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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde Curso de Medicina Veterinária TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.) Gisele Heyn Curitiba 2006

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde

Curso de Medicina Veterinária

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.)

Gisele Heyn

Curitiba 2006

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde

Curso de Medicina Veterinária

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.)

Curitiba 2006

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TERMO DE APROVAÇÃO

Gisele Heyn

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC RELATÓRIO DE ESTÁGIO REALIZADO NO DISTRITO SANITÁRIO DO BAIRRO DO CAJURU

Este trabalho de conclusão de curso foi julgado e aprovado para a obtenção do grau de Médico Veterinário do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, 23 de Outubro de 2006

___________________________________________ Medicina Veterinária

Universidade Tuiuti do Paraná

Banca Examinadora:

______________________________________________ Orientadora: Drª. Elza Maria Galvão Ciffoni

______________________________________________ Professora: Drª. Regina B. Richartz

______________________________________________ Professor: Dr. Luiz Augusto Gasparetto

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Reitor Profº Luiz Guilherme Rangel Santos Pró-Reitor Administrativo Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos Pró-Reitora Acadêmica Profª Carmen Luiza da Silva Pró-Reitor de Planejamento Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Profª Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini Secretário Geral Profº João Henrique Ribas de Lima Diretor da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Profº João Henrique Faryniuk Coordenador do Curso de Medicina Veterinária Profª Neide Mariko Tanaka Coordenador de Estágio Curricular do Curso de Medicina Veterinária Profª Elza Maria Galvão Ciffoni Metodologia Científica Profª Lucimeris Ruaro CAMPUS CHAMPAGNAT Rua .Marcelino Champagnat, 505 - Mercês CEP 80.215-090 – Curitiba – PR Fone: (41) 3331-7958

ii

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A P R E S E N T A Ç Ã O

Este Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.) apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da

Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de

Médico Veterinário, é composto de um Relatório de Estágio, no qual são descritas

as atividades realizadas por Gisele Heyn, durante o período de 01/08 a 27/09/2006,

no Distritro Sanitário do Cajuru, localizado no município de Curitiba, cumprindo

estágio curricular supervisionado na área de Vigilância Sanitária e também de uma

Monografia que versa sobre o tema: “Qualidade da Água potável-pós ramal predial -

em seis estabelecimentos do Distrito Sanitário do Bairro do Cajuru”.

iii

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À minha mãe Uilma e meu marido Walter, que estiveram sempre

presente ao meu lado, me orientando e incentivando, em todas as

situações,

DEDICO

iv

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AGRADECIMENTOS

À minha orientadora Professora Elza Maria Galvão Ciffoni, agradeço toda a

orientação que tive.

É maravilhoso trabalhar com uma profissional que além da competência, tem

as qualidades necessárias hoje em dia para um bom desempenho profissional que é

sempre estar de bom humor, alegre e educada com todos à sua volta.

v

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Pouco conhecimento faz com que as criaturas se

sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam

humildes. É assim que as espigas sem grãos se erguem

desdenhosamente para o céu, enquanto que as cheias

abaixam para a terra, sua mãe.

Leonardo Da Vinci

vi

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Gisele Heyn

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Relatório de Estágio Curricular apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Médico Veterinário. Professora Orientadora: Drª. Elza Maria Galvão Ciffoni Orientador Profissional: Drª. Adriana A. Iwankiw

Curitiba Setembro 2006

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS..............................................................................................

ix

LISTA DE FIGURAS.............................................................................................. x

RESUMO....................................................................................................................................... xiii

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 1

2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO............................................................. 2

2.1 Atos Administrativos.......................................................................................... 3

2.1.1 Consulta Azul (Alvará).................................................................................... 3

2.1.2 Licença Sanitária............................................................................................ 3

2.1.3 Central de Atendimento ao Usuário (CAU)..................................................... 5

2.1.4 Processo Administrativo Sanitário.................................................................. 5

2.2 Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal........................................ 9

3 AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA.................................................................

12

3.1 Responsabilidade Técnica ................................................................................ 12

3.2 Rotina de trabalho no Distrito Sanitário do Cajuru............................................ 13

3.3 Estabelecimentos existentes e fiscalizados....................................................... 19

4 VISITA TÉCNICA NO BAIRRO DO CAJURU – (Super Mercado)...................... 21

5 VISITA TÉCNICA EM CRECHE/MATERNAL – Bairro Cajuru ........................... 31

5.1 Técnica de Colheita de Água ............................................................................ 33

5.2 Cloro Residual ................................................................................................. 34

6 VISITA TÉCNICA EM ESCOLA – CONTROLE DE PISCINA............................. 38

7 VISITA TÉCNICA EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL-PANIFICADORA...

42

8 PROGRAMA LEITE DA CRIANÇAS................................................................... 48

9 DISCUSSÕES ..................................................................................................... 50

10 ATERRO SANITÁRIO DO BAIRRO

CAXIMBA..................................................

52

11 CONCLUSÃO...................................................................................................... 56

REFERÊNCIAS................................................................................................... 58

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viiiLISTA DE TABELAS

Tabela 1 Estabelecimentos ouvidos quanto ao – SIM............................................. 11

Tabela 2 Estabelecimentos fiscalizados.................................................................. 19

Tabela 3 Estabelecimentos inspecionados durante estágio curricular.................... 20

Tabela 4 Análise de Parâmetros Físico-químicos da Água..................................... 36

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Documento de Licença Sanitária da Prefeitura Municipal de Curitiba 04

Figura 02 Documento Utilizado Pela Prefeitura Municipal de Curitiba: Infração. 07

Figura 03 Logotipo do SIM-

Curitiba.....................................................................

10

Figura 04 a Fiação

Exposta....................................................................................

22

Figura 04 b Fiação

Exposta....................................................................................

22

Figura 04 c Piso

Quebrado.....................................................................................

22

Figura 04 d Piso Quebrado.................................................................................... 23

Figura 04 e Ferrugem............................................................................................. 23

Figura 04 f Local Sujo e Ferrugem........................................................................ 23

Figura 04 g Forro

Abaulado....................................................................................

23

Figura 04 h Forro

Solto...........................................................................................

23

Figura 05 a Utensílios com Sujidades.................................................................... 23

Figura 05 b Madeira em Serra-Fita........................................................................ 23

Figura 05 c Balde sem

tampa.................................................................................

24

Figura 05 d Falta de Material de Higiene............................................................... 24

Figura 06 a Botijões de gás sem proteção............................................................. 24

Figura 06 b Escada íngreme.................................................................................. 24

Figura 06 c Piso solto............................................................................................. 24

Figura 06 d Piso solto............................................................................................. 24

Figura 07 a Sujeira sob estrado............................................................................. 27

Figura 07 b Embalagens abertas........................................................................... 27

Figura 07 c Alimentos no chão............................................................................... 27

Figura 07 d Facas mal acondicionadas.................................................................. 27

Figura 07 e Maquinário sem higiene...................................................................... 27

Figura 07 f Máquina com bolor.............................................................................. 27

Figura 07 g Freezer com sujidades........................................................................ 27

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Figura 08 a Produtos sem identificação................................................................. 29

Figura 08 b Produtos sem proteção....................................................................... 29

Figura 08 c Produto mal

congelado........................................................................

29

Figura 08 d Produto mal congelado....................................................................... 30

Figura 08 e Alimento mofado................................................................................ 30

Figura 08 f Produto com validade vencida............................................................ 30

x

Figura 08 g Produto com validade vencida............................................................ 30

Figura 08 h Descarte e inutilização de produtos no Aterro Sanitário..................... 30

Figura 08 i Descarte e inutilização de produtos no Aterro Sanitário..................... 30

Figura 09 a Parede com mofo................................................................................ 45

Figura 09 b Parede com

insetos.............................................................................

45

Figura 09 c Ventilação inadequada........................................................................ 45

Figura 09 d Piso quebrado..................................................................................... 45

Figura 09 e Alimento no

chão.................................................................................

45

Figura 09 f Alimento com inseto............................................................................ 45

Figura 09 g Gelo em recipiente inadequado.......................................................... 46

Figura 09 h Peneira com insetos............................................................................ 46

Figura 09 i Lâmpada sem proteção....................................................................... 46

Figura 09 j Assento sanitário sem tampa.............................................................. 46

Figura 09 l Inutilização de produtos impróprios para consumo............................. 46

Figura 09 m Interdição de estabelecimento............................................................ 46

Figura 10 a Embalagem padrão do leite................................................................ 49

Figura 10 b Embalagem padrão do leite................................................................ 49

Figura 10 c Armazenamento do

leite......................................................................

49

Figura 10 d Veículo refrigerado............................................................................... 49

Figura 10 e Descarregamento do leite.................................................................... 49

Figura 10 f Aferição da temperatura do leite.......................................................... 49

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xi

RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que descreve a rotina de trabalho do Distrito Sanitário do Cajuru, no Município de Curitiba – Paraná, na área de Vigilância Sanitária, realizado pela estagiária Gisele Heyn, durante 320 h no período de 01 de agosto de 2006 a 27 de setembro de 2006. O estágio foi supervisionado pela Médica Veterinária Adriana Iwankiw CRMV 50124-4 PR. As atividades desenvolvidas embasaram o conhecimento teórico com prática de visitas técnicas, conferindo um profissionalismo específico.

Palavras-chave: Vigilância Sanitária; Inspeção de alimentos;

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xii1 INTRODUÇÃO

O estágio curricular supervisionado no Distrito Sanitário do Cajuru na área de

Vigilância Sanitária teve o objetivo de inteirar a acadêmica de Medicina Veterinária

Gisele Heyn, ao grande trabalho prestado à comunidade pela Prefeitura Municipal

de Curitiba, o qual, confere investigações epidemiológicas, inspeções sanitárias,

orientações para abertura e manutenção de consultórios e clínicas odontológicas,

consultórios e clínicas médicas, incluindo clínicas veterinárias, comércio de produtos

farmacêuticos, farmácias e drogarias, comércio de alimentos, como restaurantes,

lanchonetes, churrascarias, supermercados, açougues, peixarias, asilos, creches,

hospitais e laboratórios.

O estagiário obtém conhecimentos sobre expedição de alvarás, licença

sanitária, visitas técnicas, autos de infração, relatórios, multas, interdições, base

legal, etc. O mesmo foi realizado no Distrito Sanitário do Bairro do Cajuru, sob a

orientação da Médica Veterinária Drª Adriana A. Iwankiw CRMV 50124-4 PR.

O estágio curricular enfocou dentro da rotina de trabalho dos profissionais do

Distrito Sanitário do Cajuru, um projeto de pesquisa sobre a análise de água das

caixas d’água, bem como de torneiras de jardim e de cozinha, uma vez que a

qualidade da água é fundamental para a manipulação dos alimentos e higienização

de utensílios.

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2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO

O Distrito Sanitário é coordenado pela Secretaria Municipal da Saúde – SMS,

tem como objetivo gerenciar administrativamente as unidades municipais da saúde

pertencentes a esse Distrito Sanitário. Possui como principais atribuições: apoiar as

ações de controle de doença e agravos, receber queixas, inspecionar/liberar

licenças sanitárias e consultas azuis para os estabelecimentos comerciais e de

saúde que impliquem risco à saúde da comunidade (panificadoras, açougues,

clínicas, hospitais, farmácias, etc.). E ainda realizar ações pertinentes ao papel de

apoio e gerenciamento do sistema de saúde na região do distrito. O usuário deverá

dirigir-se a uma das unidades de saúde pertencentes ao Distrito Sanitário da Cajuru

para solicitar serviços de saúde. O horário de atendimento é das 8:00 h às 12:00h e

das 14:00h às 18:00h.

Endereço: Rua Antonio Meireles Sobrinho nº. 595

Bairro: Cajuru – contato: telefone: (41)3361-2300.

A Vigilância Sanitária é exercida para preservar a saúde da população. Além

dos produtos alimentícios, outros produtos ou atividades estão sujeitos à inspeção e

ao licenciamento do órgão competente. A equipe da Vigilância Sanitária é composta

pelos seguintes profissionais: três médicos veterinários, um dentista, dois

farmacêuticos, duas enfermeiras alto padrão, uma bióloga e um agente técnico.

Todos trabalham como fiscais sanitários. A área de inspeção do Distrito Sanitário do

Cajuru compreende os bairros: Cajuru, Jardim das Américas, Uberaba,

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Guabirotuba, Vila Oficinas, Capão da Imbuia, Vila Centenário, Trindade e Vila

Camargo.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA

“Entende-se por Vigilância Sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar,

diminuir ou prever riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários decorrentes do

meio ambiente da produção e circulação de bens e da prestação de serviços da

saúde “ (Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1990).

ATUAÇÃO:

A área de atuação é muito extensa, sendo baseada na (Lei Nº.

8080/90, de 19 de setembro de 1990. Art. 6º § 1º):

2.1 ATOS ADMINISTRATIVOS

Uma das tarefas burocráticas realizadas no Distrito Sanitário do Cajuru é a

emissão de documentos administrativos. Após vistorias dos estabelecimentos

comerciais e de prestação de serviços desde que os mesmos se enquadrem nos

padrões e normas legais, estarão habilitados a exercerem as atividades compatíveis

com sua área de atuação, sendo necessário a documentação abaixo:

2.1.1 Consulta Azul (Alvará)

Para a obtenção do Alvará de Funcionamento, o estabelecimento através do

responsável, envia ao Urbanismo o número da indicação fiscal que consta no carnê

do IPTU. Os profissionais da Secretaria Municipal do Urbanismo vão ao local e

vistoriam a região de acordo com o zoneamento do município, que se divide em área

industrial, zona comercial e região residencial. Sendo uma região residencial, não é

liberado o funcionamento de indústrias. Porém, se o estabelecimento é comercial,

permite-se que seja construído nas principais ruas do bairro.

Com o parecer do urbanismo ocorre a liberação da Consulta Comercial, onde

é solicitado o parecer de alguns órgãos sobre a possibilidade de que a atividade

requerida possa ser executada sem prejudicar ao meio ambiente e a população em

geral, com a qual o proprietário solicita a vistoria de órgãos públicos tais como: Meio

Ambiente, Saúde, Corpo de Bombeiros e Delegacia de Ordem Social.

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A Secretaria de Saúde do Município, através da Inspeção com técnicos da

Vigilância Sanitária de Alimentos, avalia as estruturas físicas do local e então libera

ou solicita melhorias e adequações do estabelecimento, tanto na área de

processamento do alimento, como na parte de atendimento ao público. Quando a

estrutura física (piso, paredes, teto, mais ventilação, espaço físico e banheiros)

estiver adequada para o ramo proposto, é liberada a Consulta Azul.

Feitas todas essas vistorias, pode-se dar a entrada ao Alvará de funcionamento

na Secretaria de Finanças.

2.1.2 Licença Sanitária

Com uma cópia do alvará em mãos, o próximo passo é o pedido da Licença

Sanitária na Rua da Cidadania mais próxima ou no Protocolo Geral da Prefeitura.

A Licença Sanitária é um documento obrigatório, gratuito, exclusivo da área

de saúde, apresentando, em geral, validade anual, porém, em alguns

estabelecimentos é necessária sua renovação em um período de tempo menor.

Essa determinação depende das análises de risco que podem oferecer à população

e critérios do técnico e da Chefia.

Com o pedido de Licença Sanitária o estabelecimento receberá a visita das

autoridades sanitárias para ser realizada a inspeção. Conforme as condições do

estabelecimento, a Licença Sanitária poderá ser deferida, indeferida ou ainda podem

ser solicitadas algumas melhorias e adequações no local (quando estas não

caracterizam um risco eminente à saúde). Estas melhorias podem ser feitas através

de uma orientação verbal ou através de um Termo de Intimação; devem ser

cumpridas num prazo que varia de 1 a 90 dias, prazo estipulado pelo fiscal no

momento da inspeção, conforme o grau de risco que pode oferecer à saúde da

população ou trabalhador (Figura 1).

MODELO

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Figura 1: Documento de Licença Sanitária da PMC, 2006

Na inspeção para liberação de Licença Sanitária, além de observar a

estrutura física como no pedido de alvará, são exigidos também uma total higiene

dos alimentos preparados, matéria-prima, utensílios, ambiente, manipuladores,

armazenamento e exposição para a venda. Todas as exigências estão amparadas e

descritas na Lei Municipal 9000/96 (Curitiba, 1996) e regida pela Lei Complementar

Estadual nº. 04/75 Regulamentada pelo Decreto Estadual nº. 364/77.

A liberação da Licença Sanitária fica na dependência dessas melhorias

solicitadas.

Liberada a Licença Sanitária, é entregue um documento para o responsável

retirá-la na rua da cidadania . Normalmente a Licença Sanitária tem validade de um

ano e deverá ser solicitada nova licença um mês antes do vencimento; o

estabelecimento estando licenciado está sujeito a receber novas visitas da equipe de

Vigilância Sanitária, devendo sempre estar dentro dos padrões exigidos.

2.1.3 Central de Atendimento ao Usuário (CAU)

A Central de Atendimento recebe e registra as reclamações e denúncias

feitas pela população nas ruas da cidadania, na Secretaria Municipal de Saúde ou

através do número 156. Esses processos são encaminhados para os seus

respectivos distritos para serem investigadas. A maior porcentagem de reclamações

ou denúncias que chegam são referentes a alimentos e criação de animais e

acúmulo de lixo.

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No caso de uma reclamação ou denúncia de alimentos, a equipe vai até o

local e realiza uma inspeção para apurar se a reclamação é procedente. Se forem

encontradas irregularidades as medidas cabíveis são tomadas. Nos casos de uma

reclamação ou denúncia de criação de animais e acúmulo de lixo, a casa é

inspecionada para se poder avaliar o problema; após essa avaliação, tenta-se da

melhor forma possível solucioná-lo; não conseguindo o acordo, é aberto um

processo administrativo.

2.1.4 Processo Administrativo Sanitário

É o conjunto de atos coordenados para a obtenção de decisão sobre uma

controvérsia no âmbito administrativo, ou seja, é através do processo administrativo

que serão apuradas as infrações sanitárias.

O processo se inicia quando o agente sanitário faz a lavratura do Auto de

Infração. Considera-se infração sanitária, a desobediência ou inobservância aos

preceitos estabelecidos na presente lei, nos regulamentos, normas técnicas e outras

que se destinem à promoção, preservação e recuperação da saúde. Compete aos

profissionais da área de Vigilância Sanitária e epidemiológica, fazer cumprir a

legislação sanitária expedindo informações, lavrando intimações e/ou Autos de

Infração e impondo penalidades, quando for o caso, visando à prevenção e a

repressão de tudo que possa comprometer a saúde.

O Auto de Infração, o termo de intimação, interdição cautelar e ou inutilização

devem ser lavrados em três (03) vias, destinando-se a primeira à formação do

processo administrativo, a segunda será entregue ao autuado e a terceira

permanecerá no bloco para fins de controle interno da autoridade de Vigilância

Sanitária. Nos casos em que a infração exigir a pronta ação da autoridade de

vigilância sanitária para a proteção da saúde pública ou cumprimento de norma

legal, serão efetuadas de imediato ações de apreensão, inutilização e/ou interdição

sobre produtos, substâncias, instrumentos utilizados no processo produtivo,

estabelecimentos ou outros, hipóteses em que as mesmas terão cunho de medida

cautelar.

Efetuadas as ações de apreensão ou interdição cautelar, as mesmas somente

poderão ser levantadas após o infrator sanar as irregularidades e receber

autorização escrita da autoridade de vigilância sanitária.

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Em caso de interdição de estabelecimento de interesse da saúde em que

existam pacientes, internos ou quaisquer pessoas, a comunicação do destino dado

às mesmas, e a transferência destas para outros locais ficará a cargo e sob a

responsabilidade dos representantes legais destes estabelecimentos, e no prazo a

ser determinado pela autoridade sanitária para cada caso em particular. Nos casos

de interdição de estabelecimentos e/ou apreensão cautelar de produtos,

substâncias, equipamentos, objetos, utensílios, instrumentos utilizados no processo

produtivo ou outros de interesse à saúde, para execução de testes, provas, análises,

correção de irregularidades ou outras providências, estas durarão o tempo

necessário às suas realizações. A desinterdição de estabelecimentos e/ou outros e a

liberação de produtos apreendidos após a correção das irregularidades, não isenta o

infrator da aplicação das penalidades cabíveis.

Um fato muito importante a ser destacado é o correto preenchimento dos

Autos/Termos de Infração/Apreensão/Interdição (Figura 2) e o a correta montagem

do processo. Durante o preenchimento, devem constar a Qualificação do Infrator,

que pode ser: serviços terceirizados; responsabilidade solidária; pessoa Física ou

Jurídica deve constar a Base Legal contendo: rito processual; cometimento de

irregularidades; hierarquia entre as leis e a ordem cronológica de artigos. A seguir,

deve ser descrita a infração cometida relacionando com base legal citada e

descrevendo exatamente como na prática. A ciência do infrator pode ser pessoal,

por correio ou publicação.

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MODELO

Figura 2: Documento utilizado para lavrar uma Intimação, Infração, Interdição,

Apreensão e Inutilização pela SMS, 2006

O processo administrativo é dividido em quatro fases principais:

1) Instauração: essa fase compreende a colocação da documentação atinente ao

caso no interior de capa própria, é feita a autuação que consiste na lavratura do Auto

de Infração. Instaurado o processo o infrator poderá oferecer defesa ou impugnação

ao auto de infração, no prazo de 15 dias, contados da ciência da irregularidade.

