por seu carinho epaciencia, minha gratidao. -...

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VIVIAN DOMIT PASQUALIN WOJCIKIEWICZ ABORDAGEM E ANALISE ELETROTERAplCA NA DOR Monografia apresentada como requisito parcial a obten~o do titulo de especialista em Fisioterapia aplicada a Ortopedia e Traumatologia no Desporto. Setar de Ciencias da Saude da Universidade Tuiuti do Parana. Orientadora: Renata Rotembuller. CURITIBA 2000 r--~~.-- _. ):·i~ .. ·'Ai

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VIVIAN DOMIT PASQUALIN WOJCIKIEWICZ

ABORDAGEM E ANALISE ELETROTERAplCA NA DOR

Monografia apresentada como requisitoparcial a obten~o do titulo de especialistaem Fisioterapia aplicada a Ortopedia eTraumatologia no Desporto. Setar deCiencias da Saude da Universidade Tuiutido Parana.Orientadora: Renata Rotembuller.

CURITIBA

2000

r--~~.-- _.):·i~.. ·'Ai

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Agradelto ao meu marido, que me estimula,ap6ia e compreende.Por seu carinho e paciencia, minha gratidao.

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SUM ARlO

RESUMO v

ABSTRACT vi

1INTRODUc;:Ao _. .. . __ _ _. __1

2.1 TIPOS E QUALIDADES DE DOR.

2 CONCEITO DE DOR.________. __ .____. __.__ 2

___3

2.1.1 Dar Cronica ... ........ _ __._ _ _ __ __ __3

2.1.2 Dar Aguda _ _ _ __ _ _ . _ 4

2.1.3 Dar Referida.. . __ __ _ _ .. _ 4

2_1 A Dar Irradiada ... 5

2.1.5 Dar Central _. _. _ _ __ _ 5

2.1.6 Dar par Desaferentac;ao . ._.. .. _ _ 5

2.1.7 Dar Neurogenica __ ._._ __ . .. __. 6

2.1.8 Dar Nociceptiva._ ... _ __. __ 6

2.1_9 Dar Neuropatica __ _.. ..__ _ __ 6

2.1.10 Hiperalgesia Primaria e Secundaria ..

2.1.11 Alodinea ..

3 HISTOFISIOLOGIA _

7

.. .. .... 7

8

3.1 POTENCIAL DE N;Ao _. . . __ _.._._ 10

3.2 CLASSIFICACAo DAS FIBRAS NERVOSAS _...._________ . 12

4 FISIOPATOLOGIA ...

4.1 CONTROLE CENTRAL E SISTEMAS DESCENDENTES ..

14

19

iii

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5 ElETROTERAPIA ..

5.1 ACOMODAi;iio ..

. 22

. 25

5.2 NivEIS DE ESTIMUlAi;iiO PARA CONTROlE DA DOR 26

5.2.1 Nivellnfra-Sensorial 26

... 265.2.2 Nivel Sensitivo .

5.2.3 Nivel MOtOL.. . 28

5.2.4 Nivel Noxio... . 30

5.3 ELETROTERAPIA E NEUROMODULAi;iio DA DOR.. . 32

5.3.1 Nivel Periferico .. . 32

5.3.2 Nivel Medular 33

5.3.3 Nivel Supraespinhal. 33

5.3.4 Nivel CorticaL. 34

6 MATERIAL E METODO ..

7 CONClUsAo ..

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ..

36

. 41

. 42

iv

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RESUMO

Este trabalho foi realizado com base em uma revisao bibliografica que

demonstra a dimensao fisica e emocional da dor. Apesar de amplas e claras

defini0es que tentarn localizar, temporizar e quantificar a dar, ainda nac somas

capazes de interpreta-Ia objetivamente. Hoje conhecendo urn pouco melhor

componentes fisicos e quimicos e sua relay80 com 0 sistema Ifmbico, bern como as

niveis e sistemas de modulay8o da dar, sabemos que 8stimulos iniciados em

termina90es sensoriais podem ser modificados antes de sua perceP98o. E em busca

disto que desenvolvemos nossos estudos. Utilizar correntes eletricas que sejam

capazes de intervir reorganizando 0 sistema nervoso para que 0 individuo safra

menos.

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ABSTRACT

This work was going accomplished with base in a bibliographical revision

which demonstrates the pain's physical and emotional dimension. Although wide and

clear definitions that try to locate, temporize and qualify the pain, we aren't able to

recognize it objectiveli. Nowadays, knowing a little better physical and chemical

components and their relation with the limbic system, as well as the pain's

modulation level and systems, we know the stimulus which begun in sensory

terminations can be modified before their perception. Because of this, we developed

our studies. Using electric currents to be able to reorganize the nervous system to

decrease the individual suffers.

vi

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1 INTRODUc;:Ao

Segundo 0 prof. Dr. Manoel Jacobsen Teixeira, (1994), a interpretay80 da

sens89ao dolorosa envolve nao 56 aspectos ffsico-qufmicos da nocicepcyao, mas

tambem componentes s6cia-culturais e as particularidades do ambiente ande 0

fen6meno nociceptiv~ e experimentado. A dor evoca emo90es e fantasias que

traduzem 0 sofrimento e 0 comportamento do doente com dar.

Esta que e utiI como aviso, sinal de alerta de algo ruim ou errado

ocorrendo no organismo, deixa de tsr utili dade quando S8 torna insidiosa,

prolongada, uma patologia em si, como nos cases das dores cr6nicas.

Embora seja talvez a forma mais antiga de estresS8, ainda naG tai

completamente compreendida, e nem pode ser completamente control ada, apesar

dos esforyos envidados neste sentido. Sabemos hoje, no entanto, que a dor e

percebida pelo complexo sistema sensorial nociceptivo, no qual 0 estfmulo dolorido

iniciado nos terminais sensoriais pode ser modificado antes de sua percepyao.

Assim, a partir da visualizayao da sequencia de eventos no fen6meno

doloroso, buscamos atraves de diferentes formas de medulaC;8o das correntes

eletricas, intervir em processos algicos de natureza e fases diferenciadas, alem de,

utilizarmos variados mecanismos de resoluC;Elo da dor que 0 corpo humane

apresenta.

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2 CONCEITO DE DOR

Dar segundo a IASP (International Association For The Study Of Pain),

MERSKEY et 01, 1979, "Experiencia sensorial e emocional desagradavel, associada

com lesao tecidual, real ou potencial, ou descrita em termos de talles80".

Sabe-S9 que S9 trata de urna experiencia pessoal complexa

multidimensional, mediada par varios componentes sensoriais, afetivQs, cognitivQs,

socia is e comportamentais, desencadeada a partir de urna agressao inflingida ao

organismo.

"Como sensac;ao subjetivB, a dor e associada primeiramente a urna lesao tecidualque, por estar sempre envolvida em urna sensa~o desprazerosa precisa serentendida tambem como urna experifmcia emociona/. A maioria das pessoas podeexperimentar urna variac;ao enorme de dores durante a vida, com muitos aspectosa serem considerados; por exemplo, localizac;ao, qua/idade, intensidade,freqOencia, natureza, etio/ogia, durat;ao". (Dr. MENEZES, Renaud A.)

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2.1 TIPOS E QUALIDADE DE DOR

Retiramos do livro Sfndromes Dolorosas, Diagnostico - Terapeutica -

Saude Fisica e Mental. (MENEZES, Renaud Alves, 1999), as conceitos de dar

abaixo citados:

2.1.1 Dar Cr6nica

Durag80 extensa (varios meses a anos). Acompanha 0 processo da

doeng8, au esta associada a urna lesac ja tratada. Na dar croniea, em geral, nae

ocorrem res pastas neurovegetativas devido adaptayao dos sistemas neuronais.

