universidade tuiuti do parana -...

79
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Jucileine Dranka o DESENVOLV!MENTO DA LlNGUAGEM ESCRITA ATRAVES DE HISTORIAS INFANTIS Curitiba 2005

Upload: dominh

Post on 20-Aug-2018

230 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Jucileine Dranka

o DESENVOLV!MENTO DA LlNGUAGEM ESCRITA

ATRAVES DE HISTORIAS INFANTIS

Curitiba2005

Page 2: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Jucileine Dranka

o DESENVOLVIMENTO DA LlNGUAGEM ESCRITA

ATRAVES DE HISTORIAS INFANTIS

Trabalho de Canclusao de Curso, apresenlado aoCurso de Pedagogia da Faculdade de Ciencias.Lelras e Aries de Universidade Tuiuli do Parana

Orientadora: Solange Mendes Oliveira.

Curiliba2005

Page 3: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

ctf' Universidade Tuiuti do Parana,T"

FACULDADE DE ClENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTE5

Curso de Pedagogia

TERMO DE APROVA<;:Ao

NOME DO ALUNO: JUClLEINE DRANKA

TiTULO: '0 Desenvolvimento da Linguilgem EScritil Atrilves de Hist6rias Infilntis'

TRABALHO DE CONCLUsAo DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTEN<;:AO DO GRAU DE L1CENCIADO EM PEDAGOG lA, DO CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.

MEMBROS DA COMiSSAO AVALIADORA:

~~.J'-~."'-<L"..,C'-}Prof'. SOLANGE MENDES OLIVEIRA

ORIENTADORA

MEMBRO DA ANCA

DATA: 02/07 2005.

CURITIBA - PARANA

2005

Page 4: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

DEDICATORIA

A meus familia res, pela compreensao nos

momentos de angustia, mostrando-me

sempre 0 verdadeiro sentido da vida.

Page 5: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

AGRADECIMENTOS

Agrade(fo imensamente a Deus. que nos

momentos de maior dificuldade levou-me

a verdade, a esperan9a, a alegria. a luz e

essencialmente . paz interior.

Page 6: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

SUMARIO

RESUMO ..

INTRODU<;AO

EVOLU<;AO DA ESCRITA INFANTIL ....

................ 6

................. 7

11

2.1 LEITURA .. ........................................................ 19

.19

. 20

. 21

. 22

... 24

2.1.1 Criterias de Legibilidade au "Hipoteses" ...

2.1.2 Diferencia<;aa de Elementos Graficos: Niveis ..

2.1.3 Niveis de Desenvolvimento da Escrita .

2.1.3.1 Nivel 1 - escrita indiferenciada .

2.1.3.2 Nivel 2 - diferenc;ar;aa da escrita .

2.1.3.3 Nivel 3 - hipotese silabica ..

2.1.3.4 Nivel 4 - hipotese silabico-alfabetica.

2.1.3.5 Nivel 5 - hipotese alfabetica .

. 26

.30

.. 31

3 REALIZANDO UMA SONDAGEM: DA LEITURA, A INTERPRETA<;AO E AIMAGINA<;AO . ..33

- HISTORIA 1: SiTIO DO PICA-PAU AMARELO .

- HISTORIA 2: CHAPEUZINHO VERMELHO ...

- HISTORIA 3: PI~IOQUIO ...

- HISTORIA 4: A BELA ADORMECIDA ..

3.1 ANALISE DAS PRODU<;:GES ESCRITAS ..

. 34

. 37

. 41

. .. 43

. 46

.76

.. 78

4 CONSIDERA<;OES FINAlS ...

REFERENCIAS ..

Page 7: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Resumo

o presente !rabalho analisa 0 aesenvolvimento da linguagem escrita atravesde historias de linguagem escrita atraves de historias infantis, baseando-seprincipalmente na teoria de Emilia Ferreiro, discipula de Piaget que contribuiu paraa pratica pedagogica testando 13 organizando as concep~6es da crian~a sabre alinguagem. A pesquisa de campo realiza-se na Escata Tia Paula da rede particularde ensina. Os sujeitos das observa¢es sao cinco crian9as de 5 a 6 2n05. entremeninos e meninas. No decorrer de pesquisa a professora realiza a 1eitura dediferentes historias: Ap6s a professora aplica diferentes atividades 6nvolv6ndo alinguagem eserita que sao analisadas de aeordo com os possiveis resultados deevolu<;2ode escrita de cada um. 0 objetivo do estudo e fazer com que as alunosparticipem de situa~6esde leitura e escrita. mesmo que ainda nao fa<;am de maneiraconvenclonal. No desenvalvimento do tmbalho canclui-se que atrav6s das tentativasde escrita espontimea. as crian9<ls passam par niveis au tases da escrita que sao: -Escrita indiferenciada, - Diferencja~o da Escrita, - Hip6tese Silabica, - HipoteseSilabica-alfabetica e Hipotese Alfabetica. Em seguida, diferentes respostas dascrian~s mostram a evolU98:0 dos niveis que toram analisados. Pode-se percebert~mbem que durante 0 trabalho com as historias e a produc;ao espcntanea deescrita. as crian<;as S8 transpartam para um munda de fantasia e lmaginayao.demonstrando vontade de S6 expresser sem medo de errar.

Palavras-chave:"historias infantis;"*desenvolvimento da linguagem escrita.

Page 8: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

INTRODU<;AO

o ser humano diferencia~se dos animais par sua capacidade de aprender.

mudar, transformer-5e, criar, e fazer praticas alicen;:adas peJa pensar. E pensar

envolve duvidar, perguntar e questionar, para que se possa ter condi90es de

produzir 0 pr6prio processo de constru<;ao do conhecimento.

Para se construir enquanto educador pensante e pesquisador do proprio

ensinar, faz-se necessiuio qu-e haja um exercfcio e observa~ao, de avaliaC;ao e de

planejamento, junta mente com urn xercfcio disciplinado de reflex8o.

o trabalho cam as histarias e bastante interessante, pais faz com que a

crian<;a se transporte do mundo real para 0 imaginario, de modo a ser capaz de criar

seus proprios personagens e cenarios, recontar as hist6rias ouvidas com

aproxima~ao das caracteristicas da hist6ria original. ou mesmo que ela passa criar

espontaneamente, po sibilitando, assim, que participe de situac;oes de leitura e

escrita, mesma que nao a fat;a de maneira convene/onaL

Constata-se, entretanto, ue muitos proiessores encontram uma certa

dificuldade em trabalhar com essa modalidade ern sal a de aula, pois a aplicam como

urn passatempo, au mesmo como uma atividade livre, sem a devida orientar;ao e

reflexao que esta requer, tanto do aluno quanta do professor.

Alen1 do contato com as historias infantis, varias s:io as Fontes para 0

aprendizado da linguagen1 escrita: a primeira a se considerar encontra-se no

ambiente familiar.

Partindo-se do intert;:sse que toda criam;a tem pelas historias infant/s,

aborda-se, neste trabalho, a qlJest~o de como estas contribuem para 0

enriquecimento e urn maior desen'Jolvimento da linguagem escrita, ja que .as

Page 9: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

8

historias sao elementos importantissimos para que as crian<;:8s ampliem suas

possibilidades de insen;ao e de participayao nas diversas praticas socia is.

Emilia Ferreiro destaca que antes mesma de a crianc;a entrar na escala, ela

ja teve muitas oportunidades de cantata com a escrita, olhando as paginas e 0 texte

escrito de diferentes livras, pessoas da sua familia escrevendo cartas, recados, listas

de compras, embalagens de alimentos, remedios, etc. Je'I Ifiu e ve a todo instante na

televisao e nas ruas, varias propagandas, enfim, tudo aquila que chame a sua

atenc;ao e que desperte a sua curiosidad8. E claro que nao podemos esquecer que

toda esta experiencia e bem diferente para as criany8s de c!asse menDS favorecida.

Mas de urn modo geral, tad as as crian<;as ja tiveram aportunidade de refletir sabre a

escrita antes da escolariza<;3o

Com tada essa madernizac;;ao que a sociedade vive, a educador deve levar

em conta que as crian<;as precisam ler e ouvir historias tados os dias. ou 1118Sr.1G

contadas pelo professor, incentivando-as a go star e refletir criticamente sobre 0 que

estao lendo, pois, atualmente, as pais ja nao disponibilizam de tempo para esta

atividade como he alguns anos atras.

Todas essas questoes nos fazem refletir como a professor pod era trabalhar

com as hist6rias, de modo que as crianyas consigam resolver problemas de

natureza logica, ate chegarem a compreender que a escrita alfabetica em portugues

procura representar os sons da lingua falada, e assim poderem escrever par si

mesmas.

o presente trabalho analisara a importancia das hist6rias infantis no

desenvolvimento da 1inguagem escrita, com crianyas de 5 a 6 anes, entre meninos e

meninas.

Page 10: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

9

A pesquisa sera desenvolvida na Escola Tia Paula Educac;:ao Infantil e

Ensina Fundamental. lacalizada na Avenida Igua,u, numere 2810, em Curitiba,

Parana, em predio proprio. A eseela situa-S8 em bairro nobre, em uma regi~o

residencial em crescente desenvolvimento, contando com areas comerciais e

escolas publicas e particulares. A comunidade ande se insere a Escola Tia Paula

apresenta clientela oriunda, na sua maiaria, de classe media, cujas families estao

ligadas a atividades econ6micas variedas.

Os sujeitos das observac;oes serao cinco crianC;:8s que freqOentam a

educa9~o infantil, sendo que duas destas crian<;as ja fazem tentativas de escrita e

de leitura, mas ainda nao de forma convencional, e tres jil estao urn paueD mais

familiarizadas com a escrita e tambem com a leitura de algumas palavras e

pequenas frases sem dificuldades ortograficas.

Durante 0 desenvolvimenta da pesquisa de campo, 0 professor realizara a

[eitura de diferentes historias infantis para os alunos, contadas em dias alternados.