2) Instrução: a autoridade sanitária que lavrou o auto, atende aos despachos da

chefia, a qual solicita um relatório referente aos autos lavrados, a anexação de

provas relativas à infração, bem como verificar a existência de antecedentes, nos

arquivos da Prefeitura, de infração sanitária do autuado e aguardar 15 dias para a

defesa ou impugnação. Nessa etapa são relatados fatos inusitados da inspeção

como desacato, lesão, cárcere privado. São usados como provas das infrações

fotos, relatos, perícias, denúncias, laudos laboratoriais.

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3) Julgamento: É o resultado proferido pela autoridade imediatamente superior

àquela que lavrou o auto de infração objeto do processo. O julgamento não poderá

ser feito pela mesma autoridade que lavrou o Auto de Infração, pois tal fato

acarretará na nulidade do Processo Administrativo Sanitário.

No julgamento é lido o relatório feito pela autoridade sanitária que lavrou a

infração, o relatório contém uma breve descrição dos fatos e dos elementos

levantados durante a instrução do procedimento, sendo que em certos casos

sugere-se penalidade a ser imposta ao indiciado.

Na fundamentação são analisados os fatos apurados, a defesa apresentada,

a apreciação das provas, o direito debatido e a conclusão, além da classificação da

infração e graduação da pena de acordo com a legislação vigente, ocorrendo da

seguinte forma:

a) Análise da tempestividade ou não da defesa interposta;

b) Análise da defesa propriamente dita, no caso de ter sido apresentada

tempestivamente;

c) Análise da existência de atenuantes, agravantes, gravidade do fato para a

saúde pública e antecedentes do infrator;

d) Classificação/graduação da infração para fins da aplicação da pena de multa

e Imposição de penalidade.

4) Penalidades: Passadas essas etapas à decisão é proferida pela chefia de serviço

e discorre sobre a especificação da penalidade imposta ao infrator, explicitando o

dispositivo legal que autoriza a imposição da mesma.

Após o proferimento da decisão, a chefia determina que a autoridade sanitária

lavre os termos de imposição de penalidade, e cientifique o infrator sobre o resultado

do julgamento, aguardando o prazo para interposição de recursos.

Após a ciência da penalidade, o infrator tem um prazo de 15 dias para

ingressar com recurso; se não for apresentado o recurso transita em julgado a

decisão, executam-se as penalidades e arquiva-se o processo. Se o infrator

ingressar com o recurso dentro do prazo é feito o julgamento em segunda instância.

Em segunda instância é feita à análise do recurso pela autoridade

imediatamente superior à que proferiu a decisão, podendo a penalidade imposta ser

diminuída ou mantida. O infrator toma ciência da decisão e pode dar entrada com

novo recurso para a terceira instância (a última); não o fazendo a decisão é

definitiva.

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Na terceira instância a análise do recurso é feita pela autoridade superior

àquela que proferiu a decisão do recurso em segunda instância, o infrator toma

ciência da decisão, executa-se a pena e arquiva-se o processo.

No caso da pena ser uma multa, o infrator será cientificado para efetuar o

pagamento junto ao tesouro municipal no prazo de 15 dias, contados da data desta

ciência. O não recolhimento da multa, dentro do prazo, implicará na sua inscrição

em dívida ativa e cobrança judicial.

2.2 SERVIÇO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL DE CURITIBA

Foi implantado pelo Decreto nº. 709/01; regulamentando o artigo 4º da Lei nº.

10168, de 24 de maio de 2001. Esta Lei:

“Cria o Serviço De Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal de

Curitiba – SIM-CURITIBA (Curitiba, 2001)”.

O serviço de inspeção é designado pela sigla SIM-CURITIBA.

A inspeção e a coordenação de atividades industrial e sanitária de produtos

de origem animal (POA) são efetuadas por profissionais habilitados em medicina

veterinária.

Ficam obrigados a prévia inspeção industrial e sanitária, e ao certificado de

registro e alvará de registro no SIM – CURITIBA, respectivamente, todos os

produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis, assim como os

estabelecimentos instalados no município de Curitiba, que produzam matéria-prima,

abatam, manipulem, beneficiem, transformem, industrializem, fracionem, preparem,

transportem, acondicionem, ou embalem produtos de origem animal, adicionados ou

não de produtos vegetais, suscetíveis de comercialização exclusiva no município de

Curitiba.

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. Figura 3 Logotipo do SIM-CURITIBA, 2006

Todos os produtos de origem animal que se enquadram neste serviço receberão

o, rótulo do SIM-CURITIBA e o alvará de registro que será válido enquanto o

estabelecimento satisfazer as exigências legais, e o Certificado de Registro dos

Produtos de Origem Animal terá validade por cinco anos (Fig. 3).

Estão isentos desse serviço, lanchonetes, bares, restaurantes e similares, e

os estabelecimentos varejistas que não trabalhem no sistema de auto-serviço de

produtos de origem animal fracionados. Entende-se por auto-serviço a

comercialização de produtos de origem animal fracionados, manipulados e

embalados na ausência do consumidor e que fiquem expostos à disposição dos

clientes.

Toda a fiscalização, orientação e liberação do SIM-CURITIBA são de

responsabilidade da SMS, e suas ações serão aplicadas conforme as normas da Lei

Municipal 9000/96.

Para os estabelecimentos que possuem registro no SIP/POA (Serviço de

Inspeção de Produtos de Origem Animal) e comercializam seus produtos

exclusivamente em Curitiba, tiveram o prazo de 90 dias após a publicação da lei em

1996, para encaminhar o pedido de registro no SIM-CURITIBA, sob pena das

sanções previstas. Na tabela 1, estão relacionados os estabelecimentos que

deverão ser ouvidos quanto ao SIM-CURITIBA.

Tabela 1

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Código Ramos de atividade Grupo 26 Indústria de Produtos Alimentícios 026.020 Abate de animais 026.0119 Frigorífico 026.123 Fabricação de banha 026.124 Fabricação de salsicharia 026.131 Preparação de carne/banha/produtos de salsicharia

não associados ao abate 026.132 Preparação de subprodutos n Grupo 60 Comércio atacadista 060.002 Comércio atacadista de produtos e resíduos de origem

animal/vegetal 060.003 Comércio atacadista de produtos e resíduos de origem

animal 060.023 Comércio atacadista de carnes 060.051 Comércio atacadista de animais abatidos 060.107 Comércio atacadista de aves abatidas 060.108 Comércio atacadista de ovos 060.200 Comércio atacadista de frios e/ou laticínios 060.201 Comércio atacadista de frios 060.202 Comércio atacadista de laticínios 060.205 Comércio atacadista de frutos do mar 060.280 Comércio atacadista de peixes Grupo 61 Comércio varejista 061.015 Supermercado 061.131 Açougue 061.037 Comércio varejista de peixes (peixaria) 061.038 Comércio varejista de aves 061.102 Comércio varejista de frios e/ou laticínios 061.103 Comércio varejista de ovos 061.104 Comércio varejista de frios 061.105 Comércio varejista de laticínios 061.120 Comércio varejista de aves abatidas 061.537 Hipermercado

Fonte: (Brasil,1996)

3 AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA

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3.1 RESPONSABILIDADE TÉCNICA

O Ministério da Saúde, visando melhorar as condições higiênico-sanitárias na

preparação de alimentos e adequar à ação da Vigilância Sanitária, publicou uma

portaria que define as normas de higiene e manipulação de alimentos(Brasil, 1998).

A Vigilância Sanitária tem sido implacável nas multas aos estabelecimentos

comerciais que trabalham com alimentos e não se adaptam às normas exigidas,

fechando alguns estabelecimentos quando necessário.

A responsabilidade técnica pode ser de qualquer profissional da área de

saúde, como por exemplo, uma nutricionista com autoridade e competência que se

responsabilize por capacitação de pessoal, aprovação de matéria-prima, insumos,

produtos semi-elaborados, e outros procedimentos.

A Responsabilidade Técnica na vigilância sanitária prevê que os

estabelecimentos deverão ter um responsável pelas técnicas utilizadas por local de

prestação de serviço, de acordo com a Portaria CVS-1-DITEP de 13/01/98.

Regulamento técnico que estabelece os parâmetros e critérios para o controle

higiênico-sanitário em estabelecimentos de alimentos. Este profissional deverá estar

regularmente inscrito no órgão fiscalizador de sua profissão. Para que o

Responsável Técnico (RT) possa exercer a sua função, deve possuir os seguintes

conhecimentos básicos:

- Conhecimento de ecologia de microrganismo patogênicos e deteriorantes e de

toxicologia alimentar;

- Compreensão dos princípios do sistema HACCP (Análise de perigo e

pontos críticos de controle);

- Capacidade de identificação e localização dos PCCs (Pontos Críticos de

Controle) nos fluxogramas;

- Definir os procedimentos eficazes para controlar os PCCs;

- Condições de monitorar os PCCs;

- Recomendar o destino final de produtos.

3.2 ROTINA DE TRABALHO NO DISTRITO SANITÁRIO DO CAJURU

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Uma das rotinas de trabalho do Distrito Sanitário do Cajuru é a orientação

para comércio de produtos farmacêuticos, farmácias e drogarias, comércio de

alimentos, como, restaurantes, lanchonetes, churrascarias, supermercados,

açougues, peixarias, asilos, creches, hospitais e laboratórios. As descrições destas

atividades estão a seguir: (SMS,1992)

Em estabelecimentos médicos, a estrutura física deve contar com projeto

arquitetônico aprovado pela Vigilância Sanitária. Na estrutura física deve ter:

pia/lavatório na área de atendimento dos pacientes dotado de sabonete líqüido e

toalha descartável, iluminação e ventilação adequadas, local específico para

esterilização e guarda de materiais esterilizados, paredes lisas, revestidas em

material resistente e lavável, piso liso, lavável, impermeável e resistente nas áreas:

de atendimento aos pacientes, central de esterilização, copa, cozinha e instalação

sanitária, instalações sanitárias (uso exclusivo para esta finalidade), dotada de vaso

sanitário, lavatório, toalhas de papel, sabão liquido e lixeira com tampa e pedal.

Dentre os procedimentos, a limpeza semestral da caixa d’água e manutenção

de todas as áreas em perfeitas condições de organização e limpeza, com rotinas

escritas e fluxos dos procedimentos de desinfecção das superfícies e processo de

esterilização de materiais são extremamente importantes.

O uso de equipamentos de proteção individual (EPIS's) (Equipamentos de

proteção individual) como: avental, luva, máscara, óculos, etc.

O profissional deve ter rotina escrita de verificação de prazos de validade de

medicamentos e soluções e quando realizar esterilização de materiais, apresentar

local adequado para o reprocessamento, fazer uso de estufa ou autoclave com

monitoramento do processo e manutenção preventiva do equipamento e ter

embalagem adequada para o processo escolhido (identificação do artigo, data,

prazo de validade e indicadores químicos), fazendo uso de desinfetantes e

antisséptico recomendados pelo Ministério da Saúde. Os produtos e medicamentos

utilizados deverão possuir registro no Ministério da Saúde.

A documentação exigida para funcionamento consta do Alvará expedido pela

Prefeitura Municipal de Curitiba e a Licença Sanitária expedida pela Secretaria

Municipal de Saúde.

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Para clínicas odontológicas, além da estrutura física citada, deve-se ter: No

projeto arquitetônico deve ser aprovado pela Vigilância Sanitária, área específica

para central de esterilização, área de atendimento de pacientes (mínimo 9 m²),

conforto acústico (isolar equipamentos que produzem ruídos como por exemplo,

compressor).

A documentação exigida, também será o Alvará expedido pela Prefeitura

Municipal de Curitiba e a Licença Sanitária expedida pela Secretaria Municipal de

Saúde.

No comércio de produtos farmacêuticos, farmácias e drogarias, o projeto

arquitetônico de farmácia de manipulação deve ser aprovado pela Vigilância Sanitária,

constando de edificação em alvenaria; com área mínima de 30 m²,a farmácia e/ou

drogaria não poderá servir de passagem obrigatória para outro estabelecimento,

Boas condições de iluminação e de ventilação, piso de fácil limpeza, passível de

desinfecção, paredes e tetos lisos, revestidos com material lavável, deve ter, áreas

mínimas para exposição e venda de medicamentos, sala de aplicação de injetáveis,

com área mínima de 3,0 m², provida de pia com água corrente, instalações sanitárias,

dotadas de vaso sanitário, lavatório, toalhas de papel, sabão liquido e lixeira com

tampa e sala para realização de inalação e curativos. Este serviço deve ser

previamente autorizado pela Vigilância Sanitária.

O farmacêutico responsável, deve ter ciência de que os medicamentos sujeitos

a regime especial de controle da Portaria nº. 344/98 de 12 de maio de 1998, MS

(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), necessitam de livros de registro e

armazenamento em armários fechados. A aplicação de injetáveis somente com

prescrição médica, ter uso de avental e crachá de identificação e possuir na farmácia

de manipulação, touca, luvas e óculos, mantendo o local em perfeitas condições de

higiene e limpeza. Acondicionar materiais pérfuro-cortantes em recipientes rígidos,

separar medicamentos vencidos ou deteriorados em local específico e identificados.

A documentação exigida consta de Alvará expedido pela Prefeitura

Municipal de Curitiba e da Licença Sanitária expedida pela Secretaria Municipal

de Saúde.

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Em açougues e peixarias o projeto arquitetônico, deve ser aprovado pela

Vigilância Sanitária, contendo área compatível com as atividades desenvolvidas,

pia/lavatório para higienização das mãos no local de manipulação dos produtos, com

sabão liquido e antisséptico, tanque ou pia para lavagem dos utensílios e

equipamentos, de material liso, lavável e impermeável, em número suficiente para a

atividade, com água quente e fria, Piso contínuo, lavável, impermeável, resistente,

antiderrapante, com declividade e ralos para o escoamento das águas de limpeza,

paredes lisas, revestidas até a altura mínima de 2 (dois metros) com material

resistente, liso, impermeável e em cores claras; forro contínuo, em bom estado de

conservação, de cor clara, revestido com material impermeabilizante e de fácil

limpeza, portas revestidas de material liso, lavável, íntegras, com fechamento

automático, a externa com tela, Janelas com vidros íntegros, de fácil acionamento,

com aberturas teladas,rios solares não devem incidir diretamente sobre os produtos,

instalações sanitárias sem comunicação direta com a área de produção, dotadas de

vaso sanitário, lavatório, porta-toalhas de papel descartável, sabão líqüido e lixeira

provida de tampa e saco plástico, vestiário com armário para guarda de objetos

pessoais, ventilação com fluxo de ar direcionado da área limpa para a área suja,

instalações elétricas isoladas e protegidas de forma a não ocasionar choques e/ou

curto circuito, luminárias com proteção contra estilhaçamento e iluminação sem áreas

de sombra ou contraste.

Fazem parte dos equipamentos e utensílios de um frigorífico: Câmaras

frigoríficas com capacidade e número suficiente para o volume de matéria-prima ou

dos produtos armazenados, com temperatura controlada, freezer deve ser utilizado

somente para a conservação de produtos originalmente congelados na indústria,

estrados, tábuas de corte e bandejas, devem ser de material liso, lavável e

impermeável, esterilizadores de facas e outros mantidos em perfeito funcionamento,

serra-fita deve ser limpa diariamente e mantida em local exclusivo, protegida da ação

de insetos, roedores e contaminação ambiental. Os utensílios e equipamentos devem

ser de material não corrosivo e não contaminante, em boas condições de uso.

Todos os funcionários devem estar em perfeitas condições de saúde e

realizar exames médicos periódicos, apresentar-se com uniforme de trabalho

completo, de tonalidade clara, gorro, avental, botas impermeáveis e sapatos

antiderrapantes, manter boa higiene pessoal, com as mãos limpas, unhas curtas e

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sem esmalte, sem adornos nas mãos e braços. Quando o manipulador for a única

pessoa que atende o estabelecimento, deverá manter rigorosa higiene das mãos,

principalmente após lidar com dinheiro. Quanto aos alimentos deve-se obedecer a

orientações do fabricante quanto à temperatura de conservação dos produtos

industrializados armazenados e expostos à venda, utilizar e comercializar matéria-

prima e produtos de origem animal inspecionados pelo órgão competente (SIF –

Serviço de Inspeção Federal, SIP – Sistema de Informação de produtos, SIM –

Sistema de Inspeção Municipal). Matéria-prima como, sebo, ossos e outros

subprodutos podem ser armazenados dentro das câmaras frias, desde que estejam

acondicionados em recipientes fechados. Não é permitido o processamento de

produtos derivados de carnes ou de pescados no mesmo ambiente do açougue ou

peixaria. Açougue e peixaria são ramos de atividade de comércio varejista de

alimentos, com venda no balcão, para o consumidor final. A base legal para a

abertura destes estabelecimentos consta de: Portaria nº. 326-SVS/MS de 30/07/97 –

(DOU. De 01/08/97), Lei Estadual nº. 13331 de 23/11/01, Decreto Estadual nº. 5711

de 23/05/02, Lei Municipal nº. 9000 de 31/12/96 (Paraná, 1996), Lei Municipal

nº.10168 de 24/05/01(Curitiba,2001) e Decreto Municipal nº.70 de 07/03/02(Curitiba,

2002). A documentação exigida consta de Alvará expedido pela Prefeitura Municipal

de Curitiba e da Licença Sanitária expedida pela Secretaria Municipal de Saúde.

Em panificadoras e confeitarias, o projeto arquitetônico deve ser aprovado

pela Vigilância Sanitária com layout e memorial descritivo, tendo acesso

independente, sem comunicação direta com a residência, pia/lavatório para

higienização das mãos no local de manipulação dos produtos, com sabão liquido e

antisséptico, tanque ou pia para lavagem dos utensílios e equipamentos, de material

liso, lavável e impermeável, em número suficiente para a atividade, com água quente

e fria, piso contínuo, lavável, impermeável, resistente, antiderrapante, com

declividade e ralos para o escoamento das águas de limpeza, paredes lisas,

revestidas com material lavável, impermeável e em cores claras, forro contínuo, em

bom estado de conservação, revestido com material impermeabilizante e de fácil

limpeza, de cores claras, portas íntegras, revestidas de material liso, lavável, com

fechamento automático (mola) na área de produção e sanitário, janelas com vidros

íntegros, fácil acionamento, de maneira que raios solares não incidam sobre os

alimentos, com fechamento das aberturas por telas, depósito exclusivo para farinha

de trigo, protegido de insetos e roedores, ventilado, com aberturas teladas, estrados

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de material que facilite a limpeza, altura mínima de 20 cm e afastado das paredes no

mínimo 20 cm, caixa de gordura e esgoto localizados fora da área de produção,

instalações sanitárias sem comunicação direta com a área de produção, separadas

por sexo, dotadas de vaso sanitário, lavatório, porta-toalhas de papel descartável,

sabão liquido e lixeira provida de tampa e saco plástico, vestiário separado por sexo,

com armários para guarda de objetos pessoais, instalações elétricas isoladas e

protegidas de forma a não ocasionar choques e/ou curto circuito, luminárias com

proteção contra estilhaçamento e iluminação sem áreas de sombra ou contraste,

ventilação com fluxo de ar direcionado da área limpa para a área suja.

Os equipamentos de refrigeração em boas condições de funcionamento e

com capacidade suficiente para o volume de alimentos a serem acondicionados,

bem como fogões, batedeiras, armários, balcões e mesas de manipulação de

alimentos e utensílios devem estar em boas condições de funcionamento e higiene.

O sistema de exaustão para fornos, deve evitar o aquecimento em demasia

do ambiente e os coletores de lixo com tampa acionada por pedal e provida de

sacos plásticos,

Os manipuladores devem estar em boas condições de saúde, com uniforme

de trabalho completo (avental, protetor de cabelos e sapato antiderrapante), dispor e

usar corretamente máscaras e luvas, conforme a atividade desenvolvida, manter

rigorosa higiene pessoal, com unhas curtas, sem esmalte, sem adornos nas mãos e

pulso e sem manipular dinheiro e realizar exames de saúde periódicos.

Para os alimentos devem-se obedecer as orientações do fabricante quanto

ao prazo de validade e temperatura de conservação dos ingredientes utilizados e

dos produtos comercializados, adquirir produtos de origem animal inspecionados

pelo órgão competente (SIF, SIP ou SIM-CURITIBA) e reembalar dentro das normas

do SIM-CURITIBA, manter os produtos expostos à venda identificados, com data do

preparo e validade, os produtos não devem estar expostos de forma a permitir

contato direto do consumidor, evitando-se a possibilidade de contaminação, os

produtos de panificação e/ou de confeitaria produzidos e comercializados no local

são dispensados da comunicação da fabricação junto ao Ministério da Saúde, os

produtos de panificação e/ou de confeitaria produzidos no local e distribuídos a

terceiros, devem ser regularizados junto ao Ministério da Saúde.

