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C OMISSÃO I NTERNA DE P REVENÇÃO DE A CIDENTES CIPEIRO: ________________________________________________________

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Page 1: Apostila Treinamento CIPA 2011 _ APICE FIBRATEC

C OMISSÃO I NTERNA DEP REVENÇÃO

DEA CIDENTES

CIPEIRO: ________________________________________________________

2011

Page 2: Apostila Treinamento CIPA 2011 _ APICE FIBRATEC

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................3

2. OBJETIVOS DO CURSO.................................................................................................................3

3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO....................................................................................................3

4. OBJETIVO DA CIPA........................................................................................................................4

5. ORGANIZAÇÃO DA CIPA..............................................................................................................4

7. CABE AOS EMPREGADOS:...........................................................................................................5

8. ATRIBUIÇÕES DOS CIPEIROS..................................................................................................5

9. ACIDENTE DE TRABALHO..........................................................................................................7

10. DOENÇAS DO TRABALHO.......................................................................................................8

11. INSPEÇÃO DE SEGURANÇA....................................................................................................9

12. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS /ACIDENTÁRIOS........................................................9

13. CAMPANHAS DE SEGURANÇA............................................................................................10

14. RISCOS AMBIENTAIS..............................................................................................................11

14.1. RISCOS FISICOS...............................................................................................................................1214.2. RISCOS QUÍMICOS...........................................................................................................................1214.3. RISCOS BIOLÓGICOS.................................................................................................................1314.4. RISCOS ERGONÔMICOS...........................................................................................................1314.5. RISCOS DE ACIDENTES............................................................................................................14

V. MEDIDAS DE CONTROLE........................................................................................................14

15. MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS..........................................................................................15

16. PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIOS.........................................................................17

FICHA DE CONTROLE DE EXTINTORES........................................................................................20

17. NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS..............................................................20

18. O SISTEMA IMUNOLÓGICO.................................................................................................33

19. ERGONOMIA.............................................................................................................................34

19.1. ORIENTAÇÃO POSTURAL NO TRABALHO........................................................................................34

POSTURA CORRETA.............................................................................................................................35

Alongamentos.............................................................................................................................................37

1. Introdução

RAPHAEL LUIZ BORBA – TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO FONE: (49) 8435-9528 E-MAIL: [email protected]

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Criada pelo Decreto-Lei 5.432, de 01/05/1943, com a finalidade de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, promovendo a preservação do principal bem da empresa, os colaboradores, deu-se inicio a CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, atualmente em vigor como NR-5 - Portaria 3.214/78, alterada pelas Portarias 33/83, 25/94 e 08/99.

O presente curso, tem como finalidade fornecer aos componentes da CIPA, conhecimentos básicos do estudo da norma regulamentadora NR-5, para aplicar os conhecimentos no procedimento da prevenção de acidentes, colaborando para com a empresa, bem como apresentar ao empregador as condições de risco no ambiente de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos.

2. Objetivos do Curso

Levar ao conhecimento do membro da CIPA as principais normas, instruções e rotinas sobre segurança e saúde do trabalho.

Definir competências relativas às atividades desenvolvidas pelo membro da CIPA.

Fixar diretrizes de atuação das CIPA’s.

Conhecer e identificar Riscos Ambientais.

3. Conteúdo Programático

Organização da CIPA - NR-5.A Segurança e a Saúde do Trabalhador.Acidentes e Doenças do Trabalho. Higiene do Trabalho e Medidas de Controle dos Riscos. Estudo do Ambiente e das Condições de Trabalho. Mapa de Riscos.Metodologia de Investigação e Análise de Acidentes.Equipamento de Proteção Individual - EPILegislação Trabalhista e Previdenciária relativa à Segurança e Saúde no Trabalho.Prevenção e Combate á Incêndio.Primeiros Socorros.Noções sobre a AIDS.

4. Objetivo da CIPA

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

Prevenção de Doenças e Acidentes de Trabalho, mediante o controle dos Riscos presentes:

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No ambiente;Nas condições; Na organização do trabalho.

5. ORGANIZAÇÃO DA CIPA

5.1. Devem organizar a CIPA

Empresas Privadas, Públicas, Sociedades de Economia Mista, Órgãos da Administração Direta e Indireta, Instituições Beneficentes, Associações Recreativas, Cooperativas e outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.

6. COMPOSIÇÃO (Representantes)

7. CABE AOS EMPREGADOS:

Participar da eleição de seus representantes;Colaborar com a gestão da cipa;Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho;Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

8. ATRIBUIÇÕES DOS CIPEIROS

O membro titular perderá o mandato, sendo substituído pelo suplente, quando faltar a mais de 4 reuniões ordinárias sem justificativa;

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EMPREGADOREMPREGADOR

INDICAÇÃOINDICAÇÃO

PresidenteMembrosSuplentes

PresidenteMembrosSuplentes

SECRETÁRIOSECRETÁRIO

TRABALHADORESTRABALHADORES

ELEIÇÃOELEIÇÃO

Vice-PresidenteMembrosSuplentes

Vice-PresidenteMembrosSuplentes

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No caso de afastamento definitivo do Presidente, o empregador indicará o substituto, em 2 dias úteis, preferencialmente entre seus membros;

No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares da representação dos empregados escolherão o substituto, entre seus titulares, em 2 dias úteis.

8.1. Os membros da CIPA têm as seguintes atribuições:

Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), onde houver.

Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho.

Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho.

Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.

Realizar, a cada reunião (mensal), avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas.

Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho.

Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores.

Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores.

Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO (NR-7) e PPRA (NR-9) e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho.

Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho.

Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados.

Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores.

Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas.

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Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT.

Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS (e de combate ao tabagismo).

8.2. Cabe ao Presidente da CIPA:

Convocar os membros para as reuniões da cipa;

Cordenar as reuniões da cipa encaminhando ao empregador e ao sesmt, quando houver, as decisões da comissão;

Manter o empregador informado sobre os trabalhos da cipa;

Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;

Delegar atribuições ao vice-presidente.

8.3. O Presidente e o Vice - Presidente da CIPA terão como atribuição:

Acompanhar as reuniões da cipa, e seus trabalhos;

Coordenar e supervisionar as atividades da cipa, zelando para que os objetivos propostos sejam alcançados;

Delegar atribuições aos membros da cipa;

Promover o relacionamento da cipa com o sesmt, quando houver;

Divulgar as decisões da cipa a todos os trabalhadores do estabelecimento;

Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da cipa; constituir a comissão eleitoral.

8.4. O Secretário da CIPA terá por atribuição:

Acompanhar as reuniões da cipa, e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura dos membros presentes;

Preparar correspondências;

Outras que lhe forem conferidas.