Apos a [eitura das historias e das interpretac;oes feitas pelos alunos, a professor

aplicara diferentes atividades envolvendo a linguagem escrita, referentes a hist6ria

ouvida. Esta tarefa tera dais objetivos principais: a primeiro e descobrir as

contribuic;:oes da hist6ria infantil no desenvolvimento da linguagem escrita e 0

segundo objetivo tern como. finalidade verificar a evoluc;:ao da escrita de cada

crian<;a. 0 professor fara a coleta de dados das produ<;oes feitas pelos alunas e

analisara as poss/veis resultados da evolu<;ao da esc rita de cada um.

A pesquisa bibliografica tera como finalidade desenvolver ideias e conceitos

de Emilia Ferreiro e seus seguidores.

o presente trabalho divide-se em tres capitulos: a primeiro capitulo aborda

brevemente a questao de como trabalhar com as historias infantis, e como estas

Page 11: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

10

cantribuem para 0 desenvolvimento da linguagem escrita. ja que sao de grande

interesse e importantissimas para amptiar as possibilidades de leitura e esc rita nas

diversas praticas socia is oportunizando as crian~as a poderem jer e escrever par si

mesmas.

o segundo capitulo aprofunda a abordagem, chamando a atenc;;ao para as

diferentes momentos de evolu<;:ao da escrita da crianc;a. Emilia Ferreiro destaca que

quando a crianc;a procura adquirir conhecimento, passa par fases au niveis da

aproximaC;ao da escrita convencional que veremos detalhadamente no decorrer do

trabalho.

o terceiro capitulo apresenta uma serie de trabalhos realizados atraves da

pesquisa de campo na escola mencionada anteriormente. Os trabalhos mostram

tentativas de escrita espontanea das crian<;:as, feitas atraves de diferentes atividades

que envolveram a Hnguagem escrita, por melo de historias eontadas pela professora.

As produ<;:oes reitas pelos alunos foram analisadas com base nos possiveis niveis de

evolu<;:~o de escrita de eada crian<;:8.

Trabalhamos aqui, principalmente as eoncep<;6es teorieas de Emilia Ferrero,

porem abordo os aspectos que se tornaram relevantes para urna reflexaa sabre a

pratiea pedagogica. precisamente a linguagem eserita.

Page 12: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

11

2 EVOLU<;:Ao DA ESCRITA INFANTIL

A crianya, ao nascer, entra em contata com urn mundo rep leta de

representac;:oes simb6licas, dentre elas, a escrita.

E par meio desse contexto diversificado em seu ambiente social que a

crian~a descobre 0 aspecto fundamental da comunicac;ao escrita, desenvolvendo 0

interesse e curiosidade par essa linguagem.

A esc rita vern desde 0 tempo do homem das cavernas: era feita par meio de

desenhos, trac;ados, e fai aperieic;oando-se ao lango dos anos, ate que fai criado a

sistema alfabetico.

Emilia Ferreiro. como a!una e colaboradora de Piaget e com tod8 a sua

bagagem de conhecimentos, buscou investigar urn campo ainda nac estudado por

ele. Descobriu e descreveu a "psicog~nese da lingua escrita~. Preocupou·se em

conhecer a maneira como uma crian<;:a concebe 0 processo da linguagem escrita.

permitindo, com os resultados de SU?S pesquisas, revolucionar 0 conceito da

alfabetiza9~a. Dedicou·se profundamente em seus estudos e em pesquisas sobre 0

processo intelectual pelo qual as crianyas aprendem a ler e escrever. Seu trabalha

n:1o apresentou urn novo metoda da leitura e da escrita, mas mostrou 0 que se

passa na cabe<;:3 das criany8s diante da escrita em diferentes momentos do seu

desenvolvimento.

A crianya brinca de escrever e ler tentanda imitar e entender a escrita. Na

escola, a exercita de diferentes formas, seja nas suas brincadeiras ou na realiz8c;GJo

de suas atividades, enfim, desde ceda, ela convive intensamente com a linguagem

escrita mesmo sem saber que sentido ela tern, eo que a escrita e para ela.

Page 13: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

12

Na verdade, considerCiITlOs que ler e escrever sao atividades que se

aprendsm na escola (! vemos as tentativ8s de esc rita de crian9a como meras

garatujas ou como capias, ou vemos essas tentativas como validas apenas sob um

aspecto, 0 de que por meia del as as crian~as desenvolvem habilidades motoras,

aprendem a utilizer 0 espalYo 0 pilpel e a manejar 0 lapis.

Para Ferreiro, a escrita espontanea e de grande valor para as expectatilJas

que a criam;a faz sabre ela. destacando que 0 que considera irnportante e como a

crianC;8 a represents e as estrah~gias usadas em suas proprias produc;oes e nao 0

seu aspecto grafieD.

Ferreiro afirma ainda que a escrita espontanea produzida antes do ensina

sistematico traz as rna is clares indicador s das explorac;Oes infantis para

compreender a natureza do processo,

Quando UIl1j3 crian'13 escreve tal como acredita que poderia au deveria

escrever certo conjunto e palavras esta nos oferecendo urn valiosissimo documento

que necessita ser interpretado para poder ser avaJiado ~[".] Aprender a Ie-las. isto e,

a interpreta-Ias e urn 10ngo aprendizado que requer uma atitude te6rica definida",

(FERREIRO, 1985, p, 1 '·17).

A esc rita da crianc;a n~o resulta de simples copia de um modela externo,

mas eo urn processo de constrU(;ao pessoaL As crianr;:ss nao chegarn a escola

vazias, sem saber na a sabre a lingua, Elas trazem seus conhecimentos e evaluern

no processo de aquisi<;tlo da esc rita ,

A escrita possui 'Iarias fun90es na sociedade que a utiliza: identific8yBO.

localiza<;ao, orientay8o. registro. lazer, informact~o, organi2at;ao,comunica~~o, Mas e

importante ue. ao trabalhar com esta forma e representayao. 0 professor desde 0

Page 14: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

13

inrcic da alfabetiz8yao, colete diferentes materiais escritos e comente com os alunos

suas finalidades e fun90es.

o encaminhamento proposto assegura a trabalho com as diferentes fum;l3es

da esc rita por meio de textos selecionados, bern como propostas de produyoes

coletivas e individuais, ande a escrita e utilizada com a intenyao de transmitir alga a

alguem.

A esc rita e alga com a qual as adultos enyolVern-s8 tao intensamente Que

n~o S8 daD conta de como 'live urna pessoa que naG Ie e nem escreve, como a

crianc;a eneara esse mundo camplexo e ca6tico, sendo de usa facil para as letrados.

Para a crianc;:a que vai ser alfabetizada, a escrita e alga novo. Ao ingressar

ha esee/a, ela passa a ter cantata com esta modalidade e ao final do primeiro ana de

alfabetizaq80 e necessaria que sarba escrever, nao tudo eorretamente, pais a

ortografia e a gramatiea ficam em segundo plano.

Ao observar e analisar as produc;:6es escritas das crianqas, pereebe-se que

tarnam conscieneia gradativamente das caraeteristieas formais dessa linguagem.

EJas elaboram urna serie de ideias e hip6teses provisorias antes de compreender 0

sistema escrito em toda a sua eomplexidade.

Sabe-se que essas hip6teses eJaboradas nao sao identieas em urna mesma

raixa etaria, porque depend em do grau de Jetramento de seu ambiente social, ou

seja, da importaneia que tern a eserita no meio em que vivem e das praticas sociais

da leitura e escrita que podem presenciar e participar.

No processo de constrw;ao dessa aprendizagem, as crianc;:as cometem

"erras" que nessa perspectiva nao sao vistas como equivocos. pois S8 referem a urn

momento evoJutivo no seu processo de aprendizagem. Ao eserever, mesmo com

falhas, as crianyas avanCfam e chegam a eseola sabendo varias coisas

Page 15: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

14

lingua. E preciso avalia·las para determinar estrategias para sua alfabetizac;ao.

Apesar de a crianC;8 construir seu proprio conhecimento, cabe ao professor organizar

atividades que favorec;am a reflex~o sabre a escrita.

Diagnosticar quanta as alunos ja sabem antes de iniciar a processo de

alfabetizac;:ao e urn preceito basieD que se deve observar para melllOr encaminhar 0

aprendizado que se espera.

E preciso mudar as pontcs par onde nos fazemos passar a eixo central das

nossas discussoes. Temas uma imagem empobrecida da lingua escrita: e preciso

reintroduzir, quando consideramos a alfabetizac;ao, a escrita como sistema de

representac;ao da linguagem. Temos uma imagem empobrecida da crianc;:a que

aprende: a reduzimos a um par de olhos, um par de ouvidos, uma mao que peg a um

instrumento para marcar e urn aparelho fonador que emite sons. Atras disso ha um

sujeito cognoscente, alguem que pensa, que canstroi interpreta96es, que age sobre

a real para faze-Io 5eu. (FERREIRO, 1991, p. 41).

Tradicionalmente, 0 processo de alfabetizac;:ao e entendido como 0 dominic

do sistema gratico da lingua, au seja, da-se ~nfase aos elementos do cooigo,

conseqOentemente, os conteudos centram-se na exercita9ao da discriminay8a

visual, auditiva. bem como a coordenac;:ao matora, uma vez que e concebida como

um sistema de codificayt\o que converte unidades sonoras em unidades graficas.

A crianc;:a v~ mais letras fora do que dentro da escola: a crianc;:a pode

produzir textos fora da escola enquanto na escola 56 e autorizado a copiar, mas

nunca a produzir de forma pessoa!. E 855a informac;:ao extra-escalar 58 pareee com

a informay8o IingOistica geral que utilizou quando aprendeu a falar. (FERREIRO,

1991, p. 38).

Page 16: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

15

Portanto, a sala de aula deve ser urn ambiente que desperte 0 aluno para a

alfabetiza~ao. 0 professor deve encoraja-Io a descobrir 0 que esta escrito nos Hvros,

nos cartazes, materiais em destaque na sala. Afinal. a crian<;a 8Sta diariamente em

contata com a esc rita como leltora e escritora e sem bloqueios e com a orienta'1ao

profissional, a escrita e a leitura tornam-se espontaneas.