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A base legal para abertura e funcionamento destes estabelecimentos é:

(Código Sanitário do Estado do Paraná, Portaria nº. 326-SVS/MS de 30/07/97, Lei

Estadual nº. 13331 de 233/11/01, Decreto Estadual nº. 5711 de 23/05/02, Lei

Municipal nº. 9000 de 31/12/96).

A documentação exigida consta de Alvará expedido pela Prefeitura

Municipal de Curitiba e Licença Sanitária expedida pela Secretaria Municipal de

Saúde.

3.3 ESTABELECIMENTOS FISCALIZADOS

Durante o período de estágio foram fiscalizados 863 estabelecimentos

no Distrito Sanitário do Cajuru (Tabela 2).

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Tabela 2. Estabelecimentos fiscalizados pela Equipe de Alimentos do DSC no período de 01 de agosto de 2006 a 27 de setembro de 2006.

ÁREA ESTABELECIMENTOS Nº. % A Restaurantes e Churrascarias 153 17,73 L Panificadoras e Confeitarias 142 16,45 I Açougues 70 8,11 M Supermercados 67 7,76 E Indústria e fabricação de alimentos 60 6,95 T Ind.e fabricação de gelados comestíveis 14 1,62 O Cozinhas Industriais 12 1,39 S Feiras Livres 5 0,58 Consultórios odontológicos 105 12,17 Drogarias 69 8,00

S Consultórios médicos 28 3,24 A Clínica de fisioterapia 13 1,51 Ú Óticas 9 1,04 D Asilos 7 0,81 E Clínicas odontológicas 5 0,58 Laboratórios óticos 3 0,35 Laboratórios de prótese 2 0,23 Hospital 1 0,12 Farmácia 1 0,12

E S C Creches 29 3,36 O Escolas particulares 12 1,39 L Escolas de natação 9 1,04 A Escolas municipais 7 0,81 S O U T Postos de gasolina 26 3,01 R Academias 14 1,62 O S

T O T A L 863 100,00 As atividades foram desenvolvidas em diversos bairros pertencentes ao

Distrito Sanitário Cajuru. Tabela 3. Inspeções acompanhadas durante o período de 01 de agosto de 2006 a 27 de setembro de 2006.

Motivo da Inspeção R A M O Licença Alvará Reclamações Rotina Total

Sanitária e Denúncias

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Pizzaria 1 - 1 - 2 Panificadoras e Confeitarias 8 1 2 - 11 Restaurante, Lanchonete, Cozinha Industrial e Indústria de alimentos 5 2 1 - 8 Supermercados e Mercearias 4 2 3 1 10 Açougue e Peixaria 1 2 - - 3 Farmácia 1 1 - 1 3 Saúde do trabalhador 1 - - - 1 Ações sobre o meio - - 2 - 2 Bar e casas noturnas 1 - - - 1 Distribuidora de Alimentos 6 2 - - 8 Subtotal 28 10 9 2 49 Escolas Municipais 3 - 2 7 12 Escolas Particulares 3 2 - 6 11 Escola de Natação 1 - - - 1 Drogarias 6 4 8 12 30 Asilos 3 1 - 4 8 Lavanderia 1 - - - 1 Postos de Gasolina 6 4 1 - 11 Creches 8 8 1 - 17 T o t a l 87 39 30 33 189

A seguir, são relatadas algumas visita técnicas, exemplificando as ações

da equipe e procedimentos adotados.

4 VISITA TÉCNICA NO BAIRRO DO CAJURU (ESTABELECIMENTO COMERCIAL – SUPERMERCADO)

A Secretaria de Estado da Saúde é órgão competente através da Lei

Complementar Nº. 4/75 e Decreto Nº. 3641/77, para avaliar o aspecto higiênico-

sanitário e conceder a Licença Sanitária para funcionamento, se o estabelecimento

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estiver em condições para tal. No município de Curitiba e utilizada a Lei Municipal

Nº. 9000/96.

Descrição de Visita Técnica

- Histórico: Foi realizada uma visita técnica no local, pelo fato de o estabelecimento

estar funcionando sem possuir a devida Licença Sanitária expedida pela Secretaria

Municipal de Saúde. O supermercado fica autuado e ciente de que responderá pelo

fato em processo administrativo sanitário, tendo prazo de 15 dias para interpor

defesa e/ou impugnação do auto, junto ao protocolo do Distrito Sanitário do Cajuru,

sito à rua Antonio Meireles Sobrinho nº. 595/597, no Bairro do Cajuru, nesta Capital

de acordo com o disposto na Lei Municipal nº. 9000/96, artigo 113 e parágrafos.

(Código de saúde do consumidor)

Obs.: O fiscal técnico, médico veterinário preenche um auto termo baseado na Lei

Municipal nº. 9000/96, artigo 95, artigo 106 inciso I, artigo 108 e o proprietário do

estabelecimento assina como ciência.

Após inspeção no local, com a devida ação da equipe técnica, faz-se o auto

de infração, onde constam as irregularidades.

Auto de Infração

Com base: na Lei Municipal 9000/96, art. 32 parágrafo único, art. 95, art. 98, art. 106

incisos LXXVII, art. 108 (Código de saúde de Curitiba).

Pelo fato de o estabelecimento deixar de oferecer ambiente de trabalho isento

de risco à saúde dos trabalhadores, conforme descrito a seguir;

1. depósito, sendo que esta função é realizada manualmente por escada

estreita com menos de 1m (um metro) de largura, íngreme, com espelhos dos

degraus maiores que 0,20cm (vinte centímetros) e sem corrimão bilateral e

botijões de gás, sem proteção (Fig.6: a - b); 2. O piso do depósito é irregular

podendo causar acidentes como escorregamento, queda e até mesmo

desabamento (Fig.6: c - d); 3. Sanitários de uso exclusivo dos funcionários

pequenos e insalubres, sem ventilação para área externa, sem iluminação

natural e utensílios sujos( Fig.5: c - d); 4. Ausência de vestiários separados

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por sexo e com armários em número e condições de funcionamento

inadequado ; 5. Ausência de dispositivo de água potável a disposição dos

funcionários; 6 . Refeitório inadequado de espaço reduzido e repleto de

entulhos, servindo também como depósito de alimentos vencidos,

embalagens, objetos de uso pessoal . Não existe local para preparo de

refeições nem tão pouco para acondicionar aquelas trazidas das residências

dos funcionários (os funcionários guardam suas marmitas na geladeira da

panificadora); 7. Os equipamentos da panificadora e do açougue (rolo elétrico

e serra fita) não dispõem de dispositivos de segurança apropriados e estão

em precário estado de manutenção (Fig.5:, a – b); 8. Fiação exposta, piso

quebrado, problemas no teto do estabelecimento (Fig.4: a-b-c-d-e-f-g-h).

Figura 4 – IRREGULARIDADES ESTRUTURAIS EM SUPERMERCADO

(a – b) Fiação exposta, (c - d) Piso quebrado, (e - f) Maquinário com

ferrugem, (g – h)Teto abaulado.

a cb

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Figura 5 – IRREGULA

(a – b) Utensílio

d

g

RIDADES HIGIÊNICAS EM SU

s com sujidades, (c - d) Falta d

a

e

h

PERMERCADO

e material de higiene.

f

b

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c

Figura 6 – IRREGULARIDADES – RISCOS À SAÚDE DO TRABALHADOR

(a – b) Botijões sem proteção – Escada íngreme, (c - d) Piso solto.

a

d

b

c

d
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Auto de Infração

Com base: na Lei Municipal 9000/96, art. 95, art. 98, art. 106 incisos XIV, XV, XXII,

LVI e CXII, art. 108, C/C RDC 216 de 15/09/04 (Código de Saúde de Curitiba).

Pelo fato de o estabelecimento estar funcionando sem possuir o mais

rigoroso asseio, conforme descrito a seguir:

1. Possuir em todas as áreas do estabelecimento, piso irregular, permeável, com

partes quebradas e/ou faltantes, cobertas com papelão ou similar que dificulta a

limpeza, sujo, com restos de alimentos, teias de aranha e vestígios de insetos

mortos (Fig.7: a - b); 2. Deixar de realizar manutenção e limpeza dos equipamentos

de frio da área de vendas, que se apresentavam sujos, com a presença de sangue

ressecado, teias de aranha, insetos mortos, acúmulo de gelo, pontos de ferrugem e

de mofo/bolor, com partes quebradas e/ou faltantes (puxadores e vidros) e com

sobrecarga de mercadorias, o que impede a boa circulação de ar frio e prejudica o

funcionamento do equipamento (Fig.7: g); 3. Área de manipulação da panificadora

sem o devido isolamento, ausência de telas milimétricas contra a entrada de insetos,

portas abertas e sem dispositivos de fechamento automático, com luminárias sem

proteção contra estilhaçamento, fios elétricos expostos, ausência de ralos ou

presença de ralos bloqueados, encanamento hidráulico e elétrico expostos, repletos

de emendas e de sujidades impregnadas. Máquinas com bolor (Fig.7: e - f).

Equipamentos sem manutenção (feltro do rolo de massa muito encardido e

com mofo/bolor; geladeira suja com partes quebradas e com grande acúmulo de

gelo. Paredes muito sujas, com massa velha fixada, azulejos faltantes, teias de

aranha. Prateleiras de madeira, sem impermeabilização, sujas com restos de

alimentos, próximas ao piso, com grande quantidade de matéria-prima. Fogão sem

coifa e exaustor. Ausência de pia exclusiva para a higiene das mãos bem como

material de higiene; 4. Depósito inadequadamente instalado no mezanino, sobre

áreas de manipulação do açougue e panificadora, com piso de madeira cheio de

frestas que acumulam sujidades. Ausência de forro, de ventilação natural ou

forçada, com iluminação precária por lâmpadas desprovidas de proteção contra

estilhaçamento. Prateleiras de madeira, envergadas pelo grande peso das

mercadorias mal acondicionadas, desrespeitando as orientações dos fabricantes

quanto ao empilhamento máximo e disposição dos produtos. Acúmulo de papelões

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(lixo) inadequadamente acondicionados próximo da prensa manual de papelão que

esta dentro do depósito de alimentos. Presença de vestígios de insetos e roedores

no depósito, sugerido por embalagens rasgadas, acondicionadas diretamente sobre

o piso. Desorganização e falta de higiene, com pontos críticos no controle na

contaminação química cruzada, graças a mistura material de limpeza, de higiene e

alimentos. Facas mal acondicionadas (Fig.7: c - d); 5. A área de manipulação do

açougue não é devidamente isolada da área de vendas, possui piso irregular, com

azulejos faltantes e/ou quebrados e parte do forro faltante, teias de aranha fixadas

nas partes mais altas das paredes. Falta de manutenção e limpeza da serra-fita,

com grande quantidade de sujeira acumulada por todo o equipamento. Mesas e

bancadas com partes enferrujadas e partes permeáveis em madeira.

Desorganização na guarda de materiais de limpeza em local inadequado, com

presença de copos e giz negro por sobre o dispensador de papel toalha. Ausência

de pia exclusiva para a higiene das mãos. Utensílios em péssimo estado de

conservação, com partes quebradas e rachaduras que acumulam sujidades.

Câmara fria muito suja e desorganizada, com partes quebradas e emendas de ferro

para suportar o peso das prateleiras, presença de mofo/bolor no teto da câmara,

gancheiras enferrujadas. Utilização de caixas vazadas para acondicionamento de

carnes; 6. Ausência de depósito provisório de lixo. OBS: Fica autuado e ciente de

que responderá pelo fato em Processo Administrativo Sanitário, tendo prazo de 15

(quinze) dias para interpor defesa e/ou impugnação deste Auto, junto ao Protocolo

do Distrito Sanitário Cajuru, sito à Rua Antônio Meirelles Sobrinho, 595/597, no

Bairro do Cajuru, nesta Capital, de acordo com o disposto na Lei Municipal 9000/96

e parágrafos.

Figura 7 – IRREGULARIDADES EM ÁREA DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

(a – b) Sujeiras sob estrado e material aberto, (c - d) Alimentos no chão e facas mal acondicionadas, (e - f) Maquinário sem higiene, ( g ) Freezer com sujidades.

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a

d

b

e

g

c

f

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Auto de Infração Com base: na Lei Municipal 9000/96, art. 95, art. 98, art. 108, art. 106 inciso CXII,

C/C Lei Federal 5991/73 art. 5º, art. 6º, Decreto Federal 74170/74 art. 3º (Código de

Saúde de Curitiba).

Pelo fato de o estabelecimento estar funcionando e expondo à venda,

medicamentos diversos (pomadas), sendo que tal tipo de comércio e privativo de

farmácias e drogarias, onde necessita de responsável técnico farmacêutico e estar

licenciado pela Secretaria Municipal de Saúde, conforme determina a legislação

sanitária.

Após visita técnica de inspeção e preenchimentos dos autos de infração o

estabelecimento fica autuado e ciente de que responderá pelo fato em Processo

Administrativo Sanitário, tendo prazo de 15 (quinze) dias para interpor defesa e/ou

impugnação deste Auto, junto ao Protocolo do Distrito Sanitário Cajuru, sito à Rua

Antônio Meirelles Sobrinho, 595/597, no Bairro do Cajuru, nesta Capital, de acordo

com o disposto no art. 113 da Lei Municipal 9000/96.

Auto de Infração

Com base: na Lei Municipal 9000/96, art. 106 incisoVII, L, LXI, art. 115 e autos de

infração nº. 115195 e 115198 (Código de saúde de Curitiba).

Apreendidos e inutilizados os produtos abaixo relacionados pelo fato de

estarem impróprios para o consumo, conforme descrito abaixo;

1- Produtos mal acondicionados e/ou desprotegidos (Fig.8: a – b):

102,3kg de carne bovina, de diferentes cortes, destinados ao moedor, mal

acondicionadas em bandejas abertas na câmara fria; 47,10kg de carne suína,

diferentes cortes em pacotes plásticos rasgados; 17,90kg de coxa de frango.

2- Produtos mal acondicionados, sem identificação de origem e prazo de

validade expirada (Fig.8: c – d):

5,10kg de peixe sem identificação em sacos plásticos rasgados; 0,15kg de

lingüiça de frango, vencidos em 25/06/06; 12,85kg de costela de carneiro congelada

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vencida em 26/11/2005; 3,85kg de fígado de frango, vencida em 01/08/2006;

28,35 kg de coração bovino, vencido em 31/06/2006; 3 Kg de carne de javali;

72,15kg de pernil de suíno, vencida em 06/05/2006; 4,14kg de peru, vencida em

06/05/2006; 3 unidades de 220gr cada de requeijão cremoso, vencido em

30/07/2006; 04 potes de 500gr de margarina, vencida em 30/07/2006; 06 potes de

50gr cada de côco ralado, vencidos em 21/06/2006 (Fig.8: f – g).

3- Produtos impróprios para consumo:

4,60kg de lingüiça defumada, com presença de mofo/bolor (Fig.8: e).

72 kg de coxinha das asas de frango, fora da temperatura, estando sob refrigeração enquanto deveriam permanecer congeladas, conforme informação do fabricante.

Figura 8 – PRODUTOS INUTILIZADOS POR IRREGULARIDADES

(a - b) Alimentos sem identificação e proteção, (c - d) Produtos mal congelados, (e - f) Produtos com validade expirada, (h – i)Descarte e inutilização de produtos no Aterro Sanitário.

a b c

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d e

g h

Quando ocorre a inutilização dos produtos junto ao Aterro Municipal da

Caximba, o responsável fica convidado a acompanhar o procedimento (Fig.8: h – i).

As fotos tiradas no estabelecimento, servem como provas para os autos de

infração.

f

i

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5 VISITA TÉCNICA EM CRECHE/MATERNAL – BAIRRO CAJURU

Histórico : 1º Caso.

A direção da creche maternal solicitou uma visita técnica na Escola Caminhos

do Sol ao Distrito Sanitário do Cajuru, pois duas crianças de 4 anos, alunas da

creche apresentaram : cefaléia, desinteria e emese.

Foram feitas três visitas técnicas na escola e em cada uma delas foi feita a

coleta de água na torneira do jardim, após o cavalete e coleta pós-ramal predial, na

torneira da cozinha. Foi também exigido o documento de limpeza de caixa d'água, o

qual, estava dentro do prazo de validade.

1 ª coleta – presença de pseudomonas

Laudo de Análise

- Coliformes totais: ausente

- Coliformes fecais: ausentes

- Cloro residual (cavalete): 0,80

- Cloro residual (torneira da cozinha): 0,50

- Cloro livre: 0,7

- Cor: 2,5

- pH (Potencial hidrogeniônico) : 7,0

- Turbidez 0,41

- Parâmetro microbiológico: Presença de bactéria patogênica oportunista

Pseudomonas spp.

OBS: A pesquisa de Pseudomonas spp, foi realizada conforme recomendação do

artigo 11, parágrafo 8 da Portaria 518 de 25/03/04 do Ministério da Saúde

(Secretaria municipal de saúde-legislação).

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A Direção da escola recebeu a notificação de ciência dos resultados do

laudo.

Atualmente, a Pseudomonas aeruginosa é classificada como patogênica

oportunista, sendo reconhecida como responsáveis por septicemias, fatais em

crianças e pacientes debilitados adultos que sofreram queimaduras graves, ou se

encontram debilitados por doenças tais como Câncer, Aids, etc ( Blandgraf, 1996).

As Pseudomonas aeruginosa são encontradas no solo, matéria orgânica em

decomposição, vegetação, água e esgotos. Também são encontradas em

alimentos, sanitários, piscinas, etc.

A sua distribuição ambiental é assegurada por suas exigências nutricionais

simples, para o seu desenvolvimento, podendo metabolizar mais de 100 tipos de

substâncias orgânicas e inorgânicas, como única fonte de Carbono e Nitrogênio,

como por exemplo: Querosene, gasolina, pesticidas, venenos orgânicos,

desinfetantes, etc. Algumas cepas podem viver em água destilada por até dois

meses.

É surpreendente que a Pseudomonas aeruginosa não seja o patógeno mais

comum, pois sua virulência é multifatorial, produzindo várias substâncias como

exotoxinas, lucocidinas, proteases, fosfolipases, etc ( Blandgraf, 1996).

As infecções oculares causadas pela Pseudomonas aeruginosa podem ser

devastadoras. A ceratite, ulcerações da córnea e a endoftalmite, exigem intervenção

médica urgente, pois são fulminantes, com provável perda da visão. Resiste a vários

antibióticos.

Nos últimos anos, seu estudo em águas de piscinas merece atenção, pois o

seu poder multifatorial a implica em vários tipos de infecções tais como: otite

externa, infecções pulmonares, traqueobronquites, bronco-pneumonias necrosante,

infecções das vias unirárias, gastroenterites, etc.

Normalmente a contaminação das águas de piscinas ocorre pelos próprios

nadadores. Podem ser encontradas em águas tratadas, pois são mais resistentes ao

cloro que outras bactérias (Contac, 2006).

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A sua pesquisa está relacionada com a balneabilidade e águas de

hemodiálise.

A nível industrial, a Pseudomonas aeruginosa assume grande importância em

função da sua capacidade de formar limo, causando interferência nos processo

industriais farmacêuticos, de alimentos e de bebidas.

Sua presença não está relacionada com o índice de coliformes, pois a

Pseudomonas aeruginosa produz uma substância chamada Piocianina ou

Pseudocim a qual inibe o crescimento do Grupo Coliformes Totais e Fecais ou

termotolerantes.

O objetivo da análise é determinar e quantificar a presença de Pseudomonas

aeruginosa , avaliando a qualidade bacteriológica da água potável, balneabilidade,

águas minerais, águas para hemodiálise e águas de processos industriais.

5.1 TÉCNICA DE COLHEITA

A colheita da amostra deve ser efetuada antes de qualquer outro tipo de

colheita, para evitar a contaminação local da amostra, comprometendo os

resultados.

A colheita deve ser efetuada em frascos esterilizados, de plástico

autoclavável, não tóxico, de boca larga, com capacidade mínima de 120 ml, tampa

rosqueável. Os frascos de vidro não são aconselháveis pelo perigo de acidentes e

conseqüente quebra, com a perda da amostra.

Colheita.

Colheita em torneira:

Dispor do frasco esterilizado adequado e previamente identificado.

Abrir a torneira e deixar a água escorrer por um tempo.

Fechar a torneira e desinfetar a boca da torneira com algodão embebecido em

álcool iodado externa e internamente, ou com um pisseti, retirando o excesso com

algodão estéril.

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Abrir o frasco, não tocando na parte interna da tampa e da torneira.

Deixar escorrer um pouco de água para lavar o álcool iodado. Coletar rapidamente,

fechar o frasco logo em seguida.

Identificar o frasco e preencher a ficha de coleta com os dados necessários.

Enviar a amostra o mais rápido possível sob refrigeração (ANA-BRASIL, 2006).

Flambagem:

A flambagem (esterilização com fogo), apesar de preconizada, tem apenas

efeito psicológico. Atualmente os cavaletes e as torneiras são de plástico, sendo

impossível a sua esterilização à quente. E mesmo que a torneira seja de metal, para

esterelizá-la seria necessário aquecê-la ao rubro.

Podemos imaginar o tamanho da chama a ser utilizada, ou a utilização do

maçarico a gás, procedimentos complexos que podem ser perfeitamente

substituídos com a assepsia com álcool iodado, o qual tem excelente poder

bactericida.

