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36
V. VIDAL MANUTENÇÃO CONSERVAÇÃO E LIMPEZA LTDA – EPP – CNPJ: 05.697.730/0001-07 APOSTILA DA CIPA (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES) V. VIDAL MANUTENÇÃO GESTÃO 2013/2014

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Segurana do Trabalho a funo composta por um conjunto de medidas tcnicas, educacionais, mdicas e psicolgicas, que objet

V. VIDAL MANUTENO CONSERVAO E LIMPEZA LTDA EPP CNPJ: 05.697.730/0001-07

V. VIDAL MANUTENO CONSERVAO

E LIMPEZA LTDA EPP CNPJ: 05.697.730/0001-07

APOSTILA DA CIPA (COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES)V. VIDALMANUTENOGESTO 2013/2014NDICE

INTRODUO

051- OBJETIVOS DA CIPA

06

2- RISCOS AMBIENTAIS

06

2.1. Riscos Fsicos

06

2.1.1. Rudo

06

2.1.2. Vibraes

06

2.1.3. Temperaturas Extremas

06

2.1.4. Presses Anormais

07

2.1.5. Radiaes Ionizantes

07

2.1.6. Radiaes No Ionizantes

07

2.1.7. Umidade

07

2.2. Riscos Qumicos

07

2.3. Riscos Biolgicos

07

2.4. Riscos Ergonmicos

07

2.5. Riscos de Acidentes

07

3- MAPA DE RISCO

083.1. O que ?

083.2. Quem Faz?

08

3.3. Estudos dos Tipos de Riscos

08

3.4. Como Levantar e Identificar os Riscos Durante a Visita ao Setor

09

3.5. A Avaliao dos Riscos para a elaborao do Mapa

09

3.6. A Colocao dos Crculos na Planta ou Croqui

09

4- MEDIDAS DE CONTROLE

104.1. Eliminao do Risco

10

4.2. Neutralizao do Risco

10

4.3. Sinalizao do Risco

11

4.4. Equipamentos de Proteo Individual EPI

11

4.5. Obrigaes do Empregador Quanto ao Uso do EPI

11

4.6. Obrigaes do Empregado Quanto ao Uso do EPI

11

4.7. Podemos Fazer Ainda as Seguintes Recomendaes

11

4.7.1. Empresa

11

4.7.2. SESMT

11

4.7.3. CIPA

11

4.7.4. Chefias

11

4.7.5. Funcionrios

11

5- INSPEO DE SEGURANA

12

5.1. Objetivo

12

5.2. Inspees que Podem ser Realizadas

12

5.2.1. Inspees Gerais

12

5.2.2. Inspees Parciais

12

5.2.3. Inspees de Rotina

12

5.2.4. Inspees Peridicas

13

5.2.5. Inspees Eventuais

13

5.2.6. Inspees Oficiais

13

5.2.7. Inspees Especiais

13

5.3. Passos a Serem Seguidos na Inspeo de Segurana

13

5.3.1. Observao

13

5.3.2. Registro

13

5.3.3. Anlise de Riscos

14

5.3.4. Priorizao

14

5.3.5. Implantao

14

5.3.6. Acompanhamento

14

6- INVESTIGAO E ANLISE DE ACIDENTES

15

6.1. Acidente do Trabalho Conceito Legal

15

6.2. Acidente do Trabalho Conceito Tcnico (Prevencionista)

15

6.3. A Investigao das Causas dos Acidentes Ocorridos

15

6.4. Para Buscar as Causas que Contriburam ao Acidente Importante 15

6.5. Fatores Determinantes dos Acidentes do Trabalho

166.6. Devemos Ainda nos Lembrar que

16

7- NOES DE LEGISLAO PREVIDENCIRIA

16

7.1. Benefcios Para o Trabalhador Urbano, Segurado da Previdncia Social

167.2. As Prestaes Relativas ao Acidente do Trabalho So Devidas

177.3. No So Devidas as Prestaes Relativas aos Acidentes do Trabalho

177.4. Consideram-se como Acidentes do Trabalho

177.5. No so Considerados como Doenas do Trabalho

177.6. Equiparam-se Tambm ao Acidente do Trabalho

177.7. Carncia

187.8. Comunicao do Acidente do Trabalho

187.9. Prazo para Comunicao do Acidente do Trabalho

187.10. Quando deixa de Ser Pago

187.11. Observaes

187.12. Renda Mensal do Benefcio

187.13. Valor do Salrio de Benefcio

187.14. Como Dever ser Comunicado o Acidente do Trabalho

197.15. Comunicao de Reabertura

198- REUNIO DA CIPA

198.1. Sugesto de Estrutura de Uma Reunio da CIPA

198.2. Atribuio dos Membros da CIPA

20 8.2.1. Do Presidente

20 8.2.2. Do Vice-Presidente

20 8.2.3. Do Presidente e do Vice-Presidente em Conjunto

20 8.2.4. Do Secretrio

21

8.2.5. Dos Demais Membros da Cipa

218.3. Plano de Trabalho

219- SIPAT

22

9.1. Realizao da SIPAT

22

9.2. Algumas Sugestes a Serem Desenvolvidas Durante a SIPAT

2210. NOES DE COMBATE A INCNDIO

2310.1. Conceito de Preveno de Incndio

2310.2. Conceito de Incndio

2310.3. Conceito de Combate a Incndio

2310.4. Conceito de Fogo

2310.5. Calor

23

10.5.1. Os Efeitos do Calor

24 10.5.2. Efeitos Fisiolgicos do Calor Sobre o Ser Humano

24 10.6. Combustvel

2410.7. Comburente

2410.8. Mtodos de Extino do Fogo

24 10.8.1. Resfriamento

24 10.8.2. Abafamento

2510.9. Classificao do Incndio e Mtodo de Extino

25 10.9.1. Incndio Classe A

25 10.9.2. Incndio Classe B

25 10.9.3. Incndio Classe C

2510.10. Extintor de Incndio

2610.11. Agente Extintor

26 10.11.1. gua

26 10.11.2. Gs Carbnico CO

26 10.11.3. P Qumico Seco

2710.12. Extintores Portteis

27

10.12.1. Manuteno

27 10.12.2. Inspees

27INTRODUO

A origem do acidente do trabalho remonta histria do prprio homem que, na luta pela sobrevivncia, evoluiu desde as atividades de caa e pesca, ao cultivo da terra, extrao de minrios e produo em grande escala nas indstrias.

O mundo modificou-se em seus costumes, formas de vida e, com isso, houve tambm mudanas nas relaes de trabalho, provocadas, em sua base pela Revoluo Industrial. Com a chegada da mquina, surgiram de forma assustadora, os acidentes de trabalho, oriundos dessa nova realidade.