Segundo Abaurre (In: SILVA, 1994. p. 23), "existi,,; sempre, enlre

alfabetizador e alfabetizado, a distancia imposta pela escrita. Quem escreve e,

partiGularmente. quem escreve ha muito tempo, tern toda uma pratica de reflexao

sabre a prOpria escrita, fortemente condicionada par segmentayoes que essa

pressupoe, pela expectativa das estruturas prescritas, das formas" certas M, em

termos absolutosM

o alfabetizador esquece que, aposar das diferenc;as entre linguagem oral e

linguagem eserita, suas atividades fazem parte de urn mesmo processo cognitivo no

qual um dado contlecimento de origem a outro, au seja, e possivel que, nesse

periodo transit6rio, eonheeimentos da linguagem oral sejam usados para 0

entendimento da linguagem eserita. A eseola simplesmente notifiea 0 "erraM

,

impedindo que a crianc;a expresse a sua propria escrita. Assim, a eseola deve suprir

essas falhas no proeesso ensino/aprendizagem fundamental, orientando os alunos a

estruturar as idei8s por escrito, de aeordo com a norma padrao.

Assim, 0 processo de alfabetizac;~o realizado de forma mecanica, tradieional,

debateu-se com uma nova vi sao, com novas caminhos. As pesquisas de Emflia

Ferreiro e colaboradores deslocam a investigac;ao do "como se ensina" para a "como

se aprende~.

De fato, e de grande importancia eompreender a desenvolvimento das ideias

das crianc;as sobre a escrita como urn proeesso evolutivo. Oesta forma, a professor

Page 17: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

16

passara a respeitar a crian'1a que esta se esfon;ando para compreender 0 sistema

alfabetico da escrita.

Para Vygotsky (1988, p. 48) 0 ensina da escrita e necessaria. Sua crltica

dirige-se ao modela de ensina adotado, em que se considera a escrita como urn

c6digo que permite representar graficamente a linguagem farada. Para que as

crian98s dominassem este c6digo, era necessario treinar duas tecnicas basicas: a

codifica9~o, que e a transformac;:ao dos sons da lingua farada em sinais graiicos. e a

decodifica'tao, que e a possibilidade de reconstituir a palavra farada a partir de sinais

gnificos registrados.

Essas tecnicas priorizarn uma aprendizagem progressiva, em que as

~rian<;:as precisam conhecer e dominar 0 trayado correto das letras, a discrimina<;ao

de sons e grafias para chegar ao registro e a leitura de palavras, frases e textos.

Para Ferreiro, no decorrer do processo de alfabetiza<;ao, as crianc;:as

desenham [etras, copiam ou formam Qutras palavras, enfim, dominam a tecnica de

decodifrcac;;ao sem mesmo que i5tO tenha significado para elas. Ap6s 0 dominio

dessas habHidades. a crianli8 pod era utilizar a esc rita para registrar suas

experiencias, pensamentos e se comunicar, pais ate entao a faziam somente para

treinar a escrita e a leitura.

As crianc;as, ao falarem e utilizarem a escrita, demonstram interesse par ela

procurando imita-Ia, entende-ta e interpreta-Ia:

Olivia, de 3 anos, conversando com a mae diz:

- Na escota eu fa<;o desenho, escrevo •.

- Ah! , e ?! Como e que voce escreve?

- E assim, 6.

E enqu:3nto trayo rabiscos em zigue-zague no papel, ela vai nomeando.

Page 18: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

17

- Papai, mamae, Olivia. (CRUZ e FONTANA, 1997, p. 176)

Para Olivia, desenhar e diferente de escrever. Quando faz seus rabiscos ela

nomeia cad a um deles. Estes rabiscos traltados por Olivia constituem uma forma de

grafismo utilizado pela majaria das crianc;:as da sua idade. Quando as crian<;8s

observam os adurtos escreverem, elas percebem que a escrita apresenta muitas

diferen9as, como 0 formato das letras. au mesma como S8 escreve no paper, que a

distingue de Qutras formas de representa<;ao grafica. Era imita, entao, a formato

externo da escrita do adulto.

Nas "tentativas de leitura" as crian<;as tambem sao orientadas pelo modo

como as palavras sao escritas

Rafael, de 3 anos, o!llando para a tampa da lata de Nescau, onde estava

escrito em relevo a palavra "Nestle", diz para 0 irmao de 9 anos:

- Olha Beto!

E, passando 0 dedinho sobre as letras, vai pronunciando pausadamente.

- Neeeeessscaaaaalllluuu! (CRUZ e FONTANA, '1997, p. 177)

Rafael, quando imita 0 modo de ler de uma crianc;;a mais velha, faz relac;;ao

do que esta escrito com a fala.

Nessas possibilidades, percebemos que a escrita se faz presente em

diferentes situa90es do cotidiano entre crian98s e adultos, mesmo antes de as

crianC;8s ingressarem na escola, e que as crianc;as mesma sem perceberem ja

formulam uma com preen sao inicial da linguagem escrita.

Para Emilia Ferreiro, a escrita, como toda representac;;ao, baseia-se em uma

construC;;<3omentol que cria suas proprias regras.

Page 19: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

18

o sistema de escrita tern uma estrutura logica. e compreende-Ia nao e uma

tarafa faeil, pois existem varias rela<;6es e detalhes que a crian~a precisa saber. Por

exemplo, que no sistema aJfabetico existe felayao entre a palavra €scrita e 0 som

pronunciado, e que naG existe rela<;.3o entre a palavra escrita e as caracteristicas

fisieas do elemento da realidade nomeado por ela (rabiscos, par exemplo), ou

mesma que elementos como a entona<;ao nao e registrada na escrita.

A criany8 assimila e interpreta a escrita atraves das suas rela90es no

ambiente em que vive.

Ela formula hip6teses e as testa de aeardo com as suas experiencias

vivenciadas. criando "escritas" e leituras diferentes da esc rita convencional.

No exemplo de OlIvia, ela considera diferente a escrita do desenho.

As criant;as tam bam utilizam as letras e traltados que conhecem para

esc rever. Elas tambem comet;am a tentar diferenciar as palavras que querem

escrever, seja atraves da disposi9aO de letras conhecidas ou pelo numero de letras

utilizadas. Con forme comeltam a prestar atenltao no som das palavras, comelfam a

representar cada silaba com uma letra.

Enfim , a crianlfa vai passando de uma fase de escrita para outra a partir do

momenta que percebe a diferenlta da sua escrita para a escrita convencionaL

Atraves deste processo. ela vai reelaborando suas hipoteses por meio de

acomodat;oes sucessivas. ate chegar a 169ica da escrita alfabetica. Con forme

participa de situat;oes de leitura e escrita, vai percebendo as diferenltas basicas

entre desenhar e escrever.

Page 20: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

19

2.1 LEITURA

2.1.1 Criterias de Legibilidade au "Hipoteses"

Segundo Ferreiro e Teberowski (1992), a grande maiaria das crianc;as, na

faixa dos seis anos, faz corretamente a distin<;ao entre texto e desenho. sabendo

que 0 que se pade ler e aquila que contem letras, embora algumas crianc;:as arnda

persistam na hip6tese de que tanto se pod em ler as tetras quanta as desenhos. E

bastante significativQ que estas crianlfas pertenc;:am as classes socia is mars pobres e

que por issa acabem tendo urn menor cantato com material escrito,

Segundo Emilia Ferreiro (apud Barros, 1996). mesma antes de as crian(fas

saberem ler, elas ja constroem criterios que diferenctam textes que servem para ser

lidos e os que nao permitem leitura. Estes criterios sao bern diferentes dos utilizadas

pelas adultos.

Natam-se dais criterios infantis para a interpreta9aO da escrita. 0 primeiro ea hip6tese da quantidade minima de letras.

Para a identifica~aa desse criteria, fai utilizada a aplicaqaa da tarefa de

classificaqaa de cartoes com infarmaq6es escritas. Estes cartOes continham palavras

longas,silabas e palavras escritas que faziam parte constante dos manuais.

SegundO Ferreiro e Teberosky (apud AZENHA, 1985), a criteria rna is

utilizado pelas criam;:as fai a diferem.;a entre cartoes com poucas caraeteres. As

crianqas relatavam que Hearn paucas letras naa pade ler" Na maiaria das v8zeS,este

criteria quantitativa utilizada tinha como limite minima tres letres. Portanta, cart6es

com um numero menor de caracteres "naa ser/em para ler~

Page 21: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

20

E bastante importante como as crianC{as contam as caracteres. Quando a

letra e de imprensa majuscula, geralmente nao he. diferen<;a entre uma Istra e Qutra,

mas com a letra manuscrita surgem diferenC;8s na contagem, pois e mais complicacto

para aquelas crianC;8s que nao conhecem os trayactos. Ex: 0 '1m" cursivo e contado

como farmada por tres caracteres, 0 "p" contado como S8 fassem dais ou tres

caracteres diferentes e a silaba wpi" contada com tres ou quatro caracteres.

Resumindo, as criany8s n~o veern significado em poucas letras.

o segundo criteria observado e a hip6tese da variedade de caracteres. Para

as crianC;8s, se as tetras sao iguais, mesma atendendo a urn minima de tres

caracteres, elas tambem n~o servem para ler. Foram apresentados para as crian<;as

os seguintes cartaes: MMMMMM, AAAAAA e MANTEIGA, ou a mesma serie em

letra cursiva. Os dois primeiros cartoes tiveram recusa com a justificativa de que

"n~o se pode, digo-Ihe que s:io as mesmas corsas", ~essas sao para ler, com as

outras letras", "porque tem tudo a mesma coisa", "porque e tudo juntinho, tambem

tem outras letras" ou "porque diz 0 tempo todo a" (FERREIRO e TEBEROSKY, 1985,

p. 43-44). Ja 0 cartao MANTEIGA e aceito "porque nao tem tantas letras iguais" ou

"nao sei 0 que diz, mas Ii de ler". (ibidem, p. 44).