8.5. Funcionamento

A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido;As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa;As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes;As reuniões extraordinárias serão realizadas quando houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas de emergência, quando ocorrer acidente grave ou fatal ou quando houver solicitação expressa de uma das representações.

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9. ACIDENTE DE TRABALHO

9.1. Conceito Legal

Pelo exercício do Trabalho.A serviço da Empresa.

PROVOCANDO

Lesão Corporal Perturbação Funcional Redução da Capacidade; e/ou Morte

9.2. Conceito Prevencionista Toda ocorrência não programada que resulta em:

Perda de tempo.Danos materiais / econômicos.Danos físicos ou funcionais.

9.3. Caracterização do Acidente de Trabalho

Ocorrência

No local e horário de trabalho, em decorrência de:

Ato de Terceiros;Ato de sabotagem ou terrorismo;Ato de pessoa privada do uso da razão;Ofensa física;Situação de Força Maior (Catástrofe).

Fora do local e horário de trabalho, em decorrência de:

Acidente de trajeto;Execução de serviço sob ordem;Viagem;Prestação espontânea de serviço.

9.4. Causas de Acidente do Trabalho

ATOS INSEGUROSRelacionados com falhas humanas

CONDIÇÕES INSEGURASRelacionadas com as condições de trabalho

9.5. Etapas da Investigação

Coletar os fatos, descrevendo o ocorrido;

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Temporáriaou

Permanente

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Analisar o acidente, identificando suas causas;

Definir as medidas preventivas, acompanhando sua execução.

9.6. Comunicação de Acidente do Trabalho

De acordo com a legislação, todo acidente do trabalho deve ser imediatamente comunicado à empresa pelo acidentado ou por qualquer pessoa que dele tiver conhecimento.

Em caso de morte, é obrigatória a comunicação à autoridade policial.A empresa por sua vez, deve comunicar o acidente do trabalho à Previdência

Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.

10. DOENÇAS DO TRABALHO

São as adquiridas ou desencadeadas em função de:

Condições especiais em que é realizado o trabalho e que com ele se relacione diretamente.

Exemplo: Surdez, Varizes.

São causadas por Agentes:

FÍSICOSQUÍMICOSBIOLÓGICOSERGONÔMICOS

Específicos de determinadas funções.

Exemplo: Saturnismo, Silicose, Asbestose, Pneumoconiose, Tenossinovite.

11. Inspeção de Segurança

É a parte do controle de riscos que consiste em efetuar vistorias nas áreas e meios de trabalho, com o objetivo de descobrir e corrigir situações que comprometam a segurança dos trabalhadores.

Uma inspeção para ser bem aproveitada precisa ser planejada, e o primeiro passo é definir o que se pretende com a inspeção e como fazê-la.

11.1. Tipos de Inspeção

Inspeção geral: Realizada quando se quer ter uma visão panorâmica de todos os setores da empresa. Pode ser realizada no início do mandato da CIPA.

Inspeção parcial: Realizada onde já se sabe da existência de problemas, seja por queixas dos trabalhadores ou ocorrência de doenças e acidentes do trabalho. Deve ser uma inspeção mais detalhada e criteriosa.

Inspeção específica: É uma inspeção em que se procura identificar problemas ou riscos determinados. Como exemplo podemos citar o manuseio de produtos químicos, postura de trabalho, esforço físico, etc.

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11.2. Etapas da Inspeção

Observação do ambiente e dos meios de trabalho;

Coleta de informações;

Registro de dados e elaboração do relatório;

Apresentação nas reuniões da CIPA;

Encaminhamento do relatório através do Presidente da CIPA;

Acompanhamento da implantação das medidas recomendadas.

12. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS /ACIDENTÁRIOS

O segurado da Previdência Social tem direito a vários benefícios quando ocorre acidente do trabalho que resulte incapacidade temporária, permanente ou, no caso de morte acidentaria, benefícios para os dependentes.

12.1. Auxilio-Doença Acidentária:

O segurado da previdência terá direito a este auxílio a partir do décimo sexto dia seguinte ao do afastamento. o dia do acidente, bem como os 15 dias subsequentes de afastamento, serão pagos pela empresa, correspondente a 91% do salário de contribuição do empregado, vigente no dia do acidente.

12.2. Aposentadoria por Invalidez Acidentária:

Devida ao acidentado que está definitivamente incapacitado para o trabalho. o valor mensal da aposentadoria corresponde ao salário de contribuição do segurado, vigente no dia do acidente.

12.3. Pensão por Morte Acidentária:

Devida aos dependentes do segurado falecido em decorrência de acidente, a contar da data do óbito. O valor mensal é igual ao salário de contribuição, vigente no dia do acidente.

12.4. Auxilio-Acidente:

Devido ao acidentado quando o mesmo não tem mais condições de trabalhar na mesma função. o valor será de 50% do valor da aposentadoria por invalidez acidentária.

12.5. SAT: Seguro Acidente do Trabalho

12.5.1. Custeio:

É atendido pelas contribuições previdenciárias a cargo do segurando, da empresa e da união. o encargo das empresas (ou das entidades) varia em função dos

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riscos, que são classificados em leves (1%), médios (2%), e graves (3%), percentuais que incidem sobre o total da folha de pagamento.

13. Campanhas de Segurança

Campanhas de segurança são eventos voltados para a educação e sensibilização dos funcionários, transmitindo conhecimentos sobre segurança e saúde no trabalho.

Os eventos mais comuns e que envolvem a CIPA são:

Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;

Campanha Interna de Prevenção da AIDS - CIPAS;

Antitabagismo - cabe também à CIPA, recomendar que em todos os locais de trabalhos e adotem medidas restritivas ao hábito de fumar.

14. RISCOS AMBIENTAIS

São agentes presentes nos ambientes de trabalho, capazes de afetar o trabalhador a curto, médio e longo prazo, provocando acidentes com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se equiparam a acidentes do trabalho.

I. Riscos Ambientais - Atribuições

Uma das atribuições da CIPA é a de identificar e relatar os riscos existentes nos setores e processos de trabalho. Para isso é necessário que se conheça os riscos que podem existir nesses setores, solicitando medidas para que os mesmos possam ser eliminados e/ou neutralizados.

Identificados esses riscos, os mesmos deverão ser transcritos no Mapa de Riscos.

II. Riscos Ambientais - Classificação

RISCOS FÍSICOS

RISCOS QUÍMICOS

RISCOS BIOLÓGICOS

RISCOS ERGONÔMICOS

RISCOS DE ACIDENTES

III. FATORES QUE INFLUENCIAM

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IV.VIAS DE PENETRAÇÃO

CUTÂNEADIGESTIVARESPIRATÓRIA

14.1. Riscos Fisicos

14.1.1. Ruído

Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, problemas do aparelho digestivo, taquicardia, perigo de infarto.