Causadas par processos patol6gicos cronicos, somaticos au viscerais, ou

par disfun<;ao prolong ada dos componentes do sistema nervoso periferico, do

sistema nervoso central ou ambos. Pode tambern decorrer de fatores ambientais au

psicopatol6gicos. NaD tern func;ao de alerta e frequentemente gera estresse fisico,

emocional, econ6mico e social significativ~ para 0 doente e sua familia. E de

diagnostico e tratamento dificeis.

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2.1.2 Dor Aguda

E de curta durac;:ao (de minutos a semanas), normal mente decorrente de

les6es teciduais, processos inflamatorios ou malestias. Tern fun9ao de alerta e

desaparece com a resoluyao do processo patol6giCO. Bern determinada

temporalmente, associa-se a alterac;:oes neurovegetativas. Embora fatores

psicol6gicos e ambientais len ham influencia na vivencia da dar aguda, raramente

participam como fator prima rio. Sua fisiopatologia e conhecida, seu diagnostico nao

e dificil e seu controle e normal mente adequado.

2.1.3 Dor Referida

Ocorre quando a dar de urna estrutura somatica ou visceral e exibida em

urn outro local, ricamente inervado, que nao seja sua origem, mas com a mesma

inervagc3o. Hi'! urna convergEmcia dos neuronios das duas regi6es para a mesma

altura do corno dorsal.

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2.1.4 Dor Irradiada

Dar que S8 distribui segundo a territorio de inerva~aoda raiz nervosa

comprometida.

2.1.5 Dor Central

Associada com lesac do sistema nervoso. Ocr espontanea, queimante,

com hiperpatia, alodinea e parestesias. Geralmente leva a depressao, assemelha-se

a dor por desaferenta98o.

2.1.6 Dor por Desaferenta980

Associada a lesac neurogenica, par lesac periferica ou central. Ha grande

diminuiyao dos impulsos inibit6rios. Dar espontanea, superficial au profunda,

queimante as vezes com agulhadas. Hiperalgesia e alodinea sao constantes, as

vezes par estimulo simpatico. Alem de mecanismos perifericos ha mecanismos

centrais envolvidos, como a hiperexcitabilidade do como posterior da medula,

provocada por ativa980 de receptores NMDA. Geralmente a dor aparece quando a

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lesao e parcial, nao atingindo a totalidade das fibras e permitindo alguma

transmissao. A irritar;ao periferica continua produz hipersensibilizar;80 central.

2.1.7 Dar Neurogenica

Qualquer dar relacionada ao sistema nervosa, ocasionada por problema

periferico ou central.

2.1.8 Dar Nociceptiva

Oor por estimulo continuo de nociceptores, e aliviada pelo bloqueio

desses, ou de suas vias de transmiss80.

2.1.9 Dar Neuropatica

Dar por lesao funcional ou patol6gica nos mecanismos de processamento

periferico au central do sistema nervoso. Pode ser causada por sensibilizar;80

central devido ao influxo continuo de fibras C, e/ou par diminui9ao dos impulsos

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inibit6rios, e/ou por sensibilizar;80 anormal, causando alterar;oes nos impulsos

mediados pelas fibras A-beta, por reorganizac;ao simpatica em consequ€mcia da

lesao. Bonica emprega 0 termo para lesao do SNP.

2.1.10 Hiperalgesia Prima ria e Secundaria

Trata-se de um local limiar de dar, que pode aumentar para um estimulo

doloroso, ou dor espontanea. Isto pode ocorrer com 0 tecido lesado (hiperalgesia

primaria), ou ao seu redor (hiperalgesia secundaria).

2.1.11 Alodinea

Oor intensa, sem a presenya de um estimulo noxio.

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3 HISTOFISIOLOGIA

Estruturalmente as celulas da membrana celular e dos nervos e museu los

sao similares as Qutras, consistem de fosfolipideos que eontsm uma variedade de

proteinas moleculares. As protefnas da membrana celular dos nervos e mU5cuios

contudo, servem para varias fungoes especiais, 0 que as diferencia dos Qutros

tecidos do corpo. As proteinas da membrana servem como:

• Receptores Proteicos: Fazem a li9a9aO entre neurotransmissores e

neuromoduladores.

• Canal de Proteinas: Sob certas condic;oesformam poras na membrana para 0

movimento de ions como sodia, potassio e calcic.

• Transporte Proteico: Que liga e transfere sUbstancias como 0 s6dia e a potassio

atraves da membrana, freqOentemente contra gradientes. (1)

Cada uma destas proteinas pode assumir forma e fung80 diferentes

conforme a circunstancia. (1)

Por estas caracteristicas as celulas da membrana funcionam como uma

barreira para 0 movimento de substancias entre 0 meio intra e extracelular.

Substancias como 0 oxigenio, di6xido de carbono e agua, movem-se rapidamente

atraves dos fosfolipideos. Ao contrario dos ions, pOis existe urn diferencial de

permeabilidade das celulas da medula para as diferentes cargas eletricas das

particulas.(1)

Em situagao de repouso quando ° sistema nervoso nao esta ativando

tecidos excitaveis a membrana celular esta mais permeavel aos ions de potassio e

(I) ROBINSON. Andrew J.; MACKLER, Lynn Snyder, 1995

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menos aos ions de s6dio, e impermeavel a um grande numero de proteinas com

cargas negativas e fosfatos (anions). Com um grande numero de anions presos no

interior da celula, os fons de carga positiva do potassio sao depositados no interior

da celula por for9as eletromotivas, assim que 0 estado de repouso e estabelecido.

Dutra propriedade importante das membranas excitaveis no eslado de repouso e

que elas usam energia celular na forma de ATP para ativar 0 transporte de s6dio e

potassio atraves da membrana. Esta bomba de s6dio e potassio move ions de sadio

para fora e potassio para dentro, mesmo contra gradientes eletroquimicos. (1)

Como consequencia desta permeabilidade seletiva da membrana e da

bomba de sadio e potassio a distribui9ao de particulas de carga atraves da

membrana nao e uniforme. A concentrac;aode s6dio e mais alta no f1uidoao redor

das celulas e a concentra9ao dos anions de potassio e maior dentro. 0 resultado da

separac;aodas particulas com carga eletrica cria uma diferen9a de potencial eletrico

atraves da membrana. Esta diferen9a de potencial, au voltagem, e a potencial de

membrana de repouso (rmp), e par isso a excitabilidade das celulas e descrita como

polarizada. 0 potencial de membrana e de aproximadamente -90mV para as

musculos e de -75mV para as fibras nervosas. Enquanto as membranas se mante~m

intadas e 0 ATP pode ser oferecido pela bomba de s6dio e potassio 0 potencial de

membrana de repouso destas celulas se mantem estavel. Para a concentra9ao de

s6dio e potassio conseguirem manter urn potencial negativ~, forc;as quimicas e

eletricas agem no sodio diretamente dentro da celula, e no potassio fora. (1)

(1) ROBINSON, Andrew 1.; MACKLER, Lynn Snyder, 1995

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10

3.1 POTENCIAL DE ACAO

Celulas nervosas e musculares sao unicas par suas membranas capazes

de iniciar e propagar potenci8is de 8<;80. Em contrcfie com membranas de tecidos

nao excitaveis, estas podem rapidamente alterar sua permeabilidade para ions em

resposta a intervenc;6es quimicas, termicas, eletricas ou mecanicas. Com a

aplicayao de urn estimulo a permeabilidade da membrana aos ions de s6dio

aumenta, e desde que a concentrayao e as foryas para as ions de s6dio sejam

dirigidas para dentro, estes S8 moverao para dentro, atrav8S da membrana.

o potencial reduz-se ate proximo de zero, a que corresponde a

despolarizac;ao. Inicia-se gradualmente, quando atinge a limiar, os canals de 5OOio e

potassio S8 abrem. A permeabilidade ao s6dio aumenta rapidamente, enquanto que

ao potassio e lenta. As forc;as que atuam no s6dio sao no infcio diretas dentro da

celula, fazendo com que 0 s6dio entre enquanto os canais se abrem. Como

resultado, 0 potencial de membrana se despolariza com as cargas positivas do s6dio

aderidas as cargas negativas do interior da celula. Se os canais de s6dio se

mantiverem aber10s por muito tempo, 0 sodio continuara entrando ate que haja urn

equilibrio, aproximadamente em +60mV, conludo, sabe-se que ° sadie para de

entrar com 0 potencial em +35mV, pois neste nivel os canais de s6dio se fecham e a

membrana torna-se relativamente impermeavel a ele. Quando entao os port6es de

sodio se fecham, os de potassio se abrem com pi eta mente, carregando

positivamente 0 interior da celula. Poucos fons de potassio fieam fora. Forc;as

quimicas e eletricas no meio intracelular forc;am 0 potassio para fora. Como as

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II

canais de potassio estao abertos, esta passa rapidamente para fora e 0 potencial da

membrana progressivamente torna-S8 negativD, e a repolariz898o.