Enfim, pode-se perceber conforme as respostas das crian<;as que as letras

de um texto precisam t8r variedade para que possam ser lidas.

2.1.2 Diferencia<;:ao de Elementos Graficos: Niveis

Alem dos criterios de legibilidade em um texto, existem outros que as

crian<;as precisam resolver, pais podem existir diferentes grafismos com dificuldades

de interpretayao.

Page 22: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

21

o conhecimento das letras depende muito do ambiente em que a crianya

esta inserida. Ja 0 nome e suas fun<;:6es resultam de uma conven<;:ao social, ou seja.

as crianvas nao poderiam elaborar esse conhecimento sozinhas.

Na verdade, e grande a diferenc;a em relaC;<3oao reconhecimento das letras

entre as classes sociais.

Emilia Ferreiro distinguiu quatro niveis gradativQs com relac;ao ao

conhecimento das letras.

Nivel 1 - No inicio, as crianc;as reconhecem apenas a inicial do seu nome, au

seja, as letras tern proprietaria , como 0 "P" de papai.

Nivel 2 - Ja reconhecem as consoantes e as vogais de names, as duas

primeiras letras, como "JU" de Jucileine, par exemplo.

Nivel 3 - Ja dominam as vogais e as consoantes, par exemplo, referindo~se

a L. dizem: 0 L de Luciano.

Nive! 4 - Ah~m de indica rem e nomearem todas as !etras do a!fabeto. ja sao

capazes de indicar a valor sonora de algumas letras.

2.1.3 Niveis de Desenvolvimento da Escrita

Segundo Emilia Ferreiro (apud: BARROS, 1996), a crianc;a, ao procurar

adquirir a conhecimento, passa por fases ou niveis da aproxima93o da escrita

convencional que veremos em seguida:

As crianc<ss nao aprendem simplesmenle porque veem os oulros ler eescrovcr. e sin) porque tenlam compreender que classe de alividade e essaAs crianljas nao aprendem sirnplesmente porque veem lelras eseritas, e sirn;Jarque se prop6em a cornpreender porque estas marcas grarieas saodiferenles de outras. As erianc;:as nao aprendem apenas par terem lapis epapel a disposi<;ao, e sim porque buscam eompreender 0 que e que 5e pedeabler earn csses insirumentos. Em resumo: nao aprendem simplesmenieporque veem e eseutam, e sim porque elaboram 0 que reeebem. porque

Page 23: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

22

tracalhi:Jffi cognitillamente com as que 0 mcio Ihes oferece (FERREIRO.1990. p. 395).

2.1.3.1 Nivel 1 - escrita indiferenciada

Neste nivel, a criam;a nao faz diferenciac;ao da grafia de uma palavra para

Dutra, pois os tra905 sao semelhantes para todas as palavras. Sua tentativa de

esc rever demonstra que ela nao reJaciona 0 aspecto sonora da fala com a escrita.

Em determinadas ocasioes, par mais que 0 conjunto de trayos feitos pela

crian<;a esteja igual, somente ela propria podera dizer a inten980 de seus tra<;05.

Porem, algum tempo depois, a crianc;a podera atribuir urn novo significado aos seus

mesmos trac;os.

Neste nivel, podemos dizer que a crian<;a relaciona 0 tamanho dos objetos.

pessoas, anima is com a sua escrita, au mesma procura colocar marcas no pape!

com caracteristicas que as portadores do desenho tern. Quando escreve, procura

associar a escrita ao desenho.

Urn exemplo claro e quando uma crianya de quatro anos registrou as

palavras "passarinho" e "elefante" Ao re!atar para a experimentadora ela diz:

Elefante, tem que ser bem grande. (AZENHA, 1994, p. 64-65). E escreveu as

palavras "passarinho" e ·'elefante" de acordo com a diferenlfa de tamanho dos

animais que ela imaginava.

A partir do momenta em que a crianlfa consegue fazer a distinyao basica

entre 0 desenho e a escrita, ela comeCfa a interpretar as propriedades rormais da

escrita.

Page 24: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

23

Neste nive! 0 mais importante e a maneira como a crianc;a interpreta seus

grafismos.

Registro de uma crian9a de quatro anos:

p3ssarinho: W \..!{. 1;

elda[lt~:

ru.,~ a CCIlHr ••:n'iJlIIOJ.: ~ I'b," .I FurtlriJ - MMIa dl Gr";;:l

A~Z!tM . ..i.'-=l.;t 64.

Se observarmos estes trac;os, eles pod em ser continuos quando a crian<;a

parece pretender esc rever com letra manuscrita, ou podem ser descontinuQs quando

parece tfactar letras de imprensa.

Page 25: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

24

I~",j/

2 LlAtuEIOIiGd. Suzy(4 anosi

l.CJ:chcrro2·9'~3.p.m.arinno4.rr.acru::oS.p;:to6.~I~hntc

Se observarmos a figura, veremos que quando a crian9a escreve ~gato" e

~patoH. que sao palavras de emissao sonora curta, utiliza grafismos maiores que os

usados para representar a paravra "passarinho~, que e urna paJavra sonoramente

mais longa. Neste nivel, notou~se que a crianc;:a jil escreve as palavras utilizando

urna ordem linear.

A escrita e uma escrita de names, mas as portadores desses names tern,

alem disso, outras propriedades que a escrita pode refletir, jil que a escrita do nome

nao e aindaa escrita de uma determinada forma sonora (AZENHA, 1985, p. 184).

2.1.3.2 Nivel 2 - diferencia<;:ao da escrita

Neste niveJ, as crian<;:as ja tern a intenyao de criar grafismos diferentes para

as palavras. A crianya utillza as letras que conhece para suas escritas, mudando a

Page 26: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

25

ordem das mesmas para diferenciar suas escritas, se necessaria. Isto que faz e de

grande valor para seu desenvolvimento cognitivo. pois ela relaciona que mudando a

ordem das letras pade-se (armar duas patal/ras.

Nesta (ase, geralmente, as crianyas j£l escrevem 0 nome, e 0 professor deve

fiear atento, pois podem e;xistir dois efeitos opostos: 0 primeiro e que a crianc;a pade

pensar que 56 vai escrever nOll8S palavras copiando; 0 segundo e um efeita positivo,

pois a criam;a podera usar as letras de seu nome na tentativa de esc rita de Qutres

patavms, servindo como urn grande incentivo.

Neste nive!. a crianc;a podera ter e interpretar suas preprias produc;oes.

~ l....scriUl do pr'Qprio nom •••

~oeHJOon:.".:o ~;n-\J =b",,"\-\0 'BJ '-.n'~h"(:) \-\ ~ }og",,,,~\-\ Q 0 J".".00 \-\]"edc