14.1.2. Vibrações

Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles.

14.1.3. Calor

Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, internação, prostração térmica, choque térmico, fadiga térmica, perturbação das funções digestivas, hipertensão etc.

14.1.4. Frio

Doenças do aparelho respiratório, diminuição do pulso arterial, quadro de hipotermia - inibição das atividades dos mecanismos termo controladores do sistema nervoso central, evoluindo para sonolência e coma.

14.1.5. Radiação Não-Ionizante

Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em outros órgãos.

14.1.6. Radiação ionizante

Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidente do trabalho.

14.1.7. Umidade

Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças da pele, doenças circulatórias.

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TEMPODE

EXPOSIÇÃO

CONCENTRAÇÃOINTENSIDADENATUREZA DO RISCO

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SENSIBILIDADE INDIVIDUAL

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14.1.8. Pressões anormais

Riscos da compressão: ruptura do tímpano, irritação dos pulmões, efeito narcótico do nitrogênio.

Riscos da descompressão: ruptura de alvéolos pulmonares, dores nas juntas, suores frios, palidez, ruptura do tímpano, dificuldades de comunicação, obstrução e ruptura dos vasos sanguíneos e dores abdominais.

14.2. Riscos Químicos

14.2.1. Poeiras

14.2.2. Fumos Metálicos

Intoxicação específica de acordo com o metal, febre dos fumos metálicos, doença pulmonar obstrutiva.

14.2.3. Névoas, Neblinas, Gases e Vapores

Irritantes: irritação das vias aéreas superiores. Ac. Clorídrico, Soda Cáustica, Ac. Sulfúrico etc.

Asfixiantes: dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte. Ex.: Hidrogênio, Nitrogênio, Hélio, Acetileno, Metano, Dióxido de Carbono, Monóxido de Carbono etc.

Anestésicos : ação depressiva sobre o sistema nervoso, danos aos diversos órgãos, ao sistema formador do sangue. Ex.: Butano, Propano, Aldeídos, Cetonas, Cloreto de Carbono, Tricloroetileno, Benzeno, Tolueno, Álcoois, Percloroetileno, Xileno etc.

14.2.4. Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral

14.3. RISCOS BIOLÓGICOS

14.3.1. Vírus

Hepatite, poliomielite, herpes, varíola, febre amarela, raiva (hidrofobia), rubéola, AIDS, dengue, meningite.

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MineraisVegetaisAlcalinasIncômodas

Silicose, asbestoseBissinose, bagaçoseEnfizema pulmonarPotencializa nocividade

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14.3.2. Bactérias/Bacilos

Hanseníase, tuberculose, tétano, febre tifóide, pneumonia, difteria, cólera, leptospirose, disenterias.

14.3.3. Protozoários

Malária, mal de chagas, toxoplasmose, disenterias.

14.3.4. Fungos

Alergias, micoses.

14.4. RISCOS ERGONÔMICOS

14.5. RISCOS DE ACIDENTES

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Esforço físico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigência de postura inadequada

Controle rígido de produtividade

Imposição de ritmos excessivos

Trabalho em turno ou noturno

Jornada prolongada de trabalho

Monotonia e repetitividade

Outras situações causadoras de “stress”físico e/ou psíquico

De um modo geral, devendo haver uma análise mais detalhada, caso a caso, tais riscos podem causar:

Cansaço, dores musculares, fraquezas, doenças como hipertensão arterial, úlceras, doenças nervosas, agravamento do diabetes, alterações do sono, da libido, da vida social com reflexos na saúde e no comportamento, acidentes, problemas na coluna vertebral, taquicardia, cardiopatia (angina, infarto), agravamento da asma, tensão, ansiedade, medo, comportamentos estereotipados.

Arranjo físico inadequado

Máquinas e equipamentos sem proteção

Ferramentas inadequadas ou defeituosas

Iluminação inadequada

Eletricidade

Probabilidade de incêndio ou explosão

Armazenamento inadequado

Animais peçonhentos

Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes

Acidentes, desgaste físico

Acidentes gravesAcidentes com repercussão nos membros superioresAcidentes

Acidentes graves

Acidentes graves

Acidentes graves

Acidentes gravesAcidentes e doenças profissionais

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V. MEDIDAS DE CONTROLE

a) Técnica

Equipamentos de proteção coletiva (EPC’s);Equipamentos de proteção individual (EPI’s)

b) MédicaExames admissional;Exame periódico;Exame de mudança de função;Exame de retorno ao trabalho;Exame demissional.

c) AdministrativaOrganização do trabalho.

d) EducativaTreinamentos.

15. MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS

O Mapa de Riscos é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos setores de trabalho, por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos.

O Mapa de Riscos deve ser refeito a cada gestão da CIPA.

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EPC

AMBIENTE

Elimina/neutraliza/sinaliza

O RISCO

EPI

HOMEM

Evita ou diminui

A LESÃO

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15.1. Mapeamento de Riscos

15.1.1. Objetivos

Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação;

Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os funcionários.

15.1.2. Etapas de Elaboração

Conhecer o processo de trabalho no local analisado;

Identificar os riscos existentes no local analisado;

Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;

Identificar os indicadores de saúde;

Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o lay-out da empresa, indicando através de círculos, colocando em seu interior o risco levantado (cor), agente especificado e número de trabalhadores expostos;

Afixar o mapa de riscos ambientais para conhecimento dos trabalhadores;

Propor medidas corretivas.

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15.1.3. Quem elabora?

CIPA (*)

TRABALHADORES de todos os setores do estabelecimento (*)

(*) Com colaboração do SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

15.1.4. O significado

COR = TIPO DO RISCO

VERDE FísicosVERMELHO QuímicosMARROM BiológicosAMARELO ErgonômicosAZUL de Acidentes

16. Prevenção e Combate à Incêndios

16.1. Como evitar um incêndioO primeiro passo para se prevenir um incêndio, é prevenir que surja o fogo.As substâncias que tem a propriedade de pegar fogo e queimar, são chamadas de

combustíveis. Existem 3 tipos de combustíveis: sólidos, líquidos e gasosos.Além dos combustíveis, para que haja fogo, também é necessário uma fonte de

calor, que em alguns casos, até o calor do sol é suficiente para combustão.Todo fogo é alimentado pelo oxigênio, portanto completando o triângulo do

fogo, existe o comburente.Eliminando-se qualquer um desses elementos, não haverá fogo.