A CIPA surgiu de uma recomendao da OIT (Organizao Internacional do Trabalho) em 1921 e transformou-se em determinao legal no Brasil em 1944, j no governo de Getlio Vargas, vinte e trs anos depois.

Hoje, a CIPA, tornou-se forte aliada dos trabalhadores e da empresa na preveno dos acidentes do trabalho. Tenham certeza que nos prximos doze meses teremos muitos problemas a resolver, mas que, com perseverana e trabalho em equipe saberemos dar a melhor soluo.1- O OBJETIVO DA CIPA

A Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho com a preservao da vida e a promoo da sade do trabalhador.

2- RISCOS AMBIENTAISOs riscos profissionais ou ocupacionais so os que decorrem das condies precrias inerentes ao ambiente ou ao prprio processo operacional das diversas atividades profissionais. So, portanto, as condies ambientais de segurana do trabalho, capazes de afetar a sade, a segurana e o bem-estar do trabalhador.2.1- Riscos Fsicos

Os agentes fsicos causadores em potencial de doenas ocupacionais so:

- Rudo - Vibraes - Temperaturas extremas (calor e frio) - Presses anormais - Radiaes ionizantes (raios x, raios gama) - Radiaes no-ionizantes (infravermelha,...)

- Umidade

2.1.1. Rudo: Reduz a capacidade auditiva do trabalhador, a exposio intensa e prolongada ao rudo atua desfavoravelmente sobre o estado emocional do indivduo com conseqncias imprevisveis sobre o equilbrio psicossomtico. De um modo geral, quanto mais elevados os nveis encontrados, maior o nmero de trabalhadores que apresentaro incio de surdez profissional e menor ser o tempo em que este e outros problemas se manifestaro. aceito ainda que o rudo elevado influi negativamente na produtividade, alm de ser freqentemente o causador indireto de acidentes do trabalho, quer por causar distrao ou mau entendimento de instrues, quer por mascarar avisos ou sinais de alarme.

2.1.2. Vibraes: As vibraes podem ser divididas em duas categorias: vibraes localizadas e vibraes de corpo inteiro. (Ex. trabalho com britadeira, etc)2.1.3. Temperaturas Extremas: As temperaturas extremas so as condies trmicas rigorosas, em que so realizadas diversas atividades profissionais (Ex.: trabalho de abastecimento de forno a lenha).

2.1.4. Presses Anormais: As presses anormais so encontradas principalmente em trabalhos submersos (ex. mergulho para manuteno de plataformas de petrleo, etc).

2.1.5. Radiaes Ionizantes. Oferecem srio risco sade dos indivduos expostos. So assim chamadas, pois produzem uma ionizao nos materiais sobre os quais incidem, isto , produzem a subdiviso de partculas inicialmente neutras em partculas eletricamente carregadas.

As radiaes ionizantes so provenientes de materiais radioativos como o caso do raio gama (g), ou so produzidas artificialmente em equipamentos, como o caso dos raios X.

2.1.6. Radiaes No-ionizantes: So de natureza eletromagntica e seus efeitos dependero de fatores como durao e intensidade da exposio, comprimento de onda de radiao, regio do espectro em que se situam, etc (ex. solda eltrica, etc).

2.1.7. Umidade: As atividades ou operaes executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos sade dos trabalhadores.

2.2- Riscos QumicosSo os agentes ambientais causadores em potencial de doenas profissionais devido sua ao qumica sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados tanto na forma slida, como lquida ou gasosa. 2.3- Riscos Biolgicos

So microorganismos causadores de doenas com os quais pode o trabalhador entrar em contato, no exerccio de diversas atividades profissionais. Vrus, bactrias, parasitas, fungos e bacilos so exemplos de microorganismos aos quais freqentemente ficam expostos mdicos, enfermeiros, funcionrios de hospitais, sanatrios e laboratrios de anlises biolgicas, lixeiros, aougueiros, lavradores, tratadores de animais, trabalhadores de curtume e de estaes de tratamento de esgoto, etc (ex. tuberculose, brucelose, malria, febre amarela, HIV, etc).

2.4- Riscos Ergonmicos

So aqueles relacionados com fatores fisiolgicos e psicolgicos inerentes execuo das atividades profissionais. Estes fatores podem produzir alteraes no organismo e estado emocional dos trabalhadores, comprometendo a sua sade, segurana e produtividade. Exemplos: iluminao inadequada, levantamento e transporte manual de pesos, movimentos viciosos, trabalho de p, esforo fsico intenso, postura inadequada, controle rgido de produtividade, desconforto acstico, desconforto trmico, mobilirio inadequado, etc.

2.5. Riscos de Acidentes

qualquer circunstncia ou comportamento que provoque alterao da rotina normal de trabalho com potencial de causar acidente.

As condies ambientais relativas ao processo operacional, como por exemplo, procedimentos inadequados que envolvam a manipulao de materiais perfuro-cortantes, cilindros de gases comprimidos soltos e sem a proteo da vlvula, mquinas desprotegidas, ferramentas inadequadas, etc., so chamadas de riscos de acidente.3- MAPA DE RISCOS3.1. O que ?O mapa a representao grfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, por meio de crculos de diferentes tamanhos e cores. O seu objetivo informar e conscientizar os trabalhadores pela fcil visualizao desses riscos.

um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrncia de acidentes do trabalho, objetivo que interessa aos empresrios e aos trabalhadores. O mapa de riscos deve ser feito obrigatoriamente nas empresas que possuem CIPA.

3.2. Quem faz?O mapa de riscos feito pela Comisso Interna de Preveno de Acidentes Cipa, aps ouvir os trabalhadores de todos os setores produtivos e com a orientao do Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho SESMT do hospital.

Vejamos como a CIPA pode constituir este mapa.

importante ter uma planta do local, mas, se no houver condies de conseguir, isto no dever ser um obstculo: faz-se um desenho simplificado, um esquema ou croqui do local.

3.3. Estudos dos tipos de riscos

A Cipa deve se familiarizar com a tabela abaixo, que classifica os riscos de acidente do trabalho. Nessa tabela h cinco tipos de riscos que correspondero a cinco cores diferentes no mapa.

Classificao dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de Acordo com sua Natureza e a padronizao das Cores Correspondentes.

