actividade há mais de 30 anos, a partir da unidade produ-tiva de Campelos, nos arredores de Guimarães. Segundo Isabel Furtado, a empresa tem conse-guido crescer, «apesar das dificuldades e dos cenários micro e macro-económicos que tem vindo a atravessar». Dado o seu cariz exporta-dor, «a exposição aos cenários nacionais é me-nor», explica a responsável, ressalvando que «a

evolução depende muito da situação financeira europeia e do comportamento em termos de deslocalização para novos mercados – nos con-tinentes asiático e sul-americano – dos cons-trutores europeus». De qualquer forma, na em-presa acredita-se na «capacidade de entender e prever atempadamente o comportamento do mercado, dado o posicionamento bastante di-versificado». Isabel Furtado afirma mesmo que estão «atentos e preparados para desenvolver acções que garantam o futuro e a competitivi-dade de médio/ longo prazo».A TMG Automotive é de facto um dos destaques do grupo, sobretudo em termos de inovação. «Numa indústria tão competitiva como a auto-móvel» – refere Isabel Furtado –, «as compo-nentes de suporte estão em constante evolu-ção», sendo que «engenharia, especificações, tendências, segurança, design e qualidade são frequentemente redefinidos, impondo tecnolo-gia de ponta, quer para os fabricantes de auto-móveis, quer para as indústrias fornecedoras dos mesmos». A responsável afirma que a TMG Automotive «é orgulhosamente parte deste ci-clo produtivo, como fornecedora de exigentes soluções de interiores de automóveis». Aliás, refere ainda, «este sector sempre se distinguiu como um dos mais activos e exigentes na defi-nição de novos padrões e metodologias de tra-balho, quer na área da qualidade dos sistemas de gestão, quer na qualidade do próprio sistema de desenvolvimento e aprovação de novos pro-dutos». Um exemplo da valorização da inovação na TMG Automotive é a participação no grupo

A inovação é uma filosofia que segundo Isabel Furtado caracteriza todo o Grupo TMG, que «focaliza a sua actividade na criação e na gestão de um portfólio sustentável de negócios».

A aposta permanente na inovaçãoGRUPO TMG

Um grupo cujas origens remontam à década de 30 do século passado,em Vila Nova de Famalicão. Resultado das ideias de um visionário que tinha como lema «tecnologia e qualidade de mãos dadas», o grupo representa uma história portuguesa de sucesso, com uma aposta permanente na inovação. Uma das empresas, a TMG Automotive, que trabalha para o sector automóvel, é disso exemplo.

Page 5: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

8 9Fevereiro 13 Fevereiro 13

cLIeNTe

pioneiro na certificação do Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (SGIDI) pela NP 4457:2007. «Esta certificação veio reforçar a gestão por processos, clarifican-do o processo de inovação, sobretudo no que diz respeito à interacção entre este e os envolven-tes», explica Isabel Furtado.A inovação focalizada no mercado-alvo da TMG Automotive, «em estreita ligação com os clien-tes e indo ao encontro das suas necessidades explícitas e implícitas», é vista pela responsável como «uma vantagem competitiva cada vez mais imprescindível em termos da esfera de actividade internacional da empresa, ainda mais dado o grau de competitividade na indústria automóvel», as-sinala. Trata-se, no fundo, de uma filosofia que caracteriza todo o Grupo TMG, que «focaliza a sua actividade na criação e na gestão de um portfólio sustentável de negócios, maximizando o envolvi-mento e a satisfação dos colaboradores e o retor-no para os accionistas». Em qualquer dos negó-cios onde se posiciona, o grupo «reforça o legado de decidir com visão, valorizar o potencial huma-no, inovar em tecnologia e processos, promover o desenvolvimento sustentável respeitando o

ambiente e promovendo a excelência assumindo um papel interveniente nas áreas de responsabi-lidade social», diz Isabel Furtado.Para o reforço da competitividade e do desenvol-vimento sustentável, Isabel Furtado considera «fundamental a promoção da cultura permanen-te da inovação e estimular a procura constante de novas ideias e novas oportunidades de negócio». Trata-se, conforme sintetiza, de «inovação como resultado de trabalho criativo de forma organizada e sistemática, com o objectivo de aumentar o co-nhecimento e usá-lo de modo a criar novas aplica-ções, implementar novas ou melhores soluções, produtos, processos, métodos ou ‘marketing’, vi-sando a conversão em venda». Tudo com «uma forte e permanente ligação com as entidades do sector científico e tecnológico, através de par-cerias com universidades e institutos, nacionais e internacionais, num posicionamento que tem permitido o estabelecimento de projectos em áre-as tecnologicamente avançadas».

Respeito pelos colaboradoresA aposta em produzir com qualidade, defender o ambiente e respeitar o bem-estar dos cola-

boradores é uma filosofia enraizada no grupo, desde o início. «Faz parte do dia-a-dia e não é entendida como obrigação, mas antes como uma característica permanente do processo produtivo», diz Isabel Furtado, que acrescenta: «É mais complicado implementar uma cultu-ra de qualidade em organizações que nunca a tiveram, pois encontram-se resistências natu-rais à mudança. Aqui, a mudança faz parte da estratégia e é entendida por todos como uma necessidade, como intrinsecamente ligada à nossa competitividade. A estagnação é, a todos os níveis, inimiga da sustentabilidade e conduz ao insucesso. A aposta na qualidade, a defesa do ambiente e o respeito pelos colaboradores im-plica evolução constante, que é aceite por todos como um modo de estar.»As competências mais valorizadas nos colabo-radores são a dedicação e a resiliência. Para além disso, explica a responsável, «cada nova contratação significa uma nova fonte de valor acrescentado para a organização, o que apenas acontece se o colaborador se identificar com os valores core da empresa». Em termos de estra-tégia de recursos humanos, as principais apos-tas têm a ver com «uma atitude de compro-misso com os colaboradores, valorizando-os pela formação contínua e pela sua adequação e deslocação para funções que maximizem o seu potencial intrínseco», e também com o facto de «prevalecer a perspectiva de longo prazo, quer do ponto de vista da empresa, quer do dos colaboradores», ou seja, «procura-se relações laborais estáveis». Tudo isto tem levado a um elevado grau de permanência na empresa, ape-sar da crescente volatilidade e da mobilidade do mercado de trabalho. «A TMG, pelo facto de existir desde os anos 30, cresceu com a nossa família, mas também com a família dos nossos colaboradores», explica Isabel Furtado. «Temos a trabalhar connosco segundas e já terceiras gerações de colaboradores, que nos têm vindo a acompanhar neste crescimento.»