As fon;:as que movem 0 potassio para fora sao tao grandes que as canais

de potassio S8 mantem abertos ate que S8 repolariz8, urn pouco abaixo do potencial

de repouso (10/20mV). Esta hiperpolariza<;:1ioacontece ate que a rede eletroquimica

atue no potassio, neste ponto existe 0 equilibria do potencial. Os portaes do potassio

permanecem fechados, uma difusao passiva de ions atraves da membrana restaura

a potencial aos niveis iniciais. A altera980 de voltagem que oeorre na membrana em

resposta a oscila<;:1ioeletrica e chamada de Potencial de A<;:1ioe demora

aproximadamente 1 m/seg.

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12

3.2 CLASSIFICACAO DAS FIBRAS NERVOSAS

TABELA 1 - AFERENTES E EFERENTES - SEGUNDO ERLANGER/GASSER

1997

Grupo de Inerva~l!o

Fibras

A-alIa ef: fibras muse. extra-fusais

af: af.prim. dos fuscs musc.

A-beta ef: fuses muse. 8 (5-15) 50 (30-70)

al: recep. de toque, pressao, vib.

A-gama ef: fuses muse. 6 (6-8) 20 (15-30)

A-delta al: toque, pressao, dar, temperat. < 3 (1-4) 15 (12-30)

Ura finamente mielin.

B el: fibras pre-ganglionares 3 (1-3) 7 (3-15)

C el: fibras p6s-ganglionares 1 (0.5-1.5) 1 (0.5-2)

al: fibras de dar e temp. desm.

Fonte: Apostila Electrotheraty, 1997 The Jan Van Breemen Institute The University

Of Amsterdam

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13

TABELA 2 - AFERENTES MUSCULARES - SEGUNDO LLOYD/HUNT

Grupo de InelVa~ao

Fibras

la Terminac;:oes anulo-espirais do fusa

muscular

Ib,lIb Fusa euro-tendineo receptores de 9 (4-12) 55 (25-70)

pressao no musculo

III Receptores de pressao no musculo 3 (1-4)

1 (0.5-1.5)

11 (10-25)

1 (0.5-2)IV Fibras C amielinicas, nociceptores

mecanicos

Fonte: Apostila Electrotheraty, 1997 The Jan Van Breemen Institute The University

Of Amsterdam

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4 FISIOPATOLOGIA

Varios autores descreveram a fisiopatologia da dor. 0 precursor foi 0 Dr.

John Bonica, em 1953. Na atualidade temas names como Dr. Renaud Menezes, Or.

Carlos Carvalhaes e Dr. Manoel Jacobsen Teixeira, neurocirurgiao e medico da der,

que muito tern realizado neste campo.

Segundo TEIXEIRA, 2001, a estimulo doloroso e reconhecido por

receptores nociceptivQs representados par terminac;6es nervosas livres, presentes

nas fibras mieHnicas A-Delta e amielinicas C, das estruturas superficials e profundas

do tegumento, parede das visceras e vasas, e nas fibras correspondentes III e IV

dos sistemas musculo-esqueleticos. A atividade dcs receptores nociceptivDS emodulada pela ava-D de substancias quimicas liberadas no ambiente tecidual em

decorrencia de processos inflamatorios, traumaticos ou isquemicos. Sao origin ados

de celulas lesadas , leuc6citos, mastocitos, plaquetas e de mohkulas livres

presentes no interior dos vasos sanguineos. A libera9aO retrograda de

neurotransmissares par termina96es nervosas livres contribui para sensibilizar os

receptores nociceptivos. A substancia P, por exemplo, promove a vasodilataC;8o e a

liberaC;ao de histamina no interior dos mastocitos, esta no ambiente tecidual, resulta

em permeac;ao dos vasos sangufneos aos agentes algogenicos presentes no seu

interior. 0 sistema nervoso Simpatico pode alterar a vasoatividade e modificar as

caracteristicas bioquimicas do intersticio, agravando ou acarretando sindromes

algicas. (2)

(2)TElXEIRA, Manocl Jacobsen. 200 I

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15

As vias nervosas primarias tern 0 corpo celular localizado nos ganglios

sensitivQs, de ende as fibras emergentes S8 dividem em proximais e distais. As

proximais agrupam-se em radiculas e penetram na medula espinhal pelas raizes

posteriores e anteriores. Neste ponto, ou no troneo encefalico, as fibras nociceptivas

destacam-se das aferentes mais calibrosas, concentrarn-se no feixe ventrolateral

das radiculas e dividem-se em ramos ascendentes e descendentes e entram na

constitui9ao do tracto de Lissauer, deste projetam-se para 0 CPME. (2)

Sabe-s8 que existe na substancia cinzenta da medula espinhal uma

estratifica9aOanatomica em paralelo com a funcional, sao as laminas de REXED-10,

sendo que 0 como posterior corresponde as seis primeiras no senti do postero-

anterior. Da superficie para a profundidade estas laminas vao perdendo a

especificidade, vai havendo uma superposi~ao de fun~6es em termos de

processamento de informa9ao sensitiva. Contudo, 0 CPME nao e apenas uma

esta,ao de coleta de informa90es transmitidas pelos aferentes primarios. Contem

interneur6nios que interferem no processamento das informa~6essensitivas inibindo

ou facilitando potenciais para os sistemas de projeyao supra-segmentares. Nesta

regiao existe a primeira etapa do mecanisme modulador-supressor da dor. 0 CPME

recebe tambem projeyoes de c6rtex cerebral e estruturas sub-corticais e do troneo

encefalico que participam do mecanisme de modula~ao segmentar da atividade

sensitiva. (2)

Das fibras nociceptivas somaticas e viscerais, as fibras A-delta terminam

em diversas laminas, I,II,IV e VI, enquanto as fibras C terminam nas laminas I,ll e V.

As laminas I e II eontsm neur6nios nociceptivos, neur6nios dinamicos de ampla

margem, WDR. A lamina II e a principal sede da substancia gelatinosa de Rolando.