5.2 CLORO RESIDUAL

Um dos componentes para a desinfecção de águas de abastecimento e

residuárias é o cloro. A desinfecção é um processo seletivo, que não destrói todos

os microrganismos e nem sempre elimina todos os patógenos, mas deve assegurar

a potabilidade da água.

No caso da Escola do Bairro do Cajuru em que apresentou-se um surto a ser

investigado, não podería-se obter uma imediata indicação da qualidade

bacteriológica da água, então testou-se a presença de cloro residual desinfetante.

O estado sanitário do sistema de distribuição é determinado, através da

contagem de organismos do grupo coliforme. Porém visando garantir a desinfecção

da água de abastecimento público proporcionando maior proteção aos

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consumidores, medidas de cloro residual são avaliadas (CETESB,1987 –

COGERH,2001).

Técnica Utilizada:

Leitura com Ortotolidina

Materiais utilizados:

- Tubo de Nessler, forma baixa, com capacidade de 50 ml

- Pipeta graduada – capacidade de 1 ml

- Comparador visual, provido de disco colorimétrico para cloro.

Reagentes Utilizados:

- Solução de ortotolidina 0,1 %

- Solução de tiossulfato de sódio 0,1 N

- Solução de arsenito de sódio 0,5 %

Descrição do Método:

Cloro Residual Total

Tomar 50 ml de amostra em tubo de Nessler, adicionar 0,5 ml da solução de

ortotolidina 0,1% agitando-a logo após. Deixar 5 minutos em repouso no escuro.

Transferir para o tubo da direita do comparador visual, conservando o tubo da

esquerda com água deionizada, efetuar a leitura, girando o disco dos valores

menores para os maiores até igualdade dos campos.

Cloro Residual Livre

Tomar 50 ml de amostra em tubo de Nessler, adicionar 0,5ml da solução de

ortotolidina 0,1%. Imediatamente após, adicionar 0,5ml da solução de arsênio 0,5%,

proceder como descrito acima.

Os resultados são obtidos em mg/L de cloro livre e total conforme a leitura.

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As leituras para cloro livre e total devem ser realizadas seguindo indicação do

aparelho digital microprocessado.

Adicionando-se o reagente de DPD (Dialquil-1,4-fenilenodiamino) específico

para medicação de cloro livre ou total nos padrões e amostras os mesmos

desenvolverão uma coloração rósea variando sua tonalidade de fraca a intensa de

acordo com a quantidade de cloro existente na amostra.

A cubeta é então introduzida no aparelho e através de uma tecla de leitura

obtém-se o teor de cloro livre ou total em mg/L no visor do aparelho.

Durante o período de 01 de agosto de 2006 a 27 de setembro de 2006, foram

realizadas análises físico-químicas da qualidade da água em seis estabelecimentos

comerciais e foram obtidos os seguintes resultados (Tabela 4).

Tabela 4 – Análise de paramentos físico-químicos de água.

Parâmetros Restaurante 1 Restaurante 2 Lanchonete 1 Lanchonete 2 Piscina 1 Piscina 2 Padrão

pH 7,2 7,0 7,5 7,5 6,5 6,9 7,2 a 7,8

Cloro Residual Total

1,5 mg/L

1,5 mg/L

1,5 mg/L

1,0 mg/L

0,5 mg/L

0,5 mg/L

2,0 a 5,0 ppm

Cloro Residual Livre

0,8 mg/L

1,2 mg/L

1,0 mg/L

1,0 mg/L

0,4

0,1

0,8 a 3,0 mg/L

Cor 4 4 4 4 3 3 1 a 15 mg/LPt

Fonte: LACEN,2006.

Discussão:

Um pH abaixo de 7,0 pode causar irritação na pele das mãos de um

manipulador de alimentos e corrosão nos maquinários. Em piscinas pH acima do

padrão podem aparecer algas e se estiver abaixo do padrão pode causar irritação

nos olhos dos usuários.

Um pH acima de 7,8 pode ressecar a pele das mãos de um manipulador de

alimentos e reduzir a eficácia do cloro na caixa d'água, colocando em risco a higiene

dos alimentos.

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O teor de cloro total é a soma das concentrações do cloro residual livre e do

cloro residual combinado, se os valores estiverem acima ou abaixo dos padrões

estabelecidos pela legislação deve-se verificar as tubulações pós-ramal predial e ou

comunicar órgãos competentes de tratamento de água.

O cloro residual livre é a medida do teor do agente sanitizante presente na

água da piscina para combater os microorganismos que podem contaminar a água.

A faixa ideal de cloro livre a ser mantida é de 1 a 3 ppm, valores abaixo podem fazer

com que microorganismos patogênicos se multipliquem, causando doenças e

valores acima causam odor desagradável na água e ardência nos olhos.

A cor da água é um importante indicativo de sua qualidade. Segundo análise

das amostras, todas estavam dentro do padrão.

Segundo (CONAMA,1986) a análise da cor da água pode revelar:

Água colorida – metais

Água turva/esverdeada – algas

Água turva/Leitosa – Areia e sujeira

Manchas escuras nas bordas e paredes – cobre.

Queda de bichos na água (ratos, sapos,etc) – Requer limpeza das caixas

d'água e piscinas.

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6 VISITA TÉCNICA EM ESCOLA PARA CONTROLE DE PISCINA

Uma das atividades realizada no estágio foi o controle da qualidade de água

da piscina de uma escola.

O primeiro procedimento foi o preenchimento de uma ficha de

acompanhamento de atividades externas do Distrito contendo: nº. de registro, nº. do

processo, identificação (nome de fantasia, razão social, Cnpj, proprietário, Rg,

responsável técnico, nº. do conselho, nº. do alvará, nº. da licença sanitária, inscrição

municipal, inscrição imobiliária, endereço, ramo de atividade).

O segundo procedimento foi o preenchimento da ficha de inspeção em

estabelecimento de recreação, academias de ginástica, atividades aquáticas, clubes

e escolas que possuam piscinas.

No local da inspeção foi realizado o controle de sanitários (teor de cloro,

placas de identificação, pH, laudo bacteriológico, área de banho, atestados médicos,

salva-vidas, chuveiros, iluminação, ventilação, climatização, condições de acesso ao

tanque). No tanque é avaliada a dimensão, volume, profundidade, casa de

máquinas e dosadores de cloro.

Após a inspeção, preenche-se o auto termo.

Com base na Lei municipal 9000/96, art. 110, 111 e 112. Resolução Estadual

nº. 53, de 12/08/82; Resolução nº. 28, de 20/06/02; Portaria nº. 152, de 26/02/99;

Portaria nº. 15, de 23/08/88 (Código de Saúde de Curitiba).

Termo de intimação

1- Tanques: Retirar saliências da parede e do fundo da piscina, repor azulejos

quebrados e lascados, corrigir ou substituir o material de revestimento com

imperfeições e substituir duas lajotas quebradas da borda da piscina. Deve existir

marcadores de profundidade e quando em desuso cobrir o tanque com material

resistente e de cor escura.

2- Escadas: Ter no mínimo duas escadas, tipo marinheiro, uma no raso e outra no

funda da piscina, livres e removíveis, penetrando no mínimo 1,20m abaixo da

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superfície da água, ou até o fundo nos pontos em que a profundidade for menor que

este nível.

3- Sistema de recirculação e tratamento: Renovar, tratar e/ou recircular o volume de

água do tanque, a cada 8 horas. Permitir esvaziamento do tanque com rejeição de

água assegurando proteção contra contaminação de água limpa.

4- Lava pés: Esvaziá-lo e lavá-lo diariamente, manter durante todo o período de uso

do tanque, cloro residual acima de 25 mg/L.

5- Vestiários e instalações sanitárias: Ter ventilação direta para o exterior e ser

mantido em perfeitas condições de limpeza e higiene.

6- Equipamentos de salvamento: Providenciar no mínimo bóias presas a um pedaço

de corda, um cabo longo com gancho e uma caixa de primeiros socorros.

7- Controle médico-sanitário: Conter lavatórios, sabão liquido, ventilação,

climatização, lava pés, altura para saltos e piso anti-derrapantes. É exigido atestado

médico dos freqüentadores da piscina.

8- Casa de máquinas: Condicionar em canaletas a fiação elétrica, fazer o

acabamento das paredes e piso com material resistente, liso, lavável e

impermeável, manter em perfeitas condições de higiene.

9- Operadores de piscina: Fornecer uniforme, luvas, óculos, máscaras de segurança

e botas de borracha. Apresentar certificado atualizado de curso de capacitação em

operação e controle de piscinas e encaminhar os comprovantes, para a vigilância

sanitária. Validar o curso de capacitação do funcionário responsável em operação e

controle das piscinas.

10 – Usuários: Ter ficha cadastral de todos os alunos e atestado médico semestral

ou quando necessário.

11 – Proibir no local utensílios como vassouras, baldes, rodos, ou qualquer material

de limpeza no horário de utilização da piscina.

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12 – Proibir a entrada de pessoas portadoras de doenças transmissíveis por

contágio ou veiculadas pela água, bem como ferimentos abertos ou com curativos

de qualquer natureza.

13 – Registro de dados: Durante o período de uso do tanque, anotar diariamente em

livros de registro de dados como a quantidade de cada produto aplicado, natureza

do produto, pH da água, taxa de cloro residual disponível na água do tanque e lava-

pés.

14 – Depósito de produtos químicos e acessórios da piscina: Providenciar local

fresco e seco, ao abrigo da luz solar direta, para a guarda dos produtos químicos de

modo que não fiquem depositados diretamente sobre o piso e encostados na

parede, nem ocupando áreas dos vestiários e sanitários. Os produtos sólidos devem

ficar dispostos na parte de cima e os líquidos na parte de baixo. Separar os produtos

químicos que não devem ser colocados próximos uns aos outros. Guardar todos os

outros acessórios e materiais necessários à limpeza dos tanques em depósito

fechado.

15 – Solário – Área do tanque: na entrada fixar cartazes ou outros de comunicação

sobre o regulamento da piscina, instruções de higiene e segurança. Antes de

ingressar na área do tanque passar obrigatoriamente por chuveiro e lava-pés. As

paredes devem ser revestidas com material resistente, liso, lavável e impermeável.

16 – Qualidade da água: Em desuso filtrar a água diariamente, aspirar o fundo a

cada duas semanas, manter pH entre 7,2 e 7,6, manter cloro residual entre 1,0 e 1,5

mg/L, fazer oxidação de choque (supercloração de 15 em 15 dias).

17 – Laudo da qualidade d'água : Providenciar análise bacteriológica (coliformes

totais, coliformes fecais e Pseudomonas aeroginosas). Providenciar análise físico-

química (pH e cloro residual) mensal. Encaminhar via fax os laudos para a vigilância

sanitária.

Uma visita técnica em uma piscina, exige o monitoramento do pH e do cloro,

de duas horas. A cloração é a melhor forma de tratar a água, controlando assim a

proliferação de agentes patogênicos, por isso o responsável técnico deve atualizar o

padrão do cloro e do pH para os usuários da piscina. A medição incorreta pode levar

à toxidade.

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Desde a descoberta dos TAM (Soma Aritmética das Concentrações dos

Trialometanos Totais), tem se verificado que a exposição humana ocorre não

apenas pela ingestão de água de abastecimento clorada, mas também em banhos e

uso de piscinas (Tominaga, 1999; F Midio, 1999).

Certamente existe um risco associado a estas substâncias químicas, mas

também existe um enorme benefício em termos de Saúde Pública.

A legislação Brasileira determina o padrão de qualidade da água da piscina,

que deve ser o mesmo usado para água potável. Seguem-se os parâmetros

estabelecidos pela Portaria nº.518 do Ministério da Saúde, que exige ausência total

de coliformes fecais.

Todos os estabelecimentos visitados para a inspeção de piscinas no período

do Estágio Curricular Obrigatório, conheciam a Portaria, porém sem exceção não se

adequavam às normas.

Uma outra forma de tratamento da água de piscinas é o uso de desinfecção

por raios ultravioleta, onde o alvo é o material genético dos microrganismos (DNA ou

RNA). Quando a luz UV penetra é absorvida pelo ácido nucléico e provoca um

rearranjo da informação genética, que interfere com a capacidade de reprodução da

célula do microrganismo.

A desinfecção de piscinas também pode ser feita por filtros biológicos ou

ainda promover a remoção mecânica de partículas em suspensão e dos compostos

tóxicos por meio de filtros, deixando a água com melhor qualidade

(ECOLIGHT,2006).

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7 VISITA TÉCNICA EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL – PANIFICADORA

Histórico: Houve denúncia por fregueses do Bairro do Cajuru, solicitando que a

vigilância sanitária do local realiza-se visita técnica para verificação de

irregularidades como falta de higiene em panificadora.

A autoridade sanitária com cargo/função de técnico em saneamento, após

inspeção preencheu auto-termo e auto de infração com base na Lei municipal

9000/96, art. 95, 98,106, inciso CX, art. 108. Pelo fato de:

O responsável pelo estabelecimento dificultou a ação da vigilância sanitária,

ao se recusar a apresentar qualquer documentação do estabelecimento e pessoal e

recusou-se a assinar o termo/auto de infração, assinando como testemunhas o

policial e a estagiária presente no local.

O proprietário do estabelecimento foi autuado e ficou ciente de que

responderá pelo fato em processo administrativo sanitário, tendo prazo de 15

(quinze) dias para apresentar defesa ou impugnação deste auto, junto ao Distrito

Sanitário do Cajuru, nesta capital, de acordo com artigo 113 da Lei Municipal

9000/96 (Curitiba, 1996).

A autoridade sanitária com cargo/função de técnico em saneamento, após

inspeção preencheu auto-termo e auto de infração com base na Lei Municipal

9000/96, art. 95, 98, 108 e 106 inciso I (Código de Saúde de Curitiba). Pelo fato de:

O estabelecimento acima qualificado estar funcionando sem a devida licença

sanitária atualizada, contrariando o disposto na legislação sanitária.

O proprietário do estabelecimento foi autuado e ficou ciente de que

responderá pelo fato em processo administrativo sanitário, tendo prazo de 15 dias

para apresentar defesa ou impugnação deste auto, junto ao distrito sanitário do

Cajuru, sito á Rua Antonio Meirelles Sobrinho, 595 nesta Capital, de acordo com

artigo 113 da Lei Municipal 9000/96 (Curitiba, 1996).

A autoridade sanitária com cargo/função de técnico em saneamento, após

inspeção preencheu auto-termo e auto de infração com base na Lei Municipal

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9000/96, art. 95, 98,106, inciso L art.108 (Código de saúde de Curitiba). Pelo fato

de:

O estabelecimento acima qualificado estar expondo à venda produtos de

interesse à saúde cujo prazo de validade expirou, vencido e expostos com baratas

sobre os mesmos.

A autoridade sanitária com cargo/função de técnico em saneamento, após

inspeção preencheu auto-termo e auto de infração com base na Lei Municipal

9000/96, art. 120, 115, 106, inciso L,LXI, LI e auto de infração nº. 115141 (Código

de Saúde de Curitiba).

Ficam apreendidos e inutilizados os produtos abaixo relacionados, pelo fato

de estarem impróprios para o consumo:

1-) Produtos com validade expirada:

05 potes de 200gr de creme de leite, vencimento 22/08/06.

01 pote de macarrão, 80gr vencimento 07/06/06.

01 pacote de mistura para bolo sabor laranja, validade 19/07/06.

1525 pães para assar (pão francês).

116 pães assados.

38 doces assados.

05 pães caseiros de forma.

13 brigadeiros e 22 pães de queijo.

Os pães e brigadeiros impróprios para o consumo pela presença de insetos

sobre os mesmos.

A autoridade sanitária com cargo/função de técnico em saneamento, após

inspeção preencheu auto-termo e auto de infração com base na Lei municipal

9000/96, art. 95, 98, incisos e parágrafos, art. 106 inc. CXII, art. 108 incisos e

parágrafos. C/C Lei Estadual 13.331/01 e decreto 5711/02 art. 328 parágrafo 1º e 2º

(Código de Saúde de Curitiba) Pelo fato de:

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O responsável pelo estabelecimento acima qualificado manter fatores que

propiciem o acesso, abrigo, fonte de alimentos a água disponível para procriação de

vetores (baratas na área de manipulação da panificadora, sobre os utensílios, atrás

das formas, em contato com os ingredientes e alimentos preparados para o

consumo.

O proprietário do estabelecimento foi autuado e ficou ciente de que

responderá pelo fato em processo administrativo sanitário, tendo prazo de 15 dias

para apresentar defesa ou impugnação deste auto, junto ao Distrito Sanitário do

Cajuru, sito á Rua Antonio Meirelles Sobrinho, 595 nesta capital, de acordo com

artigo 113 da Lei Municipal 9000/96 (Curitiba, 1996).

A autoridade sanitária com cargo/função médico veterinário, após inspeção

preencheu auto-termo e auto de infração com base na Lei Municipal 9000/96, art.

95, 98, incisos e parágrafos, art. 108 incisos e parágrafos, art. 106, incisos LVI,

LXXXV e LXXXVI (Código de Saúde de Curitiba). Pelo fato de:

O estabelecimento acima qualificado estar funcionando em precárias

condições higiênico-sanitárias, expondo a saúde pública ao risco potencial, consiste

em:

1-) Piso da área de manipulação quebrado, com superfície áspera (fig.9: d); 2-)

Paredes sujas, com superfície áspera, escura de fuligem; 3- Teto com bolor, preto

de fuligem (fig.9: b); 4- área de manipulação sem isolamento e proteção contra a

entrada de isentos e vetores; 5- Armários sujos e em péssimas condições de

organização e conservação; 6- Fiação exposta e em péssimas condições de

conservação; 7- Manipuladores sem uniforme completo, de chinelos; 8- Freezeres

sujos e em péssimo estado de conservação, com partes enferrujadas; 9- Objetos em

desuso no local; 10- Feltro da máquina de enrolar pães em péssimo estado de

conservação; 11- Objetos pessoais atrás do forno (roupas); 12- Matéria-prima no

chão, desprotegidas e/ou mal acondicionadas; 13- Banheiro com coletor de lixo sem

sacos plástico, assento do vaso faltante e/ou quebrado (fig.9: j); 14- Lâmpada da

área de manipulação sem a proteção contra estilhaçamento (fig.9: i); 15- Ausência

de pia na área de manipulação, exclusiva para higiene das mãos, ausência de

material de higiene (papel toalha e sabonete liquido); 16- Cortina de pano na área

de manipulação (fig.9:c); 17- Ausência de ventilação na área de manipulação; 18-

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Iluminação da área de manipulação deficiente;. 19- Trigo armazenado em contato

direto com a parede, estrados baixos, com sujeira sob os produtos (fig.9: e – f ); 20-

Utensílios com insetos (fig.9: h); 21- Gelo em recipiente inadequado (fig.9: g).

Figura 9 – IRREGULARIDADES ENCONTRADAS MEDIANTE INSPEÇÃO EM

PANIFICADORA

(a - b) Paredes com mofo e insetos, (c - d) Ventilação inadequada e piso, quebrado, (e - f) Alimentos no chão e com insetos, (g)Gelo em recipiente inadequado, (h – i) Peneira com insetos e lâmpada sem proteção, ( j ) Assento sanitário sem tampa, (l – m) Apreensão de alimentos em local interditado.

a cb

d

e

f

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preencheu auto-termo e a

115 parágrafos 1º e 2º,

infração nº.

Curitiba). Pelo fato de:

J

O proprietário do

responderá pelo fato em

(quinze) dias para aprese

Sanitário do Cajuru, sito

acordo com artigo 113 da

A autoridade sanit

115140,1151

g

Meirelles So

ão médi

uto de infração com base

art. 106 incisos LVI,LXXXV

estabelecim

proc

nt

á Rua Antonio

Lei

ária com cargo/funç

ento foi autu

esso administrativo

ar defesa ou impugnação

Municipal 9000/96.

43 e 134077, datados de 2

h

iente de que

tendo prazo de 15

auto, junto ao Distrito

brinho, 595 nesta capital, de

co veterinário, após inspeção

na Lei municipal 9000/96, art

,LXXXVI, I, CXII e autos de

e de

l

ado e ficou c

sanitário,

deste

4/08/06 (Código de Saúd

i

.

m

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fins que não sejam o de promover sua adequação à

legislação vigente, acarreta em crime de previsto no artigo 330 do Código Penal

rasile

Interditado o estabelecimento acima qualificado, pelo fato de não possuir

licença sanitária expedida pelo órgão competente, bem como por estar funcionando

em precárias condições de higiene, tais como descritas nos autos de infração nºs.

134077 e 115143 datados de 24/08/06 (Fig.9: l – m).

Vinte e quatro horas após a interdição da panificadora, o proprietário se

dirigiu ao Distrito Sanitário do Cajuru e solicitou a abertura de meia porta para a

execução de serviços de reformas e dedetização e desratização. A vigilância

sanitária autorizou e pediu a ciência de que a abertura do estabelecimento

interditado para outros

B iro.