16.2. Recomendações para se evitar o fogoArmazenagem adequada de materiais combustíveis e inflamáveis;Cuidados com instalações elétricas;Instalação de pára-raios;Manter ordem e limpeza;

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IMPORTANTEImprescindível a participação dos TRABALHADORES devido ao:

• CONHECIMENTO DA ÁREA• ENVOLVIMENTO COM OS RISCOS

CÍRCULO = GRAU DE INTENSIDADE

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Cuidado com fumantes;Riscos de faíscas e fagulhas.

16.3. Classes de FogoCLASSE “A”: São materiais de fácil combustão, queimam tanto na superfície como em profundidade, deixando resíduos. Ex.: madeira, papel, etc.CLASSE “B”: São os produtos que queimam somente na superfície. Ex.: gasolina, óleos, graxas, etc.CLASSE “C”: Ocorre em equipamentos elétricos energizados. Ex.: motores, quadros de distribuição, etc.CLASSE “D”: Ocorre em materiais pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio, etc.

16.4. Tipos de Extintores

Dióxido de Carbono, mais conhecido como CO2, usado preferencialmente nos incêndios classe “B” e “C”.Pó Químico Sêco, usado nos incêndios classe “B” e “C”. Em materiais pirofóricos (classe “D”), será utilizado um pó químico especial.Água Pressurizada, usado principalmente em incêndios de classe “A”. Em incêndios de classe “C”, só deve ser utilizado sob forma de neblina. Nunca utilizar este tipo de extintor em incêndios de classe “B”.

16.4.1. Inspeção de Extintores

Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção, devendo ser inspecionado no mínimo 1 vez por mês, sendo observado seu aspecto externo, os lacres, manômetros e se os bicos e válvulas de alívio não estão entupidos.

Cada extintor deverá ter em seu bojo, uma etiqueta contendo data de carga, teste hidrostático e número de identificação.

16.4.2. Localização e Sinalização dos Extintores

Os extintores deverão ser instalados em locais de fácil acesso e visualização;Os locais destinados aos extintores devem ser sinalizados por um círculo vermelho ou uma seta larga vermelha com bordas amarelas;Embaixo do extintor, no piso, deverá ser pintada uma área de no mínimo 1m x 1m, não podendo ser obstruída de forma nenhuma;Sua parte superior não poderá estar a mais de 1,60 m acima do piso;Extintores não poderão estar instalados em paredes de escadas e não poderão ser encobertos por pilhas de materiais.

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EMPRESA

FICHA DE CONTROLE DE EXTINTORES

MARCA: TIPO: EXTINTOR N.º

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ATIVO FIXO: LOCAL: ABNT N.º

HISTÓRICO Código e reparos

Data Recebido Inspecionado Reparado Instrução Incêndio1. Substituição de Gatilho2. Substituição de Difusor3. Mangote4. Válvula de Segurança5. Válvula Completa6. Válvula Cilindro Adicional7. Pintura8. Manômetro9. Teste Hidrostático10. Recarregado11. Usado em Incêndio12. Usado em Instrução13. Diversos

CONTROLE DE EXTINTORES

FICHA DE CONTROLE DE INSPEÇÃO INDIVIDUALEXTINTOR Nº: MARCA: TIPO:Data Situação OK Inspecionado Por Data Situação OK Inspecionado Por___/20___ ( )Sim ( )Não ___/20___ ( )Sim ( )Não___/20___ ( )Sim ( )Não ___/20___ ( )Sim ( )Não___/20___ ( )Sim ( )Não ___/20___ ( )Sim ( )Não___/20___ ( )Sim ( )Não ___/20___ ( )Sim ( )Não___/20___ ( )Sim ( )Não ___/20___ ( )Sim ( )Não___/20___ ( )Sim ( )Não ___/20___ ( )Sim ( )Não

Esta ficha só poderá ser substituída quando se efetuar a recarga deste extintor.

17. NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS

17.1. A IMPORTÂNCIA DO APRENDIZADO DE PRIMEIROS SOCORROS

Acidentes acontecem e a todo o momento estamos expostos a inúmeras situações de risco que poderiam ser evitadas se, no momento do acidente, a primeira pessoa a ter contato com o paciente soubesse proceder corretamente na aplicação dos primeiros socorros.

Muitas vezes esse socorro é decisivo para o futuro e a sobrevivência da vítima.

17.2. OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

 Baseia-se nos três ERRES:

RAPIDEZ NO ATENDIMENTO

RECONHECIMENTO DAS LESÕES

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REPARAÇÃO DAS LESÕES

17.3. RECOMENDAÇÕES AOS SOCORRISTAS

Procure sempre conhecer a história do acidente;Peça ou mande pedir um resgate especializado enquanto você realiza os procedimentos básicos;Sinalize e isole o local do acidente;Durante o atendimento utilize, de preferência, luvas e calçados impermeáveis.

17.4. O SUPORTE BÁSICO DA VIDA A - O controle das vias aéreasB - O controle da ventilaçãoC - A restauração da circulação

Em algumas situações as vias aéreas podem ficar obstruídas por sangue, vômitos, corpos estranhos (pedaços de dente, próteses dentárias, terra) ou pela queda da língua para trás, como acontece nos casos de convulsões e inconsciência.

Em crianças sãos comuns obstruções por balas, contas e moedas.

A - O Controle das Vias Aéreas

Desobstruir as vias aéreas, removendo corpos estranhos.

Coloque a pessoa deitada de lado, com a cabeça e o pescoço no mesmo plano do corpo da vítima e, com o dedo polegar abra a boca, tracionando o queixo. Ao mesmo tempo, introduza o dedo indicador na boca do paciente, retirando, com rapidez, o material que esteja obstruindo.Obs.: Para a desobstrução das vias aéreas em crianças muito pequenas:

Pendure-a de cabeça para baixo e bata com as mãos espalmadas nas costas entre os omoplatas.

Para a desobstrução de crianças maiores:

Deite-a sobre os seus joelhos, com o tronco e a cabeça pendentes e bata com as mãos espalmadas entre os omoplatas.

Facilitar a entrada de ar nos pulmões:

Após a desobstrução das vias aéreas, centralize a cabeça da vítima e incline a cabeça para trás, fazendo tração na mandíbula com uma das mãos e segurando a testa com a outra mão.

B - O Controle da Ventilação

É empregado para restabelecer a respiração natural, caso esta tenha cessado (parada respiratória) ou em caso de asfixia.

 O sinal indicativo da parada respiratória é a paralisação dos movimentos do diafragma (músculo que realiza os movimentos do tórax e abdome). 