(2)TEIXEIRA, Manoel Jacobsen, 2001

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16

As hlminas III, IV e V possuem neuronios que fazem parte espinotecal,

espinocervical e espinoreticular. As laminas III e IV, possuem celulas de origem do

sistema pos-sinaptico da col una dorsal, 0 qual normal mente conduz estrmulos naD

noxicos. A lamina V e a de terminayao comum das fibras A-delta e C, recebendo

esUmulos noxicos das laminas II e III e estimulos viscerais, sendo tambem 0 local de

origem do sistema antero-Iateral (SAL). A partir destas, os neuronios projetam-se

para outras partes da medula (proje90es proprioespinhais), para a substancia

reticular ascendente, talamo e cerebelo. As laminas VI, VII e VIII, tambem

contribuem para nocicepyao. (2)

As proje<;6es dos aferentes nociceptivos viscerais e musculares somam-

S8 as tegumentares na lamina V. Nesta e que par mecanismo de somac;ao,

facilitac;8.o e convergencia de estimulos, 0 fen6meno de dar reterida visceral e

musculo-esqueletica S8 processam. Estes neur6nios que sao adaptados para

reeeber estimulos oriundos do tegumenta fazem com que 0 campo receptiv~ para 0

tegumenta seja maior, maior para as areas de maiar representa<;ao cortical. Quando

existe um estimulo oriundo da profundidade a celula vai interpretar este fen6meno

de dar nao como sendo de um musculo ou tendao, mas sim do dermatomo que se

projeta no mesmo neuronio, interpreta 0 fenomeno como de uma area de maior

representa9ao cortical. (2)

Mais de uma dezena de neuropeptides e neurotransmissores foram

identificados nos ganglios das raizes sensitivas enos aferentes primarios, 0 que

pode estar relacionado com a codificayao do estfmulo nociceptivo periferico. Os

receptores das unidades neuronais do CPME sao de varias categorias. Destacam-se

entre eles os envolvidos no mecanismo de 8yaO dos aminoacidos (acido glutamico)

(2)TElXEIRA, Manoel Jacobsen, 2001

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e das taquiquininas (substancia P). Os receptores AMPA e os cainatos sao

acionados imediatamente ap6s a liberaC;8o dos aminoacidos excitatorios (incluindo 0

ae. glutamico) e estao envolvidos no mecanisme de localiz8C;80 temporo-espacial e

na quantifica~ao da dor. Em conjunto sao denominados receptores nao-NMDA. Os

receptores NMDA sao ativados par neurotransmissores excitat6rios e modulados par

neuropeptides, e atuam centenas de milissegundos ap6s a chegada do estimulo. Os

receptores de neuroquininas ativados par taquiquininas atuam segundos ap6s a

liberaC;8o destes neurotransmissores. Os receptores NMDA e os de neuroquininas

estao relacionados com 0 mecanismo de sensibilizac;ao dos neur6nios do CPME,

com a gerac;ao da dar cr6nica e com a modulag8o da nocicepc;8o. (2)

A estimulac;ao nociceptiva aumenta a excitabilidade dos neur6nios do

CPME incluindo as que originam os tractos ascendentes espinotalamicos e

espinoreticulares. A sensibilizagao dos neuronios do CPME e a ativagao das

simllpses NMDA inativas, sao uma das causas de hiperalgesia secundaria, e da

alodinea. A persistemcia do esHmulo doloroso que torna os neuronios do CPME

sensibilizados causa ao nivel da membrana uma transformaC;ao biol6gica. A

presenga constante de agentes (quimicos e eletricos) algiogenicos faz com que 0 ion

de magnesio seja deslocado e 0 caJcio extracelular penetre no neuronio se somando

as reservas internas de calcio. Este atua entao como urn segundo mensageiro,

fazendo com que hajam reagoes quimicas no neuronio do CPME levando a

fosforilagao da membrana, 0 que abrira os canais ionicos, tornando-a mais sensivel

a esHmulos ambientais. Assim pequenos estfmulos desencadeiam intensos e

prolong ados potenciais de agao. 0 segundo mensageiro faz com que haja produyao

de substancias qui micas desconhecidas que interagem com 0 nucleo da celula

(2)TEIXEfRA, Manocl Jacobsen, 200 I

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I.

gerando uma modificac;aogenetica, e atraves do RNAm gera produC;80de moleculas

que S8 fixam na membrana neuronal, tornando-a mais rica em receptores. Com isso

estimulos nao nocivos sao interpretados como dolorosos, muitas vezes veiculados

par vias aferentes mecanicas discriminativas (A-beta) que ativam neur6nios de

grande espectro (WDR) do CPME. A remo9ao do agente nociceptivo resulta em

desaparecimento da hiperalgesia e da alodinea, porem, em decorrencia da

estrutura<;8o dos mecanismos de sensibiliz8<;80 dos neur6nios do CPME pode

persistir 0 fenomeno doloroso. (2)

A transmissao das informac;oesnociceptivas da medula espinhal para as

estruturas encefalicas e realizada mediante sistemas neuronais que compoem 0

tracto espinolalamico, espinoreticular, espinomesencefalico, espinocervical, p6s-

simlptico do funiculo posterior e intracornual. (2)

Feixe espinotalamico lateral: As fibras das raizes dorsais entram na medula, no

sulco dorsa-lateral, formando 2 feixes: a maior se constitui de fibras mielinizadas

(medial), eo menor por fibras finamente mielinizadas, ou amielinicas (lateral). Fibras

do grupo lateral (dor e temperatura) entram pelo fasciculo dorso-Iateral ou zona de

LlSSAUER, antes de fazer sinapse com as celulas do corno dorsal. As sinapses

ocorrem com celulas das laminas I e II e dai com a lamina V. As fibras do FEll que

se origin am das celulas do corno dorsal cruzam e sobem pel a funiculo lateral. As

fibras originarias das laminas I e V vao para 0 nucleo ventra-postera lateral (VPl) do

talamo, sem conex6es, e chamado de neoespinotalamico. Este esta envoi vida com

as componentes discriminativos da sensibilidade dolorosa. As celulas de origem do

FETL que vern de laminas rna is profundas, fazern conex6es com estruturas do

(2)TEIXEIRA Manocl Jacobsen, 2001

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troneD e entao seguem para 0 talamo. Denomina-se Paleoespinotalamico

(polissinaptico) e esta relacionado com as componentes afetivo-motivacionais da

dor. (2)

o FNET, mais recente transmite as impulsos de dor mais rapidamente par

ser constituido par fibras A-delta. Relaciona-se com a primeira dar, mais localizada,

discriminativa (especilica). 0 FPET, mais antigo, constituido por libras mais finas

transmite dar mai5 lentamente. Relaciona-se a segunda dar, mal localizada, difusa,

queimante (protopatica). Ambos transmitem alem de dor, tato, pressao, temperatura

e proprioceP9aO. Lesoes no FNET tiberam 0 FPET provocando dor cr6nica. (2)

4.1 CONTROLE CENTRAL E SISTEMAS DESCENDENTES

Sugeriram que a coluna dorsal e 0 feixe pos-sinaptico poderiam funcionar

como urn gatilho acionador do controle central, ja que suas fibras sao as vias

condutoras ascendentes de transmissao mais rapid as.

A inibiqao pre-sinaptica das vias nociceptivas na medula espinhal decorre dacolisao entre potenciais dos aferentes primarios e potenciais antidromicosnegativos presentes nas raizes espinhais oriundos da substancia ge/atinosa.Estimu/os discriminativos das fibras de grosso calibre no SNP ativam celu/as daSG e estas b/oqueiam a transferfmcia das informar;6es entre os aferentesnociceptivos e os neuronios do CPME. (ME.LZACK e WALL 1965)

Posteriormente demonstrou-se que estruturas encefalicas, especial mente

da formagc1o reticular do tronco do encefalo, exercem atividade inibitoria sobre as

celulas do CPME. Sao sistemas inibitorios descendentes: os sistemas

(2)TElXElRA, Manoel Jacobsen, 2001

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descendentes corticais e diencefalicos, as areas cinzentas mesencefalicas

periaquedutais (pAG) e diencefalicas periventriculares (PVG), 0 nucteo da Raphe

mediana e nucleos adjacentes. 0 funiculo dorsolateral tambem pode ser incluido.

Estas areas quando estimuladas produzem analgesia intensa, inibindo neuronios

nociceptivos. (2)

"Nos centres superiores tudo e analisado. Experiencias anteriores,

emol'oes, motival'oes, etc. para comandar os impulsos pel os feixes descendentes

(feixes piramidais, rubro-espinhais, reticulo-espinhais) que influenciam em feed-back

o corno dorsal." (FIELDS, 1984)

Atraves da estimulac;ao de estruturas superficiais, principal mente da pele,

produzimos impulsos nervOS05 para 3 sistemas da meduJa:

• Fibras do CPME que se projetam para 0 cerebro;

• Celulas da SG do CPME;

• Celulas T (de transmissiio central).