Grupo 1 VerdeGrupo2 VermelhoGrupo 3 MarromGrupo 4 AmareloGrupo5 Azul

Riscos FsicosRiscos QumicosRiscos BiolgicosRiscos ErgonmicosRiscos de Acidentes

RudosVibraesRadiaes ionizantesRadiaes no ionizantesFrioCalorPresses anormaisUmidade

PoeirasFumosNvoasNeblinasGasesVapores

deSubstncias, compostos ou produtos qumicos

VrusBactriasProtozoriosFungosParasitasBacilos

Esforo fsico intensoLevantamento e transporte manual de pesoExigncia de postura inadequadaControle rgido de produtividadeImposio de ritmos excessivosTrabalho em turno e noturnoJornadas de trabalho prolongadasMonotonia e repetitividadeOutras situaes causadoras de stress fsico e/ou psquicoArranjo fsico inadequadoMquinas e equipamentos sem proteoInstrumentos inadequadas ou defeituosasIluminao inadequadaEletricidadeProbabilidade de incndio ou explosoArmazenamento inadequadoManipulao inadequada

de perfuro-cortantesOutras situaes de risco que podero contribuir para a ocorrncia de acidentes

3.4. Como levantar e identificar os riscos durante a visita ao setor.

Aps o estudo dos tipos de risco, deve-se dividir o setor em reas conforme as diferentes atividades. Essa diviso facilitar a identificao dos riscos de acidentes do trabalho.

A seguir o grupo dever percorrer as reas a serem mapeadas com lpis e papel na mo, ouvindo as pessoas acerca das situaes de riscos de acidentes do trabalho.

Sobre esse assunto, importante perguntar aos demais trabalhadores o que incomoda e quanto incomoda, pois isso ser importante para se fazer o mapa. Tambm preciso marcar os locais dos riscos informados em cada rea.

Nesse momento, no se deve ter a preocupao de classificar os riscos. O importante anotar o que existe e marcar o lugar certo. O grau e o tipo de risco sero identificados depois.

3.5. A avaliao dos riscos para a elaborao do mapa.

Com as informaes anotadas, a Cipa deve fazer uma reunio para examinar cada risco identificado na visita ao setor.

Nesta fase, faz-se a classificao dos perigos existentes conforme o tipo de agente, conforme a tabela do subitem 3.3. Tambm se determina o grau (tamanho): pequeno, mdio ou grande.

3.6. A colocao dos crculos na planta ou croqui.

Depois disso que se comea a colocar os crculos na planta ou croqui para representar os riscos.

Os riscos so caracterizados graficamente por cores e crculos.

O tamanho do crculo representa o grau do risco.

E a cor do crculo representa o tipo de risco, conforme a tabela do subitem 3.3.

Risco Grande Risco Mdio Risco Pequeno

Os crculos podem ser desenhados ou colados. O importante que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos.

Cada crculo deve ser colocado naquela parte do mapa que corresponde ao lugar onde existe o problema.

Caso existam, num mesmo ponto de uma seo, diversos riscos de um s tipo por exemplo, riscos fsicos: rudo, vibrao, calor no preciso colocar um crculo para cada um desses agentes. Basta um crculo apenas neste exemplo, com a cor verde, dos riscos fsicos, desde que os riscos tenham o mesmo grau de nocividade.

Uma outra situao a existncia de riscos de tipos diferentes num mesmo ponto. Neste caso, divide-se o crculo conforme a quantidade de riscos em 2, 3, 4 e at 5 partes iguais, cada parte com a respectiva cor.

Quando um risco afeta a seo inteira exemplo: rudo -, uma forma de representar isso no mapa coloca-lo no meio do setor e acrescentar setas nas bordas, indicando que aquele problema se espalha pela rea toda. Veja como fica:

Risco abrange toda a seo

(Exemplo: rudo)

4 MEDIDAS DE CONTROLE

So medidas necessrias para a eliminao e a minimizao dos riscos ocupacionais. Quando comprovado pelo empregador ou instituio a inviabilidade tcnica da adoo de medidas de proteo coletiva, ou quando estas no forem suficientes ou encontrar-se em fase de estudo, planejamento ou implantao, ou ainda em carter complementar ou emergencial, devero ser adotados outras medidas, obedecendo-se a seguinte hierarquia:

medidas de carter administrativo ou de organizao do trabalho;

utilizao de equipamento de proteo coletiva - EPC e individual - EPI.

Deve-se identificar os riscos por meio de pesquisas e estudo, principalmente por intermdio de inspees de segurana, investigao, anlise dos acidentes e anlise de risco, realizadas pelo SESMT Servio de Segurana e Medicina do Trabalho. Segue-se a necessidade de se investir no controle dos mesmos, considerando trs alternativas bsicas de controle.

Eliminao do risco

Neutralizao do risco

Sinalizao do risco

4.1. Eliminao do risco: Os acidentes se previnem com a aplicao de medidas especficas de segurana, selecionadas de forma a estabelecer maior eficcia na prtica. Como primeira opo devemos analisar a viabilidade tcnica da eliminao do risco.

EX: Uma escada com piso escorregadio apresenta um srio risco de acidente. Este risco poder ser eliminado com a troca do material do piso, antes escorregadio, por outro, emborrachado e antiderrapante. Com essa medida o risco foi definitivamente eliminado e os trabalhadores protegidos

4.2. Neutralizao do risco: Existem problemas que impedem a eliminao do risco existente. Como por exemplo, podemos citar as partes mveis de uma mquina: polias, engrenagens etc... No possvel suprimir tais partes do equipamento, o que possvel fazer neutralizar o risco com uma proteo coletiva (protees)

4.3. Sinalizao do risco

Caso as duas possibilidades descritas acima, no sejam aplicveis, devemos sinalizar a possibilidade de um acidente. Geralmente isso feito com placas, fitas, cavaletes etc...

Ex: Uma placa dizendo PISO ESCORREGADIO.

4.4. Equipamentos de Proteo Individual - EPIs

Quando as medidas de segurana de ordem geral Equipamentos de Proteo Coletiva no so eficientes para garantir a proteo contra os riscos de acidentes e doenas profissionais, deve-se utilizar os Equipamentos de Proteo Individual EPI. O uso dos EPIs isola o risco, ao contrrio da Proteo Coletiva que o neutraliza.

Os EPIs no evitam o acidente como acontece de forma eficaz com a proteo coletiva; apenas minimizam ou evitam as leses fsicas decorrentes do mesmo.

4.5. Obrigaes do empregador quanto ao uso do EPI

a adquirir o tipo adequado atividade do empregado;

b fornecer gratuitamente ao empregado somente EPI aprovado pelo MTEc treinar o trabalhador sobre seu uso adequado

d tornar obrigatrio seu uso

e substitu-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f responsabilizar-se pela sua higienizao e manuteno peridica;

g comunicar ao TEM qualquer irregularidade observada no EPI adquirido.