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8 PROGRAMA LEITE DAS CRIANÇAS

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná - SESA, coloca em prática

o PROGRAMA LEITE DAS CRIANÇAS – DIMINUIÇÃO DA DESNUTRIÇÃO

FANTIL, com o acompanhamento das ações da Vigilância Sanitária e

pidemiologia. As ações da saúde estão previstas na Instrução normativa

01/2004, que são a inspeção higiênico – sanitária dos pontos de distribuição do

ite e coleta de amostras do leite pasteurizado pela Vigilância Sanitária e a

avaliação mensal dos beneficiários do programa através do Sistema de

igilância alimentar e Nutricional, seguindo as orientações do Ministério da

Saúde e da Secretaria de Estado da saúde (BRASILIA, 1999).

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional consiste em um sistema

at, Qualitat e Da

Fazenda (fig.10: a - b) . Os municípios de Curitiba e São José dos Pinhais são

fiscalizados pelos médicos veterinários no local da entrega, ou seja, nas

pontualidade. Este leite não pode ser vendido e nem ter demora na sua

entrega.

a capacidade do freezer,

precárias condições higiênicas, leite congelado, freezer desligado, leite

IN

E

le

V

de informação em que um dos objetivos principais é avaliar o estado nutricional

de indivíduos para obter o diagnóstico de possíveis desvios nutricionais. Faz

parte do Programa, o acompanhamento mensal do peso das crianças. A

coordenação municipal do SISVAN (Sistema de Vigilância alimentar e

Nutricional), realiza supervisão das equipes de saúde, quanto ao correto

preenchimento do gráfico Peso - Idade, no cartão de saúde da criança

(BRASIL,1998).

Os laticínios que entregam o leite são a Frimesa, Natural

atendidos por mais de um laticínio (PARANÁ, 2004).

Os veículos que fazem o transporte do leite devem ser refrigerados,

isotérmicos e ter Licença Sanitária (fig.10: b - e). Todos os veículos são

escolas. Fazem parte da fiscalização além da infraestrutura do transporte e sua

documentação, o uniforme do carregador, sua higiene pessoal, sua conduta e

Nas inspeções verificaram-se as seguintes irregularidades: temperatura

do produto estando acima de 10ºC, volume acima d

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vencido, leite armazenado com outros, temperatura acima de 7ºC no veículo de

transporte, entrega do leite em horários irregulares, leite azedo, transporte

acima da capacidade, termômetro quebrado, veículos sem caixas térmicas,

descarga direto no chão, descarregador sem uniforme e freezer avariado.

(Fig.10: c - f).

Todo o controle de dados sobre o projeto, aponta a situação alimentar e

nutricional da população, produzindo um diagnóstico da situação de saúde e

nutrição da população, servindo assim, para subsidiar as ações municipais.

Figura 10 - DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAMEN

MUNICIPAIS DE CURITIBA

(a - b) Embalagem padrão do leite, (c

Freezer da escola, (d-) Veículo refrig

do leite, (e-) Descarregamento de lei

tura do leite.

a

b

TO DO LEITE EM ESCOLA

-) Armazenamento do leite

erado, isotérmico para trans

te, (f-) Monitoramento da te

c

d e f

S

no

porte

mpera-

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9 DISCUSSÕES

O acompanhamento das visitas técnicas no estágio curricular obrigatório

mas

uma visão das relações interpessoais que permeiam o trabalho técnico nas

inspeções.

Cada visita mesmo que seja programada ou não, é uma situação que se

uitas vezes o técnico sanitarista acaba entrando na

vida pessoal do proprietário, não porque ele não agiu com profissionalismo, mas

m “cheque” o ganha pão das pessoas, a sua sobrevivência e

Cabe ao profissional da Vigilância Sanitária deixar bem claro que ela é uma

parceira de todos os estabelecimentos, uma orientadora que tem a somar para o

O trabalho da Vigilância Sanitária é acima de tudo educativo. Neste trabalho é

preciso empatia, é preciso paciência e perfil profissional, sendo difícil tais requisitos

muitas vezes em profissionais cansados de um sistema hipócrita, cansados de um

mundo sem solução. Porém, a responsabilidade profissional deve vencer a

desmotivação pessoal.

am a muitos outros problemas

e um profissional pode se sentir impotente diante das desgraças da miséria ou da

impunidade ou do descaso dos líderes governamentais.

sitas técnicas se configuram de uma forma quase inatendível.

Estabelecimentos que são denunciados, por exemplo, por falta de higiene e que ao

fazer a inspeção verifica-se que o local é de invasão e por isso não tem Alvará nem

tão pouco Licença Sanitária e ao mesmo tempo não se pode interditar o local, pela

falta de documentação.

proporcionaram não só uma visão técnica do trabalho da vigilância sanitária,

diferencia de todas as outras. A Vigilância Sanitária lhe confere autoridade para

entrar nos estabelecimentos, verificar todas as instalações e penalizar o proprietário,

seja com multa, interdição, etc. M

porque é colocado e

isto também é sua vida pessoal. Então torna-se um trabalho delicado, o que leva

muitas vezes a situações sem controle, inesperadas.

sucesso do local.

Os problemas sociais de uma comunidade lev

Algumas vi

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Muitas são as situações em que os técnicos da vigilância sanitária se

deparam. Os órgãos competentes proporcionam cursos e treinamentos para tais

profissionais sanitaristas, porém há situações que lhes exigem muito mais do que

um aprendizado de palestras, cursos e apostilas.

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10 ATERRO SANITÁRIO DA CAXIMBA

O Aterro Sanitário da Caximba f i implantado em 20 de novembro de 1989.

Localiza-se ao sul do município de Curitiba a 23 km do centro, no bairro da caximba,

entre os municípios de Araucária e Fa nda Rio Grande. O aterro sanitário possui

uma área total de 410.000m², sendo que a área destinada à disposição de lixo é de

237.000m².

Para escolha deste local a Prefeitura Municipal de Curitiba, fundamentou-se

em estudos preliminares e normas operacionais e certificou-se que a confinação dos

controle de poluição ambiental

(CONAMA, 2002).

na de PVC Vinimanta acoplada com Geofort, recoberta por uma

camada de aproximadamente 50 cm de argila compactada (Curitiba, 2006).

a manta bidim, a qual evita a colmatação do sistema de

drenagem, que tem como finalidade o recolhimento dos líquidos percolados

(chorume) e eliminação de gases (metano, sulfídrico, mercaptana, etc). O chorume

recolhido pelo sistema de drenagem é encaminhado até um emissário central, que o

enviará até o sistema de tratamento, ele é um liquido escuro gerado pela

degradação dos resíduos, contém alta carga poluidora, por isso, deve ser tratado

adequadamente. Os gases resultantes da decomposição da matéria orgânica são

O chorume é captado através de drenos e conduzido ao tanque de

equalização que têm a função de reter os metais pesados e homogeneizar os

afluentes. Em seguida é conduzido à lagoa anaeróbica onde bactérias vão atacar a

parte orgânica, provocando a biodegradação. Para complementar a biodegradação,

o chorume é conduzido para a lagoa facultativa, que irá tratá-lo por processo

o

ze

resíduos sólidos seria segura em termos de

Um dos pontos fortes dos estudos preliminares apontava para o sistema de

impermeabilização de fundo, o qual vem a ser, o local para receber o lixo que deve

estar totalmente impermeabilizado. A impermeabilização é feita através de

Geomembra

Sobre a camada de argila compactada são acentados tubos perfurados

(drenantes), verticalmente e horizontalmente, recobertos com pedras marroadas e

revestidos por um

queimados.

aeróbico e anaeróbico. Os efluentes após passarem por este sistema de tratamento

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e com a redução de sua carga orgânica em torno de 89 a 92% são lançados nos

rios, neste momento não causarão mais danos ao meio ambiente.

l do

ISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente,

om base

lho

te, a SMMA é quem executa o CONTROLE AMBIENTAL,

MENTO e pela

de

cial de causar poluição de qualquer forma

(atmosférica, hídrica, sonora, do solo e residual) quanto para a proteção das árvores

s ambientais devido à falta de coleta de lixo.

A

A descarga de Resíduos Sólidos em locais inadequados, pode causar os

seguintes problemas ambientais:

· Alterar a qualidade do ar em função das emanações de gases e poeiras;

· Poluir as águas superficiais e do subsolo pelos líquidos percolados (chorume) e

pela migração de gases;

· Agredir esteticamente o solo devido ao espalhamento do lixo;

· Atrair diversos vetores causadores de enfermidades, como por exemplo ratos,

moscas,baratas, etc (Curitiba, 2006).

A Prefeitura Municipal de Curitiba, através da SMMA - Secretaria Municipa

Meio Ambiente, é integrante do S

sendo responsável, no Município, pela execução da Política Ambiental. C

na Constituição Federal, bem como na Resolução 237/97 do CONAMA – Conse

Nacional do Meio Ambien

sendo responsável pelos procedimentos de LICENCIA

FISCALIZAÇÃO, tanto para as atividades ou empreendimentos considerados

risco ambiental, ou seja, com poten

e áreas verdes, públicas ou privadas.

Coleta Lixo que não é Lixo é a coleta regular dos resíduos gerados nas

atividades diárias nas residências, bem como em estabelecimentos comerciais,

industriais e de prestação de serviços, cujos volumes e características sejam

compatíveis com a legislação municipal vigente. O Lixo que não é Lixo é constituído

por materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais, sucatas de

fogão, de televisão, de máquina de lavar, entre outros. A Prefeitura Municipal de

Curitiba em 31 de janeiro de 1989, implantou o Programa "Compra do Lixo", em

áreas onde havia seríssimos problema

principal causa desta deficiência, era em função das áreas serem

desurbanizadas e de difícil acesso aos caminhões da coleta por tratar-se de

encostas de morros, fundos de vale e favelas com ruas muito estreitas.

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O Programa Compra do Lixo, constitui-se numa forma alternativa de Coleta

Domiciliar, destinada a atender as camadas menos favorecidas da população.

A Prefeitura Municipal de Curitiba realizou diagnóstico nas áreas,

demonstrando: Excesso de lixo depositado a céu aberto, em valetas, vias públicas,

fundos

A Prefeitura instala uma caçamba estacionária com capacidade de 7m³ em

ção e acondicionamento dos resíduos.

de julho de 1991, a Prefeitura, visando auxiliar os pequenos

produtores da Região Metropolitana de Curitiba e Litoral, passa a adquirir o

xced ão

Os

ausadas por vetores, nos locais

onde havia depósitos de lixo a céu aberto, as comunidades utilizaram este espaço

da comunidade, auxílio no escoamento da safra dos hortigranjeiros produzidos na

de quintais, terrenos baldios e fundos de vale, alta incidência de doenças

veiculadas por moscas, ratos e outros vetores, atingindo principalmente a população

infantil e o saneamento básico era inexistente.

Uma equipe de Educação Ambiental da Prefeitura entra em contato com a

comunidade, com objetivo de organizá-la.

Criada a Associação de Moradores, é firmado um convênio entre Prefeitura e

Comunidade, a qual torna-se responsável pela distribuição dos sacos plásticos e

pelo controle do número de sacos depositados na caçamba por família participante

do Programa.

local previamente determinado, e entrega à Associação, quinzenalmente, sacos de

lixo com capacidade de 60 litros para capta

Para cada saco de lixo contendo de 8 a 10 kg de resíduos depositados na

caçamba, o participante recebe um vale-transporte.

A partir

e ente de suas safras através do convênio firmado com a FEPAR - Federaç

Paranaense das Associações dos Produtores Rurais. Naquele momento

substituímos o vale-transporte por produtos hortifrutigranjeiros da época.

benefícios do programa são: Limpeza total de áreas em curto prazo,

diminuindo sensivelmente a incidência de doenças c

para execução de hortas comunitárias, possibilitou o manejo correto dos resíduos e

seu devido acondicionamento, evitando a exposição do lixo, mesmo durante os

intervalos de coleta, maior integração cidadão município na solução dos problemas

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região metropolitana de Curitiba e litoral, enriquecimento da alimentação das

famílias mais carentes de nossa comunidade.

Atualmente, o programa Compra do Lixo atende 41 comunidades.

Fazem parte deste programa: Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Secretaria

Municipal de Abastecimento, Federação Paranaense das Associações dos

Produtores Rurais – FEPAR, Fundação de Associação Social – FAZ.

Os chorumes gerados nas três fases se misturam ao entrar no sistema de

tratamento e apresentam uma vazão média de 48 m³/h. No início da operação de um

aterro sanitário observa-se que o chorume tem pH levemente ácido, que é justificado

pela oxidação de carboidratos e gorduras e formação de ácidos orgânicos. Essa

caract escassos

e incia-se outro ciclo de reações envolvendo a hidrólise de proteínas. Nessa fase o

pH

2006).

ria ser

oxidado para ser usado como nutrientes.

erística vai se alterando já que os carboidratos e gorduras se tornam

aumenta em média para 8,5, gerando altas concentrações de nitrogênio na forma

amoniacal. Isso prejudica o crescimento celular e impede a conversão de nitrogênio

em nitrato e seu subseqüente uso como macronutrientes (CURITIBA,

A variação dos resultados na entrada do sistema, em relação ao DBO

(Demanda bioquímica de oxigênio), DQO (Demanda química de oxigênio), DBO

solúvel e DQO solúvel, mostrou-se consideravelmente elevada (DQO superior a

4000g/L) e verificou-se também, que a relação DQO/DBO, constantemente

ultrapassou 2:1. Isto demonstra que carga total ativa não é biodegradável.

Foi observado que existe pouco sulfato, e que no efluente final existe muito

sulfeto, conforme os resultados dos relatórios mensais e laudos de análises da ETE

(Estação de tratamento de esgoto). O sulfeto assim como a amônia deve

Verifica-se com o passar do tempo, o pH do chorume tornou-se mais alcalino.

Isso pode ser explicado pelos mecanismos de degradação microbiológicos

envolvidos na degradação dos resíduos orgânicos, oxidação de carboidratos e

gorduras no início do processo e, hidrólise de proteínas na seqüência.

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11 CONCLUSÃO Os serviços da vigilância sanitária são imprescindíveis à população. Desde

1992, quando ocorreu a municipalização e a criação de Distritos Sanitários

Dia-a-dia a cidade cresce, nossos estabelecimentos comerciais surgem e

prego à porta do trabalhador, muitas são as pessoas que sem o

mínimo de preparo profissional acabam por procurar alternativas de trabalho e

alimentos para venda comercial.

estabelecimento, como por exemplo, uma padaria, requer muito

devem ser verificadas, bem

como, multas, apreensões, interdições, desinterdisções, etc.

hes, até feirantes e grandes hipermercados.

mpresa recolhedora e

ves também devem

ser feitos com empresas (laboratórios) especializadas.

responsáveis pela orientação e fiscalização dos bairros da cidade de Curitiba, muito

se tem a fazer.

com o desem

começam a manipular

A Vigilância Sanitária busca identificar, monitorar, orientar os

estabelecimentos a fim, mas seria preciso aumentar o número de fiscais técnicos

para tal demanda.

Um único

trabalho de um agente técnico. Documentos são necessários, várias visitas são

realizadas em um único local. Primeiro vem a orientação para o proprietário, sobre

leis, as normas higiênicas a serem seguidas, depois o alvará, a licença sanitária, a

inspeção do local, etc. Sem falar nas denúncias que

Todos devem ser fiscalizados, desde ambulantes que vendem, por exemplo,

amendoim, sanduíc

Uma equipe composta de 10 pessoas como é composta a vigilância sanitária

para determinados bairros específicos é pouca, o volume de serviço aumenta muito

em uma cidade em desenvolvimento como Curitiba.

Os tipos de serviços também crescem, como por exemplo, o gerenciamento

de resíduos e o monitoramento de equipamentos, pois o lixo tem destino certo e

cada estabelecimento deve ter um contrato com uma e

recicladora de resíduos, como é, por exemplo, a Cavo, Serquip, etc.

O monitoramento mensal de equipamentos como auto-cla

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As ações da Vigilância Sanitária foram desenvolvidas com o intuito de

fiscalizar e cumprimento da legislação e proteger a saúde pública.

Observa-se que a população não tem noção dos riscos que corre. A

ignorância muitas vezes é imperativa. Por que não procuram saber se tal

estabelecimento onde vão fazer uma refeição, tem a licença sanitária? E se esta

não está vencida? Se o local tem toalhas de papel? Sabonete liquido para a higiene

das mãos? Perguntas simples, banais, que podem custar uma vida.

As ações da Vigilância Sanitária são sem dúvida essenciais em nosso país,

que tanto tem a aprender.

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AL

pM

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde

Curso de Medicina Veterinária

QUAL DIAL EM SEIS ESTABELECIMENTOS DO DISTRITO SANITÁRIO DO

Gisele Heyn

Curitiba

2006

IDADE DA ÁGUA POTÁVEL- PÓS RAMAL PRE

CAJURU

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Gisele Heyn

QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL- PÓS RAMAL PREDIAL EM SEIS ESTABELECIMEN DISTRITO SANITÁRIO DO

CAJURU

Monografia apresentada ao Curso de Medicina Veterinária

da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da

Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para

obtenção do grau de Médico Veterinário.

Professor Orientador: Drª. Elza Maria Galvão Ciffoni.

Orientador Profissional: Drª. Adriana A. Iwankiw

Curitiba

2006

TOS DO

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TERMO DE APROVAÇÃO

Gisele Heyn

QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL – PÓS RAMAL PREDIAL EM SEIS ESTABELECIMENTOS DO DISTRITO SANITÁRIO DO

CAJURU

Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Médico Veterinário do Curso de Medicina Veterinária da UniversidadeTuiuti do Paraná.

Curitiba, 23 de Outubro de 2006

_____________Medicina Veterinária

Universidade Tuiuti do Paraná

Banca Examinadora:

______________________________________________ Orientadora: Drª. Elza Maria Galvão Ciffoni

______________________________________________ Professora: Drª. Regina B. Richartz

______________________________________________ Professor: Dr. Luiz Augusto Gasparetto

______________________________

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À m marido Walter, que estiveram

sempre presente ao meu lado, me incentivando e ajudando em

as as situações desta longa caminhada...

DEDICO

inha mãe Uilma e meu

tod

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Agradecimentos

A todos os Professores do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.

A todos os profissionais da Vigilância Sanitária do Distrito do Cajuru.

A colega Breda Karen Pavim.

Ao meu marido Walter Pereira dos Santos.

A minhas “filhas” Pietra, Pit e Danger.

A minha mãe Uilma Fonseca Heyn.

A minha tia Arlete Fonseca.

Ao Grande Criador do Universo,

Agradeço a toda ajuda que a mim dispensaram.

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SUMÁRIO

LISTATABELAS..............................................................................................

iii

LISTA ..... iv

RESU .................................................................... v

1INTRODUÇÃO

2 FATORES DA QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL........................................... 2

3 DISENDÓC ..........................

10

4 VIGILÂNCIA SANITÁRIA E OS RECURSOS HÍDRICOS.................................. 14

5 LIMPEZA DA CAIXA D’ÁGUA .......................

16

6 QUA ..................................... 18

7 ANÁLISE DA ÁGUA........................................................................................... 20

7.1 PADRÕES DA QUALIDADE DA ÁGUA........................................................... 26

7.2 CLASSIFICAÇÃO DOS CURSOS DA ÁGUA................................................... 26

8 MATERIAL E MÉTODO...................................................................................... 30

9 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................ 33

10 CONCLUSÃO...................................................................................................... 36

REFERÊNCIAS......................................... ........................................................... 37

DE

DE QUADROS.......................................................................................

MO............................................

RUPTORES RINOS................................................

.....................................................

LIDADE DA ÁGUA DISTRIBUIDA.........................

..

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TABELA 1 PADRÃO MICROBIOLÓGICO DE

POTABILIDADE............................

4

TABELA 2 PADRÃO DE TURBIDEZ..................................................................... 4

TABELA 3 PADRÃO DE POTABILIDADE............................................................. 5

TABELA 4 PADRÃO DE POTABILIDADE............................................................. 5

TABELA 5 PADRÃO DE POTABILIDADE............................................................. 6

TABELA 6 PADRÃO DE POTABILIDADE............................................................. 6

TABELA 7 PADRÃO DE POTABILIDADE............................................................. 7

TABELA 8 PADRÃO DE ACEITAÇÃO PARA CONSUMO

HUMANO...................

8

TABELA 9 QUANTIDADE DE ÁGUA SANITÁRIA RECOMENDADA PARA A

LIMPEZA DE CAIXA DE ÁGUA...........................................................