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Os sinais mais comuns de asfixia são:Respiração rápida e ofegante ou ruidosa;Dedos e lábios azulados;Alterações do nível de consciência;Agitação;Convulsões;

Para o pronto restabelecimento da respiração natural devemos iniciar rapidamente a respiração boca-a-boca ou boca nariz.

RESPIRAÇÃO BOCA-BOCA Antes de aplicar a respiração boca-a-boca verifique se há

obstrução das vias aéreas e proceda à desobstrução e aplique as manobras para facilitar a ventilação,

Com a cabeça da vítima posicionada corretamente:1. Aperte as narinas do socorrido de modo a impedir a

saída do ar 2. Inspire profundamente 3. Coloque sua boca sobre a boca do socorrido 4. Sopre dentro da boca do socorrido não deixando

escapar o ar, e, ao mesmo tempo, 5. Afaste-se e inspire novamente 6. Repita a operação Obs.: - Em caso de parada respiratória em crianças pequenas, coloque a boca

sobre o nariz e a boca do socorrido.

C - A Restauração da Circulação

 Em algumas situações você poderá se deparar com casos em que o coração da vítima deixou de pulsar, porém, com possibilidade de restabelecimento, como por exemplo, nos casos de:

Choques elétricos;Asfixia;Afogamento;Infarto do miocárdio;Arritmias cardíacas.

Nesses casos, a forma mais correta de se diagnosticar a parada cardíaca será a VERIFICAÇÃO DO PULSO DA ARTÉRIA CARÓTIDA, colocando-se as duas polpas digitais (do segundo e terceiro dedos) sob o ângulo da mandíbula com o pescoço. Não havendo pulso dê início às manobras de ressuscitação cárdio-pulmonar.

Massagem Cardíaca Por Compressão Externa do Tórax

O socorrido deverá estar deitado de costas sobre uma superfície lisa, plana e num nível bem abaixo do seuProceda a todas as manobras de desobstrução das vias aéreas e ventilação adequadaLocalize o osso esterno que fica no meio do tórax

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Coloque uma das mãos espalmadas sobre a metade inferior desse ossoColoque a palma da outra mão sobre o dorso da mão espalmadaEntrelace os dedos das duas mãos, puxando-os para trásConserve seus braços esticadosComprima o tórax do socorrido, aplicando a força de seu peso

Obs.: Caso o socorrido seja criança recém nascida, comprima o tórax com apenas um dedo (polegar). Utilize apenas a força deste dedo para comprimir o tórax. Se criança maior, utilize dois dedos para a compressão. Procedimento das manobras de ressuscitação cárdio-pulmonar:

Se houver apenas um socorrista:15 massagens para 02 ventilaçõesSe houver dois socorristas:05 massagens para 01 ventilação

 Quando poderemos interromper as manobras?

 Após 30 minutos, com a certeza de terem sido realizadas as manobras adequadas sem o retorno da circulação (sem o pulso da artéria carótida).

17.5. FRATURAS

Fratura é a quebra de um osso. Pode ser completa (quando separa partes ósseas) ou incompleta (fissura). 

Classificação de fraturas:

Fechadas: quando não há solução de continuidade entre a pele e o osso fraturado.

Abertas: quando existe um ferimento no local da fratura, porém o osso não se expõe.

Expostas: quando existe uma abertura na pele, por onde se expõe parte do osso fraturado.

Como diagnosticar uma fratura:

A inchação a deformidade e a dor são os sintomas mais comuns.Para melhor avaliação estimule o socorrido a mobilizar o membro afetado.

Perda de sangue em fraturas

As vítimas que apresentarem sinais de fratura do fêmur e fraturas múltiplas na bacia devem ser levadas ao hospital imediatamente pois essas fraturas costumam sangrar muito.

Ao sofrer uma fratura do fêmur, a vítima poderá perder até 1,5 litros de sangue. Já se apresentar fraturas múltiplas da bacia este mesmo paciente poderá perder até 3 litros de sangue.

Como prestar socorro Imobilize o local de modo a impedir que o osso fraturado se mexa e danifique as

partes moles. A imobilização costuma reduzir a dor.

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Não tente de forma alguma colocar o osso no lugar. Se houver ferimento na pele, lave com água e sabão e coloque uma compressa de gaze cobrindo a região afetada, antes de imobilizar.

17.6. TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR OU TRAUMATISMO DA COLUNA (ESPINHA) 

A lesão (traumatismo) da coluna vertebral tem que ser presumida em TODOS os casos de trauma.

As quedas de altura, durante um mergulho, após acidentes de carro ou atropelamentos podem levar ao traumatismo da coluna vertebral. Diagnóstico Presumido

Se o acidentado estiver lúcido, questione se está sentindo os membros. Solicite que movimente as pernas e os braços.

No traumatismo da coluna costuma haver perda da sensibilidade e do tato e a perda da mobilidade dos membros.

O acidentado deve ser colocado em uma superfície lisa e plana, com a cabeça centrada e os membros alinhados paralelamente ao corpo. 

Não tente levantar ou remover o acidentado. Chame o socorro especializado, pois o transporte errado do paciente poderá causar danos irreversíveis para o mesmo.

17.7. TRANSPORTE DE ACIDENTADOS O transporte da vítima é de extrema importância e pode ser

decisivo para a sua sobrevivência.Antes de transportá-la verifique SEMPRE:

Se está respirandoSe há hemorragiaSe há fraturasSe existe traumatismo da coluna

Para a mobilização do acidentado são necessárias três pessoas agindo simultaneamente.

A primeira segura com firmeza a cabeça e o pescoço da vítima, para evitar que dobre opescoço;A segunda apóia a região da bacia;A terceira segura pelos pés, evitando dobrar as pernas da vítima;Com um movimento simultâneo esincronizado retiram a vítima do chãoe a colocam em uma superfície plana e firme, imobilizando o pescoço, os braços e as pernas, antes do transporte.

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17.8. AFOGAMENTO Ao presenciar um afogamento, evite abordar diretamente a vítima. Procure

arremessar um objeto flutuante para que ela se agarre e retire-a rapidamente da água.

Cuidados com o Afogado

Limpe a boca da vítima de afogamento, procurando desobstruir as vias aéreas;Observe se está respirando;Caso contrário inicie imediatamente a respiração boca-a-boca;Em caso de vômitos vire a cabeça do afogado para o lado a fim de evitar sufocamento;Todo o afogado deverá ser encaminhado ao hospital para avaliação, qualquer que seja a gravidade, pois existem casos em que a vítima vem a falecer até quatro dias após, devido a infecção pulmonar ocasionada pela aspiração da água contaminada.