4.6. Obrigaes do empregado quanto ao uso do EPI

a us-lo apenas para a finalidade que se destina;

b responsabilizar-se pela sua guarda e conservao;

c comunicar ao empregador qualquer alterao que o torne imprprio para o uso.

4.7. Podemos ainda fazer a seguinte recomendao

4.7.1. Empresa: responsabilidade pela compra, estoque para reposio imediata, distribuio gratuita e exigncia do uso.

4.7.2. SESMT: responsabilidade pela especificao, controle da qualidade e as regras para obrigatoriedade do uso.

4.7.3. CIPA: deve desenvolver programa de treinamento, campanhas de conscientizao e outras medidas educativas e motivacionais para incentivar o uso de EPIs.

4.7.4. Chefias: devem controlar o uso, fiscalizando o respeito ao regulamento, instruir seus subordinados e esclarecer dvidas.

4.7.5. Trabalhadores: devem usar os EPIs indicados, conserv-los e comunicar qualquer irregularidade.

5- INSPEO DE SEGURANA

5.1. Objetivo

A inspeo de segurana tem por objetivo detectar as possveis causas que propiciem a ocorrncia de acidentes, visando tomar ou propor medidas que eliminem ou neutralizem os riscos de acidentes do trabalho. Desta forma, a inspeo de segurana uma prtica contnua em busca de:

mtodos de trabalhos inadequados

riscos ambientais

verificao da eficcia das medidas preventivas em funcionamento.

A inspeo de segurana esta prevista como atribuio da CIPA no item 5.16, alnea d , da NR 5 (Portaria 8/99).

O cipeiro deve realizar inspees nos ambientes e condies de trabalho.

A base de toda inspeo de segurana e anlise dos riscos sob os aspectos j citados deve envolver indivduos, grupos operaes e processos. Dentro do objetivo de anlise dos vrios fatores de risco e acidentes, as propostas metodolgicas mais aceitas envolvem a identificao do agente do acidente. O agente do acidente todo fator humano, fsico ou ambiental que provoca perdas. Controlar ou neutralizar o agente muito mais importante do que simplesmente atribuir a culpa a este ou quele fato ou pessoa.

5.2. Inspees que podem ser realizadas

As inspees de segurana no so feitas somente pela CIPA, mas tambm pelos profissionais dos Servios Especializados, podem ser feitas por diversos motivos, com objetivos diferentes e programadas em pocas e intervalos variveis. Podem ser: gerais, parciais, de rotina, peridicas, eventuais, oficiais e especiais.

5.2.1. Inspees Gerais

So aquelas feitas em todos os setores do hospital e que se preocupam com todos os problemas relativos Segurana e Medicina do Trabalho. Dessas verificaes podem participar engenheiros, tcnicos de segurana, mdicos, assistentes sociais e membros da CIPA. Essas verificaes devem ser repetidas a intervalos regulares e, onde no existirem Servios Especializados em Segurana e Medicina do Trabalho, a tarefa caber a CIPA da empresa.

5.2.2. Inspees Parciais

Elas podem limitar-se em relao a reas especficas, sendo verificados apenas determinados setores do hospital, e podem limitar-se em relao s atividades, sendo verificados certos tipos de trabalho, certas mquinas ou certos equipamentos.

5.2.3 Inspees de Rotina

Cabem aos encarregados dos setores de segurana, aos membros da CIPA, ao pessoal que cuida da manuteno de mquinas, equipamentos e condutores de energia. muito importante que os prprios trabalhadores faam verificaes em suas ferramentas, nas mquinas que operam e nos equipamentos que utilizam. Naturalmente, em verificaes de rotina, so mais procurados os riscos que se manifestam com mais freqncia e que constituem as causas mais comuns de acidentes.

5.2.4 Inspees Peridicas

Como natural que ocorram desgastes dos meios materiais utilizados na produo, de tempos em tempos devem ser marcadas, com regularidade, inspees destinadas a descobrir riscos que o uso de ferramentas, de mquinas, de equipamentos e de instalaes energticas podem provocar. Algumas dessas inspees so determinadas por lei, principalmente a de equipamentos perigosos, como caldeiras e mesmo de equipamentos de segurana como extintores e outros. Materiais mveis de maior uso e desgaste devem merecer verificaes peridicas.

5.2.5. Inspees Eventuais

No tem datas ou perodos determinados. Podem ser feitas por tcnicos vrios, incluindo mdicos ou engenheiros, e se destinam a controles especiais de problemas importantes dos diversos setores da empresa. O mdico pode, por exemplo, realizar inspees em ambientes ligados sade do trabalhador, como refeitrios, cozinhas, instalaes sanitrias, vestirios e outros.

5.2.6. Inspees Oficiais

So realizadas por agentes dos rgos oficiais e das empresas de seguro.

5.2.7. Inspees Especiais

Destinam-se a fazer controles tcnicos que exigem profissionais especializados, aparelhos de teste e de medio. Pode-se dar o exemplo de medio do rudo ambiental, da quantidade de partculas txicas em suspenso no ar, da pesquisa de germes que podem provocar doenas.

A presena de representantes da CIPA nas inspees de segurana sempre recomendvel, pois a assimilao de conhecimentos cada vez mais amplos sobre as questes de Segurana e Medicina do Trabalho vai tornar mais completo o trabalho educativo que a comisso desenvolve.

Alm disso, a renovao dos membros da CIPA faz com que um nmero sempre maior de empregados passe a aprofundar os conhecimentos exigidos para a soluo dos problemas relativos a acidentes e doenas do trabalho.

5.3. Passos a Serem Seguidos na Inspeo de Segurana

Existem alguns passos que devem ser seguidos para o desenvolvimento dessa atividade. So eles: observao, registro, anlise de riscos, priorizao, implantao e acompanhamento.

5.3.1. Observao

Neste primeiro passo, os elementos da CIPA devem observar criteriosamente as condies de trabalho e de atuao das pessoas. Essa observao deve ser completada com dados obtidos por meio de entrevistas e preenchimento de questionrios junto aos coordenadores e trabalhadores.

5.3.2. Registro

O registro dos riscos observados sobre sade e segurana do trabalho deve ser feito em formulrios que favoream a anlise dos problemas apontados.

5.3.3. Anlise de Riscos

Da verificao de segurana resulta a necessidade de um estudo mais aprofundado de determinada operao. Trata-se da anlise de riscos.

Para realiz-la, o interessado deve decompor e separar as fases da operao, para verificao cuidadosa dos riscos que esto presentes em cada fase. O quadro abaixo orienta a decomposio de uma operao para este fim.