A supressao da atividade das unidades nociceptivas da medula espinhal

resultante da ativac;ao das estruturas do tronco encefalico depende da integridade

das vias descendentes do funiculo dorso lateral da medula espinhal. (2)

Mecanismos de controle da nocicepc;ao parecem atuar antes mesma que

haja a percep~o do estimulo delaroso. 0 sistema analgesico intrinseco e ativado

pela estimula9Bo discriminativa, nociceptiva ou nBo, e atenua a dor. A inibi9ilo

resultante da sua ativa9Bo perdura per varies minutes, e parece permitir que os

neur6nios multimodais reconhe9am sinais nociceptivos e atenuem a atividade de

outros neur6nios convergentes vizinhos aos ativados, aperfei90ando 0 carater

discriminativo dos estimulos processados por essas unidades sensitivas. E esse 0

(2)TEIXEIRA Manocl Jacobsen, 200 I

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mecanismo de atenU8r;:aO da dar pelo metoda da contra-irritayao. A estimulaC;8o

nociceptiva intensa resulta em elev8c;ao dos niveis basais de serotonina,

noradrenalina e encefalina no liquido cetalo-raquidiano e encefalinas no CPME. (2)

Estimulos nociceptivDS liberam neurotransmissores, que estao envolvidos

na modulatyao segmentar da aferencia nociceptiva. Os neurenias da PAG e da

formac;ao reticular do bulbo sao ativados par estimulos discriminativos e pelo

despertar, sugerindo que a atenyao e 0 alerta estejam envolvidos na sua atividade.

o estimulo naeivo e urn dos mais eficazes para produzir analgesia, contudo atua na

supressao da dar longa, e na dar aguda. Islo sugere que 0 estresse e a durayao da

dor sao importantes para ativa9ao dos sistemas moduladores. (2)

Pode-se concluir que as unidades neuronais, as canais sensoriais e os

neurotransmissores atuam conjugadamente, sendo que a atuac;:ao deste sistema

resulta na interpreta9iio do estimulo ser ou nao nociceptivo. (2)

A intensidade da dor e a expressao do sofrimento variam de indivfduo

para individuo. Fatores pessoais, ambientais, raciais, sociais, culturais, religiosos,

filos6ficos e 0 estado mental de cada urn podem exercer efeito amplificador ou

atenuador da expressao nociceptiva. (2)

A dor portanto pode ser gerada par excesso de estimulas nociceptivas au

por hipoatividade do sistema supressor. (2)

(2)TElXElRA. Manoel Jacobsen. 2001

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5 ELETROTERAPIA

Podemos dizer que temas como alva da eletroterapia pacientes com

quadros algicos desencadeados au perpetuados par alterac;:6es quimicas e eletricas

dos sistema nervoso. E preciso dar condic;6es ao sistema de modulac;ao para que

volte a atu8r de forma eficiente. Com a eletroterapia atuamos no sistema nervoso

treinando rea96es e respostas, da mesma forma que fazemos mecanicamente com

habilidades motoras. Durante a avaliac;ao procuramos par tais modifica96es, como

hiperalgesia, alodinea, areas de dor referida, que representem urn sinal de

sensibiliza<;:1io. (3)

Chama mas em eletroterapia corrente de baixa frequemcia aquelas com

frequencia inferior a 1000Hz. Nas terapias de baixa frequencia, as correntes

utilizadas sao diretas (interrompidas ou continuas) ou alternadas retificadas. Nas

terapias de media frequencia as correntes utilizadas sao alternadas, retificadas ou

nao com mais de 1000Hz. (3)

A diferen9a na variac;ao de frequencia relaciona-se com a diferenc;a nos

efeitos fisiologicos entre a estimula9aO com media e baixa frequencia. (3)

Se produz urna despolarizac;ao sincronica com 0 cicio quando as fibras

nervosas sao estirnuladas por urna corrente de baixa frequemcia. A despolarizaC;ao

sincronica transforma-se em assincronica com 0 aumento da freqOemcia. De acordo

com este princfpio, cada impulso de corrente direta ou alternada causa uma

despolarizayao da fibra nervosa sempre que a duraC;8o e a potencia forem

(J)APOSTILA TERAPIA INTERFERENCIAL ENRAF-NOMIUS. 1986

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freqOencia da corrente. Cada fibra nervosa no entanto, tern uma freqOemcia de

despolarizayao maxima, determinada pelo perfedo refratario. No casa das fibras

mielinizadas esta frequi'mcia varia de 800 a 1000Hz. (3)

Durante uma estirnulac;ao eletrica com frequencia aeirna de 1000Hz, certo

numero de impulsos serao produzidos durante 0 perfodo refratario, assim nem todos

as impulsos da corrente alternada causarao despolariz8y8o. Varios cidos serao

necessarios para despolarizar a frbra.(3)

Se uma fibra nervosa e estimulada por urn certo tempo com uma corrente

altern ada de media frequencia e inlensidade conslante, pode haver fadiga da placa

matara, que nao transmitira mais 0 estimulo, au a fibra nervosa pode deixar de reagir

a corrente. (3)

A fadiga da placa motora aumenta ao elevar-se a frequencia da

estimul8yBo eletrica indireta. A placa motora terminal fadigada nao e capaz de

converter cada impulso em despolariza9ao da membrana. (3)

Se durante a estimulayao urn au mais impulsos coincidem com 0 perfodo

refratario a repolariza9ao da fibra nervosa dentro desse perfodo sera mais dificil, ou

impossivel. A volta do potencial de membrana ao seu estado de repouso levara cada

vez mais tempo, ate que finalmente nao se alcance, podendo conduzir a inibiyao da

reayao, ou a urn bloqueio completo, mesmo durante a estimulayao. (inibiy80 de

WEDENSKI) (3)

Para que ista nao ocorra, e necessario interromper a corrente ap6s cada

despolariza91io, mantendo a sensibilidade do teeido a estimula9ao. Esta interruP9ao

ritmica fara com que as fibras do feixe nervoso se despolarizem na frequencia da

interrupvao.

(3) APOSTILA TERAPIA INfERFERENCIAL ENRAF-NOMIUS, 1986

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As correntes diretas e alternadas retificadas de baixa freqGencia causam

estimulac;:ao evidente da pele, praticamente naD atingindo tecidos mais profundos.

Quando aplicamos correntes de media freqOencia praticamente naD existem

propriedades galvanicas, ou seja, sob cada eletrodo as efeitos eletricos e

eletroHticos sao as mas mas, trata-se de uma corrente apolar. Nas de baixa

frequencia ocorre um potencial de a<;iio no p610 positivo (catodo). Devido a menor

8980 cutanea, nas correntes de media freqOencia, a intensidade pade ser maior

intensificando a a9ao sobre os tecidos que atuam. (3)

Assim podemos afirmar que as correntes de media frequencia tern melhor

resultado sobre tecidos profundos por apresentarem melhor condutividade por

menor resistemcia capacitativa da pele, e pala ausencia de efeitas galvanicos. As

correntes diretas e alternadas de baixa freqOencia, retificactas, sao mais adequadas

para tratar tecidos superficiais. (3)

Atraves da eletroterapia podemos tratar seletivamente fibras nervosas

aferentes mielinizadas causanda diminuiyao da dor e normalizando 0 balanya

neurovegetativo com relaxamenta e melhora da circula<;8a. A estimulayaa das fibras

aferentes grassas tern efeito inibidar sabre as finas, em cansequencia a percep<;aa

da dar diminui au desaparece. Ao se diminuir a dor par estimulac;ao das fibras

nervosas grossas, estamos inibindo a sistema artassimpatica (a estimulayao de

fibras nervosas aferentes mielinizadas em tecida muscular au cutaneo causamas

descargas reflexas ortossimpaticas, seguidas par uma p6s-excitayao espontanea

das mesmas. Esta interrupyao breve do cicio e que leva a normallzac;ao da atividade

espontanea dos reflexos ortossimpaticos). (3)