Quanto ao futuro, Isabel Furtado acredita que «a visão de Manuel Gonçalves continuará a ser partilhada pelas gerações envolvidas no grupo». Sendo dos elementos mais velhos da terceira geração, conta que teve ainda o privilé-gio de trabalhar sob a tutela do avô, destacando «o seu entusiasmo, a dedicação, a condução estratégica e a perseverança», algo «de fácil contágio a qualquer um dos descendentes». Estudou durante nove anos fora de Portugal, dividindo a vida académica entre o Canadá e o Reino Unido. Embora a sua formação seja em Economia, desde muito cedo que o seu percur-so no grupo foi centrado nas plataformas e nos processos industriais. «Durante vários anos percorri todos os departamentos e todas as unidades fabris do grupo, de forma a conhecer bem os cantos à casa, lidando directamente com as pessoas que todos os dias contribuem para o nosso sucesso. Este percurso foi crucial para o meu futuro aqui, pois além de me pro-porcionar uma visão global do grupo permitiu--me conhecer em detalhe as especificidades, a complexidade e as potencialidades de cada uni-dade.» Isabel Furtado sente um grande orgulho e acima de tudo uma grande responsabilidade em trabalhar numa empresa criada pelo seu avô. Partilha com outros membros da família, e distintas gerações, os desafios de gerir o Grupo TMG, com toda a sua envolvente interna e exter-na, procurando que prevaleça e se perpetue no tempo como uma referência empresarial. «Es-pero poder transmitir este entusiamo aos meus filhos», diz.

Text

o: A

ntón

io M

anue

l Ven

da/ J

ust M

edia

; Fot

os: G

rupo

TM

G

exeMPLos De INovação

Ao longo do tempo, foram vários os exemplos de inovação que as empresas do universo TMG fizeram chegar ao mercado. Ve-jamos alguns deles:- introdução de poliuretanos com coagulado para alavancas de velocidade e travão de mão, na década de 1980 – ainda hoje uma referência no mercado;- artigo TPO laminado (termoplástico olefínico) para o primei-ro modelo com portas feitas por in mold graining (gravação no molde);- introdução de nano-partículas no material de superfície do painel de instrumentos para melhoria de performance;- apesar do quase absoluto domínio dos concorrentes ale-mães, e após 10 anos de trabalho, a TMG Automotive está presente nos grupos BMW e Mercedes por mérito do seu de-senvolvimento de materiais tecnicamente superiores e com alto grau de diferenciação;- mais recentemente, a introdução de Digital printing na su-perfície dos materiais de interiores;- em paralelo, a implementação da gestão por processos e a organização matricial como ferramentas de inovação organi-zacional relevantes para o sucesso.

a reLação coM o GruPo MuLTIPessoaL

Dos 970 colaboradores do Grupo TMG, cerca de 10% têm ligação ao Grupo Multipessoal, sobretudo na TMG Automotive e na Lightning Bolt. A relação iniciou-se há quase dois anos, numa altura em que a TMG Automotive tinha necessidade de rapidamente aumentar a produção. Isabel Furtado assinala que o Grupo Multipessoal «res-pondeu com rapidez, prontidão e qualidade, tendo cumprido os re-quisitos na sua totalidade». Desde então, a relação tem vindo a ser mais estreita, «pelo melhor conhecimento dos dois grupos», assi-nala a responsável, para acrescentar: «A relação surgiu desde logo como uma boa parceria, numa situação com bastante sucesso para ambas as partes. As contratações têm sido eficazes, o que se tra-duz numa grande estabilidade laboral. Muitos dos colaboradores do Grupo Multipessoal já entraram inclusive para os nossos quadros.»

Isabel Furtado acredita que «a visão de Manuel Gonçalves continuará a ser partilhada pelas

gerações envolvidas no grupo». Sendo dos ele-mentos mais velhos da terceira geração, destaca

no avô «o entusiasmo, a dedicação, a condução estratégica e a perseverança».

Page 6: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

PUB

10 Fevereiro 13

oPINIão

A forma como as empresas comunicam, se ainda não percebeu, alterou-se drasti-camente nos últimos 20 anos. Se até aqui o acesso à informação era por vezes difí-cil, atualmente o problema maior é filtrar os conteúdos que são relevantes e prove-nientes de fontes fidedignas.Com a década de 90 do século passado, a comunicação de sentido único protagoni-zada pelas marcas passou definitivamen-te à história. Principal razão: o apareci-mento da Internet. Passámos assim de uma comunicação de massas para uma comunicação mais estratégica, segmenta-da, próxima dos seus públicos e baseada em conteúdos não comerciais.Os meios de comunicação social continu-am a ter um papel relevante na sociedade e são um bom aliado para a projeção de marcas, produtos ou serviços. Contudo, com a democratização do acesso às tec-nologias da informação as empresas con-seguem comunicar diretamente com os seus consumidores sem intermediários ou barreiras.Com o advento das redes sociais, onde se destaca o «Facebook», o paradigma da co-municação alterou-se ainda mais, possibi-litando às pessoas serem parte ativa na

vida das empresas, nomeadamente com a sugestão de melhorias relativas ao ser-viço prestado ou participando na criação de produtos. À primeira vista pode parecer assustador, mas acredite que não é. Estar presente nas redes sociais deixou de ser uma opção para ser uma obrigação. É um desafio em relação ao qual, se o encarar de forma séria e profissional, constatará rapi-damente que tem muito mais a ganhar do que a perder.