DadosAnlise dos Riscos

O que feito?Deve ser feito isso que est sendo observado ou existe algum risco que sugere alterao?

Como feito?A tcnica desenvolvida correta?

Contm riscos que podem ser eliminados com pequenas alteraes?

Por que feito?O objetivo da atividade ser alcanado corretamente em segurana?

5.3.4. Priorizao

A partir da anlise de riscos, priorizar os problemas de forma a atender queles mais graves e/ou iminentes.

5.3.5. Implantao

Nesta fase, o relatrio com as medidas corretivas definidas devero ser encaminhados ao departamento responsvel para sua efetivao. A operacionalizao das medidas dever ser negociada no prprio setor responsvel, em prazos determinados por prioridade.

5.3.6. Acompanhamento

Consiste na verificao e cobrana das medidas preventivas propostas. Devem ser realizados, junto unidade responsvel, setores afins e com o SESMT.

Toda verificao de segurana possui um ciclo de procedimentos bsicos:

Verificao

De

Segurana

Para que a CIPA tenha uma atuao mais efetiva, sugere-se que mensalmente sejam realizadas inspees de segurana. Cada setor da Santa Casa de Misericrdia de Barra Mansa seria verificado por subcomisso da CIPA, com o objetivo de controlar as condies ambientais sanando riscos imediatos com a ajuda das Gerncias e do SESMT. Dessas comisses participam o cipeiro titular, o suplente da rea e o coordenador do setor.

6- INVESTIGAO E ANLISE DOS ACIDENTES

6.1. Acidente do Trabalho - Conceito Legal

Acidente do trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, mdico residente, bem como com o segurado especial no exerccio de suas atividades, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte, a perda ou reduo, temporria ou permanente, da capacidade para o trabalho.6.2. Acidente do Trabalho - Conceito Tcnico (Prevencionista)

uma ocorrncia no programada, inesperada ou no, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo til e/ou leses nos trabalhadores e/ou danos materiais.

6.3. A investigao das causas dos acidentes ocorridos

Tem por objetivo descobrir suas causas para que se possa, por meio da eliminao das mesmas, evitar sua repetio. Essa investigao envolve trs fases:

coleta de informaes;

diagnstico da ocorrncia;

proposta de medidas corretivas.6.4. Para buscar as causas que contriburam ao acidente importante:

conversar com o acidentado;

conversar com colegas do setor ou que presenciaram o acidente;

conversar com o coordenador do turno;

conversar com o servio mdico que atendeu o acidentado;

observar cuidadosamente o local onde ocorreu o acidente.

Coletadas as informaes, incluindo fatores que precederam e sucederam ao acidente, poderemos comparar os depoimentos, e apurar as causas reais e propor esforos para a eliminao das mesmas. Em resumo, as investigaes de acidente visam a apurar:

o que aconteceu;

como aconteceu;

por que aconteceu;

como poderia ter sido evitado o acontecido.

6.5. Fatores Determinantes dos Acidentes do Trabalho

Os acidentes de trabalho so decorrentes de uma multiplicidade de causas. Por isso, neste item, procuraremos demonstrar os diversos fatores que favorecem a sua ocorrncia. Esta multiplicidade exige uma anlise sria de fatores ambientais, humanos e materiais, a saber:

os fatores ambientais de riscos desencadeados em perodos diversos, gerando condies perigosas, insalubres e penosas;

os critrios de sade adotados pela pessoa e pela empresa;

os maus hbitos com relao proteo pessoal diante dos riscos;

o desconhecimento dos riscos de determinadas operaes;

o valor dado prpria vida;

o excesso de autoconfiana ou irresponsabilidade;

a organizao a presso para produzir;

o imediatismo e a ausncia de treinamento adequado.

6.6. Devemos ainda nos lembrar de que.

Os fatos no ocorrem por acaso, eles sempre fazem parte de um contexto e surgem a partir de processos a ele relacionados.

Todas as pessoas, em condies normais, possuem instintivamente o desejo de manter a sua integridade fsica e psquica, e, portanto, no desejam se acidentar.

H situaes de risco e que predispem ocorrncia de um acidente. Estas devem ser neutralizadas.

A preveno de acidentes necessita da colaborao de todos para o benefcio de cada um, dentro e fora do hospital.

A anatomia do acidente nem sempre de fcil estudo, pois no se resume nos fatos aparentes ou visveis, exigindo o levantamento de todos os fatores que precederam, at o ltimo que resultou no acidente. A situao muitas vezes complexa, envolve diversos itens ligados s instalaes, equipamentos, instrumentos, horrio de trabalho, etc ligados s aes negligentes dos trabalhadores ou a problemas pessoais de ordem emocional, de sade ou econmica. H necessidade de revelar todas essas causas, suas relaes e interdependncias.

7 - NOES DE LEGISLAO PREVIDENCIRIA

O decreto n 9032, de 29/04/95, regulamenta a Lei de Acidentes do Trabalho. A partir do seu artigo, trata das prestaes devidas ao acidentado, pela instituio previdenciria que hoje tem o monoplio do seguro de acidentes do trabalho.

Para que o trabalhador tenha direito a prestaes da Previdncia Social, necessrio que ele preencha determinadas condies, entre elas, a de ter contribudo, durante certo perodo, para o Instituto. Embora seja a Instituio Previdenciria que assegura prestaes ao acidentado, na hiptese de acidente de trabalho, tais prestaes impedem do dito perodo de carncia do Decreto 9032, de 29/04/1995.

7.1. Benefcios para o Trabalhador Urbano, Segurado da Previdncia Social

Auxlio-doena

Auxlio-acidente Abono anual

Salrio-maternidade Salrio-famlia Aposentadoria por tempo de contribuio Aposentadoria por idade Aposentadoria especial Aposentadoria por invalidez Penso por morte Auxlio-recluso Auxlio Doena por Acidente do trabalho

Reabilitao profissional Amparo Assistencial (LOAS)7.2. As Prestaes Relativas ao Acidente do Trabalho so Devidas ao empregado;

ao trabalhador avulso;

ao mdico-residente (Lei n 8.138 de 28/12/90);

ao segurado especial.

7.3. No so Devidas as Prestaes Relativas ao Acidente do Trabalho ao empregado domstico; ao contribuinte individual.

7.4. Consideram-se como Acidente do Trabalho doena profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social. doena do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente.