17.9. CHOQUE ELÉTRICO  Nunca toque na vítima até que ela seja separada da corrente elétrica, ou que esta seja interrompida.

Se a corrente não puder ser desligada, coloque-se sobre um pedaço de madeira e afaste a vítima com uma vara de madeira ou bambu.

 Conseqüências Mais Comuns nos Casos de Eletrocussão

(Choque Elétrico)

Queimaduras - As queimaduras por corrente elétrica se propagam em ondas, o que acarreta a continuidade das lesões, podendo atingir planos mais profundos da pele mesmo após a separação da vítima da corrente elétrica.

Arritmias Cardíacas (ritmo irregular dos batimentos cardíacos) - Costumam ser a causa mais comum de morte por choque elétrico e podem levar à parada cárdio-respiratória.

Convulsões

Cuidados com a Vítima

Verifique a respiração e o pulso;Se não houver respiração e pulso, inicie imediatamente as manobras de ressuscitação cárdio-respiratórias;Trate as queimaduras produzidas pela corrente elétrica;Transporte a vítima para o hospital imediatamente.

17.10. CONVULSÃO EPILÉPTICA 

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Durante a crise convulsiva, o doente costuma apresentar fortes abalos musculares e contrações da mandíbula, o que pode acarretar ferimentos na cabeça e cortes profundos na língua. Cuidados com o Doente 

Proteja a cabeça do doente e afaste qualquer objeto que possa machucá-lo;Retire qualquer material da boca que possa causar obstrução das vias aéreas

não, sem antes colocar um pano ou gaze enrolados para evitar que morda a língua ou quebre os dentes;

Afrouxe as roupas;Não dê água ou qualquer medicamento durante, ou logo após a crise;Espere que ele volte a si naturalmente.

17.11. CONVULSÃO FEBRIL A convulsão febril ocorre geralmente em crianças com febre elevada.

 Cuidados com o Doente

Nunca agasalhe a criança;Coloque-a em uma banheira com água tépida (quase fria) durante cerca de 5 minutos, com o corpo submerso.

17.12. INFARTO DO MIOCÁRDIO  Infarto do miocárdio é a necrose (morte) de uma determinada área do músculo cardíaco (do coração) e é devido à obstrução (entupimento) das artérias que nutrem o coração - as coronárias.

A causa mais comum do infarto do miocárdio é a aterosclerose, que consiste na formação de placas de gordura obstruindo as artérias coronárias.

Sintomas do Infarto do Miocárdio 

O principal é a dor no peito, que pode ou não, se irradiar para a mandíbula, para as costas, para os braços ou para a região do estômago;A dor costuma ser muito intensa e prolongada;Os idosos e diabéticos podem não apresentar dor;Suor intenso;Palidez;Náuseas e vômitos;Arritmias cardíacas - ritmo irregular dos batimentos cardíacos;Morte súbita - em um terço dos casos de infarto, a morte súbita é a primeira manifestação. Deve-se comumente a arritmias cardíacas graves que levam a parada do coração.

 Conduta frente a um Paciente com Infarto do Miocárdio

Afrouxe as roupas do doente;

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Procure evitar que faça esforços (impedindo-o inclusive de caminhar);Na dúvida ou suspeita, leve-o imediatamente ao hospital, pois o quanto antes você agir, estará evitando a morte do músculo cardíaco do doente e, consequentemente, prolongando a vida do mesmo.No infarto do miocárdio TEMPO É FUNDAMENTAL, pois com o socorro rápido e competente, possibilitará o início precoce do tratamento de desobstrução das artérias coronárias.

17.13. QUEIMADURAS 

São lesões decorrentes da ação do calor sobre o organismo.75% das queimaduras ocorrem no lar, com crianças e pessoas idosas por

descuido na manipulação de líquidos superaquecidos.

Causas Mais Comuns por Ordem de Freqüência 

Líquidos superaquecidos;Exposição direta às chamas;Químicas;Objetos superaquecidos;Elétricas.

Classificação por Intensidade

1. Primeiro grau: atingem somente a camada superficial da pele cararacterizam-se por vermelhidão e ardência;

2. Segundo grau: atingem camadas mais profundas da pele e do tecido subcutâneo têm aparência de molhadas, avermelhadas, produzem bolhas (que não devem ser perfuradas) e dor intensa;

3. Terceiro grau: provocam destruição profunda de toda a pele, terminações nervosas ou, até mesmo, de camadas musculares. Por destruírem as terminações nervosas não produzem dor

Conduta frente ao Doente Queimado

Nunca use gelo, substâncias gordurosas (manteiga ou óleo), pasta de dentes, borra de café etc;Lave a queimadura em água corrente por um tempo bastante prolongadoMantenha o membro queimado submerso em água fria;Não toque no queimado sem antes lavar as mãos para não contaminar a queimadura;Antes de cobrir a queimadura com atadura, coloque vaselina esterilizada;Encaminhe o queimado a um hospital.

Queimaduras das Vias Aéreas

São consideradas muito graves porque têm evolução rápida e podem levar à morte por asfixia.

Os sinais indicativos de queimaduras nessa área são:

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Queimadura na faceChamuscamento dos cíliosDepósito de fuligem no nariz e na bocaHistória de confinamento no local do incêndioHistória de explosão

Face a gravidade deste tipo de queimadura, você deverá encaminhar o queimado o mais rápido possível a um hospital.

Queimadura Química

A gravidade da queimadura por produtos químicos é proporcional à duração da exposição à substância em contato com a pele.

Procedimento frente a um Acidentado por Queimadura Química

Remova rapidamente as roupas contaminadas;Inicie, imediatamente, lavagem intensa e prolongada da área queimada.

Queimaduras Elétricas

Geralmente são mais graves do que aparentam, pois podem apresentar pele normal com morte muscular (necrose).

Costumam evoluir com aumento da área queimada mesmo após o afastamento do acidentado da corrente elétrica.

OBS.: São também consideradas muito graves as queimaduras da face, do pescoço e das articulações (juntas) face a possibilidade de produzirem deformidades.

17.14. FERIMENTOS 

Os ferimentos acontecem com muita freqüência em nosso cotidiano. No entanto, costumamos tratá-los de forma incorreta. Muitas vezes damos prioridade ao uso de substâncias anti-sépticas em detrimento de adequada limpeza da ferida com água corrente e sabão comum.

A limpeza adequada com ÁGUA E SABÃO com a retirada de detritos da ferida (terra, partículas de vidro, pedaços de madeira etc.) é a forma mais eficiente de se evitar a contaminação pelo TÉTANO, uma terrível doença causada por uma bactéria que atua no sistema nervoso central e pode levar à morte.