Hoje em dia são já muitos os casos de em-presas que têm construído a sua reputação e a sua notoriedade através do trabalho que desenvolvem nas redes sociais. Um post no «Facebook» ou num blog de uma figura pú-blica com milhares de seguidores pode ge-rar um buzz e ganhar proporções globais em escassas horas, tal como um vírus de com-putador. Muitas vezes, sem se gastar um simples euro, consegue-se obter resultados inimagináveis à partida. O segredo está na chave ISTE: Ideia – Storytelling – Transpa-rência – Envolvimento.Na sociedade crescentemente hiperconec-

tada em que vivemos, engana-se se pen-sa que não falarão de si pelo facto de não estar presente de forma proativa na esfera on-line ou das redes sociais. A probabilida-de de estarem a falar é muita, e se não mo-nitorizar corre o risco de não conseguir de-tetar algum input valioso para a sua marca ou até um fã que poderá impactar mais do que um simples anúncio de imprensa.Perante o consumidor atual, mais difícil de encontrar e influenciar, as redes sociais são

uma opção viável para estabelecer relações de elevada proximidade e cumplicidade com as marcas, desde que estas saibam cooperar inteligentemente com os seus stakeholders. Aja por isso de forma desin-teressada e tente ir ao encontro das neces-sidades daqueles que são os stakeholders da sua marca. Verá que será recompensado ganhando embaixadores que a blindarão de qualquer ataque mais vil.

Renato PóvoasManaging Partner da Guess What Public Relations

Redes sociais:dos 8 aos 80

Se acha que as redes sociais são apenas tema para adolescentes, este artigo é para si.

O au

tor e

scre

ve s

egun

do a

s re

gras

do

novo

aco

rdo

orto

gráfi

co.

Nota: a Guess What é parceira do Grupo Multipessoal.

Page 7: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

12 13Fevereiro 13 Fevereiro 13

LaNçaMeNTo

A Msearch lançou duas novas áreas de negócio, a de Interim Management e a de Assessment. Algumas oportunidades detectadas em clientes actuais e potenciais levaram a esta decisão, isto depois de a empresa, como explica a sua directora, Alexandra Andrade, ter já desenvol-vido processos de interim management e de assessment. Ou seja, a empresa tinha o know--how e assim deu autonomia às duas áreas, conferindo-lhes visibilidade, «para que se pos-sam desenvolver em novos clientes e, assim, a Msearch ter soluções mais ricas ao nível da consultoria de recursos humanos», explica Ale-xandra Andrade.A responsável assinala que na conjuntura actu-al «algumas empresas encontram-se em hiring freeze, mas continuam a necessitar de profissio-nais qualificados». Daí as oportunidades no inte-rim management, em que o recrutamento é feito por um equipa especializada e conhecedora do mercado, sendo que a gestão contratual pode ser assegurada, no caso, pelo Grupo Multipessoal, através de contratos de prestação de serviços, de outsourcing ou de trabalho temporário. «Cada vez mais, os profissionais encaram as suas car-reiras de forma diferenciada, por projecto», diz Alexandra Andrade, acrescentando: «O conceito de emprego para a vida já não se encaixa neste mercado e a flexibilidade vai ganhando terreno. Imagine-se uma empresa que necessita de um gestor para reorganizá-la durante um ano? Esse profissional tem de ser altamente especializado, no entanto o seu objectivo no projecto será cirúr-gico e terá uma base temporal definida.»Já em relação à área de Assessment, o que este-ve na base do seu lançamento pela Msearch teve a ver com as necessidades nos clientes ao nível de recrutamento e selecção de trainees ou de

Duas novas apostas da MsearchInterIM MAnAgeMent E ASSeSSMent

profissionais com pouca experiência profissio-nal. Estas pessoas «carecem de uma avaliação das softs skills de forma aprofundada e com re-curso a metodologias de avaliação diversas», ex-plica Alexandra Andrade, fazendo ao mesmo tem-po notar que, «por outro lado, as empresas estão a atravessar uma fase em que têm de olhar de uma forma diferente para o seu capital humano, através de programas de detecção de talento, ou high flyers, ou num contexto de promoção, ali-nhamento de carreira ou reestruturação».As duas novas áreas de negócio estão alavanca-das nas relações de confiança e de parceria que a Msearch tem com os clientes, para os quais alarga assim o leque de oferta. Juntam-se por isso ao recrutamento e à selecção de quadros especializados nas áreas de Finance & Banking, engineering & technologies e Sales & Marke-ting. «E para além dos actuais clientes, a nossa acção tem uma forte componente de prospec-ção de potenciais clientes», refere Alexandra An-drade. Com objectivos ambiciosos, as duas áreas registaram no início de 2013 bons resultados, sendo as perspectivas bastante animadoras.Numa conjuntura económica que vai obrigando as empresas a reorganizarem-se, de forma a operarem mais eficiente e eficazmente e obten-do maiores ganhos com menores custos, Ale-xandra Andrade dá o exemplo do assessment, que «permite avaliar os colaboradores medindo se estão preparados para os papéis que irão

desempenhar e, se não estão, o que lhes falta para atingirem o desempenho desejado». No assessment, explica, «são realizados exercí-cios de simulação realistas e relevantes, que dão ao empregador uma visão mais alargada de cada indivíduo no desempenho da sua fun-ção, antecipando os pontos fortes e as áreas a desenvolver». Quanto ao interim management, acrescenta, «permite uma flexibilização na con-tratação, fornecendo respostas a desafios de re-crutamento de profissionais especializados em diversas áreas», no caso da Msearch nas três referidas no parágrafo anterior.Para Alexandra Andrade, «este foi o momento certo para a aposta em duas novas áreas». A responsável diz «sentir novamente o desafio constante que é a consultoria, adaptando-nos sempre à realidade do mercado». E lembra que na sua carreira profissional teve a oportunidade de estar em dois processos de start-up de em-presas, projectos muito marcantes. Diz mover-se por desafios, salientando que gosta de «sentir o frio na barriga, de construir do zero, envolvendo as equipas, de fazer com que se apaixonem pe-los novos projectos». Apaixonada pelo seu traba-lho, diz que só o consegue fazer se «sentir este dever de conquista permanente».As duas novas áreas de negócio da Msearch têm como responsáveis directas Cristina Rosa, para a de Assessment, e Mafalda Vasquez, para a de Interim Management.

Algumas oportunidades de negócio detectadas em clientes actuais e potenciais levaram à de-cisão de lançar as duas novas áreas, explica Alexandra Andrade, directora da Msearch.

Cristina Rosa é a responsável na Msearch pela área de Assessment, enquanto Mafalda Vasquez gere a de Interim Management.