7.5. No so Consideradas como Doena do Trabalho a doena degenerativa;

a inerente ao grupo etrio;

a que no produza incapacidade laborativa;

a doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela se desenvolva salvo comprovao de que resultante de exposio ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

7.6. Equiparam-se Tambm ao Acidente do Trabalho o acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a morte do segurado, para reduo ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao;

o acidente sofrido no local e no horrio do trabalho em conseqncia de:- ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiros ou companheiros de trabalho;

- ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;

- ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiros ou de companheiro de trabalho;

- ato de pessoa privada do uso da razo;

desabamento, inundaes, incndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de fora maior;

a doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio de sua atividade;

o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horrio de trabalho:

- na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade da empresa;- na prestao espontnea de qualquer servio empresa para lhe evitar prejuzo ou proporcionar proveito; em viagem a servio da empresa, inclusive para estudo, financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitao da mo-de-obra,

independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do segurado;

no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela,

qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado.

7.7. Carncia: No exigida carncia, basta ser segurado da Previdncia Social.7.8. Comunicao do Acidente do Trabalho: A comunicao de acidente do trabalho dever ser feita pela empresa, ou na falta desta o prprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o mdico assistente ou qualquer autoridade pblica.7.9. Prazo para Comunicar o Acidente do Trabalho: At o primeiro dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato.7.10. Quando Deixa de ser Pago o Benefcio quando o segurado recupera a capacidade para o trabalho;

quando esse benefcio se transformar em aposentadoria por invalidez;

quando o segurado solicita e tem a concordncia da percia mdica do INSS;

quando o segurado volta voluntariamente ao trabalho.

7.11. Observao: Durante o benefcio de acidente do trabalho o empregado tem garantia da manuteno do contrato de trabalho at 12 meses aps a cessao do pagamento do benefcio.

7.12. Renda Mensal do Benefcio: O valor do auxlio doena acidentrio corresponde a 91% do salrio de benefcio. 7.13. Valor do Salrio-de-Benefcio: Para os inscritos at 28/11/99 - o salrio de benefcio corresponder mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio, corrigidos monetariamente, correspondentes a, no mnimo 80% (oitenta por cento) de todo perodo contributivo desde a competncia 07/94.

Para os inscritos a partir de 29/11/99 - o salrio de benefcio corresponder mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo.

7.14. Como Dever ser Comunicado o Acidente do Trabalho: Atravs do formulrio prprio de Comunicao de Acidente do Trabalho - CAT adquirido nas papelarias ou nas Agncias da Previdncia Social ou atravs da Internet (www.previdenciasocial.gov.br). Dever ser preenchido em 06 (seis) vias, com a seguinte destinao:

1 via - ao INSS; 2 via - empresa;

3 via - ao segurado ou dependente;

4 via - ao sindicato de classe do trabalhador;

5 via - ao Sistema nico de Sade-SUS;

6 via - Delegacia Regional do Trabalho. 7.15. Comunicao de Reabertura: As reaberturas devero ser comunicadas ao INSS pela empresa ou beneficirio, quando houver reincio de tratamento ou afastamento por agravamento de leso de acidente do trabalho ou doena ocupacional comunicado anteriormente ao INSS.Na CAT de reabertura devero constar as mesmas informaes da poca do acidente exceto quanto ao afastamento, ltimo dia trabalhado, atestado mdico e data da emisso, que sero relativos data da reabertura.

8 - REUNIO DA CIPA

Todos os membros da CIPA devem reunir-se uma vez por ms, obedecendo a um calendrio anual, pr-estabelecido em comum acordo na primeira reunio.

Estas reunies devem ocorrer em local apropriado, durante o expediente normal de trabalho, para que os problemas referentes aos acidentes sejam estudados em conjunto, pelos representantes dos empregados e do empregador. Caso seja necessrio, poder tambm a CIPA reunir-se em carter extraordinrio, obedecendo a convocao do Presidente desta comisso.

As reunies devem ser registradas em atas e cada participante receber uma cpia do documento.

Os problemas levantados pela CIPA sero discutidos em reunio e o presidente poder designar um cipeiro para fazer o acompanhamento, at sua soluo definitiva.

Caso o presidente da CIPA julgue necessrio, poder convocar responsveis pelos setores ou qualquer outra pessoa relacionada para eventuais explicaes do assunto em questo.

8.1. Sugesto de estrutura de uma reunio de CIPA

Ler a ata da ltima reunio. Retomar, se necessrio, algum contedo pendente.

Fazer a leitura das fichas de acidente, investigar causas e propor mudanas.

Enumerar tarefas a serem realizadas nesta reunio. Se forem muitas, selecionar as mais urgentes.

Realizar as tarefas, uma por vez, pela ordem de urgncia.

Estudar algum tema relativo preveno de acidentes, apresentado por um dos elementos do grupo.

Avaliar a reunio, considerando as decises tomadas e o desempenho de cada participante.

Lembrar ao final de cada reunio: o dia, o local e o horrio da prxima.

8.2. Atribuies dos membros da CIPA

8.2.1.Do Presidente:

convocar os membros para as reunies da CIPA;

coordenar as reunies da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decises da comisso;

manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;

coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;

delegar atribuies ao Vice-Presidente;

Algumas Sugestes ao Presidente Visando o Bom Funcionamento do Grupo: Dar oportunidade para que todos emitam suas opinies.

Pedir a quem fala se dirigir a todos os elementos do grupo.

Respeitar e considerar as opinies diferentes.

Encaminhar os trabalhos visando o interesse de todos.

Evitar grandes desvios do assunto e dos objetivos reais.

Resumir e organizar o que est sendo feito.

Respeitar o horrio.

Empenhar-se na obteno de recursos materiais que possam facilitar os trabalhos.

Incentivar a cooperao e no a competio

Coordenar a diviso de tarefas, responsabilizando as pessoas.

Fortalecer a qualidade das pessoas.

No tomar qualquer medida referente aos trabalhos do grupo, sem a participao deste.

8.2.2.Do Vice-Presidente:

executar atribuies que lhe forem delegadas;

substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporrios;

8.2.3. Do Presidente e do Vice-Presidente em conjunto

cuidar para que a CIPA disponha de condies necessrias para o desenvolvimento de seus trabalhos;

coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcanados; delegar atribuies aos membros da CIPA; promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver; divulgar as decises da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento; encaminhar os pedidos de reconsiderao das decises da CIPA; constituir a comisso eleitoral.

8.2.4. Do Secretrio:

acompanhar as reunies da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovao e assinatura dos membros presentes;

preparar as correspondncias; e

outras que lhe forem conferidas.

8.2.5. Dos Demais Membros da CIPA:

Colher as opinies dos colegas. Trazer informaes, queixas e sugestes que visem segurana do trabalho. Transmitir aos colegas informaes sobre o trabalho realizado durante as reunies. Orientar os colegas sobre as medidas de segurana que devem ser tomadas.8.3. Plano de Trabalho

A NR-5 refere-se, em vrios momentos, ao Plano de Trabalho da CIPA e sua importncia para o adequado funcionamento da Comisso.