Após a limpeza, aí sim, estará indicado o emprego de substâncias anti-sépticas, de preferência a base de compostos iodados.

Proteja o ferimento com gaze e troque o curativo tantas vezes quanto necessário.

Nunca utilize pó de café, folhagens ou qualquer outro material que possa levar à contaminação da ferida. 

17.15. HEMORRAGIAS

A hemorragia é a perda de sangue ocasionada pelo rompimento dos vasos sangüíneos.

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Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente, pois grandes perdas sangüíneas podem levar ao estado de choque e à morte em poucos minutos. Cuidados frente à Vítima de Hemorragia

Se a hemorragia for intensa coloque o paciente deitado, pois ele poderá apresentar sensação de desfalecimento, queda da pressão arterial e mal estar geral. Esses sintomas costumam desaparecer com o doente deitado, em repouso;Caso a hemorragia seja devida a ferimentos nos membros superiores ou inferiores eleve o membro afetado acima do nível da cabeça;Comprima a região com pequenos pedaços de gaze ou pano, que não devem ser removidos para que não desfaçam o coágulo que evita a continuidade do sangramento;Nunca aplique garrotes ou torniquetes no membro atingidoNunca utilize panos grandes ou absorventes, pois dão a falsa impressão de controle da hemorragia.

17.16. ESTADO DE CHOQUE

O estado de choque é uma situação de risco que pode levar à morte e decorre, na maioria das vezes, de hemorragias internas ou externas não controladas adequadamente.

Sintomas mais Comuns

Palidez;Pele fria e pegajosa;Pulso fraco e rápido;Respiração rápida e irregular;Agitação e ansiedade;Inconsciência;

A vítima deverá ser levada ao hospital rapidamente pois somente o médico preparado poderá alcançar êxito com o tratamento.

17.17. CORPOS ESTRANHOS

Pequenas partículas de poeira, carvão, areia, grãos, pequenos insetos podem penetrar no nariz, ouvidos e olhos. São chamados de corpos estranhos.

Nos olhos

Lave bem os olhos com água corrente ou soro fisiológico;Evite esfregar os olhos;Não tente retirar os corpos estranhos caso não sejam removidos com a água;Cubra totalmente o olho afetado com um tampão de gaze esterilizada enquanto aguarda o atendimento pelo oftalmologista.

No nariz

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Solicite à vítima que force a saída de ar pela narina obstruída, enquanto você comprime a outra narina.

No ouvido

Nunca tente retirar corpos estranhos dos ouvidos a exceção dos insetosPara retirar insetos, pingue algumas gotas de óleo no ouvido afetado. O óleo irá imobilizar os movimentos de asas ou patas do inseto. Incline a cabeça para o lado na tentativa de colocar o inseto para fora do ouvido, que deverá deslizar com o óleo.

17.18. ENVENENAMENTO OU INTOXICAÇÃO

Envenenamento ou intoxicação é causado pela introdução de substâncias tóxicas no organismo.

O envenenamento pode se dar por:

Ingestão - pela bocaAbsorção - pela peleAspiração - pelo nariz e bocaInjeção

Conduta

Verifique com que veneno a vítima se intoxicou e leve-a imediatamente para o hospitalNão provoque vômitos se a vítima estiver inconsciente, em convulsão ou se houver ingerido substâncias ácidas, alvejantes (água sanitária) ou derivados do petróleo (querosene ou gasolina).No caso de contaminação da pele, retire imediatamente as roupas contaminadas e lave com água abundante a área afetada.

17.19. PICADA DE COBRA

As cobras venenosas mais comuns no Brasil são do gênero botrópico, como a Jararaca e a Jararacuçu.

Geralmente só atacam quando acuadas e costumam picar as extremidades dos membros inferiores e superiores.

Conduta

Lave bem o local com água e sabão para evitar contaminação da ferida;Não permita que a vítima se movimente evitando, assim, que o veneno se alastre;De forma alguma faça garrotes ou utilize torniquetes pois os mesmos aumentam a área de necrose causada pelo veneno e não impedem sua disseminação;Nunca faça perfurações na área da picada pois poderá causar infecções graves;Dê analgésicos (remédios para dor) se houver dor intensa;Encaminhe imediatamente a vítima para o hospital.

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17.20. SISTEMATIZAÇÃO DO ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO - SAP

Denomina-se politraumatizado a vítima de acidente sobre a qual resultaram várias lesões traumáticas pelo corpo.

O doente politraumatizado costuma apresentar alto índice de mortalidade, bem como, alterações no funcionamento do aparelho respiratório, circulatório e no sistema nervoso central.

Apesar da boa formação das equipes de atendimento ao politraumatizado, esse alto índice de morbidade e mortalidade somente passou a ser reduzido a partir do momento em que se instituiu a SAP.

A SAP constitui-se na ORDENAÇÃO e SISTEMATIZAÇÃO dos 5 itens principais responsáveis pelo controle da vida do doente politraumatizado, ou seja: A - ABORDAGEM DAS VIAS AÉREAS (verificação das vias respiratórias, removendo-se corpos estranhos);B - BOA VENTILAÇÃO (não havendo ventilação satisfatória, promover imediatamente a respiração boca-a-boca);C - CIRCULAÇÃO GARANTIDA (palpar o pulso carotídeo para verificar se há parada cardíaca , iniciando a massagem cardíaca externa ou, no caso da ocorrência de sinais de choque, tentar controlar a hemorragia);D - DÉFICIT NEUROLÓGICO (avaliação de sinais de lesão do sistema nervoso central);E - EXPOSIÇÃO DO DOENTE (DESPIR).

Isto quer dizer que os itens A, B, C, D e E devem ser SISTEMATICAMENTE verificados durante o atendimento ao politraumatizado e seguidos na ordem dessas letras do alfabeto.

A sistematização segue as letras do alfabeto, nessa ordem, porque;Se não houver a ABORDAGEM DAS VIAS AÉREAS, removendo-se

corpos estranhos, não haverá, conseqüentemente, BOA VENTILAÇÃO.Não existindo BOA VENTILAÇÃO, haverá falta de oxigenação dos

órgãos, seguida de parada cardíaca.Caso não seja GARANTIDA A CIRCULAÇÃO, novamente haverá

pouca ventilação dos órgãos e tecidos, o que acarretará, certamente, DÉFICIT NEUROLÓGICO (deficiência do sistema nervoso central).

A exposição do doente (retirar ou rasgar TODA a roupa) tem a finalidade de verificar a presença de lacerações, contusões, escoriações, sangramento e desvio dos ossos.