Text

o: A

ntón

io M

anue

l Ven

da/ J

ust M

edia

Page 8: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

14 15Fevereiro 13 Fevereiro 13

Percurso

Text

o: A

na L

eono

r Mar

tins/

Jus

t Med

ia

Foi no início de Maio do ano passado que Nel-son Pita iniciou funções no Grupo Multipessoal, como chief financial officer (CFO). Sublinha que «até agora tem sido uma experiência recom-pensadora, essencialmente pela novidade do sector, dos processos e das pessoas», e que a forma como foi recebido «facilitou em muito o período de adaptação, tendo encontrado uma equipa jovem, empenhada e muito dinâmica.»Licenciado em Economia, Nelson Pita iniciou a sua vida profissional numa empresa de au-ditoria. Conta que durante a licenciatura foi aprofundando o gosto pela área financeira e no início de 1995, quando estava a terminar o cur-so, enviou algumas candidaturas espontâneas para empresas de consultoria e auditoria e para instituições financeiras. «Na altura o contexto económico e social era diferente e antes mes-mo de terminar o curso já tinha contrato assi-nado», recorda. «A minha opção teve por base as oportunidades de formação e aprendizagem que este tipo de entidades proporciona, quer ao nível técnico, quer ao nível das soft skills.»O seu objectivo era «cimentar conhecimentos, crescer profissionalmente e progredir na hie-rarquia». E «a experiência acabou por superar em muito as expectativas iniciais», admite. Em 2002, Nelson Pita foi convidado para integrar a direcção do Departamento de Planeamento e Contabilidade do Banco Espírito Santo (BES). Ti-nha acabado de ser promovido, por isso não foi uma decisão fácil, mas após sete de anos de auditoria tinha vontade de abarcar um novo de-safio. «O BES representava uma oportunidade de prosseguir o meu desenvolvimento profis-sional no contexto de um dos players mais re-levantes do sistema financeiro português, pelo que aceitei o convite, tendo sido responsável pela área de orçamento e controlo de gestão.» Novamente sete anos depois, um novo desafio. Voltou a ser num banco, que lhe ofereceu como aliciantes «a ambição do projecto, a possibili-dade de trabalhar num ambiente internacional e a oportunidade de ser responsável por uma equipa que assegurava componentes da área financeira que ainda não tinha tido oportunida-de de coordenar, nomeadamente a contabilida-de e a área fiscal», refere.Desde que se conhece que o CFO de Grupo Mul-tipessoal gosta de números. «É uma paixão antiga que me mantém permanentemente mo-tivado», confessa. A opção por Economia co-

meçou a formar-se quando tinha 13/ 14 anos e passou a interessar-se por ciências sociais. «Até essa altura queria ser médico, facto difícil de concretizar para alguém que sempre teve uma relação difícil com o sangue», brinca. «A Economia surgiu como um compromisso entre a minha paixão por números, o meu interesse por ciências sociais e a vontade de mudar o mundo. Para além dessa paixão, a área finan-ceira exige-me rigor, coloca-me permanente-mente novos desafios e permite-me ter uma visão transversal da actividade das empresas em que tenho trabalhado.»Comparando a realidade bancária com a que veio encontrar num grupo que actua na área de recursos humanos, Nelson Pita refere «uma di-ferença na dimensão, que se traduz em menos meios mas maior flexibilidade». E acrescenta: «O peso da regulação é muito superior no sec-tor bancário, e é uma actividade mais complexa ao nível dos produtos que disponibiliza e dos impactos que esses produtos têm nos seus clientes, mas tem também aspectos comuns: foco no cumprimento de objectivos, elevado di-namismo e agressividade nas abordagens co-merciais e até mesmo a forma de organização de alguns processos de negócio.»Nelson Pita reconhece que «actualmente os maiores desafios são colocados pela conjuntu-ra económica e social e pelo seu impacto nas organizações». No entanto – ressalva –, «é a gestão de recursos humanos, das suas expec-tativas e dos níveis motivacionais, que deve merecer maior atenção; num contexto de forte contenção de custos, é necessário muito em-penho e criatividade para evitar que essa ten-dência nos faça descurar as nossas equipas e as pessoas com quem trabalhamos». Nascido em Moçâmedes (actual Namibe), ci-dade do sul de Angola, o responsável tem como memórias mais vincadas da infância o tempo passado em família e com os amigos. Hoje é também para a família que procura canalizar o seu tempo livre, em particular para os filhos. Para além disso, dedica-se à leitura e, sempre que tem oportunidade, pratica desporto.

Para Nelson Pita, «actualmente os maiores desafios são colocados pela conjuntura económica e social e pelo seu impacto nas organizações».A paixão pelos números

NELSON PITA

Page 9: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

16 17Fevereiro 13 Fevereiro 13

ProJecTo

«I still want geeks!»Como a Upgradem atrai profissionais quese interessam por novas tecnologias e gadgetsde uma forma apaixonada

A Upgradem, do Grupo Multipessoal, promove desde 2012 uma campanha de angariação de candidatos em que procura criar um conceito forte e surpreendente, capaz de despertar o in-teresse de um perfil muito específico. Para essa campanha foi criada uma espécie de mascote, o E-sam, inspirado na campanha norte-americana do Uncle Sam. Trata-se de um robot humanóide, capaz de dar um toque mais emocional à cam-panha dizendo a frase «I want geeks!».Nuno Freitas, director-geral da Upgradem, refere a propósito da campanha que o perfil procurado é o de «indivíduos actuais que se interessam por novas tecnologias e gadgets de uma forma apaixonada, os geeks». Ao entrar no site da empresa (http://www.upgradem.pt), o utiliza-dor é convidado a fazer um pequeno teste para identificar se de facto se trata de um geek. Este teste é composto por um mix de questões téc-nicas com outras de personalidade nas quais se recorre a algum humor. A campanha está disponível nos novos canais de recrutamento, que passam muito pela vertente on-line, desde

quisitos, algumas posições exigiam trabalhar por turnos ou conhecimentos de castelhano, por exemplo.A Upgradem preencheu mais de 100 vagas des-de o início deste ano no mercado nacional. Mas «como vão surgindo novas necessidades por parte dos clientes, as vagas acabam por existir sempre», assinala Nuno Freitas.