17

TABELA 10 RESULTADOS – ANÁLISE DA ÁGUA.............................................. 33

LISTA DE TABELAS

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iii

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LISTA DE QUADROS QUADRO 1 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS........................................................ 28

iv

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RESUMO O objeto deste trabalho é abordar os fatores da qualidade da água, pós-ramal

predial. A água que chega ao consumidor pode ter sua qualidade alterada. Discutir

dicadores desta qualidade faz parte do desenvolvimento do texto.Uma aliada à

ualidade da água é ação da Vigilância Sanitária, a qual prevê entre outras

tividades a coleta de amostras para análise laboratorial, sendo a mesma

gulamentada pela Portaria nº. 518/2004 do Ministério da Saúde. Foram realizadas

olheitas da água para análise microbiológica e físico-química dos estabelecimentos

omerciais, sob visita técnica durante o estágio curricular na Prefeitura Municipal de

Curitiba de 01/08/06 a 27/09/06.Avaliou-se a qualidade microbiológica da água de

rneiras do pátio de três escolas do Bairro Cajuru; orientando os responsáveis

uanto à limpeza das caixas d'água, bem como das torneiras e bebedouros.

ealizou-se análise físico-química de seis estabelecimentos comerciais: dois

staurantes, duas lanchonetes e duas escolas de natação. As análises avaliaram o

or de cloro residual livre, cloro residual total, pH, cor e nas escolas parâmetros

icrobiológicos. Na ocasião da colheita das amostras, orientações eram discutidas

com os responsáveis técnicos do estabelecimento, bem como verificação de cursos

tualizados destes. Pelos resultados obtidos, quando comparados ao padrão

roposto na legislação, pode-se afirmar que a água das caixas d’água das escolas

presenta qualidade e estão dentro dos padrões físico-químicos, não acontecendo o

esmo para os padrões microbiológicos. Os restaurantes e lanchonetes não

stavam com a limpeza licenciada das caixas d'água em dia e as piscinas estavam

assíveis de contaminação, pois o controle não era realizado segundo as normas.

alavras-Chave: Qualidade da água; Limpeza de caixa da água.

in

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INTRODUÇÃO

saúde.

do processo de seu tratamento, desde a captação até o seu uso na elaboração de

ia

anitária agir sobre outros fatores ambientais como as boas práticas na manipulação

iva, obtendo assim

xito na prevenção e controle das toxinfecções alimentares.

É na sua distribuição que a água chega até o consumidor, podendo ter sua

ualidade alterada, tanto em função de pontos de contaminação ao longo da rede

azamentos de água que transformam-se em pontos de entrada de contaminantes),

omo dentro do domicílio, em caixas d'água não higienizadas.

A vigilância da qualidade da água de consumo humano prevê entre outras

tividades a coleta de amostras para análise laboratorial, a qual é regulamentada

pela Portaria M.S Nº. 518/2004 (Brasil, 2004). Esta portaria estabelece os

A escassez dos recursos naturais, sobretudo da água, inviabilizará dentro de

poucos anos, a qualidade de vida no planeta Terra. Portanto, é fundamental a

substituição de atividades, fundamentadas nos princípios da sustentabilidade e

racionalização da água. Elevar a qualidade de vida é elevar a qualidade da água,

porém a qualidade está atrelada a uma modernidade que compromete os recursos

naturais do planeta e muitas vezes o desconhecimento de processos pode

comprometer a qualidade de vida humana e animal, bem como a promoção de

Vários são os elementos que revelam a qualidade da água: indicadores de

poluição (Grupo Coliformes Totais, Fecais ou Termotolerantes) de potabilidade,

características físicas (Turbidez, sólidos totais, sólidos voláteis e fixos, sólidos

dissolvidos, sólidos em suspensão, sólidos sedimentáveis, cor, odor, sabor,

temperatura e pH, características químicas (óleos e graxas, agentes espumantes,

alcalinidade, amônia, arsênio, bário, boro, cádmio, chumbo, cloretos, cromo, cobre,

cianeto, dureza, fenóis, fosfatos, fluoreto, ferro, manganês, mercúrio, nitratos,

oxigênio, pesticidas, prata, selênio, sulfato, zinco, etc)(CONAMA, 1986).

A vigilância da qualidade da água é de suma importância em todas as fases

produtos, quanto na higienização de utensílios.

Além da importância das medidas de vigilância da qualidade da água para

consumo humano e animal como ação de vigilância à saúde, cabe a vigilânc

s

dos alimentos por exemplo, ou a educação como forma prevent

ê

q

(v

c

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procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da

gua para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

.

á

A pesquisa objetiva levar mais informação à população, sobre a qualidade da

água, por meio da limpeza e higienização da caixa d’água, fazer um levantamento

estatístico da limpeza licenciada dos reservatórios e aferir padrões de cloro residual

em piscinas e caixa d’água dos estabelecimentos comerciais.

É importante fazer um trabalho de conscientização com a comunidade, pois a

qualidade da água consequentemente interfere da qualidade dos produtos, sejam

eles alimentícios ou de prestação de serviços, como, por exemplo, um tratamento

dentário

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2 FATORES DA QUALIDADE DA ÁGUA A qualidade da água é atestada por suas características químicas, físicas e

biológicas, relacionadas com o seu uso para um determinado fim. A mesma água

pode ser boa para um certo destino e de má qualidade para outro, dependendo de

suas características e das exigências requeridas pelo seu uso específico.

ontaminação da água ocorre por patógenos, por monóxido de carbono, por

utos derivados de petróleo e substâncias químicas. O cloro utilizado

ara proteger a água pode contaminá-la ao reagir com substâncias orgânicas

resentes na água, formando os nocivos trialometanos .

Até a água subterrânea pode ser contaminada pela agricultura, onde o uso de

rtilizantes, inseticidas, fungicidas, herbicidas e nitratos que são carregados pela

huva, se infiltram no solo e contaminam os mananciais subterrâneos e os lençóis

eáticos. A indústria contamina a água através do despejo nos rios e lagos de

esinfetantes, detergentes, solventes, metais pesados, resíduos radioativos, etc .

Os problemas mais comuns da água se apresentam na turbidez com a

resença de partículas de sujeira, barro e areia, que retiram o aspecto cristalino da

gua, deixando-a com uma aparência túrbida e opaca. Gosto e cheiro estranho,

omo de bolor, de terra ou de peixe são causados pela presença de algas, húmus e

utros detritos que naturalmente estão presentes nos rios e lagos. Cor estranha é

evido à presença de ferro e cobre, onde a mesma pode ficar amarronzada. Além do

specto visual pode manchar pias e sanitários. O cheiro desagradável pode ser pela

resença de hidrogênio sulfúrico, produzido por bactérias que se encontram em

oços profundos e fontes de água estagnadas. O gosto metálico pode ser excesso

e ferro e de outros metais que alteram o sabor e aparência da água. O cloro é

sado pelas estações de tratamento para desinfetar a água, porém sua presença

rejudica o sabor e o cheiro da mesma que vai ser utilizada para beber ou na

ulinária em geral (SOUZA, 1997).

Com relação à legislação sobre os recursos hídricos a Constituição Federal

romulgada em 1998 reparte o domínio dos recursos hídricos entre a União e os

stados, considerando, como elemento de repartição, os corpos de água. A parcela

Por ingestão de água contaminada, ou seja, sem qualidade para uso humano,

pode-se adquirir doenças como desinteria, cólera, febre tifóide, gastroenterite,

hepatite, giardíase, leptospirose, salmonelose, etc (SABESP, 2006).

A c

poluição, prod

p

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fr

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que cabe à União é delimitada pelos incisos III e VIII do artigo 20, da Lei 9433

l livre).

relacionado na tabela 3.

or

(BRASIL,1997).

A portaria nº. 518, de 25 de março de 2004, estabelece os procedimentos e

responsabilidades relativas ao controle e vigilância da qualidade da água para

consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Os parâmetros referenciados na potabilidade da água para consumo humano,

são parâmetro microbiológico Escherichia coli ou Coliformes termotolerantes e

físico-químico (Turbidez, pH - Potencial hidrogeniônico e cloro residua

O padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano está

relacionado na tabela 1. O padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-.

-desinfecção está relacionada na tabela 2. O padrão de potabilidade para

substâncias químicas que representam risco à saúde está

O padrão de aceitação para consumo humano na tabela 4.

Ressaltam-se os artigos 12 e 25 que descrevem parâmetros de cloro livre na

água potável, os quais foram utilizados para as análises em campo no período de

racionamento de água, o qual foi de 14 de agosto de 2006 a 18 de setembro de

2006, na cidade de Curitiba. Após a desinfecção, a água deve conter um te

mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatória a manutenção de, no

mínimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição recomendando-se que

a cloração seja realizada em pH inferior a 8,0 e tempo de contato mínimo de 30

minutos.

A água fornecida para consumo humano por meio de veículos deve conter um

teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L (BRASIL, 2004).

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Tabela 1 – Padrão Microbiológico

Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano

PARÂMETRO VMP (1)

Água para consumo humano (2)

Escherichia coli ou coliformes termotolerantes (3) Ausência em 100ml

Água na saída do tratamento

Coliformes totais Ausência em 100ml

Água tratada no sistema de distribuição (reservatórios e rede)

Escherichia coli ou coliformes termotolerantes (3) Ausência em 100ml

Coliform amostras por mês:

Apenas uma amostra poderá apresentar mensalmente

es totais Sistemas que analisam 40 ou mais Ausência em 100ml em 95% das amostras examinadas no mês;

Sistemas que analisam menos de 40 amostras por mês:

resultado positivo em 100ml

Fonte: Portaria nº 1469, de 29 de dezembro de 2000.

(BRASIL,2000).

Tabela 2 – Padrão de Turbidez

Padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção

TRATAMENTO DA ÁGUA VMP (1)

Desinfecção (água subterrânea) 1,0 UT (2) em 95% das amostras

Filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta) 1,0 UT (2)

Filtração lenta 2,0 UT (2) em 95% das amostras

Fonte: Portaria nº 1469, de 29 de dezembro de 2000.

(BRASIL,2000).

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Tabela 3 – Padrão de Potabilidade para Substâncias Químicas – Risco à Saúde ORGÂNICAS IN

PARÂMETRO UNIDADE VMP (1)

Antimônio mg/L 0,005

Arsênio mg/L 0,01

Bário mg/L 0,7

Cádmio mg/L 0,005

Cianeto mg/L 0,07

Chumbo mg/L 0,01

Cobre mg/L 2

Cromo mg/L 0,05

Fluoreto (2) mg/L 1,5

Mercúrio mg/L 0,001

Nitrato (como N) mg/L 10

Nitrito (como N) mg/L 1

Selênio mg/L 0,01

(BRASIL,2000).

abela 4 – Padrão de Potabilidade para Substâncias Químicas – Risco à Saúde RGÂNICAS

RÂMETRO UNIDADE VMP (1)

TO

PA

Acrilamida mg/L 0,5

Benzeno mg/L 5

Benzo[a]pireno mg/L 0,7

Cloreto de Vinila mg/L 5

1,2 Dicloroetano mg/L 10

1,1 Dicloroeteno mg/L 30

Diclorometano mg/L 20

Estireno mg/L 20

Tetracloreto de Carbono mg/L 2

Tetracloroeteno mg/L 40

Triclorobenzenos mg/L 20

Tricloroeteno mg/L 70

(BRASIL,2000).

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Tabela 5 – Padrão de Potabilidade para Substâncias Químicas – Risco à Saúde AGROTÓXICOS

PARÂMETRO UNIDADE VMP (1)

Alaclor mg/L 20,0

Aldrin e Dieldrin mg/L 0,03

Atrazina mg/L 2

Bentazona mg/L 300

Clordano (isômeros) mg/L 0,2

2,4 D mg/L 30

DDT (isômeros) mg/L 2

Endossulfan mg/L 20

Endrin mg/L 0,6

Glifosato mg/L 500

Heptacloro e Heptacloro epóxido mg/L 0,03

Hexaclorobenzeno mg/L 1

Lindano (g-BHC) mg/L 2

Metolacloro mg/L 10

Metoxicloro mg/L 20

Molinato mg/L 6

Pendimetalina mg/L 20

Pentaclorofenol mg/L 9

Permetrina mg/L 20

Propanil mg/L 20

Simazina mg/L 2

Trifluralina mg/L 20

(BRASIL,2000).

o de Potabilid para Substâncias Químicas – Risco à Saúde CIANOTOXINAS

PARÂMETRO UNIDADE VMP (1)

Tabela 6 – Padrã ade

Microcistinas (3) mg/L 1,0

(BRASIL,2000).

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Tabela 7 – Padrão de Potabilidade para Substâncias Químicas – Risco à Saúde

DESINFETANTES E PRODUTOS SECUNDÁRIOS DA DESINFECÇÃO

PARÂMETRO UNIDADE VMP (1)

Bromato mg/L 0,025

Clorito mg/L 0,2

Cloro livre mg/L 5

Monocloramina mg/L 3

2,4,6 Triclorofenol mg/L 0,2

Trihalometanos Total mg/L 0,1

Fonte: Portaria nº 1469, de 29 de dezembro de 2000.

00).

(BRASIL,20

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8 – Padrão de Aceitação para Consumo Humano

ceitação para consumo humano

Tabela

Padrão de a

PARÂMETRO UNIDADE VMP (1)

Alumínio Mg/L 0,2

Amônia (como NH3) Mg/L 1,5

Cloreto Mg/L 250

Cor Aparente uH (2) 15

Dureza Mg/L 500

Etilbenzeno Mg/L 0,2

Ferro Mg/L 0,3

Manganês Mg/L 0,1

Monoclorobenzeno Mg/L 0,12

Odor - Não objetável (3)

Gosto - Não objetável (3)

Sódio Mg/L 200

Sólidos dissolvidos totais Mg/L 1.000

Sulfato Mg/L 250

Sulfeto de Hidrogênio Mg/L 0,05

Surfactantes Mg/L 0,5

Tolueno Mg/L 0,17

Turbidez UT (4) 5

Zinco Mg/L 5

Xileno Mg/L 0,3

(BRASIL,2000).

O monitoramento da qualidade da água dos reservatórios de abastecimento é

alizado diariamente e inclui pontos de amostragem nos rios contribuintes, para que

e possa avaliar as cargas de poluentes recebidas nesses reservatórios, bem como

entificar as possíveis fontes de poluição, para subsidiar as ações de proteção

re

s

id

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desses mananciais. Nos mananciais o monitoramento é realizado duas vezes por

emana (SANARE, 2004).

Um fator que limita o monitoramento da qualidade da água, diz respeito ao

to de que as amostragens são feitas sempre no período diurno, pela dificuldade de

e coletar as amostras, que exigem o uso de barco, à noite nos rios. Dessa forma,

ões nictemerais) não são

etectadas. E essas variações podem, às vezes, ocasionar oscilações significativas

E, 2004).

s

fa

s

oscilações que ocorrem no período noturno (as variaç

d

na qualidade da água (SANAR

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3 DISRUPTORES ENDÓCRINOS Os disruptores endócrinos fazem parte de um grupo de substâncias químicas

ilizad

s com ovas crescendo em seus testículos.

odos resultados dos disruptores endócrinos presentes no ambiente.

A vida selvagem tem trazido, há muito tempo, alertas sobre os efeitos gerados

elos disruptores endócrinos e que podem um dia ser observados em seres

umanos. Alguns cientistas, já suspeitam que a presença destes químicos seja

mbém responsável pela alta ocorrência de problemas de fertilidade em homens e

elo crescimento de cânceres de mama em mulheres (COSTNER, 1995).

A legislação sobre segurança das substâncias químicas, conhecida como

EACH (Resgistration, Evaluation and Authorisation of Chemicals), tem algumas

cláusulas sobre disruptores endócrinos, mas os cientistas preocupam-se quanto à

ficiência das propostas.

A atividade estrogênica de substâncias químicas presentes no ambiente,

enominadas estrogênios ambientais, vem sendo descrita na literatura há mais de

5 anos, mesmo assim, só recentemente este tema tem despertado maior atenção,

ma vez que somente agora estudos científicos têm comprovado a seriedade e a

iversidade dos problemas que podem advir da exposição a estas substâncias.

Estudos atuais têm associado esta exposição a problemas de saúde tais como

umento de certos tipos de cânceres de mama e/ou do trato reprodutivo, redução da

rtilidade masculina, anormalidades no desenvolvimento sexual entre outros. Fatos,

omo por exemplo, a deterioração da qualidade do sêmen humano (redução no

úmero de espermatozóides, no volume médio, etc.), observados em pesquisas nos

ltimos 50 anos e a rapidez com que estas alterações têm sido verificadas fortalece

hipótese que atribui a origem destes problemas à exposição ambiental em

detrimento daquela que atribui aos mesmos e a causas genéticas.

A extensa bibliografia recentemente publicada e os vários congressos e

uniões científicas que têm sido realizados sobre este tema demonstram a

tualidade bem como a importância do mesmo (ALLSOPP,1994).

ut os, por exemplo, em agrotóxicos, cosméticos, fármacos, etc. Os disruptores

em contato com o ser humano ou animal, alteram a função de seus hormônios,

bloqueando sua ação normal ou interferindo na produção destes nos organismos.

A conexão entre estas substâncias e os efeitos deletérios na vida selvagem

está bem definida: ursos polares pseudo-hermafroditas com micro-pênis, panteras

com testículos atrofiados e trutas macho

T

p

h

ta

p

R

e

d

2

u

d

a

fe

c

n

ú

a

re

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Embora algumas substâncias naturais de origem vegetal possuam

proprie

os

corpór

riscos. Várias

OSTNER,

des antropogênicas, têm sido referidas como possuidoras

pais, são obtidos

em vá

em processos de

incineração não controlados de material orgânico ou misturas contendo cloro.

dades endócrinas – os fitoestrógenos (encontrados em algumas sementes,

frutos ou vegetais) –, estas geralmente não causam tantos problemas ao homem

quantas aquelas de origem antropogênica porque não se ligam fortemente aos

receptores hormonais, são facilmente excretadas, não se acumulando nos tecid

eos. As substâncias sintéticas com ação disruptora, por outro lado, são

geralmente persistentes no ambiente, acumulam-se no solo e nos sedimentos, são

transportadas facilmente para outras regiões pela atmosfera e podem se acumular

ao longo da cadeia trófica, expondo os animais superiores a maiores

destas substâncias são excretadas por meio do leite materno, constituindo-se,

assim, uma fonte de contaminação de recém-nascidos. Entretanto, o conhecimento

sobre o papel destas substâncias no aparecimento de doenças, sobre as relações

dose-resposta, bem como sobre as metodologias utilizadas nestes estudos

constituem ainda um desafio mesmo para países industrializados (C

1995).

Diversas substâncias bastante conhecidas e utilizadas no Brasil nos mais

variados ramos de atividades, algumas já amplamente disseminadas no ambiente

como resultado de ativida

de atividade disruptora sobre o sistema endócrino. Algumas como as bifenilas

policloradas (PCBs), os ftalatos, as dibenzodioxinas/furanos policlorados, os

alquilfenóis, o bisfenol A e vários pesticidas merecem atenção. Os PCBs, por

exemplo, foram até a alguns anos, largamente utilizados em todo o mundo como

isolantes e anti-inflamáveis em equipamentos elétricos tais como transformadores,

em adesivos e plastificantes, sendo posteriormente proibidos em função de seus

efeitos sobre a saúde ambiental e humana. Mesmo assim, ainda hoje vários

problemas têm sido causados por estas substâncias químicas devido a grande

persistência das mesmas no ambiente, por deficiência nos procedimentos de

desativação dos estoques e por problemas de estocagem e destruição. Estes

compostos estão amplamente distribuídos no mundo e a exposição aos mesmos se

dá principalmente pela ingestão de alimentos. As dibenzodioxinas e os

dibenzofuranos policlorados, ainda que não sejam produtos princi

rios processos industriais de síntese de compostos orgânicos clorados, por

exemplo, a produção de PVC, de alguns pesticidas como o ácido 2, 4,5-

triclorofenoxiacético -2,45-T, bem como na produção de papel ou

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T (diclorodifeniltricloretano e seus metabólitos DDD e DDE). Embora ainda

existam

o era

utilizad

ica de

A ação estrogênica de vários pesticidas vem sendo motivo de preocupação.

Alguns organoclorados como o DDT e seus metabólitos DDD e DDE, o metoxicloro,

o dieldrin e o mirex são reconhecidos como comprovadamente possuidores desta

ação.

Sabe-se que o uso de pesticidas tem aumentado continuamente desde 1940

e hoje em dia estima-se um consumo anual superior a 3 milhões de toneladas

desses agentes, o que envolve um montante de mais de 20 bilhões de dólares. Os

países em desenvolvimento e os de economia em transição respondem pelo

consumo de cerca de 25% da produção mundial de pesticidas.

Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Defensivos Agrícolas (SINDAG)

mostram que o mercado brasileiro vem crescendo significativamente desde 1991,

quando movimentou cerca de US$ 988 milhões. Em 1997 esta cifra subiu para cerca

US$ 2,2 bilhões, o que representa um incremento de cerca de 130%.

Uma das substâncias mais estudadas sob o aspecto de disrupção endócrina

é o DD

muitas controvérsias e discrepâncias entre os resultados obtidos em vários

estudos, este composto é sabidamente persistente no meio ambiente já tendo seu

uso, produção e venda proibidos em cerca de 80 países. No Brasil, a partir de 1982,

sua utilização foi legalmente restrita a campanhas de saúde pública quand

o no combate ao Aedes, vetor da malária. Este procedimento foi utilizado até

recentemente (1994), quando se optou por uma mudança na estratégia do combate

à propagação desta enfermidade. Dados da Fundação Nacional de Saúde mostram

que a região Amazônica concentra cerca de 98% dos casos de malária no Brasil e

que durante o período de 1988 a 1994, cerca de 3.000 toneladas de DDT foram

utilizadas em campanhas de combate ao vetor desta doença. Estes fatos podem

explicar os elevados níveis de DDT encontrados no soro de 89 índios da tribo dos

Parka-Tejê, que vivem cerca de 50 km a leste de Marabá, Estado do Pará.