(3) APOSTILA TERAPIA INTERFERENCIAL ENRAF-NOMIUS, 1986

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5.1 ACOMODACAO

Com 0 passar do tempo 0 paciente refere sentir menor intensidade de

corrente, podendo ate deixar de senti-Ia. Este processo e conhecido como

acomodac;ao.Para que nao acorra, deve-S8 durante 0 periodo de aplicac;ao

aumentar a intensidade au variar a frequencia. (3)

• AUMENTAR A INTENSIDADE: Podera ocorrer diversas vezes durante 0

tratamento. Com correntes diretas, interrompidas de baixa frequencia,

especialmente na Ultra Excitante (corrente 2-5 de TRABET) sao produzidos

impulsos retangulares sucessivos de 2mseg de duraC;8oe 5mseg de repouse,

com uma frequencia de 140Hz, utilizando-se deste principia. Sabemos no

entanto que com correntes diretas retificadas de baixa freqOemcia a quantidade

de energia aplicada pade ser aumentada ate que seja necessario interrompe-Ia,

para evitar a cauterizac;ao do tecido. 0 que nao ocorre com as de media

frequencia.

• VARIAR A FREQOENCIA: Bernard foi 0 primeiro a variar frequEmcias. As

correntes LP e CP se alternam ritmicamente de 50 e 100Hz. A terapia

interferencial utiliza este principio. A alternancia chamamos de Espectro de

Frequencia.

(3) APOSTlLA TERAPIA INrERFERENCIAL ENRAF-NOMIUS, 1986

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5.2 NivEIS DE ESTIMULACAo PARA CONTROLE DA DOR

Segundo ROBINSON; MACKLER, 1995, classificam-se os niveis de

estimulagao para controle da dar, da seguinte forma:

5.2.1 Nivel Infra-Sensorial

E a estimulayao atraves de microcorrentes que nao atingem 0 limiar

sensitivo, nao 8xcitando fibras nervosas perifericas. Par sua amplitude de piCD ser

inferior a 1rna, nao estimulam nervos nem musculos. Atualmente nenhum estudo

demonstra a eficacia deste tipo de estirnulag80 para controle da dar.

5.2.2 Nivel Sensilivo

Para a modulagEioda dar este tern side 0 mais bern estudado em todas as

modalidades eletroterapeuticas.

E definida como estimulag80 no limiar au aeirna do limiar sensitiv~, e

abaixo do limiar motor.

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A mais indicada Ii a que tem frequencia entre 50 e 100 ciclos por segundo

com pulso de 2 a 50 micro-segundos com intensidade baixa. E chamado TENS

convencional, sendo que a intensidade da corrente deve ser aumentada ate que 0

paciente perceba urna parestesia confortavel. A contrayao muscular naD devera

existir. Neste nivel de estimulaC;8o fibras grossas sao ativadas. 0 mesma

mecanismo de modulaC;8o de dar corresponde ao bloqueio periferico direto da

transmissao da dor por fibras grossas. (Teoria dos Portais)

A resposta do paciente e usualmente imediata, naD persistindo ap6s

desligar-se 0 aparelho. Pacientes que utilizam 0 TENS convencional precisam dele

durante todo 0 dia. A resposta depende da cronicidade do problema, do nivel de

atividade e do nivel de dar do paciente.

Quando 0 nivel sensitivD e encontrado, as eletrodos sao normal mente

colocados ao redor ou sabre 0 local da dar. Existem evidEmcias de que a COIOC8C;80

em areas remotas (pontes de acupuntura) podem resultar em melhora da dar, mas

ainda, a mais reconhecido e a colocayao direta sabre a local da dor, ou muito

proximo as estruturas referidas anatomicamente, como nervos perifericos que

inervam 0 local, ou raizes nervosas que inervam uma area.

Muitos autores consideram a coloca9ao dos eletrodos critica para 0

sucesso do tipo de estimula9ao. Nao existe uma colocac;ao ideal para cada

patologia, mas sim urn conjunto de tentativas sistematicas para serem aceitas ou

rejeitadas conforme a resposta do paciente.

Uma grande quantidade de amplitudes de corrente causa analgesia pela

via de estimulac;ao do nivel sensitivo instantanearnente. Esta estimulac;ao permite ao

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terapeuta realizar procedimentos de curta durac;ao que provavelmente causariam

dolorimento ao paciente.

5.2.3 Nivel Motor

Para modulac;ao da dar a estimulac;ao a nivel motor e utilizada em cases

nao agudos. Par definic;ao, no nivel de estirnulac;ao motora observamos contrac;6es

museu lares. A eficiencia desta aplicac;ao e maior quando utilizada sobre 0 local da

dor. Normalmente utiliza-se de 2 a 4 picas par segundo, com tases relativamente

longas, aeirna de 150 micro-segundos, com intensidade alta a suficiente para

produzir uma forte e visivel contrac;ao muscular. Este tipo de estimulac;ao chama-se

TENS breve-intens~.Allas frequencias e pulsos curtos, tern side usados com

produc;ao ritmica de contra~o muscular, este tipo de estimulac;ao chama-se

BURST-TENS.

A quantidade de contrayao varia desde perceptivel ate forte. Evidencias

mostram maior analgesia com contrac;oes mais fortes, isto €I razoavel, pOis fibras da

dar nao sao ativadas com baixos niveis de estimulayao motora. Uma contrac;ao nao

dolorosa tern 0 mesmo efeita da estimulayao a nivel sensitivo. Induzindo uma

contrayao ritmica ativa, estimulamos as mecanismos end6genos opiaceos.

Este tipo de estimulayao tern se mostrado eficiente na modulaC;ao da dor

induzida e clinica. Tern sido usada com maior freqCu9ncia em pacientes com dar

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profunda, dar cr6nica e dar latejante. Chama-se TENS-ACUPUNTURA,

normal mente aplicado em pontcs de acupuntura com pequenos eletrodos.

A resposta do paciente normal mente naD e imediata, porem tern maior

durayao, pela ativ8yc30 do mecanisme opi6ide end6geno. Nao deve haver adaptaC;c30

rapida ao estimulo.

A estimulac;ao motora provoca contrac;6es, e muitos pacientes sao

intolerantes a alas. Par esta razao os eletrodos sao colocados em areas remotas.

Embora pontos de acupuntura sejam utilizados, indica-se a aplicag80 tambem em

miotonos correspondentes. A utilizagao de pontos motores au cartas de acupuntura

naD sao sempre confiaveis, pelas variac;6es anatomicas e problemas individuais.

Dizemos que a conhecimento anatomico e neuroanatomico sao a base necessaria

para a colocagao dos eletrodos.

Como a analgesia nao e imediata, 0 tempo de tratamento e maior que no

nivel sensitivD. Quando 0 tratamento e realizado em casa deve-S8 repetir de 2 a 3

vezes aD dia.

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5.2.4 Nivel N6xio

Consiste em estfmulos n6xicos no lugar da dar ou em pontcs remotes. E

produzido atraves de frequencia de 1 a 5 ciclos por segundo, ou 80 a 100 ciclos por

segundo, pulsos de longa dural'ao, acima de 1 segundo, e intensidades que

produzam estfmulos n6xicos, com ou sem contrac;ao muscular. A durac;ao do pulsa e

a frequencia caracteristica, descritas acima, sao as comumentes usadas, param, a

unica exigencia e que 0 paciente sinta 0 estimulo como nocivo.

A analgesia ocorre neste case par ativac;ao do mecanisme de mediaC;8o

das endorfinas. Em niveis altos de estimulac;ao todos os tipos de fibras nos nervos

perifericos sao ativadas, e esla estimulo doloroso modula a dar pelo mecanisme

mediador das endorfinas. Produzir dar em uma area de dar referida ou nac, e 0 meio

de causar liberac;ao sistemica dos opi6ides end6genos que aumentam 0 limiar de

dor do paciente. Este tipo de estimulo pode causar uma rapida modulal'ao da dor,

chamada hiperestimulal'ao analgesica.