O desafio do recrutamentoO director-geral da Upgradem considera que «recrutar é actualmente das mais desafiantes funções na área dos recursos humanos, trans-versalmente a todos os sectores», sendo que «para sectores tão especializados quanto o das TI o desafio tornou-se enorme». Daí a opção por «formas alternativas de chegar aos candidatos, não sendo suficiente recorrer apenas aos meios tradicionais», explica. Ou seja, «para chegar a este tipo de perfil é necessário surpreender as pessoas, mostrar algo diferente».A empresa tem um vasto leque de oportunida-des disponíveis no seu site, no entanto Nuno Freitas destaca quatro funções, aquelas que actualmente considera «as mais importan-tes». São as seguintes:- engenheiros de telecomunicações, que terão como principais responsabilidades fazer o upgra-de e o troubleshooting a equipamentos e tam-bém identificar problemas e elaborar reports;- consultores de telecomunicações, com res-

ponsabilidades no âmbito do planeamento e da optimização das redes, nomeadamente a análise da evolução dos indicadores de quali-dade de serviço (sejam contadores de rede ou drive tests), a identificação de degradações e da respectiva causa e a elaboração de propos-tas e o planeamento de acções de melhoria.- consultores de telecomunicações, para a im-plementação de redes móveis, para assumi-rem a responsabilidade pela configuração, pela integração e pela verificação remota de client base stations (GSM e UMTS);- e técnicos de telecomunicações, que terão como principal responsabilidade a monitoriza-ção de redes de telecomunicações e a respec-tiva resolução de avarias.Na opinião de Nuno Freitas, o mercado nacional tem actualmente capacidade para absorver to-dos estes postos de trabalho, apesar da conjun-tura económica. «São áreas bastante solicitadas pelo mercado, sobretudo para projectos de gran-de dimensão, onde profissionais com estas ca-racterísticas são muito procurados», explica.

«Para chegar a este tipo de perfil é necessário surpreender as

pessoas, mostrar algo diferente», assinala Nuno Freitas, director-

-geral da Upgradem.

Text

o: A

ntón

io M

anue

l Ven

da/ J

ust M

edia

a uPGraDeM

Integrada no Grupo Multipessoal, a Upgradem é uma empresa de outsourcing e consultoria de recursos humanos especializados para as áreas das tecnologias de informação (TI) e telecomunicações. Conta actualmente com uma equipa de centenas de profissionais qua-lificados alocados a projectos nos seus clientes de banca, telecomunicações, TI, utilities e professional services, entre outros sectores. A empresa apresenta soluções de outsourcing de recursos para projectos de média e longa duração time & materials e business process outsourcing (BPO). A sua missão é contribuir directamente para o prestígio dos seus clien-tes e dos seus colaboradores, através da prestação de serviços de elevada qualidade que garantam uma imagem de excelência para ambos os parceiros.

sites de jogos a redes sociais (nomeadamen-te «LinkedIn» e «Facebook»). Segundo Nuno Freitas, «os resultados têm sido muito positi-vos».Acima de tudo, o público-alvo de uma campa-nha como esta são profissionais com formação superior nas áreas de telecomunicações e tec-nologias de informação (TI), sendo que tam-bém são consideradas algumas posições, na-quelas áreas, para profissionais com formação equivalente ao décimo segundo ano. Ao nível das telecomunicações, a procura é essencial-mente por engenheiros, consultores (de pla-neamento e optimização e de implementação de redes móveis) e técnicos. Já em TI o que se procura é profissionais com experiência em Java, C++ e BI. Nuno Freitas diz que em termos de competências requeridas tem havido «uma variação em função de cada oferta», sendo que «de uma forma geral se trata de funções que exigem competências técnicas nas áreas de novas tecnologias e/ ou telecomunicações e um bom domínio do inglês». Além destes re-

Page 10: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

18 19Fevereiro 13 Fevereiro 13

eNTrevIsTa

João Monteiro e João Viana, responsá-veis pelo «MOTELx – Festival Interna-

cional de Cinema de Terror de Lisboa», fazem nesta entrevista um balanço de

seis anos em que o cinema de terror, pelo mês de Setembro, tem marcado encon-tro em Lisboa. O projecto é patrocinado pelo Grupo Multipessoal, que pretende

associar a sua actividade a iniciativas de carácter cultural, aproximando-se de um público jovem e informado, um dos prin-

cipais targets das suas marcas.

Quando o terror marca encontroem Lisboa

«MOTELx»

Com que objectivo foi criado o «MOTELx»?[João Monteiro] O «MOTELx» nasceu em 2007, a partir do CTLx – Cineclube de Terror de Lisboa, que centrava a sua actividade em projecções de filmes de terror inéditos com o intuito de recupe-rar o espírito cineclubista. O festival ambiciona mais alto, isto é, pretende estimular e desenvol-ver a produção de filmes de terror portugueses através da atribuição do «Prémio MOTELx – Me-lhor Curta de Terror Portuguesa», da exibição de filmes recentes provindos dos quatro cantos do mundo e da vinda de cineastas históricos do ter-ror para interagirem com o público português. De certa maneira, o «MOTELx» apresenta-se como um workshop intensivo de cinema de terror com duração de cinco dias.

Como se posiciona esta iniciativa em termos do panorama cultural português, no geral, e em particular no panorama cinematográfico?

cultural que não só é diferente pela abordagem e pela programação que faz de cinema, como também promove a criação cinematográfica na-cional, com o «Prémio MOTELx» e a divulgação desses trabalhos dos cineastas portugueses no nosso país e além-fronteiras, nomeadamente através da «Rede Méliès» da Federação Euro-peia de Festivais de Cinema Fantástico.

O Grupo Multipessoal tem sido uma das insti-tuições apoiantes da iniciativa, ao longo dos anos. Como tem corrido esta parceria?[JV] O envolvimento do Grupo Multipessoal é o melhor exemplo daquilo que tem sido o lema que nos guia desde o início, quer na programação de cinema, quer na produção do festival, isto é, «sem dogmas nem preconceitos». Com efeito, desde a primeira hora que acreditaram no nos-so projecto e penso que compreenderam o seu verdadeiro alcance – não se trata apenas de uma mostra de filmes de terror, é muito mais do que isso, é todo um movimento nacional em curso de transformação social e artística com epicentro em Lisboa, promovendo a descoberta, a parti-lha, o pensamento crítico e a criação artística num ambiente festivo e de celebração, onde o cinema é cultura. O facto de o Grupo Multipes-soal ter sido a entidade patrocinadora mais re-ferida pelo público do «MOTELx» em 2012 – de acordo com o inquérito realizado pela agência Intercampus – é uma evidência do bom resulta-do desta parceria e da importância que o grupo tem hoje no festival.