f>,.Q \;:> '\?;, J.'~

~~~9_~!antochq

(AZENI-IA, op. cit. p. 68)

A esse respeito. Ferreiro comenta:

Parece-nos que casos como estes sao particularmente instrutivos para

apreciar a eventuat contribui"ao do desenvolvimenio da escriia aD processo

cognitiv~. Tratando de resolver os problemas que a esc rita [hes apresenta. as

Page 27: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

26

crianr;:as enfrentam, necessariamente, problemas gerais de classificaC;8o e

ordenac;80. Descobrir que duas ordens diferentes dos mesmas elementos possam

dar lugar a duas totalidades diferentes e uma descoberta que tera enormes

conseqOencias para 0 desenvolvimento cognitiv~ nos mais variados dominios em

que se exerc;a a atividade de pensar (FERREIRO, 1985, p. 190).

Na escrita de Barbara pode~se observar que usanda seis letras conhecidas,

ela pode explorar ao maximo as combinac;:6es possiveis, 0 que signifiea uma nota vel

aquisiC;20 cognitiva.

2.1.3.3 Nivel 3 - hip6tese silabica

Esta fase e de grande progresso para a crian<;a, na qual ela ja pereebe que

para cada silaba oral e atribuida urna marca escrita, iniciando a tentativa de

estabelecer relaC;:Oesentre 0 contexto sonora da linguagem e 0 contexto grarico do

registro. Eo esse fata que canstitui a hipotese silabica.

Page 28: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

27

Muitos professores aeabam S8 equivocando quando dizem que a crianc;:a 56

atinge a hip6tese silabica quando reconhece e emprega 0 valor sonora correto das

letras, sendo que a fundamental mesma e quando a crianC;:8 atribui um valor silabicQ

a cada marca produzida como parte de urna totalidade registrada, seja com valor

sonora convencional ou nao.

Se observarmos na exemplificac;:ao abaixo. Henrique, de 6 anos e 8 meses.

escreve "marinheiro", "gigante", "navio" e "peixe", fazendo correspondencia a cad a

sHaba oral com urna das letras escritas, ainda nao atribuindo as letras um valor

sonora correto.

\\ £; {\i R 1 R ~ v E J =;:;~':,';,':,';.~o

J:~g~9F-rg. on,... Ie

fJ:: f!' f-j :zLOvMG'---~~co--~'

S!~ ~( F I?TL-.-_.~

(RLT--=OVL • (') i>t.i.rco-n'i'i'i'"d~jor;:;nr-'

Neste nivel, surgern canflitos com frequencia, pais ao escrever, par exemplo,

palavras curtas como "peixe" e "barco", que deveriam seguir a hipotese silabica de

apenas duas marcas, a crianc;a acaba entrando em contradic;ao com sua primeira

hip6tese de nao atingir 0 minima de letras exigido para que a palavra pudesse ser

lida, mas a crian(fa podera resolver este conflita, acrescentando letras que naa serao

lidas par ela, mas que iraa campletar a quantidade minima necessaria. Com °

Page 29: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

28

tempo, naturalmente, a crian<;:8 vai~se esquecendo da sua primeira hip6tese.

aceitando apenas a hip6tese silabica.

Criunl);.tJ au 6 .uno::. 9 rne:;f1~ ., :2 dia:;.

\-\ ~ N R. (_~_~ __~e::lcril~l do proorio nome

Qi G J A. sr I I I Jhi po po

X'VZI I !j.

VM)i I I'~3 -;ho ,ro

~u~)(I I,.

v,( SoC r'FEl I ! i I j \ \o hi po CO {~rno ~!'. f8.

DT=-"y,.-'7i I r I I !de 00 Ii. ber

Nesta produyao. Henrique escreve ~burro" e ~gato", utilizando-se de duas

letras para cada palavra. Ja para escrever "ran lorna-se mais conflitiva, po is para

usar apenas urna letra, aos elhos de Henrique naG estaria correta. Ah~m de

prolongar a emissao sonora para registrar a palavra "r::i". a crianc;a ainda acrescenta

mais duas letras, provavelmente para compensar a ansiedade gerada pal a escrita

com urna (lnica letra, conforme exigiria a hip6tese silabica.

Esta prodw:;ao foj feita par Henrique dez dias depois da anterior, na qual,

durante a sua interpretac;:ao, a excesso de letras e riscado. Porem, ainda permanece

o conflito do minima de duas letras, demonstrado na escrita de Nescau e Toddy.

Page 30: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

29

CrlanfiO r:e 6 unos, 9 rn~ses e 12 Cias

~EN~fG..U£?esc!!!", CIa ::;)Iopno nome

M~foJfEFI I I I'~~s'0J~--rM'f; I '''N -R:- r~-t-

I 1 I

iV'ii-b-M M~ E~. I , I I 1

II~H C;J.l, IH' \<Ol ma <;:a

ODD, ,lod <.!y

NQ 0 E 8~I I'C!) la

Nestes dois Qutros exemplos podemos perceber que as crianc;as empregam

corretamente 0 usa das tetras em seus valores convencionais. sobretudo, as vogals,

para registrar parte do valor fonetico da silaba oral.

Page 31: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

30

A\-lOAo,O,IOAO! .•••.•.•.••, .•

'HAC\ \J~\...0

:NAMN':~~\)AI, " .,'()\JOlOOI), ~ f •• ~

2.1.3.4 Nivel 4 . hip6tese silabico·alfabetica

Durante a passagem da hip6tese silabica para a hip6tese alfabetica. a

crianya pade ainda perceber que em uma mesma palallra urn som pade representar

mais de uma letra, assim como alguns sons podem representar uma Jetra apenas. E

o momento em que a valor sonora torna-S8 imperiaso, e a crianr;a comec;:a a

acrescentar letras, principal mente na primeira silaba. Exemplo: TOAT (TOMATE).

o professor deve levar em conta que esta crian~a esta progredindo na

compreensao do sistema da escrita, e refietir juntamente com ela sabre 0 sistema

IingOistico a partir da observac;ao da escrita alfabetica e da reconstruC;20 do c6digo.

Para que a crianlfa avance para este nivel e necessario que tenha cantata

com a "leitura", compreendendo 0 valor convencionaJ das letras.

E muito mais freqOente que as crianc;as de cJasse media possam avanc;:ar de

nivel mesmo antes de entrarem na escola, isto pe/as maiores oportunidades que

tiveram de conhecer e manusear diferentes materiais impressos.

Page 32: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

31

Nestes dais exemplos a seguir, as crian<;:2s ja incluem mais letras a escrita,

tentando aproximar-se do principia alfabetico, no qual as sons da fala ja sao

representados pelo usa de mais de uma letra.

J"UL.iA®fKala co prapno nome

MA\6NZ-~ ro--,,~~c

E ~ f T

COCA~ ~~A Q c:j.l u ,t

MAIZEA';no ,=~~.

Iyi r';' ~9I" E A a~ '--;;'

N~ICLCA"~~ 'c.o;{' "cr'

A <OCII\ C~.q e..orrs"~ co ';z;' co I~ ~ ~o~'0&~

IF,?I "OEUTE/.',J)! ! 1 I I I I

-J ~ It U" Ie t

2.1.3.5 Nivel 5 - hipotese alfabetica

Neste niver, a crianc;a ja realiza sistematicamente uma analise sonora dos

fonemas das palavras que vai escrever - cad a urn dos caracteres da escrita

corresponde a valores sonoros menares que a silaba, faltando-Ihe apenas dominar a

ortografia.

Se observarmos a figura abaixD, veremos que a crian<f8 jil domina 0 c6digo

escrito para representar diferentes funjfoes. Nessa prodw;ao, a crianya nao tem

medo de cometer erros ortograficos, 0 que indica que chegara a descobrir as

funyoes da escrita e sua representa<;ao.

Page 33: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

32

No inicio, quando as crian9as cometem erros ortograficos, podemos

considerar que nao sao erros, mas sim uma escrita espontanea.

{ E:::crit<O de Aline (G nno:;)

AL\~

~~PA(sAiODiIJ05AUP-OTA-r\J5J( N \-\D"JACA 'K~URsaCft\.)~001'- so 12 F=OfO

Page 34: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

33

3 REALIZANDO UMA SONDAGEM:

INTERPRETA<;AO E A IMAGINA<;AO

DA LEITURA,

A pesquisa de campo foj essen cia I no sentido de descobrir as contribui<;oes

da hist6ria infantil no desenvolvimento da linguagem escrita, bern como, para

verifiear a evoluQao da escrita de cad a crianQ8.

A pesquisa de campo foi desenvolvida na ESGata Tia Paula - EducaC;;ao

Infantil e Ensino Fundamental, que se localiza na Avenida Igua,u, 2810, Curitiba,

Parana, em predio proprio. Situa-S8 numa regiao residencial em crescente

desenvolvimento, contando com areas comerciais e escolas publicas e particulares.

A Escola e mantida pela AssociaC;ao Feminina de Protelfao a Maternidade e

Infancia - A.F.P.M.I., fundada pela sr". Paula Pedroso do Amaral.

A comunidade onde S8 insere a Escala Tia Paula, apresenta uma clientela

oriunda na sua maiaria de classe media, cujas familias est~o ligadas a atividades

econ6micas diversificadas.

Os pais, na sua maieria, sao empresaries, cemerciantes, industriarios,

funcionarios publicos, profissionais liberais e militares radicados na regiao.

o nivel socio-econ6mico e cultural desta cornunidade pode 5er considerado

excelente (20%) e media (80%). 0 grau de informat;ao e extenso e variado.

favorecido pela situac;:ao econ6mica da familia e pelo aces so a diversos meios de

comunicac;:ao.

E significativ~ 0 numero de alunos de diferentes religioes bern como etnias,

tendo diversas forma<;oes culturais, mas, na maiaria das familias, os pais tern a

ensino media e/ou superior completos.

Page 35: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

34

Os sujeitos das observac;6es fcram ao todo cinco crianc;as. Tras meninos:

Caic, de seis anos, Arthur, de cinco anos, e Victor, de seis anos e duas meninas:

Luane, de cinco anos, e Mayara, de seis anos, todos freqOentam 0 Jardim III.

Durante 0 decorrer da pesquisa, a professora S8 baseou em cinco historias

bastante conhecidas pelas crianG8s. Estas hist6rias fcram escolhidas pelo interesse

e entusiasmos das crianc;as, pais por mais que ja as ouviram varias vezes, sempre

ha algo novo e magico envoJvendo-as. As historias foram trabalhadas durante urn

projeto de Literatura Infantil na escola, realizado nas semanas de 18 de abril de

2005 a 29 de abril de 2005. As hist6rias foram trabalhadas em dias alternados. a

cada dais dias uma histeria era contada. Vejamos a seguir as hist6rias e como estas

(oram aplicadas em seguida no desenvolvimenlo do projeto:

- HISTORIA 1: SiTIO DO PICA-PAU AMARELO

Os alunos do Jardim III faram levados pel a professora ate a biblioteca da

escola. A professora conversou sabre 0 dia do livre Infanti! e citou Monteiro Lobato

(18/04). Os alunos puderam manusear e conhecer diferentes obras do escritar. Em

seguida, a professora leu pequenos textos, com curiosidades sobre os personagens