Um plano tem como objetivo, prever e organizar as aes de um grupo.

Para que este Plano seja vlido, ele precisa responder a trs questes bsicas:

Como estamos?

O que pretendemos?

Como chegar l?

No caso especfico da CIPA, a primeira questo:

Como estamos? ser respondida a partir de um prvio levantamento de dados obtido pelo estudo das:

Atividades realizadas e das pendncias do Plano de Trabalho.

Concluses levantadas no ltimo Mapa de Riscos e das propostas sugeridas (as realizadas ou no).

Anlises dos ltimos acidentes e doenas ocorridos e das medidas sugeridas.

Com base neste material, a CIPA ter uma fotografia da situao real do hospital em termos de segurana.

O passo seguinte ser o estabelecimento dos objetivos e das metas, respondendo a segunda questo:

O que pretendemos? considerando-se que o objetivo da CIPA a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho com a preservao da vida e a promoo da sade do trabalhador, a Comisso estabelece metas intermedirias e define prioridades a serem atingidas, durante o seu mandato.

A terceira questo:

Como chegar l? Ser respondida pela programao de atividades que devero ser realizadas, sempre acompanhadas de previses e responsveis por suas execues.

A avaliao deve ser feita a cada reunio da CIPA. O Plano de Trabalho no fixo. Ele sofre alteraes medida que surgem novas situaes ou forem solucionados os problemas. A fim de facilitar o trabalho da CIPA, sugerimos um modelo de Plano de Trabalho.

Plano de Trabalho CIPA

Gesto ___________de 20 __ a ____________de 20 __

(ms) (ms)

Objetivos:

Adotar medidas de Uso de EPIs; Conscientizar gerncias; Realizar campanha de conscientizao; Outros.

Metas:

Reduzir em 100% o nmero de acidentes do trabalho ocorridos no ano anterior.

Data: _____/_____/_____ Presidente _____________________

MetasAtividades BsicasResponsveisPreviso

Reduo do nmero de acidentes fora do trabalho.Trabalhar este tema em DDSTcnico de segurana / EncarregadoImediato

Apresentar o resultado de cada Registro e apurao de eventoSESMT

CIPA30 dias

Outros-60 dias

9- SIPAT

9.1. Realizao da SIPAT

Uma das atribuies da SIPAT promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de Preveno de Acidentes.

Para tanto necessria a motivao dos funcionrios. Uma das formas de motivar os funcionrios a participar fazer com que os mesmos se sintam responsveis por ela, colaborando na sua preparao. O empregado pode sugerir e propor atividades pelas quais tenha interesse.

9.2. Algumas Sugestes a Serem Desenvolvidas Durante a SIPAT

Palestras ou conferncias

Concurso de frases e cartazes

Projeo de filmes ou slides sobre preveno de acidente

Redao de filhos de funcionrios

Visita de familiares a empresa

Gincana

Sorteio de brindes que abordam o tema preveno de acidentes

Atividades recreativas

Laboratrio de preveno de acidentes

Concurso de fotos

Peas teatrais

Concurso de msicas com temas relacionados preveno de acidentes

10- NOES DE COMBATE A INCNDIO

10.1. Conceito de Preveno a Incndio: Ato ou efeito de prevenir-se tomar cuidado ou cautela, buscando evitar o surgimento de um incndio e minimizar os seus danos atravs de medidas e cuidados como treinamento, e instalao de equipamentos de proteo e combate a incndio num determinado ambiente.

10.2. Conceito de Incndio: Fogo que surge com intensidade e fora de controle, destruindo vidas, patrimnio e o meio ambiente; causando danos, prejuzo ou calamidade pblica.

10.3. Conceito de Combate a Incndio: Ato ou ao para controlar, e dominar o fogo fora de controle, com objetivo de salvar vidas, patrimnio e proteger o meio ambiente; evitando danos e a calamidade pblica.

10.4. Conceito de Fogo: Tambm conhecido por combusto uma reao qumica de oxidao, auto-sustentvel, com liberao de luz, calor, fumaa e gases; resultante da transformao de uma energia por processo fsico e qumico.

Para efeito didtico, adota-se o triangulo do fogo para exemplificar e explicar a combusto, atribuindo-se, a cada face, um dos elementos essenciais da combusto.

10.5. Calor

Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformao de outra energia, atravs de processo fsico ou qumico a matria em movimento, isto , movimentao ou vibrao das molculas que compem a matria. As molculas esto constantemente em movimento. Quando um corpo aquecido, a velocidade das molculas aumenta e o calor (demonstrado pela vibrao da temperatura) tambm aumenta.

10.5.1. Os Efeitos do Calor

Eleva a temperatura;

Aumenta o volume;

Muda o estado fsico da matria;

Muda o estado qumico da matria.

10.5.2. Efeitos fisiolgicos do calor sobre o ser humano

O Calor a causa direta da queima e de outras formas de danos pessoais. Danos causados pelo calor incluem desidratao, insolao, fadiga e problemas para o aparelho respiratrio, alm de queimaduras, que nos casos mais graves (1, 2 e 3 graus) podem levar at a morte.

10.6. Combustvel

toda a substncia capaz de queimar e alimentar a combusto. o elemento que serve de campo de propagao ao fogo. Os combustveis podem ser slidos, lquidos ou gasosos.

10.7. Comburente

o elemento que possibilita vida s chamas e intensifica a combusto. O mais comum que o oxignio desempenhe esse papel. A atmosfera composta por 21% de oxignio, 78% de nitrognio e 1% de outros gases. Em ambiente com a composio normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e de maneira completa. Notam-se chamas. Contudo, a combusto consome o oxignio do ar num processo contnuo.

Quando a porcentagem do oxignio do ar do ambiente passa de 21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e no mais chamas. Quando o oxignio contido no ar do ambiente atinge concentrao menor que 8%, no h combusto.

10.8. Mtodos de Extino do Fogo

a forma mais simples de se extinguir um incndio. Baseia-se na retirada do material combustvel, ainda no atingido, da rea de propagao do fogo, interrompendo a alimentao da combusto. Mtodo tambm denominado corte ou remoo do suprimento do combustvel.

Ex.: fechamento de vlvula ou interrupo de vazamento de combustvel lquido ou gasoso, retirada de materiais combustveis do ambiente em chamas, realizao de aceiro, etc.