Ao fim de alguns anos de realização, que balan-ço se pode fazer do trajecto do «MOTELx», em termos de programação e em termos de públi-co?[JM] O balanço supera bastante as expectativas. Só no ano passado, na sexta edição, e à seme-lhança da edição anterior, acorreram ao Cinema São Jorge mais de 13 mil espectadores que tor-naram o festival definitivamente num evento de culto. Para além disso, temos tido a sorte de poder trazer a Portugal verdadeiras lendas do gé-nero, casos de Zé do Caixão, John Landis, Geor-

João Monteiro, à esquerda,e João Viana,à direita.

[JM] A direcção do festival decidiu evitar a com-petição internacional para centrar a atenção ape-nas na nacional. Optou-se por manter o evento apenas em cinco dias, concentrado num mesmo espaço, e por criar ligações entre todas as activi-dades para que a experiência seja intensa e dura-doura. A vantagem, entre aspas, do terror em re-lação aos outros géneros é que, quer queiramos, quer não, o efeito perdura nas nossas mentes.

Têm sentido algum impacto para a realização do festival devido ao período de crise que o país atravessa e aos cortes nos apoios a projectos culturais?[João Viana] A história do cinema de terror é fa-cilmente associada a períodos de crise, seja de ordem social, seja de ordem política ou económi-co-financeira como o que agora vivemos, já que tem como alimento e matéria-prima os anseios, as dúvidas, enfim, os medos individuais e colecti-vos em cada momento da evolução da sociedade, mas retratados de uma forma artística e crítica sob os mais diversos registos – dramáticos, re-alistas, cómicos... Nesta medida, o impacto que sentimos é de uma procura crescente destes filmes e de uma participação cada vez maior das pessoas nos cinco dias do «MOTELx» – de 4.500 em 2007 para 13.100 espectadores no ano pas-sado –, em contraponto com uma quebra geral dos apoios públicos. Isto dá-nos a impressão de que o festival já vai sendo uma expectativa, ou mesmo uma exigência, de muita gente que não podemos ignorar, independentemente do grau de envolvência das entidades públicas na sua realização.

Como se tem concretizado o apoio das empre-sas e de outras instituições?[JV] A nível do privado assistimos a uma evolu-ção de emancipação e maturidade. Por um lado, já não há tanto aquele receio de associação de uma marca a um festival que só passa cinema de terror, quiçá, quer pelo cuidado da programação e da produção do «MOTELx», que atrai o mais va-riado público, quer pelo rápido crescimento e pela notoriedade que o festival regista em Portugal e nos circuitos de festivais da Europa. Por outro lado, a envolvência das marcas é cada vez mais inteligente e integrada com a imagem e com o próprio espírito do festival, com conteúdos e ac-ções pensados propositadamente para o evento e com a percepção de que se trata de um evento

João Monteiro «A vantagem, entre aspas, do terror em relação aos outros géneros é que, quer queiramos, quer não, o efeito perdura nas nossas mentes.»

Page 11: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

20 21Fevereiro 13 Fevereiro 13

eNTrevIsTa

ge Romero ou Dario Argento, em 2012. Todos os anos, o «Prémio MOTELx» incentiva muita gente a trabalhar e a apresentar os seus projectos de cinema de terror, e alguns deles acabam por con-seguir um percurso internacional – o filme ven-cedor do «Prémio MOTELx 2012», «A Bruxa de Arroios», de Manuel Pureza, com Rita Blanco no papel principal, já esteve em Espanha em com-petição pelo «Méliès d’Or» para «Melhor Curta Europeia». O futuro é, sem dúvida, auspicioso.

Como vamos de cinema de terror em Portugal?[JM] Melhor do que nunca. O terror quase não tem expressão na cinematografia lusa, devi-do, numa primeira fase, ao controlo do Estado Novo, e após a revolução devido ao cinema de autor, que nunca foi muito afoito aos géneros cinematográficos. As coisas mudaram muito no dealbar do novo milénio, principalmente com o aparecimento da curta «I’ll See You in my Dreams» e da longa «Coisa Ruim». O «Prémio MOTELx» vem provar que existe muita vontade de fazer filmes ainda que com pouco acesso a financiamento.

O «MOTELx» teve de alguma forma impacto na evolução do cinema de terror em Portugal, seja na produção de filmes, seja em termos de conquista de novos públicos?[JM] Nos inquéritos feitos ao público do fes-tival, concluiu-se que a grande maioria veio exclusivamente ao «MOTELx», não sendo, por-tanto, o público habitual dos vários festivais de cinema existentes em Lisboa ao longo do ano. Dito isto, podemos afirmar que se trata de um novo público, que não só gosta de ver filmes em ecrã grande como quer ser parte integrante da festividade, isto é, grande parte das curtas que recebemos para selecção são realizadas por espectadores do festival. Temos assim a sensa-ção de que fazemos parte daquilo a que se pode chamar «Movimento de Terror Português», que se está a solidificar de ano para ano.

Que perspectivas têm para o futuro do festi-val?[JM] As perspectivas são as mesmas desde 2007: conseguir realizar mais um festival e fazê-lo como se fosse o último. Isto permite que não nos desviemos dos verdadeiros objec-tivos. No futuro, além de querermos voltar aos cine-concertos e aos workshops, esperamos conseguir proporcionar uma maior divulgação além-fronteiras dos filmes portugueses selec-cionados. Aqui, a ajuda da EFFFF – European Fantastic Film Festivals Federation será pre-ponderante.

João Viana «O envolvimento do Grupo Multipes-soal é o melhor exemplo daquilo que tem sido o

lema que nos guia desde o início, quer na progra-mação de cinema, quer na produção do festival,

isto é, ‘sem dogmas nem preconceitos’.»

oNDe o Terror é beM-vINDo

O «MOTELx – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa» (http://www.motelx.org) é um espaço de convívio e descoberta pensado para quem procura novos autores, novos filmes e novas abordagens ao género. Sem dogmas nem pre-conceitos, a sua programação apresenta ao público português uma selecção dos filmes que mais entusiasmo têm suscitado nos quatro cantos do mundo, e em todas as variantes – do so-brenatural ao gore, do terror psicológico aos monster movies, das grandes produções aos independentes, do clássico ao ex-perimental, do culto às novas tendências. No «MOTELx» a expe-riência do terror é plena, e para além de se ver filmes inéditos entre nós é o sítio onde se pode conhecer os realizadores, onde se participa em masterclasses orientadas por mestres e se assiste à competição do único prémio de curtas de terror por-tuguesas. Desde 2011, o evento pertence à EFFFF – European

Fantastic Film Festivals Federation. Os seus responsáveis, João Monteiro e João Viana, são membros-fundadores do CTLx – Cineclube de Terror de Lisboa.