A estmula9aO n6xia tern sido eficiente na dar induzida e clinica. Par ser

desconfortavel raramente e a primeira OP9ao clinica. E usada ap6s adaptagao ao

nivel sensitiv~, ou em casos onde 0 nivel sensitivo ou motor nao tenham sido

eficientes.

Os eletrodos sao colocados das formas mais variadas e arbitrarias para

eletroanalgesia, mais freqCJentementesao colocados sobre 0 local da dar, talvez

para reintroduzir um estimulo n6xio regional, incrementando a homeostase na

situac;:aode dor cr6nica. Associado a pontos de acupuntura, pontos motores, trigger

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pOints e pontcs nao referidos, tambem tern eficacia. Estimulos n6xicos em qualquer

parte do corpo podem ser tao eficientes quanta aplicados em regi6es

anatomicamente ou fisiologicamente relatadas para melhorar a dar.

TABELA 3 - MODO E NivEL DE ESTIMULACAO

Modo de Durac;ao FreqUencia Intensidade Tempo de Tempo de

Estimulac;ao da fase (picos por Tratamento Analgesia

(micro- seg.)

seg)

- -Infra- Nao <3Hz <1mA Nao Nao

sensorial especifico conhecido conhecido

SensitivD 2-50 micro- 50-100Hz Parestesia 20/30 min Pouco ap6s

seg perceptivel ofim

Motor > 150 2-4 Hz Forte/visivel 30/45 min haras

micro-seg contray80

muscular

N6xio < 1 micro- 1-5Hz ou Dolorido Segundos haras

seg ou >1 >100Hz ou minutos

seg

ROBINSON,1995

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5.3 ELETROTERAPIA E NEUROMODULA<;Ao DA DOR

Atraves da eletroterapia podemos interierir nos diversos estagios dos

aferentes nociceptivos. A passagem da informag8o nociceptiva pode ser modificada

au inibida.

Segundo WALSH, 1997, as vias aferentes sao divididas em 4 niveis

anatomicos:

• Periferico

• Medular

• Supraespinhal

• Cortical

5.3.1 Nivel Periferico

Neste estagio a intervenyao envolve a redu~o das substancias qui micas

n6xias liberadas no tecido pel a agressao sofrida, que sao responsaveis pela

ativa~o de nociceptores. Imediatamente espera-s8 0 controle do extravasamento de

elementos do meio intra, para 0 extracelular, evitando-se urn processo inflamatorio

extenso e 0 aumento da pres sao sobre terminagoes nervosas livres. Busea-s8 24/48

haras ap6s, a vasodilatag8o com aumento do fluxo sangOineo para a area afetada,

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JJ

a tim de remover agentes quimicos. Aumentar a permeabilidade celular, promovendo

a remoc;ao da exudatos no local, tambem e de grande valia.

5.3.2 nivel Medular

Neste estagio a intervenC;8o envolve a inibic;c3oda atividade dos neur6nios

do grupo III, ou de pequeno calibre e grupo IV, grossas, antes que a informa9ao

nociceptiva atinja centres superiores. Islo e passivel atraves de dois mecanismos de

neuromodula9ao: 0 BLOQUEIO FISIOLOGICO; onde correntes com freqOencia alta

sao aplicadas sabre nervos perifericos, diminuindo sua velocidade de condu~o. A

INIBI<;iiO SEGMENTAR. No corno posterior da medula, existe um mecanismo

capaz de inibir ou facilitar 0 trafego de estimulos nociceptivos, ande a SG tern urn

ateila inibit6rio sabre as fibras do grupo 11,111e IV, que fazem sinapses com as

calulas T, de transmissao (neuronios de ampla margem-WDR).

5.3.3 Nivel Supraespinhal

As vias aferentes fazem importantes sinapses com estruturas do tronco

cerebral, que estao envolvidas com a modula98o descendentes. Acredita-se que a

contra-irrita98o e 0 efeito placebo atuem nesse nivel.

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5.3.4 Nivel Cortical

Neste nivel a intervenyao envolve modificagao na percep980 individual e

interpretagao da dor. Modifica90es no comportamento e estrategias cognitivas sao

exemplos da abordagem psicologica que atua neste nivel.

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TABELA 4 - NivEIS DO SISTEMA NERVOSO

Nivel Cortical · Modificagoes no · Resposta C6tex Percepgao

comportamento neutra ao somato- e

· Placebo comporta- sensorial interpreta-

· Teoria da menta e sistema gao da dor

contrairritagao · Modific8goes limbico

no processode interac;ao

· Contato fisico

Nivel · Sistema de · Acupuntura Estruturas Dor atinge

Supraespinhal modulagao · TENS com do tronco a nivel

descendente baixa cerebral consciente

· Teoria da frequencia econtrairritac;ao alta

· Placebo intensidade

· Interferenciais

diadinamicasNivel Medular · Inibigao segmentar · TENS com alta Medula Vias

frequencia e espinhal nocicepti-

baixa vas

intensidade centraisNivel Medular · mecanismo de · interferenciais Fibras Vias

bloqueio fisiol6gico · Tens breve- aferentes nocicepti-

intenso III e IV vas

perifericasNivel Periferico • Remogao de · Correntes Liberagao estrmulos

agentes quimicos polarizadas de n6xios

irritantes (galvanica substanci-

· Alteragao da interrompida) as

permeabilidade quimicas

celular

Fonte: WALSH, 1997 (modificado)

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6 MATERIAL E METODO

APRESENTA<;:Ao DE CASOS CLiNICOS

Os casas apresentados abaixo fcram escolhidos entre julho/1999 e

junho/2000. Todos sao e/ou foram pacientes da clinica. 0 propos ito desta escolha

foi 0 de justificar as relatos anteriores e de demonstrar a apliC8c;8.0das correntes

conforme nossa interpretac;8.o. Foi apresentada somente a conduta eletroterapica, e

nao 0 programa de tratamento utilizado. Tambem nao sera apresentada a evoluc;ao

dos casas, uma vez que para a correta avaliac;ao seria necessaria analisar nao 56 0

programa de tratamento mas tambem a evoluc;ao diaria dos pacientes, 0 que

implicaria em mudanC;8s na conduta inicial; nao sendo ests a prop6sito deste

trabalho.

1) Sexo feminin~, 43 anos, com quadro de dar lam bar. Foi submetida a

microdiscectomia lombar L5-S1 ha 1 ano, com boa evolu<;iio no pos-operatorio

imediato. Evolui nos ultimos meses com dar 10mbar irradiada para MID, territ6rio

de S1. A investigagao com RMN, mostra fibrose no local da cirurgia com

comprometimento radicular, mas sem indicagao cirurgica no momento. Paciente

obesa. Apresenta tensao muscular para-vertebral lombar baixa, principal mente a

direita, com dor localizada ao nivel do musculo quadrado da coxa.

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Eletroterapia: Foi utilizada corrente do tipo interferencial vetoria1 em coluna

lomba-sacra direita com portadora de 4000Hz, AMF de 60Hz, delta AMF de 30;

slope 1/1 par 15 minutos. No trajeto de S1 optamos par TENS modulado no nivel

motor durante 30 minutos.

2) Sexo feminin~, 38 anos, com dar ]embar e irradia<;ao pseudoradicular para MIE.

Em investigagao radiol6gica apresenta protrusao discal focal L5-S 1 e alterag80

degenerativa facetaria a esquerda. Faz usa de medicayao anti-inflamatoria e

analgesica, nao estando descartada possibilidade de denerva<;ao discal au

facetaria no futuro. Apresenta dar a palpayao lombo-sacra direita e esquerda,

com contratura muscular nesta regiao.