10.8.1. Resfriamento

o mtodo mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustvel que est queimando, diminuindo, conseqentemente, a liberao de gases ou vapores inflamveis. A gua o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza. A reduo da temperatura est ligada quantidade e forma de aplicao da gua (jato), de modo que ela absorva mais calor que o incndio capaz de produzir. intil o emprego de gua onde queimam combustveis com baixo ponto de combusto (menos de 20C), pois a gua resfria at a temperatura ambiente e o material continuar produzindo gases combustveis.

10.8.2. Abafamento

Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxignio com o material combustvel. No havendo comburente para reagir com o combustvel, no haver fogo. Como exceo, esto os materiais que tm oxignio em sua composio e queimam sem necessidade do oxignio do ar, como os perxidos orgnicos e o fsforo branco.

Conforme j vimos anteriormente, a diminuio do oxignio em contato com o combustvel vai tornando a combusto mais lenta, at a concentrao de oxignio chegar prximo de 8%, onde no haver mais combusto. Colocar uma tampa sobre o recipiente contendo lcool em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa, so duas experincias prticas que mostram que o fogo se apagar to logo se esgote o oxignio em contato com o combustvel.

Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor dgua, espumas, ps, gases especiais etc.

10.9. Classificao dos Incndios e Mtodos de Extino

Os incndios so classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situao em que se encontram. Essa classificao feita para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incndio especfico. Entendemos como agentes extintores todas as substncias capazes de eliminar um ou mais dos elementos essenciais do fogo, cessando a combusto.

10.9.1. Incndio Classe A

Incndio envolvendo combustveis slidos comuns, como papel, madeira, pano e borracha.

caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resduos e por queimar em razo do seu volume, isto , a queima se d na superfcie e em profundidade.

Mtodo de extino: Necessita de resfriamento para a sua extino, isto , do uso de gua ou solues que a contenham em grande porcentagem, a fim de reduzir a temperatura do material em combusto, abaixo do seu ponto de ignio.

O emprego de ps-qumicos ir apenas retardar a combusto, no agindo na queima em profundidade.

10.9.2. Incndio Classe B

Incndio envolvendo lquidos inflamveis, graxas e gases combustveis.

caracterizado por no deixar resduos e queimar apenas na superfcie exposta e no em profundidade.

Mtodo de extino: Necessita para a sua extino do abafamento.

No caso de lquido muito aquecido (ponto de ignio), necessrio resfriamento.

10.9.3. Incndio Classe C

Incndio envolvendo equipamentos energizados. caracterizado pelo risco de vida que oferece ao brigadista.

Mtodo de extino: Para a sua extino necessita de agente extintor que no conduza a corrente eltrica e utilize o princpio de abafamento ou da interrupo (quebra) da reao em cadeia.

Esta classe de incndio pode ser mudada para ``A, se for interrompido o fluxo eltrico. Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisor, por exemplo) que acumulam energia eltrica, pois estes continuam energizados mesmo aps a interrupo da corrente eltrica.

10.10. Extintor de Incndio

Extintores so recipientes metlicos que contm em seu interior agente extintor para o combate imediato e rpido a princpios de incndio. Podem ser portteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operao. Os extintores portteis tambm so conhecidos simplesmente por extintores e os extintores sobre rodas, por carretas.

Classificam-se conforme a classe de incndio a que se destinam: ``A, ``B, ``C e ``D. Para cada classe de incndio h um ou mais extintores adequados.

10.11. Agente Extintor

10.11.1. gua

o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua tambm por abafamento (dependendo da forma como aplicada, neblina, jato contnuo, etc). A gua o agente extintor mais empregado, em virtude do seu baixo custo e da facilidade de obteno. Em razo da existncia de sais minerais em sua composio qumica, a gua conduz eletricidade e seu usurio, em presena de materiais energizados, pode sofrer choque eltrico. Quando utilizada em combate a fogo em lquidos inflamveis, h o risco de ocorrer transbordamento do lquido que est queimando, aumentando, assim, a rea do incndio.

10.11.2. Gs Carbnico (CO2)

Tambm conhecido como dixido de carbono ou CO2, um gs mais denso (mais pesado) que o ar, sem cor, sem cheiro, no condutor de eletricidade e no venenoso (mas asfixiante). Age principalmente por abafamento, tendo, secundariamente, ao de resfriamento.

Por no deixar resduos nem ser corrosivo um agente extintor apropriado para combater incndios em equipamentos eltricos e eletrnicos sensveis (centrais telefnicas e computadores).

10.11.3. P Qumico Seco

Os ps-qumicos secos so substncias constitudas de bicarbonato de sdio, bicarbonato de potssio ou cloreto de potssio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de p sobre o fogo, extinguindo-o por quebra da reao em cadeia e por abafamento. O p deve receber um tratamento anti-higroscpico para no umedecer evitando assim a solidificao no interior do extintor.

10.12. Extintores Portteis

So aparelhos de fcil manuseio, destinados a combater princpios de incndio. Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interior (por exemplo: extintor de gua, porque contem gua em seu interior).

Os extintores podem ser:

- Extintor de gua:

Pressurizado.

- Extintor de P Qumico Seco:

Pressurizado.

- Extintor de Gs Carbnico.10.12.1. Manuteno

A manuteno comea com o exame peridico e completo dos extintores e termina com a correo dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficiente. realizada atravs de inspees, onde so verificados: localizao, acesso, visibilidade, rtulo de identificao, lacre e selo, peso, danos fsicos, obstruo no bico ou na mangueira, peas soltas ou quebradas e presso nos manmetros.

10.12.2. Inspees

- Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalizao (por amostragem)

- Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira est obstrudo. Observar a presso do manmetro (se houver), o lacre e o pino de segurana.

- Anuais: Verificar se no h dano fsico no extintor, avaria no pino de segurana e no lacre. Recarregar o extintor.

- Qinqenais: Fazer o teste hidrosttico, que a prova a que se submete o extintor a cada 5 anos ou toda vez que o aparelho sofre acidentes, tais como: batidas, exposio a temperaturas altas, ataques qumicos ou corroso. Deve ser efetuado por pessoal habilitado e com equipamento especializado. Neste teste, o aparelho submetido a uma presso de 2,5 vezes a presso de trabalho, isto , se a presso de trabalho de 14 kgf/cm2, a presso de prova ser de 35 kgf/ cm2. Este teste precedido por uma minuciosa observao do aparelho, para verificar a existncia de danos fsicos. Observaes

Acompanhamento

Registro

Implantao

Anlise de Risco

Definio

de Prioridades

Todo o extintor possui, em seu corpo, rtulo de identificao facilmente localizvel. O rtulo traz informaes sobre as classes de incndio para as quais o extintor indicado e instrues de uso.

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