NoTÍcIas

Um novo departamentoFoi criado um novo departamento central no Grupo Multipessoal, ligado a cobranças e recu-peração de créditos. Trata-se de áreas que es-tavam integradas no Departamento Adminis-trativo e Financeiro e que passam agora a ser lideradas por Vítor Martins (na foto). Pretende--se com esta decisão reforçar a capacidade de resposta de ambas as áreas aos desafios colocados pela actual conjuntura económica e pelo forte crescimento de actividade eviden-ciado pelo grupo nos últimos anos.

Todos os dias são bons para ter ideiasEstá em destaque um novo projecto no Grupo Multipesso-al, ligado à inovação. Denomi-nado i2i – Ideas to Innovate, é transversal a todas as empre-sas do grupo e visa aproveitar de forma sistemática o poten-cial criativo de todos os colabo-radores, estimulando a geração de ideias e, consequentemente, reforçando a capacidade de criação de valor. O projecto consubs-tancia-se numa ferramenta de melhoria contínua, agregadora de ideias inovadoras. Estas ideias são registadas, analisadas, medi-das e implementadas.Com o i2i, os colaboradores do Grupo Multipessoal participam de uma forma activa na evolução das diversas empresas, contribuin-do com ideias inovadores que terão impacto na eficácia e na efi-ciência do grupo. Os clientes ficam a ganhar, assim como os pró-prios colaboradores, pela implementação de medidas que podem contribuir para maiores níveis de qualidade e para um serviço de excelência.

Text

o: A

ntón

io M

anue

l Ven

da/ J

ust M

edia

; Fot

os: «

MOT

ELx»

Parabéns aos colaboradores, aos clientes e ao Grupo Multipessoal!O Grupo Multipessoal celebra este ano duas décadas de actividade. Criado em 1993 para apoiar e gerir os recursos humanos não ligados directamente às áreas de negócio do Grupo Espírito Santo (GES), seu accionista de referência, tem actualmente apenas 20% do negócio ligado a empresas do GES. Isto porque ao longo dos anos desenvolveu novas áreas de negócio em segmentos de mercado como a saúde e as tecnologias de informação (TI). Nos últimos anos, o grupo duplicou a sua facturação e número de colaboradores colocados, passando de 40 milhões de euros em facturação em 2006 para 80 milhões em 2011, e de 3.300 colaboradores para 8.000, no mesmo período.A estratégia de crescimento do Grupo Multipessoal baseou-se na escolha de segmentos de negócio em que as soluções de recursos humanos proporcionam mais-valias às empresas. Trabalhando numa base de parceria, o grupo vai ao encontro das necessidades do tecido empresarial no contexto económico que actualmente vivemos.A internacionalização foi também um aspecto fundamental para a estratégia de crescimento e posicionamento. O grupo iniciou a sua entrada em novos mercados em 2008, estando actualmente presente em Angola e em Espanha. Com a expansão geográfica pretende atingir dois objectivos: oferecer aos seus clientes em Portugal soluções para implementação e expansão em mercados internacionais; e também apoiar os clientes locais, oferecendo soluções globais de recursos humanos. Aqui, a actuação das empresas do grupo tem essencialmente a ver com o mercado de recrutamento e selecção, trabalho temporário, outsourcing e formação, sempre ajustada às necessidades e expectativas das geografias em questão.Devido à estratégia de internacionalização, o Grupo Multipessoal oferece aos seus candidatos a possibilidade de uma carreira no exte-rior. Para tal, afere as competências técnicas, a motivação e a adequação a uma nova realidade profissional e cultural.Mesmo num contexto económico desafiante, o grupo pretende continuar a ultrapassar barreiras e objec-tivos, mantendo uma posição de destaque na área de recursos humanos. Irá continuar a apostar em seg-mentos que proporcionem mais-valias às empresas, como outsourcing, assessment, interim management e outras ferramentas fundamentais para apoiar à necessidade de flexibilização e adaptação das empresas às constantes alterações de mercado.Na opinião de António Valério, presidente do Grupo Multipessoal, «este marco só foi atingido devido à con-fiança dos clientes, dos colaboradores e dos candidatos». O responsável agradece por isso «o contributo e a exigência que tornaram realidade os desígnios do Grupo Multipessoal e as suas ambições».