Concentrações médias de 52 ppb (faixa de concentração de 12,8 a 262,6 ppb e

desvio padrão de 46,79) foram encontradas nestas amostras (0,17 ppb para

população não exposta).

A grande estabilidade destes compostos à degradação ambiental associada

às suas propriedades físico-químicas (lipofilicidade, etc.) favorecem suas

distribuições pelos diferentes compartimentos ambientais e suas propriedades de

bioacumulação em tecidos ricos em lipídios, constituindo-se assim uma importante

via de contaminação humana. De fato, a avaliação da concentração plasmát

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pesticidas organoclorados realizada em 22 gestantes ainda no primeiro trimestre de

gravidez, atendidas no Hospital Gafrée Guinle, Rio de Janeiro, RJ, mostrou

contaminação por DDT e seus metabólitos DDE e DDD em 90% dos casos (faixa de

concentração de 0,27 a 0,44 ppb), por hexaclorociclohexanos – isômeros α, β e γ-

HCH –

caso (concentração

mente ou em

conjun

cia sobre o manejo adequado das substâncias químicas e

as con

em 88% (faixa de concentração: α de 0,17 a 1,41 ppb, β de 0,08 a 0,81 ppb e

γ de 0,07 a 0,28 ppb), por hexaclorobenzeno em 77% (faixa de concentração: de

0,008 a 0,58 ppb), por aldrin em 41% (faixa de concentração de 0,1 a 0,17 ppb), por

dieldrin em 9% (faixa de concentração de 0,06 a 0,1 ppb), por endossulfan em 14%

(faixa de concentração de 0,05 a 0,15 ppb) e por dodecacloro, 1

de 2,3 ppb). Como pode ser depreendido destes resultados, a maioria das gestantes

apresentava contaminação múltipla. Embora estas concentrações sejam baixas,

nada se conhece sobre os níveis teciduais destes compostos, que são

bioacumulativos, ou sobre os efeitos que estas substâncias, isolada

to, terão sobre os filhos, que ainda não podem ser avaliados.

No Brasil, a região sudeste é a que apresenta a mais alta relação entre venda

de pesticidas/ pessoa de todo o país (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO

AGRÁRIO, 2006).

Associando-se a precariedade da forma com que, de maneira geral, as

substâncias químicas são utilizadas em nosso País com a utilização simultânea de

várias delas, geralmente em grandes quantidades, verifica-se a existência de risco

elevado que pode se tornar num espaço de tempo curto, até mesmo de uma

geração, um problema de gravíssimas conseqüências para a Saúde Pública e até

mesmo para o desenvolvimento nacional.

Contudo, devido à sua elevada persistência no ambiente, estas substâncias

são bastante encontradas no organismo humano. Atualmente, o uso destes

compostos tem diminuído consideravelmente tanto devido às restrições legais

quanto ao desenvolvimento de novas substâncias químicas mais eficientes e mais

facilmente degradadas no ambiente. Infelizmente também paira sobre várias destas

substâncias a suspeita de apresentarem propriedades endócrinas.

No Brasil, a ignorân

dições de vida do homem do campo faz com que os trabalhadores rurais

possam ser apontados como um grupo prioritário para a implementação urgente de

um programa com o objetivo de avaliar o impacto destas substâncias sobre a saúde

do homem e do ambiente nas diversas regiões brasileiras, particularmente naquelas

com elevada atividade agrícola.

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4 VIGILÂNCIA SANITÁRIA E OS RECURSOS HÍDRICOS No caso das doenças veiculadas por meio hídrico, a intervenção da Vigilância

Sanitária se dá nos fatores de risco, identificados a partir do comportamento dos

agentes contaminantes no homem e no ambiente. As pessoas e as empresas

precisam despertar interesses em não agredir o meio em que se encontram, seja

através da poluição das águas, da emissão de resíduos sólidos no solo, gases

danosos, esgotos, etc (DANIEL, 2003).

Manter a vigilância na qualidade da água tem importância muitas vezes vital.

Em todas as fases do processo de seu tratamento, desde a captação até o seu uso

na elaboração de produtos é preciso se ter “vigilância sanitária”, nem sempre por

meio de um fiscal técnico, mas através de engenheiros sanitários, biólogos,

médicos, técnicos auxiliares, operadores de ETA’s (Estação de Tratamento de Água)

que estejam envolvidos no processo de tratamento da água.

seja, as boas práticas na manipulação dos alimentos, pois não

adiant

pode-se identificar vazamentos de água

da red

a água percorre

desde

Há uma relação entre a ocorrência de enfermidades entéricas e a condição

sanitária da água, e o interessante é não só se ater a qualidade da água, mas ao

seu uso correto, ou

a utilizar água potável e não lavar adequadamente as mãos e os utensílios ou

vice-versa.

A vigilância busca o consumo da água e de alimentos com segurança, caso

esta seja quebrada e apareçam surtos, o procedimento da vigilância sanitária é ir ao

local, fazer coleta de água, encaminhá-la para análises laboratoriais (bacteriológicos

e físico-químicos). Num segundo momento

e, rachaduras nos canos, interrupções no fornecimento, caixas d’água não

higienizadas ou limpas adequadamente, os quais, prejudicam a potabilidade da

água. De qualquer forma, uma vez identificado algum parâmetro fora do padrão a

população diretamente afetada deve ser informada e orientada a realizar

procedimentos individuais de desinfecção da água, ou solucionar problemas na

estrutura de canalizações e reservatórios, pois o caminho que

a captação até o tratamento (adução) é avaliado, visando identificar pontos de

entrada de contaminantes.

Em todos os casos a ação da vigilância sanitária esta voltada à articulação

com os setores responsáveis pelo abastecimento de água (empresas de

saneamento), empresas licenciadas de limpeza de caixas d’água, proprietários de

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estabelecimentos, profissionais a fim, como laboratoristas, médicos sanitaristas,

édicos veterinários, associando segurança alimentar, com qualidade da água, bem

es-pipa, ou quando no reabastecimento de

caixa d

as, as clínicas devem

oro, sabor, odor, cor e turbidez. Se todos esses fatores estiverem dentro

m

como envolvimento profissional qualificado e conscientização da comunidade.

A Vigilância Sanitária ocorre tanto na distribuição da água como na falta

desta. Devido ao racionamento da água, a Secretaria Municipal de Saúde

intensificou a vigilância sobre clínicas especializadas em hemodiálise e em escolas,

creches e asilos. O objetivo é assegurar que a água esteja em condições de uso

mesmo quando fornecida por caminhõ

’água com sujidades, que estas fiquem em suspensão na água e passe para

o consumo ou que o cloro residual perca sua função no reservatório.

No tratamento da hemodiálise, a água tratada com soluções ácido-básicas

tem papel importante na difusão do sangue. A cada sessão, são necessários 200

litros por paciente. Com o racionamento, a solução para algumas clínicas foi instalar

cisternas adicionais, porém antes de abastecer as cistern

verificar tanto o caminhão quanto a água (CURITIBA, 2006).

É necessário o laudo da Sanepar, verificar se o veículo está lacrado e

identificado como uso exclusivo para o transporte de água potável e o responsável

técnico do local que vai receber a água deve abrir a carga e verificar os seguintes

itens: pH, cl

dos padrões, a água pode ser transferida para a cisterna.

No caso de hospitais que fazem hemodiálise, a água deve ainda passar pelo

tratamento para a diminuição dos níveis de concentração de itens como: elementos

físico-químicos, análise bacteriológica, toxinas, coliformes, etc., que podem intoxicar

ou contaminar o organismo dos pacientes, e só após avaliação de todos os

parâmetros é que a água poderá ser direcionada para as máquinas de hemodiálise.

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5 LIMPEZA DE CAIXA D’ÁGUA

A Secretaria Municipal de Saúde, através da vigilância sanitária, incumbe os

o de limpeza para lavar a

óia da caixa. Com isto, você poderá gastar a água até a quantidade necessária

ara limpeza. Não jogue água fora. Evite desperdício.

Lave as paredes e o fundo da caixa com uma esponja ou escova.

Abra a saída da caixa para que escorra a água da lavagem. Com auxílio de

m balde e uma pá de plástico retire a água e os resíduos que sobrarem.

Abra o registro de entrada de água e encha e caixa até a metade de sua

apacidade. Feche novamente o registro e também a saída da caixa. Adicione água

anitária conforme a tabela 5. Com um pano ou escova lave outra vez as paredes.

distritos sanitários da cidade de Curitiba, de solicitarem junto aos proprietários o

certificado de limpeza e higienização das caixas de água.

A limpeza deve ser realizada num período de 6 em 6 meses e por empresa

especializada que tenha licença sanitária em vigor, ou por qualquer pessoa que se

responsabilize pelo mesmo, devendo descrever minuciosamente o processo de

limpeza e higienização, assinando o mesmo (SANEPAR, 2006).

A seguir descreve-se o processo da limpeza:

Para lavar sua caixa d'água separe:

1 balde

2 panos limpos

1 esponja ou escova (não pode ser de aço)

1 colher de sopa

1 pá de plástico

Água sanitária

Atenção: Nunca utilize sabão, detergente ou outro produt

caixa. Use apenas água sanitária.

Procedimentos para lavagem:

Um dia antes de realizar a lavagem feche o registro de entrada ou amarre a

b

p

u

c

s

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Tabela 9 – Quantidade de Água Sanitária Recomendada para Limpeza de

Capacidade da Caixa Quantidade de água sanitária

Caixa d’água

1000 litros 20 colheres de sopa 500 litros 10 colheres de sopa 250 litros 5 colheres de sopa

Fonte: SANEPAR, 2006.

a casa, deixando toda a água sair.

uard aldes para lavar pisos e calçadas.

coloque-a no lugar para evitar a

ntrad uenos animais e sujeira. Anote a data da lavagem para

petir eis meses.

até que a água comece a sair, evitando o acúmulo de ar no

ncanamento da casa. Abra o registro de água e deixe a caixa encher.

Abra a saída da caixa e as torneiras d

Sugestão:

G e esta água em b

Lave a tampa da caixa com água corrente e

e a de insetos, peq

re a limpeza após s

Abra as torneiras

e

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6 A QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUIDA XI que o homem desperta para a sua relação com o meio

mbiente. O processo saúde doença fica mais claro e o histórico natural das

doenças é decifrado, com relação ao conhec , da

maneira com que vem tratando a natureza e suas descobertas com relação a este

desrespeito.

O ciclo da natureza e o curso natural da terra estão sendo alterados e

a a qualidade da água e a saúde da população.

O processo de tratamento da água e sua potabilidade é obrigação dos órgãos

ade.

bem essencial não tem sido devidamente tratado pela sociedade, a qual,

qualidade da água.

m com a limpeza da caixa d'água em dia, com

a não acaba

ial, faz parte da sua higiene a caixa de reservatório, as torneiras e as

de manipulação desta água.

A evolução das legislações que tratam da potabilidade da água e da proteção

mbiental (rios, lagos, mares, nascentes) tem evoluído, mas os resultados são

ntos. Quanto a conscientização da população, não basta fiscalizar e autuar. É

reciso um trabalho educacional, informar, orientar, melhorar a excelência pessoal

ara que o próprio ser melhore sua qualidade de vida.

Todas as pessoas têm direito ao uso da água potável por ser um bem vital à

umanidade. Por isso, todos os seus poluintes devem ser tratados como crime

ontra a vida (BRASIL, 2001).

Hoje em dia com o avanço da tecnologia e os estudos na área surgem novos

tores de qualidade e novos poluentes, em contrapartida os órgãos responsáveis

mbém investem em pesquisas. Algumas políticas relacionadas à promoção da

aúde investem pesado na qualidade do produto, pois também respeitam o direito

o consumidor.

É no século X

a

imento que o homem obtém

consequentemente afetad

governamentais fiscalizadores e estes o tem feito com muita responsabilid

porém este

também tem responsabilidade pública e privada para com a

No período de 01 de agosto de 2006 a 27 de setembro de 2006 o Distrito

Sanitário do Cajuru, no exercício de suas funções verificou que entre 147

estabelecimentos apenas 39 estava

empresas licenciadas (HEYN,2006).

Não é conceito claro para a comunidade que o tratamento da águ

no ramal pred

boas práticas

a

le

p

p

h

c

fa

ta

s

d

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As companhias de água e esgoto têm a Vigilância Sanitária como grande

liada, pois compete a mesma com relação a água (BRASIL, 2001).

m uso de água. e) Inspecionar carros pipa. A água também é alimento

a

a) estabelecer normas e padrões sobre limites de contaminantes, resíduos tóxicos,

desinfetantes, metais pesados e outros que envolvam riscos à saúde. b) Exigir

limpeza das caixas d'água, de 6 em 6 meses, mediante empresa licenciada. c) Fazer

coletas para análise da água. d) Inspecionar centros de hemodiálise, pois os

mesmos faze

e deve ser fiscalizada e inspecionada para o consumo humano (BRASIL, 2001).

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7 ANÁLISE DA ÁGUA Visando-se a qualidade da água, utilizam-se parâmetros que indicam as

ARÂMETROS FÍSICOS

) Temperatura: medida da intensidade de calor; é um parâmetro importante, pois,

flui em algumas propriedades da água (densidade, viscosidade, oxigênio

issolvido), com reflexos sobre a vida aquática. A temperatura pode variar em

nção de fontes naturais (energia solar) e fontes antropogênicas (despejos

dustriais e águas de resfriamento de máquinas);

urais (algas; vegetação em decomposição;

actérias; fungos; compostos orgânicos, tais como gás sulfídrico e sulfatos) e

rtificiais (esgotos domésticos e industriais). O padrão de potabilidade: água

ompletamente inodora;

) Cor: resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser causada

elo ferro ou manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água

rincipalmente vegetais), pelas algas ou pela introdução de esgotos industriais e

omésticos. Padrão de potabilidade: intensidade de cor inferior a 5 unidades;

) Turbidez: presença de matéria em suspensão na água, como argila, silte,

ubstâncias orgânicas finamente divididas, organismos microscópicos e outras

artículas. O padrão de potabilidade: turbidez inferior a 1 unidade;

) Sólidos:

Sólidos em suspensão: resíduo que permanece num filtro de asbesto após

ltragem da amostra. Podem ser divididos em:

· Sólidos sedimentáveis: sedimentam após um período de repouso da amostra

características desta água. A água é composta de diversos componentes, os quais,

provêm do próprio ambiente natural em que ela se encontra, ou foram introduzidas

pela industrialização humana. Os parâmetros são indicadores da qualidade da água

e constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos estabelecidos para

determinado uso. Estes parâmetros podem ser físicos, químicos ou

biológicos(SANARE,2000).

P

a

in

d

fu

in

b) Sabor e odor: resultam de causas nat

b

a

c

c

p

(p

d

d

s

p

e

fi

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· Sólidos não sedimentáveis: somente podem ser removidos por processos de

regadas eletricamente Quanto maior for a quantidade de

ns dissolvidos, maior será a condutividade elétrica na água;

a na água, ocasionando uma

lar). Uma solução prática na falta deste material é a

Da radiação que atinge a superfície da água, parte penetra e parte é refletida,

netrar na coluna d’água, a radiação é submetida a profundas alterações,

aterial dissolvido e quantidade de

material em suspensão. A primeira alteração sofrida é a mudança de direção devido

à re

seguida, parte da radiação é absorvida e transformada em outras formas de energia,

coagulação, floculação e decantação.

Sólidos dissolvidos: material que passa através do filtro. Representam a

matéria em solução ou em estado coloidal presente na amostra de efluente.

f) Condutividade Elétrica: capacidade que a água possui de conduzir corrente

elétrica. Este parâmetro está relacionado com a presença de íons dissolvidos na

água, que são partículas car

ío

g) Variáveis Climatológicas

Os aspectos climatológicos de uma região influencia diretamente o corpo

d’água, provocando sensíveis alterações no seu metabolismo. Num período de

maior precipitação pode ocorrer um aumento na turbidez em função do grande

aporte de material que é carreado pelas chuvas para o corpo d’água em questão. O

vento por sua vez pode provocar uma mistur

ressuspensão de nutrientes das partes mais profundas.

As variáveis climatológicas podem ser obtidas através de aparelhos como o

pluviômetro (precipitação), termômetro, anemômetro (vento) e luxímetro ou

actinógrafo (radiação so

obtenção dos dados numa estação climatológica próxima ao local de estudo.

Variáveis Hidrológicas

h) Radiação Solar Subaquática

voltando para a atmosfera. A quantidade de radiação refletida depende das

condições da superfície da água (plana ou ondulada) e principalmente do ângulo de

incidência da radiação sobre esta.

Ao pe

tanto na sua intensidade quanto na sua qualidade espectral. Estas alterações

dependem de vários fatores: quantidade de m

fração provocada pela redução da velocidade ao penetrar no meio líquido. Em

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água. O o devido ao "choque" com partículas

suspensas ou dissolvidas na água. Assim, a absorção e a dispersão são os dois

fatores principais, responsáveis pela atenuação da radiação com a profundidade nos

ecossistemas aquáticos.

A determinação da radiação solar (na superfície e subaquática) pode ser feita

através de um aparelho denominado "Quanta-Meter".

oluna d’água pode variar desde alguns centímetros até

dezenas de metros. Essa região da coluna d’água é denominada zona eufótica e

sua extensão depende, principalmente, da capacidade do meio em atenuar a

radiação subaquática. O limite inferior da zona eufótica é geralmente assumido

como sendo aquela profundidade onde a intensidade da radiação corresponde a 1%

da que atinge a superfície.

ua pode ser considerada o

oposto da turbidez. Sua avaliação de maneira mais simples é feita através de um

disco branco de 20 a 30 cm de diâmetro, denominado disco de Secchi. A medida é

obtida mergulhando-se o disco branco no lado da sombra do barco, através de uma

corda marcada. A profundidade de desaparecimento do disco de Secchi

corresponde àquela profundidade na qual a radiação refletida do disco não é mais

sensível ao olho humano. A profundidade obtida em metros é denominada

i.

j) Tem

Nos ecossistemas aquáticos continentais, a quase totalidade da propagação

do calor ocorre por transporte de massa d’água, sendo a eficiência deste em função

da ausência ou presença de camadas de diferentes densidades.

Em lagos que apresentam temperaturas uniformes em toda a coluna, a

propagação do calor através de toda a massa líquida pode ocorrer de maneira

bastante eficiente, uma vez que a densidade da água nessas condições é

praticamente igual em todas as profundidades, sendo o vento o agente fornecedor

da energia indispensável para a mistura das massas d’água.

Por exemplo, química pela fotossíntese e calorífica pelo aquecimento da

utra parte da radiação sofre dispersã

i) Zona Eufótica e Transparência da Água

A transparência da c

Do ponto de vista óptico, a transparência da ág

transparência de disco de Secch

peratura da Água

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Por outro lado, quando as diferenças de temperatura geram camadas d’água

com diferentes densidades, que em si já formam uma barreira física, impedindo que

se misturem, e se a energia do vento não for suficiente para misturá-las, o calor não

se distribui uniformemente, criando a condição de estabilidade térmica. Quando

ocorre este fenômeno, o ecossistema aquático está estratificado termicamente. Os

estratos formados freqüentemente estão diferenciados física, química e

biologicamente.

Para as medidas de temperatura, podem ser utilizados termômetros simples

de mercúrio ou aparelhos mais sofisticados como o "Termistor", que pode registrar

diretam

a) pH (potencial hidrogeniônico): representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH;

varia d

lizar os ácidos; em teores elevados, pode

proporcionar sabor desagradável à água, tem influência nos processos de

c) Dur

uz a formação da

espum

ente a temperatura das várias profundidades na coluna d’água. Estas

medidas devem ser realizadas no próprio local de coleta.