Eletroterapia: Foi utilizada corrente do tipo interferencial vetorial lomba-sacra de

forma simetrica, com portadora de 4000Hz, AMF 130Hz, delta AMF de 65; slope

6/6, par 15 minutos. Em membra inferior, respeitando a trajeto da dar, foi utilizado

TENS modulado no nivel motor durante 30 minutos.

3) Sexo masculino, 54 anos, submetido a artradese de coluna toraco-Iombar nos

niveis T11,T12 e L1, apos fratura do corpo vertebral de T12 em acidente

automobilistico. A fixayao foi feita com parafusos pediculados, em procedimento

lipo 'PLlF", com enxerto da crista iliaca direita. Apresenta queixa de dar para-

vertebral toraco-Iombar, com contratura muscular nesta regiao. Refere dar

tambem em regiao de crista iliaca posterior, a direita. Encontra-se no decimo

quinto dia p6s operatorio.

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Eletroterapia: Foi utilizado TENS tipo BURST em regiilo para-vertebral t6raco-

lam bar bilateral, ende as trens de pulsa variam de 1 a 4 Hz, e a frequencia e de

100Hz, a largura do pulsa usada foi de ate 4 micro segundos, par trinta minutes.

4) Sexo masculino, 45 anos. Refere dor em regiilo lombar com parestesia

espo,,;dica em MIE. Dor a palpa9ilo do territ6rio de L5. Reatizou ha 2 meses

artrodese intersomatica tipo "pliF, com parafusos pediculados e enxerto no

segmento. Sua hist6ria elinica relata discectomia ha 2 anos e meio, com nova

cirurgia 6 meses ap6s a primeira, hit 1 ana realizou 2 bloqueios estereotaxicos.

Apresenta-se com retific8C;80 da lordose lambar, com limitaC;80 funcional pel a

dor.

Eletroterapia: Foram utilizados interferenciais vetoriais com portadora de

4000Hz, AMF de 130HZ e delta AMF de 65. Slope 6/6, por 15 minutos em regiilo

lombar. Em territ6rio de L5 loi utilizada corrente tipo Ultra Excitante por 8

minutos.

5) Sexo masculino, 17 anos, atieta de voleyball. Relere dor lombar com irradia9ilo

para membros inferiores, em face anterior das coxas direita e esquerda e face

posterior da coxa esquerda. Melhora com repouso e AINH, piorando com 0

exercicio. RMN mostra hernia extrusa em L3-L4 e L4-L5, espondilolise L5-S1

com fratura de pars articularis. Encontra-se com retificac;ao da lordose lombar e

atitude escoli6tica sinistro convexa t6raco-lombar.

Eletroterapia: Foram utilizados interferenciais vetoriais em col una lombar, de

forma simetrica. Portadora de 4000Hz, AMF de 100Hz com delta AMF de 50,

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slope 1/5/1, por 15 minutos. Em face posterior de coxa esquerda TENS em nivel

motor, considerado a trajeto da dor. A corrente foi mantida par 30 minutos.

6) Sexe feminino, 24 anos, apresenta dar lembar irradiada para membros inferiores.

Ao exame, apresenta contratura muscular e escoliose lambar sinistro convexa.

RX e RMN mostram discreto processo degenerativo discal L5-S1.

Eletroterapia: Fa; utilizado TENS com modula98o motora em regiao lambar e

trajeto doloroso bilateral.

7) Sexo masculino, 34 anos, com sintomas de dor lam bar e pseudoradicular. A

investigar;ao neuroradiol6gica evidencia-se protrusao discal mediana e difusa de

L4-L5 e protrusao discal mediana e difusa de L4-L5, protrusao discal centro

lateral LS-S 1 e processo degenerativD facetario nestes dais niveis.

Eletroterapia: Foram utilizados em cotuna lambar interferenciais com portadora

de 400Hz, AMF de 60Hz e delta AMF de 30. Slope 111por 15 minutos. Em face

posterior de coxa esquerda TENS com modulayao motora por 30 minutos.

8) Sexe masculino, 65 anos, com dar no membra inferior direito conseqCJente a

sindrome do recesso lateral. Apresenta no RX, TAC e RNM estenose foraminal

L4-L5 e L5-S1, com quadro clinico caracteristico. Vem sendo medicado com

antiinflamatorio e miorrelaxante, apresentando melhora do quadro.

Eletroterapia: TENS em face postero-Iateral da panturrilha esquerda, modulado

no nivel motor, par 30m minutos.

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9) Sexo masculino, 42 anos, quadro de dor intensa em coluna lombar com

irradiar;:8o para face lateral de coxa direita e face posterior de perna esquerda.

Refere limitagao para as ADMs, inclusive marcha. Encontra-se no quadragesimo

dia pos-operat6rio, cnde foi submetido a artrodese lombo-sacra L5-S 1 com

parafusos pediculados em procedimento tipo "PLlF"

Eletroterapia: Interferenciais vetoriais em coJuna lombo-sacra, de forma

simetrica, com amplitude de frequencia de 140Hz, varia9Bo de frequencia de 70,

slope 6/6, por 15 minutos. TENS modulado em nivel motor em coxa direita e

perna esquerda, por 30 minutos.

10) Sexo masculino, 33 anos. Apresenta intensa dor lombar com irradiagEio para

MID. Primeira crise ha 2 anos, sem melhora com medicac;ao. Dor espontanea

com Hmitag80 para marcha. RX e RMN, mostram desvio do eixo 10mbar, hernias

de SCHMORL em L1 e L2 e hernia discal extremo lateral direita em L4/L5 com

comprometimento da raiz. Nilo apresenta dor a palpa9Bo lombar.

Eletroterapia: Interferenciais vetoriais em caJuna lombo-sacra, com portadora

de 4000Hz, AMF de 150Hz, delta AMF de 75, slope 6/6, por 15 minutos. Ultra-

excitante em territorio de L4 (na coxa), per 8 minutes.

A sele<;ao das correntes utilizadas nos tratamentes acima seguem os

principios citados par John Lowe Ann Reed em seu livro Electroterapy Explained -

Principles and practice, 2000 e por Andrew J. Robinson em seu livro Clinical

Electrophysiology, 1995. Houve respeito a cada diagnostico clinico e fisioterapico

embasados no livro Pain of Vertebral Origin de Robert Maigne, 1996.

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7CONCLUSAO

Ha diariamente na clinica, inumeros pacientes com queixa de dar. Reflexo

de altera96es fisico-quimicas, com componente socio-cultural e emocional, sabe-se

que ela traduz um estado de sofrimento. Entende-se que e papel do fisioterapeuta

compartilhar com 0 doente este momento. Muitas vezes, a mesma clfnica tern

diagnosticos diferentes. Assim como 0 mesma diagnostico aparece em clinicas

diferentes.

Deve-se portanto ao recebe-Ios estar pronto a ouvir. Nao 56 informa90es

da avaliac;ao formal, mas da conversa informal, naD 56 do medico, mas dos

profissionais de saude que possam estar envolvidos direta au indiretamente com ele.

A familia e/ou aquele que 0 acompanhar no tratamento. Toda informa9iio eimportante para que S8 possa conhecer 0 paciente e 0 seu momento de vida, e

assim, 0 que a dar representa.

A eletroterapia na abordagem terapeutica deve ser vista como urn entre

outros recursos. Recurso este porem, que vern evoluindo dia ap6s dia. Que partiu do

em pi rico para ° cientifico, e hoje serve para diagnosticos mais precisos, tratamentos

em todos os niveis, e ainda preven98o. No entanto, para 0 seu sucesso e preciso

amplo conhecimento. Neuroanatomia, neurofisiologia, fisica, quirnica,

conhecimentos especfficos da patologia em si, entre outros. Com este trabalho, cria-

se a oportunidade de demonstrar que somando conhecimentos pode-se utilizar a

eletroterapia no tratamento da dor, de forma individualizada, compativel com a fase

de cada patologia e a manifesta980 clinica de cada paciente.

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