Page 12: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

22 23Fevereiro 13 Fevereiro 13

ouT oF The oFFIce

Text

o: A

na L

eono

r Mar

tins/

Jus

t Med

ia

Luís Nogueira é sub-director da Upgradem, do Grupo Multipessoal, e out of the office tem uma paixão que surgiu por volta dos cinco/ seis anos, o surf. Os pais sempre gostaram de actividades ao ar livre, daí que até aos 20 anos tenha usufruído de uma casa na margem sul, muito próximo da praia, o que contribuiu para o desejo de aproveitar mais o mar e a sua energia. «O meu pai teve sempre fascínio por surf e desportos de ondas, e apoiou-me», partilha. «Como praticava ski regularmente, passou-me o gosto pela montanha e também o fascínio por desportos radicais.»Assim, desde que se conhece, Luís Nogueira pratica actividades ligadas ao mar ou à montanha. Conta que participou em pequenas competições regionais e locais, talvez com 10 anos, ou me-nos, mas não investiu nessa vertente. «Cedo percebi que os meus objectivos e sonhos não pas-savam por viver do surf, apesar do que o envolve ser bastante estimulante e único.» Fascina-o sobretudo o contacto com a natureza e poder estar concentrado somente no que está a fazer no mar. «Não existem estímulos exteriores que possam perturbar esses momentos, onde consigo encontrar-me comigo», realça. «É um desporto de extrema exigência, preparação física e con-centração.»Com a exigente actividade profissional, Luís Nogueira dedica ao surf «menos tempo do que gos-taria», mas ao fim-de-semana «não perdoa». No entanto, sendo «pai de duas lindas meninas» (Sara, de três anos, e Inês, de um ano), que consomem muito do seu tempo livre, ao sábado e ao domingo, às sete da manhã já está a entrar no mar, para chegar a casa a tempo de almoçar com a família. «A nossa vida pessoal e a disponibilidade mudam muito quando somos pais, as nossas prioridades passam a ser outras.»Luís Nogueira elege praias entre a margem sul do Tejo e a zona do oeste, «incluindo algumas não vigiadas, de difícil acesso mas muito bonitas». A escolha varia consoante ventos, marés e estado do mar. Mas destaca três, «pela qualidade das suas ondas e pela beleza»: a praia da Calada, na Ericeira, a da Adraga, em Sintra, e a dos Supertubos, em Peniche. «Existem igualmente inúmeras praias na costa alentejana, muito boas», acrescenta. «Portugal é dos melhores países do mundo para a prática de desportos de ondas. E tenho ainda muito por descobrir e explorar nas centenas de encostas e arribas da nossa costa.» Também além-fronteiras já teve oportunidade de conhe-cer «sítios magníficos» por causa do surf. «A Indonésia é o local no mundo que mais me fascina, pela cultura e pelo potencial de ondas», defende. Também já esteve nas Ilhas Barbados (Caraí-bas), no Brasil, nas Ilhas Canárias e em França. E confessa que adorava ir ao Tahiti.Durante a semana é praticamente impossível para Luís Nogueira praticar surf, pois a actividade no Grupo Multipessoal obriga a uma grande disponibilidade. Mas a verdade é que este desporto tem influência na sua forma de encarar o trabalho e a vida. O sub-director da Upgradem considera que «a onda está para o mar como a mudança está para a vida», e que «entender a mudança, como uma onda, requer visão de futuro». Tal como no surf – continua –, «quando trabalhamos o equilíbrio é fundamental, e em ambos os casos as oportunidades passam a voar, são microsse-gundos nos quais uma decisão e uma atitude mudam o rumo de uma abordagem». Na opinião de Luís Nogueira, «o surf ensina-nos que na vida pessoal e na vida profissional temos de identificar as oportunidades e não hesitar quando chega o momento, e se falharmos teremos de ajustar o nosso timing de abordagem às oportunidades».Para além do surf e dos desportos de montanha, Luís Nogueira investe o seu tempo na música, uma «herança familiar», e na leitura.

A energia e osensinamentos do mar

LUíS NOGUEIRA

Page 13: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

PUB

24 Fevereiro 13

oPINIão

Num ambiente altamente competitivo, apenas os mais fortes e preparados con-seguem vencer. É a tese de Darwin, e total-mente aplicável à realidade do actual mer-cado de trabalho.Em Portugal, constata-se que no seguimen-to da evolução dos últimos anos, a dificul-dade na integração de novos profissionais no mercado de trabalho tem aumentado exponencialmente. O desemprego, de uma forma global, atingiu o seu valor mais ele-vado no último trimestres de 2012 (16,9%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística) e em particular entre os jovens com menos de 25 anos.

Está subjacente que mediante este cená-rio, tendo as empresas uma maior oferta de candidatos e uma menor necessidade de mão-de-obra, terão a possibilidade de seleccionar os profissionais mais qualifi-cados e bem preparados, elevando desta forma os seus standards. Ou seja, para quem faz pela primeira vez a abordagem ao mercado de trabalho a tarefa torna-se ainda mais desafiante.É neste contexto que o trabalho temporário

surge como uma óptima ferramenta na inte-gração de jovens à procura do primeiro em-prego. Este regime tem mais vantagens do que se tende a crer, desde a compatibilidade com os estudos à possibilidade de se ganhar experiência em áreas de difícil acesso.Em países como os Estados Unidos, o Cana-dá, a Holanda ou a Inglaterra, entre outros considerados «desenvolvidos», o trabalho temporário é muito comum. Se tomarmos em conta a exposição que os jovens têm hoje em dia às culturas de diversos países, nomeadamente os ocidentais, através de programas como o Erasmus e outros seme-lhantes, é natural que este regime não lhes

seja desconhecido. No entanto, por razões culturais em Portugal continua a subsistir um sentimento contestatário em relação ao trabalho temporário.Mas observemos exemplos concretos, como o de alunos que estão a frequentar o ensino superior. O trabalho temporário é compatível com os horários de frequência de aulas, podendo eles adquirir experiência enquanto solidificam os seus conhecimen-tos mais teóricos. Quando o aluno comple-

tar a sua formação e iniciar a procura de emprego na sua área, terá uma vantagem face a outros candidatos, pela experiência adquirida.No caso dos recém-licenciados que in-tegram pela primeira vez o mercado de trabalho, este regime garante ainda mais vantagens: o acesso a uma melhor forma-ção, em qualidade e em quantidade; mais possibilidade de encontrar um posto de tra-balho que se adeqúe às suas qualificações e capacidades; a opção de experimentar e recusar com mais facilidade o emprego, caso não se adapte; o aperfeiçoamento das capacidades adquiridas por múltiplas expe-riências, enriquecendo o seu currículo, po-dendo por esta via aceder mais facilmente a postos de trabalho permanentes e mais exigentes na sua futura carreira.Em suma, a preparação e a posterior inte-gração no mercado via trabalho temporário foi, tem sido e continuará a ser um canal de excelência para milhares de jovens à procura da sua primeira oportunidade. Mais pertinente se torna numa fase em que Por-tugal vive desafios económicos impares e no qual está reconhecido que um dos prin-cipais lesados nesta crise são os jovens recém-licenciados. Isto obriga-nos forçosa-mente a reflectir sobre os nossos tabus e a forma como devemos desenvolver e apoiar os futuros profissionais.

Alexandre GomesDirector para a Zona Sul do Grupo Multipessoal

Os tabus sobre a primeira vez

A preparação e a posterior integração no mercado viatrabalho temporário foi, tem sido e continuará a ser um canal de excelência para milhares de jovens à procura da sua primeira oportunidade.

Page 14: A administradora apresenta uma história portuguesa de sucessoforeigners.textovirtual.com/empresas-familiares/62/21866/tmg... · res para automóveis (TMG Automotive), retalho e distribuição

PUB