PARÂMETROS QUÍMICOS

e 7 a 14; indica se uma água é ácida (pH inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou

alcalina (pH maior do que 7); o pH da água depende de sua origem e características

naturais, mas pode ser alterado pela introdução de resíduos; pH baixo torna a água

corrosiva; águas com pH elevado tendem a formar incrustações nas tubulações; a

vida aquática depende do pH, sendo recomendável a faixa de 6 a 9.

b) Alcalinidade: causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e cálcio; mede a

capacidade da água de neutra

tratamento da água.

eza: resulta da presença, principalmente, de sais alcalinos terrosos (cálcio e

magnésio), ou de outros metais bivalentes, em menor intensidade, em teores

elevados; causa sabor desagradável e efeitos laxativos; red

a do sabão, aumentando o seu consumo; provoca incrustações nas

tubulações e caldeiras. Classificação das águas, em termos de dureza (em CaC03 ):

Menor que 50 mg/1 CaC03 - água mole

Entre 50 e 150 mg/1 CaC03 - água com dureza moderada

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Entre

Maior que 300 mg/1 CaC0 - água muito dura

e) Fer

as ferruginosas favorecem

o desenvolvimento das ferrobactérias, que causam maus odores e coloração à água

e obstruem as canalizações.

tar presente na água sob várias formas: molecular,

téria orgânica, esgotos domésticos e industriais; fertilizantes;

detergentes; excrementos de animais.

olvido, cujo teor de saturação depende da

altitude e da temperatura; águas com baixos teores de oxigênio dissolvido indicam

ria orgânica por bactérias

150 e 300 mg/1 CaC03- água dura

3

d) Cloretos: Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da

intrusão de águas do mar; podem, também, advir dos esgotos domésticos ou

industriais; em altas concentrações, conferem sabor salgado à água ou propriedades

laxativas.

ro e manganês: podem originar-se da dissolução de compostos do solo ou de

despejos industriais; causam coloração avermelhada à água, no caso do ferro, ou

marrom, no caso do manganês, manchando roupas e outros produtos

industrializados; conferem sabor metálico à água; as águ

f) Nitrogênio: o nitrogênio pode es

amônia, nitrito, nitrato; é um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas,

em excesso, pode ocasionar um exagerado desenvolvimento desses organismos,

fenômeno chamado de eutrofização; o nitrato, na água, pode causar a

metemoglobinemia; a amônia é tóxica aos peixes; são causas do aumento do

nitrogênio na água: esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, excrementos de

animais.

g) Fósforo: encontra-se na água nas formas de ortofosfato, polifosfato e fósforo

orgânico; é essencial para o crescimento de algas, mas, em excesso, causa a

eutrofização; suas principais fontes são: dissolução de compostos do solo;

decomposição da ma

h) Fluoretos: os fluoretos têm ação benéfica de prevenção da cárie dentária; em

concentrações mais elevadas, podem provocar alterações da estrutura óssea ou a

fluorose dentária (manchas escuras nos dentes).

i) Oxigênio Dissolvido (OD): é indispensável aos organismos aeróbios; a água, em

condições normais, contém oxigênio diss

que receberam matéria orgânica; a decomposição da maté

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aeróbias é, geralmente, acompanhada pelo consumo e redução do oxigênio

dissolvido da água; dependendo da capacidade de autodepuração do manancial, o

teor de oxigênio dissolvido pode alcançar valores muito baixos, ou zero, extinguindo-

j) Matéria Orgânica: a matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos,

na sua nutrição, e aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico; em

grandes quantidades, no entanto, podem causar alguns problemas, como: cor, odor,

O consumo de oxigênio é um dos problemas mais sérios do aumento do teor

de matéria orgânica, pois provoca desequilíbrios ecológicos, podendo causar a

extinção dos organismos aeróbios. Geralmente, são utilizados dois indicadores do

teor de matéria orgânica na água: Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e

Demanda Química de Oxigênio (DQO).

l) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é a quantidade de oxigênio necessária à

oxidação da matéria orgânica por ação de bactérias aeróbias. Representa, portanto,

a quantidade de oxigênio que seria necessário fornecer às bactérias aeróbias, para

consumirem a matéria orgânica presente em um líquido (água ou esgoto). A DBO é

determinada em laboratório, observando-se o oxigênio consumido em amostras do

líquido, durante 5 dias, à temperatura de 20°C.

m) Demanda Química de Oxigênio (DQO): é a quantidade de oxigênio necessária à

oxidação da matéria orgânica, através de um agente químico. A DQO também é

determinada em laboratório, em prazo muito menor do que o teste da DBO. Para o

mesmo líquido, a DQO é sempre maior que a DBO.

mponentes inorgânicos da água, entre eles

os metais pesados, são tóxicos ao homem: arsênio, cádmio, cromo, chumbo,

mercúrio, prata, cobre e zinco; além dos metais, pode-se citar os cianetos; esses

componentes, geralmente, são incorporados à água através de despejos industriais

ou a partir das atividades agrícolas, de garimpo e de mineração.

o) Componentes orgânicos: alguns componentes orgânicos da água são resistentes

á degradação biológica, acumulando-se na cadeia alimentar; entre esses, citam-se

os agrotóxicos, alguns tipos de detergentes e outros produtos químicos, os quais

são tóxicos.

se os organismos aquáticos aeróbios.

turbidez, consumo do oxigênio dissolvido, pelos organismos decompositores.

n) Componentes Inorgânicos: alguns co

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PARÂMETROS BIOLÓGICOS

a) Coliformes: são indicadores de presença de microrganismos patogênicos na

água; os coliformes fecais existem em grande quantidade nas fezes humanas e,

quando encontrados na água, significa que a mesma recebeu esgotos domésticos,

o; em

grandes quantidades, como resultado do excesso de nutrientes (eutrofização),

7.1 PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA

impurezas que venham a prejudicá-

de contato primário), os quais,

condições a serem atendidos.

podendo conter microrganismos causadores de doenças.

b) Algas: as algas desempenham um importante papel no ambiente aquático, sendo

responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio dissolvido do mei

trazem alguns inconvenientes: sabor e odor; toxidez, turbidez e cor; formação de

massas de matéria orgânica que, ao serem decompostas, provocam a redução do

oxigênio dissolvido; corrosão; interferência nos processos de tratamento da água:

aspecto estético desagradável.

Os teores máximos de impurezas permitidos na água são estabelecidos em

função dos seus usos. Esses teores constituem os padrões de qualidade, os quais

são fixados por entidades públicas, com o objetivo de garantir que a água a ser

utilizada para um determinado fim não contenha

lo.

Os padrões de qualidade da água variam para cada tipo de uso. Assim, os

padrões de potabilidade (água destinada ao abastecimento humano) são diferentes

dos de balneabilidade (água para fins de recreação

por sua vez, não são iguais aos estabelecidos para a água de irrigação ou destinada

ao uso industrial. Mesmo entre as indústrias, existem requisitos variáveis de

qualidade, dependendo do tipo de processamento e dos produtos das mesmas. Uma

forma de definir a qualidade das águas dos mananciais é enquadrá-los em classes,

em função dos usos propostos para os mesmos, estabelecendo-se critérios ou

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7.2 CLASSIFICAÇÃO DOS CURSOS D'ÁGUA

Esta Resolução estabeleceu 9 classes, sendo 5 de águas doces (com

salinidade igual ou inferior a 0,5 %, de águas salobras (salinidade entre 0,5 e 30%, e

2 de águas salinas (salinidade igual ou superior a 30 %.).

1 a 4 referem-se às águas doces; as classes 5 e 6,

às águas salinas; e as classes 7 e 8, às águas salobras.

sificadas, segundo seus usos

preponderantes, em cinco classes (Deliberação Normativa COPAM 10/86), como

Um modo de definir critérios ou condições a serem atendidos pelos

mananciais, é estabelecer uma classificação para as águas, em função dos seus

usos. Os mananciais são enquadrados em classes, definindo-se, para cada uma, os

usos a que se destina e os requisitos a serem observados.

No Brasil, a classificação das águas foi definida pela Resolução n° 20 de 18

de junho de 1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

As classes Especiais e de

As coleções de águas estaduais são clas

mostra o Quadro 1.

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Quadro 1 – Classificação das Águas

Classificação

Uso preponderante de água

Cl

se E

C

a

C

a

C

a

C

sas

spe

l

ss

l

ss

l

ss

la

se

cial

e 1

e 2

e 3

4

Abastecimento doméstico, sem prévia ou com simples desinfecção X

Abastecimento doméstico, após tratamento simplificado X

Abastecimento doméstico, após tratamento convencional X X

Preser X vação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas

Proteção das comunidades aquáticas X X

Recreação de contrato primário (natação, esqui aquático e mergulho) X X

Irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película

X

Irrigação de hortaliças e plantas frutíferas X

Irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras X

Criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana X X

Dessedentarão de animais X

Navegação X

Harmonia paisagística X

Usos menos exigentes X

Anualmente realiza-se um monitoramento da qualidade das águas brasileiras.

Adotou-se um índice de qualidade da água (IQA). No cálculo do IQA são

considerados parâmetros como: oxigênio dissolvido, coliformes fecais, pH, demanda

bioquímica de oxigênio, nitratos, fosfatos, temperatura, turbidez e sólidos totais.

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O índice do IQA reflete a contaminação por esgotos sanitários e por materiais

orgânicos, assim como por sólidos, a contaminação por tóxicos é avaliada

considerando-se os seguintes componentes: amônia, arsênio, bário, cádmio,

chumbo, cianetos, cobre, cromo hexavalente, índice de fenóis, mercúrio, nitritos e

zinco. Em fu vadas a contaminaç é ara erizada

como Baixa, Média ou Alta. A denominação Baixa refere-se a ocorrência de

concentrações iguais ou inferiores a 20% do limite da clas de qu ra

ostragem, conforme padrões

o Conselho Estadual do Política Ambiental – COPAM na Deliberação

aixa de concentrações entre

anto que a Alta é superior a 100% do

nte a p tir dos resultados das

panhas de amostragem. O nível de qualidade reportado refere-se a

da estação e a co m çã po tóx s

taç . r lta s o

para o Mapa de Qualidade das Águas, publicado anualmente.

nção das concentrações obser ão

en

c

ad

ct

mento do se

trecho do curso d'água na respectiva estação de am

definidos pel

Normativa N° 10/86. A contaminação Média refere-se a f

20% a 100% do limite mencionado, enqu

mesmo.

A qualidade das águas é avaliada anualme

quatro cam

ar

média aritmética dos valores de IQA nta ina o r ico

representa a pior condição identificada em cada es

transportados

ão Os esu do sã

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8 MATERIAL E MÉTODOS

Empregaram-se para a análise de padrões físico-químicos método

eletrométrico, utilizando-se para isso um phmetro digital. Também foi utilizada

a técnica de leitura com ortolidina, com comparador visual, provido de disco

colorimétrico para cloro.

A amostragem compreendeu os seguintes pontos de colheita: torneira

de jardim, caixa d’água e torneira da cozinha.

A análise microbiológica foi realizada pelo Laboratório Lacen (Laboratório

Central) do Paraná.

A água ingerida e a que acompanha a manipulação dos alimentos deve ter a

esma qualidade, mas este não é um conceito claro para muitos manipuladores. Foi

observado durante o estágio curricular que devido a falta d'água no período de

gosto a setembro de 2006, que alguns cozinheiros reaproveitavam a água da

lavagem do arroz, para a lavagem de verduras, e vice-versa, assim como era

stocada a água em locais não apropriados, como baldes de lavanderia e até

iscina de escola.

Os coliformes totais, fecais e estreptococos fecais podem ser utilizados como

dicadores de poluição fecal na água . Estes indicadores são utilizados porque

estão presentes nas fezes dos animais endotérmicos. Os coliformes totais existem

a água em baixíssimo número e os fecais não existem na água de forma autócne.

Dentre os coliformes totais a Escherichia coli tem sua importância como

icrorganismo índice de contaminação

(SOUZA,1997).

A desinfecção da água, com cloro ou a sua fervura por quinze minutos são

ainda as formas seguras de potabilizá-la.

Nas escolas em vez de torneiras de jardim, coletou-se das torneiras do pátio,

num total de três amostras por propriedade.

O transporte das amostras foi feito em caixa refrigerada, com gelo químico e

conservadas até o momento das análises em temperatura inferior a 10ºC e o tempo

entre a colheita e a chegada do material ao laboratório não ultrapassou duas horas.

m

a

e

p

in

n

m

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Compostos a base de cloro, como hipoclorito de cálcio com 70% de cloro

disponível, hipoclorito de sódio com 10% e água sanitária com 2%, são os agentes

ua,

até

erde dos desinfetantes originais, então se faz necessário o

teste de cloro residual.

Material e Métodos:

ixa

ou bebedouros de pátio escolar ou de

piscinas, conforme a identidade do estabelecimento.

Materiais utilizados:

Tubo de Nessler, forma baixa, com capacidade de 50 ml

Reage

desinfetantes mais usados (TOMINAGA, 1999).

É preciso testar a presença de um adequado residual desinfetante na ág

pois no caminho que ela percorre nas tubulações do reservatório estadual

nossas casas muito se p

Foram analisadas amostras de três colheitas de cada estabelecimento: Ca

d'água, torneira de jardim, torneira da cozinha

Leituras com Ortotolidina:

Pipeta graduada – capacidade de 1 ml

Comparador visual, provido de disco colorimétrico para cloro

ntes utilizados:

e) Solução de ortotolidina 0,1%

f) Solução de tiossulfato de sódio 0,1 N

g) Solução de arsenito de sódio 0,5%

Descrição do método:

Cloro Residual:

Tomar 50 ml de amostra em tubo de Nessler, adicionar 0,5 ml da solução de

ortotolidina 0,1% agitando-a logo após.

Deixar cinco minutos em repouso no escuro. Transferir para o tubo da direita do

comparador visual, conservando o tubo da esquerda com água deionizada, efetuar a

leitura, girando o disco dos valores menores para os maiores até igualdade dos

campos.

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Cloro residual livre:

Tomar 50 ml de amostra em tubo de Nessler, adicionar 0,5 ml da solução de

ortotolidina 0,1%.

Imediatamente após, adicionar 0,5 ml da solução de arsenito de sódio 0,5%

proceder a leitura como descrito acima.

Os resultados são obtidos em mg/L de cloro livre e total conforme a leitura.

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9 RESULTADOS E DISCUSSÕES

eríodo de 01 de agosto de 2006 a 27 de setembro de 2006,

eita da água de caixas d’água dos

scolas e creches Municipais.

Inicialmente, foi realizado um trabalho de conscientização com os

proprietários, sobre a importância da limpeza da caixa d’água e também

formações sobre como fazer a limpeza e quais as empresas licenciadas para

tal serviço. Foi realizado um levantamento bibliográfico a respeito de

igienização de caixas d’água.

Através da análise dos resultados (descritos nas discussões), foi

possível compreender o comportamento dos proprietários de estabelecimentos

ente a falta de limpeza ou a limpeza incorreta dos reservatórios de água, e a

atitute de outros que no período de racionamento de água procuraram

lternativas para seus estabelecimentos como caixas d’água reservas e

cisternas subterrâneas.

As análises físico-químicas e microbiológicas do material enfatizam a

levância da limpeza de seis em seis meses.

Os resultados obtidos pelas amostras analisadas estão dispostos na tabela

10.

Tabela 10 – Análise de Parâmetros Físico-Químico das Amostras de Água

Parâmetros Restaurante 1 Restaurante 2 Lanchonete 1 Lanchonete 2 Piscina 1 Piscina 2 Padrão

Durante o p

foram desenvolvidas atividades e técnicas relacionadas ao estudo de análise

físico-química e microbiológica da colh

estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço à comunidade, como

e

in

h

fr

a

re

pH 7,2 7,0 7,5 7,5 6,5 6,9 7,2 a 7,8

Cloro esidual tal

1,5 mg/L

1,5 mg/L

1,5 mg/L

1,0 mg/L

0,5 mg/L

0,5 mg/L

2,0 a 5,0 ppmRTo

Cloro esidual

0,8 mg/L

1,2 mg/L

1,0 mg/L

1,0 mg/L

0,4

0,1

0,8 a 3,0 mg/LRLivre

Cor 4 4 4 4 3 3 1 a 15 mg/LPt

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De acordo com os resultados obtidos, os restaurantes e lanchonetes estavam

com os valores de pH, cloro total, cloro residual livre e cor dentro dos padrões

. O

ões

Discussão:

De acordo com os resultados obtidos, evidencia-se que um pH abaixo de 7,0,

como no caso da água das piscinas 1 e 2, os usuários podem apresentar irritação na

pele e nos olhos. Os níveis de pH dos restaurantes e lanchonetes estavam dentro

dos padrões, respectivamente (restaurante 1 – pH 7,2, restaurante 2 – pH 7,0,

lanchonete 1 – pH 7,5, lanchonete 2 – pH 7,5), porém se estivessem abaixo de 7,0

e

eiro

as

as

eve elimina (INBRAVISA, 2006).

Um pH acima de 7,8, pode ressecar a pele das mãos e reduzir a eficácia do

e a

O teor de cloro total é a soma das concentrações do cloro residual livre e do

estabelecidos pela legislação, deve-se verificar as tubulações e comunicar órgãos

competentes de tratamento de água.

lizou um

studo cujo objetivo era determinar dosagens seguras de cloro em água de piscina

de modo a manter a qualidade microbiológica da água sem comprometer esta

ade com contamina ões de o tros produtos químicos, especificamente no

su clo - u ria o

foi con uzido pelo Conselh de Quím ca do C

(T ire Inc

No Brasil, não há legislação federal sobre qualidade de água e p

egue-se as normas da Portaria nº.152, de 26 de fevereiro de 1999.

estabelecidos.

A análise da água das piscinas demonstrou um pH abaixo dos padrões

cloro residual total, o cloro residual livre e a cor também estavam fora dos padr

estabelecidos.

poderia ocorrer irritação na pele das mãos de manipuladores de alimentos

corrosão nos maquinários de metal.

Segundo o Sanitarista Dr. Rui Dammenhain, Presidente do Instituto Brasil

de Auditoria em Vigilância Sanitária o potencial de hidrogênio iônico, em piscin

deve ser mantido entre 7,0 e 7,8 para assegurar a interação química do cloro com

bactérias que o mesmo d

cloro na caixa d'água ou na piscina, colocando em risco a higiene dos alimentos,

saúde de pessoas.

cloro residual combinado, se os valores estiverem acima ou abaixo dos padrões

Em novembro de 2000, a Agência Ambiental dos Estados Unidos fina

e

qualid

caso, o

ç u

bproduto rofórmio m dos t lometanos que p dem ser gerados. O

estudo

Council)

d o i loro (Chlorine Chemistry

he Sapph Group, ,2000).

d iscinas, mas

s

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O cloro residual livre é a medida do teor do agente sanitizante presente na

água da piscina para combater os microrganismos que podem contaminar a água. A

faixa ideal de cloro livre a ser mantida é de 1 a 3 ppm, valores abaixo como os

vel na água e ardência nos olhos. Não foi realizada uma análise

icrobiológica na água das piscinas, porém os níveis baixos, fora do padrão de cloro

, apontam para presença de agentes patogênicos na água.

do padrão.

d'água e piscinas.

lgas e microrganismos sem provocar tantos

encontrados nas análises das piscinas podem fazer com que os microrganismos

patogênicos se multipliquem, causando doenças, e valores acima podem causar

odor desagradá

m

residual livre

Segundo a Doutora Valeria Camargo Dammenhain, Diretora Administrativa do

Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária (São Paulo), o tratamento da

água de piscina requer muita responsabilidade, pois impacta na saúde das pessoas.

Por este motivo, esta operação deve ser realizada por pessoal devidamente treinado

e que tenham informações científicamente corretas (INBRAVISA, 2006).

A cor da água é um importante indicativo de sua qualidade. Segundo análise

das amostras, todas estavam dentro

Segundo (CONAMA,1986) a análise da cor da água pode revelar:

Água colorida – metais

Água turva/esverdeada – algas

Água turva/Leitosa – Areia e sujeira

Manchas escuras nas bordas e paredes – cobre.

Queda de bichos na água (ratos,sapos, etc) – Requer limpeza das caixas

No caso de piscinas com salinização, o processo é simples: a àgua da

piscina, previamente salgada com quatro gramas de sal comum por litro,passa por

um processo de eletrólise, produzindo hipoclorito de sódio, um cloro ativo natural

que desinfeta e destrói bactérias, a

efeitos colateriais. A vantagem é que esse cloro é obtido a partir de um processo

natrual, sem adição de resíduos químicos.

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10 CONCLUSÃO

A Vigilância Sanitária busca identificar e monitorar os padrões de

contaminação da água, inspecionado tanto a água tratada por empresas públicas ou

privadas, quanto a água consumida nas áreas não abastecidas com água tratada,

visando a prevenção de doenças veiculadas por meio hídrico, bem como os níveis

padrão de todos os elementos na água contidos.

A contaminação dos sistemas hídricos pode ocorrer por fatores intrínsecos

(atividade da água, PH, potencial de oxiredução e composição dos materiais de

transporte e armazenamento) ou por fatores extrínsecos (temperatura, atmosfera

externa dos reservatórios e mananciais, manipulações. etc.).

ocumentos

ha a sua Licença Sanitária e com

m 6 (seis)

demiológico, onde

ara ta

Em exames laboratoriais, normalmente são encontrados coliformes totais e

fecais e bactérias diversas, que são todos indicadores de higiene.

As ações da vigilância Sanitária foram desenvolvidas com o intuito de

fiscalizar o cumprimento da legislação destinada a proteger a saúde pública. Foram

criadas para tal fim, órgãos de saúde cujas funções são cumpridas com poder da

detecção das infrações sanitárias e aplicação das penalidades previstas.

O mundo de hoje é um mundo em transformação, novas informações surgem

a cada momento e se adequar a elas não é tarefa fácil. As pessoas estão arraigadas

A vigilância sanitária requer de todo estabelecimento além dos d

legais como: alvará, a Licença Sanitária e o controle de limpeza de caixa d'água,

através de firma especializada que também ten

monitoramento do devido processo de limpeza num prazo de 6 (seis) e

meses.

Em caso de suspeitas (surto) é solicitado o inquérito epi

p l uma das ações é a coleta da água para análise.

Observou-se nos inquéritos epidemiológicos, juntamente com a análise das

coletas de água que os fatores de contaminação mais freqüente são: caixas d'água

destampadas e não higienizadas, fossas sépticas profundas, próximas aos poços e

construídas fora das especificações adequadas e falta de higiene de manipuladores.

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a conceitos ultrapassados e não têm consciência de sua cidadania, seus direitos e

deveres.

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