do Sitio, com figuras dos personagens antigos. Na sala, a professora juntamente

com os alunos relembrou detalhes dos personagens da hist6ria mais interessante.

Em seguida, assistirnos a urn epis6dio do Sitio do Pica Pau Amarelo atual, ;;Emilia

no Reina das Aguas" Em seguida, as meninas receberam uma Emilia e os meninos

urn Sac; Perere, e os pintaram. A professora solicitou entao que escrevessem do

jeitinha que sabiam uma frase sobre a personagem confeccianado, uma curiasidade

sabre 0 que mais Ihas chamou a Btenyao.

Page 36: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

35

"Estes s~o as pequenos textos con tad os pela professora com curiosidades

sabre os personagens:

"Narizinho

Lucia e aneta da Dona Benta e mora com ela na casa grande do Sitio do

Pica Pau Amarelo. Par causa de seu nariz arrebitado, todo mundo a chama de

Narizinho. Ela adora pipoca e jil sabe fazer os bolintlos de polvilho da Tia Nastacia.

Ela alua como urna rainha do Siti0 mas, contente mesma, 56 quando 0 Pedrinho

vern de fE~rias e as dais participam de grandes aventuras.

'Saci

Nas cidades e nas royas. todo mundo tern medo do Sad. E urn perneta

muito safado que adora tazer estripulias nos terreiros das fazendas e assustar as

animais no pasto.

Pedrinho, que nao tern mede de nada, conseguiu cayar urn com a peneira e

coloca-Io na garrara, com ensinou um ve!ho das vizinhanc:;:as. Mas logo devolveu a

liberdade ao Sad e ficaram amigos. a Saci ensinou a Pedrinho as segredos da

floresta.

* Tia Nastacia

A me!hor quituteira deste e de todos as mundos que existem. Quem comia

uma vez seus bo!inhos nao podia nem sequer sentir 0 cheiro de bolos feitos por

outras cozinheiras. Alem de cuidar da cozinha, ela e uma faz-tudo na casa. Foi ela

quem praticamente criou a Narizinho, e quem fez a Emilia. E uma grande contadora

Page 37: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

36

de estorias. A turma do Sitio adora ficar a norte ouvindo suas ~hist6rjas" e comendo

rosquinha de polvilho

• Cuca

E uma bruxa norrive! que mora numa caverna escura. Tern cara de jacare e

garras nos dedos como as gaviOes. Velha, dorme uma noite a cada sete anos.

Quando fica brava, da para auvir 0 seu urro de raiva a 10 leguas de distancia. Urn

dia, ela raptou e encantou a Narizinho. Pedrinho, com ajuda do Saci, conseguiu 0 fic

de cabela de uma lara e quebrou 0 encanto.

* Dona Benta

Dona Benta e uma grande mestra na geografia. Esta senhora com cerca de

60 anos, e dona do Sitie do Pica·Pau Amarelo, urn lugar muito bonito, com uma casa

grande, muito antiga onde tudo e muito amplo e fresco. Era mora ai com Tia

Nastacia, que Guida da cozinha e da limpeza da casa e sua neta Lucia, que todo

mundo conhece como Narizinho. Pedrinho, outro neto de Dona Benta, nao troca 0

Sitio par nenhum outro lugar no mundo para passar suas ferias. Nesse sitio

acontecem as coisas mais incrtveis. Ate petr6leo encontraram .

• Emilia

E uma boneca de pano feita pela Tia Nastacia, com olhos de fio preto,

sobrancelhas lil em cima. Era muda ate que engoliu a pilula da tala inventada peto

doutor Caramujo. A partir dai, fala como uma matraca.

Page 38: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

37

., Pedrinho

E neto Querida de Dona Benta, 0 primo querido de Narizinho. Tern 10 anos,

mora e estuda na cidade e 0 que mais gosta no mundo e passar as ferias no Sitio da

vovO. Adora tambem cafe com bolinho de frigideira preparados pela Tia Nastacia. E

urn men ina de grande coragem. Nao tern mesma medo de nada. Quando apareceu

uma anita, ele organizou uma c8c;ada e trouxe a bicha morta. Fat 0 unico que

conseguiu pegar urn Sad e conhecer as misterios da noite na floresta .

••Visconde

Fai feito de urn sabugo de milho, com urnes palhinhas no pesco~o, usa

cartola na cabeC;8 e tern urn sinal de coroa na testa. Por isso e 0 Visean de de

Sabugosa. Urn verdadeiro sabia. Estuda muito. Ensina geografia pra turma e ajudou

a descobrir petr61eo nas terras do Sitio.

- HISTORIA 2: CHAPEUZINHO VERMELHO

Esta historia foi trabalhada de duas maneiras: primeiro, a professora pediu

que as aJunos se sentassem em circulo e contou a historia na versao rna is antiga

mostrando as figuras. Em seguida, contou a hist6ria mais maderna, a que as alunos

conhecem.

Os aJunos puderem comparar as diferen<;:asdas historias e das cenas. e

relatar oralmente quais as diferenc;:as que percebiam entre a hist6ria mais antiga e a

conhecida par eles.

Page 39: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

38

Ap6s as relatos, a professora pediu que desenhassem a parte que mais

haviam gostado da hist6ria conhecida par eles e que "escrevessem~ 0 trecho do

jeitinho que sQubessem, para representar 0 desenho.

"'A historia contada pe!a professora foi a seguinte:

Era uma vez uma menina muito bonita e esperta. Eta ganhou da avo uma

capinha vermelha com capuz e ficou muito orgulhosa com 0 presente. Ela adorava a

capa vermelha e sempre a usava para S8 proteger do vento frio da floresta, par isso

S8 tornou conhecida como Chapeuzinho Vermelho. Urn dia, enquanto sua mae

preparava urn delicioso bolo, Chapeuzinho comentou: "Que gostoso! Mam~e, posso

ievar esse bolo para a vovo?" Eta tinha certeza de que a avo fica ria feliz em comer a

guJoseima. Chapeuzinho insistia: KPOSSO,mamae? Posso?" "E melhor nao, filha",

respondeu a mae. "Ouvi dizer que hi! um lobo na floresta!"

Mas Chapeuzinho insistiu tanto que a mae concordou. A menina se

despediu com um beijo e ouviu obediente a recomendac;ao da mae: KTome cuidado

e nao fale com estranhos!"

Cantarolando feliz, Chapeuzinho seguiu pelo caminho, levando sua cestinha,

sem saber que era observada pelo lobo mau. Este pensou: "La vai 0 meu almoc;o,

cantando e pulando!"

Sabendo que por aquele caminho passavam muito lenhadores, 0 lobo

achou melhor descobrir ande a men ina ia para ver 0 melhor lugar para atacar. "Oi,

ande vai esta menina tao feliz?H - perguntau, fingindo ser amigo.

Esquecida da recarnendac;ao da mae, ela falou: "Estou indo a casa da

vovozinha, levando urn bolo bem gost050] Ela mora no fim deste caminho, em uma

ca5inha azul!"

Page 40: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

39

"Por que nao leva tambem algumas flores? Aposto que ela vai gostar!", disse

o lobo, ja pensando em urn plano maldoso. Ate 0 cachorrinho da Chapeuzinho ficou

desconfiado.

Chapeuzinho Vermelho aceitou a sugestao e foi colher as flores. Enquanto

fazia is so , lembrou-se da recomendacyao da mae e S8 arrependeu de ter conversado

com aquere estranho.

o lobo correu na frente e logo chegou a casa da avo de Chapeuzinho. Bateu

a porta e disfan;ou a voz: "Abra, vov6 e sua netinha! ~Como sua voz esta estranha!~,

disse a avo. "E que estou resfriada!: respondeu 0 lobo.

Estando tambem resfriada, a vov6 acreditou. "Entre, a porta esta aberta,

minha netinha! Estou aqui no quarto, deitada"

Ao saber c;ue a porta estava aberta, a lobo entrou e logo ataeau e amarrou a

indefesa velhinha! "Quem e voce?" - perguntou, assustada!

"Sou a mais esperto dos lobos! Sou cruel e feroz! Hoje you me fartar, ate

bolo de marango como sobremesa eu you terlM - falou 0 lobo.

Enquanto isso, a inocente Chapeuzinho Vermelho caminhava pela f10resta

alegremente. Ja chegando na casa da vov6, nao sabia 0 que a esperava. TOe TOC

TOC - Chapeuzinho bateu a porta da avo. MQuem bate?" - perguntou uma voz Iii

dentro. "Sou eu, vovo! Trago um bolo de morango. Oentro da casa, 103 estava 0 lobo

mal. "Entre, minha netinha~ -- disse ele - ~Na floresta tern urn lobo esperto, feroz e

assustador! Venha ao meu quarto, minha netinha .. Estou descansando! Venha dar

urn beijo na sua vovozinha." a esperto c~ozinho da Chapeuzinho, desconfiado, latia

sem parar. "Quieta, File, e a casa da vovo!" - disse a men ina.

Page 41: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

40

Ao entrar no quarto, Chapeuzinho estranhou 0 comportamento do seu

cachorrinho, sempre tao amoroso com a vovozinha. ''Vov6, voce pareee tao

diferente'" - disse ela.

a lobo tent8va esconder 0 rosto: "~ 0 resfriado .. estou tao fraca e com tanta

fome. Traga 0 bolo, minha netinha, mas antes me de urn beijo!"

"Vovo, seus elhos estao tao grandes e seus 6culos ficaram tao pequenos !" -

falou a menina, estranhando ainda mais a sua vov6. 0 lobo falou. "Estes a/hos

grandes sao para te ver methor, minha netinhaJ" "E estas orelhas tao grandes? "

~Sao para te ouvir melhor!~ - r8spondeu 0 lobo, disfan;:ando a irrita(fao com tantas

perguntas.

"E essa boca tao grande e cheia de dentes?" - nesta altura, Chapeuzinho ja

tinha certeza que ali deitada na cama nao era sua amada vovozinha! "E para te

engolir e mastigar melhor! Um lobo esperto como eu nao fica ouvindo tantas

perguntas bobas!M - e ele saltou da cama.

Chapeuzinha saiu correnda e gritanda: "Socorro, e urn lobo mau!" 0

caozinllO da menina ate que tentou ajuda-Ia. mas 0 coitadinho era tao pequenino

que 0 lobo nem sentiu medo dele.

Fraco par ainda nao ter, almayada, 0 lobo foi ficando para tras. "Socorro. a

lobo quer me pegar!" E quando ia pegar Chapeuzinho, de repente .. 0 lobo da de

cara com urn c8c;ador! Esperto como era a lobo, assim que viu 0 cayador deu meia-

volta e correu para a floresta. Mas nao escapou Sua maldade foi castigada!

Libertararn a vova e depois, contentes, ela ofereceu ao cayador um pedac;o

do delicioso bolo. ~Ainda bem que a senhor estava passando par perto~ - disse a

av6, agradecida. NEstou no rastro deste lobo ha muito tempo! Acho que tao cedo ele

nao volta! - respondeu 0 c8<;ador".

Page 42: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

41

- HISrGRIA 3: PINGaUIO

Esta hist6ria foi trabalhada de urna maneira mais simples que as Qutras, pOis