18. O Sistema ImunológicoO organismo humano é protegido dos vírus e de outros agentes invasores, como

micróbios, bactérias e fungos, pelo sistema imunológico, que podemos chamar de defensor do corpo humano.

Existem três componentes básicos do sistema imunológico: As células do sangue; O sistema linfático, constituído de gânglios espalhados pelo corpo;

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A medula, que tem como uma das principais funções, produzir as células de defesa.

18.1. O Que Ocorre Quando o HIV Entra no OrganismoAo penetrar no corpo humano, e logo nas primeiras semanas de infecção, o HIV

aloja-se nos nódulos linfáticos, que se tornam reservatórios do vírus - 98% das células de defesa ficam nesses nódulos e não no sangue: o intestino também é um grande reservatório dessas células. Nos nódulos linfáticos encontram-se, no mínimo, 10 vezes mais HIV do que no sangue. Nestes nódulos, o HIV pode ficar “inativo” durante muito tempo.

18.2. AIDS e o SexoO HIV prolifera-se e cresce no sangue, no esperma e nas secreções vaginais. No

entanto, quando está for a desses ambientes favoráveis, morre em pouco tempo, em questão de segundos. Durante as relações sexuais com penetração, ocorrem pequenos ferimentos nos órgãos genitais, que, às vezes, não são visíveis nem provocam dor.

Esse é o caminho que o HIV percorre para infectar o organismo.Previna-se da AIDS, no entanto, não é evitar o sexo, deixar de sentir prazer,

aproveitar o que a vida tem de bom, isolar-se das pessoas, viver relacionamentos sob um efeito terrorista.

Meios de TransmissãoOs únicos meios de transmissão do HIV são o Sangue, o Esperma, a Secreção

Vaginal e o Leite Materno.O vírus da Aids também foi encontrado em secreções corpóreas como o suor, a

lágrima e a saliva, mas nenhuma dessas secreções contém quantidade de vírus (carga vital) suficiente para que ocorra a infecção de outra pessoa.

Formas de TransmissãoComo sabemos que os meios de transmissão do HIV são o sangue, o esperma, a

secreção vaginal e o leite materno, as formas de transmissão são:

Sexual - Durante a relação sexual com penetração anal, vaginal ou oral sem camisinha, com pessoas infectadas.Sanguínea - Receber sangue contaminado, por meio de transfusões, usando seringas e agulhas ou materiais perfurocortantes, inseminação artificial ou transplante de órgãos.Vertical ou Perinatal - Durante a gestação, parto ou aleitamento, caso a mãe esteja infectada.

18.3. Meios e Formas de PrevençãoComo a transmissão do HIV nas relações sexuais é a mais frequente forma de

contaminação, começamos abordando algumas formas de prevenção por meio da prática de sexo mais seguro.

A definição de “sexo seguro” é muito ampla.Cada um deve refletir sobre que comportamento preventivo quer adotar sem

abrir mão de ter prazer e de práticas gostosas e naturais do ser humano.

18.4.Sexo SeguroSexo seguro (ou mais seguro) pode significar:

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Usar camisinha desde o início da penetração, seja anal, vaginal ou oral;Não receber sêmen ejaculado dentro do seu corpo;Evitar contato oral com a vagina, ânus ou pênis para uma relação 100% segura;Não ejacular na boca;Masturbação a dois;Carícias;Massagem;Abraços, beijos na boca e pelo corpo.

18.5. Como não se pega AIDSUsando camisinha em todo e qualquer tipo de relação sexual, seja vaginal, oral ou anal;Dando abraço ou beijo em pessoa contaminada;Exigindo, nas transfusões, sangue analisado por exames de laboratório;Usando seringas e agulhas descartáveis;Exigindo uso de ferramentas médicas e odontológicas devidamente esterilizadas;Exigindo a devida higiene de aparelhos de manicure, acupuntura, etc.;Compartilhando roupas de cama, vaso sanitário ou utensílios domésticos;Nadando na mesma piscina ou sentando na mesma cadeira usada por pessoa contaminada;Sendo picado por inseto;Doando sangue (desde que a agulha seja descartável).

19. ERGONOMIA

19.1. Orientação Postural no Trabalho

19.1.1. Dor nas costas, pescoço ou membros superiores.

Elas aparecem geralmente depois de um certo período de trabalho em que adotamos uma má postura, criando assim um desequilibro muscular que gera a fadiga e consequentemente a dor e o desconforto.

Com isso, nosso dia de trabalho fica mais cansativo, a capacidade de concentração diminuída, a respiração mais acelerada e a oxigenação muscular dificultada, contribuindo para um quadro de fadiga generalizada, nos dando a sensação de esgotamento físico e mental ao final do dia.

Alguns cuidados podem e devem ser tomados para que estes desconfortos sejam minimizados ou eliminados.

Utilizar bem o seu mobiliário ajustando-o corretamente, adotar uma postura adequada, organizar a posição dos seus equipamentos e racionalizar as suas ações de trabalho são cuidados importantíssimos para melhorar a qualidade de vida no seu trabalho minimizando as dores e cansaços gerados pela má postura.

19.1.2. Dicas que o auxiliarão nesta tarefa!

Organize seu posto de trabalho

Posicione os objetos de uso constante ao alcance dos braços; Evite fazer rotações do tronco;

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Racionalize as suas ações.

De vez em quando...

Levante e trabalhe um pouco de pé; Fixe o olhar em algum ponto distante; Faça alguns alongamentos.

Evite...

Colocar os pés para baixo do assento; Deixar os punhos flexionados para cima; Inclinar o tronco à frente por muito tempo.

O que mais posso fazer?

Faça exercícios de alongamento, durante a sua jornada de trabalho. A pratica regular melhorara o alongamento muscular e a mobilidade articular, diminuindo todos os sintomas relacionados com a má postura.

Mantenha a posição de cada alongamento em ambos os lados (direito e esquerdo).

Concentre-se na musculatura que esta alongando Mantenha uma pressão constante sem “balanços”. Respire naturalmente Relaxe Respeite o seu limite Não se compare com os demais.

Postura correta

1. O topo do monitor deve estar na altura dos olhos;2. O pescoço deve estar alinhado com a coluna na vertical;3. O apoio das costas deve ficar acima do quadril;4. Braços na posição vertical, alinhados com o tronco, formando um ângulo

de 90 a 100° com o antebraço;5. Coxas formando um ângulo de 90 a 100° apoiados totalmente no assento;6. Mantenha os pés totalmente apoiados no chão.

RAPHAEL LUIZ BORBA – TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO FONE: (49) 8435-9528 E-MAIL: [email protected]

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Alongamentos

15 a 20 segundos para cada etapa.

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