o objetivo maior era dar enfase a moral da hist6ria mesma, a importancia de S8 falar

sempre a verdade e nao mentir.

A professora solicitou que as alunos S8 sentassem em circulo, e perguntou

S8 alguem ja canhecia a historia, e S8 lembravam quais eram as assuntos da

hist6ria. Oralmente, a maioria dos alunos falou que ja conhecia a hist6ria afirmando

Que a mesma falava de urn menino de madeira que virou humano, e que seu nariz

ereseia quando ale mantia.

Ap6s as relatos, a profassora contou a histOria. Em seguida, oralmente, as

alunos fizeram a interpreta(,(3o oral da mesma. Ent~o, a professora pediu que

c:!esenhassem e escrevessem algo que gostaram ou que Ihes chamou mais a

aten~ao em relac;ao a hist6ria.

'Histuria contada pela professora:

Era uma vez um carpinteiro chamado Gepeto, que, sem mhos, construiu

para si um boneco de madeira. Para sua surpresa: depois de pronto, 0 boneco

movia~se e falava como urn rnenino de verdade. Chamou-o entao de Pin6quio.

Pegou papel colorido e fez-lhe uma roupinha. Com 0 miolo do pao fez uma

toquinha e depois, com 0 pequeno par de sapatos, passou a considera-Io como urn

filho.

Gepeto decidiu mandar Pin6quio a escola e, par isso, comprou-lhe varios

livros. Certa dia, quando Pinoquio ia pela estrada, ouviu a musica de um circo e a

Page 43: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

42

seguiu. Vendeu seus livros para poder comprar a entrada e ir ao circa. Enquanto

isso, dais malandros- a raposa e 0 gato - seguiam Pinoquio.

No circa, Pin6quio fai aprisionado pelo terrfvel dono do teatro, que 0

confundiu com urn de seus fantoches. Mas Pinoquio fez tantas eoisas que conseguiu

comover a homem que, afinar, naG era tao malvado assim.

o dono do circa deu-Ihe algumas moedas de ouro para lever a seu pai que,

como havia dito, era muito pobre e tinha vendido ate seu casaco para comprar seus

livres.

o gato e a raposa, que ouviram teda a conversa, aproximaram-se de

Pinoquio assim que ele saiu do circa. Disseram que eram seus amigos e que

conheciam um campo magiGo ande suas moedas S8 muJtiplicariam em apenas urna

noite. Bastava ir la e enterrii-Ias bern. Pinoquio, muito ing'~muo, deu ouvidos aos dais

e seguiu para 0 campo magico

Chegou La quando ja era noite, procurou uma arvore e enterrou suas

moedas. Quando ia saindo, foi capturado pelo gato e pel a raposa disfarc;ados de

ladroes, que 0 prenderam e 0 penduraram na arvore. Pinequio acordou muitos dias

depois e viu-se em uma grande cama na casa da fada azul que, muito dedicada, 0

havia socorrido e cuidado dele. Agora bastava tomar urn ultimo remedio para sarar e

con tar a fada 0 que havia acantecida. Porem, Pinoquio, envergonhado por ter

desobedecido ae pai e ter-se metido em tanta confusao, contou muitas mentiras, e

logo viu que seu nariz crescera. 0 boneco percebeu que estava errado e decidiu

contar a verdade, reconhecendo seus erros; seu nariz entao voltou ao normal. Apes

inumeras recomendac;oes, a fada deixou-o ir porque sabia que 0 pobre Gepeto

estava preocupado e esperav2 0 retorno de Pin6quio. Pin6quio entao foi para sua

Page 44: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

43

casa e quando encontrou seu pai pediu desculpas por fe-Io desobedecido. Pai e filho

se abra<;:aram e ficaram muito felizes.

- HISrORIA 4: A BELA ADORMECIDA

Esta hist6ria e bastante conhecida pelos a/L1nos, principa/mente pelas

meninas que adoram historias de principes e princesas. Primeiramente a professora

contou a historia, em seguida, as alLlnes fizeram a interpretalf80 oral da mesma

destacando as personagens. Apos, a professora entregou para cad a aluno os

personagens da historia em forma de fantoche tiveram que recorta-los.

Apos, a professora solicitou que em grupos os alunos ensaiassem

rapidamente um trecho da hist6ria que mais gostaram para apresentar para a turma.

Oepois das apresentayoes, a professora pediu entao que os alunos desenhassem

as personagens da hist6ria e criassem um nome para cad a urn deles, escrevendo do

jeitinho que soubessem.

"Hist6ria contada pela professora:

o reino estava ern festa. Era 0 dia do batizado da filha do rei e da rainha.

Diziam que ela era a princesinha mais linda do mundo. Todas as fadas usaram suas

varin has magicas para dar a crianc;a qualidades maravilhosas:

- Voce sera bela. inteligente e cantara como urn rouxinol.

Mas uma velha fada ficou furiosa por nao ter side convidada para a festa.

Montou em sua vassoura, voou ale 0 beryo da princesa e gritou:

- Urn dia voce espetara a mao no fuso de urna reca e morrera!

E a velha fada 5umiu, deixando 0 rei e a rainha assustados!

Page 45: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

44

- Nao charem, meu rei e minha rainha - disse uma fada boa. - Ainda nao

falei meu desejo. Sua filha nao morrera. Ela apenas dormira durante cern anos, e

entao urn principe vira desperta-Ia com urn beijo.

Mas 0 rei, tentando evitar a desgrac;a, mandou queimar todos as fuscs do

reino.

Alguns anos depois, num Jugar isolado do castelo, a bela princesa encontrou

uma velha fiando la.

- 0 que a senhora esta fazendo? - perguntou a jovem.

- Estou costurando, linda menina.

- Que beleza! Posso tentar tambem?

E aconteceu 0 que tinha de acontseer. A princesa espertou 0 dedo e caiu

num sona profunda.

Cheia de tristeza, 0 rei mandou levar a princesa para 0 quarto mais bonito do

castelo. Vestiram a moc;:a com urn linda vestido e deitaram-na na cama.

Depois, 0 rei mandou buscar a fada boa. Chegando aa castelo, a fada

pensou: "Ora, quando a princesa acordar, daqui a cern anos, ela vai estar sozinha"

Entao, usando a varinha magica, a fada adormeceu todas as pessoas do castelo ..

·ProntoM

, ela pensou, "quando a princesa acordar, todos acardarao tambem, prontos

para servi-Ia. ~

Finalmente, para ninguem perturbar aquele sana profunda, num instante a

fada fez crescer em torno do castelo urna floresta de arvores, espinheiros e flares.

Cern anos depois, um belo principe que caC;8va na fioresta avistou as torres

do castelo. lntrigado, perguntou a urn campones:

- A quem pertence aqueJe castelo la adiante?

Page 46: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

45

- E 0 castelo da Bela Adormecida. Dizem que ela esta dormindo ha cern

anos e que 56 0 filho de urn rei conseguira. acorda-Ia.

- Vou livra-Ia de seu sono! - disse 0 principe. Ele se aproximou do palacio e

ficou surpreso ao ver que as arvores e os espinheiros S8 afastavam para the dar

passagem. Chegando ao patio, viu as cavalos deitados no estabulos e os cachorros

adormecidos. 0 sil~ncio era impressionante. 0 principe atravessou 0 castelo, subiu

ate as quartos e, num aposento dourado, deparou com urn espetaculo maravilhoso:

viu a princesa mais linda do mundo, adormecida. 0 principe aproximou-se dela e

deu urn beijo suave em seus tabios. Depois de dormir cern anos, a princesa

despertou.

- E voce, meu principe? - perguntou ela. - Quanta tempo me fez esperarl

E, enquanto eles conversavam, todos acordaram. Os d:les saltaram, as

cavalos S8 levantaram e as cozlnheiros comec;aram a preparar um banquete em

homenagem 80 principe.

Depots do jantar, fOI celebrado 0 casamento do Principe Encantado com a

Bela Adormecida e todos foram feltzes para sempre.

Page 47: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

46

3.1 ANALISE DAS PRODU<;:OES ESCRITAS

As produc;6es que veremas a seguir sao todas escritas espontaneas das

crian<;:as.

Figura 1 - Arthur: Sitio do Pica~Pau Amarelo

Pode·se perceber que quando 0 atuno tenta escrever "0 saei assusta as

animais na floresta". ele atribui uma letra para cada silaba falada. geralmente

identificando mais 0 valor sonora aas vogais

Figura 1 - A: Chapeuzinhc Vermelho

Ao esc rever "0 cac;ador esta matando 0 lobo", Arthur atribui a cada siJaba

falda uma Jetra. mas nesle casa ale registra letras que nao tern significado

foneticamente, apenas para complGtar 0 nurnero de caracteres exigidos.

Figura 1 - 8: Pinoquio

Neste caso tambem ao escrever ~Pin6qujo 8 de madeira", 0 a!uno percebe

somente 0 valor sonoro de algumas letras como quando registra "Pinoquio",

escrevendo assim: ~IOIO", e "madeira~ "ADIA"

FigurOl 1 - C: A Bela Adormecida

Quando escreve 0 nome dos personagens, 0 aluno demonstra ainda nao

perceber 0 valor sonoro de algumas letras, mas preocupa-se em atribuir a cada

silaba falada uma letra,

Condui-se atralles das tentatillas de escrita do Arthur que eles esta no nille!

intermediario I, caracterizado por conhecer e usar alguns valores sonoras

convencianais e alguns trechos d<:l palavra,

Page 48: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

47

Figura Arthur: Sitio do Pica-Pau Amarelo

o sr AvJ1- O' fib J

A 05- It

Page 49: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

48

Figura Arthur: Chapeuzinho Vermelho

Page 50: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Figura Arthur: Pinoquio

49

".

~~ ...~~'.~'.r---:-.:.-

Page 51: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Figura Arthur: Bela Adormecida

50

Page 52: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

A".IVc

51

Figura Arthur: Bela Adormecida

Page 53: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

52

Figura 2 - Caia: Sitio do Pica-Pau Amarelo

Ao esc rever ~o Sad assusta anima is", Caio se sente confiante, pais ja sa be

que pade escrever com 16gica pequenas frases.

Apresenta precisao na correspondencia som/letfa, compreendendo a

logicidade da base alfabetica. Ele jil sabe que as sam SeA sao grafados par AS de

Saci.

Figura 2 - A: Chapeuzinho Vermelho

Ao esc rever "Chapeuzinho esta colhendo frutas na f!oresta", percebe-se que

o aluno conhece 0 valor sonora de todas au de grande parte das palavras, juntando-

as para formar as silabas.

Figura 2 - B: Pinoquio

Nesta prodUl:;:ao, quando Caio escreve "0 gato e a raposa lelJaram Pinoquio

ao circo~, ele ja sabe que sons como G e A sao grafados por "GA" e que TeO s:io

grafados par "TO", e que juntos formam a palavra ·'GATO".

Posteriormente, quando escreve a palavra "LEVARAM", ele atribui uma letra

para cad a silaba falada, e troea 0 V par F.

Figura 2 - C: A Bela Adormecida

Ao eserever a nome dos personagens, Caia 0 faz foneticamente, au seja, faz

relaC;8o entre som/letra. Ao nao distinguir 0 sam convencianalmente, geralmente

registra uma outra letra de som parecido, que conhece. Ele escreve roneticamente,

mas ainda naa ortagraficamente.

Pode-se perceber, pelas tentativas de escrita do Caia, que ele esta a urn

pas so da escrita alfabetica, estando no nivel silabico alfabetico.

Page 54: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

53

Figura Caia: Sitio do Pica-Pau Amarelo

,\~/O~/05

Page 55: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

54

. h Vermelho. Chapeuzm 0Figura Calo. ••..- - - -- - --- - -- --')

~

TIo~

Page 56: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Ca',o' PinoquioFigura .

.... ~--~V\-> .-g.)' j::l.;3 ",V

"

55

Page 57: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Figura Caic' A B I. e a Adormecida

56

Page 58: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

57

Figura Caio: A Bela Adormecida

Page 59: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

58

Figura 3 - Mayara: Sitio do Pica-Pall Amarelo

Ao escrever ~A Emilia e muito ta9arela", percebe-se que a a[una domina a

escrita foneticamente e tambem ortograficamente. conforme demonstra nesta

tentativa de escrita.

Figura 3 - A: Chapeuzinho Vermelho

Nesta produ9~o, ao escrever "Chapeuzinho passeando na floresta", a aluna

demonstra bern a fonetizac;ao , como no exemplo quando registra a palavra

"passeando~ com C ~paceando"

Figura 3 - 8: Pinoquio

Ao escrever "Pin6quio esta na cama da fada", a Nayara demonstra bastante

segurany8 na sua pr6pria escrita. po is ja sa be que pede faze-Ia com 16gica. Ja divide

a frase convencionalmente, utilizando 0 aeente agudo corretamente quando registra

as palavras "Pin6quio" e "estif'.

Figura 3 - C: A Bela Adormecida

Quando escreve 0 nome dos personagens "Principe" e "Princesa",

percebemos que a aluna s6 nao consegue distinguir 0 sam do N, pois as demais

tentativas realiza com sucesso.

Observa-se que a caminho em direr;:ao a correr;:ao ortografica esta bem

proximo. Constatando assim que a aluna se encontra no nivel alfabetico.

Page 60: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Figura Mayara: Sitio do Pica-Pau Amarelo

/. /f\ flV\IUt\ E ~V/To ~tt>&

59

Page 61: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

60

. h Vermelho. Chapeuz,n 0~~~""'..0~.~..~.G~~ ~t,

o~...,.,

t"""Q

~

Page 62: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

61

Figura Mayara: Pinoquio

(3 --0 eo~~

~~' r'Co~ .. P'rn

~~

fC):-:.:\~.Ie

~ ~.I:> I

f II

C:J>

~ ::z:>

Page 63: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

62

Page 64: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Figura Mayara: A Bela Adonnecida

--- ~

~~ .:>_·S

63

Page 65: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

64

Figura 4 - Victor: Sitio do Pica - Pau Amarelo

Quando 0 aluno escreve "0 Saci e engra<;:ado", percebe-se que 0 Victor

tarnbam sente bastante segurany8 em sua propria escrita, compreendendo a

logicidade da base alfabetica da escrita. Utiliza acento agudo quando escreve -'e!'"

Percebe-se tambem que quando escreV8 ~engra<fado", registra pelo som

com "S",

Figura 4 - A: Chapeuzinho Vermelho

Ao esc rever "Chapeuzinho esta colhendo morangos", nota-s8 que 0 Victor

conhece 0 valor sonora de grande parte das palavras. Quando faz as jun<;:oes para

formar as silabas, sem em duvida para registrar determinado som, geralmente

escreve Dutra letra que tenha sam parecido para ele.

Figura 4 - 8: Pinoquio

Nesta prodw;ao 0 aluno ao escrever '"A raposa e 0 galo levaram Pinoquio",

ele demonstra uma ctima precisao fonetica, sem medo de errar, principalmente

quando fica na duvida se "levaram~ e com rvI ou com N.

Figura 4 - C: A Bela Adormecida

Ao esc rever 0 nome dos personagens, Victor demonstra que esta a urn

passe da escrita convencional.

Quando escreye "Matheus", ele sa be que tern H, mas nao onde coloca-Io.

Constata-se portanto que 0 Victor esta no nivel alfabetico.

Page 66: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

65

Figura Victor: Sitio do Pica-Pau Amarelo

'".

o

Page 67: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

66

Figura Victor' Ch. apeuzinho Vermelho

..-.'

Page 68: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

67

Figura Victor: Pinoquio

b~_-

Page 69: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

68

. . A Bela AdormecidaFigura Victor.

p~ iNC jPEPRiNCS f\FEL;CiDADE:

Page 70: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

69

Figura Victor: A Bela Adonnecida

N.,

AOJ \)if\. :>> t:1-\ ;:;,~<.f'\

Page 71: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

70

Figura - 5 Luane: Sitio do Pica - Pau Amarelo

Ao escrever "A Emilia fala demais", percebe-se que a aluna reconhece

apenas a valor sonore de algumas silabas. Par exempla, quando escreve "Emilia",

Luane sabe que come<;a com E e term ina com A.

Figura 5 - A: Chapeuzinho Vermelho

Quando Luane escreve '·Chapeuzinho esta conversando com 0 lobo", atribui

uma letra para cada siJaba falada com excec;ao do "com", que registra 01. Na maiaria

das palavras, reconhece parcialmente 0 som das silabas, completando-as com letras

do alfabeto que disp6e no momento do registro.

Figura 5 - 8: Pinoquio

Neste momento a Luane apresenta uma maior precisao na correspondencia

som/letra, a que nao ocorre necessariamente nas tentativas de esc rita anteriores.

Aa escrever "A baleia engoliu Pin6quio", apresenta uma maior logicidade da

escrita quando formula a Frase

Figura 5 - C: A Bela Adormecida

Atraves da escrita do nome dos persona gens, pade-se perceber que a alua

ainda nao escreve foneticamente, mas preocupa-se em atribuir para cada sflaba

falada uma letra, constatando assim que a Luane S8 encontra no nivel intermediario

1,caracterizado pelo inicio de uma certa estabilidade exterior das palavras.

Page 72: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Figura Luane: Sitio do Pica-Pau AmareJo

F/'N':. .1\ P/v

71

Page 73: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

/1/"''':-:<,\

~

~

72

Figura Luane: Chapeuzinho Vermelho

~~

~"/ /"

G7" u-~

10

" .., F~ t'I,

~.Q I~. I'$::". ig:"I~!;. f1J

\'-;1:(>

Page 74: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Figura Luane: Pin6quio

73

8

D>

-@3>~:: ~--~~

Page 75: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Figura Luane: A Bela Adormecida

/

74

coTT1r

oo~3>rnA--o

Page 76: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

Figura Luan . 75e. A Bela Adormecida

Page 77: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

76

4 CONSIDERA<;:OES FINAlS

Ao termino do presente trabalho, constatou-se que os alunos, aD lerem e

escreverem, passam a ser elementos ativos em seu processo de aprendizagem

deixando de ser ouvintes passivDs das explicac;oes do professor, porque tiveram a

oportunidade de interpretar, criar e recantar as historias.

Durante 0 trabalho com as historias, observou-se que a crianc;a S8 torna

mars eritiea, alerta e confiante, expondo suas ideias oral mente. elaborando, e tirando

suas proprias conclusoes.

Urn ponto interessante observado e que durante as tentativas de esc rita das

crianc;as, n~o existe medo de errar, pois sabem que isto 56 ajudara no seu proprio

aprendizado.

Observa-se que as condic;oes para a evoluCf20 da escrita da crianc;:a nao se

encontram 56 nas suas tentativas de esc rita ou em .seu aspeeto grafieo, mas sim

com ela a representa e as estrategias usadas em suas produyoes.

o trabalho com as hist6rias infantis sao exeelentes na medida em que

permitem a reflexao e a eonstruc;:ao de multiplos signifieados para eada nova

tentativa de eserita.

A pesquisa sem dlJvida proporeionou uma experiencia fantastica no sentido

de explorar 0 potencial e a valor do trabalho com as historias que sao capazes de

transportar adulto e crianyas para um mundo de fantasia.

Tambem e importante mencionar que par meio do trabalho com as hist6rias

pode-se atingir grandes objetivos e ate mesmo a razao de ser da escola: eduear e

incentivar a crianc;:a a exprimir-se, a dar forma ao seu desejo, a encontrar seu proprio

Page 78: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

77

9stilo na expressao criativa do seu imaginario, integrando-se no processo de ensina

e aprendizagem.

E importante saber e reconhecer que para as crianc;as 0 trabalho com as

historias infantis e muito interessante e sa bend a utiliza-Io S8 alcan<;:ara urn resultado

escolar de maior importancia e a mais rica conseqOencia social para as crianyas.

Page 79: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - tcconline.utp.brtcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/03/O-DESENVOLVIMENTO-D… · INTRODU

78

REFERENCIAS

AZENHA, M. G. da. Construtivismo de Piaget a Emilia Ferreiro. 7, ed. sao Paulo:Atica, 1999,

COCCO, M. F., HAILERM, IVI.A Oidatica de Alfabetizaqao.

FERRERO, E. Rel/exees sobre Alfabetizaqao. 18. ed, Sao Paulo: Cortez e AutoresAssociados, 1991.

FERRERO, E: TEBEROSKY, A. Psicogenese da linguas eserita. Porto Alegre:ArtMed, 1999,

FONTANA, R.: CRUZ, N, Psicologia e trabalho pedagogieo. Sao Paulo: Atual, 1997,

SILVA, A, da, AlfabetizaqlJo, a escrita espontanea. Sao Paulo: Contexto, 1994.

VYGOTSKY, Luria: LEONTIEV. Linguagern. desenvolvimento e aprendizagem. SaoPaulo: icone/Edusp, 1988.